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TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 1

NR35 | Trabalhos em Altura


Todas as atividades com risco para os
trabalhadores devem ser precedidas de análise e o
trabalhador deve ser informado sobre esses riscos
e sobre as medidas de proteção implantadas pela
empresa, conforme estabelece a NR1.

Os trabalhos em altura são mais abrangentes e


estão mais presentes no nosso dia-a-dia do que
imaginamos.

Esta instrução tem como objetivo a atualização


teórica e prática para participantes nos trabalhos
em altura
Relacionados a NR 35
(Toda atividade
executada acima de
2,0 metros do nível
inferior. Onde haja
risco de queda.

Adotou-se a altura de dois metros como referência


por ser diferença de nível consagrada em várias
normas, inclusive internacionais. Facilita a
compreensão e aplicabilidade, eliminando dúvidas
de interpretação da Norma e as medidas de
proteção que deverão ser implantadas.

Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho


executado com diferença de nível superior a dois
metros da superfície de referência e que ofereça
risco de queda. Para começarmos o treinamento, espero que
todos se permitam conhecer um pouquinho da
As atividades de acesso NR35 e seus conceitos, bem como conceitos
e a saída do básicos como perigo e risco.
trabalhador desse local
também deverão Ou se já conhecem, melhor, não custa relembrar e
respeitar e atender colocar em prática com os demais
essa norma. colegas/participantes do treinamento.

Entretanto, isso não significa que não deverão ser


adotadas medidas para eliminar, reduzir ou Existe diferentes definições
e interpretações a respeito
neutralizar os riscos nos trabalhos realizados em
dos termos perigo e risco.
altura igual ou inferior a dois metros.
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Apesar de obrigatório na Europa e Canadá há pelo


No entanto, basicamente, podemos definir como: menos vinte anos, tal dispositivo ainda é ou era
desconhecido de várias empresas no Brasil, até a
“Risco é a probabilidade ou
publicação da norma, em 2012.
chance de lesão ou morte”
(Sanders e McCormick,
1993, p. 675). A NR35 tem por objetivo estabelecer os requisitos
mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura, envolvendo desde o planejamento e a
“Perigo é uma condição ou
organização até a execução, de forma a garantir a
um conjunto de
circunstâncias que têm o segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
potencial de causar ou direta ou indiretamente com essa atividade.
contribuir para uma lesão
ou morte” (Sanders e McCormick,
Os trabalhadores indiretamente envolvidos são
1993, p. 675).
aqueles que, apesar de não estarem sujeitos ao
risco de queda de altura, realizam suas atividades
Procedimento operacional: A norma determina na proximidade de outros trabalhadores, estes,
que a empresa deve desenvolver procedimento sim, diretamente expostos a esse risco.
operacional para as atividades rotineiras de
trabalho em altura. As atividades rotineiras são NR35 - Análise de Risco
aquelas não eventuais, que fazem parte do
processo de trabalho da empresa.

Permissão de Trabalho: Já as atividades de


trabalho em altura não rotineiras devem ser
previamente autorizadas mediante Permissão de
Trabalho. Como são atividades não habituais, não
há exigência de procedimento operacional.
Portanto, é necessária a autorização da sua
execução por meio de Permissão de Trabalho.
Análise de Risco é o método sistemático de exame
É um documento escrito no qual constam as crítico e avaliação detalhada da sequência de
medidas de controle visando o desenvolvimento procedimentos necessários para execução de
de trabalho seguro, além de medidas de determinada tarefa e a correspondente
emergência e resgate. identificação dos riscos potenciais de acidentes
físicos e materiais, identificação e correção de
A queda de altura tem sido uma das principais problemas operacionais e implementação da
causas de acidentes graves e fatais no Brasil, nas maneira correta para execução de cada etapa do
mais diversas atividades econômicas. trabalho com segurança.

A publicação da NR35 representou um importante Existem várias metodologias consagradas de


avanço no que se refere à regulamentação dos análise de risco (HAZOP, APR, FMEA, ART,
requisitos mínimos para realização de trabalho em outras), entretanto a norma não determina qual
altura, dentre os quais destaco o uso do delas deve ser utilizada.
absorvedor de energia.
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Tal decisão fica a cargo do empregador, e


dependerá da complexidade e especificidades do
serviço, objeto da análise.

Além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, a


Análise de Risco deve considerar:

O local em que os serviços serão executados e seu


entorno; o isolamento e a sinalização no entorno
da área de trabalho; o estabelecimento dos É importante observar que as Normas
sistemas e pontos de ancoragem; Reguladoras existem (e se complementam) para
garantir os meios, materiais e a segurança dos
As condições meteorológicas adversas; trabalhadores nas mais diversas atividades.
A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação
de uso dos sistemas de proteção coletiva e No caso específico dos Trabalhos em Altura -
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, NR35, vale lembrar que ABNT/NBR
às orientações dos fabricantes e aos princípios da regulamenta/especifica a fabricação (material
redução do impacto e dos fatores de queda; empregado, resistência etc...) e o INMETRO
fiscaliza se determinado material está de acordo
O risco de queda de materiais e ferramentas; os com o especificado pelas Normas/NBR.
trabalhos simultâneos que apresentem riscos
específicos; o atendimento aos requisitos de Dentro das NR, é legal saber também se o perfil do
segurança e saúde contidos nas demais normas trabalhador (de acordo com a NR 07 - Programa
regulamentadoras; os riscos adicionais; as condições de Controle Médico de Saúde Ocupacional
impeditivas; [PCMSO]), se enquadra para o trabalho.

As situações de emergência e o planejamento do A queda de altura tem sido uma das principais
resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o causas de acidentes graves e fatais no Brasil, nas
tempo da suspensão inerte do trabalhador; a mais diversas atividades econômicas.
necessidade de sistema de comunicação; a forma de
supervisão.

A partir do planejamento, estudado e colocado em


prática, podemos começar as rotinas dos trabalhos em
altura, de acordo com o que a NR 35 preconiza.

