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UFC/FEAAC/DTE Microeconomia I Prof.

Henrique Félix Aula 07

DEMANDA

1. DEMANDA

A solução do Problema de Maximização da Utilidade (PMU) do consumidor com


preferências definidas no conjunto de consumo 𝑋 = 𝑅+2 fornece as funções demandas
marshallianas para um conjunto de preços e renda dados.

𝑥1∗ = 𝑥1 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀)

𝑥2∗ = 𝑥2 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀)

Mas, se os preços ou a renda mudarem? Certamente estas escolhas ótimas se alteram.


Então, qual a trajetória que o consumidor adotará ao encarar mudanças de preços ou
da renda?

Variações na Renda (mantidos os preços constantes)

Bens Normais

O bem 1 é inferior e o bem 2 é normal


Curva de Renda-Consumo

Função do tipo 𝑥2 = 𝑓(𝑥1 ) no espaço de consumo que contempla todos os pontos de


escolhas ótimas do consumidor quando sua renda varia, mantidos os preços constantes.

Curva de Engel

Função no espaço renda x quantidade que explica como as mudanças na renda impactam
sobre as mudanças na quantidade demandada de um bem da cesta de consumo mantidos
todos os preços constantes.

No gráfico abaixo, para o bem 1, a Curva de Engel é positivamente inclinada, significando


que o bem 1 é normal. Se for negativamente inclinada, o bem será inferior.

Alguns Exemplos

a) Substitutos Perfeitos
b) Complementares Perfeitos

c) Cobb-Douglas

Preferências Homotéticas

Quando a renda do consumidor aumenta em certa proporção, a demanda por um bem


pode:

• aumentar mais que proporcionalmente (são ditos bens superiores cuja curva de
Engel possui forma logarítmica);
• aumentar menos que proporcionalmente (são os bens normais e cuja curva de Engel
tem forma exponencial);
• aumentar na mesma proporção (curva de Engel é uma reta que parte da origem)

As curvas de Renda-Consumo e de Engel das preferências homotéticas são


representadas por retas que partem da origem. Assim, os três casos estudados
(substitutos perfeitos, complementares perfeitos e Cobb-Douglas) acima, são exemplos
de preferências homotéticas.
Preferências Quase-lineares

Preferências quase-lineares são representadas por funções onde a utilidade é linear em


apenas um dos bens. Exemplos de funções utilidade quase-lineares no 𝑋 = 𝑅+2 :

𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑣(𝑥1 ) + 𝑥2

𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1 + 𝑣(𝑥2 )

Nestes casos, as curvas de Renda-Consumo e de Engel possuem formato especial. Nos


gráficos abaixo, observe que a partir de certo nível de consumo do bem 1, as variações
da renda não impactam mais sobre a demanda deste bem e, como consequência, toda a
renda adicional vai inteiramente para o consumo do bem 2.

Em outras palavras, se a escolha do consumidor for (𝑥1∗ , 𝑥2∗ ) na curva de indiferença que
tangencia a reta orçamentária, então, se a renda aumentar, a nova escolha será

(𝑥1∗ , 𝑥2∗ + 𝑘) onde 𝑘 é uma constante.

Usando o exemplo da função utilidade 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = √𝑥1 + 𝑥2 e resolvendo o PMU,


resultam nas demandas:

𝑝2 4𝑝1 𝑀−𝑝22
𝑥1 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀) = 4𝑝22 e 𝑥2 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀) =
1 4𝑝1 𝑝2

A demanda pelo bem 1 não depende da renda, depende apenas dos preços. Assim,
qualquer variação da renda impactará somente sobre o consumo do bem 2.
Variações nos Preços

̅ 𝑒̅̅̅̅
Agora, suponha uma redução do preço do bem 1, mantendo-se constantes 𝑀 𝑝2

a) Bens Comuns

b) Bem 1 é um bem de Giffen

Curva de Preço-Consumo e Curva de Demanda

Curva de preço-consumo é uma função que representa a trajetória de escolhas do


consumidor no espaço de consumo quando o preço de um dos bens varia, mantendo-se
os demais preços e a renda constantes. É a função que une todos os pontos de escolha
ótima do consumidor quando um preço varia.

