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E-BUQ

DA AULA
NOVA
ECONOMIA
COM O AUTOR DIEGO BARRETO
POR DIEGO BARRETO
NOVA ECONOMIA
NOVA ECONOMIA

A LÓGICA DA NOVA ECONOMIA IMPLICA PENSAR GRANDE


E FAZER COISAS DIFERENTES. PARA ISSO, É NECESSÁRIO
MUDAR O MINDSET: PARA COMPREENDER A REALIDADE.

Ao compararmos o mundo de hoje ao de


dez anos atrás, fica claro que muita coisa
mudou: A tecnologia se tornou mais barata
e mais integrada em nossas relações - tanto
pessoais quanto profissionais -, a globa-
lização se digitalizou e a sociedade sofre
intensa mudança cultural. A nova reali-
dade atingiu todas as esferas da interação
humana e não é à toa que, além de vivermos
em um mundo completamente diferente do
que conhecíamos anteriormente, estamos
em uma Nova Economia.

NESTE NOVO CENÁRIO, É SE


ADAPTAR CONSTANTEMENTE
(EVOLUIR) X DESAPARECER.

Ou o empresário aprende as novas regras


do jogo ou estará fadado a cair no esque-
cimento como a Velha Economia. Para
você não se perder no dinamismo desse
mundo, Diego Barreto traz uma reflexão
POR

sobre a realidade dos negócios surgidos


na economia brasileira.
Descubra como meritocracia de ideias,
DIEGO BARRETO

diversidade, inclusão, sustentabilidade e


transparência radical podem alavancar o
seu negócio e identificar as práticas obso-
letas que precisam ser deixadas de lado no
dia a dia da sua empresa.

*Texto retirado da orelha do livro.

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BEM-VINDO
À NOVA
ECONOMIA!
VOCÊ ESTÁ
PREPARADO?
A ÚNICA CERTEZA
É A MUDANÇA

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NOVA ECONOMIA

Olá BuQmer
Eu sou Diego Barreto

Sou autor do best seller Nova grande desconexão entre o que


Economia, vice-presidente de
POR

a gente ensinava em termos


finanças e estratégia do ifood e teóricos e o que efetivamente
essa é minha aula no BuQme. acontecia no Brasil. Na prática
DIEGO BARRETO

O livro surge há anos e anos a gente ensinava a continuação


dentro da sala de aula e dentro daquele Brasil que não deu certo,
da vida prática. Desde o meu que oprime, que machuca que não
quarto ano de faculdade, fazendo cria muitas oportunidades e que
direito na PUC de São Paulo, é eternamente o país do futuro.
eu passei a dar aula e comecei 2014 eu fui estudar na Suíça e lá eu
a interagir mais com o mundo tive contato pela primeira vez com
acadêmico e essa interação um conceito complexo porém ao
exige muita reflexão. Ao me mesmo tempo fácil de se entender
tornar professor ficava claro uma a partir de bons exemplos.

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NOVA ECONOMIA

CONTEXTU-
ALIZANDO
o passado

Se a gente pegar a primeira revo- a exportar roupa, muito dinheiro


POR

lução industrial, lembramos de entra e o país emerge como uma


uma Inglaterra até então pobre, potência e a história vocês todos
que precisava de milhares de conhecem. Esse conceito simples
DIEGO BARRETO

pessoas para produzir roupas mas muito complexo do ponto


simples, um belo dia um mecâ- de vista econômico que tem a ver
nico chega e muda a forma como com tecnologia, disseminação
produziam roupas e as pessoas da tecnologia, que tem a ver com
não precisam mais produzir mudanças comportamentais,
porque com mecânica se ganha quebra e o emergir de empresas,
escala e ao mesmo tempo a roupa que provoca muitos ruídos na
fica barata, portanto mais pessoas sociedade, economia e política é o
que antes não podiam comprar conceito da Nova Economia.
agora podem, a Inglaterra passa

