Grimgar of Fantasy and Ash Volume 1

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Level 1:
Sussuro, Canto, Oração,
Despertar
Geografia
Grimgar
A palavra que se refere a este "mundo". Ninguém sabe se se refere a um
continente inteiro, uma ilha inteira, parte de um desses, ou se engloba tudo.
Basicamente, quando aqueles que vivem neste "mundo" se referem a este
"mundo", usam este nome. Geralmente, refere-se à área a sul das montanhas
Tenryu (a pátria) e a norte delas (a fronteira), numa única palavra.
Reino Arabakia
(Quase) O único reino humano (cidades-estado e micronações existem).
Embora em tempos mantivessem território no que hoje se chama fronteira e
fossem altamente prósperos, foram derrotados pelo Império Eterno e
recuaram para sul das Montanhas Tenryu, mantendo o seu poder. Desde essa
altura, vieram a chamar às áreas a sul do Tenryus a "pátria", e à área a norte
delas a "fronteira".
A Alternativa da Cidade Fortaleza

O único bastião fortificado do reino de Arabakia a norte das montanhas
Tenryu. A cidade do início. A fortaleza da humanidade. Com alojamentos,
tabernas, lojas de armas, s, e muito mais, tem todas as instalações
necessárias no local. A marquesa de Alterna, Garlan Vedoy, governa a
cidade. Abriga o Exército da Fronteira Alternativa, liderado pelo General
Rasentra. Ao formar alianças com os Goblins da Floresta Sombra, os anões
da Cordilheira do Ouro Preto, e os centauros das Planícies Quickwind, eles
conseguiram de alguma forma manter o seu poder. Eles têm relações hostis
com todas as outras raças.
Sobre Grimgar
Monstros
Goblin
Humanóides pequeninos e feios. A altura tende a ser de 140cm, no
máximo. Muitos indivíduos têm cerca de 120cm. Têm pele esverdeada e
orelhas pontiagudas. Embora possam variar, tendem a ser espertos e não se
envolvem em batalhas quando estão em desvantagem. Preferem agir em
grupo. Formaram um reino governado por uma linhagem de sangue real. Dão
à luz em ninhadas, têm um curto período de gestação de cerca de três meses,
e amadurecem rapidamente, pelo que a sua espécie tem um número
extraordinariamente grande de indivíduos. Uma característica que têm é que
carregam uma pequena bolsa chamada bolsa de goblin pendurada sobre um
dos seus ombros, na qual guardam objectos de valor. Os goblins de alta
patente decoram as suas bolsas, e estas bolsas decoradas podem ser vendidas
por uma grande quantidade. Parecem ter um gosto pela moda, uma vez que
muitas vezes vestem artigos caros sobre si próprios. Algo a visar.
Hobgoblin
Uma sub-Raça de goblins que são menos comuns em comparação com o
goblin padrão. Parecem-se com os Goblins mas são construídos maiores,
sendo aproximadamente do tamanho humano. São mais ferozes que os
Goblins mas menos inteligentes, sendo por vezes domesticados por Goblins
e transformados em guerreiros escravos. São geralmente intimidados por
serem mais altos do que os outros goblins. Alguns hobgoblins inteligentes
formaram uma sociedade tribal e consideram os goblins como inimigos.
Ocasionalmente, existe um hobgoblin submisso que tem sido domado por
Goblins, armado como guarda-costas, e que lutará ferozmente em seu nome.
Os Goblins mais importantes têm um Goblin que os protege.
Rato do Fosso
Ratos que têm aproximadamente o tamanho de gatos. São rápidos e têm
um pêlo excepcionalmente duro. Semelhantes aos porcos-espinhos. Têm o
traço de encaracolar
numa bola e a rolar a alta velocidade. Existem muitas subespécies. São

omnívoras, mas como a carne, e há ratos do fosso que terão como alvo
animais maiores (incluindo humanos) como presas. A sua carne não é muito
saborosa. As suas peles são de pouca utilidade. São vermes.
Não-mortos
Uma facção de mortos-vivos. Uma nova raça criada pelo No-Life King.
Os esqueletos, zombies e fantasmas não são tecnicamente mortos-vivos
(embora os humanos os vejam frequentemente como mortos-vivos). Os
mortos-vivos são criaturas que morreram mas não estão mortos e não
apodrecem. Têm capacidades regenerativas poderosas, e mesmo quando os
seus cérebros são destruídos ou são queimados, isso não os destrói. Diz-se
que cadáveres dado o sangue negro do No-Life King se tornaram os mortos-
vivos, mas mesmo agora com a morte do No-Life King, os sacerdotes e
bispos dos mortos-vivos realizam o "ritual de mortos-vivos" aos cadáveres
não-mortos. Aqueles que são mortos-vivos perdem a maioria das memórias
que tinham em vida, prometendo fidelidade ao Rei Sem-Vida. Isto
permanece inalterado mesmo agora que o No-Life King já não existe.
Zumbi
Devido à "maldição do No-Life King", aqueles que morrem em Grimgar,
a menos que medidas adequadas sejam tomadas, tornam-se "servos do No-
Life King". Os zombies são os criados "com carne", enquanto aqueles que
apodreceram completamente tornam-se esqueletos. Cortar a cabeça ou
destruir o cérebro irá impedi-los de se moverem, mas deixados em paz,
tornar-se-ão ou partes parciais de um esqueleto ou fantasmas.
Listagem de classes
 Ladrão
 Mago
 Gatuno
 Sacerdote
 Caçador
 Paladino
 Cavaleiro Negro
*Há também outras classes especializadas, tais como Samurai.
Aquisição de Habilidades e Magia

Quando uma habilidade ou magia é aprendida pela primeira vez através
de treino, o que se aprende é apenas o básico: o suficiente para a executar,
mas não para a executar com poder e efeito suficientes. Através da prática ou
uso em batalha (diz-se que o uso em batalha é dez vezes mais eficaz) o seu
grau de perícia constrói, e gradualmente torna-se capaz de a executar com o
poder e o efeito que se pretendia que tivesse. É necessário tempo e esforço
consideráveis para o dominar plenamente.
Clãs
Uma equipa ou grupo formado por soldados voluntários, principalmente
aqueles que trabalham para o mesmo objectivo. Os membros são todos
camaradas. Ao atacar uma fortaleza ou labirinto demasiado grande para um
único grupo, vários grupos têm de se unir. Pensa-se que este tipo de
circunstâncias são o que leva à formação de clãs. No Corpo de Soldados
Voluntários, não existem regulamentos fixos para eles, mas recomenda-se
que o comuniquem ao escritório aquando da formação de um clã.
Guildas
Há uma série de corporações neste mundo. A maioria são organizações
para um comércio designado, e um pacto entre todas as s assegura que um
indivíduo só pode ser membro de uma . Em quase todas as s, existe um
código que todos os membros devem seguir. Este não é anotado, mas
passado verbalmente aos membros, e aqueles que quebram o código são
expulsos.
Os membros expulsos podem nunca mais regressar à . Além disso, se a
expulsão é o pior que acontece ao ofensor depende da . Em algumas s, os
perseguidores perseguirão os expulsos, procurando as suas vidas.
Índice
Capa
Ilustrações
coloridas
Ilustrações do
Mundo
Informações
“Despertar”
1. Todas essas Coisas que Não
Sabemos
2. Perdidos e Confusos
3. Yorozu-chan
4. As Alegrias da Vida
na
5. Encontro
6. Guerreiro Achado e
Perdido
7. Início Lento
8. Teimoso
9. Resolução Pesada
10. Damuro
11. Não Vá
12. Qual o Caminho?
13. Uma Peça Importante
14. As Moedas de Prata e
Ouro
15. Desculpe
16. Quando Você Mira o Topo
17. Precioso
18. As Suas
Circunstâncias
19. Por Agora, Amanhã
20. O Pequeno Orgulho dos Caçadores de
Goblins
21. A Inocência Fina Como Papel
22. Por Você
23. Prólogo
Posfácio
Sobre J-Novel Club
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“Despertar.”
Abriu os olhos, sentindo-se como se tivesse ouvido a voz de alguém.
Estava escuro. De noite, talvez? Mas não era escuro como breu. Havia
luzes. Fogo. Acima dele. Algum tipo de iluminação. Velas, parecia.
Pequenas, afixadas na parede. Não apenas uma, mas muitas, espaçadas
uniformemente, continuando até onde ele conseguia ver.
Onde ficava este lugar?
Era um pouco difícil de respirar.
Quando ele tentou tocar na parede, era dura e rochosa. Isto não era uma
parede.
Era apenas rocha nua. Não admira que as suas costas estivessem
doridas depois de se ter deitado contra ela. O seu rabo também lhe doía.
Talvez ele estivesse numa caverna. Uma gruta? Porque estaria numa
caverna...?
Aquelas velas velas estavam bem no alto. Talvez ele conseguisse
chegar a uma se estivesse de pé; era o quão altas elas eram. Além disso,
elas nem sequer emitiam luz suficiente para ele ver as suas mãos e pés.
Mas ele sentiu a presença de outros nas proximidades. Quando ele
ouviu atentamente, houve um ruído ténue que soou como respiração.
Os humanos? E se não fossem? Ele poderia estar em apuros. Mas eles
pareciam humanos, de alguma forma.
"Está alguém aí?", perguntou ele hesitantemente. "Sim", a voz de um
homem foi disparada de volta.
"Estou aqui..." veio outra resposta, provavelmente a de uma mulher. A
voz de outro homem deu um curto-circuito: "Sim".
"Calculei que sim", acrescentou outra pessoa. "Quantos de nós somos?"
"Devemos contar?"
"E... onde estamos nós, afinal?" "Não sei..."
"O quê?" "Não sei... Será que ninguém sabe onde estamos?" "Não
sei..." "O que é que se passa?"
"O que é isto?"
A sério. Que diabo foi isto? O que estava ele a fazer num lugar como
este?
E porquê? Há quanto tempo é que ele estava aqui?
Ele agarrou-se ao peito com força, como se tentasse arrancar algo dele.
Não fazia ideia do que se estava a passar. Há quanto tempo estava ele
aqui? Porque estava ele aqui?
Quando ele começou a considerar a sua situação, algo começou a puxar
de volta à sua mente. Mas desapareceu subitamente antes que ele pudesse
agarrar-se a ela. Ele não sabia. Ele não sabia de nada. Ele estava
completamente perdido. "Sentado aqui não vai resolver nada", disse um
homem com uma voz baixa e rouca.
Havia um som, como se alguém estivesse a pisar calhaus. Parecia que o
homem se tinha levantado.
"Indo a algum lado...?" perguntou a voz de uma mulher.
"Seguindo o muro", respondeu o homem. "Indo para tentar ir em
direcção à luz". O tom do homem era surpreendentemente calmo.
Ele não estava assustado? Porque não ficou abalado com isto?
O homem estava agora debaixo da segunda vela dele, e ele parecia
muito alto.
Ele conseguia ver um pouco da cabeça do homem à luz das velas. O
cabelo do homem não era preto. Era... prata?
"Eu também vou", disse a mulher. "Eu também, acho eu", disse a voz
de um homem.
"Esperem aí, rapazes! Eu também vou, então", disse outro homem.
"Também há a outra direcção", disse ainda outra pessoa. A voz
soava ligeiramente agudo, mas era provavelmente outro macho.
"Podemos provavelmente ir por esse caminho. Não há velas, no entanto".
O homem de cabelo prateado disse: "Se quiserem ir por ali, estejam à
vontade", e começou a caminhar.
Parecia que todos iriam seguir o homem de cabelo prateado. É melhor
eu ir também, então, pensou ele. Levantou-se apressadamente, não
querendo ser deixado sozinho.
Ele deu um passo nervoso à frente, mantendo a mão na parede de pedra.
O chão não estava liso. Era irregular, mas suficientemente fácil de andar.
Havia alguém à sua frente, e alguém atrás. Ele não sabia quem, no
entanto.
A julgar pelas suas vozes, ninguém aqui era assim tão velho. Não
conheço nenhuma destas pessoas... pelo menos, penso que não, pensou ele.
Quem eram as pessoas que ele conhecia? Familiares. Amigos. Mas
quem eram eles exactamente?
Estranho. Ele não conseguia pensar em ninguém. Não, era mais como
se sempre que ele tentava trabalhar para trás das caras que lhe vinham à
cabeça, elas desaparecessem de repente.
Ele não sabia.
Não acontecia apenas com os amigos. Com a família também. Não era
que ele não os conhecesse de todo. Era mais que ele os devia ter
conhecido, mas estava a esquecer-se.
"Talvez seja melhor não pensar nisso", disse ele em voz alta.
"Será que..." perguntou uma voz por detrás. Definitivamente a voz de
uma jovem mulher. "Disseste alguma coisa?"
"Não, não foi..." Ele parou.
Nada de importante? A sério? Nada de importante? Como é que não
era importante?
Ele abanou a cabeça para a desobstruir.
A dada altura, parecia ter parado de andar. Devia continuar,
pensou ele.
Ele precisava de continuar a andar. Era melhor não pensar nisso.
Quanto mais ele tentava lembrar-se, menos sentia que sabia.
A fila de velas continuou. Não havia fim à vista.
Há quanto tempo estava ele a caminhar? Teria ele caminhado muito, ou
não? Ele não conseguia dizer qual. O seu sentido do tempo e do espaço
tinha ficado entorpecido.
"Há aqui qualquer coisa", disse alguém à frente. "É brilhante". Há...
lâmpadas?"
O homem de cabelo prateado disse: "É uma grelha de ferro".
"D-Do achas que é a saída?!" exclamou um homem diferente, a sua voz
estridente e excitada.
O som das pesadas quedas de pés iluminou-se. Mesmo no escuro, ele
podia dizer que todos se apressavam a avançar.
Ele podia agora ver as fontes de luz. Eram muito mais brilhantes do que
as velas tinham sido. Eram definitivamente velas. Estavam penduradas na
parede? As lâmpadas iluminavam o que parecia ser uma grelha de ferro.
O homem de cabelo prateado agarrou a grelha de ferro. Não só o seu
cabelo era prateado, o homem estava vestido como um mafioso. Sacudiu a
grelha de ferro violentamente, como um mafioso faria, e começou a mover-
se.
"Estou a abri-la", chamou o gangster, puxando a grelha para dentro.
Com um ruído rangente, a porta da grelha de ferro abriu-se.
"Oh....!" várias pessoas gritaram ao mesmo tempo.
"Podemos sair?!" exclamou uma mulher vestida com roupas vistosas,
que estava de pé atrás do gangster.
O gangster entrou pela porta. "Há escadas. Podemos subir".
Através da porta, havia um corredor com cãibras e mofo. Para além
disso, havia degraus de pedra. Não havia luzes, mas a luz brilhava de cima
para baixo.
O grupo subiu as escadas em fila única, um degrau de cada vez.
Havia outra grelha de ferro no topo das escadas. Esta parecia que não
abria.
O mafioso bateu na grelha com o seu punho vezes sem conta. "Não está
aí ninguém?! Abre a porta!" o gangster rugiu, como uma besta.
A mulher cintilante juntou-se, gritando: "Ei, alguém, qualquer um, abra
a porta!" Por trás deles, um tipo com o cabelo encaracolado gritou: "Ei!
Abram a porta!
Ei!"
Eles não tiveram de esperar muito tempo. O gangster tirou a mão da
grelha e deu um passo atrás. Aparentemente, alguém tinha vindo.
A mulher e o gajo com o cabelo encaracolado ficaram calados, e ouviu-
se o som de uma fechadura a girar. A grelha de ferro abriu-se, e a voz de
um homem disse: "Saiam". Ele assumiu que a voz pertencia ao homem que
tinha destrancado e aberto a porta.
Subiram as escadas, e havia uma sala de pedra. Estava sem janelas,
mas brilhantemente iluminado graças às lâmpadas. Para além das escadas
que tinham subido, havia outro conjunto de escadas que subiam a um nível
superior.
O lugar inteiro parece demasiado antigo, como se não pertencesse ao
mundo moderno.
O homem que abriu o portão também está vestido de forma estranha.
Não são roupas que ele está a usar. Aquelas coisas de metal que ele está a
usar são... armaduras? Eu também chamaria a esse capacete que ele tem
sobre um capacete blindado. E aquele objecto pendurado na sua cintura,
não se parece com um bastão de noite. Era uma espada... ou algo
semelhante? Armadura, um capacete, e uma espada? De que época é que
este tipo veio?
Mais uma vez, acho que esse não é.
O homem de armadura puxou um interruptor negro na parede.
A parede e o chão tremeram ligeiramente, e um som pesado ecoou
através da sala. A parede moveu-se.
Abriu-se. Parte da parede abriu-se lentamente.
Afundou-se, deixando um buraco. Um buraco oblongo e rectangular.
O homem de armadura disse simplesmente: "Saia" novamente,
gesticulando em direcção ao buraco com o seu queixo.
O gangster saiu primeiro, e a mulher cintilante seguiu-o. Todos
seguiram atrás deles, atravessando o buraco um após o outro como se
fossem puxados.
Lá para fora.
Desta vez, eles estavam realmente lá fora.
Ou era pré-diabo ou crepúsculo. O céu pouco iluminado espalhava-se
até onde os olhos conseguiam ver.
Este era o topo de uma pequena colina.
Quando se voltaram, uma grande torre ergueu-se à sua frente. Eles
tinham estado dentro daquela torre... ou talvez fosse mais exacto dizer, por
baixo dela.
Contando todos no grupo, havia oito homens incluindo o Gangster,
Curly, e ele próprio, e quatro fêmeas incluindo Flashy. Doze no total.
Estava escuro, por isso não conseguia ver tantos detalhes. Ainda assim,
ele conseguia ver as suas figuras, mais ou menos o que vestiam, penteados,
e traços faciais gerais. Como ele tinha pensado, não reconhecia ninguém.
"Pensa que é uma cidade?" perguntou um homem esbelto com cabelo
sedoso. Ele estava a apontar para o outro lado da colina.
disse uma mulher com o seu cabelo comprido em duas tranças. Olhando
nessa direcção, ele
podia ver edifícios apinhados de gente.
Uma cidade. Parecia certamente uma. Tinha de ser uma cidade. Excepto
que a cidade estava rodeada por uma cerca alta - Não, não era uma cerca.
Estava rodeada por muros altos e sólidos.
"Em vez de uma cidade", disse um homem magro de óculos pretos, "é
quase como um castelo".
"Um castelo..." sussurrou ele, mas por alguma razão a sua própria voz
soou como a de outra pessoa.
"Um..." uma pequena mulher atrás dele perguntou timidamente, "onde é
que isto está, achas?"
"Olha, perguntar-me não vai ajudar".
"...Certo, claro. Um, d faz qualquer um... sabe? Onde fica este lugar?"
Ninguém disse nada. A menos que estivessem deliberadamente a tentar
incomodar a mulher, ou a esconder a informação por qualquer outra razão,
isso significava que nenhum deles tinha qualquer ideia.
Cortaram-lhe o cabelo encaracolado e disseram: "A sério?".
"A sério?", disse um homem que parecia um playboy, batendo palmas.
Ele usava uma roupa de corte e costura bordada. "Porque é que não
perguntamos àquele tipo?! Aquele que estava, tipo, com uma armadura ou
o que quer que seja!"
Todos se viraram para olhar para a torre. E depois aconteceu.
A entrada começou a encolher. A parede ergueu-se novamente,
preenchendo o buraco. "Whoa, whoa, wai..."
A Playboy entrou em pânico. Chegou demasiado tarde.
A entrada desapareceu, deixando o local onde outrora tinha sido
indistinguível da parede circundante. A Playboy tentou tocar e bater na
parede em todo o tipo de lugares enquanto gritava coisas como: "Oh, vá lá,
não podes estar a fazer isto! Espera, espera, pára com isso! Por favor,
meu..." Mas nada aconteceu.
Depois de um tempo, a Playboy se sentou, desanimada.
"Bem, isto é um problema", disse uma garota com seu cabelo comprido
em duas tranças. Ela disse a palavra "problema" com um sotaque
engraçado.
"Você disse", respondeu Cabelos encaracolados, agachando-se e
pendurando sua cabeça. "Sério...? Sério?"
"E, agora, com aquele tiiiiiiiiiiiiiii perfeito!" a voz de uma mulher
aguçada ressoava...
Espere, quem...?
Havia quatro garotas em seu grupo: Flashy, a que tinha tranças, a
pequena e tímida, e uma garota de lata que tinha que ter menos de 150 cm.
Aquela voz aguda não parecia pertencer a Flashy, Braids, ou Timid.
Provavelmente também não era a voz do Tiny.
"Eu apareço, você sabe. Eu subo ao palco, você sabe. Onde eu estou?
Estou bem, heeeere!"
"Bem onde?!" gritou a Playboy, de pé e gritando.
"Não paaaanic! Não seja alaaaarmed! Mas, mesmo assim, não
relaaaaxe. Não arranquem seus cabelos, eiiiiquer!"
Cantando algo como "Charararararahn, charararararahnrarahn", uma
mulher arrancou a cabeça do lado da torre, onde aparentemente estava
escondida.
O penteado dela é o que eles chamam de "rabos gêmeos"? perguntou
ele.
"Heeeey". Será que todos estão se sentindo bem? Bem-vindo a
Grimgar. Eu sou seu guia, Hiyomuuuu. Prazer em conhecer vocêuuuu.
Vamos nos entender? Kyapii!"
Um homem com os dentes cortados em voz alta. "Que estilo de
discurso irritante", murmurou ele.
"Eek!" Hiyomu baixou sua cabeça de volta para a torre, mas logo a
enfiou de novo. "Você é tão assustador". Tão perigoso. Não fique tão
maaaad. Está bem? Está bem?
Está bem? Está bem?"
Buzz-Cut clicou sua língua em desagrado. "Então não me chateie".
"Sim, sirreeee!" Hiyomu saltou para fora ao lado da torre, levantando a
mão em uma saudação. "Vou ter cuidado de agora em diante, senhor! Serei
reeeeal careful, senhor? Está bem assim? Está tudo bem, certo? Teehee".
"Você está fazendo isso de propósito, não está?"
"Aw, você poderia fazer isso de propósito? Ah, ah! Não fique bravo!
Não me dê um soco, não me chute! Eu não gosto de ser ferido!
Geralmente, eu quero que você seja niiiice para mim! De qualquer forma,
posso mudar as coisas de lugar agora? Posso fazer meu trabalho agora?"
"Apresse-se", disse Gangster em voz baixa. Ao contrário de Buzz-Cut,
ele não parecia abertamente agitado. Mesmo assim, seu tom era
intimidante.
"Muito bem, então", começou Hiyomu com um sorriso. "Eu vou fazer
meu trabalho agora, está bem?"
O céu estava ficando mais brilhante a cada momento. Estava muito
mais brilhante agora do que havia sido antes, o que significava que devia
ser de manhã, e não ao anoitecer. O amanhecer estava se rompendo.
"Por enquanto, basta seguir após meeee. Não se deixe levar pelo
vento". Hiyomu começou a andar, seus rabos gêmeos balançando atrás
dela.
Olhando em volta, eles viram um caminho da torre que desce a colina.
Campos de grama espalhados por ambos os lados de um caminho
escuro de terra exposta que tinha sido endurecida com o uso, e havia
grandes pedras brancas espalhadas ao redor da grama que cobria a colina.
Uma grande quantidade delas. Demasiadas. Parecia quase que estavam em
filas ordenadas.
Era como se alguém as tivesse alinhado.
"Ei, esses são..." perguntou Curly, apontando para as pedras brancas.
"Poderiam ser... sepulturas?"
Ele estremeceu.
Falando nisso, ele notou algum tipo de escrita esculpida nelas.
Flores também tinham sido colocadas na frente de algumas. Um
cemitério. Poderia este morro ser um cemitério?
À frente do grupo, Hiyomu riu sem dar a volta. "Eu venci. Bem, não se
preocupe com isso agora. Não se preocupe com isso agora. É muito cedo
para qualquer um de vocês. Espero que seja cedo demais para qualquer um
de vocêsuuu. Hee hee hee...".
Buzz-Cut clicou a língua dele novamente em desagrado, chutando a
sujeira. Ele parecia bastante irritado, mas parecia que ainda planejava seguir
Hiyomu por enquanto.
O gângster já havia começado a andar. Glasses, Flashy, e Tiny o
seguiram.
A Playboy gritou: "Uau! Eu também, eu também! Eu também!" e
começou a persegui-los, depois tropeçou.
Parecia que não havia outra escolha senão ir junto. Mas para onde
Hiyomu estava planejando levá-los? Onde ficava esse lugar?
Ele suspirou, olhando para o céu. "Ah...".
O que foi aquilo? Estava bem baixo no céu. Não podia ser o sol. Mas era
grande demais para ser uma estrela. Nem sequer era um círculo completo,
de qualquer forma. Sua forma estava em algum lugar entre a meia-lua e uma
lua crescente. Isso significava que era a lua, então? Seria uma lua estranha,
porém.
"É vermelha", disse ele em voz alta. Ele piscou, olhando de novo para
ela. Não importava quantas vezes ele olhasse, ainda era vermelho rubi.
Atrás dele, Timid engoliu audivelmente. Ele se virou para ver que ela
também estava olhando para a lua.
"Ahh", disse Braids enquanto ela parecia notar isso também. Ela piscou
repetidamente, depois riscou. "O Sr. Lua está vermelho. Isso é super
bonito".
O homem de cabelos sedosos olhou para a lua vermelha pendurada no
céu amanhecer, parado, com um olhar ausente no rosto.
Curly disse: "Uau..." com um olhar de olhos arregalados.
Um homem excessivamente grande, mas aparentemente quieto, soltou
um gemido baixo.
Ele não sabia onde isto estava. De onde ele tinha vindo? Como ele tinha
chegado até aqui? Ele também não sabia dessas coisas. Ele não conseguia se
lembrar. Mas... havia apenas uma coisa de que ele estava certo.
A lua naquele outro lugar não estava vermelha.
Uma lua vermelha era apenas estranha.
1. Todas essas Coisas que Não Sabemos
Em algumas partes da cidade, as ruas eram forradas com prédios de pedra,

enquanto em outras não havia nada além de madeira. A rua de
paralelepípedos torceu-se e virou-se, tornando difícil ver muito à frente. Ao
lado da ampla estrada havia um aqueduto, com água fluindo através dele que
era na sua maioria pura. Às vezes havia um mau cheiro, provavelmente de
excrementos, mas à medida que eles caminhavam, isso deixou de incomodá-
los.
Hiyomu conduziu o grupo de doze homens e mulheres até a cidade além
da colina. Pelo que ela havia dito, esta cidade era chamada de Alterna. Havia
pessoas vivendo aqui, como se poderia esperar de algo chamado cidade, e
embora fosse madrugada, eles passaram por um número não pequeno de
pessoas que pareciam ser residentes. Os moradores olhavam todos para os
doze como se fossem uma visão incomum. Mas os doze se viram olhando de
volta. Afinal de contas, as pessoas estavam todas vestidas de forma estranha.
Espere... esquisito como? Em comparação com os doze, suas roupas eram
simples e desgraçadas, nada vistosas.
"Então, tipo, este lugar..." começou a Playboy, "é, tipo, você sabe... um
país estrangeiro ou algo assim..."?
"Uh..." Curly virou a cabeça, tentando encontrar uma resposta. "...Um país
estrangeiro? Um país? Pensando bem, que nacionalidade eu sou, afinal? Não
é mesmo? Estranho, não consigo me lembrar... Na verdade, eu também não
consigo lembrar meu endereço e tal. Huh?"
"O quê, você não tinha notado?" Gangster disse em voz baixa. "Meu
nome é sobre tudo o que ainda sei".
A frase "ainda sei" chamou sua atenção. Provavelmente significava algo
diferente do que simplesmente não ter sabido nada. Talvez Gangster tivesse
sido atingido com aquela sensação de tentar rastrear suas memórias de volta
apenas para senti-las desaparecer, também.
"Meu nome..." Curly bateu com seu peito. "Meu nome é... Ranta. Fora
isso... Sim. Não faço a menor idéia. Uau. Sério? Eu tenho desaparecimento
de memória"...
"Acho que você quer dizer..." Ele invadiu sem querer e imediatamente se
arrependeu. Mesmo assim, ele não podia parar agora. "...perda de memória,
certo?"
"Ouça, amigo..." Curly disse com um suspiro. "Se você vai ser o cara
esperto, não pode fazer melhor? Isso requer um certo espírito, você sabe.
Quando você meio-assim como esse, é embaraçoso para mim como o cara
que faz de bobo para você. Isso mata o humor. Bem, tanto faz. Vou ignorar
isso desta vez. Então, quem é você?"
"Você vai... esquecer..."
De que maneira Ranta estava se fazendo de tolo? Que tentativa horrível de
humor. Ele não estava totalmente convencido, mas...
Um nome.
Qual era o próprio nome dele? "...Eu sou Haruhiro. Eu acho?"
Curly, a.k.a. Ranta, fez um gesto exagerado de tropeço, como um pratfall.
"Você acha? Espere aí, amigo, você nem sabe seu próprio nome? Ok, eu sei
que estamos falando de como meu nome é tudo o que sei, mas..."
Esse cara é bem irritante, pensou Haruhiro, olhando para o Gangster, que
estava andando atrás do Hiyomu. Ele se perguntava qual era o nome do
Gangster. Ele meio que queria perguntar, mas estava com muito medo do
homem. Embora ele não pretendesse substituí-lo por perguntar ao Gangster,
ele se voltou para o homem esbelto de cabelo sedoso e perguntou: "E você?
"Oh", respondeu Silky com um sorriso. Ele era um homem bastante
eloqüente. "Eu sou Manato". Você se importa se eu o chamar de Haruhiro?
Nenhum honorífico, nem nada?"
"Oh, claro, tudo bem. Então posso chamá-lo apenas Manato, também?"
"Estou bem com isso, é claro."
Quando Manato sorriu para ele, ele não pôde deixar de sorrir também. Ele
parece ser um bom rapaz. Eu provavelmente posso confiar nele, pensou ele.
Ranta era irritante. O gângster o assustou, e Buzz-Cut tinha uma cara
assustadora. Flashy parecia vir de um mundo muito distante do dele, e era
difícil se aproximar de um cara de aparência inteligente como Glasses.
Tranças, Timid, e Tiny. E quanto àquelas três meninas?
Timid, com quem ele já havia conversado um pouco, e ela estava por
perto. Ele pensou que pelo menos tentaria conseguir o nome dela. Mas,
quando chegou a hora de realmente perguntar, ele estava um feixe de nervos.
Haruhiro limpou sua garganta. "Uh, ei". "Y-Yes...?"
"N- Agora, não é nada importante, mas, uh..."
"Eu sou Kikkawa, yesh!" A Playboy exclamou de repente, fazendo uma
pose esquisita. "Ei, ei! Esqueçam os caras, vamos ouvir as senhoras! Você
quer fazer algumas apresentações, ou não?"!
As tranças balançaram a cabeça. "Não".
"Nem pensar!" Playboy, também conhecida como Kikkawa, parecia
pateticamente abatida.
Haruhiro não pôde deixar de se sentir um pouco alegre. Mesmo assim, a
tentativa de Kikkawa havia lhe dado o impulso que ele precisava.
"Um", Haruhiro tentou pedir o mais direto que pôde. "Qual é o seu nome?
Seria mais fácil dirigir-se a você se soubéssemos. Bem, comparado a nós não
sabendo, pelo menos".
"Ah..." Timid olhou para baixo, puxando a franja dela. Ela estava
tentando esconder seu rosto? Seus olhos, nariz e lábios eram modestos, mas
ela era muito bonita.
Não havia nada que ela precisasse esconder, pelo menos. "...eu sou...
Shihoru. Esse é meu nome, quero dizer. Mais ou menos. Desculpe..."
"Não, você não precisa pedir desculpas".
"Desculpe, é um hábito. Desculpe, vou tentar não..." Shihoru estava
tremendo como um boi recém-nascido.
Será que esta garota ia ficar bem? Ele estava preocupado só de olhar para
ela. Isso estimulou um instinto de proteção nele.
"Você é um cara grande", disse Manato, que estava falando com o gigante
gentil. "Qual é a sua altura?"
"Huh?" disse o grande homem, piscando ausente. "Minha altura? Eu tenho
160 cm..." “160?!” Ranta interjeitado. "Isso é menor do que eu, o cara que é
um self
proclamou 170 cm, sabe?"!
"Eu entendi errado. Era 180... 86? Por ali. Eu acho. Ah. Meu nome é
Moguzo. Provavelmente".
"Dê-me 10 de seus centímetros, agora mesmo, Moguzo!" Ranta exigiu,
golpeando Moguzo na lateral. Como se isso fosse possível. "Se eu receber 10
centímetros de você, eu serei 178! Você será 176! Que reviravolta! Isso seria
maravilhoso! Não seria?"!
"Se eu pudesse dar a você..." respondeu Moguzo.
"Espere um pouco..." Haruhiro só podia amaldiçoar-se a si mesmo quando
ele começou a corrigir Ranta novamente. "Nesse caso, sua altura não é
superior a 170: você tem realmente 168 ". "Oh, cale a boca. So-rry! Você
parece ter mais ou menos a mesma altura que eu,
de qualquer forma"!
"Eu mal tenho 170 ".
"Você é uma peça, sabia disso?! Você é um demônio que discrimina as
pessoas por uns míseros dois centímetros"!
"Este cara é uma dor", murmurou Haruhiro.
"Huh?! Eu não o ouvi bem. Você disse alguma coisa?! Você disse, não
disse?! Você disse alguma coisa"!
"Nada, nada. Eu não disse nada, honestamente".
"Seu mentiroso! Seu mentiroso, pervertido, bastardo pervertido! Não
subestime minha audição diabolicamente boa! Isto foi o que você disse:
"Você e seus caracóis naturais podem ir para o inferno, seu bastardo!"
"Não, eu realmente não disse isso".
"Você me chamou de 'encaracolado'! Essa é a única coisa que você não
pode me chamar! Essa palavra é banida, maldição!"
"Sim, e eu não disse isso". Ouça quando as pessoas estão falando..."
"Eu estava escutando! Eu estava escutando tão bem, que tenho calos nos
ouvidos!
De qualquer forma, eu não perdoo a ninguém que me chama de 'Curly'!
Isso é uma ofensa executável! Não se esqueça disso!"
"Curly," Gangster se virou e disse, "você é chato. Cale a boca". "...Sim,
senhor", disse Curly, a.k.a. Ranta, em uma voz minúscula. "...Desculpe. Vou
calar a boca.
agora".
Haruhiro encolheu os ombros. "Você nunca iria perdoar isso?"
"Seu idiota." Ranta disse calmamente. "Eu sou um cara que escolhe a hora
e o lugar certos. Eles me chamam de Master Choice. Eu vou ser o Rei da
Decisão"!
"Sim, vá em frente e faça isso..."
"Eu serei o Rei do discernimento! Não detergente, discernimento! O Rei
da Decisão! Isso é o que eu serei!"
"Curly", Gangster parou e deu meia-volta novamente. "Cale a boca".
"Eeek!" Ranta rapidamente fez um ajoelhamento de salto. "Eu-eu estou
semeado...!" "Ao invés do Rei da Decisão", disse Haruhiro, olhando para
baixo
Ranta, "por que não se tornar o Rei de Kowtows, em vez disso"?
"É isso aí!" Ranta levantou a cabeça e estalou seus dedos. "Espere, não,
não é isso! Ser o Rei de Kowtows seria muito coxo! Não importa quão alta
seja minha habilidade de curvar-se!"
" Curly". O gângster parecia pronto para matá-lo. "Esta é a terceira vez".
"Eeeeek!" Ranta fez outro ajoelhamento, esfregando sua testa no
pedras de paralelepípedos. "Desculpe-me! Não vai acontecer de novo!
Desculpe-me, por favor..
Esse cara já é o Rei de Kowtows, pensou Haruhiro, mas decidiu não dizer
isso. Se ele dissesse alguma coisa, eles provavelmente começariam a discutir
novamente, e
isso seria uma dor. Depois disso, eles continuaram em silêncio até que
Hiyomu parou em frente a um prédio de dois andares de pedra.
O edifício estava hasteando uma bandeira com uma lua crescente
vermelha sobre um campo branco. Havia também uma placa lá na frente. Na
placa, dizia: " Altern Fronter Arm Voluter Solder Cops Red Mon", o que
parecia estranho. Em uma inspeção mais detalhada, muitas das cartas tinham
perdido a cor ou tinham sido descascadas.
"Ta-dah!", disse Hiyomu, apontando para o letreiro. "Finalmente
chegamos, sim, chegamos". Aqui. Aqui. Está! O escritório do famoso Corpo
de Soldados Voluntários do Exército da Fronteira Alternativa, Lua
Vermelha"!
Haruhiro sussurrou, "Lua Vermelha", e olhou novamente para o sinal.
Agora fazia sentido. Se você o leu com as partes que faltavam, ele dizia
"Corpo de Soldados Voluntários do Exército Alternativo de Fronteira Lua
Vermelha".
"Entre, entre!" Hiyomu fez um gesto para dentro de uma grande sala que
era como uma sala de cerveja, com mesas e cadeiras espalhadas ao redor e, ao
fundo, um balcão. Atrás do balcão estava um homem com os braços
cruzados. Haruhiro, os outros, e Hiyomu eram as únicas outras pessoas ali.
"Bem, para mim é tudo!" Hiyomu disse com um arco para o homem atrás
do balcão. "Eu sei que faço isso todas as vezes, mas dê a eles o resumo, 'kay,
Bri- chan?".
O homem que ela chamou de Bri-chan deu um leve "Righty-o" em
resposta, e acenou adeus a ela com os braços ainda cruzados. Por alguma
razão, ele apertou os quadris e também acenou com a mão.
"Estou saindo agora mesmo! Bye-byeeeeee"! Hiyomu disse ao sair.
Quando ela fechou a porta atrás dela, uma estranha tensão se espalhou pela
sala. Provavelmente porque Bri-chan estava examinando de perto Haruhiro e
os outros. Deve ter sido isso. Afinal de contas, Bri-chan parecia bastante
desconfiado. Demasiado suspeito.
Bri-chan inclinou-se, descansando os dois cotovelos sobre o balcão, e
descansou o queixo em cima de suas mãos com fecho. Era um queixo
fendido. Mas, bem, esse detalhe não importava tanto, porque era a cor de seu
cabelo que disparava as bandeiras de advertência. Era verde. Além disso, ele
deve ter colocado batom ou algo assim, porque seu Os lábios eram negros.
Ele tinha olhos azuis pálidos rodeados de longos e grossos cílios, e embora
sua cor fosse bela, isso só o tornava mais aterrorizante. Parecia que ele
também tinha usado rouge em suas bochechas. Ele tinha uma maquiagem
grossa no geral, embora, não importava como você olhasse para ele, Bri-chan
era um cara.
"Hm...". Ele acenou para si mesmo várias vezes, depois se levantou.
"Muito bem". Venham aqui, meus gatinhos. Sejam bem-vindos. Eu sou
Britney. Sou a chefe e anfitriã aqui no escritório de Red Moon, o Corpo de
Soldados Voluntários do Exército da Fronteira Alternativa. Você pode me
chamar de chefe, mas Bri-chan também está bem.
Embora, se você me chamar assim, certifique-se de dizer isso com muito
amor". "Chefe", o gângster andou direto para o balcão, empurrando sua
cabeça para
de um lado. "Responda minhas perguntas. Eu sei que esta cidade é
chamada de Alterna. Mas o que é isso de Exército de Fronteira e Corpo de
Soldados Voluntários? Por que estou aqui? Você sabe?"
"Você tem coragem", disse Bri-chan com um risinho. "Eu tenho um
fraquinho por garotos como você. Qual é o seu nome?"
"É Renji. E eu odeio bichas como você". "Oh, você agora..."
Por um momento, Haruhiro não tinha certeza do que Bri-chan tinha feito.
Seus movimentos tinham sido não só rápidos, mas suaves e naturais demais.
"Renji, deixe-me dar-lhe uma dica". Bri-chan pressionou uma faca contra
a garganta de Renji, seus olhos se estreitando ameaçadoramente. "Ninguém
que me chama de bicha vive por muito tempo. Você parece um garoto
esperto; acho que você entendeu o meu significado. Ou você quer tentar
novamente?"
"Bem", disse Renji. Haruhiro engoliu.
Renji agarrou a lâmina da faca com sua mão nua. Embora ele tivesse a
lâmina fixada no lugar com a palma da mão e os dedos, havia sangue
pingando da base de seu polegar.
"Eu nunca quis uma vida longa e não me importo de ceder a ameaças",
disse ele. "Se você acha que pode me levar, faça-o, Chefe Fag".
"No devido tempo", respondeu Bri-chan, lambendo seus lábios e
acariciando a bochecha de Renji. "Eu o levarei com força". Tantas vezes
quantas eu quiser". E quando eu terminar, você nunca poderá me esquecer".
"...Ei", Ranta sussurrou para Haruhiro. "Quando ele diz que vai levá-lo,
tenho quase certeza de que quer dizer de outra forma".
"De que maneira?" Braids perguntou Ranta com um olhar em branco.
"Huh? Uh, bem, como colocar algo em um lugar de onde as coisas devem
sair... Basicamente, uh, como dizer isto? Hey, Haruhiro?"
"Não olhe para mim para te livrar disso. Você cavou este buraco, saia dele
sozinho".
"Você está com frio, cara... Você tem uma deficiência de gentileza... Você
está no zero absoluto da bondade humana"...
"Bem, de qualquer forma!" Kikkawa, o playboy, ficou entre Renji e Bri-
chan. "É a nossa primeira reunião! É claro que haverá mal-entendidos!
Vamos resolver isto pacificamente! Vamos tentar nos dar bem e ser alegres?
Está bem? Está bem? Em deferência à minha boa aparência"!
"Sua boa aparência?" Renji olhou de relance para Kikkawa e bufou
zombando enquanto soltava a faca.
Bri-chan puxou sua faca para trás, limpando o sangue dela com um pano.
"Parece que temos aqui alguns imprudentes. Oito homens, quatro mulheres.
Não há mulheres suficientes, mas eu prefiro assim, e os homens são mais
propensos a serem úteis na batalha de qualquer maneira, portanto não há
problema".
A Manato levantou uma sobrancelha. "Em batalha?"
"Certo", disse Bri-chan com um sorriso. Foi muito assustador,
francamente. "Útil em batalha".
"Este é um escritório de Soldados Voluntários", disse Manato, olhando
para baixo. "Então, isso significa que estamos nos tornando soldados
voluntários ou algo assim?
"Oh, meu Deus!" Bri-chan aplaudiu. "Você tem uma promessa, também.
É exatamente isso. Todos vocês vão ser soldados voluntários. Mas vocês têm
alguma liberdade para decidir, sabe?"
" Master Choice", disse Haruhiro, batendo nas costas de Ranta. "Vocês
estão de pé". "O-Oh?! I... Eu estou, não estou?! Não estou... I...?”
"Todos vocês podem escolher", disse Bri-chan, levantando seu dedo
indicador e agitando-o ao redor. "Vocês podem aceitar minha oferta, ou
rejeitá-la". A oferta é se juntar ao nosso Corpo de Soldados Voluntários da
Lua Vermelha como parte do Exército de Fronteira Alternativa. Bem, você
estará começando como estagiários com o objetivo de se tornar soldados
voluntários de pleno direito".
"Soldados voluntários..." disse Flashy, com um olhar assustador no rosto.
"O que eles fazem, sequer?"
"Eles lutam", disse Bri-chan com um aceno de mão, parecendo que ele
queria acrescentar um "seu ganso tolo" depois. "Aqui nas terras de fronteira
há raças que são hostis a nós humanos, assim como muitos e muitos
monstros".
O dever do Exército de Fronteira é exterminá-los e assegurar a fronteira.
Mas, para ser honesto, não é um trabalho fácil. De fato, o Exército de
Fronteira tem suas mãos cheias apenas mantendo sua base da linha de frente
em Alternativa. Então, é aí que entra o nosso Corpo de Soldados
Voluntários".
"Então, basicamente..." Os óculos ajustaram a posição de seus óculos com
o dedo médio de sua mão direita. "...enquanto as forças regulares protegem a
cidade, o Corpo de Soldados Voluntários ataca para matar corridas e
monstros hostis. É isso?"
"Para dizer de forma simples, sim", disse Bri-chan, espalhando suas mãos
como uma flor.
Ele pode ter achado bonito, mas foi bastante assustador.
"Embora, dito isto, não é como se o Exército de Fronteira fosse puramente
defensivo, sabe? Há momentos em que eles lançam forças expedicionárias
para atacar os bastiões das raças hostis. É que as operações militares de
grande escala têm suas limitações. Com a logística de abastecimento e tudo
mais, muitas coisas precisam ser pensadas com antecedência, afinal de
contas. Os soldados voluntários não são assim".
Kikkawa estava seguindo junto com acenos de cabeça exagerados. "Tipo,
como eles são diferentes?"
"Nós somos soldados voluntários..." Bri-chan começou, juntando suas
mãos e balançando as pontas dos dedos. "...aparecem de repente e
inesperadamente, infiltrando-se em território inimigo à esquerda e à direita,
vigiando, causando confusão e encontrando maneiras de enfraquecer as
forças contrárias. Embora cooperemos com a força principal, muito
raramente nos envolvemos em operações organizadas. A maioria dos
soldados voluntários age sozinha, ou em pequenos grupos de 3-6 pessoas, eu
pensaria. De qualquer forma, usamos nossas próprias habilidades individuais
e julgamento para reunir informações e atacar o inimigo.
É assim que o Corpo de Soldados Voluntários, Lua Vermelha, trabalha".
"E?" perguntou Renji, flexionando os dedos de sua mão direita. Não havia
sangue gotejando dela. O sangramento já havia parado. "O que acontece se eu
recusar a sua oferta?"
"Nada, realmente, sabe?" Bri-chan inclinou a cabeça e sacudiu um pouco
a cintura. Ele estava brincando? Talvez ele estivesse brincando e ameaçando-
os ao mesmo tempo. Afinal de contas, foi muito assustador. "Eu já lhe disse,
você tem espaço para decidir. Você pode escolher. Se você não quer ser um
soldado voluntário, você é bem-vindo a sair agora mesmo e nunca mais
voltar".
"Heh..." Ranta disse, arranhando seus cabelos encaracolados. "Talvez eu
passe, então. Eu realmente não entendo, mas, sabe, sou fundamentalmente
um pacifista e tudo mais".
"Tudo bem". Tchau, então. Cuide-se".
"Sim! Cuide-se você também, Bri-chan!" Ranta deu a volta, andou em
direção à saída e depois parou. "...Espere, mas quando eu sair daqui, o que eu
devo fazer?"
"Não posso me responsabilizar por você depois disso", riu Bri-chan. "Se
você não vai se juntar ao Corpo, você é livre para fazer o que quiser".
Aqueles de vocês que se tornarem soldados estagiários voluntários receberão
cada um dez moedas de prata, 10 de prata. Isso será suficiente para vocês
viverem por enquanto".
"Moedas de prata..." Os olhos de Manato se alargaram e ele começou a
pescar através de seus bolsos. "Ah, sim... dinheiro".
Haruhiro também tocou seus bolsos do quadril e das costas. Eles estavam
vazios. Ele não tinha nada com ele. O que, claro, significava que ele estava
sem um tostão.
"Um trabalho em meio-período, talvez..." O rosto de Ranta se torceu, e ele
pendurou a cabeça. "Eu podia procurar por um... Isso é tudo o que posso
fazer, por enquanto..."
"Espero que algo convenientemente caia em seu colo", disse Bri-chan
com um encolher de ombros exagerado. "Mas qualquer outro trabalho que
você encontre virá com seus próprios problemas, sabe? Mesmo que você
tenha sorte em alguém disposto a contratá-lo, ele não lhe pagará quase nada,
e você geralmente começará a fazer tarefas domésticas extenuantes ou a
cuidar das necessidades pessoais do proprietário ou mestre".
"Ack!" disse Kikkawa, batendo na testa. "É um mundo duro, cara. Eu não
sei o que dizer. Temos que, tipo, ir com a corrente aqui?"
"Eu acredito que eu lhe disse? Fluxo ou nenhum fluxo, os que decidem se
você se junta ou não"... Bri-chan apontou para cada um deles. "Você... Seu.
Vocês mesmos".
Renji respirou fundo. "Seja específico". O que precisamos fazer
primeiro?" "Oh, Renji. Não me decepcione. Você não estava ouvindo? Use
seu próprio
habilidades individuais e julgamento para reunir informações e atacar o
inimigo. Essa é a maneira de um soldado voluntário".
"Então, como estagiários, precisamos procurar e pensar por nós mesmos,
também"..." "É isso mesmo", Bri-chan acenou com a cabeça e começou a
alinhar algo no balcão. Reddish, objetos semelhantes a moedas e pequenas
bolsas de couro. Doze conjuntos em
total.
Bri-chan segurava um dos objetos semelhantes a moedas, que tinha uma
lua crescente entre seus dedos. "Este crachá identifica o titular como um
estagiário. É conhecido como um crachá de estagiário. Como tal, será uma
prova de sua condição de estagiário voluntário de soldado. Se você tirar um,
não o perca. Bem, não que carregá-lo faça muito por você, também. No
entanto, uma vez que você comprar seu crachá do Corpo com 20 Silver e se
tornar um membro pleno do Volunteer Soldier (Soldado Voluntário) Corps,
esse terá algumas regalias".
"Espere", disse Buzz-Cut, num tom agitado. "Você quer que nós lhe
paguemos por status?"
"Sim. Isso é um problema?" "Eu não gosto disso".
"Diga o que quiser, mas sem dinheiro, você não pode comer, não pode se
vestir, não pode fazer nada". Que escolha você tem? Você pode ir morrer em
uma vala se preferir".
Renji riu um pouco dessa. "Mesmo no inferno, o dinheiro importa, não
é?" "No inferno?" Bri-chan inclinou sua cabeça para o lado, quizzicamente.
"Bem, isso é
sobre o direito. De qualquer forma, sei que é estranho dizer isto depois de
dizer a vocês mesmos para resolverem as coisas, mas eu pensaria que seu
primeiro objetivo deveria ser comprar um crachá do Corpo e se tornar um
soldado voluntário".
"É justo". Renji levou um crachá de estagiário e uma bolsa de couro. "Eu
não sei sobre este negócio de soldado voluntário ou o que quer que seja, mas
eu o farei". Falaremos depois disso".
Depois de Renji, Buzz-Cut levou um crachá de estagiário e uma bolsa de
couro. Um pouco depois dele foram Flashy, Manato, e Glasses.
Kikkawa disse: "Está bem, então, eu também vou entrar nisto!" e depois
foi pegar duas bolsas, só para que Bri-chan lhe desse um tapa na mão.
Não havia muita escolha. Mas... por que fazer isto? Para conseguir
dinheiro... ou, em outras palavras, para permanecer vivo, talvez? Se era por
isso, então ele supunha que tinha que fazer. Era inevitável, mas ele ainda
tinha um mau pressentimento sobre isso.
Shihoru, Braids, e Tiny pareciam todos hesitantes. Ranta e o grandalhão,
Moguzo, também ainda não tinham decidido.
Bri-chan virou seus olhos azuis pálidos na direção deles. "E você?"
"Eu não sei..." Ranta caminhou em direção ao balcão, murmurando para si
mesmo. "Eu me sinto como se estivesse prestes a ser ferrado aqui. Tenho um
sentimento vagamente ruim sobre tudo isso..."
"Hmm." As tranças foram seguidas atrás do Ranta. "Onde há uma
vontade, há um caminho, dizem eles..."
"Não", Haruhiro balançou a cabeça. "Acho que ninguém diz vontade
própria ou caminho..."
"Oh?" Tranças voltadas para trás, com a mão estendida em direção ao
crachá e à bolsa. "Eles não dizem? Yume sempre disse isso com vontade e
caminho".
"Você aprendeu errado então. "É só 'onde há vontade, há um caminho'".
"Oh. Mas soa mais bonito com vontade de vontade e caminho. Yume acha
giro, também é importante".
"...definitivamente soava mais bonito dessa maneira".
Tranças, cujo nome aparentemente era Yume, riam com alegria genuína.
"Mas não é?" Enquanto eles estavam brincando, Tiny tinha levado um crachá
e uma bolsa. Moguzo, Shihoru, e Haruhiro eram os únicos que restavam. Não
querendo ser o último, Haruhiro pegou um crachá e uma bolsa. Enquanto ele
abria sua bolsa para confirmar que havia dez moedas de prata minúsculas
dentro, Moguzo veio sem pressa e pegou um crachá e uma bolsa para
estagiários. Shihoru foi o último a fazer isso.
"Parabéns", disse Bri-chan, sorrindo e aplaudindo. "Agora, todos vocês
são soldados estagiários voluntários". Trabalhem duro e aprendam a ficar por
conta própria rapidamente". Uma vez que sejam soldados voluntários
adequados, não seria adverso a dar-lhes alguns conselhos".
-Então, de repente- "Ei!"
Thud! "Urgh!"
Eles viram que Buzz-Cut agora estava de costas no chão. Tinha
acontecido em um instante, então eles não podiam ter certeza, mas talvez
Renji tivesse dado um soco no Buzz-Cut. Tinha dado um soco nele? Por que
ele teria feito isso?
"Levante-se", disse Renji com uma expressão em branco.
"Seu idiota!" Buzz-Cut gritou e tentou se levantar, só que Renji o chutou
imediatamente, mandando-o esparramar-se pelo chão.
"O que está errado? Levante-se". "Qual é o seu problema, seu idiota?"
"Desde a primeira vez que o vi, perguntei-me qual de nós era mais forte.
Chegou a hora de eu lhe mostrar a resposta. Levante-se".
"Maldição...!"
Renji ia atacar assim que o Buzz-Cut tentasse se levantar. Como era óbvio
até mesmo para um espectador como Haruhiro, Buzz-Cut só precisava evitá-
lo. Bem, Buzz-Cut tentou esquivar-se, mas Renji se adiantou aonde ia, deu-
lhe um soco, chutou-o, depois agarrou-o pela orelha e puxou-o. Quando
Buzz-Cut soltou um grito de dor, ele o ajoelhou com força no plexo solar.
Não apenas uma vez. Uma e outra vez. Depois disso, Renji pegou a cabeça de
Buzz-Cut em ambas as mãos. Ele balançou sua própria cabeça para trás e lhe
deu uma cabeçada.
Houve um estrondo forte, e Buzz-Cut caiu de joelhos. "Você tem uma
cabeça dura", disse Renji, esfregando sua testa com um
dedo. Tinha ficado vermelho, e estava sangrando um pouco. "Diga-me seu
nome".
Buzz-Cut manteve suas mãos fora do chão, colocando-as em seu lugar no
joelho para apoio. Ele podia estar suportando a dor por causa de uma teimosa
indisposição para rastejar. "...É Ron. Maldição, você é forte".
"Você também é muito forte. Venha comigo, Ron". "Sim. Vou ficar com
você por enquanto."
"Ótimo. Agora, quem mais..." Renji olhou ao redor do escritório, parando
em Manato.
Manato reagiu ao olhar de Renji com um estreitamento de seus olhos.
Renji seguiu em frente, desviando o olhar de Manato para Glasses. "Você
parece que pode ser útil". Venha comigo".
Glasses cruzou seus braços e piscou algumas vezes de surpresa. Depois,
ajustando a posição de seus óculos com o dedo do meio da mão direita, ele
acenou com um aceno de cortesia. "Claro. Eu sou Adachi. É um prazer,
Renji".
Renji respondeu levantando um lado da boca para um sorriso, depois
virou os olhos para Haruhiro.
Eh? Talvez ele também me queira? pensou Haruhiro, surpreso e um tanto
encantado. Afinal, Renji parecia musculoso, e havia demonstrado que era
forte o suficiente para derrubar facilmente Ron. Ele era um homem de ação.
Ele podia pensar de pé, também. Ele era assustador e parecia difícil de se dar
bem com ele, mas se Haruhiro conseguisse superar isso, Renji era
definitivamente confiável. Se Renji estivesse disposto a levá-lo junto, isso
provavelmente facilitaria a vida daqui para fora.
Ele não podia negar que se sentia assim. Mas esses sentimentos logo se
encolheram e morreram, porque Renji olhou para outro lugar. Ele havia sido
ignorado.
"Você aí, Chibi".
"Aye...?" A menina que era a mais pequenina entre os doze também tinha
uma voz minúscula.
Renji disse "Venha", e gesticulou para que ela a seguisse.
Chibi-chan pode ter ficado olhando para o espaço. Ela cambaleou na
direção dele, e olhou para Renji.
Renji deu um tapinha na cabeça de Chibi-chan. "Você parece que será
útil".
Venha comigo".
Chibi-chan disse "Aye..." e acenou com a cabeça. O rosto dela ficou
vermelho. Havia algo nela que se assemelhava a um ovo cozido. Mais do que
sua aparência, foram seus pequenos gestos e sua essência geral que lhe
emprestaram uma adorabilidade de mascote. Mas... útil? Haruhiro não sabia
disso. E, espere, Renji havia decidido que Chibi-chan seria mais útil do que
ele? Ele não sabia se devia se sentir humilhado ou apenas triste.
"Estamos indo", Renji gesticulou para a porta do escritório com seu
queixo. Quando Ron, Adachi, Chibi-chan e Renji começaram a ir embora,
Flashy gritou: "Espere! Leve-me também".
Renji soltou um breve suspiro. "Eu não preciso de nenhuma bagagem
inútil".
"Eu farei qualquer coisa!" Flashy disse, agarrando-se a Renji. "Eu sou
Sassa. Por favor.
Absolutamente qualquer coisa, eu farei".
"Absolutamente qualquer coisa, huh?" Renji disse, empurrando Sassa para
longe. "Não se esqueça dessas palavras".
"Sim. Não esquecerei."
"E não me toque". "Apanhei-te..."
"Ótimo". Você vem, também".
"Obrigado, Renji!" Sassa abriu a porta, e Renji e seus seguidores saíram.
Sassa foi o último a sair. Quando a porta se fechou, as sete pessoas restantes
pareciam derrotadas, como se tivessem perdido a loteria.
"Ack!" disse Kikkawa, fazendo uma careta e arranhando a cabeça. "Quem
me dera poder ter entrado também na Equipe Renji. Entre Renji e Ron, eles
provavelmente são imbatíveis em uma luta. Adachi parecia inteligente, Chibi-
chan era bonito como um botão, e Sassa estava fumegando quente. Cara,
estou com tanta inveja. Mas, bem, eles são as pausas.
Estou indo para recolher informações. Toodles". Antes que ele pudesse
dizer qualquer coisa, Kikkawa tinha deixado o escritório.
Haruhiro trocou olhares com Shihoru. Shihoru pendurou sua cabeça na
vergonha.
"Bem, eu também estou fora", disse Manato, dirigindo-se para a saída.
"Não vou aprender nada ficando aqui, então vou lá fora para dar uma
olhada". Vejo todos vocês depois".
"Sim, até mais tarde". Como Haruhiro estava acenando adeus a Manato,
ocorreu-lhe que talvez ele devesse ir junto. Manato era abordável, ao
contrário de Renji. Ele parecia ser de boa índole, e provavelmente era
confiável. Mas, embora ele não pudesse se importar menos com Ranta, o que
Shihoru e Yume fariam? Moguzo também estava aqui. Certo.
Se eles fossem todos juntos, isso resolveria o problema. Exceto, pelo
Quando Haruhiro descobriu isso, Manato não estava mais no escritório. Mas
ele tinha certeza de que ainda não era tarde demais.
"Escute, nós ficarmos aqui realmente não vai ajudar, então vamos todos
atrás de Manato, e..."
Haruhiro só chegou tão longe antes que a porta se abrisse. Talvez seja
Manato voltando!
Mas não foi. Foi outro homem que tinha entrado no escritório. Ele usava
uma roupa feita de couro, um boné com uma pena dentro e tinha um arco e
flechas penduradas nas costas. Ele parecia alguns anos mais velho que
Haruhiro e os outros. O homem tinha olhos como uma raposa e uma boca
tortas.
"Heya, Chefe".
"Oh, meu Deus", Bri-chan olhou para o homem. "Se não é Kuzuoka". O
que está acontecendo? Você precisava de mim para alguma coisa?"
"Não, não foi por isso que eu vim", disse Kuzuoka com um olhar para
Haruhiro e os outros. "Ouvi dizer que tínhamos alguns novatos, então vim dar
uma olhada".
"As notícias com certeza chegam a você rapidamente". Mas desta vez
tivemos doze, e apenas cinco deles ainda estão aqui".
"Oh. Estas são as sobras, então, huh."
O rosto de Ranta endureceu. "Bem, tão-surpresa por ter sobrado".
"Você deveria se arrepender, sabe?" Kuzuoka disse, com um olhar de
surpresa para Ranta, então deu a Haruhiro e aos outros a oportunidade de
avaliá-los. "Hmm... Bem, de qualquer forma, é a linha de frente que nos falta.
Ei, grandalhão, você vai fazer".
Moguzo apontou para si mesmo. "Eu?"
"É isso mesmo. Refiro-me a você. Quando eu digo "grandalhão", você é o
único aqui que eu poderia querer dizer. Vou deixar você se juntar ao nosso
grupo. Eu lhe mostrarei as cordas. Posso até te emprestar um pouco de
dinheiro. É um negócio muito doce, você não acha? Agora, se você me
entende, venha comigo".
"Uh, está bem..."
"Moguzo, você está indo?!" Ranta agarrou Moguzo pelo braço esquerdo.
"Não faça isso! Este cara é claramente esquivo!"
"Ah, está bem..."
"Apenas venha já!" Kuzuoka puxou seu braço direito. "Como estagiário,
você deveria ser grato só por ser deixado entrar em uma equipe! Além disso,
eu não estou me esquivando!"
"Uh, uh, está bem..."
"Moguzo, não deixe que ele o engane! Um cara que é duvidoso nunca vai
te dizer que é duvidoso"!
"Ah, ah, uh... Ow, ouch, isso... dói, você sabe..." "Oh!" Ranta soltou seu
braço.
"Desculpe, desculpe, ah..." Moguzo pediu desculpas docilmente.
"Certo, vamos agora!" Kuzuoka disse, arrastando Moguzo selvaticamente.
Os ombros de Shihoru caíram. "Eles partiram..."
"Agora há..." Yume contou um, dois, três em seus dedos enquanto
apontava para Haruhiro, Ranta, Shihoru e finalmente ela mesma. "...quatro de
nós, huh?"
"Queridos", disse Bri-chan, abafando um bocejo. "Quanto tempo vocês
planejam ficar aí parados? Estou ocupado com o meu próprio trabalho. Se
você só vai ficar vagabundear, eu vou jogá-lo fora, sabe?"
Ranta olhou para Haruhiro e para os outros como um cão espancado.
"...Devemos nós sair daqui?"
Haruhiro achou que o olhar de seu próprio rosto devia ser pelo menos tão
patético quanto o de Ranta. "...Sim".
2. Perdidos e Confusos
Eles tinham deixado o escritório do Corporação de Soldados Voluntários