Curva de Demanda é uma função no espaço preço x quantidade que relaciona a variação
do preço de um bem com a sua quantidade demandada.
Alguns Exemplos

a) Substitutos Perfeitos

𝑝1 > 𝑝2

𝑝1 < 𝑝2

0, 𝑠𝑒 𝑝1 > 𝑝2
𝑀
𝑥1 = (0, 𝑝1 ) , 𝑠𝑒 𝑝1 = 𝑝2
𝑀
{ , 𝑠𝑒 𝑝1 < 𝑝2 }
𝑝1

b) Complementares Perfeitos
Literatura:
VARIAN, Hal R. (2012) Cap. 6

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Com relação à função demanda, avalie as afirmativas:


(a) Se a função utilidade de um consumidor for U ( x, y ) = x 2 y 3 , sua curva de
2
demanda pelo bem x terá elasticidade constante igual a − .
5
px
(b) Se a função utilidade de um consumidor for U ( x, y) = x a y b e se =k, a
py
bk
trajetória de renda-consumo desses bens será y = x.
a
(c) A curva de Engel de um bem de Giffen é crescente.
(d) Se a trajetória preço-consumo para cada um de dois bens é crescente, a
elasticidade-preço cruzada desses bens será positiva.

2. Dois indivíduos A e B consomem apenas dois bens 1 e 2. As funções utilidade de A e


B são, respectivamente, U A (q1A , q2A ) = min{q1A , q2A} e U B (q1B , q2B ) = q1B + ln q2B .
Considere uma redução do preço do bem 1 e determine as expressões das curvas
de:
(a) Renda-consumo;
(b) Engel; e,
(c) Preço-consumo.

3. Resolva as “Questões de Revisão” do final do Capítulo 6 do Varian.


NOTAS ADICIONAIS

Demanda de Mercado
Supondo-se que existam n potenciais consumidores do bem 1 no mercado, então,
define-se a demanda de mercado pelo bem 1 como,
𝑛

𝑋1 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀) = ∑ 𝑥1𝑖 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑚𝑖 )


𝑖=1

Onde:
𝑝1 é o preço do bem 1;
𝑝2 é o preço do bem 2,
𝑚𝑖 é a renda do consumidor 𝑖

Representações Gráficas Usuais da Demanda de Mercado

Demanda Inversa
A função demanda inversa responde à seguinte pergunta: qual preço de mercado deve
ser praticado para que os consumidores demandem 𝑥 unidades do bem?

Função de demanda
inversa:

𝑝1 = 𝑓(𝑥1 )
Elasticidades da Demanda
As elasticidades da demanda refletem o grau de sensibilidade do consumidor
representado por suas reações ou respostas em relação à quantidade demandada de
um bem quando os preços ou a renda, isoladamente, variam.

Dada a função demanda de mercado pelo bem 1, 𝑥1 (𝑝1 , 𝑝2 , 𝑀), define-se

1. Elasticidade-preço da demanda é dada por:


∆𝑥1
∆%𝑥 𝑥1 ∆𝑥 𝑝
𝜂𝑝 = ∆%𝑝1 = ∆𝑝1 = ∆𝑝1 ∙ 𝑥1 (medida no arco)
1 1 1
𝑝1

𝑝0 1
1 +𝑝1
∆𝑥1 2
𝜂𝑝 = ∆𝑝 ∙ 𝑥0 1 (medida no ponto médio de preços e quantidades)
1 1 +𝑥1
2

𝜕𝑥 𝑝
𝜂𝑝 = 𝜕𝑝1 ∙ 𝑥1 (medida no ponto)
1 1

Observação: O resultado do cálculo de 𝜂𝑝 é sempre negativo, pois reflete a


relação inversa preço-quantidade na função demanda. Toma-se, então, seu valor
absoluto como critério para classificação da demanda de um bem. Assim,
Se |𝜂𝑝 | > 1 ⟹ ∆%𝑥1 > ∆%𝑝1 ⟹ 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎
Se |𝜂𝑝 | = 1 ⟹ ∆%𝑥1 = ∆%𝑝1 ⟹ 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎
Se |𝜂𝑝 | < 1 ⟹ ∆%𝑥1 < ∆%𝑝1 ⟹ 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎

Outra expressão para a elasticidade-preço na função demanda 𝑥1 (𝑝1 )


𝑑𝑥 𝑝 𝑑𝑥 1 𝑑𝑥 𝑑𝑙𝑛𝑝1 𝑑𝑙𝑛𝑥1 𝑑𝑥 1 𝑑𝑙𝑛𝑥1 𝑑𝑙𝑛𝑥
𝜂𝑝 = 𝑑𝑝1 ∙ 𝑥1 = 𝑑𝑝1 . 𝑝1 . 𝑥 =𝑑𝑙𝑛𝑝1 . . 𝑝1 . = 𝑑𝑙𝑛𝑝1 . 𝑝 . 𝑝1 . = 𝑑𝑙𝑛𝑝1
1 1 1 1 1 𝑑𝑝1 𝑑𝑥1 1 1 𝑑𝑥1 1

