Mushoku Tensei Jobless Reincarnation Vol. 12 - Compressed

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Índice
Inserções de cores
Folha de rosto
Direitos autorais e créditos
Página de índice
Capítulo 1: Chegada
Capítulo 2: Confirmando a Situação
Capítulo 3: Entrando no Labirinto
Capítulo 4: Sua Perspectiva Emocional
Capítulo 5: O Mago Indomável
Capítulo 6: Fácil como Torta
Capítulo 7: Os Círculos Mágicos no Sexto Andar
Capítulo 8: O Guardião do Labirinto de Teletransporte
Capítulo 9: Combate Mortal
Capítulo 10: Pais
Capítulo 11: Olhando para o Futuro
Capítulo 12: Vamos para casa
Capítulo 13: Retorno
Capítulo 14: Relatório
Capítulo 15: Carnificina
Capítulo 16: Antes de Seu Túmulo
Sobre o autor: Rifujin na Magonote
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Capítulo 1:
Chegada
A CIDADE LABIRINTO de Rapan era única.
Rapan estava sentado no meio de um vasto deserto, preso dentro de uma

enorme e peculiar jaula branca. Uma pessoa curiosa que se aproximasse descobriria que
esta jaula era na verdade construída com ossos – de algum gigante morto há muito tempo.
Só as costelas eram grandes o suficiente para envolver toda a cidade.
A certa altura, a cidade não passava de um pequeno oásis. Os restos do gigante

o transformaram e agora estava cercado por um número chocante de labirintos, tornando-o
um destino atraente para inúmeros aventureiros. Graças a esses aventureiros vindos de todo
o mundo, em busca de enriquecimento rápido, a cidade se tornou um palco onde
tanto finais felizes quanto tragédias eram encenadas.
Esta cidade, envolta em um turbilhão de caos, é atualmente uma das maiores

e mais proeminentes do Continente Begaritt.
—Trecho de Wandering the World, do

aventureiro e autor Bloody Kant
***
Eu tinha uma vaga lembrança das informações contidas em Wandering the

Mundo. Rapan era uma grande cidade cor de terra, aninhada no meio de seus
característicos doze pilares brancos, com construções feitas de barro e materiais obtidos de
feras regionais. Eu tinha visto muitas cidades com a mesma estética no Continente Demônio.
Dito isto, este lugar era inesperadamente verdejante, talvez graças ao oásis junto
aos pilares de osso. Mesmo de longe, pude ver uma linha do que pareciam ser palmeiras.
A atmosfera também era única. Havia algo parecido com um cheiro desagradável no ar, não
muito diferente dos lotados mercados de escravos.
"Surpreso? Esses pilares são na verdade costelas de um gigante.”
1 Goldenagato | mp4directs. com

Ainda estávamos caminhando enquanto eu inspecionava a área quando Galban me

chamou orgulhosamente. Graças à atual formação do nosso grupo, tenho conversado muito
com ele ultimamente. O homem adorava se gabar. Suas histórias sempre foram incríveis e
lisonjeiras, com veracidade questionável, mas fáceis de desfrutar se você suspendesse a
descrença.
“Quando o grande herói, o Deus do Norte de segunda geração Kalman, visitou esta
terra, ele e seus companheiros derrotaram um gigante que assolava o deserto. Eles se
banquetearam com um pouco de sua carne e deixaram o resto de seus restos apodrecendo,
deixando o que você vê agora: ossos que se recusam a apodrecer, sendo um
testemunho da passagem do tempo.”
"Uau."
Então esta terra tinha alguma conexão com o Deus do Norte Kalman, hein? Eu
conhecia algumas histórias sobre ele, mas nunca tinha ouvido nada sobre ele ter matado um
gigante antes. Eu mesmo tinha visto um gigante enquanto viajávamos, mas era grande demais
para sequer considerarmos aceitá-lo. Você teria que ser louco para tentar. Eu me perguntei
como ele conseguiu isso. Bem, o Deus do Norte aparentemente derrotou um Rei Demônio
imortal e um dragão enorme, então talvez ele apenas tenha criado como hobby derrotar monstros
com quantidades colossais de HP.
“As formigas estavam entre os numerosos monstros que se banqueteavam com a

carne do gigante caído e são a causa dos numerosos labirintos da cidade.
Quando os monstros devoram outros monstros que são mais fortes do que eles, eles, por sua
vez, dão origem a descendentes poderosos. Essas formigas mutantes cavaram inúmeros
ninhos, e todos os ninhos se transformaram em labirintos.”
"Oh, eu vejo."
Quando o gigante morreu, insetos atacaram-no. Então começaram a se reproduzir

e a criar ninhos. Ao longo de muitos anos, esses insetos começaram a morrer, os ninhos
começaram a sofrer mutações e assim nasceram os labirintos.
Então foi assim que aconteceu, pensei.
Mas a parte sobre comer monstros fortes e dar à luz descendentes poderosos...
Isso tinha que ser um conto popular, não mais verossímil do que os contos de como comer
a carne de uma sereia lhe daria a imortalidade. Se fosse verdade, então as pessoas do
Continente Demônio, que consumiam carne de monstro diariamente, deveriam ser muito mais
fortes do que eram. Monstros

pode ser uma exceção especial à regra, mas não comprei.
Espere. Na verdade, isso poderia explicar a maior taxa de pessoas fortes, como
como Badigadi e Kishirika, tendo nascido lá? Os próprios monstros eram apenas versões
mutantes de animais normais. Faria certo sentido se as pessoas também pudessem dar à luz
esses mutantes…
Oh droga. Eu mesmo comi bastante carne de monstro. O que eu faria se meu filho
com Sylphie nascesse e de repente declarasse: “Eu sou o Imperador do Mundo Demoníaco!”?
Eu poderia encontrar um parentesco repentino com os pássaros que chocaram seus ovos,
apenas para descobrir um filhote de cuco escondido entre eles.
“Aventureiros e comerciantes de todo o mundo se reúnem aqui”

Galban continuou o monólogo.
Itens mágicos foram produzidos em massa. Implementos mágicos e armaduras

voaram das prateleiras. Não importa quantos cristais mágicos – também conhecidos como pedras
mágicas – ou cristais magicamente imbuídos você tivesse, nunca eram suficientes. Contanto
que seu estoque fosse de certa qualidade, você poderia ter certeza de que tudo seria vendido
a preços altos. Esta foi uma terra onde os sonhos dos comerciantes se tornaram realidade.
É verdade que chegar aqui exigia conhecimento de como atravessar o deserto,

entre outras coisas. Apenas alguns poucos poderiam criar o hábito. O resto certamente
encontraria um comércio mais lucrativo e seguro se fosse para o Continente Central.
Então, novamente, um peixe num pequeno lago nada sabia sobre o oceano. Galban
parecia bastante bêbado com seu próprio narcisismo, então eu não pretendia estragar sua diversão.
A economia só funcionou graças a comerciantes como ele.
Nos despedimos de Galban após chegarmos em Rapan. Aparentemente, seu

grupo iria armar sua barraca na periferia da cidade. Nosso tempo juntos foi curto, mas aprendi
muito com o grupo dele e eles cuidaram de nós.
"Obrigado por tudo."
"Mesmo aqui. Se você precisar de alguma coisa novamente, é só dizer.
Foi uma despedida rápida. Eu mantive minhas despedidas mínimas, fazendo apenas uma reverência

para Balibadom e Carmelita. As coisas ficaram um pouco tensas no final, mas eu esperava
que não houvesse má vontade entre nós.
Agora precisávamos procurar Geese. Ou Paulo. Eu certamente esperava que eles

estivessem aqui, já que havíamos corrido até aqui. Ainda faltava algum tempo para o pôr
do sol e, normalmente, iríamos procurar uma pousada primeiro, mas talvez devêssemos
priorizar a procura por essas duas.
“Como vamos fazer isso?” Perguntei.
“Excelente pergunta”, disse Elinalise. “Esta cidade é grande o suficiente para ter
uma Guilda de Aventureiros, então vamos lá primeiro.”
"Entendi."
Eu teria preferido deixar nossa bagagem primeiro, mas tudo bem, isso
trabalhado. De qualquer forma, eu queria ficar na mesma pousada que Geese e Paul,
se possível.
Quando perguntamos sobre a localização da guilda, fomos apontados para

o centro da cidade, local habitual para tais coisas. As pessoas que navegavam
pelas ruas eram principalmente comerciantes. A maioria usava o mesmo traje de Galban:
turbante; tecido simples e fluido que envolve todo o corpo; e barbas cheias. Eles andavam
pelas ruas, puxando camelos com eles, espalhando suas mercadorias à venda na beira
da estrada. Muitos estavam tão completamente enfaixados que nenhuma parte de sua
pele era visível.
Entre aqueles que ergueram beirais de tecido estava um indivíduo em particular que
usava uma roupa saída diretamente de Aladdin. A loja deles era um armazém geral, que
vendia luminárias feitas de metal e potes com desenhos curiosos. Tudo tinha um sabor muito
árabe. Aposto que se você tocasse flauta, uma cobra vermelha colocaria a cabeça para fora
de um vaso para dar uma olhada.
Ao nos aproximarmos da Guilda dos Aventureiros, vi várias pessoas vestidas com

trajes familiares de aventureiro. Devia haver muitas pessoas nesta área que eram originárias
do Continente Central. Todos eles tinham rostos desgastados pela batalha; provavelmente
aventureiros rank S especializados em mergulho em labirinto.
A maioria usava roupas bem leves. Era perigoso sair para a luz ofuscante do sol sem uma
ampla cobertura para proteger a pele, mas provavelmente não haveria problema, desde que
não se aventurassem lá fora por longos períodos.

O prédio da Guilda dos Aventureiros foi esculpido em uma pedra enorme,

provavelmente através de magia. Percebi imediatamente porque parecia algo que eu mesmo
poderia ter feito, embora a complexidade de sua construção ultrapassasse minhas
capacidades. Havia um relevo requintado esculpido na entrada, e o interior, assim que você
entrava, era bem ventilado o suficiente para ser refrescante.
A vibração dentro da guilda era quase a mesma do resto da cidade, mas

sendo o tipo de cidade que era, não havia aventureiros novatos à vista.
Todos pareciam poderosos. Aqueles que mais chamaram minha atenção tinham rosto e corpo
cheios de cicatrizes. Todos pareciam ter um passado duvidoso. Mas eu não. Eu levei uma vida
protegida – sem xadrez, sem listras, sem manchas.
“Ok, vamos começar a perguntar sobre Paul e Geese”, disse Elinalise.
“Parece bom”, concordei. “Tenho certeza de que encontraremos algo se perguntarmos.”
“Geese já deveria ter uma rede de informações aqui, então tenho certeza que ele ouvirá
falar disso se formos bisbilhotar usando o nome dele… Ah, parece que isso não será necessário.”
Segui o olhar de Elinalise para descobrir um homem com cara de macaco em um canto da guilda.
Ele estava conversando profundamente com um homem-fera empunhando uma espada.
— Vamos, estou perguntando a você — implorou Geese. “Você também deve uma a ela;
Eu sei isso."
“Você está pedindo o impossível.”
“Você não pode simplesmente dobrar isso uma vez? Esta é uma corrida contra o tempo.”
“Já faz um mês, não é? Ela está morta."
“Não,” Geese balançou a cabeça. "Não tem jeito. Mesmo que ela esteja, temos que
pelo menos entre e verifique; encontre seus restos mortais. Vamos, estou te implorando. Eu
mesmo vi sua habilidade; É por isso que estou aqui. Até te pago o dobro, se é isso que você quer.”
Ele tinha uma expressão desesperada no rosto. Eu nunca imaginei que a pequena
doninha pudesse fazer esse tipo de cara.
“Desculpe, mas tente outra pessoa. Não estou ansioso para morrer.
Geese tentou por um tempo persuadir o homem, mas finalmente o homem-fera

balançou a cabeça e Geese estalou a língua alto o suficiente para que pudéssemos ouvir de
onde estávamos. “Tch, seu maldito covarde! Não acredito que você se incomodou em se
considerar um aventureiro com essa atitude!”
"Sim, sim, diga o que quiser." O homem saiu pela porta sem sequer olhar para trás.
Era raro ver Geese xingar alguém. Não, na verdade, eu não sabia muito sobre ele.
Os gansos que encontrei no passado eram mais alegres, e eu disse isso. “Parece que ele está
realmente encurralado.”
“No entanto, é assim que ele costuma ser”, disse Elinalise.
"Realmente? Eu meio que tive uma impressão diferente dele.”
“Ele deve ter tentado parecer mais maduro na sua frente. Ei, gansos!
Geese virou a cabeça, procurando. Seus olhos se arregalaram quando ele

nos avistou e nos arrastou em nossa direção. “Ah, ei! Se não for Elinalise!”
“Desculpe por mantê-lo esperando”, disse ela.
Geese deu uma risada vazia. “De jeito nenhum, você está aqui muito mais rápido
Então eu pensei." Ele abriu um sorriso enquanto batia no ombro dela.
“Na verdade, como diabos você chegou aqui tão rápido, hm? Faz apenas seis meses desde
que enviei aquela carta. Ahh, você não deve ter lido, né? Provavelmente senti sua falta
enquanto você estava viajando.
“Falaremos sobre isso mais tarde. O que está acontecendo com Zenith?” Elinalise
perguntou.
Seu rosto ficou nublado. "Nada bom. Enviei aquela carta para você porque achei
que seria um assunto demorado. Porém, para ser honesto... Bem, podemos conversar sobre
isso mais tarde também.”
Aparentemente, as coisas não estavam indo bem, mas já esperávamos isso.

Minha esperança excessivamente otimista de que eles teriam resolvido tudo quando
chegássemos aqui rapidamente se provou falsa.
“Por enquanto”, interrompi, “você poderia, por favor, nos guiar até onde meu
pai é?"
Os olhos de Geese se abriram quando ele olhou para mim. Então ele começou

coçando o lábio superior. “Oh, ei... é você, não é, chefe? Você com certeza ficou maior.
“E você com certeza não parece ter mudado, senhor Geese.”
“Eca, chega. Isso me dá arrepios. Apenas me chame de 'novato' como você costumava
fazer.”
Ahh, essa troca com certeza trouxe lembranças.
“Meu Deus, vocês dois com certeza parecem ser próximos”, comentou Elinalise em
diversão.
Ao ouvir isso, Geese sorriu. “Bem, nós dividimos uma cela juntos, hein, chefe?”
“De fato”, eu disse, “isso certamente traz lembranças.”
Ah, nostalgia – o tempo que passei completamente nu naquela cela no

Aldeia da tribo Doldia. Foi depois que cruzei o mar do Continente Demônio para o
Continente Millis, fui pego em um incidente de sequestro e arrastado de volta para sua aldeia.
Entre os Doldia, aqueles que enfrentavam crimes graves eram despidos e atirados para uma
cela. Recebi o mesmo tratamento com base no fato de ter sequestrado a Besta Sagrada e
tentado cometer atos sexuais com ela. Essas eram alegações falsas, é claro. Quem diabos
tentaria cometer atos sexuais com um cachorrinho? Enfim, foi lá que conheci Geese. Seu crime
foi menor, provocado por sua própria ganância. Ele tinha sido um ladrão bastante generoso.
“Ah, isso é o suficiente. Vou levá-lo até onde Paul está”,

Geese disse, dando outro sorriso vazio enquanto deixamos a Guilda dos Aventureiros para
trás.
Paul estava hospedado em uma pousada na esquina da cidade. O prédio foi construído
de barro e pedra e era voltado para aventureiros rank B, pelo menos para os padrões do
Continente Demônio. Não era luxuoso nem dilapidado.
Assim que chegamos à entrada, Geese nos disse: “Ouçam bem, Paul está bastante mal
agora. Então, Elinalise, eu sei que você tem muito a dizer, mas guarde dessa vez.”
“Não posso fazer nenhuma promessa”, respondeu ela, balançando a cabeça.

Geese forçou um sorriso e encolheu os ombros, deixando por isso mesmo.

Ainda assim, era com Elinalise que estávamos conversando. Ela não iria de repente se tornar
hostil e agressiva. “Você também, chefe. Não comece uma briga como você fez da última vez,
entendeu? Tenho certeza que você tem muito a dizer, mas apenas... tente não culpá-lo
muito, ok?
Devia ser muito ruim para Geese fazer um preâmbulo tão longo.
Além disso, eu já tinha visto Paul quando ele estava mais fraco e fugindo de seus problemas.
Eu só tive que me preparar mentalmente para algo semelhante.
Embora sua aparência possa sugerir o contrário, Paul não era o mais
mentalmente durável. Se algo ruim acontecesse, ele cairia em depressão imediatamente.
Eu não chegaria ao ponto de chamá-lo de um desastre emocional, mas ele não tinha resiliência
para lidar com grandes contratempos. Imaginei que ele voltaria a ser tão autoconfiante quanto
era quando morávamos em Buena Village assim que encontrássemos Zenith, mas quem sabe?
Este foi um passo essencial. Eu precisava ter a mente aberta o suficiente para
as pessoas me chamariam de Buda Rudeus.
“'Ok, vamos entrar'”, disse Geese, e entramos.
Não havia porta, apenas uma cortina que separava o interior do

fora. O primeiro andar da pousada era basicamente igual a todos os outros que eu já tinha
visto, com mesas para as pessoas comerem. Os materiais utilizados para a construção das
referidas mesas eram diferentes, assim como a sua disposição, mas fora isso era o mesmo.
Reconheci Paul de relance. Sua metade superior estava jogada em cima de uma mesa.
“Ah…!” Alguém engasgou baixinho.
Era Lilia, parada ao lado de Paul. Mesmo neste continente, ela ainda usava seu uniforme
de empregada. Seu cabelo normalmente arrumado estava desfiado e seu rosto estava abatido de
exaustão. Ainda assim, ela se iluminou quando nossos olhos se encontraram. Ela se curvou
para mim e imediatamente cutucou as costas de Paul.
A mulher que estava sentada bem na frente de Paul se levantou. Ela olhou para
meu rosto e recuou vários passos, então de repente abaixou a cabeça. Seu corpo estava
coberto por um manto. Qual delas era ela mesmo – Vierra ou Shierra? Eu tinha certeza que ela
era Shierra. Eu a conheci em Millishion – ela era contadora, certo?

Seu rosto estava pesado de exaustão. Todos eles eram.
Sentei-me em seu lugar, plantando-me bem em frente a Paul.
“Mestre, Lord Rudeus chegou”, anunciou Lilia.
“Hum…?” Persuadido por seu estímulo, Paul levantou lentamente a cabeça. Ele tinha
olheiras sob os olhos. Todo o seu corpo estava magro e emaciado.
Ele parecia horrível, mas não havia barba por fazer em torno de sua mandíbula e seu cabelo
estava bastante bem cuidado. Ele também não estava mais mergulhado no fedor do álcool.
Ainda assim, eu poderia dizer que ele estava perdendo o juízo. Fiquei feliz por termos vindo. Vendo
a condição em que ele se encontrava me disse que tinha sido a decisão certa.
“Rudy...?”
"Pai. Faz algum tempo."
Ele olhou para mim, os olhos atordoados e desfocados. Quase como se ele não estivesse
inteiramente acordado. Não, talvez ele estivesse dormindo. Cochilando inconsciente
enquanto estava caído sobre a mesa.
Já fazia muito tempo desde a última vez que nos vimos. Da última vez, ele gritou e me
repreendeu. Mesmo que ele tenha se sentido encurralado naquele momento, eu ainda retribuí
suas palavras fortes na mesma moeda, e isso se transformou em uma briga.
Hoje nao. Hoje eu era o Buda Rudeus.
"Huh? Isso é estranho, posso ver Rudy. Ha ha, e aí, Rudy? Tem sido
contanto. Parece que você está indo bem. Como estão Norn e Aisha?” ele perguntou, seu
rosto sombrio e nublado.
Honestamente, a reação dele não foi o que eu esperava. Achei que ele seria exatamente
como antes: bêbado e fugindo de seus problemas. Ostentando um frasco em uma mão, gritando
comigo.
“Uh, eu os acolhi. Eles estão morando na Cidade Mágica da Sharia, certo

agora. Eles estão bem. Deixei-os aos cuidados de algumas pessoas de confiança, só para
garantir.
“Ok, sim, isso faz sentido. Tão confiável como sempre, Rudy. Ah, como você está,
aliás? Fazendo bem?"
"Ah, sim... acho que estou."
Ele sorriu, irreverente e despreocupado. Um sorriso impróprio para o

circunstâncias, como se ele tivesse perdido todo o ânimo. “Ok, bem, isso é bom. Isso é o mais
importante.”
Não havia vida em seus olhos. Talvez seu espírito tivesse cedido e ele tivesse se tornado
nada mais do que uma casca vazia. Lancei a Geese um olhar nervoso, mas ele apenas acenou
de volta severamente.
Seriamente? Foi isso que Paulo se tornou?
“Rudy...” Paul levantou-se e cambaleou ao redor da borda do

mesa em minha direção. Então ele me puxou para um abraço apertado. “Eu sou... um bastardo sem
esperança.”
Eu apenas retribuí silenciosamente o abraço.
Talvez ele estivesse desesperado. Talvez ele nunca mais voltasse a ser como era. Eu
mal podia acreditar, não quando ele tinha um neto a caminho. Mas tudo ficaria bem agora que eu
estava aqui. Eu faria algo para consertar isso. Essa foi a razão pela qual eu vim.
“Eu não posso salvar sua mãe. Não consigo nem cumprir as promessas que fiz. Eu tenho
falhou completamente com você como pai também. Eu realmente sou um bastardo sem esperança.”
“Por favor, não se preocupe. Eu estou aqui agora. As coisas vão ficar bem.
“Urgh… Rudy, você realmente ficou grande, não é?” Ele apertou
meus ombros tensos. Doeu um pouco, mas eu não reclamaria.
“Eu realmente fiz. Eu vou ter um filho em breve também. Então é só deixar
descanse para mim e reserve um tempo para relaxar.


"Huh? Uma criança?!” Um grito estrangulado escapou da garganta de Paul e a luz voltou
a inundar seus olhos. “O quê?!” Ele parecia totalmente perplexo enquanto batia as mãos no meu
rosto. “Espere, você é realmente real?”
"Eu sou de fato."
“Então isso não é um sonho?”
“Sou sonhador o suficiente para parecer um, certo?” Eu brinquei.
“Sim, definitivamente é você.” Ele piscou várias vezes e depois olhou em volta.
Os olhos de Lilia encontraram os dele. “Bom dia, Mestre.”
“Ah, é você, Lilia. Quanto tempo eu dormi?
“Desde que Lord Talhand saiu para fazer compras, cerca de uma hora.”
"Ok, acho que eu ainda estava meio acordado." Ele balançou a cabeça e
esticou o corpo.
Ah-ha, então ele estava meio adormecido, pensei. Afinal, ele não era uma casca.
Bom. Eu era muito jovem para ficar cuidando do meu velho.
Paul retomou seu lugar e se virou para mim. Então, como se estivéssemos refazendo
toda a reunião, ele perguntou: “Rudy, por que você está aqui?”
"Eu já te disse. Eu vim para ajudar.”
“Não, não é isso que quero dizer.”
Eu balancei minha cabeça. Eu tinha antecipado essa pergunta. Já havíamos tido

uma confusão de comunicação semelhante antes e isso se transformou em uma briga, mas
desta vez tudo ficaria bem. Eu tinha visto a carta dele e Norn e Aisha estavam sob meus
cuidados. "Tudo está bem. Norn e Aisha também. Eles estão sendo cuidados,” eu disse,
repetindo o que já havia dito há pouco.
“Ah, ok.” Paul parecia confuso. Ele estendeu a mão para dar um tapinha no meu
corpo novamente, quase como se estivesse verificando se eu realmente estava aqui. “Não,
mas... quero dizer, você não chegou aqui rápido demais?”
“Escolhemos um método de transporte um tanto único. tenho certeza que vou ter que
explique quando é hora de ir para casa.”
“Único, hein? Bem, conhecendo você, acho que é possível. Paulo olhou
estupefato quando ele deixou cair os ombros, a boca ainda aberta.

“Bem, só para esclarecer tudo, por que você não me conta o que aconteceu
depois que Geese enviou aquela carta?”
“Uh, não, espere. Estou meio confuso.
"Tudo bem então. Por que você não bebe um pouco de água e tenta se
acalmar?” Usei minha magia da terra para conjurar um copo, magia da água para enchê-lo e
depois passei para Paul.
Ele pegou prontamente e engoliu o líquido. Assim que terminou, ele soltou um grande
suspiro. “Desculpe, fiquei um pouco chocado. Eu sabia que Geese tinha saído sozinho e
enviado aquela carta. Achei que demoraria um pouco até você chegar.
“Corremos o mais rápido que pudemos”, eu disse.

Paul forçou um sorriso. “Apressado é um eufemismo.”
Um mês e meio. Do ponto de vista de Paul, pouco mais de seis meses se passaram
desde que enviaram a carta. Isso foi considerado rápido? Eu suponho que sim. Normalmente,
demoraríamos mais um ano para chegar aqui. Paul provavelmente imaginou que ainda
teriam mais dez meses de espera.
De repente, ele colocou a mão no queixo, claramente quebrando a cabeça. Ele

parecia nervoso quando perguntou, sua voz lenta e decidida: “Então, você acabou de dizer algo
sobre ter um filho?”
Ah, sim, eu tinha. Não era algo que eu pretendia esconder dele, mas talvez ele
estivesse com raiva de mim, pensando: Por que você está se divertindo tanto enquanto
estou aqui lutando?
Construí minha resposta com cuidado. “Bem, a verdade é que me casei enquanto
frequentava a Universidade de Magia.”
"Casado?" As sobrancelhas de Paul franziram. "Com quem? Ah, talvez Éris?
“Não, Sylphie”, corrigi. “Nos encontramos novamente na universidade.”
“Sílfia? Você quer dizer aquele da Vila Buena? Então, ela estava viva, hein?
"Sim, embora ela também tenha passado por momentos difíceis."
Paul coçou o queixo, ainda parecendo surpreso. Eu enviei várias cartas para
ele, mas aparentemente ele não os recebeu, afinal. "Você poderia me dizer o que levou
exatamente a esse casamento?"

“Ah, claro. Sim. Eu provavelmente deveria ir em frente e fazer isso.”
Resolvi explicar o que havia acontecido depois de enviar a primeira carta. Como me matriculei
na universidade e tudo o que aconteceu a partir daí, até meu casamento. Escolhi minhas palavras com
cuidado enquanto avançava. Honestamente, eu não tinha nada além de boas lembranças do meu
tempo na escola. Certamente teve seus pontos baixos, mas também não seria exagero dizer que eu tive
o melhor momento da minha vida lá. Fiz amigos, encontrei minha esposa e me diverti muito.
Tentei manter o relato dos acontecimentos o mais objetivo possível, mas

não conseguia esconder. Não havia como negar que eu me diverti lá.
"Eu vejo. Então... uma criança. Meu neto…”
Eu estava preparado para ele me repreender. Afinal, o fato de eu ter um filho significava que
eu estava praticando o ato que levou à sua criação, numa época em que Paul trabalhava
desesperadamente para tentar salvar Zenith. Seria natural se ele estivesse chateado. O prazer
deveria ser compartilhado, e Paulo estava vivendo uma vida de abstinência.
No momento em que eu estava pensando nisso, a cabeça de Paul caiu. "Desculpe. Você é
prestes a se tornar pai, mas você teve que vir aqui porque eu não valho nada.”
Uma desculpa. De Paulo, nada menos!
“Não, na verdade, quem se sente mal sou eu. Ainda nem encontramos mamãe e estou
seguindo em frente com minha vida.”
“Não, não posso culpar você por isso. Afinal, eu dormi com Lilia uma vez,
também."
Bem, afinal de contas, eles eram marido e mulher, então eu realmente não via mal nenhum
nisso.
“Eu pretendia esperar até salvarmos Zenith. Eu realmente sou patético. Paul baixou os
olhos, parecendo que ia chorar de novo. Ele era tão frágil. Como porcelana.
Lilia interrompeu de repente: “Fomos atacados por uma súcubo. Não tivemos escolha.”
“Mesmo assim, você… Ahh, porra.” Paul aninhou a cabeça entre as mãos enquanto as
memórias voltavam à tona.

Uma súcubo, hein? Nesse caso, realmente não foi culpa dele. Eu
mesmo os encontrei e realmente não havia como resistir a eles. Eles expuseram os
cantos mais sombrios do seu coração... embora seus ataques pudessem ser anulados
pela magia de desintoxicação. Paul tinha um curandeiro em seu grupo que deveria
ser capaz de fazer isso.
Virei minha cabeça para Shierra, que entrou em pânico no momento em que sentiu
meus olhos nela. “E-eu sinto muito. É que… eu estava com tanto medo do capitão. Eu
não pude fazer nada.”
“Rudy, por favor, não a culpe. Eu sou o culpado.”
Quando Paul estava excitado, ele provavelmente atacava qualquer mulher

estavam ao seu redor. Deve ter sido assustador ver um homem como ele dominado
pela luxúria – especialmente considerando que Paul era o principal causador de danos do
grupo. A magia de desintoxicação não poderia ser realizada a menos que você tocasse
fisicamente uma pessoa. Não era surpresa que eles não tivessem conseguido prendê-lo
por tempo suficiente para usá-lo. Lilia deve ter se adiantado para usar seu corpo para
resolver o assunto.
“Sim, encontrei súcubos no caminho até aqui. Eu entendo o quão aterrorizantes eles
são. Não havia nada que você pudesse ter feito contra isso.”
“Mas Talhand não foi completamente afetado. Eu fui o único que não resisti”,
desesperou-se Paul.
Pensando bem, o grupo deles tinha outro homem. Talhand foi completamente
resistente? Como isso funcionou? Difícil de acreditar que qualquer homem pudesse sair ileso.
Talvez as artimanhas da súcubo não funcionassem com os anões?
Enquanto eu considerava as possibilidades, Paul fixou o olhar em mim.

"O que é?" Perguntei.
Paul coçou o lábio superior. “Nada, é só… Você parece mais confiante e assertivo
do que antes.”
"Huh?"
Eu não tinha notado até que ele me apontou. Pensando bem, quando
eu tinha começado a falar tão livremente na frente das pessoas? Eu pretendia manter meu
discurso casual separado dos meus hábitos habituais de tratamento, mas aparentemente,
eu me acostumei enquanto conversava com Zanoba e os outros.
“Ah, sim, minhas desculpas. Serei mais prudente no futuro.”

“Não, está tudo bem. Você parece mais um homem quando fala assim,
de qualquer forma." Paulo riu. Lágrimas começaram a brotar nos cantos dos olhos.
Um caiu, depois outro, com mais em breve. Eles vieram espontaneamente, recusando-se
a parar. “Rudy… você realmente cresceu muito.”
Ouvi-lo dizer isso também me levou às lágrimas. Éramos uma família e, mesmo assim,
nem sabíamos o quanto o outro havia mudado.
“Sinto muito por ser um pai tão terrível.”
Silenciosamente, passei meus braços em volta dele. Eu nem precisei me alongar;

Consegui facilmente alcançar seus ombros. Em algum momento, sem que eu percebesse,
nós dois tínhamos a mesma altura.
E assim, nós dois choramos juntos.
Depois de um tempo, nos afastamos. Nosso reencontro acabou. Agora tivemos que
mudar de assunto. Ainda havia um problema restante.
“Humph.” Elinalise sentou-se em uma cadeira próxima, parecendo

completamente descontente. Paul lentamente se virou para ela e seus olhares se encontraram.
Os olhos de Paul se estreitaram. As sobrancelhas de Elinalise franziram.
Isso foi ruim.
“Hum, pai, a senhorita Elinalise veio da Cidade Mágica da Sharia para ajudar, sabendo
que nossa família estava em apuros. Ela veio mesmo não querendo ver você.
“…”
Paul gradualmente se levantou. Então ele caminhou cautelosamente em direção

Elinalise. Ela observou, com os punhos cerrados, e também se levantou.
“Ela também está preocupada conosco. Eu sei que deve ter havido muita coisa
aconteceu no passado, mas por consideração a mim, você poderia, por favor, deixar tudo
isso passar agora?
Elinalise olhou para Paul, uma cabeça sólida mais alta que ele. O ar estava
grosso com tensão. “Volátil” foi a palavra que me veio à mente.
Talvez eles acabassem se socando. Não, talvez eles tentassem

matem uns aos outros! Droga, o relacionamento deles era realmente tão ruim assim?
“Gansos...” Olhei para ele em busca de ajuda, mas o idiota apenas deu de ombros,
impotente, e deu um sorriso irritante.

Esse homem realmente não vale nada, pensei.

"Você está cansado?"
"Sim o que é isso?"
Paul olhou para mim, depois para Lilia e Shierra. Parecia haver algum significado por trás
de seu olhar, mas eu não conseguia entender.
De repente, ele caiu de joelhos. Então ele pressionou a testa contra o chão. Ele
estava rastejando!
“Sinto muito pelo que aconteceu naquela época!”
Elinalise recusou-se a olhar para ele. Ela apenas virou a cabeça para o lado,
Alargou os lábios em um beicinho e disse, completamente sem graça: "Bem, eu também
fui parcialmente culpado naquela época."
Isso foi completamente inesperado. Sinceramente, imaginei que ela começaria a

lançar maldições contra ele.
Paulo continuou prostrando-se. “Eu te causei muitos problemas

desde que o Incidente de Deslocamento aconteceu. Sinto muito por isso.
"Está bem. Eu também tinha alguém que queria procurar, então foi
conveniente.”
"Obrigado."
“De nada, Paul.”
Esse foi o fim de tudo. Bem desse jeito. Ambos tinham uma sugestão de sorriso em seus
rostos. Parecia que o problema que existia entre os dois — fosse lá o que fosse — tinha simplesmente
desaparecido. Sem esforço, embora Elinalise já tivesse falado longamente sobre como ela não
conseguia perdoá-lo.
“Ufa...” Paul soltou um longo suspiro, levantou-se do chão e limpou os joelhos. Então ele
olhou para Elinalise, que gentilmente retribuiu o olhar.
“A idade não foi gentil”, disse ela.
“Isso tem a ver com você,” ele acenou de volta. “Você está tão linda como sempre.”
"Oh meu Deus. Direi a Zenith que você disse isso.”
"Isso significa que vou vê-la com ciúmes novamente."

“Algo pelo qual ansiar, tenho certeza.”
Os dois riram. Foi bom vê-los assim. Eles pintaram um quadro incrível juntos:
um elfo lindo e um espadachim de meia-idade exausto.
Eu não tinha ideia do que havia abalado a amizade deles. Talvez fosse apenas
Elinalise sendo obstinada, e o assunto na verdade era muito trivial. Ou talvez fosse algo
que exigiu tempo para curar. Independentemente disso, a amizade era uma coisa linda.
“Ainda assim, é impressionante que você tenha conseguido suportar a jornada até
aqui. É um longo caminho desde os Territórios do Norte até aqui, não é?
“Sim, é”, ela concordou.
“O que aconteceu com sua maldição, então?” Paul perguntou sem perder um
bater. “Não me diga que você e Rudeus fizeram isso juntos?”
"Certamente não. Cheguei até aqui graças ao implemento mágico de Cliff.”

Paulo inclinou a cabeça. "Penhasco? Quem é aquele?"
"Meu marido."
"Seu o quê?!" Os olhos de Paul se arregalaram. Então sua voz ficou alta de surpresa.
“Então você tem marido? O homem deve ter gostos estranhos, então! Que tipo de piada é
essa? Tem certeza de que esse homem realmente concordou em se casar com você?
Ei, Rudy, você conhece esse cara? Este 'penhasco'?” Ele riu enquanto olhava para mim.
Mantive a cara séria enquanto balançava a cabeça, principalmente porque

Elinalise parecia pronta para matar. “Pai, você foi longe demais. Sim, acho que Cliff tem
gostos estranhos, mas ele é um homem muito respeitável.” Cliff às vezes tinha dificuldade em
ler a sala, mas era honesto e não tinha vergonha de proclamar seu amor. Ele era um
indivíduo incrível.
"Seriamente? Bem, ele deve ser incrível para você dizer isso.
Paulo ficou chocado com o que ouviu. Ele parecia estranho quando baixou a cabeça. “Ok,
isso foi ruim então. Não se esqueça de me apresentar quando voltarmos.”
“Sim, você deveria se arrepender”, Elinalise bufou. “Ele é um homem muito mais incrível
do que você.”

Paul forçou um sorriso e baixou a cabeça mais uma vez. “Tudo isso de lado…
Rudeus, Elinalise, obrigado por terem vindo.”
“Estamos apenas começando”, ela brincou.
“Claro que vim”, eu disse. “Somos uma família.” Agora, já era hora de chegarmos
ao cerne da questão. “Pai, por favor, explique o que está acontecendo.”
Paul começou explicando os detalhes de como ele chegou aqui, embora eu já

soubesse a essência disso. Roxy e Talhand encontraram-se com ele em Millishion, então
coletaram todas as informações que puderam e cruzaram o mar até o continente Begaritt.
Graças ao número do grupo, eles conseguiram chegar a Rapan. Foi lá que eles se reuniram
com Geese e descobriram onde Zenith estava localizado.
“De acordo com as informações de Geese, sua mãe está a um dia ao norte daqui,
capturada em um labirinto.”
Isso foi vago. Por “capturada”, ele quis dizer que alguém a estava segurando ali? Ou
seria o próprio labirinto que a mantinha? Existiam labirintos que capturavam pessoas?
“Por seis anos inteiros?” Eu perguntei em descrença.

Paulo balançou a cabeça. "Não sei."
“E ela ainda está viva?”
"Não sei. Houve uma festa lá há alguns anos,

e aparentemente um dos membros disse ter visto alguém parecido com Zenith. Além
disso, não tivemos notícias deles desde que voltaram.”
Então eles ficaram escuros. Isso não foi tranquilizador. Seria apenas uma
ilusão esperar que ela ainda estivesse presa ali?
Então, novamente, de acordo com o que Roxy disse, Zenith ainda estava viva
quando Kishirika a viu. Com base nas informações de Geese, as notícias do referido grupo
pararam de chegar antes de Roxy conversar com Kishirika. Isso foi há dois anos. As
informações de Geese foram adquiridas há quatro anos. Em outras palavras, Zenith estava
há dois anos sem contato com ninguém e ainda estava viva quando Kishirika a viu. Isso
significava que havia uma grande probabilidade de ela ainda estar viva agora.

Aparentemente, eles estavam apostando nessa esperança para continuar a busca

por ela. Mesmo que ela não tivesse sobrevivido, ainda era importante confirmar sua morte.
Claro, eu esperava que ela ainda estivesse viva. Quando ouvi que ela poderia estar morta,
meu coração afundou.
Acho que já tinha percebido que era tarde demais. Já se passaram seis anos, depois
todos.
De repente, Geese interrompeu. “Tudo o que temos são informações de segunda mão,
por isso não sabemos. Talvez ela esteja morta. Talvez ela esteja possuída por algum tipo de
monstro. Tudo o que sabemos é que ela foi vista no labirinto.”
Paul acrescentou: “Este labirinto é muito antigo e difícil. No ano passado, mergulhamos
nisso inúmeras vezes, mas tem sido difícil. Temos quatro profissionais de mergulho em labirinto
em nosso grupo, mas nem chegamos na metade.
Muito triste, realmente.
Quatro deles… Paul, Geese, Talhand e Roxy? Eles também tinham outros três, mas
nenhum deles era profissional. Pensando bem, onde estavam os outros três membros?
“Hm, tem companhia?”
Só então, a luz entrou pela entrada. Alguém havia entrado.
"Oh o! Parece que perdi um reencontro emocionante, né?
Era um homem pequeno. É verdade que sua altura era a única coisa pequena em
ele; ele tinha tanta circunferência quanto altura. Você poderia dizer que ele era um anão à
primeira vista. Ele tinha uma barba longa e esvoaçante e um grande saco de aniagem na mão.
Este tinha que ser Talhand.
Uma mulher estava atrás dele, vestida como uma guerreira e carregando um
saco semelhante. Ela não estava usando a armadura do biquíni que usava antes, mas me
lembrei do rosto dela. Vieira, certo? Ela me fez uma reverência e correu para o lado de
Shierra.
O corpo robusto do homem balançou quando ele se aproximou. Ele me examinou do

topo da minha cabeça até a ponta dos pés. “Você é filho de Paul?”
“Hum, sim. Prazer em conhecê-lo. Eu sou Rudeus.”
“Talhand. Você parece tão inteligente quanto ouvi. Hum, hum. Ele jogou a bolsa em
cima da mesa.

“Rudeus, é melhor você ficar longe dele. Ele rouba o que os homens valorizam”,
alertou Elinalise.
O que os homens amam? O que isso significa? Seu orgulho?
“Aha, achei que cheirava um pouco demais a mulheres aqui.” Talhand

olhou para Elinalise, com uma expressão no rosto que parecia dizer que ele acabara de
perceber que ela estava aqui. “O que é isso, hein? Então você veio junto também?
"Oh meu Deus, você está dizendo que eu não deveria ter feito isso?"
“Claro que estou. Só você estar aqui já causa problemas. Ele enfiou a mão na bolsa
e tirou uma garrafa de vidro cheia de um líquido âmbar. Ele tirou a rolha e engoliu tudo. “Pau!
Agora, esta aqui é uma bebida que vai te atingir muito bem no estômago.
O fedor de álcool pairava no ar. Uma bebida bem forte, se isso fosse alguma
indicação. Afinal, os anões adoravam sua bebida.
“Experimente.” Talhand empurrou a garrafa para Elinalise. Ela pegou sem palavras
e bebeu. Ela não bebeu tanto quanto ele, mas eu ainda podia ver sua garganta branca e pálida
se mover enquanto ela engolia duas vezes e depois arrotava.
“Bastante álcool bruto.”
“Combina perfeitamente com alguém tão rude quanto você.” Ele empurrou a rolha de volta
entrou e devolveu a garrafa à bolsa.
O que houve com a troca deles agora há pouco? Isso deveria ser um
saudação estilo anão? Ninguém mais estava comentando sobre isso. O que na Terra…?
“Bem, agora que todos estão aqui, vamos continuar de onde paramos, ok?” A
voz de Paul me trouxe de volta aos meus sentidos. Talhand causou um grande impacto com
sua entrada, então esqueci completamente que estávamos no meio de uma conversa.
Espere, ele disse todo mundo?
“Espere um momento,” eu interrompi. “E quanto à Mestre Roxy?”
O rosto de Paul ficou sombrio quando perguntei. E não foi só ele.

Todos os outros usavam o mesmo visual, exceto Elinalise. A bela orelhuda pareceu perceber o
que isso significava e seus olhos se arregalaram. "O que? Não pode

ser…"
No momento em que a ouvi dizer isso, uma única palavra surgiu na minha mente.
O pior que se possa imaginar.
Morte.
“Há um mês, Roxy foi pega por uma das armadilhas do labirinto.”
Eu podia sentir meu coração bater forte. Eu não queria ouvir isso. Não aquela
garotinha de cabelo azul. Não poderia ser. Eu não queria ouvi-los dizer isso. Quero dizer, ela
era uma aventureira competente, que já havia percorrido um labirinto sozinha antes. Ela não
podia usar magia sem voz, mas encurtou com sucesso seus encantamentos. Ela era uma
maga da água de nível Monarca. Meu Salvador.
Eu não queria ouvir mais nada. Mesmo assim, perguntei com relutância: “E-ela está
não está morta... ela está?
Em algum momento, Elinalise se levantou e foi atrás de mim, colocando as mãos em

meus ombros.
“Não”, disse Paulo. “Ela pisou em um círculo de teletransporte e

desapareceu. Não confirmamos a morte dela. É muito provável que ela ainda esteja viva
no labirinto.”
Isso foi o suficiente, pelo menos por enquanto. Senti a tensão me abandonar.
Mas meu rosto logo endureceu novamente com o protesto que se seguiu de Geese.
“Vamos, Paulo. Simplesmente não é possível. Eu entendo que é Roxy que estamos conversando
sobre, mas esse não é o tipo de lugar onde um mágico pode sobreviver por conta própria.
Claro, talvez ela ainda esteja viva, mas as chances disso são...
Talhand interrompeu: “Não, Roxy não é um mágico comum. Há uma boa chance de ela
ainda estar chutando.
“Você diz isso, mas estivemos procurando o mês todo e não encontramos
dela!" Gansos exclamaram. “Já entramos cinco vezes e nada!”
“Gansos”, disse Paul laconicamente. “Quanto tempo você vai continuar assim?!”
Paul, Geese e Talhand começaram a discutir entre si. Geese – que eu lembrava ser tão
tranquilo – estava chateado e brigando.
Parecia que ele realmente sentia que estava perdendo o juízo.
Então Roxy pisou em uma armadilha de teletransporte. Ela tendia a ser descuidada às
vezes, então acho que pude ver isso. Ainda assim, se não tivessem confirmado a morte dela,

então eu quis acreditar que ela estava viva. Não me parecia possível que alguém como
Roxy Migurdia pudesse morrer tão facilmente.
Pelo menos, eu queria acreditar que ela não conseguiria. Então essa era a crença
que eu iria manter.
Eca. Fiquei ainda mais chocado com esta notícia do que quando soube que Zenith
poderia estar morta.
“Desculpe por ter interrompido a conversa. Vamos voltar para onde estávamos.
Que tipo de lugar é esse labirinto?” Perguntei.
Os três trocaram olhares. Era como se estivessem conversando para ver quem
transmitiria a informação. Paul finalmente abriu a boca. “Um labirinto de teletransporte.”
No momento em que ele disse essas palavras, foi como se eu pudesse ouvir
um livro farfalhando dentro das minhas malas. Como se o livro tivesse ouvido alguém chamar
seu nome. Aquele intitulado Um relato exploratório do labirinto de teletransporte.

Capítulo 2:
Confirmando a situação
ROXY ESTAVA em apuros.
No momento em que ouvi isso, senti a necessidade imediata de sair correndo para
encontre-a. Ela estava perdida em um labirinto de teletransporte, mas felizmente eu tinha
um relato exploratório do labirinto de teletransporte ao meu lado. Um guia estratégico. Eu
também havia pesquisado círculos de teletransporte e, desde que tivéssemos tempo para
observar um dos círculos, certamente poderíamos usar este livro para nos guiar.
Mas primeiro, eu precisava deixar claro onde as coisas estavam atualmente. Isso
foi importante.
Pode ser uma corrida contra o tempo para Roxy e Zenith. Se chegássemos cinco
minutos atrasados, poderia ser a diferença entre a vida ou a morte para eles. Mesmo
assim – ou melhor, justamente por isso – não poderíamos ser precipitados.
Tivemos que confirmar a situação, preparar cuidadosamente e depois salvá-los sem
falhar.
Se fôssemos muito precipitados, poderíamos ignorar algo importante e cometer

um erro, tornando todos os nossos esforços em vão. Isso nos custaria não apenas cinco
minutos, mas talvez até um dia, talvez dois ou três. Tivemos que ser cautelosos. Não
havia espaço para erros aqui.
Um erro, eu tinha certeza, me deixaria com arrependimentos. Quaisquer que

sejam as circunstâncias, se meus erros nos levassem a ser incapazes de salvar Roxy ou
Zenith, eu ficaria com um arrependimento esmagador.
“Pai, tenho comigo um caderno de um aventureiro que se aprofundou no Labirinto

de Teletransporte.” Comecei revelando a existência do livro.
Um Relato Exploratório do Labirinto de Teletransporte uma vez me foi mostrado

pelo Mestre Fitz. Continha informações detalhadas sobre o formato dos círculos de
teletransporte, considerados tabu. A única razão pela qual evitou a censura na universidade
foi simplesmente porque teve a sorte de passar despercebido ou porque era uma história
de aventureiro. O fato de não ter sido retirado das prateleiras significava que era possível que
o livro estivesse

pura ficção.
O Labirinto de Teletransporte era aquele em que ninguém havia se aventurado.

O autor pode ter usado o conceito para contar essa história fictícia, mas isso me pareceu improvável.
Afinal, os círculos de teletransporte descritos neste livro tinham uma semelhança impressionante
com os reais. Eu mesmo pesquisei os círculos e este livro continha as informações mais precisas
e precisas sobre eles que encontrei ao cruzá-lo com outros livros semelhantes. Eu tinha certeza
disso.
Ainda assim, poderia estar se referindo a um labirinto de teletransporte diferente .

Eu não poderia descartar a possibilidade de haver outro labirinto neste mundo cheio de armadilhas
de teletransporte. Um guia com o mesmo nome não tinha valor a menos que seu conteúdo
correspondesse à situação.
“Se o labirinto mencionado aqui corresponder àquele em que estamos prestes a entrar,
isso poderá realmente nos ajudar a navegar em nosso caminho.”
Quando eu disse isso, os olhos de Paul se arregalaram. "Espere, Rudy... por que você tem
um livro como esse?"
“Achei que poderia ser útil, então peguei-o na biblioteca da universidade e trouxe-o
comigo.”
"Eu vejo…"
Por enquanto, decidi deixar de fora a parte sobre os círculos de teletransporte pelos
quais viajamos. No momento, precisávamos confirmar se o labirinto do livro correspondia
àquele que estávamos prestes a entrar.
“Eu gostaria de repassar o conteúdo do livro. Se parece que pode ser útil, vamos usá-lo.”
Paul pegou-o nas mãos e, depois de uma longa e cuidadosa olhada na capa, imediatamente o
passou para Geese.
Este último segurou-o e virou-se para mim. “Vou ler então, ok?”
"Por favor faça."
Por que gansos? Eu me perguntei. Todos agiram como se isso fosse natural, então optei
por não perguntar. Este deve ser apenas o papel de Geese no partido de Paul. Ele era capaz de
fazer qualquer coisa, então foi exatamente isso que ele fez. Eu senti como se já tivesse ouvido
ele dizer isso antes. Ele provavelmente também estava encarregado de mapear seus

mergulhando em labirintos e organizando as informações à sua disposição.
“Pai, enquanto Geese está lendo isso, gostaria que você me contasse sobre o labirinto.” Fiquei
bem na frente de Paul, preparado para direcionar perguntas para ele com o propósito de confirmar o que
estava escrito no livro.
"Claro vá em frente."
Minhas perguntas diziam respeito aos tipos e nomes dos monstros, ao número de andares
até o nível mais profundo, ao status do interior e ao formato dos círculos. Paulo respondeu prontamente.
Vamos começar com os monstros. Havia cinco tipos no labirinto, mas Paul só tinha chegado ao
terceiro andar, então havia algumas feras que ele ainda não tinha visto.
Tarântula da Estrada da Morte: Uma aranha enorme e venenosa. Embora seja

era uma tarântula, ainda soltava fio. Seu veneno poderia ser tratado com magia de desintoxicação
de nível iniciante. Um monstro de classificação B.
Iron Crawler: Uma lagarta semelhante a um tanque. Pesado e resistente. Classificação B.
Caveira de Lama: Um monstro em forma humana coberto de lama. Tinha uma caveira
enterrado em seu centro, esse era seu ponto fraco. Classificação A. Parecia ridículo, mas era
inteligente e podia usar magia para jogar lama em você.
Guerreiro Blindado: Uma armadura enferrujada com quatro braços, cada um carregando
uma lâmina afiada na mão. Classificação A.
Diabo Devorador: Uma fera com braços e pernas longos, bem como garras e presas semelhantes a
facas. Classificação A.
Quantos andares até o nível inferior? Desconhecido. Corria o boato de que tinha seis ou sete
andares, mas ninguém havia realmente mergulhado nessas profundezas o suficiente para ver seu guardião
ainda. Quanto ao estado de cada um desses andares, também era difícil de descrever, mas o livro continha
alguns relatos.
O primeiro andar era onde as aranhas criavam suas inúmeras teias. O segundo andar estava
ocupado por um grande número de aranhas e lagartas. No terceiro andar, Mud Skulls assumiu o comando
dos monstros mencionados.
Ao chegar ao quarto andar, as aranhas e lagartas estavam praticamente

ausente, deixando Mud Skulls e Armored Warriors. No quinto andar, os Caveiras de Lama
desapareceram e restaram apenas Guerreiros Blindados e Demônios Devoradores. Depois do
sexto andar, havia apenas Demônios Devoradores.
Não havia nada no livro sobre andares após o sexto.
Os três primeiros andares faziam parte de um formigueiro: caminhos complexos e

sinuosos com salas conectadas no final. Aparentemente, os círculos de teletransporte estavam
sempre localizados no fundo dessas salas. De acordo com o livro, o labirinto se transformou em
uma ruína de pedra no quarto andar, mas Paul e seu grupo ainda não haviam chegado tão longe. Mas
havia informações sobre as feras e os três primeiros andares a serem encontrados, cortesia da
tentativa e erro de numerosos aventureiros.
Finalmente, o formato dos círculos de teletransporte. Esculpidas no chão havia formas

complexas e bizarras que emitiam uma luz pálida. Ao ouvi-los descritos em detalhes, eles pareciam
exatamente como aqueles que eu já tinha visto várias vezes.
A maior parte do que Paul disse estava de acordo com o que eu li no livro e
visto por mim mesmo.
“Isso é incrível, haha! Deixe isso com você, chefe. Você nos trouxe algo incrível! Mais
ou menos na hora em que Paul concluiu sua explicação, Geese fechou o livro com palmas e ergueu a voz,
entusiasmado. Aparentemente, ele parou de folheá-lo. Ele com certeza era um leitor rápido. Ou talvez
ele apenas tenha dado uma olhada nos destaques.
“Ei, gansos. É realmente tão incrível?” Paul perguntou surpreso, vendo o quão exultante estava
o membro do seu partido.
“Sim, é inacreditável, Paul. Se tudo o que está escrito aqui for verdade, basicamente temos um
mapa do local até o sexto andar.” Ainda cheio de entusiasmo, Geese passou o livro para Talhand. Ele
deixou o anão lê-lo e, incapaz de esconder sua excitação, começou a explicar o conteúdo do tomo a Paul.
“Todas as coisas que não entendemos estão escritas naquele livro. Em quais círculos subir, de quais
círculos ficar longe, quais nos levarão aonde e o que enfrentaremos quando os usarmos!”
Claramente, ele estava convencido de que este livro era real.
O rosto de Paul ficou sombrio quando ele lançou um olhar furioso para Geese. "Eu vejo. Então
você pode dizer o que está acontecendo com Roxy e Zenith com base no que está escrito naquele livro?”