A publicação da NR35 representou um importante


avanço no que se refere à regulamentação dos
requisitos mínimos para realização de trabalho em
altura, dentre os quais destaco a obrigatoriedade
do uso do absorvedor de energia.
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O absorvedor de energia é um dispositivo


Entretanto, a queda não é o único perigo no que tem a função de dissipar a energia
trabalho em altura. produzida em uma queda e diminuir a força
exercida sobre o corpo do trabalhador
Após a queda, caso o trabalhador esteja usando quando ele é amparado por um sistema de
cinto de segurança, ele permanecerá suspenso segurança.
pelo sistema de segurança (cinto de segurança +
talabarte + ancoragem) até a chegada da equipe
de socorro.
Considerando a tecnologia mais comum
empregada nos absorvedores de energia, eles se
constituem de uma fita de poliamida ou poliéster
É seguro ou não utilizar um talabarte de segurança dobrada e costurada.
com absorvedor de energia1?
A partir de uma determinada força (entre 200 kgf
Com a publicação, em 2010, da norma ABNT NBR e 300 kgf) as costuras cedem e a fita se alonga
15834 (talabarte de segurança) passou a ser conforme é desdobrada.
obrigatório que talabartes com mais de noventa
centímetros de comprimento disponham de um Durante esse processo, e numa fração de segundo,
absorvedor de energia. a queda do trabalhador é desacelerada
gradativamente, poupando-o de uma parada
E deste momento em diante surgiu no mercado a abrupta e consequentemente de uma força muito
ideia de que tal exigência coloca em risco a perigosa sobre o seu corpo.
segurança dos trabalhadores.
Toda a energia que não for absorvida pelo
Entre os profissionais que rejeitam a conjunto talabarte, conectores e absorvedor será
obrigatoriedade do absorvedor de energia nos convertida em força nas extremidades, seja no
talabartes de segurança, os argumentos mais ponto de ancoragem ou no corpo do trabalhador.
comuns são que tais equipamentos não oferecem
segurança no início da subida em uma estrutura ou
em situações em que o trabalhador esteja próximo
ao chão, por causa da zona livre de queda, que
deve ser determinada pelo fabricante.

Essas reações indicam um desconhecimento sobre


a montagem de sistemas de proteção contra
quedas e até mesmo sobre o uso correto dos
equipamentos.

Este artigo tem o objetivo de ajudar a A ciência determina que o corpo humano, em uma
compreender as especificações técnicas dos fração de segundo, com a força aplicada em
talabartes de segurança com absorvedor e a sua determinada direção, pode suportar uma força
abrangência de uso. máxima de 12 kN (aproximadamente 1.200 kgf).

O que é um absorvedor de energia? Com base nisso, normas internacionais e nacionais


determinam que uma queda, ao ser parada por um

1 INFORMATIVO TÉCNICO NÚMERO 10 Julho de 2015 [www.spinelli.blog.br]


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sistema de segurança, não pode gerar sobre o


corpo do trabalhador uma força maior que 6 kN A NBR 15834:2010 (talabartes de segurança)
(aproximadamente 600 kgf), o que nos oferece impõe um comprimento máximo de 2 metros
uma margem de segurança de no mínimo considerando o conjunto talabarte, conectores e
cinquenta por cento. Abaixo de 6 kN os valores absorvedor, porém, abaixo desse valor há uma
podem variar entre diferentes marcas e modelos, oferta no mercado de diferentes tamanhos, sendo
sendo comum os resultados de testes se comum ficarem entre 1,2 e 1,5 m;
apresentarem dentro da faixa entre 4,5 kN a 5,5
kN. 2 Extensão do absorvedor de energia quando

acionado e aberto. A NBR 14629:2010


Como exceção, alguns equipamentos conseguem
(absorvedores de energia) impõe um valor
resultados abaixo dos 3 kN, o que oferece uma
máximo de 1,75 m, porém, abaixo desse valor há
margem de segurança ainda maior.
uma oferta no mercado de diferentes extensões,
sendo comum ficarem entre 1 m e 1,2 m.
O absorvedor de energia é considerado um
Como exceções, existem absorvedores cujas
dispositivo muito eficiente, e cujas características
extensões se limitam a valores entre 0,5 m e 0,9
são normatizadas pela ABNT através da NBR
m;
14629:2010, mas o inconveniente de qualquer
sistema que absorva energia através do
alongamento, e isso se aplica a cordas elásticas e
3 Distância entre a conexão com o cinto e os pés

absorvedores, é que esse alongamento aumenta a do usuário.


queda do trabalhador. A NBR 15834:2010 (talabartes de segurança)
Portanto, é necessário considerar esse indica o valor de 1,5 m;
alongamento quando se calcula a zona livre de Distância mínima entre a parada da queda e o solo.
queda (ZLQ) que veremos a seguir. A NBR 15834:2010 (talabartes de segurança)
indica o valor mínimo de 1 m.
O que é a Zona Livre de Queda (ZLQ)? Exemplo do cálculo da ZLQ:
Como alguns valores são variáveis, adotaremos
Compreende-se como ZLQ uma distância segura alguns números comuns, como segue:
entre o ponto de ancoragem e o solo ou o ponto
provável de impacto. Tamanho do talabarte: 1,2 m.
Extensão do absorvedor quando acionado: 1 m.
Em outras palavras, é a garantia de que o sistema
de segurança contra a queda de altura vai amparar
o trabalhador antes que ele bata no chão.
4 Distância entre a conexão com o cinto e os pés

