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XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS NAS


OPERAÇÕES DE DTM DE SONDAS
TERRESTRES
Maria Betania Gama Santos (UFCG)
betania.gama@ufcg.edu.br
Thais de Almeida Rodrigues (UFCG)
thais_ar_@hotmail.com

Nas operações de perfurações de poços terrestres, o processo de DTM


é caracterizado pela necessidade de transportar a sonda da locação
em que se concluiu a perfuração de um poço, para a locação em que se
pretende perfurar o poço seguinte. Esta atividade é cercada por riscos
ocupacionais que podem gerar ameaças à segurança e saúde do
trabalhador e ao sucesso da operação. Esta pesquisa teve como
objetivo analisar os riscos de segurança presentes nestas atividades,
bem como propor medidas de controle destes riscos para realização do
processo seguro, para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória e
qualitativa que possibilitou a identificação dos perigos e avaliação dos
riscos aos quais os trabalhadores estão submetidos. Os dados foram
coletados e analisados utilizando - se a técnica de Análise Preliminar
de Risco (APR), que consiste em um estudo antecipado e detalhado das
fases do trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão
acontecer durante a execução de uma determinada tarefa. Não foi
observada a existência de riscos considerados toleráveis (T), o que
indica que a empresa precisa ter mais atenção aos riscos, para evitar
possíveis perdas decorrentes da ausência de segurança em suas
instalações. Quase 40% dos riscos analisados foram julgados como
não toleráveis. Os resultados indicam que os riscos de acidentes são
predominantes tanto durante a montagem e desmontagem como no
transporte de sondas e equipamentos. Desta forma, choques elétricos,
queda de cargas suspensas, rompimento de mangueiras e linhas,
máquinas e equipamentos sem proteção estão dentre os agentes de
riscos que requerem as priorizações de implementação das medidas
mitigadoras e de correção

Palavras-chave: APR, DTM, Riscos


XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
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1. Introdução

Nas operações de perfuração de poços terrestre, logo após o término de um poço, a sonda
deve ser desmontada em várias partes (cargas) utilizando-se de guindastes. As cargas são
transportadas por carretas até a próxima locação, na ordem adequada, onde são novamente
montadas, esta operação relacionada a desmontagem, transporte e montagem de sondas se
chama DTM. Nesta atividade, os procedimentos são considerados de alto risco devido ao
grau de periculosidade que a atividade está exposta. Os riscos a que esses trabalhadores estão
sujeitos originam-se tanto do processo em si, como do contato com produtos químicos além,
obviamente, de riscos não específicos do setor petrolífero, tais como ruídos, calor, etc. Dentro
deste contexto, nota-se a importância da implementação de medidas mitigadoras eficazes,
identificando quais procedimentos podem contribuir para a eliminação do perigo e
consequentemente a redução dos riscos nestas operações.

A Segurança do Trabalho remete a ocasiões, onde o erro humano incorporado ou não a


condições de ambiente inseguro resultam em acidentes, que podem lesionar a condição
laboral do trabalhador, de modo temporário ou permanente. As condições trabalhistas
impróprias associadas à ausência de supervisão por parte dos órgãos competentes aumentam
os índices de acidentes e adversidades encontradas no ambiente de trabalho. Porém a
segurança do trabalho como parcela constituinte da política das organizações associada ao
pensamento de responsabilidade social tem sido agente que qualifica a imagem das empresas
perante a sociedade. Nota-se a importância deste quesito, pois o funcionamento de segurança
e saúde está intimamente relacionado à eficácia de sua implementação, ou seja, se os perigos e
riscos forem identificados incorretamente, todas as ações decorrentes serão realizadas
erroneamente.

As empresas baseando-se no reconhecimento de perigos e apreciação de riscos devem,


conhecer e aplicar medidas que visem a eliminação de perigos para uma consequente redução
de riscos e estabelecer os controles oportunos considerando variáveis como nível de risco,
controle de custos, fonte (perigo) etc. Dessa forma, quanto mais próximos os controles
estiverem da origem mais apropriados e eficazes eles serão.

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A fim de resguardar esses trabalhadores, foram criadas pelo MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego) 36 normas regulamentadoras, as chamadas NR‘s que regulamentam e viabilizam
diretrizes sobre medidas obrigatórias a serem tomadas, por parte das empresas e do
trabalhador, relacionados à segurança e saúde do trabalho no Brasil. Entretanto, ainda não há
norma regulamentadora vigente abordando especificidades das operações envolvidas no setor
petrolífero, existindo apenas em relação a equipamentos de proteção individual e segurança
em máquinas e equipamentos como a NR – 06 – Equipamento de proteção individual (EPI) e
a NR – 12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, por exemplo.

Buscando proteger os trabalhadores envolvidos no setor petrolífero foi criado um texto


preliminar de uma futura norma regulamentadora que tratará da segurança nessas atividades,
disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para consulta pública em 2013, no
entanto ainda não há prazo definido para a sua oficialização. O texto estabelece os requisitos
mínimos de segurança e saúde a serem adotadas, as obrigações e competências por parte das
operadoras, capacitação e qualificação dos trabalhadores entre outros fatores.

O setor petrolífero, em especial as atividades voltadas à desmontagem, transporte e montagem


de sondas e equipamentos expõem uma grande quantidade de trabalhadores a diversos riscos
ambientais, são eles: riscos químicos, físicos, ergonômicos e riscos de acidente. Dessa forma,
se faz necessário uma atenção especial voltada ao desenvolvimento de doenças ocupacionais
de fatores que se relacionam a falhas no processo produtivo e que possam vir a submetê-los a
condições degradantes de calor excessivo, ruídos muito acima do permitido por leis ou
vibração por tempo prolongado acima do permitido pela legislação. Vários aspectos podem
colaborar para esse cenário, desde máquinas e equipamentos velhos, sem manutenção até a
falta do uso de EPC e EPI, conforme relata Amorim (2010).