"Bem... não", respondeu Geese, parecendo que acabou de tomar água fria.
despejado nele.
“Não se empolgue muito. Não podemos cometer mais erros”, advertiu Paul em voz
baixa.
Certo. Tivemos que ter cuidado. Seria doloroso se acreditássemos cegamente

nesse livro, apenas para que ele nos levasse à nossa destruição.
“Eu entendo o que você está tentando dizer, Paul. Mas com este livro e uma
vanguarda e retaguarda confiáveis, ficaremos bem. Vamos nos alegrar um pouco com o
momento, certo? Geese disse, olhando para os presentes.
Paul seguiu seu olhar e, eventualmente, seus olhos pousaram em mim. "Sim,
você tem razão. Desculpe por isso." Um pequeno e calmo sorriso apareceu em seu rosto.
Não importa o quão encurralado você possa se sentir, era importante manter a
compostura. Paulo tinha que entender isso.
"Tudo bem então. Se você terminou de ler, vamos decidir sobre nossa formação.”
A voz de Paul soou mais enérgica, como se ele tivesse recuperado o ânimo. A atmosfera
na sala relaxou.
Apenas cinco membros mergulhariam no labirinto: Paul, Elinalise, Geese, Talhand e

eu. Isso significava que Vierra e Shierra estavam sendo trocadas por Elinalise e por mim. O
labirinto era estreito, então mesmo que entrássemos em grande número, simplesmente
atrapalharíamos um ao outro. Elinalise foi um upgrade em Vierra e eu fui um upgrade em
Shierra. Só estaríamos roubando seus papéis se eles se juntassem.
Elinalise era o tanque, Paul era o atacante secundário, eu era o ataque e a cura, e
Talhand poderia ser o atacante fora do tanque ou secundário. Nós quatro estávamos
encarregados da batalha. O papel de Talhand era um pouco vago, mas ele era um mago capaz
de magia terrestre de nível intermediário, bem como um lutador versátil. Assim, ele foi
colocado em uma posição onde poderia fazer qualquer uma das duas coisas. Por mais pesado
que parecesse, ele era bastante hábil. Então, novamente, todos os anões eram.
“Estaremos cuidando um do outro.” A posição de Talhand seria na minha frente

ou atrás de mim, então ele me deu um tapinha amigável no ombro. Por alguma razão, senti um
arrepio na espinha.
“Rudy geralmente será responsável por toda a magia”, anunciou Paul.

“Também contaremos com você para nos curar depois de cada batalha. Você pode fazer aquilo?"
"Sem problemas."
Ofensa e cura. Foi minha primeira vez em um labirinto e ainda tinha

meu trabalho foi cortado para mim. Dito isto, foi praticamente o mesmo de quando trabalhei como
aventureiro. Certamente eu poderia lidar com isso.
E então havia Gansos. Embora não seja muito útil em batalha, ele poderia
realizar habilmente uma série de outras tarefas complexas, como verificar o mapa, confirmar a
direção que íamos, gerenciar suprimentos de comida, selecionar quais materiais retirar dos inimigos e
como extraí-los, bem como decidir quando recuar. Ele estava no comando e também como
mensageiro.
Nosso gerente, você pode dizer. O mergulho no labirinto não era apenas uma questão de batalha, então
um papel como o dele também era essencial.
Restavam três pessoas – Vierra, Shierra e Lilia – que serviriam de apoio esperando na
cidade ou na entrada do labirinto. Você poderia dizer que eles estavam apenas cuidando da casa (ou
da pousada), mas aparentemente esse também era um trabalho importante. Pelo que me disseram,
grandes clãs também designavam alguém para cuidar da casa quando saíam para mergulhar no
labirinto.
Eu deixaria a maior parte dos preparativos para os profissionais: Talhand e

Elinalise. Eu ainda era um amador quando se tratava disso. Eu poderia aproveitar o conhecimento
da minha vida anterior para pensar em diversas estratégias, mas deixaria isso de lado por enquanto.
Primeiro, eu seguiria o que os profissionais fizeram. Então, se eu pensasse em algo que
precisássemos, poderia sugerir. Qualquer coisa que eu dissesse seria apenas uma sugestão. Eu não
tinha ideia se o conhecimento que adquiri jogando RPGs roguelike em minha vida anterior poderia
ser aplicado aqui.
“Nosso primeiro objetivo será chegar ao terceiro andar”, disse Paul, agora que
tínhamos decidido sobre nossa formação. “Uma vez lá, rastrearemos Roxy.”
Não tínhamos ideia se ela ainda estava viva. Se ela estivesse, então teríamos que nos recuperar
ela e retire-se. Dependendo da condição dela, também poderíamos fazer com que ela se juntasse ao
nosso grupo enquanto avançávamos mais fundo no labirinto. Nós seis poderíamos explorar o ainda
inexplorado quarto andar e além, sondando todo o labirinto até suas profundezas enquanto
procurávamos onde Zenith pudesse estar.
Eu não tinha ideia de quantos dias isso levaria. Seria uma busca longa e complicada.

***
Paul, Lilia e eu dormimos no mesmo quarto naquela noite. Gansos haviam arranjado
isso por consideração a nós, dizendo que a família deveria ter tempo para ficarem sozinhas. Dito
isto, a maior parte do tempo que passei com Lilia não foi como uma família.
Até Aisha nascer, ela era apenas empregada doméstica, e isso era tudo o que eu ainda conseguia ver
nela. Paulo a considerava sua esposa, mas, em última análise, apenas como a segunda
esposa. Zenith ainda ficou em primeiro lugar na lista de prioridades de Paul, com Lilia em
segundo e Norn depois. Isso significava que Aisha estava em quarto lugar e eu imaginei que
estava em último.
“Esta é a primeira vez que compartilhamos dormitórios, não é, Lorde Rudeus?”
"É sim." A maneira como Lilia se comportava com tanto respeito sugeria que
ela só via Paul como seu empregador. Graças à influência dela, também comecei a
falar um pouco rigidamente.
“Se o ronco do mestre incomoda você, sinta-se à vontade para empurrá-lo,”
ela brincou, mantendo as coisas surpreendentemente alegres.
“Sim, tudo bem...” Não fui capaz de oferecer o mesmo a ela. Eu não tinha ideia do que
deveria dizer. Como eu falei com Lilia no passado? Parecia que eu me lembrava de que nossas
interações em Buena Village eram bastante profissionais.
Paul já estava me observando há algum tempo sem dizer uma palavra. Eu me perguntei por
quê. Ele com certeza tinha uma expressão estranha no rosto. Eu não chegaria ao ponto de chamar
aquilo de um sorriso cafona, mas ele certamente parecia relaxado.
“Se eu puder fazer uma pergunta, Lorde Rudeus,” Lilia falou.
“Aisha está tendo um desempenho aceitável?”
Foi graças à pergunta dela que finalmente percebi a resposta para a minha. Isso mesmo,
família. Afinal, somos uma família. Então podemos apenas conversar sobre isso.
"Sim. Ela está trabalhando muito duro.”
“Ela não lhe causou nenhum problema, não é?”
“De jeito nenhum,” eu assegurei a ela. “Ela é uma grande ajuda. Ela tem feito todo o

tarefas domésticas para nós.”
"Verdadeiramente? Só espero que ela não esteja fazendo nenhuma exigência egoísta.”
“Pessoalmente, seria mais fácil para mim se ela fosse um pouco mais exigente.”
Lilia sorriu baixinho quando eu disse isso, parecendo aliviada. "O que de
Senhora Norn e Aisha? Eles não estão brigando, estão?
“Bem... as coisas estão um pouco tensas entre os dois, mas há

não houve grandes confrontos até o momento. Na verdade, suas pequenas brigas são
bastante cativantes.”
“Eu sempre disse a ela para mostrar deferência pela Senhora Norn. eu não tenho
ideia de por que o relacionamento deles evoluiu tanto”, disse ela, suspirando.
“Não é algo que você possa controlar”, assegurei. “Além disso, Aisha ainda é uma criança.
Você não acha que a coisa mais importante como pai é amar os dois igualmente?”
“Talvez você esteja certo. Aisha é minha filha, mas ela também é filha do mestre,
então…”
“Sangue não tem nada a ver com isso. Somos uma família”, insisti.
"Obrigado."
Paul não se inseriu na conversa. Ele apenas observou nossa interação com a mesma
expressão profundamente emocional que usava desde antes de começarmos.
“O que há com esse olhar?” Eu perguntei, olhando para ele. “Você esteve sorrindo
esse tempo todo.”
“Ahh, você sabe, é muito bom assistir.” Paul coçou a nuca, as bochechas vermelhas de
vergonha.
"O que é?"
“Ver o garotinho que me lembro, já crescido, conversando assim com Lilia.” Em outras
palavras, ver seu filho adulto interagir com sua esposa. Lilia não era minha mãe, mas para Paul
éramos ambos uma família. Talvez tenha sido profundamente comovente para ele. Talvez eu
entendesse como ele se sentiu quando meu filho crescesse.
"Ah, sim, Rudy, você disse que se casou."
“Sim, cerca de seis meses atrás.”

“Meu garotinho… Difícil de acreditar. Você ainda era tão grande quando eu
Vi você pela última vez.” Paul fez um gesto com a mão.
“Sim, eu cresci muito mais alto nestes últimos anos.” Aparentemente do nada, minha altura
passou a ser quase igual à de Paul. Ele ainda era um pouco mais alto, mas eu provavelmente ainda
precisava crescer. Achei que iria alcançá-lo eventualmente.
“Quando chegarmos em casa, teremos que fazer uma grande comemoração”, disse Paul.
"De fato. E não se esqueça, este será seu primeiro neto”, lembrei-lhe. “Você será
vovô.”
“Ah, pare com isso. Ainda não sou tão velho — disse ele, sem parecer nem um pouco tão
descontente quanto suas palavras poderiam sugerir. Então, de repente, ele sorriu. “Isso mesmo, você
vai ter um filho. O que significa que você fez isso, não foi?
“Meu senhor, não tenho certeza se essas perguntas grosseiras são realmente apropriadas,”
Lilia objetou enquanto Paul exibia seu sorriso cafona de velho.
“Ah, vamos lá. Eu sempre quis ter esse tipo de conversa com ele antes.”
“Mesmo assim...” ela começou.
“O quê, você não está curioso também?” Paulo desafiou.
Lília franziu a testa. “Essa é uma pergunta injusta de se fazer.”
“Bem, então quem foi seu primeiro parceiro? Eu acho que foi Sylphie, afinal?
Ou foi Éris? Parece que me lembro de você dizendo que vocês dois se separaram, mas não havia
realmente nada entre vocês quando isso aconteceu?
Aparentemente, ele queria conversar no vestiário. Parte de mim se perguntava se isso era
realmente apropriado, dadas as circunstâncias, mas eu também conseguia entender de onde ele vinha.
Ele provavelmente também estava animado, já que era a primeira vez que nos víamos há algum
tempo. Acontece que ele não queria revelar esse seu lado na frente de todo mundo. Fiquei muito feliz
por me reunir com ele também.
A partir de amanhã, entraríamos no labirinto. Não teríamos mais oportunidade para esse
tipo de coisa. Pelo menos por esta noite, poderíamos nos soltar e trocar histórias sexuais.
“Sinto-me bastante confiante quando se trata de sexo”, disse Paul. "Você pode perguntar

eu qualquer coisa. Posso não parecer agora, mas brinquei bastante quando era mais jovem.”
Parecia que eu não tinha outra escolha. Acho que eu teria que ir junto
com ele. Sempre quis alguém com quem pudesse ter conversas abertas sobre o
assunto. “Tudo bem então, há algumas perguntas que gostaria de fazer”, comecei.
“Honestamente, Lorde Rudeus,” Lilia interrompeu, exasperada, “não posso acreditar

que você está concordando com isso.”
Paul disse: “Ela fala assim, mas é muito agressiva na cama”.
"Meu Senhor!" Lília protestou.
“Ah, sim, você mencionou que foi ela quem se aproximou de você antes”, eu
disse, lembrando. “Por que você não explica isso com um pouco mais de detalhes?”
“Senhor Rudeus! Vocês dois poderiam parar, por favor? Meu Deus."
Lilia olhou entre nós dois antes de falar, suspirando ao fazê-lo.
Ainda assim, ela tinha um sorriso no rosto.
Continuamos conversando depois disso, até tarde da noite.


À meia-noite, apagamos as luzes e nos acomodamos em nossas camas. Fiquei me

perguntando se Paul e Lilia já estavam dormindo. Eu podia ouvir os sons rítmicos de suas
respirações enquanto eles estavam deitados por perto. Aparentemente, eles não estavam
esperando que eu adormecesse para que pudessem transar. Paul disse que iria se restringir
até que Zenith fosse encontrada, então talvez ele realmente estivesse cumprindo sua palavra.
Não consegui dormir, talvez porque estivesse um pouco excitado com a nossa conversa.
Eu nunca sonhei que chegaria o dia em que eu poderia realmente experimentar a troca de
histórias sexuais. A vida com certeza era imprevisível.
De qualquer forma, chega disso. É hora de se concentrar no que estava

acontecendo atualmente. Talvez eu estivesse realmente dançando na palma da mão do Homem-Deus.
Com certeza parecia que eu estava. Agora que parei para pensar sobre isso, a razão pela qual
consegui aquele livro foi porque fui para a universidade. Se ele não tivesse me dito para ir até
lá e pesquisar o Incidente de Deslocamento, eu nunca teria encontrado aquele livro e teríamos que
enfrentar o Labirinto de Teletransporte sem sua ajuda.
As palavras do Homem-Deus sempre pareceram desmentir um significado mais profundo, e

isso não foi exceção. Ele disse que eu me arrependeria de ter ido para Rapan e que deveria ficar
com Linia ou Pursena. Parecia que ele tinha dito propositalmente coisas que sabia que iriam me
excitar. Se ele não tivesse me dito isso, ou se tivesse me dito para ir para o continente Begaritt,
havia uma boa chance de eu ter escolhido ficar. Eu era rebelde com o Deus-Homem e, se
colocar as coisas em perspectiva, Sylphie era igualmente importante para mim. É claro que eu
não teria simplesmente dispensado minhas responsabilidades. Eu teria enviado Ruijerd, Badigadi ou
até Soldat em meu lugar.
Talvez o Homem-Deus tenha levado tudo isso em conta antes de agir.

Afinal, ele me mandou para aquela escola para reunir todas as coisas necessárias para resgatar
Zenith. Quem era ele, afinal? E o que ele queria que eu fizesse? Será que ele realmente gostou de
me observar?
Como sempre, eu não tinha ideia do que se passava em sua cabeça. Mas não foi por engano
que ele era um aliado.
Eu me perguntei se ele reapareceria em meus sonhos esta noite. Seu timing sempre
foi impecável demais. Se as coisas corressem bem desta vez, eu teria que lhe dar algum tipo de
oferenda. Eu não tinha ideia sobre suas preferências, então não tinha certeza se ele gostaria.

Enquanto refletia sobre todas essas coisas, finalmente adormeci.
O Homem-Deus não apareceu em meus sonhos naquela noite.

Capítulo 3:
Entrando no Labirinto
NO PRIMEIRA VISTA, o Labirinto de Teletransporte nada mais era do que
uma caverna. Não havia nada de especial do lado de fora, exceto pelas teias de aranha
que cobriam as paredes, cortesia das aranhas que residiam na área.
Mas isso foi tudo. Fora isso, parecia apenas um buraco na encosta de um penhasco. Se você visse
uma fotografia dele, provavelmente não despertaria seu interesse.
Ver isso pessoalmente, porém, era outra questão. Algo sobre isso
apenas me deu a sensação de que havia um labirinto escondido lá dentro. Tinha um ar
perturbador e, no entanto, foi precisamente esse ar perturbador que despertou a minha curiosidade.
Eu me perguntei se todos os labirintos tinham uma vibração semelhante a eles.
“Ok, Rudy, vamos fazer isso exatamente como discutimos. Entendi?"
“Entendi”, eu disse.
Paul me deu um tapinha no ombro e assentiu.
Iniciamos a formação tal como havíamos discutido no dia anterior, e

Entrou. Foi minha primeira vez em um labirinto e não senti muita excitação. Apenas o peso
de saber que não poderíamos falhar.
“Fique seguro, meu senhor”, disse Lilia.
“Por favor, tenham cuidado, pessoal.”
Lilia, Vierra e Shierra voltariam à cidade a cavalo. Quando grandes clãs entravam em um
labirinto para conquistá-lo, seus apoiadores acampavam e esperavam do lado de fora. Felizmente,
Rapan estava a apenas um dia — ou meio dia, com alguma pressa — de distância. Não havia
necessidade de acampar em frente à caverna.
"Bem, vamos embora."
Estava escuro lá dentro, mas não totalmente. O interior tinha um brilho fraco.
Uma visibilidade tão fraca não era ideal. Poderia ser fatal.
“Vou iluminar as coisas”, eu disse.

“Vá em frente”, respondeu Paul.
Assim que entramos, usei o pergaminho espiritual que Nanahoshi havia dado
meu. Uma bola de luz brilhante saltou, circulando no topo da minha cabeça.
Geese também ativou o mesmo pergaminho para si mesmo. Ele estava agindo como um batedor
para nós, então precisava de sua própria fonte de luz.
Esses pergaminhos poderiam ser usados por qualquer pessoa. Claro, eles durariam mais
se alguém com uma enorme reserva de mana, como eu, os usasse, mas aparentemente eles não
custavam muita mana em primeiro lugar. Geese e Paul ficaram maravilhados quando lhes mostrei
os pergaminhos, dizendo: “Agora não precisamos mais carregar tochas”.
Parecia que ter uma mão ocupada por uma tocha era realmente
inconveniente. A luz desses espíritos era mais brilhante que uma tocha, e mesmo alguém sem muita
mana poderia sustentar uma por um tempo. Se esses pergaminhos se tornassem populares, as
tochas poderiam desaparecer completamente do mercado.
“Paul, seu filho certamente traz algumas coisas úteis, hein?” disse Talhand.
“Bem, tenho orgulho de chamá-lo de meu filho por um motivo.” Paul estufou o peito, o que
lhe rendeu um suspiro exasperado do anão.
“Mas você com certeza não é um pai do qual ele possa se orgulhar.”
“Ah, deixe isso. Já estou me sentindo bastante deprimido com isso.” Paulo falou
com um meio suspiro, os ombros caídos.
“Vamos, vamos entrar.” Encorajados por Geese, demos um passo

mais para dentro da caverna.
No primeiro andar, navegávamos pelo que parecia ser um formigueiro.

Teias de seda estavam penduradas nas paredes e no teto, e mais adiante havia um círculo mágico
emanando uma luz pálida. O espírito prosseguiu além desse ponto, iluminando a área como uma
lâmpada fluorescente.
“Você disse para ter cuidado porque alguns dos círculos mágicos não acendem, correto?”
“Isso mesmo, Rudy”, disse Paul. “Certifique-se de seguir as pegadas de Geese

com precisão.”
Geese estava dez passos à nossa frente. Ele estava usando um par especial de

botas. Placas de aço em forma de cruz foram montadas nas solas, deixando rastros em forma
de cruz por onde ele andava. Este não era um item mágico, mas um produto da sabedoria dos
aventureiros. Era um equipamento conveniente que evitava que o usuário escorregasse, ao mesmo
tempo que deixava uma marca em seu rastro.
Foi fácil descobrir os círculos de teletransporte no primeiro andar. O monstro principal

neste andar era a Tarântula da Estrada da Morte, mas havia uma variedade muito menor e
menos madura de aracnídeos deslizando pelo chão.
Estas foram as principais presas da Tarântula da Estrada da Morte. A visão teria feito alguém com
aracnofobia desmaiar. Era no meio desses enxames que se avistavam espaços completamente
vazios, de formato circular ou quadrado. Estas foram as armadilhas. Se você colocasse o pé
naquele espaço vazio para evitar o esmagamento das aranhas sob seus pés, você seria
imediatamente teletransportado para algum lugar.
Assim, não tivemos escolha senão esmagar as pequenas aranhas por onde pisávamos. Isto
não foi agradável, mas o que mais poderíamos fazer?
Quanto às feras rank B, as Tarântulas da Estrada da Morte, elas não apareceram

em nossa passagem. Ocasionalmente, um ou dois apareciam, mas assim que Geese os avistasse,
Paul os despacharia imediatamente. Não havia necessidade de eu fazer nada no momento.
“Hah, bem, isso é moleza.” Paul tinha uma espada em cada mão e caminhava rapidamente
à frente. Dessas duas espadas, uma era a lâmina que ele empunhava o tempo todo em casa – sua
parceira. Embora não parecesse ser uma arma particularmente poderosa, ele foi capaz de
cortar aquelas Tarântulas da Estrada da Morte em duas. Isso se devia menos à afiação
da lâmina e mais à habilidade de Paul, eu tinha certeza.
A espada em sua mão esquerda tinha um formato que eu nunca tinha visto antes: uma espécie de
lâmina curta, mas nem curta o suficiente para ser chamada de espada curta, nem longa o
suficiente para ser chamada de espada longa. O protetor de mão envolve toda a mão do
usuário, com uma lâmina dupla-face ligeiramente curvada. Havia um buraco no meio da lâmina,
provavelmente para evitar que coisas grudassem nela.
Dito isto, ele não usava muito essa arma. Paulo geralmente lutava apenas com a
mão direita. Eu me perguntei qual era o propósito de sua espada da mão esquerda. Ou ele era
apenas um nerd em sua forma final?
“É como tirar doce de um bebê!” Não que isso fosse relevante, mas
sempre que ele derrotava alguma coisa, Paul olhava para mim.

Que irritante. Ele provavelmente queria mostrar o quão legal ele era.
Ok, ok, entendi, pai; você parece legal, mas por favor não baixe a guarda.
"Paulo! Mantenha a cabeça em frente!” E sim, lá estava - Elinalise estava deixando ele
ficar com isso.
“Vamos, está tudo bem”, disse Paul, “já fizemos o primeiro andar dezenas de vezes
antes. Eu não vou estragar tudo tão facilmente.”
“Baixar a guarda assim pode custar-lhe a vida”, alertou ela.
“Sim, sim, eu já sei.”
“Além disso”, continuou Elinalise, “você foi longe demais esse tempo todo. Sou eu que
estou na frente, não sou?!”
“É o primeiro andar. Não que isso vá fazer muita diferença.
E assim, suas brigas começaram. Eu podia ouvir Talhand atrás de mim,

soltando um suspiro ao dizer: "Blegh, lá vão eles de novo."
“Deixando de lado, esta é a primeira vez de Rudeus em um labirinto, e como adulto,

você deveria estar dando um bom exemplo!
Paul argumentou: “É por isso que eu estava procurando uma oportunidade para
puxar conversa com ele, para ajudar a relaxar seus nervos.”
“Que bobagem”, ela zombou. “Você parece tão tonto agora quanto estava
quando Zenith se juntou ao nosso grupo.”
“Não posso dizer muito quando você coloca dessa forma. O que há com você, afinal?
Você se tornou um verdadeiro chato.”
“Ora, é claro que sim”, respondeu Elinalise com altivez. “Você é basicamente como um
filho para mim. Então, vou repreendê-lo conforme necessário!
Paul riu disso. “Do que você está falando, me chamando de filho? Você passou tanto
tempo com Rudeus que desenvolveu uma queda por mim também? Vamos, chega disso. Você
se chamar de minha mãe me dá arrepios.
“Oh meu Deus, Rudeus realmente não te contou?” ela perguntou, zombeteiramente.
"Me disse o quê?"
“Sylphie é minha neta. Desde que Rudeus se casou com ela, isso também

faz dele meu neto. Nesse caso, como pais do meu neto, você e Zenith são basicamente como filhos
para mim.”
Paulo congelou. Lentamente, ele se virou e marchou de volta em direção

meu. Com a nossa formação quebrada, todos os outros pararam também.
“Ei, do que ela está falando, Rudy? Por que Elinalise está fazendo essas afirmações
malucas sobre Sylphie ser sua neta?
Oh sim. Eu ainda não tinha contado a ele, não é?
“Acontece que Laws era filho de Elinalise”, expliquei.
"Leis era?" Paul parecia cético. “Ele nunca disse uma palavra sobre nada disso para mim.”
“Bem, muita coisa aconteceu no passado, então parece que ele

queria manter a identidade da senhorita Elinalise em segredo”, eu disse.
“Ah, entendo”, disse Paul. “Eu posso entender isso.”
“Mais importante, devemos continuar.” Acrescentei: “E tome cuidado para não baixar a
guarda”.
“S-sim.” Paul parecia que tinha afundado desta vez. Ele voltou para a vanguarda,
resmungando enquanto avançava. "Seriamente? Então Elinalise está ligada à nossa família agora?
Eu não posso acreditar nisso…”
A notícia foi um grande choque para ele, ao que parecia.
O primeiro andar foi uma brisa. Eles devem ter percorrido esse caminho inúmeras
vezes, assim como Paulo disse. Continuamos pelo corredor, fazendo pausas ocasionais,
até chegarmos a uma sala repleta de Tarântulas da Estrada da Morte. Dispensar enxames como
esse era meu dever como mago.
Mas antes de entrarmos na espaçosa sala, Talhand me ofereceu alguns

avisos. “Ouça: nada de magia de fogo.”
"Por que é que?"
“O fogo enche uma sala fechada de veneno”, explicou o anão. “É preciso ter um cuidado
especial com isso à medida que nos aprofundamos.”
“E a magia de desintoxicação?” Perguntei.

“Não trabalhe.”
Ele provavelmente estava se referindo ao envenenamento por monóxido de carbono. Se você usou

fogo em um espaço fechado, queimaria o oxigênio até que você eventualmente perdesse a
consciência. Só porque o fogo foi criado por magia não mudou esse fato.
“Além disso, não bata no teto com seus ataques. Você pode adivinhar por quê, certo?
“Porque isso pode destruir a caverna inteira?”
Ele assentiu. "Ai está. É também por isso que você não usa água
Magia. Use gelo o máximo que puder.
"Entendi."
Se você usasse grandes volumes de água, isso soltaria a sujeira. Ainda assim, um pouco
não deveria doer. Eu também poderia usar magia da terra, mas se não tomasse cuidado,
poderia acabar usando a terra do labirinto em vez de conjurar a minha própria. Se isso perturbasse
a estrutura interna da caverna, poderia provocar um colapso.
Usar o tipo de magia que me foi recomendado foi a opção mais segura aqui. Então, era gelo.
Assim, decidi usar a magia da água de nível avançado Blizzard Storm, um feitiço que
derrubou lanças de gelo. Foi isso que usei para acabar com as multidões no fundo da sala, uma
por uma, tomando cuidado para não atingir Paul e os outros.
“Oho, você realmente é aprendiz da Roxy. Você até usa a mesma magia — pude
ouvir Talhand murmurando atrás de mim. Aparentemente, Roxy também utilizou o mesmo
feitiço. Isso me deixou feliz em ouvir. “E nenhum encantamento também. Posso ver por
que ela está tão orgulhosa de você.
As palavras fizeram meu ego inchar de orgulho enquanto eliminávamos a última das
aranhas e seguíamos em frente.
Passamos pelos ninhos de aranhas e pulamos no círculo de teletransporte localizado

mais adiante. Ele nos levou até o fundo de uma passagem, em direção a um ninho separado de
aranhas. Já havíamos repetido esse processo cinco vezes desde que entramos neste local. A cada
vez, cruzamos cuidadosamente as referências dos círculos com o que estava escrito no livro. Os
outros já haviam mapeado aonde cada círculo de teletransporte levava no primeiro andar, mas
verificar ajudou a verificar a precisão do livro. Comparamos a forma, a cor e as
características dos círculos,

e quando ficamos satisfeitos de que tudo combinava com o livro, continuamos.
Demorou cerca de uma hora para chegar a cada círculo mágico. Como já tínhamos
feito isso cinco vezes, isso significava que aproximadamente cinco horas se passaram.
A última área do primeiro andar era uma sala coberta de teias, dentro da qual havia dois
círculos alinhados. A cor deles era um pouco mais intensa que a dos outros que havíamos
visto e eram maiores também. O azul mais escuro levava ao andar seguinte, mas tinha
um círculo gêmeo com a mesma forma logo ao lado.
Para os não iniciados, qualquer um deles parecia ser real. No entanto, havia uma
pedra com um círculo inscrito colocada imediatamente antes de um dos círculos. Isso foi
algo que Geese deixou para trás como um sinal de que era o correto. Depois que
referenciamos o livro e confirmamos que tudo estava certo, começamos a usá-lo.
De lá fomos para o segundo andar.
No segundo andar, as aranhas do chão desapareceram e os ninhos de tarântulas

foram severamente reduzidos. Você realmente podia ver o chão agora.
Em vez de aranhas, agora tínhamos uma enorme lagarta de aço – a Rastejante de
Ferro – deslizando por aí. Tinha um metro de altura e dois metros de comprimento, dando-
lhe uma aparência bastante curta e robusta. A coisa mais próxima que pude comparar
foi o Ohmu de Nausicaä. Assim como seu exterior sugeria, as criaturas eram resistentes e
robustas, mas, ao contrário de sua aparência, eram na verdade bastante rápidas. A
velocidade deles me lembrava menos uma lagarta e mais uma centopéia.
Além disso, eles eram amigos das aranhas, a última das quais
lançaria teias por trás enquanto usava os rastreadores como escudo. Uma vez que
você fosse pego por essas teias, o pesado rastreador de uma tonelada iria pisoteá-
lo.
Os Rastejadores de Ferro eram tão fortes que nem mesmo Paul conseguiu derrotá-
los com um único ataque. Foi aí que eu entrei. Eu poderia liberar dois tipos de magia ao
mesmo tempo para atacar as Tarântulas da Estrada da Morte na retaguarda com
minha Tempestade de Nevasca, depois derrotar os Rastejadores de Ferro um por um
com meu Canhão de Pedra enquanto Paul e Elinalise os mantinham. preocupado.
Aparentemente, os Crawlers eram fortes o suficiente para repelir um Canhão de Pedra
normal, mas não tive nenhum problema nesse sentido, pois meus canhões passaram direto

eles. Porém, sendo insetos, se eu não os acertasse e os matasse com o impacto, eles começariam
a se contorcer de dor e se debater.
"Nada para eu fazer, hein?" Enquanto eu trabalhava diligentemente, Talhand

reclamava de estar entediado. Ele estava de prontidão ao meu lado, só para garantir. Para garantir
que seus serviços não fossem necessários, estávamos todos — inclusive Geese — nos
comportando da maneira mais prudente possível. Assim, a partir de agora, não havia nada que
Talhand pudesse fazer.
Aquilo foi uma coisa boa. À medida que progredimos mais profundamente, foi reconfortante
saber que ainda tínhamos mais poder de fogo de reserva, caso fosse necessário.
As Tarântulas da Estrada da Morte estavam cuspindo suas teias em nós. Achei que as
tarântulas não criavam teias de aranha, mas esses caras eram claramente diferentes.
Suas teias às vezes vinham direto para mim, mas eu era capaz de evitá-las com meu olho
demoníaco. Mesmo que alguém me atingisse, não seria doloroso nem inconveniente, já que eu
poderia simplesmente usar magia de fogo para queimar minha saída.
“Ah, droga!” resmungou Paulo.
Elinalise pareceu concordar. “Ugh, essas coisas são tão pegajosas.”
Dito isto, a vanguarda não conseguiu se esquivar de cada um deles, então o

dois deles estavam cobertos de teias.
“Aqui, pegue isso. Mas não desperdice isso, ouviu? disse Gansos. Eu poderia queimar a
minha própria saída, mas ele trouxera um líquido para dissolver as teias, que os outros estavam
diluindo com água e usando. Ele me disse que era um medicamento único, popular em todo o
Continente Begaritt, e que não causava danos corporais. Embora não tenha causado danos, Elinalise
bufou sobre como isso irritou sua pele. Quase como detergente.
Talvez eu devesse levar um pouco para casa para tentar lavar a louça, pensei.
“Ok, vamos fazer uma pausa rápida aqui.” Geese nos chamou depois que terminamos de
lutar e nos sentamos onde estávamos. Talhand e Elinalise imediatamente se levantaram para
vigiar.
Paul imediatamente removeu a armadura e o cinto, depois começou a esfregar o sangue

de besta espalhado sobre eles. Ele estava tentando acelerar a verificação do equipamento no
curto espaço de tempo previsto para o nosso intervalo. Ver como suas mãos eram praticadas me
lembrou que ele era um profissional nessa área.

"O que é? É melhor você se apressar também, Rudy.”
"Oh sim."
Depois de receber uma repreensão severa, voltei minha atenção para meu próprio
equipamento. Não havia muito para eu inspecionar, considerando que eu estava disparando minha
magia à distância.
Deixando isso de lado, Paul estava terrivelmente quieto. No primeiro andar, ele vinha até mim
durante os intervalos e perguntava “Então, o que você acha?” e coisas assim. Acho que era de se
esperar, já que aquele era o segundo andar, mas ele ficou sério. O pai “legal”.
“Tch, essa maldita coisa não vai sair.” Paul começou a xingar enquanto tentava
desesperadamente limpar os fluidos corporais – ou o que quer que fosse aquela gosma – colados em
sua armadura.
“Por que você não experimenta aquele remédio que o senhor Geese estava usando?” EU
disse.
“Isso é para tirar as teias, não é?” Mesmo assim, ele aplicou alguns
sua toalha e retomou a esfregação furiosa. Quando ele fez isso, a armadura ficou branca e cintilante,
exatamente como naqueles comerciais de alvejante! Ok, não branco , branco - afinal, era uma
armadura - mas pelo menos estava limpo agora. “Ah, saiu! Obrigado!"
"De jeito nenhum."
Então era detergente. Sylphie ficaria muito feliz se eu comprasse um monte antes de voltar.
Eu não me importaria de usá-lo em casa, se possível.
Paul reequipou sua armadura assim que terminou de limpá-la. Ele então desembainhou a
espada e caminhou em direção a Elinalise. Eu mesmo pensei em desligar com Talhand, mas a voz de
Geese me impediu.
“Chefe, não se preocupe com o vigia.”
"Tem certeza?"
“Está tudo bem”, disse ele. “Aquele velho não fez nenhum trabalho de qualquer maneira.
Além disso, há algo chegando aqui sobre o qual eu gostaria de saber sua opinião de qualquer
maneira.
“Está realmente tudo bem eu substituir meu pai nisso?”

"'Curso. De qualquer forma, você é muito mais esperto do que ele — disse Geese com
desinteresse, tirando o livro e dois mapas da bolsa.
Ele espalhou os mapas lado a lado. Um estava lindamente desenhado, enquanto o outro
ainda estava apenas parcialmente concluído.
“Estaremos no terceiro andar em breve. Isto, bem aqui – foi aqui que Roxy se separou de
nós. Se tivermos sorte, ela ainda deverá estar naquela área, se o livro servir de base.
"Tudo bem."
De acordo com o livro, as armadilhas de teletransporte só enviavam pessoas para áreas em

o mesmo andar. Mesmo que fosse chamado de warp aleatório, não iria transportá-lo
repentinamente para a frente do chefe no último andar. Roxy havia deformado no terceiro andar.
Não tínhamos ideia se o círculo em que ela havia pisado era um círculo de teletransporte aleatório ou
com destino fixo, mas se ela ainda estivesse viva, havia uma boa chance de que ela estivesse no
terceiro andar. Se a sorte a favorecesse, ela poderia até ter chegado ao segundo ou primeiro
andar.
No entanto, ela já havia atravessado esses andares inúmeras vezes.

Considerando a força de Roxy, se ela conseguisse chegar ao segundo andar sozinha, já teria saído
do labirinto. Era difícil imaginar que ela iria para o quarto andar.
Geese perguntou: — Não há magia que possa ajudar a encontrá-la, não é?
“Não, não há.” Tentei pensar em alguma maneira de utilizar os feitiços

à minha disposição para tentar encontrá-la, mas nada me veio à mente no momento.
“Chefe, basta usar sua intuição para isso. Onde você acha que Roxy iria
ser?"
“Minha intuição, hein?” Acariciei meu queixo.
“Não podemos nos dar ao luxo de cobrir todo este labirinto com um pente fino”,
disse Gansos. “Então, se vamos procurá-la, precisaremos de intuição.”
“Tudo bem, então que tal esta área?” Por causa disso, selecionei aleatoriamente uma
das áreas vazias do mapa inacabado.
“A leste de onde ela se teletransportou, hein? 'Ok, então vamos começar a busca aí.
Ele foi igualmente casual em sua resposta. Eu senti vontade de ir direto para o leste

foi o caminho mais eficiente a seguir. Afinal, não havia ninguém em nosso grupo com
capacidade analítica para identificar sua localização. Teríamos que vasculhar as áreas que
eles ainda não haviam investigado, de qualquer maneira.
“Francamente, com Roxy fora do mix, não conseguimos nem chegar ao segundo
andar. Tudo isso graças a você, chefe. Esses Rastejantes de Ferro são feras
desagradáveis.”
"Eu aposto."
Os monstros neste labirinto eram resistentes à escola de magia preferida de Talhand.

Paul era o principal causador de danos do grupo, mas se ficasse envolto em teias, não
conseguiria cobrir completamente a frente deles. Vierra também não era muito confiável e não
conseguia cobrir outras pessoas tão bem quanto Elinalise. Para passar por aqui, você
precisava de alguém que pudesse usar magia de gelo ou fogo. Não era de admirar que eles
estivessem presos sem Roxy. Na verdade, foi um milagre eles terem conseguido voltar sem
ela.
“Achei que poderíamos nos virar de alguma forma, mas não há muitos
mágicos nesta área, e nenhum com coragem para desafiar o Labirinto de
Teletransporte.” Aparentemente, Geese tentou encontrar uma solução sozinho. Agora
que pensei sobre isso, ele estava tentando recrutar alguém quando o vimos pela primeira
vez na guilda. Não parecia que tinha corrido bem.
“Parece que colocamos você em muitos problemas, senhor Geese.”
“Eh, não se preocupe com isso. Além disso, eu disse para você me chamar de 'novato',
não foi? Você me dá arrepios falando de maneira educada assim.
“Entendi, novato. Vou apresentá-lo a uma linda macaca depois que isso acabar e
você poderá fazer com que ela arranque as pulgas das suas costas.
“Ooh, nada mal, já que não posso nem ir aos distritos adultos aqui.” Ele
pausado. “Ei, espere! Quem você está chamando de macaco?!
Havia muita coisa que eu queria discutir com Geese, mas deixaria as coisas assim
por enquanto.
Depois disso, Geese e eu confirmamos qual rota seguiríamos em seguida. O mapa que
ele criou era fácil de entender. Comparado com o primeiro andar perfeitamente mapeado, havia
várias seções faltando neste mapa no segundo andar. Roxy e Zenith não estariam em nenhuma
dessas seções, estariam?

eles? Continuar sem verificá-los me deixou um pouco desconfortável, mas tínhamos que
chegar ao terceiro andar. O melhor lugar para procurar não era o mais próximo, mas sim o
lugar onde Roxy provavelmente estaria.
“Gansos, onde estamos agora?” Elinalise de repente se inseriu na conversa.
Geese respondeu apontando para um ponto no mapa. “Estamos por aqui agora.”
“Então iremos além do segundo andar em breve.”
“Sim, mas ainda teremos aquelas aranhas e vermes saindo.”
“Monstros que mudam a formação no meio do caminho. Este certamente é um labirinto

desagradável”, disse ela.
“Você pode dizer isso de novo”, concordou Geese.
Elinalise passou a mão pelos cabelos. Seus habituais cachos orgulhosos pareciam um
tanto despenteados. “A propósito, Geese, por que você chama Rudeus de 'Chefe'?”
"Heh heh. Conhecemo-nos numa prisão de Doldia.”
“Uma prisão de Doldia?” ela perguntou. “Você quer dizer aquele sobre o qual Ghislaine
falou antes? Como diabos isso aconteceu?
“Contarei mais sobre isso quando chegarmos em casa.” Geese sorriu, deixando o assunto
ali.
Pensar na cela de Doldia trouxe lembranças. Eu experimentei a verdadeira

liberdade naquela época. Eu não conseguia mais andar nu daquele jeito, no entanto. Bem, ok,
exceto na cama.
Eu claramente não estava muito nervoso se pudesse me dar ao luxo de ter pensamentos
como esses.
E assim, nosso grupo chegou ao terceiro andar. Provavelmente foi sobre

dez horas desde que entramos pela primeira vez. Estávamos nos movendo muito rapidamente.
“Achei que levaríamos vários dias para nos aprofundarmos até aqui.”
“Seria se não tivéssemos um mapa”, disse Paul em resposta ao meu comentário casual.
Fazia sentido que andar às cegas fosse muito diferente de seguir um mapa.

Não havia mais aranhas pequenas no chão. Ocasionalmente, descobríamos uma

teia pendurada na parede, mas havia poucos sinais de vida. Em vez disso, pude sentir algo
perturbador no ar, irradiando das profundezas do
caverna.
A verdadeira coisa começou aqui. Primeiro, tínhamos que encontrar Roxy.
“…”
Só então, seu cheiro familiar flutuou no ar. Não, não foi

minha imaginação. Este era realmente o cheiro dela – a presença dela que eu sentia.
Eu não confundiria isso. Eu podia sentir meu coração disparar.
Ela estava aqui. Eu tinha certeza.

Capítulo 4:
Sua perspectiva emocional
Roxy
OUVI UM PEQUENO SOM e meus olhos se abriram. Tudo

ao meu redor era escuro e estreito. Sim, isso mesmo – este lugar era estreito.
Depois de ser deformado inúmeras vezes, foi aqui que cheguei, num espaço não maior que um berço.
Só tinha espaço suficiente para um único humano, ou talvez dois, se deitar. O teto também era baixo,
pouco mais alto que minha cabeça.
Enquanto eu estivesse nesta área pequena e apertada, nenhum monstro poderia se

teletransportar. Sentei-me na beira do espaço e encostei-me na parede, olhando para o que estava
diante de mim.
Um círculo mágico, emitindo uma luz pálida. Um círculo de teletransporte. Se eu colocar apenas
um pé nele, isso me mandaria para algum lugar. Provavelmente para a cova de um monstro. Para
um lugar repleto de dezenas de monstros. Para minha morte.
Apenas um mês atrás, eu tropecei. Eu poderia dar a desculpa de que não foi minha
culpa; Eu estava evitando um ataque direcionado em minha direção, dando um passo para trás, quando
tropecei em uma pedra. Perdi o equilíbrio e meu pé encontrou um círculo mágico. Apesar do fato
de eu ter examinado onde estavam as armadilhas antes de irmos para a batalha, eu ainda tinha
pisado em uma delas com muita facilidade.
O lugar para onde fui teletransportado estava repleto de monstros. Havia vinte
– não, trinta – deles. Eu era um mágico, e muito bom, se assim posso dizer. Eu não poderia conjurar
sem encantamentos, mas poderia encurtá-los, lançando magia mais rápido do que a maioria dos outros
magos. Enfrentar inimigos em grande número não era novidade para mim. Mesmo estando cercado,
não entrei em pânico. Pensei apenas em erradicar meu inimigo e logo fiz exatamente isso.
Mas não importa quantos eu derrotei, eles continuaram vindo. Monstro após monstro, até
onde a vista alcançava.
As feras deste labirinto sabiam exatamente para onde levavam os círculos de

teletransporte. Afinal, este era o covil deles. A armadilha foi preparada para que as feras pudessem se
alimentar de aventureiros desavisados. Eu estava preparado para morrer.

Eu derrotei todos eles, mas ainda assim, minha mana não era infinita. Eventualmente, eu
acabaria. Eu sabia que tudo acabaria naquele momento. Mesmo quando minha mana diminuiu
para vinte por cento, a onda de inimigos nunca cessou. Os corpos estavam se acumulando, mas
ainda mais feras avançavam.
Fiquei completamente encurralado. A ajuda não estava chegando. Talvez eles

tivessem me abandonado. Se eu estivesse na posição deles, também não me daria ao trabalho de
salvar um desastrado como eu. Não importava quanta mana você tivesse; se você fosse tolo o
suficiente para pisar em uma armadilha, então você seria apenas um peso morto.
Não, eu tinha certeza de que eles não eram do tipo que me abandonava. Talvez quando eu
ativamos a armadilha, eles também foram pegos nela e todos nós nos teleportamos
aleatoriamente para lugares diferentes. Ou talvez eles estivessem com falta de força de combate
com a minha ausência e tiveram que se retirar temporariamente.
Independentemente disso, a ajuda não estava chegando.
Mesmo quando senti as lágrimas ameaçando brotar, ainda lutei desesperadamente.

Mesmo quando senti minha mana começar a diminuir.
Foi então que avistei uma luz: seis círculos mágicos contidos em um espaçoso
sala. Monstros estavam aparecendo em todos os círculos, exceto um. Talvez fosse porque não havia
monstros do outro lado.
Eu tive que escolher ou morrer. Eu usei o restante da minha mana para derrotar
a horda, então subi no círculo, o que me levou até onde eu estava sentado.
De alguma forma, eu consegui sobreviver. Minha sorte se manteve.
Eu poderia fazer tanta água quanto precisasse com magia e tinha comida na minha
mochila. Eu poderia recuperar minha mana aqui e então encontrar uma maneira de escapar. Com esse
pensamento em mente, passei o resto do dia lá.
No dia seguinte, pisei no único círculo mágico da sala. O

O lugar para onde me levou foi uma passagem com a qual eu não estava familiarizado.
Aparentemente, foi uma das distorções aleatórias.
Não pude sentir ninguém nas proximidades. Mapeei a área sozinho e segui em frente, com a
intenção de escapar deste labirinto. Pensei em esperar por ajuda, mas havia a possibilidade de Paul
e os outros terem sido exterminados também. Armadilhas de teletransporte aleatórias eram
simplesmente mortais.
Atravessei os túneis, descobrindo outros círculos de teletransporte. EU

deixei um símbolo no chão próximo para mim e subi. Mais uma vez, fui levado para alguma
passagem desconhecida. Repeti esse processo inúmeras vezes; o Labirinto de Teletransporte foi
projetado para tornar impossível chegar a qualquer lugar sem fazer nada. Tomei cuidado para não
pisar em nenhuma armadilha, observando os círculos que poderiam estar escondidos sob as
pedras enquanto continuava em frente.
Eu não tinha ideia se estava progredindo ou apenas voltando por onde viera. Era
impossível orientar-se neste labirinto; não adiantava confiar no seu senso de direção aqui. Eu
estava ansioso, mas mesmo assim tive que seguir em frente. Meu suprimento de comida não
duraria para sempre, nem minha mente. Então derrotei monstros, comi sua carne e continuei.
E ainda assim, depois de me teletransportar inúmeras vezes, fui novamente enviado para
um covil de monstros. Lutei ferozmente e encontrei outro círculo do qual não surgiram animais.
Foi assim que consegui voltar para este pequeno espaço apertado. Muitas vezes eu
repeti o ciclo neste ponto? Cinco vezes, dez vezes? O círculo diante de mim sempre me mandava
para algum lugar diferente quando eu pisava nele, mas no final, sempre acabava de volta aqui. Meu
coração e minha mente estavam no limite. Meu corpo estava, sem surpresa, exausto. De acordo com
meu relógio interno, cerca de um mês se passou.
Um mês e nenhum progresso. Eu estava andando em círculos.
A luta também não foi fácil. Fui atingido inúmeras vezes e senti que desmaiava devido
à perda de sangue. Em algum momento, as feras começaram a tentar bloquear o círculo para
que eu não pudesse mais escapar. Apesar de suas aparências, esses monstros eram
bastante inteligentes. Levaria tudo que eu tinha para superar.
Minhas articulações doem. Eu estava sem comida. Os monstros eram duros e tinham um
gosto horrível. A carne deles era tão tóxica que era preciso usar magia de desintoxicação só para
comê-la, e eu podia sentir que isso estava desgastando minha resistência. A única coisa que me
restou em abundância foi mana.
Eu me senti completamente encurralado. Eu não tinha ideia do que aconteceria a seguir.

Se houvesse mais inimigos na próxima vez, ou se eles coordenassem melhor seus ataques, eles me
rasgariam membro por membro e me devorariam assim que eu usasse o que restava de minha
mana. Mesmo se eu tivesse a sorte de passar por eles, eu simplesmente me encontraria de
volta aqui.

Esses pensamentos por si só me impediram de entrar no círculo novamente. As feras

provavelmente notaram minha presença. Eles sabiam que eu estava aqui, neste espaço
apertado. Eles também sabiam que se eu usasse o círculo à minha frente, acabaria
voltando para a toca deles. Eu tinha certeza de que eles estavam esperando por isso.
Eles estavam esperando ansiosamente que eu cometesse um erro fatal em minha exaustão.
Eu podia sentir isso. Não haveria próxima vez.
Pela primeira vez, tomei consciência da morte.
Meu cadáver nunca seria encontrado. As feras não deixariam nada de

eu encontrar . Eu morreria e nenhuma prova de minha existência permaneceria.
Foi assustador. Fiquei apavorado. Antes que eu percebesse, eu estava moendo meu
dentes juntos. Impulsionado pelo impulso de gritar, agarrei meu cajado com força.
Eu já tinha visto a morte inúmeras vezes antes. Como aventureiro, vi pessoas

morrerem bem diante dos meus olhos. Eu tinha visto monstros dividirem guerreiros musculosos
em dois tão facilmente como se estivessem cortando manteiga. Eu tinha visto mágicos sábios
esmagados como tomates podres. Ladrões habilidosos e espadachins rápidos foram
derrubados antes de mim.
Quando testemunhei suas mortes, eu sabia no fundo da minha mente que algum
dia seria a minha vez. E, no entanto, eu simultaneamente acreditei que seria capaz de
sobreviver. Mas agora, diante da perspectiva muito real da morte, fiquei apavorado.
Eu ainda não tinha conseguido nada. Ainda havia tanto que eu queria
pendência. Eu tive um sonho. Isso mesmo, um sonho. Eu queria me tornar professor. Eu
adorava ensinar as pessoas. Eu não tinha talento para isso, mas gostei. Foi por isso que,
quando tudo isso acabasse e tivéssemos resgatado Zenith com segurança, planejei fazer
o exame de professor na Universidade de Magia para me tornar professor.
Meu mestre, aquele com quem tive uma briga antes de partir, estava na Universidade
de Magia. Poderíamos acabar brigando de novo, mas tive a sensação de que nos daríamos
melhor agora. Ele adorava ser o centro das atenções; Eu não ficaria surpreso se ele tivesse
sido promovido a vice-diretor enquanto eu estava fora.
Eu queria um gostinho da felicidade normal. Se eu me tornasse professor, poderia

até casar. Eu poderia me apaixonar por um homem, casar com ele e passar noites
apaixonadas juntos. Como demônio, eu tinha o corpinho atarracado de uma criança,
mas mesmo assim, precisava ter uma chance.

“Ah.”
Uma risada autodepreciativa escapou dos meus lábios. Eu não pude acreditar que
estava me permitindo entregar-me a tais fantasias, mesmo nessas
circunstâncias.
Eu ia morrer. Nenhum dos meus sonhos se tornaria realidade. Minha morte seria
miserável. Não havia ninguém para me salvar agora. Eu nunca tinha ouvido falar de alguém
em minha situação sendo salvo antes.
Não quero morrer, pensei.
Entrei no círculo porque realmente queria viver.
Meus instintos estavam corretos. Fui teletransportado para uma passagem

desconhecida, onde deixei símbolos para marcar círculos até então desconhecidos. Passei
por vários outros círculos e então, como se fosse predeterminado, me vi de volta à cova de
um monstro.
Eu sabia à primeira vista que isso era impossível. As feras empilharam os corpos
de seus irmãos mortos para bloquear minha rota de fuga, e parecia que o espaço do
outro lado do círculo era muito apertado para os monstros – ou seus cadáveres – se
teletransportarem. Eu não tive escolha a não ser abrir caminho se quisesse usá-lo para
escapar.
“Enquanto enfrenta esta horda?” Eu me perguntei.
Eles estavam dispostos em uma formação impecável, ramificados em torno

a montanha de cadáveres que bloqueou minha fuga, protegendo-a. O Rastejante de
Ferro diretamente à minha frente se movia como se fosse dedicado à defesa, enquanto
as tarântulas atrás dele começaram a cuspir suas teias para impedir meus
movimentos. Ainda mais atrás havia uma forma humana grande e coberta de lama –
uma Caveira de Lama – que atirava pedras em minha direção.
Eles são quase como um exército, pensei comigo mesmo quando comecei a tecer
minha magia juntos. “Envolva-me na magnífica armadura da terra. Fortaleza da Terra!”
Eu criei um escudo com a terra ao meu redor. Ele me envolveu, cobrindo meu
corpo até a cabeça em forma de cúpula. Interrompi o feitiço antes que ele consumisse
meu corpo completamente. Contanto que subisse até o meu colarinho, seria o suficiente para
impedir que o Rastejante de Ferro avançasse.

“Espalhar as gotas que caem, cobrir o mundo com água. Água

Cascata!"
Inúmeras esferas de líquido se formaram ao meu redor, transformando-se em

balas que dispararam pelo ar. Era um feitiço extremamente fraco, adequado apenas para
impedi-los de se mover temporariamente. Sabendo disso, comecei imediatamente o próximo
encantamento.
“Deusa Azul descendo dos céus, empunhe seu cajado e

cubra este mundo de gelo! Campo de Sincelos!
As gotas de água que antes choviam nos rostos das criaturas agora estalavam
enquanto congelavam. Esta foi Frost Nova, uma combinação dos feitiços Water Cascade e
Icicle Field, e congelou toda a linha de frente do inimigo no lugar. A partir daí, continuei
atacando-os com minha magia.
“Rei de Frost, governante supremo das terras árticas, soberano envolto em

todo branco cujo frio gelado rouba todo o calor. Congele teu inimigo, ó rei glacial que
governa a morte! Nevasca!"
Terminei meu encantamento abreviado. Eu geralmente usava esse feitiço para

lançar lanças congeladas ao meu redor, mas agora elas se espalhavam radialmente,
pairando sobre aquelas que eu havia congelado e espetando as feras que estavam à
espreita atrás delas. Na verdade, eu não iria derrotar a linha de frente; eram estátuas
congeladas que funcionariam como uma parede entre mim e o resto de sua turma enquanto
eu batia nos que estavam atrás deles com minha magia avançada.
Estas foram as mesmas táticas que usei quando atravessei aquele labirinto perto
Shirone. Eles garantiram a vitória. No entanto, assim que os que estavam na retaguarda
morreram, mais monstros surgiram através dos círculos mágicos na sala, passando direto por
seus camaradas caídos. O lugar estava repleto de feras novamente em um piscar de
olhos.
Meu coração também estava transbordando. Com desespero. “Suponho que seja
realmente impossível.”
Se eu não movesse aqueles cadáveres, não conseguiria sair daqui.

Mas havia muitos para eu lidar.
“Grr!”
O Caveira de Lama estava lançando pedras em minha direção à distância. Já havia

destruído parte da minha Fortaleza Terrestre, e o lento Rastejante de Ferro

estava caindo.
Um arrepio percorreu minha espinha. Eu podia sentir um suor frio chegando.
“Pegue sua lâmina queimada e perfure seu inimigo! Fatia de Chama!”