da Lua Vermelha, mas para onde eles iriam agora? Tinha-se falado em
coletar informações, mas Haruhiro e a empresa não sabiam absolutamente
nada sobre esta cidade chamada Alterna. Nenhum deles conhecia ninguém
aqui, por isso não tinham mais conexões em que confiar, e Renji, Kikkawa,
Manato, e até mesmo Kuzuoka e Moguzo também não pareciam estar mais
por perto. Parecia que eles já tinham decolado em outro lugar.
Ninguém sabia o que fazer.
Haruhiro e Ranta, Yume e Shihoru ficaram em frente ao escritório por um
tempo, num aturdimento.
"...O que devemos fazer?" Shihoru foi o primeiro a falar.
Por que você está me perguntando? Eu deveria estar perguntando a você,
Haruhiro queria dizer, mas depois ele pensou: "Ela é uma menina". Não
posso dizer isso assim.
"O que... devemos fazer?", ele tentou perguntar-lhe.
"O que... devemos fazer, de fato?" Shihoru respondeu, três segundos
depois.
"Vocês..." Ranta disse, com um suspiro exagerado. "Vocês não podem
subir com algo um pouco melhor? Mostrar um pouco mais, eu não sei,
independência? Algo parecido com isso. Não é realmente a hora de dizer: "O
que fazemos agora, não é?"
"Bem, já que você está dizendo isso, o que você sugere...?"
"Estou pensando sobre isso, está bem? Sobre o que fazer a seguir".
Yume riu para si mesma. "Isso soa o mesmo para Yume."
"Sim, mais ou menos", disse Ranta, esfregando a parte de baixo de seu
nariz como uma criança maliciosa. "Pode-se dizer que sim".
Honestamente, isto é muito ruim, Haruhiro não pôde deixar de pensar.
Kuzuoka nos chamou de sobras, e ele pode ter tido toda a razão. Os
indecisos quatro de nós fomos deixados para trás, e não estamos tentando
nos unir para fazer algo, estamos apenas mais ou menos aqui. Este poderia
ser o pior resultado possível...?
"Moguzo tem um bom resultado..." disse Ranta, dando voz a um
pensamento que Haruhiro não podia dizer que não compartilhava. "Mesmo
que esse Kuzuoka parecesse escumalha. Ele tem experiência, sabe? Se você
entra numa equipe com um cara que parece saber de coisas, você pode relaxar
um pouco. A partir daí, pode ser muito descontraído. E por que Moguzo,
afinal? Ele deveria ter me escolhido. Eu sou claramente muito mais útil.
Sério... Sério..."
"Você tem certeza?" Yume perguntou com uma voz suave.
Haruhiro concordou. "Tenho dificuldade em vê-lo".
"Vocês..." Ranta disse, apontando para Haruhiro e Yume. "Vocês só
podem dizer isso porque ainda não viram o que eu posso fazer! Deixe-me
dizer-lhe, eu sou realmente capaz! Desde que eu era um bebê mamando na
tetina de minha mãe, eu sou secretamente famoso como um homem que faria
grandes coisas"!
"Se você fosse famoso, dificilmente seria um segredo", refutou Haruhiro.
"Não se preocupe tanto com os detalhes". Você vai se cansar, sabe?" "Ter que
lidar com você já me deixou um pouco cansado..."
"Você não tem resistência. Haruhiro, você é tão inútil. Você não presta.
Não presta para nada".
"Eu não quero ouvir isso do cara cuja única qualidade redentora é seu
cabelo encaracolado".
"Não o chame de encaracolado"!
"Ei, eu disse que era uma qualidade redentora". Seu cabelo encaracolado é
a única coisa que você tem para você. O cabelo encaracolado é tudo o que
você tem".
"R-Really? Você acha que o cabelo encaracolado é bom? Não estou tão
convencido, sabe...?"
"O cabelo de Yume é todo liso", sabe, "Yume encanada". "Quando Yume
vê outra garota com o cabelo encaracolado, ela fica com ciúmes. Yume acha
que você tem um bom cabelo, Ranta".
"S-Serio? O meu cabelo encaracolado é assim tão bom? De verdade?"
"Sim. Quando seu cabelo está todo encaracolado assim, ele faz parecer
que o interior da sua cabeça também está todo fofo. É meio fofo, sabe".
"O quê? Fofo? Não, você tem certeza? Como um cara, ter uma garota me
chamando de bonitinho, bem, não me sinto mal, mas... Ei, espere! O interior
da minha cabeça é todo fofo? Você está dizendo que eu pareço um idiota?"!
Eles ouviram alguém inalar bruscamente. Quando olharam, Shihoru's
ombros tremiam, e ela tinha o rosto em suas mãos.
Os olhos de Ranta saltaram para fora. "O que...?!"
Yume olhou para Shihoru e piscou algumas vezes. Haruhiro também
ficou, é claro, surpreso.
Ela está chorando...?
"O que... o que está errado?" Haruhiro foi colocar uma mão de apoio nas
costas dela, mas se deteve. Tocá-la é provavelmente uma má idéia. Ela é uma
menina, afinal de contas.
"Ela... Não é nada..." Shihoru estava obviamente soluçando muito. "Nada...
de jeito nenhum. Estou apenas... me sentindo um pouco preocupada..."
"Oh..." Isso fez sentido para Haruhiro, uma vez que ele pensou sobre isso.
Na situação deles, talvez Haruhiro e os outros que estavam brincando com
bobagens triviais fossem os loucos. Shihoru talvez fosse o único normal.
"Ali, ali", disse Yume, esfregando as costas de Shihoru para acalmá-la.
"Lá, lá, lá. Vai ficar tudo bem". Mesmo que Yume não tenha certeza do que
exatamente ficará bem, sabe".
Ranta fez uma careta. "Você não está soando tranqüilizador lá..."
"Bem, ainda..." Haruhiro disse, coçando seu pescoço. "Temos que fazer
algo, ou estamos em apuros, não acha? Ficar aqui em silêncio é embaraçoso.
Eu não sei. Tipo, tem que haver outros soldados voluntários como aquele
Kuzuoka. Poderíamos encontrar um deles e fazer perguntas... ou algo assim"?
"Certo, contando com você para isso"! Ranta disse, dando um tapa no
ombro de Haruhiro. "Encontre um rápido, e faça perguntas ou qualquer coisa!
Sim, Haruhiro! Você é o nosso homem para isso!"
"...É quase refrescante como você está ansioso para fazer outra pessoa
fazer todo o trabalho".
"É como uma lufada de ar fresco, não é?" "Isso realmente me irrita".
"Eu saio logo e digo: você ficar bravo não vai me incomodar nem um
pouco!"
"Você é o pior!"
"Oh, empurra-o. Você o sugeriu, então você pode fazer isso. É assim que
estas coisas funcionam, praticamente. Mas tudo bem, vamos dividir a carga de
trabalho.
Haruhiro, você é o encarregado de encontrar um soldado voluntário e obter
algumas respostas. Shihoru é o encarregado de ficar deprimido. Yume está
encarregada de consolá-la. Quanto a mim, diremos que estou encarregado de
esperar aqui por você para voltar!"
"Ranta, cara, você está realmente tão ansioso para não fazer nada...?"
"Se você vai insistir, eu posso fazer algo, mas se não for divertido, eu não
quero".
"Não temos... coisas maiores com que nos preocupar do que se você se
diverte ou não?"
"Não, isso é o mais importante". Eu sou o tipo de cara que quer aproveitar
a vida. Se não posso aproveitá-la, não faz parte da minha vida. E você,
Haruhiro? Você é do tipo que não pode desfrutar da vida? Aposto que sim,
com esses seus olhos adormecidos".
"Eu nasci com esses olhos"! Haruhiro atirou de volta em Ranta, depois
suspirou profundamente. "Tudo bem, já estou farto". Eu já volto. Eu vou
procurar um soldado voluntário".
"Finalmente pronto para fazer isso, hein? Bem, da próxima vez faça isso
apenas para começar. Você é uma dor tão grande", disse Ranta.
Talvez eu devesse dar um soco nele, pensou Haruhiro, mas ele decidiu
contra isso. Se eu batesse num cara como este, eu só teria meu punho, e minha
alma, suja". Nem vale a pena bater nele.
Com um "eu já volto, então fique aqui", para Shihoru e Yume, ele se
afastou da frente do escritório. Embora ele ainda não fizesse a menor idéia de
para onde ir.
O sol deveria estar a leste, de modo que aquele caminho é norte, aquele
caminho é sul, e aquele caminho é oeste.
Ao norte subiu um edifício alto que parecia uma torre ou um castelo. Eu
provavelmente posso usar isso como um marco, então eu acho que vou dar
uma olhada em volta. Ele decidiu ir para o norte com base nessa idéia, mas
Haruhiro não estava aqui como um turista. Vai ficar tudo bem? Tenho certeza
de que o grupo do Renji está indo bem. Manato provavelmente também está se
safando de alguma forma. Quanto ao exuberante Kikkawa, ele provavelmente
está conversando com cada pessoa com quem se depara. Espero que Moguzo
não esteja sendo enganado por Kuzuoka. Se ele não está sendo enganado, ele
pode muito bem ter tido o melhor começo aqui entre todos nós.
"...terei que perguntar a alguém, acho eu".
Qualquer um o fará. Começarei com o casal ali, mas sobre o que eu
pergunto? Soldados voluntários? Sim. Vou pedir-lhes que me falem sobre
soldados voluntários. Sobre onde estão os soldados voluntários.
Tendo encontrado sua determinação, ele começou a observar as pessoas.
Ele não era preocupado com a idade ou o sexo. Ele só queria alguém que
parecesse amigável e acessível.
A maioria das pessoas que passaram por lá fizeram contato visual com
Haruhiro. Todos eles estavam olhando para ele. Ele era uma visão incomum
para eles? Ele deve ser. A maneira como ele se vestia era flagrantemente
deslocada.
Nenhum deles me pareceu bem posicionado. Eles olham para mim como
se eu não pertencesse aqui, pode-se dizer. Será que estou apenas
imaginando? Talvez eu esteja lendo demais.
"...Ainda assim, talvez eu esteja colocando minhas expectativas muito
altas. Ou será que estou sendo muito medricas..."?
Coragem, venha até mim, por favor, Haruhiro rezou silenciosamente
enquanto caminhava pela cidade desconhecida. Afinal de contas, imagino
que, uma vez que eu vá embora, posso parar as pessoas com: "Desculpe-
me?". Só espero poder entrar nessa mentalidade rapidamente, já que
parece que não cheguei com ele.
Do outro lado de uma praça completamente livre de qualquer lixo,
aquele edifício alto subiu ao céu. Parecia ser pedra. Os edifícios ao redor
tinham um ou dois andares, três no máximo, o que o fez sobressair. Mas na
verdade, teria se destacado de qualquer maneira, porque era realmente alto.
Parecia sólido, com janelas e portões decorados com detalhes finos. Fez
uma visão muito impressionante.
Posicionado ao redor da praça e em frente aos portões, havia homens que
pareciam guardas, vestidos com armaduras e capacetes, armados com lanças
e escudos. O lugar parecia estar sob guarda apertada, então talvez alguém
importante morasse ali. Como o prefeito, talvez.
Enquanto ele estava no meio da praça olhando para o prédio, um dos
guardas apareceu, com sua armadura metálica e seu equipamento se
agarrando.
"O que você está fazendo lá? Você tem algum negócio na Torre
Tenboro?" exigiu o guarda.
"Huh? Tenboro? Uh, não, na verdade não..."
"Então, não...". Você deseja ser preso por perturbar Sua Excelência, o
Marquês?"
"G-G-Get ser preso..."? Eu prefiro não. Isso é certo. Sim. Desculpe".
Haruhiro deixou a praça o mais rápido que pôde.
Eu realmente não entendo, mas Sua Excelência, o Marquês deve ser o
nome... não, o título... de quem vive naquela torre, Tenboro ou como quer
que se chame.
Foi a primeira informação que ele obteve. Embora, considerando como o
lugar se destacava, provavelmente era algo que todas as pessoas da cidade
conheciam.
"Alternativa". Marquês. Sua Excelência. Torre Tenboro. Fronteira... O
Exército de Fronteira. Corpo de Soldados Voluntários. Soldados
voluntários, huh..."
Resumindo as palavras que ele havia aprendido para si mesmo, ele
seguiu para o norte e encontrou uma área estranhamente animada à sua
frente.
O que poderia ser isto? Lojas?
Ambos os lados da rua estavam repletos de carrinhos de alimentos e
barracas de rua. Parecia que alguns ainda estavam se instalando, mas mais
da metade parecia estar aberta para negócios. As lojas tinham uma grande
variedade de alimentos, roupas, diversos, e ainda mais em exposição na
frente. Vozes enérgicas de todas as direções gritavam para que as pessoas
passassem, gritando para elas experimentar cada loja.
"Algo como um mercado, talvez...?". Como se estivesse sendo atraído,
Haruhiro caminhou
em.
A azáfama e a agitação foram incríveis. A mercadoria tinha etiquetas
dizendo coisas
como 1C, ou 3C, ou 12C, e embora ele pudesse lê-los, ele não tinha
certeza do significado de nada disso.
" Venha e compre algo, senhor!" e "Entre, senhor!" as pessoas o
chamavam, e ele odiava a covardia que o fazia ignorar ou fugir deles a cada
vez. Mesmo assim, não demorou muito para que os cheiros maravilhosos o
deixassem à deriva e o deixassem excitado.
"Carne..." Ele começou a salivar.
Havia carne. Em um carrinho, eles estavam cozinhando carne em
espetos. A carroça ali estava cozinhando sopa ou algo em uma panela, e
ainda outra carroça tinha montanhas de pão empilhadas. Havia também uma
loja vendendo algum tipo de sanduíche. Na loja do outro lado do caminho,
eles tinham algo como pãezinhos cozidos a vapor em exposição.
O vapor. A fumaça. Os cheiros. Tudo isso era irresistível.
Haruhiro agarrou a barriga. Seu estômago clamava por atenção.
Por que ele não havia notado antes? Ele estava com muita fome.
"Mas... Shihoru e Yume estão esperando. Eu não me importo com Ranta,
mas parece errado de alguma forma comer sozinho. Ainda assim, dizem que
não se pode lutar de estômago vazio... Na verdade, acho que não posso dar
mais um passo sem comer, ou pelo menos não quero... Desculpem,
meninas"... Incapaz de resistir, Haruhiro atirou-se para a barraca vendendo
espetos de carne.
Com os dedos apressados, ele desajeitadamente retirou uma única moeda
de prata de sua bolsa de couro. Será que ele poderia comprar uma com isto?
Seria o suficiente? Bem, se não fosse suficiente, ele se preocuparia com isso
então.
"Posso comprar uma com isto?!"
"O quê?!" O homem emproado cozinhando os espetos olhou para ele
com os olhos bem abertos. "A-A moeda de prata? Você não precisa tanto
assim! Meus espetos são quatro de cobre cada um. Veja, está escrito aqui
mesmo. Eu não dou descontos, mas nunca aceitamos mais do que o preço,
aqui no Espetos Dory's Skewers"!
"Quatro espetos de cobre..." Haruhiro olhou para a moeda de prata.
"...Espere, um... Isso significa que não posso comprar uma usando isto"?
"Ouça, uma moeda de prata é uma prata, não é? Uma prata é uma
centena de cobre, então isso seria vinte e cinco espetos. Você não pode
comer tanto, tenho certeza, e como é antes do meio-dia, só tenho cerca de
cinqüenta espetos de cobre à mão. Eu não posso fazer troco".
"Ah, então o cobre de que você está falando..."
"Refiro-me às moedas de cobre, obviamente", disse o paunchy man,
mostrando-lhe uma moeda de cobre que se parecia com seu crachá de
trainee, mas com metade a um quarto do tamanho. "Uma delas. Você não
pode não saber disto, não é mesmo?
Embora... você esteja vestido de maneira meio engraçada. Ah! Será que
você é um soldado voluntário?"
"Sim, eu sou um soldado voluntário... Não, um estagiário, na verdade..."
"Ah, estou vendo. Então é isso. Todos os tipos de soldados voluntários
são um pouco estranhos, afinal de contas. Então, o quê? Você não tem
nenhuma moeda de cobre? Mesmo que você tenha uma de prata?"
"Sim... Eu não tenho. Uma prata é cem moedas de cobre..."
O que significa que as dez moedas de prata que Haruhiro tinha valiam
mil moedas de cobre. O suficiente para 250 espetos de carne. Os espetos
eram suficientemente grandes para provavelmente servirem como uma
refeição completa. O que significava que ele podia pagar 250 refeições. Às
três refeições por dia, ele tinha o suficiente para mais de 80 dias, para que
pudesse se manter alimentado por um bom tempo.
"...Estou feliz por ter me tornado um". Um estagiário soldado
voluntário".
"Se você não sabe sobre as moedas de cobre", disse o paunchy, torcendo
a boca e exalando pelo nariz, "é claro que você também não saberá sobre a
Companhia de Depósito Yorozu". Por que não tentar ir até lá? Eles
converterão seu dinheiro lá, e embora eles cobrem uma taxa de serviço, eles
guardarão seu dinheiro para você".
" Companhia de Depósito Yorozu..."
"Para encontrá-la, vá para o sul do mercado aqui, passe pela Torre
Tenboro, depois pegue a primeira, segunda e terceira à esquerda, e você
estará logo ali". Há um sinal para ela lá na frente. Tenho certeza de que você
a encontrará bem o suficiente".
3. Yorozu-chan
Companhia Depósito Yorozu. Isso era definitivamente o que dizia a

placa em frente ao prédio do tipo depósito. A forma como estava em relevo
dourado era extravagante ao ponto de parecer um pouco insípida.
Haruhiro tinha chegado lá sem se perder, o que o deixava um pouco
mais bem-humorado. O problema era que ele ainda estava faminto. Se ele
não conseguisse trocar seu dinheiro aqui, se apressasse a voltar para o
vendedor de espetos, e se alimentasse de uns belos espetos de carne, ele iria
morrer.
Entrando pela porta da frente, ele chegou a um salão aberto com um
balcão no final de alguns degraus de pedra. Uma linha curta tinha se
formado no balcão. Ele entrou na fila, esperou, e logo alguém chamou:
"Próximo!" e era a vez de Haruhiro.
Do outro lado do balcão havia uma enorme cadeira de couro, e, em total
contraste com seu tamanho, havia uma garota de cerca de dez pessoas
sentadas ali, ousadamente. Vestindo uma vestimenta vermelha e branca,
acentuada com ouro, ela tinha óculos dourados, um cachimbo dourado em
cima disso e uma atitude a condizer.
"Hmm", a menina segurava o cachimbo na boca, dando uma baforada
enquanto examinava Haruhiro. "Você é um rosto novo. Esta é a sua
primeira vez aqui?"
"Sim..." ele respondeu, sentindo-se um tanto lamentável. Para pensar
que ele teria que ser tão educado com uma garotinha. Haruhiro limpou sua
garganta. "É a primeira vez que estou aqui, então..."
"Pela sua aparência, eu diria que você é um voluntário estagiário de
soldado. Estou vendo. Um novato, huh". A garota bateu na sua coxa
levantada. "Eu sou o Yorozu. O quarto Yorozu. Como tem sido habitual
para o Yorozu, conheço de cor os nomes, rostos, equilíbrios e histórias de
transações de meus clientes. Não há nada de que o Yorozu não possa se
lembrar. Ainda assim, mantenho um livro-razão, porque outros não são
abençoados com a boa memória do Yorozu. Permita que eu o entre no
ledger de uma só vez. Você, qual é seu nome?" "Ah... Eu sou Haruhiro".
"Eu vejo." O Yorozu se inclinou para frente, abriu o livro-razão no
balcão e escreveu algo nele com uma caneta de penas. "- Ali. Agora, você
pode fazer acordos com a Yorozu Deposit Company". Quando ele deu uma
olhada no livro-razão, Haruhiro viu seu próprio nome escrito em um belo
roteiro fluindo através de uma página quase em branco. Levantando os
olhos, ele viu o rosto do Yorozu de perto. Ela era curta, mas na verdade não
podia ter dez anos de idade. Talvez ela fosse um pouco mais velha do que
isso. Quando ele olhou mais de perto, desconsiderando suas roupas bizarras,
ela tinha um nariz bem definido, olhos azuis que o lembravam de uma boa
vidraria, e lábios vermelhos carnudos. Ela era uma jovem muito bonita.
"O quê?". Ela fez um rosto azedo e se virou para o lado. "O rosto do
Yorozu não é algo para ser olhado, insolente".
"Ah, desculpe."
"Vou dizer isto em seu benefício", disse a Yorozu, apontando seu cano
para o rosto de Haruhiro. "O quarto Yorozu é jovem, mas impecável como
um Yorozu. Se você me mostrar desrespeito, você pagará caro por isso".
Você faria bem em lembrar-se disso. Também, Haruhiro, doravante me
lembrarei de você como o insolente".
"...eu realmente preferiria que você se esquecesse disso".
"Impossível". O Yorozu é um Yorozu, e por isso não posso esquecer. Se
eu fosse esquecer, o Yorozu teria que ceder a posição Yorozu ao próximo
Yorozu. Tal é o código do Yorozu".
"Parece... meio duro, sendo um Yorozu", disse Haruhiro, olhando ao
redor do salão. Talvez por coincidência, Haruhiro era o único cliente no
momento. Ele também não viu ninguém que se parecesse com um
funcionário. "...Poderia ser que você dirija a empresa de depósito sozinho?".
"Claro que não. O Yorozu é o símbolo desta empresa, assim como seu
presidente e presidente. Para o transporte de itens e dinheiro, avaliações,
gerenciamento de depósitos e outras funções, empregamos um grande
número de escriturários e aprendizes. Você sabe que tipo de negócio esta
empresa faz"?
"Bem, ouvi dizer que você aceita depósitos de dinheiro, e pode agir
como cambista".
"Nós lidamos com mais do que apenas dinheiro. Esta empresa pode
aceitar depósitos de itens, também. Se seu depósito é dinheiro, a taxa de
depósito é de 1/100 do total. Se for um item, a taxa de depósito é de 1/50º
do valor avaliado do item. "1/100º..." Então, se eu deixar 100 moedas de
cobre com ela, ela me cobrará uma pelo privilégio, huh. "...um pouco caro,
não é?"
"Se você se sente assim", Yorozu tirou um longo sopro do seu cano,
"você simplesmente não precisa fazer um depósito. Isso não importa em
nada para nossa empresa. Embora, como Yorozu, eu direi que você, como
estagiário voluntário de soldado, vai gradualmente compreender a utilidade
de nossa empresa. Então, para que negócios você veio hoje, insolente?".
"'Insolente'...". Ele se perguntava se ela iria continuar a chamá-lo assim
para sempre. Haruhiro tirou uma... não, duas moedas de prata de sua bolsa.
"Eu vim porque queria convertê-las em moedas de cobre".
"Hmm. A propósito, nossa troca de dinheiro é oferecida como um
serviço maravilhosamente gratuito, então suas duas moedas de prata lhe
darão 200 moedas de cobre". Você entende quão volumosas todas essas
moedas serão, insolentes?"
"Ah". Haruhiro relembrou a moeda de cobre que o homem atarracado da
Dory's Skewers lhe havia mostrado. Tinha sido uma moeda bem pequena,
mas 200 delas somariam um bom peso. "Estou vendo... Carregar uma
grande quantidade de dinheiro é um incômodo. É por isso que as pessoas
pagam a taxa de depósito para depositá-lo aqui, não é?"
"Bem, aí está. Além disso, o Yorozu pode calcular até 1/100 de uma
moeda de cobre instantaneamente, então se você deixar apenas uma moeda
de cobre conosco, sua taxa de depósito será de 1/100 de uma moeda de
cobre. O Yorozu se lembrará disto, e também anotará isto no livro razão.
Quando ela se acumular até o cobre completo, a quantia será retirada de
seus fundos no depósito. Portanto, você não precisa tentar ficar esperto
depositando seu cobre 99 de cada vez".
"Basicamente, você está me dizendo que não há como enganar o
sistema. Eu entendo". Haruhiro depositou uma moeda de prata no balcão.
"Certo, então terei uma moeda de prata convertida".
"Muito bem". O Yorozu tocou um sino sentado no balcão com seu cano,
e um jovem garoto com roupas prateadas brilhantes saiu de uma porta nas
costas. Yorozu não poupou um olhar na direção do menino antes de
gesticular com seus dedos para que ele fizesse algo. Quando ela o fez, o
menino fez uma reverência silenciosa, voltando pela porta, depois voltou
logo com uma bandeja preta. Sobre a bandeja havia moedas de cobre. O
garoto deixou a bandeja no balcão e depois se foi embora.
"100 moedas de cobre é 100 moedas de cobre". Você pode levá-las,
insolente".
"Você já pode largar a coisa do 'insolente'..."? Haruhiro murmurou
enquanto pegava as moedas e as deslizava para dentro de sua bolsa. As
moedas eram do tamanho da ponta de seu dedo mindinho, mas com 100
delas, a bolsa estava recheada. "É bastante volumosa. Pode não caber assim
no meu bolso".
Yorozu cheirava de forma presunçosa. "Eu poderia pegar um depósito
para você agora mesmo, se você quiser. Insolente você pode ser, mas nossa
empresa faz uma política de valorizar todos os seus clientes".
"Não, por enquanto, estou bem. Posso carregá-lo em minhas mãos. É
apenas um pequeno incômodo".
"Se você o diz". A Yorozu deu mais uma baforada no seu cano. "Então
venha novamente quando precisar de nós, insolente". Nossa empresa está
aberta o ano inteiro, nunca tirando férias. Estamos abertos das 7:00 da
manhã às 7:00 da noite. A qualquer hora, para qualquer propósito, eu, o
quarto Yorozu, estarei esperando nesta janela para tomar seus negócios".
"A qualquer momento, você diz? O quê, você não faz intervalos para o
almoço"?
"Eu não faço tal coisa. O Yorozu está aqui das 7:00 às 7:00 horas. Este
também é o código do Yorozu".
"Bem, você não é um trabalhador duro..."
Pensando bem, ela parece ter tudo junto, mas deve ser difícil para uma
jovem, ele foi deixar a Companhia de Depósito Yorozu e seu estômago
roncou.
Carne. Havia espetos de carne esperando.
Haruhiro correu de volta aos Espetos de Dory no mercado e, depois de
sentir um cheiro profundo de seu delicioso perfume, comprou para si
mesmo um espeto recém cozido. Incapaz de resistir, ele comeu ali mesmo, e
o sabor e a suculência da carne marcaram um golpe direto em seu cérebro.
"De-licioso!"
Depois de polir aquele primeiro espeto em pouco tempo, ele agonizou
sobre se deveria ou não comprar outro, mas depois de uma batalha
exaustiva, seu autocontrole venceu. Eu não quero saber de Ranta, mas vou
contar a Shihoru e Yume, e posso vir aqui novamente com eles mais tarde.
Haruhiro dançou pelo mercado em alto astral, depois parou de repente.
"Ah, droga. Esta não é a hora de estar comendo espetos de carne. Eu
preciso estar coletando informações..."
Ele olhou ao redor da área, seus olhos caindo sobre uma placa em forma
de arco lendo " Estrada do Jardim das Flores". Um homem com roupas
esbranquiçadas estava caminhando a partir daquela direção. Enquanto o
homem usava uma capa sobre armadura metálica, com um escudo sobre as
costas e o que parecia ser uma espada no quadril, ele tinha uma vibração
diferente da dos guardas da Torre Tenboro. Haruhiro tinha um senso vago
de que talvez, apenas talvez, ele pudesse ser um soldado voluntário.
Ele exalou profundamente, tentando se compor. Em seguida, se
psicografando um pouco, ele o saudou com um "Hey!" e o homem parou e
se virou na direção de Haruhiro.
"Precisa de alguma coisa?"
"Hum, bem, desculpe-me, e desculpe-me se estou enganado, mas você
é... um soldado voluntário, talvez...?"
"Sim, sou, por quê?", disse o homem, piscando algumas vezes antes de
quebrar um sorriso. "Ohhh. Será que você é um soldado voluntário
estagiário?"
"Ah, sim, sim eu sou! Eu acabei de me tornar um! Não sei o que dizer,
neste momento mal conheço a esquerda da direita, então eu estava
esperando..."
"É assim para todos nós a princípio". Eu sei que você se sente perdido,
mas passo a passo, se você continuar avançando, vai gradualmente
encontrar seu caminho".
"É assim... é assim mesmo, você acha? Mas, ainda assim, estou me
sentindo realmente incerto sobre para onde vou a partir daqui"...
"Eu entendo", disse o homem, acenando com um sorriso gentil.
"Entretanto, esta experiência que você está passando agora é algo que você
será capaz de colocar em prática mais tarde". Se você não puder apalpar
cegamente na escuridão, nunca conseguirá chegar a lugar algum".
"É... é assim que é? Não, quero dizer, se você não se importa, você
poderia..." "Eu sou Shinohara de Orion".
"Oh, eu sou Haruhiro".
"Haruhiro-kun, os membros de Orion estão freqüentemente em um lugar
chamado Sherry's Tavern. Se algo surgir, por favor, venha nos encontrar
lá".
"Huh? Uh... Sim, Sh-Sherry's Tavern, era? O-Orion...?" "Sim. Desejo-
lhe sorte, Haruhiro-kun. Até nos encontrarmos novamente".
Shinohara partiu, deixando para trás apenas o ar brilhante e refrescante
que havia trazido com ele.
"...Será que eu falhei na coleta de informações?" Haruhiro pendurou sua
cabeça. Ele deveria tê-lo impedido e ter sido mais insistente. Mas parecia
que ele estava sendo rejeitado gentilmente, mas com firmeza.
O homem pode não ter parecido, mas talvez ele tenha sido um pouco
maldoso e espirituoso. Ou talvez ele estivesse tentando ensinar algo a
Haruhiro, como um com mais experiência?
"Uma taverna, huh..." Haruhiro olhou para o céu, estreitando seus olhos
para o brilho do sol. Ele não tinha certeza, mas parecia muito cedo para
estar visitando uma taberna.
Andando pela Rua Jardim das Flores por falta de uma opção melhor, ele
procurou por qualquer um que pudesse ser um soldado voluntário. Ele
passou por alguns, mas todos eles ou olhavam para ele quando seus olhos se
encontravam, tinham rostos flagrantemente assustadores, ou pareciam
rufiões, não o tipo de pessoas a quem ele poderia chamar.
"Já estou ficando cansado disto..."
Ao sair da Rua Jardim das Flores, Haruhiro se agachou à beira da
estrada. Havia um canteiro de flores e uma série de grandes edifícios que
pareciam ser casas de embarque. Ele permaneceu ali imóvel por um tempo.
Talvez se ele ficasse assim, alguém subiria e veria se ele estava bem.
Mas ele não estava fazendo isso com esse tipo de motivo oculto. Bem,
talvez ele estivesse, apenas um pouco.
"...Talvez eu tenha sido um pouco ingênuo".
Mas eu não posso evitar isso, não é? Quero dizer, eu nem sei onde
estou. Quer dizer, não se lembrando de nada além do meu nome? Não faz
sentido! Então, de repente, me tornei um estagiário soldado voluntário ou
algo assim. Como, o que é isso? Enquanto eu ficava por perto, todas as
pessoas de aparência capaz decolavam. Eu não posso confiar em nenhum
dos que ficaram. Eu também não posso confiar em mim mesmo. Apesar
disso, de alguma forma eu fiquei preso tendo que reunir informações
sozinho. E isso não está indo nada bem.
"Claro que eu perderia a coragem depois de tudo isso...".
O que há de errado em perder minha coragem? Não seria nada
estranho para mim ceder ao desespero. Eu sei. Eu vou comer outro espeto.
Vou comer o máximo que puder sozinho. Não apenas espetos de carne: Eu
vi muitos outros alimentos saborosos no mercado. Vou experimentar cada
um deles. Quando a noite chegar, vou bater em um bar. Tem que haver um
lugar em algum lugar com garotas para servir minhas bebidas. Qualquer
tipo de bebida, eu a beberei. Vou brincar por aí. Vou só brincar até que o
dinheiro acabe.
Haruhiro se levantou. "Não que eu realmente fizesse isso".
Ele não conseguia ser otimista, mas ceder ao desespero era tão difícil
quanto isso.
Ele voltou pela Rua Jardim das Flores para o mercado.
Bem, e agora? De volta para a frente do escritório? Eu não tenho
praticamente nada para mostrar pelo meu esforço, mas já faz um tempo.
Todos têm que estar com fome. Se eu quiser alimentá-los, teremos que ir até
a Yorozu Deposit Company e conseguir que seu dinheiro seja convertido lá.
Quando ele pensou nisso, o que tinha aprendido sobre o Yorozu era
informação valiosa. Ele também tinha conhecido Shinohara. Procurar a
Sherry's Tavern como um grupo, uma vez comido, era uma opção. Além
disso, não era como se Haruhiro precisasse fazer todo o trabalho sozinho.
Sim. Sim, isso mesmo! Todos têm um interesse nisto.
Por isso, ele decidiu voltar ao escritório em alto astral, mas... que
estranho. Embora ele estivesse indo na direção certa a julgar pela
localização da Torre Tenboro, não importava quantas esquinas ele virasse,
ele não via o escritório.
"...Estou perdido?"
Eu não quero, mas tenho que admitir. O que mais posso fazer? Haruhiro
se dirigiu para a Torre Tenboro. Assim que chegar à praça, vou verificar
cuidadosamente minha rota. O caminho pelo qual cheguei à praça pela
primeira vez foi, se bem me lembro, aquele. Se eu descer por ela, posso
voltar ao escritório - acho eu.
Provavelmente.
"Não, espere aí, era mesmo aquela estrada...? Ou aquela ali? Talvez eu
esteja errado. Será que estou errado? Qual deles era de novo? Eu não tenho
mais certeza. Isto é ruim..."
"Haruhiro!" alguém chamou.
"Huh?" Ele não tinha imaginado que alguém chamaria seu nome, então
ele ficou bastante chocado.
O dono da voz parecia que ele tinha uma auréola de luz atrás dele. Isso
era uma ilusão ótica, é claro, mas o sorriso do homem que acenou para ele e
se precipitou foi verdadeiramente radiante.
"Manato...!". Haruhiro gritou, correndo para o homem. "Manato! Estou
tentando voltar para o escritório, mas não consigo encontrá-lo! Encontrar
você aqui é como tropeçar no Buda do Inferno!"
"Você está exagerando", disse Manato, olhando em volta. "Haruhiro,
você está sozinho? Há outros?"
"Sim. Ranta, Shihoru e Yume estão em frente ao escritório... ou
deveriam estar.
Shihoru começou a chorar, veja. Depois disso, concordamos que eu iria
reunir informações enquanto eles esperavam lá".
"Ah, então é isso. Então, você descobriu um monte de coisas, e você está
no caminho de volta agora?"
"Bem..." Haruhiro arranhou seu pescoço nervosamente. Ele queria se
exibir um pouco, mas se ele mentisse agora, a verdade viria à tona em
pouco tempo, então provavelmente não havia muito sentido.
"Não sei se alguma coisa que eu tenha descoberto conta como uma
descoberta.
O que havia... a Companhia de Depósito Yorozu, talvez..."? "Yorozu?
Companhia de Depósito? Eu ainda não sei nada sobre isso".
"De jeito nenhum". Sério? É um lugar onde você pode depositar seu
dinheiro, ou fazer com que ele seja convertido. Parecia um pouco
importante. Também, havia um bom espeto de carne no mercado. Não, esse
não é tão importante".
"Eu mesmo dei uma olhada no mercado. Então há espetinhos de carne
lá, hein? Se eles são tão bons quanto você diz, eu gostaria de experimentar
um".
"Vou lhe mostrar o lugar. Eu me lembro exatamente onde era.
Embora eu
esqueceu o caminho de volta para o escritório".
"Então, devemos ir juntos?" Manato disse que era como se fosse a coisa
mais natural do mundo. "Eu estava pensando em voltar para o escritório".
"Huh. ?" Haruhiro ficou atordoado e silencioso.
Claro, Manato tinha dito: "Até logo", antes de deixar o escritório, mas
isso não tinha sido apenas uma frase comum, uma forma educada de dizer
adeus? Foi assim que Haruhiro havia interpretado. Será que ele estava
errado?
Manato tinha a intenção de voltar ao escritório depois de reunir
informações o tempo todo?
Algo quente inchou em seu peito.
Manato disse: "Hm?". Ele levantou um pouco a cabeça para o lado. "Há
algo errado?"
"N-Nada de nada, na verdade!" Haruhiro disse, batendo nas costas de
Manato. "Vamos lá. Para o escritório. Eu não quero saber de Ranta, mas
tenho certeza que Shihoru e Yume estão se sentindo sozinhos e indefesos".
"Sim". Manato acenou com a cabeça e começou a andar.
Enquanto o seguia, Haruhiro ficou feliz por ter se encontrado novamente
com Manato.
Manato deu um passeio, não mostrando nenhum sinal de que não tinha
certeza de para onde estava indo, por um caminho completamente diferente
daquele em que Haruhiro tinha apostado.
Aparentemente Haruhiro não havia se lembrado do caminho de volta
corretamente.
4. As Alegrias da Vida na
Haruhiro estava agora sozinho em um canto de uma área chamada

Cidade Oeste.
"Este deveria ser o lugar..."
A Cidade Oeste era onde viviam os pobres e indigentes, uma cidade
de favelas, aparentemente. Os edifícios eram todos velhos e degradados
ou desmoronados. Era tudo muito degradado. A maioria das pessoas que
se encontravam ali eram miseráveis. Honestamente, não era o tipo de
lugar que você queria andar sozinho.
Por que eu fui escolher este lugar? Eu não deveria ter ido. Mas eu fiz
minha escolha agora, então é tarde demais.
Haruhiro estava tentando andar por um edifício que era como uma
amálgama complexa de vários outros edifícios de pedra e madeira, mas
era impossível fazê-lo. Quando ele descia os becos estreitos, ele seria
obstruído por paredes de madeira ou pedra, e não havia como contornar a
parte de trás do edifício.
No entanto, como ele tentou, ele encontrou uma porta ridiculamente
baixa no final de uma viela. Era uma porta enferrujada, e uma mão com
um buraco de fechadura na palma da mão havia sido entalhada nela.
Desconfiado. Então esta é a entrada, hein?
"H-H-Helloooooo". Ele tentou chamar, mas não houve resposta, então
ele tentou bater à porta. Isso fez sua mão doer. Ele decidiu tentar ao
menos girar o punho e puxar. Ele não se mexeu.
"Será que este é o lugar errado? Mas que diabos..."
Enquanto ele murmurava para si mesmo, virando-se para sair, uma
voz baixa ecoou pelo beco. "Diga seu negócio", disse ele.
De onde tinha vindo a voz? Ele não sabia dizer. Ele era o único em a
viela, e a porta ainda estava fechada. Mas ele não pensava que estava
apenas ouvindo coisas. Definitivamente, tinha havido uma voz.
"Hum, bem... Eu esperava que você me deixasse entrar na ". "Entre",
disse a voz, e a porta clicou.
Tinha acabado de ser destrancada? Haruhiro pôs a mão no botão e
girou.
Ele tentou puxar. Era pesado, mas se abriu.
Além da porta, havia um corredor empoeirado e apertado. Havia
prateleiras em ambos os lados do corredor, cheias de corda, fechos de
metal, rodas e uma variedade de outras coisas que ele não conseguia
fazer sentido. Fechando a porta de entrada atrás dele, Haruhiro viu que
havia uma luz brilhante vindo do fundo do salão. Sua fonte era uma
lâmpada de parede, e o salão girou ali. O salão ficou ainda mais estreito à
medida que ele se afastava.
Girando seu corpo na diagonal, ele conseguiu avançar pelo corredor e
finalmente sair para uma sala. Estava pouco iluminado, e ele não
conseguia perceber seu tamanho. Havia uma escrivaninha na sala, e uma
mulher estava sentada sobre ela, de pernas cruzadas. Ela estava
brincando com uma faca. Seu cabelo era longo, longo o suficiente para
cobrir metade do rosto, mas ela não parecia tão ansiosa para cobrir sua
pele. Os braços, o peito e as coxas da mulher estavam todos
corajosamente expostos.
"Você quer se juntar à nossa de ladrões?"
"Sim", disse ele, engolindo apesar de si mesmo. Eu provavelmente
não deveria ficar olhando muito. Ele evitou seus olhos, só por segurança.
"Essa era... minha intenção".
"Pelo seu olhar, você é um voluntário estagiário de soldado. O
segundo, hoje".
"O segundo?"
"Bem, isso realmente não importa. Se você estiver se juntando a nós,
estará passando pelo treinamento de sete dias sozinho, de qualquer
forma. É um a um. Eu serei responsável por você. Uma honra, não?"
"Huh? Bem, claro..." Haruhiro olhou para a mulher. Ele achou que
seria rude olhar para o peito ou para as pernas dela, então olhou para o
rosto dela. Pergunto-me quantos anos ela tem. Ela provavelmente não é
tão jovem assim. Trinta ou mais? Isso soa bem.
Para Haruhiro, que tinha dezesseis anos, ela parecia bastante velha,
embora isso não fosse agradável de se dizer. Mas ela era linda. E
perigosamente sexy. "...É uma honra. Sim".
"Se você estiver insatisfeito, posso deixar você com outra pessoa".
"N-Não! Por favor, me leve!"
"Mas, deixe-me adverti-lo". A mulher espetou sua faca na mesa e
lambeu seus lábios. "Eu sou uma amante dura, sabe? Se você não
conseguir acompanhar, será castigada, certo?"
"...Vá com calma, por favor".
A mulher riscou, escovando o cabelo para o lado. "Você conhece o
código da dos ladrões?"
Aqui na fronteira, existiam organizações chamadas guilds. Os
grémios eram basicamente sindicatos de ferreiros, carpinteiros, pedreiros,
chefs, etc. Chegava a haver grémios para combatentes, magos, padres e
paladinos, caçadores, cavaleiros negros e até mesmo ladrões.
Uma era uma sociedade benéfica para pessoas do mesmo ofício, uma
associação para defender seus direitos, e uma organização onde podiam
treinar juntos.
Para assumir o trabalho nesta área, ele precisava juntar-se a uma . Se
alguém tentasse trabalhar sem fazer parte de uma , as s sempre se
meteriam no seu caminho. Porque todos sabiam disso, ninguém
contrataria uma pessoa que não estivesse ligada a uma .
Ele só podia se juntar a uma, o que parecia um pouco restritivo, mas
os grémios se esforçavam seriamente para desenvolver as habilidades de
seus membros juniores. Se ele entrasse para uma , eles lhe ensinariam o
básico de seu trabalho. Ou, dito de outra forma, enquanto ele não entrasse
para uma , nunca poderia aprender as habilidades associadas a esse
trabalho.
É claro que os grémios não deixavam ninguém entrar de graça.
Além disso, uma vez que ele entrasse, ele teria que seguir as normas
estabelecidas.
- um código - ou enfrentar uma punição.
A propósito, tudo isto foi tudo o que ele havia aprendido com Manato.
Manato havia lhe falado sobre o código incomum que a dos ladrões
tinha.
Em parte devido a isso, Haruhiro havia escolhido esta entre as muitas
opções disponíveis.
"Não existe uma, certo? É o que eu ouço dizer".
"Exatamente." A mulher puxou a faca para fora da mesa, dando-lhe
um giro. "Bem, há honra entre os ladrões, porém. Como não ter trabalho
no território de outro membro, não roubar o nosso próprio, e assim por
diante. Se aplicarmos isso a um soldado voluntário, isso significaria que
você deveria manter um limite de um ladrão por grupo e não roubar de
seus companheiros ladrões ou soldados voluntários, eu acho. Entrarei
nisso mais tarde. Se você se tornar um ladrão, isto é".
"Eu quero... é o que eu estou pensando".
"Não se trata apenas do que você 'quer'", disse a mulher, estendendo a
mão, com a palma para cima. "Tenho certeza que você sabe disso, mas
precisará ter algo para me dar primeiro". As s não deixam ninguém entrar
de graça".
Haruhiro tirou a bolsa que tinha forçado no bolso, puxando o cordel
para abri-la. De acordo com Manato, isto era o mesmo para cada s. Além
disso, eles tinham concordado em fixar os preços, por isso o custo era o
mesmo, não importando a que você se juntasse. Os novos membros
foram obrigados a ter sete dias de aulas para iniciantes e a serem
minuciosamente perfurados sobre as bases de seu trabalho. Isso era
verdade em todas as s, também.
Haruhiro tirou moedas de prata de sua bolsa. Um, dois, três
Realmente, isto me parece... caro. Não como se houvesse outra escolha,
porém. Sem nenhum conhecimento ou habilidade, não há como eu
conseguir como um soldado voluntário. Já me disseram isso, e não posso
dizer que discordo. Mesmo assim, não é barato. Quatro, cinco, seis,
sete... oito moedas de prata.
Oito moedas de prata eram 800 de cobre. Ele podia comer 200 dos
espetos de carne com esse dinheiro. Não havia problema em pagar tanto
assim?
Ele não tinha escolha. Depois de ouvir o que Manato tinha a dizer,
todos tinham concordado. Cada um deles deveria estar se juntando a uma
agora mesmo.
Ele respirou fundo, e colocou oito moedas de prata na palma da
mulher.
A mulher agarrou as moedas e deu a ele um sorriso encantador.
"Pagamento recebido. Depois disso, tecnicamente, você terá que fazer
seu juramento,
mas nossos membros da são amantes da liberdade, libertinos e
assumem responsabilidade por si mesmos. Agora você é um de nós.
Bastante fácil, não?"
"...Claro que foi. Pensando bem, ainda nem sei se já lhe dei meu
nome".
"Nós, ladrões, seguimos um nome comercial. Seu nome verdadeiro
não importa. Você é apenas uma nova cara aqui agora. Quando seus sete
dias de treinamento tiverem terminado, como seu mentor, eu o batizarei
com um nome comercial adequado. Se você quer um nome
impressionante, é melhor trabalhar por ele".
"Uh, então... devo chamá-lo de Sensei?
"Oh, meu Deus". A mulher se inclinou para frente, colocando a mão
debaixo da mandíbula de Haruhiro.
Uau... As peitos dela são absurdamente enormes. Haruhiro estava
quase correndo o risco de ter que dar um palpite para ela não notar a
reação dele.
"Você me chamaria de Sensei? Isso não é nada mal". A mulher sorriu,
acariciando debaixo do queixo de Haruhiro. "Eu sou Barbara. Acho que
nos vamos divertir nos próximos sete dias".
5. Encontro
Se eles se divertissem ou não, ele nunca seria capaz de contar a

ninguém sobre esses sete dias.
A natureza livre da de ladrões significava que ele estava livre para
desistir quando quisesse. Ele poderia voltar mais tarde para oito pratas,
mas somente aqueles que tivessem atingido o posto de mentor
poderiam ensinar aos outros sobre métodos de ladrões, táticas de
emboscada, as artes de matar e outras habilidades secretas da .
O que aconteceu durante o treinamento foi, como regra geral, não
ser revelado a pessoas de fora. Era por isso que ele não podia falar
sobre isso.
O nome do trabalho dado a ele por seu mentor era apenas um para
ser usado no mundo dos ladrões. Não havia necessidade de dizer isso
às pessoas comuns. Não que ele tivesse querido.
"...Porque é Gato Velho". Meu nome de trabalho é Gato Velho".
Segundo Barbara-sensei, seus olhos adormecidos o faziam parecer
um gato velho e cansado.
Ele não podia negar que havia alguma semelhança, mas era um
nome meio horrível. Por que ele não poderia ter sido Panther, ou
Jaguar, ou Hawk? Deveria ter havido um nome mais legal que ela
poderia ter dado a ele. Honestamente, ele estava começando a se sentir
satisfeito com praticamente tudo menos com o Old Cat.
Em todo caso, após sete dias de treinamento, completo com espaço
e alimentação, Haruhiro era agora um ladrão competente...
...Não.
Barbara-sensei havia lhe ensinado moral de ladrão, filosofia de
ladrão, a importância das táticas de emboscada e duas habilidades:
Picking, que era a habilidade mais básica de um ladrão, e Slap, que era
a mais básica das técnicas básicas na arte de lutar e matar.
Mesmo assim, ele não tinha dominado nenhuma delas.
Haruhiro teria que melhorar gradualmente essas habilidades
através da experimentação. E para adquirir mais habilidades no futuro,
ele teria que retornar à e aprendê-las com seu mentor. É claro que isso
custaria algo, e é claro que ele teria que passar a noite por vários dias
de aulas.
Em outras palavras, Haruhiro tinha aprendido as habilidades de
Picking e Slap, mas sua proficiência com elas era muito baixa demais
para que ele as utilizasse de forma confiável.
Como presente para celebrar o final de seu treinamento, ele
recebeu um velho manto de ladrão, uma adaga bem usada, um
conjunto igualmente bem usado de ferramentas de ladrão e um par de
botas de ladrão de segunda mão, tudo isso ele estava usando agora
mesmo. Ele provavelmente parecia pelo menos um pouco ladrão
graças a isto, mas ainda não podia realmente se mover como um
ladrão.
Após o duro treinamento de Barbara-sensei, ele havia aprendido
que o caminho do ladrão não era fácil. Muito pelo contrário, de fato, e
ele era um novo ladrão apenas dando seus primeiros passos por esse
caminho. Essa era a situação de Haruhiro neste momento.
"Vai ficar tudo bem...?", ele se perguntava. O velho gato seguiu
para o seu destino com um suspiro.
Ainda era antes do meio-dia, então o mercado não estava tão
lotado. Havia apenas dois clientes na frente do Espetos de Dory. Um
era um homem de cabelos encaracolados no que parecia uma
armadura de couro com uma espada longa, e o outro usava um arco e
flechas trêmulas sobre suas costas com um grande facão no quadril.
Ela tinha seu cabelo em tranças.
"Ranta, Yume!"
"Ranta, Yume!" disse Ranta, dando a volta.
Yume fez o mesmo, ainda roendo com fome um espetinho de
carne. "Huwha?" A expressão relaxada de Yume foi uma visão para os
olhos doloridos de Haruhiro. Até mesmo
Os cabelos encaracolados da Ranta foram uma visão bem-vinda.
Pensando bem, o treinamento tinha sido bastante difícil.
Barbara-sensei sempre foi sexy, mas às vezes ela também era uma
sádica total. Ela nunca o deixava escapar. À noite, como ele dormia no
chão duro do que gostava de chamar de sua cela de solitária na dos
ladrões, envolto apenas em um cobertor sujo, ele havia imaginado o
momento difícil que os outros também deveriam estar passando. Os
pensamentos podem não tê-lo feito sentir que precisava se esforçar ao
máximo, mas eles ajudaram a consolá-lo um pouco.
Honestamente, tinha sido muito ruim para ele. Houve algumas
vezes em que ele tinha pensado que não podia fazer isso ou que não
aguentava mais e tinha considerado fugir. Mas ele estava aterrorizado
com o Barbara-sensei, e isso o impediu de continuar com isso.
"Ranta...! Yume...!" Haruhiro atropelou-os e foi dar a ambos uma alta de
cinco.
Ranta devolveu os cinco altos com um "Yeah!" confuso, mas Yume tinha
um olhar no rosto como se ela não fizesse idéia do que fazer, e ela
simplesmente deixou a mão dele pendurada ali pateticamente.
Teria ele se deixado levar? Foi um pouco embaraçoso. Ah, bem...
Haruhiro limpou um pouco a garganta dele. "Olá. Como você está indo?
Onde estão os outros?"
"Estamos nos dando muito bem, por enquanto", disse Ranta, olhando em
volta. "Ninguém além de nós ainda conseguiu voltar, eu acho?"
"Yuhme ish..." Yume começou a tentar falar com a boca ainda cheia, mas
engasgou-se com alguma de sua carne e começou a tossir. "...Urkh".
Haruhiro espreitou no rosto de Yume. "Y- Você vai ficar bem aí, Yume?"
"Sim. De alguma forma, parece que o Yume vai ficar bem. Ela vai ficar, mas
ainda assim
doer um pouco".
"Não é bom falar com a boca cheia". Deve-se tentar ficar calmo enquanto
se come".
"Nunca tive certeza do porquê, mas Yume sempre fica confuso e
apressado ao comer, sabe?" Yume disse.
"Eu vejo..."
"Mestre estava sempre dizendo a mesma coisa", continuou ela. "'Yume,
você realmente deveria comer mais devagar'. Não, ele não diria como 'Você
realmente deveria', Mestre poderia dizer como 'Coma mais devagar'".
"Escute", Ranta deu a ela um olhar lateral duvidoso. "Você pode ao
menos usar esse arco e flecha? Eu não saberia, mas você não é uma espécie
de mau ajuste para toda essa coisa de ser um caçador?"
"Sobre o arco e flecha, sim..." Yume inclinou a cabeça, uma bochecha
levantando em um sorriso. "O mestre disse que Yume pode não ter
esperança. Yume era bem horrível, não importava o quanto ela praticava".
"Se um caçador não pode usar um arco e flecha, isso não é um tipo de
não iniciante?
Tipo, eles não se encaixam na imagem"...
"Yume quer um cão-lobo, no entanto, então caçador é."
"Um cão-lobo, huh", disse Haruhiro, coçando o pescoço dele. Experiente
caçadores podem domar um cão-lobo e se comunicar com ele,
aparentemente. Não apenas um cão qualquer, um cão-lobo. Diferença
importante. Haruhiro viu o apelo, então ele pôde entender como Yume se
sentia.
"Um ladrão e um caçador inútil, não é mesmo?" Ranta cuspiu as palavras
em desprezo. "Vocês estão me matando, honestamente".
"...Você é o último cara de quem eu quero ouvir isso, Curly", disse
Haruhiro. "Não me chame de Curly!"
"...Com licença", alguém interjeitou.
"Eek....?!" Ranta saltou com um começo, dando a volta.
Atrás de Ranta, usando um chapéu preto pontiagudo e uma roupa da
mesma cor, ficou uma garota pequena. O chapéu era de aba larga e ela se
apoiava no bastão que carregava e olhava para baixo, de modo que não
conseguiam ver o rosto dela. Ainda assim, Haruhiro pôde perceber
imediatamente.
"Shihoru?".
A menina acenou com a cabeça silenciosamente. Era realmente Shihoru.
"Vamos lá..." Os olhos de Ranta estavam salientes enquanto ele tentava
se acalmar. "D- Não me assuste assim. Chamando para mim de repente por
trás. Você deveria ser um mago, não é? Você parece mais como um ladrão".
"...Sinto muito. Você não notou que eu... E eu não tinha certeza de como
chamar sua atenção, então..."
"Você poderia ter apenas chamado, como uma pessoa normal. Com um
oi, ou um yo, ou um oi".
"...Desculpe. Desculpe-me por não poder fazer as coisas como uma
pessoa normal"..."
"Não peça desculpas por cada pequena coisa! Isso me faz parecer o cara
mau"!
"Você meio que é o vilão", Haruhiro se interpôs entre Ranta e Shihoru.
"Se eu tivesse que escolher um vilão aqui, seria você". Não é nada para ficar
tão curvado".
"Não tente fazer o bom da fita, Haruhiro. Mesmo que ela tenha um belo e
grande par de peitos, ela está escondendo".
"Escondido...?" Sem pensar nisso, Haruhiro olhou em direção à área do
peito de Shihoru.
“...!”
Shihoru rapidamente cobriu seu peito com o braço, então ele não pôde
verificar de uma maneira ou de outra, mas... Espere, o que diabos estou
fazendo? Não está tudo bem para olhar. Agora meu rosto está todo quente.
Haruhiro pendurou sua cabeça.
"...Desculpe".
"Está tudo bem..."
"Você pode tentar escondê-lo"! Ranta disse, batendo com um dedo na
direção de Shihoru. "Mas não há como enganar meus olhos". Posso ver
através da maioria dos sutiãs acolchoados e push-up, também"!
Haruhiro olhou para Ranta com desdém. "...Que tipo de habilidade é
essa?" "Não é uma habilidade! É um dom natural"!
"Awww..." Yume disse, cutucando o seu próprio peito. "Shihoru tem
grandes, huh. Deve ser legal. Os de Yume são minúsculos, você sabe. Se
Yume fosse magra, tudo bem, mas ela é bem rechonchuda e suas peitos são
minúsculas. Um pouco deprimente, não acha?"
"...Eu não..." Shihoru encolheu-se em si mesma como se estivesse
tentando
desaparecer. “. Eu sou apenas f-f-fat, é só isso".
"Você está? Você não parece gordo para Yume, sabe". "Eu-eu só...
pareço mais magro de roupa.”
Ranta soltou uma risada nasal. "Shihoru". Você é o tipo que as garotas
odeiam, aposto". "Huh. ?"
"Chamando-se gorda quando você não é. Essa é a maneira mais rápida de
conseguir que outras garotas odeiem você".
"...Eu não estou fazendo isso..." Os ombros de Shihoru começaram a
tremer. “. I-I
realmente sou gordo, está bem?"
"Wuh. ?” Ranta disse, recuando um pouco. "Não, espere, não é nada para
chorar
sobre, está bem?"
“. Eu não estou chorando".
"Sim, você está! Há claramente lágrimas se formando em seus olhos!
Vamos lá!" "Shihoru, Shihoru". Yume disse, segurando-a com força. "Está
tudo bem, está bem?
Yume não te odeia. Yume ainda não te conhece muito bem, sabes".
Haruhiro sorriu ironicamente. "Você não está realmente tranquilizando-a
lá, Yume". "Oh? Você acha? Bem, o corpo de Shihoru se sente ótimo. Ela
parece magra, mas quando
você a segura, ela é só um pouco mole, sabe?"
"...D-D-De não me toque tanto. I-É embaraçoso. ”
"G-Girls. !" A Ranta estava ofegante. Demasiado pesado. "Droga, isso é
um
Equipe para os olhos! E num lugar público, também! Você tem certeza
de que não há problema? Dê-me mais!"
"Vejo que todos estão se divertindo", interrompeu outra voz. Haruhiro
olhou de onde vinha a voz. "Manato!"
Manato usava um traje de capuz com linhas azuis. Em suas mãos ele
segurava um bastão reto. Era um bastão curto.
"Serei eu o último a chegar?" Manato sorriu, olhando para cada um deles.
"Eu sou o padre, Haruhiro é nosso ladrão, Yume é nosso caçador, e Shihoru
é nosso mago. Temos Ranta-kun como guerreiro, também. Todos nós cinco
estamos aqui, estou vendo".
"Escute, amigo", disse Ranta com um franzir o sobrolho. "Você poderia
cortar isso com as coisas do -kun e do -san? Leva muito tempo para dizer
sempre". Além disso, você já está chamando Haruhiro apenas pelo nome
dele".
"Certo, Ranta é então".
"Sabe, agora que você está deixando cair isso, isso também me irrita! Me
chame de Ranta-sama"!
"Ha ha. Eu não quero fazer isso".
"Não ria das minhas exigências tão facilmente!"
"Você pode chamar Yume só de Yume, também", disse Yume. "...Ah. Só
Shihoru para mim também, se você não se importa". "Você tem certeza?
Está bem, então eu farei isso. Yume. Shihoru". Yume disse "Heeeere!" e
levantou a mão.
Shihoru também deu uma resposta tranqüila, mas eles não conseguiram
ouvi-la bem. Ela parecia bastante envergonhada.
"Manato", disse Haruhiro, balançando sua mão direita.
Manato mudou seu bastão para a mão esquerda e levantou sua direita
também.
As palmas das mãos deles bateram juntos. Deu uma palmada satisfatória.
Haruhiro deu um soco no ombro de Manato. "Bom trabalho, Manato. Os
sacerdotes passam... O que foi? Treinamento básico? Eu acho?"
"Sim. Como foi o seu treinamento na dos ladrões?"
"Ah, que canja", ele tentou colocar uma frente forte, mas seu rosto se
torceu como ele fez, então ele recuou rapidamente. "...Isso foi uma mentira.
Foi muito duro. Meu professor era louco. Ela é linda, mas super
assustadora".
"Ela era linda, hein? Estou com ciúmes. Meu mestre era um homem
robusto. Ele era duro e barulhento. Meus ouvidos sempre doíam".
"Suas orelhas doíam? Manato, quanto você gritou?"
"Eu nem me lembro. Eu estava sendo gritado com tanta freqüência que
comecei a pensar que talvez eu tivesse nascido só para ser gritado".
Haruhiro tinha sido repreendido com bastante freqüência por Barbara-
sensei, e isso o tinha deixado em baixo. Não porque tivesse destruído sua
autoconfiança, no entanto. Ele nunca tinha tido a chance de construir nada
disso. Teria Manato passado pelo mesmo? Talvez fosse a mesma coisa para
qualquer um quando entrou em uma pela primeira vez. Se assim fosse,
Haruhiro não precisava deixar que isso chegasse até ele. Talvez ele não
precisasse ser tão pessimista em relação às coisas.
Eu me sinto um pouco melhor agora. É graças a Manato. Manato nos deu
as informações sobre as s, e nos consultou a todos sobre as quais cada um de
nós deveria se juntar. Onde estaríamos sem Manato? Eu nem quero pensar
nisso.
"Acho que está na hora de sermos honestos, não é?" Ranta disse com um
suspiro. "A questão é que tenho algo que preciso dizer a todos vocês. É um
grande anúncio".
"Huh...?" Haruhiro levantou as sobrancelhas. "O quê?"
Yume disse "O que poderia ser?" piscando repetidamente, e Shihoru olhou
hesitantemente para Ranta.
Manato estava de olho no corpo de Ranta... ou melhor, olhando para o
equipamento dele.
Havia algo de estranho nisso? Ranta tinha uma velha espada longa no
quadril, e estava vestido com uma armadura de couro duro. Bem, era uma
espécie de aparência de guerreiro.
"Huh?". disse Manato, estreitando as sobrancelhas e olhando para baixo.
"A armadura guerreira é suposto ser..."
"Aqui está o anúncio!" Ranta disse, soprando seu peito até agora, sua
cabeça estava inclinada para trás. "Eu disse que ia me tornar um guerreiro,
mas não o fiz! A coisa toda de guerreiro simplesmente não era eu. Eu senti que
estava repleto de um talento que floresceria em uma dimensão diferente, uma
dimensão alternativa, então não me juntei à dos guerreiros"!
"O que...?" Manato parecia que estava prestes a dizer algo, mas depois
perdeu sua voz. Ele tinha ficado bastante pálido. E quem poderia culpá-lo,
realmente?
Afinal, de acordo com as informações que Manato havia reunido, o
guerreiro e o padre eram o centro de qualquer equipe. O guerreiro estava na
linha de frente, travando uma furiosa batalha contra todos os inimigos,
enquanto o padre era um curandeiro que tratava das feridas de seus aliados.
Cada grupo precisava de pelo menos um de cada. Assim, quando Manato
havia escolhido ser o padre e eles haviam determinado que Haruhiro ou Ranta
seria o guerreiro, Ranta havia se voluntariado para a posição com base no fato
de que soava legal. Porque Ranta tinha querido fazê-lo, e tinha dito o mesmo,
Haruhiro tinha decidido juntar-se à dos ladrões.
"Hm?". Ranta estava sem prurido. Ele olhava para eles como se estivesse
se perguntando o que era a estranha aparência que ele estava recebendo. "O
que há de errado? Fique mais chocado, está bem? Esta é uma super surpresa".
"...Estamos mais que surpreendidos", Haruhiro esfregou seu templo
pulsante. "...Estamos exasperados". Por que você se uniu a uma diferente?"
"Como eu disse, foi um sentimento. Foi instinto, cara. Instinto. Um palpite.
Meu sexto sentido no trabalho. Ouvi um sussurro do deus dentro de mim, veja.
"Não se torne um guerreiro", disse ele. "Não é você. Você é um homem maior
que isso'".
"E?" Parecia que Manato tinha recuperado um pouco de sua compostura,
embora ainda estivesse um pouco irritado. "A que você se juntou, Ranta?"
"Veja isto!" Ranta puxou um caveira... bem, na verdade, era apenas um
crânio... colar e empurrou-o em direção a eles. Então ele apontou para o peito
de sua armadura. Havia também um emblema de caveira queimado nele.
"Glória ao mestre da morte, o deus das trevas, Lorde Skullhell! Eu fui e me
tornei um cavaleiro negro"!
"Uma luz da moda?" perguntou Shihoru.
"Não!" Ranta gritou, cuspe voando por toda parte. "Um cavaleiro negro!
Um cavaleiro negro! Até mesmo o nome é legal! Parece muito mais incrível
do que 'guerreiro', não é mesmo?!"
"...Poderia ser", disse hesitantemente Shihoru, "você só se tornou um
cavaleiro negro porque soa legal, e por nenhuma outra razão...?"
"'Só'? Ouça..." Ranta disse com um suspiro. "Há algo mais importante do
que a frieza? Sim, eu achava que não. Quero dizer, como poderia haver? Pense
sobre isso".
Esse cara poderia tomar um bom soco, pensou Haruhiro. Ele não o fez, no
entanto. Dar um soco nele não ajudaria. Era tarde demais para isso.
"...Então, uma vez que você se torna um cavaleiro negro, não pode desistir,
certo? Eles mandarão pessoas para caçá-lo se você tentar deixar a , ou algo
assim".
"Sim, mais ou menos. Há esta regra: "Não nos trairás até que Skullhell te
leve". Você entendeu o que isso significa? 'Até que o Skullhell te leve'
significa até que você morra".
"Então, o que pode fazer um cavaleiro negro?"
"Invocar um demônio!" Ranta apertou sua mão em um punho, e... baixou-
a. "Não posso fazer isso agora, porém. Não posso fazer isso durante o dia,
quando o deus da luz, Lumiaris, o poder é forte ainda".
"Então, é só à noite..."
"Só por enquanto! À medida que eu acumulo vício, o poder do demônio
sobe". "Então, o que esse demônio pode fazer?"
"Ele sussurra para mim! Dizendo-me que há inimigos por perto. Oh, e às
vezes ele deixa escapar uma piada demoníaca"!
"Huh..."
"Não 'huh' para mim! Eu sou um cavaleiro negro! Um cavaleiro negro! É
um ajuste perfeito para mim!"
"Claro que sim", Manato acenou com a cabeça com meia-grena. "É uma
combinação perfeita para você, Ranta".
"Eu sei, certo?" Ranta disse orgulhosamente. Aparentemente, o sarcasmo
se perdeu nele.
Que idiota tão feliz. Ele pode ter ficado bem com sua escolha, mas não
estava absolutamente nada bem com ninguém mais lá. Haruhiro e os outros
tinham sido estúpidos ao confiar em Ranta? Talvez.
Os ombros de Haruhiro caíram. "...Não, eu não sei..."
6. Guerreiro Achado e Perdido
Bem, o que foi feito foi feito e eles teriam que viver com isso. Haruhiro
poderia ter deixado a dos ladrões para se juntar à dos guerreiros, mas,
realisticamente, isso não seria possível. Ele não poderia fazer os outros
esperarem sete dias. Além disso, ele não tinha o dinheiro. Os soldados
estagiários voluntários receberam dez pratas para se juntarem. E oito dessas
pratas foram destinadas para entrar em uma , portanto, no final, os
estagiários tinham apenas duas pratas para gastar livremente.
Mesmo assim, "livremente" era apenas tão livre. Uma vez terminados os
sete dias de aulas introdutórias e o quarto e a pensão que os acompanhava,
eles tinham que lidar com os custos diários de vida. Se fossem frugal, eles
podiam se alimentar de dez cobre por dia. Mas, a menos que lhes apetecesse
aspirar, eles teriam que encontrar quartos para alugar. Eles ainda não haviam
pesquisado adequadamente o preço de mercado dos quartos, mas parecia que
normalmente custava de quarenta a cinqüenta cobre por quarto por dia.
Basicamente, isso significava que, mesmo que eles decidissem acampar
para economizar dinheiro, precisariam gastar dez cobre por dia. Duas pratas
eram 200 de cobre, de modo que eles só podiam se manter alimentados por
vinte dias.
Haruhiro e os outros precisavam ganhar dinheiro. Antes que eles
pudessem comprar seus distintivos da Bri-chan e se tornassem soldados
voluntários de pleno direito, eles precisariam primeiro descobrir como
sobreviver até lá.
Como eles poderiam ganhar dinheiro? Eles tinham que trabalhar para
isso.
Eles ainda eram estagiários, mas Haruhiro e os outros saíram pelo portão
norte para ir trabalhar como soldados voluntários. Não muito longe lá fora,
havia um homem grande vestindo uma corrente de correio, agachado na
escova à beira da estrada.
"...Moguzo?".
Quando Haruhiro o chamou, o grandalhão se virou languidamente para
eles e piscou algumas vezes. Ele murmurava, como se estivesse tentando
dizer algo, mas as palavras não saíam. Haruhiro olhou para Manato.
"Huh?". Yume disse, olhando para o céu cheio de nuvens fofas.
"Moguzo-kun foi levado por Kuzuyama, não foi?"
Haruhiro disse: "Não Kuzuyama, Kuzuoka", corrigindo-a de improviso
antes de caminhar até Moguzo. "O que foi, Moguzo? O que você está
fazendo aqui? E, espere, por que você está sozinho?"
Moguzo sulcou suas sobrancelhas, acenando lentamente.
"Eu sei", disse Ranta, com uma tentativa de estalar seus dedos que não
produziu um som. "Kuzuoka te jogou fora, aposto. Ele estava bem ao deixá-
lo entrar na equipe, mas depois você provou ser um idiota tão lento que ele
decidiu que estava melhor sem você".
"Ranta..." Haruhiro estava prestes a dizer a ele, mas decidiu contra isso.
Dizer qualquer coisa a Ranta era um exercício de futilidade.
"...Meu dinheiro", disse Moguzo, pendurando sua cabeça. "...Eles
levaram tudo.
Disseram-me que tinham me ensinado o suficiente, então para pagar..."
"Isso é terrível..." Shihoru disse calmamente.
"Viu? Eu te disse", disse Ranta com um cheirinho, parecendo satisfeito
consigo mesmo. "Foi por isso que eu tentei te impedir naquela época. Quer
dizer, é Kuzuoka. O cara tinha 'traste' escrito em cima dele".
"Mas você mesmo age muito escumalha..."
"Oh, empurra-o, Haruhiro! Como eu sou escumalha? Dê-me um exemplo
concreto!
"Eu posso? Bem, vamos ver, para começar..."
"Pare! Vamos lá, você está mantendo uma lista mental dos pontos
escumalha das pessoas ou algo assim? Isso é escumalha! O ato de uma
pessoa de escumalha! Você, senhor, é um escumalha de boa fé!"
"Uau... Quando um escumalha começa a tentar te chamar de escumalha,
isso realmente mata o humor"...
"Moguzo-kun", Manato se agachou ao lado de Moguzo e colocou uma
mão em seu ombro. "Você se juntou à dos guerreiros, certo?"
Olhando mais de perto, Moguzo não estava apenas usando uma armadura
de malha, ele também tinha luvas e botas de couro, e uma espada bastarda
em uma bainha pendurada diagonalmente sobre suas costas. Todos eles eram
de segunda mão, sem dúvida, mas ele parecia ser a parte de um guerreiro.
Tudo isso lhe convinha muito bem, especialmente com seu grande corpo.
"Eu fiz pelo menos..." Moguzo espreitou na direção de Manato.
"...consegui me tornar um guerreiro, sim..."
"Oh, você conseguiu?" Haruhiro aplaudiu. "Bem, graças a um certo
traste, nosso grupo não tem um guerreiro no momento, então..."
"Por culpa de um canalha, você deve querer dizer sua culpa, certo,
Haruhiro?"
Haruhiro ignorou Ranta, olhando para Yume e Shihoru. "O que vocês
dois acham?"
"Oh..." Shihoru acenou com a cabeça. "Acho que isso seria bom". "O que
seria bom?" disse Yume, falhando em entender.
"Bem, nos falta um guerreiro, não é? Então, Moguzo é um guerreiro e
atualmente, como hei-de dizer, livre? Ele é perfeito para nós, é o que eu
estava pensando".
Yume ficou impressionado com a idéia, deixando sair um "Ohh" e se
inclinando para espreitar o rosto de Moguzo. "Moguzo, você quer se juntar à
equipe de Yume e seus amigos?"
"...Você tem certeza? Posso participar?"
"Eu quero que você participe", disse Manato a Moguzo com um sorriso.
"Isso só se você estiver bem com isso, é claro".
Haruhiro olhou de lado para a Ranta. Se alguém fosse reclamar, seria
ele". O que aconteceu o surpreendeu. Ranta jogou brincalhão os braços em
volta do pescoço de Moguzo por trás.
"Você não tem esperança, sabia disso? Eu cuidarei bem de você, então
seja meu escudo, Moguzo! Faça como se você estivesse pronto para morrer
por mim"!
"...Ah, agora faz sentido".
"O quê, Haruhiro? Eu não disse nada de errado, sabe? O trabalho de um
guerreiro é lutar furiosamente na linha de frente na batalha, não é? Isso
significa ficar na linha de frente e atrair o fogo do inimigo. É por isso que
eles usam correntes de correio e outras armaduras de metal com alta defesa
para se protegerem, entendeu?".
"Ranta tem razão", Manato olhou para Moguzo com uma expressão séria.
"Não estou tentando assustá-los aqui, mas acho que os guerreiros têm o
trabalho mais difícil de todos. Ainda assim, todos nós o apoiaremos o melhor
que pudermos e, se alguma coisa acontecer, eu o curarei com minha magia
da luz imediatamente, para que você não precise se preocupar com isso.
"Sim, sim... farei o meu melhor. Mas...". Moguzo esfregou a barriga. "Eu
não tenho dinheiro..."
"Eu te empresto o que você precisa". Acho que por enquanto já podemos
raspar. E uma vez estamos ganhando, talvez não precisemos mais nos
preocupar com isso".
"Deixe-me dizer-lhe, no entanto"! disse Ranta, mexendo no cabelo de
Moguzo com um grande sorriso no rosto. "Não vou emprestar-lhe um
centavo vermelho. Sou um crente firme em pedir dinheiro emprestado, mas
nunca retornando ou emprestando"!
"Sinceramente", Haruhiro foi pego de surpresa. "Você é um verdadeiro
natural quando se trata de ser o pior, você sabe que..."
Ranta tut-tut-tut, acenando com um dedo. "Haruhiro". "O quê?"
"O que acontece quando você multiplica um negativo por um negativo?
Torna-se um positivo, certo?"
"E daí?"
"Esse sou eu!"
"Eu não entendo..."
"Idiota". Eu escolhi ser um cavaleiro negro ao invés de um guerreiro, não
é? É por isso que Moguzo, o guerreiro, é capaz de se juntar ao nosso grupo,
sim? Funcionou perfeitamente, não é? Todos deveriam estar me
agradecendo, sim?"
"Eu te invejo", riu Manato. "Ser capaz de ver tudo isso de uma forma tão
positiva. Isso não é algo que se possa fazer só porque se tenta fazer. É um
talento".
"Eu sei, certo?! Esse é o meu homem, Manato! Eu sabia que o mantinha
por alguma razão. Agora este canalha, Haruhiro, por outro lado..."
"Tanto faz..." Haruhiro teria gostado de discutir, mas sabia que isso só o
desgastaria mais. Ele estendeu uma mão para Moguzo. "Vamos, Moguzo".
Para ganhar algum dinheiro".
"...Sim". Moguzo pegou a mão de Haruhiro.
Haruhiro puxou sua mão, tentando levantá-lo de pé, mas ele não se
mexeu um centímetro.
"...Uh, Moguzo, você vai ter que ficar de pé por sua conta. É um pouco
demais para mim"...
Moguzo disse: "Oh, desculpe", e se levantou languidamente.
Será que isso vai realmente dar certo? Haruhiro se perguntou por um
segundo.
7. Início Lento
Ao sul de Alterna surgiu a Cordilheira Tenryu, uma linha de montanhas