A norma regulamentadora NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos faz


referência a princípios fundamentais e medidas protecionistas que visam certificar a saúde e
integridade física dos trabalhadores e instituir requisitos mínimos para a precaução de
acidentes e doenças ocupacionais durante a utilização de máquinas e equipamentos

Para tal é fundamental que seja feita uma análise de riscos eficaz, pois as condições de
trabalho em operações de montagem, transporte e desmontagem são atividades que envolvem

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contato direto dos trabalhadores com máquinas e equipamentos, proporcionando perigos e


riscos a integridade do trabalhador envolvido na atividade, uma vez que os colaboradores
estão transportando maquinaria pesada estando muitas vezes em longas jornadas de trabalho.

Diante do exposto, este trabalho se justifica por apresentar uma proposta de gerenciamento
dos riscos de segurança presentes durantes essas operações, propondo melhorias ao processo
DTM e visando a segurança do trabalhador e da própria operação, visto os altos investimentos
necessários para realização das atividades.

Este trabalho objetiva analisar os riscos de segurança presentes na atividade DTM propondo
medidas de prevenção e controle dos riscos de forma a contribuir para a realização das
atividades DTM de modo seguro e eficaz.

2. Saúde e segurança no trabalho

Segundo a Organização Mundial de Saúde (Ano, página), a verificação de condições de


higiene e segurança consiste em um “estado de bem-estar físico, mental e social e não
somente a ausência de doença e enfermidade”. A higiene do trabalho visa combater, de forma
não médica, as doenças profissionais e identificar os fatores que podem contribuir de forma
negativa no ambiente de trabalho e no trabalhador, buscando eliminar ou reduzir os riscos
profissionais.

Segurança do trabalho é definida como o conjunto de medidas de prevenção tomadas com o


objetivo de reduzir os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, proteger a integridade e
capacidade do trabalhador. (FERNANDES, 2011).

A segurança do trabalho se refere à ciência que atua na prevenção dos acidentes do trabalho
decorrentes dos fatores de risco operacional (SALIBA, 2004). De acordo com Peixoto (2010),
envolve as metodologias e medidas que objetivam reduzir os acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do colaborador. É
importante destacar que o objetivo principal da segurança do trabalho é garantir que as
atividades se desenvolvam da forma como estavam previstas, sem oferecer riscos, eliminando
também fatores que possam levar o trabalhador a sofrer acidentes ou incidentes. O incidente é
entendido como toda circunstância acidental ou episódio que não gere lesão ou perturbação

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funcional, não resulte na morte ou incapacidade temporária ou permanente do empregado e


que cause parada ou interrupções na atividade e atraso no processo. (FERREIRA apud
FARIA; GRAEF; SANCHES, 2006).

A segurança do trabalho não interessa apenas aos trabalhadores, mas também as empresas e a
sociedade, porque o trabalhador acidentado, além dos sofrimentos pessoais, provoca despesas
no sistema de saúde e passa a receber benefícios previdenciários, que são pagos indiretamente
por impostos advindos de todos os trabalhadores e das empresas. O Brasil ainda permanece
como um dos países com maior índice de acidentes concentrados em alguns setores, como na
construção civil e transportes (IIDA, 2005).

Além disso, tudo descrito anteriormente não se pode ignorar, o custo com os acidentes e
doenças decorrentes de um ambiente de trabalho mal projetado. Podem-se citar exemplos de
custos: primeiros socorros, tratamento posterior a ocorrência, perda na produção por parada
de linhas e, ainda, o custo social da reinclusão do colaborador ao trabalho (JURIE, 2010).

3. Perigos e riscos

As atividades relacionadas ao setor petrolífero envolvem diversos perigos e riscos de


acidentes elevados expondo o trabalhador a danos a integridade física e lesões pessoais. De
acordo com o anexo I item 4.20, da NR-4 – Serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, o grau de risco
dessa atividade é 4. Essa norma gradua essas atividades de 1 a 4. A categoria dessa atividade
implica em uma escala elevada, o que justifica cuidados especiais quanto aos riscos.

Aquino e Costa (2011) afirmam que o perigo é uma condição física ou química que apresenta
o potencial para promover danos às pessoas, propriedades ou ao meio ambiente. As atividades
da indústria petrolífera têm perigos referentes a natureza de trabalhos característicos de seus
processos.

Segundo Moares (2013) o risco traduz a possibilidade de perda, dano, desvantagem ou


impacto negativo e está relacionado a uma grandeza resultante do produto entre a
probabilidade (combinação da frequência de ocorrência das possíveis causas) e as perdas
(valor).

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3.1. Avaliação e gestão de riscos

De acordo com a NBR ISO 31000 (2009) de Gestão de riscos - Princípios e diretrizes, a
finalidade da avaliação de riscos é auxiliar na tomada de decisões com base nos resultados da
análise de riscos, sobre quais riscos necessitam de tratamento e a prioridade para a
implementação do tratamento.

Identificar riscos é identificar situações e operações perigosas, além de agentes e eventos


perigosos. A avaliação do risco compreende a avaliação se ele é ou não tolerável, havendo
duas modalidades de avaliação, a qualitativa e a quantitativa. A qualitativa envolve a
identificação das trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho,
os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados. A quantitativa está
relacionada a medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle
dos riscos (FERNANDES, 2011).