do usuário: 1,5 m.
A ZLQ deve ser determinada pelo fabricante e, por Distância entre a parada da queda e o solo: 1m.
exigência normativa, deve estar indicada no
equipamento. O valor da ZLQ é indicado em Cálculo da ZLQ: 1,2m + 1m + 1,5m + 1m = 4,7m
metros e é calculado com base em alguns fatores,
como segue: É importante salientar que a ZLQ real não é apenas
um resultado de cálculo, pois o equipamento pode
1 Tamanho do talabarte, que deve ser medido apresentar alguma elasticidade que será conhecida
nos testes em laboratório.
considerando o ponto de contato dos conectores
(mosquetões) em ambas as extremidades.
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Portanto, os fabricantes dependem dos testes para Planejando o sistema de segurança contra queda
informar um valor de ZLQ confiável. Para entendermos a versatilidade do talabarte de
segurança com absorvedor, precisamos
Outra observação importante é que os fatores compreender como ele funciona e é testado. A
acima são utilizados apenas para a ZLQ de função do absorvedor é, através do alongamento,
talabartes, não sendo aplicado para outros desacelerar a queda do trabalhador de uma forma
equipamentos. gradual, evitando um impacto sobre o corpo dele
Qual a altura mínima que possa machucá-lo ou gerar uma força muito
recomendada para
utilizar um talabarte perigosa sobre ponto de ancoragem.
de segurança com
absorvedor?
O absorvedor é acionado somente quando uma
Considerando força acima de 2 kN (aproximadamente 200kgf) é
talabartes de 1,2 m, de
diferentes marcas e
exercida sobre ele. Para que haja essa força é
modelos, a ZLQ poderá necessário que o trabalhador tenha uma queda,
variar de 4,2 a 5,5
metros, e então surge a
que pode ser de alguns poucos centímetros ou
pergunta: como chegar até quatro metros de altura, dependendo
proteger um
do tamanho do talabarte e do fator de queda.
trabalhador que está,
por exemplo, a 2 m de
altura com este tipo de
O padrão de ensaio determinado pelas normas da
equipamento?
ABNT exige que uma massa de 100 kg, ao qual o
talabarte de segurança esteja conectado, sofra
É esta a questão que gera os protestos de alguns
uma queda fator 2 (duas vezes o tamanho do
profissionais do mercado, que se limitam a
talabarte) que, em condições normais, será a pior
considerar o valor de ZLQ indicado pelo fabricante
situação que o trabalhador enfrentará. E será
para planejar os sistemas de proteção contra
numa queda fator 2 que um absorvedor poderá se
queda.
abrir por completo quando acionado.

E são os equívocos que levam também alguns a


Se o talabarte de segurança estiver conectado a
acreditar que um talabarte de segurança sem
um ponto de ancoragem acima da cabeça do
absorvedor resolve o problema.
trabalhador, por exemplo, de tal modo que ele
esteja quase totalmente esticado, a queda será tão
Então, qual é a altura mínima para utilizar com
pequena que a energia gerada e a força residual
segurança um talabarte com absorvedor?
sequer acionarão o absorvedor.

A resposta pode surpreender alguns, mas não há


Poderá o trabalhador estar a poucos centímetros
valor mínimo, pois, um talabarte de segurança
do solo e mesmo assim ser parado antes de atingir
com absorvedor pode ser utilizado estando o
o chão.
trabalhador a poucos centímetros do solo.

No entanto, se o trabalhador, de forma


A garantia de que o uso do equipamento seja
descuidada, conectar o talabarte de segurança
seguro, mesmo próximo ao chão, está no
abaixo dele, a queda será muito grande, o
planejamento adequado do sistema de segurança
absorvedor certamente será acionado e ele
contra queda e a forma de utilizar o talabarte,
precisará estar a uma boa altura para não se chocar
como veremos a seguir.
contra o chão antes do sistema pará-lo.
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Se a zona livre de queda considera o espaço entre É a boa avaliação, o bom planejamento e a
o ponto de ancoragem e o solo, podemos então rigorosa inspeção dos sistemas de segurança
gerenciá-la com a posição do ponto de ancoragem. contra quedas que garantem a segurança do
trabalhador.
Sem que provoque a falta de mobilidade para o
trabalhador, as linhas de vida e os pontos de Fator de Queda
ancoragem devem estar posicionadas o mais alto
possível, a fim de diminuir ao máximo a altura da
queda e as suas consequências.

E é essa relação que chamamos de Fator de Queda.

Neste primeiro exemplo o


Conclusão trabalhador instalou um
talabarte de um metro de
Existe a ideia defendida por alguns profissionais do
comprimento acima da 30 cm
mercado, que por uma questão de segurança, a cabeça, deixando-o com pouca
ZLQ deveria ser respeitada com rigor, ou seja, se o folga.
Vamos supor que a queda seja
fabricante de um talabarte de segurança com equivalente a pequena folga do
absorvedor indica uma ZLQ de 4,9 metros, o talabarte, ou seja, de uns trinta
centímetros para um talabarte de O Fator de Queda calculado é
trabalhador somente poderá utilizar o um metro, de forma alegórica, 0,3.
equipamento estando ele conectado a um ponto temos pouca queda para muito
colchão.
de ancoragem a 4,9 metros do solo, no mínimo. Mas essa situação pode ser
diferente se o trabalhador
instalar o mesmo talabarte em
Mas isso traz dois problemas, sendo o primeiro a um ponto mais baixo, por
restrição no uso do talabarte e o segundo é exemplo, na mesma altura do
ponto de conexão do cinturão de
desestimular os trabalhadores e os empregadores segurança.
a planejarem o sistema. A queda será de um metro, que é
a extensão do talabarte. Nesta
situação de forma alegórica,
Desde que o trabalhador possa utilizar pontos de teremos uma queda maior para
uma mesma quantidade de
ancoragem acima da cabeça, de forma a minimizar
O Fator de Queda calculado é 1. colchões. Se o talabarte não
a altura de uma eventual queda, ele poderá estar oferecer recursos para uma boa
protegido pelo equipamento no momento que absorção da força de frenagem,
essa condição poderá ser perigosa
tirar os pés do chão. para o corpo do trabalhador.
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E pode ser ainda pior se o O que é um talabarte de segurança?


trabalhador instalar o talabarte
no ponto mais baixo possível. Depois de décadas de uso desse equipamento no
Nesta situação a queda poderá Brasil, a pergunta pode parecer ingênua, mas nos
ser duas vezes o comprimento do
talabarte.
últimos vinte anos a oferta de diferentes
Dependendo do material com o tecnologias vem crescendo, seja entre os produtos
qual o talabarte foi
confeccionado, a força de
importados ou os de fabricação nacional, e a
frenagem gerada pela queda e resposta a esta pergunta deixou de ser tão simples.
transmitida para o trabalhador
dor poderá ultrapassar o limite O Fator de Queda calculado é 2.
tolerado pelo corpo humano. A palavra talabarte tem origem na talabarteria que
é a arte de trabalhar vários artigos em couro.
Vejamos outros exemplos para o cálculo do Fator Talabarte é uma alça, cinto ou arreio, com
de Queda: aplicações diferentes.