incrivelmente altas e inacessíveis. Esta terra chamada Grimgar foi bissecada
pela cordilheira. O lado distante, ao sul, foi chamado de pátria, enquanto aqui,
no lado norte, foi chamado de fronteira.
Bem, a fronteira era exatamente como os humanos a chamavam. Para ser
mais específico, o Reino de Arabakia, que governava a pátria, Alterna, e a área
ao seu redor, tratava a área ao norte das montanhas como a fronteira.
A propósito, a fronteira não tinha sido uma fronteira há cerca de 150 anos.
O que quer dizer que havia muitos países humanos naquela época. Havia
também raças não humanas, mas os humanos eram os mais poderosos. Mas,
com a vinda de um ser com poderes mágicos aterrorizantes chamado de Rei da
Não Vida, tudo havia mudado.
O Rei Sem Vida tinha criado uma nova raça, os mortos-vivos, e com ele
como líder, eles tinham feito mais do que apenas expandir seu poder. Além
das proezas marciais e mágicas, ele provavelmente também havia sido um
político capaz, pois havia permitido que os membros mais importantes de cada
raça se nomeassem reis e, com eles, havia formado uma Aliança de Reis.
Eles haviam declarado guerra contra a raça humana. Os humanos tinham
sido facilmente derrotados, quer fossem dizimados ou forçados a ir para o sul
das montanhas Tenryu. Depois disso, por recomendação de seus colegas reis,
o Rei Sem Vida havia se tornado Imperador e fundado o Império Imortal. Os
humanos não podiam colocar os pés ao norte das Montanhas Tenryu.
E então o Rei Sem Vida, o Imperador Imortal, havia contradito seu nome e
de alguma forma morrido há 100 anos. Tendo perdido o imperador que o
mantinha unido, o Império Eterno havia se fragmentado. O Reino de Arabakia
havia aproveitado essa oportunidade para estabelecer a Alternativa da cidade
fortaleza, e o resto foi história.
A propósito, tudo isto foi tudo o que eles tinham ouvido de Manato.
A área entre Alterna e as montanhas Tenryu ao sul estava pontilhada de
fazendas e vilarejos, enquanto a área ao norte era principalmente campos e
florestas.
"Então, como dizia Yume", o caçador, Yume, explicava ao dar tapinhas na
grama, "há veados, e há raposa, não é mesmo? Já que é primavera, você terá
um urso saindo de vez em quando, também. Ah, e há quimós.
Eles são redondos e fofos com olhos pequenos e caudas longas e finas.
Têm orelhas e patas pequenas, e saltam para onde quer que vão, está vendo?
São uma presa muito boa. E há ratos do fosso. São grandes como gatos, têm
pêlo duro e são muito ferozes, ouvi dizer".
"Ah, sim?" Ranta sombreou seus olhos com as mãos, fazendo um show de
olhar ao redor. "Mas pelo aspecto, não há nada por aqui".
Yume soltou um pequeno gemido e franziu o sobrolho. "Quando meu
mestre do guilda me levou para fora para aulas, eu os vi aqui e ali. O mestre
acertou uma flecha e, whoosh, derrubou uma".
"Talvez ali", Manato fez um gesto em direção ao bosque que estava à
frente e para a direita. "Parece mais provável que haja coisas escondidas onde
há árvores, você não acha?"
"Sim", Haruhiro acenou com a cabeça. "Talvez". Se eu fosse um animal, eu
teria medo de ficar no campo onde não houvesse grama alta ou árvores para
me esconder".
Ranta riu. "Eles estão todos apavorados comigo, não estão...?" "Tudo bem,
então a culpa é sua, não temos presa, Ranta".
"Cale a boca, Haruhiro! Diga que é graças a mim! Diga, com dignidade,
que é graças a mim!"
"Cale a boca, sim? Se você gritar assim, vai assustar qualquer animal que
ainda esteja por perto".
"É graças a mim!"
"Estou tão farto disto... Ele não ouve nada do que ninguém diz"...
"Hum..." Shihoru, que tinha ficado calada o tempo todo, abriu a boca pela
primeira vez em algum tempo.
"Podemos ki- derrubar animais?" Todos pararam de andar.
Agora que ela mencionou isso, o trabalho de um soldado voluntário era
matar monstros... e membros de raças hostis, não para caçar comida e coisas
que eles possam vender.
"Yume pensa..." Yume estragou a cara dela, tendo dificuldade em dizer o
que ela queria. "Yume aprendeu com Mestre como mostrar apreço a um
animal depois de tirar sua vida, você sabe. Mas Yume gosta de animais, e
Yume realmente não quer matá-los. Eles são bonitinhos. Yume se sentiria mal
com isso, você sabe".
Ranta escarneceu. "Não seja um sofá. O que você é, uma moça bem
educada? Porque todo ser vivo vai eventualmente morrer e ser abraçado pelo
Lorde Skullhell. Se algo precisa morrer para que possamos sobreviver, não há
nada de estranho nisso".
"Se isso for verdade..." Yume subitamente fez pontaria e acertou uma
flecha. Ela estava apontando diretamente para Ranta. "...não haveria problema
se você tivesse que morrer por Yume e por todos, Ranta".
"Do-!" Ranta deu um salto para trás. "D-Do-Do-Do-Do-Do-Do-Não seja
estúpido, Tiny Tits! Matar-me não vai fazer nenhum bem, sabe?! Não servirá!
Não vai mesmo! Estou falando sério! Pare com isso, por favor!"
"Yume se sentiria melhor depois de fazer isso. Afinal, você chamou os
peitos do Yume de minúsculos".
"Y-Y-You se chamava assim antes, não é mesmo?! Você disse que suas
peitos eram minúsculas!"
"Dizer isso você mesmo e ser chamado por outra pessoa são diferentes".
Especialmente quando é de um menino. Isso dói, sabe?"
"Eu-eu-eu sinto muito! Eu-eu-eu peço desculpas! Peço desculpas, está
bem?! Olha, eu te imploro!" Ranta fez um ajoelhamento saltitante. "Está
vendo?! Minha culpa! Perdoem-me! Por favor! Yume, eles não são
minúsculos! Essas coisas são enormes! Explosivamente enormes! Eles estão
quase em território de maravilha da natureza"!
"Homem..." Haruhiro olhou não tanto para baixo, mas para baixo em
Ranta. "Você não se arrependeu nem um pouco, eu aposto".
"Eu-eu tenho, está bem! Como eu não me arrependi?! Como você pode
dizer que não me arrependi?! Com que base?!"
Yume suspirou, devolvendo sua flecha à sua aljava e colocando o arco para
baixo. "...Desperdício de uma flecha".
"Whew", Ranta se levantou e fez um show de limpar o suor de sua testa.
"Sabe de uma coisa? De qualquer maneira? Mesmo se você tivesse atirado,
acho que teria falhado. Só estou dizendo. Só para constar. Ei? Yume? Pare
com o facão. Não a tire para fora! Isso não é engraçado! Se você me enfiar
com isso, isso vai doer! Eu vou morrer! Eu vou morrer a sério!"
"Então, sobre nossa presa", disse Manato com um sorriso um tanto
forçado. "Pelo que ouvi, mesmo perto de Alterna há Goblins de lama, ghouls,
e outros alvos que até mesmo os estagiários provavelmente podem lidar". No
entanto, é exatamente o que ouço, portanto não sei ao certo".
"Goblins e ghouls..." Haruhiro pensou muito. Os nomes lhe soava
familiares. Ele podia estar apenas imaginando, mas tinha um vago senso de
que eram criaturas humanóides.
"...Muito bem", então, Shihoru falou com mais força do que costumava
fazer. "Por que não nos concentramos naqueles choupos de lama e arrefece?"
Quando Haruhiro sugeriu suavemente: "Você quer dizer 'Goblins e ghouls
de lama'..." para corrigi-la, o rosto de Shihoru ficou vermelho e ela encolheu
em si mesma.
"Claro, o que quer que funcione", concordou Ranta, não parecendo se
importar. Yume disse: "Assim está melhor", parecendo feliz com a escolha.
Moguzo disse: "O-Okay", com um aceno de cabeça.
"Acho que vamos tentar a floresta, por enquanto". O padre, Manato,
assumiu a liderança.
Haruhiro e os outros o seguiram em direção ao bosque próximo.
O bosque era implacavelmente arborizado. Havia árvores de folha larga
que não sabiam os nomes, assim como vegetação rasteira tão grossa que não
conseguiam nem ver trilhas de caça. Não havia muito terreno duro. Era tudo
estranhamente macio, ou ligeiramente mole. A base era pobre, o que tornava
difícil caminhar.
Eles conseguiam ouvir os pássaros cantando. Quando o vento soprava, o
murmúrio das folhas estava por toda parte.
"Cachos de lama e gaivotas", sussurrava Yume. "Talvez eles fiquem muito
tempo na água".
Como se tivesse se tornado seu dever, Haruhiro a corrigiu: "Goblins de
lama e ghouls, você quer dizer". Então ele continuou: "Água, huh. Onde seria
isso? Um pântano, ou uma fonte? Ou talvez um pântano?"
"Vamos ver", disse Manato.
Manato assumiu o papel de nos liderar, mas considerando que este é o
bosque, parece que este deveria ser o trabalho de Yume. Bem, acho que está
tudo bem. Está realmente tudo bem? Tanto faz, está tudo bem.
Mas, por mais que procurem, parece que não conseguiram encontrar um
bebedouro.
Eles também não tinham encontrado nenhum ser vivo além de insetos. Eles
podiam sempre ouvem os pássaros cantando, mas onde eles estavam?
Ranta fez um som de gole exagerado ao engolir seu cuspo. "...Pelo aspecto
deste lugar, você tem certeza de que não é o Bosque Morto, ou algo assim?"
"Deve ser culpa da Ranta", Yume ensopou as bochechas e olhou fixamente
para Ranta. Depois do Incidente dos Peitos Minúsculos, ela o odiava
absolutamente, parecia. "Todas as criaturas estão fugindo porque Ranta está
fazendo muito barulho, não acha?"
"Estou ficando quieto! Já não digo nada há algum tempo"!
"Só por estar lá, sua própria existência é barulhenta e irritante". "Que bom
que você disse! Sim, bem, só por estar lá, seus peitos são
já minúsculo"! "...Mrgh".
"Ah, erro meu". Isso foi desnecessário. Caiu da minha boca sem pensar.
Fui e falei a verdade não envernizada. Yowch!" Ranta pulou de repente. "-O
quê?! -O quê?! W-W-Woah?!"
"- Huh?" Haruhiro pestanejou. Ranta estava levantando as pernas para
cima e para baixo, como uma espécie de dança. Havia algo a seus pés, e
tentava se agarrar à perna dele, agarrando e arranhando. Era do tamanho de
um gato, com seu corpo coberto de pêlos tipo agulha.
"Um rato do poço", disse Yume, olhando em volta. "Os ratos de fossa
devem atacar em matilhas, por isso pode haver mais por aqui".
Shihoru soltou um grito e depois se jogou em Moguzo. Não, ela não se
jogou deliberadamente em Moguzo: ela tinha tentado fugir de algo e colidiu
com ele enquanto o fazia, aparentemente.
"Eles estão aqui...!". Manato balançou seu pequeno bastão. "Urkh! Eles são
muito rápidos!"
"Ei!" Ranta ainda estava recuando enquanto dançava. "Ajudem-me aqui,
caras! Ajudar-me deveria ser a primeira prioridade! Ajudem-me! Alguém
ajude-me!"
"Luta, cavaleiro negro!" Haruhiro desenhou sua adaga, mas ele não sabia
quantos ratos do fosso havia, e eles andavam por todo o lugar. As técnicas de
luta mortíferas que ele havia aprendido na de ladrões eram destinadas a
humanos, ou outras raças com corpos humanóides, então ele honestamente não
tinha idéia do que fazer. Para começar, ele tentou balançar sua adaga nas
ratazanas das boxes, mas como era de se esperar, ele nem sequer pegou uma.
"Os animais são rápidos...!"
Com um grito, Moguzo usou ambas as mãos para erguer sua espada
bastarda para um balanço. Ranta estava na direção em que estava balançando,
também.
Com um grito, Ranta saltou para o lado quando a espada de Moguzo
explodiu no local onde ele havia estado momentos antes.
Era o chão. A espada bastarda tinha batido no chão, chutando a terra. Mas
era só isso que tinha feito.
"M-Moguzo, maldição! Você está tentando me matar?!" Ranta finalmente
desenhou sua espada longa. Embora o tenha desenhado foi tudo o que ele fez.
Ele ainda continuava fugindo dos ratos do fosso. "Maldição! Maldição,
maldição! Meus aliados estão tentando me matar, ainda estou sendo alvo, nada
está indo no meu caminho...!"
Esta adaga não vai cortá-la. Haruhiro tentou dar um chute nos ratos do
fosso, mas eles facilmente se esquivaram dele. "Moguzo estava tentando
ajudar você! Seja grato!"
"Ele não ajudou em nada!" Ranta deu um pontapé no chão, balançando
com sua espada longa com um grito de batalha. "Ódio! O quê? Minha terrível
habilidade de cavaleiro! Falhou...?!"
"Não use habilidades de forma imprudente!" Haruhiro escolheu um rato do
fosso para focar seus ataques. Eu o perseguirei. Sem sorte. Ele fugiu atrás
daquela árvore.
"Ugh, jeez...!"
"Marc em Parc", Shihoru desenhou sinais elementares com seu pessoal
enquanto cantava. Era o Míssil Mágico. Um punho de luz do tamanho de um
punho disparou para fora do final de seu bastão - e impactou a parte de trás da
cabeça de Ranta por alguma razão.
"Gwah?!".
"Huh?!" Shihoru abriu seus olhos. Parecia que ela tinha atirado com eles
fechados.
Por causa disso, ela havia disparado na direção errada. "...Sinto muito! I...”
"Sua cadela! Eu vou te matar! Na verdade, não, deixe-me só apalpar você...!"
Ranta esfregou a parte de trás da cabeça, se preparando para atacar
Shihoru.
Sem hesitar um momento, Manato usou seu pequeno bastão para tropeçar
nele.
Ranta tropeçou em frente com um grunhido confuso.
"O que você está fazendo?"! Manato gritou com a Ranta enquanto tentava
golpear um rato do fosso. Aos olhos de Haruhiro, parecia que ele estava
usando bem seu bastão curto, mas ainda não conseguia acertar um golpe no
rato do fosso.
"I- Se pudéssemos apenas pegar um pouco!" Yume estava balançando sua
catana de forma selvagem. Possivelmente por causa disso, os ratos do fosso
não estavam indo para perto dela. "Se conseguíssemos apenas fazer um pouco
de dano! Mestre disse que a maioria dos animais fugiriam se você pudesse
fazer isso, então todos dariam o melhor de si"!
Moguzo bateu numa árvore com sua espada bastarda, fazendo com que
uma cascata de folhas e insetos caísse sobre ele. Ele ficou ali, coberto de
folhas e insetos, rugindo em confusão.
"Isto não vai a lugar algum!" Haruhiro se resolveu a fazer algo, caindo de
joelhos e baixando sua postura. Não correndo, não se movendo, apenas
esperando os ratos das boxes.
Na minha frente. Um está chegando. Um rato de fossa. Haruhiro enfiou o
braço esquerdo para fora. Vá em frente. Morde a isca. Tente me morder. Isto é
ruim. Eles são do tamanho de um gato, mas são muito assustadores. Rápido,
também. Mas eu tenho que ser paciente. Paciência é... E nesse ponto ele
sentiu uma dor aguda na canela direita. "Yowwwch...?!"
Outro rato do poço tinha vindo de trás e afundado seus dentes na canela
direita de Haruhiro. Quando ele reagiu tentando sacudi-la, o rato do poço
vindo de frente lhe mordeu o braço esquerdo. "Ai!".
"Haruhiro...!" Manato correu até ele, balançando afiadamente com seu
bastão curto. "Não se mexa...!" Com um estrondo e um guincho, sua canela
direita e seu braço esquerdo foram repentinamente soltos.
Os ratos das boxes estavam fugindo. A uma velocidade incrível, também.
Num piscar de olhos, todos eles, mesmo aquele atingido pelo bastão curto de
Manato, fugiram, e não havia nenhum vestígio deles.
"Você está bem, Haruhiro?" Manato ajoelhou-se ao seu lado,
inspecionando suas feridas.
"Uh, sim, eu acho que..." Os ferimentos dele não eram graves. Se eu
enrolar minha perna e minha manga das calças, aposto que provavelmente há
um monte de pequenos buracos em forma de leque onde os ratos do poço me
morderam. E eu também estou sangrando um pouco. Mas, se isso é tudo, oh
bem. Mas dói um pouco.
"Deixe-me curá-lo", Manato levou os cinco dedos de sua mão direita à
testa, empurrando a testa com o dedo médio e fazendo um gesto de
hexagrama. "Ó Luz, que a proteção divina de Lumiaris esteja sobre ti. Cura".
A luz brilhava da palma da mão de Manato. A luz quente selou as feridas
de Haruhiro em um instante. Três segundos para sua canela direita, três
segundos para seu braço esquerdo, e a cura foi completa.
"Fantástico..." Haruhiro tentou tocar os pontos onde as feridas tinham
estado. Havia sangue lá, mas nenhum outro vestígio do ferimento anterior.
Não doía nem fazia comichão. "Obrigado, Manato. Acabou sendo você quem
afugentou os ratos no final também".
"Graças a você agindo como isca viva para eles, Haruhiro".
"Não, o plano era usar meu braço como isca, então eu mesmo cuidava
deles..." "Claro... Mas, você sabe, tudo termina bem".
"Isto não acabou bem de todo!" Ranta estava agindo como uma criança
jogando uma birra, batendo nas pernas enquanto se sentava no chão. "O que há
de bom nisto? Fomos atacados de repente por coisas estranhas! Tudo o que
fizemos foi expulsá-los. Não vamos ganhar um único centavo com isso. E
espere, eu também estou ferido aqui. Isso dói! Curem-me já!"
"Oh, desculpe". Manato correu para a Ranta.
"Você não precisa pedir desculpas à Ranta..." Haruhiro murmurou para si
mesmo enquanto olhava ao redor da área. Talvez Moguzo tivesse balançado
muito sua espada bastarda, porque estava sentado exausto no chão...
Shihoru estava encostado a uma árvore como se estivesse tentando se
esconder atrás dela. Seu disparo com o Míssil Mágico deve tê-la
incomodado.
Yume era a única que ainda parecia alegre, seus olhos se movimentavam
inquietos e ela estourava em um grande sorriso quando seus olhos se
encontravam com os de Haruhiro. Haruhiro sorriu de volta sem realmente ter
intenção, mas esta não era a hora de sorrir um para o outro, ele sentiu. Talvez
seja, porém. Quem sabe?
"...Ele está certo, tudo o que conseguimos foi expulsá-los", suspirou
Haruhiro. "Talvez a floresta seja muito perigosa? Tipo, pode ser muito cedo
para nós...?"
"Sim! Eu vivo de novo...!" Sua cura aparentemente terminou, Ranta
pulou e balançou seu braço em círculos. "Muito bem, muito bem, vamos lá,
pessoal!"
"...G-Go?" Moguzo piscou os olhos. "Wh-Onde?"
"Você é estúpido? Para encontrar alguns gobs ou ghouls de lama,
obviamente!Você deve estar brincando comigo se acha que vamos para casa
sem nada para mostrar depois de sermos arranhados por aqueles buracos, o
que quer que você chame de "G-Go"!
Não podemos recuar agora"!
"Eu suponho que não..." Manato pensou por um momento, depois acenou
com a cabeça. "Eu acho que Ranta tem razão. Há algum risco envolvido.
Esses ratos do fosso são carnívoros, certo?"
"Ratos de fossa, sim", respondeu Yume. "Eles podem ser omnívoros".
Mas, quando eles caçam em bandos como você viu antes, já ouvi dizer que
às vezes eles atacam humanos".
"Bem, eles realmente nos atacaram..." Haruhiro disse.
"Então eles são omnívoros", Manato olhou para baixo, acariciando seu
queixo. "De qualquer forma, se predadores como eles vivem nestes bosques,
deve haver presas também, não acha?"
"Bem, duh", Ranta farejou ironicamente, "Você acabou de descobrir isso
agora, Manato? Há tempos venho pensando nisso. Que se predadores como
eles vivem nestes bosques, também deve haver presas".
Haruhiro deu o olho lateral a Ranta. "...cara, você só está repetindo o que
Manato disse palavra por palavra".
"Empurra-o, Olhos Sonolentos! Por que você não vai tirar uma soneca?"
"Eu já lhe disse, eu nasci com estes olhos e eles não significam que estou
com sono! Eu não te disse isso?!"
"Haruhiro". Manato tinha um sorriso no rosto. "Geralmente, é melhor
você simplesmente ignorar o que Ranta diz".
"Ei, ei, ei!" Ranta bateu com um dedo na direção de Manato. "Não se
exalte dizendo coisas horríveis como essas! Aposto que você se faz de bom,
mas você é realmente um esquema de coração negro, não é?!"
Manato respondeu com um "Quem pode realmente dizer?". Então, depois
de se esquivar da pergunta, ele respirou fundo. "De qualquer forma, se não
há objeções, vamos continuar fazendo o melhor que pudermos aqui nestes
bosques".
Ninguém se opôs. Haruhiro e os outros procuraram mais profundamente
no bosque, mantendo-se atentos aos ratos do fosso.
Eles rondaram a floresta até que o sol começou a se pôr, mas viram
apenas um veado. Yume apontou para ele, mas ele fugiu antes que ela
pudesse acertá-lo.
Eles viram pássaros várias vezes. Eles foram atacados por outro bando de
ratos do fosso, mas eles os defenderam. E foi isso. Se escurecesse, eles
estariam em sérios problemas, então Haruhiro e os outros deixaram o bosque
em pernas cansadas.
"...E agora?" Ranta perguntou com uma voz enfadonha. Foi uma pequena
surpresa ele ter ficado sem energia.
"Não há muito que possamos fazer", disse Haruhiro, suprimindo
desesperadamente um suspiro. Se ele suspirasse agora, ele tinha certeza de
que algo dentro dele iria estalar. "...Temos que voltar para trás". Para a
Alternativa".
"Rapazes em dor, todos em vão, huh..." murmurou Yume.
Haruhiro disse: "Quem são os meninos em dor?" a fim de corrigir seu uso
do ditado, mas então percebeu que eles tinham quatro meninos em dor aqui,
e não conseguiam suprimir um suspiro.
"Parado!". Shihoru começou a dizer algo, mas depois pendurou a cabeça,
como se ela tivesse ficado sem vapor. "...A - Na verdade, não é nada".
O estômago de alguém roncava. Foi Moguzo. "...Estou com fome".
"Quando voltamos", Manato olhou para cada um deles. "Vamos ao
mercado e vamos jantar em algum lugar primeiro. Eu conheço um lugar
barato onde podemos passar a noite. É uma casa de hospedagem para
soldados voluntários no oeste da cidade. Você pode ficar livre se tiver seu
crachá, mas eles cobram dinheiro dos estagiários. Mesmo assim, é uma casa
de baixo custo. Se alugarmos apenas um quarto para os rapazes, e um para as
moças, vinte cobre-nos a todos".
Ranta escarneceu. "Talvez devêssemos acampar fora. Já que não
trouxemos uma única moeda de cobre".
"Não, devemos guardar isso como último recurso", disse Manato
firmemente. "Eles podem ser compartilhados, mas a casa de hospedagem
tem banheiros e banheiros. Eu acho que a diferença entre ter essas coisas e
não tê-las é muito grande. Especialmente para as meninas".
Shihoru agarrou bem seu bastão, acenando repetidamente sem uma
palavra.
Yume concordou, dizendo: "Ele está certo".
"Você não vai morrer por não ter uma casa de banho ou banho", Ranta
murmurou, mas ele era o mais suscetível de ficar irritado e começar a
reclamar se elas tivessem que passar sem elas.
"Eu estou com Manato sobre isto". Haruhiro levantou a mão, e Shihoru,
Yume, e depois Moguzo seguiu o exemplo. Ranta clicou sua língua
desaprovando, mas não se opôs mais a eles.
E assim, seu primeiro dia como soldado voluntário estagiário chegou
calmamente a um fim infrutífero.
8. Teimoso
Yume estava de cócoras, encostado a uma árvore grossa. Haruhiro se

levantou e bateu levemente no ombro dela. Ela se virou, cobrindo a boca
com a mão enquanto se pegava começando a falar.
"Como foi isso?" Haruhiro perguntou calmamente. Yume acenou com a
cabeça em resposta, fazendo gestos de mãos e dedos. Talvez ela estivesse
tentando comunicar algo, mas ele não conseguia fazer sentido algum. Como
decifrar parecia muito difícil para ele, Haruhiro se inclinou para fora da
sombra da árvore para olhar.
Ele estava lá.
Esta foi a tarde do que foi, efetivamente, seu segundo dia como soldado
voluntário estagiário.
Haruhiro e os outros tinham voltado ao mesmo bosque de ontem, e
finalmente tinham encontrado uma fonte. E era lá que estava.
Era aproximadamente do tamanho de uma criança humana e esquelética.
Sua pele era amarelada, enrugada, e ensopada com lama. Os pequenos tufos
de cabelo crescendo sobre ela pareciam algas marinhas, e ela tinha orelhas
pontiagudas. Estava voltado para longe deles no momento, por isso não
conseguia ver seu rosto. Não parecia estar usando nenhum tipo de roupa,
embora houvesse um fio em volta de seu pescoço.
Era um Goblin de lama.
Estava de cócoras, bebendo da fonte. Eles podiam ouvir os sons
desagradáveis que ele estava fazendo.
Haruhiro respirou fundo e olhou para trás, tentando o seu melhor para
não fazer barulho. Os outros quatro, Manato, Ranta, Shihoru e Moguzo,
tinham suas cabeças arrancadas de algumas árvores não muito distantes, e
eles estavam olhando para ele. Quando Haruhiro deu um grande aceno de
cabeça, todos eles acenaram de volta.
Finalmente encontramos algumas presas. Vamos fazer isso. Vamos fazer
isso. Temos que fazer.
Qual é o sinal? Nós nunca decidimos por um. Como devo deixar todos
saberem?
Haruhiro decidiu tentar levantar sua mão direita.
Isto é ruim. Estou ficando tenso. Ou melhor, tenho ficado muito tenso o
tempo todo.
Ouça. Apenas faça isso. Sim, faça isso. Vamos matar esta coisa.
Quando Haruhiro fez um movimento de balanço para baixo com sua
mão, Ranta carregou de cabeça para frente com um grito de batalha.
Haruhiro não pôde deixar de pensar que era um idiota. Quando olhou de
volta para o Goblin de lama, ele saltou surpreso e acabou de olhar para o
caminho deles.
"E-Está-se fugindo...?!". Haruhiro gritou.
"Lá!" Yume soltou uma flecha. Ela falhou. O Goblin de lama tinha
tentado fugir para a direita, mas a flecha esfaqueou no chão em frente a ele.
Ela soltou um grito de surpresa e vacilou.
"Boa, Yume!" Haruhiro desembainhou sua adaga e se apressou a entrar.
Mas que diabos? Eu estou aqui primeiro. Isto não parece muito ladrão, mas
vou ter que fazer.
Não quero deixá-lo escapar.
Goblins de lama. Goblins de lama. Eles têm olhos redondos e bonitos.
Mas eles são feios. Tem um rosto como uma velha senhora que não tomou
banho uma única vez em toda sua vida. Seus dentes também são todos
pretos. E sua língua é purpúrea. Não está usando nada além do fio em torno
de seu pescoço. Bem, está nu. E instável em seus pés.
O boca de lama viu Haruhiro e começou a gritar ruidosamente.
Eu não entendo por que, mas está vindo para mim. Sério? Ele quer
lutar? Vamos lá, somos seis. Bem, ele não sabe disso. As mãos. Suas mãos.
Aponte seus pulsos.
Haruhiro levou um corte em seu pulso esquerdo.
"Bofetada...!"
Com um guincho surpreso, o Goblin saltou de volta diagonalmente,
pousando na mola. Será que ele falhou? Não, a boca de lama tinha um
arranhão fino em seu pulso esquerdo, que sangrava sangue vermelho escuro.
Parece que eu o arranhei. É uma ferida superficial, no entanto.
Ao chutar a água, o caldeirão de lama saltou da nascente e saiu
balançando em Haruhiro.
Será que está vindo? Está vindo na minha direção? Você está brincando
comigo? Fique longe de mim, seu idiota.
"Urgh!"
Haruhiro reagiu imediatamente ao cair para a esquerda, de alguma forma
saindo do caminho da carga de lama do goblin.
"Ódio!" Ranta se aproximou, balançando sua espada longa com força,
mas qualquer um podia dizer que foi um golpe desleixado. Falhou, é claro.
"Whuh? Whoa...!"
O Goblin de lama gritou e deu um bom chute forte em Ranta, mandando-
o voar. Enquanto o Ranta estava de costas, o barril de lama tentava chegar
em cima dele. Então, no momento exato, Manato empurrou seu pequeno
bastão, dando um golpe no ombro do coxo de lama. O caldeirão de lama
gritou de dor, saltando para longe deles.
"M-Marc e-" quando Shihoru começou a cantar e a desenhar sinais
elementares com seu bastão, Ranta gritou: "Ei, seus olhos estão fechados de
novo!" para ela. Shihoru encolheu-se para trás.
"...S-Desculpe!"
"Moguzo, vai para a frente do barril de lama!" Manato ladrou ordens.
"Todos os outros, cerquem-na! Não o deixem escapar!"
"Sim", Moguzo correu em direção ao barril de lama com passos pesados,
apunhalando a lâmina de sua espada bastarda.
Ranta disse: "Tudo bem, acho que vou ter que fazer, huh!" enquanto ele
se levantava e se movia para o lado direito da boca de lama. Manato estava
do lado esquerdo. Haruhiro e Yume, com seu facão, se posicionaram atrás
dele. Shihoru tinha os olhos bem abertos, e estava apontando seu bastão em
direção à taça de lama de longe. A boca de lama olhou em volta, dando
passos em todas as direções e gritando em voz alta, como se quisesse fugir,
mas não pudesse, talvez. Era exatamente como Manato havia desejado.
"Moguzo!". Ranta tentou enfiar a boca de lama com sua espada longa.
"Empilhe-se na pressão! Pressão! Mais pressão!"
Com um grande rugido, Moguzo ergueu sua espada bastarda e balançou.
E balançou. E balançou. A boca de lama se esquivou. Quando se agachou e
teceu, Ranta gritou: "Ei!" e deu uma facada com sua espada longa. O
caldeirão de lama pegou um galho seco e atirou-o para Ranta com um grito.
"Woah?!". Ranta deu um passo atrás, apenas conseguindo golpear o
galho com a base de sua espada longa. O cerco deles quebrou. O barril de
lama pode ter tentado fugir, mas o pequeno bastão de Manato piscou
imediatamente. O caldeirão de lama levou um golpe na ponta de seu ombro
direito e uivou de dor. Apesar disso, ele se virou em direção a Manato em
um instante, gritando o mais ferozmente que podia. Honestamente, Haruhiro
se assustou. Até Manato parecia que tinha recuado um pouco.
Afinal, ele estava assustado. O barril de lama estava desesperado. Ele não
queria morrer.
Não deixava apenas matá-lo. Ia matá-los primeiro.
Matar.
Matar.
Matar.
Se nada mais, ao menos os derrubaria com ele. A lama foi preenchida
com a determinação de fazer exatamente isso.
"G-Guys!" Ranta lambia os lábios repetidamente. "Não fique com os pés
frios em mim agora! É matar ou ser morto! Vou matar esta coisa e acumular
vício...!"
"Fique cauteloso...!" Manato disse enquanto batia na boca de lama com
seu pequeno bastão novamente. Apesar de ter sido preciso um golpe sólido
que mandou salpicos de sangue, o cálice de lama olhou para Manato e
grunhido como se dissesse: "E daí?"
"Gobsy é um cara muito duro, huh..." Yume disse, a voz dela vacilando
um pouco.
A quem o dizes, pensou Haruhiro. Tinha levado um golpe na cabeça que
foi duro o suficiente para enviar sangue voando, mas mesmo assim estava
bem.
"Umph! Umph!". Moguzo balançou sua espada bastarda duas, três vezes,
forçando o barril de lama a recuar. Quando o fez, isso significou que foi
forçado a se aproximar de Haruhiro e Yume.
"Esta é nossa, Haru-kun!" Yume disse, e embora isso o fizesse pensar, Ei
espere, desde quando você me chama de Haru-kun? ela estava certa, eles
teriam que tirá-la.
Quando ele gritou e foi apunhalá-lo com sua adaga, ela se virou para
enfrentá-lo. Enquanto a boca de lama rugiu em seu rosto, Haruhiro lutou
contra sua vontade de dar um passo atrás. Ele deu um golpe com sua adaga,
depois outro. Ele se conectou. Ele sentiu que golpeia algo com força. O
braço direito do cálice de lama, entre o cotovelo e o pulso. Surpreendido,
Haruhiro puxou sua adaga para trás.
Esta foi a primeira vez que ele cortou qualquer coisa que não fossem os
bonecos de prática do espantalho. Foi um pouco repugnante.
Lamentando loucamente, a taça de lama rodopiou, espirrando sangue por
toda parte enquanto tentava intimidar Haruhiro e o resto.
Era de seis contra um. Haruhiro e os outros tinham o barril de lama
cercado.
Eles podiam atacar de qualquer direção, mas ninguém o fez.
Todos respiravam muito. Além de Moguzo com seu pesado espada,
nenhum deles tinha se movido o suficiente que deveria ter sido necessário.
"O que é isso...?" Haruhiro tentou controlar sua respiração.
Mas ele simplesmente não conseguiu.
O que é isso? O Goblin de lama é forte? Ou nós somos apenas fracos?
Muito fraco? Podemos realmente sobreviver desta maneira? Nem pensar. Se
você apenas pensar nisso, não há como conseguirmos. Não somos talhados
para isto. Eu não sou talhado para lutar. É assustador. Eu não posso fazer
isso. Por que eu estou fazendo isso? Eu não deveria parar? Mas o que eu
faria então? O que aconteceria comigo?
"Vidas estão em jogo aqui...!" Manato gritou. "Há vidas em jogo aqui! A
nossa, e a dele! O Goblin é sério! Não fica mais sério do que isto! De jeito
nenhum vai ser fácil! Porque nenhuma pessoa, nenhum ser vivo, quer
morrer!"
"Marc em Parc...!" Shihoru despediu um grânulo de luz de seu pessoal. O
grânulo de luz voou entre Moguzo e Manato, atingindo o quadrado de lama
no rosto. Ele uivava de dor e confusão.
"Agora!". Manato comandou, atingindo a boca de lama.
Ranta derrubou sua espada longa e a enterrou no ombro do coador de
lama. "- Isso é difícil! Foi o osso?!"
"Hungh...!" Moguzo balançou com todas as suas forças, batendo sua
espada bastarda no topo da cabeça do Caçador de Lama.
Que poder. Uma metade, talvez um terço, de sua cabeça cedeu.
Conseguimos.
O cálice de lama caiu, e Ranta bombeou seu punho com um "Inferno,
sim! Haruhiro começou a suspirar, mas na metade do caminho se
transformou em um gole.
A boca de lama estava se levantando de novo, e com bastante agilidade.
"...Você deve estar brincando comigo", Yume olhou fixamente,
incrédulo. Haruhiro tinha certeza de que ele tinha que estar de alguma forma
enganado. Embora, não parecesse um erro.
O barril de lama começou a correr. Provavelmente estava tentando fugir.
Manato disse "O que...?!" parecendo atordoado, mas ainda assim foi para
uma varredura de pernas com seu pequeno bastão. Surpreendentemente, o
engolidor de lama conseguiu pular e evitá-lo. Então, ele veio direto para
Haruhiro. Estava tentando passar por ele?
"Isso está empurrando sua sorte!" Haruhiro apanhou a perna direita do
Goblin de lama com seu pé. Aparentemente ele não conseguiu escapar desta
vez, então o Goblin da lama tropeçou e caiu.
Enquanto Moguzo gritava, pronto para atirar sua espada bastarda na
Goblin da lama, Ranta cortou à sua frente. "Sai do meu caminho, Moguzo!
Vou dar o golpe fatal...!"
Haruhiro desviou o olhar apesar de si mesmo.
Houve um barulho desagradável, e Ranta riu maniacamente. "Lord
Skullhell! Vocês viram isso?! Para acumular vício, um cavaleiro negro tira a
vida de um ser vivo e oferece uma parte de seu corpo no altar da , veja! As
orelhas são um pouco grandes, então talvez uma garra faça... Espere,
whoa?!"
"Huh..." Haruhiro olhou para Ranta, e ficou horrorizado.
A boca de lama estava se movendo. Estava rastejando, tentando chegar a
algum lugar. Shihoru soltou um soluço, à beira de romper em lágrimas.
"Acho que ele não quer morrer, huh..." Yume disse solenemente,
colocando as mãos juntas em oração. "Descanse em paz..."
"Não..." Haruhiro hesitou um momento, depois a corrigiu. "Ainda não
está morta..."
"Temos que terminá-lo", Manato levantou seu bastão para balançar.
"Caso contrário... só prolongaremos seu sofrimento".
Haruhiro não quis assistir, mas sentiu-se obrigado a ver isto até o fim.
Manato deu um golpe doloroso na taça de lama e, uma vez que
confirmou que havia parado de respirar, fechou os olhos e fez o sinal do
hexagrama. Haruhiro pensou que poderia dizer algo a ele, mas Manato não
falou.
Talvez ele não quisesse arranjar desculpas para o que havia feito.
"Ahh!". Ranta apontou para Manato. "M-Manato, seu idiota! Você
acabou com isso! Eu lhe disse, se não for eu a fazer isso, não posso acumular
vício...!"
"Oh", disse Manato com um sorriso forçado, coçando a cabeça.
"Desculpe, esqueci minha mente".
"Não me diga que sua mão escorregou!"
"Não, eu não disse que minha mão escorregou, eu disse que escorregou
na minha mente".
"Como se eu me importasse, de uma forma ou de outra! Eu quero uma
repetição, você me ouve? Uma repetição! Como?! Não podemos fazer isso!
Argh! Que... Esse deveria ter sido o meu primeiro vício, e agora se foi!"
Ranta caiu para quatro, socando o chão em frustração. Então ele acrescentou:
"Eh, tanto faz".
Haruhiro piscou os olhos. "O que...?"
"Está feito agora". Nada podemos fazer a respeito". Ranta se levantou e
foi se agachar ao lado do barro de lama. "Yuck". Isto é muito grotesco.
Nosso saque é... Isto, eu acho? Há algo pendurado no cordão ao redor de seu
pescoço.
O que é isto?"
"Onde?" Haruhiro se agachou ao lado de Ranta. Tentando ao máximo não
olhar para a lama em si, ele olhou atentamente para o cordel ao redor de seu
pescoço. Ranta estava certo, definitivamente havia coisas na corda. Um era
um canino de animal ou algo que tinha um buraco feito através dele. O outro
estava bastante sujo, mas era uma moeda.
"...Não é uma moeda de prata? Mas tem um buraco".
"Ei!" Ranta foi arrancar o fio, mas rapidamente puxou sua mão de volta.
"...Haruhiro, você faz isso. Esta coisa está imunda".
"Tudo bem, eu acho..." Haruhiro cortou a corda com seu punhal e
arrancou o canino e a moeda.
Parece que é realmente uma moeda de prata. No entanto, tem um
buraco.
"Podemos... vender isto? Na verdade, estou impressionado por ter
conseguido fazer um buraco nela. Isso parece dar muito trabalho".
"Bem, seja qual for o caso", Manato colocou uma mão no ombro de
Haruhiro, "esta é nossa primeira vitória".
Ranta atirou seu peito para fora com orgulho. "E tudo graças a mim!"
"Sim, claro", disse friamente Yume.
Ranta estalou a língua, olhando fixamente para Yume. "...Você ainda está
guardando rancor contra mim? Para uma garota com peitos tão pequenos,
você é muito vingativa, sabia?"
"Não há conexão entre o tamanho dos seios e ser vingativo!" "Bem, se
não há um, então esqueça já! É água sob o ponte! Deixe-me dizer, no
entanto, que há muito tempo se sabe que a vingança causa desobediência"!
"Não me chame de desobediente! Se eles são apenas pequenos, não é tão
ruim assim, pelo menos"! "Sem peitos! Sem peitos! Boobless! Boobless!
Olá, senhorita Boobless!
Adeus, Booooooobless!"
"Argh", o rosto de Yume ficou vermelho vivo, e suas bochechas
incharam. Ela acertou uma flecha e apontou para a Ranta. "Yume vai atirar,
e ela tem uma sensação de que esta flecha não vai falhar!"
" Pare, você está arrependido?!" Ranta deu a volta e caiu de joelhos
diante dela. Era um ajoelhamento giratório. "I-Isso não vai acontecer de
novo?! Está bem?! F - Perdoe-me!"
"Por que você está dizendo 'perdoe-me' como se fosse uma ordem? Isso
deveria ser 'Por favor, Yume-sama, eu te imploro'!"
"Y-Yume-sama! Desculpe-me, peço seu perdão. Eu farei qualquer coisa,
por favor!"
"Bem, se você insiste", as bochechas de Yume ainda estavam inchadas,
mas ela se soltou em seu tendão mais rápido do que qualquer um esperava,
gesticulando em direção à mola com o queixo. "Salte".
"Huh....?"
"Vá mergulhar na primavera". Se você fizer isso, Yume deixará passar
por hoje". "Idio-You-No wa-Quem você acha que faria isso?"
Yume puxou de volta o cordão do arco novamente. "Se é assim que você
quer, tudo bem".
Yume vai apenas atirar em você". "Eu vou mergulhar."
"Boa sorte com isso", disse Haruhiro, batendo Ranta no ombro, e Manato
disse: "Tenha cuidado, está bem?"
"Você não precisa me dizer isso!"
Enquanto Ranta estava na beira da fonte, pronta para mergulhar,
Haruhiro ouviu Shihoru murmurar, "Serve bem", sob o seu fôlego.
Ranta murmurou, "Aqui vai", e mergulhou imediatamente depois disso,
então ele provavelmente perdeu o comentário.
"Você vai pegar uma constipação", disse Moguzo.
9. Resolução Pesada
Havia várias lojas de penhores no mercado de Alterna, mas nenhuma

delas pagaria mais de trinta de cobre por uma moeda de prata com um
buraco. Era difícil aceitar que um buraco a reduzisse a um terço de seu valor
original, mas, numa feliz surpresa, o fang valia uma prata.
Acontece que havia três tipos de lobos na fronteira de Grimgar: lobos da
floresta, também conhecidos como lobos cinzentos; lobos brancos, que eram
servos do Deus Branco Elhit; e finalmente lobos negros, que serviam ao
inimigo de Elhit, o Deus Negro Rigel. Esse bando tinha vindo de um lobo
negro, aparentemente. Acreditava-se que as presas do lobo negro detinham
um poder mágico, e eram freqüentemente usadas como ingrediente em
talismãs.
Com isso, seus ganhos do dia chegavam a uma prata, trinta cobre.
Vinte cobre foram para quartos durante a noite, e depois dividiram a prata
restante e dez cobre uniformemente entre si. No final, sobravam dois de
cobre, então Manato se agarrou a ele para ser adicionado à pilha da próxima
vez que eles dividissem seus ganhos.
Cada um deles conseguiu comida nas barracas do mercado, e quando
chegaram à dilapidada casa de alojamento para soldados voluntários no oeste
da cidade, finalmente sentiram como se tivessem conseguido chegar em casa.
Mesmo que qualquer pessoa com um crachá do Corpo pudesse usá-lo, a
casa de hospedagem estava em grande parte vazia. Os quatro homens se
lavaram em uma sala de banho que parecia que alguém tinha acabado de
deitar alguma pedra em um chão de terra.
Depois disso, eles passaram pelo quarto das meninas para dizer a Yume e
Shihoru que o banho estava pronto antes de voltar para seu próprio quarto.
Na época, Haruhiro estava bastante adormecido. Ele deitou-se em sua cama
de feno e fechou os olhos imediatamente.
O alojamento dos soldados voluntários tinha quartos para quatro e seis
pessoas, mas não importava o que escolhesse, eram dez quartos de cobre por
noite para os estagiários.
Quanto ao motivo de os quartos de quatro e seis pessoas custarem o
mesmo, foi provavelmente porque os quartos em si eram do mesmo tamanho
e, enquanto o quarto de seis pessoas tinha mais duas camas, era ainda mais
apertado para ele.
As camas dos quartos para seis pessoas também eram pequenas. As
camas dos quartos de quatro pessoas já eram compactas, portanto, mesmo
que Haruhiro tivesse 170 cm de altura, Moguzo provavelmente não caberia
em uma das camas dos quartos de seis pessoas, 186 cm de altura.
Havia dois beliches recheados com feno. Fora isso, havia duas lâmpadas
montadas na parede. Esse era o total geral de todas as comodidades nos
quartos de quatro pessoas da casa de hospedagem. Eles não podiam fazer
nada além de dormir aqui, e não tinham intenção de tentar. Eles tinham uma
manhã cedo amanhã, então Haruhiro achou que era hora de fechar os olhos.
A cama ao lado dele rangia bem alto. Aparentemente, Moguzo tinha
acabado de se deitar. Moguzo tinha o beliche inferior da cama ao lado de
Haruhiro, enquanto Ranta tinha o de cima. Haruhiro estava no beliche
superior de sua cama, enquanto Manato dormia no que estava embaixo dele.
"Manato...? Você ainda está de pé?"
"Sim, estou acordado. Alguma coisa acordada?"
"Não, nada realmente..." Não era verdade que ele não tinha nada sobre o
que queria falar. Como o que Manato pensou sobre fazer dezoito cobre em
um dia.
Dos dez de prata que Bri-chan lhe havia dado, ele havia gasto quatro
espetos de cobre no primeiro dia, depois oito de prata para se juntar à dos
ladrões, o que o havia deixado com uma prata, 96 de cobre naquele
momento. Uma vez terminado o treinamento, ele havia gasto quatro cobre
em alojamentos ontem e dez em comida, com uma renda de zero. Hoje ele
havia gasto doze cobre em comida, enquanto fazia dezoito cobre. Seu
dinheiro em caixa no momento era uma prata, 88 de cobre. Como nota
lateral, ele tinha deixado 60 cobre com a Yorozu Deposit Company porque
era incômodo carregá-lo por toda parte. Isso ia lhe custar uma taxa de
depósito.
Haruhiro não estava muito mal, mas Moguzo era outra história.
Eles tinham dividido sua parte da taxa de quarto entre eles ontem, mas
Moguzo deve ter pedido dinheiro emprestado a Manato para comida. Ele
tinha comido muito hoje. Afinal, ele tinha um grande corpo para manter
alimentado. Moguzo provavelmente tinha menos do que nada. Ele estava
vivendo em débito.
Quando poderia acontecer o mesmo com Haruhiro?
Não... pelo menos por enquanto, ninguém além de Moguzo, que poderia
pedir emprestado aos outros do grupo, cairia abaixo de zero.
Se ninguém lhe emprestar dinheiro, zero é o fundo do poço. Nada, nada,
zilch.
Se chegasse a isso, o que eles fariam?
Precisamos ganhar mais. A alimentação e a hospedagem custam cerca de
quinze cobre por dia, por isso quero fazer o dobro disso. O dobro? O dobro
é o suficiente? A casa de alojamento dos soldados voluntários é velha e
esquálida. Ter um poço cheio de urina e excrementos para um banheiro é
nojento, e enquanto a sala de banho está bem agora enquanto está quente,
quando a estação fria chegar, vai ser uma tortura. As camas de feno também
não são exatamente confortáveis. Quem me dera conseguir um cobertor ou
algo assim...
Ele queria ficar em um lugar melhor do que este. Ele não tinha nem
mesmo uma muda de roupa íntima, e as tinha lavado enquanto tomava banho,
para não ter que dormir porque as tinha deixado para secar durante a noite.
Parecia que ele, Manato e Ranta não eram do tipo que precisava se barbear
com freqüência, mas Moguzo estava começando a parecer desgrenhado,
então ele também teria gostado de ter uma lâmina de barbear.
Uma lâmina de barbear, ou uma faca pequena. Isso era apenas outra coisa
que eles teriam que comprar.
Vamos ter problemas se não começarmos a ganhar mais, não é mesmo?
Na verdade, foi uma coincidência que o barril de lama por acaso tivesse um
bando de lobos negros que pudemos vender por uma prata. Talvez tenhamos
tido mais sorte do que o normal hoje. Então, espere, o que isso significa? A
renda de hoje não foi tão ruim assim? Estava na ponta mais alta para nós?
Mesmo que amanhã tenham conseguido encontrar uma taça de lama e
tenham conseguido derrubá-la sem incidentes, talvez só tenha uma moeda de
prata com um buraco. Uma delas valia trinta de cobre. Dividido entre os seis,
eram cinco cada um. Eles estariam no vermelho, mesmo que acampassem
fora.
Quando se pensa nisso, parece muito ruim para nós. Ele queria dizer isso,
mas decidiu contra. Uma vez que ele disse algo, isso causaria problemas
grandes demais para serem ignorados. Ele teria que fazer algo antes que fosse
tarde demais.
Bem, hoje não foi tão ruim, e ninguém sabe o que o futuro pode trazer. O
amanhã pode ser melhor do que hoje. Portanto, está tudo bem. Por
enquanto, pelo menos.
"Não é nada", disse Haruhiro.
"Certo", respondeu Manato, "tudo bem, então".
"Está bem!" Ranta de repente saltou do beliche de cima. "Eu estou indo!"
"Huh?" Haruhiro sentou-se. "Aonde você está indo?"
"Eu deixei passar ontem", disse Ranta com um olhar estranhamente
severo no rosto. "Mas hoje eu não posso fazer isso. Um homem tem que
fazer o que um homem tem que fazer".
"Huh...? Você não está fazendo nenhum sentido aqui".
"Você é tão denso". Como você pode não conseguir isso? É óbvio. Eu
vou ao banho. O b-a-t-h".
"O banho? Para quê?"
"As meninas estão lá dentro agora, certo? Elas estão nuas, lavando o
cabelo e o corpo. E se estão, só há uma coisa que eu deveria estar fazendo,
certo?"
"Y-You- Você não pode estar planejando- Para p-peep-" "Eheheheh. Aí
vem Ranta!"
"Espere, você não pode fazer isso!" Haruhiro desceu da cama,
perseguindo a Ranta. Mas Ranta foi incrivelmente rápido em momentos
como este. Ele não foi capaz de pegá-lo até a sala de banho.
A sala de banho estava do lado de fora. Estava presa ao alojamento, mas
estava em um anexo, então poderia ter sido mais preciso chamá-lo de cabana
de banho. Ranta se agachou, pressionando sua orelha contra a porta.
"Você..." Haruhiro gritou, mas Ranta olhou com raiva e levou um dedo na
boca. Ele parecia pronto para matar alguém. Intimidado, Haruhiro caiu em
silêncio sem intenção de fazê-lo.
Não, não, eu não posso deixar que ele me intimide.
Haruhiro se arrastou, sussurrando: "Você não pode fazer isso..." ao
ouvido de Ranta. "Há linhas que você simplesmente não deve cruzar".
Como se eu me importasse, o Ranta falou palavrão para ele. Mesmo que
isso me torne um fracasso como pessoa, eu me tornarei um ogre ou um
demônio, se isso for necessário para atingir meus objetivos.
Ok, agora você está exagerando... Só estou lhe dizendo para mostrar
alguma contenção.
Comedimento? Ranta encolheu os ombros. Eu não sei o significado da
palavra. Não está no meu dicionário, isso é certo. Heh.
...W- O quê?
Ranta apontou para a porta. Eu posso ouvir lá dentro. As vozes deles.
Eheheheheh.
Haruhiro quase pressionou seu ouvido contra a porta também, mas parou
curto. Ele pensou: Não. Estou curioso, mas não quero me rebaixar ao nível
de Ranta.
Ranta deu uma risada silenciosa, mas obscena, olhando Haruhiro nos
olhos. Não se retraia, Haruhiro. Você já cedeu à tentação. Se não tivesse
cedido, você já me teria me arrastado dando pontapés e gritando, ou
gritando para que eles soubessem.
Urkh... que o tinha atingido onde doía. Haruhiro segurou seu peito,
olhando ao redor da área. Ele quase gemeu. Havia alguém fora na escuridão.
Duas pessoas. Eles estavam vindo para cá. Quem era?
Ei, acenou para um deles, Manato. O gigante atrás dele era Moguzo.
Deve ter pegado Ranta de surpresa, pois seus olhos estavam largos. Y-
Vocês...
"Hey-", como Haruhiro estava prestes a chamá-los, mas Manato levou um
dedo nos lábios.
Você também não, Manato, Haruhiro pensou com consternação. É isso?
Você está de acordo com isso?
Quando ele olhou para eles com questionamento, Manato silenciosamente
acenou com a cabeça. Moguzo também ele murmurou.
Haruhiro soltou uma risada silenciosa. Eu dou. Meu... não, nossos...
instintos mais baixos vencem esta rodada. Honestamente, estamos apenas
curiosos, certo? Não vamos olhar, certo? Não vamos chegar ao ponto de
espreitar, certo? Há uma janela sem painel na cabana que é alta o suficiente
para eu não poder ver dentro dela, mas eu posso ver a luz vazando e o vapor
subindo dela, e é tudo muito tentador, mas, bem, é muito alto para chegar lá,
certo? Quer dizer, claro, se alguém me deixasse subir sobre seus ombros ou
usar alguém como plataforma, isso poderia ser possível. Mas não estamos
planejando ir tão longe, certo? Não vamos fazer isso, certo? Não vamos
mesmo. Nem pensar.
Haruhiro se inclinou e pressionou o ouvido contra a porta. Ele podia ouvi-
los. Estava desmaiado. Não, ele precisava se concentrar mais. Ele deveria ser
capaz de ouvir mais do que isso. Aí. Ele conseguia ouvi-los agora. Muito
claramente.
"Mesmo quando você usa isso..."
Essa era a voz de Yume?
"...Wh-Wh-O quê?"
Aquela era a de Shihoru.
"...eles com certeza são grandes, huh".
"...H-Huh...? Huh?! O que são...?"
"...Suas peitos, Shihoru, elas são grandes. Oh, e sua forma é adorável,
também". "...A-Adoráveis...?" As palavras de Shihoru, por destino ou por
acaso, expressaram
exatamente o que Haruhiro estava pensando. Não, provavelmente não
apenas Haruhiro. Ranta, Manato e Moguzo devem todos ter pensado a
mesma coisa. Grande e adorável? Como é que isso funciona?! Eles não
tinham idéia!
"...Sim, eles são adoráveis. Importa-se se o Yume tocar neles?"
"...O quê, isso não é, ah! N-Não, isso faz cócegas! Eek...!"
"...Whew, Yume pensou que eles se sentiriam bem, e garoto, eles sempre
se sentem". "...Wai-No-Ah-Nyaa..."
"...Nyaa? Você está fazendo barulhos de gatinhos agora, Shihoru". "...P-
P-Please, Y-Yume, não tão difícil...!"
"...Boing, boing, olha para eles saltar".
"...D-D-De não diga isso, é e-embaraçante..."
"...Seria divertido se o Yume's fosse assim. Olha o que o Yume tem
presa". "...Eu acho que você é bonito, Yume..."
"...O que? Isso não é verdade. E o Yume é bonitinho?"
"...Bem, como hei-de dizer, você não é gordo como eu, você é mole..."
"...Eu não acho que você seja gordo, Shihoru. Yume tem mais flácido do que
você". "...Bem, a maneira como você parece macio é t-tasty, então..."
"...saboroso? Shihoru, você diz as coisas mais estranhas. Yume não é
comestível". "...Ahhh, ummm, eu sei que, é só, bem, uma metáfora, você
poderia
dizem".
"...Quer experimentar uma mordida? Continua". "...Oh, um, mas..."
"...Apenas afunde seus dentes. Yume não se importaria se você pegasse
um pouco daqui mesmo".
Por que ela faria isso...?! Haruhiro arrancou sua orelha da porta e
balançou a cabeça. Não, não, não. O que Yume e Shihoru estão fazendo? O
que está acontecendo lá dentro? Isto é uma loucura. Minha imaginação está
correndo louca. É assim que as garotas são? Eu não sei. Como eu poderia
saber?
Quando ele olhou, Manato, Moguzo e até mesmo Ranta também haviam
recuado da porta.
Isso já era de se esperar. É claro que sim. Era demais para nós... que
mistério. Cada mistério leva a outro, e agora nossas cabeças estão uma
bagunça.
Haruhiro olhou Manato nos olhos, tentando enviar a mensagem: Vamos
voltar para o nosso próprio quarto. Mas Manato virou seus olhos em outra
direção.
Seguindo seu olhar, Haruhiro viu Ranta olhando para o céu noturno.
Não, não era para isso que ele estava olhando. Não para o céu. Era a
janela.
Ranta olhou para aquela janela com os olhos de uma besta esfomeada. Ele
se levantou direito, caminhando por baixo da janela. Ele se esticou,
esticando. Ele não conseguia alcançar. Ranta voltou-se para eles. Ele tinha o
rosto de um demônio
...Vocês não querem ver? Vocês estão mesmo bem em não fazer isso?
Vocês querem deixar passar esta oportunidade de ouro? Você pode dizer
com certeza que não vai se arrepender? Então? Vocês podem?
Isso é... Haruhiro pôs os dentes de terra. Isso não é...
Eu poderia me arrepender, Manato foi sincero. Não posso dizer com
certeza que não o farei. Mesmo assim, de que nos serve ir mais longe? O que
você acha que vai acontecer?
Ranta carrancudo. O que você quer dizer com isso...?
Pense por um segundo. Já estamos entusiasmados o suficiente. Qualquer
outra coisa é perigosa. Se formos longe demais, então o quê? Voltamos para
o quarto... nosso quarto. Um quarto com quatro caras. Eu não quero passar
por isso. Não é tarde demais para voltar atrás agora.
Haruhiro estremeceu. Isso é Manato para você. Ele pode ver que seria
ruim... não, uma tragédia. Mas, agora mesmo, se pararmos aqui, podemos
agarrar isto como uma boa recordação - acho eu. Tenho certeza que
podemos. Devemos ser capazes de fazê-lo. Provavelmente é possível, eu
acho.
Esta era a linha. Se eles passassem por cima dela, não haveria volta atrás.
Se possível, ele queria que todos eles voltassem dela.
Ele pisou a linha, mas eu não fiz nada. Se ao menos eu tivesse agido de
forma diferente na época. Ele queria evitar que acontecesse algo que o
fizesse sentir assim mais tarde.
Vamos voltar, Haruhiro agarrou Ranta pelo braço. Ele estava pronto para
arrastá-lo pela força, se necessário. No entanto, uma emboscada inesperada o
esperava.
Moguzo levantou-se lentamente, caminhou para debaixo da janela, depois
se inclinou para frente, colocando as mãos contra a parede. Uma plataforma.
Será que ele estava tentando se tornar uma plataforma? Moguzo olhou para
Haruhiro e para os outros, dando-lhes um polegar para cima.
Todos subiram. Não se preocupem comigo.
Haruhiro olhou para a Ranta. Depois para Manato. Eles pareciam ter sido
atingidos por um raio.
Eu não posso, pensou Haruhiro.
A determinação de Moguzo pesou sobre ele. Era muito pesado. Ele não
conseguia se livrar dele. Ele não conseguia fazê-lo. Não havia como ele
conseguir. Era impossível se livrar dele.
Eu tenho que fazer isso.
Haruhiro e Manato acenaram um para o outro. Qual deles iria primeiro?
Haruhiro ficou feliz em ir mais tarde, ou até mesmo por último. O primeiro
seria Ranta, afinal de contas, foi idéia dele.
Ranta estava chorando. Seus olhos choravam de lágrimas. Ele não estava
apenas chorando; seu nariz estava correndo, também.
Sem enxugar seu ranho ou lágrimas, Ranta passou por cima e deu um tapa
nas costas de Moguzo. "Vamos lá, cara! Não me faça chorar assim! Você é
um cara tão legal"!
Haruhiro sussurrou, "Ei..." e no momento seguinte virou e correu para o
outro lado.
Manato estava bem à frente dele. Esse foi Manato para você. Rápido em
seus pés.
"Por que Yume ouve a voz de Ranta...?!" gritou Yume de dentro da
cabana de banho.
"Oh, merda!" Ranta aparafusado. "N-Não! Não fui eu! Era o Moguzo!
Sim, Moguzo! Eu não vi nem ouvi nada!"
"Whuh?!" Moguzo tropeçou de forma espetacular e Shihoru gritou.
"Ranta, seu idiota!" Eles ouviram Yume chutar a parede com força de
dentro. "Você se arrepia! Você solta! Seu pervertido! Vá para longe e
nunca mais volte...!"
10. Damuro
Eles confessaram seus pecados a Yume e Shihoru, prostrando-se no chão

