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O Modelo de 2 Períodos da Economia - RBC

Marina Delmondes de Carvalho Rossi

Curso Cecília Menon

Macroeconomia ANPEC

Marina Rossi (Curso Cecília Menon) Modelo 2 Períodos 2017 1/1


O Modelo de 2 Períodos da Economia

Macroeconomistas se preocupam com o comportamento


dinâmico.
Por que apenas 2 períodos?
Obviamente mais fácil de resolver do que n, infinitos períodos;
Resultados podem ser generalizados para vários períodos.
Pense em hoje e amanhã (presente e futuro) como sendo os dois
períodos.

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Consumidores

Equilíbrio competitivo;

Foco inicial nas decisões de consumo-poupança;

Um bem de consumo, mas o bem estará disponível em dois


diferentes períodos de tempo;

Bens disponíveis em um período são conceitualmente diferentes


dos bens disponíveis em outro período;

Suponha que há dois mercados abertos hoje. Um para o


consumo atual e outro para o consumo futuro.

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O Modelo de 2 Períodos da Economia

Questão Fundamental: Qual o preço de uma unidade de


consumo amanhã?

Lembre-se que o preço de cada bem na economia é uma razão.


Por exemplo, o preço de uma maça é:

# de Reais
# de Maças

O Real serve de numerário, isto é, o "bem" que a sociedade


decidiu para que sejam expressos os preços de mercado dos
outros bens.

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O Modelo de 2 Períodos da Economia

No modelo o bem de consumo no primeiro período será o


numerário.

Portanto, o preço do consumo futuro será expresso em termos do


consumo presente:

# de bens de consumo hoje


# de bens de consumo no futuro
Suponha que 8 unidades de consumo hoje podem ser trocadas
por 10 unidades de consumo futuro. Portanto, alguém deve
desistir de 8 unidades de consumo hoje para obter 10 unidades
de consumo amanhã.
8
Portanto, o preço do consumo futuro é dado por 10 = 0, 8
unidades de consumo presente.

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O Modelo de 2 Períodos da Economia

Na vida real, não é possível comprar consumo futuro em nenhum


mercado.

Você compra uma promessa de outro consumidor que entregará


uma quantidade determinada de consumo futuro.

Necessário acrescentar o mercado financeiro ( ou mercado de


crédito) na questão.

Um título é um instrumento que promete pagar 1 + r unidades de


consumo no futuro.

Se r = 5% o devedor deverá pagar 1, 05 "bananas" no segundo


período.

Um título é simplesmente um instrumento para facilitar as


compras.

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Qual o preço do título?

Lembre-se que, por definição:

# de bens de consumo hoje


# de bens de consumo no futuro
Ou seja, no caso do título, temos que:

# de bens de consumo hoje 1


=
# de bens de consumo no futuro 1+r
1
Portanto, o preço do título é dado por 1+r .

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O Modelo de 2 Períodos da Economia

O preço do cosumo hoje: 1


1
Preço do consumo futuro: 1+r

O preço do consumo futuro cai, quando a taxa de juros real sobe.

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Preferências

Preferências são completas e transitivas.


Mais é preferido a menos:
U é crescente no consumo C1
U é crescente no lazer C2

Médias são preferíveis a extremos:


O consumidor gosta de diversidade em sua cesta de consumo

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Preferências
u(C1 , C2 ) = U(C1 ) + βU(C2 )
A taxa marginal de substituição representa o quanto o indivíduo
está disposto a trocar consumo hoje por consumo futuro.
Uma MRS=5 significa que o consumidor está disposto a trocar 5
unidades de consumo futuro por 1 unidade de consumo hoje.

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Preferências

β ∈ [0, 1]. Ele mede o grau de impaciência do consumidor.

O invidíduo tem renda no primeiro período (Y1 > 0) e no segundo


período (Y2 ≥ 0).

Ele ainda pode ter uma riqueza inicial A ≥ 0, devido a uma


herança.

No primeiro período o consumidor pode poupar parte de sua


renda ou pode tomar emprestado contra a renda futuro pagando
taxa de juros real r .
Poupança é denominada S.

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Restrição Orçamentária: Sequencial

Primeiro período:

C1 + S = A + Y1 − T1

Segundo período:

C2 = Y2 − T2 + (1 + r )S

Observe que a poupança é a ligação entre os dois períodos.

Consumir menos hoje implica mais poupança e consumo no


amanhã.

S > 0, poupador (credor), S < 0, devedor, S = 0, autarquia.

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Restrição Orçamentária: Intertemporal

Colocando junto as duas restrições temos:


 
C2 Y2 T2
C1 + = A + Y1 + − T1 +
1+r 1+r 1+r

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Restrição Orçamentária: Intertemporal

Essa é a restrição orçamentária intertemporal ou lifetime budget


constraint.