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NOVA ECONOMIA

Esse é o conceito que em 2014 me fez entender


o porque o Brasil não chegava onde ele podia.
O Brasil historicamente nunca tinha bebido da fonte
da Nova Economia, ele recebia as novas tecnologias,
comportamentos e ferramentas, séculos depois o
país ficava muito distante de quem liderava e criava
tendências. Por isso o Brasil historicamente é conhe-
cido por poucas inovações, chama atenção pelo
território, série de questões da natureza mas nunca
entrega todo potencial que sempre imaginamos.
Quando voltei da Suíça em 2014 com esse conceito
e com essa inquietação do ensino padrão da sala de
aula, eu me deparo com uma realidade que come-
çava a mudar em 2015.

De um dia para o outro eu começo a ouvir nomes


como Ifood, 99, XP, Stone, Buscapé, Peixe Urbano.
Os nomes dessas empresas começam a ressoar cada
vez mais forte naquele momento no meio empresa-
rial, mas curiosamente essas empresas tinham uma
característica que chamava atenção, que era o fato de
serem empresas muito novas. Era difícil se lembrar
naquele momento de outros períodos no Brasil em
que você conseguia falar o nome de 5 empresas
muito novas e que de alguma forma mudaram
cadeias de valor, chamavam fortemente atenção dos
POR

consumidores do país.

E eu pensei que talvez fosse isso que tivesse


DIEGO BARRETO

sido a quebra do padrão que me incomodava


na academia é isso não é o conceito de Nova
Economia. Naquela época não se chamava Nova
Economia, se chamava STARTUPS.

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NOVA ECONOMIA

Dali para frente comecei a focar minha vida acadê-


mica no estudo desse movimento. Que vai ficando
mais forte, permite o surgimento de novas empresas
e elas ficam grandes, empresas antigas começam a
olhar e se inspirar.

Isso tudo começa a chamar muita atenção, novos


modelos de gestão, novos conceitos, posiciona-
mentos, formas de enxergar novos talentos e aí então
surge o conceito da Nova Economia. É assim que eu
chego para começar a escrever esse livro.

POR
DIEGO BARRETO

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DOIS GRANDES
FATORES DA
nova economia Brasileira
O PRIMEIRO FATOR É A Hoje você tira passaporte rápido,
GLOBALIZAÇÃO.
POR

visto que você chega nos EUA e


consegue usar internet e falar com
Um tema tão conversado na todo mundo que precisa, além
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década de 90 mas que foi esque- disso se você precisar de dinheiro


cido. A premissa da globalização ele chega rápido, se você entrar
já estava feita, mas na prática isso na Amazon você manda entregar
só ganhava números exponen- no Brasil. Isso é globalização, a
ciais durante os 10-15 anos depois. integração das cadeias de valor.
Pensei em ir para os Estados Telecomunicações, logística, finan-
Unidos 10 anos atrás. Tinha muita ceira, capital, conhecimento, entre
burocracia, não tinha ligação para outras que poderíamos citar, ela
o Brasil, dinheiro não era fácil de permite que tudo que é criado
enviar de um país para o outro. de um lado, ou seja, no outro país

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NOVA ECONOMIA

consiga chegar aqui em uma velocidade muito maior.


E com isso, você encurta a diferença entre os séculos
que uma inovação chegasse no Brasil.

Então tudo começa a ser instantâneo. A globalização


permite que tudo chegue mais rápido no Brasil, junto
com esse efeito um novo fator permite a criação
dessa primeira nova economia brasileira.

O SEGUNDO FATOR É A TECNOLOGIA.

A tecnologia é capaz de digitalizar uma série


de fatos, processos, tempos e movimentos, criando
muito mais eficiência e produtividade em deter-
minados processos que até então eram feitos de
forma ineficiente. A tecnologia permite a transfor-
mação de uma série de etapas em uma ou duas para
que algo aconteça.