ao se desculparem profusamente.
Haruhiro, Manato e Moguzo o fizeram, ou seja.
Ranta disse: "Eu não vi nada, então pare de choramingar!" enojando a
todos com sua agressiva falta de contrição. Mas foi mais longe do que isso.
Yume e Shihoru começaram a ignorar resolutamente a existência de Ranta.
Haruhiro não podia dizer com certeza se isso tinha piorado ou não o
trabalho de equipe deles, mas provavelmente não teve nenhum efeito real.
No dia seguinte, no dia seguinte, e no dia seguinte, Haruhiro e os outros
não ganharam basicamente nada. E por "basicamente nada", isso significava
que sua renda estava próxima de zero. Certo, sejamos francos, era zero.
Haruhiro não conseguia perguntar a seus camaradas sobre seus bolsos,
então ele não tinha uma visão completa de suas finanças. Mas ele mesmo
sabia em detalhes meticulosos.
Durante os três dias, ele tinha sido 14 cobre no vermelho, 13 cobre no
vermelho e 12 cobre no vermelho, num total de 39 cobre no vermelho. Se ele
não incluía o menos que um cobre que devia em taxas de depósito, o total de
ativos de Haruhiro incluía uma prata e 49 cobre.
Suas esperanças de comprar necessidades diárias do mercado, ou de
comprar um novo par de roupas íntimas, já estavam há muito desfeitas. Claro
que, quando se tratava de sua esperança de se mudar para um lugar melhor
do que a casa de alojamento dos soldados voluntários, seria presunçoso até
mesmo sonhar com algo muito além de suas possibilidades. Ele tinha cortado
suas despesas de alimentação em um cobre por dia, mas quão baixo ele
poderia obtê-los? Essa era a maior preocupação para ele neste momento.
O choque de ficar três dias sem renda era tão grande, tão incrivelmente
grande que desde que voltou para a casa de hospedagem e tomou banho hoje,
ninguém tinha disse uma palavra.
Todos os outros estavam deitados em suas camas. Talvez eles já
estivessem dormindo.
Não, provavelmente não. Nenhum deles poderia ser tão denso a ponto de
poder dormir descansado nas condições atuais. Bem, ou assim pensou ele,
mas Ranta estava roncando.
Uau. Haruhiro estava tão enojado, que voltou a ter uma espécie de
admiração. Bem, eu também. Eu deveria ficar de olhos fechados. Todo esse
pensamento não está me fazendo bem nenhum. Algo de bom pode acontecer
amanhã, de qualquer forma. Hoje já acabou. Eu não posso fazer nada a
respeito disso. Amanhã é o que é importante agora. O que vou fazer
amanhã? Dar tudo de mim e ir à caça de presas. Tenho que ganhar alguma
coisa, mesmo que seja apenas um cobre. Acho que um não é suficiente. Sim,
isso não é bom. Eu vou ganhar muito. O máximo que eu puder. Tenho que
fazer algo antes que o dinheiro acabe.
Ao atirar e virar, ele ouviu alguém se levantando no beliche abaixo dele.
"...Manato?" "Sim".
"...Manato?" "Sim. Ainda é noite. Ou melhor, a noite apenas começou.
Correndo para a casa de banho ou algo assim?"
"Não," Manato tinha saído da cama, parecia. "Eu vou sair um pouco.
Provavelmente não preciso dizer isto, mas vou voltar, por isso não se
preocupe".
"Huh. Você vai sair... a esta hora da noite?"
"A noite está apenas começando", Manato sorriu um pouco. "Vejo você
mais tarde.
Você deve estar cansado. Não espere por mim. Vá em frente e durma".
"Oh, está bem." Haruhiro acenou, então lhe ocorreu que talvez ele não
devesse deixar Manato ir sozinho. Mas, quando o fez, Manato já havia saído
do quarto.
Para aliviar sua ansiedade, ele iniciou uma conversa com Moguzo, que
ainda não havia conseguido dormir, falando sobre isso e aquilo, mas em
algum momento, Haruhiro acenou com a cabeça. Quando ele acordou,
Manato estava de volta. Ele até tinha saído da cama mais cedo do que ele.
"Bom dia, Haruhiro. Quero tentar ir a um novo lugar hoje. O que você
acha?"
Ontem à noite, Manato tinha ido à Sherry's Tavern, um lugar na Flower
Garden Street onde os soldados voluntários se reuniam. Enquanto ele estava
lá, alguns as pessoas o tinham tratado com bebidas, enquanto outras
praticamente o tinham forçado a beber. Manato não entrou em detalhes, mas
deve ter sido muito caro.
"Você poderia ter me levado com você", Haruhiro tentou dizer.
"Haruhiro, você pode beber?" perguntou Manato em resposta.
"Eu não sei", Haruhiro inclinou sua cabeça em contemplação. "Eu já bebi
antes? Talvez não".
"Bem, quanto a mim", Manato sorriu maliciosamente. "Acontece que
talvez eu goste". Então, talvez parte da razão de eu ter ido lá foi porque eu
queria beber".
Todos estavam fartos e cansados da floresta por esta altura, então não
houve resistência à proposta de Manato quando ele a fez.
A cerca de quatro quilômetros a noroeste de Alterna, a pouco mais de
uma hora de caminhada, havia uma cidade.
Bem, não, seria mais correto dizer que havia o que um dia havia sido uma
cidade. Pelo menos por enquanto, ninguém vivia lá. Ninguém humano, isto é.
Oitenta por cento da muralha defensiva que outrora protegera a cidade
tinha agora desmoronado. Mais da metade dos edifícios havia desmoronado,
provavelmente setenta a oitenta por cento. Estava cheia de escombros, com
ervas daninhas crescendo em lugares. Havia espadas e lanças enferrujadas ao
redor, algumas delas esfaqueadas no chão. Ainda mais aterrorizantes eram os
esqueletos espalhados por toda parte.
Havia algum tipo de animal, eles não conseguiam decidir se era um gato
ou cachorro, andando sobre os telhados e desmoronando paredes, mas ele
fugiu imediatamente quando eles tentaram se aproximar. Havia corvos
grasnando por toda parte. Quando olharam em direção à fonte, encontraram
uma ruína que havia se tornado o lar de dezenas de corvos, possivelmente
mais.
Há muito tempo, Damuro havia sido a segunda maior cidade em
Arabakia. Tinha sido muito maior do que Alterna. Entretanto, as forças
aliadas do Rei Sem Vida haviam invadido e devastado a cidade, deixando-a
sob controle de mortos-vivos.
As coisas agora eram diferentes. Após o desmembramento do Império
Imortal, os Goblins, que já haviam sido uma raça escrava sem rei,
revoltaram-se e expulsaram os mortos-vivos para fazer da cidade uma cidade
própria. Agora, Damuro era um covil de goblins.
No entanto, o canto sudeste de Damuro, chamado Cidade Velha, havia
ficado sem manutenção e caído em ruínas. Mesmo assim, não havia goblins
na Cidade Velha de Damuro. Havia.
"...Há apenas um... Eu acho..."
Haruhiro tinha se escondido atrás de um muro que parecia que iria ruir se
ele colocar todo o seu peso contra ele, espionando uma casa que faltava um
teto e uma parede. Ele era um ladrão, então ele estava gradualmente se
tornando a pessoa a quem a equipe se dirigia para o escotismo, mas ele não
tinha aprendido as habilidades de Espionagem ou Roubo, então ele era
realmente apenas um cara comum que conseguia abrir fechaduras com a
habilidade de Apanhar Fechaduras. Ele se perguntava se seria realmente
sensato que ele tratasse disso.
Os goblins de lama, como aquele que haviam derrubado na floresta, eram
uma variedade de goblins, aparentemente. E o Goblin aqui certamente era
parecido com o Goblin de lama. Mas este aqui tinha pele verde-amarelada e
não era imundo. Tinha até roupas vestidas, e carregava um taco ou algo
assim na cintura. A bolsa pendurada sobre seu ombro devia ser uma bolsa de
Goblin. O Goblin de lama tinha mantido seus objetos de valor em um cordão
ao redor de seu pescoço, mas estes Goblins carregavam sacos como aquele
ao redor. Eles tinham ouvido dizer que um dos traços dos Goblins era que
eles colocariam qualquer coisa valiosa que tivessem ali, carregando-a com
eles o tempo todo.
O Goblin estava sentado, de costas para a parede, com seus braços
cruzados. Seu rosto era jogado para baixo, seus olhos fechados. Ainda era de
dia, mas será que ele estava dormindo uma soneca? Era assim que ele se
parecia.
Haruhiro rapidamente, mas o mais silenciosamente que conseguiu, voltou
para onde os outros estavam parados.
"Um goblin". Parece que ele está dormindo".
"Ótimo, vamos matá-lo", Manato acenou com um olhar sombrio. "Como
Moguzo está em uma corrente de correio, ele não pode deixar de fazer
barulho". Portanto, primeiro Haruhiro, Ranta e eu vamos nos aproximar.
Moguzo, Yume e Shihoru vão fechar depois disso. Se conseguirmos nos
aproximar sem acordar o Goblin, nós três o faremos. Se ele acordar, Yume,
você usará seu arco, e Shihoru, você usará magia para atingi-lo de longe.
Moguzu, você vai cobrar na frente. Se se tornar uma batalha direta, usaremos
a mesma formação da última vez. Todos a cercam para que não possa
escapar".
Todos acenaram com a cabeça de uma vez. Tendo passado três dias sem
renda, até mesmo Ranta era um retrato de seriedade.
Com Manato tomando o ponto, os três se puseram a caminho. Chegaram
à casa rapidamente, mas era tudo o que vinha depois que levaria tempo. A
casa estava cheia de escombros e eles não podiam se dar ao luxo de pisar em
nada. Acabaram fazendo barulho várias vezes, e demorou mais do que o
esperado. Eles estavam suficientemente próximos agora que com mais um
passo ou dois, o Goblin estaria em alcance impressionante.
Moguzo e os outros estavam do lado de fora da casa. Manato, por sua vez,
olhou para Haruhiro, depois Ranta. Ranta apontou para si mesmo.
Haruhiro não tinha certeza de deixar isto para Ranta era sábio, mas
Manato acenou para ele, o sinal para fazê-lo. Ranta respirou fundo e
caminhou até o Goblin. Sem levantá-lo primeiro, ele apunhalou sua espada
longa no peito do Goblin.
O Goblin gemeu, e seus olhos foram abertos. Ele viu Haruhiro, e então
entendeu o que havia acontecido com ele. O Goblin gritou, estendendo a mão
para o rosto de Ranta.
Ranta inclinou-se para trás, então Manato gritou: "Você não pode fazer
isso" para ele. Ao mesmo tempo, ele atraiu com ele seu pequeno bastão,
dando golpes e esfaqueando o Goblin repetidamente.
"Maldição...!" Ranta empurrou sua espada longa e a retorceu.
Haruhiro foi incapaz de fazer nada. Se ele chegasse mais perto,
provavelmente só se meteria no caminho de Manato e Ranta. O Goblin
continuou a escrever em agonia, gritando o que deve ter sido uma torrente de
abusos verbais à medida que se tornava cada vez mais fraco. O Goblin de
lama tinha dado tal luta, mas quando foi pego dormindo, isto foi o melhor
que conseguiram reunir? Eventualmente, ele parou de se contorcer.
"...Está morto?" Ranta espreitou o rosto do Goblin, com os ombros cheios
de ar. Haruhiro imaginou o Goblin revivendo e depois arrancando o nariz de
Ranta com seus dentes, mas isso não aconteceu. Manato fechou seus olhos,
fazendo o sinal do hexagrama. Parecia que tinha acabado.
Moguzo, Yume, e Shihoru entraram na casa.
Ranta plantou um pé no peito do Goblin e arrancou sua espada longa
livre. "Tive que arrancar uma garra ou algo assim. Vício, vício..." ele
murmurou para si mesmo.
Manato removeu delicadamente a bolsa do Goblin que estava pendurada
sobre seu ombro. Ele a abriu, despejando o conteúdo. Os olhos de Haruhiro
se abriram.
"Moedas de prata!"
Talvez os Goblins gostassem de colecionar moeda humana. E, mais ainda,
ao contrário da moeda do Goblin de lama, estas estavam sem buracos. Havia
quatro moedas de prata não estragadas. Quatro moedas de prata. Havia
também uma pedra que era clara como vidro. Também, alguns ossos. Eles
não sabiam de que animal vinham, mas eram ossos de dedos, ou alguns
outros ossos finos.
"Ohhh!". Os olhos de Yume foram largos. "Incrível". Esse é um novo
recorde, não é?
Embora, ainda é apenas nossa segunda vez".
"...Quatro pratas", disse Shihoru, piscando repetidamente. Ela não sabia o
que para dizer, parecia.
Moguzo havia deixado sair um gemido impressionado e depois manteve
sua boca fechada. Manato olhou para o céu. Com um suspiro, ele disse:
"Ainda não é suficiente".
balançando sua cabeça. "Temos que continuar assim". Desta vez, foi fácil,
mas não será sempre assim. Continuem atentos, e vamos encontrar nosso
próximo alvo".
"Oh, vamos lá!" Ranta deu um tapa nas costas de Manato. "Não seja tão
quadrado! Acabamos de ter uma grande vitória. Tudo graças a mim! Qual é o
mal de comemorar um pouco?"
Manato tricotou suas sobrancelhas por um momento, mas rapidamente
voltou a sorrir. "Suponho que você esteja certo. Eu não me importo que você
celebre um pouco. Você fez um bom trabalho, Ranta".
"Eu sei, certo? Não é mesmo? Eu sou tão incrível, não sou?
Especialmente a maneira como eu ponho aquele Goblin na espada com um
sorriso cruel e impiedoso. Devo ter parecido um verdadeiro cavaleiro negro,
não é?"
Haruhiro disse: "Não", acenando sua mão. "Você parecia tão frenético
como sempre, Ranta".
"Seu idiota! Eu estava frio como um pepino! Para onde você estava
olhando, cara?! Ah, eu sei! Era o que era! Você não conseguia ver com esses
seus olhos sonolentos"!
"Você já deu aquela piada no chão, eu não vou lhe dar uma resposta toda
vez". Desculpe".
"Dê-me uma resposta! Você tem que responder! Você está me fazendo
sentir um pouco lamentável aqui!"
Todos riram por um tempo. Depois, eles fizeram como Manato sugeriu,
preparando-se para o que estava por vir enquanto procuravam seu próximo
alvo.
O primeiro dia deles na Cidade Velha de Damuro correu bem. Quando
consideraram seus dias até agora, o modo como correram tão bem os
assustou.
À noite, Haruhiro e os outros haviam derrubado um total de quatro
Goblins, incluindo aquele que haviam pegado dormindo. De suas quatro
bolsas de Goblins, eles haviam adquirido uma soma total de oito pratas, uma
pedra clara, uma pedra preta, uma pedra avermelhada, ossos variados e
presas, algo parecido com uma chave, uma engrenagem, e algum tipo de
encaixe de metal. Quando venderam tudo isso, seu saque chegou a um total
de dez pratas, 45 de cobre. Divididos de seis maneiras, cada um recebeu uma
prata, 74 de cobre, sobrando uma. Alimentos e alojamentos naquele dia lhe
custaram 15 de cobre, então O total de ativos de Haruhiro chegou a três prata,
oito cobre. Se o dia de amanhã também fosse tranquilo, ele havia prometido a
si mesmo um par de roupas íntimas e uma faca.
No dia seguinte, no entanto, correu muito mal. Quando encontraram um
grupo de cinco Goblins, Ranta disse que deveriam cobrar, mas fizeram uma
votação, e ele
foi anulado pela maioria que queria evitar a luta. A menos que
apanhassem uma das criaturas de surpresa, um único Goblin era duro, e dois
eram arriscados, portanto, assumir cinco estava fora de questão. Haruhiro
pensou que recuar era a escolha certa ali.
Entretanto, depois disso, eles não avistaram nenhum grupo de dois ou
menos até o final do dia, quando estavam se preparando para voltar para casa
e ficaram cara a cara com um Goblin solitário. Como resultado, eles fizeram
uma prata naquele dia
Apenas uma prata.
Se ele pensasse assim, Haruhiro sentiria que seria amaldiçoado.
Eles poderiam ter ido para o vermelho, mas ao invés disso tinham feito
uma prata. Haruhiro decidiu ver as coisas dessa maneira. A roupa íntima e a
faca podiam esperar até que eles estivessem obtendo mais lucro.
No seu terceiro dia na Cidade Velha de Damuro, eles tentaram fazer um
mapa simples enquanto procuravam Goblins. Tinha sido idéia de Manato, e
ele também havia adquirido o pequeno caderno e os lápis que eles haviam
usado para faze-lo. Manato disse que se eles conseguissem a localização da
terra, tomando notas sobre onde estavam os Goblins, era garantido que isso
viria a ser útil.
De qualquer forma, era muito divertido caminhar pela Cidade Velha,
mapeando-a metodicamente. Dizendo: "Vamos por aquele caminho a seguir,
ou, Nós ainda não fomos por aqui, vamos, eles naturalmente começariam a
formar objetivos. Eles também aprenderam as estradas. Quando entravam em
uma área não mapeada, isso os colocava no limite, e quando estavam em um
lugar que já tinham em seu mapa, podiam relaxar um pouco. Naquele dia,
eles derrubaram três Goblins, e uma vez vendido o saque, eles tinham 72
coppers cada um.
Eles não o deixaram subir à cabeça. Eles não estavam ganhando tanto
dinheiro.
Entretanto, Yume e Shihoru tinham dito que queriam ir às compras, então
Haruhiro também estava circulando no mercado. Enquanto ele olhava, ele se
deparou com um par de roupas íntimas de pano. Ele regateou sua mais dura,
mas até mesmo um par usado custava 25 cobre. Ele tinha coisas para carregar
agora, então ele comprou um saco para carregar tudo por necessidade. Havia
um bom número de usados a um preço razoável, então ele comprou um de
aparência durável feito de cânhamo para 30 cobre. Em comparação com a
roupa íntima, pareceu uma verdadeira barganha.
Depois de voltar ao alojamento dos soldados voluntários, todos
conversaram juntos sobre o que haviam comprado, onde haviam comprado e
o que queriam comprar a seguir. Eles se envolveram muito, então tiveram
dificuldade para dormir depois. Uma vez, Ranta, que tinha estado roncando
incessantemente até não muito tempo atrás, de repente adormeceu,
respirando suavemente, não demorou muito para que Moguzo também
pudesse ser ouvido roncando. Haruhiro tentou adormecer. Ele estava exausto,
dormindo até mesmo, mas por alguma razão sua consciência não estava
fazendo nenhuma tentativa de descer até as profundezas do sono.
"Manato", ele tentou chamar e, como era de se esperar, Manato estava
acordado e respondeu com um "Sim?
Haruhiro ficou feliz em obter uma resposta e tudo mais, mas não tinha
realmente nada a dizer a ele. Bem, isso não era verdade; eles tinham muito o
que conversar. Ele simplesmente não conseguia encontrar nada tão
rapidamente. Mas ficar quieto por muito tempo seria estranho. Ele tinha que
dizer alguma coisa.
Depois de agarrar apressadamente algo para dizer: "Obrigado", foi o que
saiu, e ele ficou envergonhado.
"Para que foi isso, de repente?" Manato riu. "Eu é que deveria estar
grato".
"Huh? Você está grato...? Por quê?"
"A todos, por serem meus camaradas. Estou agradecido por isso. Tenho
certeza de que quando digo assim, provavelmente parece mentira, mas eu
realmente sinto isso".
"Não, eu não acho que você esteja mentindo, mas..." Haruhiro mastigou o
interior de sua bochecha direita, pensando. "Como devo dizer isto? Estamos
sempre confiando em você. Se você não estivesse lá por nós, estaríamos em
sérios problemas. Dependendo de como as coisas tinham ido, talvez ainda
não estivéssemos vivos até este ponto".
"Isso vai para os dois lados". Sem você e sem os outros, não há como
dizer o que poderia ter acontecido comigo. Não estamos numa situação em
que você possa sobreviver por conta própria, você percebe".
Haruhiro hesitou em dizer isto ou não, mas não era bom em esconder seus
sentimentos. Faltava-lhe a paciência. "...Agora, não quero que você leve isto
a mal, mas acho que você poderia ter encontrado qualquer número de pessoas
dispostas a serem seus camaradas. Pedindo a alguém que o deixasse entrar no
grupo deles, por exemplo".
"Um grupo de soldados voluntários? Honestamente, o pensamento nunca
realmente cruzou o meu mente. Sabe, provavelmente não sou do tipo que
pode suportar ter que curvar a cabeça para os outros. Relações hierárquicas,
também. Duvido que eu seja bom em lidar com elas. Mas não me lembro o
que estava fazendo antes de vir para cá, por isso não tenho certeza".
"Ah...". Agora que ele menciona isso, isso é verdade. Quando Haruhiro
tentou se lembrar de seu passado, foi como agarrar algo macio e fofo. Ele
nunca manteve sua forma. Ele havia esquecido completamente esse fato.
Talvez ele apenas não tivesse tido a liberdade de pensar sobre isso.
"Poderia ser o mesmo para mim", admitiu ele.
"De alguma forma..." Manato fez uma pausa ali, hesitando por um
segundo. "De alguma forma, sinto que não sou o tipo de pessoa que alguém
deveria estar tratando como camarada".
"Isso não é..."
Isso não é verdade, eu acho. Eu acho, mas não posso dizer isso de forma
direta. Eu só conheço Manato como ele tem sido desde que chegou aqui. Isso
é tudo que Manato também sabe sobre si mesmo.
Mesmo Manato não conhecia Manato. Claro, foi o mesmo com Haruhiro.
Quanto mais ele pensava, menos ele entendia. Por isso, era melhor não
pensar nisso de forma alguma. Nada viria de pensar sobre isso. Afinal de
contas, ele não conseguia se lembrar de nada.
Ele tinha coisas a fazer. Coisas que ele tinha que fazer para viver. Ele
precisava ganhar dinheiro.
"Quanto a como era o passado Manato", disse Haruhiro com alegria
forçada, "não importa". Ninguém se importa. É o atual Manato que é nosso
camarada. Você é como nosso líder. Estaríamos em apuros sem você aqui
para nós".
"Eu preciso do resto de vocês, também".
Haruhiro acenou com a cabeça. Mas Manato estava no beliche abaixo
dele, para que Manato não visse o aceno de cabeça. Ele precisava dizer isso
em voz alta. Mas, o que ele poderia dizer...? Enquanto ele estava se
perguntando, Manato desatou a rir.
"Mesmo assim, é tão estranho. Tudo isso. O que estamos fazendo,
sequer? Espadas e feitiçaria. É como se estivéssemos em um jogo ou algo
assim".
"Um jogo, huh. Você tem que..." Haruhiro piscou, depois inclinou sua
cabeça em confusão. "Um jogo, o que é isso...?"
"O que é isso?" Manato também pensou profundamente por um momento.
"...não sei.
Mas isso foi o que eu disse há pouco. "É como um jogo". Veio-me à
mente no tempo".
"Bem, quando você disse isso, eu senti que você estava certo. Mas que
tipo de jogo?
Um jogo..."
Alguma coisa parecia errada. Estava na ponta da língua, mas ele não
conseguia fazer com que saísse, esse tipo de sentimento de desconforto.
Mesmo assim, ele sentiu que eles deveriam pôr um fim a esta conversa. Eles
tinham coisas maiores com que se preocupar. Haruhiro e os outros iriam para
a Cidade Velha de Damuro novamente amanhã.
Ele bocejou. Parecia que finalmente ele conseguia dormir.
11. Não Vá
"Há um que vai na sua direção, Ranta!" Haruhiro falou, e Ranta

respondeu imediatamente.
"Eu já sabia disso!"
Um dos três Goblins que Moguzo e Manato haviam atraído para a
linha de frente estava indo para Yume e Shihoru na retaguarda. Haruhiro
e Ranta eram a guarda do meio, então eles deveriam tentar pegar os
Goblins por trás ou para o lado, mas eles precisavam defender a linha
traseira também. Então Ranta, que estava mais perto deles dois, foi
enfrentar o Goblin.
Já haviam passado treze dias desde que começaram a lutar contra os
Goblins na Cidade Velha de Damuro, para que eles pudessem fazer este
tipo de jogo de equipe sem uma palavra um para o outro. Embora, de vez
em quando, Ranta ficava obcecado com seu próprio estilo de luta ou
habilidades, atirando em qualquer trabalho de equipe que eles tivessem
feito no pé por completo. Felizmente, desta vez ele estava bem.
"Ha! Raiva!"
-Or não.
Ranta saltou de fora do alcance de seu oponente, de forma a usar sua
habilidade mais recentemente adquirida. Perdeu de forma espetacular.
"-O quê?! Você não é um Goblin comum, você é...?!"
"É claramente apenas um goblin normal, cara!" Haruhiro disse,
olhando para Manato com um piscar de olhos.
Moguzo e Manato poderiam ser contados para lidar com seus dois
goblins. Haruhiro atropelou e ficou atrás do Goblin que estava
pressionando Ranta com uma espada enferrujada.
"Maldição...!". Ranta desviou sua lâmina enferrujada, olhando para
Haruhiro.
Não olhe para mim, pensou Haruhiro enquanto ele mirava.
Ranta não era o único que havia aprendido uma nova habilidade. Cada
um deles havia aprendido uma nova com suas s. No entanto, eles tinham
aprendido apenas, portanto só sabiam como executá-las. Haruhiro não
estava confiante de que poderia usar sua habilidade efetivamente em
batalha, mas se ele não fizesse um esforço ativo para usá-la, ele nunca
passaria daquele ponto.
Eu paguei bom dinheiro para aprender esta habilidade, e juro que vou
dominá-la, ele jurou. "...Mas isso é mais fácil de dizer do que fazer".
O goblin era cauteloso, virando-se com freqüência para olhar as
próprias costas, saltando com agilidade e balançando sua espada
enferrujada para mantê-lo sob controle. Haruhiro simplesmente não
conseguia alinhar um bom ataque.
Se Ranta pudesse mantê-lo ocupado, ele estaria bem, mas achou que
seria um erro contar que isso realmente acontecesse. Ranta não era do tipo
de deixar o foco do inimigo cair inteiramente sobre ele. Haruhiro
tampouco era, aliás.
Ambos tinham muito medo de entrar em uma séria troca de golpes,
então tentaram circular por trás dele, ou pelo menos para o lado dele. Por
causa disso, eles andaram em círculos em torno do Goblin e, é claro, o
Goblin girou em círculos tentando não deixá-los ficar atrás dele, de modo
que ninguém fazia a menor idéia do que estava acontecendo.
"Caramba! O que vocês dois estão fazendo"! Yume puxou sua catana
e veio para o goblin balançando.
Parecia que ela a tinha pegado de surpresa. Congelou por um segundo.
Yume balançou seu facão como se estivesse desenhando uma faca em
forma de X. "Cruz Diagonal!"
O Goblin gritou, caindo de volta da súbita investida, mas levou um
corte raso em seu ombro. Suas costas foram para Haruhiro.
Agora, pensava Haruhiro, mas seu corpo já havia se movido por conta
própria. Em uma respiração, ele fechou a fenda e empurrou sua adaga
para as costas do Goblin com uma torção. Esta era sua habilidade,
Backstab.
Talvez porque o Goblin estava usando apenas uma armadura de couro
macio, a adaga de Haruhiro afundou em uns bons 10 cm. O Goblin tentou
se virar, então Haruhiro arrancou sua adaga, caindo para trás. O Goblin
tossiu sangue, e o que quer que estivesse prestes a tentar fazer a seguir,
ele desmaiou. Ainda estava se contorcendo, mas Haruhiro podia dizer que
estava às portas da morte. Se não estivesse, teria se desmanchado de
forma mais violenta.
"Huh....?" Haruhiro olhava para trás e para frente de sua adaga para o
Goblin caído. "Será que eu bati em um bom lugar? Talvez? Ou em um
lugar ruim...?"
"Whoa?! Tenho que terminá-lo!" Ranta saltou sobre o goblin, batendo
sua espada longa pelo pescoço. "Legal! Eu tenho meu vício!"
Yume arqueou suas sobrancelhas. "Yume pensa isso depois de cada
batalha, mas os cavaleiros negros são mesmo selvagens, huh".
"Não diga 'selvagem'! Use o termo mais elegante, 'atroz'! Tememos
que os cavaleiros sirvam ao Deus das Trevas, Lord Skullhell. Somos
cavaleiros atrozes e desumanos, frios e impiedosos, sem sangue nem
lágrimas"!
"Ohm, rel, ect..." Shihoru desenhou sinais elementais com seu bastão,
começando a entoar um feitiço. "Vel, darsh...!"
Os magos usavam o poder de criaturas mágicas chamadas elementais.
Shihoru tinha chamado um elemental sombra, que parecia uma massa de
algas marinhas negras. Fez um ruído vwong de assinatura enquanto voava.
Este era o feitiço Shadow Beat.
Em vez de Arve Magic, a magia do fogo, Kanon Magic, a magia do
gelo, ou Falz Magic, a magia da eletricidade, Shihoru havia escolhido
aprender Darsh Magic, a magia da sombra. De certa forma, Haruhiro
sentiu que a própria personalidade de Shihoru havia saído nessa decisão.
O elemental das sombras atingiu o Goblin Manato que lutava na parte
de trás da cabeça. Mas não foi apenas a cabeça do Goblin que afetou: o
corpo inteiro do Goblin convulsionou por um momento, e ele soltou um
estranho coaxar. Em vez de calor, frio, eletricidade ou força bruta, o
Shadow Beat era um feitiço que usava a hiper oscilação para lidar com os
danos.
Manato imediatamente deu seguimento com um golpe de seu pequeno
bastão, depois chutou o Goblin para o chão. Ranta feriu o Goblin caído.
"Pegue isto! O ódio...!"
Bater neles quando eles estavam caídos era uma especialidade da
Ranta. Não havia necessidade de usar uma habilidade em um Goblin já
enfraquecido que já havia caído, mas esse tipo de raciocínio não tinha
lugar na mente de Ranta. Ranta tentou bissetar o Goblin com sua espada
longa - e falhou. A espada longa bateu no lado da cabeça do Goblin e
ricocheteou no crânio com um baque molhado. Isso fez com que Ranta o
perdesse.
"Maldição! Você é apenas um Goblin estúpido! Pegue isto! E isto! E
isto...!"
Enquanto Ranta atormentava o Goblin moribundo, Haruhiro foi cuidar
do restante que Moguzo estava enfrentando.
Não, parecia que Haruhiro não precisaria fazer nada. O Goblin
balançou sua espada enferrujada com um grito, mas Moguzo a bloqueou
com sua espada bastarda. Suas lâminas foram trancadas. Moguzo tinha
agora a vantagem. Ele era forte e tinha aprendido uma habilidade que o
deixava passar do travamento das lâminas para o ataque.
"Hungh....!". Moguzo feriu sua espada bastarda ao redor da lâmina
enferrujada, cortando o Goblin no rosto com a ponta. Esta foi sua
habilidade, Vento. Moguzo não era rápido, mas era bastante habilidoso. O
Goblin vacilou e deu um passo atrás.
Haruhiro gritou: "Vai!" e Moguzo foi. Ele chegou perto, cortando
diagonalmente com todas as suas forças.
"Obrigado...!"
Rage Blow foi a mais básica das habilidades básicas ensinadas a um
guerreiro em treinamento para iniciantes. Parecia algo que qualquer um
podia copiar depois de vê-lo, mas provavelmente era difícil encontrar o
momento certo para realmente acertar um golpe com ele. Sempre que
Moguzo usava Rage Blow, ele gritava: "Obrigado!", então dentro da
turma eles o chamavam de Thanks Slash. Era um nome bonito que
desmentia um ataque bastante poderoso.
A espada de Moguzo entrou pelo ombro do Goblin e a fez passar pela
metade de seu peito. Com um grunhido, ele balançou sua espada, e o
Goblin foi mandado voar.
"Yahoo!". Ranta correu para o Goblin, empalando-o com sua espada
longa.
Haruhiro teve que concordar com Yume: Ranta era realmente
selvagem. Ele agiu como um bárbaro total, cortando a orelha do Goblin
com uma faca e gritando.
"Gwahaha! Isso são três vícios seguidos! Isso perfaz onze vícios no
total! Meu demônio está energizado! Quando lhe apetecer, ele sussurra ao
ouvido do inimigo para distraí-lo! Isso é fantástico!"
"Sempre que lhe apetecer...?" Haruhiro disse com um suspiro. "Seu
demônio com certeza é inútil, huh".
"Ei! Eu não vou deixar isso passar, Haruhiro! Não vá dissimular o
Zodiac-kun, ou eu o amaldiçoarei!"
Zodiac-kun era o nome que Ranta havia dado ao seu demônio. Bem,
não, Zodiack era seu nome próprio. Zodiac-kun era mais um apelido. De
qualquer forma, nunca foi nenhuma ajuda.
"Quero dizer, você só pode chamá-lo à noite, de qualquer forma".
"Idiota, quando eu alcanço onze vícios, seu posto sobe, então eu
poderei chamá-lo ao anoitecer e pouco antes do sol nascer!"
"Geralmente, voltamos à Alterna ao anoitecer, e você está dormindo
quando o sol nasce".
"Hmm. Bem, sim, mas..." Yume tinha suas bochechas inchadas de
raiva, com seus olhos brilhando. Era uma expressão tão complexa. "Ao
contrário de seu dono Ranta, Zodiac-kun é apenas um pouco fofo, sabe?"
"Eu não sou seu dono! Você não pode 'possuir' um demônio como
uma espécie de animal de estimação. Se qualquer coisa, o Zodiac-kun está
me possuindo. Afinal de contas, ele é um demônio"!
"...O que significa", Shihoru olhou para o chão, rindo sinistramente,
"antes que ele pudesse amaldiçoar Haruhiro, Ranta já foi
amaldiçoado"...
"Bem, sim, suponho que sim". Eu-eu sou?! Sério? Zodiac-kun, você
está me amaldiçoando? De jeito nenhum, certo? Zodiac-kun? Qual é a sua
opinião sobre isso? Espere, não, é de dia, não posso perguntar a ele"...
"Bom trabalho, todos", Manato olhou para cada um deles com um
sorriso. "Vou curar suas feridas, então, na verdade, parece que ninguém
está ferido. Mesmo assim, se você estiver sentindo alguma dor, é só me
dizer. Mas se todos pensam que estão bem, vamos verificar as bolsas dos
Goblins".
"Eu, eu, eu! Eu vou fazer isso! Eu, eu, eu! Deixe-me fazer isso!"
gritou Ranta.
Nas três bolsas de Goblins, eles encontraram sete moedas de prata,
duas pedras que pareciam valer algo, três presas ou ossos que não sabiam
se podiam vender ou não, bem como algumas porcarias variadas que eles
achavam que não valiam nada. Dependendo do preço a que as pedras iam,
elas tinham mais de dez pratas se tivessem sorte, mas pelo menos oito,
mesmo que não tivessem.
Eles tinham saído de Alterna às 7:00 da manhã para chegar na Cidade
Velha de Damuro às 8:00. Julgando pelo ângulo do sol, já passava do
meio-dia.
Haruhiro e os outros deram aos Goblins um simples enterro, ou
melhor, simplesmente os levaram, depois fizeram um intervalo da tarde
em um lugar não muito distante. Cada um deles havia trazido pão, carne
seca ou outros alimentos em suas mochilas. Era hora de saborear um bom
almoço.
"Oh, tenho que rezar". Yume raspou uma fatia fina da carne seca com
sua faca, deixando-a no chão enquanto juntava as mãos e fechava os olhos
em oração. "Deus branco Elhit-chan, obrigado por tudo". Yume vai
compartilhar um pouco de sua comida com você, então continue cuidando
dela, ok?".
"Então, sobre o que você está fazendo lá", disse Haruhiro, arrancando
um pedaço de pão. Veio da padaria Tattan's Bakery, nos arredores do
Oeste da cidade. Era duro como pedra, mas era barato e tinha um sabor
decente o suficiente. "Esse é um ritual que está estabelecido nas regras da
dos caçadores, não é? Você tem que oferecer um pouco de sua comida ao
seu deus, certo?"
"Claro que sim", os olhos de Yume estavam largos de entusiasmo e ela
se virou para enfrentá-lo. "O Deus Branco Elhit-chan é este lobo muito
grande, está vendo? E há este Deus Negro reeeeally grande chamado
Rigel que é um lobo, também. Elhit e Rigel estão em péssimos termos um
com o outro. Como Elhit-chan cuida de nós caçadores, podemos passar
pela nossa caçada diária sem nenhum acidente".
"Portanto, basicamente, é um ato de adoração. Os caçadores adoram o
Deus Branco Elhit. Mas você está chamando seu deus Elhit-chan e se
oferecendo para compartilhar parte de sua comida. Está bem assim?"
"Não, está bem", Yume riu. "Elhit-chan está perdoando, então Yume
não acha que Elhit-chan ficaria brava com ela por causa de algo assim,
você sabe. Na verdade, Elhit-chan nunca ficou brava com Yume".
"...Seus sentimentos", disse Shihoru, enquanto segurava
cuidadosamente algo que parecia um donut. "Eu acho que seus
sentimentos são o que chega ao seu deus. Embora, isso é exatamente o
que eu penso..."
Manato tirou um gole de uma pele de água de couro, depois disse:
"Sim", com um aceno. "As palavras que você diz são importantes, mas o
sentimento que você coloca em dizê-las é ainda mais importante". As
orações que nós padres usamos em nossa magia leve não funcionarão se
dissermos as palavras erradas, mas não creio que suas orações a Elhit
sejam as mesmas".
"Yume põe muito, muito, muito de sentir". Yume estendeu os braços
para mostrá-los. "Yume dorme à noite, não é mesmo? Bem, quando o faz,
Elhit-chan aparece em seus sonhos com bastante freqüência. Yume
perguntou: 'Posso andar de costas, Elhit-chan?' e quando o fez, Elhit-chan
disse: 'Claro,' está vendo.
Yume foi dar uma volta em Elhit-chan e nós corremos como whoosh.
Elhit-chan é louco-rápido. Yume disse, 'Isto é incrível'".
"...Esta história", Ranta mastigou sua carne seca em voz alta enquanto
colocava uma cara azeda. "Tem um ponto real no final, certo? Eu segurei
minha língua e escutei por muito tempo, então se você não tem um bom
ponto, eu vou estalar". Tipo, a sério".
"Um ponto?" Yume pôs a cabeça para o lado e piscou para ele
repetidamente. "Não. Não há um".
"Viagem!" Ranta gritou e fez uma incrível falha no rosto. "Você é
estúpido?!
Não conte longas histórias sem sentido! O que você vai fazer se eu me
afogar até a morte, incapaz de escapar da espiral de expectativas
quebradas?!"
"Vá em frente..." Shihoru murmurou sob seu fôlego. "Eu gostaria que
você se afogasse até a morte..."
"Ah!" Ranta apontou para Shihoru. "Ah! Ahhhhh! Eu ouvi isso! Eu
ouvi você, Shihoru! Agora mesmo, você acabou de me dizer para ir
morrer, não foi?"!
"...Eu só disse que desejava que você se afogasse".
"Você está até fazendo pedidos sobre a causa da morte! Você é
horrível!
É a coisa mais baixa que se pode fazer como pessoa! Você é o mais
apodrecido, garota horrível em toda a história, isso é o que você é"!
"Não ligue para ele, Shihoru". Yume segurou Shihoru com força,
dando-lhe palmadinhas na cabeça. "O cara dizendo que é o mais baixo
dos baixos, afinal de contas". Você não fez nada de errado, Shihoru. A
culpa é do Sr. Terrível aqui. Ele é tão baixo, que pode até nem ser
humano".
"Eu sou humano, está bem?"!
"Mesmo que você tenha cabelo encaracolado", disse Haruhiro.
"Sim! Mesmo com o meu cabelo encaracolado..." Ranta começou a
concordar. Então ele se virou para encarar Haruhiro, puxando seu cabelo
como ele fez. "O cabelo encaracolado não tem nada a ver com isso!
Diabos, eu até consideraria torná-lo um requisito para ser humano!
Quem não tem cabelo encaracolado não é humano! Como é isso?"!
"...Se é assim que vai ser", disse Moguzo, engolindo um pãozinho
inteiro, do tamanho de um peixe duro, "talvez eu não queira ser humano".
"Yume, também".
"...eu, também".
"O mesmo".
"Espera aí." Um olhar estranhamente sério caiu sobre o rosto de
Manato. "Vamos pensar nisto com calma, está bem? Vamos pensar se o
problema aqui é mesmo o cabelo encaracolado. Eu acho que não. Os
cabelos encaracolados não nos fizeram mal. O cabelo encaracolado não é
o culpado aqui. Na verdade, eu diria que os cabelos encaracolados podem
ser a vítima em tudo isso".
"Hm?". Ranta puxou o cabelo dele. "...A vítima? Este cara? Então, o
que, então o vilão é... meeeee?! Você está dizendo que é tudo culpa minha
que os cabelos encaracolados se tornaram maus?!"
"Eu estava brincando, Ranta".
"Manato! Você está sempre sorrindo, então é difícil dizer quando você
está brincando e quando você está falando sério! Você é um sacana de
barriga preta usando um sorriso como máscara"!
"Ele não é!" Shihoru se levantou e gritou. Seu rosto estava vermelho
vivo, e parecia que o vapor poderia começar a sair de suas orelhas a
qualquer segundo. "E-Ela não é barriga-preta! N-Não é Manato-kun! Ele
não é de barriga preta nem é um bastardo! Y- Você retira o que disse! R-
direito agora! Faça-o!"
"...Uh, claro", Ranta foi pega de surpresa. "Mas, eu tenho que fazer,
realmente? Não é que eu realmente pense assim, sabe? Se eu tenho que
aceitar abusos, não é justo que eu também consiga fazer alguns"?
"L-Leve de Volta!"
"Está bem, está bem. Eu vou fazer isso. Vou me corrigir. A barriga de
Manato não é preta. A barriga de Manato é branca. Eu o vejo no banho
todos os dias, então eu saberia. É branco, você sabe, a barriga de Manato.
Sério. Ele é pálido. Para um cara. Na verdade, mesmo para os padrões das
garotas, ele estaria pálido".
"Branco..." Shihoru parecia um pouco tonto. "...Barriga branca de
Manato-kun... O banho..."
"Estou pálido, realmente?" Manato comparou a cor de sua pele com
suas vestes de padre. "Eu não acho que estou tão pálido. Haruhiro, eu
estou pálido?"
"Sim, mais ou menos..." Haruhiro olhou de Shihoru para Manato,
comparando.
Manato é pálido, mas Shihoru é ainda mais pálido. Mas essa não é
realmente a questão no momento. Pensei que poderia ser o caso, mas isto
praticamente o confirma. Shihoru tem um fraquinho por Manato. Será
que ele não percebe isso? Eu não acho que ele seja assim tão denso,
então não é isso. Ele está fingindo não notar, então? Se estiver, talvez
Manato não sinta o mesmo por ela. Pobre Shihoru. Embora eu não tenha
certeza de que seja meu dever sentir pena dela.
"Você poderia dizer que está pálido. Sim. Você está pálido. Sua pele
também está lisa".
"Pele... lisa..." Shihoru parecia que ela poderia entrar em colapso.
"Suave... pele..."
"Shihoru, você está bem?" Yume a apoiou. "Se você fantasia demais,
isso só causará problemas. Você deve tentar mantê-la sob controle.
Shihoru? Shihoru?"
"Nyahhhhh..." Os olhos de Shihoru estavam girando, e ela se agarrou
firmemente a Yume.
Atirou, pensou Haruhiro. Talvez eu tenha ido longe demais. Ela estava
agindo como uma gracinha lá, ou pelo menos engraçada, então eu não
pude me conter.
Ranta zombou deles, depois começou a comer seu pão. Parecia não se
sentir incomodado por esta virada de acontecimentos.
Eu me pergunto por quê. Talvez Ranta tenha um fraquinho por
Shihoru? Parece que Shihoru está interessado em Manato, então talvez
ele esteja chateado com isso? Se sim, está na hora de Ranta dar uma boa
e longa olhada em si mesmo. Para começar, amigo, você não fez nada
que fizesse as meninas te amarem, e tudo que as fizesse odiar você.
"Nós nos tornamos uma boa equipe", disse Manato calmamente para si
mesmo. "Eh?"
"Agora podemos enfrentar até três Goblins de cada vez. Ninguém se
machucou, então acho que é seguro supor que poderíamos lidar com mais.
Yume é muito melhor com um machete do que com um arco. Ela tem
muita força. Se pensarmos em nossos métodos um pouco mais, podemos
ser capazes de lidar com quatro".
"Oh, sobre isso..." Haruhiro o imaginou. Moguzo e Manato tratariam
ambos de um, Haruhiro, Ranta, e Yume tratariam dos outros dois. Se
Shihoru pegasse um com Shadow Beat para que eles pudessem terminá-lo
rapidamente, ele sentia que eles conseguiriam. "Sim, quatro sons podem
ser feitos".
"Eu sabia que seríamos capazes de confiar em Moguzo". Afinal de
contas, ele tem um corpo tão grande. Só por estar lá, ele intimida o
inimigo. E com sua precisão na espada, ele consegue fazer o que precisa
ser feito".
"Ah, eu também tinha pensado nisso. O talento de Moguzo".
Moguzo engoliu um pãozinho. "...R-Really? Você acha? Não sei por
que, b- mas, gosto de fazer um trabalho detalhado".
"Não combina com você!" Ranta gritou, tirando a frustração dele.
Moguzo apenas deu de ombros.
"Sim, eu acho que sim, também..."
"Ei, é uma coisa boa", disse Haruhiro, olhando ligeiramente para
Ranta. "Moguzo não é desleixado, ao contrário de uma certa pessoa".
"Oh? O quê, você está dizendo isso para mim? Eu, o cara que eles
chamam de "Máquina de Precisão de Velocidade Galesa"?"
Yume olhou friamente para Ranta enquanto dava tapinhas
tranquilizadoras na cabeça de Shihoru. "Nunca ninguém te chamou assim,
Ranta".
"Ranta é incrível, também". A julgar pela expressão subjugada no
rosto de Manato, ele não estava brincando. "Especialmente a maneira
como ele está sempre pronto para atacar. Ele não tem medo de falhar,
então acho que ele melhorou ao usar suas habilidades mais rápido do que
qualquer um de nós. O resto de nós, incluindo eu mesmo, somos mais
cautelosos, pode-se dizer. Sem Ranta por perto, talvez não estejamos
dispostos a dar o próximo passo em frente".
"Sim, acho que sim". Ranta disse, olhando com preocupação. Será que
isso o deixou nervoso? "Bem, você sabe como eles me chamam. A
Máquina do Turbilhão do Momentum Frontal, sim?"
Haruhiro provocou: "O que aconteceu com a Máquina de Precisão de
Velocidade Galesa?"
"Quanto a Shihoru..." Manato fez uma pausa para respirar.
Ele percebeu os sentimentos de Shihoru por ele, afinal de contas,
Haruhiro supôs.
"...Shihoru está sempre atento ao seu ambiente. Darsh Magic tem
muito
feitiços que podem confundir ou amarrar o alvo, se bem me lembro.
Isso permite que ela nos ajude quando necessário. Você queria aprender
Magia Darsh para poder nos ajudar, não você, Shihoru?"
Shihoru olhou em branco por um segundo, mas depois acenou sem
uma palavra.
Pensei que ela tinha deixado passar as escolhas fáceis de entender
como fogo, gelo ou eletricidade, e escolheu uma opção mais de nicho em
vez disso, porque isso é exatamente como Shihoru é. Será que eu estava
errado? Não era apenas uma questão de gostos dela. Shihoru colocou
alguma consideração genuína nisso. Eu sou tão estúpido. Eu não sei
nada sobre ela.
Manato olhou para Yume. "Acho que Yume pode muito bem ser o
mais corajoso de todos nós. Ela não tem medo de nada. Como curandeiro,
gostaria que ela tivesse mais cuidado, mas também estou feliz que Yume
possa estar lá para ajudar se algo acontecer".
"Yume está?" Yume disse, apontando para si mesma, o rosto dela
derrete de alegria. "Você tem certeza? Yume é realmente assim tão
corajoso? Yume acha que nunca lhe foi dito isso antes. Embora, talvez ela
não ache que muitas coisas sejam assustadoras.
Yume espera que você lhe dê um passe por ser uma caçadora que não
pode usar um arco". "Todos têm fraquezas e coisas que não podem fazer",
disse Manato, como se
tentando se convencer disso também. "Quando você está sozinho,
essas falhas podem ser fatais, mas nós somos uma equipe. Podemos suprir
as falhas um do outro".
"Oh, sim." Yume acenou com a cabeça repetidamente. "Isso mesmo".
Yume pode causar problemas para todos vocês, mas ela vai fazer o seu
peito".
Ranta cheirava zombadoramente. "Você quer dizer 'melhor,' como
'melhor,' não 'mais peito'. O peito soa como, você sabe, você precisaria de
algum tipo especial de peito".
"Peito mais..." Yume tocou seus próprios seios. "Yume se pergunta
que tipo de seios são os peitos mais amamentados". A que distância eles
estão relacionados com os peitos minúsculos de Yume"?
Seria estranho deixar esse pendurado, então Haruhiro ofereceu,
"...Talvez eles estejam na mesma família?"
Yume olhou para Haruhiro com uma expressão totalmente séria em
seu rosto. "Você acha que eles estão na mesma família, Haru-kun?"
"Eu-eu não sei. Eu me pergunto".
"Yume se pergunta, também. Os peitos mais peitos. Parece um pouco
engraçado".
"O br-" Moguzo começou a dizer, mas quando todos se viraram para
olhar para ele, o suor bateu na sua testa e ele acenou com as mãos e
balançou a cabeça. "Eu-eu-eu-eu-eu-eu não era nada". R-R-R-Realmente,
nada".
"...Agora estou curioso", disse Shihoru.
Com Shihoru olhando para ele, Moguzo lançou seus olhos para baixo,
depois pediu desculpas com um "S-Sorry", então ninguém o empurrou
mais, mas o que Moguzo tinha começado a dizer? Haruhiro estava
bastante curioso, se não no mesmo grau que Shihoru.
Depois disso, eles continuaram a fazer pequenas conversas durante o
almoço até chegar a hora de começar o trabalho da tarde. Quando eles
estavam saindo, algo ocorreu a Haruhiro.
Manato elogiou todos os outros, mas será que ele disse alguma coisa
a meu respeito? Talvez ele apenas tenha esquecido. Ou será que não
havia nada de louvável em Haruhiro? Será que Manato tem uma opinião
baixa sobre mim, talvez? Mas acho que conversamos muito. Talvez eu só
seja útil como alguém com quem conversar?
Preocupou-o, mas era um pouco tarde para perguntar: "Ei, Manato, e
eu...?". Isso teria sido muito embaraçoso.
Ah, bem...
Provavelmente ele tinha esquecido, ou a conversa se adiou antes de
chegar a Haruhiro, só isso. Isso ainda deixava Haruhiro um pouco
ansioso, mas foi assim que ele decidiu aceitar.
Foco. Você precisa se concentrar.
"...encontrei alguns".
Haruhiro levantou uma mão, sinalizando para o grupo parar. Todos
eles se escondiam nas sombras até que as coisas fossem exploradas. É
claro, Haruhiro iria sozinho para fazer isso. Havia raras ocasiões em que
Ranta queria vir, mas, honestamente, Haruhiro sentia que era mais fácil
para ele ir sozinho. Ele só precisava se preocupar consigo mesmo dessa
maneira.
Uma vez que eu poupei dinheiro suficiente, Sneaking é uma das
técnicas de ladrões que eu definitivamente quero aprender. É claro que
estou fazendo o meu melhor para não fazer barulho enquanto ando
agora, mas deve haver algum truque para isso. Eu quero saber o que é
isso. Eu quero que Barbara-sensei me ensine isso.
Os Goblins estavam em um prédio de dois andares quebrado, feito de
pedra. O segundo andar havia desmoronado em grande parte, e parte da
parede do primeiro andar também havia desmoronado em lugares. No
segundo andar, que era mais como uma varanda aberta, havia um Goblin
revestido com uma armadura de metal de aparência sólida com uma
espada pendurada sobre suas costas, enquanto no primeiro andar havia
outro Goblin sentado no chão. Era um dos grandes.
A maioria dos Goblins tinha entre 120 e 130 cm de altura. Se
chegassem a 140 cm, eram bastante grandes para sua espécie. Eles eram
uma raça de criaturas do tamanho de crianças humanas. Mas este Goblin
não tinha nada a ver com isso. De longe era difícil dizer sua altura exata,
mas era facilmente um, talvez dois, tamanhos maiores do que o Goblin lá
em cima.
Eu nunca tinha visto um Goblin como aquele. Quanto ao
equipamento, aquela corrente de correio que ele está usando? Tem até
mesmo um simples capacete. Não dá para saber que armas ele tem daqui.
Já procurei na área ao redor do prédio e parece que não há mais
nenhuma. Há dois Goblins. O Goblin blindado e o Goblin realmente
grande.
Haruhiro voltou para os outros.
"É perigoso. Há apenas dois, mas um deles é enorme. Talvez seja tão
grande quanto eu".
"Um Goblin". Os olhos de Manato se alargaram um pouco. "Eles são
uma sub-Raça de Goblins, com uma construção maior do que os comuns".
Eles são brutos estúpidos que os Goblins usam como escravos, então
talvez seja isso".
"Ah, é mesmo?" Ranta lambeu seus lábios. "Se ele tem um escravo,
isso pode ser um Goblin de alta patente, não acha? Se for, tem que ter um
bom saque, com certeza".
Haruhiro acariciou seu queixo. "...Tinha uma armadura de metal
laminado. O hobgoblin também usava correntes de correio. Isso, e um
capacete. Pode ter sido suficientemente grande para um de nós, humanos,
usar".
"Ooh..." Moguzo gemeu em aprovação. Já que, como guerreiro,
Moguzo enfrentou o inimigo em uma batalha direta, os itens defensivos
eram importantes para ele. Mas eles também eram caros. Os novos
estavam bem fora de sua faixa de preço, e se fossem com bens usados,
teriam que procurar muito para encontrar os que cabiam, ou ir a um
ferreiro de armadura para que fossem redimensionados. Foi por isso que
todos eles, inclusive Moguzo, ainda estavam usando as coisas que suas s
lhes haviam dado.
"Dois deles, huh". Manato baixou seus olhos. Ele parecia incerto.
"Hmm", Yume olhou para cima em pensamentos diagonais. "Yume pensa
que nós Podemos lidar com dois deles, no entanto".
"Se eu..." Shihoru agarrou bem seu bastão. "...se eu tivesse um alvo
primeiro, e conseguisse acertá-lo com um feitiço, seria mais fácil lidar
com as coisas depois disso... Eu acho".
"Yume também tentará atirar algumas flechas para ele. Mesmo que ela
falhe, os gobbies vão ficar assustados, então você pode ir direto a eles".
Manato olhou para os rostos de seus camaradas. Eles estavam todos
ansiosos para lutar.
Talvez seus elogios anteriores tivessem levantado o moral deles,
porque estavam mais animados do que de costume. Haruhiro não estava, e
se sentiu um pouco excluído por causa disso, mas ele não queria ser um
cobertor molhado. Haruhiro disse: "Acho que estamos fazendo isso", e
Manato acenou com a cabeça.
"Certo, vamos fazer isso".
O plano se reuniu em pouco tempo. Haruhiro, Yume e Shihoru iriam
primeiro, começando o ataque de longo alcance. Uma vez que o inimigo
os notasse, Moguzo e Manato subiriam para a frente. Moguzo pegaria o
hobgob e Manato pegaria o Goblin blindado. Haruhiro, Ranta e Yume
atacariam por trás ou para os lados, enquanto Shihoru os apoiaria com
magia à distância.
Eles se colocavam em um círculo, todos colocando suas mãos no
centro. Manato gritou "Fighto!" e todos eles levantaram as mãos de uma
vez e gritaram "Ippatsu!
Em algum momento, eles tinham começado a fazer isso para levantar
o espírito, mas o motivo pelo qual fizeram isso permaneceu um mistério
para Haruhiro.
"...O que é lutar contra o ippatsu, eu me pergunto?" comentou ele.
"...Eu não sei". Shihoru inclinou sua cabeça para o lado, intrigada.
"Mas fazer isso me dá esta vaga sensação de nostalgia".
"Yume também fica com essa sensação. Mas ela não sabe o que é isso.
Estranho, huh".
Haruhiro se aproximou do prédio de dois andares com Yume e
Shihoru a reboque. Manato, Moguzo e Ranta também estavam seguindo-
os, cerca de seis ou sete metros atrás. Qualquer que fosse o alcance de um
arco, a magia tinha um alcance de cerca de dez metros.
Podemos chegar perto o suficiente para estarmos a dez metros de
distância? Isso pode ser um pouco difícil. Mais como impossível. Não
usar esta parede. Fica a cerca de quinze metros de distância do prédio,
mas se passarmos por ela, os gobs vão nos notar.
Haruhiro trouxe seu rosto ao lado da orelha de Shihoru. Ele estava
prestes a sussurrar algo para ela, mas ela tinha um cheiro distinto e doce
vindo dela, e isso lhe dificultava a respiração.
"...Shihoru, você tem alguma coisa?" "...Huh? O que você quer dizer?"
"...Não, não importa. Desculpe. Acha que você pode bater neles
daqui? É um pouco longe, eu sei".
"...Vou tentar. Mas tenho zero de confiança".
Shihoru trouxe sua mão para o peito, respirando fundo. Yume
preparou seu arco e apertou uma flecha. Os gobs não estavam olhando na
direção deles. Os dois apareceram por trás da parede, e Shihoru começou
a desenhar siglas elementares com seu bastão.
"Ohm, rel, ect, vel, darsh..."!
Com um vwong, uma sombra elementar que parecia uma mancha de
algas marinhas negras lançada da ponta do bastão de Shihoru. Ao mesmo
tempo, Yume deixou voar uma flecha. A flecha passou por cima da
cabeça blindada de um Goblin, enquanto o elemental sombra atingiu o
Goblin no braço esquerdo, fazendo com que ele cuspisse e
convulsionasse. Parecia que o covarde blindado havia notado a flecha. Ele
virou o caminho deles e Haruhiro gritou: "Fomos vistos"!
"Nós vamos entrar!" Manato deu a ordem de imediato.
O hobgob pegou um taco de picos que tinha sido deixado a seus pés,
levantando-se de forma instável. Parecia que o feitiço Shadow Beat tinha
funcionado.
O taco encouraçado tinha algo em suas mãos. O que era isso? Uma
arma? Havia algo que parecia um arco montado na ponta de um estoque
robusto. O cálice blindado se virou para apontar para eles.
Haruhiro pôs uma mão nos ombros de Yume e Shihoru. Proteja-se
atrás da tampa, ele tentou dizer. A flecha voou antes que ele pudesse.
Haruhiro empurrou Shihoru e Yume para baixo, fazendo-os pousar de
costas. Haruhiro deu um passo para trás com um gemido. Depois veio a
dor. No lado esquerdo de seu peito. Estava lá. Uma flecha. Doeu. Doeu,
doeu, doeu.
Haruhiro se agachou. A mudança de posição doeu. Ficar quieto doía.
Doía tanto, que ele não conseguia respirar.
Shihoru soltou um pequeno grito, enquanto Yume colocou uma mão
nas costas de Haruhiro.
"Haru-kun...?!"
Ele ofegou, incapaz de dizer que doía.
Não me toque. Não me toque. Isso dói. Isto é ruim. Eu vou morrer? Eu
não vou? Eu, morrer? Não, isso não vai acontecer. Eu acho que não. Eu
não quero morrer, pelo menos. Mas isso dói. Realmente dói. Ajuda.
Alguém. Isto não é bom. Eu não posso continuar assim.
"Haruhiro!"
É Manato. Manato está aqui para mim.
Manato arrancou a flecha de repente. Parecia que algo importante
tinha sido arrancado com ela, e Haruhiro tossiu sangue.
Se você fizer isso, eu vou morrer, Manato.
Manato não se preocupou com isso, fazendo o sinal do hexagrama e
dizendo uma oração.
"Ó Luz, que a proteção divina de Lumiaris esteja sobre você... Cura".
Um tiro leve das mãos de Manato, fechando a ferida de Haruhiro.
Acho que provavelmente estou curado. Mas a dor não vai
desaparecer.
Haruhiro inspirou, e inspirou e inspirou. Dói muito respirar para fora.
Com o tempo, a dor diminuiu. Ele conseguia respirar corretamente.
Haruhiro tentou tocar o lado direito de seu peito. Estava encharcado de
sangue, mas não doía.
"M-Manato...!" Ranta gritou. "Apresse-se! Nós não podemos
continuar assim...!" "Manato gritou: "Você está bem agora, certo?!" e
assim que Haruhiro
acenou com a cabeça, ele saiu correndo.
Ah, certo. No tempo em que Haruhiro estava sendo curado após ser
atingido, a batalha continuou. Ele olhou em direção ao prédio. Havia uma
batalha intensa em andamento, com Moguzo contra o hobgob, e Ranta e
Yume contra o goblin blindado. Manato estava planejando ir ajudar Ranta
e Yume?
Uma gota de luz do feitiço Míssil Mágico de Shihoru atingiu o
hobgob, mas ele nem mesmo o abalou. Haruhiro saltou apressadamente
para os seus pés. Com Manato indo ajudar contra o míssil encouraçado,
eles conseguiriam de alguma forma. Ele precisava fazer algo a respeito do
hobgob.
"Moguzo, aguente firme...!" Haruhiro chamou Moguzo enquanto ele
tomava uma posição atrás do hobgob. Sua atenção deve ter sido
concentrada somente em Moguzo à sua frente, porque o hobgob nem
sequer olhou para Haruhiro. Seria fácil alinhar uma Backstab como esta.
Ou, pelo menos deveria ter sido, mas ele simplesmente não conseguia se
aproximar o suficiente.
A altura do hobgob era algures entre Haruhiro e Moguzo. Parecia ser
mais espesso que Moguzo também. Seu taco parecia ser feito de madeira,
mas era bastante grosso. Se um deles recebesse um bom golpe daquela
coisa, até mesmo Moguzo com sua corrente de correio não sairia ileso.
Correspondência em cadeia. Certo. A mala-corrente do hobgob é o
problema. Não está apenas na parte superior do corpo, está até mesmo
usando calças feitas de correntes interligadas. Depois, há o capacete em
cima disso. Você poderia chamá-lo de uma defesa perfeita. Posso ao
menos fazer qualquer coisa com minha adaga?
"Obrigado...!" Moguzo soltou seu ataque especial, o "Thanks Slash".
Haruhiro estava pronto para aplaudir por um segundo, mas depois se viu
agape. A espada bastarda de Moguzo havia atingido o ombro esquerdo do
hobgob, e ainda o hobgob apenas cambaleou um pouco, não perdendo
uma batida antes contra-atacado. Moguzo estava quase tarde demais para
desviar o Taco que entrava. Não, isso estava empurrando-o de volta. A
postura de Moguzo caiu por terra.
Isto é ruim. Moguzo vai ser derrubado.
"Ora, você...!" Haruhiro checou o hobgob, tentando apunhalá-lo com
sua adaga. Havia um barulho desagradável, mas... Não adianta, a lâmina
não passava. Ela ricocheteou. Mesmo assim, o hobgob tropeçou para
frente, depois virou-se para enfrentar o Haruhiro.
O Taco estava chegando.
Haruhiro saltou para fora do caminho.
"Whoa?!"
Isso é assustador. Nem sequer me pegou de raspão. Eu tinha espaço
de sobra. Mas isso era perigoso. Parecia que meus órgãos se enrolaram
dentro de mim, como se eu estivesse mais morto do que vivo. Haruhiro
recuou. Ele não tinha outra escolha.
"Eu não posso fazer isso...!"
"Ohm, rel, ect, vel, darsh...!" Shihoru entoou um feitiço. Um elemental
sombra bateu no flanco do hobgob, causando hiper-vibrações.
Moguzo derrubou sua espada bastarda sobre o hobgob convulsivo.
"Hungh!".
Um golpe na cabeça. Faíscas voaram, o capacete foi amolgado e o
hobgob cambaleou.
Haruhiro gritou: "N- Agora é nossa chance!" e correu para ajudar. Ele
dava um chute voador. O hobgob era assustador, mas não se ele pudesse
simplesmente derrubá-lo de seus pés.
Antes que ele pudesse pular, Manato o chamou. "Haruhiro, venha cá!
Ranta está no chão...!"
"O quê?!" Ele olhou para o chão para ver Ranta, sangrando do
pescoço. "O pescoço dele...?!"
Manato estava tentando verificar as feridas de Ranta, o que significava
que Yume precisava enfrentar a taça blindada sozinho.
Droga, isso não é bom.
Haruhiro carregou na taça blindada que estava gritando e balançando
uma espada afiada contra ela enquanto ela perseguia Yume.
"Ei, Goblin, aqui!"
Isso chamou sua atenção, mas agora ele tinha que trocar golpes com
ele. Não que ele pudesse. O Goblin blindado balançou ágilmente ao redor
de uma espada que tinha mais ou menos o mesmo comprimento que a
espada longa de Ranta.
Haruhiro correu ao redor. Ele estava se esforçando para se esquivar,
fugir e geralmente fugir. O Goblin blindado era mais rápido do que
qualquer Goblin que já havia enfrentado antes. Com o hábil golpe de
espada que estava demonstrando, ele começou a suspeitar que ele havia
passado por algum tipo de treinamento especializado. Se ele tentasse,
descuidadamente, desfazer os golpes do Goblin blindado com algo tão
frágil quanto uma adaga, quem sabia o que aconteceria com ele. Ele se
preocupava se Moguzo estava bem sozinho, mas não podia dar-se ao luxo
de olhar para o lado para verificar.
" Pincel de limpeza...!" Yume balançou por trás da escova blindada,
com uma poderosa varredura lateral com seu facão. No entanto, parecia
que tinha sido antecipada. O escaravelho blindado virou e desmanchou
facilmente a catana, batendo-a das mãos de Yume, e depois prosseguiu
com outro ataque.
"Não está acontecendo...!". Haruhiro se atirou à couraça blindada. Ele
não queria pensar nisso, mas talvez o Goblin também tivesse previsto
isso, ao se virar, balançando sua espada contra ele.
Oh, merda! Haruhiro cansado de pegar o golpe com sua adaga. Não
adianta. Não consigo pará-lo completamente.
Havia um grito de metal sobre metal enquanto a espada blindada do
Goblin corria pela lâmina e, quando ele não conseguia detê-la, mesmo
com o guarda-mão, ela mordeu o braço direito de Haruhiro.
"Yowch...!" Haruhiro deixou cair sua adaga. A couraça blindada foi
empurrada mais para dentro.
Ele vai me cortar, pensou Haruhiro. Esta foi uma decisão acertada.
"Raiva...!" Foi o Ranta.
Ranta saltou de lado, empurrando. A taça blindada se agachou e saiu
do caminho, sem perder o fôlego antes de se deslocar para contra-atacar.
Ranta caiu para trás. Imediatamente, ele recuou diagonalmente.
"Maldição! Isto é um touro! Você é apenas um maldito Goblin...!"
Ranta não estava com muito bom aspecto. Ele tinha ficado pálido, e
estava suando profusamente. Parecia que a ferida havia sido curada, mas
isso não trouxe de volta todo o sangue que ele havia perdido. Mesmo
assim, ele tinha chegado na hora certa.
Haruhiro havia sobrevivido.
Dói, no entanto. Meu braço direito. Esse corte foi muito profundo. Eu
pego a adaga com o meu lado esquerdo. Não consigo mexer meu braço
direito. Isso dói.
"Haruhiro!" Manato correu para dentro, preparando-se para usar sua
magia da luz imediatamente. "Ó Luz, que a proteção divina de Lumiaris
esteja sobre você... Cura".
Cerrando seus dentes e suportando a dor, Haruhiro verificou seu
entorno enquanto Manato o curava. Moguzo estava se defendendo dos
ataques ferozes do hobgob de alguma forma, mas ele estava passando por
um momento muito difícil. Ele estava começando a parecer um pouco
instável em seus pés.
Eles provavelmente não podiam mais contar com o apoio de Shihoru.
Ela estava de cócoras, provavelmente depois de usar demais sua magia.
Ranta, de uma forma ou de outra, estava conseguindo escapar dos ataques
do blindado Goblin. Parecia que Yume estava machucada em algum
lugar, possivelmente no braço dela.
"...Certo", Manato tocou o braço direito de Haruhiro, depois gritou
para Yume. "Yume, venha para cá! Eu vou te curar!"
"Yume está bem! Ela pode continuar lutando!"
"Venha aqui! Haruhiro, troca de lugar com Yume!"
"...É para já!"
Haruhiro fez o que Manato tinha dito, mas ele tinha algumas dúvidas.
Vai ficar tudo bem? Manato estava com falta de ar. Ele não usou a magia
muitas vezes em um curto espaço de tempo?
Mas Haruhiro era um ladrão, ele não sabia muito sobre magia. E além
disso, entre ele e Manato, em cujo julgamento ele confiava mais? No de
Manato, é claro. Haruhiro não tinha assim tanta autoconfiança.
Vai ficar tudo bem assim. Deveria estar bem. Tem que estar.
Haruhiro trocou de lugar com Yume.
Eu quero atacar o Goblin blindado. Mas eu não consigo fazer isso. Se
eu atacar, tenho medo que isso me pegue com um contra-ataque. É o
mesmo para a Ranta? O Goblin blindado é duro. Não há aberturas para
atacar. Além disso, em algum momento, ele colocou um capacete.
Armadura blindada e um capacete. Isto é inútil. Mesmo que eu tenha
sorte com minha adaga, ela vai saltar. É questionável se a espada longa
de Ranta faria melhor. Talvez a espada bastarda de Moguzo? Mas ele
tem as mãos cheias lutando contra o hobgob, e provavelmente está
perdendo essa luta agora mesmo.
Nós já perdemos, ele pensou de repente. Pois é. Nós perdemos. Não
podemos ganhar. Não há nada que possamos fazer para ganhar isto.
Honestamente, eu devia saber. Devo ter percebido isso há algum tempo.
Isto é o que parece perder. Estamos perdendo? Se perdermos, o que nos
acontece? Somos eliminados? Nós morremos? Todos nós?
Haruhiro olhou para Manato. Manato ainda estava curando Yume.
Não, parecia que ele tinha terminado. Eles estavam vindo em seu caminho
agora.
"Haruhiro, vá ajudar Moguzo!" disse Manato, e Haruhiro acenou com
a cabeça reflexivamente.
Isto está bem assim? Bem, eu preciso ajudar Moguzo. Isso é certo.
Haruhiro tentou ficar atrás do hobgob. Foi quando isso aconteceu.
"Ngahhhhhhh!" O hobgob soltou um rugido bestial, batendo seu Taco em
Moguzo. Moguzo virou sua espada bastarda de lado, bloqueando-a com
um grunhido de esforço, mas o hobgob não parou. "Ngah! Ngah! Ngah!".
Bateu sua espada bastarda bastarda com seu bastão. De novo, e de novo
com mais força. Seu taco era feito de madeira, então por que não se
partiu?
Moguzo era inflexível. Ele segurava sua espada bastarda pelo punho e
pela lâmina, bloqueando o taco com ela. Ele estava conseguindo segurá-la
de alguma forma, mas o hobgob estava em uma vantagem esmagadora.
"Ngah! Ngah! Ngah! Ngah! Ngah! Ngahhhh....!" gritou ele. "Ungh...!"
Moguzo foi finalmente forçado a se ajoelhar. Ele estava sangrando.
da cabeça. Será que um dos espigões do Taco o pegou? O hobgob
chutou Moguzo para baixo, tentando chegar em cima dele.
Eu não posso deixar isso acontecer. Vai ser ruim. Sério, ruim.
Então, quando ele soube, Haruhiro estava agarrando o hobgob por trás.
Teria sido bom se ele pudesse prender seus braços atrás das costas, mas
isso era impossível. O hobgob bateu violentamente, tentando expulsá-lo,
enquanto Haruhiro o agarrava para a vida querida. "Uau! Ohh!
Whoaaaaaaaa....?!"
"Você está indo bem, Haruhiro! Continue comprando tempo dessa
maneira...!" Manato estava tentando tratar Moguzo, aparentemente.
E você quer que eu continue com isso enquanto você faz isso? Você
está brincando comigo, certo? De jeito nenhum, não é sequer possível.
O hobgob gritou, "Ngah!" e cotovelou Haruhiro enquanto ele se
agarrava às suas costas.
Isso me pegou na barriga. Não dói só; estou me sentindo desmaiado.
Não é bom. Se eu desmaiar, é o fim. Se desmaiar, vai ser muito ruim. Eu
vou morrer. Vou morrer absolutamente.
"Ah....!"
O que ele temia aconteceu. Como? Ele não tinha idéia.
O hobgob jogou Haruhiro de costas, bateu com ele no chão e depois o
chutou por aí. Haruhiro não conseguia respirar.
Haruhiro disse "...H-Help". Ajude-me. Quem ele esperava que pudesse
salvá-lo?
Ele não sabia. Mas a ajuda veio.
"Smash...!" O bastão curto de Manato bateu na cabeça do hobgob, mas
o hobgob estava usando um capacete. Mesmo assim, parecia ter tido
algum efeito. Ele provavelmente lhe havia dado uma leve concussão.
Manato continuou batendo no hobgob, gritando a cada golpe.
"Haruhiro, levante-se! Corra! Todos, corram...!"
É isso aí, pensou Haruhiro, pulando de pé. Isso é o que fazemos. Nós
corremos. Correr é tudo o que podemos fazer.
Ele começou a decolar, mas rapidamente parou. "M-Manato, e
você...?!"
"Eu também estou indo! Obviamente! Agora, apresse-se e vá!" Mesmo
quando ele atacou o hobgob, Manato estava tentando fugir. Moguzo, que
estava de volta após Manato ter curado sua lesão na cabeça, gritou:
"Obrigado!" desencadeando um golpe de raiva no hobgob. Embora não
tenha acertado, ele fez com que ele recuasse.
Ranta e Yume rapidamente se viraram e fugiram. Shihoru também
estava tentando fugir. Com um grito de batalha, o blindado Goblin cortou
Moguzo nas costas, mas graças ao seu correio em cadeia, parecia que ele
estava bem. Haruhiro correu para alcançar Ranta, olhando por cima de
seu ombro enquanto ele ia.
"Manato, já chega! Todos escaparam!"
"Eu sei!" Manato saltou para trás, dando ao hobgob uma combinação
de dois empurrões quando ele carregou atrás dele. O hobgob parou em
seu caminho. Manato executou uma brilhante mudança de direção,
escapando da espada blindada do hobgob. Em pouco tempo, ele estava
perto de alcançar Haruhiro.
Mas era muito cedo para respirar com facilidade. Haruhiro foi dar
meia-volta.
Assim como ele fez, ele viu o Goblin blindado atirar algo. Ele girou
pelo ar, provavelmente atingindo Manato pelas costas. Manato soltou um
grunhido, quase tropeçando, então Haruhiro estava certo disso.
"Manato....?!"
"Eu estou bem!" Manato se estabilizou imediatamente.
Ele ainda tem uma marcha firme, por isso não parece ser uma ferida
profunda. O hobgob e o Goblin blindado estão vindo atrás de nós. Temos
que correr. Por enquanto, só temos que correr.
Ainda bem que eles tinham feito um mapa. Graças ao trabalho que
tinham feito nele, eles tinham a maior parte do layout da Cidade Velha de
Damuro em suas cabeças. Isso lhes permitiu evitar a perda, e evitar áreas
perigosas com muitos Goblins. Haruhiro e o grupo correram. Mesmo
quando o fôlego deles corria curto, seus pulmões gritavam, e eles sentiam
que iam morrer, eles continuavam correndo, mesmo depois de terem
perdido de vista o hobgob e o Goblin blindado por um tempo.
Manato foi o primeiro a parar de correr.
Não, não foi isso.
Manato caiu de repente no chão.
“...!” Haruhiro tentou chamar o nome de Manato, mas ele tinha
perdido a voz.
Suas costas. Nas costas de Manato, estava lá - algo - uma lâmina, uma
lâmina curva, algo como uma faca de arremesso.
Ninguém disse nada. Todos eles olhavam fixamente para Manato. Eles
não podiam dizer nada. O que eles poderiam ter dito?
"Urkh...". Manato tentou se levantar. Ele não conseguia. Ele apenas
conseguiu virar-se para o seu lado. "...O-Ow...". Eu acho que... W-
Estamos bem... agora..."
"Manato...!" Haruhiro agachou-se ao lado de Manato. Mas será que
não havia problema em tocá-lo? Ou não? Ele não sabia.
"Manato, sua ferida, m-mágico! Isso mesmo, use magia para curá-
lo..." "...Oh, sim", Manato trouxe sua mão direita para a testa. Caiu
coxeando...
para o chão. "...Eu-eu-eu não posso... fazê-lo... Eu não posso... usar
magia...!"
"...Não fale!" Ranta gritou. "D-D-Não fale! Fique à vontade, à
vontade... Espere, como você vai fazer isso?!"
Shihoru caminhou instável, afundando no chão ao lado de Manato, do
outro lado de Haruhiro. Ela se estendeu. O dedo dela tocou a faca de
arremesso. No momento em que o fez, ela sacudiu a mão de volta. O rosto
de Shihoru ficou horrivelmente pálido.
O rosto de Manato parecia ainda pior. Não estava apagado nem lívido:
estava cinzento.
Moguzo ficou rígido, parado ali como se fosse algum tipo de
ornamento enorme.
"Wh-Wh-Wh..." Yume estragou seu cabelo. "...O que fazemos?" "O
que...?" Haruhiro se agarrou ao seu peito.
O que nós fazemos? O que podemos fazer? Pense. Tem que haver
algo. Não pode haver nada. Diga-me. Por favor, Manato. Manato.
Manato estava com ar ofegante, com o hálito instável.
"Y- Você vai ficar bem, tudo bem, Manato? Você vai ficar bem, está
bem? Apenas, aguente firme. Aguente firme, Manato, está bem?"
Manato olhou para Haruhiro, movendo apenas seus olhos.
"Haru...hiro."
"O quê? O que é isso? Manato, o que é isso?" "...estou... tão...rry..."
"Huh? O quê? S-Soury? O que é? Para quê?"
"...maldição... isso... Ahh... Por que... me....? Haru...hiro... Eu estou
contando... com você..."
"Contando comigo? Comigo? Contando comigo? Para quê? O que
você quer de mim? Espere, não, Manato, não".
"...Eu... não posso... não posso... ver... Está todo...um... lá...?"
"...Estamos aqui! Todos estão aqui! Manato! Nós estamos aqui! Não
vá!" "Ah... é... muito ruim..."
"Não vá! Manato! Você não pode nos deixar! Não vá! Por favor,
Manato...!"
Manato respirou fundo, depois cuspiu para fora. Naquele momento, os
olhos de Manato assumiram um olhar vítreo.
Shihoru trouxe sua mão para o peito de Manato. "O seu coração não está
batendo!" "Dêem-lhe RCP!" Ranta gritou.
Foi um incrível flash de inspiração, pensou Haruhiro. Parecia que eles
tinham resolvido tudo, dizendo um ao outro o que fazer enquanto tentavam
ressuscitá-lo. Durante minutos, depois dezenas de minutos, eles bombearam
no peito de Manato depois de puxar a faca, e lhe deram boca-a-boca. Eles
devem ter continuado por mais de uma hora.
"...Não está na hora de pararmos?" disse Moguzo, soluçando. "Eu sinto-
me mal pelo Manato-kun... você sabe".
"Muito bem!" Haruhiro quase se chicoteou em Moguzo, mas parou ele
mesmo. "...Ótimo, o que fazemos, então? Você está me dizendo que
devemos simplesmente deixá-lo? Vamos simplesmente abandonar Manato?"
"Magia", disse Shihoru, levantando o rosto. Seus olhos estavam inchados
e vermelhos brilhantes por causa da inflamação. "Talvez possamos fazer
algo com magia. Afinal de contas, há magia que cura feridas".
"Sim", Yume acenou com a cabeça repetidamente. "Sim, deve haver algo
que possamos fazer". Tem que haver. Locatário, onde estava? A dos
padres... O que foi...? Templo!"
"O Templo de Lumiaris, huh?" Ranta enxugou suas lágrimas com a
palma de sua mão. "Isso é território inimigo para um servo do Senhor
Skullhell como eu, mas agora não é hora de se preocupar com isso".
Moguzo pegou Manato. "Eu o carregarei". Haruhiro acenou com a
cabeça. "Está bem, vamos".
A qualquer momento Ranta ou Haruhiro se ofereceu para carregar
Manato, ou para ajudar, Moguzo disse: "Estou bem", e recusou. Até que eles
conseguiram voltar para Alterna, e para o Templo de Lumiaris no distrito
norte, Moguzo realmente carregou Manato sozinho.
Quando entraram no templo, homens vestindo túnicas sacerdotais com o
mesmo desenho de linhas azuis sobre tecido branco que Manato os deteve.
Um deles parecia conhecer Manato, e disse a outro homem para ir procurar o
Mestre Honen.
Este Mestre Honen, seja ele quem for, veio imediatamente. Ele era um
homem construído como uma pedra e parecia que daria um guerreiro melhor
do que um padre. Quando ele abriu sua boca para exclamar: "Oh, que
terrível", sua voz também era anormalmente alta.
Pensando bem, Manato havia dito que seu mestre tinha uma grande voz e
seus ouvidos sempre doíam por causa disso, não é mesmo?
Como Haruhiro se lembrou que, incapaz de suportar mais, ele se prostrou
diante do Mestre Honen. "Por favor, salve Manato! Eu farei qualquer coisa,
portanto, por favor! Eu lhe imploro...!"
"Seu tolo!" O Mestre Honen bramiu. "Mesmo o Deus luminoso da Luz,
Lumiaris, não pode salvar os mortos! Manato, como você pode ser tão tolo?!
Eu te reconheci como um jovem de rara promessa, é por isso que assisti a tua
educação com tanto amor e carinho! Como você pôde jogar fora sua jovem
vida assim?!"!
"Por que, você...!" Ranta foi buscar o Mestre Honen, mas Yume disse:
"Pare com isso!"
Ranta desistiu facilmente. Provavelmente porque ele viu o dilúvio de
lágrimas que vinha dos olhos do Mestre Honen.
Shihoru caiu no chão, sentado no chão frio do templo. Moguzo ficou ali
imóvel, com Manato ainda em seus braços.
Agora que isto aconteceu", a voz do Mestre Honen não vacilou, mas suas
lágrimas nunca pararam, "você deve ao menos lhe dar um enterro
adequado". A maldição do Rei Sem Vida transforma aqueles que não são
enterrados na fronteira em seus servos. Você tem cinco dias, no máximo.
Alguns se transformaram em zumbis até o terceiro dia".
Haruhiro teve vontade de rir por alguma razão. Não era a hora de rir, e
ele sabia disso, mas mesmo assim. "... Você quer dizer que quer que
crememos Manato?"
"De fato. Há um crematório fora de Alterna. Uma vez que você tenha
purificado os restos com fogo para que eles não se levantem novamente,
enterre suas cinzas na colina".
"Posso perguntar algo?" "O quê?"
"Presumo que isso também custa dinheiro". "Se você não puder pagar, eu
pagarei".
"Não", suspirou Haruhiro. Foi um suspiro profundo, profundo. Ele estava
com raiva. Mas ficar bravo parecia ridículo. "...Não, obrigado. Não é como
se não tivéssemos dinheiro. Se não tivermos o suficiente, vamos pensar em
algo. Manato era meu camarada".
12. Qual o Caminho?
Eles cavaram um buraco em um lugar vazio no meio da colina e