Uma espada de fogo voou pelo ar, queimando a carapaça do verme. A criatura se contorceu
de dor antes que a morte a levasse.
Os Rastejadores de Ferro eram vulneráveis ao fogo. Usar magia de fogo em uma caverna poderia
acabar assinando sua própria sentença de morte, mas mesmo assim não tive escolha.
“Envolva-me na magnífica armadura da terra. Fortaleza da Terra!”
Mais uma vez, criei um muro de terra. Minha mana estava diminuindo e eu
começou a entrar em pânico. O que devo fazer? Como eu deveria sair daqui?
Pense, eu disse a mim mesmo.
Eu quebrei meu cérebro, mesmo enquanto continuava a lançar magia e explodir

meus inimigos. Mas nada veio à mente. Eu estava preso? Este foi o fim?
Eu realmente iria morrer aqui? Meu corpo entrou no piloto automático, derrotando meus inimigos
enquanto eu alimentava esses pensamentos.
“Ah!” Meus pés tropeçaram. Minha mente estava confusa. Eu pude sentir minha mana
secando. Eu tinha apenas mais alguns feitiços dentro de mim antes de desmaiar.
"Não…"
Apertei meu bastão com mais força.

Eu não quero morrer. Eu não quero morrer.
Senti toda a minha vida passar diante de mim.
Minha primeira lembrança foi a expressão de decepção no rosto de meus pais quando
perceberam que eu era a única pessoa em nossa pacata vila que não conseguia conversar
mentalmente com mais ninguém. Eles me ensinaram a falar porque tiveram pena de mim.
Quanto à magia… Comecei a aprender magia depois que um mágico viajante passou
pela nossa aldeia e deixou uma profunda impressão em mim. Equipado com magia de água de
nível Básico, saí da minha aldeia, indo ao encontro dos três garotos que formariam meu primeiro
grupo. Tornamo-nos aventureiros e viajamos juntos durante vários anos, até que um de nós
morreu e o grupo se desfez.
Parti para o Continente Central, onde conheci inúmeras pessoas, e

descoberto e matriculado na Universidade de Magia. Foi a primeira vez que tive aulas
formais sobre alguma coisa e isso teve um impacto duradouro. Tirei boas notas, era talentoso e
realizei muitas coisas, conquistando a inveja das pessoas ao meu redor. No dormitório, meu
amigo e eu ficávamos na cama, conversando sobre todo tipo de coisa.
Conheci meu mestre depois de vários anos lá. Foi ele quem me ensinou magia da água
de nível Santo. Aprendi com tanta facilidade que deixei isso subir à cabeça.
Meu mestre reclamou de mim, o que me irritou, então me formei e fui embora sem dizer
uma palavra a ele.
Depois disso, parti para a capital do Reino Asura, certo de que alguém tão
excepcional quanto eu poderia encontrar trabalho lá. Eu estava errado.
Não conseguindo encontrar emprego, mudei-me para o interior, mas também não encontrei
trabalho lá. Fiquei sem saber o que fazer quando encontrei um anúncio de recrutamento para uma casa
tutor.
Foi assim que conheci Paul e sua família – incluindo Rudy. Assistir aos muitos encontros
sexuais de Paul me excitou; O talento de Rudy me chocou. Eu estava com ciúmes, mas também
sentia um respeito crescente por ele, já que, ao contrário de mim, ele não deixava isso subir à
cabeça. Antes de partir, ensinei-lhe magia da água de nível Santo.
Em seguida, comecei a mergulhar em um labirinto perto do Reino Shirone. O Reino de

Shirone me contratou para ensinar magia ao Príncipe Pax assim que eu terminasse, uma tarefa
que me lembrou mais uma vez o quão incrível Rudeus era, bem como o pouco talento que eu tinha
como professor. Então chegou a carta de Rudy, e trabalhei incansavelmente para
elaborar um livro sobre a língua do Deus Demônio para ele. Quando meu trabalho acabou se
tornando nojento demais para suportar, deixei o Reino de Shirone.
Foi então que tomei conhecimento do Incidente de Deslocamento. Conheci Elinalise

e Talhand, duas pessoas tão desenfreadas em seu comportamento que foi um choque para
mim. Partimos juntos para o Continente Demônio, onde me reencontrei com meus pais e confirmei
que eles realmente me amavam. Então encontrei Kishirika. E então, depois disso…
Todas essas memórias passaram pela minha mente em um instante. Um Iron

Crawler estava caindo sobre mim. Graças à minha magia de fogo, a sala esquentou e os efeitos
da Nova Gélida estavam passando.
Eu não posso fazer isso. Eu não quero morrer. Eu não quero! Não! Eu gritei na minha
cabeça.

“Não, não!!” Eu balancei meu cajado inutilmente. Teias vieram voando em minha
direção, envolvendo-o. Em instantes, foi arrancado da minha mão. “Eu não quero morrer, por
favor, alguém, qualquer um, me ajude…!”
Avancei para trás, mas havia apenas uma parede atrás de mim. O Rastejante de
Ferro estava chegando. Não, não um – muitos.
Não havia mais nada para eu fazer. Eu ia ser comido vivo, não ia? Não, tudo
menos isso.
“Alguém, por favor…”
Oh. O Rastejante de Ferro já estava…
Fechei os olhos diante do rastreador que se aproximava.
Acho que não poderei mais ver minha mãe e meu pai.
Esse foi o último pensamento que tive.
***
Esperei um pouco, mas o fim nunca chegou. Talvez eu tivesse morrido

instantaneamente. Talvez já tenha acabado. Não, não poderia ser... Mas eu não conseguia
nem ouvir nada. Esta era a vida após a morte?
Timidamente, abri os olhos. Uma vista inimaginável se espalhou diante de mim.
Era um mundo de gelo. As Tarântulas da Estrada da Morte, os Rastejadores de Ferro,

e o Caveira de Lama se transformou em estátuas brancas puras. O último dos três estava
na retaguarda da horda. Eu ouvi um estalo quando seu corpo começou a desmoronar.
O crânio humano, seu núcleo vital, caiu no chão e se estilhaçou. Até o interior estava congelado.
O abismo de poder entre este feitiço e o meu era vasto. Minha própria geada
Nova só conseguia congelar a superfície das coisas. Mas isso... isso provavelmente matou
tudo na área.
"…Huh?" Confuso, estendi a mão para recuperar meu cajado. “Eca!” Uma sensação
gelada subiu pelos meus dedos e eu deixei cair por reflexo. Ele caiu no chão, ecoando em meio
ao silêncio.

Ouvi uma voz, talvez reagindo ao som.
"Oh! Graças a deus!"
Um jovem veio andando em minha direção, contornando as estátuas de gelo.

No momento em que o vi, meu coração começou a bater forte. Eu podia sentir o sangue
correndo para meu rosto, aquecendo minhas bochechas. Este homem... era meu tipo ideal.
Ele era alto, com cabelos macios e feições gentis. Ele estava envolto em uma túnica
cinza e segurava um cajado, mas parecia bem construído para um mago. Havia uma clara
expressão de alívio em seu rosto quando ele se aproximou, olhando para mim.
"Eh? Huh?"
Ele me abraçou com aqueles braços bem constituídos, quentes e fortes. Seu cheiro –
familiar, que cheirava a suor – encheu meu nariz. Ele se ajoelhou parcialmente e encostou o
rosto em meu pescoço, aparentemente dominado pela emoção enquanto inspirava
profundamente.
Foi quando percebi uma coisa. Eu não tinha tomado banho no último mês. “Ah!”
Assim que percebi, empurrei-o para longe.
"Huh?" Ele pareceu surpreso.
Besteira. Eu tinha feito algo terrível! Depois que ele se deu ao trabalho de me
salvar! Mas eu não queria que ele pensasse que eu era fedorento.
Ah, espere, talvez agora não fosse o momento de se preocupar com isso... Hum, era?
Eu realmente não conseguia pensar direito. “M-minhas desculpas,” eu disse. “Isso meio que
fede...”
“Eu-eu estou fedendo? Desculpe." Chocado, ele cheirou a manga.
“Não, você não! Meu corpo. Estou aqui há um mês.
“Ah, foi isso que você quis dizer.” Ele parecia aliviado. “Mas isso realmente não me
incomoda.”
“Bem, isso me incomoda.” Ah, esqueça. Isso não importava agora.

Primeiro, eu precisava agradecê-lo. “Muito obrigado por me salvar.”
"De jeito nenhum. Foi natural.”
Natural? Eu não via como ele tinha qualquer obrigação de enfrentar esse tipo de
horda para me salvar.
Ah sim, o nome dele! Eu tive que perguntar o nome dele. “Aham. É um prazer

conheça você”, eu disse. “Meu nome é Roxy Migurdia. Se você não se importa, posso
saber seu nome também?
Seu corpo inteiro ficou rígido quando perguntei isso. Eu tinha dito algo estranho?
“F-me conhecer…?”
Confuso, eu disse: “Hein? Oh, já nos conhecemos em algum lugar antes? Se for
assim, devo me desculpar, infelizmente não me lembro.”
Pensando bem, tive a sensação de já tê-lo visto em algum lugar antes. Mas
onde? Ele parecia um pouco com Paul, mas certamente eu não esqueceria alguém assim.
“Você não... lembra...” Seu rosto ficou pálido. Eu o deixei com raiva?
Eu senti como se já tivéssemos nos conhecido em algum lugar antes. Seu rosto era familiar,
como se eu o tivesse visto há muito tempo... "Não...lembre..."
Ele balançou um pouco a cabeça e cambaleou para trás. De repente, ele colocou a
mão na boca e então...
"Bleegh!"
Ele vomitou.
Logo depois disso, descobri que o jovem era Rudy — Rudeus Greyrat, já
adulto. Paul e os outros, que me alcançaram alguns momentos depois, me levaram aos
seus cuidados. Com isso, escapei por pouco da morte.

Capítulo 5:
O mágico indomável
ROXY ERA COMO eu me lembrava dela há tantos anos. Ela

parecia e se comportava da mesma forma, embora ficar presa no labirinto durante o último
mês a tivesse enfraquecido consideravelmente. Suas bochechas estavam magras e havia
círculos sob seus olhos. Suas tranças estavam soltas e todo o seu corpo estava coberto
de terra, fazendo-a parecer uma moleque de rua. Apesar de tudo isso, ela não perdeu o
ânimo.
Depois de ver sua condição, Geese fez um pedido imediato para que nos
retirássemos. Uma decisão prudente. Talhand carregou Roxy nas costas e seguimos
para a superfície. Eu, é claro, sugeri que carregaria Sua Santidade, mas não
conseguiríamos passar do segundo andar sem minhas habilidades ofensivas, então
tive que desistir da ideia. Eu debati interiormente se era aceitável deixar um bruto tão rude
carregar Roxy, mas ninguém mais protestou – incluindo Roxy.
“Sinto muito, senhor Talhand, por causar tantos problemas”, disse ela.
“Não se preocupe com isso. Às vezes também preciso ajudar.
“Eu não estou fedendo, estou? Imagino que deve ser muito ruim para Rudy ter
vomitado daquele jeito.
“Ha ha!” O anão gargalhou. “Se eu não pudesse lidar com isso, eu
não poderia me considerar um aventureiro!”
Eu ouvia por trás enquanto caminhávamos. Os dois viajaram juntos por muito
tempo, me disseram. A julgar pela maneira como conversavam, percebi que confiavam
profundamente um no outro. Uma pontada de ciúme despertou dentro de mim.
Estimulado por esse ciúme, falei.
“Professor, você sabe que não foi porque eu pensei que você era fedorento que eu
Vomitou." Roxy olhou para mim antes de desviar rapidamente os olhos.
"E-então por que você vomitou?" ela perguntou.
“Fiquei preso entre a felicidade por finalmente ver você de novo e o desespero
por você não se lembrar de mim, e meu estômago deu um nó.”

“Não é como se eu tivesse esquecido de você. Eu simplesmente não conseguia fazer a

conexão entre o adorável Rudy de muito tempo atrás e você atual,” ela murmurou em resposta antes
de ficar em silêncio.
“…”
Foi uma conversa curta, mas ouvir a voz dela pela primeira vez em muito tempo me encheu
de tanta alegria que poderia ter voado direto para o céu.
Nosso grupo que estava hospedado na pousada se alegrou com o retorno de Roxy,
provavelmente porque esta foi a primeira notícia feliz que tiveram desde que começaram a vasculhar o labirinto.
É verdade que só havíamos preenchido o buraco que eles mesmos cavaram, mas eu não ia
dizer isso. Independentemente das circunstâncias, esta foi uma ocasião feliz.
Lilia imediatamente persuadiu Roxy a ir ao banho. Esperando que possa haver

Enquanto isso, eu poderia fazer por ela, fiquei do lado de fora do quarto dela, mas então Vierra
me enxotou. Ela disse que era rude aproximar-se do quarto de uma menina enquanto ela tomava
banho. Claro, eu não tinha segundas intenções. Eu só queria fazer tudo o que pudesse por ela.
Quero dizer. Realmente.
Ok, sim, eu tive uma ofensa anterior. Mas desta vez foi completamente inocente!
Pensei em defender meu caso, mas decidi desistir. Isso foi bom. Afinal, fui eu. Se de
repente eu olhasse para o meu lado e visse as roupas dela ali, não havia garantia de que minha mão
não escorregaria e colocaria no bolso o pequeno tecido branco aninhado em cima. Eu não poderia
dar oportunidade ao meu lado pervertido. Neste momento, meus sentimentos ainda eram inocentes.
Então, realmente, estava tudo bem.
Íamos descansar alguns dias para dar tempo à Roxy de recuperá-la.

força. Dito isto, ela era uma aventureira. Ela não teve ferimentos graves, ainda era forte o suficiente
para andar sem ajuda e jurou que com boa comida e uma cama macia para dormir profundamente, ela
voltaria ao normal em pouco tempo. Tudo parecia estar indo bem.
Mas eu não conseguia superar o fato de ter feito besteira e me comportado de

maneira vergonhosa na frente dela. Eu esperava que ela não estivesse desiludida comigo. O
vômito foi desrespeitoso, mas fiquei muito chocado. Nunca parei de pensar nela durante todo o
tempo em que estivemos separados. E pensar que ela poderia ter

me esqueci... foi avassalador.

Pensando bem, Sylphie disse que também ficou chocada quando agi como
se estivéssemos nos encontrando pela primeira vez. Eu me perguntei se ela sentia
o mesmo naquela época. Eu teria que me desculpar com ela quando voltasse para casa.
Roxy dormiu um dia inteiro. Eu realmente não poderia culpá-la por isso, já
que ela passou um mês em um labirinto infestado de monstros. Eu queria ser o primeiro
a lhe dar bom dia quando ela acordasse, então fiquei na frente da porta dela, mas Lilia
me enxotou. Olhei para trás e consegui ver seu rosto enquanto ela dormia pacificamente.
Eu decidi deixar por isso mesmo, esperando que ela se recuperasse
breve.
No segundo dia, Roxy pulou da cama. Foi bem na hora do almoço. Ela marchou
até nossa mesa enquanto comíamos, movendo-se rígida como um robô.
"Bom-dia professor."
"Sim. Bom dia, Rudy, quero dizer, senhor Rudeus.”
Éramos quatro, inclusive eu, à mesa. Os outros eram Elinalise, Paul e Talhand.
Geese e os três restantes estavam fazendo compras. A composição do nosso grupo
era tal que o grupo do labirinto passava o tempo todo descansando enquanto estavam
na cidade, e o grupo que esperava fazia algumas tarefas enquanto isso. Geese fazia
parte do grupo do labirinto, mas por algum motivo estava assumindo o comando do
grupo de espera. Ele com certeza era um trabalhador esforçado. Talvez ele devesse
deixar de ser um aventureiro e se tornar um administrador.
"Todos…"
Todos os presentes voltaram os olhos para Roxy.

Docilmente, ela passou o olhar sobre cada um de nós e depois baixou a cabeça. “Sinto
muito por causar todos os problemas, mas realmente estou bem agora.”
As reações das pessoas variaram. Houve uma que passou o braço em volta do
ombro dela e disse: “Você não precisa se preocupar com isso”. Outro que assentiu e
disse: “Sem problemas”. Outra que tomou um gole de álcool antes de empurrar uma
garrafa em sua direção. E, finalmente, havia eu, que fiquei emocionado com seu
retorno.

“Bem, se você quiser agradecer a alguém, agradeça a Rudy. Se ele não tivesse começado
balbuciando: 'Pai, posso sentir Deus por perto', e correndo para frente, perfurando paredes,
não teríamos encontrado você.
Paul me fez parecer um completo maluco quando disse isso,

mas de alguma forma eu sabia exatamente onde Roxy estava enquanto caminhávamos pelo
terceiro andar. Eu também tive a sensação de que ela estava com problemas. Sabendo que a
situação exigia conveniência, fui direto ao som de sua voz, sem me preocupar com o perigo
potencial de desabamento dos túneis.
Sempre que batia em uma parede, eu a atravessava sem hesitação.
Eu não tinha ideia de como sabia que ela estava em apuros. Eu apenas fiz. Foi meu vínculo
com Roxy, nos unindo; Eu tinha certeza disso. Sim. Havia uma pequena chance de o Homem-
Deus ter intervindo, mas eu desconsideraria isso. Só havia um deus em quem eu acreditava.
Espere, isso significa que Deus me guiou até lá? Nesse caso, não havia nada de estranho
nisso!
Como eu estava preocupado com tais pensamentos, Roxy virou-se para mim e
inclinou a cabeça novamente. "Hum, senhor Rudeus, o que quero dizer é, uh... obrigado."
Por que eu senti que Roxy estava sendo fria e distante? Não, eu sabia disso
sensação. Eu aprendi sobre isso na escola.
Era meu nome. A maneira como ela chamou meu nome. Ela estava me chamando de
“Senhor”, como se eu fosse algum tipo de estranho.
“Não se preocupe com isso”, eu disse. “Eu só fiz o que qualquer um teria feito.
Mais importante ainda, por favor, me chame de Rudy.”
Roxy olhou para baixo e murmurou: “M-mas não parece que estou sendo muito familiar
se te chamar assim?”
"O que? Mas estamos perto . Se eu vou ter meu próprio professor me ligue
‘Senhor Rudeus’, então posso muito bem fazer meu pai fazer o mesmo.”
"Ei, por que diabos eu faria isso?"
Ignorei o protesto de Paul. “Eu gostaria que você me chamasse de 'Rudy', tão
carinhosamente quanto antes. Não importa quantos anos passem… sempre irei reverenciar
você, Roxy Migurdia, como minha professora.”
Roxy piscou várias vezes. Por alguma razão, suas bochechas estavam vermelhas. Fez

ela está com febre ou algo assim? De repente, ela deu um tapa nas bochechas. "Sim.
Você está certo... Rudy.
“Pronto, isso é perfeito.”
Ela deu um sorriso autodepreciativo enquanto olhava para mim. Suas bochechas
ainda estavam um pouco rosados. “Deixando tudo isso de lado, você realmente ficou grande.”
“Afinal, sou um humano”, lembrei a ela. “Você não parece ter

mudou, no entanto.
“Sim, ainda tão pequeno como sempre.”
“Não acho que você seja tão pequeno quanto pensa que é.”
"Oh sério?"
Isso estava trazendo de volta tantas lembranças. Se eu fechasse os olhos, eu poderia

lembre-se de todos eles: o primeiro dia em que ela me ensinou magia, o dia em que
obtive meu objeto de adoração, o dia em que ela me ensinou magia de nível Santo, o dia
em que nos despedimos e os dias que passamos trocando cartas. Cada memória era
preciosa para mim.
“De qualquer forma, foi uma magia espetacular”, disse Roxy. “Parece que você
acompanhei muito bem seu treinamento na minha ausência. Isso era magia de água de
nível Imperador?”
“A qual feitiço você está se referindo?” Eu perguntei, embora tivesse certeza de que
não tinha usado nada de nível Imperador.
“A magia que você usou quando me salvou. Esse poder, essa velocidade e
o intervalo. Foi uma magia incrível. Essa foi a magia do nível Imperador de que ouvi falar,
Zero Absoluto, certo?”
Não. Isso foi apenas uma simples Frost Nova. Estávamos atravessando o segundo
andar quando Talhand me contou sobre a magia que Roxy estava usando e como ela era
eficaz. Eu simplesmente imitei.
Mas agora Roxy tinha uma expressão no rosto que parecia dizer Bem? Estou
certo, não estou? Hesitei em corrigi-la ou não. Ela era uma especialista em magia da água.
Ela poderia ficar envergonhada ao descobrir que interpretou mal meu feitiço. Talvez uma
mentirinha inocente fosse apropriada aqui?
É verdade que eu seria exposto imediatamente. Talvez a atitude mais sábia

fosse dizer sim e depois transmitir a verdade, em segredo. Mas e se

Eu fiz isso e ela reagiu negativamente? Meu Canhão de Pedra aparentemente tinha o mesmo nível
de poder de um feitiço do nível Imperador, mas era uma magia de nível muito inferior.
Hmm, como devo responder?
“Não, isso foi uma Frost Nova. Ele simplesmente tinha mais poder do que aquele que você
usa.” Enquanto eu hesitava, Talhand aproveitou a oportunidade para responder em meu lugar. Quão
injustificado. É melhor eu prosseguir com alguma coisa ou então—
“Ah, então é isso. Me desculpe."
“Honestamente, Roxy, você não mudou nada. Embora eu concorde com você, não me
pareceria nem um pouco estranho que Rudeus usasse magia de nível Imperador.” Elinalise saltou
sem demora para apoiar Roxy.
“Afinal, ele é considerado o mago mais poderoso da Universidade de Magia.”
Embora esse último comentário fosse desnecessário.
Os olhos de todos se reuniram em mim. Ok, essa era minha chance!
“Minhas habilidades atuais são todas graças à orientação do meu professor”, eu disse com
confiança.
Os olhos de Roxy se estreitaram com suspeita. “Rudy, continuo ouvindo que você está
afirmando isso, mas você honestamente acha que isso é verdade?”
"Claro que eu faço."
Os ensinamentos de Roxy foram minha base. “Saia e converse com as pessoas”

“Procure conviver com os outros sem preconceitos” e “Sempre dê o seu melhor”. Essas palavras
criaram raízes profundas dentro de mim. Foi graças a eles que consegui estabelecer a relação que tinha
com Ruijerd, por exemplo.
Claro, houve momentos em que não consegui viver de acordo com esses ensinamentos, mas
isso era outro assunto. Os humanos não eram capazes de atingir todo o seu potencial a cada
momento. O que importava não era se você sempre viveu de acordo com seus ideais, mas se você fez
deles a chave para sua abordagem do mundo.
“Você melhorou sozinho. Completamente sem meus ensinamentos.” Roxy

deu um sorriso autodepreciativo. “Você se tornou um homem incrível. O completo oposto de uma
desajeitada como eu, que ficou presa em um labirinto.”

Ela caiu para a frente sobre a mesa com um baque surdo. Eu pude ver o local
o couro cabeludo de onde o cabelo saía, o que era meio fofo.
“O mestre é incrível e o aluno também. O que poderia ser melhor?"

Paulo disse.
Bem colocado. Isso estava exatamente certo. Eu não era particularmente especial, mas
Roxy era certamente uma pessoa incrível. E daí se ela perdesse para seu aluno em algumas
categorias restritas? Isso não era um indicador de seu valor como pessoa.
“Se você não estivesse conosco, não estaríamos aqui. Tenha um pouco de confiança.
As palavras de Paul pareceram reanimar o ânimo de Roxy. Ela se sentou e assentiu.
Geese voltou depois disso e prosseguimos com nosso encontro. Sentamo-nos amontoados,
incluindo o grupo de espera.
“Eu disse que esperaríamos para ver a condição de Roxy, mas estou pensando em voltar
lá em três dias”, anunciou Geese.
“Isso não é um pouco precipitado?” — perguntou Paulo.
Embora possa não parecer, o mergulho em labirinto realmente desgastava uma pessoa
abaixo. Especialmente um como o Labirinto de Teletransporte, que estava cheio de armadilhas,
forçando você a observar constantemente onde pisou, mesmo quando estava envolvido em uma
batalha. Já era bastante cansativo para alguém como eu na retaguarda, mas a vanguarda carregava
um fardo ainda mais pesado.
“É melhor que Roxy volte o mais rápido possível.”
“Hum? Ah, sim, entendi o que você quer dizer. Você tem razão." Paul assentiu, mas eu
não conseguia concordar. Não seria difícil para ela ter que entrar novamente no lugar onde quase
perdeu a vida antes?
“Você não acha que um pouco mais de descanso é necessário para ela?” Perguntei.
"Milímetros? Ah. Você pode não saber disso, chefe”, explicou Geese, “mas quando você quase
morre em um labirinto, precisa voltar rápido ou será amaldiçoado e nunca mais poderá entrar.”
"Uma maldição? Tal coisa existe? Eu perguntei, em dúvida.
"Sim. Não faço ideia do porquê, mas quando você tenta entrar em um labirinto depois disso,
seu coração está tão cheio de medo que você não pode fazer nada.”
Ah, eu li sobre algo assim em um mangá uma vez. Uma espécie de pânico

transtorno, também conhecido como DP. Eu também ouvi dizer que um tratamento eficaz para
isso era tentar novamente imediatamente tudo o que você falhou. Aparentemente, o mesmo se
aplicava neste mundo.
“Além disso, você é um iniciante, chefe. Ir em um ritmo lento e mergulhar repetidamente

será uma boa experiência para você.”
"Eu vejo. Você tem razão.
Após essa troca, os outros começaram a intervir.
“Posso lhe dar algumas dicas sobre como atuar como mágico de cura e ofensivo”, disse
Roxy.
“Não deveríamos repetir o método de Rudy de perfurar paredes para navegar. O risco
de desmoronamento é muito alto”, disse Paul.
“Se você quiser, posso ir na sua frente”, disse Talhand.
“Eu estive pensando… Que tal Paul e eu trocarmos de posição?”

Elinalise sugeriu.
Geese nos manteve organizados enquanto compartilhávamos nossas idéias sobre o

empreendimento anterior, bem como sobre como deveríamos abordar o próximo. Todos pareciam
mortalmente sérios. Eu pensei que eles poderiam ser um pouco mais joviais sobre isso, mas
aparentemente não. Embora enfraquecidos, eles ainda eram um grupo de rank S.
Houve pouca contribuição para eu dar nesta reunião, exceto responder quando
me perguntaram o que eu achava do meu primeiro labirinto. Eles eram profissionais. Eu era um
amador. Não importa o quão bom eu fosse com magia, não conseguia esquecer essas duas
coisas. Nossa última viagem tinha corrido bem, mas isso não significava que esta também iria.
“No momento, vamos nos concentrar em mapear o resto do terceiro andar.

Dependendo de como as coisas vão, podemos pelo menos ir fundo o suficiente para encontrar o
círculo do quarto andar — disse Geese. “Como é isso?”
“Concordo”, dissemos em uníssono.
Geralmente, uma vez que um grupo descobrisse as escadas para o próximo andar,
eles decidiriam se iriam mais fundo ou retornariam temporariamente à superfície. Se optassem
por esta última opção, seguiriam um caminho reto de descida para retomar do ponto em que pararam
quando retornaram. O mesmo aconteceu conosco; tínhamos descido direto para o terceiro andar
da última vez. Se você não fosse rápido, havia a possibilidade de o número de armadilhas
aumentar. A velocidade foi crucial.

“Ah, sim, o livro diz que o quarto andar é completamente diferente do

o que vimos até agora”, disse Geese. “Algum tipo de ruína ou algo assim.”
“Nesse caso, pode haver dois níveis inferiores”, disse Paul.
"Hum. Bem, vamos deixar de pensar no quarto andar para a próxima vez.
Por enquanto, estamos nos concentrando no terceiro andar.”
"Peguei vocês."
Houve casos de labirintos de longa data combinados com

outros, formando um único labirinto com dois centros – dois corações com cristais
magicamente imbuídos. Dizia-se que esses tipos mudavam de estrutura no meio do
caminho. O Labirinto de Teletransporte tinha esse tipo de layout, mas isso não significava
necessariamente que tivesse dois centros. Era uma possibilidade, nada
mais.
Na verdade, de acordo com o livro, o Labirinto de Teletransporte só tinha

um cristal mágico. No entanto, ainda havia a possibilidade de ter sido originalmente um
labirinto comum que mais tarde se fundiu com estas antigas ruínas para assumir a sua forma
atual. Falando em ruínas, havia também aquelas que continham os círculos de
teletransporte que usamos para chegar até aqui.
“De que livro é esse que você está falando?” Roxy perguntou, desconfiada.
“Rudy trouxe com ele. Contém anotações de um cara que viajou quase até as
profundezas do Labirinto de Teletransporte. Você deveria ler também. Geese passou o livro em
questão para ela.
“Oh, eu não sabia que tal coisa existia. Entendido. Vou examinar isso com cuidado
amanhã.
Então Roxy planejou passar o dia seguinte lendo. Nesse caso eu ficaria
na pousada. Eu queria conversar mais com ela, embora não tivesse certeza do quê. Se
ela fosse ler o livro, talvez pudéssemos discutir seu conteúdo? Ela poderia me fazer
perguntas e eu faria o meu melhor para respondê-las.
Sim, isso parece bom. Ótimo. Absolutamente perfeito!
“Agora, sobre a nossa formação,” Geese começou. “Vamos agitar as coisas

um pouco. Talhand?
Como eu estava preocupado com meus pensamentos, a conversa mudou para o

próximo tópico. Talhand pigarreou. Como o homem mais frequentemente lá atrás, que mais
observava, ele estava encarregado de decidir o nosso

formação. “Hmph, deixe comigo.”
Mas ele cheirava a álcool. Ele sempre cheirava a álcool. Geese também tomava
banho de bebida alcoólica à noite, mas Talhand estava virando canecas durante o meio-dia. Pelo
menos ele ficou completamente sóbrio no momento em que começamos nosso mergulho em um
labirinto. Ele tinha uma capacidade impressionante de ligar e desligar o hábito de beber.
“Será quase o mesmo de antes.” Havia um papel sobre a mesa com

duas linhas desenhadas nele, junto com pequenas pedras de cores diferentes. Talhand colocou
a pedra azul primeiro. “Primeiro, assim como antes, Roxy ficará na retaguarda.”
"Entendido." Roxy assentiu.
Depois colocou uma pedra cinza ao lado da anterior. “Rudeus atuará como
Apoio de Roxy. Ela é do tipo que comete um deslize quando algo inesperado acontece,
mas Rudeus tem aquele Olho da Previsão. Ele também é bastante calmo para sua idade, então
talvez ele possa parar alguma coisa antes que dê errado.”
"Tudo bem."
Ele fez parecer que Roxy estava sem compostura. Eu queria protestar, mas era
verdade que ela escorregou e pisou numa armadilha de teletransporte.
Eu só estaria criando problemas se tentasse. Embora, se você pensasse bem, o Olho da Previsão
só poderia prever coisas que eu poderia ver. Isso significava que eu teria uma boa desculpa para
manter meus olhos em Roxy durante todo o tempo que estivéssemos no labirinto.
Dito dessa forma, não parecia tão ruim. Fiquei muito feliz por poder olhar para ela.
“Vamos tentar trocar Elinalise e Paul. Paul, você vai na frente.

Elinalise, vá atrás dele”, disse Talhand enquanto movia a pedra vermelha representando
Paul para frente e a amarela representando Elinalise para trás.
Eles ainda estavam basicamente lado a lado. Provavelmente foi apenas uma mudança de papéis.
Antes Elinalise era o tanque enquanto Paul era o suporte, mas desta vez seria o contrário. Paul
seria nosso tanque principal e Elinalise o apoiaria.
“Gansos, você estará onde estava antes.” Ele colocou a pedra marrom bem na frente do
resto do bando. Finalmente, ele colocou sua própria pedra no meio.
“Duvido que precisaremos, mas haverá mais monstros no terceiro andar. eu vou agir

como escudo para os que estão atrás.”
SCOUT: Gansos
VANGUARDA: Paul, Elinalise
MEIO: Talhand
REAR: Rudeus, Roxy
Essa foi a nossa nova formação. Excluindo Geese, parecíamos uma peça de mah-jongg
com cinco pontos.
“Alguma opinião sobre isso?” o anão perguntou.
Eu imediatamente levantei minha mão. “Devo entender que isso significa que meu papel
basicamente não mudará?”
"Sim. Você pode conversar com Roxy sobre os detalhes do seu trabalho em equipe.”
Ao ouvir isso, olhei para Roxy. Ela devolveu meu olhar, parecendo nervosa enquanto
engolia em seco.
"Tudo bem então. Estou ansioso para trabalhar com você, professor.”
“Sim, e eu também. Farei o meu melhor para não te impedir.”
Exatamente o oposto. Eu era o mais provável que a estivesse segurando.
Eu gostaria que ela estivesse mais confiante.
É verdade que eu poderia vencê-la quando se tratava de capacidade de mana e uso de

feitiços, mas a força das estatísticas de uma pessoa não era a soma do seu valor. Foi somente com
a experiência que se ganhou verdadeiro poder, e senti que Roxy estava à minha frente nesse aspecto.
Ela passou um mês inteiro presa e lutando no Labirinto de Teletransporte. E poucos dias depois
de ser resgatada, ela se recuperou o suficiente para voltar como se nada tivesse
acontecido.
Se fosse eu, se eu experimentasse algo tão horrível, provavelmente juraria a mim mesmo
que nunca mais entraria naquele labirinto. Como afirma o provérbio japonês, um homem sábio fica
longe do perigo. Você poderia me chamar de galinha se quisesse; Eu sabia que era um covarde.
“Ok então, terminamos com isso. A seguir é a festa de espera. Depois

isso, Geese prontamente deu suas ordens ao grupo que esperava. Ele entregou a Vierra uma
lista de suprimentos para comprar e depois consultou Shierra sobre a condição de Roxy.
Ele também a aconselhou a preparar todos os suprimentos médicos que considerasse
necessários para o resgate de Zenith. Finalmente, ele confiou a Lilia a supervisão dessas
tarefas.
Se Geese era o líder do partido labirinto, então Lilia era a líder

do grupo de espera. E Paul era o líder geral do nosso grupo. Ele supervisionou todas
as tomadas de decisão finais e acompanhou todos.
“Ok então, pessoal, vamos nos preparar para daqui a três dias.
Demitido." Por ordem de Paulo, a reunião terminou.
No dia seguinte, passei meu tempo vagando pelo primeiro andar da pousada,
ficando perto de Roxy enquanto ela lia. Queria que ela me consultasse se houvesse alguma
coisa que ela não entendesse. Eu, especificamente – mais ninguém.
“Um, Rudy?”
"Sim?! O que é isso, professor?!”
“Você se arrastando assim distrai”, ela disse com um sorriso forçado.
"Me desculpe." Abaixei a cabeça e decidi ir embora.
Então é isso. Estou distraindo ela. Isso faz sentido. Só estou atrapalhando a leitura
dela.
Eu não poderia causar problemas a ela. Essa não era minha intenção – eu só queria
para ser útil. Mas se eu fosse uma distração, então não poderia ser evitado.
Talvez eu devesse ir para outro lugar. Sim, talvez eu fosse a alguma taverna deserta em
algum lugar. Era bom beber sozinho de vez em quando.
Sim, é isso que farei.
“Rudy,” uma voz me chamou por trás. “Se você tiver tempo suficiente para
embaralhar, há algumas coisas neste livro que não tenho certeza e que gostaria que você...”
"OK!" Eu imediatamente me sentei ao lado dela. Acho que quebrei o recorde de

sentar mais rápido. Se eu fosse um cachorro e tivesse rabo, ele estaria chicoteando no
ar como uma hélice agora. "Cadê? Por favor, sinta

livre para me perguntar qualquer coisa.
Ahh, Roxy com certeza era pequena, mas eu tinha certeza de que isso era em parte porque eu
cresceu tanto. Se eu a colocasse no meu colo, poderia facilmente abraçá-la. Embora eu tivesse
certeza de que ela ficaria chateada comigo se eu tentasse.
Quando olhei para ela, Roxy olhou para mim de lado.
"O que está errado?" Perguntei.
Ela rapidamente voltou seu olhar para o livro. "Nao e nada. É esta parte aqui...”
Nos anos seguintes, minha altura excedeu a dela. Talvez ela sentisse
desanimado com isso. Ela parecia estar constrangida sobre o quão baixa ela
era.
Esses foram meus pensamentos enquanto passávamos o dia juntos, lendo.
Eu estava contente.


Capítulo 6:
Fácil como uma torta
COM ROXY agora entre nós, retomamos nossa exploração do

labirinto. Nós nos mudamos conforme planejado, indo direto para o terceiro andar.
Havia três tipos de inimigos lá: Caveiras de Lama agora, além de Tarântulas da
Estrada da Morte e Rastejadores de Ferro.
O Caveira de Lama era um monstro rank A. Parecia um gigante sem cabeça feito
de lama, com cerca de dois metros e meio de altura, com uma circunferência que
demonstrava sua natureza durável. A criatura tinha uma caveira enterrada na região do
peito, que também era seu ponto fraco, assim como Jamila de Ultraman ou Sachiel de
Evangelion. Ele se movia lentamente, mas conseguia evitar quaisquer golpes desferidos
nas partes cobertas de lama de seu corpo e, se sentisse que estava em perigo, poderia
esconder o crânio dentro de seu corpo. O método de ataque do Caveira de Lama era
atirar lama e usar um feitiço semelhante ao Canhão de Pedra.
Essas, no entanto, não foram as razões pelas quais foi considerado rank A.
Embora parecesse um simples golem, o Caveira de Lama era bastante inteligente e
capaz de emitir comandos para monstros menores como Tarântulas da Estrada
da Morte e Rastejadores de Ferro. Ele atacaria em formação com Iron Crawlers na
vanguarda, Death Road Tarantulas no meio e ele mesmo na retaguarda.
Em outras palavras, era um general monstro.
No segundo andar, os Rastejadores de Ferro corriam na frente enquanto as

Tarântulas da Estrada da Morte tentavam nos prender atirando teias em nós. Agora
tínhamos o Caveira de Lama supervisionando-os, distribuindo Canhões de Pedra também.
Essa deve ser uma dinâmica difícil para Paul – que já se viu envolvido em brigas
acirradas no segundo andar – contra-atacar. O combate levou tudo o que eles tinham.
Não havia como procurar Zenith também.
Isso não seria um problema para Roxy e eu no grupo. A Tarântula da Estrada da

Morte estacionada no meio não causou muitos problemas, então eu apenas tive que
assumir a liderança no ataque ao Caveira de Lama na retaguarda enquanto Roxy
enfrentava o Rastejante de Ferro na frente. Tudo o que restou foi deixado para Paul e os outros.
Sendo feitos de lama, os Caveiras de Lama eram vulneráveis à magia da água.

Uma abundância disso os levaria embora. O fogo também funcionou; se eu assasse

com a lama seca, eles não conseguiam mais se mover. Mas meu Canhão de Pedra era tudo que
eu precisava. Usei meu Olho da Previsão para acertá-los, causando golpes críticos nos crânios
em seus peitos. Um tiro uma morte. Eu era um atirador experiente, apenas lento, como os tipos
de FPS que não conseguiam mover seu ponto de spawn.
“Ufa...” Assim que o inimigo foi completamente eliminado, Roxy deu um suspiro. Eu podia
ver parte de seu rosto aparecendo por baixo da aba do chapéu.
Ela deve ter usado uma quantidade significativa de mana. Ela parecia exausta.
De repente, ela devolveu meu olhar, olhando para mim de lado. Quando nosso
olhos se encontraram, ela rapidamente desviou os dela.
“Estou quase sem mana”, disse ela. “Eu gostaria de descansar.”
Voltamos à passagem principal e lá fizemos uma pausa. eu ainda tinha

sobrava bastante mana para mim. Na verdade, eu não tinha nem queimado metade do meu
suprimento. Afinal, eu estava basicamente usando Stone Cannon, enquanto Roxy era quem
congelava nossos inimigos com Frost Nova. Não foi surpresa que ela tivesse acabado mais
rápido.
“Sinto muito por ter uma reserva de mana tão pequena”, disse ela.
“Não, acho que você tem mais que suficiente.”
Ela usou magia com precisão excepcional, lançando feitiços em uma área estreita sem
nenhum tiro perdido. Ocasionalmente, sua Cascata de Água respingava em Paul e nos outros, mas
sua precisão com o feitiço de acompanhamento Campo de Gelo era tão acertada que apenas os
inimigos congelavam. A precisão também exigia uma quantidade apropriada de
mana. Apesar de tudo isso, ela continuou lutando por um bom tempo. De forma alguma ela tinha
uma pequena reserva de mana. O dela provavelmente era do mesmo tamanho que o de
Sylphie, se não maior.
“Eu gostaria de encontrar o círculo mágico que leva ao quarto andar aqui em breve.”
Geese coçou o queixo enquanto comparava o livro com o mapa.
Quase dois dias se passaram desde que descemos ao terceiro andar. O autor do livro
levou cinco dias para se aprofundar até aqui. Nós ultrapassamos o grupo dele e percorremos o
terceiro andar várias vezes, mapeando tudo.
Já era hora de encontrarmos o próximo círculo mágico agora.
"Rudy, posso me emprestar suas costas?" Roxy perguntou.
"Seja meu convidado."
Assim que respondi, ela caiu contra mim. Ela descansaria assim

sempre que fazíamos uma pausa; Presumi que fosse porque as costas de uma pessoa pareciam
mais confortáveis para ela do que as paredes de pedra que nos cercavam. Um benefício colateral
para mim.
“Sabe, nunca pensei que mergulharia em um labirinto como este com você”, disse ela.
"Eu também. Diga, há alguma coisa que eu esteja fazendo que eu deveria ser mais
cauteloso sobre?
"Huh? Você já aprendeu o essencial quando se trata de se mover em grupo, então

não há nenhum conselho que eu possa oferecer.”
“Obrigado”, eu disse.
“Usando magia sem voz com perfeita precisão. Você realmente é incrível.
"De jeito nenhum." Eu balancei minha cabeça. “Ainda tenho muito que aprender.”
É isso mesmo – havia muito mais para aprender. Ver Roxy realmente fez
eu me sinto assim. Ela não aumentou as cartas que tinha na mão, mas sim aumentou o que
podia fazer com as que tinha. Ela estava combinando os itens existentes em seu arsenal
para dominar seu oponente.
Eu tinha certeza de que tinha feito o mesmo no passado, mas em algum momento comecei
usando apenas Stone Cannon e Quagmire. Não é o melhor hábito, mas foram suficientes para
vencer a maioria dos adversários mais fracos. Ainda assim, truques mesquinhos desse tipo não
funcionariam contra os inimigos mais fortes que eu me imaginava enfrentando, mas eu não tinha
ninguém de nível apropriado contra quem praticar. Eu estava mirando alto, mas não havia nada
tangível diante de mim para almejar. Assim, eu não estava melhorando.
“Rudy?” Roxy de repente me chamou.
“Se conseguirmos resgatar sua mãe com segurança e nós dois tivermos a
oportunidade, que tal entrar em um labirinto algum dia, só nós dois?”
Eu pisquei. "Apenas nós dois?"
"Sim. Estamos um pouco pressionados pelo tempo agora, mas o mergulho no labirinto pode
ser bastante divertido. Então, que tal formar um grupo só com nós dois e experimentar um labirinto
mais simples juntos?”
Um labirinto, hein? Para ser franco, se não fosse por Geese, eu teria

provavelmente caiu direto em uma armadilha agora. Ainda assim, se alguém pudesse se aventurar
sozinho em um labirinto, esse alguém seria Roxy. Ela tinha um histórico de falta de jeito, mas se
eu concordasse com ela, talvez conseguíssemos superar isso.
“Isso parece ótimo”, concordei. “Quando voltarmos, por que não tentamos?”
"É uma promessa."
“Sim, uma promessa.”
Eu podia ver Roxy cerrando a mão em punho no canto da minha

olho.
“…Ah, estou começando a sentir um pouco de sono. Vou descansar um pouco”, disse
ela.
"Claro. Durma bem."
Depois de alguns momentos, pude senti-la cair nas minhas costas.
Eu aceitei a proposta dela no calor do momento, mas me aventurar em um labirinto

consumia vários dias seguidos. Na verdade, eu não tinha certeza se teria a oportunidade de
fazer isso, já que precisaria ajudar na criação dos filhos.
Ah bem. Não era como se tivéssemos que decidir o caminho certo. Se eu tivesse
tempo extra, poderíamos fazer isso. Talvez quando nosso filho fosse um pouco maior e Sylphie e
eu tivéssemos mais tempo livre. Eu provavelmente teria mais de vinte anos nessa época, mas
isso não seria um problema.
Fiquei muito feliz por ela ter me convidado para participar de sua festa. Parecia
ela estava reconhecendo minhas habilidades. Tive que ter cuidado para não revelar minhas
falhas na frente dela.
Ao considerar essas coisas, adormeci.
Depois de descobrirmos o círculo que leva ao quarto andar, terminamos de mapear

minuciosamente o terceiro. Não havia nenhum sinal de Zenith, então decidimos seguir em
frente.
As paredes do quarto andar eram feitas de um tipo familiar de pedra. Isto

pareciam as ruínas que acessamos para nos teletransportarmos dos Territórios do
Norte para cá. Talvez fossem estruturas semelhantes, exceto que esta havia se transformado
em um labirinto.

“Gansos, o que vai ser?” — perguntou Paulo.
“Hum? Bem, parece que estamos bem.
"Ótimo. Então vamos examinar um pouco o quarto nível antes de retornarmos ao

a superfície”, disse Paul friamente, olhando em minha direção enquanto eu examinava os
arredores.
Na época em que Paul estava deprimido, ele parecia um completo

causa perdida, mas ele parecia muito gentil quando estava no trabalho. Não me surpreenderia
se este fosse o lado pelo qual Zenith se apaixonou. Se o mesmo sangue realmente corria em minhas
veias, então talvez Sylphie não estivesse apenas me lisonjeando quando fez o mesmo tipo de elogio.
“Professor, fico bonito quando falo sério?” Eu perguntei abruptamente. Isto

pode ter soado um pouco narcisista.
Os olhos de Roxy espiaram por baixo da aba do chapéu. "Huh? Ah, ah,
hum... Bem, claro, você é bonito? Ela se atrapalhou com as palavras e rapidamente desviou os
olhos novamente.
OK. Essa reação disse tudo que eu precisava saber. Ela expressou seus sentimentos
em alto e bom som. Essa era claramente uma pergunta desconfortável. Que rude da minha parte.
Parecia que eu tinha me empolgado um pouco.
Se Roxy fosse super fofa comigo e perguntasse: “Ei, Rudy, em uma escala de 1 a 10, quão
fofo eu sou?” Eu ficaria feliz em levantar bastões luminosos em cada mão e dizer prontamente: “A
100!” Eu estaria na primeira fila, não se engane.
Havia mais em um homem do que apenas seu rosto – havia também seu coração.
Ele precisava de um coração de aço flamejante e incandescente. Um que poderia nocautear qualquer
um com um único soco.
“Rudy... inimigos.”
Olhei para cima e encontrei dois monstros de quatro braços e armaduras se aproximando.
Guerreiros Blindados. Aliás, esses monstros eram considerados mortos-vivos.
A magia da Terra e da Divina funcionaram melhor contra eles. Stone Cannon, desde que fosse grande
o suficiente, poderia quebrar a maioria deles em pedaços com um único golpe.
“Vou começar com Stone Cannon”, eu disse.
“Espere, Rudy, você não pode.” Roxy me parou quando eu estava levantando meu
cajado. “Ouvi dizer que o Guerreiro Blindado usa o Estilo Deus da Água. Se você for descuidado
com sua magia, eles vão contra-atacar para nós.”

O Estilo Deus da Água era algo que eu realmente não tinha encontrado muito,
mas era um estilo de espada baseado em desviar e combater ataques. Também foi eficaz
contra magia, por algum motivo. Eu não tinha certeza de como, mas uma de suas habilidades lhes
permitia combater a magia ofensiva com o brilho de uma espada. Normalmente, eu não ficaria
muito preocupado, mas esses caras tinham quatro braços e não eram humanos. Eles podem
muito bem ser capazes de enfrentar quatro pessoas ao mesmo tempo e ainda conseguir conter
todos os ataques.
“Tudo bem então, o que devemos fazer?”
“Vamos cobrir os outros e enganá-los”, propôs Roxy. “É a nossa primeira vez contra
este adversário. Temos que ser cautelosos.”
"Entendido. Pai, vou usar o Quagmire. Por favor, tome cuidado com seus pés!
"Entendi!"
Esses monstros do tipo blindado tinham muito poder e suas habilidades com a espada
eram assustadoras, mas eram lentos. O aço em seus corpos era pesado o suficiente para que
afundassem facilmente na lama. Eles poderiam cair no chão se eu fizesse meu feitiço muito
profundo. Não pensei que houvesse muito risco de colapso, mas ainda assim seria
provavelmente melhor manter ao mínimo os efeitos de alteração do ambiente. Até os joelhos foi o
suficiente.
"Atoleiro!"
Seus pés afundaram enquanto tentavam avançar, a lama os engoliu até as coxas. Então
nossos dois membros da linha de frente começaram a trabalhar.
“Paul, vou pela esquerda”, disse Elinalise.
“Entendi…” Paul fez uma pausa. “Espere, você está sempre virando à esquerda.”
“Caso contrário, a parede atrapalha e dificulta o balanço.”
“Então você está pensando apenas em si mesmo – uau, isso foi por pouco!” Paul lidou
com eles com facilidade. Ele desviou um ataque com a espada da mão direita e logo cortou um
dos braços do monstro com a espada curta da esquerda. A armadura deles parecia bastante
resistente, mas aparentemente isso não importava.
Os espadachins do estilo Deus da Espada eram feras. Isso, ou talvez sua espada curta
fosse tão afiada.
Elinalise, por outro lado, parecia um pouco sobrecarregada. Ela nunca sofreu muito dano
de seu oponente, mas faltou-lhe o ataque para desferir um golpe mortal.

“Vamos apoiá-los,” Roxy interrompeu. “Rudy, vamos liberar nossa magia em

ao mesmo tempo, na direção da senhorita Elinalise.”
"Entendi."
Levantei meu cajado, conjurando um Canhão de Pedra. Agora que eles não podiam
se mover, não havia como escapar. Eu não tinha ideia de quão rápido meu ataque teria que
ser para evitar que eles o desviassem, e nunca saberia, a menos que tentasse.
“Senhor Talhand!”
"Eu ouvi você!" Ele ergueu o escudo e se posicionou na nossa frente. Se um

contra-ataque voasse em nossa direção, ele estaria lá para absorvê-lo. Contanto que ele não
morresse instantaneamente, eu poderia usar minha magia de nível avançado para curá-lo. Eu
só esperava que qualquer ataque não acertasse seus órgãos vitais.
“Canhão de Pedra!”
“Majestosa lâmina de gelo, eu te invoco para derrubar meu inimigo! Lâmina de Sincelo!”
Embora nossos tempos de lançamento fossem diferentes, liberamos nossa magia no

mesmo tempo. Uma era uma bala de canhão redonda e a outra era uma espada de gelo,
quase como o ataque Ultra Slash do Ultraman.
Nosso oponente vestido com armadura tentou desviar os ataques. Dois de seus
braços empunhando a espada se moveram, mudando sua postura para defesa. Isso deu a
abertura perfeita para Elinalise atacar com escudo, desequilibrando-o. Meu canhão
atravessou um de seus braços, cortando-o, enquanto a lâmina congelada se cravava
profundamente no peito da armadura. Exatamente ao mesmo tempo, Paul terminou sua luta
também.
“Não deveria ser uma grande surpresa, mas esses monstros de rank A não vão
facilmente”, comentou ele, embora nosso tempo total de batalha tenha durado apenas um
minuto. Não os derrubamos com um único golpe, mas não foi uma luta difícil. Exatamente o
que você esperaria de um homem que alcançou o nível Avançado em todas as três escolas de
esgrima. Em termos de habilidade, ele provavelmente tinha condições de alcançar o nível Santo.
Não, na verdade, Paul já pode ser tão forte quanto qualquer Tier Santo.
espadachim. A força das pessoas não poderia ser medida apenas pela posição.
“Pai, você ficou mais forte do que antes?”

Oh droga. Acabei de dizer algo que aumentaria o ego dele. Agora ele pode começar a
tocar sua própria buzina.
“Hum? Não, de jeito nenhum. Estou mais fraco agora do que costumava ser.” Mas
Paul nem sequer sorriu. Ele apenas olhou em minha direção antes de olhar para frente.
“Vamos, vamos indo. E não baixe a guarda.”
As palavras de Paulo serviram como um lembrete sério. Ele estava certo. Nós estavamos dentro
um labirinto agora. Eu tive que me recompor.
Meu pai com certeza estava agindo bem hoje. Norn provavelmente ficaria
encantado se eu contasse a ela como ele parecia elegante em ação.
"O que é isso?" Elinalise falou de repente enquanto olhava para o rosto de Paul. Ela
colocou a mão sobre a boca e sorriu. “Para que é esse sorriso, Paul?
É assustador."
“Vamos, você não precisa fazer esse tipo de comentário,” ele resmungou de volta.
“Você está tão feliz que Rudeus te elogiou? Ah, não se preocupe, eu entendo. Heh heh
heh...”
"Já chega, cale a boca."
Não, retiro o que disse. Paul ainda é o mesmo Paul de sempre.
Depois disso, eliminamos vários outros guerreiros blindados e começamos nossa

jornada de volta à superfície. A subida durou aproximadamente cinco horas a pé. Essa busca
ia demorar um pouco. Eu me perguntei se Zenith realmente conseguiria aguentar enquanto
isso…
Não, não podíamos nos apressar. Tínhamos que evitar mais acidentes como aquele
com Roxy.
As coisas estavam indo bem agora. Eu estava nervoso, mas não muito nervoso.
Não me senti emocionalmente sobrecarregado.
Estávamos em um bom lugar agora. Manter esse ritmo seria

nos beneficiar mais.
Assim que chegamos à cidade, todos nos reunimos para uma reunião.