Na proteção de trabalhadores é usado como um


dos acessórios do cinturão de segurança,
formando o conjunto básico de equipamentos de
proteção individual para trabalhos em altura.
Embora o nome talabarte se mantenha,
atualmente o couro não é mais utilizado para a
fabricação de EPI.

Com foco nos equipamentos de segurança,


podemos definir o talabarte como o elo entre o
cinturão de segurança e o ponto de apoio, ou
ponto de ancoragem ou a linha de vida.

Há vinte anos atrás, só haviam duas opções de


talabarte, que era o acessório do cinto abdominal
ou a parte do cinto paraquedista preso as costas e
A via de regra, deve-se utilizar equipamentos com uma outra extremidade para se conectar a um
contra quedas que ofereçam formas de absorção ponto de ancoragem.
de choques capazes de reduzir a força de frenagem
sobre o corpo do trabalhador. Eram rústicos para os padrões atuais, e no caso do
talabarte de segurança, não havia a possibilidade
Deve-se também planejar o sistema para que o de escolher o ponto de conexão no cinto
Fator de Queda seja igual ou menor que 1. paraquedista, pois o padrão era obrigatoriamente
nas costas (dorso) e fixo de maneira a não ser
Acima disso muitos materiais e sistemas são removido.
incapazes de preservar o corpo de uma pessoa de
forças perigosas. Há vinte anos atrás, com a quebra de barreiras as
importações, equipamentos importados
Os recursos mais utilizados para a redução da força começaram a ser oferecidos no mercado brasileiro.
de frenagem são as cordas com maior ou menor
elasticidade ou o absorvedor de choque. Com as importações vieram as novidades
tecnológicas, e a opção de configurar o EPI de
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proteção contra queda de altura conforme a A solução é utilizar um talabarte com absorvedor
necessidade de cada situação de trabalho, podendo de energia.
até mesmo selecionar o modelo de talabarte e
onde conectá-lo ao cinto. A função do absorvedor é, através do
alongamento, desacelerar a queda do trabalhador
Este texto apresentará os principais modelos de uma forma gradual, evitando uma parada
disponíveis no mercado brasileiro e suas abrupta e consequentemente um impacto sobre o
respectivas aplicações. corpo que possa machucar ou gerar uma força
Talabarte de segurança para retenção de queda muito perigosa sobre o ponto de ancoragem.
Este modelo de talabarte tem a função de deter a
queda do trabalhador caso ela ocorra. Nesta Conectores
categoria existem algumas variações de modelos Os conectores são dispositivos com grande
para diferentes aplicações, mas algumas resistência aplicados como ligação entre o
características são comuns a todos eles. Vejamos: cinturão de segurança e o talabarte, ou entre o
talabarte e o ponto de ancoragem.
Resistência Existe uma diversidade de
modelos disponíveis no
Parar a queda de uma pessoa pode gerar uma força mercado, mas os mais
sobre sistema equivalente a centenas de quilos ou comuns são o mosquetão e o

mais. Portanto, o talabarte de segurança tem que gancho (denominações


populares).
oferecer uma boa resistência ao choque de
uma queda.
Modelos mais comuns de talabartes de segurança
para retenção de queda:
O teste dinâmico (queda) do talabarte de
segurança é feito com uma massa de 100 kg e com
Talabarte simples com absorvedor de energia.
um fator de queda dois (2 vezes o comprimento do
talabarte).

É importante lembrar que não basta apenas o


talabarte ser resistente, pois todos os
Talabarte duplo com absorvedor de energia
componentes do sistema de proteção precisam ser.

O cinto, o talabarte, os conectores e o ponto de


ancoragem devem ser dimensionados para
suportar uma grande força. O componente que
tiver a menor resistência será o “elo fraco da
corrente” e determinará a segurança de todo o
Trata-se de um talabarte com duas extremidades
conjunto.
para conexão com os pontos de ancoragem. Ele
permite que um trabalhador se locomova por uma
Capacidade de amortecer a queda do trabalhador.
estrutura ou mude de sistema alternando as
Não basta que o talabarte, o cinturão de segurança
extremidades e os pontos de ancoragem,
e o ponto de ancoragem sejam resistentes, é
mantendo-se assim, sempre seguro por, no
preciso que esse sistema seja capaz de amortecer a
mínimo, um ponto.
queda do trabalhador ao ampará-lo.
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Existe o modelo em V que oferece duas


O que gera controvérsias
extremidades com absorvedores de energia sobre o uso desse modelo é
independentes, que oferece vantagens e o fato dele não ter uma
norma técnica brasileira
limitações semelhantes ao uso de um par de
própria, pois trata-se de
talabartes simples. um híbrido originado de
dois equipamentos
básicos: o talabarte e o
É o modelo mais tradicional do mercado, mas sua
trava-queda retrátil.
utilização vem diminuindo desde que a NR 18
passou a exigir o talabarte duplo para trabalhos
em andaimes. Dicas de uso do talabarte de segurança de
É um modelo apropriado para situações em que o retenção de queda.
trabalhador possa conectá-lo antes de se expor ao A primeira dica é que não existe um único modelo
risco de queda, e que não haja a necessidade de que possa ser eleito o melhor. São as condições de
mudar de sistema durante a movimentação. trabalho que definem qual o modelo de talabarte
mais adequado.
O modelo mais comum é o A segunda dica é sobre onde conectá-lo ao
talabarte em Y, com uma
cinturão de segurança.
extremidade provida de um
único absorvedor de energia,
que se divide em duas Os cintos podem oferecer vários e diferentes
extremidades para conexão
com pontos de ancoragem.
pontos de conexão, sendo que cada tipo foi
projetado para um determinado tipo de aplicação.
Entre todos eles apenas dois são destinados a
Este tipo de talabarte, por conter apenas um retenção de queda.
absorvedor, impõe outros cuidados no uso das
extremidades, e como os demais modelos, precisa Os dois pontos altos e centrais, sendo o mais
ser utilizado por trabalhadores devidamente comum o ponto das costas (dorso) e o outro é o
treinados. frontal (peitoral).