A NBR ISO31000 (2009) de Gestão de Riscos, na seção (3-A), cita que a gestão de riscos
contribui para a realização demonstrável dos objetos e a melhoria do desempenho referente: a
segurança e saúde das pessoas; a conformidade legal e regulamentar; a aceitação pública; a
proteção do meio ambiente; a qualidade do produto; ao gerenciamento de projetos; e a
eficiência nas operações.

Conforme a norma NBR ISO 31000 (2009), a gestão de riscos auxilia os tomadores de
decisão a fazer escolhas conscientes, priorizar ações e distinguir entre formas alternativas de
ação. Ela leva em consideração a incerteza, a natureza dessa incerteza e como ela pode ser
tratada. O sucesso da gestão irá depender da eficácia de sua estrutura que fornece os
fundamentos e os arranjos que irão incorporá-la através de toda organização, em todos os
níveis.

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De acordo com a NBR ISO 31010 (2012) de Gestão de riscos - Técnicas de Avaliação de
Riscos, o processo de avaliação de riscos é o processo global de identificação de riscos,
análise de resultados e avaliação de riscos, como é mostrado na Fig. (1). A maneira como este
processo é realizado é dependente não somente do contexto do processo de gestão de riscos,
mas também dos métodos e técnicas utilizadas para conduzir o processo de avaliação de
riscos.

Figura 1. Contribuição do processo de avaliação de riscos para o processo de gestão de riscos.

Fonte: ABNT NBR ISO 31000:2012

Pode ser destacada a importância da cooperação da organização como um todo na


conscientização do risco envolvido na atividade, procurando atuar sempre de forma
preventiva e não apenas corretiva.

3.2 Análise preliminar de riscos (APR)

Segundo Zocchio (2000), a Análise Preliminar de Riscos teve origem na área militar com
aplicação inicial na revisão de sistemas de mísseis. Tem como objetivo determinar os riscos e
medidas preventivas antes que um processo, sistema ou produto entrem em sua fase
operacional, sendo aplicada na fase de projeto e desenvolvimento. Tudo o que puder ser
identificado como risco de acidente ou de doença ocupacional nesta fase deve merecer

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atenção, para que medidas preventivas adequadas possam ser tomadas e evitar que riscos
venham a ser criado nos ambientes de trabalho.

A APR é uma técnica de identificação de perigos e análise de riscos que consiste em


identificar eventos perigosos, causas e consequências e estabelecer medidas de controle. O
objeto da APR pode ser a área, sistema, procedimento, projeto ou atividade. Possui uma
característica que é a necessidade da equipe multidisciplinar, onde os membros da equipe
devem dispor de experiência em segurança e saúde ocupacional e pelo menos um que seja
conhecedor do processo envolvido. Recomenda-se que seja realizada por uma equipe estável,
contendo entre cinco e oito pessoas. Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas
quais a energia ou o material de processo pode ser liberado de forma descontrolada,
levantando, para cada um dos perigos identificados, as suas causas, os métodos de detecção
disponíveis e os efeitos sobre os trabalhadores, a população circunvizinha e sobre o meio
ambiente.

Em seguida é feita uma Avaliação Qualitativa dos riscos associados, identificando-se, desta
forma, aqueles que requerem priorização. Além disso, são sugeridas medidas preventivas e/ou
mitigadoras dos riscos a fim de eliminar as causas ou reduzir as consequências dos cenários
de acidente identificados.

Segundo De Cicco e Fantazzini (1994), o desenvolvimento de uma APR necessita dos


seguintes procedimentos:

a) Definição do grupo que participará da análise;

b) Subdivisão da instalação em diversos subsistemas;

c) Definição das fronteiras do sistema e de cada subsistema;

d) Determinação dos produtos e atividades com possibilidades de gerar acidentes;

e) Realização da APR propriamente dita: preenchimento das planilhas de APR em reuniões do


grupo de análises;

f) Elaboração do relatório final; e,

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g) Acompanhamento da implementação das recomendações.

Segundo Sherique (2015), a Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma técnica de


identificação de perigos e análise de riscos que consiste em identificar situações que podem
causar um acidente e assim estabelecer medidas de controle para eliminar o perigo ou reduzir
o risco. Por ser preliminar a mesma antecede o objeto em estudo e pode ser utilizada
principalmente em procedimentos operacionais similares ou que já tenham ocorridos
anteriormente.

Conforme Sherique (2015), a APR determina a frequência de risco e gravidade, conforme o


Quadro 1 no qual podem ser observadas as categorias de frequência.

Quadro 1 – Categoria de frequência

Categoria Denominação Faixa de Frequência Descrição


Conceitualmente possível, porém
EXTREMAMENTE Menor que 1 ocorrência em extremamente improvável de
A
REMOTA 100.000 anos. ocorrer. Sem referências
históricas nos bancos de dados.
Já pode ter ocorrido algum evento
Ocorrência de 1 evento histórico, porém não esperado
B REMOTA
entre 100 e 100.000 anos. que ocorra durante a vida útil do
empreendimento.
Ocorrência de 1 evento Possível de ocorrer durante o
C POUCO PROVÁVEL
entre 30 e 100 anos. período de vida útil.
Ocorrência de 1 evento Mais de uma ocorrência esperada
D PROVÁVEL
entre 1 e 30 anos. para a vida útil.
Ocorrência esperada diversas
E FREQUENTE Mais de um evento por ano
vezes ao longo da vida útil.

Fonte: Adaptado de Sherique, (2015)

Os cenários de acidente são classificados em categoria de severidade, conforme Quadro 2,


estes dados são qualitativos e fornecem indicação da severidade esperada de ocorrência para
cada um dos cenários identificados.