Havia vários itens que precisaríamos para nosso próximo empreendimento, então
começamos a buscá-los. Também elaborei mais alguns pergaminhos espirituais, já que
estávamos acabando. Talvez sem surpresa, dado que esta era a Cidade Labirinto de
Rapan, tinta e pergaminho para círculos mágicos estavam prontamente disponíveis.
Criar extras foi fácil. Tudo que eu precisava fazer era desenhar um para usar como referência,
e Shierra faria o resto. Aparentemente, ela era bastante habilidosa nisso, tendo trabalhado
anteriormente desenhando pergaminhos para a Igreja Millis. Ela prometeu que poderia
fazer cinquenta cópias naquele dia. Agora isso era promissor.
Geese comprou alguns produtos químicos que supostamente seriam eficazes em

monstros blindados. Ele nos informou que essa coisa, se apontada corretamente, se
enrolaria nas articulações das criaturas e retardaria seus movimentos. Quando sugeri
borrifar óleo no chão para fazê-los escorregar, já que eram muito pesados, ele riu, dizendo
que seria Paul quem cairia de bunda. Respondi com um pensativo “Suponho que você
esteja certo”, e Geese apenas gargalhou.
Paul e Elinalise foram procurar armas. Aparentemente, eles estavam tentando

encontrar uma espada barata para Elinalise. O que ela estava usando atualmente – seu
estoc – era um item mágico. Quando balançado, ele desencadeou uma onda cortante de
vácuo, que não era a mais adequada para a batalha contra os Guerreiros Blindados,
que eram um oponente difícil de vencer de qualquer maneira. Eu pude entender por que
ela queria uma arma diferente.
A espada curta que Paul empunhava na mão esquerda era um item mágico
que ele comprou em Rapan. Ele tinha uma habilidade de corte de aço, o que
significava que quanto mais difícil fosse o seu oponente cortar, mais afiada sua espada se tornaria.
Esta era uma habilidade bastante rara, tanto que as pessoas no mercado não conseguiram
identificá-la. Eles o trataram como uma faca cega de manteiga que não conseguia
nem cortar carne seca, e praticamente o venderam por centavos.
Paulo afirmou: “Foi minha visão aguçada que me ajudou a identificar esse
o verdadeiro poder da espada.” Mas eu sabia melhor. Eu li A Lenda de Pelágio na Vila
Buena e havia um guerreiro cuja arma carregava a mesma habilidade. Embora incapaz
de cortar carne seca, era capaz de cortar um pedaço de aço em dois. Paul deve ter
sabido o que era no momento em que ouviu aquela frase sobre nem mesmo ser capaz de
serrar carne seca.
De qualquer forma, fazia sentido agora porque seus ataques contra os

Guerreiros Blindados eram tão eficazes. Mesmo que ele a empunhasse com sua mão mais fraca,

ainda daria um soco, desde que acertasse um golpe certeiro.
Elinalise comprou um único gládio, que aparentemente tinha a capacidade de emitir

uma onda de choque quando empurrado para frente. Não causou tanto dano, mas permitiu que
seu portador ganhasse alguma distância de seu oponente, enviando-o voando para trás. Isso
o tornou bastante útil, então custou um bom dinheiro, mas Elinalise apenas tirou do bolso um
cristal redondo e magicamente imbuído e fez a compra. Quantas dessas coisas ela
tinha em mãos?
Naquela noite, saí para beber com Roxy e Talhand, este último me convidou
dizendo: “Você já é adulto, então pode ir beber, certo?” Porém, não havia como eu beber
álcool na frente de Roxy, então eu estava apenas acompanhando.
Era para ser um encontro entre três mágicos, mas em algum momento o “Professor”
Talhand começou a nos dar uma palestra sobre “O que faz de um homem um homem de
verdade …” Os homens deveriam ter músculos. Músculos soberbos significavam um espírito
soberbo. Não foi uma conversa para mágicos, mas ainda assim foi significativa.
Ele estava absolutamente certo. Os homens devem ser musculosos e fortes.
Roxy sentou-se sonolenta. Ela claramente não poderia estar menos interessada
– não que eu pudesse culpá-la.
No dia seguinte, Lilia se despediu de nós enquanto mergulhávamos de volta ao labirinto.
Nossa jornada até o quarto andar foi tranquila. Isso se deveu em parte aos
nossos preparativos elaborados e à mudança de marcha, mas também tivemos sorte.
Foi basicamente um tiro certeiro até aqui. Em termos de tempo, demorou apenas três
horas. Também quase não tivemos desentendimentos com monstros.
Uma vez lá, continuamos a mapear o quarto nível em vez de prosseguir, mas
para surpresa de ninguém, Zenith não foi encontrado em lugar nenhum.
Como nossos suprimentos ainda estavam em bom estoque, descemos para

começar a conquista do quinto andar. Neste nível, os Guerreiros Blindados foram
acompanhados por Demônios Devoradores.
O Diabo Devorador era um demônio com uma boca gigante e pontas afiadas.
presas. Ele também tinha membros longos e garras pontiagudas que lhe permitiam escalar

teto, não muito diferente de um alienígena de uma certa franquia de filmes. Foi um
adversário formidável. O fato de poder deslizar pelo teto ou pelas paredes significava que nossa
formação era inútil. Ele passaria por cima de Elinalise e Paul enquanto eles enfrentavam
um guerreiro blindado e iriam direto para nós. Assistir isso causou um arrepio na minha espinha.
Dito tudo isso, o Diabo Devorador em si não era tão forte. Foi rápido, com ataques de
aparência poderosa, mas tinha defesas baixas e não resistiu muito. Fiquei um pouco surpreso
quando ele apareceu pela primeira vez, mas depois de rebatê-lo da parede, Elinalise mergulhou
com sua nova arma e a luta terminou sem incidentes.
Embora o Diabo Devorador fosse Rank A, nos acostumamos com seus padrões de
movimento incomuns. Foi o Guerreiro Blindado, com sua força excepcional, que provou ser o
adversário mais difícil. No entanto, era irritante ter que ficar olhando para cima para localizar
os Demônios. Se sua atenção fosse atraída para o teto, você não veria as armadilhas colocadas
aos seus pés. E se você pisar descuidadamente em tal armadilha, poderá ser levado para Deus
sabe onde.
“Tudo bem, é hora da nossa arma secreta”, disse Geese.
Felizmente, tínhamos nosso guia. Houve uma contramedida inovadora para

essas pragas registrada nas páginas de Um Relato Exploratório do Labirinto de
Teletransporte.
As raízes da árvore Talfro eram vendidas para consumo, mas se você as

queimasse como incenso, os demônios desceriam do teto – eles odiavam o cheiro. Não apenas
isso, eles também tentariam escapar o mais longe possível da fumaça. Isso tornou incrivelmente
fácil combatê-los. Na verdade, com este método, eles nem eram do Rank B – eles estavam
mais próximos do Rank C! O autor deste livro com certeza fez sua pesquisa.
Só assim, concluímos o quinto andar num piscar de olhos. Incapazes de localizar o

círculo que levava ao andar seguinte, fomos obrigados a vagar um pouco, mas nosso objetivo
não era explorar o local. Estávamos aqui para encontrar Zenith.
Tudo estava bem. Na verdade, isso estava indo muito bem para nós.
Finalmente chegamos ao sexto andar.
“Bem, gansos?”
“Podemos continuar.” Geese deu uma resposta curta ao ambíguo comentário de Paul

pergunta.
Quase não tínhamos usado nenhum dos nossos suprimentos, então estávamos bem preparados. Mais,
estávamos em alta.
“'Ok, não há como voltar atrás. Vamos continuar então.”
"Sim."
Não houve necessidade de retornar, pois tínhamos suprimentos e estávamos

prontos. Nossa busca continuaria.

Capítulo 7:
Os Círculos Mágicos no Sexto Andar
O se*to andar estava coberto de demônios devoradores.
Os Guerreiros Blindados desapareceram completamente, deixando apenas os

incômodos rastejadores do teto. As lutas correram bem graças ao incenso, mas ainda
havia muitas delas. Tantos, na verdade, que você teve que se perguntar: Por que as coisas
são tão numerosas aqui?
A razão ficou clara quando invadimos as partes mais profundas do sexto andar.
Ali, na sala que levava ao próximo círculo mágico, havia um ninho. Um enxame
de feras se aglomerava lá dentro e incontáveis ovos estavam nas bordas da área. Eram
formas escuras e oblongas cobertas de líquido – não muito diferentes das baratas do
meu mundo. Senti um arrepio na espinha só de olhar para eles.
Talvez houvesse uma rainha em algum lugar e ela estivesse usando Zenith para
ajude a dar à luz seus óvulos. O pensamento surgiu na minha cabeça, mas não havia
indicação de que os Demônios Devoradores tivessem tais hábitos. Eles enxameavam
juntos, mas não pareciam ter nada parecido com uma rainha. Assim como as baratas.
De qualquer forma, de onde vinham todas essas pragas e o que era

seu propósito? Como havia tantos quando não havia uma fonte de alimento equivalente
para sustentar todos eles?
“Professor, o que feras como essa comem?” Eu perguntei a Roxy.
"Boa pergunta. Existem muitas teorias por aí, mas ouvi muitas vezes que elas
se alimentam de mana.”
"Onde?"
Florestas e cavernas tinham alta concentração de mana, além de estarem

cheias de monstros. Pensando bem, Nanahoshi mencionou que essa energia mágica
poderia ser encontrada em todos os tipos de coisas neste mundo.
Mana, no entanto, não podia ser vista a olho nu, então como isso poderia acontecer?

teoria seja confirmada?
Espere – lá estava o Olho do Poder Mágico, sugerindo que era verdade.
Ainda assim, se eles realmente se alimentassem de mana, então não faria sentido
para eles simplesmente engolirem meus feitiços? O fato de não poderem significar que
havia dois tipos de poder mágico: o tipo que podia ser consumido e o tipo que não podia.
Agora que pensei sobre isso, Paul me disse há muito tempo que monstros
eram atraídos pelo cristal magicamente imbuído no coração de um labirinto. Os
cristais eram realmente atraentes para os monstros? Os que estavam aqui nem estavam
tentando se aprofundar. Tudo o que fizeram foi criar um ninho e começar a habitar o
local.
Ah, bem, ponderar sobre o mistério não me levaria a lugar nenhum por enquanto.
Havia outros monstros, como o Guerreiro Blindado, que claramente não consumiam nada
para sobreviver. Eu deixaria as questões da ecologia dos monstros para os especialistas.
“Bem, não importa o que eles consumam, isso não muda o fato de que eles
atacam os humanos à primeira vista. Vamos destruir esses ovos assim que os
encontrarmos, ou eles serão um espinho em nosso caminho quando voltarmos.” Roxy
disse enquanto friamente fazia um trabalho rápido com seus ovos. Ela usou uma espada
curta, em vez de magia, para empalá-los um por um. Sua expressão era a
própria definição de indiferença. Eu gostei desse lado dela também.
De qualquer forma, então os monstros produziam ovos, hein? Eu me perguntei se

os Armored Warriors também tinham descendentes. Imaginei uma mini versão deles, do
tamanho de uma boneca de feltro, carregando uma espada de brinquedo e bamboleando.
Eu imaginei sua mãe blindada e seu pai blindado cuidando deles alegremente. Então,
de repente, passos – um intruso. A mamãe e o papai blindados instruem o filho a se
esconder enquanto entram no campo de batalha. Paulo aparece diante deles, com o rosto
como o de um demônio. Ele mata brutalmente os pais com uma espada curta que é
especialmente eficiente para rasgar suas armaduras – não muito diferente de pesticidas
contra insetos. A criança testemunha isso e aprende que os humanos são os
inimigos. Ele cresce e se transforma em uma fera que ataca os humanos à primeira vista.
Sim, ok, esse foi um pensamento ridículo.
“Rudy, por que você está se afastando?” Roxy me chamou. “Por favor, ajude.”
"Oh, certo."

Fiz o que me foi pedido e comecei a quebrar os ovos.

Os outros três quartos ligados a este também estavam cheios dessas coisas. Não
havia sinal de que algum deles estivesse perto da eclosão, mas se isso acontecesse, a larva
tentaria agarrar-se a qualquer humano que visse.
Nossa limpeza terminou sem problemas depois disso, sem um único

larva recém-eclodida saindo para tentar agarrar-se à virilha de Roxy.
***
Finalmente chegamos às profundezas do labirinto, o mesmo lugar escrito

sobre nas últimas páginas do nosso livro. Era uma sala espaçosa e quadrada
construída em pedra. Havia três círculos mágicos perto de uma das paredes voltadas
para a entrada da sala.
Se isso fosse tudo, o lugar não pareceria especial. Mas o quarto

estava absolutamente vazio, exceto pelos círculos. A sala anterior tinha um enxame
virtual de Demônios Devoradores e mais de uma centena de seus ovos. No entanto, a única
coisa ali eram esses círculos, quase como se este fosse um solo sagrado onde nem os ovos
nem os rastejantes que os geraram ousavam entrar. Apenas uma palavra poderia
descrever suficientemente este fenómeno: anormal.
“É o guardião”, disse Elinalise.
Paulo concordou. “Isso transmite essa vibração.”
“Mantém o seu juízo sobre você,” Roxy avisou.
Todos os três seguraram suas armas enquanto falavam. Talvez fosse comum
que a sala logo antes do covil do chefe tivesse uma vibração perturbadora.
“Bem, qual será?” Gansos seguraram nosso guia em um

mão e investigou cada círculo. Todos os outros ficaram na entrada, esperando.
“Eu vou ajudar.” Ofereci-me para me juntar a ele, como alguém que ajudou no
criação de círculos de convocação antes.
“Sim, isso seria ótimo”, disse Geese.
Por alguma razão, Roxy correu atrás de mim. A presença dela seria

ser reconfortante, pelo menos.
"Como se parece?" Perguntei.
“Exatamente como diz o livro.”
Um por um, verifiquei cada círculo diante de nós com o que estava
transcrito no livro. O livro, aliás, dizia o seguinte:
Havia três círculos mágicos. Soubemos imediatamente que dois destes

eram círculos de teletransporte aleatórios, então usamos uma pedra para marcar aquele que
achamos correto e pulamos. No entanto, isso foi uma armadilha. Fui transportado para
um espaço desconhecido, encontrando-me preso entre corpos pretos e viscosos. É isso mesmo
– um ninho de Demônios Devoradores. No momento em que me viram…
Vou poupá-lo da cena de batalha que se seguiu.
Imediatamente localizei a pedra que eles usaram como sinal. Era uma pedra
lindamente polida, do tamanho de um punho. O número seis estava gravado em sua
superfície. Não tínhamos visto nada parecido nos andares anteriores.
“Faz você se sentir meio emocionado ao ver isso, não é?”
Gansos franziu a testa. “Acha que sim? Eu digo que é apenas azar. Ouça aqui, chefe,
coisas assim – itens deixados por um grupo morto – dão azar.”
“Um azar?”
"Sim, está certo. Um azar.”
“Tudo bem”, eu disse, “mas não é como se todo o grupo tivesse sido eliminado”.
Enquanto conversávamos, continuei inspecionando o círculo à nossa frente. É perfeitamente

assemelhava-se aos círculos de mão dupla que costumávamos percorrer inúmeras vezes até
agora, mas este era diferente. Se pisado, este te teletransportaria aleatoriamente. Ou talvez
você nem precisasse pisar nele — talvez, uma vez ativado, ele distorcesse qualquer coisa localizada
dentro da sala.
Isso significava que uma das outras duas deveria ser a opção correta. No entanto, ambos
tinham claramente as características de um círculo de teletransporte aleatório.
“Rudy, você pode dizer qual é o certo?” Roxy perguntou.
Eu balancei minha cabeça. “Não, não tenho noção. Nanahoshi poderia saber se ela
estivesse aqui.”

“Nanahoshi? Que é aquele?"
“Uma garota estudando teletransporte – ou melhor, invocação – na

universidade. Ela sabe muito sobre círculos mágicos, então ela pode ser capaz de
avaliar.”
"C-ela poderia ser... sua amante?"
“Nanahoshi? Sem chance." Eu ri da pergunta dela. Ao fazer isso, pensei comigo

mesmo: Se ao menos Nanahoshi estivesse aqui. Ou Sylphie, ou mesmo Cliff. Os dois
primeiros teriam sido impossíveis, mas talvez eu devesse ter trazido Cliff, afinal.
Talvez eu devesse voltar e buscá-lo? Mas levaria três meses para viajar nos dois sentidos.
Talvez até quatro meses. Cliff não estava acostumado a estar na estrada.
Não. Mesmo que eu o buscasse, ele poderia dizer: “Eu também não sei”.
“Na verdade,” eu disse. “Fiz algumas pesquisas sobre teletransporte na

universidade, mas tenho vergonha de dizer que não consigo entender isso.”
“Você pesquisou teletransporte?” Roxy perguntou surpresa.

"Sim."
"Eu vejo. Eu deveria ter esperado isso de você, Rudy. Nem todo mundo consegue
pensar em identificar um problema na sua origem, em vez de procurar cegamente por
respostas.”
Ela parecia ter entendido mal. Eu apenas segui o conselho do Homem-Deus. Não
que eu pudesse compartilhar isso com Roxy, já que meus motivos para fazê-lo eram
impuros. Algumas coisas eram melhores se não fossem ditas.
“Bem, é uma conclusão óbvia a se chegar, como aluno da grande professora

Roxy.”
“Você pode me elogiar se quiser, mas não ganhará nada por isso.”
Terminamos nosso exame dos círculos.
“Bem, chefe, descobriu alguma coisa?” Gansos perguntou.
“Não, nada.”
De qualquer forma, meu conhecimento sobre círculos mágicos veio principalmente

do livro. Se a resposta correta não estivesse em suas páginas, então estava fora da minha área de
especialização. Eu fiz algumas pesquisas adicionais sobre teletransporte, é claro, mas isso ainda
estava além da minha compreensão.

Havia uma coisa que eu sabia: os três círculos diante de nós estavam
anormal. Eu já havia ajudado Nanahoshi com círculos mágicos suficientes no passado, pelo que pude
perceber. Uma mudança nas partes menores e mais complexas de um círculo alteraria seus
efeitos. Foi por isso que pude dizer com segurança que nenhum desses círculos eram normais.
“Se o que o livro diz é verdade, um destes dois é o círculo correto”, eu

disse.
“…O que você quer dizer é que você também não sabe?” Gansos esclareceu.
"Exatamente."
Voltamos para a entrada da sala, sentando-nos na formação circular que Paul e os outros
haviam feito enquanto descansavam. Lá, relatamos os detalhes de nossa pesquisa com a maior precisão
possível.
Paul estalou a língua: “Tch, duas opções, hein?”
Elinalise murmurou: “Nossa, duas opções…”
E Talhand reclamou: “Droga, dois, hein?”
Nenhum deles parecia satisfeito com a notícia.
“Duas opções realmente vão nos ferrar. Seria melhor se tivéssemos três.” Ao olhar para o teto,
Geese me lembrou um certo personagem de anime da máfia italiana que usa um chapéu estranho na
cabeça. Parecia que eles tinham algumas lembranças ruins associadas à escolha entre duas opções, o
que não foi uma surpresa para mim.
“Isso também é um azar?” Perguntei.
"Sim é. Quando só temos duas opções, temos que deixar Ghislaine escolher. Ou o que quer
que façamos, terminará em fracasso”, explicou Geese. Paul e os outros concordaram com a cabeça.
Gislaine, né? Esse nome trouxe de volta memórias. Como um povo-fera, ela
certamente tinha um olfato bom o suficiente para farejar o correto
responder.
“Ghislaine… Se ao menos ela estivesse aqui agora”, disse Paul melancolicamente.
Elinalise acrescentou: “Ela só foi útil em momentos como este”.
“Ela nunca ouviu instruções durante a batalha e correu de cabeça,

quase como se ela não entendesse uma palavra do que alguém dizia. Ela não sabia ler,

escreva ou faça contas, e ela ficaria furiosa sempre que você falasse sobre algo que ela
não entendia. Mas pelo menos quando tínhamos apenas duas opções, ela foi estranhamente
capaz de escolher a certa”, disse Talhand.
Uau, eles certamente estavam dizendo algumas coisas cruéis sobre ela. Pobre
Ghislaine. Eu esperava que eles parassem por aí. Afinal, ela era uma das professoras que eu
respeitava.
“Por favor, dê um tempo a ela”, implorei. “Ela agora pode ler, escrever e fazer contas.”
Ghislaine trabalhou duro. Ela ainda tropeçava quando se tratava de adição que
exigia carregar números, mas ela se esforçou para aprender a divisão.
“Hmph, já ouvi falar disso de Paul antes, mas não vou me deixar enganar”, disse o
anão. “Não há como aquele filhote funcionar como uma pessoa normal.”
“Eu ouvi exatamente a mesma coisa, mas para ser sincero, também não consigo acreditar,”
Ela concordou.
Os dois certamente estavam céticos. Não que eu não tenha entendido – Ghislaine
certamente era uma idiota.
Isso parecia estranho, no entanto. Todos os ex-membros do partido de Paul estavam

reunidos aqui — todos, exceto Ghislaine. A mesma mulher que foi o único membro do grupo a
manter contato com Paul após a briga.
O único que conhecia a Vila Buena, dentre todos aqui reunidos.
Sim, realmente estranho.
“Esqueça isso, o que vamos fazer?” — perguntou Geese, voltando ao ponto original
da nossa conversa. Havia dois círculos. Por qual iríamos prosseguir?
“Rudy, nem você foi capaz de dizer, hein?” — perguntou Paulo.
Eu balancei minha cabeça. "Infelizmente não. Eu até estudei isso na escola antes de
vir. Lamento não poder ajudar mais.”
“Então é assim…” Paul cruzou os braços sobre o peito, fechou os olhos e começou a
pensar. Depois de nem um minuto, ele levantou a cabeça. “Vamos fazer uma votação majoritária
e ver onde isso nos leva. Aqueles que são a favor de levar o círculo para a direita, levantem a
mão direita. Aqueles que são a favor da esquerda, levantem a esquerda.”

Cada pessoa levantou a mão ao seu comando. Paul, Elinalise e Roxy votaram para
ir para a direita, enquanto Geese, Talhand e eu votamos para ir para a esquerda. Estávamos
divididos bem ao meio.
“Tch, não conseguimos nem decidir”, cuspiu Paul.
“Hum, padre”, eu disse, “devo dizer que não tenho muita certeza sobre decidir algo assim
por maioria de votos”.
"Yeah, yeah. Alguém mais teve alguma ideia brilhante?
Quando Paul perguntou, Elinalise levantou a mão. “Que tal enviar uma pessoa para
cada um deles ao mesmo tempo?”
“Você está propondo que sacrifiquemos alguém?”
“Ou você ou eu poderíamos queimar incenso e abrir caminho através dos Demônios
Devoradores se fosse necessário”, disse ela com confiança.
Uma pessoa entraria em cada um dos dois círculos ao mesmo tempo e

a pessoa que estava correta voltaria para nós. Então iríamos imediatamente em busca
da outra pessoa e o problema (possivelmente) seria resolvido.
“Eu me oponho a isso”, eu disse.
Elinalise disse, surpresa: “Oh, Rudeus? Por que é que?"
“Primeiro, não há garantia de que qualquer uma dessas seja a resposta certa.”
Ambos os círculos pareciam aleatórios, ao que tudo indica. Eles podem ambos
ser armadilhas, o que significa que todos os três círculos eram armadilhas. Era possível
que os círculos corretos estivessem localizados em uma sala diferente. É certo que isso
parecia improvável – o livro dizia que eles revistaram cada cômodo de cada andar antes de
passar para o próximo. Se eu confiasse no autor, então este seria o nosso destino final.
Mas a posição dos círculos e suas formas... Tudo parecia deliberado.

Enganador.
Algo parecia errado.
Por que alguém faria uma armadilha com cinquenta por cento de chance de
sucesso? Isso não anularia o propósito de ser uma armadilha? Além disso, se quem criou
isso tivesse se dado ao trabalho de preparar um falso círculo de mão dupla, a solução seria
realmente tão simples quanto um dos círculos de mão única sendo

correto? Se isso fosse tudo, por que se preocupar em ter três círculos para começar?
Talvez tenhamos perdido uma dica em algum lugar? Não, isso não foi uma fuga
jogo de sala. Um labirinto não era obrigado a nos dar dicas.
“Bem, Rudeus, você tem uma sugestão então?” ela perguntou.
“Não,” eu admiti. “Mas eu poderia pedir que você esperasse um pouco mais antes de
tomar uma decisão?”
Isso pesou sobre mim. Parecia que havia algo que eu estava esquecendo.
E até que eu pudesse lembrar o que era, simplesmente entrar em um desses círculos com base
na suposição de que havia uma chance de cinquenta por cento era muito perigoso.
No momento em que uma pessoa o fizesse, era possível que toda a sala fosse
teletransportada aleatoriamente.
Só se poderia atravessar o Labirinto de Teletransporte deformando-se através

de círculos mágicos. Talvez houvesse salas que não poderíamos alcançar sem entrar em um
círculo aleatório.
“Quero pensar um pouco mais sobre isso”, implorei.
“Tudo bem, Rudy. Vamos deixar isso para você. Paul assentiu antes que alguém
pudesse responder.
Sentei-me na frente dos círculos e comecei a pensar.
Minha premissa inicial foi esta: todos esses três círculos eram fictícios.
Com base nisso, três possibilidades surgiram.
Primeiro, era possível que este não fosse o ponto final do labirinto.
De acordo com o livro, este labirinto tinha uma regra interna própria, e essa regra era
que a rota principal através do labirinto era composta apenas por círculos de mão dupla.
Seguindo essa lógica, este deveria ser o destino final.
No entanto, a área pela qual Roxy havia entrado antes era uma seção de
o labirinto inacessível apenas através de círculos de mão dupla. Para voltar ao caminho
principal, você tinha que encontrar o caminho através de mais de trinta círculos de mão única
na área. Em suma, o verdadeiro fim deste labirinto pode estar localizado além de um círculo
de mão única, embora eu achasse que as chances de isso acontecer eram mínimas.

Segunda possibilidade: sem o conhecimento do autor, um dos outros membros do

grupo acionou uma armadilha logo antes de entrar no portal. O autor presumiu que eles
estavam pisando no portal de mão dupla, mas o que realmente aconteceu foi que outra
pessoa desencadeou uma dobra aleatória, teletransportando todos na sala para um
local aleatório. Assim, o portal bidirecional era realmente o correto.
Não, não poderia ser isso. Se tal armadilha estivesse presente, certamente
Geese a teria notado.
Terceiro: O círculo de mão dupla era na verdade um círculo duplo.
Os portais tinham vários formatos diferentes. Talvez existisse um em forma de donut.

Nesse caso, o portal correto poderia estar cercado por um portal em forma de rosquinha
que era na verdade uma armadilha de teletransporte. Isso era possível, certo?
Em outras palavras, contanto que pisássemos bem no centro e não no perímetro,

poderíamos alcançar o próximo andar.
Idiota, eu me castiguei. Quem você pensa que é, algum tipo de detetive experiente?
A mais provável destas três possibilidades tinha que ser a primeira.
O autor geralmente só pisava em círculos de mão dupla. Até

depois que descobriu os três tipos diferentes no primeiro andar, ele nunca mais
pisou em um único círculo aleatório ou de mão única enquanto descia pelo terceiro e
quarto andares. Isso foi o suficiente para levá-lo até aqui.
Talvez, deste ponto em diante, você tenha que prosseguir em círculos de mão
única para chegar ao fim. Mas se fosse esse o caso, então talvez o caminho que levava
adiante não começasse aqui. Talvez estivéssemos simplesmente num beco sem saída —
nesse caso, o caminho que levava adiante poderia começar em algum lugar por onde já
havíamos passado. Por exemplo, poderia haver um círculo de mão única no quarto andar
que realmente levava ao ponto final da masmorra.
Droga. As coisas ficaram tão complicadas.
Além disso, a forma como o autor dividiu os “andares” foi arbitrária

começar com. Ele fez isso inteiramente com base nos monstros que estavam por
perto e na aparência da área. A “regra” única sobre a rota principal

através do labirinto que consiste apenas em portais de mão dupla pode ter sido uma
coincidência completa.
Nossa melhor opção foi apenas forçar o caminho, experimentando cada opção
uma por uma? Começar neste andar e passar por cada círculo de mão única,
derrotando todos os monstros que encontramos, tentando encontrar uma rota diferente?
Essa parecia ser a escolha correta.
Basta olhar para a atmosfera desta sala . Os membros veteranos

do meu grupo entrou e imediatamente sentiu que o chefe – ou melhor, o guardião –
devia estar perto. Eu tinha certeza de que esse lugar deveria ser especial. Que esta
devia ser a última sala deste labirinto.
Não, talvez fosse apenas uma das armadilhas do labirinto. Hum…
“As possibilidades simplesmente não têm fim”, murmurei para mim mesmo
enquanto me levantava. Era hora de ir ao banheiro. "Pai?"
"O que é?" Paulo olhou para cima.
“Vou me aliviar.”
“Está mijando, né? Eu irei também.
“'Uma mijada'!” Eu deixei escapar em estado de choque. “Você não pode usar uma linguagem
tão inadequada na frente das mulheres...”
“Quem se importa com boas maneiras em um lugar como este?”
Vamos, estamos na frente da Roxy. Eu não posso escorregar aqui!
Bem, ok, ela provavelmente não pensaria muito sobre eu ir ao

banheiro, mas ainda assim.
Paul me acompanhou para fora da sala e de volta para a área onde os cadáveres
e ovos quebrados dos Demônios Devoradores permaneciam. Lá, nos revezamos vigiando
enquanto o outro cuidava de seus negócios.
“Você está realmente lutando contra isso”, Paul comentou enquanto eu esvaziava
minha bexiga.
"Sim. Ocorreu-me que talvez este lugar não seja o último cômodo deste andar.
Que talvez haja outro caminho. Um que temos que pegar para chegar ao chefe.”
“Não, isso não pode ser.” Ele balançou sua cabeça. “Essa sala é definitivamente
o lugar certo.”

“Você está dizendo isso com base em quê exatamente?”
"Nada."
Em outras palavras, intuição. Ainda assim, foi a intuição de um veterano. Não

é algo que eu possa encarar levianamente. Uma intuição desse tipo pode parecer uma conjectura
infundada, mas na verdade era uma inferência inconsciente baseada na experiência.
“Bem, não há necessidade de se precipitar”, disse Paul. "Bem espere. Se houver

algo que você não tenha certeza ou queira discutir conosco, fique à vontade. Não tente
resolver tudo sozinho, certo?
"Entendido." Coloquei meu amigo de volta nas calças e troquei de posição com
Paul. Agora que eu estava de guarda, dei uma olhada ao redor.
“Ah, há também outra coisa sobre a qual eu gostaria de falar com você, Rudy.”
"Sim? O que é?"
Um breve silêncio. “Ah, não. Não é hora para isso agora. Eu vou te dizer
sobre isso quando voltarmos para a pousada.
"O que é? Por favor, não faça isso. Isso vai me deixar nervoso se você não fizer isso
diga-me. Esse é o tipo de coisa que chamamos de ‘bandeira da morte’, você sabe.”
"Que diabo é isso? De qualquer forma, se eu disser isso agora, isso só vai mexer com
o moral do grupo.”
Inclinei a cabeça quando ouvi sua voz vindo de trás. Isso mexeria com nosso moral?
Sobre o que diabos ele queria falar, então? Foi ansiedade por causa do Zenith? Ou alguma outra
coisa que possa tornar as coisas estranhas entre nós?
“Algum tipo de reprimenda?” Eu adivinhei finalmente.
“Basicamente, sim. Algo parecido."
“É verdade, poderia realmente estragar as coisas se eu ficasse todo deprimido e não

conseguisse manter o foco na batalha. Você pode ficar com a raiva que quiser de mim quando
isso terminar.
“Ah, bem, não é como se eu estivesse com raiva. Apenas imaginei que eu lhe daria uma chance de se
preparar um pouco.
Assim que voltarmos para a pousada, hein? Eu esperava que pudéssemos resgatar

Zenith antes disso.
“Espero que mamãe esteja bem”, eu disse.
"…Sim eu também."
Com apenas essas poucas palavras, o ar na sala ficou opressivo.
Isso não foi bom. Paul devia estar se sentindo desesperado por termos chegado tão
longe e ainda não a termos encontrado. Era melhor manter esse tipo de pensamento para
mim.
Ouvi o longo e prolongado gotejamento de Paul se aliviando enquanto eu

pesquisou a área.
Havia uma sala grande e três menores que haviam sido cobertas
em ovos. Depois houve aquele mais próximo dos círculos mágicos. Todas as salas
menores estavam conectadas à sala maior.
Algo estava me incomodando.
“Esta sala é bem comprida, não é?”
“Hum?” Paul grunhiu de volta. "Acho que sim. Por que?"
Tinha formato oblongo, embora fosse suficientemente largo e tão abarrotado de

cadáveres que quase parecia quadrado à primeira vista. Uma inspeção mais detalhada revelou
que seu comprimento excedia sua largura. Na verdade, era retangular. Em cada extremidade
desse longo trecho havia uma sala anexa, embora todos os tamanhos fossem diferentes.
Eu já tinha visto isso antes. Recentemente.
E algo estava faltando.

“…Ah!”
De repente, ocorreu-me. É isso mesmo – parecia exatamente com as ruínas dos círculos
de teletransporte que usamos para chegar aqui.
"OK! Vamos voltar então... Uh, Rudy? O que você está fazendo?" Paul me olhou com
desconfiança.
Eu dei a ele um olhar de soslaio enquanto corria de volta para os outros membros.
Geese estava sentado com o traseiro plantado no chão – não muito diferente da
estátua do Grande Buda – quando eu o chamei: “Senhor Geese, poderia ter sua ajuda?”

“Hum? Você encontrou alguma coisa?
“Apenas se apresse e venha junto.” Eu o arrastei comigo para o centro de

a sala. “Por favor, procure por aqui e veja se consegue encontrar uma escada
escondida.”
"Huh…? Espere, acho que seria possível. Nós não vimos nada
mas armadilhas de teletransporte até agora, mas pode ser que haja uma sala escondida
ou algo assim.”
Geese, tendo se convencido sem qualquer contribuição minha, desceu

apoiou-se nas mãos e nos joelhos e começou a vasculhar o chão. Ele encostou o ouvido
no chão, o rosto tenso. Então ele retirou sua espada curta e começou a bater com o
punho no chão.
“Ei… está aqui. Está aqui!" ele exclamou. “Chefe, há uma caverna aqui embaixo!”
“Você pode abrir?”
"Me dê um segundo." Geese começou a mexer no chão. Ele desceu

em direção à parede, suas mãos pastando pela superfície enquanto ele avançava. Então
ele recuou de volta para mim. "Nada de bom. Não consigo abrir. Provavelmente do tipo que
você precisa abrir.
“Não haverá nenhum problema se quebrarmos, não é?”
“Não. Não há armadilhas. Ok, chefe, vamos lá. Mire um bem aqui, ”
Geese disse enquanto esculpia um X no chão.
Eu liberei meu Canhão de Pedra na área apropriada. A bala de terra foi desviada
com um estrondo retumbante, deixando o chão abaixo dela recortado.
Eu me segurei demais?
“Um pouco mais forte que isso”, disse Geese. “Você consegue, certo?”
"Sim."
Aumentei a potência e mirei outro tiro. Desta vez, um estrondo muito mais alto
ecoou pelos corredores enquanto o chão desabou, deixando um buraco no caminho.
“Ok, deixe o resto comigo!” Geese imediatamente se ajoelhou, limpando os

escombros.

Agora que havia um buraco no chão, o resto era fácil. Não demorou muito para
ele alargar a cavidade, transformando-a em uma abertura quadrada. Abaixo dela,
escadas desciam em cascata na escuridão.
“Incrível! Deixe isso com você, chefe. Não posso acreditar que você descobriu.
“Bem, já vi esse tipo de layout antes”, admiti.
As ruínas ao redor do círculo de teletransporte que usamos para chegar até

aqui tinham três salas vazias e mais uma com uma escada. Suspeitei que o quarto
quarto já pareceu tão simples quanto o resto. Talvez as escadas que levavam ao círculo
de teletransporte já estivessem escondidas, assim como estas. Na época em que as
ruínas ainda estavam em uso, cada cômodo devia estar mobiliado, tornando
impossível localizar a escada escondida com um simples olhar. Talvez a razão pela
qual estava tão visível agora fosse porque a cobertura enfraqueceu ao longo dos anos
ou alguém a destruiu.
“Ok, pessoal, Boss encontrou para nós um conjunto de escadas escondidas!”
Ao som da voz de Geese, os outros membros se levantaram.

Eles vagaram e examinaram as escadas, ofegantes de espanto.
“Hahaha! Sabia que você conseguiria! Talhand deu uma gargalhada, batendo com a mão nas
minhas costas.
“Ai.”
"Aquele é meu filho!" Paul declarou em voz alta, seguindo o exemplo do anão com
um tapa de sua autoria.
“Ai,” eu disse novamente.
“Isso faz sentido. Parece que me lembro das ruínas do círculo de teletransporte
parecidas.” Elinalise também me bateu palmas.
"Urgh..."
“Não fique muito nervoso. Pode haver armadilhas. Chefe, me passe três dos seus
pergaminhos. E aqui está! Geese pontuou suas palavras com um tapa próprio.
“…”
Quando olhei por cima do ombro, vi Roxy com sua mãozinha levantada no ar.
Nossos olhos se encontraram, os dela olhando de baixo para cima, e sua mão parou
suavemente nas minhas costas, mal roçando em mim.

“Pronto”, ela disse. "Você fez um bom trabalho." Sua expressão estava tingida
com decepção, como se ela não conseguisse suportar o sucesso de seu aluno. Cada
um dos meus atos estava diretamente ligado a ela, então não vi necessidade de ela se sentir
irritada.
É isso, eu decidi. Se a notícia desse momento se espalhar, vou me gabar de que

foi Roxy quem me deu a dica!
“Tudo bem, vamos indo. Fiquem atentos, pessoal”, disse Geese.
"Sim!" Todos assentiram juntos.
Ao pé daquelas escadas havia um círculo de teletransporte – um tipo de mão dupla.

Um que era de um vermelho profundo e sangue.

Capítulo 8:
O Guardião do Labirinto de Teletransporte
ATÉ ESTE PONTO, todos os círculos de teletransporte emitiram um pálido
luz, mas esta era vermelha. Uma cor que sinalizava perigo. As palavras “zona vermelha”
vieram à mente.
“Está aqui, além deste ponto”, Paul murmurou.
Essa foi certamente a sua intuição falando. Mas a que “isso” ele estava se
referindo? A prisão de Zenith? Ou o guardião? Independentemente disso, eu também me
senti estranhamente confiante – confiante de que a parte final deste labirinto estava diante de nós
agora.
“O que vai ser, Paul? Ainda temos suprimentos, mas podemos voltar agora se você
quiser”, disse Geese.
Tivemos uma vida fácil no sexto andar. Os Demônios Devoradores eram pouco
mais que turbas de lixo graças à raiz Talfro. Na verdade, não havíamos usado nenhum de
nossos suprimentos; ainda estávamos totalmente abastecidos. Poderíamos continuar.
Além disso, tivemos bastante tempo para descansar no quarto anterior.
“Não, vamos continuar. Todos, verifiquem seu equipamento.”

"Entendi."
Ao ouvir a decisão de Paul, todos nos sentamos no chão e começamos a examinar

nosso equipamento.
“Vamos, Rudy, você também.”
A pedido de Roxy, eu também sentei. Retirei da bolsa tudo o que carregava, alinhando-
os no chão para fazer um balanço do que tínhamos. Não que eu estivesse carregando muito.
Tudo que eu tinha eram alguns pergaminhos espirituais.
“Você quer alguns dos meus pergaminhos?” Roxy havia escondido alguns em sua
bolsa para o caso de haver necessidade. Eles tinham magia de nível avançado neles. Ela
poderia lançar feitiços rapidamente, graças aos seus encantamentos encurtados, mas a
magia de nível Avançado exigia alguns cânticos longos. Haveria um momento em que recitar
as palavras demoraria muito. Estes eram seus escondidos

trunfos.
“Isso pode ser uma boa ideia. Posso ficar com alguns dos seus curativos, então?
"Certamente."
Eu poderia usar magia sem voz, então não precisava de pergaminhos de nível avançado.
A magia de cura, entretanto, era outra questão. Seria bom tê-los para o caso de minha garganta
ou pulmões serem esmagados como antes.
Roxy os passou para mim e eu os dobrei e os coloquei

dentro do meu roupão. Se eu não os usasse, poderia devolvê-los mais tarde.
Na verdade, eu gostaria de levar um para casa e fazer com que Nanahoshi ou Cliff o recriassem para
meu.
Espere, fazer cópias sem permissão era proibido, não era?

Embora eu não imaginasse que seria pego se fosse apenas para uso pessoal.
“Não tenho ideia de que tipo de guardião enfrentaremos, mas temos muitos
potência de fogo. Vou trabalhar o máximo que puder para apoiá-lo, para que você não precise usar
nenhum desses pergaminhos”, disse Roxy.
"Por favor faça. Às vezes posso ser um pouco covarde, então, por favor, me ajude se
precisar.”
"Claro. Você pode contar comigo." Roxy bateu com o punho no peito minúsculo. Foi
reconfortante ouvi-la dizer isso.
“Rudeus, Roxy.” De repente, Elinalise jogou algo em nós.
Depois que peguei o objeto voador em minha mão, percebi que era uma bola de gude
rocha de tamanho. Um dos numerosos cristais magicamente imbuídos que Elinalise
carregava consigo.
“Se você ficar sem mana, use-os”, disse ela.
Olhei para ela. "Tem certeza?"
“Estou apenas emprestando para você. Se você não usá-los, devolva-os mais tarde.”
"Ah com certeza. Entendi."
Não era incomum um mago ficar sem mana ao explorar

um labirinto. Normalmente, o grupo se retiraria em tal situação. Foi por isso que eles
derrotaram todos os inimigos que encontraram - para que pudessem

recue, recarregue e siga em frente mais uma vez.
Por outro lado, quando se tratava de lutar contra um guardião, ouvi dizer que havia
momentos em que não era possível correr. Aparentemente, você pode até ficar trancado em
uma área do tipo arena, incapaz de sair até derrotar a criatura.
O círculo vermelho diante de nós parecia um círculo de mão dupla. Talvez fosse
realmente unilateral. Nesse caso, precisaríamos de alguma forma de recuperar nossa
mana assim que avançássemos.
“Ok, todos estão prontos?”
Nós nos levantamos ao som da voz de Paul. Olhei para os rostos de todos,
notando suas expressões tensas. Eu precisava colocar minha cara de jogo também.
“Rudy.” Paul se virou para mim.

"O que é?"
“Eu me sinto mal por dizer isso a você em um momento como este, mas...”
Lá estava. Uma bandeira da morte.
“Então, por favor, não diga isso,” eu o interrompi.
“Ah, tudo bem.” Paulo parecia desanimado. Talvez isso tenha prejudicado um pouco seu
moral. Mas eu não poderia fazer com que ele dissesse nada importante antes da nossa batalha
final. Qualquer coisa que ele tivesse a dizer, ele poderia dizer quando voltássemos para casa.
“Ok, vamos então!”
Trocamos olhares e pulamos no círculo ao mesmo tempo.
A área em que nos deformamos era vasta. Parecia o salão de recepção de um

palácio, modelado em formato oblongo do tamanho de um campo de beisebol. Havia
pilares grossos nos cantos da sala, e o teto era tão alto que era preciso inclinar o pescoço
para trás para vê-lo. O chão abaixo de nossos pés era coberto de azulejos, cada um deles
gravado com seu próprio padrão complexo, formando um relevo. Se eu tivesse que
escolher uma única palavra para descrever o lugar, “majestoso” seria o suficiente.
"Uau…!"

Havia um monstro localizado nas profundezas deste palácio de cinzas.

estrutura. Enorme, aproximadamente duas vezes o tamanho de um ancião vermelho.
Mesmo de longe, pude vislumbrar o brilho de suas escamas verde-esmeralda, bem como seu
corpo curto e robusto, e as numerosas cabeças que dele cresciam.
“Uma hidra? Seriamente? Nunca vi um deles antes — murmurou Geese, suas palavras
sacudindo minha memória.
Isso mesmo, esse tipo de criatura era chamada de hidra. Era um

enorme dragão com nove cabeças.
"Lá está ela!"
Isso, no entanto, não foi o que os olhos de Paul – ou mesmo os meus olhos – pousaram.
sobre.
Ali, logo além da hidra, dentro da sala que ela protegia, havia um único cristal magicamente
imbuído. Um de tamanho magnífico, de cor verde, com pontas que se espalhavam para fora. Eu
nunca tinha visto um tão grande antes. Era completamente diferente daqueles do tamanho
de uma bola de gude que Elinalise carregava consigo.
Não que isso importasse. Não, o tamanho era irrelevante. Mais importante era o que
estava preso dentro dela: minha mãe.
Lá estava ela, envolta naquele cristal.

"Zênite!" Paulo gritou.
Eu estava totalmente confuso. Por que? Como isso aconteceu? Como ela ficou presa
dentro daquele cristal? Antes que eu pudesse expressar minhas dúvidas, Paul já tinha uma
espada em cada mão e avançava.
A hidra ergueu suavemente o pescoço em forma de foice.

“Seu maldito idiota! Não se apresse aí!” Gansos latiram.
“Tch…!” Elinalise estalou a língua e correu atrás dele. Talhand foi atrás dela.
Ela não conseguiu alcançá-lo.
“Eu vou cobrir você!” Roxy gritou.
Finalmente voltei aos meus sentidos e estendi meu cajado em direção à hidra. Primeiro,
tivemos que derrotar nosso oponente.
Vou derrubar esse monstro com um golpe!

Carreguei meu Canhão de Pedra com a mesma potência que fez até mesmo um Rei Demônio
se esparramar.
“Punho silencioso do gigante de gelo, Ice Smash!” Roxy recitou um

encantamento de nível intermediário e saltou para a batalha. Um bloco de gelo sólido mergulhou em
direção à criatura, passando zunindo por Paul antes de...
Piiiiing!
Um som estridente — como pregos em vidro — cortou o ar.
Os olhos de Roxy se arregalaram enquanto ela engasgava. "O que?!"
A hidra ficou completamente ilesa.
Era resistente ao gelo? A possibilidade passou pela minha cabeça para uma separação
segundo, mas Paul já estava prestes a chegar ao local da criatura.
“Canhão de Pedra!” Eu soltei meu tiro carregado. A bala de barro perfeitamente polida
assobiou no ar. Passou bem acima da cabeça de Paulo, no momento em que ele estava a poucos
passos da enorme serpente.
Piiiiing!
Mais uma vez, aquele barulho ensurdecedor.
“Foi desviado?!” Eu engasguei em descrença.
A criatura não poderia ter evitado. Meu canhão devia ter atingido. O tiro foi certeiro, eu sabia
que era — eu tinha certeza.
Mas lá estava a hidra, erguendo-se como se não tivesse notado nada. Nem um único
arranhão.
“Gruuuoaah!” O grito de guerra de Paulo foi tão feroz que atingiu até meu
ouvidos.
A hidra moveu a cabeça como uma cobra, atacando Paul enquanto ele avançava
fechar. Ele era afiado e preciso ao fugir, movendo-se apenas o necessário. No momento
seguinte, as cabeças da serpente dançavam no ar.
A espada da mão esquerda de Paulo havia perfurado. Sua velocidade era surpreendente.
Então, por um momento, o corpo de Paul ficou confuso. Ele foi tão rápido que até meu
Eye of Foresight não conseguiu rastrear seus movimentos. O sangue jorrou de um dos outros
pescoços da hidra. Mais uma vez, a espada da mão esquerda cortou sua carne — embora sua lâmina
não tivesse o comprimento necessário para decapitar totalmente a criatura.

Ele virou o corpo, aproveitando a força centrífuga para cortar mais uma vez. Um
dos pescoços murchos da serpente caiu no chão.
“Shaaaaah!”
Em um instante, perdeu dois deles.
Infelizmente, as hidras tinham muitas cabeças. Então os outros vieram chicoteando

pelo ar, cercando Paul em todas as direções. Ele recuou um passo para tentar ganhar alguma
distância, mas a extensão de seu passo não foi suficiente para escapar do alcance da hidra.
"Paulo!" Elinalise finalmente o alcançou. Ela preparou seu escudo e avançou com sua
arma. Uma onda de choque invisível ondulou pelo ar.
Suspirar!
Lá estava ele de novo. Aquele som.
A hidra continuou perseguindo Paul, como se nem tivesse notado seu ataque.
“Rápidas correntes lamacentas, jorrem! Enxurrada!" O encantamento de Roxy conjurou

água bem na frente de Paul, levando-o para um local seguro e fora do alcance da hidra.
Quando ele se virou e deu uma cambalhota na água, Elinalise imediatamente

deu um passo à frente para cobri-lo. Atrás deles, Talhand derrapou até parar e começou seu
próprio encantamento.
Embora um pouco irregular, nossa formação passou a ter sua habitual

vanguarda, meio e retaguarda. Ainda assim, o que o resto de nós deveria fazer? Os ataques
de Paul estavam fazendo contato, mas meu Canhão de Pedra havia sido desviado. A
magia de Roxy também. Devo tentar atirar em seguida? Ou vento? Porém, não havia garantia
de que Paul e os outros não seriam pegos pela explosão.
O que eu deveria fazer?
“Pilar da Terra!” Talhand finalmente completou seu encantamento. Ele estava usando
magia da terra.
Uma pedra apareceu acima da hidra e caiu

em direção a ele.
Suspirar!
Mais uma vez, o mesmo som.
Pouco antes do impacto, a enorme rocha se transformou em pó e

desapareceu. E houve aquele som novamente – aquele som penetrante e agudo que
anulava a magia quando reverberava pelo ar.
“A magia não funciona contra essa coisa?!” Talhand uivou.
Droga, o que deveríamos fazer? Continue tentando? Ou devemos recuar por enquanto?
O que eu deveria fazer?
Roxy de repente levantou a voz ao meu lado, angustiada. “Rudy, olha! Está curando!”
Olhei para cima a tempo de ver um dos tocos, onde Paul havia cortado
sua cabeça, começando a se expandir, a carne e os músculos se unindo novamente. O outro
pescoço logo o seguiu.
Estava se regenerando.
Isso significava que apenas cortar o pescoço não seria suficiente para causar danos
substanciais a ele.
“Vamos recuar!” Roxy gritou, mas sua voz não alcançou Paul.
Paul estava gritando ferozes gritos de batalha enquanto golpeava obstinadamente

com sua espada na hidra. Seu estilo era tão imprudente que colocava em perigo Elinalise,
que agia como seu apoio.
“Gansos!” Talhand gritou.
Geese disparou, passando por Talhand e correndo atrás de Paul.

Ele agarrou algo na mão e jogou na hidra.
Pang!
Uma explosão ondulou. Uma fumaça densa saiu, com a hidra no centro.
Uma bomba de fumaça?
Geese gritou alguma coisa enquanto passava os braços por baixo dos de Paul,
prendendo-o por trás. No entanto, Geese por si só não foi suficiente para segurar Paul. Em
segundos, este último estava perto de se livrar dele até que Elinalise

bateu na cabeça de Paul com seu escudo.
“Ah…!”
Geese soltou-se, falou algumas palavras que não consegui entender e Paul
começou a voltar em nossa direção.
“Rudeus!” Elinalise chamou e meu corpo se moveu.
Concentrei toda a mana que pude em minha mão, evocando uma densa névoa
branca no espaço vazio entre Paul e a hidra. Uma cortina de fumaça.
Através dele, podíamos ouvir o estrondo da aproximação da criatura, mas
felizmente não foi tão rápido assim. Paul e os outros conseguiram voltar para nós.
“Rudy, vamos recuar. De volta ao círculo mágico!” disse Roxy.

"Sim, professor!"
Eu liderei o caminho e pulei no círculo de teletransporte.
***
Todos conseguiram chegar em segurança ao outro lado – Roxy, Talhand e

Geese, assim como Paul, que estava bufando e bufando. Então, finalmente, uma
Elinalise ferida apareceu atrás dele. O sangue escorria de um ferimento que ela sofreu
no ombro.
"Você está bem?" Perguntei.

“Só um arranhão.”
Um pedaço considerável foi tirado dela. Estranho, já que não me lembro de

ela ter levado nenhum golpe.
Ela explicou: “Sua escala me cortou”. Aparentemente, sua casca externa era afiada como uma
navalha.
A magia de cura de nível básico foi suficiente para fechar a ferida sem
deixar nenhum arranhão. A mesma lesão teria exigido dezenas de pontos no meu
mundo anterior. A magia deste mundo com certeza era conveniente.
“Obrigada”, disse Elinalise.

Agora surgiu a questão de como lidar com a fonte de seu ferimento – a hidra.
Paul sentou-se na frente do círculo mágico. Ele consertou seu

olhe para ele, a intenção assassina escorrendo de seu corpo como uma névoa venenosa.
Chamei-o: “Pai?”
“Aquilo foi Zênite. Tenho certeza disso”, disse ele. Seus olhos nem registraram o
ferimento de Elinalise. Embora ela fosse nosso tanque, então você poderia dizer que se
machucar era apenas uma parte de seu trabalho. Mesmo assim…
“Por favor, acalme-se um pouco”, pedi.
“Sim, isso foi ruim. Estou bem agora." A voz de Paul era baixa. Ele estava calmo, mas não
tinha a cabeça fria. As palavras “calma antes da tempestade” vieram à mente.
Não há muito que eu possa fazer. Ele estava certo – essa era Zenith. Mesmo de longe, eu
poderia dizer instantaneamente que era ela. Eu tinha certeza de que Paul também não se
enganaria sobre algo assim. A pessoa presa naquele cristal magicamente imbuído era certamente
Zenith.
Mas por que diabos ela estava encerrada ali?
Não, o motivo não importava. Havia muitas explicações possíveis.

Talvez quando o Incidente de Deslocamento aconteceu, ela tenha sido deformada dentro do cristal.
Era raro que tal coisa ocorresse, mas raro significava apenas improvável, não impossível.
Mas espere, Geese não nos contou que ela foi encontrada por aventureiros? A palavra
que ele usou foi “capturado”. Aguentar. Isso significava que Geese sabia em que tipo de condição
ela estava...?
Não é impossível. Isso não poderia ser.
Não adiantaria nada interrogá-lo sobre o enquadramento de suas informações aqui. Eu

poderia pressioná-lo para fazer perguntas mais tarde, depois que isso acabasse.
Esse não era o problema agora.
“...me pergunto se ela ainda está viva aí,” arrisquei, expressando meu
preocupação.
"O que é isso?!" Paul ficou de pé e me agarrou pela gola da camisa. “Não importa se ela
está viva ou não!”

"Você tem razão." Ele tinha razão. Isso foi inapropriado da minha parte dizer.
As chances de sobrevivência de Zenith eram péssimas para começar. eu até

considerou a possibilidade de não encontrarmos nenhum corpo — talvez nada mais do
que uma lembrança, algo que ela havia deixado para trás. Poderíamos pelo menos nos
apegar a isso em nossa dor, se ela realmente estivesse morta.
Você poderia dizer que encontrá-la assim, com o corpo inteiro,

foi muito melhor do que poderíamos esperar.
“Chega de luta!” Gansos estalaram.