A tecnologia que avançou no mundo chega


de forma mais rápida no Brasil por causa
da globalização.

A soma da globalização com tecnologia cria a


nova economia que vemos chegando no Brasil.
Ou seja, nós passamos a ver no país a convergência
de múltiplas tecnologias em um modelo de negócio,
e esse modelo só se tornar digital ele dá outro nível
de velocidade e agilidade. E então empresas antigas
podem se remodelar para o tipo de produto e serviço
POR

que é entregue no Brasil.


DIEGO BARRETO

E a beleza dessa nova economia que é a soma de


globalização com tecnologia, ela permite a massifi-
cação dessas ferramentas agora existentes. E tudo
que é massificado, que ganha escala, tem seu preço
reduzido. Portanto o preço agora é acessível, as ferra-
mentas são acessíveis e pessoas que não detém
recursos passam a capturar essas ferramentas e
podem fazer algo que elas não sonhavam.

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NOVA ECONOMIA

FIM DOS PODERES


TRADICIONAIS
Entendendo o Brasil
É preciso entender quem é o Lembrem dos portugueses espe-
Brasil antes de irmos mais a rando a determinação de Portugal
fundo. O Brasil criou determi- no Brasil colônia, pensem nos
POR

nadas condições no passado índios que lutaram pela liber-


que estão sendo remodeladas. E dade e foram castigados. O Brasil
entender essa diferença é essen- nasce no ponto de vista socioló-
DIEGO BARRETO

cial para que essas pessoas gico e antropológico sentindo esse


tenham consciência dessa esmagamento de quem detém
mudança e possam efetivamente poder ou aceitando a regra de
mudar a sua atitude. quem tem poder e assim a gente
vai perpetuando, império brasi-
O Brasil dos últimos 5 séculos
leiro, república do café com leite
é linear, elitista, que foi feito
para poucas pessoas, de é uma consequência de famílias
alguém que não tem força. que vão mantendo seus poderes e
passando de geração em geração

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NOVA ECONOMIA

e fazendo com que uma pequena elite tenha poder


econômico e consequentemente crie poder político.
Ao deter isso o estado brasileiro vai sendo moldado
para essa pequena elite, isso explica porque ao longo
do tempo o Brasil criou duas barreiras.

De um lado uma barreira de entrada para não


permitir o estrangeiro vir para cá, o Brasil é um país
que menos têm a presença de estrangeiros entre
países com economia similares. É um dos países
que menos assina acordos bilaterais e que mais
dificulta a abertura de negócios estrangeiros no
país. Na outra ponta, o estado brasileiro criou uma
burocracia infernal de se conseguir crédito, abrir
empresas, fechar, pagar tributos. Essa barreira asfixia
os empreendedores.

Em uma ponta estrangeiro não entra, na outra


ponta o empreendedor não persevera e o que
acontece é que a pequena elite fica no país sem
competição e sem competição não há evolução e
desenvolvimento. E esse é o estado perfeito para
esse país antigo. Um país que tira o estrangeiro e o
empreendedor e vai mantendo essa elite ao longo do
tempo basicamente dominando as cadeias de valor
do Brasil.

Quantas empresas brasileiras você conhece que


efetivamente competem globalmente. Aí vocês
vão me dizer alguns nomes, eu vou pedir para
POR

vocês tirarem da cabeça os nomes que são ligados


à terra, condição específica que a natureza nos deu
DIEGO BARRETO

e como consequência permite que essas empresas


sejam muito mais competitivas. Tentem pensar em
empresas que não tem essas condições. Quantas
marcas brasileiras competem globalmente de igual
pra igual, difícil achar porque historicamente ao
criar duas barreiras esse miolo sem competição
ficou medíocre. E essa mediocridade levou para
a sociedade o medo, o medo de conseguir emprego,
de prosperar.