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Segundo Sherique (2015), o risco, é dividido em três categorias, admitindo ser Tolerável
Moderado e Não tolerável, como aparece no Quadro 3.

Quadro 2 – Classificação das severidades

Categoria Tipo Descrição


 A falha não irá produzir danos funcionais ou lesões,
I DESPREZÍVEL
nem contribuir com riscos ao sistema.
 A falha irá degradar o sistema, porém sem danos
II MARGINAL maiores ou lesões. Pode ser compensada ou
controlada adequadamente.
 A falha irá causar lesões, degradação do sistema,
III CRÍTICA danos substanciais ou irá causar dano inaceitável
(exige ações corretivas imediatas).
 A falha irá causar lesões, mortes ou perdas totais ( com
IV CATASTRÓFICA
degradação severa no sistema).

Fonte: Adaptado de Sherique, (2015)

Quadro 3 – Categorias de risco

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Categoria de Risco Descrição


Tolerável (T)  Não há necessidade de medidas adicionais
 Risco mantido sob controle. Aplica-se uma nova análise para
Moderado (M) avaliar as alternativas disponíveis para e obter uma redução
adicional de riscos.
 Risco não tolerável com os controles existentes. Métodos
Não Tolerável (NT) alternativos devem ser considerados para reduzir a
probabilidade de ocorrência e as suas consequências.

Fonte: Adaptado de Sherique, (2015)

A partir da relação entre os Quadros 1, 2 e 3 é gerada a matriz de riscos, conforme Quadro 4,


onde M representa moderado, T representa tolerável e NT não tolerável.

Quadro 4 – Categorias do risco quanto à frequência e severidade

Severidade Categoria de frequência


Categoria Descrição A B C D E

Provoca morte ou lesões em uma ou mais pessoas, gera danos


V Catastrófica M M NT NT NT
irreparáveis aos equipamentos e as situações ou valores

resultantes dos dados ficam acima dos máximos aceitáveis.

Provoca lesões moderadas, causa danos severos aos


III Crítica M M M NT NT
equipamentos ou instalações e as situações ou os valores

resultantes dos danos não superam os níveis máximos aceitáveis.

Provoca lesões leves, gera danos leves aos equipamentos ou


II Marginal T T M M M
instalações e as situações ou os valores resultantes dos danos não

superam os níveis médios aceitáveis.

Não provoca lesões ou as lesões não são suficientes para gerar T T T T M


I Desprezível
afastamentos e não gera danos aos equipamentos ou instalações.
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4.1 Sondagens Terrestre

Sondas de perfuração rotativas são largamente utilizadas nas operações de construção de


poços de petróleo realizadas hoje em dia. O poço é perfurado aplicando-se um movimento de
rotação a uma broca e uma força descendente. Geralmente, a broca é rotacionada pela coluna
de perfuração que recebe o movimento de rotação da mesa rotativa ou Top Drive. A força
descendente é aplicada à broca usando-se seções de tubos pesados de paredes espessas,
chamados de comandos de perfuração, posicionados na coluna acima da broca. As rochas
cortadas são trazidas à superfície através da circulação de um fluido que é injetado pelo
interior da coluna até a broca e retorna pelo espaço anular entre o poço e a coluna. As sondas
de perfuração podem ser classificadas como terrestres ou marítimas, convencionais ou
automáticas. (BOURGOYNE, 1991).

J.J. Azar (2004) afirma que sondas de perfuração são classificadas em onshore (terrestres) ou
offshore (marítimas). A principal diferença que distingue uma sonda marítima é o sistema
adicional chamado de riser (uma extensão tubular posicionada entre o piso da sonda e o leito
marinho), bem como seu sistema de posicionamento dinâmico que a mantém posicionada no
lugar da perfuração.

4.1.1 Sondas convencionais de perfuração terrestre

Sondas convencionais são tipicamente constituídas de três seções principais: carro sonda,
subestrutura e mastro. Sendo cada uma dessas seções compostas de diversos outros
equipamentos e partes (PALADIS, 2004).

Segundo Triggia (2001), no carro sonda encontram-se os motores que permitem o movimento
vertical da coluna de perfuração, bem como a ação de rotação. Esses motores alimentam o

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guincho de perfuração e a mesa rotativa. A subestrutura suporta equipamentos de sustentação


de cargas: a plataforma, o mastro e a mesa rotativa. Já o mastro comporta os equipamentos de
movimentação de cargas: catarina, kelly, swivel, estaleiro e chaves flutuantes.

4.1.2 Sondas automáticas de perfuração em poços terrestres

Nas operações com sondas automáticas o acionamento dos comandos parte de uma cabine de
operação é realizado através de comandos computadorizados. Dessa cabine de comando,
chamada de Cyber base, é possível controlar e monitorar todas as funções e operações dos
sistemas de perfuração. Seu design permite uma visão panorâmica da plataforma de trabalho,
um melhor ambiente de laboral para os operadores, bem como soluções ergonômicas. Dessa
cabine de comando é possível dar partida, parada ou ajuste de parâmetros de qualquer um dos
motores que compõe a sonda (STENA, 2011).

Conforme observado por J.J. Azar (2004), diversas operações de montagem e desmontagem
são realizadas com o auxílio de sistemas elétricos, pneumáticos e hidráulicos, melhorando a
eficiência desse processo e reduzindo riscos. As sondas modernas são fabricadas em módulos
ou montadas sobre skid, isso facilita seu transporte e montagem (rigging up).