Ela indica que o valor presente de todo o seu fluxo de consumo


deve ser igual ao valor presente de toda a renda disponível.
1
Preço do consumo hoje: 1 e preço do consumo futuro: 1+r .A
restrição orçamentária está expressa em unidades de consumo
hoje.

Que variáveis determinam o consumo hoje? Y1 , Y 2, r , A

Note como C1 e C2 são bens normais. Com o aumento de Y1 , Y2


ou A, ambos aumentam, só que em diferentes proporções
(veremos.)

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Restrição Orçamentária

Vamos utilizar a definição de lifetime wealth (we) como sendo:


 
Y2 T2
we = A + Y1 + − T1 +
1+r 1+r

Então, a restrição orçamentária intertemporal pode ser reescrita


da seguinte maneira:

C2
C1 + = we
1+r
C2 = −(1 + r )C1 + we(1 + r )

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Restrição Orçamentária

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Problema de Maximização do Consumidor

maxC1 ,C2 U(C1 ) + βU(C2 )

subject to
 
C2 Y2 T2
C1 + = A + Y1 + − T1 +
1+r 1+r 1+r

Condição de Otimização:
∂U(C1 )
∂C1
β∂U(C2 )
=1+r
∂C2

O que acontece se essa condição não for satisfeita?

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Estática Comparativa

Aumento de Y1 : consumo aumenta, poupança aumenta, suavização


do consumo.

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Estática Comparativa

Aumento de Y2 : consumo aumenta, poupança aumenta, suavização


do consumo.

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O Modelo de 2 Períodos da Economia

O Modelo implica que o consumo é menos volátil do que a renda.

Verdade quando os dados são observados, mas o consumo é


mais volátil do que a teoria prediz.
Possíveis razões para o excesso de volatitilidade do consumo:
imperfeições no mercado de crédito;
heterogeneidade entre os consumidores.

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Efeito de Mudanças Temporárias e Permanentes na
Renda

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Efeito de Mudanças Temporárias e Permanentes na
Renda

A resposta do consumidor a um choque temporário na renda é


muito menor do que o efeito de um choque permanente?

Não importa o momento que você recebe a renda, mas sim o


fluxo total em sua vida (lifetime wealth).

Um choque permanente afeta muita mais do que um choque


temporário, pois o primeiro tem um efeito maior sobre a riqueza
intertemporal do indivíduo.

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Efeito de um Aumento da Taxa de Juros Real

Lembre-se que a restrição intertemporal passa pelo ponto de


dotação do indivíduo e tem inclinação −(1 + r ).

Portanto, a linha orçamentária fica mais inclinada, rodando em


torno do ponto de dotação.

O consumo futuro torna-se mais barato com relação ao consumo


hoje.

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Efeito de um Aumento da Taxa de Juros Real

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Efeito de um Aumento da Taxa de Juros Real

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Efeito de um Aumento da Taxa de Juros Real

O efeito toal pode ser composto em efeito-renda


efeito-substituição.

Efeito Renda: Se o indivíduo é poupador, então a taxa de juros


mais alta aumenta a sua renda, para um dado valor de poupança.
Portanto, gera um aumento do consumo nos dois períodos.

Efeito Substituição: Há uma queda no preço do consumo futuro


1
dado que 1+r é o preço do consumo futuro, portanto C1 fica mais
caro com relação a C2 .

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O Papel do Governo

Qual é o papel do déficit público na economia?

Para responder a essa pergunta vamos construir a restrição


orçamentária do governo.

No primeiro período:

G1 = T1 + B

No segundo período:

G2 + (1 + r )B = T2

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Restrição Orçamentária do Governo

G2 T2
G1 + = T1 +
1+r 1+r

Agora suponha que dado o gasto constante, o governo altere a


taxação hoje. Da expressão acima, temos:

∆T2
0 = ∆T1 +
1+r
∆T2 = −(1 + r )∆T1

Caso contrário, a restrição orçamentária será violada.

Ex. Se r = 0, 1, uma queda de imposto hoje de 10 unidades


representa um aumento de taxação amanhã de 10(1, 1) = 11
unidades de consumo.
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O Papel do Governo

Lembre-se que a restrição orçamentária dos consumidores é


dada por:
 
C2 Y2 T2
C1 + = A + Y1 + − T1 +
1+r 1+r 1+r

Portanto, para qualquer mudança na taxação, mantendo fixo o


gasto do governo, o valor presente dos impostos é constante, ou
seja,

T2
T1 + é constante
1+r
Portanto, nada muda na restrição orçamentária dos agentes.

A escolha entre consumo hoje e no futuro não é afetada pelo


"timing" dos impostos.

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O Papel do Governo

O que muda na economia? Poupança!

Suponha que há uma redução nos impostos.