Pode ser usado dois talabartes simples para as


Ambos estão posicionados para
situações em que há necessidade de duas distribuir a força
adequadamente pelo cinto e
extremidades, porém, tal solução exige cuidados
manter o trabalhador em uma
na sua aplicação, pois deve-se evitar cair sobre os posição equilibrada depois da
queda. Os demais pontos se
dois absorvedores simultaneamente.
dividem em suspensão e
posicionamento.
Talabarte de segurança retrátil com absorvedor
As características desse modelo de talabarte são
favoráveis para algumas situações específicas, Não existe uma única alternativa correta. O
tendo como principal vantagem a retração talabarte de retenção de queda deve ser instalado
automática, o que ajuda a controlar o fator de na conexão mais adequada a situação de trabalho.
queda.

Ele não substitui o trava-quedas retrátil, pois a sua


extensão tem que ser limitada a no máximo dois
metros.
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Talabarte de restrição

O talabarte de restrição tem a função de evitar que


a queda aconteça. Ele é utilizado para restringir a
movimentação do trabalhador que atuará
próximo a bordas.
Ele deve garantir
que o trabalhador
não consiga se
aproximar da borda
o suficiente para
correr o risco de
cair. Ele não deve
ser considerado
quando existe
algum risco de
queda, como por
exemplo, trabalhar
sobre superfícies
frágeis.
Talabarte de posicionamento
O talabarte de posicionamento é acessório do Conclusão
cinturão abdominal.
A parcela do mercado consumidor que investe nas
O conjunto deve ser utilizado apenas para o tecnologias de segurança para quedas de altura
posicionamento do trabalhador, ou seja, para que ainda é pequena no Brasil, e fornecedores e
ele se coloque em posição adequada, confortável e clientes ainda tem dificuldade de selecionar
com as mãos livres para a tarefa que precisa adequadamente os equipamentos.
desempenhar.
A solução a médio ou longo prazo é difundir o
Este conjunto não deve ser utilizado para proteção conhecimento técnico, elaborando uma literatura
contra queda de altura, pois poderá causar sérios especializada, conscientizando e capacitando
danos à saúde do trabalhador. gestores, investindo na formação de base,
melhorando a capacitação dos profissionais de
segurança do trabalho como técnicos, tecnólogos
Quando utilizado o cinto e o e engenheiros, além de normatizar a proficiência
talabarte de posicionamento de instrutores.
em situações em que há o risco
de queda, deverão ser usados
simultaneamente o cinturão NR35 – Planejamento
tipo paraquedista e o talabarte
de segurança com absorvedor
de energia. Trabalhador autorizado: Todo trabalho em altura
deve ser planejado, organizado e executado por
trabalhador capacitado e autorizado.

O trabalhador autorizado é aquele que possui


anuência formal da empresa para realizar
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trabalhos em altura, foi previamente capacitado e inicialmente chamado de Síndrome do Baudrier,


cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido mas algumas literaturas tratam como choque
considerado apto para executar essa atividade. ortostático e no Brasil popularizou-se como
NR35 - A prática Síndrome da suspensão.
O absorvedor de energia é um dispositivo que tem
a função de dissipar a energia produzida em uma Para Trabalhos em
queda e diminuir a força exercida sobre o corpo do Altura em que exista a
trabalhador quando ele é amparado por um necessidade de longos
sistema de segurança. períodos suspenso, é
requerido os assentos
de suspensão que
Considerando a tecnologia
evitam o
mais comum empregada nos represamento do
absorvedores de energia, eles
sangue e diminui a
se constituem de uma fita de
poliamida ou poliéster dobrada compressão das fitas
e costurada. do cinturão de
segurança contra
principalmente as
veias e artérias
Outro bom exemplo para compreender a femorais.
importância desse fator é a prática do Bunge
Jump, atividade em que pessoas saltam em vãos
livres amarradas a cabos elásticos.

Vamos imaginar o que aconteceria se


substituíssemos o cabo elástico por um resistente
cabo de aço? Embora o cabo de aço, com o
NR35 – CORDAS
dimensionamento certo, pudesse suportar a força
A NR-18 estabelece quais são as especificações
de frenagem, o corpo da pessoa não aguentaria.
cabíveis aos cabos de segurança destinados à
sustentação de cadeira suspensa ou como linha de
NR 35 - Síndrome da suspensão inerte
segurança para fixação do trava-quedas ao cinto
de segurança.
O referido problema foi estudado inicialmente
após a morte de vários espeleologistas que • 1ª capa: Trançado externo em multifilamento

abandonaram os métodos tradicionais de escalada de poliamida.


que utilizavam escadas, pelo método que utilizava • 2ª capa: Alerta visual polipropileno ou
apenas cordas e passava longos períodos em poliamida na cor amarela.
suspensão. • 3ª capa: Trançado interno em multifilamento
de poliamida.
A falha no sistema circulatório ocasionado pela • Alma: Alma central torcida em multifilamento
compressão das fitas do cinturão de segurança de poliamida.
tipo paraquedista, devido longos períodos em • Fita de identificação Constando: NR 18.16.5 -
suspensão em trabalhos de Alpinismo Industrial ou ISO 1140 1990 e nome do fabricante com
após ter a queda retida e encontrar-se suspenso CNPJ.
pelo sistema de segurança contra quedas, foi
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Inspeção: antes de cada uso, a corda deve ser Densidade linear 95 + 5 KTEX(igual a 95 + 5
inteiramente inspecionada (Inspeção visual e g/m).
tátil). Carga de ruptura mínima 20 KN.
Verifique cortes, desgastes, sujidade. A corda não Carga de ruptura mínima de segurança sem o
deve apresentar caroços, inconsistência à dobra, trançado externo 15 KN.
emagrecimento da alma e folga entre capa e alma.

Manutenção: manutenção de cordas deve ser feita


preferencialmente com uso de água e detergente
neutro, devendo secar à sombra.

Existe também um padrão internacional de


construção de cabos de segurança chamado
Kernmantle (Capa e Alma) parecido ao da NR-18.

Contudo, este distribui as capas de maneira


diferente e aumenta a quantidade de fios na alma,
garantindo maior resistência a tração. Usado para
atividades de acesso por corda e resgate em altura.