Mas Paul apenas inclinou o rosto na minha direção, como se quisesse me intimidar.
“Rudy. Ela está lá. Zenith está aí – sua mãe! Como você pode estar tão calmo?
“Você prefere que eu entre em pânico? Como eu perder a compostura resolveria alguma
coisa?
“Não é disso que estou falando!” ele latiu de volta.
Eu sabia o que ele queria dizer. É verdade, talvez eu estivesse sendo um pouco frio
demais agora. Minha atitude certamente não era apropriada para uma criança que encontrou a
mãe depois de seis anos desaparecida.
Mas, bem, eu não tive muito contato com Zenith desde criança. Eu realmente não tinha
uma forte sensação de que ela era minha mãe. Na verdade, ela era mais como uma pessoa que
por acaso morou conosco. Afinal, eu saí da casa deles quando tinha sete anos e não a via há
quase dez anos.
Então talvez não tenha sido inteiramente minha culpa estar tendo uma reação morna.
“Por enquanto, vamos continuar na mesma página sobre a nossa situação

atual”, eu disse.
"Huh?!"
Ignorei a fanfarronice de Paul e comecei a falar com naturalidade: “Nossa magia não
funcionou com aquele guardião. Possui incríveis habilidades regenerativas e sua força ofensiva
é tão avassaladora que ultrapassou as defesas da Srta. Elinalise apenas ao esbarrar
nela. Depois, há minha mãe, que está presa dentro de um cristal. Falando francamente, não
sabemos se ela está viva ou não.”
"Não me chateies! Eu já sei de tudo isso! Estou dizendo que essa não é a atitude a ter
quando finalmente a encontramos! Paulo disse.
Geese interrompeu novamente: “Eu já disse, pare com isso! Você pode brigar quando
voltamos para a pousada! Desta vez ele arrancou Paul de cima de mim à força.
Paul cuspiu baixinho enquanto se jogava no chão: "Droga, chega disso."
Ele já entendeu a situação; ele não precisava que eu explicasse isso para ele. Era
apenas minha atitude que ele não suportava. Até eu poderia concordar

que eu estava sendo muito pouco emotivo, mas não pude evitar. O que ele queria que eu fizesse?
Elinalise bateu palmas. “Tudo bem, chega de briga. Agora vamos discutir!
Paul e eu passamos um bom tempo juntando-nos a eles em seu círculo no

chão. Roxy parecia um pouco nervosa enquanto olhava entre nós dois. Parecia que eu a tinha
preocupado.
“Estou bem”, assegurei a ela.
"Tem certeza…?"
Não foi a primeira vez que algo assim aconteceu entre nós.
Assim que as coisas terminassem, Paul voltaria a si. Eu tinha certeza de que sentiria algo também,
uma vez que Zenith estivesse segura e eu pudesse ouvir sua voz novamente.
Isso mesmo. Isso tinha que ser verdade. As coisas tinham ficado um pouco fora de
controle desta vez; isso foi tudo.
“Aham.” Roxy limpou a garganta. “Hum, quanto ao Zenith ser cristalizado,

acho que há algo que podemos fazer sobre isso”, disse ela, parecendo um pouco mais
alegre do que o normal.
"Realmente?!" Paul pareceu aliviado.
"Sim. Já ouvi histórias ocasionais de itens mágicos poderosos envoltos em cristal mágico.
Assim que derrotarmos o guardião, o cristal se liquefará e poderemos tirá-lo de lá. Ou pelo menos
é o que dizem as histórias.
Isso não era algo que eu já tinha ouvido antes. Ainda assim, esta era Roxy. Eu tinha
certeza que ela não inventaria nada.
“Sim, eu sei do que você está falando”, Elinalise acrescentou. “Conheço outra pessoa que
já foi como Zenith é agora, e ela ainda está viva.”
“…”
Isso tinha que ser uma mentira. Elinalise era do tipo que contava uma história suavemente
neste tipo de situações. Eu não poderia culpá-la se ela estava fazendo isso para tentar aliviar
a tensão, mas o precedente não significava que Zenith ficaria bem.
Não que eu precisasse dizer isso. Todo mundo já sabia disso.
“Nosso problema é aquele guardião”, ela continuou, a primeira a dar o pontapé inicial na
questão real. “Honestamente, nunca vi um monstro dessa variedade

antes."
Geese continuou com: “Sem brincadeira. Posso dizer olhando que é um

hidra, mas nunca ouvi falar de uma com escamas verdes antes.”
“Não só isso, a coisa também pode se regenerar.” Talhand tinha uma expressão
preocupada no rosto, as mãos cruzadas na frente dele.
Uma hidra era um tipo de dragão. Um lobo solitário com múltiplas cabeças, sua
força incomparável. Pelo que eu sabia, eles deveriam habitar algumas partes do Continente
Demônio. Havia três variedades atualmente confirmadas, divididas pela cor das
escamas: branca, cinza e dourada. Não existia hidra com escamas verdes.
“É provavelmente uma Hidra Manatita”, disse Roxy. “Eu li sobre isso em um livro. É um
dragão infernal cujo corpo inteiro é coberto por escamas de pedra mágica que absorvem mana.
Foi avistado durante a segunda Grande Guerra dos Demônios Humanos e, de acordo
com o livro, eles foram aniquilados quando o continente foi dividido. Eu tinha certeza de
que não passava de um conto de fadas, mas... parece que existe.”
Absorção de mana… Isso significava que toda magia era inútil contra ela?
Só para ter certeza, perguntei: “Você está dizendo que não conseguiremos
danificá-lo?”
“Se o que eu li é verdade, você deve ser capaz de acertá-lo com seus feitiços
contanto que você os lance à queima-roupa”, respondeu Roxy.
“Alcance à queima-roupa…”
Essa coisa era enorme. Sem falar que ele iria te cortar como um ralador de queijo se o
corpo dele entrasse em contato com o seu. Ela estava me dizendo para colocar minha mão
diretamente contra aquela coisa para tentar lançar meus feitiços? Eu poderia perder todos os
meus dedos.
“Ainda vai reviver mesmo se você danificá-lo”, resmungou Talhand.

“O que devemos fazer sobre isso?”
Elinalise concordou. “Sua capacidade de regeneração certamente é um incômodo.”
“Mas essa maldita coisa não pode ser invencível”, insistiu o anão.
A hidra poderia se regenerar, o que não foi nenhuma surpresa para mim. No que me
diz respeito, isso era de conhecimento comum.

“Cortamos suas cabeças e ele os curou de volta ao normal. Como vamos derrotar algo
assim?
Roxy cantarolou pesadamente.
Eu, no entanto, não conseguia considerá-lo um adversário tão invencível, embora

soubesse que ele poderia se restaurar. Porque você pergunta? Por causa do meu conhecimento
da minha vida anterior.
“Ouvi dizer que se você queimar o toco onde a cabeça foi cortada, ele não será
capaz de se regenerar.” Contei a história mítica de Hércules. Ele havia lutado contra uma
hidra. Segundo as histórias, ele usou uma tocha para cauterizar as feridas abertas após decapitá-
lo, evitando que se recuperasse.
Honestamente, era apenas um mito – uma história. Não tinha muita credibilidade.
Isso não importava para os membros do meu partido, no entanto. A reação deles
foi positiva.
"Então é isso. Apenas queime as feridas abertas!”
“Não trouxemos nenhuma tocha, mas ela não será capaz de refletir magia se a
atingirmos onde está ferida”, Elinalise acrescentou.
“Acho que vale a pena tentar.”
Eu não tinha ideia de quão parecida a hidra deste mundo era com a do meu mundo
anterior. Dizia-se que a hidra nos mitos tinha uma cabeça imortal, mas talvez, por mais
improvável que parecesse, pudéssemos derrotá-la simplesmente queimando todas as suas
cabeças. Não queria ser muito otimista, mas era uma criatura viva. Coisas vivas poderiam ser
mortas.
“Ok, então vamos tentar.” Geese concordou e com isso, nossa estratégia
foi configurado.
Minha proposta não garantia sucesso, mas não existia sucesso garantido.
Francamente, senti que nosso melhor curso de ação seria retornar à cidade.
Embora fosse verdade que quase não havíamos usado nenhum dos nossos suprimentos,
tínhamos um inimigo difícil diante de nós. Talvez convém a nós nos prepararmos para lutar
contra esse chefe. Poderíamos até contratar pessoas especificamente para combater uma
hidra. Eu não tinha certeza de quantos espadachins poderiam cortar o pescoço de uma
hidra, mas com o número de aventureiros em Rapan, eu tinha certeza de que poderíamos
encontrar pelo menos um.

“…”
Mas eu sabia que Paul não permitiria isso. Em seu estado atual, se eu sugerisse que
voltássemos agora, ele poderia insistir em desafiar a fera sozinho. Além disso, mesmo que
voltássemos, eu não poderia prever que teríamos a sorte de encontrar itens específicos
para derrotar uma hidra ou mercenários de aluguel.
Tínhamos uma contramedida. Tínhamos o número necessário de pessoas.

Assim, tivemos que prosseguir para a batalha.
“Ei, Paulo. Você está bem com tudo isso? Gansos perguntou.
"…Sim."
“Isso não é exatamente uma resposta. Você está ouvindo? Você é o único que pode cortar
a cabeça daquela coisa.”
Era possível que Elinalise e Talhand pudessem danificar as escamas da criatura,

mas não conseguiram cortá-las. Paul teve que cortar e, como o único que poderia usar magia
sem voz, eu tive que cauterizar a ferida aberta. A divisão de papéis era necessária aqui.
Dependendo da situação, posso até ter que diminuir a distância e

faça isso à distância corpo a corpo. Embora eu estivesse mirando no toco restante do
pescoço, havia uma grande chance de que as escamas que o cercavam anulassem minha magia.
Se isso acontecesse, os outros teriam que agir como isca para desviar os ataques que vinham
contra mim. Roxy os curaria se sofressem algum dano.
Foi assim que dividimos nossos papéis. Era assim que tinha que ser.
É claro que os ataques ainda viriam inevitavelmente em minha direção. Eu estava em

uma posição muito precária.
“Ufa...” Paul soltou um suspiro e olhou para todos nós.

“Elinalise, Talhand, Geese e Roxy…” Enquanto ele chamava seus nomes, todos se viraram
para olhar para ele. “Todos vocês me ajudaram até agora. Anos se passaram desde o
Incidente de Deslocamento. Você cruzou o Continente Demônio por mim, procurou Rudy nos
Territórios do Norte por mim, foi até onde eu nem poderia começar a sonhar.
Todos os quatro o observaram em silêncio, de uma forma que parecia dizer Apresse-
se e cuspa já.
“Mas agora isso acabou. Nós vamos salvá-la... ou, presumindo que ela não esteja

vivo, pelo menos toda a minha família será contabilizada. Este é o fim. Por favor, me empreste sua
força pela última vez.”
Todos os quatro riram e assentiram.
“Não é seu estilo agir de forma tão humilde”, disse Elinalise. "Mas eu entendo.
Vou dar tudo o que tenho.”
“Hmph, não há um idiota aqui que diria não depois de chegar tão longe”, disse Talhand.
Geese se juntou a nós. “Você com certeza se acalmou ao longo dos anos. Bem, não que eu vá
ajudar muito, mas ainda farei o que puder.”
“Vamos vencer”, disse Roxy com o punho erguido. “Seremos recompensados por
nossos esforços assim que reivindicarmos a vitória.”
Comovido com as palavras deles, Paul pareceu sufocar as lágrimas, fungando. Mas ele não
nos deixou vê-lo chorar. Em vez disso, ele se virou para mim. "Rudy", ele gaguejou, mas pude ver a
determinação em seus olhos, "Você... você é realmente um filho confiável."
“Você pode me elogiar depois de derrotarmos a hidra.”
“Não é bajulação. Eu realmente estou falando sério”, disse Paul, soltando uma risada
autodepreciativa. “Eu não consigo ficar tão calmo quanto você. Também não consigo ter ideias.
Sou apenas um idiota que entra lá de cabeça sem pensar.” Ele continuou, seus lábios se contraindo
como se ele estivesse rangendo os dentes. “…Eu sou um pai terrível. Não consigo nem dar um bom
exemplo para meu filho.”
Sua voz estava cheia de convicção. Ele estava olhando fixamente para mim, os olhos tão
focados que parecia que ele estava me encarando com raiva.
Determinação – essa era a palavra. Paulo estava cheio de determinação.
“Com isso em mente, vou dizer isso para você. Eu sei que isso não é
algo que um pai deveria dizer, mas vou dizer de qualquer maneira.”
“Tudo bem,” eu disse, combinando com seu olhar. Eu já conseguia adivinhar o que ele
queria dizer, mais ou menos.
“Salve sua mãe, mesmo que isso te mate”, disse ele.
Este era um pai conversando com seu filho.
Mesmo que isso te mate.
Isso certamente não era algo que um pai deveria dizer. Pelo menos,

teria sido melhor se ele tivesse dito: “Vou salvá-la mesmo que isso me mate”.
Ainda assim, não achei que ele fosse um pai cruel por dizer isso. Esta era a
sua convicção: a sua confiança em mim. Paul pretendia o que disse: ele a salvaria mesmo
que isso lhe custasse a vida. E ele pensava em mim como um igual. Ele acreditou em
mim. Ele me viu como um adulto. Foi por isso que ele disse o que disse.
Tudo o que me restou foi responder.
Íamos salvar Zenith. Para esse fim, Paul e eu compartilharíamos o

mesma determinação.
"…Sim!" Dei um aceno brusco e Paul balançou a cabeça em resposta. Eu não

tinha certeza, mas achei que ele parecia feliz.
“Ok, vamos indo então!” ele disse, levantando todos.
Nossa revanche com a hidra estava prestes a começar.

Capítulo 9:
Combate mortal
A HYDRA FEZ uma figura imponente, esperando por nós naquela
quarto espaçoso. Atrás dele havia um cristal magicamente imbuído. Não havia sombra de
dúvida em minha mente de que era de fato Zenith quem estava selado por dentro.
“Ok, vamos fazer isso!” Paulo correu à frente. Ele se agachou no chão como um
cachorro, movendo-se como o vento – a uma velocidade que deixou todos nós comendo poeira.
Só que desta vez Elinalise ficou logo atrás dele. Atrás dela estava Talhand, de pernas lentas.
Acompanhamos seu ritmo à medida que avançávamos.
Geese estava de prontidão atrás de nós. Ele seria inútil nessa luta, considerando
que não tinha como causar dano. Mesmo assim, ele permaneceu. Seu dever era escapar e
contar aos outros o que aconteceria se nosso grupo fracassasse e fosse exterminado.
"Raaaah!"
Paulo alcançou a hidra. No mesmo instante, três de suas cabeças moveram-se para
atacar. A fera era rápida para seu tamanho, ágil e ágil o suficiente para que cada uma de suas
cabeças parecesse uma cobra selvagem enquanto se moviam.
Mas então Paul ficou confuso e, naquele instante, ele cortou o pescoço de uma das
criaturas.
Ok, é isso!
"Bola fogo!" Eu levantei meu cajado e derramei toda a mana que pude dentro,
embalando as chamas com calor antes de lançá-las na hidra.
Mas foi inútil.
Quanto mais a bola de fogo se aproximava do alvo, mais ela diminuía de tamanho.
Ele evaporou no instante em que atingiu. A única coisa que deixou para trás foi aquele grito
desagradável, como pregos em vidro – Piiing.
“Acho que terei que chegar perto e lançá-lo diretamente”, suspirei. Eu teria que
lançar minha magia de fogo nele em combate corpo a corpo para cauterizar os tocos de seu
pescoço.

“Exatamente como planejamos”, disse Roxy. "Rudy, você pode fazer isso?"
“Eu cuido disso. Não é como se magia fosse a única coisa que venho
praticando — assegurei, mesmo enquanto meu coração batia forte.
Eu não era bom em combate corpo a corpo. Todas as minhas memórias de combate corpo a corpo
estavam contaminadas pela derrota, começando por Paul, depois Ghislaine, depois Eris e, finalmente, Ruijerd.
Nunca fui capaz de vencer nenhum deles de perto. Claro, eu já havia vencido
batalhas antes – contra Linia, Pursena e Luke. Houve outros que eu superei com a
ajuda do meu Olho da Previsão também. Mas será que algum deles poderia ter vencido
uma hidra?
Não. Eu não via como eles poderiam, não quando Paul e Elinalise estavam ambos
lutando. Também era ilógico pensar que eu poderia vencer.
Mas eu não estava lutando sozinho desta vez. Eu tinha uma equipe. Paul,
Elinalise e Roxy estavam todos comigo. Eu não sabia a extensão do poder de Talhand,
mas se ele fosse comparável aos outros, também seria útil.
Movi-me o mais rápido que pude, ficando logo atrás de Paul.
“Rudy, você fica bem atrás de mim!” Eu o ouvi gritar de volta para mim.
À sua direita estava Elinalise e à sua esquerda, Talhand. Atrás de nós, Roxy.
Esta foi precisamente a formação da Cruz Imperial.
“Shaaaaah!”
De repente, três de suas cabeças vieram em nossa direção. A hidra não

moveu mais do que quatro deles ao mesmo tempo. Talvez essa fosse a extensão da
sua capacidade de atacar? Ou talvez fosse simplesmente porque mais cabeças do
que isso iriam atrapalhar umas às outras?
Eu não tinha certeza, mas isso era uma boa notícia para nós.
“Ah!”
"Mmph!"
"Grah!"
Elinalise desviou uma cabeça enquanto Talhand desviou outra. Paul cortou o
terceiro, que caiu no chão, se contorcendo.
"Ir!"
"Sim!"

Paul gritou o comando para mim e eu me aproximei do toco que se contorcia,

lançando minha magia nele. As chamas subiram, iluminando a área enquanto queimavam
a ferida aberta. A carne em seu pescoço chiou, ficando preta e carbonizada.
“Como é isso?” Recuei um pouco para observar meu trabalho, mas era muito cedo
para dizer.
Antes que eu pudesse confirmar qualquer coisa, outras cabeças vieram zumbindo
para nós. Paul bloqueou um e Elinalise desviou o outro com seu escudo. No canto da minha
visão, percebi um jato de sangue vindo de Talhand.
"Ouvir!"
“Que este poder divino seja um alimento satisfatório – Cura!” Roxy correu em auxílio
do anão no momento em que ele recebeu o golpe e curou seus ferimentos.
Todos estavam trabalhando para me proteger de lesões. Coube a mim verificar se

minhas chamas foram eficazes ou não.
Como estava o ferimento no pescoço? O coto carbonizado se regeneraria?
"…OK!"
Não tinha. A ferida estava exatamente como Paul a havia deixado. A carne e a
carne não se uniriam novamente como antes.
“É eficaz!” Eu anunciei.
"Isso aí!" Paul gritou antes de interromper o próximo.
Eu queimei esse também. O calor era incrível, sufocando o ar ao meu redor. Até
Paul tinha suor escorrendo pela testa. Mas se eu não colocasse o poder de fogo necessário
nesses ataques, não seria capaz de cauterizar as feridas. Se ficasse meio torrado, a
criatura se regeneraria. Enquanto mantivéssemos esse ritmo—
“Ah…! Me proteja!" Eu gritei.
Meu Olho da Previsão previu o movimento da hidra. Dois dos

cabeças que não se moveram anteriormente virão direto em minha direção.
Eu poderia escapar de um, mas a outra cabeça preveria esse movimento e

mire de acordo.
"Deixe para mim!" Elinalise gritou. Quando eu me esquivei do primeiro, ela voou

ao meu lado. Ela derrubou uma cabeça enquanto se plantava desconfortavelmente entre
mim e o monstro, empurrando seu escudo para frente com um grito de metal triturado para
me proteger.
Uma gota de sangue respingou na minha bochecha.
“Roxy!” Eu chamei: “Cura!”
“Que este poder divino seja um alimento satisfatório – Cura!” Ela imediatamente
entrou em ação com sua magia de restauração.
Então os dois voltaram às suas posições originais, como se nada tivesse

acontecido.
“Rudy, vou para o terceiro!” Paul gritou de volta para mim.

"Entendi!"
Uma coluna de líquido vermelho se espalhou pelo ar quando outra cabeça

caiu diante de mim.
Queimar! Meu trabalho era queimar – queimar sua carne, não fazer nada além de
queimar. Qualquer outra coisa, eu poderia deixar para os outros. Agora, eu só tinha
que me concentrar no que estava diante de mim. Paul cortou, eu queimei. Elinalise e
Talhand garantiriam absolutamente que eu estivesse protegido, e Roxy os curaria se
precisasse.
Queimamos a quarta cabeça.
Nós podemos fazer isso!
De repente, os movimentos da hidra mudaram. As cinco cabeças restantes

moveu-se simultaneamente, indo atrás de Talhand.
"Ah!"
“Talhand!”
Ele evitou o primeiro. Como não conseguiu fazer o mesmo no segundo, ele caiu
no chão e rolou, tentando escapar. Assim que o fez, suas escamas o atingiram e sua
armadura pesada voou, fazendo barulho ao cair no chão. Sua bunda estava
firmemente plantada no chão quando ele bloqueou o terceiro com seu machado. Quanto
ao quarto, ele não conseguiu nem se defender. Ele quebrou a seus pés.
Em segundos, Talhand foi suspenso no ar.

“Uau!”
O quinto avançou, com a mandíbula à mostra, ameaçando partir seu torso em dois
enquanto ele balançava indefeso. Então...
“Hyaah!”
Um boom baixo ! ressoou quando uma cabeça bateu no chão. O trágico e carnudo
coto do pescoço de um anão... não foi encontrado em lugar nenhum.
Foi a cabeça da hidra que se perdeu. Paul o havia serrado.
“Desculpe por isso e obrigado pela ajuda!” Talhand disse.

“Vou queimá-lo agora!”
“Que este poder divino seja um alimento satisfatório – Cura!”
A voz de Talhand, depois a minha e a de Roxy, respectivamente. Todos os três puderam ser
ouvidos simultaneamente, todos realizando ações diferentes.
Queimei dois de seus tocos ao mesmo tempo. Restavam apenas três.

“Hum?”
Foi então que os movimentos da hidra mudaram mais uma vez. O

A criatura estava começando a cambalear para trás, como se estivesse assustada conosco.
"Nós podemos fazer isso! Vou pressionar o ataque, Rudy!” Paulo saltou
para frente, mas minhas pernas estavam congeladas.
Espere…
Isso não era uma armadilha?
Tive a sensação de que não deveríamos atacar quando não tínhamos ideia do que
nosso inimigo poderia estar planejando. Essa má premonição passou pela minha cabeça em
segundos. E no instante seguinte…
"O que?"
Era uma das cabeças da hidra. Inacreditável - estava mastigando

os tocos queimados da sua própria carne!
"Que diabos?!"
E enquanto observávamos, carne e osso se uniram novamente.
"Merda!"

As feridas cauterizadas não cicatrizavam, mas voltariam ao normal se a hidra

conseguisse abri-las novamente.
“Não dê uma chance de se regenerar!”
“Sim!” Elinalise soltou um grito feroz e avançou em direção a ele. Ela diminuiu a
distância e então enfiou o gládio em uma das cabeças que estava começando a sarar.
“Eu coloco diante de você um berço de gelo como você deseja, agora
abandone suas correntes glaciais, Ice Smash!” Elinalise cantou, lançando sua magia no
toco que crescia à queima-roupa. As escamas ainda não tinham crescido, então o bloco
de gelo rompeu a carne macia. Punhados de sangue espirraram como romãs enquanto
a cabeça — ou o que restava do pescoço, pelo menos — se contorcia de dor.
“Roxy!”
“Deixe esta chama ardente brilhar com sua bênção, Lança-chamas!”

Roxy, que alcançou Elinalise em algum momento, soltou um incêndio estrondoso.
Embora as escamas tenham sido capazes de absorver a força de seu feitiço até certo
ponto, ela ainda conseguiu queimar a carne, com fumaça saindo do ferimento.
"Conseguimos!"
Paul moveu-se para persegui-lo, mas a hidra não recuou. Ele levantou
seu enorme corpo, esticando as cabeças – todas as três – um pouco abaixo do teto,
e olhou para nós com raiva.
Estava realmente assustado? Não, não parecia. O que foi isso? Parecia familiar.
Perigoso.
“Algo está vindo, cuidado!” Paulo alertou.
"Sim!" Meu corpo se movia por instinto – não, por experiência. Eu já tinha
visto um dragão empinar assim antes — ficando de cócoras, inspirando ar.
“Vai respirar alguma coisa! Todos venham até mim, por favor!
"Entendi!"
Paul recuou um passo, voltando para onde eu estava. Elinalise e Talhand vieram
correndo, quase caindo, até a base dos meus pés. Roxy saltou em minha direção com
os braços abertos, como se quisesse me agarrar.

Conjurei uma parede de água tão espessa quanto pude.
Quase no mesmo instante, a criatura exalou. Chamas tremendas

explodiu de três bocas da hidra, caindo em nossa direção e colidindo com minha
barreira de água. Enormes nuvens de vapor se espalharam, aquecendo toda a sala.
“Ah…!”
O sopro do dragão era conhecido por seu calor terrível. Poderia derreter através
do aço ou evaporar um pequeno pântano num instante. E agora mesmo, três daquelas
cabeças expeliram aquele mesmo fôlego. Um mágico comum sozinho não
poderia ter se defendido contra isso. Se cinco... não, dez deles se unissem para erguer
uma barreira contra água, então... Não, mesmo isso poderia não ser suficiente.
Felizmente, minha mana não era comum.

"Pai!"
"Sim!"
Depois que a criatura abaixou a cabeça, Paul saltou para frente.

O hálito da hidra tinha usos limitados. Quer fosse criá-lo através
algum órgão em seu corpo ou se precisava armazenar mana, eu não tinha ideia. Eu
simplesmente sabia que não poderia disparar em rápida sucessão.
Este tinha que ser o seu trunfo. Algo que poderia desencadear com três
cabeças ao mesmo tempo, com tempo de inatividade entre elas. Talvez se apenas
uma cabeça tivesse atirado, então uma das outras poderia usar a mesma
habilidade em sucessão. Mas não fez isso, provavelmente para evitar pegar as
outras cabeças no ataque.
De qualquer forma, esta era a nossa chance.
“Ei!” Paul baixou a lâmina, rasgando outro pescoço.
Eu queimei instantaneamente.
Faltam apenas dois – um pescoço grosso e um esguio. O visivelmente

robusto era sua cabeça principal? Se assim for, devemos deixar isso para o final.
“Pai, vamos primeiro para o mais magro!”
"Eu sei!" Paulo correu.
Elinalise e Talhand cuidariam do mais grosso. As coisas eram

muito mais fácil agora que só restavam dois deles.

"Graaaaah!"
Sua espada dançou e a cabeça caiu. Minhas chamas imediatamente

queimou sua carne crua.
Podemos fazer isso, disse a mim mesmo.
Restava apenas um. Nós ganhamos isso. Depois de chegar até aqui, não lhe
daríamos a chance de se recuperar. Mesmo que sua última cabeça fosse imortal,
poderíamos facilmente lidar com ela agora que as outras se foram.
Foi então, quando eu estava usando minha magia para cauterizar o penúltimo
toco, que o corpo da hidra tremeu. Eu não sabia o que aquele movimento significava. Eu
podia ver isso com meu Olho da Previsão, mas não entendi. A criatura era muito grande.
"Seu idiota!"
"Espere-!"
Antes que eu percebesse o que estava acontecendo, Paul me tirou do sério.

caminho. Algo enorme desabou bem diante dos meus olhos.
Mas… não tinha mais cabeça?
Não, não havia cabeça, mas ainda tinha pescoço.
A hidra estava balançando seus pescoços sem cabeça como chicotes pontiagudos...
todos os oito! Cada um deles estava coberto de escamas duras que podiam rasgar a
carne como um ralador de queijo. Ele chicoteou aqueles pescoços de uma só vez,
derrubando qualquer coisa nas proximidades.
“Ruuudyyyy!” Paul gritou, enfiando o pé em mim para me chutar para fora do caminho.
Quase simultaneamente, um baque ressoou quando algo caiu no chão exatamente

onde eu estava há pouco, no espaço antes vazio que existia entre Paul e eu.
“O-uau!”
Chifres se projetavam da testa da criatura. Um olho olhou para mim – um olho

encurralado e em pânico. Alguém tentando desesperadamente sobreviver, agarrar-se ao
minúsculo fio de vida que restava. O olho da hidra.

"Graaaaah!"
Seguindo o instinto, mergulhei minha mão esquerda em seu olho. eu pudesse

ouvi um barulho, como o de uma uva estourando, enquanto um calor intenso consumia meu braço.
A hidra piscou de dor, sua pálpebra coberta de escamas desceu como uma
guilhotina.
No instante seguinte, lancei meu Canhão de Pedra. A parte superior do

a cabeça da hidra foi arrancada quando sua pálpebra se fechou. A força da colisão
levantou meu braço no ar. Uma lágrima e depois um estalo violento — dois sons que
penetraram tão profundamente em meus ouvidos que pareciam abrir caminho até meu
cérebro.
“R-Roxyyyyy!” Eu sufoquei a dor enquanto gritava o nome dela – o nome do meu

mestre de confiança.
“Deixe esta chama ardente brilhar com sua bênção,

Lança-chamas!” Sua voz, embora fraca, me alcançou.
A última cabeça caiu, carbonizada pelo fogo. Então seu enorme corpo começou
a desmoronar lentamente. Um estrondo trovejou ao nosso redor quando ele desabou. Eu
podia sentir a vida gradualmente desaparecendo dele.
Não haveria mais regeneração. Sua cabeça final não era imortal.
“Haah… Haah…”
Nós vencemos. Na verdade, nós vencemos. Nós ganhamos!
“Conseguimos… Urgh!” No segundo em que percebi que havia acabado, uma

dor aguda subiu pela minha mão esquerda. Quando olhei para baixo, fiquei chocado.
"Ahh…"
Minha mão esquerda havia sumido.
As escamas da pálpebra da hidra haviam cortado a pele e os músculos, e

seus músculos ferozmente fortes quebraram meus ossos. Então, no último momento em que
levantou a cabeça, arrancou tudo. Sangue estava jorrando da minha artéria aberta.
“Minha mão… minha mão esquerda…”
Nos seus olhos. Minha mão... estava no olho do monstro, percebi.
Olhei para a cabeça. O poder bruto da magia de fogo de Roxy tinha

deixou um pedaço de carvão. No momento em que vi isso, eu soube.
Minha mão esquerda havia sumido.
Eu poderia procurar, mas não encontraria. Eu sangraria se ao menos

testado.
Besteira. Eu precisava de cura. Rápido.
“Anjo dos milagres, conceda teu sopro sagrado ao coração pulsante diante de ti. Ó
céus abençoados com a luz do sol, servos que desprezam o carmesim, mergulham no oceano de
luz, o branco puro de tuas asas amplamente aberto.
Afaste o sangue que você vê diante de você! Brilhe Cura!”
Eu recitei um encantamento de nível avançado. Avançado por si só não seria
capaz de restaurar o que foi perdido. Eu sabia. Eu usei de qualquer maneira.
A carne rosada inchou sobre o coto amputado, interrompendo o fluxo sanguíneo.

Desaparecendo junto com ele estavam o arranhão em meu rosto e o hematoma onde Paul me
chutou.
“Ufa… Haah…”
Minha respiração estava irregular.
Acalme-se, eu disse a mim mesmo, acalme-se.
Minha mão esquerda havia sumido, mas a hidra era um inimigo incrivelmente difícil. Eu
superei isso com tudo menos com a mão esquerda. Dito desta forma, talvez tenha sido um
pequeno preço a pagar. Se Paul não tivesse conseguido se espremer ali e me salvar, havia uma
grande probabilidade de eu ter morrido.
“Você realmente me salvou lá, pai.” Olhei por cima do ombro,

procurando por ele.
Não houve resposta.
Todo mundo ficou quieto. Elinalise apenas ficou lá. Talhand ficou em silêncio.
Roxy franziu os lábios. E atrás deles, Geese estava pálido como um lençol.
Paulo não respondeu.
"…Pai?"
Eles estavam todos olhando para alguma coisa, então segui o olhar deles até onde
Paulo estava caído no chão. Sim, desabou. Ali, nas costas dele.
Mas... ele não estava apenas desmaiado. Ele estava inconsciente. Seus olhos estavam

vago.
E... a parte inferior de seu corpo estava faltando.
"…Huh?" Meu cérebro não conseguiu processar isso. "O que?"
Oh não. Eu sabia o que tinha acontecido.
Isso mesmo. Eu mesmo tinha visto. Paul me expulsou do caminho

porque o local onde eu estava era exatamente onde a última cabeça caiu. Ele teve que me chutar
o mais forte que pôde para poder me mover. Eu não era mais uma criança, então ele teve que, você
sabe, empurrar a parte inferior do corpo para frente para que o chute tivesse força. Normalmente, esse
tipo de chute faria uma pessoa recuar com o recuo, mas Paul era um espadachim.
Um habilidoso, alguém que pudesse envolver-se em aura de batalha, alguém com força física.
Então, quando ele me chutou, seu corpo não se moveu.
Isso significava... Isso significava que o lugar onde eu estava... quero dizer, o lugar...
Eu não... queria entender isso.
Eu acabei de…
"Mas por que?"
No momento em que estrangulei essas palavras, os olhos de Paul se moveram e pousaram

em mim. Eu encontrei seu olhar.
“…”
Paulo não disse nada. Sua boca simplesmente suavizou – como se estivesse relaxado, como se
expelindo um suspiro de alívio - e o sangue gorgolejou por seus lábios.
Então a luz se apagou em seus olhos.
Paulo estava morto.


Capítulo 10:
Pais
NO MOMENTO EXATO em que a hidra deu seu último suspiro, o magicamente
o cristal imbuído que ele guardava foi liquefeito e Zenith caiu no chão. Ela estava viva.
Embora ainda inconsciente, não havia dúvida de que ela estava respirando.
Havia dezenas de enormes cristais magicamente imbuídos na área,

e o chão estava coberto de pedras mágicas que compunham as escamas da criatura.
Mais adiante havia uma infinidade de itens mágicos caídos também.
Eles ganhariam um bom preço. Mas nenhum de nós estava com vontade de
começar a colecioná-los.
Eu me sentia leve, instável, como se estivesse sonhando. Se alguém chamasse

mim, eu responderia, mas minha mente estava vazia. Era quase como se alguém
estivesse respondendo por mim, usando minha boca. No entanto, para minha própria
surpresa, consegui resolver rapidamente as tarefas inacabadas que restaram depois.
Cremamos o corpo de Paul naquela sala.
Meus sentimentos sobre isso eram complicados. Parte de mim queria levá-lo para
casa, pelo menos deixar Zenith ver seu rosto mesmo depois de ele ter morrido, mas no
final, segui a recomendação de todos para o seu funeral.
Minha magia de fogo foi suficiente para reduzi-lo a ossos em questão de

minutos. Quando Elinalise avisou que enterrá-lo assim poderia resultar na reanimação dele
como um esqueleto, fiz o que ela propôs. Esmaguei os ossos, conjurei uma jarra com
minha magia da terra e coloquei-os dentro.
Ele havia deixado apenas três pertences pessoais: o peitoral de metal que
protegia seu torso, a espada mágica que poderia causar danos massivos a oponentes
difíceis e, finalmente, sua arma favorita que ele mantinha ao seu lado desde antes mesmo
de eu nascer.
“…”
Eu me senti estranho. Eu não conseguia identificar o que era essa emoção, mas
parecia um peso esmagando meu peito.

“Vamos para casa.”
Não fui muito útil no caminho de volta. Vencemos nossos inimigos e eu estava
capaz de usar minha magia, mas meus pés estavam instáveis. Era como se eu não
estivesse andando, mas sim flutuando. Se não fosse por Roxy, que estava pressionada ao meu lado,
eu poderia ter pisado em uma armadilha de teletransporte.
Não importa quantos erros eu cometi, ninguém me disse uma palavra. Não
Elinalise, não Roxy, não Talhand e não Geese. Sem queixas, sem consolações. Todos
ficaram sem palavras.
Zenith foi carregada nas costas de alguém. Houve algumas batalhas intensas enquanto
subíamos à superfície, mas ela nunca acordou. Isso me deixou ansioso, mas o fato de ela ainda
respirar significava que ela estava viva. Pelo menos foi isso que tentei dizer a mim mesmo.
Levamos três dias para sair do labirinto.
Eu realmente não conseguia lembrar o que os três que nos receberam de volta à cidade
disseram quando chegamos, mas Elinalise e Geese explicaram os detalhes para eles. Shierra
desabou em lágrimas e Vierra caiu de joelhos com uma expressão de choque. Mesmo quando vi isso,
não consegui dizer nada.
Nem uma única palavra.
Lília era diferente. Seu rosto era uma máscara, não revelando nada enquanto ela
olhava para mim e apertava os braços em volta de mim. Então ela disse: “Deve ter sido difícil.
Você fez bem. Tente descansar um pouco e deixe todo o resto comigo.”
Sentindo-me completamente vazio, apenas balancei a cabeça.
Tirei meu roupão quando voltamos para a pousada. Havia um buraco no ombro, que eu
sabia que precisava costurar para fechar. Mas, por enquanto, joguei-o no canto da sala, junto com
meu cajado e minha bolsa de equipamentos. Joguei tudo em uma pilha. Então desabei na minha
cama.
***
Naquela noite, tive um sonho. Nele, eu estava de volta ao meu antigo corpo, de volta a
ser o recluso tolo e autodepreciativo. Mas desta vez, o Homem-Deus

não estava em lugar nenhum. Nem o quarto branco em que ele sempre residiu.
Esta foi uma lembrança da minha vida anterior. Sim, um sonho do que já foi. Eu não tinha
certeza de quando exatamente aconteceu, mas o cenário parecia familiar. Era a sala da casa dos
meus pais. Os dois estavam lá, falando de mim. Não consegui ouvir suas vozes, talvez porque fosse
apenas um sonho. No entanto, estranhamente, eu sabia que era de mim que eles estavam falando.
Eles estavam preocupados comigo naquela época?
Saí daquele mundo sem nunca descobrir o motivo de suas mortes.

Considerando que os dois partiram ao mesmo tempo, presumi que estava doente. Talvez um acidente,
ou talvez suicídio.
Eu me perguntei o que eles pensariam de mim pouco antes de morrerem. Eles me consideravam
nada mais do que um recluso sem vergonha? Eles ficaram irritados com o meu resultado? Envergonhado?
Eu não tinha ideia de como eles realmente se sentiam. Minha mãe ainda aparecia para me ver de
vez em quando, mas em algum momento meu pai parou de me dizer qualquer coisa.
Eu sequer passei pela cabeça deles quando eles morreram, eu me perguntei?
Quanto a mim? Quando eles morreram, eu nem fui ao funeral deles.

O que eu estava fazendo? Não retirei seus ossos das cinzas após a cremação, como uma criança deveria
ter feito. O que diabos eu estava fazendo? Por que eu nem fui ao funeral deles?
Eu estava com medo da maneira como as pessoas olhariam para mim quando vissem que eu
nem estava tentando ficar triste. Do jeito que eles olhariam para um pedaço de merda como eu, um
recluso. Sua hostilidade. Seu desprezo. Mas essa não foi toda a história, é claro. Eu não era um ser
humano honrado. Na época, não senti nem um pingo de tristeza pela morte de meus pais. Eu não os
amava o suficiente para lamentar sua ausência. Eu estava menos preocupado em perdê-los e mais
preocupado com pensamentos de Oh merda, agora o que vou fazer? Eu não conseguia nem olhar
diretamente para o meu próprio futuro.
Não tive a intenção de justificar meu comportamento, é claro. Mas eu também não pude evitar.
Imagine ficar encurralado, perdendo a última fonte de salvação que você tem. Ser subitamente mergulhado
em um vasto oceano antes mesmo de você ter a chance de encher os pulmões de ar. Qualquer
pessoa colocada nessa situação procuraria uma forma de escapar da realidade. Claro, me arrependi de
não ter feito mais, mas só podia me culpar até certo ponto.

Ainda assim, pelo menos, eu não deveria pelo menos ter comparecido ao funeral deles? EU
não tinha ideia do que estava pensando naquela época, mas não deveria pelo menos ter olhado
para o rosto deles depois que passaram? Eu não deveria pelo menos ter recolhido seus ossos?
Como Paul ficou depois de falecer? Não havia satisfação escrita em seu rosto, mas
vi os cantos de seus lábios se curvarem em um sorriso de alívio.
O que foi que ele tentou dizer no final?
Que expressão meus pais da minha vida anterior usaram em seus rostos quando faleceram?
Por que não olhei para trás naquela época?
Eu gostaria de poder voltar agora e ver.
Eu me senti péssimo no dia seguinte quando acordei. Um desejo intenso de não

fazer absolutamente nada pesava sobre todo o meu corpo. Para fugir dessa sensação, me forcei a sair
da cama e fui para o quarto vizinho onde estavam Lilia e Zenith.
Quando ela me viu, Lilia ficou surpresa. “Lorde Rudeus, você já se recuperou?”
“…Sim, por enquanto. Eu não posso ser o único a pegar leve, certo?”
“Tenho certeza de que ninguém reclamaria se você descansasse um pouco mais.”
Honestamente, eu queria voltar para a cama como ela sugeriu, mas o

A sensação de que eu precisava fazer alguma coisa — precisava me mudar — era ainda mais forte.
“Por favor, deixe-me ficar aqui.”
“Tudo bem”, disse ela, “eu entendo. Sinta-se à vontade para sentar.
No final, fiquei lá e nós dois assistimos Zenith juntos. Ela já estava dormindo há dias.
Demorou três dias para sair do labirinto, um dia para voltar à cidade e, mesmo agora, ela não
acordou.
Sua aparência externa não sugeria nada de incomum. Ela apenas parecia estar dormindo. E embora
ela estivesse acamada há dias, não havia sinal de que estivesse perdendo peso. Ela parecia
perfeitamente saudável.
Eu pensei que ela poderia parecer um pouco mais velha, mas não era o caso. Ambos

suas bochechas e mãos estavam quentes e, se você encostasse o ouvido nos lábios dela,
poderia ouvir sua respiração. Eram apenas os olhos dela que não abriam.
Talvez ela ficasse assim para sempre. Talvez seu corpo se deteriorasse e ela
morresse. Esse pensamento passou brevemente pela minha mente.
Eu não dei voz a isso. É melhor não dizer palavras desnecessárias.
Lilia e eu cuidamos dela em silêncio. Ocasionalmente, Vierra e Shierra apareciam

conversando sobre isso ou aquilo. Seja qual for a conversa, ela não ficou na minha cabeça.
Nós dois comentávamos juntos, embora eu tivesse pouca sensação de estar com fome.
Quase não engoli nada. Tentei engolir o que pude com água, mas a comida grudou na minha
garganta e me fez engasgar.
Só no início da tarde é que o Zenith deu sinais de mudança.
Ali, bem na nossa frente, ela soltou um pequeno gemido e abriu lentamente os olhos.
"Milímetros…"
Os presentes eram Lilia, Vierra e eu. Vierra imediatamente saiu pela porta para informar
os outros. Lilia e eu permanecemos, observando Zenith tentar se levantar. Deveria ter sido difícil
depois de ficar acamada por dias, mas com um pouco de ajuda de Lilia, Zenith conseguiu levantar
a parte superior do corpo quase inteiramente sozinha.
"Bom Dia minha senhora." Lilia sorriu ao cumprimentar minha mãe.
Zenith olhou para ela com o rosto de alguém que ainda não havia se livrado
completamente do sono. "Milímetros…"
A voz dela... era uma voz que reconheci. Pensando bem, era a mesma coisa
um que ouvi no primeiro momento em que nasci neste mundo. Um calmante.
O alívio tomou conta de mim. Paul havia morrido, mas pelo menos a pessoa que ele tentou
resgatar agora era seguro. Seguro e vivo. Suas esperanças foram realizadas.
Eu tinha certeza que ela ficaria triste quando soubesse da morte dele. Ela pode até
chorar. Ainda assim, pelo menos nós três, incluindo Lilia, poderíamos compartilhar essa perda juntos.
"Mãe…"
Eu não precisava contar a ela sobre isso agora. Eu poderia guardar isso até que as coisas
se acalmou um pouco mais e ela entendeu o que estava acontecendo. Poderíamos

vá devagar, um passo de cada vez. Não seria sensato forçar-lhe a dureza da realidade
de uma só vez. Primeiro, precisávamos nos alegrar por ela estar viva e por finalmente termos nos
reencontrado. Poderíamos ficar tristes mais tarde.
“Hum…?” Zenith inclinou ligeiramente a cabeça.
Acalmei meu coração.
Ela havia se esquecido de mim.
Eu não poderia culpá-la. O mesmo aconteceu com Roxy. Como os dias

e meses se transformaram em anos, meu rosto mudou. Poderia ser um pouco chocante para
ela agora, mas eu tinha certeza de que nós dois riríamos disso nos anos seguintes.
vir.
“Minha senhora”, disse Lilia, “este é Lord Rudeus. Dez anos se passaram desde a
última vez que você o viu.”
“…”
Zenith olhou para mim vagamente. Então ela olhou de volta para Lilia, seus olhos
como um espelho - vazio, refletindo apenas o que viam diante deles.
“Hum…?”
Ela inclinou a cabeça novamente e os olhos de Lilia se arregalaram.
Algo estava errado. Estranho. Ela não estava falando. Tudo o que ela fez foi gemer.
Além disso, a maneira como ela se movia era como se ela tivesse esquecido Lilia também. Uma
coisa era me esquecer, mas será que ela realmente não reconheceria Lilia? A empregada
envelheceu, é certo, mas não mudou muito. Seu cabelo e até suas roupas eram os mesmos
de antes.
“Ahh… ah…”
Sua voz era desajeitada, seus olhos estavam vazios e ela não conseguia formar
palavras. Tudo o que ela fez foi olhar para nós.
“Minha senhora… será que…?” Parecia que Lilia também percebeu isso.
Eu sabia quais palavras não foram ditas, penduradas no final de sua frase inacabada,
mas meu coração foi rápido em rejeitá-las.
Nós dois tentamos inúmeras vezes falar com ela.
“…”
A conclusão veio rapidamente. Zenith reagiu às nossas vozes, mas

não produziu nenhuma palavra própria. Ela também não mostrou sinais de
compreender o que dissemos.
“Lorde Rudeus… temo que ela tenha perdido tudo.”
Na verdade, Zenith havia perdido tudo. Sua memória, seu conhecimento, sua
inteligência – todos os componentes necessários que formam uma pessoa.
Ela era uma casca.
Não havia como ela se lembrar de Paul. Ela nem conhecia Lilia ou eu. Quem, o quê, quando,
como — ela não se lembrava de nada disso. Isso significava que ela não poderia nem ficar triste por ele
ter morrido. Não poderíamos compartilhar essa perda.
A realidade disso foi esfaqueada como uma faca.
“Aah...” Um suspiro escapou da minha garganta.
E meu coração se despedaçou.
***
Quantos dias se passaram depois disso? Eu tinha apenas uma vaga noção do tempo. EU
acordei, dormi. Acordei, dormi. Repetiu o processo inúmeras vezes.
Quando dormia, meus sonhos repassavam o momento da morte de Paul. Eu vi

ele golpeou a hidra, viu-a balançar o pescoço. Senti-o me empurrar para o lado, me afastando
do caminho. Depois observei-o mover-se novamente, observei a hidra mover-se novamente, mas
não consegui me mover. Paul me chutou para fora do caminho e vi a cabeça da hidra cair na minha
frente.
Então acordei de repente, verifiquei se era apenas um sonho e me encolhi de volta na

cama. Não tive força de vontade para me levantar. Tudo que eu conseguia fazer era pensar em Paul.
Paulo era... Ele...
Claro, ok, ele não era um humano louvável. Ele era terrível com as mulheres e um
exibicionista total. Ele estava fraco diante da adversidade e buscou no álcool uma fuga. Ele nem se
preocupou em dizer algo paternal antes de irmos para a batalha. Pela maioria dos padrões, ele foi
um completo fracasso como pai.

Mas ainda assim, eu o amava.
Não era exatamente o mesmo amor que Paul sentia por mim entre pais e filhos.
Para mim, Paul era mais como um parceiro no crime. A rigor, eu era mentalmente
mais velho, mas ele tinha mais anos físicos do que eu. Mesmo quando se tratava de
experiência de vida, ele provavelmente estava bem à minha frente quando se
consideravam as décadas que passei como recluso.
Nada disso realmente importava. A idade era inútil. Quando conversei com Paulo,
Eu senti como se nós dois estivéssemos em pé de igualdade. Eu não conseguia vê-
lo como um pai e provavelmente nunca pensei em mim mesmo como seu filho.
Mas Paulo era diferente. Ele me viu como seu filho desde o início. Eu, que
era um pedaço de merda de trinta e poucos anos, recluso por dentro na época. Eu,
cujas ações até agora devem ter sido bizarras de uma perspectiva externa. Ainda assim,
ele me considerava uma família, nunca desviando os olhos. Houve áreas em que ele falhou
como pai, mas ele nunca hesitou em me considerar uma família. Nunca ele me tratou
como um estranho. Eu sempre fui, sempre filho dele. Apesar das minhas habilidades
anormais, ele ainda me via como seu filho. Ele me encarou de frente.
Ele era um pai. Ele sempre foi. Mesmo carregando fardos pesados demais para
ele, ele agiu como pai e continuou a fazer coisas pelo bem de nossa família. No final, ele
até me protegeu – usou seu corpo, como pai, para me proteger. O filho dele.
Ele corajosamente colocou sua vida em risco, como se fosse a coisa mais natural
do mundo. E ele morreu.
Foi estranho.
Eu nem era filho dele, mas Paul ainda era meu pai.
Paul teve dois filhos reais. Não falsos como eu - reais, honestos com Deus,
crianças reais . Duas filhas doces e genuínas. Norn e Aisha. Se ele fosse proteger
alguém, deveriam ter sido eles.
Além disso, ele tinha duas esposas, certo? Ele passou anos procurando
desesperadamente por um deles – Zenith. A outra, Lilia, esteve lá para apoiá-lo até então.
Duas esposas e duas filhas. Quatro pessoas no total.
Que diabos você está fazendo deixando-os para trás, hein, Paul? Eu pensei

com raiva. Eles não eram importantes para você?
Mas talvez eu também fosse importante para ele. Duas esposas, duas filhas e
um filho. Talvez todos fossem igualmente importantes para ele.
Eu nunca o tinha visto como pai, mas ele pensava em mim como uma das pessoas
mais importantes da sua vida.
Ah, porra. Por que, Paulo? Me dá um tempo. Você disse isso tantas vezes: “Rudy,
vejo você como um adulto agora. Eu vejo você como um homem.
Casei-me, comprei uma casa, assumi a tutela das minhas irmãs – claro que me
senti adulta. Vim para te ajudar, trabalhei muito naquele labirinto. Eu me via como um adulto.
Você também fez isso, não foi? Foi por isso que você disse o que fez no final, certo? “Salve-a,
mesmo que isso te mate.”
Então, me explique: Por quê? Por que…? Por que você me protegeu, se sou adulto?
O que devo dizer para Norn e Aisha quando voltar para casa? Como
devo explicar o que aconteceu? O que devo fazer com Zenith, do jeito que ela está agora?
O que devo fazer daqui em diante?
Diga-me, Paulo. Você deveria decidir isso, não era?
Droga. Por que você teve que ir e morrer? Ah, porra.
Pelo menos se eu tivesse morrido, seria ele aqui, angustiado sem saber o que fazer.
Ou melhor ainda, se nenhum de nós tivesse morrido, ninguém teria de sofrer.
Ah, eu não posso fazer isso.
A tristeza borbulhou dentro de mim. Eu não consegui conter as lágrimas que

surgiram.
Na minha vida — isto é, na anterior — eu nem chorei quando minha mãe e meu
pai morreram. Eu nem tinha me sentido triste. Agora que Paul estava morto, as lágrimas
vieram naturalmente. Eu estava triste. Eu não pude acreditar. A única pessoa que tinha que
estar aqui — que deveria estar aqui — já havia partido.
Paulo era pai. Paulo era meu pai. Eu nunca pensei nele como um,
e ainda assim, ele foi um pai para mim como os da minha vida anterior.
Pensei e pensei, chorei e chorei, até ficar exausto.

Eu não quero fazer nada.
Eu relaxei preguiçosamente em meu quarto. Havia coisas que eu precisava fazer, eu

sabia, mas não conseguia encontrar vontade para fazê-las. Eu nem tive forças para sair desta
sala. Dormi, acordei, sentei, ajustei minha postura e deixei o tempo passar.
Elinalise e Lilia vieram me visitar no meio disso. Eles disseram algo para mim,
mas eu não tinha certeza do quê. Era quase como se eles estivessem falando uma língua
estrangeira e meu cérebro não conseguisse compreender as palavras.
Não que isso importasse. Eu não teria sido capaz de responder mesmo se o fizesse.
Eu não tinha nada a dizer, nem palavras para falar com eles.
Se, apenas talvez, se eu fosse capaz de manejar uma espada um pouco melhor, então eu
poderia ter cortado a cabeça da hidra. Talvez então Paul não tivesse morrido. Nós dois
poderíamos ter trabalhado cortando enquanto Roxy assava as feridas abertas. Poderíamos ter
derrotado facilmente se tivéssemos feito isso, certo?
Se ao menos eu pudesse envolver uma aura de batalha em torno de mim. Se ao menos eu pudesse mover um
um pouco mais rápido. Então Paul não teria que me proteger. Eu poderia ter evitado o ataque
sozinho.
Mas não consegui, e foi por isso que as coisas acabaram assim.
Não era como se eu não tivesse tentado.
Talvez devêssemos ter voltado para a cidade, mesmo que isso significasse que eu
teria que dar um soco na cara dele e arrastá-lo de volta. Poderíamos ter voltado, feito uma
reunião estratégica tranquila e então talvez pudéssemos ter elaborado um plano sólido.
Um plano inteligente – não o plano desajeitado e improvisado que usamos.
Se tivéssemos feito algo um pouco diferente, o resultado poderia ter mudado,
também.
Mas era tarde demais. Paulo estava morto. Eu nunca mais o veria – assim como os pais
da minha vida anterior. Não importa o que eu dissesse agora, já era tarde demais.