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NOVA ECONOMIA

Seus pais disseram para vocês prestarem concurso,


sejam médicos, advogados ou engenheiros, traba-
lhem para uma empresa grande, não discutam com
seu chefe. Se você tem um bom emprego no inte-
rior do Brasil é desesperador, porque não existe outra
empresa grande na sua cidade provavelmente. E se
você perder o seu emprego de hoje, você não sabe
onde vai arrumar outro emprego. As pouquíssimas
empresas em cada cadeia de valor olhavam para o
talento de cima pra baixo, ela era a dona da decisão, e
não o talento.

O talento é quem tem que tomar a decisão, ele


é quem aporta algo valoroso e diferente em uma
empresa. Mas não foi esse o Brasil que nós criamos e
que chegamos nesses últimos 15 anos. Um Brasil que
recebe a globalização, a massificação da tecnologia,
onde as ferramentas tem seu custo reduzido e as
pessoas passam a acessar essas ferramentas e então
um novo Brasil começa a ser criado. A primeira nova
economia começa a ser criada.

Qual é a dificuldade que uma pessoa hoje tem de


acessar um grande nome é buscar uma referência
global para se pensar uma ideia? Qual dificuldade
uma pessoa tem hoje para começar a pensar no seu
produto/serviço e colocar disponível para a venda?
TENTEM PENSAR NISSO.
POR

Há 20 anos atrás você ia na casa da sua avó e dizia


que ela tinha o melhor brigadeiro do mundo, e
aí você falava que ia vender. Você olhava na conta
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do banco e não tinha dinheiro e o máximo era vender


nas redondezas. Hoje se você vai na casa da sua
avó e você pode entrar no ifood e testar para desco-
brir se é verdade. Há 20 anos atrás, se você fazia
miçanga e vendia isso para seus colegas, o máximo
era fazer isso.

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NOVA ECONOMIA

Hoje você entra no Mercado Livre e se utiliza dessa


convergência de múltiplas tecnologias que trans-
formam o modelo de negócio nesse caso do varejo
e coloca lá que entrega, busca de volta se tem um
problema, faz o pagamento on-line, te ajuda com o
marketing.

Olha a diferença de um brasileiro de 20 anos atrás


e o medo que ele sentia para testar uma ideia e o
brasileiro de hoje. A globalização e a massificação
da tecnologia impulsionam essas ferramentas
permitindo redução do seu custo, e como conse-
quência permitindo que brasileiros possam efeti-
vamente ter uma ideia e executá-la. O meu Brasil
da década de 90 era um Brasil de pensamento e
não de execução. Até que um dia talvez as coisas lá
na frente pudessem dar certo. O Brasil de hoje não
é assim. Estamos em uma plataforma aqui que há
20 anos atrás não teria a mínima condição de existir.
BUQME é um sonho de alguém que olha e diz que
pode levar mais conteúdos de forma fácil e escalável.
Traz pessoas, internet, ferramentas para criar um
bom conteúdo e distribuí isso.

Há 20 anos atrás isso não seria possível, há 20 anos


atrás Whindersson Nunes nascendo no interior
pobre do Piauí não teria a mínima condição de se
tornar quem ele é hoje. A chance disso acontecer
era zero.
POR

Hoje um garoto com talento, conteúdo e celular


entra numa rede social e persevera. E se ele for
DIEGO BARRETO

bom atinge patamares altos que antes empresas


nem prestavam atenção. Empresas tradicionais
entendem esse mundo e mudam radicalmente o
seu modelo de negócios.

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NOVA ECONOMIA

LIDERANÇA
pela transparência

POR

Magalu, Inter, BTG, Ambev, muito bem, competente, expandiu


DIEGO BARRETO

empresas que vão compreen- nacionalmente, criou suas lojas,


dendo esses novos conceitos, no final lojas idênticas às demais
essa agilidade e disponibilidade lojas, no final marca forte assim
da tecnologia e o poder que ela como outras, Casas Bahia, Fast
permite e passam a remodelar Shop, Pão de Açúcar entre
esse modelo de negócio. Vamos outras. Mas no começo dos anos
pegar o exemplo da Magalu. 2000 compreendendo essa
Empresa nascida na década de mudança que chega ao Brasil
50 na cidade de Franca em SP. a Magalu decide se tornar uma
Varejista tradicional, executou empresa de tecnologia.