NR 18_Anexo I – Especificações de Segurança para


Cabos de Fibra Sintética (Incluído pela Portaria SIT
n.º 13, de 9 de julho de 2002)

1. O Cabo de fibra sintética utilizado nas condições


previstas do subitem 18.16.5 deverá atender as
especificações previstas a seguir:
Deve ser constituído em trançado triplo e
2. O cabo de fibra sintética utilizado nas condições
alma central.
previstas no subitem 18.16.5 deverá atender as
Trançado externo em multifilamento de
prescrições de identificação a seguir:
poliamida.
Trançado intermediário e o alerta visual de cor Marcação com fita inserida no interior do trançado
amarela em multifilamento de polipropileno interno gravado NR 18.16.5 ISO 1140 1990 e
ou poliamida na cor amarela com o mínimo de fabricante com CNPJ.
50% de identificação, não podendo
ultrapassar 10% (dez por cento) da densidade Rótulo fixado firmemente contendo as seguintes
linear. informações:
Trançado interno em multifilamento de Material constituinte: poliamida
poliamida. Número de referência: diâmetro de 2mm
Alma central torcida em multifilamento de Comprimentos em metros
poliamida.
Construção dos trançados em máquina com Incluir o aviso: "CUIDADO: CABO PARA USO
16, 24, 32 ou 36 fusos. ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-
Número de referência: 12 (diâmetro nominal GUIA DE SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE
em mm.). TRAVA-QUEDAS".
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 14

3. O cabo sintético deverá ser submetido a Ensaio Componentes definitivos ou temporários,


conforme Nota Técnica ISO 2307/1990, ter dimensionados para suportar impactos de queda,
avaliação de carga ruptura e material constituinte aos quais o trabalhador possa conectar seu
pela rede brasileira de laboratórios de ensaios e
calibração do Sistema Brasileiro de Metrologia e Equipamento de Proteção Individual, diretamente
Qualidade Industrial. ou através de outro dispositivo, de modo que
permaneçam conectados em caso de perda de
NR35 – Nós e ancoragem equilíbrio, desfalecimento ou queda. (Glossário
Um nó de segurança deve ser usado após a escolha NR-35)
e instalação do sistema de ancoragem que permita
o seguinte: Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser
Que seja de fácil checagem por qualquer um tomadas as seguintes providências:
da equipe de trabalho; a) ser selecionado por profissional legalmente
Que possa ser desfeito após receber a carga; habilitado;
Não deve ser solto sob tensão; b) ter resistência para suportar a carga máxima
Seja feito de modo a reduzir menos a aplicável;
resistência mecânica da corda. c) ser inspecionado quanto à integridade antes da
sua utilização.
Abaixo, estão os nós mais utilizados em trabalhos
em altura, porém é importante saber que existem
diversos tipos de nós.

Sempre que as medidas de ordem geral não


ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou doenças profissionais e
do trabalho, enquanto as medidas de proteção
coletiva estiverem sendo implantadas e para
atender a situações de emergência - de acordo com
NR 6, item 6.3.

Uma vez identificado o risco, devem ser seguidas


as seguintes etapas:

ELIMINAR ou ISOLAR o risco;


Utilizar PROTEÇÃO COLETIVA;
Utilizar EPI.
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 15

A escolha correta de um EPI para trabalho em atividade.


altura deve ser feita por um profissional
capacitado contando sempre com o auxílio do A NR 35 detalha como este trabalho deve ser
trabalhador. executado e as principais medidas para evitar a
ocorrência de acidentes.
É de suma importância o conhecimento
aprofundado sobre o local de trabalho, uma boa Deveres do Empregador
noção de EPI e as técnicas de trabalho em altura. a) garantir a implementação das medidas de
Recomendações para escolha correta: proteção estabelecidas nesta Norma;
Análise da atividade; b) assegurar a realização da Análise de Risco – AR
Acessórios adequados ao trabalho; e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Ergonomia correta (tamanho); Trabalho – PT;
Influências externas. c) desenvolver procedimento operacional para as
atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das
condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações
e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma pelas
empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações
Resumo NR 35 – Trabalho em altura. atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
Pois é certeza que vai cair na prova. Portanto, g) garantir que qualquer trabalho em altura só se
preste muita atenção a esse resumo. inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;
Veja o que você vai encontrar: h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura
quando verificar situação ou condição de risco não
Principais tópicos NR 35; prevista, cuja eliminação ou neutralização
Das responsabilidades do empregador; imediata não seja possível;
Dos deveres do empregado; i) estabelecer uma sistemática de autorização dos
Do treinamento e capacitação; trabalhadores para trabalho em altura;
Da permissão de trabalho. j) assegurar que todo trabalho em altura seja
Trabalho em altura realizado sob supervisão, cuja forma será definida
pela análise de riscos de acordo com as
Considera-se trabalho em altura toda atividade peculiaridades da atividade;
executada acima de 2 metros do nível inferior, l) assegurar a organização e o arquivamento da
onde haja risco de queda. documentação prevista nesta Norma.

São constantes os acidentes com trabalho em Responsabilidades dos Trabalhadores


altura. Portanto é fundamental que somente a) cumprir as disposições legais e regulamentares
profissional com o devido treinamento exerça essa sobre trabalho em altura, inclusive os
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 16

procedimentos expedidos pelo empregador; O treinamento periódico bienal deve ter carga
b) colaborar com o empregador na implementação horária mínima de 8 horas, conforme conteúdo
das disposições contidas nesta Norma; programático definido pelo empregador.
c) interromper suas atividades exercendo o direito
de recusa, sempre que constatarem evidências de Planejamento para o trabalho em altura
riscos graves e iminentes para sua segurança e No planejamento do trabalho devem ser adotadas,
saúde ou a de outras pessoas, comunicando de acordo com a seguinte hierarquia:
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, a) medidas para evitar o trabalho em altura,
que diligenciará as medidas cabíveis; sempre que existir meio alternativo de execução;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras b) medidas que eliminem o risco de queda dos
pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou trabalhadores, na impossibilidade de execução do
omissões no trabalho. trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da
Capacitação e Treinamento queda, quando o risco de queda não puder ser
Considera-se trabalhador capacitado para trabalho eliminado.
em altura aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária Todo trabalho em altura deve ser precedido de
mínima de 8 horas, cujo conteúdo programático Análise de Risco.
deve, no mínimo, incluir: As atividades de trabalho em altura não rotineiras
devem ser previamente autorizadas mediante
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho Permissão de Trabalho.
em altura; O que deve conter na Permissão do Trabalho?
b) análise de Risco e condições impeditivas; a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em execução dos trabalhos;
altura e medidas de prevenção e controle; b) as disposições e medidas estabelecidas na
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de Análise de Risco;
proteção coletiva; c) a relação de todos os envolvidos e suas
e) equipamentos de Proteção Individual para autorizações.
trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação
e limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência,
incluindo noções de técnicas de resgate e de
primeiros socorros.
Análise de Risco – AR: avaliação dos riscos
O empregador deve realizar treinamento potenciais, suas causas, consequências e medidas
periódico bienal (a cada 2 anos) e sempre que de controle.
ocorrer quaisquer das seguintes situações: Fator de queda: razão entre a distância que o
a) mudança nos procedimentos, condições ou trabalhador percorreria na queda e o
operações de trabalho; comprimento do equipamento que irá detê-lo.
b) evento que indique a necessidade de novo Permissão de Trabalho – PT: documento escrito
treinamento; contendo conjunto de medidas de controle
c) retorno de afastamento ao trabalho por período visando o desenvolvimento de trabalho seguro,
superior a 90 dias; além de medidas de emergência e resgate.
d) mudança de empresa.
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 17

Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar trabalhos em altura adequadas, como:


carga de pessoas para a conexão de dispositivos de
segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava- Prevenção da Queda
queda e talabartes. Avisos e Placas de Alerta indicando as zonas
Profissional legalmente habilitado: trabalhador de risco
previamente qualificado e com registro no Barreiras físicas como grades impedido o
competente conselho de classe. acesso as zonas de risco

Trabalho com Restrição


Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema
de segurança, regulável ou não, para sustentar, Proteção Contra Quedas
posicionar e/ou limitar a movimentação do Trabalho com Quedas Controladas e Trabalho
trabalhador. Posicionado
Trabalho com Quedas Controladas
Trabalhador qualificado: trabalhador que Trabalho Suspenso – Acesso por Corda
comprove conclusão de curso específico para sua Resgates e Autoregate considerando as
atividade em instituição reconhecida pelo sistema consequências e traumas ocasionados pela
oficial de ensino. suspensão.

Acesso vertical em Espaços Confinados


Trava-queda: dispositivo de segurança para
Considere sempre a Zona Livre de Queda e o efeito
proteção do usuário contra quedas em operações
pêndulo, caso a queda ocorra em seu
com movimentação vertical ou horizontal, quando
planejamento
conectado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
Tenha um plano de emergência

13 Pontos cruciais sobre Trabalho em Altura NR 35


Equipamentos que devem ser considerados:
a serem considerados:
Cintos de Segurança e Cintos para Trabalhos
Suspensos
Trabalho em altura é toda atividade executada
Talabartes, Ganchos e Conectores
acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
Trava Quedas Retrátil
onde haja risco de queda.
Cordas com Trava Quedas para Cordas
Cabos com Trava Quedas para Cabos
Tenha um planejamento detalhado e
Ganchos e Fitas de Ancoragens
documentado sobre as atividades consideradas
Ancoragens diversas e Adaptadores
Trabalhos em Altura em sua empresa. Este
Linha de Vida Horizontal Temporárias
garantirá a segurança dos trabalhadores
Linha de Vida Horizontal Fixas ou Móveis
envolvidos na atividade. O Planejamento
Documentado visa proporcionar um ambiente de
trabalho seguro e a gestão com o uso de Sistemas de Resgate e Auto Resgate
procedimentos, técnicas e equipamentos de Descensores, Ascensores, cordas de trabalho e
proteção contra queda. acessórios para trabalhos suspensos

Todo planejamento deve preceder a Análise de Tripé e Monopé


Risco das atividades planejadas. Guinchos retráteis e Blocos de Polias
O Trabalhador deverá conhecer os corretos
Para cada atividade, utilize as metodologias de procedimentos para montagem, manutenção,
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 18

inspeção e desmontagem dos sistemas de proteção qualquer tipo de EPI, a fim de capacitar e orientar
contra quedas; os trabalhadores quanto à necessidade e uso
correto dos equipamentos, visando garantir sua
O Trabalhador deverá saber utilizar corretamente segurança e integridade física.
os equipamentos e saber como armazená-los
mantendo-os aptos para o uso. É responsabilidade do empregador: orientar e
treinar o trabalhador sobre o uso adequado,
Lembre-se: guarda e conservação do EPI.
Cinto de Segurança com Talabarte Duplo (Y) não
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
atende 100% das atividades com exposição ao
risco de queda. Definições da Norma Regulamentadora
número 6;
Caso não tenha equipamentos adequados, não Conceitos de EPIs;
improvise. Tipos de EPIs;
Orientação e treinamento quanto ao uso
Inclua no seu planejamento diversos e diferentes adequado, guarda e conservação dos
equipamentos de proteção contra quedas para que Equipamentos de Proteção Individual.
possa ter:
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -
Equipamentos adequados para cada atividade
EPI
planejada e sua aplicação.

Opções de escolha 6.1 Para os fins de aplicação desta Norma


Tenha sempre equipamentos de back up. Lembre- Regulamentadora - NR, considera-se
se:” quem tem um, não tem nenhum! “ Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
Trabalho em Altura é uma atividade de extremo pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
risco, desta maneira o trabalhador deverá ser suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
capacitado, ter aptidão para a atividade, possuir trabalho.
saúde física e principalmente possuir equilíbrio
emocional. 6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de
Trabalhador seguro é trabalhador conectado ao Proteção Individual, todo aquele composto por
um ponto de ancoragem vários dispositivos, que o fabricante tenha
associado contra um ou mais riscos que possam
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de


fabricação nacional ou importado, só poderá ser
posto à venda ou utilizado com a indicação do
Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo
órgão nacional competente em matéria de
OBJETIVO: segurança e saúde no trabalho do Ministério do
Atender a Norma Regulamentadora Seis (NR-6) Trabalho e Emprego.
do MTE que prevê a obrigatoriedade da realização
do treinamento para os funcionários que utilizem
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 19

