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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ

DISCIPLINA: Físico-Química Experimental

DOCENTE: Renato Santana

DISCENTE: Tatiana De Almeida Silva

DETERMINAÇÃO DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS

CUITÉ – PB
2018
TATIANA DE ALMEIDA SILVA

DETERMINAÇÃO DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS

Atividade endereçada ao professor Dr. Renato


Santana, como requisito parcial para aprovação na
disciplina de Físico-Química Experimental.

CUITÉ-PB
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3

2. METODOLOGIA ....................................................................................... 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 5

4. PÓS-LABORATÓRIO ............................................................................... 7

5. CONCLUSÃO ............................................................................................ 8

6. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 8
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1. INTRODUÇÃO

A densidade absoluta (ρ) de uma substância é definida como a razão entre a sua
massa e o seu volume: (CÉSAR et al., 2004)
ρ = m/v
Na obtenção da densidade de sólidos e líquidos muitas vezes não dispomos de
meios para determinar corretamente o seu volume.
Na determinação de densidade de líquidos usamos a picnometria que é o principal
método de medição de densidade absoluta. Esse método consiste na determinação de
massa e volume de substâncias líquidas e sólidas. Geralmente a densidade de líquidos é
determinada através de picnômetros. Esse método consiste na determinação do peso de
um volume conhecido do líquido em um picnômetro (SANTOS et al., 2009).
Para a determinação da densidade de sólidos utilizamos o princípio de
Arquimedes que diz que “todo corpo, parcial ou totalmente submerso em um líquido, fica
sujeito a uma força de empuxo e do líquido, de direção vertical, de baixo para cima, e
com intensidade igual ao peso do líquido deslocado” (NAZARETH & MONTANHEIRO,
1990).
O sólido utilizado foi o alumínio. Alumínio, da palavra latina alumen, nome
concedido a um dos seus sais, o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), que já era conhecido
desde a Antiguidade (PEIXOTO, 2001). O alumínio é o metal mais abundante e terceiro
elemento mais abundante da crosta terrestre, depois do oxigênio e do silício, no qual se é
bastante estudado e apresenta uma ampla relevância econômica (LEE, 1999).
O alumínio não se apresenta em sua forma elementar na natureza. Devido à alta
afinidade pelo oxigênio, ele é encontrado em rochas e minerais como íon Al3+. O minério
de relevância industrial para obtenção do alumínio metálico e de diversos compostos de
alumínio é a bauxita, que se funda em regiões tropicais e subtropicais por atuação do
intemperismo sobre aluminossilicatos (CONSTANTINO et al., 2002). Inúmeros dos seus
compostos encontrados na natureza têm valor como pedras preciosas. Entre estas, os
rubis, as safiras, os topázios e os crisoberilos (PEIXOTO, 2001).
O número atômico (Z) do alumínio é 13 e sua massa molar (M) é 26,9815 g/mol,
com ponto de fusão (Tf) de 660 °C e pontos de ebulição (Te) de 2467 °C e com isótopo
natural o 27Al (100%) (PEIXOTO, 2001). A densidade do alumínio a 25 °C é 2,70 g/ cm3.
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O alumínio pode ser considerado um elemento bastante comum, pois se encontra


em quase todas as esferas da atividade humana. As diversas aplicações em diversos
setores da indústria (transportes: automóveis, aeronaves, trens, navios; construção civil:
portas, janelas, fachadas; eletroeletrônico: equipamentos elétricos, componentes
eletrônicos e de transmissão de energia; petroquímica, metalurgia e outros) e a frequente
presença no nosso cotidiano (móveis, eletrodomésticos, brinquedos, utensílios de
cozinha, embalagens de alimentos, latas de refrigerantes, produtos de higiene, cosméticos
e produtos farmacêuticos) elucidam a sua relevância econômica no mundo
contemporâneo. A própria reciclagem de embalagens de alumínio, setor no qual o Brasil
se destaca, tem papel acentuado do ponto de vista econômico, social e ambiental
(CONSTANTINO et al., 2002).
A prática teve como objetivo medir a densidade de sólidos e líquidos, além de
verificar a influência da presença de impurezas sobre a densidade da água.