Capítulo 11:
Olhando para o futuro
QUATRO PESSOAS, homens e mulheres, reunidas em torno de uma mesa numa certa
bar. Uma escuridão caiu sobre eles em meio ao clamor da sala.
“Paul está morto”, murmurou Elinalise, a elfa com cabelo loiro brilhante.
“Sim, claro que é,” concordou Geese, o demônio com cara de macaco que estava
olhando o conteúdo do copo em sua mão.
“Ele protegeu seu filho. É assim que ele gostaria de ter ido”, Talhand,
o anão robusto com barba, disse claramente. Sua voz continha pouca energia. Ele deveria estar se
afogando em seu amado álcool agora, mas não parecia nem um pouco bêbado.
“Não acho que ele ficaria feliz, não com Zenith daquele jeito”, disse Geese.
O anão apenas inclinou silenciosamente a caneca para trás.
Foi um choque para todos quando Zenith se revelou uma casca vazia. Um choque
especialmente cruel, considerando que todos conheciam a pessoa alegre e enérgica que ela era
antes do acidente. Mesmo assim, eles eram aventureiros. A morte estava sempre próxima.
Eles teriam a capacidade de aceitá-lo mesmo que ela tivesse morrido.
“Ela está viva, certo? Quem sabe ela possa ser curada”, disse
Talhand, embora estivesse claro que ele não tinha muita esperança nisso.
Ocasionalmente, havia histórias de pessoas que foram paralisadas pelo veneno de um

monstro. Nunca nessas histórias essas pessoas se recuperaram.
Uma vez que a mente se foi, nada poderia curá-los, nem mesmo a magia de cura de nível divino. Se
algo desse errado com a mente de alguém, não havia como consertar.
“Mesmo que ela consiga andar e falar novamente, suas memórias não retornarão”,
Elinalise cuspiu.
"O que é isso? Claro que estamos falando como se você soubesse muito sobre o
assunto, Elinalise.” Talhand olhou para ela com desconfiança.
“Só estou contando como as coisas são.” Elinalise não explicou mais nada. Ela

viveu uma vida longa – mais longa que Talhand ou Geese. Ela disse que já tinha visto um caso
semelhante antes. Era provável que ela soubesse de alguma coisa, mas fosse o que fosse,
não lhes daria nenhuma esperança de recuperação de Zenith, então Talhand não insistiu no assunto.
“O verdadeiro problema é o menino”, disse o anão.
“Sim…” concordou Geese, respirando a palavra como um suspiro.
Rudeus, filho de Paul, passou quase uma semana enfiado em sua casa.
sala.
“Não é apenas que a criança esteja indisposta”, continuou Geese, “é mais profundo do
que isso”.
“É quase como se ele fosse uma casca também”, disse Elinalise.
Rudeus nem respondeu quando tentaram falar com ele. Ele apenas acenou com a
cabeça, com um olhar vago, e disse: "Sim..."
“Rudy era muito apegado ao senhor Paul”, disse a jovem demônio de cabelo azul. Roxy
Migurdia ficou relativamente silenciosa até que o assunto se voltou para Rudeus.
No fundo de sua mente, ela imaginou um jovem Rudeus tendo aulas de espada com
Paul. Não importa o quanto Paul o derrubasse, Rudeus se levantaria novamente e continuaria a
balançar, com um olhar indignado no rosto. Ele tinha sido a personificação do talento. Para Roxy,
parecia que ele estava realmente gostando de aprender esgrima com seu pai. Uma fonte ofuscante de
inveja para ela, já que nunca havia compartilhado tais momentos com seus próprios pais.
“Bem, eu entendo como o chefe se sente”, disse Geese, “mas vai ser ruim se as coisas
continuarem assim”.
“Devo concordar.” Elinalise pontuou suas palavras com um aceno de cabeça.
Rudeus não comia desde o dia em que aconteceu. Mesmo quando as pessoas ao
seu redor o incentivaram a tentar, ele apenas disse “Claro”, mas não mostrou sinais de seguir em
frente. Ele parecia estar fazendo o mínimo de pelo menos beber água, mas estava ficando mais magro
a cada dia. Seus olhos estavam fundos e suas bochechas encovadas. Ele parecia ter a sombra da
morte em seu rosto. Se deixado por conta própria, não seria surpreendente se ele realmente se
juntasse a Paul. Todos os presentes pensaram isso.

Após uma pausa, Roxy continuou. “Eu gostaria de fazer algo para tentar animá-
lo.”
O olhar de Geese viajou para Elinalise. “Você não disse sempre que era
importante ‘ter sorte’ em momentos como este?”
“Eu não posso ajudá-lo com 'ter sorte'”, ela respondeu instantaneamente.
Roxy foi a única que não entendeu o que eles estavam falando. “O que você não
pode fazer?”
“…”
Geese e Talhand trocaram olhares e franziram os lábios.
Roxy franziu as sobrancelhas, desconfiada. "Senhorita Elinalise, você tem algum

tipo de plano?"
Uma pausa. "Não, eu não." A elfa manteve sua expressão impassível.
“Bem, como devo dizer?” Geese coçou a bochecha enquanto Talhand

inclinava a bebida para trás, desinteressado. “Hm, uh… Bem, em tempos como estes, é
melhor apenas aproveitar ao máximo e tentar esquecer.”
"Divirta-se?" Roxy repetiu, confusa.
“Os homens são diretos. Dê-lhes um pouco de álcool, uma mulher para dormir, e
eles sentirão aquela onda de alegria por estarem vivos. Traga um pouco de energia de
volta para eles. Quero dizer, sim, isso não vai fazer com que eles voltem a ser como eram,
mas ainda assim.”
“Ah…! Ah, tudo bem, entendi agora. Roxy finalmente entendeu o que ele estava
dizendo. E o mais importante, o que ele estava tentando convencer Elinalise a fazer.
“B-bem, acho que você está certo, é assim que os homens são! Sim! Sim...” Suas bochechas
ficaram vermelhas e seu olhar flutuou para seu colo.
Os homens gostavam de dormir com as mulheres quando elas estavam

deprimidas. Ela tinha certeza de já ter ouvido essa história antes. Isto era verdade em
particular para os mercenários, que gostavam de pagar pelos serviços das mulheres
antes e depois da batalha, para se distrairem do seu próprio medo. Depois de completar
uma missão em que suas vidas estavam em risco, muitos homens visitaram os bordéis.
Mas quando Roxy pensou em Rudeus e Elinalise juntos, uma nuvem negra pairou
sobre seu coração.
“Elinalisa.” Geese se virou para ela. “Você sempre disse - pelo menos

desde que me lembro, que você é bom em consolar homens com corações feridos.
"Eu tenho."
Roxy começou a pensar. Era verdade que Elinalise tinha talento para esse tipo de
coisa. Ela mantinha relações diárias com um número indeterminado de homens, e Roxy tinha
ouvido falar que ela era incrivelmente hábil no que fazia. Certamente era possível para
uma mulher com esse nível de experiência colocar Rudeus de pé novamente. O pensamento
a deixou sombria, mas o que mais eles poderiam fazer?
“Que incomum. Normalmente você estaria em cima de alguém no estado em que Boss
está agora.”
Roxy não suportava ver Rudeus do jeito que ele estava agora. Elinalise
sentia o mesmo – ela queria ajudá-lo, consolá-lo. Mas ela também sabia o que aconteceria
quando voltassem para casa se ela sucumbisse e usasse o coração partido dele como
desculpa para ir para a cama com ele. Ela estaria traindo Cliff, traindo Sylphie. Mesmo
Rudeus não seria capaz de lidar com isso.
Então Elinalise disse isso. “Até eu tenho pessoas com quem não posso dormir.”
“Por que não Rudy?” Os lábios de Roxy endureceram. Ela olhou para a outra mulher
com um olhar furioso. “Você sabe o quanto ele está sofrendo.”
“Porque…” Elinalise começou a dizer, mas depois se lembrou. Roxy

ainda não sabia. “Porque a pessoa com quem ele se casou – sua esposa – é minha
neta.”
"Huh?!" O copo caiu da mão de Roxy, seu conteúdo se espalhando por toda
parte antes de rolar para fora da mesa e cair no chão com um baque seco.
"O que? Rudy é casado?
"Sim ele é. E seu filho nascerá em breve.”
“O-oh, então é verdade... B-bem, quero dizer, claro que é. Rudy já tem essa idade...
Roxy não conseguiu disfarçar completamente o quanto estava abalada quando se abaixou
para recuperar a caneca caída. Ela levou-o aos lábios sem pensar antes de lembrar que
havia derramado tudo e pediu outro. “Hum, eu gostaria do álcool mais forte que você tiver.”
Seus olhos giraram quando ela cruzou os braços sobre o peito. Casado.
Isso mesmo, até Rudeus poderia se casar. Sim. Foi normal. Pelo menos foi isso que ela
tentou dizer a si mesma.

Então Roxy se lembrou de como ela agiu no labirinto, e ela

cerrou os dentes. Ela o abordou, pensando que ele era solteiro.
Rudeus tinha sido receptivo em um nível que ela nunca tinha experimentado antes, mas talvez a
única razão pela qual ele não a rejeitou completamente foi porque ela era uma conhecida. Do lado
de fora, deve ter parecido histérico – a bufonaria mais divertida.
Roxy queria gritar com eles: “Por que ninguém me contou?!” Mas a queixa permaneceu
alojada em sua garganta.
De qualquer forma, os sentimentos dela não eram o que importava agora.
“Ainda assim, mesmo que ele seja casado, isso é uma emergência. Vocês dois não poderiam
ser perdoados por fazerem isso apenas uma vez? Roxy nem entendeu as palavras que saíram de
sua boca. Ela apenas sentiu fortemente que eles tinham que fazer algo para resgatar Rudeus.
“Talvez, mas não posso ser eu a fazer isso”, disse Elinalise com tristeza. Roxy
não conseguia entender a emoção na voz da elfa, ou a frustração visível em seu rosto.
“Desculpe pela espera”, interrompeu um servidor.
“Ah, obrigado.”
Convenientemente, a bebida dela chegou. Roxy bateu de volta e engoliu

a coisa toda caiu. Queimou, descendo por sua garganta ressecada e espalhando-se por seu
corpo como um incêndio. Provavelmente tinha um sabor particularmente delicioso para ela agora
porque seu corpo ansiava por álcool.
“Além disso, Rudeus e eu já…” Elinalise fez uma pausa naquele momento, franzindo os
lábios. “Bem, mesmo que eu não possa ajudar, Geese pode arrastá-lo para um bordel, certo?”
“Não tenho tanta certeza disso”, disse Geese, em dúvida. “Você realmente acha
Rudeus vai animar fazer sexo com alguma garota que ele não conhece?
“Bem, o que ele precisa agora é poder contar com alguém em quem confie”, disse
Elinalise.
“Então, Lília?”
Ela lançou um olhar para Geese. "Isto é exatamente-"
"Ok, ok, entendi!" Ele ergueu as mãos em sinal de rendição. “Não fique tão

irritado.
Os sentimentos de Elinalise sobre o assunto eram complicados. Ela não queria se intrometer
no casamento dele com Sylphie, mas queria ajudar Rudeus. Se ela se deitasse com ele, ela poderia
colocá-lo de pé novamente. Elinalise estava confiante sobre isso – esta não era a primeira nem a
segunda vez que ela se encontrava em uma situação como essa, em que ajudava um homem a
curar as feridas em seu coração. Mas ela também não podia deixar de pensar que fazer isso
agora seria uma escolha desastrosa que ela nunca poderia voltar atrás.
Ela estava em conflito.
Normalmente, ela não se importava de sujar as mãos.

Elinalise desempenhou esse papel inúmeras vezes. Mas seu desejo de não trair Cliff atrapalhou
desta vez. Ela simplesmente não conseguia.
“…”
O silêncio pairou no ar. Apenas os sons silenciosos das pessoas engolindo suas bebidas
permaneciam. Ninguém entre seu grupo heterogêneo ousou falar. O ar estava tão viciado quanto
um funeral.
“De qualquer forma, temos Zenith no estado em que está agora também. eu quero arranjar
o chefe se recupere o mais rápido possível para que possamos sair desta cidade.”
Ao ouvir as palavras de Geese, os três restantes suspiraram.
“Sim, não discordo”, disse Talhand rispidamente.
Eles também estavam exaustos. Afinal, já se passaram seis anos – seis! – desde o
Incidente de Deslocamento. Um período de tempo substancial, segundo qualquer estimativa,
durante o qual eles viajaram do Continente Central para o Continente Demônio, do Continente
Demônio para o Continente Begaritt, e então começaram sua aventura no Labirinto de Teletransporte.
Tinha sido intenso, muitas vezes difícil, mas eles haviam superado isso, tanto nos bons quanto
nos maus momentos, com a esperança de que saíssem rindo juntos quando isso acontecesse.
acabou.
O Incidente de Deslocamento foi um assunto desagradável, mas o tempo

que passaram juntos não foi completamente horrível. Seu grupo quebrado e
desconectado lentamente voltou a se unir. Elinalise e Talhand se uniram, enquanto Geese entrou em
ação no lugar de Paul. Paul e Talhand tinham

reconciliaram suas diferenças. Paul e Elinalise até lutaram lado a lado mais uma vez no final.
Nenhum deles jamais sonhou que voltariam a ficar juntos assim novamente, mas
então lá estavam eles, com Paul no centro. Tudo o que precisavam fazer era resgatar Zenith
e localizar Ghislaine, onde quer que ela tivesse ido, e todos poderiam beber juntos
novamente. Isso é o que todos pensaram.
Mas agora Paulo estava morto.
Foi o suficiente para dominá-los com uma sensação indescritível de exaustão,

como se tudo o que fizeram tivesse sido em vão. Era o tipo de exaustão que você sente
depois de passar horas construindo algo, mas no final ele desmorona.
Rudeus não foi o único vencido pela letargia.
“Não fique tão taciturno”, disse Talhand. “Rudeus é filho de Paul. Pode ser
no fundo do poço agora, mas eventualmente ele se recuperará sozinho, sem
dúvida.”
Elinalise hesitou antes de dizer: “Espero que você esteja certo”.

“…”
Tanto ela quanto Geese assentiram vagamente com as palavras do anão. Eles
conheciam a fraqueza do menino, mas ele já tinha dezesseis anos. Ele não era mais uma criança.
A situação pode ser sombria, mas no fundo ele era um adulto notável. A morte visitou a
todos. Foi um companheiro particularmente próximo dos aventureiros.
Os pais de todos eventualmente morreram – todos tiveram que lidar com isso em algum
momento de suas vidas. Foi por isso, eles presumiram, que Rudeus também seria
capaz de fazer o mesmo.
“…”
Apenas um deles não assentiu com a cabeça. Era Roxy, seus pensamentos
preocupados com lembranças de muito tempo atrás.
Rudeus

Percebi que era noite quando olhei pela janela. Eu estava

sentado na minha cama, me distraindo. Quantos dias se passaram?
Isso importava?
Enquanto pensava isso comigo mesmo, uma batida de repente veio na porta.
“Rudy, posso ter um momento?”
Quando segui o som da voz, avistei Roxy na entrada. Eu tinha deixado a

porta aberta esse tempo todo?
“Professor,” eu disse depois de uma longa pausa. Parecia que já fazia muito tempo que eu não falava.
Minha voz estava rouca e eu nem tinha certeza se ela tinha me ouvido ou não.
Roxy apressadamente veio em minha direção.
Algo parecia diferente do normal. Fiquei me perguntando o que era… Ah, era isso!
Ela não estava de roupão hoje. Sua camisa e calças eram peças separadas de tecido fino.
Essa foi uma visão rara.
“Perdoe-me,” ela disse rigidamente, sentando-se na cama ao meu lado.

Vários segundos de silêncio se passaram. Roxy falou devagar, como se
escolhesse cuidadosamente as palavras. “Quer sair para algum lugar comigo para
mudar um pouco o ritmo?”
"…Huh?"
“Uhh,” ela gaguejou, “há muitos itens mágicos nesta cidade que
você não seria capaz de ver em outros continentes. Pode ser interessante dar uma
olhada em todos eles, não acha?”
"Não... não estou com vontade."
“Ah, você não está?”
"Desculpe."
Ela estava me convidando para sair. Eu sabia que era porque ela queria me
animar. Normalmente, eu a teria seguido como um cachorrinho, mas simplesmente não
estava com vontade agora.
O silêncio se estendeu entre nós.
Roxy novamente pareceu escolher as palavras enquanto falava. “É lamentável o

que aconteceu com o senhor Paul e a senhorita Zenith.”

Infeliz? Infelizmente… Isso era realmente algo que poderia ser

resumido nessa única palavra? Bem, esta não era a família dela, afinal.
“Ainda me lembro, com muitos detalhes, de nós cinco morando juntos na Vila
Buena. Esse pode ter sido o momento mais feliz da minha vida.” Roxy falou baixinho,
segurando minha mão. O dela estava quente.
“…”
“Como aventureiro, não é incomum que pessoas próximas a você morram. EU

conheça essa dor. Eu já experimentei isso antes.”
“Por favor, não minta para mim”, eu disse. Eu conheci os pais de Roxy antes.
Eles estavam vivos e bem. Ela poderia não tê-los visto por um tempo, mas certamente isso
não mudou. “Sua mãe e seu pai estão bem, não estão?”
“Isso é verdade”, ela disse pensativamente. “Já se passaram alguns anos desde
que os vi, mas pareciam bem. Tenho certeza de que eles ainda têm cem anos pela frente.”
“Então você não entende!” Uma onda de emoção inundou meu

peito e eu bati em sua mão. “Não diga essa palavra tão casualmente!” Senti o
que restava de minha força enquanto gritava com ela.
Roxy, embora surpresa, pareceu pesar seriamente suas próximas palavras.

“A pessoa que morreu foi alguém que formou um grupo comigo e me ensinou o básico logo
depois que me tornei um aventureiro. Eu não chegaria ao ponto de chamá-lo de pai, mas
pensava nele como um irmão mais velho.”
“…”
“Ele morreu me protegendo.”

“…”
“Assim como você, também fiquei angustiado com a morte dele.”
“…”
“Claro, não acho que seja tão ruim quanto o que aconteceu com você: perder seu
pai e encontrar sua mãe só para ela ficar... doente. Mas isso me deixou profundamente
deprimido.”
“…”
“É por isso que acho que posso entender um pouco, mesmo que seja apenas um pouco.
um pedaço do que você está sentindo agora.”

Então você não entende nada.
Ela não entendia como eu me sentia, tendo reencarnado, preso entre o passado e
o presente. Não fiquei apenas triste com a morte de Paul. Nem estava simplesmente
lamentando que Zenith tivesse se tornado uma casca.
Eu percebi algo.
Desde que reencarnei e decidi fazer tudo de novo, pensei

Eu estava fazendo um bom trabalho. Mas no final, eu estava ignorando algo importante.
Eu virei as costas para a discórdia entre mim e minha família na minha vida anterior.
Mantive meus olhos desviados, mesmo depois de renascer. E como resultado, cometi o
mesmo erro pela segunda vez neste mundo.
Eu não consegui retribuir nada aos meus pais antes de Paul morrer
e Zenith tornou-se uma casca. Eu tinha acabado de fazer a mesma coisa de novo;
repeti o mesmo erro – um erro que não pude corrigir.
Minha vida anterior de trinta e quatro anos, minha vida atual de dezesseis anos.
Eu vivi cinquenta anos, no total, e ainda assim fiz isso de novo.
Na minha vida anterior, eu estava sem esperança. Mas quando reencarnei neste
mundo, pensei que tinha mudado. Agora, fui confrontado com a realidade de que nada havia
mudado. As coisas podem parecer boas na superfície, mas na verdade eu mal passei da
estaca zero.
Ficar de pé parecia impossível, honestamente. Saber que Roxy havia

processado uma experiência semelhante e conseguido se recuperar da dela pouco me
tranquilizou.
“Fiquei muito feliz durante meus dias em Buena Village”, continuou ela. "EU
originalmente vim para o Reino Asura querendo trabalhar lá, mas não consegui encontrar
nenhum emprego. Decidi assumir um cargo temporário no campo como tutor domiciliar.
Mas então você estava transbordando de talento, e Paul e Zenith me trataram com muito
carinho. Acho que foram eles que realmente me ensinaram o que é a bondade – a
verdadeira bondade – de uma família”, disse Roxy enquanto olhava para mim, seus olhos
suaves e calorosos. “Eles eram como uma segunda família.”
Ela se levantou na minha cama, deslizou para trás de mim e se ajoelhou, passando os braços em
volta da minha cabeça como se estivesse me embalando.
“Rudy, acho que posso compartilhar sua tristeza.”
Senti algo suave pressionando a parte de trás da minha cabeça. Baque, baque

veio a pulsação suave de seu coração. Um som suave. Por que ouvir isso me
confortou tanto, perguntei-me? Por que isso me fez sentir que as coisas
ficariam bem?


O mesmo acontecia com o cheiro dela. O cheiro de Roxy também era relaxante. Até agora,
sempre que enfrentava algo difícil, era estranhamente reconfortante lembrar desse cheiro e do que
ela me ensinou. Quando eu estava nas garras da minha disfunção erétil, só de pensar em Roxy
tinha sido suficiente para me ajudar a aguentar.
Por que isso aconteceu? A resposta ficou no fundo da minha garganta, mas me recusei
sair.
“Sou sua professora”, disse ela, “e embora seja pequena e inadequada, vivi mais que você
e sou durona. Não me importo se você se apoiar em mim.
Segurei uma das mãos em volta do meu pescoço. Era tão pequeno e ainda assim
parecia tão grande. Só de olhar para as mãos dela me confortou. Eu me perguntei se essa
sensação de alívio ficaria mais forte se eu me aproximasse.
“Tenho certeza de que, mesmo quando as coisas estão difíceis, você pode diminuir o fardo
dividindo-o com outra pessoa”, disse Roxy enquanto se afastava.
Puxei a mão dela por instinto.
“O-uau!” Seu pequeno corpo caiu facilmente em meu colo. Rostos próximos, nossos
olhos se encontraram – Roxy parecendo sonolenta, úmida de lágrimas. Seu rosto estava vermelho,
seus lábios bem fechados. Coloquei a mão nas costas dela, guiando-a para perto. Seu coração batia
furiosamente e ela se sentia quente.
“N-nós podemos fazer isso,” Roxy gaguejou.
Fazer o que? Eu pensei.
“Quero dizer, ouvi dizer que o coração de um homem fica mais leve depois que ele toma um
mulher para a cama.
Quem diabos disse isso a ela? Ah... Elinalise? O que o elfo estava dizendo a Roxy
em um momento como este?
“As mulheres sentem o mesmo. Quando as coisas estão difíceis, eles querem algo para
fazê-los esquecer. Também estou arrasado com a morte do senhor Paul, então, se é isso que
você quer fazer, não me importo se me levar para a cama com você.” Ela falou tão rápido que suas
palavras se confundiram, divagando. “Isso mesmo, quero que você me ajude a esquecer. Mas
meu corpo é meio simples... Se você não estiver interessado, você poderia ir a um
bordel?
Eu tinha um respeito imenso por ela exatamente como ela era. Como seria se eu fizesse o
que ela sugeriu e a levasse para a cama?

“De qualquer forma, posso não parecer, mas sou bastante experiente! Tenho certeza de
que posso ter um desempenho muito melhor do que qualquer garota que você encontraria nas
ruas. Pense nisso como uma coisa casual, uma forma de eliminar todo o mal, como uma forma
de testar as coisas, apenas uma vez…”
Suas explicações incoerentes me passaram despercebidas, mas ainda assim me senti

investido. Se eu achasse que ouvir a batida do coração dela era tão reconfortante, então quanto
mais alívio eu encontraria se nossos corpos estivessem pressionados um contra o outro? Minha
mente permaneceu nessa desculpa enquanto ela balbuciava.
“Uh, bem, se você é realmente exigente e está com alguém que é

habilidoso, talvez você pudesse inclinar a cabeça para a senhorita Elinalise e... ah!
Empurrei-a para a cama — de forma rude e violenta. Talvez eu só tivesse

frustração de sobra.
***
Quando abri os olhos na manhã seguinte, a primeira coisa que me cumprimentou foi
era o rosto adormecido de Roxy. Ela parecia tão inocente com o cabelo solto.
Ao mesmo tempo, o pensamento que estraguei passou pela minha cabeça.
“Haah…” Um suspiro escapou. Como eu explicaria isso para Sylphie?

Mais uma coisa com que me preocupar agora.
Mas, por alguma razão, minha visão parecia mais clara, como se tudo o que
me angustiava tivesse sido um sonho. Ainda havia um peso, um peso que me prendia, mas
não parecia mais o fundo do poço. Não era comparável ao que senti ontem.
Por que foi tão eficaz? Foi porque eu fiz um ato que
foi associado a trazer nova vida ao mundo? Isso aliviou minha tristeza pela perda de
Paul? Talvez não. Ao fazer sexo, eu mais ou menos deixei o problema de lado por
enquanto.
"Milímetros…"
De repente, os olhos de Roxy se abriram. Ela olhou para mim sem piscar por alguns
momentos antes de farfalhar as cobertas, puxando-as sobre seu corpo.

“Bom dia, Rudy…” ela murmurou, desviando os olhos. “Hum, como foi?”
Eu não poderia mentir. Eu fui terrivelmente rude com ela. Eu soube quase
imediatamente que sua afirmação sobre ser experiente não passava de uma mentira
descarada, mas não deixei que isso me incomodasse. De sua parte, Roxy acolheu
tudo abertamente, até mesmo a dor. Fiquei grato e arrependido.
Elogiá-la parecia errado, visto que eu estava apaixonado por Sylphie.

Honestamente falando, o corpo dela era um pouco pequeno e não cabia no meu. Claro,
eu estaria mentindo se dissesse que não me senti bem. Era verdade, mesmo agora, que eu
me sentia relaxado. Não havia razão para mentir se isso iria machucá-la.
“Foi incrível”, eu disse finalmente.
O rosto de Roxy esquentou gradualmente. “Obrigado… Mas não, não é isso que eu
significou. Por 'como foi', eu quis dizer como está seu coração? Algum isqueiro?
Ah, foi isso que ela quis dizer? Opa. "Sim."
“Então, como retribuição, eu ficaria feliz se você me abraçasse.”
"Claro." Como ela pediu, passei meus braços em volta dela. Sua pele parecia
macio, úmido por causa do suor. Foi através de sua pele macia que pude sentir sua
pulsação. Um som tranquilizador.
“Seus braços com certeza são fortes”, disse ela. “Não muito parecido com um mágico.”
“Tenho treinado.”
Seus dedos traçaram levemente meu peito e braço. O movimento

foi tão cativante que ameaçou influenciar meu amor por Sylphie.
Lentamente, me afastei de seu corpo e me levantei.
“Professor, posso te perguntar uma coisa? Algo estranho."
Uma pausa e então: “O que é isso?”
Ela deve ter lido a sala. A expressão de Roxy ficou séria quando ela se sentou na
cama e colocou as pernas debaixo dela. E enquanto ela estava sentada ali, ela estava
completamente nua. Foi tão sexy e estimulante que tive que desviar os olhos e mudar o
cobertor para esconder minha parte inferior enquanto continuava a conversa.
“Esta história é apenas ficção, algo que eu inventei”, prefaciei antes de

começou. Então contei a ela a história de um homem – uma história de faz-de-conta, é claro.
Quando ele era jovem, coisas terríveis aconteceram com ele e ele se isolou. Ele viveu
exclusivamente do apoio financeiro de seus pais por décadas. Então, um dia, seus pais morreram
repentinamente. O homem nem compareceu ao funeral - não, ele fez a pior coisa que uma
pessoa poderia fazer. Os outros membros da sua família viram isso, espancaram-no até deixá-lo
inconsciente e expulsaram-no de casa.
Embora o homem não tivesse nada, ele teve sorte de renascer em um

novo Mundo. Ele virou uma nova página e começou a tentar consertar seus hábitos.
A vida estava indo bem e ele achava que poderia ser feliz se as coisas continuassem assim.
Mas então ele cometeu um erro terrível e deixou alguém precioso para ele morrer. Foi então
que o homem relembrou a morte de seus pais. Embora já fosse tarde, ele finalmente lamentou a
perda.
Essa foi a história.
Quanto mais eu contava, mais a bile reprimida apodrecia em meu coração

parecia derramar-se. Talvez tudo que eu quisesse era que alguém ouvisse minha história. Talvez
fosse realmente tão simples assim.
Roxy ouviu em silêncio. Ela inseriu uma palavra aqui e ali, mas na maior parte do tempo
ficou em silêncio.
“O que você acha que esse homem deveria fazer?” Eu perguntei depois que terminei.
“…”
Ela permaneceu quieta por um tempo. A história veio até ela do nada. Talvez ela estivesse
lutando para encontrar uma maneira de responder. Eu tinha certeza de que ela não achava que
a pessoa na história fosse eu. Ela era inteligente – ela poderia ter adivinhado que havia algum
outro significado por trás disso.
“Se fosse eu”, ela começou, “eu iria visitar os túmulos dos meus pais. Até
agora, não é tarde demais. Eu também conversava com os outros membros da família.”
“Mas os túmulos e os membros da família estão tão longe que o homem não consegue ir
vê-los facilmente. Se ele for vê-los, talvez nunca mais consiga voltar. O homem tem vida própria
agora. Ele tem sua própria família neste novo mundo e quer cuidar dela.”
“Então, ele não pode voltar?”
“Não”, respondi. “Há uma boa chance de que ele não pudesse voltar mesmo
se ele quisesse.”

Roxy ficou em silêncio novamente. Desta vez foi mais breve que o anterior. “Nesse caso, não há
nada a ser feito. Tudo o que ele pode fazer é valorizar a família que tem à sua frente.”
Suas palavras eram incrivelmente clichês. Qualquer um teria dito o mesmo; qualquer um teria
pensado o mesmo. As palavras não eram nada especiais.
“Até mesmo Paul gostaria que você fizesse o mesmo, Rudy”, disse Roxy claramente,
afirmando o óbvio. Suas palavras eram banalidades banais, palavras que eu já tinha ouvido em algum
lugar antes. “Por favor, olhe para o futuro. Todo mundo está esperando por você.
E ainda assim, ouvir essas palavras fez meu coração parecer um peso
havia sido levantado.
Não eram apenas suas palavras que eram comuns. A morte dos meus pais do meu
mundo anterior, até mesmo a morte de Paul – foram eventos inevitáveis. Tudo o que pude fazer foi
enfrentá-los e aceitá-los. Afinal, eu estava aqui, vivo neste mundo. Um mundo em que eu continuaria a
viver.
Fiquei ansioso, sabendo que teria que relatar a morte de Paul e a morte de Zenith.
deficiência à família que nos espera nos Territórios do Norte. Fiquei ansioso sobre o que deveria
fazer daqui em diante. Fiquei dominado pela ansiedade em relação a um futuro cheio de incógnitas.
Mas eu não poderia fugir. A única coisa que eu podia fazer era resolver os problemas que estavam
bem na minha frente. Eu não tinha ideia do que deveria fazer, mas tudo que pude fazer foi resolver
cada problema, um após o outro.
Foi isso que decidi fazer desde que me encontrei neste mundo, certo? Que eu iria viver
ao máximo. Então, eu não conseguia desviar os olhos. Não importa quais provações estivessem por
vir, eu as superaria. Eu tive que superá-los, mesmo que superá-los não fizesse a dor desaparecer
completamente. Isso apenas traria um certo alívio.
Parecia que eu tinha me libertado das correntes que me prendiam.
“Professor”, eu disse.
"Sim?"
"Obrigado."
Roxy me salvou mais uma vez. Nenhuma quantidade de gratidão poderia jamais
recompensá-la por isso.

Capítulo 12:
Vamos para casa
EU
DECIDI CONSULTAR alguém sobre Zenith. Agora que eu estava
pensando com calma sobre a situação, não era um problema que eu pudesse resolver sozinho. Eu
precisava da opinião de outra pessoa e, além disso, tinha outro membro da família aqui comigo.
“Professor, estou pensando em conversar com a senhorita Lilia sobre o que fazer a partir
de agora.”
“Acho que seria uma boa ideia.”
Depois de nos vestirmos e nos arrumarmos, saímos pela porta.

Elinalise saiu de seu quarto exatamente ao mesmo tempo e nossos olhares se encontraram.
O dela se arregalou de surpresa depois que seu olhar passou entre Roxy e eu.
“Roxy, você...” ela começou a dizer.
“Rudy, sinto muito, mas também tenho algo que preciso falar com a senhorita
Elinalise sobre. Por favor, vá ver a senhorita Lilia sozinho.
Sobre o que ela precisava conversar com Elinalise? Tive uma vaga ideia,
mas se era isso que eu estava pensando, provavelmente seria melhor eu não estar presente.
"Entendido." Deixei-a para trás e voltei para um dos quartos mais adiante – aquele onde
Zenith estava dormindo. Pouco antes de entrar, lancei uma breve olhada para trás, tempo suficiente
para ver Elinalise e Roxy voltando para o quarto compartilhado.
Fui em frente e entrei pela porta. Zenith estava sentada no

cama com Lilia sentada ao lado dela em uma cadeira. A visão me lembrou de um quarto de
hospital e meus lábios formaram uma linha tensa. “Senhorita Lília?”
“Sim, o que é, Lorde Rudeus?” Lilia estava cuidando de Zenith, com o rosto pesado
com exaustão.
Antes de fazer qualquer outra coisa, precisava consultá-la. "Me desculpe por
forçando os cuidados da minha mãe sobre você,” eu disse.
"De jeito nenhum. Este é o meu trabalho.

"Oh, tudo bem."
Um trabalho – ela poderia realmente chamar assim? Não era como se alguém estivesse
pagando por isso.
"Como ela está?" Olhei para minha mãe, que apenas olhou diretamente
voltar. Ela não tentou falar comigo ou me examinar. Tudo o que ela fez foi olhar fixamente.
“Bem, embora pareça que ela não tenha nenhuma lembrança, seu corpo está estranhamente
saudável. Ela também tem alguma resistência. Não parece haver qualquer outra deficiência residual.
Ela pode completar certas tarefas sozinha, uma vez que eu a instrua, como comer e se trocar.”
"Realmente?" Isso significava que ela não era uma inválida completa, então. Ela apenas
perdeu a memória.
Lilia continuou: “A opinião de Shierra é que provavelmente é um efeito colateral da mana por
estar presa naquele cristal.”
"Ela vai se recuperar?"
Ela hesitou. “De acordo com o que a senhorita Elinalise me disse, não há esperança disso.”
Elinalise disse isso? Ela tinha conhecimento sobre esse tipo de coisa? EU
senti que era cedo demais para desistir, de qualquer maneira. Não havia nenhum médico decente
aqui que valesse a pena levá-la.
“A patroa me tratou bem. Agora que o mestre faleceu, eu

cuidará dela.”
“Eu também quero fazer o que puder.”
Assim que eu disse isso, Lilia disse secamente: “Isso não é necessário”. Suas palavras
eram frias, isolantes.
"Huh…?" Eu engasguei de surpresa, embora sentisse que não tinha o direito de discutir.
Logo depois da morte do meu pai, quando minha mãe mais precisava de cuidados, eu não fiz nada
por ela. Foi minha culpa se Lilia estava farta de mim.
Mas então Lilia continuou: “Sei que estou sendo impertinente, mas você me permite falar
francamente por um momento?”
“Você deveria se concentrar em si mesmo.”

Eu hesitei. "Em mim mesmo?"
“Tenho certeza de que é isso que o mestre diria”, acrescentou ela.
Eu não consegui concordar. Ele era... bem, você sabe... mais

egoísta do que isso.
“Sou eu quem deveria cuidar da amante. É por isso que estou aqui."
Lília estava exausta. Ela tinha que estar. E ainda assim, ela era tão forte. Ela já havia
feito as pazes com a morte de Paul e estava seguindo em frente. Eu precisava aprender com o
exemplo dela.
“Senhorita Lilia, você pode ficar chateada se eu perguntar isso—”
“Eu não estarei,” ela interrompeu.
“Mas o que devo fazer?” Eu sabia que era algo que deveria descobrir sozinho, mas
ainda assim perguntei.
Lilia olhou para mim com surpresa. Eu praticamente sabia a resposta

eu mesmo, mas queria ouvir outra pessoa dizer isso.
“Primeiro, você deve voltar para a Senhora Norn e os outros e informá-los sobre a
morte do mestre.”
Verdadeiro. Eu tive que ir para casa.
No dia seguinte, reuni todos e informei que estávamos

saindo da cidade. Era quase como se eu estivesse assumindo o manto de líder.
Todos seguiram. Talvez eles me vissem como substituto de Paul. Se isso fosse verdade, eu
precisava ser digno do papel.
Só para garantir, fui em frente e expliquei a eles o caminho que iríamos seguir.
Evitei mencionar os círculos de teletransporte, apenas dizendo-lhes que estávamos usando um
método único para retornar. Também dei um aviso estrito contra a menção desse método a
qualquer outra pessoa.
“Mas Geese é do tipo que bebe alguns drinques e conta tudo,”

Elinalise disse.
“Hm, bem, terei certeza de não mencionar o nome de Boss, mesmo que isso
aconteça, então não se preocupe.”

Você não poderia selar a boca das pessoas. Eu não lhes daria a localização precisa.
Na verdade, eu preferiria vendá-los antes mesmo de entrarmos nas ruínas, se possível.
Espere, sim, foi uma boa ideia. Eu faria vendas nos olhos. Talvez cobrindo
seus olhos para que eles próprios não vissem os círculos mágicos seria uma forma eficaz de
evitar que a informação se espalhasse.
“Esta viagem está muito boa, mas chefe, você está realmente bem agora?”
Aparentemente, Geese estava preocupado. Seu rosto de macaco estava franzido enquanto ele
olhava para mim.
“Estou bem?”
Seus lábios se contraíram. "Você realmente não, não... Mas, bem, você parece melhor do que
antes."
"Bem, então estou bem agora."
Para ser honesto, eu ainda não estava nada bem. Graças a Roxy, pelo menos consegui me
levantar do chão. Mas eu tinha dúvidas se conseguiríamos realmente fazer a jornada de volta para
casa.
Virei-me para Lília. “Como está minha mãe? Estaremos viajando por um deserto por
meio mês. Você acha que ela pode lidar com isso?
“Não tenho certeza, mas assumirei a responsabilidade de cuidar dela ao longo do caminho.”
"Eu agradeço."
Lilia parecia séria ao declarar suas intenções. eu tinha certeza que faria
ser capaz de ajudá-la em sua tarefa também. Se houvesse um problema com a resistência do
Zenith, poderíamos simplesmente diminuir o ritmo.
Geese disse: “Se você está preocupado, vamos comprar uma carroça”.
“Você percebe que teremos que nos livrar dele em algum momento?” Elinalise apontou
fora.
“Ah, quem se importa? Estamos nos afogando em dinheiro agora.”
Enquanto eu estava mergulhado em tristeza, Geese e os outros contrataram algumas

pessoas para entrar no labirinto com eles e coletar os itens mágicos localizados na câmara do tesouro
além da sala da hidra. O Labirinto de Teletransporte era um lugar antigo e inúmeros aventureiros
perderam suas vidas lá, então

itens mágicos abundavam. Eles também retiraram as escamas da criatura – ou melhor, as

pedras mágicas que estavam coladas em sua pele. Estas eram pedras que poderiam absorver
mana. Vender tudo isso nos rendeu uma fortuna colossal.
“Estamos levando o que podemos de volta para Asura para vender”, disse ele, mostrando
para mim uma bolsa cheia de pedras mágicas e acessórios como pingentes e anéis.
Paul havia morrido e eu estava de luto, mas Geese estava preocupado em como ganhar
mais dinheiro. Só o pensamento me irritou um pouco. Mas, pelo bem do nosso futuro, pelo menos por
outra coisa, seria tolice não recuperar o que pudéssemos. O dinheiro era essencial e, pelo
menos assim, todos eram reembolsados pela ajuda prestada. O julgamento de Geese estava
correto.
Além disso, considerando que eu tinha caído em depressão e não tinha feito nada, não
era como se eu tivesse condições de dizer alguma coisa. Eu tinha certeza de que Geese teria
obedecido, embora com relutância, se eu tivesse dado a ordem para voltarmos para casa no dia
seguinte.
“Eu dei sua parte para Lilia”, ele me informou.
Os outros se reuniram e decidiram como dividir o dinheiro sem mim.

Eles me deram uma parcela enorme, em parte porque eu também recebi a parte de Paul, mas
também porque Talhand dividiu metade da dele comigo, dizendo: “Eh, eu não fui muito útil desta
vez, então aqui”. Vierra e Shierra, também reconhecendo o quão difícil seria para nós
agora que Paul se foi, dividiram cada um o seu com Lilia. Lilia pretendia me dar todo esse dinheiro.
Na minha opinião, todos fizeram o melhor que podiam, então senti que deveriam fazer a
sua parte. Mas, bem, eu não iria olhar na boca de um cavalo de presente. Era verdade que as
coisas sem dúvida ficariam mais difíceis a partir daqui
Para fora.
“Também fizemos uma varredura completa na área final, mas nunca encontramos nenhuma
pista do motivo pelo qual Zenith foi parar lá.” Gansos encolheu os ombros.
“Nada, hein? Bem, obrigado por olhar”, eu disse.
“Não, não foi nada.”
Não tínhamos ideia do que fez com que Zenith ficasse preso naquele cristal.
Mesmo que descobríssemos o motivo, não havia garantia de que isso levaria a

sua recuperação. De qualquer forma, o tratamento teria que esperar até voltarmos para
casa.
“Gansos, posso confiar os preparativos para nossa partida a você e

Senhorita Elinalise?
“Sim”, disse Geese.
“Muito bem”, disse Elinalise.
Eu tinha certeza de que poderia confiar neles para fazer isso.
Planejamos nossa viagem nos mínimos detalhes. Eu conhecia o caminho e

todos aqui eram viajantes experientes, mas eu não queria que perdêssemos mais
ninguém, então procedi com cautela. Traçamos uma rota que nos permitiria evitar os
bandidos que encontramos no caminho até aqui. O caminho era um pouco desviado,
mas isso não seria problema.
Fiquei preocupado com a Zenith, mas o problema foi rapidamente resolvido.

Geese comprou uma carruagem individual puxada por um animal que lembrava um tatu.
Parecia que tinha sido projetado especialmente para viagens no deserto.
Gansos se saíram bem.
O “tatu” era aparentemente um animal domesticado que vivia em

os confins orientais do continente Begaritt. Parecia caro e um desperdício comprar
um e descartá-lo mais tarde, mas como diz o ditado, não se pode fazer uma omelete sem
quebrar alguns ovos.
Ainda assim, se estivéssemos indo tão longe, poderíamos muito bem trazer
a fera através do círculo de teletransporte e levá-la para casa conosco. Contanto que
pudéssemos passar pelas escadas, tudo bem. Embora se ele morresse devido às
diferenças climáticas quando chegássemos ao outro lado… Não, ele morreria com certeza
se o deixássemos no deserto. Poderíamos muito bem devolvê-lo e vendê-lo a alguém que
tenha afinidade com esses animais.
Assim, nossos preparativos foram concluídos e partimos.
A viagem transcorreu sem problemas. Passamos facilmente pelos bandidos.

Encontramos alguns monstros ao longo do caminho, mas com o nosso número, eles não
representavam perigo. Tínhamos dois guerreiros, dois mágicos, um mago guerreiro e um
curandeiro. Havia uma diferença distinta no poder entre cada

pessoa, mas estávamos bem equilibrados. Embora estivéssemos sentindo falta de

um espadachim que deveria estar fazendo essa jornada conosco...
Viajar sem a mão esquerda revelou-se mais inconveniente do que eu imaginava. Não
doeu, mas muitas vezes eu tentava usá-lo sem pensar, apenas para que meu braço golpeasse o
ar vazio. Muitas coisas se mostraram difíceis sem as duas mãos. Felizmente, Roxy estava lá
para ajudar todas as vezes. Desde aquela noite, ela estava colada a mim, me apoiando. Ela
adquiriu o hábito de caminhar para a minha esquerda. Então, sempre que alguma coisa
acontecia, ela estava lá para ajudar. Quase como um amante.
“…”
Eu era denso. Eu disse a mim mesmo que não estaria, mas estava. Mas mesmo eu não
pude deixar de perceber neste momento: Roxy tinha sentimentos por mim.
“Hum, professor?” Chamei por ela uma noite, quando estávamos ambos de guarda.
Havia um fogo crepitante diante de nós e ela sentou-se ao meu lado. Todos os outros
estavam dentro do abrigo, dormindo. O abrigo era resistente o suficiente, mas ainda
mantínhamos uma vigilância de duas pessoas em turnos, só por segurança.
“Sim, o que é, Rudy?”
Roxy estava sentada perto. Bem ao meu lado, na verdade, com o corpo dela pressionado
contra o meu. Pude sentir a suavidade e o calor dos seus pequenos ombros através do tecido do
seu roupão. Quase como se fôssemos amantes.
Quero dizer, fizemos algo que os amantes fazem. A noite que passei com ela, apoiando-
me nela, entregando-me à sua bondade, poderia ter levado ao mal-entendido de que éramos
amantes. Ou pelo menos, isso poderia ser o que ela queria.
Eu me perguntei se ela sabia que eu era casado. Talvez ela não tenha feito isso. Eu não
achava que ela seria tão ousada sobre seu afeto se soubesse.
Não, o problema não era Roxy. Foi comigo. O que eu estava fazendo certo
agora estava trapaceando. Jurei fidelidade a Sylphie, mas aqui estava eu, quebrando esse
voto. Talvez fosse melhor deixar as coisas claras para ela, como: “Obrigado, mas estou bem
agora. Vamos terminar as coisas aqui porque, caso contrário, seria apenas desrespeitoso com
minha esposa.”

Desde que conheci Roxy depois de vir a este mundo, confiei em

ela muito. Ela me ensinou magia e linguagem. De certa forma, eu só consegui fazer
amizade com Zanoba por causa dela. Sylphie foi quem curou minha disfunção erétil, mas nos
três anos seguintes, Roxy foi uma fonte de apoio mental para mim. Eu devia muito a ela.
Além disso, ela chegou ao ponto de usar seu corpo para me confortar dessa vez.
Mesmo sendo a primeira vez, ela se ofereceu para me ajudar, para me tirar da escuridão em
que estava mergulhado. Quando eu estava mais fraco, de joelhos, ela estendeu a mão
para mim. Mesmo agora, ela estava mantendo seus verdadeiros sentimentos para si mesma
para me ajudar.
Então, como seria deixá-la de lado depois que tudo acabasse? Isso não foi
terrivelmente desrespeitoso?
Não suficiente. Não há mais auto-apaziguamento. Falar sobre boas maneiras ou

como ela me salvou — eram todas desculpas. Eu adorei a Roxy. Isso mesmo, eu a amava.
Se você me perguntasse o que eu mais amava entre ela e Sylphie, não saberia responder.
Meu amor por cada um deles era diferente, mas igual.
É por isso que eu estava vacilando aqui mesmo, neste momento. Um momento
em que amei Sylphie, mas amei Roxy também. Mas foi a Sylphie a quem jurei fidelidade.
Embora eu tenha quebrado esse juramento, uma promessa ainda era uma promessa,
mesmo que já tivesse sido quebrada antes.
Sim, tudo bem, Sylphie havia dito: “Não me importo se você trouxer uma
segunda mulher para casa”. Mas fui eu quem rejeitou essas palavras, jurando que só ficaria
com ela. Sylphie ficou muito feliz quando eu disse isso, sem sombra de dúvida. Eu não
poderia traí-la.
“Hum, você vê... a verdade é que na verdade sou casado e terei um filho em breve.
Então, me sinto mal por dizer isso, mas você poderia parar de fazer coisas para mim como
se fosse meu amante?
Seu ombro deu uma sacudida. Então ela murmurou: “Eu já sabia que você estava
casado. Tive notícias da senhorita Elinalise.
"Ah, você fez?"
Então ela sabia e ainda estava agindo assim. Então isso deve significar…
Espere, o que exatamente isso significa?

“Está tudo bem, eu entendo. Não há nada com que você se preocupe.
Fui eu quem se aproveitou de você quando você estava se sentindo fraco”, ela continuou,
seu tom completamente neutro. “Além disso, eu sei que em circunstâncias normais
você nunca se envolveria com alguém tão pequeno e desagradável quanto eu.”
“Pequeno e desagradável? Isso é um absurdo”, protestei.
“Você não precisa me confortar, estou perfeitamente ciente de minha aparência.”
É verdade que o corpo dela pode ser pequeno. Ela não tinha curvas e era magra como
um pedaço de pau. No departamento feminino, ela provavelmente perderia para Sylphie. Mas
você também pode dizer que ela simplesmente tinha o corpo de uma loli, e eu era do tipo que
apreciava isso.
"Não se preocupe. Não pretendo invadir sua vida. Serei apenas sua mão esquerda
durante toda esta viagem. Apenas me ignore quando tudo acabar e, em vez disso, cuide de
sua esposa”, disse Roxy, olhando hesitante para mim.
"Tudo bem."
“…”
Mas ainda assim, ela realmente me salvou. Não fazer nada em troca não poderia ser
certo. "Você me permitiria retribuir, pelo menos?"
"Me retribuir, você disse?" Roxy pareceu surpresa.
“Sim, se houver algo que eu possa fazer, basta dizer. Qualquer coisa."
Seus olhos vacilaram.
Ah, merda. Talvez eu tenha dito a coisa errada. “Qualquer coisa” não estava bem.
Qualquer coisa foi exatamente o que ela fez para me ajudar.
“Hum, bem, então...” ela começou.

"Sim?"
“…Então você ouviria minha desculpa? Tudo que você tem a fazer é ouvir."
Uma desculpa? Uma desculpa para quê?
“Claro, tudo bem”, eu disse. "Vá em frente."
Roxy ficou quieta por um curto período depois disso, mas finalmente as palavras vieram
escorrendo, um após o outro. “Eu… me apaixonei à primeira vista.”

"Com quem?"
"Huh?" Roxy ficou igualmente confusa com a minha pergunta.
“Não me diga que você se apaixonou pelo meu pai?”
“Não, de jeito nenhum! Com você, Rudy, quando você me salvou naquele
labirinto.”
Quando nos reunimos? Naquela época, ela me tratava como uma completa estranha
que eu não conseguia nem controlar minha náusea. Eu a abracei do nada e depois vomitei.
Não vi nada que valesse a pena cair ali. Achei que os sentimentos dela haviam se
desenvolvido depois disso.
“Você dificilmente pode me culpar”, disse ela. “Eu estava às portas da morte, prestes
a abandonar toda esperança, e esse jovem bonito e arrojado apareceu e me salvou. Qualquer
um ficaria abalado com isso.”
"Eu sou bonito?"
Roxy assentiu. “A própria imagem do meu parceiro ideal.”
Realmente? Seu parceiro ideal? Eu tive que me impedir de sorrir.
“Durante todo o tempo que exploramos aquele labirinto, fiquei olhando para o seu
rosto”, disse ela.
“Pensando bem, nossos olhos se encontraram bastante. Mas você sempre se

afastou imediatamente.”
“Isso porque, bem...” Roxy hesitou. “Qual é, é constrangedor olhar nos olhos de
alguém tão bonito quanto você.”
Então ela ficou envergonhada?
“Achei que era impossível”, disse ela. “A senhorita Elinalise e os outros estavam
conversando no bar. 'O que Rudy vai fazer depois do que aconteceu com Paul' — esse tipo
de coisa. A senhorita Elinalise e o senhor Geese disseram que você ficaria bem, que poderia
se levantar sozinho. Mas me lembrei do tempo que passamos juntos em Buena Village.”
Suas palavras continuaram vindo. “Lembrei-me de ver você e o senhor Paul

aproveitem seu treinamento de espada juntos. Vocês dois se davam muito bem naquela
época. E então de repente me lembrei de outra coisa: a primeira vez que você andou a
cavalo. Naquela época, você estava tão apavorado. Seu corpo estava tão tenso e você não
conseguia se mover. Eu pensei comigo mesmo, ahh, esse garoto é tão maduro e

tem muito talento, mas na verdade ele é muito fraco.
“Então me lembrei de todas as suas interações com Paul. Desde quando vocês treinaram juntos
no passado, até suas brincadeiras no labirinto. E eu vi como você estava deprimido, como você estava
apático, e lembrei que você é muito mais fraco do que parece. Parecia que Paul significava muito mais
para você do que qualquer um imaginava. Agora que você o perdeu, tive medo de que você afundasse
tanto na depressão que não conseguiria se recuperar sozinho.
“Claro, não pensei que seria eu quem ajudaria você a se levantar. Ouvi dizer que você tinha
alguém que amava. Eu tinha certeza de que essa pessoa teria o poder de reconstruí-lo caso você se
sentisse quebrado. Mas você precisava deles mais do que nunca naquele momento, e eles não estavam aqui.
Eu senti como se alguém tivesse que te salvar. Mas a senhorita Elinalise e o senhor Geese simplesmente
planejavam deixá-la em paz, e a senhorita Lilia estava muito ocupada cuidando da senhorita Zenith. Então
pensei: só eu posso fazer isso.
“Tenho certeza de que isso deve soar como uma desculpa, mas eu não pretendia que isso acabasse.
tão longe no início. Tive a sensação de que você me respeitava, mas sou pequena e pouco atraente. Não
tenho ideia de quem é sua parceira, mas tenho certeza de que ela deve ser uma beleza se for parente da
senhorita Elinalise. Nunca pensei que haveria uma chance de você olhar para mim da mesma maneira, mas
ignorei isso, pensando que estaria tudo bem, desde que eu fizesse algo que pudesse ajudar.
“Mas então, quando você de repente me agarrou e eu vi seu rosto de perto... eu simplesmente,
não pude deixar de pensar, talvez eu tenha uma chance. A senhorita Elinalise e os outros tinham acabado de
falar sobre como o sexo poderia animar os homens quando eles estavam deprimidos. Então, pensei, talvez
até eu consiga fazer isso. Eu não pude evitar. Eu te amo."
As lágrimas de Roxy começaram a cair uma após a outra. O momento que eu vi

eles, a dor percorreu meu peito como se meu coração estivesse sendo arrancado.
“Foi cruel”, ela engasgou. “Meus sentimentos por você eram óbvios, mas
ninguém me contou sobre você ser casado até muito depois do fato. Não foi justo.
Eu me perguntei a quem essas palavras foram dirigidas. Eu não, pensei, então

talvez Elinalise? Mas era verdade que eu não tinha contado a ela sobre meu casamento. Não havia
nenhuma razão especial para isso – simplesmente não tinha surgido. Se ela fosse culpar alguém, eu seria
igualmente responsável.

Ainda assim, se nossos papéis fossem invertidos... se eu tivesse me reunido

com Sylphie, ela me salvaria, e eu me apaixonaria por ela, então comecei a fazer
aberturas românticas apenas para descobrir que ela já tinha outro parceiro... Bem, eu
certamente ficaria chocado. Não, não havia dúvida sobre isso. Eu definitivamente estaria.
“Um, Teacher?”
Queria que Roxy fosse recompensada pelo que fez. Ela deveria ser
recompensada.
"O que é?" ela perguntou.
Mas o que eu deveria fazer? O que eu poderia fazer para recompensá-la? Como
eu poderia realizar sua realização sem trair Sylphie?
“Hum, pelo menos, por que não realizamos seu desejo enquanto fazemos
esta viagem? Serei seu amante até voltar para casa, e então...
E então o que? Isso não resolveria nada. Eu sabia disso. Isso não ajudaria nenhum
de nós. Eu estaria apenas traindo Sylphie. Seria apenas temporário e foi a pior proposta
que eu poderia ter feito.
Uma longa pausa e então: “Essa é... uma ideia incrivelmente atraente.” Roxy
apertou meu braço com força. Então, levemente, ela bateu a mão na minha bochecha.
“Mas, por favor, pare com tudo isso. Você não precisa fazer nada.”
"…Tudo bem."
Eu não tive que fazer nada. Se Roxy concordasse com isso, então eu
faça o que ela pediu. Eu tinha feito tudo o que ela me disse para fazer até agora e
continuaria a fazê-lo.
É isso que você quer, certo, professor?
***
Chegamos ao Bazar em pouco mais de um mês.
Chegando lá, compramos alguns souvenirs, como vidros, para Sylphie

e os outros. Uma dessas peças era uma garrafa de vidro com um formato interessante e
um acessório de cabelo de vidro vermelho com um brasão tribal. Rezei para que eles não
quebrassem na viagem para casa.

Depois disso, compramos um pouco de arroz. Arroz de semente, claro. Eu não tinha certeza
de que cresceria bem em casa, mas queria tentar. Se isso falhasse, eu sempre poderia comê-lo
como está.
Naquela noite, Elinalise levou as mulheres do grupo para beber.