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NOVA ECONOMIA

Primeira loja
da Magazine
Luiza em 1957

A Magalu revoluciona o mercado pensando que o


consumidor tinha mais acesso às ferramentas e logo
a informação, isso quer dizer que a transparência
aumentou e se isso aumentou ele consegue achar
produtos mais facilmente do que no passado e então
ela não quis mais continuar obrigando o consumidor
a comprar apenas o estoque. E então abriu uma
plataforma para que diversas lojas se "plugassem" na
magalu e em contrapartida as outras lojas disponibi-
lizassem o estoque. No final o consumidor compra
o que quer, mas ele sai satisfeito e então retorna a
Magalu. Porque você não deveria entrar nessa nova
economia? Você deveria porque se pessoas menores
estão fazendo esse movimento e trazendo resultados
POR

enormes, porque gigantes que também fazem vão


ser exemplos específicos.
DIEGO BARRETO

Não mudar implica estar condenado ao


desaparecimento, à insignificância.

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NOVA ECONOMIA

Empresas hoje como Ifood, 99, Loggi, Creditas,


Madeira madeira, Ebanks, Hotmart, Stone,
PagSeguro, Nubank e muitas outras, essas
empresas são o grande exemplo de talentos indivi-
duais pequenos no seu começo que compreendem
isso tudo e em poucos anos se tornam empresas
extremamente relevantes a ponto de colocar em
xeque as estruturas tradicionais que até então
perpetuavam no Brasil.

Esse é o novo Brasil e essas empresas dessa


nova economia, essas pessoas entendem o
valor muito importante da tecnologia. E esse
valor se chama talento.

O talento na Nova Economia tem uma outra


proporção por uma questão simples, a presença
massiva da tecnologia, ela digitaliza tudo aquilo que
não é necessário e na outra ponta, ela dá a flexibili-
dade e poder de criação para as pessoas. Portanto se
eu sou o talento e tenho ferramentas para criar, auto-
maticamente eu construo, começou a mudar a forma
de pensar e fazer.

O talento ganha valor, sai de cena aquele Olimpo


de pessoas sempre iguais, e entra em cena pessoas
com comportamentos diferenciados que não seguem
a linearidade. Tentar, aprender e criar. Eles sobem
a régua constantemente e essas empresas na nova
economia começam a olhar esses talentos e encon-
POR

trar similaridade. Começa então a ruir a barreira do


estrangeiro não poder entrar, de não deixa o empre-
DIEGO BARRETO

endedor perseverar.

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NOVA ECONOMIA

AS EMPRESAS
da nova economia

VOU PEGAR DOIS EXEMPLOS: anos no número de startups, no


POR

Vocês se lembram quando o aumento no número de investi-


Uber entrou no Brasil? Com meia mentos em startups, no aumento
dúzia de pessoas a partir de São do número de fundos em Startup,
DIEGO BARRETO

Francisco, o UBER de um dia para aceleradoras para poder ajudar


o outro escala, entra no Brasil no amadurecimento dessas star-
com força e cadastrar pessoas tups, no aumento do número de
tanto na ponta do consumidor unicórnios no Brasil ou seja essas
quanto na ponta do motorista. barreiras elas estão ruindo e ao
De um dia pro outro o Uber se ruírem elas vão permitindo que
torna uma empresa muito impor- novas empresas entrem nesse
tante nesse país, na outra ponta miolo, expandirem esse miolo e ao
a gente vê no Brasil um aumento expandirem criar oportunidades
ano após ano nesses últimos 10 para os talentos.