Os consumidores vão poupar essa quantidade extra de bens, pois


eles sabem que terão que pagar impostos mais altos no futuro.

No caso de um aumento de impostos, o indivíduo pega


emprestado a mesma quantidade do aumento do imposto para
manter o seu consumo constante.

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Equivalência Ricardiana

Se o gasto público é mantido constante, então uma mudança de


impostos hoje gerará uma mudança igual, mas de sinal oposto no
futuro, deixando o consumo de equilíbrio constante.

Isto é chamado de Equivalência Ricardiana.

É equivalente dizer que o déficit público não importa para a


economia real.

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Equivalência Ricardiana
Alguns motivos para duvidar da Equivalência Ricardiana:
Imperfeições no mercado financeiro ou presença de consumidores
"restritos"

taxação não-lump sum


redistribuição entre gerações
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Firmas

A produção será feita através da utilização de capital e trabalho.

Y1 = z1 F (K1 , N1 )
Y2 = z2 F (K2 , N2 )

Como a economia vai de K1 para K2 ?

Devemos modelar o investimento, ou a acumulação de capital.

K1 é exógeno, analisaremos como K2 é determinado.

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Acúmulo de Capital

A equação de acúmulo de capital é dado por:

K2 = (1 − d)K1 + I1

em que,
I1 é o investimento (bruto) corrente;
d é a taxa de depreciação.
Ex: Suponha que a firma tem 100 unidades de capital no início do
período. Invista 10 e a taxa de depreciação é 0, 05.

K2 = (1 − 0, 05)100 + 10 = 105

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O Problema de Maximização da Firma

π2
maxN1 ,N2 ,I1 V = π1 +
1+r
sujeito a

π1 = Y1 − w1 N1 − I1
π2 = Y2 − w2 N2 + (1 − d)K2 (1)

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O Problema de Maximização da Firma

Observe que não há ligação na escolha de N1 e N2 , ou seja,


funciona exatamente como o modelo estático, portanto: MPN=w
para cada período.

Como a firma escolhe a quantidade a investir I1 (e


consequentemente K2 )?

Investindo a firma desiste de recursos no período corrente para


gerar lucros adicionais no futuro.

Qual é o custo adicional gerado por uma unidade extra de


investimento?

O custo marginal do investimento: MC(I1 ) = 1

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Investimento

Qual o benefício marginal de uma unidade extra de investimento?

O benefício marginal é dado por:

MPK + 1 − d
MB(I1 ) =
1+r

A firma investirá até o ponto em que o custo marginal se iguala ao


benefício marginal, ou seja:

MPK + 1 − d
1=
1+r
MPK − d = r

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Investimento

No nível de investimento ótimo, o produto marginal do capital


líquido deve ser igual a taxa de juros real.

Essencialmente, há duas opções de investimento na economia:


1 Título com retorno r
2 Capital físico com retorno MPK-d

Os dois retornos devem ser iguais, por quê?

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Investimento

Se MPK − d ≤ r implica que investiu demais e é ótimo reduzir o


investimento.

Se MPK − d ≥ r implica que você deve investir mais.

Portanto, no ponto de ótimo, devemos ter a igualdade.

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O esquema de investimento ótimo: I(r)

O esquema de investimento ótimo é uma curva de inclinação


negativa
Um aumento dos juros leva a uma queda no investimento, desde
que r representa o custo de oportunidade do investimento da
firma representativa.

A curva de investimento ótimo desloca-se para a direita com um


aumento da produtividade futura z2 .
Um aumento da produtividade futura z2 aumenta MPK, tornando
o investimento mais atrativo.

A curva de investimento ótimo desloca-se para a esquerda com


um aumento do estoque de capital presente, K1 .
Um aumento do estoque de capital hoje K1 torna o investimento
menos atrativo.
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O esquema de investimento ótimo: I(r)

Marina Rossi (Curso Cecília Menon) Modelo 2 Períodos 2017 41 / 1


Consumidores
Vamos acrescentar ao modelo a renda do trabalho.
A restrição orçamentária no primeiro período é dada por:

C1 + S = w1 (h − L1 ) + π1 − T1

A restrição orçamentária no segundo período é dada por:

C2 = w2 (h − L2 ) + π2 − T2 + (1 + r )S

Combinando para obtermos a restrição orçamentária


intertemporal, temos:

C2 w2 (h − L2 ) + π2 − T2
C1 + = w1 (h − L1 ) + π1 − T1 +
1+r 1+r
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Consumidores

O consumidor escolhe C1 , C2 , L1 , L2 para maximizar a sua


utilidade sujeito à sua restrição orçamentária intertemporal:

Não há alteração nas condições de primeira ordem, ou seja:

MRSL1 ,C1 = w1
MRSL2 ,C2 = w2
MRSC1 ,C2 = 1 + r

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Consumidores

Dados preços (w1 , w2 , r ), da solução do consumidor teremos, em


cada período:
1 Uma curva de oferta de trabalho
2 Uma curva de demanda por bens

Sempre assumiremos que o efeito substituição domina o efeito renda.