Uma daquelas festas só para meninas, eu acho. Não que alguma delas fosse jovem o
suficiente para ser considerada menina. Lilia foi a única que recusou, por ter que cuidar de Zenith.
O resto, incluindo Roxy, acompanhou Elinalise. Geese e Talhand não participaram, é claro, mas
inventaram suas próprias desculpas para sair.
Fiquei para ajudar Lilia e cuidar de Zenith. Minha mãe podia andar, comer,
e ia ao banheiro, mas ela mesma não falava ou fazia nada proativamente. Ela era quase como
uma máquina, executando os comandos que lhe eram dados. Ocasionalmente ela olhava em
minha direção — não dizia uma palavra, apenas olhava. Talvez ela sentisse alguma conexão
comigo porque éramos parentes de sangue? As chances de algo fazer com que sua memória
voltasse eram... bem, quase nulas.
Eu me perguntei o que Paul faria se estivesse aqui. Verdadeiramente, eu me perguntei.

Certamente, ele faria um bom trabalho. Ou talvez ele não quisesse. Talvez ele falhasse.
No meio da noite, Roxy veio me ver, absolutamente arrasada.

Aparentemente, ela contou tudo a Elinalise, deixando todo o seu ressentimento reprimido se
espalhar. De sua parte, Elinalise devia se sentir em conflito. Ela disse que Roxy era sua amiga mais
querida. Ela tinha que querer apoiar a vida amorosa de Roxy, mas não às custas do casamento da
neta. Imaginei que isso a colocaria em uma situação difícil.
Roxy bateu com os pequenos punhos no meu peito e depois voltou para seu quarto de
dormir.
No dia seguinte, chegamos à borda do Grifo. Normalmente, uma carruagem

não consegui subir, mas usei minha magia para forçá-lo a subir na saliência.
No primeiro dia, o tatu se encolheu ao sentir o cheiro dos Grifos e parou no meio do
caminho. Eu me perguntei se teríamos que voltar atrás e deixá-lo no Bazar, mas assim que
derrotamos o monstro agressor e ele viu Geese devorar a carne do inimigo bem na frente dele,
o tatu pareceu sentir que era seguro e começou a brincar alegremente. siga em frente.

De acordo com Geese, esse foi um truque que ele aprendeu com um de seus amigos demônios.
Ao derrotar e comer o predador natural de um monstro bem na frente dele, você incutiu em sua cabeça a
ideia de que seu próprio grupo era superior em força ao do predador. Quando perguntei se o
homem que lhe ensinou isso tinha cara de lagarto, Geese apenas riu e disse: “Então você o conhece?
Deveria ter imaginado que você faria isso, chefe.
Demorou um dia inteiro atravessando a saliência antes de chegarmos ao

deserto. A partir daí, foram mais três dias para atravessar a tempestade de areia. Quando
usei minha magia para interrompê-lo, Roxy disse, com a voz tingida de ciúme: “Então sua magia da terra
também é de nível Santo. Incrível."
Houve uma abundância de monstros depois disso, então prosseguimos com

extrema cautela, apesar de termos tido muita gente ao longo deste tempo, incluindo vários
veteranos. Mesmo que um ou dois de nós estivesse em apuros, outra pessoa poderia imediatamente
ajudar. Nós até esmagamos o Sand Garuda, com o qual evitamos enfrentar no caminho. Depois disso
veio um lagarto gigante parecido com um T-rex, que derrotamos da mesma forma.
Eu temia que os Sandworms ao longo do caminho pudessem representar uma ameaça real, mas
Geese foi capaz de farejar todos eles. Aparentemente, havia um truque nisso.
Segundo ele, havia uma crista fina em formato de rosquinha no solo onde estavam localizados. Contanto
que você examinasse cuidadosamente o terreno em busca daquela cordilheira, você poderia identificar
seus esconderijos imediatamente. Dito isto, o deserto não era exatamente plano. Houve muitas
ocasiões em que não consegui identificar corretamente as cristas, provavelmente em parte devido
à minha falta de experiência.
As Súcubos também nos atacaram, mas nós as dispensamos facilmente, já que nossos
festa era composta majoritariamente por mulheres. Geese e eu fomos consumidos por seus
feromônios, mas pelo menos tínhamos magia de desintoxicação para combatê-la. Meus verdadeiros
sentimentos surgiram em um ponto, me fazendo tentar ir atrás de Roxy... mas por outro lado foi tranquilo.
O que mais me chocou foi que Talhand não foi afetado de forma alguma
por eles. Ele bufou e disse: “Claro que não funciona comigo”.
Acho que um corpo são leva a uma mente sã, afinal. Incrível!
Chegamos às ruínas. Exatamente como havíamos planejado, todos, exceto Elinalise,

estavam vendados do lado de fora. Shierra se preocupou um pouco com isso, mas Vierra

a convenceu e pudemos prosseguir sem problemas. As vendas em si serviam

pouco mais que para paz de espírito, mas enquanto não vissem os círculos, não
saberiam o que havia acontecido.
Quanto à carroça, deixamos para trás. Não conseguiu passar pela
entrada. Certamente Zenith poderia passar a próxima semana a pé. Agora que
chegamos até aqui, eu nem me importava se a última etapa da nossa jornada
demorasse um pouco mais.
O tatu conseguiu passar pela entrada, então o trouxemos conosco. Eu não tinha
ideia se o clima em casa concordaria com isso, mas tinha que ser melhor do que
deixá-lo aqui para outros monstros se banquetearem.
Geese e os outros ficaram surpresos quando removeram as vendas.
e descobriram que o cenário ao seu redor havia mudado completamente. Passamos
de estar cercados por um deserto para estarmos bem no meio de uma floresta. O
choque deles era compreensível. Eu os avisei estritamente para nunca falarem sobre
como chegamos aqui, mesmo que conseguissem adivinhar como havíamos feito
isso.
Foi assim que saímos do Continente Begaritt. Só mais um pouco e eu

estaria em casa.

Capítulo 13:
Retornar
A NEVE CAIU levemente nos Territórios do Norte.
Fazia aproximadamente quatro meses desde que parti pela primeira vez. O outono e
a estação de acasalamento dos homens-fera já haviam passado há muito tempo, levando a um
longo inverno. Havia neve até os tornozelos, mesmo no meio da floresta. Se tivéssemos
chegado aqui um mês depois, a neve teria chegado até meu peito, dificultando a viagem até a
Sharia.
“A senhorita Elinalise e eu iremos na frente”, eu disse.
Se algum monstro aparecesse, derrotaríamos todos eles. Mana não era uma
problema. Zenith caminhava sem queixas de exaustão. O tatu estava tremendo, mas ficaria
bem desde que eu o aquecesse com minha magia ocasionalmente.
Está tudo bem, pensei comigo mesmo enquanto avançávamos.
Uma noite, Elinalise e eu estávamos de vigia juntas.
“Rudeus, há algo que eu quero falar com você,” ela deixou escapar
de repente. Eu já podia sentir vagamente qual seria o conteúdo daquela conversa.
Roxy, sem dúvida.
Sentei-me bem na frente dela, com as pernas cruzadas debaixo de mim – a

postura perfeita para me prostrar diante dela se ela começasse a me condenar. Elinalise sentou-
se mais confortável no chão.
Eu me perguntei como ela expressaria sua raiva. Ela me atacaria por

desrespeitando Sylphie? Ou ela iria me repreender por dormir com Roxy?
Mas ela não fez nenhuma das duas coisas.
“Rudeus, você não é um seguidor de Millis, é?”

"Huh…?"
Eu não entendi o que ela quis dizer, mas sabia que só havia
uma pessoa que eu poderia chamar de Deus. Isso não mudou desde que eu era pequeno.

“Eu não estou,” eu disse finalmente.
“Eu não pensei assim. Sylphie também não, não é?
"Não, ela não deveria estar."
Sylphie não era religiosa. Na verdade, o único seguidor devoto de Millis que
conheci foi Cliff. Ele tinha um amuleto da igreja pendurado no pescoço e, uma vez por
semana, assistia a algo semelhante à missa na igreja. Sylphie não usava esses símbolos de
Millis e não ia à igreja. Talvez Cliff fosse uma comparação ruim – era possível que ela tivesse
fé, mas eu nunca a ouvi dizer isso, se fosse o caso.
“Meu Cliff é um crente convicto”, disse ela.
“Ele com certeza é,” eu concordei imediatamente, tendo pensado nele também.
“Você sabia que a religião Millis rege que um homem só pode ter uma única
esposa?”
"Assim parece."
Elinalise continuou: “É um decreto antiquado, que diz que um homem deve amar
sua esposa pelo resto da vida. Ainda assim, é muito bom receber tanto carinho.”
Isso parecia certo. Eu não tinha dúvidas de que era bom amar alguém
com todo o seu ser e ser amado da mesma forma em troca. Meu coração vacilante
e traiçoeiro, por outro lado, vagou para Roxy.
Eu a amava. Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Mas também me lembrei de
como fiquei infeliz quando tive disfunção erétil. Sylphie foi quem me curou e trouxe a
felicidade de volta à minha vida, então eu queria retribuir a ela com um amor que a
preenchesse em troca. Esses sentimentos eram igualmente fortes.
“No entanto, Rudeus,” Elinalise começou.

"Sim?"
"Eu sou diferente. Não acho que amar vários parceiros ao mesmo tempo seja errado.”
“Não estou surpreso em ouvir você se sentir assim, mas isso não é falso?” Perguntei.
Elinalise apenas balançou a cabeça. “Se você deixasse Sylphie de lado, isso
seria uma coisa. Mas contanto que você a ame como deveria, não é

insincero."
“Se você tem duas pessoas para amar, isso significa que o tempo que você pode dar a
cada uma delas será reduzido pela metade, certo?”
“Não é como se vocês ficassem juntos o dia todo, certo? Não será
dividido pela metade. Pode ser um pouco menos do que era antes, mas é isso.”
Então, arranjar um segundo companheiro não seria problema mesmo que o carinho que
dei ao meu primeiro companheiro fosse reduzido por causa disso? Os humanos podem ser alheios
aos aumentos emocionais, mas bastante sensíveis até mesmo às reduções mínimas. Seria
terrível se Sylphie começasse a pensar que meu amor por ela estava diminuindo.
“Tente pensar no passado. Depois que Paul se casou com Lilia, Zenith ficou infeliz?
Feliz ou infeliz – senti que esse não era realmente o problema aqui. No entanto
agora que ela mencionou isso, era verdade que Zenith não estava particularmente infeliz. As
coisas eram as mesmas de antes. Na verdade, ela estava ainda mais próxima de Lilia do
que antes e parecia ainda mais feliz por isso. Paul pode ter ficado infeliz, visto que de repente
ele foi alvo dos ataques de ambas as esposas, mas... talvez isso fosse uma espécie de felicidade
por si só. Um que nunca mais voltaria.
“O que exatamente você quer dizer?” Perguntei. Lembrar que Paul trouxe a dor
borbulhando de volta. A situação só poderia piorar se continuássemos a falar sobre ele. Eu só
queria ouvir qual era o ponto de vista de Elinalise.
“Tome Roxy como sua esposa. Você a ama, não é?
Eu congelo. "Você está falando sério agora?"
“Sim, claro que estou.”
“Senhorita Elinalise, está tudo bem para você dizer? Você é da Sylphie
avó. Você não deveria estar zelando pela felicidade dela?
Não que eu tivesse o direito de culpá-la. Fui eu quem teve um caso; aquele que
quebrou meu juramento a Sylphie e dormiu com Roxy. Esse facto permaneceu inalterado,
independentemente das circunstâncias. E ainda assim, peguei um tom acusatório.
“Sim, posso dizer isso. Ninguém mais poderia dizer isso além de mim”, disse
ela com altivez enquanto olhava para mim. “Sei que não deveria dizer isso assim, mas antes de
ser avó de Sylphie, era amiga íntima de Roxy.”

Por um momento não entendi o que ela quis dizer. Então percebi que ela estava falando
sobre a ordem em que eles se conheceram. Elinalise conheceu Roxy primeiro e depois encontrou
Sylphie.
“Honestamente, não suporto olhar para Roxy do jeito que ela está agora. Ela anseia por se
lançar no relacionamento e se apoiar em você, mas está se forçando a recuar, só porque te
conheceu tarde demais.
Eu me senti mal por Roxy quando ela colocou isso dessa maneira... mas também me
senti mal por Sylphie quando olhei para isso da perspectiva dela.
“Se vocês se separarem mal, não tenho dúvidas de que ela levará uma vida miserável.
É possível que algum idiota se aproveite dela, a trate de maneira terrível e depois a venda como
garantia de seus empréstimos não pagos, fazendo com que ela acabe tendo o filho de um
homem que ela nem conhece.
“Isso não está indo longe demais?” Eu perguntei desconfortavelmente.

“Conheço uma mulher que levou uma vida assim.”
Ela falou tão francamente que me perguntei por um momento se ela estava falando de
sua própria experiência pessoal.
Elinalise continuou: “Quero que Roxy seja feliz, mesmo que essa felicidade venha com
condições”.
“Quero dizer, eu quero a mesma coisa.”
“Rudeus, eu sei que você consegue. Você pode amar Sylphie e Roxy apenas
mesmo. Afinal, você é filho de Paul. Você deveria ser capaz de fazer isso.
Eu poderia mesmo? Talvez. Não, definitivamente. Eu amei os dois igualmente. Eu fiz e

pude. Mas estava tudo bem? Estava certo dizer isso — ser tão egoísta?
Não. Estes foram apenas os sussurros do diabo. Eu não conseguia ouvi-los.
“Não, Sylphie é minha única—”
“Eu não planejava dizer isso”, Elinalise interrompeu, levantando a voz. Seu tom ficou
mais baixo novamente enquanto ela continuava: — Mas quando bebemos juntos no Bazar, Roxy
me disse que sua visita mensal ainda não tinha chegado.
"Huh?" Visitante mensal…? Oh espere! Eu sabia o que era isso. Ah, mas…
isso significava...?

“Bem, ainda não há certeza”, acrescentou ela.
Tínhamos feito a escritura. Era possivel. Além disso, na noite em que eles ficaram
bêbados, ela veio e bateu no meu peito (embora fracamente). Talvez isso tenha sido um sinal?
Elinalise olhou para mim e disse: “Rudeus, se Roxy realmente estiver grávida de seu
filho, o que você fará?”
A pergunta dela evocou na minha cabeça uma imagem de Paul naquela época... quando
Lilia estava grávida de seu filho. Ele parecia tão lamentável. Fui eu quem o salvou naquela época,
quando ele estava indefeso. Agora, pensei que ele era um homem que merecia respeito. Mas isso
não significava que eu quisesse cometer os mesmos erros que ele cometeu.
“…Eu farei o que deve ser feito.”
"Qual é?" ela solicitou.
“Eu vou me casar com ela.”
Casar! No momento em que a palavra saiu da minha boca, senti como se meu coração
tivesse caído no estômago.
Eu amava Sylphie, mas também queria me casar com Roxy e fazer com que ela fizesse parte
da minha família. Eu não queria que mais ninguém a levasse. Eu queria torná-la minha. Foi
egoísta da minha parte. Eu disse a mesma coisa para Sylphie, engravidei-a do meu filho e
agora também desejava outra mulher. Foi imperdoável. Só um pedaço de lixo poderia pensar
do jeito que eu estava pensando.
Eu já havia dito o mesmo de Paul tantas vezes até agora — mesmo assim, o chamei de
pedaço de lixo —, mas eu também era um homem. Agora que eu tinha duas mulheres que
amava e queria, não poderia fazer o meu melhor para ter as duas, tal como Paul tinha feito? Talvez
Sylphie ficasse enojada comigo e Roxy me abandonasse. Mas não valia a pena tentar, mesmo
que eu perdesse os dois?
Ah, isso mesmo. Isso não dependia apenas de mim.
“Se Roxy e Sylphie concordam com isso é uma história diferente,” eu disse finalmente.
"De fato. Bem, vou buscar Roxy.

"Huh?"
Deixando-me com essas palavras, Elinalise imediatamente entrou em um dos

as tendas próximas.
Depois de alguns momentos, Roxy saiu sozinha. Ela não parecia nem um pouco
sonolenta. Em vez disso, ela olhou para mim com uma expressão nervosa no rosto. Talvez
Elinalise tenha dito algo para ela.
“Sobre o que você queria falar comigo, Rudy?” Ela sentou na frente
de mim, com as pernas dobradas sob ela. Segui seu exemplo e me endireitei.
O que eu deveria dizer? Tudo estava acontecendo tão rápido. Eu ainda não tinha
pensado nas palavras. Não, pensar não era necessário. Meus sentimentos por Roxy não
eram algo que eu precisasse pensar antes de falar.
“Hum, eu queria dizer isso há muito, muito tempo”, comecei.

"Sim?"
"Eu te amo, professor. Sempre fiz isso, desde muito, muito tempo atrás. E eu não
apenas amo você, eu respeito você. Você parece estar consciente do fato de que não pode
usar magia tão bem quanto eu, mas isso não importa para mim. Seus ensinamentos me
ajudaram inúmeras vezes. Eles são a única razão pela qual consegui chegar até aqui.”
O rosto de Roxy esquentou gradualmente. O meu provavelmente também estava

tingido de rosa. Falar cara a cara assim era embaraçoso.
"Bem, obrigado por isso."
“Mas, hum”, acrescentei, gaguejando, “uh, você vê, eu também tenho uma esposa”.
“Sim, eu ouvi.”
Foi realmente apropriado dizer: “Então, por favor, seja minha segunda esposa”?
Não era uma maneira egoísta de dizer isso? Mas não consegui pensar em uma maneira melhor de
girar isso.
O que devo fazer?
Eu só tinha que dizer isso. Não importa como eu girasse, meu pedido permaneceu o
mesmo. Eu estava sugerindo não terminar com Sylphie, mas sim tentar trazer Roxy para a
família sem primeiro procurar a opinião de Sylphie. Eu teria que obter a aprovação dela após o
fato. Esse era exatamente o tipo de coisa que um ser humano lixo faria.
Ainda assim, eu tinha que dizer isso agora. Roxy poderia se afastar se eu não o fizesse. Ela
era do tipo que partia imediatamente assim que o trabalho em questão era concluído. Se eu não parasse

ela agora, pode ser tarde demais.
…Suficiente. Se eu fosse me arrepender de não ter dito isso mais tarde, então deveria
deixar escapar agora. Mesmo que isso me tornasse um pedaço de merda.
“O nome da minha esposa agora é Sylphiette Greyrat, mas ela originalmente não tinha
sobrenome. Ela era apenas Sylphiette.”
Roxy assentiu. “Sim, foi o que ouvi.”
“Você se importaria de colocar seu nome Roxy Greyrat também?”
Ela pareceu desconfiada por um momento. Mas ela deve ter percebido o que eu quis dizer
no instante seguinte, porque colocou a mão sobre a boca. Roxy recuperou a compostura quase com a
mesma rapidez. “Eu agradeço por você dizer isso, de verdade. Mas você tem certeza de que não
deveria primeiro obter a aprovação de sua esposa?
Claro. Estávamos conversando sobre um completo estranho se tornar parte da nossa família –
eu absolutamente precisava consultar Sylphie. Eu também precisaria explicar isso para minhas irmãs
mais novas. Lília também.
“Eu preciso da aprovação dela”, admiti.
"Nesse caso…"
Ela iria me recusar. Parecia que Roxy queria que eu a escolhesse, e só ela, afinal. Assim que
esse pensamento surgiu na minha cabeça,...
“Nesse caso, pergunte-me novamente depois de receber a aprovação dela,”

Roxy disse com um olhar sério no rosto, a neve caindo ao redor
nós.
Por favor, pergunte-me novamente. As palavras ecoaram em minha mente. Senti meu
corpo esquentar ao registrar o fato de que ela não havia me rejeitado.
Aproximamo-nos da Cidade Mágica da Sharia.
Conversei com Lilia sobre Roxy também. Com sua habitual expressão impassível, ela apenas
disse: “Entendo, então. Muito bem." Não parecia que ela me julgou por isso, provavelmente porque
ela esteve na mesma posição que Roxy antes.
Não, não foi isso. Foi porque a noção de casamento monogâmico só existia em Millis. De
qualquer forma, tirei um peso dos meus ombros por ter feito minha promessa a Roxy e conquistado a
compreensão de Lilia. Tudo isso

O que restava era chegar em casa, explicar as circunstâncias da viagem para Sylphie e inclinar a
cabeça diante dela enquanto implorava pela inclusão de Roxy na família.
Eu ainda sentia o peso de saber que precisaria para explicar a situação de Paul e Zenith
para Aisha e Norn. Mas eles teriam que aceitar, como eu. Eu tinha certeza de que Norn reagiria com
raiva e me culparia, mas eu ainda faria isso. Eu não ia correr. Não importa como as coisas
acontecessem, eu não me arrependeria.
"…Arrependimentos?"
Só então, a ansiedade apareceu.
Essas foram as palavras do Homem-Deus. Ele disse que eu iria “me arrepender” de
alguma coisa.
É verdade que houve a morte de Paul, Zenith se transformando em uma casca e eu perdendo
minha mão esquerda. Eu perdi muito. No entanto, por incrível que pareça, não senti arrependimento. Eu
poderia agradecer a Roxy por isso.
Sim, parte de mim pensou: se eu tivesse sido mais forte, se eu tivesse aprendido a manejar
melhor a espada, se eu tivesse sido forte o suficiente para derrotar aquela hidra. Mas outra parte de
mim sentia fortemente que teria sido impossível de qualquer maneira. Minha aptidão para a batalha
não era das melhores. Eu não conseguia envolver meu corpo com aquela aura de batalha, nem sabia
como tentar. Você tinha que ser capaz de manipular sua aura de batalha para avançar como
espadachim. Além disso, a hidra era imune à magia. Mesmo se eu tivesse trabalhado diligentemente
para aprender feitiços Tier Monarca, eles teriam sido inúteis. Poderia ter havido alguma outra maneira,
mas o passado era o passado.
Foi por isso que não me arrependi. A morte de Paul me permitiu refletir sobre meu passado.
Eu preocupava as pessoas e lhes causava problemas, mas, no final das contas, havia algo de bom em
tudo isso. O que senti não foi arrependimento – foi tristeza. Apenas tristeza. Tristeza foi tudo
que carreguei comigo do Continente Begaritt.
Mas também foi por isso que me senti ansioso agora. Talvez aquilo de que eu realmente
me arrependeria ainda estivesse por vir. Por exemplo, talvez algo tenha acontecido com as irmãzinhas
que deixei para trás.
Lembre-se do que ele disse.

Ele mencionou isso e aquilo sobre Linia e Pursena. Isso significava

algo aconteceu com um deles então? Eu deveria ter solicitado a ajuda deles para resolver
algum tipo de problema aqui?
Ou – não me diga – aconteceu alguma coisa com minha esposa grávida...?
Essas eram as únicas coisas que poderiam me deixar com arrependimentos.
Apesar da minha apreensão, não conseguimos nos mover mais rápido. O clima
havia piorado e a neve estava aumentando rapidamente. Os outros pareciam imperturbáveis,
mas Zenith estava lutando. Usei minha magia da terra para criar um assento que pudesse
colocar nas costas e carreguei-a. O tatu parecia meio congelado.
Talvez devêssemos ter deixado isso para trás, mas já era tarde demais para isso.
Eu deveria pelo menos dar-lhe um nome para que não morra sem ele, decidi.
Dilo. Dillo era um bom nome. Faça o seu melhor, Dillo!
Levamos apenas cinco dias para chegar às ruínas quando estávamos a caminho
para Begaritt, mas demorava mais de dez na viagem de volta. Não demorou tanto , comparado
a todas as minhas aventuras até agora. E ainda assim, de alguma forma, parecia a etapa mais
longa de toda a viagem.
***
Chegamos à Cidade Mágica da Sharia.
Fui imediatamente para minha casa, sentindo meu ritmo acelerar.
“Ei, chefe, o que foi? Parece que você viu um fantasma. Você não deveria
lançar um pouco daquela coisa de desintoxicação em você mesmo? Gansos perguntaram com
preocupação.
Eu o ignorei e continuei meu avanço apressado.
“Ah, então esse é o centro da cidade, né? Devemos ir em frente e conseguir uma
pousada por enquanto? Não há como todos ficarmos na casa do Boss com tantas pessoas.”
Havia alguém falando atrás de mim, mas suas palavras não alcançaram meu

ouvidos.
“Ei, chefe, você está ouvindo? Chefe? Ei, Rudeus!”
Em algum momento, comecei a correr. Deixei todo mundo para trás e corri em direção
à minha casa – pelas ruas familiares pelas quais havia andado antes, em uma cidade onde
morava há mais de um ano. Aqueles por quem passei me olharam confusos, perguntando-
se qual seria a minha pressa, mas fui o mais rápido que pude, tropeçando,
completamente desequilibrado. Talvez a falta da mão esquerda estivesse impedindo
minha capacidade de correr suavemente.
Quando eu estava prestes a cair, alguém me agarrou e me segurou em pé.
“Para que toda essa pressa?”

Era Elinalise.
“É só...” comecei a dizer, procurando as palavras.
Ela esperou um momento antes de perguntar novamente: “O que é isso? Você está
em pânico há um tempo. Aconteceu alguma coisa?"
“Oh, não, hum, só tenho a sensação de que Sylphie está em apuros.”

"Em apuros? Com base no que?"
"Nada realmente."
Eu a afastei e comecei a andar apressado novamente. Eu queria aliviar essa

ansiedade o mais rápido possível. Minha casa ficava logo à frente. Se as coisas fossem como
deveriam ser, o estômago de Sylphie deveria estar pesado com um bebê e ela deveria estar
em casa. Ou talvez ela já tivesse dado à luz? Seria prematuro, se assim fosse. Se isso
tivesse acontecido, então talvez…?
Qualquer coisa menos isso. Algo mais. Eu só não queria mais nada de ruim
coisas aconteçam.
Cheguei em casa. A neve havia se acumulado, mas o lugar não parecia muito diferente
de quando saí. O número de árvores e vasos de plantas no jardim aumentou ligeiramente; um
produto do hobby de Aisha, presumi.
O lugar parecia mais bonito do que antes.
Peguei minha chave dos meus pertences e enfiei-a no buraco da porta.

porta e lutou para virá-la. O metal estava frio e minha mão tremia. A porta não
abria; a chave não girava.

“Tch.”
Estendi a mão para a aldrava. Parecia gelo na minha pele, mas bati várias vezes mesmo
assim.
“Tem certeza de que ainda não está aberto?” perguntou Elinalise atrás de mim.
Como ela sugeriu, tentei a maçaneta, virei e puxei, e ela veio

abrir.
Muito descuidado, pensei quando comecei a intervir.
Meus olhos imediatamente encontraram os de alguém no extremo oposto da sala,

tentando abrir uma porta.
“Ah, irmão mais velho?!”
“Aisha… todos estão seguros?”
"O que você quer dizer?" Intrigada, o olhar de Aisha passou entre mim e Elinalise –
agora ao meu lado – e depois atrás de nós. Quando a segui e olhei para trás, vi Roxy lutando
para recuperar o fôlego.
No momento, agarrei Aisha pelos ombros. Ela deve ter percebido que algo estava
errado, porque olhou para o ombro direito e seus olhos se arregalaram. Visivelmente chocada,
ela olhou entre meu rosto e minha mão.
"Huh? O que é isso? O que aconteceu com o seu...
“Vejo que você está seguro. E quanto a Sylphie?
"Huh? Ah, hum... ela está bem aqui?
Ao ouvir suas palavras, percebi que logo atrás de Aisha, parecendo igualmente
confusa... estava Sylphie. Seu estômago dobrou ou talvez triplicou de tamanho.
Até seus seios estavam um pouco inchados. Ela estava com cerca de sete ou oito meses,
provavelmente já produzindo leite materno... não, isso não importava agora.
"Rudy, o que é isso?" ela perguntou.
“Sylphie, você está bem? Nada aconteceu?
"Huh? Não, todos têm sido maravilhosos comigo e Aisha tem feito o possível para
ajudar também.”
Então Sylphie estava bem? Sim, eu pude ver isso.

“E quanto a todo mundo?” Perguntei. “Norna? São Linia e Zanoba

e o resto seguro?”
"Huh? Seguro? Nada aconteceu aqui”, disse ela, ainda confusa.
“Ninguém ficou doente ou ferido?”
“N-não, nada digno de nota...” Sylphie parecia totalmente perplexa, como se não tivesse
ideia do que eu estava falando.
Vendo aquela expressão, percebi... realmente não havia nada de errado.
“Hum, irmão mais velho?”
Quando percebi isso, o rosto de Aisha estava se elevando sobre mim. Rapaz, ela
com certeza havia crescido. Não, espere, eu simplesmente caí no chão.
“Ok...” eu respirei.
A tensão deixou meu corpo.
No final, o arrependimento de que o Homem-Deus falou foi o arrependimento em torno

A morte de Paul e a morte de meus pais na minha vida anterior. O resto da minha ansiedade foi
uma preocupação desnecessária.
“Haah...” Quando isso ocorreu, soltei um enorme suspiro de alívio. "Graças a Deus."
Sylphie gradualmente se aproximou e apoiou a mão no meu ombro. Eu podia sentir

seu calor espalhando-se pelo tecido do meu roupão. Ela imediatamente se ajoelhou e gentilmente
passou os braços em volta de mim. Coloquei a minha em torno dela também – embora
desajeitadamente, sem minha mão esquerda – e apertei. Seu cheiro familiar encheu meu nariz.
“Bem-vindo ao lar, Rudy.”
Havia tanta coisa que eu precisava contar a ela — sobre Paul, sobre Zenith, sobre
Roxy. Eu também precisava receber em minha casa aqueles que havia deixado na praça.
Afinal, eu vim até aqui sozinho. Eu entrei em pânico demais. Nada aconteceu. Eu deveria ter
aproveitado meu tempo com os outros.
Mas havia algo que eu precisava dizer primeiro, antes de fazer qualquer coisa assim.
"Estou em casa."
Eu voltei.

Capítulo 14:
Relatório
As coisas correram frenéticas depois que voltei. Primeiro, Aisha correu para
busque Norn na escola. Roxy, por consideração ou porque parecia muito estranho permanecer
aqui, saiu para resgatar Geese e os outros.
Elinalise parecia ansiosa para correr para o lado de seu amado Cliff, mas resistiu à tentação.
Enquanto esperávamos que todos se reunissem aqui, passei o tempo perguntando

a Sylphie sobre o que havia acontecido desde que saí. Eu tinha certeza de que ela não queria
nada mais do que saber como tinha sido minha aventura, mas ela não reclamou enquanto
contava os acontecimentos durante minha ausência.
Sua gravidez estava indo bem. Segundo o médico,

a criança provavelmente nasceria na hora certa. Quanto aos outros, aparentemente
estavam bem. Houve um pequeno incidente na escola há alguns dias, mas Nanahoshi o resolveu.
Algo deve ter mudado nela se ela estava se esforçando para ajudar as pessoas deste mundo.
Nem Aisha nem Norn ficaram doentes ou feridos; ambos estavam indo bem. O
hobby de jardinagem de Aisha havia decolado e ela ainda tinha novas plantas crescendo
em seu quarto. Eu teria que dar uma olhada por mim mesmo quando tivesse a oportunidade.
Norn estava gradualmente se tornando uma figura semelhante a um ídolo na escola, tendo
gerado algo semelhante a um fã-clube. Fazia sentido, dado o quão fofa ela era.
Zanoba, Cliff, Linia e Pursena apareciam ocasionalmente na casa para fazer o

check-in. Ariel aparentemente reclamou que eu não disse nada a ela antes de sair. Ela estava
certa, pensando bem. Eu precisaria me desculpar na próxima vez que a visse.
Mesmo assim, tudo o que ouvi sugeria que todos estavam bem. Quando eu
se tivesse tempo, teria que avisar a todos que havia retornado.
Aparentemente a única exceção ao nosso grupo de amigos foi Badigadi

que permaneceu desaparecido. Bem, ele era imortal, então duvidei que algo de ruim
tivesse acontecido com ele.

Sylphie parecia adorável como sempre, com um dedo pressionado no queixo enquanto
ela tentou se lembrar dos últimos seis meses.
“Então nada aconteceu com ninguém”, comentei.
"Não. Nada que eu ache que possa preocupar você, pelo menos.
"Tudo bem."
Sylphie mudou de assunto. “De qualquer forma, então me diga. O que aconteceu com
você?"
“Ah, vou te contar”, prometi. “Apenas espere até que todos estejam reunidos primeiro.
Muita coisa aconteceu.”
"…OK. Ah, parece que eles estão de volta.”
No meio dessa conversa Roxy voltou junto com Geese

Talhand, Lilia, Vierra, Shierra, Elinalise e Zenith. Com Sylphie e eu incluídos, éramos dez.
Nossa área de estar era espaçosa o suficiente para acomodá-los e muito mais.
“Oh, você deve ser a esposa do chefe”, percebeu Geese. “Heh heh heh, você com certeza
é fofo. Chefe, você é um sortudo.”
“Essa é minha neta”, informou Elinalise.
“Sim, e se não fosse por sua vovó safada, ela seria perfeita.”
"Com licença?!"
O resto do grupo ignorou seus dois companheiros briguentos, movendo-se

para cumprimentar Sylphie um por um. Ela os recebeu humildemente, retribuindo suas
saudações na mesma moeda.
"Um prazer. Eu sou Roxy... Migurdia.”
“Roxy? Como o mestre do qual Rudy está sempre se gabando? perguntou Sylphie.
“Sim, esse”, disse Roxy, então parou por um momento antes de continuar.
“Embora eu não seja especial o suficiente para justificar tais ostentações.”
“Bem, estou feliz em conhecê-lo. Ouvi muito sobre você por Rudeus. Eu sou Sylphiette. É
uma honra."
“S-sim, para mim também…” Roxy disse, parecendo um pouco estranha. Isso fez
sinto que ela estaria, eu acho. Não se passou muito tempo desde a nossa

conversa outro dia sobre ela se juntar à nossa família. Mas essa conversa teria que esperar até mais
tarde.
“Já faz um tempo, Senhora Sylphiette,” Lilia a cumprimentou com uma inclinação de cabeça.
“Sim, senhorita Lilia!” Sylphie parecia encantada com o reencontro deles, ela
lábios ameaçando abrir um sorriso genuíno, apenas para se tornarem amargos com a mesma
rapidez. “Hum, não há necessidade de 'Senhora Sylphiette'. Você poderia me chamar de Sylphie,
como fez há muito tempo?
"Não." Lília balançou a cabeça. “Não posso tratá-la como antes, não agora que você se casou
com Lorde Rudeus.”
“Ah, tudo bem...” Sylphie parecia envergonhada.
Lilia lhe ensinou tudo o que sabia sobre tarefas domésticas. De certa forma, ela era a
“mestra” de Sylphie, da mesma forma que Roxy era minha. É claro que Sylphie a respeitava.
“Já faz um tempo, Srta. Zenith”, disse Sylphie, finalmente virando-se para cumprimentar
minha mãe. “Hum… Senhorita Zenith?”
“…”
Zenith apenas olhou fixamente para frente enquanto Sylphie a chamava.
“Hum…?” Perturbada, Sylphie olhou para mim. A expressão em seu rosto dizia que ela
estava preocupada que Zenith não estivesse satisfeita com nosso casamento.
“Sylphie”, eu disse, “vou explicar sobre minha mãe e meu pai assim que Norn chegar aqui.”
“Ah, sim, não vejo o senhor Paul aqui...” ela começou a dizer, seus olhos vasculhando a
sala. Não demorou muito para ela inferir o que havia acontecido depois que todos ficaram em
silêncio e ela vislumbrou seus rostos. Sylphie franziu os lábios e ficou quieta.
O silêncio caiu enquanto esperávamos o retorno de Norn. Ficou tacitamente entendido que
não poderíamos começar até que ela chegasse.
Depois de um tempo, Aisha e Norn retornaram, ambos sem fôlego por causa da corrida.
“B-Big Brother, bem-vindo de volta da sua longa viagem!” Norn bufou e bufou enquanto ela
falava, baixando a cabeça. Ela viu minha mão de relance e

sacudido. "Sua mão está bem?"
"Está bem. É inconveniente, mas não dói”, eu disse. Comparado com

sobre o que estávamos prestes a discutir, minha mão esquerda dificilmente era digna de nota.
“Ah, ok.” Norn ainda estava lutando para recuperar o fôlego enquanto olhava
ao redor da sala. "Huh?" ela murmurou confusa, incapaz de encontrar quem estava
procurando enquanto se sentava.
Aisha se aproximou de mim e perguntou: “Antes de prosseguirmos, não seria

apropriado servir chá aos convidados?”
“Sim, você está certo,” eu concordei. “Isso vai demorar um pouco, então por favor
fazer."
“Ah, sinto muito”, disse Sylphie. “Eu deveria ser o único a fazer isso. Deixe-me ajudar.
"De jeito nenhum, senhora, fique aqui."
Encarregada da tarefa, Aisha imediatamente começou a trabalhar. Ela preparou chá

suficiente para todos, reuniu as bagagens em um só lugar e pendurou os casacos
molhados da neve. Ela ofereceu chinelos para todos usarem, pegou os sapatos úmidos e
os colocou para secar perto da lareira.
Fiquei sentado imóvel e apenas a observei fazer tudo isso. Não fui só eu
assistindo também. Lilia também observava a filha de perto. Pensando bem, sempre foi
Lilia quem fazia esse tipo de trabalho em Rapan. Mas agora, no silêncio mortal, ela
permaneceu onde estava, sem levantar um dedo.
Essa foi uma visão rara.
“Aisha.” Assim que o trabalho da filha estava praticamente concluído, Lilia a chamou.
“Sim, o que é, mãe?”
“Parece que você está cumprindo seus deveres adequadamente e não causando
problemas para seu irmão.”
"Sim." Aisha assentiu.
“Você pode ser parente de sangue de Lord Rudeus, mas foi ele quem salvou
sua vida. Tenha isso em mente enquanto continua a cumprir seus deveres como
empregada dele.
“Sim, mãe”, respondeu Aisha, soando tão formal quanto Lilia.

Não parecia certo ouvir pais e filhos conversando daquele jeito. Esta foi a primeira
vez que se viram em algum tempo. Eu senti que eles deveriam ser... bem, você sabe, mais
afetuosos um com o outro. Então, novamente, talvez Lilia estivesse apenas se contendo.
A conversa que estava por vir seria dolorosa, afinal.
“Já que todos estão reunidos, por que não começamos?” Meu coração estava pesado,
mas era meu dever falar. Paul não estava mais aqui para fazer isso por mim.
“Mas papai ainda não chegou”, Norn disse ansiosamente em protesto.
Será que ela ficaria com raiva quando soubesse, eu me perguntei? Antes de eu sair,
ela se agarrou a mim, chorando para que eu o ajudasse. Eu disse a ela para deixar tudo comigo.
Ela provavelmente me culparia quando soubesse que ele estava morto.
Tudo bem se ela fizesse isso. Fui eu quem falhou em realizar seu desejo.
Olhei para todos e disse: “Nosso pai é... Paul

Greyrat está morto.
"Huh…?" Norn levantou a voz em confusão.
Sylphie abaixou a cabeça, o desgosto evidente em seu rosto.
Os olhos de Aisha se arregalaram, seus punhos se fecharam com força.
“Isso é o que ele deixou para trás”, eu disse, colocando seu equipamento peça por
peça sobre a mesa. Sua espada, sua espada curta, sua armadura e seus restos mortais.
Apenas essas quatro coisas.
“P-por quê?!” Norn ficou de pé e se aproximou. “Mas você foi!

Por que ele morreu?!”
“Sinto muito… não fui forte o suficiente.”
"Mas você é…!" Norn se aproximou, como se talvez pretendesse me agarrar pelo
colarinho. Mas sua fúria de repente perdeu força. Pude ver minha mão esquerda — ou melhor,
a falta dela — refletida em seus olhos. Seu olhar mudou entre isso, os pertences que
sobraram de Paul e meu rosto, e lágrimas começaram a brotar lentamente em seus olhos.
Cobri meu pulso esquerdo com a mão direita e continuei: “Vou explicar com mais
detalhes agora”.
Ela fungou e murmurou: "Tudo bem..."
Aisha veio atrás dela, agarrando-a pelo ombro. "Por agora-"

“Chega, eu sei!” Norm bateu na mão dela e voltou para seu assento.
Aisha ficou parada por um momento antes de retornar à sua posição atrás de
Sylphie.
“Tudo bem, vou explicar desde o início…”
Resumi tudo o que aconteceu. Como Elinalise e eu partimos para Rapan e nos
reunimos com Paul e os outros de lá. Como, com base nas informações que tínhamos
sobre o paradeiro de Zenith, mergulhamos juntos no Labirinto de Teletransporte
e começamos a mapeá-lo. Eu contei a eles como as coisas correram bem até que nos
deparamos com o guardião. Como a luta que se seguiu foi tão violenta que perdi a mão e
Paul perdeu a vida. Que embora tivéssemos conseguido resgatar Zenith, ela se tornara
uma casca. Geese interveio intermitentemente para fornecer informações adicionais
enquanto eu trabalhava lentamente em tudo isso.
Então, finalmente, Norn perguntou: “Então, isso significa que você não conseguiu salvar
Mãe ou pai?
"…Isso mesmo."
Eu senti como se pudesse ver sua irritação aumentar no momento em que balancei a cabeça. Mas ela
não explodiu em mim. Em vez disso, ela mordeu o lábio inferior e olhou para minha
mão esquerda. “Você fez tudo que podia?”
"Sim. Eu dei tudo que tinha.”
“Se você tentasse tanto e ainda assim falhasse, então não teria importância
se...” Ela falou calmamente, mas sua voz sumiu. Pude ver as lágrimas começando a
encher seus olhos novamente. “Tenho certeza de que não teria importância…
Papai... se foi... Waah... wah...waaaaah! Ela começou a soluçar, grandes gotas escorrendo
por seu rosto.
Norm estava chorando. Ruidosamente. Em uma voz que me perfurou através do

coração. Todos os presentes tinham expressões graves enquanto ouviam, e seu
corpo tremia enquanto ela soluçava. E soluçou. E soluçou. E soluçou. Ela chorou todas
as lágrimas que o resto de nós não chorou, e nós apenas ouvimos enquanto ela fazia isso.
“Hic… waah…”
Depois de um tempo, ela parou. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, ruídos
estrangulados continuavam escapando de sua garganta. Mas ela se virou para mim, seus olhos

cheio de determinação.
"Grande irmão?"
"Sim o que é isso?" Perguntei.
“Esta espada, posso… hic… posso ficar com ela…?” Norn apontou o dedo para
a arma favorita de Paul. Aquele que ele tinha com ele desde antes de eu nascer. Aquele que
ele sempre manteve com ele, aquele que nunca saiu do seu lado.
"Sim claro. Você deveria aceitar. Apenas não o use de forma imprudente.”
"Huh…?"
“Não confunda ter aquela espada como um sinal de que de repente você ficou mais
forte.”
Foi no meu quinto aniversário que Paul me entregou uma espada e me disse
exatamente a mesma coisa.
“Eu... entendo”, disse Norn, abraçando-o perto do peito.
Ela era forte. Não seria incomum uma criança da idade dela se esconder
seu quarto e chorar, mas ela estava enfrentando a morte de Paul de frente.
Completamente diferente de mim, que não conseguia nem ficar de pé sem a ajuda de Roxy.
Na verdade, ela era forte.
Decidimos dividir suas outras lembranças entre nossa família. Aisha

escolheu sua espada curta e eu escolhi sua armadura. Quanto aos seus restos mortais,
construiríamos uma sepultura adequada para ele e o enterraríamos lá. Pelo menos, esse
era o plano até Zenith avançar e pegar sua armadura nas mãos.
"Mãe?"
“…”
Chamei-a, mas ela não respondeu. Como sempre, ela apenas olhava fixamente
para frente, como uma casca. E ainda assim, ela se moveu como se entendesse o que
estava acontecendo aqui. Ou isso foi apenas uma coincidência? Não... talvez a essência de
quem ela era ainda permanecesse.
Independentemente disso, isso significava que eu não tinha nada dele. Mas eu estava
satisfeito com isso. Eu já recebi muito dele.
“Bem, então vamos falar sobre a mãe a seguir.” Mais uma vez, expliquei a eles
a condição de Zenith – que ela havia perdido a memória e parecia

quase completamente vazio por dentro.
"Ela não vai melhorar?" Sylphie perguntou.
Eu balancei minha cabeça. "Não sei."
Eu pretendia que médicos e curandeiros a examinassem para ter certeza, mas nunca tinha
ouvido falar de magia de cura que pudesse restaurar memórias perdidas. Honestamente, nem sabíamos
a causa raiz de sua condição. Sabíamos que ela estava envolta em um cristal magicamente
imbuído e perdeu a memória, mas foi isso.

Pode muito bem ser algo semelhante à deficiência de oxigênio.
Eu não tinha certeza de nada, é claro. Mas achei que as chances de curar sua condição
eram mínimas. Se houvesse danos em seu cérebro, a tecnologia médica deste mundo não seria
suficiente para curá-la. Mesmo a magia de cura de nível avançado não fez nada. Eu li um ou
dois mangás em que infligir o mesmo nível de choque que fez uma pessoa perder a memória em
primeiro lugar a fazia voltar ao normal, mas não pudemos testar isso no Zenith.
Além disso, eu não tinha certeza se ela ficaria feliz mesmo se a curássemos. Paulo tinha
morreu tentando salvá-la. Eu tinha certeza de que ela se culparia, dizendo: “Se ao menos ele não
tivesse tentado me ajudar”. Talvez fosse melhor ela não se lembrar.
Não, isso não estava certo. Devíamos trabalhar para restaurar as memórias dela.
“De qualquer forma, ela vai precisar de tratamento e cuidados”, eu disse. “Eu pretendo que ela
more aqui conosco.”
Se meus pais na minha vida anterior tivessem vivido, envelhecido e ficado acamados, eu
teria cuidado deles da mesma maneira?
Lilia inicialmente disse que planejava alugar alojamentos separados para

que eles não atrapalhariam minha vida. Ela ganhou o suficiente com o Labirinto de
Teletransporte para viver por mais de uma década nesta cidade. Eu tinha rejeitado essa ideia. Eu não
permitiria tal coisa. Paulo não permitiria tal coisa. Era nosso dever, como restante da família, cuidar
dela.
“Pretendo confiar seus cuidados à senhorita Lilia”, continuei, “mas tenho certeza de que
todos acabarão tendo que dar uma mão”.
"Muito bem. Farei o meu melhor para ajudar também”, disse Sylphie com alegria.
Ninguém parecia discordar – não que eu pretendesse permitir. Paulo tinha

me disse para salvar Zenith mesmo que isso me matasse. Mesmo agora, eu realmente não sabia

o que ele quis dizer com isso. Mas agora que ele se foi, cabia a mim protegê-la.
Além disso, embora eu tivesse dito que ela precisava de tratamento, não era como se
ela tivesse Alzheimer. Ela era mais ou menos uma casca vazia. Com Lilia ao seu lado em
todos os momentos, eu tinha certeza de que ela ficaria bem, mas precisaria reunir os
suprimentos necessários para cuidar dela.
“Então isso significa que mamãe também vai morar aqui?” Aisha deixou escapar,
voz cheia de confusão e ansiedade.
“Sim, Aisha. Estarei a serviço de Lorde Rudeus.”

Eu me perguntei se Aisha via Lilia como um espinho em seu sapato? Lilia foi uma
disciplinadora rigorosa quando era criança, e tive a sensação de que Aisha gostava de viver
longe da mãe. Ainda assim, não achei apropriado que ela expressasse seu
descontentamento aqui. Se ela expressasse tais reclamações, eu teria que castigá-la
adequadamente.
“Estaremos dividindo o trabalho também?” Aisha continuou.
“Podemos discutir isso mais tarde”, disse Lilia. “Eu pretendo fazer com que a Senhora
cuidar é meu foco principal, deixando a maior parte do trabalho doméstico para você, Aisha.”
"…Tudo bem." Aisha não protestou, mas parecia que ela estava desconfortável
com a presença da mãe. Sua voz estava rígida, sua expressão sombria.
Tendo notado isso, Norn interveio. “Ei, Aisha.” Ela colocou a mão
ombro de sua irmã e sussurrou: "Você não precisa se conter por nossa causa, ok?"
Aisha olhou para Norn, depois para Lilia e depois para mim. Depois, novamente para Lilia e
de volta para mim. Eu não tinha certeza por que ela estava olhando para mim em busca de aprovação
- ou o que ela estava procurando por aprovação - mas balancei a cabeça mesmo assim.
Aisha ficou de pé e jogou os braços em volta de Lilia. “M Mãe…! Mãe, estou

tão feliz que você esteja bem!” Ela gritou, enterrando o rosto na barriga de Lilia.
“Estou em casa agora, Aisha.” A expressão de Lilia tornou-se gentil enquanto ela
acariciava a cabeça da filha.
Ah sim. Tudo fazia sentido.

Aisha deve ter se sentido em conflito. Afinal, Lilia era sua mãe. Eu era
claro que ela também orou pelo bem-estar de Paul e Zenith, mas foi pela segurança de Lilia
que ela orou acima de todas as outras. E agora que ela havia retornado em segurança,
as circunstâncias eram muito sombrias para Aisha expressar sua alegria com sinceridade.
Perdoe-me por duvidar de você, Aisha.
Conversamos sobre uma variedade de coisas depois disso, concluindo nosso retorno
anúncio. A conversa incluiu o relatório financeiro de Geese, provando que havíamos
saído no azul, e não que nossos novos bolsos fundos tivessem feito alguma coisa para iluminar
as expressões nebulosas no rosto de todos.
"Bem, então acho que devemos procurar uma pousada." Assim que terminamos, Geese
levantou-se. Talhand, Vierra e Shierra seguiram seu exemplo.
Corri para detê-los. “Não me importo se você ficar aqui conosco hoje.”
“O quê, chefe? Não seja estúpido. Temos cérebro suficiente para saber que teríamos
só estou atrapalhando sua família aqui”, Geese retrucou.
Os outros três pareceram concordar, movendo-se para recuperar a bagagem,

calçando os sapatos e casacos ainda úmidos.
“…”
No final, decidi me despedir deles na entrada da frente e, enquanto observava os

quatro se afastarem, gritei novamente. “Pessoal, obrigado por toda a assistência que prestaram
ao meu pai todo esse tempo.”
Vierra e Shierra, em particular, baixaram profundamente a cabeça. Eles ajudaram

Paul desde seu tempo em Millishion. Eu não tinha falado muito com eles, mas eles nos apoiaram
de inúmeras maneiras enquanto entrávamos e saíamos do Labirinto de Teletransporte. Eles
eram os heróis nos bastidores.
“Não, deveríamos ser nós a pedir desculpas por não sermos mais prestativos.”
“Agradeceríamos se você nos informasse onde fica o túmulo do capitão assim que
terminar.”
Suas respostas foram curtas. Eu me perguntei o que Paul tinha sido para eles?
Eles o seguiram até o Continente Begaritt mesmo depois da Busca Fittoa

e o Esquadrão de Resgate foi dissolvido. Talvez eles tivessem sentimentos especiais por ele?
Mas mesmo que o amassem, tudo estava acabado agora.
"O que você vai fazer agora?" Perguntei.
“Quando o inverno acabar, retornaremos ao Reino Asura. Há outras pessoas do

Esquadrão de Busca e Resgate a quem estamos em dívida.”
“Entendo”, eu disse. "Bem cuidar."
“Você também, Lorde Rudeus. Eu sei que você terá muito em seus ombros
daqui em diante, mas cuide-se.” Eles inclinaram a cabeça para mim uma última vez antes de
desaparecerem na cortina de neve que caía.
O Esquadrão de Busca e Resgate... Ah, sim, alguém não tinha dito algo sobre a
família de Zenith ajudando a financiar as atividades de Paul? Zenith não era exatamente o que
você chamaria de sã e salva, mas ainda assim deveríamos informá-los de que ela foi encontrada.
Eu poderia pelo menos escrever-lhes uma carta.
Enquanto eu estava preocupado com esses pensamentos, Geese deu um tapa no meu ombro
por trás. "Bem, até mais, chefe."
“Senhor Gansos, Senhor Talhand.” Eu olhei para cada um deles.
"O que? Tire esse olhar sombrio do seu rosto — resmungou Geese.
"O que vocês dois farão depois disso?"
Gansos coçou a cabeça. “Planejamos ir até Asura. Nós queremos

trocar nossa moeda Begaritt e vender esses itens mágicos que conseguimos.”
“Você vai vender todos eles?” Perguntei.
“Planeje manter alguns para usarmos, mas na maior parte, sim.”
Geese ainda tinha um em mãos. Eles me informaram sobre o que os itens faziam quando os
avaliaram, mas a maioria não era nada de especial – apenas coisas aleatórias, como uma espada
curta que poderia ser usada no lugar de um fósforo. Achei que eventualmente poderia encontrar
um uso para eles, então os joguei em nosso depósito no porão. Não importa quão ridículos sejam
os efeitos, eles ainda nos renderiam algum dinheiro se estivéssemos em apuros.
As pedras mágicas que absorviam mana eram um assunto à parte. Eu queria

para pesquisá-los assim que tivesse tempo. Se eu enfrentasse um adversário semelhante no
futuro, não queria repetir o Labirinto. Eu não queria ficar impotente.
Posso não ser habilidoso o suficiente para conseguir alguma coisa pesquisando as pedras,

mas prefiro tentar do que simplesmente desistir.
“Se você quiser, podemos levar seus itens conosco para vender em Asura.
Você terá muito mais retorno do seu investimento lá do que aqui, sabe?
Asura tinha um preço exorbitante para as commodities e sua moeda era

amplamente aceito em todo o Continente Central. Se você fosse vender alguma coisa, Asura era
o lugar para fazer isso.
“E deixe-me adivinhar”, eu disse com conhecimento de causa, “no caminho de volta para cá,
você vai jogar tudo fora e fugir?”
“Ah, ei, de jeito nenhum, eu não colocaria minhas mãos no seu dinheiro, chefe.”
Seus olhos corriam para frente e para trás, sem olhar para mim. Talvez ele realmente planejasse jogar
fora o dinheiro.
Ah bem. Se não fosse por Geese, nunca teríamos conseguido passar por aquele labirinto.
Eu tinha uma dívida enorme com ele. Isso era trivial em comparação.
“Estou brincando,” eu disse finalmente.
“Bem, eu planejei apostar um pouco,” ele confessou, as bordas do seu

lábios se curvando em uma risada mal-humorada.
"E depois disso?"
“Vou continuar como um aventureiro.” Gansos encolheu os ombros. “Essas são as únicas
habilidades que temos.”
"Tudo bem."
“Bem, ficaremos aqui até a primavera, então venha beber conosco quando tiver tempo. Você
disse que me apresentaria a uma bela macaca, certo?
Ah, acho que já que você tem esposa e filho a caminho, provavelmente não frequenta esse tipo de
lugar. Heh heh."
É verdade que ainda não estaríamos nos vendo pela última vez. Mesmo assim, Geese era o
tipo de homem que simplesmente se levantava e partia para sua próxima aventura sem avisar antes.
Queria pelo menos me despedir enquanto tinha oportunidade.
“Senhor Geese”, comecei.
"Chefe. Você está falando tudo engraçado, sabe? Fale comigo como você sempre

faça, tipo, 'Ei, novato!'”
Curioso, perguntei: “Por que você é tão exigente em ser chamado de ‘Novato’?”
“É um azar.”
Um azar. Essa palavra por si só deveria ter sido uma explicação inadequada,
mas isso me atingiu direto no coração. Se fosse uma de suas azarações, eu não poderia
reclamar. “Bem, de qualquer forma, obrigado a ambos por tudo que fizeram até agora.”
“Eu te disse, não há necessidade. De qualquer forma, tome cuidado, chefe.”
Assim que baixei a cabeça, Geese acenou com a mão e começou a andar
desligado.
“Ele está certo, você não nos deve nada. Se alguém fizer isso, será Paul.
O que quero dizer é que não precisamos de nenhum agradecimento — disse Talhand enquanto deslocava
seu corpo corpulento para seguir Geese.
Fiquei observando até eles desaparecerem.
“Os homens sempre querem se exibir assim”, disse uma voz.
Olhei para ver Elinalise parada ao meu lado. Aparentemente, ela estava conversando com
Sylphie enquanto eu me despedia deles. Eu me perguntei se era sobre Roxy? Eu disse a ela que
tinha o dever de contar tudo a Sylphie, mas sendo a intrometida que ela era, Elinalise poderia
ter dito algumas palavras para mim. Honestamente, eu não estava ansioso para ter essa conversa,
então fiquei grato pela consideração dela.
“Bem, então eu deveria ir ver Cliff. Não me resta muito tempo.”