2. METODOLOGIA

Para a densidade de sólido utilizou o princípio de Arquimedes, primeiro


pesou-se a amostra de alumínio (Al) na balança semi-analítica utilizando um vidro de
relógio como recipiente para colocar a amostra. A massa do vidro de relógio não
influenciou na massa obtida da amostra devido à balança ter sido tarada com o vidro
relógio, assim descartando a massa do vidro de relógio. Em seguida, obtivermos a massa
do alumínio. Em seguida, em uma proveta de 100 mL adicionou-se 80 mL de água e em
seguida foi introduzido cuidadosamente a amostra de alumínio dentro da proveta. Este
procedimento foi realizado três vezes e sendo feitas as leituras e a anotação de cada
volume obtido através do deslocamento do volume inicial para o final.
Para a densidade de líquidos utilizou o método do picnômetro para, primeiramente
realizou-se a calibração do picnômetro, depois foi feita a pesagem do picnômetro de
25mL cheio com água, foi realizado a pesagem por três vezes, onde tivemos o peso da
água pela diferença do peso do picnômetro e o do picnômetro com água, assim
estabelecemos uma média para essas medidas. Esse mesmo procedimento foi feito com a
solução de cloreto de sódio (NaCl).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao pesar a amostra de alumínio, obtivermos a massa de 3,67g. Após a realização


do procedimento de pesagem do sólido e em seguida foi feito o procedimento para a
determinação do volume, cujo, o método utilizado foi o Princípio de Arquimedes o qual
é baseado no método da flutuação, com as massas e os volumes dos metais pode-se
finalmente calcular a densidade dos sólidos irregulares. Colocou-se 80 ml de água em
uma proveta de 100 mL e depois colocou, cuidadosamente, a amostra de alumínio dentro
da bureta, repetindo esse processo três vezes. Admitimos que o alumínio não reage e nem
se dissolve em a água, à diferença entre os dois níveis de água na proveta, representa o
volume da nossa amostra. Onde obtivermos os seguintes resultados:

Tabela 1: Volumes e dados estatísticos da amostra de Al

Volume1 Volume2 Volume do alumínio (VAl = V2 – V1 )


80 mL 82 mL 2 mL
80 mL 81 mL 1 mL
80 mL 81 mL 1 mL

Com os dados da tabela 1 obtivemos uma média (tabela 2) do volume do alumínio


de 1,3 mL, a média aritmética é um valor que procura ser o resumo de todos os valores
de um conjunto de dados. Dessa forma, pode vir a ser um valor não existente na
distribuição (FEIJOO, 2010). Tivermos um desvio padrão dos dados de 0,335 (tabela 2),
o desvio padrão de uma amostra (ou coleção) de dados, de tipo quantitativo, é uma medida
de dispersão dos dados relativamente à média, que se obtém tomando a raiz quadrada da
variância amostral (MARTINS, 2013). Obtivemos um coeficiente de variação dos dados
de 25,77 % (tabela 2) onde indica uma média de dispersão dos dados, “coeficiente de
variação é uma medida de dispersão empregada para estimar a precisão de experimentos
e representa o desvio-padrão expresso como porcentagem da média” (MOHALLEM et
al, 2008).

Tabela 2: Dados estatísticos para a densidade do alumínio.

Média: 1,3 mL
Desvio padrão: 0,335
Coeficiente de variação: 25,77 %
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A densidade encontrada para o alumínio foi de 2,82 g/mL a temperatura de


24,6°C, enquanto o esperado seria 2,70 g/mL a 25°C (tabela 3), admitindo que essa
diferença esteja dentro do padrão, podemos constar que a amostra de alumínio utilizada
era pura.

Tabela 3: Resultado experimental da massa, volume, densidades e erro experimental da amostra.

Material Massa Volume Densidade g/mL Erro (%)


(mL)
(g) Teórica Experimental 𝜺 = ‖𝒅𝒕𝒆ó𝒓− 𝒅𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓‖x 100
𝒅 𝒕𝒆ó𝒓

Alumínio 3,67 1,3 2,70 2,82 4,44

Na densidade da água destilada obtivemos uma média, de sua massa, de 27,53g,


onde o volume do picnômetro utilizado foi de 25mL, logo a densidade da água destilada
obtida a uma temperatura de 26,3 °C foi de 1,10 g/cm3 (tabela 4) e sua densidade tabelada
nessa temperatura, segundo Haynes (2014), é 0,9967055 g/cm3. Entretanto, podemos
admitir que essa diferença esteja dentro do padrão, pois o desvio padrão e o coeficiente
de variação dos dados (tabela 5) foram baixos, logo os dados obtidos não estão tão
dispersos.

Tabela 4: Resultado experimental das massas das amostra e densidade.

Amostra Mpicnômetro Mpicnômetro Mamostra (g) dH2O – dH2O


(g) obtida
+ Massa Média (g/cm3)
(g/cm3)
Mamostra 26,3°C
(g)
Água 23,05 1- 50,57 1- 27,52
destilada
2- 50,59 2- 27,54 27,53
3- 50,57 3- 27,52
Água + 23,05 1- 51,53 1- 28,48 1,10 0,9967055
NaCl 5%
2- 51,53 2- 28,48 28,49
(m/v)
3- 51,55 3- 28,50

Tabela 5: Resultados estatísticos da água no picnômetro.

