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Gestão e segurança nos trabalhos em altura

José da Silva¹
Anderson Lucas Grana¹
Dienifer Borges Kepper¹
Amélia Deggerone Lugo¹
Jessica Amaral Benedito¹
Felipe Forte²

RESUMO

A atividade em altura é uma das principais causas de acidentes com fatalidades. Neste contexto, as
Normas Regulamentadoras (NRs) surgiram para beneficiar o empregado e o empregador. Cada uma
tem seu significado, tornando seu cumprimento obrigatório pelas empresas que estarão prevenindo
acidentes futuros e preservando a saúde de seus funcionários. A principal questão é encontrar uma
forma de cultura para a prevenção de trabalhos em altura, determinar os procedimentos, identificar
os riscos, conscientizar os trabalhadores, buscar formas de executar os trabalhos com segurança. Os
trabalhadores precisam utilizar equipamentos de proteção por conta dos riscos que ele oferece.
Durante o trabalho é preciso ficar a alguns metros de altura do chão. Aliás, segundo a Norma
Regulamentadora 35 (NR-35), é considerado trabalho em altura aquele realizado a mais de 2 metros
do chão.

Palavras-chave: Trabalhos em alturas, Acidentes de trabalhos, Segurança no trabalho,


Equipamentos de proteção individual.

1. INTRODUÇÃO

A queda em altura de trabalhadores é uma das principais causas de acidentes de trabalho em


diferentes níveis. Várias situações acontecem perigo de queda e nesse caso existe uma norma
regulamentadora como referência para que esses trabalhos sejam feitos de maneira segura. Toda
atividade executada acima de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda é considerada
trabalho em altura, como as atividades de instalações de telefonia, serviços em fachadas, operações
portuárias, da transmissão e distribuição de energia elétrica, da montagem e desmontagem de
estruturas, plantas industriais, armazenamento de materiais, dentre outras atividades.
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Por mais que a norma regulamentadora tenha sido bem explicada, existem particularidades
em cada setor, por isso, os aspectos de gestão de segurança e saúde do trabalho foram concebidos
em aspecto geral, complementadas com anexos para variadas atividades específicas. 
O trabalho em altura é uma atividade que precisa ser planejado evitando o risco, sendo
executada de outra maneira, ou então evitando a exposição do trabalhador ao risco, ou ainda com
medidas que possam minimizar esse risco, quando não puder ser evitado, nesse caso a NR35 propõe
os preceitos de antecipação para a implementação de medidas preventivas e necessárias, para que o
trabalho seja realizado com o máximo de segurança. 
A análise de risco deve ser feita a partir das recomendações da norma, e seguir as
recomendações de utilização de EPIs conforme cada situação de risco. É importante utilizar o
sistema de proteção coletivo contra quedas, e sempre que este não ofereça completa proteção, é
indispensável à utilização do sistema de proteção individual contra quedas constituído de um
sistema de ancoragem, elemento de ligação e equipamento de proteção individual, e ser adequado à
tarefa a ser executada, com todos os equipamentos certificados, de acordo com o peso e a estrutura
de cada situação, incluindo trava quedas, que faz a retenção da queda, interrompendo depois de
iniciada, reduzindo as suas consequências.
A norma regulamentadora 35 não prevê o pagamento de adicional de periculosidade, ela
institui requisitos de segurança, utilização de equipamentos de proteção para ser seguidos pelos
trabalhadores.
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores é acidentes envolvendo queda de
pessoas em lugares altos. Os riscos de quedas existem em vários ramos de atividades, devemos
intervir nestas situações de riscos, regularizando os processos e manter os trabalhadores mais
seguros, promovendo a capacitação dos trabalhadores que trabalham em lugares mais altos, no que
diz respeito a prevenção de acidente no trabalho, analises de riscos, uso correto de EPI e EPC para
trabalho em altura, condutas em situações de emergências e o uso correto das normas
regulamentadoras.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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As estatísticas em relação a acidentes de várias naturezas são altas, pois a classificação da


periculosidade é máxima em relação a trabalhos em altura.
Em ambientes onde existe risco de queda de trabalhadores e materiais, é preciso instalar EPCs
(Equipamentos de proteção auditiva) pessoas que transitam perto de construções devem ter sua
integridade física preservada. Aberturas para transporte vertical de materiais e equipamentos devem
ter guarda-corpo fixo.

Na circunferência da edificação é obrigatória a instalação de proteção contra queda de


colaboradores.

 Rede de segurança;
 Cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede;
 Conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de:
Elemento forca, Grampos de fixação do elemento forca, Ganchos de ancoragem da rede na
parte inferior.
 Entre a parte inferior do Sistema Limitador de Quedas de Altura e a superfície de trabalho
deve haver altura máxima de 6,00 m.