6. Atividades DTM e acidentes no setor

Segundo Paladis (2004), nas operações de perfurações de poços terrestres é necessário


transportar a sonda da locação em que se concluiu a perfuração de um poço, para a locação
em que se pretende perfurar o poço seguinte. Este procedimento denomina-se DTM.
Após o recebimento do programa do poço e solicitados todos os materiais e equipamentos
para intervenção no mesmo, inicia-se o transporte e montagem da sonda e dos equipamentos
periféricos, nessas atividades existem diversos riscos que se não forem analisados e
administrados, contribuem de forma significativa para o aumento do índice de acidentes do
trabalho (ROCHA; SILVA; ARAÚJO FILHO, 2015).

Para a execução da atividade DTM da sonda é necessário a elaboração pela contratada de um


documento que mapeia os principais perigos e cuidados a serem considerados durante o
percurso denominado de rotograma. Deve-se localizar com exatidão o poço para o qual a

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sonda está sendo transportada. Além disto, a locação deve estar isenta de tipos de poluição
como é o caso de hidrocarbonetos, óleo diesel, óleo hidráulico etc. (NORMA
REGULAMENTADORA 12, 2016).

Segundo dados do SINDIPETRO-BA (sindicato dos petroleiros) de 2011, um trabalhor


morreu vítima de acidente de trabalho quando a atividade de DTM da sonda estava para ser
concluída, faltando apenas o transporte de tanque de lama da sonda. Ao realizar a operação de
atrelamento do tanque ao cavalo mecânico, o trabalhador foi imprensado entre o tanque e o
cavalo mecânico, vindo a falecer a caminho do hospital. Outro acidente aconteceu em 2012
durante procedimento DTM quando se fazia a operação de descida do mastro, ele rompeu e
caiu. Felizmente não houve vítimas, mas houve grandes danos aos equipamentos. Segundo
dados, o acidente ocorreu devido à ruptura dos olhais do mastro, no local de fixação dos pinos
prisioneiros durante a operação de descida do mastro realizado pelo encarregado da sonda e
técnicos de mecânica e operação.

Na Norma regulamentadora de segurança em máquinas e equipamentos, NR-12 (1978) que


trata de segurança do trabalho em máquinas e equipamentos afirma que os movimentos
perigosos dos transportadores contínuos de materiais devem ser protegidos, especialmente nos
pontos de esmagamento, agarramento e aprisionamento formados por roldanas, acoplamentos,
engrenagens, roletes e outras partes móveis acessíveis durante a operação normal.

De acordo com o SINDIPETRO – ES, outro acidente durante a operação de DTM aconteceu
quando o cabo, do sistema de içamento da torre, conhecido como telescópio, partiu, fazendo
com que a estrutura, de aproximadamente 12 metros e cerca de sete toneladas, fosse
brutalmente recolhida causando danos à armação. No momento, os trabalhadores estavam
distante da área atingida. O mastro não chegou a cair, mesmo assim o impacto do rápido
recolhimento danificou o equipamento.

A partir do conhecimento destes acontecimentos, percebe-se como DTM envolvem atividades


com potencial em acidentes de trabalho bem como a importância da adoção de medidas
eficazes que diminuam os riscos a que estes trabalhador estão expostos.

7. Procedimentos de trabalho e segurança em DTM

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Um nível de caracterização, específico da indústria do petróleo, pode ser encontrado em


Ferreira e Iguti (1996) que identificam, no tocante ao trabalho dos petroleiros, as seguintes
características comuns: lida-se com produtos perigosos (inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos)
e em grandes quantidades, e com equipamentos de alto risco.

De acordo com a Norma Regulamentadora 12 (1978) Segurança no trabalho em máquinas e


equipamentos (item 12.1008), as máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou
produzam combustíveis, explosivos, inflamáveis ou substâncias que reagem perigosamente
devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão, explosão e
reações acidentais, bem como a ocorrência de incêndio.

Segundo Ferreira e Iguti (1996) o serviço de manutenção é estratégico na indústria do


petróleo, entre outras razões porque falhas nos equipamentos e instrumentos podem ocasionar
interrupções na produção, com perdas significativas do ponto de vista material, humano e
financeiro.

A NR-12 em seu item 12.111 afirma que as máquinas e equipamentos devem ser submetidos
à manutenção preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante,
conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas
internacionais. As manutenções preventivas com potencial de causar acidente do trabalho
devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente
habilitado.

De acordo com o texto preliminar da norma regulamentadora que tratará da segurança em


plataformas, publicado para consulta publica pelo MTPS (Ministério Do Trabalho E
Previdência Social) em 2013, em seu item 20 aborda que a manutenção dos equipamentos
motorizados deve ser executada por profissionais qualificados e sob supervisão de
profissional legalmente habilitado.

Conforme a NR12, todos os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção de


máquinas e equipamentos devem ser realizados por profissionais habilitados, qualificados,
capacitados ou autorizados para este fim. Nos itens 12.138 a 12.145, determina as condições
para a capacitação do trabalhador para que assuma a sua função, assim como, o material
didático a ser ministrada por profissionais qualificados. A função do trabalhador que opera e

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realiza intervenções em máquinas e/ou equipamentos deve ainda ser anotada no registro de
empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrônico e em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social – CTPS.

8. Aspectos metodológicos

8.1 Caracterização da pesquisa

Esta pesquisa se caracteriza de maneira teórica e exploratória, pois ela não requer a
formulação de hipóteses para serem testadas, se restringindo a definir objetivos e buscar mais
informações sobre determinado assunto de estudo, portanto ela seria um passo inicial para o
projeto de pesquisa.

A pesquisa exploratória é recomendada quando há pouco conhecimento sobre o problema a


ser estudado, ela estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração de uma pesquisa,
visa oferecer informações sobre seu objetivo e busca orientar a formulação de hipóteses
(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.61). A pesquisa teórica é "dedicada a reconstruir
teorias, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos,
aprimorar fundamentos teóricos" (Demo, 2000, p. 20).