Média: 27,53 g
Desvio padrão: 0,00015
Coeficiente de variação: 0,00054%
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Na densidade da solução de NaCl obtivemos uma média, de sua massa, de 28,49g,


logo a densidade obtida foi de 1,035 g/cm3 que foi obtida a partir da seguinte fórmula:
𝑚 1°𝐶
𝜌= × 𝜌á𝑔𝑢𝑎
𝑚á𝑔𝑢𝑎

Portanto, podemos considerar o resultado, pois os dados estatísticos (tabela 6),


indica que os dados obtidos não têm uma variação significativo.

Tabela 6: Resultados estatísticos da solução de NaCl.

Média: 28,49 g
Desvio padrão: 0,00015
Coeficiente de variação: 0,00053 %

4. PÓS-LABORATÓRIO

1- Na medida da densidade de sólido de geometria irregulares, poderíamos usar


qualquer liquido na proveta? justifique.
R.: Não, porque dependendo do liquido a sua densidade pode mudar.
2- Porque o solido deve ser pesado antes de se medir o volume.
R.: Porque o liquido utilizado para medir o volume pode interferir na sua massa.
3- Qual princípio da matéria foi utilizado na medida de densidade de sólidos
irregulares?
R.: O princípio de Arquimedes
3- Na medida de densidade de líquidos porque é importante o conhecimento da
temperatura?
R.: Porque a temperatura pode interferi na densidade do liquido.
4- É possível preparar uma solução aquosa com densidade menor que 1g/cm3?
Justifique.
R.: Sim, podemos preparar uma solução a 0,5g/cm3 , por exemplo, uma
solução de cloreto de sódio com 2g de cloreto de sódio e 4 cm3 de água.
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5. CONCLUSÃO

Portanto, é de grande relevância compreender a densidade de líquidos para que assim


determinar a densidade de um determinado sólido. Logo, sabe-se que cada sólido tem sua
densidade e comprovamos com princípio de Arquimedes. Então, por meio da densidade
as impurezas presentes em uma substância podem ser determinadas. Com o picnômetro
medimos a massa da água e de outras soluções como o que foi medido o cloreto de sódio
5% com isso, calculamos a sua massa e perceber que diferentes líquidos podem ter massa
diferentes e que o mesmo liquido pode varia sua massa.

6. REFERÊNCIAS

CÉSAR, Janaína; PAOLI, Marco-Aurélio De e ANDRADE, João Carlos de. A


Determinação da Densidade de Sólidos e Líquidos. Chemkeys - Liberdade para
aprender, 2004.

CONSTANTINO, Vera R. Leopoldo; ARAKI, Koiti; SILVA, Denise de Oliveira e


OLIVEIRA, Wanda de. Preparação de compostos de alumínio a partir da bauxita:
Considerações sobre alguns aspectos envolvidos em um experimento didático. Quim.
Nova, Vol. 25, No. 3, 490-498, 2002.

FEIJOO, AMLC. Medidas de tendência central. In: A pesquisa e a estatística na


psicologia e na educação Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010, pp.
14-22. ISBN: 978-85-7982-048-9.

HAYNES, W. M. CRC Handbook of Chemistry and Physics, 95th Edition, 2014-


2015. 95. ed. [s.l.] : CRC Press, 2014.

LEE, J.D. Química inorgânica não tão concisa. Editora Blucher, 5ª ed. ISBN 978-
85-212-0176-2. São Paulo, 1999

MARTINS, Maria Eugénia Graça. Desvio padrão amostral. Revista ciência


elementar. V1, n1, 2013.
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MOHALLEM, D.F; TAVARES, M; SILVA P.L; GUIMARÃES, E.C e FREITAS,


R.F. Avaliação do coeficiente de variação como medida da precisão em experimentos
com frangos de corte. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.60, n.2, p.449-453, 2008.

NAZARETH, M. & MONTANHEIRO, S. Líquidos Pelo Princípio De


Arquimedes, 120–123, 1990.

PEIXOTO, Eduardo Motta Alves. Alumínio. Revista Química Nova na Escola. N°


13, MAIO 2001.

SANTOS, Francisco; ROCHA Maria Valderez Ponte Rocha; SILVA, Marta Ligia
Pereira e SANTOS, Zilvam Melo dos. Disciplina: LABORATÓRIO DE QUÍMICA
GERAL, Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Agrotecnologia e
Ciências Sociais, Mossoró-RN, 2009. Disponível em: <http://files.deogracio-e-
raquinha.webnode.pt/2000001398500a85fa7/materias%20de%20laboratorio%20e%20s
uas%20utilidades.pdf> Acessado em: 02 de outubro de 2018.

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