Você está na página 1de 5

AULA- 001-03

ASSUNTOS A DESENVOLVER:
 RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL

Pressuposto base da Teoria do Consumidor:

- Ao ter de decidir de entre os cabazes passíveis de aquisição, o


consumidor enquanto ser racional, decerto que irá escolher aquele
que para si for o melhor.

Há no entanto que precisar o que determina:

- a possibilidade dos cabazes serem adquiridos e


- o que significa o melhor cabaz

1. Aos cabazes que podem ser adquiridos, eles


dependem daquele que é o rendimento monetário
auferido pelo consumidor e dos preços de mercado
dos bens que compõem o cabaz de consumo.

2. O melhor cabaz para o consumidor, depende das suas


preferências (gostos).

Modelo de decisão do - Rendimento monetário do


consumidor consumidor;
Os parâmetros principais - Os preços dos bens que consome;
- As suas preferências.

Advanced Microeconomic Joaquim Semedo Pág. 1


RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL

A definição dos cabazes que o consumidor “pode comprar”, está


dependente do rendimento e dos preços dos bens que compõem o
cabaz de consumo.

Numa situação de 2 bens (1 e 2), designaremos por X =( x 1 , x 2 ), o cabaz


de consumo composto pelos quantitativos x 1e x 2de ambos os bens.

Admitindo p1e p2preços observados para estes bens.

mo rendimento que o consumidor tem disponível para gastar.

Restrição orçamental p1 × x 1+ p2 × x 2 ≤ m (1.1)

Isto significa que, gastando p1 × x 1no bem 1 e p2 × x 2no bem 2 o


consumidor não poderá gastar mais do quem .

Bem 2
m
Intercepto p2
Vertical
−p 1
Reta orçamental (inclinação = p2
)
Conjunto
orçamental
m
Intercepto horizontal = p1 Bem 1

P2

Advanced Microeconomic Joaquim Semedo Pág. 2


m
p2

− p1
tg∝ tg∝=
p2

m
0 p1 P1

Todos os cabazes passíveis de aquisição – cabazes disponíveis ou


cabazes aquisitivos – nunca poderão custar mais do que o quantitativo
de rendimento que ele tem à sua disposição para gastar.

Quanto à linha ou reta orçamental, respeita ao conjunto de cabazes cujo


custo é igual a m , pelo que dessa forma esgotarão todo o rendimento do
consumidor.

p1 × x 1+ p2 × x 2=m (1.2)

Temos:
m p1
x 2= − × x1
p 2 p2
(1.3)

Advanced Microeconomic Joaquim Semedo Pág. 3


Esta expressão, é representativa de uma linha reta com interceto vertical
m −p 1
igual a p2. e com a inclinação p2
e indica-nos quantas unidades de bem 2
é que o consumidor necessita consumir de modo a restrição orçamental
seja satisfeita com a igualdade, quando consome x 1unidades de bem 1.

 Se o consumidor gastar integralmente o seu rendimento no bem 1,


m
ele comprará p 1 unidades do bem 1 (interceto horizontal)

 Se o consumidor gastar integralmente o seu rendimento no bem 2,


m
ele comprará p 2 unidades do bem 2 (interceto vertical)

Quanto à inclinação da reta orçamental, ela mede a taxa à qual o


mercado permite a substituição do bem 2 pelo bem 1.

Do ponto de vista do consumidor, pensamos na hipótese de ele desejar


aumentar o seu consumo do bem 1 em ∆ x 1, para manter satisfeita a
restrição orçamental ele terá de alterar o seu consumo de bem 2 em ∆ x 2,
sendo igual a zero o valor da alteração total da despesa.

Δ x2
 O rácio entre estas duas variações, Δ x , representa a taxa à qual o
1

consumidor pode substituir o bem 2 pelo bem 1, mantendo


satisfeita a restrição orçamental.

p1 × ∆ x 1+ p 2 × ∆ x 2=0

Donde:
∆ x 2 − p1
=
∆ x1 p2

Advanced Microeconomic Joaquim Semedo Pág. 4


O rácio entre as duas variações (de sinais opostos) deverá igualar a
inclinação da reta orçamental.

Nota: O valor absoluto da inclinação da reta orçamental é


frequentemente identificado ao custo de oportunidade do consumo
bem 1, na medida em que o consumo adicional de bem 1 implica
necessariamente a desistência de algum consumo de bem 2,
desistência essa que é identificada ao verdadeiro custo económico de
consumir mais bem 1.

 As possíveis alterações na reta orçamental, convém recordar que a


sua inclinação se altera com alterações de p1ou em p2com alteração nos
respetivos intercetos, enquanto alterações de rendimento do consumidor a
reta deslocar-se á para a direita paralelamente.

Advanced Microeconomic Joaquim Semedo Pág. 5

Você também pode gostar