Conheça alguns dos EPIs essenciais contra quedas:


 Trava-quedas é um equipamento, como o próprio nome sugere, impede que o operário que
está trabalhando em altura sofra quedas. Ele é utilizado como elo entre o Cinto de
Segurança e o ponto de ancoragem.
 Talabarte de Segurança é um dispositivo que garante o deslocamento do profissional de um
lado a outro. Ele liga o Cinto Paraquedista ao ponto de ancoragem. Esse equipamento de
proteção possui três tipos, sendo cada um para uma finalidade. O Talabarte simples possui
um só ponto de ancoragem. Talabarte Duplo é composto por um ponto de conexão com o
cinto e dois ao ponto de ancoragem. O Talabarte de posicionamento posiciona o
trabalhador e deve ser usado conjugado a outros equipamentos de segurança.
 Cinto Paraquedista mantém o profissional seguro e livre de quedas enquanto trabalha em
altura
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Quando o assunto é segurança do trabalho, as responsabilidades não ficam a cargo apenas do


empregador. Afinal, de nada adianta estabelecer procedimentos de segurança se eles não forem
observados pelos trabalhadores. Por isso a NR 35 determina que caiba ao colaborador:

 Zelar pela sua segurança, bem como pela segurança de terceiros que, eventualmente, possam
ser afetados pelo desempenho das atividades;
 Cumprir as exigências legais e regulamentares, bem como os procedimentos internos acerca
do trabalho em altura;
 Ajudar na implementação das exigências regulamentares na empresa;
 Suspender suas atividades quando constatar a existência de graves riscos à sua segurança,
comunicando o fato ao seu supervisor para a adoção das medidas cabíveis.
 As NRs são abrangentes e normalizam vários aspectos do trabalho, vale lembrar que
somente elas não são suficientes para regulamentar e instruir sobre todos os pontos de
prevenção, existe outras normas, diretrizes, regulamentos que se complementam para dispor
sobre a segurança do trabalhador em altura.

Existem também os serviços que são prestados fora da empresa, onde os funcionários vão
realizar instalações de vários tipos e estão sujeitos a grande risco de quedas tipo :os telhados,
as fachadas, os beirais, as escadas fixas e móveis, as áreas confinadas, os andaimes
suspensos e as áreas de carga. Sendo que em cada local onde são realizadas estas atividades,
os funcionários devem estar devidamente preparados com seus EPI’s para realiza-las.

EPI equipamentos de proteção para trabalho em altura;


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Fonte: Artigo de segurancadotrabalhonwn.com

Conforme estabelece a NR 35, todo trabalho em altura deve ser previamente planejado e


organizado, bem como realizado por um trabalhador capacitado e treinado. Não é permitido,
por exemplo, deslocar um colaborador de outra função, que não recebeu nenhum
treinamento ou orientação sobre o trabalho em altura, para realizá-lo.
Além das responsabilidades de cada parte, a Norma Regulamentadora 35 estabelece
alguns requisitos necessários à realização do trabalho em altura. Se trata de treinamentos,
equipamentos e ajustes físicos que precisam ser implementados em sua empresa.

O treinamento e a capacitação sobre o trabalho em altura são fundamentais


para conscientizar o trabalhador dos possíveis riscos relacionados com as
atividades, uma vez que ele pode colocar a sua saúde em perigo. No entanto,
o não cumprimento das exigências previstas na NR 35, bem como não
capacitar ou treinar os colaboradores, pode trazer consequências legais para a
companhia, como punições severas e multas que podem comprometer os
serviços prestados pela organização.

Sempre que a execução de atividades laborais em altura não puder ser evitada, será obrigatório o
uso de sistemas contra quedas. Eles devem ser adequados ao desempenho da tarefa, bem como
escolhidos por um profissional qualificado de segurança do trabalho, de acordo com a análise de
risco realizada. O trabalho realizado em altura é uma atividade que envolve riscos de acidentes, as
quedas de escada e telhados são ainda responsáveis pela maioria das quedas. As fatalidades
causadas por quedas são um problema grave de saúde para os trabalhadores.

Instalações inadequadas; longas jornadas de trabalho; Falta do EPI –


Equipamento de Proteção Individual ou uso incorreto do mesmo; Falta de
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva; Falta de treinamento. (RAMOS,
2009, p. 26).

Equipamentos para trabalho em altura


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https://www.automacaoglobaltech.com.br/

O trabalho em altura é uma das principais causas de acidentes no território brasileiro, por isso, a
importância de dispor o melhor equipamento para trabalho em altura NR 35. É preciso destacar que
qualquer atividade no qual uma pessoa - um trabalhador - corra risco de cair de uma altura acima de
2 metros, incluindo essa altura ser abaixo do nível do solo, como em trabalhos subterrâneos, é
considerado trabalho em altura.
É de extrema importância o planejamento, a organização e também, a supervisão do ambiente de
trabalho para que possa evitar ou minimizar os riscos, tomando as medidas de segurança adequadas.
Para isso, é preciso ter acesso a todos os equipamentos para trabalho em altura.