enterraram os ossos envoltos em um pano branco ali. Em seguida, colocaram
uma pedra em cima que era apenas grande o suficiente para que ainda
pudessem carregá-la. Na pedra, esculpiram seu nome. Depois disso,
esculpiram o símbolo da lua crescente dos soldados voluntários, pintando-o
de vermelho. Estagiário ou não, ele ainda era um soldado voluntário, e o
túmulo de Manato carregaria a lua crescente vermelha a que ele tinha direito.
Olhando em volta, eles viram outras sepulturas com a lua crescente
vermelha, algumas com a tinta começando a descascar. Muitos soldados
voluntários dormiam aqui nesta colina.
Haruhiro olhou para a torre no topo da colina com ressentimento. Ele e os
outros tinham saído daquela torre.
Quando foi isso? Deve ter sido há menos de um mês, e ainda assim
parece muito mais longo. Nós saímos daquela torre. Sério? Eu não consigo
ver nenhuma entrada ou saída para ela. De onde, e como saímos dela? Eu
não sei. Isso não importa. Nada mais importa.
50 cobre no crematório, 50 para o terreno do enterro. Uma prata no total
para o enterro. Uma pessoa estava morta, e isso custou apenas uma prata.
Haruhiro tinha pago, mas não tinha certeza se deveria ter pago. Manato tinha
levado sete pratas e 21 cobre. Eles tinham queimado suas roupas com ele,
mas ainda tinham alguns de seus pertences, como seu bastão curto e sua
mochila.
O que devemos fazer com eles? Temos que fazer algo com eles? Não
quero pensar sobre isso. É um incômodo muito grande.
Manato está morto. Ele está realmente morto. Já se passou menos de um
dia.
Quando levaram Manato ao crematório ontem, o gerente disse que
estavam fechados para o dia e que voltariam logo pela manhã seguinte. Sem
saber o que fazer, eles tinham voltado para o templo, onde Mestre Honen se
ofereceu para tomar a custódia do corpo até a manhã seguinte.
No entanto, eles não conseguiam deixar Manato para trás. No final, eles
tinham ficado acordados a noite toda, cercando o corpo de Manato que tinha
sido deixado em um canto do templo.
Certo. Nenhum de nós dormiu. Talvez eu tenha adormecido um pouco,
mas não dormi direito. É por isso que meus pensamentos estão meio
confusos. Mesmo com todos nós sentados aqui em frente ao túmulo de
Manato, ele não está se afundando.
Mesmo sentado era demais para Shihoru, que estava exausto de chorar.
Ela estava encostada no chão, de alguma forma apoiando seu corpo com os
dois braços. Yume olhou para o céu cruelmente azul, procurando por
pássaros, talvez.
Moguzo tinha encolhido seu grande corpo em uma bola, olhando para o
espaço.
Diga algo, Ranta. Por que você ficou quieto todo esse tempo? Se você
não fala, quem o fará? Tudo bem, como queiras. Como queira.
Haruhiro arrancou um pouco de grama do chão. "É estranho, você sabe.
Isto é simplesmente estranho. É... não é? Gente?"
Ranta se voltou para Haruhiro, mas não disse nada. Ele parecia
desanimado.
"Você sabe, Manato disse uma vez", Haruhiro jogou a grama fora. "Isto é
como um jogo. Eu pensei a mesma coisa, mas que tipo de jogo? Eu não sei.
Mas isto não é um jogo, afinal de contas, é? É algo mais. Algo é estranho
aqui, definitivamente. Isto é uma besteira... Só tretas".
O que Haruhiro queria dizer? O que ele estava tentando dizer? Que horas
eram agora? Já passava do meio-dia. A noite pode estar chegando em breve.
Havia um sino em Alterna que tocava uma vez a cada duas horas. Uma vez
às 6:00 da manhã, duas vezes às 8:00, três vezes às 10:00, e assim por diante.
Quantas vezes ele tocou o sino na última vez que o ouviu? Ele não conseguia
se lembrar de nada.
Ranta subiu lentamente até os seus pés. "Vou-me embora daqui".
"...Aonde você vai?" Yume perguntou, mas Ranta apenas deu uma
pequena risada, aparentemente tendo cedido ao desespero.
"Será que isso importa? De qualquer forma... Só ficar aqui para sempre
não vai conseguir nada. Não podemos fazer nada por ele agora".
Mesmo quando Yume gritou: "Seu idiota!" para ele, Ranta não
respondeu. Não era nada como ele.
Ranta vai nos deixar, pensou Haruhiro, que o perseguiu.
Moguzo foi com ele. Haruhiro parou por um momento, voltando atrás
para olhar. Yume estava abraçando Shihoru nos ombros. Ela olhou para ele e
acenou com a cabeça, ou talvez balançou a cabeça, era difícil dizer de longe,
mas eles ficariam aqui um pouco mais, foi o que ele pensou que ela estava
tentando dizer a ele.
O Shihoru vai ficar bem? Ela está em estado de choque, aposto. Ainda
mais do que eu, provavelmente. Porque tenho quase certeza que Shihoru
estava apaixonada por Manato.
Ranta parecia que ele planejava voltar para Alterna. Haruhiro estava
prestes a perguntar a ele para onde ele estava indo, mas parou por pouco. Isso
não importava muito.
Antes de chegar à Flower Garden Street, no bairro norte, o sino tocou sete
vezes.
Já são 6:00 da noite, não é de se admirar que haja tanta gente lá fora.
Ranta entrou numa grande taverna. Havia uma placa lá fora identificando-
a como Taberna do Sherry. Haruhiro conhecia o nome, e que era um lugar
para soldados voluntários, mas ele só o tinha visto de fora.
Manato vinha aqui para reunir informações às vezes, certo? Eu deixei
tudo para ele. Para tudo e mais alguma coisa, era sempre Manato. Eu não
fiz nada. Apenas segui Manato, fazendo o que ele me dizia para fazer.
As lâmpadas penduradas no teto iluminavam a espaçosa taverna. A
Sherry's Tavern era realmente um lugar grande. Havia mais do que apenas
um andar, tinha um segundo nível também, e havia um teto aberto em cerca
de metade do estabelecimento. Ainda não estava lotada, com menos da
metade das mesas ocupadas, mas, mesmo assim, havia provavelmente mais
de 100 pessoas lá. Muitas vozes podiam ser ouvidas falando e rindo o tempo
todo, ocasionalmente pontuadas por gritos de raiva, e as vozes espirituosas
das garçonetes podiam ser ouvidas em toda a sala. Ranta encontrou uma
mesa aberta em um canto do primeiro andar e se sentou. Haruhiro e Moguzo
sentaram-se com ele. Quando uma das garotas chegou, Ranta disse
imediatamente: "Três cervejas", pedindo as outras duas sem nunca perguntar
a elas.
"...Eu realmente não quero beber álcool".
"O que você quer então? Leite?" Ranta cruzou seus braços, chutando o
chão. "Você soa como um idiota. Isto é uma taverna. Se você vai beber em
uma taverna, tem que ser alcoólica".
"B-Mas..." Moguzo se sentou de braços cruzados, encolhendo a cabeça
em seus ombros. "Deveríamos estar bebendo em um momento como este...?"
"Seu boneco". Agora é exatamente quando devemos beber". Ranta
farejou e esfregou seus olhos. "...Manato veio aqui para beber algumas vezes,
não foi? Mas, bem, você sabe o que aconteceu com o cara. Então, devíamos
beber no lugar dele...
Não, não é isso que estou pensando. Não é bem isso, mas...".
"Sim..." Haruhiro descansou seus cotovelos sobre a mesa, pendurando a
cabeça. "...Sim. Você está certo".
Assim que a cerveja chegou e eles pagaram a garçonete, os três dividiram
um brinde. Talvez fosse só porque estavam ressequidos, mas a cerveja
amarga sabia muito bem. Era esta a mesma cerveja que Manato tinha bebido?
Será que ele tinha gostado?
Provavelmente por causa do álcool, o rosto de Haruhiro ficou quente e
seus pensamentos nebulosos. Ranta e Moguzo também estavam com a cara
vermelha. Ranta bateu com sua caneca de cerveja de cerâmica na mesa.
"...Isto é o pior. O pior, estou lhe dizendo. A sério, a sério, a sério. Eu não
posso continuar fazendo isso. Já tive tudo o que pude aguentar. Eu não estou
brincando. Não é como se eu estivesse fazendo estas coisas porque eu queria
começar. Como posso continuar fazendo isso quando isso significa ter que
passar por isso? É o mesmo para vocês dois, certo? Ao inferno com ser um
guerreiro, ao inferno com ser um ladrão, ao inferno com ser um cavaleiro
negro. Para o inferno... Para o inferno com o inferno com ser padre. Estou
acabado. Acabou. Eu estou fora. Estou farto de tudo isso. A partir de hoje, eu
desisto"!
"Se você desistir..." Haruhiro pôs os dentes de terra. "...Se você desistir, o
que você vai fazer?"
"Eu não vou fazer nada. Quem se importa, realmente? Há alguma regra
dizendo que eu tenho que fazer coisas? Quem decidiu isso? Mesmo que haja
uma regra, eu não vou segui-la, está bem?"!
"Isto não se trata de seguir uma regra ou não. Temos lutado para chegar
tão longe como um grupo porque não tínhamos outra escolha"!
"Isso não é problema meu!"
"Sim, o problema é seu! Pense por um segundo"! "Não consigo pensar
sobre estas coisas. Tudo isso é estúpido!
"U-Um", interrompeu Moguzo. "Parem com isso, vocês dois, não
briguem, está bem?" "Empurra-o!" Ranta empurrou Moguzo violentamente
para o lado. "Além disso, mesmo se eu fizesse
continuar, como diabos vamos fazer alguma coisa?! O que faremos daqui
em diante?! Ele se foi, você não entendeu?!"!
"Eu sei disso! Mesmo sem você me dizer, eu sei pelo menos isso!" "Ah,
você sabe? Bem, então me diga isso! Como você está, o cara que ficou
se machucar e precisar dele para ajudá-lo, vai continuar?! Huh?! Que
tal?!"!
"Isso é..."
"Para começar, você estava constantemente se machucando e isso o fez
usar demasiada magia! Foi assim que as coisas acabaram como acabaram,
não foi?!
"...Ranta, é assim que você se sente sobre isso?"
"...Estou errado?! Eu disse algo errado aqui?"!
"Você não está errado... não, mas..."
"Você nunca foi realmente útil em batalha, de qualquer forma! Sempre se
machucando tão facilmente e atrapalhando! Por causa de você...!"
"Pare!" uma voz furiosa rugiu e a taverna ficou em silêncio por um
momento.
Alguém acabou de gritar? Parece que foi Moguzo, aparentemente.
Haruhiro foi pego de surpresa. Ele não podia acreditar. As sobrancelhas
de Moguzo foram levantadas em exasperação. "Não brigue em um momento
como este! Não temos tempo para brigar entre nós! Esfriem suas cabeças"!
Haruhiro sentou-se de novo em sua cadeira. "...Desculpe".
"Não, espere aí..." Ranta sacudiu a cabeça. "Não é você que precisa
esfriar a cabeça dele...? Você está muito louco..."
Moguzo olhou fixamente para Ranta, que encolheu para trás.
"...S-Desculpa. Não vai acontecer de novo. A sério, a sério. Esse cara é
assustador quando você o irrita, hein...?"
"...Mas", disse Moguzo, tomando um gole de sua cerveja e depois
batendo os ombros, "...Quando se trata do que fazemos a partir daqui,
honestamente... Eu sinto o mesmo, acho eu".
Haruhiro arranhou a parte de trás de seu pescoço. "...Sim, o mesmo aqui,
quando se trata disso. Por enquanto, não quero pensar nisso, ou melhor, não
consigo pensar nisso...".
"Deixe-me só dizer", disse Ranta, batendo o fundo de sua caneca em cima
da mesa. "Eu não disse o que fiz por desespero. Estou dizendo que, depois de
pensar bem, não há como continuarmos sem ele". Se você contar o número
de vezes que ele o ajudou, você tem que ver o mesmo".
"E?" Haruhiro olhou de lado para a Ranta. "Você não vai fazer nada?
Isso não é possível, e você sabe disso. O que você vai fazer por dinheiro?
Custa dinheiro só para comer e dormir. Você vai procurar outro emprego?"
Ranta descansou as bochechas nas palmas das mãos, franzindo a testa.
"...Bem, é uma opção, eu acho".
"Talvez fosse para mim, mas você é um cavaleiro negro, não é? Mesmo
que você queira mudar de emprego, não pode desistir de sua , não é?"
"Ah..."
"Você esqueceu?"
"Eu-eu não esqueci. Sim, sim. M-Me? Eu sou um cavaleiro negro, e
sempre terei que ser um cavaleiro negro, sim? Maldição... Por que eu teria
que ir e me tornar um cavaleiro negro...?"
Moguzo suspirou profundamente. "Outro trabalho, huh..."
"Oh!" eles ouviram uma voz familiar. Quando olharam para eles, viram
um homem que reconheceram acenando para eles e vindo para cá. "Oh! Oh!
Oh! Oh! São vocês! Esqueci seus nomes, mas, ei, já faz um tempo! Como
vocês têm estado? Vivendo os melhores dias de suas vidas?"
"Kikkawa", disse Haruhiro, piscando.
Eu reconheceria o rosto deste tagarela em qualquer lugar. Não há
dúvidas sobre isso.
É Kikkawa, o playboy. Mas ele parece totalmente diferente agora. É o
equipamento. Ele está usando uma armadura reforçada com placas de metal
e tem uma espada com uma maçaneta decorativa pendurada em seu quadril.
A julgar pela maneira como ele está vestido, será que ele se tornou um
guerreiro?
"Yo! Yo!" Quando Kikkawa arrombou um largo sorriso e foi para um alto
cinco, Haruhiro lhe deu um antes de realmente pensar sobre isso. Kikkawa se
afundou entre Moguzo e Haruhiro sem hesitar. "Cerveja! Cerveja! Eu quero
uma cerveja aqui! Isso é cerveja!" ele gritou seu pedido a uma das
garçonetes. "E daí? Diga-me, diga-me. Como é isso? Como está indo? Como
vocês estão indo? Como, em termos de negócios? Vocês têm batido na
Cidade Velha de Damuro, ou algo assim? Eu soube. Eu soube. Ouvi aqui
mesmo, você sabe, do meu homem Manato. Eu soube. E daí? E daí? Como
está indo isso?"
Faz um tempo desde a última vez que o vi, mas ele ainda é irritante.
Demasiado irritante.
Haruhiro ficou sobrecarregado por ele e, sem querer, respondeu
honestamente. "...Acho que não está indo de jeito nenhum. Para dizer a
verdade, sobre Manato... Ele tinha uma coisinha para ele. Não, não era pouca
coisa. Como posso dizer isto...?"
"O quê?!" Kikkawa se levantou e gritou. "Whaa?! O quê?! Whaaaaaa?!
D- D-D-Don não me diga...! Ele não poderia ter se casado... casado...?!"
"Claro que não é isso", Haruhiro o corrigiu, batendo Kikkawa com muita
força na parte de trás da cabeça. Os olhos de Kikkawa quase lhe saltaram do
crânio, mas Haruhiro não se arrependeu de tê-lo feito.
"...Não é isso", disse Ranta com um olhar amargo cruzando seu rosto.
"Ele foi e morreu. Ontem, você sabe. Foi ainda ontem"..."
"Uau..." Kikkawa esfregou a parte de trás de sua cabeça, movendo sua
mandíbula para trás e para a frente. "Sowwy, cara. Desculpe. Como,
seriamente arrependido, 'kay? Eu não quis dizer nada de mal ao perguntar.
Nem por isso, você sabe? Quero dizer, quem diria que ele estaria morto?
Manato sempre pareceu ser um cara capaz. De uma maneira diferente de
Renji, no entanto. Mas, cara... É mesmo? Isso aconteceu com Manato? Hmm.
Você nunca sabe quando isso vai acontecer, huh. Com as pessoas. É a
única coisa que você não pode prever... Woah, você está trazendo isso
agora?! Minha cerveja! Cerveja, cerveja! Ok, chee...rs, ok, sim, vocês não
estão com disposição, huh? Não é uma boa hora. Bem, só eu, então. Phew!"
Haruhiro torceu sua cabeça de um lado para o outro. Ele estava
intensamente cansado. "...Você parece bem, Kikkawa. Você entrou em uma
equipe?"
"Sim, sim. Logo depois disso. Um cara com o nome da equipe de
Tokimune.
Ele é um cara fantástico, na verdade. Mas é um pouco estúpido. Ele está
aqui, sabe? Devo apresentá-lo? Devo apresentar?"
"...Não, eu passo por agora".
"...Você vai? Sim, isso já calculava. Manato era seu padre, não era? O
núcleo da equipe. Dizem que a taxa de mortalidade é bastante alta. Para os
padres, isto é. Afinal de contas, é fácil para eles serem alvos".
Moguzo virou-se lentamente para olhar para Kikkawa. "...É?"
"Bem, duh", Kikkawa derrubou sua cerveja. "Phew! Er, onde eu estava?
Certo, certo, padres. O inimigo sabe que os padres também são
curandeiros. Então, é claro que eles iriam "tirar aquele cara primeiro", certo?
Para um guerreiro como eu, meu trabalho é, tipo, o quê? Eu corro por aí
colocando meu pescoço na linha apenas tentando defender o padre, ou algo
assim? É assim que as coisas são. Basicamente".
Moguzo agarrou sua cabeça. "...eu não consegui defendê-lo. Ele estava
sempre me ajudando".
"Não, não, não", Kikkawa ficou um pouco sensível demais com Moguzo,
dando-lhe uma bofetada tranquilizadora no ombro. "Não se deixe abater
tanto, cara. Todos nós cometemos erros, sabe? Usamos nossos erros e erros
para descobrir o caminho certo. Está bem, está bem. Você é bom. Você é
bom".
"...Mas", Moguzo balançou a cabeça. "Manato-kun nunca mais vai
voltar".
"Bem, sim", Kikkawa levantou as mãos como se estivesse se rendendo.
"Acho que não, huh. Mas, ainda assim, ainda, eis o que eu penso, você
tem que pensar sobre o futuro, não é mesmo? Quero dizer, talvez eu só possa
dizer isso porque nunca perdi um camarada, não é? Mas, vamos dar a volta a
isso, está bem? Posso dizer isso porque nunca perdi um camarada, ou algo
assim. Não é? É a mesma coisa? Bem, de qualquer maneira, continue
positivo, cara, positivo".
Haruhiro baixou os olhos para a mesa cheia de canecas de cerâmica.
Acho que ele quer dizer que eu não deveria estar olhando assim para
baixo, huh. Eu não tenho que ouvir nada do que Kikkawa diz, mas o que
Manato faria? O que ele teria dito? Provavelmente, mesmo que ele não o
dissesse diretamente, ele tentaria criar um ambiente onde todos nós nos
tornaríamos mais positivos por conta própria.
"Mesmo se olharmos para frente..." Ranta resmungou. "O que há pela
frente para nós? Nosso grupo perdeu seu padre".
Kikkawa parecia que queria dizer: "E daí?". "Por que não procurar por
um só? Um novo padre. Ah, espere, deixe-me adivinhar o que você quer
dizer. Eu sei, você estava prestes a dizer: 'Será que algum padre gostaria de
se juntar a uma equipe de estagiários? A propósito, eu não sou mais um
estagiário, sabe? Sou um bom soldado voluntário. Quer ver o crachá do
Corpo que eu comprei? Você quer? Devo mostrá-lo a você?"
"...Não me importo de ver seu estúpido crachá". Haruhiro disse com um
suspiro.
"Mas, você está certo. Aposto que não há padres que estejam dispostos a
se juntar a nossa equipe".
"Não creio que não haja absolutamente nenhum, sabe?" "Huh...?"
"Você não saberia pelo meu olhar, mas eu tenho conexões.
Muitas delas. Eu conheço muitos soldados voluntários. E, há um. Eu
conheço um. Um padre, até vocês poderiam se juntar a vocês".
Ranta se inclinou. "Quem é?"
"Antes". Nós. Vamos. Para. Thaaaat..." Kikkawa olhou para cada um
deles por sua vez. "Quais eram todos os seus nomes de novo? Estive
pensando sobre isso e, sim, não consigo me lembrar de nada. Desculpe?
Você poderia me dizer, por favor?"
13. Uma Peça Importante
A manhã ainda vem, huh, pensou Haruhiro. Não importa quem morre, a
manhã seguinte vem, de novo e de novo.
Eram 8:00 da manhã seguinte, em frente ao portão norte de Alterna.
Antes de terminar o eco prolongado dos sinos, Ranta gritou, soando
desesperado: "- E, nesse tom, tudo! Quero apresentar a todos vocês nosso
novo frade! É o padre, Merry! Muito bem, dêem-lhe uma bela salva de
palmas..."!
Haruhiro e Moguzo aplaudiram, pelo menos, mas Yume e Shihoru
pareceram estupefatos. Não foi difícil entender como eles se sentiram. Eles
tinham sido sacudidos de manhã cedo por Haruhiro e os outros, trazidos para
cá, e agora isto. Seria mais estranho se eles não ficassem surpresos.
Mesmo tendo sido sua primeira vez que se encontrou com Yume e
Shihoru, Merry não fez nenhuma tentativa para cumprimentá-los. Ela parecia
forte de vontade e estava ativamente tentando sair como uma picareta,
portanto não foi inesperado. Mas, mesmo assim, Haruhiro se perguntou se
ela não poderia ter lidado com isso um pouco melhor. Aparentemente, não.
Essa era quase certamente a razão pela qual até mesmo eles tinham sido
capazes de recrutá-la.
Ranta fez um gesto para Merry mais uma vez. "Esta é Merry-san..."
"Ele..." Shihoru se curvou timidamente. "...Olá".
"Ni..." Yume também estava hesitante. "Prazer em conhecê-lo".
Mesmo depois disso, Merry não tanto como acenou. Ela estreitou os
olhos sem uma palavra, olhando atentamente para Shihoru e Yume. Haruhiro
havia sido observado da mesma maneira na noite anterior. Isso tinha sido
difícil de suportar.
Ela é bonita, para começar. E não apenas sua fofinha. Não é que seus
olhos sejam grandes, ou que ela tenha o nariz e os lábios bem torneados, ou
que seu cabelo liso e brilhante seja bonito. É algo em uma dimensão muito
acima de tudo isso. Tenho dificuldade de acreditar que ela seja humana
como nós. O que é que me faz sentir que caminho? É provavelmente o
equilíbrio entre todas essas coisas. Sua pequena cabeça, e sua figura. Com
um olhar, você pode dizer que ela é apenas diferente. Ela tem esse tipo de
aura sobre ela. É tão poderosa que, no começo, eu tive problemas só de
estar na frente dela. Mas, notei algo imediatamente. O olhar dela está frio.
Frio de forma anormal. Esta mulher é um problema. Do tipo que é
melhor não chegar perto, apenas observando à distância. Esse é o tipo de
mulher que ela é.
Mas, infelizmente, Haruhiro e a situação dos outros não lhes deixou outra
escolha senão recrutá-la.
De acordo com Kikkawa, soldados voluntários que não conseguiam
encontrar uma equipe não eram comuns para começar, e os padres eram
especialmente incomuns. Houve até mesmo brigas sobre quem conseguiria
um padre talentoso às vezes, então eles devem ter ficado em falta. Além
disso, Haruhiro e os outros ainda eram estagiários, e parecia que eles tinham
ficado atrás da equipe Renji e Kikkawa, os outros que chegaram ao mesmo
tempo que eles. Em outras palavras, eles eram o grupo mais baixo dentro da
Lua Vermelha, e eles ainda estavam rastejando no fundo. Eles não estavam
em posição de serem picuinhas. Quer fosse Merry ou qualquer outra pessoa,
desde que tivessem um padre para se juntar ao seu grupo, eles eram bons. Se
eles não tivessem alguém, precisariam desistir ou um deles precisaria mudar
de emprego para se tornar um padre.
Merry escovou o cabelo para cima e depois olhou para Haruhiro. "É todo
mundo assim?"
"Sim...". Haruhiro olhou para baixo, apressadamente. Ele estava olhando
para Merry, apesar de si mesmo. Pelo menos, ela era fácil nos olhos. Merry
usava o traje azul-sobre-branco de um padre. Não era particularmente
elegante e não acentuava as linhas de seu corpo, mas mesmo assim ela
parecia ótima. Simplesmente não era justo.
"Uh, sim. Isto é para todos. Com você incluído, somos seis".
"Estou vendo", Merry deu um bufinho, rindo. "Bem, tudo bem". Desde
que eu receba minha parte, eu não me importo. Para onde estamos nos
dirigindo? Damuro?"
"Sim, sim..." Haruhiro olhou para o resto de seus camaradas.
O clima aqui não é bom. Na verdade, é terrível. Isto vai funcionar bem?
"...acho que sim?"
"Você adivinha? Seja claro".
"D-Damuro". A Cidade Velha. Caça aos Goblins... Quanto ao resto, eu
não sei".
"Tudo bem, tanto faz. Bem, que tal você ir andando? Eu o seguirei".
"...Ei, você sabe?" Ranta olhou para Merry. "C-Cocê não poderia, uh, fazer
algo sobre a maneira como você fala, sua atitude...?
Os olhos gelados de Merry foram atingidos pela Ranta. "Huh?"
"...Não, desculpe... Realmente, desculpe. Não é nada..."
Você é assustador, Merry. Demasiado assustador. Você é uma má
notícia, a sério. Você vive de acordo com sua reputação.
De acordo com Kikkawa, Merry tem uma série de apelidos. Um deles é
Ill- temperado Merry. Outro é Scary Mary. Merry é principalmente um
agente livre. Ela é convidada para equipes que não têm padres ou não têm
padres suficientes. Merry nunca se recusa. No entanto, ela nunca fica com
uma equipe por muito tempo. Merry não pensa nas pessoas como pessoas,
aparentemente. A qualidade de seu trabalho como padre também é incerta.
Nenhum dos rumores que ouvi era bom. Em todo caso, ela era de primeira
classe quando se tratava de aparência, mas sua personalidade não dava
muito espaço para cooperação. Muito pouco. A propósito, embora ela nunca
recuse um convite para uma equipe, ela abaterá os convites para um
encontro na velocidade da luz. Kikkawa foi abatido de forma espetacular,
ele mesmo, ouvi dizer. Fico surpreso que ele teve coragem de convidá-la
para sair. Você é incrível, Kikkawa.
Não houve absolutamente nenhuma conversa durante a caminhada de
uma hora até Damuro.
Isto é difícil. Difícil demais. Ranta e Moguzo estão aterrorizados com
Merry, e Yume e Shihoru a vêem com desconfiança, dúvida e incerteza. Por
que isso acontece? Haruhiro não entendeu. Não tenho certeza, mas Yume e
Shihoru parecem perplexos, e talvez um pouco zangados. Talvez eles
estejam chateados por eu trazer um novo padre logo após a morte de
Manato. É isso? Especialmente considerando como ela é. Será que é isso...?
Honestamente, Haruhiro não podia dizer que não sentia o mesmo.
Não poderíamos ao menos ter esperado um pouco mais? Nós também
nunca consultamos Yume e Shihoru. Não é como se tivéssemos que decidir
ali, no local, naquele dia. Eu deveria ter pensado mais sobre isso. Se
Manato estivesse por perto, ele nunca teria ido apenas com o fluxo e
deixado as coisas acontecerem assim. Além disso, é muito cedo para
voltarmos aqui.
Para a Cidade Velha de Damuro.
Para o lugar onde Manato morreu.
"...E se nos cruzarmos com eles novamente?" Haruhiro murmurou. "Se
nos depararmos", disse Ranta, forçando as palavras de forma sombria:
"Temos que matá-los". Não ficarei satisfeito enquanto não lhes cortar as
orelhas e oferecê-las no altar do Lorde Skullhell".
"Mas..." Shihoru disse friamente. "Nós não podemos vencer. Não como
estamos agora". Ranta escarneceu. "Vamos lutar mesmo que não consigamos
vencer".
"Se nos matarmos fazendo isso", a voz de Yume estremeceu. "...Se
morrermos assim, tudo será em vão".
Moguzo acenou com a cabeça vigorosamente. "Morrer não é bom". Eu
não quero mais ninguém para morrer".
"É alguém..." Merry começou a dizer, depois mordeu o lábio. "...vai sair?
Ou não? Não me importa qual, mas que seja rápido".
Ranta desviou o olhar dela, clicando sua língua em desaprovação.
"Vamos continuar com isso, Haruhiro".
"Sim...", disse Haruhiro, então um pensamento lhe passou pela cabeça.
Quem era o líder deste grupo? Antes, não havia dúvidas de que tinha sido
Manato. Mas agora? Ranta não foi talhado para liderar. Moguzo não era o
tipo que podia puxar todos junto com ele, e nem Yume ou Shihoru? Então,
era ele? Não, ele também não tinha a capacidade de liderar as pessoas. Ele
era muito indeciso. Manato tinha dito a ele o mesmo.
No final, Manato olhou para Haruhiro e disse que estava contando com
ele.
Será que isso significava que ele queria que eu cuidasse dos outros para
ele? Mas, Manato, isso é impossível. Eu não posso fazer isso. Eu não posso
ser como você.
Haruhiro tentou dizer: "Vamos", para os outros, mas saiu com uma
gagueira. Isso o fez sentir-se bastante patético.
Seguindo o mapa que eles ainda estavam fazendo, eles andavam
cuidadosamente pelas áreas em que os Goblins apareciam com freqüência.
Como Manato tinha ido embora, enfrentar um grupo de três seria difícil.
Mas, hoje de todos os dias, embora se deparassem com grupos de três ou
quatro, eles simplesmente não conseguiam encontrar um grupo de dois ou
menos. No intervalo da tarde, todos estavam cheios de impaciência,
frustração, exaustão e cansaço, e o estômago de Haruhiro começou a doer. A
este ritmo, havia tantas maneiras de eles não durarem. Haruhiro chegou a
uma decisão silenciosa. Se eles encontrassem um grupo de três ou menos,
eles atacariam. Eles tinham um padre, ele estava certo de que eles
conseguiriam de alguma forma.
A chance para isso logo chegou. Havia vestígios de uma fogueira em uma
área cercada por paredes desmoronadas. Lá, eles encontraram três Goblins.
Um estava vestido com uma corrente e carregava uma lança curta, mas os
outros dois usavam roupas de pano, um com um machado nas mãos, o outro
com uma espada curta.
A bem construída boca de lança parecia estar no comando, com a boca de
machado e a boca de espada curta seguindo suas ordens.
Podemos lidar com esses caras de alguma forma.
"Primeiro, Yume, e Shihoru lançam um ataque preventivo sobre a boca
de lança.
Eu, Ranta, Yume e Merry manteremos a taça de machado e a taça de
espada curta ocupados,
para que Moguzo e Shihoru retirem a taça da lança. Se for difícil para
vocês dois, ou Ranta ou eu entraremos em cena para ajudar. Uma vez que a
boca de lança for retirada, isto será fácil".
"Espere", a voz de Merry foi afiada. "Por que estou lutando contra os
Goblins?" "Huh..." Haruhiro parecia assustado. "Isso não estava bem? Não?
Por que
não...?"
"Eu não vou na frente". Sou um padre, a razão deve ser óbvia". "Ei..."
Ranta estava prestes a se quebrar, mas se compôs. "...amigo". O olhar de
Merry apunhalado no Ranta. "...amigo"?"
"...V-Você? Não, é estranho para mim me dirigir a você assim... M-
Merry!" "Onde está o meu -san?"
"M-Merry...-san", uma veia estava pulsando no templo de Ranta. "N-
Agora escutem, vocês padres carregam essa coisa com vocês. Isso, uh, como
se chama? O pessoal de um sacerdote? Você tem um, certo? Essa coisa é
para bater nas coisas com, certo? Ou é só para mostrar?"
"Sim", disse Merry, ensopando o peito para cima e olhando para a Ranta
de nariz para baixo. "Isto é só para o espetáculo".
"Por que você pequeno..." "Pequeno?"
"M-Merry...-san, você, não poderia ser um pouco mais, você sabe, mais...
uh, eu não sei. Esqueça. Faça o que você quiser..."
"Eu faria o que eu quero sem você me dizer, você percebe?"
"Claro que você faria! Hahahaha! Já imaginava! Droga, qual é o
problema desta vadia...?"
"Você poderia se abster de usar palavras tão imundas? Eles sujam meus
ouvidos". "Lamento muito! Que pena minha! Se você realmente não gosta,
por que não experimentar algumas
tampões auriculares"...
"Por que eu deveria ter problemas assim?"
"A-Ainda..." Haruhiro disse, coçando seu pescoço. "Eu entendo o que
você está dizendo. Merry vai ficar na retaguarda até ser necessário. Hum,
talvez perto de Shihoru seria melhor. Shihoru é um mago, então ela não vai
para a frente.
Isso deve ser bom... certo?"
Merry deu a Haruhiro um olhar que fez parecer como se ela estivesse
pronta para desistir dele como inútil. "Parece razoável, eu acho?"
"Bem, vamos com isso, então..." Haruhiro se sentiu tranqüilo, mas
também chateado. Por que ele teve que adiar para ela desta maneira? Ela
tinha acabado de se juntar ao grupo hoje. Sim, ela tinha mais experiência que
Haruhiro e os outros, mas eles não eram todos camaradas aqui? Embora, dito
isto, ele não teve a coragem de dizer isto a Merry. Ela era assustadora.
Mesmo quando eles entraram em círculo e fizeram seu ritual habitual de luta
contra o ippatsu.
"...Yume, Shihoru, por favor". Haruhiro suplicou.
Yume e Shihoru acenaram com a cabeça silenciosamente.
Eles estão muito chateados para sequer falar? Ambos têm um olhar de
extremo desagrado em seus rostos. Eu gostaria que eles não fizessem isso.
Não estou mais feliz com isso do que eles estão, mas que escolha temos?
Eles poderiam ao menos tentar entender isso.
Se ele dissesse algo, ele sabia que não iria parar por aí. Haruhiro decidiu
engarrafar tudo no fundo de seu peito.
Haruhiro tomou a dianteira com Yume e Shihoru, seguindo atrás dele.
Eles logo estariam no alcance da magia. Quando Haruhiro deu o sinal com as
mãos, Shihoru começou a desenhar sinais elementares com seu bastão e a
entoar em voz baixa. Yume acertou uma flecha e puxou para trás na corda do
arco. Um elementar foi lançado da ponta do bastão de Shihoru.
Vai. Sim. Acertou.
A boca da lança levou um golpe direto no peito do elemental e as
convulsões de corpo inteiro fizeram com que ela derrubasse sua lança curta.
A flecha de Yume falhou, voando para a distância. Por trás eles ouviram um
"...Isso foi simplesmente horrível", de Merry, e os nós dos dedos de Yume
ficaram brancos enquanto ela agarrava seu arco.
"Não se preocupe com isso!" Haruhiro chamou Yume enquanto ele
puxava sua adaga para fora. Moguzo e Ranta já estavam prestes a cobrar os
gobs.
Preciso me apressar lá fora também. Vamos derrotar estes inimigos.
Vamos vencer isto. Se perdermos, podemos morrer. Vencer é nossa única
opção.
Moguzo grunhido, a taça de machado e a taça de espada curta estavam
em seu caminho. O escaravelho da lança estava tentando usar esse tempo
para se recompor. Ranta cortou a taça do machado com um grito de batalha e
conseguiu afastá-la de Moguzo, mas a taça de espada curta foi mais teimosa.
Moguzo simplesmente não conseguia jogar a taça de espada curta para fora
do seu caminho. Esse é meu trabalho então, pensou Haruhiro.
"Caçadeira de costas...!" Haruhiro ficou atrás da taça de espada curta,
esfaqueando imediatamente com sua adaga. O Goblin de espada curta gritou,
tentando dar a volta. A adaga raspou o lado da espada. O Goblin de espada
curta desembainhou sua espada curta.
"Shigyahh! Shigyahh! Shigyahh!"
"Urkh, whoa...!" Haruhiro deu um salto para trás, saltou para a direita e
depois recuou rapidamente. Foi um pequeno Goblin rápido. Não admira que
Moguzo estivesse tendo problemas com isso. Mas, com isso, o último
obstáculo na frente de Moguzo havia sido removido. A lança de arpão foi
empurrada para Moguzo. Moguzo derrubou a lança curta de Moguzo com
sua espada bastarda. Havia agora três batalhas um contra um. Não, parecia
que Yume viria ajudar Haruhiro. Ela balançou sua catana, cortando a taça de
espada curta.
"Cruz Diagonal..."!
“...!” A espada curta abaixou seus quadris, saltando para trás quase dois
metros para fugir.
Uau, é ágil. Você vê gobs como ele às vezes. Pequeno, sem poder
ofensivo para falar, mas com uma habilidade ridícula de se esquivar. São
sempre uma dor de cabeça para derrubar. É um Goblin de classe leve. Eles
são um problema.
"Ohm, rel, ect, vel, darsh...!" Shihoru lança Shadow Beat. Um elemental
de sombra voou em direção à taça de lança. Ele se esquivou. Moguzo deu
seguimento imediato com um balanço de sua espada bastarda, mas foi um
pouco longe demais. Ele só pegou ar. O arpão de lança esfaqueou Moguzo
uma e outra vez. Com ela apunhalando tanto, Moguzo não teve outra escolha
senão distanciar-se um pouco entre elas. Era uma lança curta, sim, mas ainda
assim era mais longa do que a boca de lança era alta. Moguzo não conseguia
se distanciar da boca de lança. Pensando melhor, esta poderia ter sido a
primeira vez que eles tiveram uma luta adequada com um inimigo que usou
uma lança. Parecia provável que as dificuldades de Moguzo eram
decorrentes disso. Era uma falta de experiência.
"-Ow...!". Ranta soltou um pequeno choro e pulou para trás. Ele tinha
levado um corte na coxa esquerda e ela estava sangrando. A boca do
machado balançava o machado de sua baixa estatura, apontando para a
metade inferior do corpo. Parecia que seria outro tipo de problema a ser
enfrentado.
"Yume, eu cuido deste, você pega a taça do machado! Merry, cure a
Ranta!" Merry respondeu "Não", sem perder uma batida.
"Não?! Não?! Por que não?!"
"Não é uma ferida que requer tratamento imediato. Chupa-a". "...Por que
você...!" Ranta gobe no machado. "Maldição, maldição, maldição",
caramba! Não fique todo convencido só porque você é um pouco, ok,
muito, muito atraente! Isso é uma besteira! Besteira...!"
Haruhiro e Yume estavam perseguindo a taça de espada curta de classe
leve, mas eles simplesmente não conseguiram pegá-la.
"Você não deveria estar com dores, Ranta?"
"Eu estou sofrendo! O ódio...!" Ranta cortou para baixo diagonalmente
na boca do machado, mas o escapou agilmente. "Eu estou jorrando sangue
aqui, sabe?! É claro que dói! Dói, caramba...!"
Com um grito de surpresa, Yume pousou no seu traseiro. O Goblin da
espada curta a tinha tropeçado.
Bolas! Isso é ruim. Yume está em apuros.
"Por que você...!" Haruhiro se atirou entre a taça de espada curta e Yume
com abandono imprudente, e-Ei, espere, você está apenas fugindo?! O
Goblin de espada curta saltou para longe, colocando distância entre eles.
Acabou em pouco tempo. A adaga de Haruhiro não mais chegaria a ela.
"Vocês estão todos desgastados", Merry murmurou.
E de quem é a culpa disso, pensou Haruhiro. Se fosse Manato ao invés de
você, estes inimigos teriam sido fáceis. Manato era capaz de fazer um
tanque como Moguzo, era um curandeiro, um estrategista, e nosso líder. Se
Manato estivesse lá, poderia ter sido um exagero dizer que ele era um bom
como 100 outros, mas com certeza se sentia assim. Manato não era como
você, um padre que só cura, e não faz nem mesmo um bom trabalho disso. A
lacuna é tão grande que nem vale a pena comparar os dois.
Mas Manato não está mais aqui. Ele não está em nenhum lugar.
Perdemos Manato. O que devemos fazer agora, Manato?
14. As Moedas de Ouro e Prata
"...não posso trabalhar com isto!" Ranta bateu sua caneca de cerâmica em
cima da mesa.
"U-Um", Moguzo murmurou. "Y-You'll break the mug".
"Cala a boca! Eu estou me segurando! E quanto a você, Moguzo?! Será
que ela não te irrita?! Bem, hein?!"
"Bem, sim..."
"Que droga! Você tem que ficar bravo com essa mulher! Qual é a atitude
dela?! Não importa quanto tempo trabalhemos com ela, ela não tenta se dar
melhor conosco! Haruhiro!"
"Huh?"
"O que você acha disso?! Bem, o que você acha, hein?! Estou perguntando
o que você acha, certo?! Quantas vezes já te perguntei o que você acha agora,
seu idiota?!"
"Por que perguntar tantas vezes seguidas...?" Haruhiro bebericou sua
cerveja. "...Honestamente, estou tendo dificuldades para lidar com isso, pode-
se dizer. Eu gostaria que pudéssemos fazer algo para consertar isso".
"Pare de bater no mato e diga o que você quer dizer! O quê?! Você está
agindo assim só porque aquela mulher parece boa?!"
"Isso não tem nada a ver com isso..."
"Não, você é muito mole! Você é muito brando com as mulheres! Você é
um grande sofá!" "Eu não estou tentando ser mole com ela, você é apenas
fraca quando se trata de
Merry. Você vai esmaga-la assim quando ela não estiver por perto, mas
nunca lhe dirá nada na cara".
"Como se eu pudesse!" Ranta colocou seu rosto em cima da mesa. "Aquela
mulher me assusta! O olhar que ela dá, aquela voz, ela é muito assustadora!
Estou pronto para chorar aqui, caramba! Você se importa se eu chorar?!"
Moguzo bateu no ombro de Ranta. "Não chore".
"Pare com isso!" Ranta tirou a mão de Moguzo. "Não tente me consolar!
Eu não quero um homem me consolando! É muito patético! EU, EU... Eu,
wahhhh...!"
"Deixe-o em paz, Moguzo". Haruhiro suspirou. "Ele é sempre assim". Se
você se preocupar sempre com isso, não haverá fim para isso".
Desde que Merry se juntou à equipe, Haruhiro, Ranta e Moguzo tinham o
hábito de visitar juntos a Taverna de Sherry quando voltaram da Cidade Velha
de Damuro. Não era porque quisessem beber, mas porque não conseguiam
dormir se não desabafassem um pouco antes. Eles não poderiam se motivar
para o dia seguinte sem isso.
O custo de uma cerveja foi descontado para três de cobre para os
portadores de crachás, mas Haruhiro e os outros eram estagiários, por isso lhes
custou quatro de cobre. Mesmo tendo ido apenas para uma, às vezes duas,
cervejas, eles estavam bem cientes de que era um desperdício. Eles haviam
caído para ganhar a metade, não, um terço, do que ganhavam quando Manato
estava por perto, então não era incomum que houvesse dias em que ganhavam
menos de uma prata cada um.
Eu deveria ser mais frugal. Eu sei. Eu sei disso.
O ativo total de Haruhiro, incluindo o que ele tinha armazenado na Yorozu
Deposit Company, era um pouco mais de 17 pratas. Um crachá da Corps
custou 20 pratas, então ele estava quase lá. Embora, mesmo uma vez que
chegasse a 20 pratas, ele não podia sair e comprar seu crachá logo naquele
segundo. Se ele não tivesse cerca de 30 pratas, ele não poderia pagar 20 pratas
de uma só vez. Teria sido bom se eles o tivessem deixado pagar em parcelas.
"Um soldado voluntário, huh..." Haruhiro murmurou, olhando ao redor da
taverna. Todos os clientes tinham equipamento melhor do que Haruhiro e seu
grupo. Muitos soldados voluntários usavam sua preciosa armadura para a
taverna porque tinham medo que ela fosse roubada, mas alguns usavam apenas
roupas extravagantes com espadas de aparência cara nos quadris. Ele não
podia deixar de se sentir dolorosamente consciente da enorme diferença em
suas posições.
"Eu sei", Ranta levantou o rosto, sentado em uma posição estranha, com o
queixo apoiado sobre a mesa. "Mesmo que você não diga, eu sei, Haruhiro".
Deixe-me adivinhar. Comprar nossos crachás e se tornar soldados voluntários
de pleno direito é nosso objetivo no momento, sim, mas de alguma forma você
simplesmente não se importa. Isso não faz com que você se entusiasme. Isso é
o que você está pensando, não é?".
"...Tenho sentimentos muito complicados sobre você poder adivinhar o que
Estou pensando".
"Você é tão mal-educado. Eu poderia derrubar seu bloco, você quer isso?"
"Desculpe."
"Não peça desculpas tão rápido. A conversa não vai a lugar nenhum. É
entediante.
Fale um pouco mais comigo. Faça-o, idiota". "Você é tão chato de se lidar
com..."
"Mas," Moguzo gemeu humilde. "...Parece que perdemos de vista o nosso
objetivo. Mais ou menos. Não era assim antes..."
"Quem teria pensado..." Ranta virou seu rosto de lado, sua bochecha contra
a mesa. "...que isso mudaria tanto. Só perder Manato fez tudo mudar assim tão
mal".
Haruhiro quase se partiu, tentou se conter, mas depois não conseguiu. "...O
que você quer dizer com "acabamos" de perder Manato? Não fale assim".
"Sim", Ranta acenou com a cabeça. "Desculpe."
"...Não peça desculpas tão rápido, isso me desequilibra". "Você é tão chato
de se lidar".
Haruhiro considerou bater nele, mas ele não queria desperdiçar energia
balançando seus punhos sobre alguém como Ranta.
"Um objetivo, huh..." Haruhiro olhou ao redor da taverna novamente.
Como ele fez, seus olhos pararam em um rosto familiar, e parecia que seu
coração havia parado.
"...Renji".
Haruhiro e os outros estavam sentados ao redor de uma mesa em um canto
escuro do primeiro andar. Renji e seu grupo, por outro lado, estavam em uma
boa mesa em um ponto luminoso perto do bar. Não, pode não ter sido um
lugar melhor ou pior, mas Haruhiro nunca poderia se sentar em um lugar que
se destacava dessa maneira.
Não se adequaria à nossa posição, ao nosso status, à nossa posição e a
muitas outras coisas. Esse é o sentido que eu tenho.
"Woah", Ranta também tinha visto Renji. "Esse é um traje vistoso que
Renji tem aí..."
Moguzo abaixou a cabeça, como se tivesse acabado de ser repreendido. "É
incrível..."
Eles com certeza o disseram. É um traje muito vistoso. Mesmo que seu
cabelo prateado já seja suficiente para virar cabeças, Renji está usando um
surcoat de combate com pele preta por cima de sua armadura. Aquela espada
encostada à sua mesa também parece fantástica. Como Renji colocou suas
mãos naquela coisa? Será que ele a comprou? Parece muito cara. Ou será
que ele a encontrou em algum lugar? E se ele a encontrou, onde estava que
em algum lugar?
Não é só Renji. O cara com a armadura cortada ao seu lado, Ron, tem
uma armadura fina, e Adachi com seus óculos pretos está usando uma túnica
preta brilhante que parece cara também. Quanto a Sassa, como ela está
mostrando pele suficiente para me lembrar de Barbara-sensei, será que ela se
tornou uma ladra, talvez? Ela era linda para começar, então, honestamente,
ela está muito sexy. Chibi-chan, que está ajoelhado no chão ao lado de Renji
por alguma razão, deve ser o padre deles. Mas as roupas de padre de Chibi-
chan são claramente diferentes das de Manato e Merry. O tecido é de alta
qualidade, e há toques decorativos nas bordas.
"Eles são novatos, certo...?" Ranta olhou fixamente, estupefata. "Eles têm
sido soldados voluntários durante o mesmo tempo que nós... Então, como
existe uma lacuna tão grande...?"
Tanto os estagiários quanto os portadores de distintivos, aqueles que não
eram soldados voluntários há muito tempo, eram chamados de novatos. No
entanto, ninguém que olhasse para a Equipe Renji pensaria que eles eram
novatos. Se alguém tentasse tratá-los como eles eram, essa pessoa ficaria por
um tempo difícil.
Nós nunca vamos fechar essa lacuna, pensou Haruhiro. Esqueça de fechá-
la, a brecha só iria se ampliar. Haruhiro e seu grupo ficariam presos no fundo.
Eles seriam sempre os menores dos frios pequenos, enquanto o grupo de Renji
continuaria subindo. Algum dia, todos olhariam para Renji e seu grupo com
deferência. Mesmo que ele se deparasse com eles em algum lugar, ele não
seria capaz de falar com eles. Haruhiro e seu grupo seriam esquecidos,
enquanto que o grupo de Renji se divertiria com os holofotes.
Como teriam sido as coisas para nós se Manato não tivesse morrido?
Manato disse que nos tínhamos tornado uma boa equipe. Será que ele
estava realmente falando sério?
Manato freqüentou o Sherry's, então talvez ele soubesse como Renji estava
se saindo. Isso não o frustrou? Renji continua subindo constantemente, mas
olhe para mim. Se eu tivesse melhores camaradas, eu poderia fazer o mesmo.
Manato também era humano, então não seria estranho que esses pensamentos
lhe passassem pela cabeça. Além disso, por que Renji não convidou Manato
para se juntar a ele? Ele era mais do que suficientemente capaz. Se Manato
tivesse se juntado à Equipe Renji, a equipe deles poderia ter sido ainda mais
poderosa. Se ele tivesse, tenho certeza que Manato não teria morrido. Ele
definitivamente não teria morrido.
Em algum momento, Haruhiro tinha pendurado sua cabeça. Ranta agarrou
seu braço dizendo: "Ei", e Haruhiro olhou para cima para ver o homem de
cabelos prateados olhando para ele.
"-Huh....?"
"Ouvi dizer que Manato chutou o balde". Era aquela voz baixa, rouca, de
Renji que ele nunca esqueceria.
"Bu..." Haruhiro começou a dizer algo, mas depois percebeu que não sabia
o que era. Mas... Mas... Mas o quê?
"...S-So o quê?"
Sem expressão em seu rosto, Renji jogou o que estava em sua mão para
Haruhiro. Quando Haruhiro o pegou, ele viu que era uma moeda. Moguzo
disse: "Whuhh?!" recuando de surpresa. Os olhos de Ranta foram largos e ele
disse: "Wha...!" antes de cair sem palavras. Quando Haruhiro viu a moeda em
sua palma, sua mão direita começou a tremer. Era a primeira vez que ele
realmente tinha visto uma, mas provavelmente era real. "...Uma moeda de
ouro?"
"Dinheiro de consolação". Pegue-a", disse Renji, depois ligou seu
calcanhar e foi embora.
"...D-Don...! Você não...! Não...!" Haruhiro se levantou. O sangue subia-
lhe à cabeça. Ele queria perseguir Renji e dar-lhe uma boa pancada. Mas ele
não o fez. Isso parecia perigoso. No final, ele apenas o perseguiu e o parou.
"R-Renji, espere! Ei, espere, eu disse...!"
Renji finalmente parou, parecendo aborrecido. "O quê?"
"...N-Não", Haruhiro engoliu.
A-Assustador. Ele é muito assustador. O que há com esta aura
intimidadora? Simplesmente não é normal.
"...O- Ouça, eu não posso, bem, como devo dizer isto? Eu não posso
aceitar isto. Parece, não sei, errado de alguma forma"...
"Estou vendo", Renji estendeu sua mão direita.
Huh? Eu esperava mais problemas, mas ele não está realmente se
opondo? Bem, estou feliz que ele não esteja.
Enquanto sentia alívio suficiente para durar uma vida inteira, ele colocou a
moeda de ouro na mão direita de Renji. Depois disso, ele se arrependeu apenas
um pouco.
Uma moeda de ouro. Uma moeda de ouro. 100 de prata...
Renji saiu então sem mais uma palavra. Quando Haruhiro voltou para a
mesa, Ranta o atacou.
"-Y- Seu idiota! Seu maldito idiota! Por que você o devolveu?! Você
poderia simplesmente tê-lo guardado! Se a tivéssemos dividido de três
maneiras, teria sido 34 pratas para mim e 33 pratas para você e Moguzo! Seu
idiota!"
"...Por que você está recebendo a prata extra?"
"Porque eu sou eu, duh! Maldição, que desperdício! Se tivéssemos pegado
o dinheiro, poderíamos facilmente ter comprado nossos crachás do Corpo"!
"Eu não penso", Moguzo franziu a testa e franziu o sobrolho. "...Acho que
isso não seria correto". Se comprássemos nossos crachás dessa forma, M-
Manato provavelmente não ficaria feliz... Eu me sinto".
"Como se eu me importasse!" Ranta cuspiu veneno. "Ele já se foi, de
qualquer forma.
Pensar em como ele se sentiria não vai nos fazer bem. Maldição. Isso foi
uma moeda de ouro, sabe? Estou surpreso que ele possa simplesmente dá-la.
Quanto dinheiro esse bastardo do Renji tem? Enquanto isso, aqui estou eu com
apenas três pratas..."
"Três pratas?" Haruhiro olhou fixamente para o cabelo encaracolado de
Ranta. "Você está brincando, certo? Por que você só tem tanto assim? Em que
você gastou tudo isso?"
"Oh, desaparece. Gastei-o em muitas coisas. Em muitas coisas. Como eu
gasto meu dinheiro não é da sua conta".
"...Continue assim, e você nunca comprará seu distintivo".
"Não se atreva a dizer que depois de desperdiçar a melhor chance que eu
tinha de conseguir um!"
"Isto não vai funcionar", disse Haruhiro, descansando seus cotovelos sobre
a mesa e pendurando sua cabeça. "...A este ritmo, as coisas não vão funcionar.
Não estou falando de Manato, não se trata disso. Isto é um problema para nós.
Porque, nesse ponto, você está certo, Ranta. Manato se foi agora".
Ranta farejou. "Estou lhe dizendo, tenho pensado nisso o tempo todo".
"Você só pensa nisso", disse Moguzo num tom forte. "Isso não é bom". Só
de pensar que não é, não é suficiente, você, você tem que fazer algo a respeito
disso".
"...Estamos todos desmoronando", disse Haruhiro, mordendo seu lábio.
"Não é só a Merry. Ultimamente, eu também não tenho tido uma conversa
apropriada com Yume ou Shihoru. Não era assim antes".
Ranta descansou as bochechas nas palmas das mãos, olhando para o lado.
"Vamos todos nos dar bem, não é? Mas podemos fazer isso, depois de todo
este tempo?"
Podemos fazê-lo, ou não? Isso, eu não sei. Mas, temos que fazer isso.
15. Desculpe
A primeira coisa que Haruhiro fez foi tentar falar com Yume e Shihoru o
máximo que pôde.
"A propósito, esta manhã, como foi para você? Você acordou bem? Não?
O mesmo de sempre? Estou vendo".
"A propósito, ontem à noite, o que você comeu no jantar? O mesmo que
de costume?
Oh, estou vendo".
"A propósito, ontem à noite, eu conheci Renji. Foi incrível. Oh, você não
está interessado?"
"A propósito, para o almoço, o que você trouxe? O que você trouxe?
Pão? Estou vendo". "A propósito, você está cansado?"
"A propósito..."
Começava a parecer que "A propósito" era a sua frase de engate. Eles
nunca o ignoraram completamente, mas fizeram o mínimo que puderam para
responder, por isso foi bastante deprimente.
Merry era tão inacessível como sempre, então ele mal conseguia falar
com ela.
Será que ela sequer gosta da vida? perguntou ele. Bem, então
novamente, também não estou desfrutando muito da vida no momento.
À noite, depois de voltar para Alterna e vender seu saque da Cidade
Velha de Damuro, eles haviam ganho uma prata, quinze cobre cada um.
Nada bom, nada mau, pelos padrões deles.
Haruhiro voltou para a casa de hospedagem sem passar pela taberna.
Depois de tomar banho, ele estava agachado no corredor quando Yume
passou, fresco de um banho próprio.
"Oh, Yume".
Yume parou, mas ela não olhou para o lado dele. Ela estava secando seu
cabelo com uma toalha. Ela sempre tinha o cabelo em tranças, então ela
parecia diferente. pessoa com ela em baixo.
O incômodo silêncio continuou por alguns segundos. "Uh, então... Onde
está Shihoru?"
"Em nosso quarto".
"Estou vendo. Hum..." Haruhiro se levantou, coçando o pescoço. "...Você
está louco?" "Yume não está zangado."
"Sério? Mas, você parece estar".
"Yume está te dizendo que não está brava, certo? Ou você fez algo pelo
qual Yume deveria estar bravo, Haru-kun?"
"Eu poderia ter feito." "O que você fez?"
"Convidei Merry para se juntar à equipe sem consultar você ou Shihoru.
Acho que não poderíamos ter continuado como estávamos, mas apressamos
as coisas, acho eu. Realmente. Eu não tomei essa decisão inteiramente
sozinho, mas...".
"Então de quem é a culpa?"
"Kikkawa nos apresentou Merry, e eu, Ranta, e Moguzo tomamos a
decisão, então... Bem, acho que a culpa vai para todos nós três".
"Não é isso". "Não é isso".
"Não é, você não entendeu?" "...Yume?"
"Não é isso, está bem?" Yume limpou a cara dela com a toalha. "Não é
assim, está vendo? Haru-kun, seu idiota".
"Huh? Espere, porque..." Haruhiro começou a estender a mão em direção
a Yume, depois puxou a mão para trás. "Huh? Yume, hey, o que... o que
você... quer dizer?"
"Você não entende nada, Haru-kun. É porque você é assim.
É por isso que Yume e Shihoru acabaram assim".
"Não, mas..." Haruhiro olhou para baixo. "...Eu não entendo, não dessa
maneira. Quero dizer, vocês dois não vão falar comigo. Como vou saber se
vocês não me dizem"?
"Yume não é tão boa em relatar seus sentimentos aos outros. Yume não
pode fazer isso tão bem, e Shihoru tem ainda pior do que Yume".
"Bem, nem eu!" Haruhiro chegou perto de gritar, mas ele se conteve.
"...Nem eu, nem eu, a falar e coisas assim". Não é algo em que eu seja
particularmente bom. Além disso, eu também estava em estado de choque".
"Sim, então foi a mesma coisa para todos nós, não foi?" "É isso mesmo.
É o mesmo... para todos nós".
"É tudo culpa nossa, então", disse Yume com um soluço. "Não é culpa de
ninguém que tenha ficado assim". A culpa é de todos nós. Não é só Haru-
kun, Ranta, ou Moguzo, não é? A culpa também é de Yume e Shihoru,
certo? O Yume está errado? Quer dizer, somos camaradas, não somos? Com
Manato, éramos seis camaradas, não éramos? Yume foi o único que se sentiu
assim? O Yume está errado?"
"...Você não está errado".
É isso mesmo, pensou Haruhiro. Yume não está errado. Fui eu quem
estava errado.
Manato tinha dito que eles se tornariam uma boa equipe. Manato,
Haruhiro, Ranta, Moguzo, Yume, e Shihoru. Os seis juntos haviam sido uma
só equipe.
Era verdade, Manato tinha ficado de cabeça e ombros acima do resto do
grupo. Mesmo assim, Manato não poderia ter feito nada e tudo sozinho. No
mínimo, eles tinham feito coisas como um grupo que Manato não teria sido
capaz de fazer sozinho. Manato deve ter estado bem ciente disso.
Foi por isso que, mesmo que Ranta fosse egoísta, Haruhiro era
vagabundo e dependente demais, Moguzo era lento e estúpido, Yume era
desajeitado e desajeitado, e Shihoru era cauteloso até o ponto de covardia,
Manato nunca havia reclamado.
Como eram todos inexperientes ou pior, sabiam que se um deles
desaparecesse, o grupo não funcionaria. Foi por isso que Manato os tinha
reunido a todos. Cada um deles complementou as fraquezas dos outros. Com
os seis juntos, Haruhiro e os outros eram uma só parte.
Seja bom ou ruim, tudo o que acontecia os afetava a todos. Quando os
tempos eram difíceis, eles eram difíceis para todos. Porque, individualmente,
eles não eram fortes, o mínimo que podiam fazer era compartilhar sua dor e
sofrimento.
Mas Haruhiro não tinha tentado fazer isso. Ele tinha acabado de usar a
relação fácil entre os homens para se solidarizar com a cerveja com Ranta e
Moguzo.
Como Yume e Shihoru se sentiram a respeito disso? Eles devem ter se
sentido ostracizados e solitários.
"Desculpe, Yume, eu..." No momento em que ele começou a dizer isso,
Haruhiro subitamente compreendeu porque Manato havia pedido desculpas a
ele quando ele estava morrendo.
Naquele dia, Manato havia elogiado cada um deles, mas ele não havia
dito nada sobre Haruhiro, e por causa disso, Haruhiro estava preocupado.
Manato deve ter ficado preocupado com isso.
"Aquele cara..."
Em um instante, ele não podia ver nada. Será que as lágrimas poderiam
realmente transbordar tão rapidamente? Que pouca compostura ele tinha foi
facilmente lavada.
Haruhiro se agachou.
Aquele cara era tão bobo. Manato. Por que você estava pedindo
desculpas? Estava tudo bem, realmente. Não importava. Você deveria ter
feito outra coisa. Você tinha preocupações maiores. Você estava morrendo,
certo? Você sabia que era ruim, não sabia? Antes de você me pedir
desculpas, deve ter havido outras coisas que você queria dizer. Você não
precisava pedir desculpas a mim. Apesar de ter sido tão parecido com você
para fazê-lo.
Você mesmo o disse, Manato. Que você sentia que não era o tipo de
pessoa que alguém deveria tratar como um camarada. Isso não era verdade.
Absolutamente não. Como poderia ter sido? Como poderia ter sido? Por
que você tinha que morrer? Não morra. Não morra assim.
"Haru-kun..." Yume se agachou e lhe deu um abraço.
Yume também estava chorando.
Enquanto ambos soluçavam, Yume deu um tapinha nas costas, nos
ombros e na cabeça de Haruhiro. Quando suas bochechas tocaram, ambos
estavam encharcados de lágrimas.
Ele ouviu Yume chorar ao seu ouvido. Haruhiro segurou Yume com
força e chorou. Ele perdeu a noção de quanto tempo eles ficaram assim por
tanto tempo.
Ele sentiu como se tivesse chorado até não poder mais chorar. Yume
também havia parado de chorar há algum tempo.
E mesmo assim, eles não se separaram. Ele não conseguia encontrar uma
boa abertura para rompê-la. Parecia estranho, agora eles estavam apenas se
abraçando.
Ela é tão macia, tão quente... Não, não. Pare. Não pense nisso. Se eu
pensar nisso, isto vai acabar mal. Não há garantia de que não entrarei em
um clima estranho. Claro, tenho quase certeza que não é isso que Yume
quer. Nem eu. Como posso dizer isso? Para mim, ela é uma camarada, ou
algo assim. Apenas uma camarada.
"Haru-kun", disse Yume de repente, e Haruhiro deu um "Uh, sim?" tão
nervoso e embaraçoso que o fez odiar-se um pouco.
"Você sabe, Yume..." ela continuou. "Y-Yeah?" ele gaguejou.
"Yume vai tentar o seu melhor", disse ela, abraçando-o com mais força.
Er, não, isso sabe bem e tudo, mas você poderia, por favor, parar...? E o
que você quer dizer com "dê o seu melhor"?
"A-At o que...?"
"Com a Merry". Não sei se podemos nos dar bem, mas Yume vai tentar".
"O-Oh. T-Isso. Claro. Isso é.…Bem, isso ajudaria muito, eu acho".
"Você acha que Yume pode fazer isso? Para ser honesto, Yume não tem
tanta certeza. Yume acha que Merry-chan a odeia, sabe?"
"Huh? Você acha isso? Eu não acho".
"É só de vez em quando, mas quando Yume olha nos olhos dela, eles
estão tão frios. Como, a aparência que ela dá, e sua expressão".
"Não, isso não é só para você, Yume. A Merry é igualmente fria para
todos". "Ela é? Se for esse o caso, talvez esteja tudo bem. Não a faz sentir
nenhuma
mais amigável, no entanto".
"Bem, é justo, você pode ter razão nisso".
"Você acha que Yume pode fazer isso? Yume fará o seu melhor, mas
Yume tem um pedido para Haru-kun".
"Um pedido? Para mim? Para mim?" "Um pedido?"
"Yume acabou de descobrir, quando alguém a abraça assim, isso
realmente a acalma. Então, abrace mais a Yume. Yume quer que você a
anime, sabe?"
"Eu não me importo, eu acho?" ele gaguejou.
Ele se perguntou: "Está tudo bem? mas depois decidiu: "Provavelmente
está tudo bem". Ele estava apenas encorajando-a. Ele não tinha nenhum
motivo oculto. Era apenas algo que ele estava fazendo para encorajá-la.
“. Aqui vai", disse ele.
Quando Haruhiro a abraçou com força, o mais forte que pôde, Yume
deixou sair um pequeno gemido.
Não faça isso, só estou fazendo isso para animá-la! pensou ele. Parecia
que algo estava pronto para explodir dentro de sua cabeça, mas ele não podia
muito bem pedir-lhe para não fazer isso.
Ele não podia se deixar perder aqui. Ele não tinha certeza do que seria
uma perda e do que seria uma vitória, mas sabia que se cedesse aqui, seria
muito, muito ruim.
Haruhiro fechou os olhos. "Faça o seu melhor, Yume". Yume acenou sem
uma palavra.
Quando ele abriu os olhos, Shihoru estava de pé na outra extremidade do
corredor. Haruhiro congelou.
“. Oh.".
"Huh?" Yume também olhou naquela direção. “. Oh."
"Uh, uh, uh, um " Shihoru começou a cambalear para trás. Ela estava
começando a se assustar, mas eles também estavam. E... espera aí, há quanto
tempo Shihoru estava lá? Por que ele ou Yume não haviam notado a
aproximação de Shihoru? Eles estavam ocupados demais para notar?
De qualquer forma, isto era ruim. Seria tudo muito fácil para ela entender
mal a situação. Ou melhor, seria mais difícil não interpretar mal a situação.
Haruhiro e Yume saltaram para longe um do outro ao mesmo tempo.
"Não é o que você pensa!"
"Não é o que você pensa!"
Depois de falar em uníssono, eles se voltaram para olhar um para o outro
apesar de si mesmos.
"Eu-eu sinto muito, eu...!" Shihoru recuou. "Eu-Eu não percebi nada, não
antes, eu sou gordo, e denso, então eu realmente sinto muito!"
"Não, escute, não é o que você pensa!" Haruhiro protestou.
"T-Isso mesmo! Yume estava apenas pedindo a Haru-kun que lhe desse
um abraço!" "...Yume, isso realmente não é uma explicação apropriada neste
momento". "Oh? Por que não?"
"Eu-eu-eu sinto muito por interromper...!" Shihoru se apressou.
Yume gemeu, esfregando a bochecha com a mão. "Bem, vai ficar tudo
bem desde que Yume o explique mais tarde. Yume e Shihoru dividem um
quarto de qualquer maneira, então é isso que Yume fará".
"Estou contando com você para fazer isso..." Haruhiro arranhou seu
pescoço e suspirou. Ele roubou um olhar para o Yume.
Isto não é bom. Estou me sentindo um pouco envergonhado.
Ele nunca deveria ter abraçado uma garota pela qual não tivesse
realmente sentimentos especiais. O que ele faria se esses sentimentos
começassem a crescer dentro dele porque ele o fez?
Não, eles não vão... mas mesmo assim.
16. Quando Você Mira o Topo
Quando ele deixou a casa de hospedagem na manhã seguinte,