A metodologia desta pesquisa buscou em primeiro lugar, efetuar um estudo bibliográfico com
livros, revistas, artigos técnicos e científicos e sites abordando o tema retratado. Os estudos
bibliográficos foram direcionados à obtenção de meios que pudessem auxiliar na melhoria
desta pesquisa, enfatizando os riscos em DTM, foram relacionados diversos conteúdos a fim
de atender de forma satisfatória ao objetivo central do trabalho, isto é, a apreciação dos riscos
aos quais estavam submetidos os trabalhadores envolvidos neste segmento do setor
petrolífero, a fim de contribuir para a mitigação e controle de riscos específicos nestas
atividades.

Os dados foram obtidos mediante fontes secundárias, estes provém de observações de vídeos
e fotos cedidos pela equipe de trabalho do local estudado e vídeos via internet, coleta de dados
em cima de observações adquiridas através de entrevistas semi-estruturadas com engenheiro
de segurança atuante nas atividades de DTM, engenheiro de petróleo e demais trabalhadores.

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Desta forma, foi possível aprofundar o conhecimento relacionado a condução das atividades
de desmontagem, transporte e montagem de sondas e equipamentos.

A partir da realização de uma apreciação de riscos nos três segmentos do processo (D,T e M)
foram observados os agentes de risco, danos e impactos consequentes de cada risco
encontrado e elaboradas possíveis medidas mitigadoras.

8.2 Aplicação da técnica de gerenciamento de riscos APR

A Utilização da ferramenta de gerenciamento de riscos do tipo APR, referente as atividades


de DTM, foi utilizada para identificar os eventos perigosos, causas e consequência e propor
medidas de controle mediante o uso de planilhas. Foi analisado o grau dos riscos
relacionados, bem como foram propostos medidas preventivas e ou mitigadoras dos riscos,
visando à redução ou controle dos riscos. Este método de análise de risco foi escolhido
mediante consulta a NBR ISO 31010 (2012) devido à sua simplificação, por ser uma
ferramenta explicativa, de simples utilização e por proporcionar resultados qualitativos e
eficazes.

Os dados de preenchimento destas planilhas são proposições de tipos de acidentes que podem
ocorrer ou já ocorreram bem como as observações que devem ser feitas e as devidas medidas
de segurança para que não aconteçam mais acidentes do mesmo tipo.

Na ferramenta APR – Análise Preliminar de Riscos foram estabelecidas em colunas e linhas


os riscos, causa, efeito, categoria de frequência, categoria de severidade, categoria de risco e
medidas preventivas. A categoria de frequência é dividida em cinco categorias, sendo A -
extremamente remota, B – remota, C – pouco provável, D – Provável, E – Frequente. A
categoria de severidade está dividida em quatro, sendo: I - desprezível quando não ocorre
lesões, II - marginal quando ocorrem lesões leves em empregados e terceiros, III - lesões de
gravidade moderada em pessoas no ambiente internos e lesões leves em pessoas no ambiente
externo à empresa, IV - provoca morte ou lesões graves em 01 (uma) ou mais pessoas. A
categoria de riscos pode ser T – tolerável, M – moderado e NT – não tolerável.

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9. Resultados

Os resultados relacionados a APR foram relacionados as atividades de DTM e as planilhas


referentes foram construídas relacionando os perigos, as causas, os efeitos ou consequências,
a frequência de ocorrência, a severidade, bem como foi procedida à análise de riscos
potenciais e as respectivas medidas de controle recomendadas, estas informações encontram-
se dispostas no Quadro 6.

Foi constatada a presença de diversos agentes ambientais relacionados aos riscos físicos,
químicos, ergonômicos, e de acidentes. Foi identificado um grande número de perigos
associados às atividades de DTM . O grau de risco encontrado na análise geral da APR pode
ser dividido em: 0% dos riscos foi considerado “toleráveis” (T), 40 % de riscos foram
considerados “moderados” (M) e 60% dos riscos foram considerados” não toleráveis” (NT).

As recomendações propostas foram estabelecidas em busca um processo mais seguro,


considerando os aspectos relacionados às boas práticas de convivência do trabalhador em seu
ambiente laboral, para propiciar melhor condições de integridade e estabelecimento de níveis
mínimos de segurança, que estão associados à diminuição de acidentes no decorrer das
atividades.

Os principais riscos encontrados foram: contato com partes aquecidas - Possíveis soluções: -
Utilizar capacete, óculos de segurança, botas com solado antiderrapante e luvas de PVC ou
couro; Prover isolamento/proteção adequado das partes aquecidas; Observar atentamente o
ambiente de trabalho, não se expondo a partes aquecidas. Contato com partes cortantes -
possíveis soluções: - Utilizar capacete, óculos de segurança, botas de segurança com solado
antiderrapante e luvas PVC; Observar bem o ambiente de trabalho, equipamentos ou peças a
serem manuseadas. Contato partes móveis- Possíveis soluções: - Utilizar capacete, óculos de
segurança, botas de segurança com solado antiderrapante e luvas PVC ou couro; Quando
possível, colocar proteção nas partes móveis (guinchos, polias e etc.). Observar atentamente o
ambiente de trabalho, não se posicionando na região de atuação de partes móveis. Perigo de
choque elétrico - Possíveis soluções: - Utilizar capacete, óculos de segurança, botas de
segurança com solado antiderrapante e luvas PVC (luvas de material isolante se for lhe dar
com equipamento energizado); Verificar tensão elétrica antes de tocar em partes de