𝑑𝑙𝑛𝑥1
𝜂𝑝 =
𝑑𝑙𝑛𝑝1

2. Elasticidade-preço cruzada da demanda é dada por:


∆𝑥1
∆%𝑥1 𝑥1 ∆𝑥 𝑝 𝜕𝑥 𝑝
𝜂12 = ∆%𝑝 = ∆𝑝2 = ∆𝑝1 ∙ 𝑥2 ≷ 0 ou 𝜂12 = 𝜕𝑝1 ∙ 𝑥2
2 2 1 2 1
𝑝2

3. Elasticidade-renda da demanda é dada por:


∆𝑥1
∆%𝑥1 𝑥1 ∆𝑥1 𝑀 𝜕𝑥1 𝑀
𝜂𝑀 = = ∆𝑀 = ∙𝑥 ⋛0 ou 𝜂𝑝 = ∙𝑥
∆%𝑀 ∆𝑀 1 𝜕𝑀 1
𝑀

Demanda Linear e Elasticidade


Considere a função 𝑄 = 𝑎 − 𝑏𝑃.
O coeficiente de elasticidade para esta função é
𝜕𝑄 𝑃 𝑃
𝜂𝑝 = ∙ = −𝑏 ∙
𝜕𝑃 𝑄 𝑎 − 𝑏𝑃
Observe que, se P=0 implica que 𝜂𝑝 = 0 e, se Q=0, 𝜂𝑝 = −∞.
Qual o preço de elasticidade-preço igual a -1?
𝑃 𝑎
−𝑏 ∙ 𝑎−𝑏𝑃 = −1 → 𝑃 = 2𝑏 (preço que gera a elasticidade-preço unitária)
𝑎
O intercepto vertical é 𝑃 = 𝑏. Assim, pode-se definir os intervalos de preços de acordo

com a elasticidade-preço. Se,


𝑎
0 ≤ 𝑃 < 2𝑏 a demanda é inelástica
𝑎 𝑎
< 𝑃 ≤ 𝑏 a demanda será elástica
2𝑏

Casos Extremos de Elasticidade-Preço


• Demanda Perfeitamente Elástica, |𝜂𝑝 | = ∞

• Demanda Perfeitamente Inelástica, |𝜂𝑝 | = 0


Função Demanda com Elasticidade Constante
Funções demanda do tipo 𝑄 = 𝐴𝑃 −𝑏 possuem elasticidade-preço constante ao longo da
curva de demanda
𝜕𝑄 𝑃 𝑃
𝜂𝑝 = ∙ = −𝑏𝐴𝑃 −𝑏−1 . −𝑏 = −𝑏
𝜕𝑃 𝑄 𝐴𝑃

Elasticidade e Receita Total


𝑅𝑇 = 𝑝. 𝑄(𝑝)
𝑑𝑄(𝑝)
𝑑𝑅𝑇 𝑑𝑝 𝑑𝑄(𝑝) 𝑑𝑄(𝑝) 𝑄(𝑝) (𝑄(𝑝) + 𝑝)
𝑑𝑝
= 𝑄(𝑝) + 𝑝 = 𝑄(𝑝) + 𝑝=
𝑑𝑝 𝑑𝑝 𝑑𝑝 𝑑𝑝 𝑄(𝑝)
𝑄(𝑝) 𝑑𝑄(𝑝) 𝑝
= 𝑄(𝑝) ( + )=
𝑄(𝑝) 𝑑𝑝 𝑄(𝑝)
𝑑𝑅𝑇
= 𝑄(𝑝)(1 + 𝜂𝑝 )
𝑑𝑝
Como 𝜂𝑝 < 0, podemos escrever
𝑑𝑅𝑇
= 𝑄(𝑝)(1 − |𝜂𝑝 |)
𝑑𝑝
Sinais:
𝑑𝑅𝑇
Se |𝜂𝑝 | > 1 ⟹ < 0 ⟹ ↓ 𝑝 𝑒 ↑ 𝑅𝑇
𝑑𝑝
𝑑𝑅𝑇
Se |𝜂𝑝 | < 1 ⟹ > 0 ⟹ ↑ 𝑝 𝑒 ↑ 𝑅𝑇
𝑑𝑝
𝑑𝑅𝑇
Se |𝜂𝑝 | = 1 ⟹ = 0 ⟹ (↓ 𝑜𝑢 ↑)𝑝 𝑒 𝑅𝑇 →
𝑑𝑝

