Você está na página 1de 4

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO PARÁ - CAMPUS CASTANHAL

RESENHA DE
FILOSOFIA

Docente: Alessandra Bitencourt


Aluno(s): Jaylon Marques
Miguel Raiol

Trabalho apresentado pelo Curso


Técnico em Informática do
Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia – IFPA
Campus Castanhal, como
instrumento parcial de avaliação da
disciplina sistemas operacionais.

Castanhal – Pará
21/11/2023
1. Pensamento de Camus

O homem, antes um ser que se colocava no centro de tudo, sabe agora


que já não carrega valor algum em meio a vida. Alguns apenas vivem o que os
outros dizem o que é viver, outros estão em um modo automático, tudo vem e
tudo vai e apenas aceitamos isso. Há aqueles que na mesma rotina, se
despertam por um segundo, se perguntando pelo menos uma vez na vida “o
que eu estou fazendo?” para depois voltar a monótona vida. A humanidade não
passa de um bando de primatas que cedo ou tarde sabe que irá morrer, mas
ainda assim, busca sentido a esse breve momento que ficara consciente na
sua existência, sentido em um lugar não liga para o indivíduo, tanto faz se
existe um humano a mais na terra ou 3 a menos, isso é indiferente para tudo o
que existe fora da terra, o barulho que a sociedade faz terá como resposta o
silencio do universo. É isso que Camus vem chamar essa relação de absurdo.
Com um breve contexto, o capitulo 3 do livro apresenta um tema
interessante de se tratar, algo que ele nomeia de suicídio filosófico. O suicídio
para Camus é o problema sério para a filosofia, e por que isso seria um
problema? Como dito no parágrafo anterior, o absurdo tira o sentido de viver, e
sem o sentido, nossa vida se torna fútil, gerando uma falta de esperança em
cima do ser, que deseja ao máximo encontrar saídas para esse vazio, e uma
maneira que Camus investiga se o suicídio seria uma solução para escapar
desse absurda. A conclusão é que essa não seria a solução, e sim, apenas
uma desistência, como se você estivesse cedendo a esse absurdo de uma vez
por toda, admitindo que essa relação é demais para nós.
Então se considerarmos o suicídio como uma desistência física do
absurdismo, o que seria o suicídio filosófico? Seria um pensamento, teoria, fé,
entre outros, que soluciona seus problemas com esse vazio sobre sua
existência, só que de forma apelativa e irracional, pois o indivíduo se apoiaria
em ideologias políticas, raciocínios e religiões que lhe fossem mais agradáveis
e condizentes, ao invés de procurar o que é realista, sendo o principal exemplo
a religião. Colocar toda a culpa de algo, no caso em algum deus ou evento, que
não é do nosso controle parece uma forma fácil de escapar dessa realidade
dolorosa, tornando-se a camuflagem para algo que não aceitamos. Vemos
então a semelhança entre os dois tipos de suicídio, formas de escape
temporárias, que de novo, demostram uma desistência de aceitar o absurdo,
sendo demais para nós.
Então como lidaremos com toda essa problemática do absurdo?
Aceitamos e lidamos com uma visão pessimista do problema? Não, para
Camus existe a ideia de um homem absurdo, alguém que sabe que o absurdo
existe, aceita isso, mas a parti dessa ideia, aproveita os momentos oportuno de
sua vida. O homem absurdo não liga para o passado ou para o futuro, ele liga
para o presente, pois como Camus (1941, p.26). disse “Não quero construir
nada em cima do incompreensível. Quero saber se posso viver com o que sei e
com isso apenas.”
Na visão de Camus ele argumenta que a vida é profundamente absurda,
uma vez que o homem busca um significado em um enorme universo que, em
última instância, é indiferente e sem sentido algum. A consciência do absurdo
advêm através da contradição entre o desejo humano de significado e a
aparente total falta de significado do universo.
Em sua obra Camus realça o mito de Sísifo, um condenado pelos
deuses a viver rolando uma Pedro morro acima, somente para ver ela cair e
tendo que repetir o mesmo processo novamente eternamente. Camus usa o
Sísifo como uma metáfora para a posição humana, descrevendo o absurdo da
vida como um esforço contínuo e sem sentindo, assim como Sísifo que levanta
a pedra toda vez mesmo sabendo que em todas as vezes ela vai cair
novamente e ele vai ter que levantar novamente.

2. Respostas ao Absurdo

Em nexo com o suicídio, Camus explica três possíveis respostas ao


absurdo descrevendo cada uma respectivamente:

O suicídio como fuga: Algumas pessoas podem escolher por escapar


do absurdo através do seu suicídio, acabando com suas vidas para fugir do
vazio existencial. Entretanto, Camus diz rejeitar essa escolha, usando como
seu argumento que o suicídio é um renúncio à liberdade e uma rejeição em
enfrentar o desafio de criar significado em meio ao absurdo.

A crença em um sentido transcendental: Alguns podem optar por


buscar um significado em relações de crença, religiosas ou até filosofias que
propõem um significado transcendental. Camus da mesma forma cria uma
critica com essa abordagem, fazendo a consideração que uma fuga ilusória do
absurdo, que não enfrenta diretamente a realidade da condição humana.

A revolta: A resposta que Camus oferece é a revolta, que em si envolve


enfrentar de forma ativamente o absurdo e viver com intensidade mesmo em
um universo aparentemente sem sentido, que a questão da coisa é viver cada
dia como se fosse se último dia, viver de forma intensa, ser intenso. Ele faz
uma sugestão que a aceitação do absurdo e a criação de significado pessoal
em meio da ação e da experiência são formas de rebeldia contra a posição
absurda da existência.

3. Relação Rick e Morty

O seriado “Rick e Morty” não foi de forma direta influenciado pelas obras
de Albert Camus, mas há muitas interpretações que sugerem muitos elementos
do programa que podem ser relacionados ao existencialismo e ao absurdo.
Fâs do seriado e críticos destacam que certos elementos do programa
podem ser facilmente interpretados à luz do existencialismo, que é a corrente
filosófica relacionada ao pensamento de Camus. O personagem Rick Sanches,
por exemplo, é um cientista extremamente inteligente, mas que muitas vezes
no seriado ele se mostra ser desiludido com a vida, em toda a sério ele vive
seus dias como se fossem seus últimos, fazendo aventuras perigosas e
missões quase impossíveis sempre colocando sua vida e a vida de seu neto,
Morty, em risco, Rick mesmo no seriado já disse que ele é só um velho que
vive a vida dele ao máximo de tudo.
A relação do seriado com o pensamento filosófico pode ser visto na
medida em que a séria toca em temas como a busca de significado da vida, a
falta de propósito inerente ao universo e as consequências psicológicas de se
confrontar com o absurdo.

Você também pode gostar