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equipamentos ou instalações. Assegurar que o equipamento está devidamente aterrado ou


desconectado da fonte de tensão. Sinalizar para evitar o religamento por terceiros. Não
trabalhar com equipamentos energizados estando o corpo ou as roupas molhadas. Solicitar
ajuda em condições perigosas; - Utilizar ferramentas adequadas e em perfeitas condições de
uso (ex: não usar ferramentas com isolamento deficiente). Perigo de choque mecânico
(equipamento/pessoas/carga) - Possíveis soluções - Sinalizar constantemente para o operador
de guindaste durante a movimentação das cargas, principalmente em áreas de difícil
visualização da carga, Realizar a inspeção do ambiente e dos equipamentos de movimentação
de carga, antes de iniciar o serviço. Isolar e sinalizar a área; Não ficar sob carga suspensa;
Não ficar sob o mastro sendo arriado ou levantado; Durante os trabalhos em altura, não deixar
os equipamentos e ferramentas soltos, prevenindo sua queda; Isolar, quando possível, área
embaixo de onde esteja sendo realizado serviço em altura; Trabalhar em altura sempre com as
ferramentas amarradas. Usar capacete de segurança, luvas, botas e óculos adequados.
Escorregos, tropeços e quedas - Possíveis soluções - Ver recomendações gerais; Realizar o
reconhecimento do ambiente antes de iniciar o serviço; Manter o ambiente limpo; Utilizar
bota de segurança com o solado em bom estado e antiderrapante. Falha do freio ou
embreagem do guincho- Possíveis soluções - Utilizar capacete, óculos de segurança, botas de
segurança com solado em bom estado e antiderrapante; Não se posicionar na área de descida
do mastro, nem sob a região de movimentação da catarina e de suas cargas. Cumprir o plano
de manutenção do freio e embreagem do guincho. Perigo de queda de altura - Possíveis
soluções - Realizar o reconhecimento do ambiente antes de iniciar o serviço; Para trabalhos
no mastro da sonda usar cinto tipo pára-quedista, trava-quedas e contrapeso com freio
dinâmico. No caso de subida de outra pessoa usar cinto tipo paraquedista, trava-quedas e
trava-quedas retrátil; O piso deve ser antiderrapante e estar limpo, sem óleo ou graxa; Utilizar
roupa sob medida. Perigo de queda de carga suspensa/equipamento - Possíveis soluções: -
Utilizar capacete, óculos de segurança, botas de segurança com solado em bom estado; Não
ficar sob a carga suspensa; Guardar distância segura da carga a ser transportada; Inspecionar
cabos de aço de içamento da carga; Guiar carga com auxílio de corda (outro elemento não
condutor de eletricidade), não guiar diretamente com mão ou pé. Projeção partícula sólida ou
líquida - Possíveis soluções - Utilizar óculos de segurança, luvas e capacetes; Certificar-se da
utilização do equipamento ou ferramenta adequada ao serviço; - Manter-se afastado de
equipamento pressurizado e fora da trajetória de tampões, válvulas e etc.

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Quadro 6 - Análise Preliminar de Riscos (APR) – Operações com DTM

Categorias
Perigos Causa Efeito F S R Medidas preventivas e de
controle recomendadas
Exposição à Devido ao funcionamento Estresse, perda E III NT — Usar protetores auriculares
ruído de máquinas dos auditiva, em ambientes com nível de
equipamentos durante a irritabilidade, perda ruído elevado e/ ou onde
operação com DTM de concentração sinalizado.
mental. — Atender a norma: NR 15 –
Atividades e operações
Insalubres.
Manuseio de Exposição a contaminantes Dermatite, alergias, E II M — Além dos EPI básicos,
produtos químicos conjuntivite e utilizar EPI adequados à tarefa,
Químicos problemas tais como luvas de borracha,
respiratórios. aventais, máscara, etc.;
— Dispor na locação das fichas
de segurança dos produtos
químicos e respectivos
medicamentos para tratamento
de lesões;
— Verificar cuidados nas fichas
toxicológicas dos produtos a
manusear;
— Manusear os produtos
corretamente para evitar danos a
sua embalagem;
— Lavar imediatamente com
água doce, caso haja contato
com a pele;
— Trocar a roupa
imediatamente, caso haja
contaminação da mesma.
Contato partes Devido ao contato de Lesão Pessoal E III NT — Utilizar capacete, óculos de
Aquecidas máquinas dos segurança, botas com solado
equipamentos durante a antiderrapante e luvas de PVC
operação com DTM ou couro;
— Prover isolamento/ proteção
adequado das partes aquecidas;
— Observar atentamente o
ambiente de trabalho, não se
expondo a partes aquecidas.
Contato partes Devido ao contato de Lesão Pessoal / E III NT — Utilizar capacete, óculos de
Cortantes máquinas dos Dano à segurança, botas de segurança
equipamentos durante a integridade física com solado antiderrapante e
operação com DTM luvas de PVC.
— Observar com cautela o
ambiente de trabalho,
equipamentos ou peças a serem