Shihoru subitamente pediu desculpas a ele.
"U-Um! I... Desculpe-me! Eu estava convencido de que vocês dois
estavam nesse tipo de relacionamento... Desculpe-me por ter tirado
conclusões precipitadas! Yume explicou o que tinha acontecido
comigo, então..."
O pedido de desculpas estava bem, mas ele pensou que teria sido
mais feliz sem ela falar sobre isso na frente de Ranta e Moguzo.
"Relacionamento"..." As narinas de Ranta se queimaram enquanto
ele se aproximava do rosto de Haruhiro. "O quê? O que é isso de uma
relação? De que tipo, e entre que pessoas? Hmmmm?"
Haruhiro se inclinou um pouco para trás. "...Não é nada".
"Não é nada, não é? Diga-me. Fale! Desembucha!" Ranta gritou.
"Ouça, a própria Shihoru disse que tinha tirado conclusões
precipitadas, não ela..." Haruhiro defendeu.
"Sim, e eu estou perguntando o que aconteceu que a faria tirar
conclusões precipitadas".
"Agora, escute", Yume interjeitou.
É melhor que ela não esteja prestes a dizer algo que não deveria
dizer novamente! Ele teria gostado que seus medos não tivessem sido
em vão, mas as coisas correram como sempre.
"Então, ontem, Yume, ela estava mandando Haru-kun abraçá-la,
você vê, e Shihoru viu isso. Foi só isso".
Os olhos de Moguzo se abriram. "O que...?!"
"Uau, uau, uau, uau, uauaaaaaa!" Os olhos de Ranta quase voaram
para fora do crânio. "O que, sério, como isso aconteceu? Você está
falando sério?! Quando você e Haruhiro chegaram à segunda base?!"
"O que é a segunda base...? Não, qualquer que seja a segunda base,
Yume e eu não fomos lá. Não é isso, nós fomos..."
"Como isso não é assim?! Você estava tentando fazê-la, não é
mesmo?! Vocês dois estavam ficando quentes e ocupados quando
Shihoru entrou em pânico e parou, certo?! Vocês pararam na metade
do caminho"!
"Haru-kun estava chorando, veja", explicou Yume.
"...Yume, você não precisa dizer isso a ele", disse Haruhiro.
"Huh?! Chorando" Ranta olhou de Haruhiro para Yume, depois
arranhou seu cabelo encaracolado. "...Oh, isso é tudo. É assim que as
coisas são. Então, o quê, deixe-me adivinhar. Foi uma despedida com
lágrimas, huh. O estúpido do Haruhiro foi rejeitado, e Yume estava
fazendo isso para consolá-lo por piedade. Então, foi assim que foi.
Estou vendo agora".
"Você está totalmente fora da base, mas não quero perder mais
tempo explicando isso para você..."
"Bem, de qualquer forma", continuou Yume, com sua habitual
atitude descontraída.
Haruhiro a invejava por isso. "Yume, ela decidiu que vai tentar ser
amiga de Merry-chan". Portanto, Shihoru também o fará. Ela disse que
tentaria cooperar".
Shihoru olhou para o chão, apertando bem o bastão dela. "...Tenho
zero de confiança de que posso fazer isso. Mas tentarei fazer o que
puder, acho eu".
"Ser amigos?" Ranta franziu o sobrolho o mais forte que pôde.
"Com Merry? Isso não é possível. Quer dizer, vá lá, você sabe que ela
não tem intenção de ser amigável, certo?"
Moguzo pendurou sua cabeça. "...B-Mas é um pouco duro do jeito
que as coisas são. Quem me dera que ela conseguisse ao menos nos
curar corretamente, sabe...?"
Merry não faltava apenas cooperação; também havia problemas
com seu desempenho como curandeira. Como Moguzo havia dito, ela
não os curaria normalmente. Mais especificamente, ela deixaria feridas
menores sem tratamento.
Mesmo que lhe pedissem que as curasse, isso não era bom. Ou eles
eram ignorados, ou eram rejeitados categoricamente. Obviamente, se
uma ferida afetasse a capacidade deles de se movimentarem, ou fosse
uma ameaça à vida, ela a curaria para eles, mas eles tinham problemas
com sua disposição de deixar um camarada em sofrimento.
Manato não tinha sido assim. Sempre que alguém tinha conseguido
um arranhão, ele o curava imediatamente. Isso os deixava sentir que,
mesmo que se machucassem um pouco, as coisas ficariam bem.
Eles não podiam se sentir seguros dessa maneira com Merry. Eles
temiam que, quando realmente precisassem, Merry pudesse se recusar
a curá-los. Que ela pudesse abandoná-los. O pensamento deu a todos
eles suores frios.
"Então, de qualquer forma", Haruhiro olhou em volta para cada um
de seus camaradas, exceto Ranta. Ele deixou Ranta de fora.
"Precisamos de uma relação de confiança, eu acho que você poderia
dizer, com Merry. Se não começarmos a construir isso, não poderemos
seguir em frente. Merry pode ter seu próprio raciocínio por trás de
como ela faz as coisas. Porque não entendemos o que é, talvez seja por
isso que as coisas não estão indo bem".
Ranta escarneceu. "É que ela tem uma personalidade horrível". Ela
é um homem doente, doente. O que ela tem é a síndrome de malícia
congênita crônica. Não há como tratar isso".
"Mas nós precisamos de um padre, não é?"
"Aqui vai um pensamento, Haruhiro. Você é o padre. Está bem!
Adeus, Merry!
Problema resolvido! Sim! Cara, eu sou esperto. Fantástico! Boa
idéia"!
Honestamente, Haruhiro considerou-a uma opção, mas apenas
como último recurso. Ele sentiu que o trabalho do ladrão lhe convinha,
esquivando-se por conta própria para explorar a frente e sempre
procurando atacar o inimigo por trás. Ele queria continuar a crescer
como um ladrão. Além disso, depois de conversar com Yume ontem,
ele havia percebido algo.
"Ranta".
"Ranta".
"Fui eu, você e Moguzo que decidimos acrescentar Merry à equipe,
certo?"
"E essa decisão foi um grande erro, e é por isso que estou dizendo
que devemos simplesmente expulsá-la já".
"Nós a adicionamos à equipe, então Merry é um de nós agora".
Ranta parecia estar procurando um retorno a isso, mas fechou a
boca e olhou para o chão de forma desajeitada.
"Ouça, eu entendi". Haruhiro agarrou seu pulso direito com sua
mão esquerda. "Não é fácil de repente tratar alguém como um membro
igual do grupo. E Merry não está fazendo nenhum favor a si mesma
com a maneira como ela age. Mesmo assim, se estivermos nos
reunindo com ela o tempo todo, ela não será capaz de se encaixar,
mesmo que queira. A Merry não é apenas uma máquina que anda por
aí e dispensa magia curativa para nós".
"...Isso mesmo, huh", disse Yume, trazendo um dedo ao seu
queixo. "Merry é frio para Yume e para todos, mas talvez Yume e
todos também tenham sido frios para Merry".
"Sim..." Moguzo acenou com a cabeça lentamente. "Pode ser isso".
"M-Maybe", disse Shihoru, murmurando sem confiança, "ela
poderia realmente ser uma boa pessoa...". Como se ela fosse uma
tsundere, ou algo assim"...
"Diabos, não!" Ranta olhou para o outro lado. "Nem pensar". Eu
não lhe daria nem dez mil a uma chance disso. Ela é uma mulher
desagradável e podre até o âmago. Não importa o que você diga,
minha opinião não vai mudar. Devemos cortar os laços com ela. O
estúpido do Haruhiro pode ser nosso padre".
"Se eu fosse nosso padre, não importa o que aconteceu, eu não te
curaria, Ranta. Quero dizer, você é um cavaleiro negro. O deus das
trevas Skullhell e o deus da luz Lumiaris são inimigos, certo? Eu não
sou um sofá o suficiente para ir curar meus inimigos".
"Tch. Você está desclassificado como padre! Desclassificado!
Moguzo pode... Não, nós estaríamos em apuros sem um guerreiro.
Muito bem, Yume! Você faz isso!"
"Yume quer seu cão lobo, então ela não vai desistir de ser um
caçador". "Ugh... Sua garota egocêntrica! Então Shihoru! E você?!"
"...Eu não acho que daria um bom curandeiro. Tenho certeza que se
alguém se machucasse, eu começaria a entrar em pânico antes de
poder curá-los".
"Você é um inútil! Todos vocês! Completamente inúteis! Isto é
inútil! Este é um grupo de pessoas que são naturais por serem inúteis!
Se é assim que vai ser..." Ranta limpou sua garganta. "... Se é assim
que vai ser, só há uma opção. Até aquela mulher é melhor do que
nada. Vamos rezar para que ela seja realmente uma tsundere...
Embora, se ela fosse uma tsundere, obviamente, a que ela iria buscar
seria eu, sabe? Isso é meio... não é tão ruim assim, eu acho?"
"O-Obviamente, ela não iria para a Ranta, eu acho..."
"Oh, cale a boca, Moguzo! Moguzo?! Moguzo acabou de me bater
com uma réplica espirituosa?! Ei, sério?! Não posso acreditar nisto!"
Era isso: agora tinha sido definida uma política. Eles tratariam
Merry como um deles, e ela se tornaria sua camarada.
Eles poderiam discutir mais tarde. Se não eliminassem este
obstáculo primeiro, Haruhiro e seu grupo não conseguiriam avançar.
Mesmo assim, não parecia que eles teriam um caminho fácil pela
frente. Merry estava esperando por eles no portão norte, como de
costume.
Imaginando que tudo começava com uma saudação adequada,
Haruhiro tentou um enérgico: "Bom dia!
Tudo o que Haruhiro tinha feito era cumprimentá-la. Era tudo o
que ele tinha feito, então por que ela tinha que lhe dar um olhar de
geleiras?
Neste momento, Haruhiro sentiu que ela estava zombando dele,
zombando dele. Ele tinha certeza de que ela estava pensando: "Vá
morrer num incêndio ou desapareça, escumalha, para ele".
Depois de atormentar Haruhiro com seu olhar absoluto-zero, ela
devolveu um "Bom dia" e acrescentou: "Apresse-se e vá embora". Eu
vou atrás de você".
As coisas continuaram ao longo dessa nota.
Mesmo assim, no caminho para a Cidade Velha de Damuro, Yume
e Shihoru fizeram um esforço corajoso, tentando falar com Merry
várias vezes. Sobre onde ela morava, o que comia no café da manhã e
no jantar, há quanto tempo ela não se tornava um soldado voluntário.
Não importava como você olhasse para ela, eram perguntas
inofensivas, mas Merry nunca deu uma resposta direta. Respostas
como "Quem sabe?" e "Comida" estavam no lado não tão ruim, mas
uma vez que ela estalou, "O que isso importa?". Yume e Shihoru não
conseguiam continuar falando.
Ela é uma adversária difícil. Bem, não, ela não é uma adversária.
Ela é nossa aliada.
Ela é uma de nós.
Mesmo que eles não conseguissem manter uma conversa, eles pelo
menos queriam melhorar seu trabalho em equipe. Pela manhã, eles
tiveram sorte e encontraram um grupo de três Goblins, então se
prepararam para uma batalha difícil. Se eles pudessem se unir para
travar uma luta um tanto difícil, poderiam ver algum caminho a seguir.
"-Moguzo, Ranta, cada um de vocês pegue um! Yume e eu
levaremos o outro!
Shihoru e Merry, apoiem Ranta e Moguzo!"
Ele tentou sutilmente pedir apoio a Merry, mas mesmo quando o
Shihoru's Shadow Beat and Magic Missile atingiu o inimigo, Merry
simplesmente ficou ali. Quando Ranta levou um leve corte em seu
braço esquerdo, ela o ignorou mesmo quando ele gritou de dor
exagerada, e quando Moguzo ficou assustado após um corte raso ter
aberto sua têmpora, ela gritou: "Não desista depois de algo tão trivial!
Você é um guerreiro, não é?!" e foi só isso.
"Droga, não aja tão alto e poderoso! Você não está fazendo nada!"
Ranta chutou à força o Goblin para longe de si mesmo, depois entrou
no espaço que se abriu, fechando a distância e empurrando sua espada
longa para fora diretamente. "-Anger...!"
O Goblin guinchou enquanto a espada irrompeu por seu pescoço.
Ele empurrou por um tempo, depois acabou caindo em silêncio. As
habilidades da espada usadas pelos cavaleiros negros, as Artes Negras
de Batalha, evitaram o combate próximo, preferindo atacar de fora do
alcance do inimigo com táticas de golpe e fuga.
O que ele fez ali não foi bem assim, mas tudo acaba bem. Agora
estamos reduzidos a apenas dois inimigos. Não-
Com um rugido, Moguzo passou de travar as lâminas com o
inimigo para fazê-lo cambalear para trás com o Vento, depois
rapidamente seguido de bater com sua lâmina dentro dela. "Hungh....!"
Seu crânio se partiu, o Goblin se amassou, deixando apenas um de
sobra.
"Marc em parc...!" Shihoru desenhou com seu bastão sinais
elementais, entoando um feitiço e um grânulo de luz do tamanho de
um punho bateu no peito do Goblin.
"Gyah...!" gritou ela.
O grânulo de luz de um feitiço de Míssil Mágico embalado com a
mesma força de um adulto. O Goblin foi atirado fora de equilíbrio por
apenas um momento, mas isso criou uma abertura. Yume fechou sobre
o Goblin, tentando cortá-lo com seu facão.
"-Brush Clearer...!".
O Goblin foi apanhado de surpresa, mas agilmente conseguiu saltar
para trás e para o lado para evitá-lo. Suas costas estavam agora
voltadas para Haruhiro.
Agora, Haruhiro pensou, e seu corpo entrou em ação por conta
própria.
Sem respirar, ele executou uma Backstab. O punhal furou as costas
do Goblin, como se se instalasse em um lugar ao qual sempre
pertenceu, e depois arrebentou por sua barriga.
É definitivamente assim que se sente quando eu o faço!
O Goblin tremia violentamente enquanto a força drenada de seu
corpo. Quando Haruhiro baixou a ponta de sua adaga e a empurrou
para dentro do Goblin com seu ombro, a lâmina deslizou livre. O
Goblin caiu de cara para o chão, sem se mover.
"Gwahahahaha!" Ranta se agachou alto enquanto cortava uma
garra do cadáver do Goblin. "Nosso trabalho de equipe foi uma grande
porcaria, mas com minha greve liderando o caminho, ganhamos em
grande! Isso é o quão fantástico eu sou! Tornou-se tão previsível, que
é entediante! Mas, vamos lá, minha mão dói! Merry! Curem-no!"
Merry ignorou completamente o Ranta, caminhando com força até
Moguzo.
"Sente-se".
"...Está bem". Ordenado para sentar como se fosse um cão,
Moguzo baixou seus quadris até o chão.
Merry tocou sua testa, a parte de trás de sua cabeça e, finalmente,
seu templo. Quando Moguzo fez a careta, ela disse algo em voz baixa,
mas Haruhiro não conseguia pegar o que era. Merry fez o sinal do
hexagrama e entoou uma oração. "Ó Luz, que a proteção divina de
Lumiaris esteja sobre você... Cura".
"...Se esperarmos até o fim da batalha, ela está relativamente
disposta a nos curar, huh", Haruhiro murmurou para si mesmo
enquanto recolhia as bolsas dos Goblins. Dentro estavam duas moedas
de prata e duas belas pedras, assim como um golpe de presas,
engrenagens e outras pequenas coisas. Dependendo do preço das
pedras, eles estavam olhando para cerca de quatro moedas de prata.
"Hey, Merry! Você está acabado com Moguzo! Cure-me a seguir!"
"O seu é só um arranhão".
"Não, não é! Olha, está sangrando! Mesmo que esteja parando
agora, está!"
"Tente colocar um pouco de cuspo nele". Além disso, não se dirija
a mim sem um honorífico.
Você vai fazer a minha raiva ferver". "Eek!"
-foi sobre como correu, com ela não estando disposta a curar Ranta
com muita freqüência. No entanto, Ranta tendia a fazer um grande
alarido com cada pequena coisa, de modo que ele fazia um grande
alarido mesmo com ferimentos menores.
Manato podia parecer que estava sendo generoso, mas na verdade
ele estava bastante nervoso. Ele não tinha sido capaz de se sentir à
vontade a menos que todos estivessem em perfeitas condições, então
ele tinha tratado todos os ferimentos imediatamente.
Talvez isso tivesse sido desnecessário. Quando Haruhiro refletiu
sobre isso, ele percebeu que Manato talvez tivesse levado isso longe
demais. Quando se tratou de Ranta, ele sentiu que Manato tinha sido
muito brando com ele.
Depois de limpar os cadáveres de Goblins, Haruhiro veio
imediatamente e perguntou.
"É um problema com a forma como você faz as coisas, talvez?
Como, Merry, você tem algum tipo de método que você tenha se
acomodado a como você trabalha como curandeiro, ou algo assim"?
"Huh?" ela estalou.
Aquilo foi um "Huh?" bem assustador. Eu gostaria que você
parasse de fazer isso.
Haruhiro, de alguma forma, conseguiu parar de vacilar, e se
animou para continuar. "...Bem, eu estava pensando, talvez existam
tipos diferentes, até onde os padres vão... ou algo assim. Porque, bem,
eu não sei de tudo isso. Eu não tenho muita experiência".
Merry estava prestes a dizer algo, mas então, talvez decidindo que
era muito esforço, ela suspirou. Então, ela cruzou os braços e olhou
para o lado.
"Quem sabe".
Lá estava ela. Seu "Quem sabe". Haruhiro ficou chateada.
"C - Você poderia me explicar isso? Eu sou um ladrão, então eu
não sei sobre padres, mas se eu continuar pensando, 'eu não entendo,
eu não entendo', eu nunca vou entender, e eu não acho que está tudo
bem, então".
"Essa é apenas a sua opinião. Acho que está bem como está".
"Não está bem em...!" Haruhiro apressou-se a respirar fundo.
Não é bom. Eu quase me parti ali. Foi por pouco. Preciso me
acalmar. Mas ela me deixa tão furiosa. O que há com ela? Por que ela
tem que ser tão cabeça-dura?
"...Vou respeitar sua privacidade e não vou tentar aprofundar
muito. Mas nossos papéis em combate, o fluxo, existem essas coisas a
serem consideradas. Quero falar mais sobre essas coisas como um
grupo".
"Se você não gosta do meu trabalho, por que não vir aqui e dizê-lo?
Eu vou embora agora mesmo".
"Não é isso". Eu só quero..." "Então não temos nenhum problema
aqui".
"...Certo".
Alguém, por favor, me diga. Há alguma maneira de se comunicar
corretamente com Merry? Talvez não haja. Certamente não parece
que haja.
Depois disso, Yume e Shihoru continuaram a tentar falar com
Merry com determinação e foram esmagados a cada vez. Haruhiro
tentou iniciar uma discussão com ela várias vezes, mas ela nem mesmo
respondeu.
À noite, eles haviam derrubado sete Goblins. Seus ganhos eram
dois de prata, cinco de cobre por pessoa, o que era meio certo, se eles
optassem por pensar dessa maneira. No entanto, Haruhiro não podia
deixar de se comparar com Renji, que havia jogado uma moeda de
ouro como se não a perdesse, e ele moeu seus dentes enquanto sentia
um toque de dor.
Merry partiu assim que recebeu sua parte, então os cinco comeram
e depois foram para a Sherry's Tavern.
"Há muita gente aqui, não é? Yume não quer beber álcool, então
Yume terá suco em seu lugar".
"...Eu também, eu não quero álcool. É muito animado aqui
dentro..."
Esta foi a primeira vez que Yume e Shihoru estiveram em uma
taverna, então eles estavam muito ocupados olhando e ficando
nervosos com as coisas.
Ranta agiu como uma pessoa normal, dizendo: "Ei, meninas.
Acalmem-se. Está bem? É apenas uma taverna, nada fora do comum.
Vamos lá, a sério", mas as duas deles provavelmente não estavam
ouvindo uma palavra do que ele disse.
Logo a garçonete chegou e cada uma pediu bebidas e pagou a ela.
Haruhiro optou por receber limonada ao invés de cerveja hoje. Era
uma bebida feita adicionando limão e mel à água naturalmente
carbonatada das montanhas Tenryu, e ele gostava muito dela.
"-O problema é com Merry, realmente", começou Haruhiro.
Yume respondeu: "Sim", com um aceno de cabeça. "Yume e
Shihoru tentaram falar muito com ela, sabe, mas ela não nos deu a
época do ano".
Shihoru rapidamente a corrigiu: "Yume, você quer dizer 'hora do
dia', não do ano". Mas Yume apenas pestanejou em confusão.
"É? Yume, ela estava certa de que era o ano. Então foi isso. Era
'hora da data', huh".
"...Não tenho certeza, certo. Também, não é 'hora da data', é 'hora
do dia'".
"Huh? Yume se enganou de novo? Yume continua cometendo
erros como esse,
huh".
"Esta é nossa única escolha", disse Ranta, desenhando um dedo em
seu pescoço. "Isto". Devemos nos apressar e fazer isso com aquela
mulher". Isto, entendeu? Isto".
Parecia que Ranta gostava muito de fazer aquele gesto decapitador.
Talvez ele tenha achado que parecia legal. Se ele achou, estava ainda
mais equivocado do que Yume.
"Ah..." Moguzo disse, olhando na direção da porta.
Falando no diabo, como dizem, Haruhiro pensou. Era Merry.
Merry tinha vindo para a taberna.
Foi breve, mas Merry olhou na direção deles. Eles estavam quase
certos de que ela os tinha visto. Ela fingiu não tê-los visto, porém.
Merry foi para dentro, para um banco aberto no balcão, e sentou-se ali.
"O que..." A Ranta bateu a mesa. "O inferno! Que atitude é essa de
Ranta?! Estamos na mesma equipe, pelo amor de Deus! Normalmente,
você ao menos daria um pequeno aceno em nossa direção"!
"A coisa sobre Merry-chan é", Yume arqueou as sobrancelhas e
derramou com raiva, "normal não é realmente algo que se aplica com
ela, você sabe. Mas o que ela acabou de fazer picou um pouco o
coração de Yume".
Shihoru continuava esfregando os lábios juntos. "...B-Mas, nós
também não acenamos para ela, nem nada. Acho que ambos os lados
são os culpados... talvez".
"Ahh", Haruhiro arranhou seu pescoço. "Sim, mais ou menos".
Tipo, esperávamos que ela nos ignorasse, e nos preparamos para isso.
Então, eis e eis? Algo parecido com isso. Talvez também não seja bom
para nós fazer isso".
"Não me venha com essa merda. Por que precisamos sair do nosso
caminho para nos preocuparmos com os sentimentos dela?"
"Veja, Ranta, você agindo assim é por que todas nós garotas
odiamos você", disse Yume. "Oh, cale a boca! Eu não quero ouvir uma
garota com peitos minúsculas agindo como se ela pudesse
fale por todas as mulheres"! "Não as chame minúsculas!"
"Minúsculas! Minúsculas! Minúsculas! Minúsculas! Minúsculo!
Minúsculo! Tiiiiiiiny!" "Murrrgh", gemeu Yume.
"...Ranta, não importa onde você vá, você nunca deixa de ser
terrível", disse Haruhiro.
"Não é da sua conta, Haruhiro! Como se eu me importasse com a
expressão no rosto de uma garota! As únicas partes que olho são seus
seios, seus traseiros, suas pernas e seus braços superiores"!
Shihoru olhou para Ranta como se ela estivesse olhando para o
lixo. "...Você me enojou. Como uma pessoa".
"H-Harsh!" Até a Ranta deve ter percebido que isto era ruim. "Eu
não olho apenas para os seios, rabos, pernas e antebraços". Eu não me
importo com a expressão deles, mas o rosto deles também é
importante! Porque mesmo que você tenha um corpo quente, se seu
rosto é todo nojento, sim, não estou tocando nisso! Não estou tocando
nisso! Isso é estranho, sinto que estou ficando ainda mais ofuscado
agora. Por quê?".
"Alguém apenas..." Moguzo apontou para a Merry. "...começou a
falar com Merry". "Oh." Haruhiro piscou os olhos. "...Você está
certo".
Não foi nada para se surpreender, mas foi inesperado. E mais, o
homem que estava conversando com Merry com um sorriso era
alguém que Haruhiro conhecia.
Dito isto, eles só tinham falado uma vez. Aquele rosto gentil. A
armadura e a capa. Aquela espada. Sua indumentária geralmente
esbranquiçada.
"-Huh, essa é Shinohara de Orion".
"-Orion?" Ranta apontou sua cabeça para o lado. "- Whoa, você
está falando sério. Se estamos falando de Orion, eles são um clã
bastante famoso. E, espere, Shinohara... Se eu me lembro, ele é o
mestre de Orion". Bem, não como se isso importasse. Quem se
importa com o que aquela mulher faz. Oh! As bebidas estão aqui.
Vamos fazer um brinde. Um brinde.
Um brinde!"
"Ch-Cheers", respondeu Moguzo. Ele foi o único que fez. Haruhiro
deu uma taça de madeira junto com apenas Moguzo, Yume, e
Shihoru's, e depois tomou um gole de limonada. Era doce, azedo e
delicioso.
"Ei, ei, Haru-kun". Yume puxou a manga dele. "O que é um clã?"
"Ah, os clãs são..." Haruhiro não sabia muito sobre clãs em si, mas
eles eram grupos ou equipes que os soldados voluntários se
reuniam em busca de algum objetivo.
A maioria dos grupos eram cinco ou seis pessoas, e ele tinha
ouvido dizer que isso era porque a Proteção de um padre, que era um
feitiço de proteção, tinha como alvo um máximo de seis pessoas.
Entretanto, havia inimigos poderosos que só seis pessoas não podiam
esperar derrotar, assim como territórios inimigos perigosos que não
podiam entrar com apenas seis pessoas. Havia cenários que exigiam
que múltiplas partes se coordenassem entre si, e a estrutura do clã
havia sido criada aparentemente para facilitar isso.
"Há também uma série de clãs famosos. Como os Berserkers e Iron
Knuckle. Ou há o clã dos Anjos Selvagens só de mulheres, por
exemplo. Ah, certo. Orion é famoso, também".
"Olha", Ranta gesticulou para Shinohara com seu polegar. "Há sete
cristas em forma de X em sua capa, certo? Esse é o símbolo de Orion.
Provavelmente há alguns deles ao redor".
É verdade, havia clientes com a mesma capa que a de Shinohara
pontilhada ao redor. Shinohara tinha dito que eles vinham à Sherry's
Tavern com bastante freqüência. Haruhiro sempre tinha a intenção de
ir lá e dizer oi se ele se deparasse com eles aqui. Talvez agora fosse a
hora
Sim, não. Não quero interrompê-lo enquanto ele está falando com
Merry. Ele pode esperar.
Mas ainda assim, qual era a ligação de Shinohara com Merry?
Shinohara parecia estar fazendo toda a conversa, com Merry apenas
fazendo comentários curtos ocasionais e acenando com a cabeça, mas
ela não parecia estar nada incomodada com isso. Na verdade, se
alguma coisa, ela parecia se desculpar.
Eventualmente, Shinohara foi embora e deixou Merry. Ela olhou
para as costas dele por um tempo enquanto ele saía, depois olhou para
baixo e tomou um gole de sua bebida.
Ranta riu mal. "Aqueles dois estão fazendo isso".
"Eu não consegui essa vibração..." Haruhiro disse com incerteza.
"Haaaaruhiroooo". Você, amigo, está seriamente cego. Não
importa como você olhe para isso, essa era totalmente a vibração que
eles tinham. Eles estão fazendo isso totalmente. 100 por cento, eu
garanto".
"Vou dar uma palavrinha a Shinohara".
"Ei, seu bastardo! Não me ignore! Você está me deixando triste!"
Enquanto pensava que Ranta podia ir em frente e ficar triste o
quanto quisesse, Haruhiro começou a se levantar de seu assento, e
então a taberna de repente se tornou barulhenta. A razão foi
imediatamente aparente.
"-Soma".
"Ei, se não é a Soma".
"É a Soma!"
"-Soma!"
"-Soma...!"
Os soldados voluntários estavam todos chamando por um nome.
Quem é a Soma? Deve ser esse cara. Um grupo de seis pessoas
tinha acabado de entrar na Sherry's Tavern. Ele é o que está na frente.
Ele parecia ser ainda um jovem, mas era diferente dos outros.
Demasiado diferente. Para começar, seu equipamento era único.
O que é aquela armadura preta que cobre todo o seu corpo, mas
que lhe serve bem, parece incrivelmente leve, e não tem nenhum ponto
angular?
Provavelmente foi feita de incontáveis pequenas placas de metal
encaixadas, mas havia uma luz laranja que vazava de dentro dele aqui
e ali. Ela piscava para dentro e para fora, como se estivesse respirando.
Ele usava uma saia longa e assimétrica, que parecia fazer parte da
armadura, e cobria sua parte inferior do corpo. Mas isso só o faz
parecer mais frio.
A longa espada que ele estava usando sobre as costas tinha uma
lâmina curva. Se há alguém que não está completamente encantado
com aquele trabalho sinistro, mas bonito, é evidente que não sabe do
que está falando.
A pequena espada pendurada em seu quadril também era incrível.
Honestamente, só essa seria suficiente para mim. Eu a quero.
O homem que carregava todas aquelas armas e armaduras que
estavam claramente em outro nível tinha um rosto que também era
extraordinário.
Ele tinha características bem definidas. Não são especialmente
másculos, ou bonitos de uma maneira mais neutra, não é assim, mas
se ele olhasse para alguém com aqueles olhos de amêndoa tão cheios
de compostura, intensidade e tristeza, eu não acho que alguém
pudesse ficar calmo.
Os homens e mulheres que seguiam a Soma claramente não eram
pessoas comuns.
Um deles era um homem moreno com seus cabelos em rastas que
tinha olhos de sanpaku e usava uma armadura de prata tão radiante que
era cegante.
Ele é enorme, pensou Haruhiro. Ele tem que ser mais alto que
Moguzo.
Ele parecia bem constituído, mas por causa de sua pequena cabeça,
ele se deparou como um lanky.
O homem que caminhava logo atrás dele, ao contrário, era bastante
pequeno. Ele tinha um rosto infantil, mas olhos que eram grossos com
muito muco. Sinto que vou ser amaldiçoado se encontrar seu olhar.
Será que o homem de braços longos, muito longos demais, que
estava ao lado do homenzinho, era até mesmo humano? Ele usava uma
máscara aterrorizante, então era difícil ter certeza, mas Haruhiro sentia
que era algum outro tipo de criatura. A armadura que ele usava, que
parecia ter enrolado metal e couro ao redor de seu corpo inteiro, era
anormal, e a gigante espada de lâmina serrada amarrada às suas costas
parecia perigosa.
Ainda assim, quando Haruhiro olhou para as duas mulheres que o
seguiam, foi um belo refresco para seus olhos, e seu cérebro sentiu que
poderia simplesmente derreter. A equipe de Soma incluiu quatro
homens, duas mulheres, e ambas eram lindas.
Uma era uma garota sexy, mais velha, da variedade de beleza cool.
Ela usava algo como um vestido que tinha um desenho arrojado que
dava uma olhada em seus seios e pernas. Ela estava adornada com
colares, anéis, pulseiras, um bastão da melhor qualidade, uma espada
curta, e muito mais, mas nada disso parecia excessivo. Isso porque ela
mesma era linda o suficiente para que nenhuma dessas coisas a
brilhasse mais.
A outra parecia, em alguns aspectos, um pouco como a Merry. Não
era que seus rostos fossem semelhantes, mas ela tinha a mesma beleza
desumana. Era uma moça bonita, jovem, ou uma mulher bonita?
Ela parecia ter mais ou menos a mesma idade que Haruhiro e, ao
mesmo tempo, parecia mais velha. Ela usava uma couraça com
desenhos delicados esculpidos nela, mas de outra forma estava
ligeiramente equipada. Mas ela tinha uma espada.
Ela era uma guerreira? As guerreiras femininas eram incomuns.
Mas, colocando isso em evidência...
Que cabelo prateado deslumbrante.
Não era nada como o cabelo de Renji. Seu cabelo parecia como se
tivesse sido feito derretendo prata real e girando-o em fios. Seus olhos
pareciam incrustados com safiras e sua pele era anormalmente branca.
Era como se fosse neve. Isso não era apenas uma expressão:
realmente parecia neve. Obviamente, tinha que haver sangue fluindo
através dela, por isso havia o menor laivo vermelho, mas sua pele
estava radiante.
A Merry não estava nada próxima a ela. Esta mulher não é
humana. Ela tem orelhas pontiagudas.
"...Aquilo não é um elfo, ali?" Ranta sussurrou.
"Um elfo..." Enquanto Haruhiro olhava com tanta força que se
esqueceu de pestanejar, ele papagueou as palavras de volta.
Um elfo. O que é isso? Eu não sei, mas eu sei. Um elfo. Certo. Ela
provavelmente é um elfo.
Com um "Yo! Yo!", alguém correu até ele. Alguém tão barulhento
só poderia ser Kikkawa.
"Ei, se não é Harucchi, Rantan, Moguchin, Yumepi, e Shihorun!
Você é bom? Você é bom? Eu sou ótimo! Ei, você viu, você viu, você
está vendo agora mesmo? Soma é incrível, não é?! Cara, eu não pensei
que teria a chance de vê-lo. Por falar em sorte! Nós somos todos
sortudos! Yessiree!"
Ele pareceu ainda mais ferido do que da última vez. Foi por causa
da Soma? "...Kikkawa, quem é Soma?"
"Whaaaaat". Harucchi, você não conhece a Soma?! Sério?! Você
está brincando comigo. Isso é tipo, nem pensar. Soma é, você sabe, o
soldado voluntário número um. O soldado voluntário dos soldados
voluntários. Bem, em termos de habilidade há algumas pessoas que
argumentariam o contrário, mas no valor da marca, ele é o topo, mãos
para baixo. Mas é minha primeira vez que o vejo também. Ele é
diferente! Tão diferente! Tão legal! Se eu fosse uma mulher, eu
gostaria que ele me levasse agora! Soma, eu te amouuuuu! Sim. Isso é
uma mentira. Eu não sinto isso muito por ele. Mesmo assim, ele é
fantástico. Eu aspiro a isso, você sabe. Se tenho que ser como alguém,
quero que seja ele".
"E como!" Os olhos de Ranta estavam brilhando. "Se você é um
homem! Se você é um soldado voluntário! É para isso que você tem
que apontar! Maldição! Onde eu consigo um pouco dessa armadura?
Eu quero usar iiiit!"
"...F - Para mim", Moguzo olhou para baixo e murmurou, "Eu
gostaria de um capacete h".
Uma armadura com revestimento também, se possível. Então, eu
poderia fazer um pouco mais"..."
Shihoru parecia magoada, mordendo seu lábio inferior. "...Quero
aprender mais magia. Magia que pode ajudar a todos. O que eu tenho
agora não é suficiente"...
"Para Yume, Yume também quer uma armadura. Talvez Yume
devesse fazer algo sobre isso, não deveria ela? Yume, ela não é tão boa
arqueira, então ela tem que ir muito para a frente".
"Para mim..."
O que devo dizer? Haruhiro ainda não conseguia arrancar seus
olhos de O grupo do Soma. Mas, se ele fosse honesto, ele não queria
se tornar como Soma como Ranta e Kikkawa. Ele nem estava
convencido de que poderia fechar a lacuna entre o grupo deles e o de
Renji.
É inútil, aspirar a ser como alguém. Quando não há maneira de se
alcançar, é simplesmente estúpido.
Mesmo assim, isso não significava que ele achava que as coisas
estavam bem como estavam. Ele não achou. Haruhiro queria seguir em
frente.
Mesmo que ele não pudesse ser como Renji, subindo as escadas,
pulando um ou dois degraus a cada passo, ele estava certo de que
poderia subir aquelas escadas lenta e cuidadosamente, um degrau de
cada vez. Certamente, era isso que Manato estava tentando fazer. Eles
podiam se mover no seu próprio ritmo, tornando hoje melhor do que
ontem, e amanhã melhor do que hoje. Obviamente, apenas desejar que
isso acontecesse não era suficiente. Ele tinha que fazer alguma coisa.
O que deveria estar fazendo, e como?
Ele deveria economizar dinheiro e aprender habilidades? Comprar
bons equipamentos? Essas coisas eram importantes, mas havia mais do
que isso.
Manato disse que estava contando comigo. Será que isso
significava o que eu penso? Que ele queria que eu fizesse o que ele
vinha fazendo? Basicamente, que me tornasse o líder do grupo?
Posso fazer isso? Alguém provavelmente tem que fazer, eu sei. Mas
será que tenho que ser eu? Eu não quero fazer isso. Eu não quero
carregar esse fardo. É muito incômodo. E o Manato? Ele escolheu
fazê-lo porque queria fazê-lo e estava feliz em fazê-lo? Talvez não
necessariamente. Talvez tenha sido difícil e ele quisesse desistir, mas
cerrou os dentes e nos puxou o tempo todo. Como posso dizer com
certeza que não foi esse o caso?
"Oh, mas, mas, mas!". Kikkawa tinha jogado seu braço ao redor do
ombro de Ranta e começou a rir em algum momento.
Ser capaz de fazer isso com Ranta é impressionante.
"Eu não pensei que iria conseguir conhecer a Soma! Ouvi dizer que
o velho Ishmal é o seu principal local de pisada, e ele raramente volta
a Alterna! Mas esse sou eu para você! Tenho tanta sorte que me
assusto! Não, na verdade não tenho medo de mim mesmo"!
"Ei, Kikkawa! Vamos nos tornar amigos com a Soma e sua
gangue! Do jeito que estamos agora, nós podemos fazer isso!"
"Você quer ir?! Você quer ir?! Ranta, nós vamos?!" Kikkawa e
Ranta estavam de pé ao mesmo tempo.
Eles não poderiam ter a intenção séria de falar com a Soma,
poderiam? Haruhiro levantou-se em sua cadeira, olhando ao redor da
taverna.
Soma e seu grupo estavam sentados em uma mesa ao lado do
balcão, e uma multidão começava a se reunir ali. Merry estava
sozinho, bebendo algo, alcoólico ou não. Ele não conseguia ver
Shinohara em lugar algum. Teria ele ido para outro lugar?
Sentado em seu assento, Haruhiro bebeu sua limonada. Quando ele
levantou o rosto, seus olhos encontraram os de Yume.
Yume inclinou a cabeça para o lado, como se quisesse dizer:
"Alguma coisa se passa?
Haruhiro balançou a cabeça como se nada fosse, e tomou outro
gole de sua limonada.
Bem, não, não é nada. Um líder, huh. Isso é algo que eu posso ser?
17. Precioso
Se ele podia ou não podia, enquanto respirasse, o tempo continuaria a