(Ver quadro para entender efeitos renda e substituição)
Há algo de novo no modelo intertemporal. Existe um efeito
substituição intertemporal do lazer ou trabalho!
O que é isso?

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Substituição Intertemporal do Trabalho

O preço do lazer corrente em termos de unidades de consumo


hoje: w1

O preço do lazer futuro em termos de unidades de consumo hoje:


w2
1+r

Portanto, um aumento da taxa de juros real r , o preço do lazer


futuro cai com relação ao preço do lazer corrente.

Considerando que o efeito substituição domina, um aumento dos


juros faz com que o consumidor substitua lazer hoje por lazer
futuro.

Ele trabalha mais hoje para aproveitar esta vantagem.

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Curva de Oferta de Trabalho: Ns (r )

1 A curva de oferta é positivamente inclinada.


Efeito substituição domina, um aumento de w gera um aumento
da oferta de trabalho.
2 Um aumento da taxa de juros real r descola a curva de oferta de
trabalho para a direita.
Isso se deve ao efeito substitução intertemporal.
3 Um aumento da riqueza move a curva para a esquerda
Lazer é um bem normal

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Curva de Demanda por Consumo: C(r )

1 A curva de demanda por consumo é negativamente inclinada


Efeito substituição domina, um aumento de r gera uma
diminuição no consumo presente.
2 Um aumento da riqueza move a curva para a direita
Consumo é um bem normal

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Equilíbrio Competitivo

Há três mercado no modelo

1 Mercado de bens (consumo hoje e consumo futuro)


2 Mercado de trabalho (lazer e trabalho hoje e no futuro)
3 Mercado de títulos

Mas, como sabemos, se os dois primeiros estiverem em equilíbrio o


último também estará.
Foco: decisões dos consumidores e firmas.

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Equilíbrio Competitivo

O equilíbrio competitivo satisfaz as seguintes propriedades:

1 O consumidor escolhe C1 , C2 , L1 , L2 para maximizar sua utilidade


tomando w1 , w2 , r como dados.
2 A firma escolhe N1 , N2 , I1 para maximizar seus lucros tomando
w1 , w2 , r como dados.
3 Os mercado fecham.
4 A restrição orçamentária do governo deve ser satisfeita.

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Mercado de Trabalho

Condição de equilíbrio: Ns (r ) = Nd

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Mercado de Trabalho
Um aumento na taxa real de juros desloca a curva de oferta de
trabalho hoje para a direita.

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Mercado de Trabalho

Efeito do aumento da riqueza.

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Mercado de Trabalho

A demanda corrente por trabalho se desolca com mudanças na


produtividade total dos fatores ou no estoque corrente de capital.

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Mercado de Bens: Y S

Para cada taxa de juros, a produção é determinada.

1 Um aumento da taxa de juros leva a um aumento no emprego via


a elasticidade intertemporal do trabalho;
2 O aumento do emprego gera um aumento da produção visto pela
função de produção;
3 Portanto, a curva é positivamente inclinada, dado que um
aumento de juros leva a um aumento da produção.

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Construindo a curva de oferta (produto):

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Curva de Oferta (Y S )
Um aumento no gasto do governo corrente ou futuro desloca a curva
Y S.

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Curva de Oferta (Y S )
Um aumento na produtividade total dos fatores desloca a curva Y S .

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Mercado de Bens: Y D

A demanda agregada é dada por: C(r)+I(r)+G


Qual é o efeito de um aumento da taxa de juros sobre a demanda
agregada?
1 G é exógeno. Portanto, não há efeito.
2 Caso o efeito substituição domine, consumo cai com o aumento
da taxa de juros.
3 Há um aumento do custo de oportunidade de acumular capital
físico, portanto o investimento também cai.
Logo, a demanda agregada é negativamente relacionada com a
taxa de juros.

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Construindo a curva de demanda (produto):

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Curva de Demanda (Y D )
A curva de demanda agregada se desloca para a direita se o gasto
corrente do governo aumenta.

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O Modelo Intertemporal Real Completo

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O Modelo de Dois Períodos da Economia

Agora faremos alguns experimentos para analisar o impacto de


diferentes choques na economia.
Seguiremos os seguintes passos:

1 Mudaremos o valor de uma variável exógena.


2 Observaremos então as mudanças apresentadas pelo modelo.
3 Interpretaremos o resultado comparando com os dados reais.

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Aumento Temporário nos Gastos do Governo

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Aumento Permanente nos Gasto do Governo

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Aumento da Produtividade Total dos Fatores

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Aumento da Produtividade Total dos Fatores Futura

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