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manuseadas, evitando o contato


com partes cortantes.
Contato com Devido ao contato de Lesão Pessoal / E III NT Utilizar capacete, óculos de
partes máquinas dos Dano à segurança, botas com solado
Móveis, p.e, equipamentos durante a integridade física antiderrapante e luvas de PVC
bobina, cabo operação com DTM ou couro;
etc. — Quando possível colocar
proteção nas partes móveis
(guinchos, polias, etc.);
— Observar atentamente o
ambiente de trabalho, não se
posicionando na região de
atuação de partes móveis.
Perigo de Devido ao contato de Lesão Pessoal / D IV NT Utilizar capacete, óculos de
choque máquinas dos Dano à segurança, botas com solado
Elétrico equipamentos durante a integridade física, antiderrapante e luvas de PVC
operação com DTM Queimaduras, (luvas de material isolante se
Tetanização, for lidar com equipamento
fibrilação energizado).
ventricular, lesões — Verificar tensão elétrica
diversas etc antes de tocar em partes de
equipamentos ou instalações.
— Assegurar que o
equipamento está devidamente
aterrado
ou desconectado da fonte de
tensão.
— Sinalizar para evitar o
religamento por terceiros.
— Não trabalhar com
equipamentos energizados
estando o
corpo ou as roupas molhadas.
— Solicitar ajuda em condições
perigosas.
— Utilizar ferramentas
adequadas e em perfeitas
condições
de uso (ex.: não usar
ferramentas com isolamento
deficiente).
Perigo de Lesão Pessoal / D IV NT Sinalizar constantemente para o
choque Dano à operador de guindaste durante a
mecânico integridade física movimentação das cargas,
(equipamento principalmente em áreas de
Pessoas / difícil visualização da carga (os
carga) operadores deverão ter o
treinamento em sinalização e só
deve ter um
sinalizando).
— Realizar a inspeção do
ambiente e dos equipamentos de
movimentação de carga, antes
de iniciar o serviço. Isolar e
sinalizar a área.
— Não ficar sob carga
suspensa.

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— Não ficar sob o mastro sendo


arriado ou levantado.
— Durante trabalhos em altura,
não deixar os
equipamentos ou ferramentas
soltos, prevenindo sua queda;
— Isolar, quando possível, área
em baixo de onde esteja
sendo realizado serviço em
altura;
— Trabalhar em altura sempre
com as ferramentas
amarradas;
— Usar capacete de segurança,
luvas adequadas à tarefa,
botas de segurança e óculos de
segurança.
Escorregos, Inerentes a atividade de Lesões pessoais, D II M — Ver recomendações gerais;
Tropeços e deslocamento dos físicas e contusões. — Realizar o reconhecimento
quedas equipamentos de DTM do ambiente antes de iniciar o
serviço;
— Manter o ambiente limpo;
— Utilizar bota de segurança
com o solado em bom estado
e antiderrapante.
Falha do freio Inerentes a atividade de Lesões pessoais, C IV NT — Utilizar capacete, óculos de
ou deslocamento dos físicas e contusões. segurança, botas de segurança
Embreagem equipamentos de DTM com solado em bom estado e
do antiderrapante.
Guincho — Não se posicionar na área de
descida do mastro, nem sob a
região de movimentação da
Catarina e de suas cargas.
— Cumprir o plano de
manutenção do freio e
embreagem do guincho.
Perigo de Inerentes a atividade de Lesão pessoal/ C IV NT — Utilizar capacete, óculos de
queda de deslocamento dos Dano à segurança, botas de segurança
Carga equipamentos de DTM integridade física com solado em bom estado.
suspensa / — Não ficar sob a carga
Equipamento suspensa.
— Guardar distância segura da
carga a ser transportada.
— Inspecionar cabos de aço de
içamento da carga e verificar se
a lingada está bem feita.
— Utilizar apenas eslingas,
laços ou manilhas com controle
de inspeção.
— Guiar carga com o auxílio de
corda (ou outro elemento não
condutor de eletricidade), não
guiar diretamente com a
mão ou pé.
Rompimento Lesão pessoal/ C IV NT — Inspecionar visualmente os
de cabo Dano à cabos de aço e correntes em
De aço e/ ou integridade física uso, quanto à corrosão,

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Correntes amassamento ou pernas


partidas, substituindo-os se
necessário; Proteger-se e
manter-se afastado de cabos e
correntes
tencionados; Certificar-se da
correta amarração (alças,
manilhas, nós,
etc.) de cabos ou correntes antes
de tencioná-los.
— Utilizar apenas eslingas,
laços ou manilhas com controle
de inspeção.
Postura inadequada por Lesões pessoais, D II M Melhorar as condições
muito tempo físicas e contusões. ergonômicas do trabalhador em
seu posto de trabalho, informar
a importância da postura
Riscos correta, para que não haja
Ergonômicos desconfortos excessivos, quando
não houver possibilidade de
adaptações.
Postura inadequada e Lesão na coluna D II M Ginástica laboral para que não
movimentos repetitivos cervical, fadiga haja desgastes físicos ao
muscular, desgaste. trabalhador, promover a
rotatividade dos trabalhadores,
treinamento sobre postura
adequada etc

9. Conclusões

Mediante os conceitos de saúde e segurança do trabalho nas etapas de desmontagem, transporte e montagem de
sondas e equipamentos, foi possível discernir os principais riscos ocupacionais relacionados às operações DTM.
Neste sentido, a ferramenta de gerenciamento utilizada viabilizou o estabelecimento de prioridades na
implantação das medidas a serem tomadas na eliminação ou mitigação dos riscos ambientais. Os trabalhadores
do setor DTM estão expostos à quatro dos cinco riscos ambientais, conforme classificados na NR-4, são eles:
físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes, desta forma medidas mitigadoras e de controle aos riscos devem
ser implementadas continuamente. Utilizando-se a metodologia APR foi observado que os riscos de acidentes
foram os predominantes nos três segmentos da atividade. Desta forma, são estes agentes de riscos que requerem
as priorizações de implementação das medidas mitigadoras e de correção. Assim, cuidados especiais devem ser
dados a: choques elétricos, choques mecânicos, rompimento de linhas e mangueiras entre outros, podendo-se
evitar diversos tipos de acidentes que possam vir a causar lesões pessoais ou danos à integridade física do
trabalhador.

REFERÊNCIAS

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