Elasticidade e Receita Marginal


𝑅𝑇 = 𝑝(𝑄). 𝑄
𝑑𝑅𝑇 𝑑𝑝(𝑄) 𝑑𝑄
𝑅𝑀𝑔 = = 𝑄+ 𝑝(𝑄) =
𝑑𝑄 𝑑𝑄 𝑑𝑄
𝑑𝑝(𝑄)
𝑑𝑝(𝑄) 𝑄 + 𝑝(𝑄)
𝑑𝑄
= 𝑄 + 𝑝(𝑄) = 𝑝(𝑄) ( )=
𝑑𝑄 𝑝(𝑄)

𝑝(𝑄) 𝑑𝑝(𝑄) 𝑄 1 1
= 𝑝(𝑄) [ + ∙ ] = 𝑝(𝑄) [1 + ] → → → 𝑅𝑀𝑔 = 𝑝(𝑄) (1 − )
𝑝(𝑄) 𝑑𝑄 𝑃(𝑄) |𝜂𝑝 | |𝜂𝑝 |
• Se |𝜂𝑝 | > 1 ⟹ 𝑅𝑀𝑔 > 0 (na faixa elástica da demanda, diminuir preço para
aumentar a quantidade vendida resulta em aumento da receita total, ou seja, a
receita marginal é positiva).
• Se |𝜂𝑝 | < 1 ⟹ 𝑅𝑀𝑔 < 0 (na faixa inelástica da demanda, diminuir preço para
aumentar a quantidade vendida resulta em redução da receita total, ou seja, a
receita marginal é negativa).
(a) RMg e Demanda Linear (b) RMg e Demanda não linear

Equilíbrio de Mercado

Mantidas constantes as demais variáveis que influenciam na demanda e na oferta de um


bem X, um modelo simples de mercado é dado por:

𝑋 𝐷 = 𝑋 𝐷 (𝑝𝑥𝐷 )

𝑋 𝑆 = 𝑋 𝑆 (𝑝𝑥𝑆 )

𝑋 𝐷 = 𝑋 𝑆 𝑜𝑢 𝑝𝑥𝐷 = 𝑝𝑥𝑆 (Equação de Equilíbrio de Mercado)

A solução deste sistema resulta no ponto de equilíbrio de mercado, (𝑋 ∗ , 𝑝∗ ) , cuja


apresentação gráfica é,
Casos especiais de equilíbrios

Em (A), o preço é determinado apenas pela demanda

Em (B), o preço é determinado apenas pela oferta

(A) (B)

Mudanças no 𝒑𝒙 resultam em excesso de oferta (a) ou de demanda (b) (situações de


desequilíbrio)

(A) (B)
Mudanças nas demais variáveis exógenas alteram o equilíbrio,

Incidência de Impostos

A incidência de impostos sobre as vendas pelo governo gera dois preços relevantes para
a análise:

• 𝑝𝐷 : preço que será pago pelo demandante após o imposto; e,


• 𝑝 𝑆 : preço recebido pelo ofertante após o imposto

Considere dois tipos principais de impostos sobre as vendas:

• Impostos sobre a quantidade (montante fixo) (𝑡). Neste caso, têm-se

𝑝𝐷 = 𝑝 𝑆 + 𝑡

• Impostos sobre o valor (alíquota) (𝜏). Neste caso, têm-se,

𝑝𝐷 = (1 + 𝜏)𝑝 𝑆

O modelo de Equilíbrio de Mercado com incidência de Impostos

𝑋 𝐷 (𝑝𝐷 ) = 𝑋 𝑆 (𝑝 𝑆 )
i. Com 𝑡:

𝑋 𝐷 (𝑝𝐷 ) = 𝑋 𝑆 (𝑝𝐷 − 𝑡) 𝑜𝑢 𝑋 𝐷 (𝑝 𝑆 + 𝑡) = 𝑋 𝑆 (𝑝 𝑆 )

