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O dadaísmo foi um movimento cultural, artístico e

filosófico que surgiu quase em simultâneo nas


cidades de Zurique (Suíça) e Nova Iorque (EUA),
durante a 1ª Guerra Mundial por iniciativa de de
alguns intelectuais (poetas, artistas plásticos,
músicos…) de várias nacionalidades que aí se
refugiaram.
Deriva da palavra alemã “dada” (sons balbuciados
pelos bébés) e foi descoberta acidentalmente por
Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário
alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que
significa na linguagem infantil “cavalo de
madeira”. Esse nome escolhido porque não fazia
sentido, assim como a arte, que perdera todo o
sentido diante da irracionalidade da guerra.
O Dadaísmo tem como propósito soltar a arte das
correntes racionalistas e fosse apenas o resultado
do automatismo psíquico , selecionado e
combinando elementos por acaso.

Foi um movimento de negação.


Negava a cultura
não professa um estilo específico nem
defende novos modelos e coloca-se
expressamente contra projetos
predefinidos e recusa todas as
experiências formais anteriores

Defendia:
• o absurdo
• a incoerência
• a desordem
• o caos.
Politicamente, firma-se como um protesto contra uma
civilização que não conseguiria evitar a guerra.
Em poucos anos o movimento alcançou, além de
Zurique:
• Barcelona
• Berlim
• Colónia
• Hanôver
• Nova York
• Paris.
• Os artistas utilizavam objetos do cotidiano,
fotografias, jornais e diversos outros
elementos, no mínimo, inusitados, para se
fazer arte até aquele momento.
• O dadaísmo foi, talvez, o primeiro
movimento artístico que rejeitou totalmente
qualquer outro estilo anterior. Aliás,
transformar qualquer coisa em obra de arte
era, na verdade, uma forma de crítica ao
sistema da arte.
Dadá em Paris
Muito antes de Tristan Tzara, em Paris, tinha-se
notícia que na capital francesa já existia atividades
dadaístas. Um poeta romano mantinha
correspondência com Guillaune Apollinaire e era
colaborador da revista Nord-Sud, dirigida por
Pierre Deverdy e Sic, cujo o diretor era P.A. Birot.
Esta revista que fundirá em Paris a ideologia
dadaísta.
O fim do movimento Dadá

As profundas desavenças entre Tristan Tzara e


André Breton, tiveram como consequência o
desaparecimento do movimento dadaísta com o
tal nascimento do Surrealismo.
O fim do movimento dadaísta, em 1923 deu-se
após um escândalo. A partir desse momento Tzara
se dedica a rezar o “Oracion Fúnebre por Dadá”
em diversas reuniões celebradas em distintas
cidades da Alemanha.
O dadaísmo foi mais um estado de espírito,
oriundo das convulsões geradas pela I Guerra
Mundial, do que propriamente um movimento
com leis e estruturas próprias; sob seus escombros
erguer-se-ia porém o Surrealismo, e algumas de
suas intenções foram retomadas pelos adeptos da
Pop Art.
Características da pintura:

• Qualquer matéria serve para a composição heterogênea dos temas;


• Cores grossas, corpulentas, empegadas como fatias, colagens;
• Emprego de figuras mecânicas com função de bombas elétricas;
• Pinturas com sugestões escultóricas, umas vezes com tendências
surrealistas, outras, abstracionistas.
Principais artistas
Os principais artistas do dadaísmo foram:
•Marcel Duchamp (1887-1968)
•François Picabia (1879- 1953)
•Max Ernest (1891-1976)
•Man Ray (1890-1976)
•Hannah Höch (1889-1978).
Marcel Duchamp (1887-1968)
Nas artes visuais, os ready-made de
Duchamp constituem manifestação cabal
de um espírito que caracteriza o dadaísmo.
Ao transformar qualquer objeto escolhido
ao acaso em obra de arte, Duchamp realiza
uma crítica radical ao sistema da arte.
Assim, objetos utilitários sem nenhum valor
estético em si são retirados de seu contexto
original e elevados à condição de obra de
arte ao ganhar uma assinatura e um
espaço de exposição, museu ou galeria.
Marcel Duchamp (1887-1968)

o termo ready-made significa "objeto pronto",


ou seja, um objeto que não foi o artista quem
produziu, mas sim quem elegeu como arte.
Francis Picabia (1879-1953)

Pintor e escritor francês. Envolveu-se sucessivamente com


os principais movimentos estéticos do início do século XX,
como Cubismo, Surrealismo e Dadaísmo. Colaborou com
Tristan Tzara na revista Dada.
Suas primeiras pinturas cubistas eram mais próximas de
Léger do que de Picasso, demonstram exuberância nas
cores e sugerem formas metálicas que se encaixam umas
nas outras. Formas e cores tornaram-se a seguir mais
discretas, até que por volta de 1916 o artista se
concentrou nos engenhos mecânicos do Dadaísmo, de
índole satírica. Depois de 1927, abandonou a abstração
pura que praticara por anos e criou pinturas baseadas na
figura humana, com a superposição de formas lineares e
transparentes.
Francis Picabia (1879-1953)
Hannah Höch (1889-1978)
Hannah Höch, foi uma das mais importantes representantes do
movimento dadaísta e precursora da fotomontagem. Hannah refletiu nas
suas obras a justaposição entre a mulher alemã moderna e a mulher
alemã colonial De 1912 a 1914, estudou no Colégio das Artes em Berlim,
sobre a orientação de Harold Bergen. Estudou desenho em vidro e artes
gráficas. Em 1915, Hannah começou uma influente relação com Raoul
Hausmann, membro do movimento Dada de Berlim, e já em 1919 estava
totalmente envolvida com o Dadaísmo, colaborando com as suas
publicações e tornando-se pioneira na arte da fotomontagem. A sua
primeira exposição importante foi organizada em conjunto com outros
artistas dadaístas alemães, em Berlim. No ano de 1920 mudou-se
para Roma e depois para Praga, onde participou das manifestações
dadaístas. Mais tarde, em Paris, fez amizade com Mondrian. Embora,
durante a sua vida, o seu trabalho nunca tivesse sido verdadeiramente
aclamado, ela continuou a produzir as suas fotomontagens e a exibi-las até
à data da sua morte.
Hannah Höch (1889-1978)
Proposta de trabalho
Inspirando-te nas obras da artista plástica Hannah

Höch, realiza um trabalho de fotomontagem, tendo em

conta as características e ideologia do movimento DADÁ.

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