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NOVA ECONOMIA

Só que se eu tenho talento eu preciso descobrir o


que ele quer, e por isso a gente começa a falar de um
novo posicionamento das empresas.

As empresas se posicionam de uma forma


diferente nesses últimos anos porque existe
uma demanda, o consumidor que agora acessa
todos os preços, as descrições, origens, acessa
tudo sobre um produto ou serviço, começa a
dizer que eles vão procurar melhor.

O talento é a mesma coisa. Ele pode trabalhar even-


tualmente na sua própria cidade, sem ter que ir para
cidades grandes. O talento agora pode entender
exatamente a partir de plataformas, como a Love
Mondays, que diz se as empresas são boas ou ruins,
com boas e más avaliações. O talento pode a partir de
agora por meio do LinkedIn, WhatsApp, procurar
5/10 pessoas para ver o que tem na empresa.

Esse talento começa com mais opções dizer “essa


eu quero e essa eu não quero”, e começa definiti-
vamente decidir o caminho e os números mostram
e aqui no livro a gente deixa isso bem claro, que
os talentos saindo hoje da universidade cada vez
mais querem as empresas da nova economia. Eles
não querem mais as empresas de lógica linear, as
empresas extremamente hierarquizadas. Empresas
que organizam comitês burocráticos, chatos que
basicamente não conseguem entender o poder da
POR

descentralização, de dar ao talento na ponta a chance


de evoluir de forma responsável com bom senso.
DIEGO BARRETO

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NOVA ECONOMIA

E o talento começa então a se deslocar dessas


empresas velhas que vão cada dia mais se tornam
insignificantes para as empresas novas, que não
necessariamente são novas de idade, vide o caso do
Magalu que citei a pouco, mas são novas de cabeca,
novas para compreender, portanto quando a gente
começa a falar de diversidade, inclusão, sustentabili-
dade, ética, não estamos falando de modinha dessas
pequenas fraudes corporativas escritas nas paredes
de empresas “somos uma empresa diversa e inclu-
siva”, a gente está falando de empresas que olham
para isso e dizem “eu preciso resolver isso caso o
contrário o talento não vai querer vir trabalhar
aqui, e o consumidor não vai querer comprar”, se
você não viu isso acontecendo na prática tão forte,
é uma questão de tempo, como tudo na vida existe
uma jornada e essa jornada está acontecendo.

Por isso essas empresas têm mudado, e por isso as


empresas que têm mudado de forma "falsa", falando
coisas que na prática elas não conseguem entregar,
elas cada vez mais são desmascaradas, o talento e o
consumidor vão se afastando.

POR
DIEGO BARRETO

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NOVA ECONOMIA

UM NOVO
ecossistema
A nova economia no Brasil marca começa a perder a capacidade de
essa emergência e força do talento. entender o novo e se isso é um
POR

Quando o talento emerge, o fato você tem que criar o hábito


talento automaticamente exige de adquirir o novo, porque a sua
DIEGO BARRETO

espaço, exige liberdade para atuar cabeça vai contra você ao longo
e entregar, portanto se você é do tempo, e se você não entende o
um daqueles que fala “geração novo você começa a perder possí-
mimimi”, você deveria começar a veis caminhos que vão te levar para
ler e refletir sobre isso. grandes oportunidades no futuro.

Veja o seu pai falava isso provavel- A nova economia, é sobre essa
mente de você, o seu avô falava do constante aprendizagem do novo
seu pai, a psicologia explica que a porque se a globalização está
partir dos 35 anos de idade você consolidada e a tecnologia chega

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NOVA ECONOMIA

cada vez com mais força e o mundo como um todo


investe cada vez mais em tecnologia, isso significa
que as coisas cada vez mais vão mudar e se as coisas
vão mudar você tem que ter o hábito de adquirir o
que é novo e o que torna você uma pessoa Antifrágil,
que é um outro conceito muito importante na nova
economia. A antifragilidade diferente da resiliência
que a gente tanto ouve falar, vai além.

