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(1)QUESTÃO 4

A figura 1 apresenta a linha de orçamento (AB) de um consumidor que possui uma


renda de $300.

Figura 1
X2

A
5

2,5 C

B
5 10 X1

(a) A expressão algébrica da linha de orçamento (AB) é dada por:


x1 + 2 x2 = 10.

É informado na questão que a Renda é R = $ 300! Como sabemos a reta


orçamentária tem o seguinte comportamento:

X2

A inclinação é –p1/p2 aonde o sinal negativo é por conta da


R/p2 inclinação negativa da reta orçamentária. Repare que a inclinação
é o preço do bem que está na abscissa dividido pelo preço do bem
que está na ordenada

R/p1 X1
Da questão podemos ver que o ponto A é 5 e que equivale ao intercepto da reta
orçamentária que é R/p2. Então:

R $300
= = 5  p 2 = $60 que é o chamado preço absoluto ou no min al
p2 p2

Da questão podemos ver que o ponto B é 10 e que equivale a R/p 1. Então:

R $300
= = 10  p1 = $30 que é o chamado preço absoluto ou no min al
p1 p1

A restrição orçamentária é:

R = p1X1 + p2X2 → 300 = 30X1 + 60X2 → 10 = X1 + 2X2


Verdadeiro. Veja acima que a restrição orçamentária ou a linha de orçamento é
dado por : 10 = X1 + 2X2. Outra forma de responder a questão seria ver que ao
substituir as coordenadas de A, B e C na linha de orçamento dada na questão, os
pontos iriam satisfazer essa linha validando a questão;

(b) O preço do bem 2 relativo ao bem 1 é igual a 2.

Verdadeiro. Como visto acima, p1 = $30 e p2 = $ 60, de onde podemos calcular o


preço do bem 2 relativo ao bem 1 como sendo p2/p1 = $60/$30 = 2. Repare que o
preço relativo não possui unidade, é adimensional. Ele mostra que o bem 2 custa o
dobro do bem 1. O preço do bem 1 relativo ao bem 2 como sendo p 1/p2 = $30/$60
= 1/2, ou seja, ele mostra que o bem 1 custa a metade do bem 2.

(c) O preço nominal do bem 2 é $30.

Falso. Veja acima que p2 = $ 60 e não $ 30.

(2) Um aumento da renda irá deslocar a reta orçamentária paralelamente

Verdadeiro. Um aumento da renda torna o intercepto maior assim como aonde


a reta corta o eixo das abscissas. O intercepto aumenta, mas a inclinação que é
dada por p1/p2 não se altera, causando um deslocamento paralelo para cima e
para a direita da reta orçamentária.

X2
R’/p2 A inclinação é –p1/p2 não se altera e a nova reta orçamentária
forma um canal que representa novas possibilidades de consumo.
R/p2 Antes o consumidor não podia consumir porque não tinha renda
suficiente. Agora ele pode consumir com essa maior renda !
Qualquer expansão da renda causará esse efeito !

R/p1 R’/p1 X1

(3) Um exemplo de aumento da renda é o Bolsa Família que cria novas


possibilidades de consumo;

Verdadeiro. O Programa Bolsa Família complementa a renda das pessoas


aumentando a renda das famílias e causando um deslocamento paralelo da
reta orçamentária para cima permitindo novas possibilidades de consumo!
X2
R’/p2 Novas possibilidades de consumo geradas pelo Programa Bolsa
Família que permitem às Classes D e C aumentarem o sue
R/p2
‘ consumo e se inserirem na sociedade de consumo

R/p1 R’/p1 X1

(4) Um aumento do preço do bem 1, ceteris paribus, causará uma rotação


da reta orçamentária no sentido anti-horário ;

Falso. A inclinação da reta orçamentária é p1/p2, em módulo, e portanto, um


aumento do preço do bem 1, aumenta a inclinação da reta orçamentária que
fica mais em pé e temos uma rotação no sentido dos ponteiros do relógio ou no
sentido horário.

O intercepto R/p2 não se altera com uma elevação do preço do bem 1. Mas a
X2 inclinação aumenta! Também podemos ver isso pelo fato de que R/p1 se torna
menor, pois o numerador é o mesmo, mas o denominador aumenta. Isso significa
R/p2 que ele consegue comprar uma menor quantidade do bem 1 que antes se ele
‘ destinar toda a sua renda para tal finalidade. Ele perde possibilidades de
consumo. Qualquer coisa que cause um aumento de preços, como os impostos,
terá esse efeito. Ocorre um deslocamento no sentido horário. Ceteris paribus
significa tudo mais constante, assim sendo só o preço do bem 1 está sendo
alterado com a R e p2 mantidos fixos.

R/p’1
R/p1 X1

(5) Um exemplo de um aumento do preço de um bem é a cobrança de um


subsídio e que cria novas possibilidades de consumo;

Falso. Um subsídio é um incentivo dado pelo governo e que resulta numa redução
de preços, ou seja, os consumidores pagam menos por um produto. Por exemplo,
um subsídio no preço do bem 1 ocasiona:

p’1 = p1 – s

ou seja, o preço após o subsídio é reduzido, incentivando um maior consumo.