fluir. Quando ele fosse dormir, o sol nasceria. Quando a manhã chegasse, ele
teria que ir para a Cidade Velha de Damuro.
Eles emboscaram dois Goblins, ferindo um deles com o ataque
preventivo. Ranta e Yume enfrentaram o Goblin ferido, enquanto Moguzo e
Haruhiro enfrentaram o ileso.
O Goblin ileso usava um capacete amassado e uma corrente rudimentar, e
estava armado com uma espada danificada. Era um adversário bastante duro,
mas, dito isto, Moguzo era muito maior do que ele e tinha a vantagem em
termos de força, também. Parecia que ele deveria ter sido capaz de se impor
em sua defesa, mas Moguzo não fez isso.
Por que não? Porque Moguzo estava com medo?
É verdade, Moguzo não era tão imprudente quanto Ranta. Entretanto, ele
tinha bons motivos para ser cauteloso.
O Goblin estava usando um capacete, então Haruhiro notou algo
enquanto observava os dois. Com um capacete, não se morria de um leve
golpe na cabeça. Entretanto, sem um, mesmo um golpe de pasto poderia
causar ferimentos graves, por isso você não podia deixar de ser cauteloso.
Na noite anterior, Moguzo havia dito que queria um capacete e uma
armadura de chapéu.
Não uma espada afiada e nova: era um equipamento defensivo que ele
queria. Com equipamentos que o defendiam melhor, ele podia se lançar na
luta mais completamente. Isso era provavelmente o que ele queria dizer.
Haruhiro passou a maior parte de seu tempo pensando em como ficar
atrás do inimigo. Ele não usava armadura, então cada ataque inimigo era
assustador para ele. Foi apenas um pouco exagerado dizer que um golpe
poderia ser o fim dele, então ele os evitou com tudo o que tinha.
Entretanto, Moguzo teve que enfrentar o inimigo em uma troca direta de
golpes. Se Moguzo estivesse correndo como Haruhiro, tudo se transformaria
em uma confusão total.
Como seus papéis eram diferentes, Haruhiro não tinha entendido isso. Ele
não tinha visto nada. Não, ele não tinha tentado ver nada.
"Moguzo...!". Haruhiro chamou Moguzo, cortando no Goblin, como ele
fez.
O Goblin virou na sua direção. Haruhiro recuou. O Goblin hesitou por um
momento.
Só um momento.
O Goblin girou de volta para enfrentar Moguzo, mas Moguzo já estava
empurrando sua espada bastarda contra ele.
"Hunghh....!".
A espada bastarda se enterrou profundamente dentro do flanco do Goblin.
Mas os seres vivos não morrem tão facilmente.
O Goblin gritou, "Gyagyahh!" e tentou balançar sua espada.
Eu não vou deixar que você faça isso! Haruhiro atacou o Goblin por trás.
A mão da espada do Goblin. Aponte para sua mão. O pulso.
"-Bofetada...!"
Ele não foi capaz de arrancá-la, mas sua adaga alcançou o osso e o Goblin
perdeu o punho em sua espada. Moguzo grunhiu e deu uma torção à sua
espada bastarda. O Goblin gritou, tentando agarrar o Moguzo. Haruhiro
agarrou o capacete do Goblin com a mão esquerda, arrancando-o com todas
as suas forças, depois bateu com a adaga debaixo do queixo.
"- Ali!"
Mesmo depois de tudo isso, levou algum tempo para que o Goblin
parasse de lutar.
Havia vidas em jogo aqui. Ambos os lados eram sérios. Não ficou mais
sério do que isto. Não havia como ser fácil.
Manato não tinha dito isso?
Assim como eles não queriam morrer, os Goblins também não queriam
morrer.
Eles os matavam, pegavam suas coisas, comiam e viviam.
Para o outro Goblin, Ranta e Yume, Shihoru o enfraqueceu com magia e
Ranta deu o golpe final.
Uma vez terminada a batalha, enquanto Haruhiro recolhia as bolsas dos
Goblins, Merry levou os cinco dedos de sua mão direita até a testa,
pressionando a testa com o dedo do meio.
Isso foi muito rápido! Quase perdi isso. No entanto, ele conseguiu vê-lo
corretamente.
Esse é o sinal do hexagrama. Manato fez isso muitas vezes depois que
vencemos o inimigo. Estou um pouco surpreso, ela não parece ser do tipo
que faz isso. Mas também não a conheço bem. Eu não sei nada sobre a
Merry. Eu nunca tentei aprender.
Durante o intervalo da tarde, ele disse a Moguzo: "Ei, eu vou lançar um
pouco".
Moguzo, não importa se é barato, mas compre um capacete". Talvez
procure por uma armadura usada no seu tamanho também. Mesmo que não
consiga encontrar nenhuma, veja quanto custaria para consertá-la. Isso nos
dará uma idéia do preço".
"... Huh? Sério? Mas... Eu não consegui. Acho que você não deveria ter
que pagar por isso, Haruhiro".
"Está tudo bem, de verdade. Por enquanto, isto aqui é tudo o que preciso",
disse Haruhiro, batendo sua adaga. "Se você não tiver todo o seu
equipamento junto, é um problema para todos". Portanto, é do meu próprio
interesse pagar, está vendo? A armadura de ferro é cara, certo? Se
estivéssemos ganhando muito dinheiro, eu o deixaria tratar disso, mas como
não estamos, é um pouco demais esperar que você mesmo possa pagar por
tudo isso".
"Ahh, quando você diz isso assim, Yume concorda", Yume deu um
sorriso relaxado. "Moguzo, se você comprar equipamento defensivo, Yume
fará uma doação para a causa. Vamos todos procurar um capacete bonito
juntos, ok?"
Shihoru levantou hesitantemente a mão. "...Nesse caso, eu também
levantarei. Não posso dispensar muito, mas posso colocar um pouco".
"Aconteça o que acontecer, você não vai tirar um único cobre de mim,
está bem?! Só estou dizendo!" declarou Ranta.
"Tudo bem". Ninguém esperava nada de você, Ranta", disse Haruhiro.
Então ele olhou de relance para ver a reação de Merry.
Merry estava olhando para a distância, como se dissesse que não era sua
preocupação. Mesmo assim, era apenas imaginação de Haruhiro quando ele
achou que ela parecia um pouco triste e solitária?
Ocorreu-lhe que, se pudesse dar-se ao luxo de fazê-lo da próxima vez, ele
deveria observar Merry durante o combate. Ela está apenas agarrada ao seu
pessoal, ela nunca se move, ela mal nos cura, ela não tem motivação, ela
está basicamente ali parada, era a impressão atual que ele tinha de Merry.
Mas era mesmo verdade?
Os primeiros Goblins que encontraram à tarde eram um grupo de três,
então as coisas estavam muito agitadas para que ele pudesse observar o que
Merry fez em combate.
Depois disso, eles não conseguiram encontrar grupos ou Goblins
individuais que parecessem bons alvos, mas na saída da Cidade Velha de
Damuro, eles tropeçaram em um par de dois Goblins.
Tinham passado um pelo outro, então isso se transformou em um súbito
tumulto. Shihoru e Merry, a equipe de retaguarda, nem sequer tiveram tempo
de recuar.
Um dos Goblins pulou na Merry. Ela ofegou.
"Não fique só olhando para o espaço..." Ranta bateu com o Goblin,
derrubando-o no chão. "- sua cabra estúpida!"
"Eu não estava olhando para o espaço!", ela se partiu.
É verdade, não parecia que Merry estivesse olhando para o espaço.
O outro Goblin tentou pular em Shihoru. Merry gritou, batendo com o
bastão de seu padre. Essa foi a habilidade de autodefesa do padre, Smash.
Era uma habilidade que Manato também tinha aprendido, então ele estava
certo disso.
Havia dois inimigos, então eles estavam em uma boa posição desde o
início. Enquanto Haruhiro estava de olho nas costas dos Goblins, ele
ocasionalmente olhava de relance para Merry.
Foi o que eu pensei. O pessoal não é só para mostrar. Ela aprendeu as
habilidades adequadas de autodefesa. Ela não quer ir para a frente, mas
ainda assim protegeu Shihoru.
Além do mais, quando um Goblin se agarrou a Moguzo, cortando-lhe a
cabeça no queixo, Merry observou tudo o que aconteceu de perto. Logo
depois disso, ela se afastou. Como se ela estivesse pensando, ele está bem.
Não há necessidade de curá-lo.
Merry está apenas ali parado? Ela não tem motivação? Não é nada
disso.
Merry estava observando a situação pela retaguarda, fazendo chamadas
de julgamento cada vez que um camarada se machucava. Ela até usaria seu
pessoal se fosse preciso.
Com a batalha terminada, Shihoru foi e falou com Merry. "Hum,
obrigado por mais cedo".
Merry desviou o olhar dela. "Do que você está falando?"
Ela não precisa dizer isso assim. Se ela apenas dissesse: "De nada" ou
sorrisse, então todos, caras e meninas, gostariam de Merry. Não deve ser
difícil. Tenho certeza de que fazer isso também facilitaria a vida de Merry.
Então, por que ela não o faz?
Depois que eles voltaram para Alterna e venderam seu saque, ele a
chamou.
Ele notou que ela estava prestes a partir sem avisá-los. "Ah, Merry,
espere um segundo!"
Merry arranhou o cabelo dela, virando-se como se fosse um incômodo.
"Você ainda tinha algum negócio comigo?"
Como eu disse, você fica assustado com cada coisinha. Começo a achar
que você quer ser odiado. Mesmo assim, somos membros do mesmo grupo,
não somos? Tem que ser melhor gostar do que ser odiado. Gostaria de ter a
coragem de dizer isso a ela, mas não posso. Se eu tentar me envolver demais
com ela, Merry provavelmente irá fugir. Tenho a sensação de que ela diria:
"Já chega! Adeus!" e desistiria da equipe.
"Eu não chamaria isso de negócios, mas você gostaria de vir comer
conosco? Podemos ir à taverna ou algo assim depois disso".
"Não, obrigado".
"...Por que tão educado?"
Merry olhava para baixo e para longe, enrugando sua testa sempre tão
levemente. Ela estava com raiva? Ela parecia envergonhada de alguma
forma. "...Não há um significado real por trás disso".
"Oh, estou vendo. Desculpe por te cutucar por causa de uma coisinha
dessas".
"Eu realmente não..." A Merry começou a embolsar seus lábios mas
parou, olhando para baixo e abanando a cabeça da esquerda para a direita.
Então ela disse: "Até mais..."
Provavelmente, a próxima palavra que ela estava prestes a proferir era
amanhã. Para Merry, que sempre saía sem uma palavra, isto era incomum.
Ou teria sido incomum, mas, no final das contas, nunca aconteceu. Parando
apenas com essas duas palavras, Merry virou as costas para Haruhiro e para
as outras.
Merry é uma andadora rápida, mas a maneira como ela andava era
estranha. Como se ela estivesse ficando nervosa.
Ranta escarneceu. "Yeesh, que mulher tão pouco provável. Sério".
"Sério...?" Moguzo acariciou seu queixo. Era leve, mas ele tinha barba...
em crescimento.
Sua barba certamente cresce em espessura, Moguzo.
"Sinto que, hoje, ela estava um pouco diferente".
Yume acenou com a cabeça. "Sim, sim, ela estava diferente hoje, hein? O
Merry-chan de hoje era apenas um pouquinho fofo. Isso é apenas uma
sensação vaaaaague que Yume tinha, você sabe".
Ranta deu a Yume o olho lateral. "Não chame nada e tudo de bonitinho,
bonitinho, bonitinho. Seu 'bonitinho' se aplica a uma gama tão ampla, que eu
nem sei mais o que significa".
"Eu não preciso de alguém como você para entender, Ranta. Eu não quero
que você me entenda".
"Isso não é nada engraçado".
Uma vez que conseguiram acalmar Yume e Ranta, eles foram procurar
um capacete para Moguzo. Havia uma loja no mercado vendendo capacetes
de ferro usados, e um tipo chamado barbut era barato.
Os churrascos eram forjados a partir de uma única folha de ferro, por isso
eram tão baratos quanto simples. Eles tinham a forma do dedo grande do pé
de uma pessoa, e quando você o usava, seus olhos, nariz e boca eram
expostos através da abertura em forma de T.
À primeira vista, parece que cairia facilmente, mas há couro enrolado no
interior, então acho que não, pensou Haruhiro.
Ranta teimou em regatear o preço para baixo, e eles conseguiram um
churrasco que era perfeito para Moguzo, mesmo que estivesse arranhado e
amassado por toda parte, por 18 pratas quando o preço original tinha sido 42
pratas. Dela, Haruhiro pagou três pratas, Yume e Shihoru três pratas cada, e
Moguzo pagou oito pratas.
Enquanto eles comiam em uma barraca, Ranta disse: "Bem, eu
efetivamente coloquei 24 pratas, entendeu?! É melhor ficarem gratos, caras"
e assopraram seu peito orgulhosamente, o que fez Yume e Shihoru sulcarem
suas sobrancelhas.
Haruhiro também ficou chocado, mas quando pensou nisso, Ranta pode
ter tido razão. Provavelmente, ninguém além do sem-vergonha Ranta poderia
ter regateado tanto assim. 24 prata pode ter sido um exagero, mas eles
provavelmente tinham economizado cerca de dez pratas graças à Ranta.
"Sim. Obrigado, Ranta", disse Haruhiro, falando sério.
Ranta piscou de surpresa e disse: "Claro," depois olhou para baixo. "...A-
Desde que você consiga. É meu, o quê, mérito? Meu valor? Meu verdadeiro
valor?
Algo assim, de qualquer forma. Já que vocês tendem a olhar para mim
com desprezo. Levem isto a sério, para referência futura. Sério. Peço a vocês,
honestamente.
Bem, não, eu não vou implorar..."
Eles tinham planejado olhar à volta da armadura depois de comer, mas já
era tarde, então foram para a taverna. Merry não parecia estar lá. Haruhiro a
havia convidado para vir, o que poderia tê-la feito decidir não se mostrar aqui
esta noite.
"Aquela mulher é seriamente aguda. Ela é ainda pior do que Yume",
murmurou Ranta. Ele parecia estar amargo por Merry não ter dito uma única
palavra de agradecimento depois de tê-la ajudado. "Quero dizer, ela não pode
nem mesmo dar um olá adequado, ou agradecer, ou lamentar". Ela está
desesperada. As aparências são tudo o que ela tem para ela. Apenas sua
aparência. No entanto, sua aparência é de alto nível. No entanto, ela não tem
nada sobre aquele elfo da equipe do Soma".
"M-Mas..." Moguzo gaguejou. Ele ainda estava usando seu churrasco.
Parecia que ele gostava muito dele.
Não vai ser fácil beber naquela coisa, pensou Haruhiro.
"Antes, quando ela me curou, ela pediu desculpas. Merry-san pediu".
"Huhhh? Não minta, Moguzo. Como se ela alguma vez tivesse feito isso".
"I-É verdade. Foi quando eu magoei minha cabeça. A mão de Merry-san
tocou a ferida e eu gemi de dor, então ela pediu desculpas".
"Sim, isso aconteceu". Haruhiro também se lembrou disso. Ele não tinha
conseguido ouvi-la, mas Merry tinha definitivamente dito algo a Moguzo
daquela vez. "Estou vendo. Isso foi um pedido de desculpas".
"Ela também me protegeu", acenou Shihoru. "Ela é difícil de se
aproximar, mas eu não acho que ela seja desagradável ou sem coração. Ela
não é esse tipo de pessoa".
"A Merry-chan também é uma gracinha", acrescentou Yume.
"Então, eu estava observando Merry mais de perto hoje", disse Haruhiro,
"e..."
Ele descreveu para os outros o que havia notado em combate. Merry
estava trabalhando duro para cumprir seu papel à sua própria maneira. Era só
que ela não lhes dizia o que estava pensando, não falava bem com eles, e
tinha problemas de atitude. Foi por isso que eles entenderam mal.
"- Agora, isto provavelmente é só, mas, se entendermos o método de
Merry, acho que podemos usá-la bem. Ainda assim, não tenho certeza se isso
é bom o suficiente".
"-O que há de errado com isso?" Ranta bebeu um pouco de cerveja, e
depois cheirou zombando. "Se aquela mulher está fazendo seu trabalho,
como você diz, não há problema. Embora eu não esteja convencido de que a
mulher realmente esteja".
"Se você se sente assim, Ranta, isso já é um problema".
"Será que o que eu sinto é importante para vocês? Vocês estão sempre me
ignorando, não é mesmo?"
"Não fique amuado".
"Não estou amuado de jeito nenhum. Só estou dizendo a verdade. Essa
vadia é uma forasteira na equipe, mas eu não sou muito diferente nessa
frente, sou eu?"
Será que Ranta estava se sentindo assim? Ele nunca havia notado. Não
tinha sido apenas Merry: Haruhiro também não tinha estado olhando para
Ranta. Era isso que isso significava?
Agora que penso nisso, Ranta é humano, também. Se o tratassem mal, ele
não ficaria bem só com isso.
Embora, nesse caso, talvez ele devesse ter tentado fazer algo a respeito da
maneira como falou e agiu. Parecia mesmo que ele estava recebendo
exatamente o que merecia. Mesmo assim, mesmo se você dissesse a alguém
para consertar sua personalidade, não era algo que pudesse ser consertado tão
facilmente.
Mesmo como ele está agora, Ranta tem alguns pontos positivos. Bem,
não absolutamente nenhum, pelo menos.
"Meu erro", Haruhiro baixou a cabeça. "Sinto muito, Ranta. Terei mais
cuidado no futuro".
"Y-Yeah! É melhor você ser mais cuidadoso, idiota!" "...O 'idiota' não foi
convocado".
"O que há de errado em chamar um idiota de idiota, seu idiota?"
"Cara..." Haruhiro arranhou seu pescoço. Ele nem conseguia ficar bravo a
esta altura.
O que é Ranta, uma criança? Sim, ele definitivamente era. Talvez fosse
melhor não prestar atenção a cada pequena provocação e, em vez disso,
deixá-la ir. Manato o tratou dessa maneira, pensando bem.
Enquanto ele suspirava e olhava ao redor da taberna, uma capa de Orion
chamou a atenção de Haruhiro. Era Shinohara. Ele estava subindo as escadas
até o segundo nível.
"Ah. Eu vou cumprimentar Shinohara-san", disse Haruhiro. "O que?
Deixe-me adivinhar, Haruhiro, você está tentando entrar em Orion
sem o resto de nós, não é?"! exigiu Ranta. "Eu não vou deixar você fazer
isso! Eu também vou!"
"...Bem, não, não tenho nenhuma intenção de fazer isso, mas claro, você
pode ir junto".
"Então... então, eu também".
"Se todos vocês forem, talvez o Yume também vá".
"Huh... Bem, então, eu também... Seria um pouco constrangedor ser o
único a ficar para trás"..."
Haruhiro tinha suas dúvidas de que eles deveriam fazer desta maneira,
mas os cinco subiram as escadas juntos. Shinohara os notou antes que
Haruhiro pudesse chamá-lo, e ele se levantou de seu assento.
"Ei, Haruhiro-kun. Já faz um bom tempo. Estes são seus camaradas com
você?"
Uau. Eu só conheci esse cara uma vez, e ele se lembra de mim. Isso é
meio incrível. E, espera aí, quase todo mundo sentado ao redor de
Shinohara faz parte de Orion. Deve haver mais de vinte... não, trinta deles. A
maioria são homens, mas talvez um terço ou mais são mulheres, e todas elas
estão usando a capa de Orion.
"Sim... Sim... B-Bom te ver, uh...""Venha, por aqui". -Hayashi, você
poderia conseguir alguns lugares para eles?"
"Ok, Shinohara-san". O homem de cabelos curtos e olhos esbeltos a quem
ele havia chamado Hayashi trouxe algumas mesas e cadeiras das redondezas.
"Junte-se a mim aqui", disse Shinohara. Ele se sentou em uma das
cadeiras ao redor da mesa que Hayashi trouxe, e Haruhiro e os outros fizeram
o mesmo.
Os membros da Orion não ficaram olhando; eles apenas continuaram
conversando calmamente entre si.
Eles são muito bem-educados, muito agradáveis, pensou Haruhiro.
Mesmo que ainda não tivessem pedido, as bebidas vieram para eles.
Esqueça Moguzo, Yume e Shihoru-até Ranta estava sendo tão quieto e
manso quanto um cordeiro.
Orion é incrível, pensou Haruhiro.
"Bem, como é, Haruhiro-kun? Você parece ainda não ter comprado seu
crachá, mas está começando a se acostumar com o estilo de vida?"
"Huh? Como você sabe que eu ainda não comprei meu crachá?"
"Eu estou sempre interessado no que os novatos estão fazendo. Você está
freqüentando a Cidade Velha de Damuro, certo? Parece que algumas pessoas
começaram a chamá-los de Caçadores de Goblins nas suas costas".
"Ahh... Temos visado apenas Goblins durante todo esse tempo, então isso
é justo".
Shinohara fez uma pausa por um momento, depois ajustou sua postura.
"O que aconteceu com seu camarada foi lamentável".
"...Sim". Haruhiro baixou os olhos para a mesa, apertando as mãos. Ele
até sabe disso, huh. Então, talvez seja assim mesmo.
A princípio, a alternativa havia se sentido enorme para ele, mas na
realidade era um espaço fixo, com tudo bem embalado. Os soldados
voluntários do mundo ocupados era uma porção ainda menor disso. Se eles
não se esforçassem muito para escondê-lo, notícias de quase tudo iriam se
espalhar em pouco tempo. Eu provavelmente deveria ter isso em mente.
"...Quero dizer, eu também fiquei muito decepcionado com isso", disse
Haruhiro. "Ele estava um grande rapaz".
"Pode ser presunção minha dizer isto, mas eu sei como é perder um
camarada", disse-lhe Shinohara. "Eu também já experimentei isso".
"Eu... veja. Isso é..."
"Por favor, nunca esqueça essa dor", disse Shinohara, olhando para
Haruhiro e os outros. Seus olhos estavam tranquilos, mas cheios de uma
profunda tristeza. "Mesmo quando você carrega essa dor, você ainda pode
seguir em frente. Quero que vocês gravem isso no fundo de seus corações".
Além disso, quero que valorizem os camaradas que têm agora. Valorize o
tempo que você passa com eles. Porque uma vez passado, ele nunca mais
voltará. Sem dúvida, vocês terão arrependimentos, mas, por favor, trabalhem
duro para deixar o menor número possível de arrependimentos".
Enquanto ouvia Shinohara falar, Haruhiro inconscientemente trouxe uma
mão em seu peito. Tesouro os camaradas que tenho agora.
Se ao menos ele tivesse feito mais para valorizar Manato enquanto ele
estava vivo. Se ao menos ele tivesse feito mais para entender Manato. No
entanto, isso não era mais possível. Isso era mais uma razão para que ele
precisasse valorizar o tempo que tinha com os camaradas que tinha agora.
Para não se deixar arrepender.
Não há como saber quando eu mesmo poderia morrer.
Era o mesmo para Moguzo, para Ranta, para Yume, para Shihoru, e até
mesmo para Merry. Ele não queria ficar pensando em como deveria ter feito
isto ou aquilo de maneira diferente se alguém morresse novamente. Eu não
quero que nenhum de nós pense assim.
"Shinohara-san, tenho algo para pedir seu conselho". "O que poderia ser
isso? Espero ser capaz de ajudá-lo".
"É sobre a Merry. Ontem, você subiu e falou com ela, não foi? Você sabe
que Merry também está em nossa equipe agora, certo?"
"Sim. O que tem ela?"
"Queremos que você nos diga. Sobre a Merry. Qualquer coisa que você
saiba. Posso estar chegando à pessoa errada, mas não acho que ela mesma
nos diria, mesmo que tentássemos forçá-la a isso".
Shinohara bateu na mesa apenas uma vez com o seu dedo indicador. "-
Mais do que eu, Hayashi é o cara com quem falar sobre isso. Ele estava em
uma equipe com ela em determinado momento".
"Huh....?" Haruhiro olhou para a mesa ao lado, onde Hayashi estava
batendo uma taça de volta. Hayashi notou o olhar de Haruhiro e deu um laço
silencioso.
18. As Suas Circunstâncias
Hayashi falou, e esta foi a história que ele contou:
Merry e eu éramos camaradas desde a época em que éramos estagiários.

Michiki e eu éramos guerreiros. Mutsumi era o mago, Ogu era o ladrão,
e Merry era o padre. Acho que nosso grupo estava indo bastante bem por si
mesmo.
Nós visávamos os Goblins na Cidade Velha de Damuro, assim como
vocês, e dez dias depois compramos nossos crachás.
Reunimos nosso equipamento, aprendemos habilidades, e mesmo
depois que começamos a caçar Goblins na Mina Cyrene cerca de oito
quilômetros a noroeste de Alterna, quase nunca nos deparamos com uma
situação perigosa. Na época, pensei que era assim que as coisas eram. Eu
não percebi nada disso.
O que nos dava uma sensação de estabilidade na batalha era Merry.
Mesmo tendo uma aparência tão perfeita, ela não estava cheia de si mesma
por causa disso. Ela estava sempre alegre e enérgica, e sorria o tempo todo,
ao ponto de nunca haver lugar para um momento escuro em nossa equipe.
Além disso, ela aprendeu habilidades de autodefesa, além de magia
leve, e lutou ombro a ombro com Michiki e comigo.
Claro, ela também nunca negligenciou seu trabalho como curandeira.
Se tivéssemos o mais pequeno arranhão, ela o curava imediatamente.
Em nossa equipe, os protagonistas eram eu, Michiki e Merry. Isso
significava que Merry poderia nos curar imediatamente quando nos
feríssemos. Se Mutsumi ou Ogu ficassem em apuros, Merry voltaria
rapidamente para ajudá-los imediatamente. Basicamente, Merry estava
fazendo o trabalho de três pessoas.
Apesar disso, lutamos assumindo que tínhamos cinco. Portanto, é claro
que era fácil. Éramos efetivamente um grupo de sete pessoas.
Aconteceu que havia muitos soldados voluntários que chegaram no
mesmo período que nós, e alguns deles eram ainda mais extraordinários,
então não chamamos muita atenção. Mesmo assim, quanto mais lutávamos,
mais nossa confiança crescia. Não tínhamos medo de nada na época. Não
tínhamos encontrado muita coisa que pudesse nos assustar, então é claro
que não tínhamos.
No entanto, agora sei que era diferente para Merry.
Cada vez que nos machucávamos, ela devia estar na vanguarda. Foi por
isso que ela foi tão rápida para nos curar. Uma vez que uma coisinha se
desvia, o resto pode cair em um instante, então ela pode ter ficado
desesperada para evitar isso.
Ela provavelmente sabia. Ela provavelmente sabia que, honestamente, a
diferença entre vitória e derrota era fina para nós.
O resto de nós não percebeu isso. Nós tínhamos ficado arrogantes.
Havia outros grupos com o objetivo de limpar as Minas Cyrene, e não
queríamos perder para eles. Achávamos que não iríamos perder. Então,
fomos mais fundo. Cada vez mais fundo. E, finalmente, naquela quinta
camada da mina que eu nunca esquecerei, aconteceu.
Você já deve saber, mas os kobolds são uma raça peluda com caras de
cão. Eles são construídos apenas um pouco menores que os humanos.
Entretanto, nas minas mais baixas, há muitos kobolds grandes com cerca
de 170 cm de altura, e esses são relativamente resistentes.
Embora não sejam tão inteligentes quanto os humanos, eles construíram
uma sociedade com uma estrutura de classe rígida. Eles têm ferreiros
habilidosos, e sua magia também está se desenvolvendo. Eles são bons em
trabalhar em grupo e pelo menos alguns deles são guerreiros destemidos.
Tínhamos nos acostumado a cortar esses kobolds, descendo para o
quinto nível ao longo de um dia inteiro. Para ser honesto, pensamos que
éramos mais fortes que os kobolds, que éramos superiores.
Mesmo assim, nunca decepcionamos nossos guardas.
Mas mesmo sem desiludirmos nossos guardas, ele era mais forte do que
nós.
Seus cabelos tinham manchas pretas e brancas e, devido ao fato de que
vários soldados voluntários haviam caído em suas mãos, essas eram
conhecidas como as manchas da morte. O próprio kobold era chamado de
Pontos de Morte.
Ouvimos dizer que ele contornava as minas, trazendo consigo um
pequeno número de seguidores.
Se alguma vez se deparar com os Pontos de Morte, não hesite, corra
imediatamente!
Às vezes, ele chega a subir até a entrada. Mesmo que não seja tão
fundo, você ainda precisará ter cuidado.
Nós sabíamos tudo isso, mas não tivemos cuidado. Porque nunca
tínhamos visto se esconder. nem cabelos de Pontos de Morte.
Dito isto, quando um grande - muito grande demais - kobold que parecia
Pontos de Morte veio até nós, não estávamos tão irrefletidamente otimistas
que esperávamos vencer.
É que... nós estávamos no quinto nível. Era um longo caminho até a
superfície, e não podíamos escapar facilmente. Pensamos que não tínhamos
outra escolha senão lutar.
Michiki e eu enfrentávamos os Pontos da Morte por turnos, enquanto
Merry, Ogu e Mutsumi cuidavam de seus seguidores. Esse era o plano que
seguimos. A princípio, correu bem.
Os Manchas da Morte eram tão fortes quanto os rumores haviam dito, mas
entre Michiki e eu, conseguimos mantê-lo sob controle, e Merry e os outros
estavam gradualmente diminuindo o número de seguidores. Se alguém se
machucasse, Merry os curava imediatamente.
No momento em que todos os seus seguidores se foram, pensei que
podíamos fazer isso. Afinal, os Pontos da Morte já estavam feridos, mas nós
não estávamos feridos. Para ser exato, mesmo depois de termos sofrido
inúmeras feridas, ficamos ilesos.
Eu li mal a situação devido à minha inexperiência. Se tivéssemos fugido,
talvez tivéssemos conseguido nos livrar dos Pontos de Morte e nos escondido
em algum lugar. Mas não fizemos isso.
Atacamos os Pontos de Morte, manchando seu pelo manchado de sangue.
Entretanto, não importava quantas vezes Michiki e eu o cortávamos, Merry
bludgeon o atacava, ou Mutsumi o atacava com magia, ele se recusava a cair.
Não estávamos nem mesmo desacelerando a queda.
Ela tinha reservas ilimitadas de resistência, e a dor de suas feridas não a
enfraquecia; se alguma coisa, a dor só a estava deixando mais louca.
Era um pouco mais antiga, enquanto nós éramos comuns.
Primeiro, ela cortou o rosto de Ogu com suas garras. Enquanto Merry
curava Ogu, Michiki levou um duro golpe que quebrou seu braço esquerdo.
Enquanto Michiki estava sendo curado, ele me deu um duro soco e eu perdi a
consciência.
Fiquei inconsciente por trinta segundos, no máximo. Mas naquele tempo,
Ogu tinha sido morto.
Merry estava tentando desesperadamente manter viva uma Mutsumi quase
morta por um pouco mais de tempo. Michiki estava coberto de feridas e
tentando segurar os Pontos de Morte.
Quando abri meus olhos, desesperadamente chamei a atenção dos Pontos
de Morte para mim, deixando Michiki cair para trás.
Com o último feitiço, Mutsumi soltou antes de respirar por último, a Morte
Os pontos pareciam estar vacilando.
Não, talvez fosse exatamente isso que eu queria pensar. A cada segundo, os
Pontos de Morte me empurravam para mais perto do limite.
"Depressa, Merry! Depressa, cure Michiki!"
Foi isso que eu gritei. De novo, e de novo, eu gritei. Até que Merry gritou
de volta para mim, eu não percebi.
"Sinto muito, Hayashi! Desculpe-me! Eu não posso mais usar magia"!
Não se pode usar magia tanto quanto se quer, pelo tempo que se quer.
Para os magos e sacerdotes usarem o poder dos elementais e dos deuses,
eles gastam um poder espiritual chamado poder mágico. Até eu entendi isso.
Não... eu não tinha compreendido verdadeiramente.
Mesmo pensando que eu conhecia Mutsumi e Merry ocasionalmente
meditava para recuperar seu poder mágico, naquele momento, coisas como
quanto poder mágico lhes restava, se podiam poupar algum, se estavam quase
fora... essas eram coisas que eu não tinha uma compreensão firme. Mutsumi e
Merry não tinham nos deixado se incomodar com essas coisas.
Sempre que precisávamos, a magia vinha voando. Nossas feridas estavam
curadas.
Era assim que se sentia. Nunca pensamos sequer no quanto os dois estavam
lutando para fazer isso.
Mesmo quando acabamos com seus seguidores, Merry deve ter usado
muito poder de magia. E depois de uma longa e arrastada batalha, ele
finalmente havia se esgotado.
Michiki foi o único que salvou Merry e eu. Ele trabalhou a última de suas
forças para enfrentar os Pontos de Morte. Atirando uma habilidade atrás da
outra, ele disse a mim e a Merry para correr.
Merry recusou, e foi cobrar nos Pontos de Morte. Eu a parei.
Eu fugi, arrastando-a comigo.
Não vou arranjar desculpas para o que fiz. Eu abandonei um camarada.
Michiki não ia conseguir com essas feridas. Eu queria ao menos conceder o
último desejo do amigo que estava arriscando sua vida para que pudéssemos
fugir.
Estou surpreso que tenhamos conseguido voltar vivo do quinto nível para a
superfície.
Quase morremos muitas vezes no caminho, e levou um dia e meio.
Mas... tínhamo-los perdido. Nossos preciosos camaradas, nossos amigos...
três deles ao mesmo tempo.
A Merry estava em um estado terrível. Ela era a sacerdotisa, uma
curandeira encarregada de salvar seus camaradas, e havia deixado morrer três
deles, depois teve sua própria vida salva por um camarada.
Desde então, eu nunca mais a vi sorrir. Talvez ela pense que não tem mais
o direito de sorrir.
Depois disso, fomos pegos por Shinohara e nos juntamos a Orion, mas
Merry desistiu imediatamente. Eu acho que, provavelmente, a atmosfera
confortável de Orion realmente a tornou mais dolorosa para ela.
Desde então, Merry se juntou a qualquer grupo que lhe pedisse para fazê-
lo. No entanto, ela nunca fica com nenhum deles por muito tempo.
Tudo o que eu tinha ouvido sobre ela era completamente diferente para a
Merry que eu tinha conhecido, então fiquei preocupado e fui falar com ela. Ela
só me dizia que estava bem, e eu não podia deixar de sentir um muro entre
nós.
Ver-me era doloroso para ela; era o que seus olhos me diziam. Para ela, eu
devo ser um símbolo do passado que ela perdeu.
O que ela precisa agora é de um futuro. Esse não posso ser eu.
Michiki, Mutsumi e Ogu estão mortos, e eu poderia muito bem ser um
fantasma para ela. Nós somos apenas o passado dela.
Ela precisa encontrar um futuro para si mesma. Caso contrário, um dia, ela
afundará no pântano da depressão, deixará de ser capaz de se mover e,
eventualmente, deixará de respirar.
19. Por Agora, Amanhã
O que fazemos? O que dizemos a ela? O que devemos fazer?

Essas perguntas eram tudo o que Haruhiro tinha podido pensar desde
antes de dormir ontem à noite. Tudo em que ele pôde pensar até que se
encontraram com Merry no portão norte às 8:00.
Ele não chegou a uma conclusão.
Uma vez que chegaram à Cidade Velha de Damuro, ele precisava se
concentrar no trabalho, para não ficar à vontade para se preocupar com mais
nada. O tempo que ele precisava para segurar precioso voou rapidamente, e
depois de voltar para Alterna, Haruhiro finalmente conseguiu olhá-la
diretamente nos olhos pela primeira vez.
" Merry. Tenho querido falar com você", Haruhiro começou quando eles
estavam saindo do estabelecimento comercial.
Merry disse: "Estou vendo". Ela envolveu seus braços como se estivesse
se preparando para algo. "Faça-o rápido".
Haruhiro sabia que tinha agido estranhamente hoje. Ele não sabia como
agir em relação a Merry. Todos devem ter se sentido assim. Claro, foi porque
ouviram sua história da Hayashi ontem, mas ela não sabia disso. Merry
provavelmente tinha notado que algo havia mudado e ela tinha uma
premonição de que algo estava por vir.
Como uma despedida. Um fim.
Desculpe, mas você poderia deixar a equipe? diria Haruhiro.
Merry diria imediatamente que eu entendo, partindo imediatamente, sem
mais drama.
Era isso que Merry estava se preparando para fazer agora. Era o que
parecia.
Era sempre assim para ela? Toda vez, em todas as equipes? Isso era muito
triste.
"Merry".
Você está errado, não é o que é. Como se lhe dissesse isso, Haruhiro
chamou o nome de seu camarada, nunca desviando o olhar dos seus olhos.
Merry sulcou um pouco a testa dela.
Não foi só Haruhiro. Moguzo, Yume, Shihoru, Ranta, todos eles estavam
olhando para Merry, também.
Merry notou isso, endurecendo de forma inquietante.
A sério, não é isso. Não é isso o que está acontecendo aqui.
"Merry". Tivemos um padre em nossa equipe antes. Seu nome era
Manato.
Manato morreu. Talvez seja mais correto dizer que o deixamos morrer.
Confiávamos muito em Manato. Manato era um pouco perfeccionista, veja.
Se fôssemos feridos, ele curaria até mesmo o menor arranhão. Ele era um
curandeiro de confiança, e um tanque também. Ele estava sempre na linha de
frente com Moguzo. Além disso, ele era nosso líder, então estávamos
fazendo Manato assumir três papéis sozinho. Eu o achava incrível. Mas nós
tomamos isso como garantido. Não foi fácil para Manato. Mas ele nunca
deixou isso aparecer. Então nunca imaginamos como Manato estava se
sentindo. Agora, tudo que podemos fazer é imaginá-lo. Porque Manato
morreu. Ele se foi agora".
Provavelmente estava ocorrendo com Merry que ela e Manato eram
semelhantes.
Muito possivelmente, ela estava assumindo que Haruhiro tinha ouvido
falar de seu passado e estava dizendo isso a ela porque ele sabia disso.
Haruhiro estava sem saber o que fazer. Ele tinha ouvido a história da
Hayashi. Ele sabia mais ou menos o que havia acontecido há muito tempo e
tinha uma idéia aproximada do porquê de ela ter saído como ela. Ele deveria
contar isso a Merry? Mas, de alguma forma, isso pareceu errado.
Ele sabia o que havia acontecido, e por que as coisas eram assim. Mas
Haruhiro não achava que as pessoas eram assim tão simples, e não podia ver
no coração de Merry. Ele não podia dizer que a entendia tão facilmente. O
único sobre o qual eu posso me abrir é sobre mim mesmo.
"Quando perdemos Manato, honestamente, pensei que tínhamos
terminado. Que era impossível continuar sem ele". Mas, mesmo depois da
morte de Manato, ainda estávamos vivos. Se você está vivo, não pode
simplesmente não fazer nada. Por enquanto, não temos escolha a não ser nos
mantermos alimentados como soldados voluntários. Mesmo que sejamos
apenas estagiários. Então, nós o convidamos a juntar-se a nós. Porque, sem
um padre, não podemos fazer nada, sabe. Essa foi a única razão. Não havia
mais nada a fazer.
"Mas, eu, Ranta, Yume e Shihoru, éramos as sobras para começar.
Moguzo conseguiu entrar numa equipe com um cara chamado Kuzuoka,
mas ele foi expulso, e eles até levaram todo o seu dinheiro. Com Manato nos
reunindo, não foi perfeito, mas conseguimos nos tornar uma equipe. Nos
tornamos camaradas. Era só isso. Mas nos tornamos camaradas. Às vezes as
coisas não vão tão bem, às vezes ficamos com raiva e brigamos uns com os
outros. Mas, no final, todos nós ainda somos camaradas preciosos. Ao invés
de nos fixarmos no porquê de nos tornarmos camaradas, agora mesmo, o
importante é que somos camaradas. Quanto a mim, Merry, eu penso em você
como um camarada".
Merry não disse nada. Além de piscar ocasionalmente, ela apenas olhava
de novo nos olhos de Haruhiro.
"...eu sinto o mesmo". Shihoru levantou sua mão. "Eu penso em você
como um camarada".
"É isso mesmo", sorriu Yume. "Afinal de contas, o Merry-chan é um
verdadeiro cutie-pie". "Eu-eu penso." Moguzo ainda estava vestindo seu
churrasco. "Claro que eu penso em você
como um camarada. É reconfortante, ter você lá".
Ranta snifou. "Sim, eu também, bem, você sabe... A maneira como eu
faço barulho por causa de pequenos ferimentos. Não é como se eu não tivesse
refletido nada sobre isso. Fazendo esse tipo de coisa. De qualquer forma, você
é um camarada, eu acho?"
"Acho que vai nevar amanhã", disse Haruhiro, olhando para o céu escuro.
"Já que Ranta diz que está refletindo sobre algo. Espero que a neve seja o
pior que acontece".
"Até eu reflito sobre as coisas às vezes! Minha capacidade de aprender é
muito alta!
Depois de estar comigo todo este tempo, você ainda não descobriu
muito?!"
"Bem, pondo isso de lado. ”
"Ei, Haruhiro! Não tente simplesmente seguir em frente! Você está me
deixando triste"!
"Acho que já é hora de estabelecermos um objetivo. Nosso objetivo atual,
quero dizer
—”
Haruhiro olhou para a Merry. Merry era o mesmo de antes. Ela
continuava olhando fixamente para Haruhiro.
Provavelmente não é por rejeição. Ela não está nos rejeitando. Eu quero
pensar isso. Isso é o suficiente para começar.
"- já que tem sido um pouco vago até agora. Não parece que estejamos
trabalhando duro para economizar o suficiente para comprar nossos crachás;
parece que estamos apenas vivendo o dia-a-dia. Quero parar de fazer isso, e
escolher uma direção na qual nos concentrarmos".
"Nosso objetivo é nos tornar bilionários! Também, dominar o mundo"!
Ranta estourar em.
Haruhiro ignorou Ranta e continuou com o que ele estava pensando.
Além do barulhento Ranta e do silencioso Merry, todos concordaram de
uma só vez.
"Eu só estou interessado em dinheiro e poder", Ranta entrou em cena.
"Mas também quero ser popular entre as meninas". Mas, uma vez que eu
tenha o dinheiro e o poder, então o resto se resolverá sozinho Bem, como um
objetivo, isso é um passo antes de ser um passo antes de ser muitos passos
antes desse objetivo, mas acho que está tudo bem, realmente".
Yume suspirou. "Blá, blá, blá, blá, blá, ele continua".
Você o disse, Haruhiro pensou enquanto olhava nos olhos de Merry.
"Merry, você tem uma opinião?"
Merry lançou seus olhos para baixo.
Ela aconchegou um pouco o queixo. Isso foi um aceno de cabeça? Ele
decidiu tomá-lo como um só.
"Você vai jantar conosco?", perguntou ele.
"Não", disse Merry, acrescentando com uma voz mais silenciosa, "...ainda
não".
"Estou vendo".
Ele não podia esperar que isso acontecesse imediatamente. Mesmo que
ele passasse algum de seu precioso tempo, algo que ele nunca poderia saber
quanto lhe restava, para dar o próximo passo, quando ele o fizesse, o fim
ainda poderia estar bem próximo.
Portanto, é claro que quero estar com pressa. Levando isso em
consideração. Mesmo assim, este foi um passo à frente.
Para Haruhiro e os outros, que ainda eram todos inexperientes ou pior,
eles tiveram que dar pequenos passos em frente como este.
Assim como Merry se virou para ir, ela disse claramente: "Até amanhã".
Por enquanto, o amanhã viria.
20. O Pequeno Orgulho dos Caçadores de
Goblins
Eles acordaram antes que a Sino tocasse às 6:00, e começaram a se

preparar. Eles comeram o que parecia bom para o café da manhã, indo para o
portão norte por 8:00. Eles se encontraram com Merry e se dirigiram para a
Cidade Velha de Damuro. Ainda não tinham terminado de fazer o mapa da
Cidade Velha. Eles mapearam mais dela enquanto procuravam por Goblins.
Se fossem apenas três Goblins, eles tinham chegado a um ponto em que
podiam lidar com eles sem muito problema agora. Entretanto, quando os
Goblins de classe leve, especializados em evasão, foram jogados na mistura,
eles tiveram que ter cuidado.
Algumas vezes, os Goblins também tinham armas de fogo. Na maioria das
vezes, eram arcos curtos grosseiros. Suas flechas eram lentas e não tinham
muita força, portanto não eram tão assustadoras, mas as bestas eram
perigosas. Se eles fossem atingidos no lugar errado, as bestas podiam ser
imediatamente letais. E os Goblins fortemente equipados eram às vezes
estranhamente fortes, portanto, se os subestimassem, estariam em apuros.
Para grupos de quatro ou mais, a menos que as condições fossem
excepcionalmente boas, eles os soltavam. Quatro Goblins estavam no seu
limite.
Se eles vissem um grupo de cinco, fingiam que não o tinham feito. Se
houvesse cinco, seis ou mais Goblins, era seguro assumir que eram uma
família, ou um clã, ou algum outro grupo com seu próprio território. Havia
freqüentemente grupos semelhantes nas proximidades, então atacar um era
como pisar na cauda de um tigre.
A maioria dos Goblins agindo sozinhos parecia pobre, mas às vezes eles
tinham itens valiosos escondidos em suas bolsas de Goblins. Isso fazia deles
um alvo.
Uma vez por dia, eles iam para aquele lugar.
Os Goblins da Cidade Velha se dividiam em duas grandes categorias: os
que ficavam em um só lugar e não se movimentavam muito, e os que
viajavam de lugar em lugar. Esses caras eram os últimos dos dois. Eles só
estavam naquele lugar ocasionalmente.
Quando a equipe os viu de longe, eles tiveram dificuldade para ficar
parados.
Mas, não. Não se apressem. Ainda não está na hora.
Atualmente, Haruhiro's era a única equipe que usava a Cidade Velha de
Damuro como seu local de caça. Eles não precisavam se preocupar com
ninguém que os roubasse deles. Agora era a hora de construir sua força.
Quando retornavam a Alterna, embora não todos os dias, eles iam para a
Taverna de Sherry.
Para não fazer nada em particular. Eles apenas bebiam e conversavam.
Merry não falava muito, mas isso foi um milhão de vezes melhor do que
Ranta, que falava demais.
Os outros soldados voluntários às vezes se divertiam com eles, dizendo:
"Ei, Caçadores de Goblins", ou "Como vai isso, Caçadores de Goblins?" ou
"Damuro é divertido, Caçadores de Goblins largos?". Na verdade, sempre
que eles foram à taverna, eles podiam contar em ser chamados assim uma ou
duas vezes.
Ranta diria: "Oh, cale-se!" mas se eles se zangassem a cada vez, não
haveria fim para isso.
Haruhiro não se importava assim tanto com o nome, na verdade. Ele
achava que não tinha um anel tão ruim para ele.
Caçadores de Goblins. É legal. Eu gosto muito dele. Se nos chamam
assim, nos tornaremos os melhores Caçadores de Goblins do Corpo de
Soldados Voluntários.
Dia após dia, eram os Goblins, Goblins, Goblins. Goblins, Goblins,
Goblins, Goblins.
No início, todos os rostos de Goblins pareciam iguais para ele, mas agora
Haruhiro podia distingui-los muito bem. A grande maioria era masculina, e as
fêmeas eram excepcionalmente raras, ele notou. Segundo Merry, a maioria
das fêmeas eram mantidas na Nova Cidade por Goblins da classe alta como
esposas.
"Há um harém do qual não tenho nenhum ciúme..." disse Ranta. "Nem
mesmo as Goblins te levariam, Ranta".
"Seu idiota, Haruhiro, você não sabe? Eu sou uma brasa mesmo com os
goblin! Não leve o Rei Vagabundo do Hotness Ranta tão de ânimo leve"!
"Você diz isso, rei do calor, mas Yume o vê falando com garotas na
taberna e sendo ignorado, sabe?"
"Isso é... bem... você sabe... mesmo um cara invencível como eu tem isso
acontecendo ocasionalmente..."
"O rei do calor também é abatido, huh. Mesmo que ele seja supostamente
o quente, quente Rei do Calor".
"Pare de dizer 'Rei do Calor' uma e outra vez! Além disso, se esses idiotas
não conseguem entender meu charme, eles não valem nada! As pessoas que o
entendem realmente entendem! Merry, se você fosse forçado a escolher um
de nós três, quem seria? Totalmente eu, certo?"
"Se tivesse que ser, Moguzo-kun". "O que...?!"
"Huh? M-Me...?" Moguzo abriu bem os olhos, ele parecia mais espantado
do que tímido.
"Hmm..." Haruhiro olhou para trás e para frente de Merry para Moguzo.
Yume disse: "Hoh!". Ela parecia impressionada.
Shihoru olhou para Merry, piscando.
"Wha, Wh-Wh-Wh-Wh-Wh-WWhargh!" Ranta mordeu sua língua
gaguejando sobre suas palavras. "-Wh-Wh-Wh-Wh! Não eu, mas Moguzo de
todas as pessoas?! Essa escolha é inacreditável, sabe?!"
Merry estava calmo e possuído por si mesmo. "Ele é grande, e adorável".
"...Você o escolheu pelo tamanho... Bem, eu não posso competir lá... Não
há nada que eu possa fazer para vencê-lo lá... Ainda assim, pensar que eu
perderia... E para o estúpido Moguzoooooo... Dammiiiiiiiiiiiit"!
"Que pena, huh, rei do calor? Huh?"
"Eu te disse, pare de me chamar de Rei do Calor, Peitos Minúsculas!
Você só está esfregando sal na ferida..."
Haruhiro também ficou um pouco chocado por perder para Moguzo.
Parecia que Merry se importava com mais do que apenas um rosto bonito.
Talvez porque ela via seu próprio rosto lindo no espelho todos os dias, ela
não estava tão preocupada com os rostos das outras pessoas. Mas, não, nem
Haruhiro nem Ranta tinham rostos especialmente atraentes, então também
não era essa a questão.
Haruhiro era o epítome da mediocridade quando se tratava de sua
aparência e habilidades, mas depois de tantos dias seguidos enfrentando
Goblins, ele tinha confiança em suas habilidades de combate aos Goblins,
pelo menos.
Mas mesmo assim, não fique arrogante, Haruhiro se lembrou. Eu não sou
especial como Renji, Manato, ou Merry. Quando Manato era vivo, ele me
carregou como um bebê. Agora, estou dando meus primeiros passos como
um caçador de Goblins. Se um cara medíocre como eu se descuida, eu
definitivamente falharei. Mesmo que eu não seja descuidado, ainda assim é
perigoso. Portanto, no mínimo, não posso baixar a guarda.
Em dias bons, ele poderia ganhar mais de dez pratas em um dia, e mesmo
em dias ruins, ele poderia ganhar em torno de duas pratas. Merry vivia em
uma casa de alojamento muito boa, aparentemente, mas Haruhiro e os outros
ainda viviam na terrível mas barata casa de alojamento dos soldados
voluntários. Eles mantinham seus gastos com comida até doze cobre por dia,
investindo o dinheiro que haviam conseguido economizar para a equipe como
um todo.
Um dos lugares onde esses investimentos foram feitos foi para
equipamentos. O outro era para as habilidades.
No caso de Haruhiro, para a defesa ele comprou um protetor de peito de
segunda mão e uma faixa de barriga, assim como uma armadura de mão e
perna. Todas elas eram feitas com couro curtido, por isso eram leves e não o
sobrecarregavam. O impulso para a defesa foi pouco mais que um placebo,
mas era importante que o fizesse sentir-se mais seguro.
Para as armas, ele podia ir a um afiador para melhorar a aresta sobre elas,
e já estava acostumado a usar as que tinha. Portanto, no momento, ele não
tinha intenção de comprar armas novas. Se ele tivesse dinheiro, era melhor
gastá-lo em equipamentos para Moguzo.
Moguzo estava tentando montar o conjunto completo de armaduras
laminadas que ele queria. Normalmente, a armadura chapeada era feita sob
encomenda, mas se eles a encomendassem de um ferreiro de armadura,
mesmo a mais barata, eles estariam procurando pagar não apenas algumas
moedas de ouro, mas mais de dez. É claro que isso estava fora de alcance,
então eles encontrariam algo barato usado, e mandariam um ferreiro de
armadura redimensioná-lo. Mesmo assim, eles ainda estavam no reino de
gastar dezenas de prata em cada uma das partes.
Moguzo atualmente tinha o cuirass, o backplate, os spaulders e os
vambraces, assim como meio greaves, que cobriam apenas a parte da frente
das canelas, e ele usava tudo isso sobre um hauberk de correio. Para o
capacete, ele ainda estava usando seu churrasco. Sua espada ainda era
também a espada bastarda que ele recebia de sua . Ela estava ficando
danificada, e ele precisava substituí-la logo ou algo ruim iria acontecer.
Ranta comprou uma camisa de corrente de correio, usando uma armadura
de couro por algum motivo. Sua armadura de couro tinha a crista do
Skullhell, e ele parecia muito orgulhoso dela. Ele havia se apaixonado por um
capacete estranho que parecia um balde de cabeça para baixo, que se
chamava heaume, então ele também usava isso. Para armas, ele havia
encontrado uma vez uma espada longa e bonita no mercado e a comprou por
impulso, então Ranta ficou sem dinheiro por um tempo.
Que idiota.
Yume tinha conseguido um casaco de couro curtido e calças, e elas
ficavam muito bem nela. Com uma capa com capuz por cima, ela começava a
parecer uma caçadora séria.
Para Shihoru, o manto e o chapéu de mago que lhe haviam dado sua
estavam começando a se desmanchar e a fazer buracos neles, então ela havia
comprado novos. Ela ainda tinha o mesmo pessoal. Aparentemente, ao
contrário das outras escolas, a sombra mágica Shihoru estava principalmente
focada, Darsh Magic, não era afetada pelas qualidades do bastão que ela
usava. Na verdade, ela disse que poderia usá-lo mesmo sem um bastão.
Shihoru também tinha aprendido um novo feitiço, Sleepy Shade.
Haruhiro tinha aprendido as habilidades de Sneak e Swat com Barbara-
sensei, enquanto Moguzo tinha aprendido o Grito de Guerra. Ranta havia
aprendido Evitar e Exaustar. Yume tinha aprendido o Olho Rápido, trazendo
à tona sua precisão com o arco, e com a habilidade de Rato de Fosso, ela
tinha aprendido a esquivar-se rapidamente dos golpes inimigos.
Merry já era um padre cujo poder e experiência estavam vários níveis
acima de Haruhiro e dos outros, então as habilidades do grupo estavam
definitivamente melhorando. O problema era, por quanto?
Na Cidade Velha de Damuro, havia um lugar que eles chamavam de
ferraria. Estava meio abatido, mas com o que parecia ser uma fornalha e uma
bigorna, aquele prédio sem teto ainda tinha uma série de vestígios que
sugeriam que já havia sido um ferrador.
Naquele edifício, havia agora um grupo de cinco Goblins.
Eles tinham vindo ao ferreiro várias vezes antes, até mesmo fazendo uma
pausa e almoçando lá. Até este ponto, eles nunca haviam visto um único
Goblin.
Parecia haver uma grande disparidade entre os Goblins da Cidade Nova e
aqueles que fizeram da Cidade Velha sua casa. Os Goblins da Cidade Nova
que perderam as lutas pelo poder ou foram ostracizados seriam forçados a vir
para a Cidade Velha, aparentemente.
Estes Goblins devem ter sido recém-chegados que se afastaram da Nova
Cidade dessa forma.
Os recém-chegados escolheriam primeiro um lugar, e se fossem um
grande grupo, tentariam estabelecer seu território. Os cinco novos Goblins
provavelmente tinham escolhido o ferreiro como sua base de operações.
Após o escotismo, Haruhiro retornou ao local um pouco distante do
ferreiro onde os outros estavam esperando.
"Vamos tentar", propôs ele. "Há cinco deles. O do correio em cadeia tem
uma besta. Os demais são todos em armadura de couro, um com uma lança,
um com uma espada curta e um fivela, um com um machado de mão e um
com uma espada.
A boca da besta é provavelmente a chefe, e os outros quatro gobs seguem
suas ordens. Eles são inimigos fortes, mas será um bom teste".
"Parece interessante". Ranta lambeu os lábios e agarrou o capacete do
balde, o heaume, que estava sentado ao seu lado. "Vamos fazer isto". Estou
prestes a cruzar 41 vícios. Quando chegar lá, posso invocar meu demônio
Zodiac-kun ao meio-dia.
Heheheh..."
Yume deu banho em Ranta com um olhar frio. "O que Zodiac-kun será
capaz de fazer por nós desta vez? Neste momento, tudo o que ele faz é
sussurrar nos ouvidos do inimigo ocasionalmente, atrapalhando seu
caminho".
"Não deixe isso chocar você, está bem? Agora, o Zodiac- kun ainda mais
potente vai, incrivelmente, puxar os braços ou pernas do inimigo de vez em
quando, perturbando-os para nós! -Quando lhe apetecer".
Shihoru parecia exasperado. "...No final, está tudo por seu capricho". "Oh,
e, mais uma coisa. Ele só faz a coisa de puxar as pernas e o braço
a partir da noite. Até a noite, bem, você sabe. Ele fará o ataque de
sussurros, me dirá se há inimigos e contará piadas sobre demônios. -Quando
lhe apetecer".
Merry deu uma risada nasal. "Isso é muito caprichoso".
"Oh, empurra-o." Ranta vestiu o heaume e agora estava vestido à moda de
balde. "O que algum de vocês sabe sobre o Zodiac-kun? Vocês não precisam
entender. Eu posso ser o único que entende o Zodiac-kun. Heh. Os cavaleiros
negros são solitários. Ou mais distantes?"
"Eu-eu-eu vou..." Moguzo deu um grande aceno de cabeça. "...puxa tantos
deles para mim quanto eu puder.
Dois, definitivamente. Se for preciso, eu os intimidarei com o Grito de
Guerra".
Shihoru abraçou seu bastão, aconchegando seu queixo. "Vou começar
colocando um deles para dormir com magia".
"Sim", Haruhiro acenou com a cabeça. "Muito bem, então, Shihoru
colocará a taça da besta para dormir". Vai fazer uma grande diferença se você
acertar na primeira vez ou não".
"...eu sei. Deixe isso comigo".
"Quando Yume terminar de dar seu tiro preventivo, ela fará o seu melhor
para tomar um deles no combate corpo a corpo".
"Continuarei ficando atrás deles, e se uma chance aparecer, eu terminarei
um.Merry, você..." Haruhiro olhou de relance e Merry deu um aceno
silencioso.
Parecia que ela falava ainda menos agora do que antes, mas se ele lhe
perguntasse algo, ela responderia, e ela fazia o que deveria e o fazia bem.
Embora seu estilo não fosse como o que Hayashi havia descrito, Merry deve
ter aprendido com seu grande... grande demais... erro e mudou a maneira
como ela fez as coisas. Ela nunca foi muito fácil com eles, mas Merry era um
padre em quem eles podiam confiar.
Agora, se ela apenas sorrisse uma vez a cada poucos dias, seria perfeito.
"Esta é uma corrida seca". Haruhiro olhou para cada um de seus
camaradas, estendendo sua mão direita. Ranta, Moguzo, Yume e Shihoru
colocaram suas mãos direitas em cima da de Haruhiro. Então Merry fez o
mesmo. Eles não estavam muito longe do ferreiro, então Haruhiro falou
calmamente.
"Lutando", disse ele em um sussurro, e todos responderam como um só.
"Ippatsu".
Haruhiro liderou o caminho, trazendo Yume e Shihoru com ele. Ranta,
Merry, e Moguzo seguiram depois.
Baixando os quadris, afrouxando os joelhos, Haruhiro usou o Sneaking
para se mover sem fazer passos. Não sendo ladrões, Yume e Shihoru não
podiam esperar imitá-lo, mas podiam seguir seus passos, pisando onde ele
pisava. Mesmo isso fez uma grande mudança.
Eles se mudaram da sombra de um edifício quebrado para a sombra dos
restos de um edifício. Seguindo uma parede que parecia pronta para
desmoronar a qualquer segundo, eles ficaram presos perto de uma montanha
de escombros. A Sleepy Shadow tinha um alcance de aproximadamente doze
metros. A partir daqui, alcançaria.
O ferreiro só tinha duas paredes, que estavam cheias de buracos deixados
de pé. As outras tinham quase totalmente desmoronado. De onde eles agora
estavam, eles tinham confirmação visual de quatro dos cinco Goblins, para
que eles pudessem escolher seus alvos como quisessem.
Quando Haruhiro deu o sinal com as mãos, Yume e Shihoru arrancaram
seus rostos dos escombros.
Yume preparou seu arco e acertou uma flecha, fechando seus olhos e
respirando profundamente. Seus olhos se abriram. Ela havia ativado o Olho
Rápido. Aparentemente, usando exercícios especiais de visão e auto-hipnose,
ela melhorou sua capacidade de ver à distância, melhorando até mesmo sua
visão cinética em cima disso. Essa era a verdadeira natureza da habilidade de
Olhos Rápidos.
Shihoru desenhou sinais elementais com sua equipe e começou a cantar
em um canto baixo voz.
"...Ohm, rel, ect, krom, darsh".
Um elemental negro, parecido com o nevoeiro, voou da ponta de seu
bastão. Não foi tão rápido como o Shadow Beat, então se o inimigo o
detectasse, seria muito fácil de evitar.
Está indo. Deve ser bom. Está indo. Já se foi.
O elemental sombra atacou o rosto da besta, forçando seu caminho até o
nariz, orelhas e boca da besta. A boca da besta começou a cambalear.
A boca da lança, que estava sentada contra a parede, notou e foi pular para
cima. Foi então que Yume deixou sua flecha voar.
A flecha se enterrou no ombro da lança. A boca da lança, antes em pé,
caiu de volta sobre sua alcatra. Haruhiro gritou.
"-Moguzo! Ranta!".
Moguzo e Ranta gritaram alto e carregaram no ferreiro. A boca da besta
desabou no chão.
Estava dormindo. Era mais profundo que o sono normal, mas se alguém
beliscasse ou chutasse com força, ela ainda acordaria. Eles precisavam limpar
as outras taças para evitar que agitassem a taça da besta acordada.
Haruhiro e Yume os perseguiram, assim como Moguzo e Ranta. Moguzo
gritou: "Obrigado!" para intimidar a taça do machado com sua Rage.
Golpe que eles chamaram de Cortes de Agradecimento, e Ranta
apunhalado na taça da espada com raiva. Ele falhou, porém.
Moguzo não prestou atenção à taça de machado fora de equilíbrio,
atacando a taça de balde em vez disso. Quando o mandril de mandíbula
recuou, bloqueando a espada bastarda com seu mandril, Moguzo voltou
rapidamente para a mandíbula do machado manual, cortando-a.
Moguzo pretendia pegar sozinho tanto a taça do eixo da mão quanto a taça
do balde. Ranta estava trocando golpes com a taça de espada. Yume carregou
em direção à boca de lança que ela já havia ferido com uma flecha.
Haruhiro olhou de volta para Shihoru e Merry rapidamente. Merry estava
examinando a situação da batalha com um olhar assustadoramente sério em
seus olhos, o bastão de seu padre no pronto. Se algum inimigo se
aproximasse de Shihoru, ela estaria lá para interceptá-los. Como um mago,
Shihoru estava praticamente indefeso, por isso era reconfortante ter Merry
protegendo-a. Não que eu pretenda fazer com que Merry se dê ao trabalho.
"Eu a derrubarei!" Haruhiro gritou. Ele verificou mais uma vez o posições
de seus camaradas e dos gobs. Qual deles? Escolha um alvo. Esse mesmo. O
Goblin do eixo da mão.
Nem andando nem correndo, Haruhiro manteve sua postura baixa,
movendo-se através do chão como se estivesse deslizando. Era a mesma idéia
de Sneaking. Logo, ele tinha ficado olhando para a boca do machado da mão.
Foi o momento em que isso aconteceu.
Sua visão fez zoom nas costas esquelético do machado e ele viu algo
como uma luz. Era apenas algo que era como uma luz. Provavelmente não
era uma luz de verdade. Apesar disso, ele desenhou uma linha incolor,
indicando um ponto nas costas do mandíbula do machado.
O que era isso, Haruhiro não tinha idéia. Não acontecia sempre, ou
mesmo freqüentemente, mas recentemente, uma vez em uma ocasião rara,
sem nenhum raciocínio por trás, ele pensava, bem ali.
Haruhiro moveu sua adaga ao longo da linha que tinha aparecido de
repente, e também desapareceu de repente. A lâmina entrou com
incrivelmente facilidade, e a lâmina foi escovada contra algo.
Aqui mesmo, pensava Haruhiro. Quando ele pensou isso, já havia
trespassado a lâmina.
Quando ele puxou a adaga, o machado da mão deu um pequeno gemido e
desabou. Ele já estava morto.
Tendo perdido o que se poderia chamar de seu parceiro, a caçamba de
balde ficou de pé nas bolas de seus pés, dando um... não, um meio passo
atrás. Imediatamente, Moguzo gritou e bateu com todas as suas forças no
buckler, derrubando-o, e depois continuou a carregar no buckler Goblin, que
não era mais o buckler Goblin.
A taça se agitava com sua espada curta, mas não havia mais necessidade
de se esquivar.
A armadura de Moguzo desviou a espada. Ele empurrou a taça para baixo,
colocou sua espada bastarda no alto, e com um "Hungh!" ele a derrubou
sobre o crânio da taça.
Ela se abriu.
Faltavam três para o fim.
"Tch! Exhaust!" Ranta clicou sua língua, saltando para trás a uma
velocidade incrível.
Exhaust foi uma habilidade que utilizou movimentos especiais para abrir
instantaneamente uma grande brecha entre o usuário e seu oponente. A taça
de espada perseguia Ranta, como se fosse sugada. Essa tinha sido a armadilha
de Ranta. Ao quebrar um sorriso enquanto ele se afastava, ele empurrava sua
afiada espada longa para frente.
"-Aválido!".
A taça da espada não conseguia parar seu impulso para evitar o golpe.
Sua garganta.
A espada longa de Ranta empalou a garganta do espadachim. Ranta deu
uma reviravolta em sua espada longa, chutando o Goblin para o chão.
"Bwahahahahahahaha!" ele riu alto. O canto de Shihoru foi meio afogado por
aquele alto... não, aquele riso estúpido.
"-Ohm, rel, ect, ect, vel, darsh!" Foi o Shadow Beat. O elemental foi
lançado da ponta do bastão do Shihoru, batendo na boca da lança.
Como as hiper-vibrações causaram estremecimento em todo o corpo da
boca de lança, Yume fechou. Primeiro sua catana derrubou sua lança e, sem
perder uma batida, ela disse: "Hah!" e cortou na base de seu pescoço. Incapaz
de se esquivar completamente, a catana da lança gritou enquanto levava um
corte profundo no ombro. Naquele momento, a batalha já havia sido decidida.
"Obrigado...!". Moguzo pisou com força, batendo o Thanks Slash na taça
da lança.
"...Nós podemos fazer isso. Assim", acenou Haruhiro. "Está na hora de
executar o plano".
"Finalmente, huh", Ranta caminhou até a taça da besta adormecida,
balançando sua espada longa. Chegaria um dia em que aquele sorriso
teatralmente cruel lhe conviesse? "Bem, tanto faz. Este é o fim. Não apenas
para estes gobs. -Para esses caras também".
21. Inocência Fina Como Papel
Mas as coisas nunca foram tão fáceis.