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores usuários. (alterado pela Portaria
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao SIT/DSST 194/2010)
risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 6.6 Responsabilidades do empregador. (alterado
pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
a) sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
e do trabalho; b) exigir seu uso;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado
estiverem sendo implantadas; e, pelo órgão nacional competente em matéria de
c) para atender a situações de emergência. segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade adequado, guarda e conservação;
profissional, e observado o disposto no item 6.3, o e) substituir imediatamente, quando danificado
empregador deve fornecer aos trabalhadores os ou extraviado;
EPI adequados, de acordo com o disposto no f) responsabilizar-se pela higienização e
ANEXO I desta NR. manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não observada.
estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador,
considerados como EPI, bem como as propostas podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
para reexame daqueles ora elencados, deverão ser eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT/DSST
avaliadas por comissão tripartite a ser constituída 107/2009)
pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, após ouvida a 6.7 Responsabilidades do trabalhador. (alterado
CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para
aprovação. 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que
6.5 Compete ao Serviço Especializado em se destina;
Engenharia de Segurança e em Medicina do b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de c) comunicar ao empregador qualquer alteração
Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores que o torne impróprio para uso; e,
usuários, recomendar ao empregador o EPI d) cumprir as determinações do empregador sobre
adequado ao risco existente em determinada o uso adequado.
atividade. (alterado pela Portaria SIT/DSST
194/2010) 6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou
importadores. (alterado pela Portaria SIT/DSST
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir 194/2010)
SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI
adequado ao risco, mediante orientação de 6.8.1 O fabricante nacional ou o importador
profissional tecnicamente habilitado, ouvida a deverá:
CIPA ou, na falta desta, o designado e a) cadastrar-se junto ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 20

trabalho; (alterado pela Portaria SIT/DSST estabelecidos em Portaria específica. (Inserido


194/2010) pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
b) solicitar a emissão do CA; (alterado pela
Portaria SIT/DSST 194/2010) 6.9 Certificado de Aprovação - CA
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o
prazo de validade estipulado pelo órgão nacional 6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido
competente em matéria de segurança e saúde do aos EPI terá validade: (alterado pela Portaria
trabalho; (alterado pela Portaria SIT/DSST SIT/DSST 194/2010)
194/2010)
d) requerer novo CA quando houver alteração das a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos
especificações do equipamento aprovado; com laudos de ensaio que não tenham sua
(alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010) conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
e) responsabilizar-se pela manutenção da b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade
qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.
Aprovação - CA; c) de 2 (dois) anos, quando não existirem normas
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente
portador de CA; reconhecidas, ou laboratório capacitado para
g) comunicar ao órgão nacional competente em realização dos ensaios, sendo que nesses casos os
matéria de segurança e saúde no trabalho EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional
quaisquer alterações dos dados cadastrais competente em matéria de segurança e saúde no
fornecidos; h) comercializar o EPI com instruções trabalho, mediante apresentação e análise do
técnicas no idioma nacional, orientando sua Termo de Responsabilidade Técnica e da
utilização, manutenção, restrição e demais especificação técnica de fabricação, podendo ser
referências ao seu uso; renovado por 24 (vinte e quatro) meses, quando
i) fazer constar do EPI o número do lote de se expirarão os prazos concedidos (redação dada
fabricação; e, pela Portaria 33/2007); e,(Alínea excluída pela
j) providenciar a avaliação da conformidade do Portaria SIT/DSST 194/2010).
EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período,
k) fornecer as informações referentes aos para os EPI desenvolvidos após a data da
processos de limpeza e higienização de seus EPI, publicação desta NR, quando não existirem
indicando quando for o caso, o número de normas técnicas nacionais ou internacionais,
higienizações acima do qual é necessário proceder oficialmente reconhecidas, ou laboratório
à revisão ou à substituição do equipamento, a fim capacitado para realização dos ensaios, caso em
de garantir que os mesmos mantenham as que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional
características de proteção original. (alterado pela competente em matéria de segurança e saúde no
Portaria SIT/DSST 194/2010) trabalho, mediante apresentação e análise do
l) promover adaptação do EPI detentor de Termo de Responsabilidade Técnica e da
Certificado de Aprovação para pessoas com especificação técnica de fabricação.(Alínea
deficiência. (Alterado pela Portaria MTB excluída pela Portaria SIT/DSST 194/2010).
877/2018)
6.9.2 O órgão nacional competente em matéria de
6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de segurança e saúde no trabalho, quando necessário
fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos
e/ou renovação de CA devem atender os requisitos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
TREINAMENTO [NR35 - TRABALHOS EM ALTURA | NR06 – EPI] 21

6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres f) suspender o cadastramento da empresa


indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da fabricante ou importadora; e,
empresa fabricante, o lote de fabricação e o g) cancelar o CA.
número do CA, ou, no caso de EPI importado, o
nome do importador, o lote de fabricação e o 6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão
número do CA. nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de
6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o EPI, identificadas com o nome do fabricante e o
determinado no item 6.9.3, o órgão nacional número de referência, além de outros requisitos.
competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho poderá autorizar forma alternativa de 6.11.2 Cabe ao órgão regional do MTE:
gravação, a ser proposta pelo fabricante ou a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a
importador, devendo esta constar do CA. qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
6.10 - Restauração, lavagem e higienização de EPI c) aplicar, na sua esfera de competência, as
penalidades cabíveis pelo descumprimento desta
6.10.1 - Os EPI passíveis de restauração, lavagem e NR.
higienização, serão definidos pela comissão
tripartite constituída, na forma do disposto no 6.12 e Subitens (Revogados pela Portaria SIT n.º
item 6.4.1, desta NR, devendo manter as 125/2009).
características de proteção original. (Item excluído
pela Portaria SIT/DSST 194/2010). ANEXOS

6.9.3.2 A adaptação do Equipamento de Proteção ANEXO I - Lista de Equipamentos de Proteção


Individual para uso pela pessoa com deficiência Individual.
feita pelo fabricante ou importador detentor do
Certificado de Aprovação não invalida o ANEXO II - Normas Técnicas Aplicáveis aos EPI
certificado já emitido, sendo desnecessária a
emissão de novo CA. (Incluído pela Portaria MTB ANEXO III - Anexo excluído pela Portaria SIT/DSST
877/2018) 194/2010

6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e


Emprego / MTE

6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em


matéria de segurança e saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir
ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os
regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de
fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;

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