ii. Com 𝜏:
𝑝𝐷
𝑋 𝐷 (𝑝𝐷 ) = 𝑋 𝑆 ( ) 𝑜𝑢 𝑋 𝐷 [(1 + 𝜏)𝑝 𝑆 ] = 𝑋 𝑆 (𝑝 𝑆 )
1+𝜏

Ônus do Imposto e Arrecadação do Governo

Ô𝐶 = 𝑆𝐴 = (𝑝𝐷 − 𝑝0 )𝑋1 é o ônus do consumidor

Ô𝑃 = 𝑆𝐶 = (𝑝0 − 𝑝 𝑆 )𝑋1 é o ônus do produtor

𝐴𝐺 = Ô𝐶 + Ô𝑃 = 𝑆𝐴 + 𝑆𝐶 = (𝑝𝐷 − 𝑝0 )𝑋1 + (𝑝0 − 𝑝 𝑆 )𝑋1 = (𝑝𝐷 − 𝑝 𝑆 )𝑋1 = 𝑡 ∙ 𝑋1

É a arrecadação do governo

As áreas 𝑆𝐵 e 𝑆𝐷 representam a Carga Excessiva do imposto,

1
𝑆𝐵 = 2 (𝑋0 − 𝑋1 )(𝑝𝐷 − 𝑝0 ) é a carga excessiva de imposto sobre o consumidor
(corresponde a uma perda de bem-estar, dado que reduz o excedente do condumidor,
ou seja, a variação do excedente do consumidor é negativa)

1
𝑆𝐷 = 2 (𝑋0 − 𝑋1 )(𝑝0 − 𝑝 𝑆 ) é a carga excessiva de imposto sobre o produtor
(corresponde a uma perda de bem-estar, dado que reduz o excedente do produtor, ou
seja, a variação do excedente do produtor é negativa)
𝑆𝐵 + 𝑆𝐷 = 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐸𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑖𝑣𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜

Repasse de um Imposto

• Quanto mais elástica a demanda, maior o ônus sobre o produtor (colocar gráficos
• Quanto mais inelástica a demanda, maior o ônus sobre o consumidor (colocar
gráficos)

Eficiência de Pareto

• Uma situação é dita ‘eficiente no sentido de Pareto’ se não existir nenhuma forma de
melhorar a situação de uma agente sem piorar a de outro.
• Exemplo: o equilíbrio de mercado competitivo.

Literatura:
VARIAN, Hal R. (2012) Caps. 15 e 16

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. A função demanda inversa de um bem no mercado é dada por P = 10 - 0,2Q.
Determine os diferentes intervalos de preços de acordo com a elasticidade-preço.

2. Sejam α = 0,2 e β = 0,3. Suponha que QMant = x –α ⋅ y β e QMarg = x α+ β ⋅ y –(1+β)


represente as demandas de manteiga e margarina respectivamente, quando x é o
preço da manteiga e y o preço da margarina.
(a) Quais as variações nas quantidades demandadas se o preço da margarina
aumentar em 10%?
(b) Quais as variações nas quantidades demandadas se o preço da manteiga
aumentar em 10%?
(c) Mostre que os bens são concorrentes.

3. Sejam x = f(p, q) = a ∙ eq−p e y = g(p, q) = b ⋅ ep−q funções de demanda para dois


bens de consumo com preços p e q respectivamente. Classifique esses bens
conforme suas elasticidades.

4. A função-demanda pelo bem X é dada por DX(pX, pY, M) =5 px-0,2pY0,1M1,2. Pede-se:


(a) Demonstre que os expoentes desta função representam as elasticidades da
demanda do bem X em relação a cada uma das variáveis independentes.
(b) Defina os bens X e Y de acordo com suas elasticidades.

5. O governo pretende incentivar a demanda por cinema. Sabendo-se que a


elasticidade-renda da demanda por cinema por pessoa é constante e igual a ¼; que
a elasticidade-preço é também constante e igual a -1; que os consumidores gastam,
em média, $200 por ano com cinema; que a renda média anual destes consumidores
é de $12000; e, que o preço do bilhete é $2, pergunta-se: qual a melhor política de
estímulo aos consumidores de cinema:
(a) Um desconto de 10% no preço do bilhete?
(b) Um aumento de 40% na renda média dos consumidores de cinema?

6. A função-demanda por um produto no mercado é dada por: D(p) = (p-2a)-b. Para


que valores do preço a demanda desse produto é considerada inelástica? Que
condições devem ser impostas aos parâmetros “a” e “b” para que os preços sejam
estritamente positivos?

7. Um consumidor se depara com uma função utilidade dada por U(x,y) =x0,5y0,5, paga
os preços px e py pelos bens x e y, respectivamente e possui renda M. Determine as
elasticidades preço e renda da demanda pelo bem x e classifique este bem segundo
estas elasticidades.

8. A função utilidade de um consumidor é dada por U (x1, x2)=x1x2+x1+2x2, onde x1 e


x2 são, respectivamente, as quantidades consumidas dos bens 1 e 2. Considere, para
este consumidor, os preços p1>0 e p2>0 e a renda M. Demonstre que os bens 1 e 2
são substitutos e normais.

9. Resolva as “Questões de Revisão” do final do Capítulo 15 do Varian.


10. Resolva as “Questões de Revisão” do final do Capítulo 16 do Varian.

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