Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No entanto, todo esse otimismo e euforia vividos pelo mercado no início de 1929
acabou sendo canalizado para um cenário de pânico. O índice Dow Jones caiu para
aquilo que seria um dos piores declínios da história dos EUA.
O crash de 1929 começou numa quinta-feira do dia 24 de outubro. Por esse motivo foi
apelidado de “quinta-feira negra”. Na data, o Dow Jones abriu o pregão em 305,85
pontos. Imediatamente, caiu 11%. O que já sinalizava uma forte correção do mercado
de ações. No dia, as negociações foram o triplo do volume normal. Dois pregões
depois, na segunda-feira, 28 de outubro, ou “segunda-feira negra” o DJI caiu 13,47%,
para 260,64. No dia seguinte, 29 de outubro, o índice aprofundou ainda mais a queda.
Despencou mais 11,7%, para 230,07 pontos.
Ao assumir uma posição hegemônica no mundo, o país vivia uma fase de forte
aumento na produção industrial, melhoria do poder aquisitivo da população e
liberalização do crédito que culminaram em uma explosão de consumo.
Esse processo fez com que, entre 1925 a 1929, o valor das ações das empresas
subissem de US$ 27 bilhões para US$ 87 bilhões.
No entanto, a situação passou a ficar nebulosa. A superprodução em muitas indústrias
causou um excesso de oferta de aço, ferro e bens duráveis, provocando enormes
excedentes.
Quando ficou claro que a demanda era baixa e não havia compradores suficientes para
suas mercadorias, as indústrias começaram a reduzir a produção e o preço dos
produtos, assumindo grandes prejuízos. Como reflexo imediato, o preço das ações
começou a cair vertiginosamente.
Acionistas em pânico com o novo ambiente procuraram se desfazer dos papéis a todo
o custo e o índice Dow Jones iniciou, então, seu mergulho rumo a uma queda
vertiginosa.
A crise na Bolsa de Valores levou os Estados Unidos a mergulhar no mais longo período
de recessão econômica do século XX. E ela acarretou o que ficou conhecido como a
“Grande Depressão”.
Na mesma direção, a produção de aço caiu em cerca de 61%, entre 1929 e 1933, e a
produção de automóveis desabou cerca de 70%.