Elinalise acariciou a parte inferior do abdômen enquanto falava. Eu a faria passar por muita coisa
também. No caminho de ida e volta, ela dormiu com um total de três estranhos diferentes. Isso
era normal para ela, é claro, e ela riu disso, mas eu não poderia ser tão irreverente.
“Senhorita Elinalise, você realmente esteve lá para mim”, eu disse.
Ela tinha uma expressão amarga no rosto. “…Sinto muito por Paul.”
“Não, esse foi meu...”
Meu erro, meu descuido. Pelo menos tentei dizer isso, mas ela interrompeu primeiro.

“Era meu dever naquela festa garantir que coisas assim não acontecessem.
acontecer. Paul morreu por causa das minhas deficiências.”
Não havia como isso ser verdade. Estávamos lutando por nossas vidas de volta
lá; nenhum de nós poderia saber o que nos esperava depois de nos esquivarmos do ataque final da
hidra e estarmos a uma cabeça da vitória. Havia apenas duas pessoas que poderiam culpá-la: a própria
Elinalise e o falecido Paul.
“Não posso culpar você”, eu disse. “Ou qualquer outra pessoa.”
“Então também não se culpe.”
"…Tudo bem."
“Ok, hora de eu ir!” Elinalise disse antes de sair correndo para a neve. Havia alguém
importante ainda esperando para saber que ela havia retornado.
“Ufa.” Soltei um longo suspiro, minha respiração se transformando em uma pluma visível que
subiu e se dissipou em meio à neve.
Finalmente, o incidente do deslocamento terminou. Pelo menos para mim. Todos os meus
familiares desaparecidos foram encontrados. Provavelmente havia outras vítimas ainda desaparecidas,
mas eu não tinha obrigação de procurá-las.
Tinha acabado. Foi a conclusão de uma jornada longa, frustrante e amarga.

Agora a vida poderia passar para a próxima fase. Sem olhar para trás. Eu tive que viver e olhar para
frente. Ainda havia muito que eu tinha que fazer neste mundo. Tanta coisa que eu ainda queria fazer.
Então, vamos olhar para o futuro.
“Rudy, todo mundo já foi embora?” A voz de uma garota chamou por trás. Olhei por cima do ombro
para ver Roxy parada ali. “Eu também queria conversar um pouco com eles…”
“Parece que eles vão ficar na cidade por enquanto, então você pode vê-los contra quando
tiver tempo”, assegurei.
"Verdadeiro."
Roxy não saiu para a neve. Ela permaneceu em casa, a única

membro do partido que o fez. Se ela continuasse aqui ou saísse para encontrar um quarto em uma
pousada, dependia de como nossa discussão iminente iria acontecer.

foi.
“Bem, Roxy...”
"Sim?"
"Vamos fazer isso."
Voltei para dentro, a forma pequena de Roxy me seguindo ao meu lado.

Capítulo 15:
Carnificina
CINCO PESSOAS PERMANECERAM na área de estar: Sylphie, Norn, Aisha, Roxy,
e eu mesmo. Havia também o tatu (Dillo, como eu o chamei) esparramado perto da lareira
com uma expressão de felicidade no rosto, mas dificilmente poderia ser contado
entre nós.
Lilia estava ajudando Zenith a tomar banho. Antes de entrar, ela veio para
me perguntou se estava tudo bem, e eu assenti. Eu queria passar por essa
discussão sem depender da ajuda dela.
Em vez de voltar para o quarto, Norm ficou ali. Ela estava tendo uma situação difícil
momento, ainda farejando de forma audível. Ela era incrivelmente apegada a Paul e
estava sofrendo muito com a perda.
“Bem, há uma última coisa sobre a qual preciso falar.”
Quando eu disse isso, os três voltaram aos seus lugares. EU

troquei olhares com Roxy, que vagava silenciosamente ao meu lado.
“…”
Ver como a barriga de Sylphie estava inchada me fez hesitar, mas eu tinha uma
responsabilidade. Eventualmente, Roxy estaria no mesmo estado de gravidez. Se Sylphie
se recusasse a acolhê-la, Roxy daria à luz sozinha? Esse foi o acordo que fizemos, mas se
isso realmente acontecesse, então eu planejava apoiá-la como pudesse,
financeiramente ou de outra forma.
“Eu gostaria de ter Roxy como minha segunda esposa”, deixei escapar.
"…Huh?"
Quem expressou sua confusão não foi Sylphie, mas sim Norn.
Sylphie apenas tinha uma expressão vazia no rosto.
“Do que você está falando?!” Norm exigiu.
“Deixe-me explicar tudo em ordem.”
Comecei contando o que aconteceu no continente Begaritt—

como Paul morreu e, como resultado, eu caí em uma depressão profunda. eu disse

eles como Roxy foi quem me salvou e que eu desenvolvi sentimentos por ela como resultado.
Como eu a respeitava profundamente e queria que ela se tornasse parte de nossa família
agora.
“Não era minha intenção trair Sylphie, mas no final, quebrei minha promessa.
Desculpe." Fiquei de joelhos. Havia um tapete estendido no chão, mas os invernos nos
Territórios do Norte eram frios, então naturalmente o tapete também estava. Inclinei-me para
frente e pressionei minha cabeça no chão.
“Huh, wai-Rudy?!” Ouvi a voz em pânico de Sylphie gritar lá de cima.
“Eu ainda amo Sylphie tanto quanto antes, mas parece que posso ter
engravidou Roxy. Preciso assumir a responsabilidade por isso.” Quanto mais eu falava,
mais baratas minhas palavras soavam, embora fossem realmente meus verdadeiros
sentimentos.
Quando olhei para cima, Sylphie tinha uma expressão preocupada no rosto. Talvez ela
foi confuso. Eu não poderia culpá-la por isso. Eu disse a ela que a amava, jurei que
voltaria, não importa o que acontecesse. Agora eu havia retornado em frangalhos – sem um
membro da família e minha mão esquerda. Ela pode ter pensado que poderia pelo menos se
alegrar porque eu estava seguro, mas aqui estava eu, dizendo que queria tomar outra
mulher como esposa. No lugar dela, eu teria chorado, gritado e atacado.
Mesmo assim, pedi o impossível. "Sylphie, por favor, me perdoe."
“Não tem como ela conseguir!” Quem gritou comigo foi Norn, não Sylphie. Ela
se aproximou e me agarrou pela gola da camisa. "Como você pode dizer aquilo? Você
sabe como ela se sentiu o tempo todo esperando você voltar para casa ?!
“…”
“Todos os dias ela dizia: 'Espero que Rudy esteja bem', 'Estou com saudades de
Rudy' e 'Gostaria de saber se Rudy está comendo agora'. Você sabe o quão solitária ela
parecia – quão solitária ela parecia o tempo todo?!”
Eu não sabia. Eu não sabia nada, mas podia imaginar. A expressão em

seu rosto enquanto ela esperava por mim. Como ela parecia solitária. Como ela poderia
sentar-se em uma cadeira sem mais nada para fazer a não ser bater o pé enquanto esperava.

“Achei que não poderia culpar você por não ser capaz de salvar meu pai. Se as coisas
estivessem tão difíceis que você perdesse a mão esquerda, então não havia nada que
alguém pudesse fazer. Então parecia errado culpar você por isso. Mas agora você está me
dizendo que teve compostura suficiente durante tudo isso para fazer sexo com outra mulher?
E agora você quer fazer dela sua esposa?!”
"Não! Eu não estava nada composto. Eu estava deprimido! É por isso que Roxy colocou
seus próprios sentimentos em risco para me salvar!”
“A senhorita Sylphie teria feito a mesma coisa por você se ela estivesse lá!” Norn
retrucou.
É claro que Sylphie teria me salvado se estivesse lá. Afinal, ela curou minha impotência.
Mas quem realmente me salvou foi Roxy. Mesmo que ela tivesse sentimentos por mim; mesmo
ela sabendo que eu já tinha alguém. Ela decidiu fazer isso, mesmo sabendo que
poderia ser descartada depois.
“Norn, você deveria entender como é se trancar em seu quarto, sentindo que está tão
fundo em um buraco que não consegue ver a luz no fim do túnel. Como você deveria deixar de
lado a pessoa que te salvou disso?” Eu argumentei.
“Eu sei ! Sou grato a você por me ajudar com isso, mas isso é
um assunto totalmente separado! Lord Millis nunca permitiria que alguém tomasse uma segunda
esposa!
Ah, isso mesmo. Norn era um seguidor de Millis. Não, a religião dela não era o
problema aqui. Talvez tenha sido apenas eu. Talvez eu estivesse fazendo algo errado e
tentando me forçar a estar certo.
“Além disso, por que aquela menininha?! Ela não é diferente de mim!” Norn olhou para
Roxy.
Roxy retribuiu o olhar da garota com sua habitual expressão impassível. Ela era mais
alta que Norn, mas um pouco, talvez até menos do que centímetros.
Diante do olhar hostil da minha irmã mais nova, Roxy permaneceu imperturbável enquanto
murmurava: “Posso ser pequena, mas ainda sou adulta”.
Eu me perguntei o que ela iria dizer. Sua voz tremia, uma porta aberta para seu
coração, mas as palavras eram tais que podiam ser interpretadas como impertinentes.

Norm ficou furioso. “Se você é tão adulto, não sente que está sendo
desavergonhado?!”
“…”
“Você não se sente mal por invadir o relacionamento deles?!”
“Norn, isso está indo longe demais. Fui eu quem disse que queria trazê-la para
nossa família. Roxy não fez nada de errado. Foi ela quem tentou desistir”, objetei com voz
firme.
Norn nem sequer olhou para mim, apenas continuou seu ataque verbal
contra Roxy. "Você fica quieto!" ela latiu para mim. “Além disso, se ela realmente
tentou 'recuar', então por que ela ainda está aqui, agarrada a você? Ela está apenas
aproveitando sua oferta!”
Sinceramente, pensei em dar um tapa nela, mas — e nem é preciso dizer — eu

não tinha o direito de fazer tal coisa. Se eu desse um tapa nela, eu sentiria que realmente
seria uma completa escória.
“…”
Roxy ficou em silêncio enquanto Norn gritava para ela se calar. Ela parecia tão indiferente
como sempre, seus olhos voltados para o chão. Finalmente, ela levantou a cabeça e curvou-se
em direção a Norn. "Você tem razão. É uma vergonha da minha parte. Peço desculpas."
Então ela se endireitou e foi até a borda da sala.

Ela pegou sua bagagem, colocou o chapéu na cabeça e caminhou rapidamente em
direção à saída.
Eu não consegui nem impedi-la. Eu sabia que enfrentaríamos resistência –

sabia que não deveria subestimar o quão difícil seria para todos aceitarem isso – mas
pensei que poderia convencê-los. Isso foi ingênuo. Agora aqui estávamos nós, e Roxy foi
criticada por sua parte. Ela provavelmente se sentia como se estivesse andando sobre
uma cama de pregos, e as coisas poderiam continuar sendo tão dolorosas para ela
se permanecesse aqui.
Ninguém escolheria ficar com essa possibilidade em mente. Até eu corria

para a porta, incapaz de resistir.
Eu não poderia deixá-la sair daqui com um gosto tão amargo na boca. Que
não era assim que eu queria que isso terminasse. Eu queria retribuir tudo o que ela fez,
não trazê-la aqui apenas para que ela pudesse ser arrastada pela lama.
Eu a trouxe aqui para poder fazê-la feliz.

E ainda assim, não importa como eu me sentisse, não consegui impedi-la. Eu não
consegui segurá-la. Talvez eu não conseguisse fazê-la feliz?
Não, pense! Roxy sairia pela porta a qualquer momento. Eu pelo menos precisava
pará-la! Mesmo que isso significasse dar um tapa em Norn, mesmo que isso significasse fazer
minha irmã mais nova me odiar,
eu... “Espere!” uma voz gritou por trás. “Senhorita Roxy, por favor, espere!”
Era Sylphie. Ela se levantou e correu, agarrando Roxy pela mão. Roxy olhou para trás, com
os olhos cheios de lágrimas.
“Por que você a está impedindo?!” Norm ofegou. "Apenas deixe-a ir!"
"Norn, você poderia, por favor, ficar quieto?"
Estupefato, Norn guinchou: "Huh?"
“Você estava sendo muito duro esse tempo todo. Nunca expressei nenhuma objeção”,
disse Sylphie.
Norn congelou, sem palavras.
“Por favor, sente-se”, disse Sylphie, virando as costas para Norn e guiando Roxy
para um lugar no sofá. Roxy sentou-se em cima dele de boa vontade, sem sinais de resistência.
Então Sylphie sentou-se ao lado dela. “Fiquei um pouco confuso no começo… Então parece que
foi você quem salvou Rudy, Srta. Roxy?”
Roxy assentiu hesitantemente. "…Sim. Mas eu tinha um motivo oculto e não pretendo
dar nenhuma desculpa para isso.”
“Sim”, concordou Sylphie. “Bem, Rudy é realmente bonito. eu não faria

teria acreditado em você se você dissesse que não tinha segundas intenções.
“…”
“Acho que se eu estivesse no seu lugar, teria feito exatamente a mesma coisa.”
Sylphie sorriu para Roxy, uma expressão gentil no rosto. O de Roxy era rígido em contraste.
Sylphie continuou sorrindo enquanto continuava. “Para ser honesto, achei que era apenas
uma questão de tempo.”
“Hum, o que era uma questão de tempo?” Roxy perguntou, confusa.
“Rudy trazendo para casa outra mulher.”
É apenas uma questão de tempo até eu trazer outra garota? …Hum? Espere, fez

isso significa que ela realmente não confiava em mim?
“Você sabe que Rudy é um pervertido, certo? Achei que ele faria isso com alguém
senão se eu não estivesse por perto. Mas ele é leal, então imaginei que se ele fizesse
isso com outra pessoa, ele iria querer trazê-la para nossa família, assim como fez comigo.
Não pensei que seria capaz de tê-lo só para mim para sempre.”
Eu queria protestar, mas ela acertou em cheio. Eu não tinha o direito de dizer nada.
“Honestamente, imaginei que se ele fosse trazer alguém para casa, seria
Linia, Pursena ou senhorita Nanahoshi.”
Roxy comentou: “Não ouvi esses nomes, exceto a senhorita Nanahoshi”.
“Eles são amigos dele na escola. São todas muito sexy, com seios enormes.”
Bem, Nanahoshi não é necessariamente tão sexy, protestei interiormente. Espere, isso
não importa agora.
“Na verdade, o que ouvi sobre sua viagem pareceu brutal, e houve também a morte
de Paul. Esqueci completamente a possibilidade de ele ter ficado com outra pessoa. É por
isso que fiquei tão surpreso quando ouvi…”
Sylphie fez uma pausa. “Mas faz sentido.”
"O que?" Roxy perguntou.
“Desde que você chegou aqui, você está olhando para ele com uma expressão
ansiosa no rosto. Eu me perguntei o que era aquilo. No início, pensei que fosse porque
você estava nervoso com a possibilidade de ele anunciar a morte de Paul.
Mas era disso que se tratava realmente.”
“…”
Sylphie continuou: “Você tinha os olhos de uma mulher apaixonada, senhorita Roxy”.
Os olhos de uma mulher apaixonada. Quando Roxy ouviu isso, seu rosto esquentou.
acima. “Sinto muito por fazer você testemunhar algo tão desagradável.” Ela abaixou a
cabeça, as bochechas ainda vermelhas como um tomate.
Do ponto de vista de uma esposa, não poderia ser agradável ver outra mulher olhar
amorosamente para o marido. Eu poderia entender Roxy pensando dessa forma.

Mas Sylphie apenas balançou a cabeça. “Não foi desagradável.”
“Mas...” Roxy começou a protestar.
“Como devo colocar isso…?” Sylphie inclinou a cabeça pensativa e assentiu quase
com a mesma rapidez. “Sabe, Rudy sempre falou comigo sobre você, Srta. Roxy.”
"O que ele disse?"
“Coisas como: 'Ela é a única mágica que respeito.' Ele falou o mesmo
maneira sobre você antes do Incidente de Deslocamento, bem como depois.”
Roxy mexeu-se desajeitadamente na cadeira. “Não tenho certeza do que dizer, mas me
sinto mal por você ter ouvido isso.”
“Bem, foi por isso que também senti um pouco de ciúme”, confessou Sylphie.
“Ele tinha tanta admiração nos olhos toda vez que falava de você.”
“…”
“Pensei comigo mesmo, essa Roxy Migurdia é uma mágica incrível, não há como eu ficar
ombro a ombro com ela.”
“…”
“Mas agora que eu realmente vi você e sei que você é apenas uma garota normal que
ama Rudy, esse ciúme desapareceu. Isso significa que você é igual a mim”, disse Sylphie
enquanto tirava o chapéu de Roxy e acariciava seu rosto.
Roxy apenas olhou para a outra mulher e deixou acontecer.
E enquanto ela continuava acariciando, Sylphie disse: “Norn pode ter expressado
sua oposição, mas eu lhe dou as boas-vindas”.
O rosto de Roxy ficou vermelho de surpresa.
Eu também senti meu queixo cair em estado de choque. Eu nunca sonhei que Sylphie faria
aceite isso tão facilmente.
“Sylphiette... senhorita,” Roxy disse hesitante.
“Só Sylphie está bem. Espero que nos dêmos bem. Hum, Rox?
“Hum, na verdade tenho cinquenta anos neste ano, então esse tipo de apelido
parece um pouco infantil…”
"Oh tudo bem." Sylphie assentiu para si mesma. “Você é mais velho que eu, então.

Desculpe por isso. Agora que penso nisso, Rudy mencionou isso, mas vendo você,
simplesmente não percebi.
“Bem, eu sou pequena”, admitiu Roxy.
“Eu também não sou tão grande.”

Os dois se entreolharam, de mãos dadas, e riram.
“Bem, Roxy, vamos apoiar Rudy juntos, então.”

“Obrigado, Sylphie.”


Depois de compartilharem essas palavras, eles apertaram as mãos. O gesto irradiava

uma espécie curiosa de solidariedade e, ao vê-la, deixei escapar um suspiro de alívio.
Uma reação inconsciente que me escapou no momento em que pensei que tudo ficaria bem.
Norn olhou para mim e franziu as sobrancelhas. “Se a senhorita Sylphie aceita isso,
então não tenho mais nada a dizer.” Aparentemente, ela ainda não estava de acordo. Ela
franziu a testa ligeiramente, claramente ainda descontente enquanto olhava para nós. Talvez eu
tivesse conquistado seu desprezo mais uma vez.
Foi Sylphie quem a acalmou dizendo: “Perdoe-o, Norn. Rudy não é um seguidor de Millis.”
“Mas...” Norn começou a protestar.
“O senhor Paul também tinha duas esposas, não é?”
Ela ficou quieta por um momento antes de dizer: "É verdade, ele fez isso."
Sylphie continuou. “Você diria o mesmo tipo de coisas para a senhorita Lilia, então?”
Os olhos de Norn se arregalaram de surpresa. Ela se virou para olhar para Aisha, que estava
sentado ao lado dela.
Aisha ficou quieta o tempo todo, seu rosto era a imagem da compostura.
“Ah… sinto muito, Aisha”, disse Norn.
“Está tudo bem, realmente. Eu sei que você costuma dizer coisas sem pensar bem.
“Por que você tem que colocar assim…?”
“Olha o que aconteceu”, apontou Aisha. “Essa não era sua função para falar. Você
continuou falando sobre a Srta. Sylphie e seus sentimentos, mas, na verdade, você estava apenas
forçando suas crenças a todos os outros.
"O que?!" Norn ficou de pé.
Eu vi os punhos ao lado dela e pulei para repreender Aisha. “Aisha, você foi longe
demais.”
"Mas-"
Eu a interrompi. “Eu entendo o que Norn está dizendo também. Se Sylphie tivesse

dissesse as mesmas coisas, teria sido compreensível. Sou igualmente culpado por não
considerar como todos se sentiriam. Não podemos culpar Norm.”
“Bem, eu acho. Se você diz."

“…”
Norn tinha uma expressão conflituosa no rosto, como se não soubesse o que dizer.
Ela deve ter se sentido desconfortável ali parada, porque suas próximas palavras foram
“Vou para a cama”.
Seus pés foram rápidos quando ela se moveu para sair da sala. Mas então ela parou,
como se tivesse acabado de se lembrar de algo, e olhou para trás.
meu.
“Hum, irmão mais velho…?”

"O que é?"
Ela ia dizer para fazer um último comentário contundente? Esse foi o meu
medo, mas o que saiu da boca de Norn em seguida desafiou minhas expectativas.
“Você me ensinaria esgrima? Quando você tiver tempo.

"Huh…?"
Foi tão repentino que, por um momento, as palavras não fizeram sentido para mim.
Esgrima – ela tentaria usar a espada de Paul? Parte de mim sentia que uma tentativa
incompleta de autodefesa só seria autodestrutiva, na melhor das hipóteses, mas este mundo
não era como o anterior. Provavelmente poderia ser bom para ela aprender a esgrima.
Mesmo um pouco de poder era melhor que nada.
A questão maior era se eu seria bom como professor.
“Tem certeza que quer que eu te ensine?” Perguntei.
“Não posso aprovar o que você fez, mas também não te odeio.”
"…OK."
Na verdade, eu estava perguntando se ela tinha certeza de que queria que eu a

ensinasse quando eu apenas tinha me envolvido com a arte, mas não poderia recusar
agora que ela indiretamente admitiu que ainda gostava de mim.
“Tudo bem”, eu disse. “Vou arranjar tempo para te ensinar depois da escola
ou algo assim.”
"Por favor faça." Assim que ela disse isso, Norn foi para o quarto dela no

segundo andar.
No final, eu estava absolutamente indefeso. Sylphie me resgatou com sua generosidade.
“Grande Irmão”, Aisha me chamou. “Você parece realmente patético agora, sabia?”
Incapaz de dizer qualquer coisa em minha defesa, apenas balancei a cabeça.
Depois disso, nós três (Sylphie, Roxy e eu) começamos a conversar sobre como as
coisas funcionariam de agora em diante, como a ordem em que passaríamos as noites juntos e
como negociaríamos tempo de qualidade. A discussão foi tão franca que Aisha se despediu.
“Bem, então, Srta. Roxy, estou ansiosa para morarmos juntos”, disse Aisha.
"Sim eu também."
Aisha resmungou baixinho enquanto caminhava, mas ela estava sorrindo ao mesmo
tempo.
O que houve com ela? Bem, tanto faz. Sylphie, Roxy e eu tínhamos o futuro para
discutir. Algumas pessoas podem ficar horrorizadas com o fato de podermos discutir essas
coisas quando Paul acabara de morrer, mas era exatamente por isso que eu queria um tema de
conversa mais alegre.
“Por favor, faça de Sylphie sua principal prioridade, Rudy. Só um pouquinho do seu
atenção quando você tem tempo livre é suficiente para mim”, disse Roxy.
"Absurdo. Devemos ser justos”, insistiu Sylphie.

"Mas-"
“Ele ainda pode arranjar mais esposas, então não sejamos tímidos.”
Mais? Eu poderia dizer o quão pouca fé ela tinha na minha metade inferior apenas
com essa palavra.
“Honestamente, agora me sinto sobrecarregado de culpa por tudo isso. Vou ficar
de fora até seu bebê nascer”, disse Roxy.
“Então é assim que você se sente.” Sylphie assentiu pensativamente. “Bem, falta pouco
mais de um mês para a entrega. Você não se importa se eu dedicar todo esse tempo para mim?

"Eu não. Então vamos esperar até o próximo mês para eu me tornar oficialmente
sua esposa, Rudy.
“…”
Eu provavelmente era uma pessoa horrível por achar uma decepção ter
tenho que viver a vida celibatária no próximo mês. Mas quando comecei a pensar em como
seria capaz de fazer sexo com os dois tanto quanto quisesse depois que Sylphie desse à
luz... Meu amigo lá embaixo começou a se levantar em saudação.
“…”
“…”
À medida que essas fantasias se solidificaram na minha cabeça, as duas mulheres viraram
olha para mim.
“Hum, Rudy?” Sylphie me chamou. “Se você absolutamente não pode esperar, me
avise, ok? Faremos algo a respeito.”
“Oh, não, eu mesmo cuidarei disso.”
Não importa o quanto eu fosse um cão chifre, eu não iria trapacear mais do que já fiz.
Queria que ela confiasse que eu, Rudeus Greyrat, não vacilaria novamente. A única razão pela
qual vacilei foi a situação única em que me encontrava e porque minha parceira era Roxy.
Contanto que eu nunca entrasse em uma espiral depressiva e tivesse uma mulher do calibre
de Roxy aparecendo diante de mim, eu nunca trairia novamente. Sempre.
“Ah, mas você disse que Roxy também está grávida? Nesse caso, se esperarmos um
mês, você também não poderá fazer sexo com ela. O que faremos então?
Sylphie se perguntou ansiosamente.
Roxy, parecendo envergonhada, disse: “Hum, sobre o que Rudy disse sobre isso...
acho que ele estava mentindo. Não tive a oportunidade de dizer isso, mas na verdade não
estou grávida.”
"Huh?" Eu deixei escapar.
Ela não estava? Então do que diabos Elinalise estava falando antes?
"…Oh."
Ela me atraiu direto para uma armadilha. Aquele idiota. Droga. E eu dancei direto na
palma da mão dela.
“O que foi, Rudy?” Roxy perguntou.

“Nada, mas deixe-me apenas esclarecer as coisas e dizer que não estava mentindo. Foi
apenas um mal-entendido da minha parte.”
“Ah, tudo bem então.” Roxy coçou as bochechas, o rosto vermelho. “Mas estou ansioso
por isso, algum dia.”
"Oh sim. Eu também”, eu disse. As palavras “Feliz Planejamento Familiar” vieram à

mente, colocando um sorriso no meu rosto. Ahh, eu realmente estava ansioso pelo que
estava por vir.
“Rudy é um pervertido, não é?” provocou Sylphie.
“Sim, certamente estou”, concordei.
“Eu me pergunto o que nosso pervertido Rudy vai fazer comigo?” Roxy se perguntou em
voz alta.
Continuamos conversando e rindo juntos.

E foi assim que consegui uma segunda esposa.
Preparamos um quarto para Lilia e minha mãe depois que terminaram o banho, depois
nos retiramos para passar a noite. Assim como havíamos discutido anteriormente, eu passaria
a noite com Sylphie. Fiz um travesseiro para ela com meu braço e nos aninhamos perto, o corpo
dela voltado para o meu. Mas ainda não tínhamos adormecido. Nós dois estávamos olhando
um para o outro em silêncio.
“Sobre nossa conversa anterior,” ela começou, sendo a primeira a falar. "EU
tive algo absolutamente trágico imaginado em minha mente quando você disse que tinha algo
para conversar e Roxy estava ao seu lado.
"O que é isso?" Perguntei.
“Achei que você poderia me dizer que não podia mais me amar e que queria que eu
fosse embora.”
“Eu nunca diria isso!”
Que tipo de desprezível diria algo assim?!
"Sim, eu sei." Sylphie farfalhou ao redor. Eu podia sentir algo pressionando o coto onde
minha mão esquerda estivera. Os dedos de Sylphie – ela estava acariciando. “Mas eu ainda
estava ansioso. Eu não sei por quê. Tive a sensação de que você não voltaria para mim.

Uma sensação de mau presságio? Bem, isso foi por um triz. Não teria sido
surpreendente se eu tivesse morrido.
Olhei para Sylphie. "Eu te preocupei?"

"Sim."
“Está tudo bem agora.” Acariciei sua cabeça com minha mão direita. Seus olhos
enrugaram quando ela se inclinou para o meu toque. Seu cabelo era de uma cor linda e pálida.
Ela cresceu enquanto eu estava fora. “Seu cabelo está ficando mais comprido.”
“Porque você disse que gosta de cabelo comprido.”
"Você está fazendo isso por mim?"
"Sim."
Ela esperou por mim esse tempo todo, e eu fui estúpido o suficiente para...
“Sinto muito, Sylphie, por quebrar minha promessa a você.”
Ela balançou a cabeça. "Está bem. Eu te amo do jeito que você é.
“Mas se você tivesse feito o mesmo comigo, eu teria gritado e chorado

como um bebê e ataquei você por me trair. Eu sei que faria isso.
Ela riu. “Hee hee, mas eu não faria isso com você. Não tenho olhos para ninguém
além de você, Rudy. Sylphie aproximou o rosto e me deu um beijo na bochecha.
Uma onda de carinho surgiu borbulhando dentro do meu peito. Eu poderia

amo Sylphie pelo resto da minha vida. Ela devia estar preocupada, devia querer chorar
comigo e, mesmo assim, aceitou tudo sem reclamar.
“Sylphie,” eu sussurrei.
“Ei, ei.”
Como retribuição por seu beijo, dei-lhe um dos meus, plantando meus lábios contra
sua bochecha macia e macia.
“…”
Normalmente este era o prelúdio para fazermos amor, mas pararíamos por aqui
para hoje. Eu não conseguia empurrar o corpo dela, não quando estava pesado de criança.
Mas naquele momento senti algo se contorcer na parte inferior do meu abdômen.

“Vamos, Sylphie, não podemos fazer isso. Se você começar a me tocar

aí, não vou conseguir aguentar. Quer dizer, estou interessado em sexo durante a
gravidez, mas…”
“Não, não podemos, Rudy”, disse ela ao mesmo tempo. “Não seria bom para o bebê.”
“Hum?”
"Huh?"
De repente, nós dois olhamos para baixo. Ali, ao lado da barriga inchada de Sylphie
barriga, era um caroço denso e montanhoso. Dobramos o cobertor para descobrir…
"Diz isso?!"
O enorme tatu enfiou a cabeça na base da cama, bem entre Sylphie e eu. Quando
essa coisa chegou aqui? Eu nem tinha percebido que ele entrou.
“Coisinha pervertida, enfiando a cabeça na virilha das pessoas”, eu ri.
“Assim como você, Rudy.”
“Não, eu...” Comecei a protestar, mas pensei melhor. "Ah, bem, acho que você
pode dormir conosco esta noite."
“Sim, isso parece bom.”
Saí da cama, peguei um segundo cobertor e criei uma mancha

o chão ao lado da nossa cama para Dillo dormir. Ele se esparramou e fechou os olhos.
A criatura tinha a aparência de um tatu, mas era basicamente como um cachorro

grande. Teríamos que construir um canil mais adiante. Mantê-lo dentro de casa era muito
bom, mas seria uma dor se começasse a cagar aqui.
Espere, acho que poderíamos apenas treiná-lo para ser domesticado, como um cachorro?
Bem, essa era uma conversa que poderíamos ter mais tarde em família.
“Vamos dormir?” Comecei a voltar para a cama à direita de Sylphie, mas parei
e voltei para a esquerda dela, para poder segurar sua mão com a direita. Ela deu um
aperto poderoso. “Boa noite, Sylphie.”
"Sim. Que bom que você voltou, Rudy.
E então eu apaguei como uma luz.

Capítulo 16:
Antes de seu túmulo
ALGUNS DIAS se passaram desde que tomei Roxy como minha esposa. Ultimamente, meu
o medo de que outro desastre estivesse prestes a acontecer começou gradualmente a desaparecer. O
futuro parecia mais brilhante do que isso, embora eu ainda tivesse muitas preocupações com a Zenith.
Ela havia reivindicado um dos outros quartos grandes da casa para si. Eu aconselhei Lilia
a não fazer isso, visto que o morador anterior desta casa havia sido morto lá, mas Zenith gostou disso
e se recusou a sair. Vendo isso, Lilia ignorou minhas preocupações, dizendo: “Tenho certeza de que não
há nada com que se preocupar”. Era verdade que se ela fosse cuidar de Zenith, um quarto espaçoso seria
preferível a um quarto apertado.
Também levei Zenith a um médico; um dos praticantes mais proeminentes do Reino

Ranoa, indicado por Ariel. Infelizmente, o homem ergueu as mãos, dizendo que não tinha ideia do tipo de
problema médico que ela tinha e, portanto, não tinha ideia de como tratá-lo. Com a tecnologia médica
atual neste mundo, não havia realmente nada que pudessem fazer para restaurar suas memórias.
Talvez tenha sido por causa da magia de cura que o tratamento médico neste mundo fosse tão
desequilibrado.
Independentemente disso, tomamos medidas para elaborar um plano de reabilitação formulado

especificamente para alguém com amnésia. Eu não sabia se isso ajudaria, mas era melhor do que não
fazer nada. Se eu tivesse oportunidade, seria uma boa ideia procurar um instrumento mágico que
pudesse ajudar na recuperação de memórias. É verdade que eu não tinha ideia se tal coisa existia.
Provavelmente era melhor considerar o tratamento dela um empreendimento de longo prazo. EU

também não tinha ideia do que sua família no País Sagrado de Millis diria sobre isso. Tudo permaneceu
incerto.
O progresso de Sylphie estava dentro do cronograma. Quando tentei apalpar seus seios
inchados, ela ficou muito brava comigo. Aparentemente, doía se eu agarrasse com muita força. A maneira
como ela me implorou para ser gentil me fez querer pular nela

ossos. Eu já havia aceitado suas tentações muitas vezes antes e feito o que queria com ela, mas
desta vez ela estava grávida, então eu não podia deixar meus desejos passarem sem filtro. Eu
não pude deixar de querer tocá-la mesmo assim, mas fui cauteloso – gentil – enquanto a
acariciava.
A gravidez trouxe mudanças ao corpo; seus seios não eram mais os

aqueles que eu estava acostumada a acariciar. E quando pensei em como fui eu quem provocou
essa mudança em seu corpo, senti uma alegria indescritível. Provavelmente era isso que as pessoas
queriam dizer quando falavam sobre um “senso de dominação”.
Ah, Sylphie é toda minha.
Mas, como você deve ter adivinhado, não ter a mão esquerda é uma droga. Pensei com
saudade nos dias em que pude apalpar seu peito com as duas mãos. Agora que estava faltando um,
minha satisfação caiu pela metade.
Logo seus seios começariam a produzir leite. Eu suspeitava que ela estaria
cruze comigo se eu pedisse para provar o sabor. Talvez ela até me desprezasse. Mas talvez
valesse a pena perguntar, mesmo que as probabilidades estivessem contra mim. Provavelmente era
do meu interesse manter a pergunta para mim mesmo, mas apenas uma vez não faria mal, certo?
“Você com certeza ama meus seios”, disse Sylphie.
"Sim. Eles são pequenos, mas são os melhores do mundo.”
“O melhor do mundo…” ela murmurou. “Você pode realmente dizer isso depois de
apalpar a Roxy?”
“Perdoe-me pelos meus pecados”, eu disse dramaticamente.
“Hee hee, não estou com raiva!”
Nós nos envolvemos em brincadeiras divertidas, nosso relacionamento mais forte do que nunca. Se este
tivesse sido meu mundo anterior (mais especificamente, o Japão), nosso relacionamento
provavelmente teria sido bastante tenso. Mas neste mundo, Sylphie era compreensiva.
Contanto que eu os amasse igualmente, poderia ter duas ou três esposas.
Quanto à minha outra esposa, Roxy ocupou um dos quartos menores da

o segundo andar. O menor, para ser exato. Sugeri que ela escolhesse um mais espaçoso,
mas aparentemente ela gostava de espaços apertados, o que eu entendi. Eu também não me importei
com eles.

Roxy tornou-se professora na universidade. Ao mesmo tempo, fui apresentá-

la a todos e anunciar meu retorno, mas deixaremos essa história para outra hora.
***
Mais um mês se passou e, finalmente, num dia de muita neve, Sylphie

deu à luz. Foi um parto normal sem complicações reais. Nem culatra nem
prematuro. O único problema era que a nevasca lá fora era tão forte que o médico
que chamamos não conseguiu chegar a tempo. No meu mundo anterior, isso
teria sido motivo de pânico, mas felizmente tínhamos Lilia.
Como alguém com experiência em partos, ela era capaz de se mover
rapidamente, com Aisha como assistente, sem nunca me pedir nada. Ela
executou cada passo com cuidado, acompanhando Aisha durante todo o processo.
Roxy e eu ficamos de fora caso algo acontecesse. Se surgisse uma emergência,
a magia de cura seria nosso ás na manga.
Embora, notavelmente, meus nervos estivessem completamente à flor da pele. A cura nem
estava na minha cabeça naquele momento. Tudo o que pude fazer foi segurar a mão de Sylphie na
minha enquanto seu rosto se contorcia de dor.
“Ver você assim traz lembranças de quando a patroa deu à luz Norn”, disse
Lilia.
Isso também me deu flashbacks. Norn era um bebê pélvico, com ambos
mãe e bebê em perigo durante o parto. Paul estava inútil, completamente
emocionado. Eu consegui manter a calma e ajudar no parto naquela época, mas
olhe para mim agora. Eu fui muito mais capaz no passado do que sou agora – não
muito diferente de como era no meu mundo anterior.
“Não se preocupe, a Senhora Sylphie ficará bem. Não há necessidade
estresse”, disse Lilia enquanto trabalhava rapidamente, lidando com tudo com
tanta experiência que fiquei chocado.
Mas não importa o quanto ela tentasse acalmar meus nervos, minha mente não conseguia.
resolver. A única coisa que pude fazer foi agarrar a mão de Sylphie e dizer:
“Inspire... e expire. Dentro...e fora”, enxugando o suor da testa enquanto eu fazia isso.
então.

A angústia em seu rosto era clara, mesmo enquanto ela ria diante do meu pânico.
“Hum… Rudy, você pode relaxar um pouco, sabe?”
Aisha bufou com uma risada própria, o que lhe rendeu um tapa rápido de Lilia.
Sylphie observou os dois e riu novamente.
"Eh?!"
Assim que a sala pareceu relaxar, a primeira onda veio.
“Senhora Sylphie, estamos prontos agora. Empurrar!"
"Nnngh..."
Observei em silêncio enquanto ela lutava. A única coisa que pude dizer foi: “Você
consegue fazer isso”. Eu senti que havia algo que eu deveria estar fazendo também, mas
não havia nada que eu pudesse fazer.
Sylphie atendeu aos pedidos de Lilia para empurrar, seu rosto se contraindo a cada vez,
até que...
O bebê nasceu.
Ela soltou um grito feroz ao ser entregue em segurança ao nosso mundo. Uma
garotinha adorável com a mesma cor de cabelo que eu. Lilia levantou-a e entregou-a a
Sylphie, que segurou a recém-nascida com força e suspirou de alívio.
“Estou tão feliz… O cabelo dela não é verde,” ela sussurrou.
Desarrumei o cabelo de Sylphie – cabelo que antes era verde, mas agora era de um
lindo branco.
"Sim."
Mesmo que nosso bebê tivesse nascido com cabelo verde, eu não culparia
Sylphie por isso. Como eu poderia? Verde era minha cor favorita neste mundo; a cor do
cabelo de Sylphie e de Ruijerd. Até o Roxy, com a iluminação certa, brilharia como
esmeralda. Eu adorei o verde. Se alguém quisesse discriminar cabelos verdes, teria que
passar por mim. Eu os enfrentaria, mesmo que isso significasse fazer do mundo inteiro um
inimigo.
“Você foi maravilhoso, Sylphie.”

"Obrigado."
Embora eu tivesse decidido amar cabelos verdes, o resto do mundo não,

considerando isso um mau presságio. Agradeci a Deus pela sorte de minha filha ter a
mesma cor de cabelo que eu. Falando em Deus, ela estava na sala vizinha com um bastão
firmemente preso nas mãos, parecendo pálida como um lençol.
“Aqui, Rudy. Segure-a”, disse Sylphie.
"OK."
Eu a peguei em meus braços. Seu corpo estava quente, sua voz feroz enquanto
ela chorava. Sua cabeça era minúscula, junto com a boca e o nariz – todo o seu corpo
transbordava de vida. Meu coração se inundou de emoção quando pensei em como aquela
garotinha era minha, meu bebê que Sylphie havia dado à luz.
“…”
Lágrimas surgiram.
Paul se foi, mas agora tínhamos um bebê. Ele salvou minha vida. Se não tivesse
fosse por ele, eu não estaria aqui segurando meu filho. Mas, em troca, Paul nunca mais
manteria a própria esposa, as próprias filhas ou o neto.
Ele ficaria amargo por não poder estar aqui? Ou ele iria rir e
vangloriar-se: “Isso tudo foi graças a mim”?
De qualquer forma, eu tinha que continuar vivendo. Pelo bem do meu filho, eu não poderia morrer. EU
tive que proteger Sylphie – minha família.
Sylphie e eu pegamos as duas primeiras letras dos nossos nomes e as alteramos

um pouco para pensar no nome dela: Lucy. Lucy Greyrat. Aisha riu, chamando-o de
um nome barato, e Lilia bateu na cabeça dela novamente. Eu estava feliz por ela ser uma
menina. Se tivéssemos tido um menino, eu poderia tê-lo chamado de Paul.
***
Lilia me expulsou da sala depois disso. Havia muito a ser feito,

aparentemente, então ela me disse para esperar lá fora. Fui para a sala e me sentei no
sofá. Eu realmente não tinha me movido, mas estava exausto.
Roxy se acomodou ao meu lado, parecendo cansada, e suspirou. Cabana

fez ainda menos do que eu, então o cansaço dela devia ser mental. “Esse foi o meu primeiro

tempo assistindo uma pessoa dar à luz”, disse ela. "Foi fantástico."
“Eu... já vi isso algumas vezes. Cerca de três, eu acho. Mas isso desgasta você
ainda mais quando é seu.”
Sylphie provavelmente estava ainda mais esgotada. Eu teria que realmente mostrar
a ela meu apreço mais tarde.
“Acho que também deve ter sido assim que nasci”, disse Roxy, pensativa.
“Bem, é assim que todo mundo nasce, não é?” Eu não sabia muito sobre como
os Migurd se reproduziam, mas considerando que eles se pareciam com humanos, não
poderia haver muita diferença, certo?
“…Eu também vou dar à luz assim eventualmente, não vou?”
Quando olhei em sua direção, encontrei Roxy olhando para mim, com o rosto
vermelho. Tirei os sapatos e cruzei as pernas no sofá, sentando-me o mais rígido
que pude. "Sim, espero poder pedir que você faça isso por mim."
Agora que o bebê de Sylphie havia nascido, isso significava que Roxy e eu
iniciaríamos o próximo processo de criação do bebê. Honestamente, eu estava ansioso
por isso, embora o bebê de Sylphie tivesse acabado de nascer. Eu realmente estava
sem esperança. Não que eu me odiasse por isso — eu não poderia, não considerando
que Paul provavelmente já havia sentido o mesmo no passado.
Mal posso esperar, pensei rindo, e Roxy enrubesceu.

envolvendo os braços em volta do corpo.
"Rudy, você está com uma expressão muito suja no rosto."

“Eu nasci com isso.”
É isso mesmo – eu nasci com isso. Era algo que eu tinha desde que vim a este
mundo, ou talvez até antes disso.
“…”
Ah, isso mesmo. Antes de começar aquela rotina com Roxy, precisava anunciar
o nascimento do meu bebê.
No dia seguinte, fui sozinho até os arredores da cidade, onde havia um cemitério
para nobres situado em uma colina baixa. Foi aqui que colocaremos Paul para descansar.
Ele pode se preocupar por ser colocado ao lado de outros nobres,

mas este local tinha uma gestão melhor do que a do público em geral.
Fiquei no meio da neve, diante da lápide redonda no estilo Ranoa. Eu não tinha
ideia de qual religião Paul havia seguido. Não pensei que ele tivesse acreditado em Deus.
Ele parecia ser do tipo que não se preocupava com religião, então, mesmo que tivéssemos
cometido um erro nesse aspecto, eu tinha certeza de que ele nos perdoaria. Talvez tivesse
sido mais ideal fazer um túmulo para ele no Reino Asura, onde antes ficava a Vila
Buena. Paulo não tinha ligações ou relações com a terra aqui.
Mas se o enterrássemos muito longe, não poderíamos visitá-lo.
Eu já havia informado Geese e os outros sobre este local. Nós até visitamos uma
vez como um grupo. Cada pessoa trouxe algo que achavam que Paulo gostaria. Álcool,
uma espada curta – esse tipo de coisa. Geese e Talhand sentaram-se diante de seu
túmulo e beberam até morrer, ganhando a ira do guardião do túmulo.
Comecei a limpar o túmulo de Paul, com uma garrafa de bebida alcoólica que
comprei no caminho, torta debaixo do braço. Limpei a neve que se acumulou em sua lápide,
lustrando a pedra com um pano que trouxe comigo. A estrada que levava ao cemitério
estava coberta de neve, mas o coveiro manteve os caminhos arados, por isso não foi difícil
limpar a área de Paul.
Limpei, coloquei a garrafa na frente do túmulo e juntei as mãos. Pensei em comprar

flores também, mas não havia nenhuma à venda. Durante o inverno nos Territórios do
Norte, era difícil encontrar flores. Não que Paul gostasse de flores, de qualquer maneira.
“Paul… Pai, meu bebê nasceu ontem. Uma garotinha. Ela é da Sylphie,
então tenho certeza que ela crescerá e será linda.” Sentei-me em frente ao seu túmulo e
dei-lhe a notícia. "Eu gostaria que você pudesse tê-la visto."
Se Paul a tivesse visto, eu tinha certeza de que ele teria ficado agitado e
arrulhado até que Zenith o repreendesse. Ele provavelmente teria me levado para beber
para comemorar, e nós dois teríamos nos embriagado até o estupor. Então ele teria
atacado Lilia, exasperando Zenith.
Era tão característico que eu conseguia imaginar claramente o futuro que

teria sido se Paul ainda estivesse vivo e minha mãe não tivesse perdido a memória.
“Eu fiz de Roxy minha esposa. Eu tenho dois agora, assim como você. Eu desejo
você teria me ensinado como me preparar mentalmente para isso.”
Agora que pensei sobre isso, provavelmente era isso que Paul estava fazendo.

tentando falar comigo sobre aquela época no labirinto. Ele sabia que Roxy sentia algo por mim
e que eu também sentia algo por ela. Muito provavelmente, ele queria me ensinar como
me preparar para isso.
“Não é exatamente a mesma coisa, não tenho duas filhas de repente, mas
eventualmente Roxy vai engravidar e ter meu filho também. Tenho certeza de que isso ainda
está longe, mas espero que eles cresçam e se tornem tão saudáveis quanto Norn e Aisha.”
Eu não tinha intenção de criticar os ensinamentos de Lilia, mas queria que meus
filhos crescessem como iguais – que fossem fortes o suficiente para resistir quando as
pessoas os chamassem de meio-demônios.
“Aparentemente Sylphie pensa que vou me casar com outra esposa depois disso. Não
planejo nada disso, mas dizem que o que acontece uma vez pode acontecer uma terceira
vez. Talvez ela esteja certa.
Eu me perguntei se Paul já havia pensado em se casar com Ghislaine, Elinalise,

ou Vieira. Parecia que ele tinha um relacionamento sexual com Ghislaine, então suspeitei
que ele tivesse considerado isso pelo menos uma vez. Por outro lado, Paul tinha a mente
um pouco mais aberta do que eu, então talvez ele não pensasse tanto em casamento.
“Talvez eu também não devesse pensar demais, hein?” Quando direcionei minha
pergunta para sua lápide, senti como se pudesse vê-lo sorrindo maliciosamente para mim. Tudo
que pude ver foi seu sorriso; Não consegui ouvir nenhuma palavra.
Mas não era como se Paul nunca tivesse pensado bem nas coisas. Eu tinha certeza
de que ele havia quebrado a cabeça durante anos sobre as coisas. Só fazia sentido. Havia
poucas pessoas no mundo que viviam sem pensar.
“Pai, eu era um filho terrível – carregando lembranças da minha vida anterior. Eu

não te amei como deveria, como meu pai,” eu disse enquanto me levantava. Peguei a garrafa
de álcool e bebi uma vez. Era uma bebida forte, queimando como fogo na descida, e
quando terminei, joguei um pouco sobre seu túmulo. “Mas agora eu me vejo como seu filho.”
Talvez o álcool não fosse o melhor para alguém como Paul, que estragou tudo ao se
afogar na bebida. Mas certamente, hoje poderia ser uma exceção.
Estávamos celebrando uma nova vida no mundo.
“Eu finalmente entendo agora. Ainda sou apenas uma criança. Um pirralho que fingiu
ser adulto usando suas memórias anteriores.”

Tomei outro gole e servi um pouco para Paul. Outro gole e depois uma dose.
Logo a garrafa estava completamente vazia.
“Agora que tenho um filho no mundo e sou pai, sei que tenho que crescer
imediatamente. E para fazer isso, terei que cometer um monte de erros, lamentar
por eles e mudar – lenta e gradualmente. Tenho certeza de que foi assim que você
também teve que fazer, então farei o melhor que puder.”
Coloquei a tampa da garrafa e coloquei-a na frente de seu túmulo.
“Voltarei novamente. Da próxima vez, trarei todos os outros também — eu
disse, virando-me para sair.
Muitas coisas se encaixaram, com muita dor e muita alegria ao longo do
caminho. Eu repeti erros horríveis ao longo do caminho, mas ainda não acabou. Não
importa o quanto eu estraguei tudo ou entendi errado, não foi o fim. Eu ainda tinha
muita vida para viver neste mundo. E era isso que eu ia fazer: viver ao máximo,
para que, independentemente de quando eu morresse, não me arrependesse.


Sobre o autor:
Rifujin na Magonote
Reside na província de Gifu. Adora jogos de luta e bolinhos de creme.

Inspirados em outros trabalhos publicados no site Let's Be Novelists, eles
criaram a web novel Mushoku Tensei. Eles instantaneamente ganharam o apoio
dos leitores e se tornaram o número um no ranking combinado de popularidade
do site no primeiro ano de publicação.
“A vida é uma série de decisões, mas ninguém sabe quais são as decisões
certas”, afirmou o autor.

Obrigado por ler!

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Mushoku Tensei Jobless Reincarnation Vol. 12 - Compressed

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A CIDADE LABIRINTO de Rapan era única.

Rapan estava sentado no meio de um vasto deserto, preso dentro de uma

A certa altura, a cidade não passava de um pequeno oásis. Os restos do gigante

Esta cidade, envolta em um turbilhão de caos, é atualmente uma das maiores

—Trecho de Wandering the World, do

Eu tinha uma vaga lembrança das informações contidas em Wandering the

"Surpreso? Esses pilares são na verdade costelas de um gigante.”

1 Goldenagato | mp4directs. com

Ainda estávamos caminhando enquanto eu inspecionava a área quando Galban me

“As formigas estavam entre os numerosos monstros que se banqueteavam com a

Quando o gigante morreu, insetos atacaram-no. Então começaram a se reproduzir

Então foi assim que aconteceu, pensei.

2 Goldenagato | mp4directs. com

pode ser uma exceção especial à regra, mas não comprei.

“Aventureiros e comerciantes de todo o mundo se reúnem aqui”

Itens mágicos foram produzidos em massa. Implementos mágicos e armaduras

É verdade que chegar aqui exigia conhecimento de como atravessar o deserto,

Nos despedimos de Galban após chegarmos em Rapan. Aparentemente, seu

"Obrigado por tudo."

"Mesmo aqui. Se você precisar de alguma coisa novamente, é só dizer.

3 Goldenagato | mp4directs. com

Agora precisávamos procurar Geese. Ou Paulo. Eu certamente esperava que eles

“Como vamos fazer isso?” Perguntei.

Quando perguntamos sobre a localização da guilda, fomos apontados para

Ao nos aproximarmos da Guilda dos Aventureiros, vi várias pessoas vestidas com

4 Goldenagato | mp4directs. com

O prédio da Guilda dos Aventureiros foi esculpido em uma pedra enorme,

A vibração dentro da guilda era quase a mesma do resto da cidade, mas

“Ok, vamos começar a perguntar sobre Paul e Geese”, disse Elinalise.

“Parece bom”, concordei. “Tenho certeza de que encontraremos algo se perguntarmos.”

“Você está pedindo o impossível.”

“Já faz um mês, não é? Ela está morta."

Geese tentou por um tempo persuadir o homem, mas finalmente o homem-fera

5 Goldenagato | mp4directs. com

“No entanto, é assim que ele costuma ser”, disse Elinalise.

"Realmente? Eu meio que tive uma impressão diferente dele.”

Geese virou a cabeça, procurando. Seus olhos se arregalaram quando ele

“Desculpe por mantê-lo esperando”, disse ela.

Aparentemente, as coisas não estavam indo bem, mas já esperávamos isso.

6 Goldenagato | mp4directs. com

“E você com certeza não parece ter mudado, senhor Geese.”

Ahh, essa troca com certeza trouxe lembranças.

“De fato”, eu disse, “isso certamente traz lembranças.”

Ah, nostalgia – o tempo que passei completamente nu naquela cela no

“Ah, isso é o suficiente. Vou levá-lo até onde Paul está”,

“Não posso fazer nenhuma promessa”, respondeu ela, balançando a cabeça.

7 Goldenagato | mp4directs. com

Geese forçou um sorriso e encolheu os ombros, deixando por isso mesmo.

“'Ok, vamos entrar'”, disse Geese, e entramos.

Não havia porta, apenas uma cortina que separava o interior do

“Ah…!” Alguém engasgou baixinho.

8 Goldenagato | mp4directs. com

Seu rosto estava pesado de exaustão. Todos eles eram.

Sentei-me em seu lugar, plantando-me bem em frente a Paul.

“Mestre, Lord Rudeus chegou”, anunciou Lilia.

Hoje nao. Hoje eu era o Buda Rudeus.

“Uh, eu os acolhi. Eles estão morando na Cidade Mágica da Sharia, certo