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Eles tinham raiva da sociedade europeia, que, na opinião deles, permitiu que a guerra
aflorasse, então, apreciavam desafiar o nacionalismo, o racionalismo, o materialismo e
qualquer outro “-ísmo”.
Os dadaístas tinham em comum seus ideais. Eles queriam ir em direção oposta ao que
a sociedade pensava na época, inclusive contra as tradições. Para isso, resolveram ir contra as
expressões artísticas do momento, criando a “não arte”. Os dadaístas achavam que a arte havia
traído a humanidade.
Conceito de Dadaísmo
Segundo estudos, o Dadaísmo tem como conceito ser um movimento composto por arte
caprichosa, colorida, espirituosamente sarcástica e, às vezes, totalmente tola.
Quem seguia a linha do Dada era contra a sociedade e, acima de tudo, contra a arte. Eles
queriam destruí-la a partir de uma postura ilógica. No Dadaísmo, celebrava-se a infantilidade.
Não havia preocupação com a estética visual, mas com a ideia. A falta de sentido era o próprio
significado.
O Dadaísmo tinha como estilo o “Shock Art”, ou seja, arte para chocar as pessoas. Com
esse foco, os artistas expressavam-se falando obscenidades, apresentavam humor escatológico,
faziam trocadilhos visuais, entre outros.
O objetivo era provocar o público, o qual, por vezes, sentia-se revoltado com as formas
de antiarte propostas. A intenção dos dadaístas era causar choque e indignação com as suas
expressões.
Técnicas Artísticas
• Colagem: técnica em que pedaços de diferentes tipos de materiais, como papel, tecido
etc., são colados um ao lado do outro ou sobrepostos, de forma a criar uma imagem
composta por essas combinações.
Dadaísmo na Literatura
Os principais nomes da literatura dadaísta são Hugo Ball, autor dos chamados “poemas
sonoros” ou “poemas fonéticos” (sem palavras), e Tristan Tzara, cuja poesia traz sílabas sem
sentido, elipses e imagens obscuras.
No trecho do poema Gadji beri bimba, de Hugo Ball, é possível perceber a ausência de
sentido, com o foco no som das palavras (ou não palavras):
gadji beri bin blassa glassala laula lonni cadorsu sassala bim
gadjama tuffm i zimzalla binban gligla wowolimai bin beri ban
macrocystis pyrifera abraçar os barcos cirurgião dos barcos cicatriz úmida própria
eu ele forço as velas nas orelhas trupànfah helicon e boxeador na varanda o violino do hotel
em baobás de chamas e chamas se desenvolvem em formação de esponjas.”
“Atrocaducapacaustiduplielastifeliferofugahistoriloqualubrimendimultipliorganiperiodiplastipublir
apareciprorustisagasimplitenaveloveveravivaunivc”
Fim do Dadaísmo
Considera-se que o Dadaísmo morreu em 1922, depois que um dos seus precursores,
Tristan Tzara, realizou uma palestra dizendo que, como tudo na vida, o Dadaísmo era inútil.
Em 1924, o Dadaísmo converteu-se ao Surrealismo com o manifesto de André Breton.
O Dadaísmo não teve representação no Brasil, mas estudos indicam que o livro
Macunaíma, de Mario de Andrade, contém características desse movimento.
Hugo Ball, Hans Arp, Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Francis Picabia, André Breton, Max
Ernst, Hannah Höch e Raoul Hausmann.
Obras do Dadaísmo
Curiosidades
Movimento literário e artístico ocorrido no período de 1915 a 1922, fundado pelo poeta
Tzara, o escultor Arp e os escritores Hugo Ball e Richard Hülsenbeck, em Zurique, Suíça. O
espírito do grupo era de violência anárquica, em resposta à 1ª. Guerra Mundial e, esteticamente,
buscavam destruir e negar todas as formas de arte, num apelo ao arbitrário e ao absurdo. Os
dadaístas aplicaram os princípios do absurdo á própria escolha do nome do movimento: a
palavra francesa dada ("cavalinho de pau") foi selecionada ao acaso num dicionário. Na mesma
época, em Nova Iorque, surge um movimento semelhante liderado por Marcel Duchamp, Man
Ray e Picabia. Na Alemanha, Hülsenbeck, cria em 1917, um grupo em Berlim e outro em
Colônia, com a participação de Max Ernst e Hans Arp. Outro movimento dadá surge em
Hanover, a partir do artista Kurt Sch-witters.
fontes:
https://brasilescola.uol.com.br/artes/dadaismo.htm
https://portalartes.com.br/artes/curiosidades/dadaismo.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/dadaismo.htm