Resiliência é sobre ser duro, portanto esse livro


é resiliente, você bate nele e ele não rasga, ele é
resistente;

Mas no final ele é o mesmo livro. O sistema imuno-


lógico é Antifrágil, você é contaminado por um vírus
qualquer, seu sistema imunológico vai lá e cria anti-
corpos, portanto quando entra o próximo vírus
daquele mesmo vírus, você está mais forte. Você
eventualmente nem tem mais sintomas e se você
tem é fraco, esse é o conceito da antifragilidade, é
a partir do impacto, do estresse, você evolui e isso é
sobre a nova economia.

A Nova Economia por causa dessa emergência cons-


tante de novas tecnologias, ela vai te obrigando a ter
um processo de aprendizado constante. E à medida
que você vai aprendendo constantemente, você vai
se tornando mais forte e ao se tornar mais forte, você
é diferente do que era há um tempo atrás. Portanto
POR

a mudança é constante, não existe outra opção, no


mundo 40 anos atrás em que tudo que acontecia
DIEGO BARRETO

levaria décadas para chegar no país você tinha tempo


de não mudar. Você tinha tempo de entrar num ciclo
e esperar o ciclo fechar, hoje isso não existe mais. O
WhatsApp existe na sua vida de forma forte há mais
de 10 anos, o ifood existe há mais de 10 anos.

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NOVA ECONOMIA

O Nubank existe há 7 anos, o Peixe Urbano foi criado


e foi uma sensação e já não tá mais aqui entre nós.
O Nubank hoje está ameaçando os bancos tradi-
cionais que estavam aqui há mais de 50 anos. O
Mercado Livre traz uma nova lógica do varejo, o usado
ganhou uma dimensão totalmente diferente nos
últimos anos. A inteligência artificial está cada vez
mais presente nas empresas de tecnologia, ciência
de dados é um departamento que cada vez mais
existe, privacidade é uma discussão que não existia
há 30 anos atrás, há 20 anos atrás você precisava do
seu canal de TV para gerar conteúdo, hoje você acre-
dita em pessoas que vem aqui e coloca sua cara a
tapa, pessoas que não tinham espaço nenhum. Isso
é sobre o novo, os carros elétricos estão chegando, a
energia solar esta chegando cada vez mais nas casas.
Vou pegar o exemplo do carro elétrico, o que vão ser
dos postos daqui há 10 anos?

A nova economia fala sobre isso, existe uma revo-


lução em curso no nível competitivo das empresas e
do país, na forma como as empresas se organizam,
as ferramentas, as pessoas, decisões. E se você não
compreender esse processo e virar uma chave para
que seja um estado de espírito, a chance de você
não aproveitar as grandes oportunidades que estão
surgindo nesse país é enorme.

Portanto, algumas coisas são muito importantes


POR

aqui para eu poder concluir. Primeiro o conheci-


mento está disponível, não espere mais para estudar
quando e se você se inscrever num curso presencial.
DIEGO BARRETO

Segundo as ferramentas estão disponíveis e você é


capaz de aprender de forma on-line e usar da forma
que você imaginar. Terceiro, hoje é possível você ter
acesso a qualquer pessoa que seja inspiradora, que
seja a melhor do mundo. Portanto, na forma de se
imaginar a conexão entre as pessoas, a conexão entre
conteúdo é muito diferente.

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NOVA ECONOMIA

Quarto, as empresas são cada vez mais transpa-


rentes porque querem ou porque são obrigadas.
O quanto você está sendo diligente, estudando
para tomar a decisão do caminho que você quer
seguir. Quinto, o protagonismo está cada vez mais
presente por tudo que expliquei aqui e se ele
está mais presente quais são os hábitos que você
mudou para efetivamente ter mais protagonismo.

A nova economia no final ela se resume


ao comportamento das pessoas e não
compreender isso automaticamente faz do
seu futuro mais difícil.

POR
DIEGO BARRETO

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