3. MATERIAIS E MÉTODO

Este estudo esta estruturado tendo como titulo “Gestão e Segurança nos Trabalhos em Altura’’
A pesquisa desenvolveu-se pelos métodos de procedimentos realizados a partir do conceito de
Gestão de Segurança em altura e dos estudos científicos.
O método escolhido para esse tema foi uma revisão da literatura com concorrente, que procurou
explicar e discutir um tema com base em referências teóricas publicadas em livros, , sites e outros.
A pesquisa bibliográfica procurou também realizar um conhecimento analítico através de
estudos científicos sobre o tema Gestão e Segurança nos Trabalhos em Alturas. Pode-se somar as
consultas às bases de dados, periódicos e artigos indexados no assunto geral sobre NR 35 .
O objetivo maior da pesquisa é atingir a necessidade de investigação acerca das diversas
ferramentas que potencializam a eficiência da gestão dos riscos, para isso, foi necessário que o
passo intermediário fosse uma pesquisa exploratória. O foco deste estudo é importantíssimo no que
diz respeito ao trabalho em altura e aos acidentes por queda. Demonstram que aos serem aplicadas
pelas empresas, todos serão beneficiados, pois as mesmas têm como foco garantir a saúde e a
integridade de todos os trabalhadores, seja por meio de medidas de segurança, pelos equipamentos
de proteção individual ou coletivo, pelas responsabilidades do empregador e dos empregados, além
da exigência de treinamento, procurando capacitar os trabalhadores para realizarem suas atividades
sem correr tanto risco de vida. (GONÇALVES, Valdir de Castro 2017 ).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Esse estudo explorou o impacto da apresentação que a necessidade de se obter os conhecimentos


necessários para a prevenção de acidentes nas indústrias é importante, pois é fato que vários
acidentes ocorram após analises demonstram que as indústrias em suas rotinas diárias não
apresentam os serviços de segurança estipulado pelas Normas Regulamentadoras (NRs).
Verificou-se também que, as empresas além de procurarem seguir as NRs para não terem
problemas de fiscalização, precisam orientar seus funcionários para que eles tenham uma
consciência preventiva, e procurem cooperar tanto para seu bem como da empresa, no que se
relaciona a sua saúde e a da empresa, utilizando os EPI’s conforme as NRs especificam, em especial
a NR 35. Procura realizar todos os procedimentos necessários de segurança de seus funcionários
oferecendo os equipamentos de segurança para trabalho em altura.
Pretende-se com a realização deste trabalho, trazer contribuições importantes para as organizações
e comunidade acadêmica, procurando transmitir informações importantes sobre a segurança no
trabalho em altura, demonstrando que o cumprimento das NR’s e legislações vigentes, só trará
benefício tanto à organização como para os trabalhadores.

5. CONCLUSÃO

Os equipamentos de proteção individual são instrumentos valiosos para garantir a segurança do


trabalhador, porém seu uso deve ser feito de forma correta e constante durante as atividades que
exigem tais dispositivos. Seu uso correto e frequente deve ser entendido como fundamental pelo
trabalhador de forma correta para garantir sua segurança. O trabalhador não utiliza por negligência
e como consequência gera riscos a sua integridade e a dos seus colegas de trabalho. É preciso que o
trabalhador seja instruído sobre riscos inerentes por não utilizar os EPI’s. Além dos EPI’s, os
dispositivos de proteção coletiva são utilizados para eliminar os riscos de acidentes e constituem
uma forma eficaz de segurança do trabalho.

Os acidentes, em sua maioria, ocorrem pelo mau uso dos equipamentos de proteção individual e
coletiva, além da falta de antecipação de planos de segurança e a aplicação adequada das normas e
regulamentos relacionados à segurança do trabalho. Todos os envolvidos em atividades em altura
devem receber periodicamente treinamento específico para o entendimento e conhecimento de
todos os passos para um trabalho controlado e seguro.

Referencias
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BRASIL2, Ministério do Trabalho. Constitui Grupo Técnico sobre Trabalho em Altura. Portaria nº
220, de 6 de maio de 2011. D.O.U. De 10/05/2011

https://blog.volkdobrasil.com.br/equipamentos-para-trabalho-em-altura/

https://conect.online/blog/epc-um-guia-sobre-os-equipamentos-de-protecao-coletiva/

 https://deltaplusbrasil.com.br/blog/nr-35-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-norma-para-trabalhos-
em-altura/

https://deltaplusbrasil.com.br/blog/gestao-de-seguranca-do-trabalho/

FUNDACENTRO. Recomendação técnica de procedimentos – RTP nº 1: medidas de proteção


contra quedas de altura. São Paulo, 1999 a.

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