Haruhiro, que tinha ido explorar aquele lugar cheio de espírito, não
podia deixar de engolir. Então, "...Você está brincando comigo, certo?"
sussurrou ele. Ele não tinha previsto isto de maneira alguma. "- Há mais
deles agora...?"
No segundo andar, que era mais como uma varanda aberta daquele
prédio de dois andares quebrado, feito de pedra, sentou-se um Goblin
com armadura de placa, tentando parecer importante. No primeiro andar,
usando um capacete e uma corrente de correio, era membro de uma
subespécie maior de Goblin, um Goblin de placa.
Isso ele já esperava. O problema não estava dentro do prédio, mas sim
os dois Goblins do lado de fora, tanto na malha de correio quanto nos
capacetes. Cada um carregava um escudo e uma lança com outra espada
na cintura. Eles pareciam guardas.
A couraça de placa não estava sentada no chão, estava ajoelhada em
cima de uma cadeira. Aquela cadeira não tinha estado lá antes. Ela deve
ter ido buscá-la de algum lugar.
Ele tinha medo de pensar nisso, mas será que a taça de chapa poderia
estar aumentando o número de subalternos que ela tinha, planejando
expandir seu poder? Ele não saberia, a menos que perguntasse. Bem, não,
mesmo que ele perguntasse, ele não seria capaz de descobrir, mas se isso
fosse o que estava acontecendo, isso significava problemas.
Haruhiro voltou aos seus camaradas para se apresentar. "- Por isso,
não estamos olhando para dois inimigos. Agora são quatro. Além disso,
esta é apenas a minha previsão, mas pode haver mais deles em breve".
"- Quatro deles..." Merry sulco na sobrancelha dela, baixando seus
olhos.
Yume ensopou suas bochechas com um "Murrgh", enquanto Shihoru
pendurou sua cabeça e suspirou. Moguzo bateu levemente na parte de
cima de seu churrasco.
"O quê, o quê?" Ranta escarneceu. "Vocês estão todos com medo
agora, pessoal?
Vocês estão sem esperança. Como criados do grande Ranta, vocês
deveriam ter vergonha". "Desde quando nós somos seus..." Haruhiro
começou a dizer, mas parou
ele mesmo. "Tanto faz, não importa".
"Sim, importa. Não pare as coisas pela metade. Você deve empurrar
para trás. Invente uma réplica espirituosa. Você não é divertido. Você é
apenas Haruhiro, então não me tire a única coisa pela qual eu vivo".
Haruhiro ignorou Ranta, olhando para Moguzo, Yume, Shihoru, e
Merry, por sua vez. "Agora, se assumirmos que eu estou certo e que
haverá mais deles chegando, precisamos tomar uma decisão. Não aqui e
agora, talvez, mas num futuro próximo". Desistimos, ou atacamos
rapidamente? Quanto a mim, eu não quero desistir. Além disso, como
estamos agora, tenho certeza de que podemos lidar com quatro deles".
Merry fixou seus olhos em Haruhiro. Era um olhar que não lhe
permitia desviar o olhar. "Qual é a sua base para isso?"
"A defesa de Moguzo melhorou consideravelmente. Por estar
endurecida, ele não precisa se concentrar na defesa. Isso levou a um
aumento do seu poder de ataque também. Shihoru é capaz de incapacitar
um deles com sua magia.
Podemos confiar em Yume para realmente atingir as coisas com suas
flechas agora também, e por curtos períodos eu posso lidar com um
inimigo em combate usando Swat. Além disso, nós temos você, Merry".
"Ei, e eu? Meu nome não vai subir? Isso não é estranho? Bem?"
"Quanto a mim..." Merry olhar para baixo e para o lado. "...se você vai
confiar tanto em mim, isso me incomoda. Eu sou... um padre que deixou
seus camaradas morrer, afinal de contas".
"Nós deixamos nosso padre morrer. É por isso que nunca queremos
deixar outra pessoa morrer. Nunca. Não importa o que aconteça.
Provavelmente é a mesma coisa para você, Merry. Eu acredito em você".
Merry não respondeu. Ela mordeu o lábio, segurando algo. Yume e
Shihoru colocaram suas mãos sobre os ombros de Merry.
"Só vou dizer isto", Ranta apontou para si mesmo com seu polegar,
"mas eu sou imortal, então não vou morrer mesmo que eles me matem".
Não perca seu tempo se preocupando com coisas bobas".
Merry olhou para cima, afrouxando um pouco os lábios e estreitando
ligeiramente os olhos.
Teria isso sido apenas um sorriso?
Era tão reservado, Haruhiro não podia ter certeza. Mas ele pensou que
provavelmente tinha sido. Haruhiro lamentou que ele tivesse
desaparecido tão rapidamente. Eu deveria ter queimado a visão dela em
minha memória.
"Consegui", Merry acenou com a cabeça. "Nunca mais vou deixar um
camarada morrer. Protegerei suas vidas, para que vocês possam se sentir
seguros".
"Ótimo", Haruhiro enfiou sua mão direita, e todos colocaram suas
próprias mãos direitas em cima da dele.
"Luta, ippatsu!"
Depois do seu grito habitual, Merry picava a cabeça para o lado.
"...Sempre achei estranho, mas por que luta, ippatsu?"
Os outros cinco riram um pouco. Então eles se concentraram,
repassando o plano.
Revisando o plano. Sim. Eles estavam revendo o plano.
Haruhiro e os outros estavam se preparando para este dia. Não havia
necessidade de formular um plano a partir do zero. Eles precisariam fazer
ajustes para contabilizar os inimigos adicionais, mas a principal coisa que
eles precisavam fazer era manter sob controle a armadura de placa e o
hobgob, que eram incomparavelmente mais fortes que os outros goblins.
Esta era sua maior prioridade.
Eles terminariam os dois guardas o mais rápido possível e depois
derrubariam seus principais alvos. Eles haviam discutido estratégias de
como superar a armadura de placa e o hobgob ao longo de muitas sessões
de planejamento. Eles poderiam fazer isso. Definitivamente, eles
venceriam.
Como sempre, Haruhiro liderou Yume e Shihoru em primeiro lugar.
Ranta, Moguzo e Merry seguiram para trás à distância.
A primeira prova estava chegando a doze metros, o alcance
aproximado de Sleepy Shadow. Havia uma parede que oferecia uma
cobertura perfeita até que eles estivessem a quinze metros de distância,
mas depois desse ponto seria difícil. Ainda assim, através do estudo do
layout, eles haviam aprendido que se circulassem para o outro lado,
existiriam as ruínas de um edifício a menos de dez metros do edifício de
dois andares, onde mal podiam se esconder.
Este era o lugar. Aqui era de onde o ataque começaria.
Quando Haruhiro deu o sinal com as mãos, Yume preparou seu arco e
ativou o olho rápido, enquanto Shihoru agarrou seu bastão e estabilizou
sua respiração.
Finalmente chegou a hora. Nós os derrubaremos. A armadura de
placa Goblin e hobgob. Eles mataram Manato. Fiz o meu melhor para
não pensar nisto como vingança, como vingando-o. Isso porque eu sentia
que o ódio me atrapalharia o raciocínio e faria minhas mãos se
perderem. Não se trata de um rancor: eles são inimigos. Fortes inimigos.
Um muro que precisamos transcender.
Haruhiro arrancou sua cabeça das ruínas. “—!” Ele não sugou tanto
seu fôlego, mas parou de respirar. Ele puxou a cabeça para dentro
apressadamente. Ele estava olhando. A taça blindada estava olhando para
ele.
"...Fomos notados?" Mas por quê? Eles já os tinham detectado antes?
Teria ele acabado de ser encontrado? Ou foi uma coincidência? Teria
acabado de olhar assim, e então seus olhos se encontraram com os de
Haruhiro? Ele não sabia, e isso não era o que era importante.
Haruhiro enfiou a cabeça para fora mais uma vez, baixando-a
imediatamente novamente. Ele respirava muito. A taça de armadura de
placa tinha uma besta, e estava apontando para este lado.
"...O que fazemos?" Yume se soltou em seu tendão. O rosto de
Shihoru tinha ficado rígido e muito pálido.
Ranta e os outros, que estavam num lugar não muito distante,
entenderam a situação? Eles estavam escondidos nas sombras, e Haruhiro
não podia vê-los daqui, então ele não sabia.
O que eu deveria fazer? O que eu vou fazer? Retirar-me? Não, não é
uma opção. O Goblin da armadura de placa gritou algo. Isso foi uma
ordem. Tenho certeza de que o hobgob e o Goblin da armadura virá para
nos atacar. Não podemos recuar. Temos que fazer isto. O problema é
aquela besta. Se formos atingidos, um de nós pode morrer.
"Deixe isso com Yume". "-Huh?"
Antes que ele pudesse detê-la, Yume deixou seu arco no chão e pulou
para fora das ruínas.
O blindado de chapa disparou sua besta. Yume se enrolou em uma
bola, rolando para frente a uma velocidade incrível.
Pit Rat. Foi uma habilidade em que ela se moveu como aqueles ratos
que haviam encontrado na floresta, evitando ataques enquanto ela
avançava.
Será que Yume conseguiu evitar a flecha? Parecia que sim. Haruhiro
bateu no ombro de Shihoru. "Magia!".
"R-direita!" Shihoru se inclinou para fora das ruínas, desenhando
sinais elementares com seu bastão e entoando um feitiço. "Ohm, rel, ect,
krom, darsh...!"
Um elemental negro, parecido com um nevoeiro, voou em direção à
taça da armadura de placa. O hobgob só pegou seu taco, não saiu do
prédio, mas o Goblin da guarda. estavam se fechando sobre eles. Mesmo
assim, se ela pudesse apenas colocar a armadura de placa para dormir...
"Ah!" Haruhiro levantou sua voz. A taça de chapa tinha pulado do
segundo andar. O elemental de sombra passou pelo local onde havia
estado antes, dissipando-se e desaparecendo.
Fizemos um erro. Errámos muito. Isto não é bom. Não é bom de todo.
Não. Isso não é verdade. Nós podemos compensar. Não entre em pânico.
Haruhiro desenhou sua adaga. "Eu vou enfrentá-los! Shihoru, você vai
para o lado de Merry"!
Shihoru respondeu: "Certo!" novamente.
Ranta e Moguzo saíram das sombras. Yume voltou a usar Pit Rat,
evitando a lança de um Goblin de guarda. O outro Goblin de guarda veio
em Haruhiro.
Onde estão o Goblin da armadura de placa e o hobgob? Maldição.
Eu não tenho tempo para verificar. A lança. A lança do Goblin da
guarda.
Haruhiro golpeou de lado a lança que chegava com sua adaga. Se ele
acertasse com força suficiente, o ataque iria para o lado, e com alguma
sorte, ele poderia danificar a arma, fazer o Goblin derrubá-la, ou
desequilibrar o Goblin. Isso foi o que o ladrão de habilidades de luta Swat
fez, mas o Goblin da guarda era bastante forte. Não importava o quanto
ele atingisse sua lança com sua adaga, ela continuava a empurrá-lo.
Este não era um Goblin comum.
"Vou levar os dois!" Moguzo gritou.
De jeito nenhum... ele estava planejando pegar a couraça de placa e a
couraça de placa ao mesmo tempo? Isso foi uma loucura.
Entretanto, quando se tratava de ambos, o plate blindado e o hobgob,
somente Moguzo podia combatê-los adequadamente. É por isso que eles
tinham planejado neutralizar primeiro o plate armor Goblin.
Esse tinha sido o plano da equipe. Você poderia até chamá-lo de raiz
do plano.
Tinha desmoronado tão facilmente.
Talvez eles devessem ter fugido sem pensar duas vezes. Agora era
tarde demais. Lamentar não ter feito isso não mudaria nada.
Haruhiro recuou enquanto usava Swat. Para trás, e para trás. Parecia
que Ranta e Yume estavam lidando com o outro Goblin da guarda.
Shihoru lançou outro Sleepy Shadow, mas este bateu no hobgob, não no
Goblin da armadura de placa.
O hobgob cambaleou em seus pés, como se fosse adormecer. Antes
que ele pudesse, o taco de chapa usou o chato de sua espada para
esbofeteá-lo no traseiro e acordá-lo.
Essa pessoa conhece a magia. Ele sabe do que somos capazes.
"Yume!". Ranta gritou com raiva. "Se você continuar correndo, nós
nunca vamos matar esta coisa! Bate de volta, seu boneco!"
"Oh, cale a boca! Você é o último que Yume quer ouvir dizer que..."
Yume deve ter tentado escapar com Pit Rat novamente, mas ela foi um
pouco lenta demais. Além disso, o Goblin da guarda pode ter se
acostumado aos movimentos de Yume. "-Urkh!".
O ombro direito de Yume foi raspado pela lança do Goblin do guarda.
Não, ele se enfiou em
isso.
"Ora, você...! Como você ousa fazer isso com o Yume?!" Ranta se
atirou a
o Goblin. Ele pulou, balançando sua espada longa diagonalmente. "O
ódio...!" "-Gahh!" O Goblin de guarda guardava com seu escudo. Então,
segurando sua lança
por isso, foi mais curto, foi empurrado. Estava bloqueado. Ele
empurrou novamente.
"Oh, o que, whoa?!" Ranta mal conseguiu parar seus repetidos ataques
com sua espada longa, recuando com aqueles movimentos únicos que ele
usava. "- Exaustão! Tragam-na! ...Por que não vem atrás de mim?!"
"Porque você é muito óbvio!" Haruhiro cuspiu as palavras, enquanto
ele Swatted, Swatted, e Swatted novamente.
Merry cantou uma oração. "Ó Luz, que a proteção divina de Lumiaris
esteja sobre ti... Curai".
Ao contrário de Cure, Heal não exigia que o padre segurasse a palma
da mão sobre a ferida. Ele podia curar pessoas à distância, e afetava todo
o corpo. Era um feitiço que Manato não tinha aprendido.
Yume era destro, e a ferida estava em seu ombro direito. Merry deve
ter determinado que a ferida era séria o suficiente para curar
imediatamente.
Agora Yume pôde voltar para a linha de frente, mas Moguzo estava
em perigo. Ele estava conseguindo evitar de alguma forma o Taco do
hobgob, mas a espada da armadura de placa continuou batendo nele com
força.
Não havia tempo a perder. Haruhiro precisava tirar um dos guardas e
ir ajudar Moguzo ou as coisas iriam ficar azedas. Não há nada que eu
possa usar? Um plano de algum tipo?
Ele tinha que fazer mais do que apenas pensar: ele precisava continuar
a golpear a lança do Goblin da guarda. Ele estava ficando sem fôlego e
suas mãos ficavam dormentes, mas se falhasse uma vez, tudo estaria
acabado. Ele sentiu que poderia começar a entrar em pânico. Aguente
com isso. Eu tenho que suportar isso. Aguentar, e depois? O que vou
fazer?
"Haru!"
Alguém estava chamando seu nome. Ela nunca me chamou de Haru
antes, mas isso é Merry. Era a voz de Merry.
Não posso dar-me ao luxo de olhar para lá. Mas ela me chamou.
Provavelmente significa que ela quer que eu vá até ela.
Foi isso que Haruhiro fez. Enquanto continuava a Swat, ele se dirigiu
para Merry e Shihoru. Ele atraiu o Goblin da guarda. Isto era o que você
queria, certo? Está bem, certo?
Quando Merry gritou, "Troque!". Haruhiro pulou para o lado. Merry
subiu, bloqueando a lança do Goblin da guarda com o bastão do padre
dela. Não, ela fez mais do que apenas bloqueá-la. "- Volte!"
Por um momento, parecia que a lança havia sido derrubada por seu
bastão, mas não foi isso. Ela havia usado o recuo de seu ataque para
golpear a taça do guarda no peito. O Goblin da guarda gemeu e recuou.
Agora. Esta é nossa única chance.
Sentindo a intenção de Haruhiro, Merry continuou sua investida
contra a tosse do guarda. Como o Goblin da guarda havia mudado sua
postura para se concentrar inteiramente na defesa, ela não conseguiu
romper, mas ainda assim foi suficiente.
Haruhiro ficou atrás do Goblin da guarda.
Deixe-me vê-lo, ele rezou. Deixe-me ver a luz. Nada bom, huh. Não
consigo vê-la. Mas não tenho tempo para ficar desapontado.
Haruhiro enfiou seu punhal nas costas do guarda com a força de um
ataque. Ele conseguiu furar a corrente, mas foi um golpe raso.
O Goblin de guarda gritou, "Gugyahhhh!" e deu uma surra selvagem.
No impulso do momento, Haruhiro atirou seu braço esquerdo ao redor do
pescoço do Goblin da guarda e puxou sua adaga até a metade. Em
seguida, ele o apunhalou de novo. Ele bombeou a adaga para dentro e
para fora, para dentro e para fora, repetidamente. Até que o Goblin de
guarda coxeou, ele a esfaqueou novamente e novamente com abandono
imprudente.
"...Você é um salva-vidas, Merry!" Haruhiro empurrou para longe o
agora sem movimento do Goblin da guarda e olhou em volta, com os
ombros saltitando com a respiração fatigada.
Ranta e Yume ainda eram incapazes de matar o outro Goblin da
guarda.
"-Hungh!". Moguzo bloqueou o taco do hobgob usando sua espada
bastarda.
Ele cambaleou.
"-Moguzo!" Haruhiro correu na direção dele, mas não havia como ele
chegar a tempo. O Goblin da armadura de placa saltou para Moguzo com
um cacarejar, não tanto tentando cortá-lo com sua espada, mas
golpeando-o com ela. Ele foi para o cabeça.
Faíscas voaram entre o churrasco de Moguzo e a espada da couraça de
placa. Mesmo com capacete, ele não conseguia encolher os ombros.
Moguzo desviou-se do golpe, mas conseguiu segurar firme, e com um
grito e um balanço de sua espada bastarda, ele fez a armadura de placa
Goblin e hobgob recuar.
A respiração de Moguzo foi desfeita. Ele não estava sangrando, mas
quando ele tirou sua armadura, haveria hematomas por toda parte.
Obviamente, isto era difícil para ele. E mesmo assim, Moguzo balançou
sua espada bastarda com uma gargalhada.
"Isto? Isto não é nada! Eu? eu estou bem! Wahaha!"
Ele estava agindo como uma pessoa completamente diferente. Afinal
de contas, as coisas estavam realmente ruins. Não havia como Moguzo
resistir por conta própria.
Devo apoiá-lo? Mas o punhal de Haruhiro provavelmente não podia
furar a armadura de placa, nem podia dar um golpe fatal no grande
hobgob. Pode ter sido praticamente impossível.
"-Ranta, ajude Moguzo! Eu trato disso"!
"-Hmph! Está na hora de a verdadeira estrela fazer sua coisa, hein?"
Ranta imediatamente atropelou com um salto, pulo, e um salto,
empurrando sua espada para a taça da armadura de placa. "-Anger...!"
"Keh...!" O escaravelho de chapa facilmente derrubou sua espada
longa, mas parecia que seu foco tinha mudado felizmente de Moguzo
para Ranta.
"-Oh! Oh! Oh?!" Ranta estava no lado receptor de uma investida
unilateral. Em pouco tempo, ele ficou preso puramente na defensiva.
Aguente firme, Ranta. Não morra.
Haruhiro olhou em volta e pensou, as coisas estão um pouco mais
fáceis para Moguzo agora, mas este Goblin da guarda precisa descer já,
senão, aos poucos, desceremos. A maneira como está segurando seu
escudo com firmeza, parece que está se concentrando na defesa. O Yume
não pode me dar um tanque, então se eu quiser ficar atrás dele...
Enquanto Haruhiro pensava, o Goblin da guarda virou-se para ele e
atirou sua lança...
Espere, hein? Por aqui? Eu? De jeito nenhum?!
"Oh, whoa!" Ele tentou torcer para fora do caminho, mas a lança tirou
um pedaço do flanco do Haruhiro e se enterrou no chão. Quase dobrando,
ele tentou tocar seu lado, e estava tudo molhado. A dor era grande o
suficiente para que ele gemesse apesar de si mesmo, mas não era nada
que ele não conseguisse passar.
Merry gritou: "Haru?!
Ela parecia um pouco preocupada, então mesmo parecendo estúpido,
ele estava um pouco feliz. "-Estou bem! Temos que derrubar aquele
cara...!"
"Eu vou fazer isso!" Shihoru disse, carregando no goblin.
Espere aí, o que você está fazendo? O que você está fazendo?!
"O que..." Merry ficou sem palavras enquanto perseguia Shihoru. O
Goblin da guarda, que tinha puxado a espada que estava no quadril, notou
Shihoru.
Enquanto Shihoru estava correndo, ela começou a desenhar sinais
elementares. "Ohm, rel, ect, vel, darsh..."!
Com um som vwong, a massa negra de algas marinhas foi lançada do
final de seu bastão.
Naquele momento... Ah, certo, Haruhiro percebeu.
O Shadow Beat não era tão lento quanto o Sleepy Shadow, mas ainda
não era suficientemente rápido para que o inimigo não conseguisse
esquivar-se. Nesse caso, por que não atirar de perto? Mesmo que a
velocidade fosse a mesma, quanto mais próxima ela estivesse, mais difícil
seria esquivar-se. Basicamente, Shihoru tinha feito o que fez para
aumentar as chances que o Shadow Beat atingiria, e parecia que tinha
valido a pena.
"Fogh....!". O Goblin da guarda foi atingido bem na cara pelo
elemental sombra. Seu corpo inteiro começou a convulsionar.
Yume entrou em choque e balançou seu facão. "-Cruz diagonal...!"
O corte duro de Yume arrancou o escudo da taça da guarda, cortando
profundamente seu braço direito. Graças a isso, mesmo depois de se
recuperar do choque causado pelas hiper-vibrações, o Goblin de guarda
não seria capaz de usar sua espada corretamente.
"Hah, hah, hah". !” Como se visse sua oportunidade, Yume atacou e
atacado. Ela atacou incessantemente, sem parar para respirar.
Haruhiro escorregou facilmente atrás da taça, e embora não
conseguisse ver aquela luz, ele lidou com ela da mesma forma que lidou
com a última. Bateu com a adaga nas costas do Goblin, tirou-a um pouco
para fora, depois a esfaqueou novamente. Envolvendo seu braço ao redor
de seu pescoço, ele o esfaqueou repetidamente. Ele não havia sentido
nada quando fez o primeiro, mas desta vez se sentiu mal.
Esta é uma maneira cruel de matá-los. Mesmo que isso o tenha
deixado doente, Haruhiro não parou. Vocês poderiam ter me matado da
mesma maneira. Desculpe, mas estamos ambos na mesma posição aqui.
Quando ele terminou o segundo Goblin, ele se sentiu exausto. Seu
lado doeu, mas ele não teve tempo de se lamentar. Finalmente.
Finalmente, o tempo chegou.
Esforçando seus músculos abdominais, Haruhiro levantou sua voz.
"Nós estamos quase lá! Vamos mostrar que tudo o que fizemos não foi
em vão"!
Eu sei que é estranho dizer sobre minhas próprias palavras, mas
quem vamos mostrar? pensou ele. Manato se foi. O que fizemos não foi
em vão? Sério? Talvez eu só queira pensar isso. Quem me dera poder ter
inventado uma linha mais fria. Quero chegar ao ponto em que possa. Eu
não quero que isto seja o fim. Não é que eu queira ser especialmente um
soldado voluntário, mas quero ter um amanhã. Eu quero viver. Eu não
quero morrer. No mínimo, eu não quero morrer ainda. Manato, você
deve ter sentido o mesmo. Você não pode ter ficado satisfeito. Você
deveria ter sido capaz de fazer tantas outras coisas. Como eu tenho a
sorte de ainda estar vivo, vou viver. Eu vou seguir em frente. Vou
encontrar um amanhã com todos os outros. Mas para fazer isso, temos
que vencer. Temos que derrubar esses caras.
"Eu levarei o hobgob primeiro!" Haruhiro entrou correndo, de olho
nas costas do hobgob.
Yume parecia que estava planejando atacar de lado.
Com um "Hunngh! Hunngh!". Moguzo deu ao hobgob uma poderosa
combinação de dois golpes. O primeiro golpe foi desviado por seu taco,
mas o segundo bateu no ombro esquerdo do hobgob. Enquanto não se
dividia pela corrente, o hobgob gemeu, "Obohh!" tirando sua mão
esquerda do taco que estava segurando com ambas as mãos.
Ele está sentindo isso.
"Empilhe-se nele!" Haruhiro gritou.
Então aconteceu.
É a taça da armadura de placa.
"Gyahhhgah...!" O escaravelho de chapa deixou Ranta para trás,
balançando em Moguzo. Chegando perto, balançou diagonalmente em
Moguzo.
De jeito nenhum, foi o Rage Blow? Você é apenas um maldito goblin.
Moguzo bloqueou com sua espada bastarda, e eles trancaram as
lâminas.
Entretanto, atacar daquela posição era uma das especialidades de
Moguzo. Com um "Hungh...!". Moguzo tentou pegar a espada do Goblin
da armadura de placa e usar o vento. Quando o fez, a armadura de chapa
saltou para trás, voltando-se imediatamente para cortar na Ranta.
"-Oh....!" Apanhado completamente de surpresa, houve um forte eco
do capacete do balde da Ranta sendo atingido. Em rápida sucessão, a
couraça de chapa seguiu com um empurrão, um corte para cima, e depois
outro para baixo. Ranta só conseguia gritar: "Ah! Ei! Whoa!" e fugir. Ele
estava tão pressionado que não podia nem mesmo usar o Exaust para
recuar.
Isto é ruim. Ele vai ser morto a este ritmo.
"Ohm, rel, ect, vel, darsh..."!
Shihoru foi quem salvou Ranta. Foi o Shadow Beat. A bola negra de
algas marinhas atingiu o ombro do Blindado de Placas. O Goblin da
armadura de placa gritou e estremeceu por apenas um momento, mas
naquele tempo Ranta foi capaz de colocar alguma distância entre eles e
recuperar seu fôlego.
"...Tch! Eu não precisava de sua ajuda"!
"...Precisamos de um golpe decisivo...!" Haruhiro segurou seu lado. A
dor é demais para ser ignorada. Talvez porque estou apressado demais e
não consigo me concentrar. Olhe para Shihoru. Parece que ela está
passando por um momento difícil. Ela está muito cansada. Ela usou um
feitiço exaustivo como Sleepy Shade duas vezes perto do início, e só
agora ela usou Shadow Beat pela segunda vez. Quantas vezes mais ela
pode usar magia? Além disso, se bem me lembro, o Sleepy Shadow não
funciona bem em alvos que estão excitados. O Sombra Batida também
não parece que possa atingir o golpe decisivo. Nesse caso, só resta uma
coisa. Nós vamos decidir isso. Aqui mesmo. Antes que isto se arraste e
nós nos desfaçamos, vamos matar o hobgob.
"Moguzo, faça-o...!"
"Mhm!" Moguzo se segurou imediatamente com os dois pés e rugiu.
"Ruohhhhhhhhhhhhhngh...!"
Ele era barulhento o suficiente para fazer a pele deles rastejar. Foi o
grito de guerra do guerreiro. Se alguém o ouvisse de perto sem estar
preparado para ele, era garantido que os chocaria. Não só os abalaria, mas
também os faria tremer de medo. Isso foi o que aconteceu com o hobgob.
Ficou rígido, como se de repente paralisado. Ele se recuperaria
rapidamente, mas cada segundo era um tempo precioso, precioso.
Yume bateu seu facão na cintura do hobgob. "Limpador de escovas"!
Moguzo deu um passo atrás, então, ao pisar nela, soltou um ataque de
corte com todo o seu peso atrás. "Thaaaaaaaanks...!"
Com um som aterrador, a espada bastarda de Moguzo cavou no ombro
do hobgob. Provavelmente atingiu a clavícula.
"-Fugohh...!" O hobgob caiu de joelhos, mas tentou se levantar.
Enquanto ainda estiver respirando, não podemos desapontar nossos
guardas. Não deixaremos.
Com um "Pegue isso!". Haruhiro pousou um chute voador na parte de
trás da cabeça do hobgob.
Com o hobgob cambaleando novamente daquele golpe, Moguzo

soltou uma enxurrada de golpes sobre ele. "Ungh! Ngh! Hungh! Gah,
gah, gah! Ahhhhh!
Uwahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..."!
Não é fácil. As pessoas podem morrer tão rapidamente, mas tirar uma
vida não é fácil.
Foi horripilante assistir, mas Haruhiro fez parte disso. Ele não
conseguia desviar o olhar só porque era horrível.
Quando o hobgob parou de se contorcer, Moguzo caiu para quatro.
Suas costas estavam se levantando, suas respirações se tornaram
laboriosas. Era mais do que apenas fadiga. Ele deve ter doído por toda
parte.
"H-H-Hurr...!". Ranta gritou. "Apresse-se e me salve! Hu....rry!"
Quando olharam, Ranta estava curvado para trás a parrying a espada
da armadura de placa. Ele estava instável em seus pés.
Ele estava no seu limite. Na verdade, ele provavelmente já superou
isso.
"Muito bem! Bom trabalho, Ranta!"
"Boa! Yume vai elogiá-lo só desta vez!"
Haruhiro e Yume tentaram pegar a taça de armadura de placa em um
ataque de pinça.
No entanto, o escaravelho de armadura de placa deu um golpe contra a
Ranta e depois fugiu.
Ele está correndo. Está correndo rápido. Será que ele planeja
escapar? Não. Não é isso. Shihoru já passou por esse caminho.
"Ah....?!" Os olhos de Shihoru foram largos e ela empurrou seu bastão
para a frente dela.
Ela está assustada. Ela não pode lutar assim. Mas não há
necessidade de se preocupar.
"Saiam do caminho!" Merry chegou à frente de Shihoru, colocando o
bastão e o corpo de seu padre em um ângulo.
Foi "Preparar". Uma habilidade de postura defensiva.
O escaravelho de chapa levantou sua espada para balançar. Será que
Merry a derrubaria ou a viraria de lado? Ela também não conseguiria. A
espada da armadura de chapa arqueou a espada, perto do chão. Ela cavou
com força no chão, chutando a terra seca. Merry se surpreendeu e fechou
os olhos.
Naquele momento, o escaravelho de chapa saltou, jogando algo com a
mão esquerda. Uma faca. Uma faca de arremesso?
Merry recuou, levando a mão até a barriga. Foi apunhalada ali dentro.
A faca de arremesso foi. Profundamente.
" Merry...!" Pare. O que você está fazendo? Manato. Merry vai
acabar como Manato. Não faça isso comigo.
Haruhiro carregou dentro.
faça.
Eu não estou pensando. O que eu deveria fazer? Eu não sei. Não
tenho idéia do que fazer.
A próxima coisa que ele soube foi que estava se aproximando da taça
da armadura de placa.
A espada.
A espada da armadura de chapa veio até ele.
Acima e para a esquerda. Está descendo para mim na diagonal. Eu
não posso evitá-la. Bem, o que eu posso fazer? Mergulhar. Continuar.
Antes que a espada me alcance.
Ele pensou que poderia morrer. Mas Haruhiro não estava morto. Ele
ainda não estava morto.
Acabou abraçando a taça da armadura de placa pela frente. Seu rosto
bateu no capacete da armadura de chapa, mas ele não se importou.
"-Gwahh....!". Ele empurrou-o para baixo. O escaravelho da armadura
de placa disse algo. Não era uma linguagem humana, então ele não
entendeu.
A espada. Pare a espada.
Ele empurrou desesperadamente para baixo o braço direito do
escaravelho de chapa, que segurava a espada. O escaravelho de chapa deu
um murro na mandíbula de Haruhiro. Ele o perfurou repetidamente. Sua
cabeça tremeu e ele sentiu que sua consciência estava prestes a voar para
longe.
Não voe para longe. Não voe. Você não é um pássaro.
Falando assim consigo mesmo, Haruhiro trocou sua adaga com um
punhal com as costas.
A couraça de placa gritou. Ele sentiu como se estivesse lhe dizendo
para parar.
Como se eu fosse parar. Não há como eu parar.
O capacete da armadura de placa cobriu toda sua cabeça, mas havia
furos para os olhos.
Ali.
Ele tentou apunhalar a adaga ali, mas o escaravelho de chapa o parou.
Ele o parou agarrando a lâmina da adaga com sua mão esquerda. Ambas
as mãos tremeram. Apenas um pouco mais adiante. Um pouco mais
longe, e ele iria para o buraco do olho. Esse "um pouco mais distante"
sentiu até agora.
"Maldição! Maldição, maldição, maldição...! Por que você tem que ser
tão forte...?!" "Haruhiro-kun...!" Era a voz de Moguzo.
Passos. Moguzo estava atropelado. Antes que Haruhiro olhasse para
Moguzo, a taça de blindagem chapeada havia saltado para longe dele.
"Hunnnnnnnnnnngh...!"
Moguzo se arqueou para trás, derrubando a espada que segurava tão
forte que parecia que poderia cair para a frente. Havia um som alto que
ressoou em seu instinto, e Haruhiro pensou, Moguzo, que era fantástico.
A espada bastarda de Moguzo havia cortado a cabeça do blindado de
placa. É claro, o escaravelho de chapa não respirava mais. Estava morto.
"Você... matou-a?" Ranta sussurrou nervosamente.
Yume se inclinou para o chão, exausto. "Sim... Yume acha que sim".
"...eu mal posso acreditar", disse Shihoru.
"Woahhhhhhhh?!" Moguzo ergueu a espada e deu uma salva de
palmas, mas ele mesmo ainda não conseguia acreditar, por isso estava
meio sem coração.
"...Desculpe dizer isto agora". Merry levantou uma mão. "Mas você se
importa se eu curar isto? Isso realmente dói".
"Por que você está pedindo desculpas?" Haruhiro riu, depois agarrou
seu lado.
Ele quase gemeu. Seria melhor se ele não lhe tocasse? Ele ainda
latejava de dor se ele o deixasse sozinho. Ele pensou que não poderia
ficar de pé por muito mais tempo, então se agachou.
"...Desculpe, Merry. Eu posso esperar, mas me cure também. Ai..."
22. Por Você
Eu sempre pensei no que dizer quando este momento chegou. Parece que
passamos tanto tempo juntos, mas a verdade é que não passamos.
Na verdade, só nos conhecemos há pouco tempo. Muito pouco tempo. É
por isso que eu sinto que te conheço, mas não te conheço de jeito nenhum.
Você era bom com as pessoas, fácil de conversar, inteligente, capaz de fazer
qualquer coisa, e eu sempre senti que podia depender de você. Pensei que
você era impecável. Mas talvez eu nunca tenha notado suas falhas. Talvez
você estivesse escondendo suas fraquezas. Se tivéssemos passado mais tempo
juntos, eu poderia ter visto outro lado de você.
Eu gostaria de ter podido saber. Sabia que tipo de pessoa você realmente
era. Quem me dera que tivéssemos tido mais tempo. Com mais tempo, tenho
certeza de que tantas coisas teriam acontecido. Poderíamos ter ficado
furiosos um com o outro e ter brigado. Talvez tivéssemos chegado a nos odiar,
ou a gostar ainda mais um do outro. Um dia, de repente, Shihoru poderia ter
confessado seu amor por você. O que você teria feito então?
Não quero pensar que, uma vez que alguém se foi, não vale a pena falar
com ele, que suas palavras não podem chegar até ele.
Mas quanto mais eu penso nisso, mais meu coração dói.
Porque eu sei que o amigo de quem ainda me lembro quando fecho os
olhos parou de se mexer, foi queimado nas chamas - quer isso tenha sido uma
misericórdia ou não
- e agora foi reduzida a cinzas, e agora está nesta cova que lança sua
sombra à noite.
"Nós nos tornamos soldados voluntários agora".
No final, foi o que Haruhiro disse para a cova que levava o nome de seu
amigo e a lua crescente, segurando o Crachá do Corpo que parecia uma moeda
de prata, como ele fez.
Ranta, Moguzo, Yume, Shihoru, cada um deles tirou o seu próprio crachá
crachás, mostrando-os a seu amigo de partida.
Merry se afastou um pouco dos outros cinco, com os olhos para baixo, com
uma mão no peito.
"Não é que não tivéssemos dinheiro para comprar nossos crachás antes".
Haruhiro agarrou seu crachá com força. "Mas queríamos fazer uma ruptura
limpa com o passado e amarrar primeiro as pontas soltas". Todos decidimos
que esperaríamos até lá.
Ranta farejou. "Honestamente, eu não me importava muito. Mas vocês não
se calariam com isso".
"Ranta estúpida". Yume deu um tapa no ombro do Ranta. "Você não tem
que dizer coisas tão sinceras em um momento como este, tem? As pessoas já
te odeiam o suficiente".
"Por mim tudo bem. Afinal, eu sou um cavaleiro negro. Vivemos para ser
odiados". "...Na verdade, Yume", Haruhiro puxou levemente o manto de
Yume, "você
significava doloroso, e não de coração. Ninguém o odiaria se fosse
amável"... "A sério? Yume sempre achou que até agora era doloroso".
"U-Um." Moguzo virou-se para Shihoru. "Não está na hora disso?" "Ah...
Sim."
Shihoru caminhou para frente, agachado em frente à sepultura. Tirando
mais um distintivo do bolso, ela hesitou por um momento, e então... Espere,
ela estava tentando forçá-lo a entrar na lua crescente esculpida na cova?
"Não, Shihoru, isso é um pouco demais..." Haruhiro foi detê-la, só para
Shihoru se virar dizendo: "Huh?" o rosto dela virando um tom de carmesim
brilhante. "...Desculpe, estava me perguntando onde deveria deixá-la, e eu..."
"Bem... Está tudo bem, realmente. Mas acho que não vai caber aí. A forma
não é a mesma".
"...O-Oh, sim. I... Eu acho que não. Eu sinto muito. Embora eu seja gordo,
também sou um pouco cabeça de vento... Hum, bem, aqui, então". Shihoru
gentilmente colocou o crachá ao lado da lápide.
"Este é para você, Manato-kun. Usamos o dinheiro que você deixou para
trás, e todo mundo contribuiu para cobrir o resto. Merry-san também ajudou.
Por favor, aceite-o".
Se você pudesse ouvir isso, você riria e diria que não precisávamos fazer
isso? Que é um desperdício de dinheiro e que, em vez disso, deveríamos tê-lo
gasto para melhorar nosso equipamento? "Estou deste lado agora, então
vocês que estão deste lado deveriam usar o dinheiro". Você poderia ter dito
com calma assim. Mas, não importa o que você disse, nós não teríamos
ouvido.
Afinal, Manato, não conseguimos ouvir sua voz. Se você quer nos obrigar
a fazer o que quer, diga algo. Deixe-nos ouvi-lo.
Eu sei. Você não pode.
Quando eu morrer, eu me pergunto o que acontecerá comigo. Existe algum
lugar como o céu, e poderei encontrá-lo lá um dia? Eu não sei. Não há
maneira de saber. Ninguém sabe o que vem depois da morte. Mas, no mínimo,
não poderemos conversar até lá.
Há um rio largo, profundo e rápido entre os vivos e os mortos. Uma vez
que se atravessa esse rio, não importa o que aconteça, nunca mais se volta. É
uma viagem só de ida.
As lágrimas não fluem.
Mas todos eles queriam ficar um pouco mais, então Haruhiro sentou-se na
grama, abraçando um joelho.
Shihoru colocou sua mão sobre a cova, suas costas tremendo.
Yume se agachou ao lado de Shihoru, colocando um braço ao redor de seu
ombro e dando-lhe palmadinhas na cabeça.
Ranta colocou suas mãos sobre os quadris, olhando para o céu. Moguzo
respirou fundo, exalando lentamente.
Merry segurou seu cabelo para trás, olhando para a distância em algum
lugar. "Nós nos tornamos uma boa equipe".
Com essas palavras para o amigo que nunca mais voltaria, Haruhiro olhou
para Alterna. Um sino estava tocando. Provavelmente dizendo-lhes que eram
6:00 da tarde.
Uma meia-lua vermelha flutuava perto do horizonte. Agora que ele
pensou nisso, por que a lua aqui estava vermelha?
-Aqui?
Haruhiro olhou de relance para a torre que os olhava desde o topo da
colina.
Uma torre. Aquela torre. Estranho. Sinto como se estivesse esquecendo
algo.
Haruhiro e os outros tinham vindo para cá, e depois disso, eles se tornaram
soldados voluntários.
E antes disso? Onde eu estava? O que eu estava fazendo? Eu não sei. Eu
não me lembro.
Não era só Haruhiro. Era o mesmo para todos eles.
Independentemente disso, quando Haruhiro e os outros tinham acordado,
aqui estava onde eles estavam.
Aqui.
Qual é o lugar de novo? Se bem me lembro, estava escuro - escuro? Eu
não sei. Onde ficava exatamente esse lugar? Uma torre. A torre. Aquela torre
está envolvida de alguma forma. Mas como ela está envolvida? Eu não sei.
Quanto mais eu penso, menos eu entendo. Se eu a alcanço e a toco, ela
desaparece.
Ei, Manato.
Por que estamos aqui fazendo todas essas coisas...? Até mesmo essa
dúvida começa a ficar confusa, como se pudesse derreter a qualquer
momento.
23. Prólogo
Um sino estava tocando. O sino dizia-lhes que eram 6:00 da tarde.

Quando os últimos ecos do sétimo badalar dos sinos afundaram
relutantemente na cidade e desapareceram, a noite caiu em Alterna.
Os sinos só tocavam até as 6:00, e só tocariam novamente às 6:00 da
manhã do dia seguinte. Era a hora em que os artesãos que acordavam cedo
pela manhã para o trabalho estavam comendo no jantar e tomando uma
bebida à noite. Muitas empresas tomaram o sino das 6:00 como sinal para
fechar durante o dia.
Era uma hora do dia em que as barracas de comida faziam mais
negócios e as tabernas começavam a se encher.
Na Sherry's Tavern, onde muitos soldados voluntários se reúnem para
refrescar o espírito para o dia seguinte, de agora até tarde da noite eram
realmente suas horas mais movimentadas.
Mesmo considerando isso, a noite de hoje foi especialmente animada.
Não foram apenas soldados voluntários. Velhos artesãos, jovens
estagiários, mercadores de porte, senhoras glamourosas da noite e até
mesmo soldados do Exército de Fronteira estavam lá.
Pessoas, pessoas, pessoas até onde a vista alcançava. Ao ponto de o
estabelecimento de dois andares começar a se sentir apertado.
É claro, todos os assentos foram ocupados. Aqueles sem assentos
ficaram de pé. Não apenas o primeiro e segundo andares, mas as escadas
também estavam cheias de pessoas.
Todos tinham se aglomerado na Sherry's Tavern depois de ouvir um
certo rumor. Famosos soldados voluntários eram geralmente chamados de
So-and-So of Clan
Sucesso e tal.
Colocando de lado a área ao redor de Alterna, à medida que você se
afastava da esfera de poder da raça humana, os monstros e as raças hostis
se tornaram mais fortes ou contavam com o maior número deles para matar
humanos. Os clãs eram uma organização nascida da necessidade, e aqueles
que procuravam alcançar mais do que um certo grau de sucesso sabiam que
deveriam participar de uma. Eles tinham que participar. Poder-se-ia até
chamar isso de necessário.
E ainda assim, um grupo que ainda não tinha se juntado a nenhum clã:
um grupo de quatro soldados voluntários, um Goblin e o golem Zenmai,
que tinha sido criado por um dos soldados voluntários, o necromante
Pingo. No total, seis pessoas haviam sobrevivido a suas batalhas.
Como resultado, eles foram elogiados como o maior de todos os
soldados voluntários, e sua fama havia se espalhado por Alterna. Até hoje,
eles foram os únicos soldados voluntários convidados para jantar com o
Marquês de Alterna, Garlan Vedoy. Além disso, eles haviam recusado.
"Soma, você não acha que já não era sem tempo?"
Quando a mulher sedutora falou com Soma, ele se levantou de seu
assento. Só por causa disso, o barulho diminuiu e um silêncio caiu sobre a
taverna.
Isto foi um dado adquirido, é claro. Cada uma delas estava aqui para
ouvir o anúncio de Soma. Se eles não ouvissem silenciosamente quando
Soma abriu sua boca, qual seria o objetivo? Afinal de contas, hoje era um
dia a ser comemorado.
Que a Soma finalmente estaria formando um clã. Como resultado, ele
estaria recrutando camaradas, disseram eles.
Mas isso era verdade? Afinal de contas, eram apenas rumores. Falsos,
possivelmente. É claro que havia dúvidas, mas o próprio Soma tinha
aparecido na Taberna do Sherry. E agora, finalmente, ele estava prestes a
falar diante das massas.
"Shima".
Quando Soma chamou seu nome, a mulher sedutora sorriu e acenou
levemente com a cabeça.
"Sim".
Então Soma virou-se para o homem com cadeados de pavor. "Kemuri".
"Sim", disse o homem com rastas, torcendo o pescoço esquerda e
direita letárgica.
Soma se virou para olhar para um homem infantil. "Pingo".
"...Sim", Pingo olhou para baixo e suspirou. "Eu não gosto desse tipo de
coisa".
"Estou vendo", os lábios de Soma se soltaram ligeiramente e ele lançou um
olhar para o golem usando uma máscara assustadora.
"Zenmai".
Zenmai balançou a cabeça lentamente. Finalmente, Soma fixou seu
olhar no elfo. "Lília".
Os olhos vívidos e de safira de Lilia olharam de volta para a Soma.
"Sim, Soma".
Soma fechou seus olhos por um momento, respirando fundo. Depois,
movendo apenas seus lábios, ele chamou outro nome.
Nino.
Ela tinha ido embora agora.
Depois que Soma e os outros haviam perdido Nino, que já havia sido
padre do grupo deles, Kemuri havia mudado de classe de guerreiro para
paladino. Shima havia desistido de ser um ladrão, aprendendo a se tornar
um xamã na Floresta Sombra onde viviam os Goblins. Lília havia se
juntado ao grupo.
Nino estava morto. Soma havia começado a procurar uma maneira de
trazê-la de volta, mas ele ainda não havia encontrado uma. Ele pensou que
poderia haver alguma pista no interior do território do antigo Reino de
Ishmal, onde se dizia que os restos mortais de No-Life King dormiam.
Embora, dito isto, nada fosse certo. Talvez não houvesse meios de
ressuscitar os mortos neste mundo.
Não neste mundo.
No entanto, o que era este mundo, realmente? De onde eles tinham
vindo para este mundo? Para começar, este mundo ridículo, onde a lua
brilhava vermelha e monstros aberrantes corriam livres como se fosse
perfeitamente normal, era realmente real?
Já faz algum tempo, mas Kemuri tinha dito: "Sabe, é quase como um
jogo", e Soma tinha respondido: "Sim, é". Na época, ele certamente tinha
pensado assim, mas os dois tinham rapidamente descoberto que não
entendiam o que queriam dizer.
O que era um jogo?
Alguma coisa estava errada.
Aqueles sentimentos de injustiça se enfraqueceram e ele quase os
esqueceu, mas agora Soma os esculpiu em seu coração.
Se este mundo não era real, se era falso, onde estava o mundo real a ser
encontrado? E se Soma e os outros vinham de lá, o que tinha acontecido
com o mundo real? Nino, quem tinha morrido neste mundo falso? Se eles
pudessem voltar ao seu próprio mundo, será que o Nino ainda estaria lá?
Era uma possibilidade. Apenas uma possibilidade. Mesmo assim, era
uma possibilidade. Eles não podiam dizer com certeza que não era
possível.
Soma abriu seus olhos.
"- Decidimos formar um clã".
Surgiu uma comoção e toda a taberna tremeu.
"Nosso objetivo é invadir os mortos-vivos DC no antigo Reino de
Ishmal". Mesmo sem ter que levantá-lo, a voz de Soma carregava bem.
Apenas emitindo um grito baixo, monstros tímidos viravam a cauda e
fugiam. Qualquer monstro que pudesse se manter firme antes da Soma era
um grande negócio. "Temos informações de que existem presságios que
sugerem o renascimento do rei da Não Vida. Vamos investigar isso e, se o
rei não-vida ressuscitou, vamos destruí-lo imediatamente mais uma vez.
Naturalmente, isto não será fácil. Precisaremos encontrar um método para
conseguir isso. Precisaremos de poder, também. Só nós seis não somos
suficientes. Precisamos de um poder maior".
Os soldados voluntários levantaram suas vozes com alegria enquanto os
curiosos aplaudiam. O ar estava pronto para estourar com todas as vozes
batendo palmas e assobiando.
A Soma estava meio enganando-as. Entretanto, para aqueles que ele
reconheceu como dignos de confiança, ele pretendia eventualmente contar-
lhes seu verdadeiro objetivo.
"Por favor, empreste-nos suas mãos! Se você sente que isto é para você,
venha e se ofereça para participar"!
"O nome! Qual é o nome do clã?!" gritou alguém.
Soma acenou com a cabeça. "- A partir deste momento, nós nos
chamamos os Day Breakers! Vós que sois corajosos, vós que sois sábios,
vós que sois nobres, vós que sois decisivos e inspiradores, vinde a mim! Se
vocês não temem a morte, combaterão a morte, e buscarão a vida diante da
morte, sejam vocês quem forem, corajosos, eu lhes darei as boas vindas"!
Nino, Soma sussurrou em seu coração, permanecendo no centro da
excitação. Eu resolverei o mistério deste mundo. Então, um dia, irei ao seu
encontro".
-Que o seu destino se entrelaçaria com o deles, Haruhiro não tinha como
saber.
Pósfácio
Dragon Quest, Wizardry, Final Fantasy, Megami Tensei, Metal Max,

Romancing Saga, Breath of Fire, Live A Live, Chrono Trigger, Arc The Lad,
Tactics Ogre, Suikoden, Tales of Phantasia, Wild Arms, Final Fantasy
Tactics, Star Ocean, Atelier Marie, Saga Frontier, Xenogears, e muitos
outros RPGs de console, ou jogos que incluíam elementos de RPG, me
salvaram.
Mesmo eu, que não podia entrar em atiradores, jogos esportivos, jogos de
luta e outros jogos de ação porque eu era ruim com eles, podia me concentrar
em RPGs e mergulhar em seus mundos.
Que eu era capaz de desfrutá-los sozinho, no meu próprio ritmo, era
importante para mim. Ao longo da minha vida, eu não fui o tipo de pessoa
com muitos amigos. Talvez seja justo dizer que eu tinha muito poucos.
Claro, não é que eu não tivesse absolutamente nenhum amigo, mas sou
incapaz de desfrutar de brincar em grupo ou de conversar sobre algo.
Honestamente, eu quero fazer essas coisas, mas não consigo fazê-las bem.
Quando eu era criança, quando o novo Dragon Quest ou Final Fantasy
estava à venda, todos começavam a jogá-lo. Eles falavam sobre até onde
tinham chegado e que nível estavam agora todos os dias na escola. Eu não
conseguia me envolver nessas conversas.
Tudo o que eu podia fazer era cortar minhas horas de sono para jogar o
jogo, chegar mais longe do que todos, então quando ouvia alguém se
gabando, "Cheguei até aqui"! Eu podia pensar calmamente: "Oh, só até lá?
Isso não é nada de especial. Estou mais longe do que você", e sorria para
mim mesmo.
Basicamente, eu era um garoto sombrio. Mas até mesmo eu poderia me
tornar o protagonista, viver aventuras incríveis, me tornar mais forte e salvar
o mundo. Sempre foram os RPGs que me salvaram.
Então, algo trouxe uma mudança para aquele jogador sombrio e solitário.
Diablo... Ultima Online... EverQuest... A Idade das Trevas de Camelot...
Estes são todos jogos americanos, mas domesticamente havia jogos como
Dark Eyes e Lifestorm, também.
Eram RPGs online.
Usando a internet, você podia jogar um RPG com outra pessoa. Se
estamos falando de jogar RPGs com outras pessoas, existem RPGs de mesa,
como bem. Entretanto, para alguém não tão bom em lidar com outras
pessoas, como eu, isso era um obstáculo alto demais para ser superado. Em
RPGs online, eu não precisava estar cara a cara com ninguém.
Se eu soubesse um pouco de inglês, eu poderia brincar com pessoas no
exterior. Enlouqueci por isso. Esta era uma época em que a internet não
estava tão implantada como está agora. Eu me conectava à internet não
através de fibra ou ADSL, mas através das linhas telefônicas, então o
telefone não estava disponível enquanto eu jogava.
Usando um serviço chamado Tele-hodai, que cobrava uma tarifa mensal
fixa para chamadas ilimitadas para selecionar números à noite e de manhã
cedo, eu usava cada um desses minutos para jogar jogos. Houve momentos
em que fui acidentalmente para fora desse período, bem fora dele, fazendo
com que minha conta telefônica custasse uma quantia incrível.
Naquela época, para mim, os RPGs online eram realidade, e tudo mais
era apenas tempo para dormir, comer, deitar ou pensar em jogos. Todas as
noites, mergulhei no mundo emocionante dos RPGs online, e quando chegou
a manhã, voltei ao mundo mundano. Eu vivia em jogos. Os jogos me
mantiveram vivo.
Ocasionalmente as pessoas me perguntam o que me levou a começar a
escrever. Como era de se esperar, os jogos foram uma grande influência. Se
eu não tivesse encontrado RPGs, tenho certeza de que nunca teria escrito
romances.
Em particular, se eu não tivesse passado aquele tempo imerso em RPGs
online, meu romance de estréia Bara no Maria (Kadokawa Sneaker Bunko)
nunca teria nascido, nem este livro também não.
Além disso, se eu não tivesse lido livros baseados em RPGs, tais como
Lodoss-tou Senki (Record of Lodoss War) de Ryo Mizuno ou Tonariawase
no Hai to Seishun de Benny Matsuyama, mesmo que eu tivesse me tornado
um romancista, não acredito que teria escrito este tipo de livro. Mesmo o
título japonês deste livro, Hai to Gensou no Grimgar, foi inspirado em
Tonariawase no Hai to Seishun, e o título do romance que eventualmente se
tornou Bara no Maria foi Bara no Maria Senki.
RPGs online, e RPGs em geral, despertaram minha criatividade, ou talvez
meus delírios, e me levaram a romances profundamente envolvidos com
RPGs. Foi assim que eu cheguei aqui. Por ter jogado tantos RPGs por um
período tão longo, não posso mais jogar jogos com o mesmo sentimento que
tive durante "aquele tempo".
Mesmo assim, espero fervorosamente por jogos que tragam "aquele
tempo" de volta à vida para mim. Enquanto ruminava sobre meus
sentimentos "daquela época", escrevi este romance.
Acredito que, além de fazer isso, um mundo que eu ainda não vi
certamente me espera. Se eu tiver outras oportunidades, acho que escreverei
mais romances "daquela época".
Neste momento, ofereço meu sincero apreço e todo o meu amor a: meu
editor, K, que me deu esta oportunidade; a Eiri Shirai, a ilustradora que
desenhou ilustrações tão transparentes, atmosféricas, modernas, fofas, legais
e adoráveis; ao designer e outros que compilaram este romance em um livro
tão bom; a todos os envolvidos na produção e venda deste livro; e,
finalmente, a todos vocês que agora têm este livro. Agora, como espero que
nos encontremos de novo, eu deixo minha caneta para hoje.
Ao Jyumonji
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Copyright
Grimgar of Fantasy and Ash: Volume 1
by Ao Jyumonji
Translated by Sean McCann

Edited by Emily Sorensen
This book is a work of fiction. Names, characters, places, and incidents

are the product of the author’s imagination or are used fictitiously. Any
resemblance to actual events, locales, or persons, living or dead, is
coincidental.
Copyright © 2013 Ao Jyumonji

Illustrations Copyright © 2013 Eiri Shirai
Cover illustration by Eiri Shirai
All rights reserved.
Original Japanese edition published in 2013 by OVERLAP

This English edition is published by arrangement with OVERLAP, Inc.,
Tokyo
English translation © 2016 J-Novel Club LLC
All rights reserved. In accordance with the U.S. Copyright Act of 1976,
the scanning, uploading, and electronic sharing of any part of this book
without the permission of the publisher is unlawful piracy and theft of the
author’s intellectual property.
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Ebook edition 1.0: December 2016

Grimgar of Fantasy and Ash Volume 1

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A Alternativa da Cidade Fortaleza

numa bola e a rolar a alta velocidade. Existem muitas subespécies. São

*Há também outras classes especializadas, tais como Samurai.

Aquisição de Habilidades e Magia

Em algumas partes da cidade, as ruas eram forradas com prédios de pedra,

Eles tinham deixado o escritório do Corporação de Soldados Voluntários

Companhia Depósito Yorozu. Isso era definitivamente o que dizia a

Haruhiro estava agora sozinho em um canto de uma área chamada

Se eles se divertissem ou não, ele nunca seria capaz de contar a

Ao sul de Alterna surgiu a Cordilheira Tenryu, uma linha de montanhas

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Havia várias lojas de penhores no mercado de Alterna, mas nenhuma

Eles confessaram seus pecados a Yume e Shihoru, prostrando-se no chão

"Há um que vai na sua direção, Ranta!" Haruhiro falou, e Ranta

Eles cavaram um buraco em um lugar vazio no meio da colina e

Quando ele deixou a casa de hospedagem na manhã seguinte,

Se ele podia ou não podia, enquanto respirasse, o tempo continuaria a

Hayashi falou, e esta foi a história que ele contou:

Merry e eu éramos camaradas desde a época em que éramos estagiários.

O que fazemos? O que dizemos a ela? O que devemos fazer?

Eles acordaram antes que a Sino tocasse às 6:00, e começaram a se

Mas as coisas nunca foram tão fáceis.

Com o hobgob cambaleando novamente daquele golpe, Moguzo

Um sino estava tocando. O sino dizia-lhes que eram 6:00 da tarde.

Dragon Quest, Wizardry, Final Fantasy, Megami Tensei, Metal Max,

Translated by Sean McCann

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Original Japanese edition published in 2013 by OVERLAP

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