Assim se p1 = R$ 10 e o governo dá um subsídio de R$ 2, o peço pago pelo
consumidor será:

p’1 = p1 – s = R$ 10 – R$ 2 = R$ 8
(6) Uma diminuição do preço do bem 2, causa uma rotação da reta
orçamentária no sentido horário aumentando as possibilidades de consumo

Verdadeiro. A inclinação da reta orçamentária é p1/p2, em módulo, e portanto,


uma diminuição do preço do bem 2, aumenta a inclinação da reta orçamentária que
fica mais em pé.

X2 O intercepto R/p2 se torna maior, pois o denominador diminuiu com o


R/p’2 numerador sendo o mesmo o que faz com que a razão aumente, a inclinação
aumenta! Isso significa que ele consegue comprar uma maior quantidade do bem
R/p2 2 que antes se ele destinar toda a sua renda para tal finalidade. Ele ganha
‘ possibilidades de consumo. Qualquer coisa que diminua os preços, como os
subsídios, terá esse efeito. Ocorre um deslocamento no sentido horário. Ceteris
paribus significa tudo mais constante, assim sendo só o preço do bem 2 está
sendo alterado com a R e p1 mantidos fixos.

R/p1 X1

(7) Um exemplo de diminuição do preço do produto 1 é a cobrança de um


imposto ad-valorem de 10%;

Falso. Um imposto, seja ele qual for, é um desincentivo ao consumo, pois


resulta elevação de preços, ou seja, os consumidores pagam mais por um
produto. Existem dois tipos de impostos, o imposto específico (que é um
imposto em R$) e pode ser escrito como:

p’1 = p1 + t

ou seja, o preço após o imposto é aumentado, desincentivando um maior


consumo. Assim se p1 = R$ 10 e o governo cria um imposto específico de R$ 2, o
peço pago pelo consumidor será:

p’1 = p1 + t = R$ 10 + R$ 2 = R$ 12

O imposto ad-valorem (que é um imposto cobrado por uma alíquota - %, como o


ICMS, o ISS, o IPI) e pode ser escrito como:

p’1 = p1(1+ t), onde t é um %

ou seja, o preço após o imposto é aumentado, desincentivando um maior


consumo. Assim se p1 = R$ 10 e o governo cria um imposto específico de 10%, o
peço pago pelo consumidor será:

p’1 = p1(1+ t) = R$ 10(1+0,1) = R$ 11


Mas, qualquer imposto resulta numa elevação do preço do produto e não na
diminuição!

(8) se os preços dos bens 1 e 2 dobrarem isso equivale a reduzir a renda à


metade.

Verdadeiro. A restrição orçamentária é dada pela expressão: R = p1X1 + p2X2

Caso os preços do bem 1 e 2 sejam dobrados, teremos: p’ 1=2p1 e p’2=2p2,


teremos:

R = p’1X1 + p’2X2 = 2p1X1 + 2p2X2 = 2(p1X1 + p2X2)

R = 2( p1X1 + p2X2) → (R/2) = p1X1 + p2X2

(9)QUESTÃO 2 - 92
O gráfico abaixo mostra posições de equilíbrio alternativas de um consumidor.

x
H

D
B

A F

y
O C E G

(a) A mudança de linha de orçamento BC para BG resulta de uma


diminuição apenas do preço do bem x.

Falso. O bem X não teve o seu preço alterado, mas sim o preço do bem Y que
diminuiu.
O intercepto R/px não se altera o que indica que R e px permaneceram fixos. A
x rotação no sentido anti-horário foi causada por uma diminuição no preço do bem
y. Com isso novas possibilidades de consumo formam adicionadas. Poderia
também se argumentar que a inclinação da reta orçamentária é dada por p y/px,
R/px =B em módulo, e ela se tornou mais horizontal, ou seja, a inclinação diminuiu. Essa
diminuição poderia ter sido causada por um aumento no preço do bem x, mas o
que ocorreu foi uma queda no preço do bem y.

y
R/py =C R/p’y =E
(b) A mudança da linha de orçamento BC para HE resulta da
diminuição apenas do preço do bem y.

Falso. O deslocamento paralelo é sinônimo de que a inclinação não se alterou! Mais


ainda, o deslocamento paralelo e para cima significa que a renda aumentou,
criando novas possibilidades de consumo!

x
R’/px =H

R/px =B

y
R/py =C R’/py =E

(10) Um consumidor tem renda igual a R$ 1.000,00, ele consome um bem X cujo preço
é de R$ 10/um e um bem Y cujo preço é de R$ 20/um. O governo introduz um imposto
específico de R$ 1/um e um imposto ad-valorem de 20% sobre o bem 2. O que acontece
com a reta orçamentária? Analise.

Obtendo a reta orçamentária:

PX.X + PY.Y = R

Restrição Orçamentária Inicial: R$ 10.X + R$ 20.Y = R$ 1.200, o que nos dá a reta


orçamentária inicial:

𝑅 𝑃 𝑅$ 1200 𝑅$ 10
𝑌= − 𝑃𝑋 . 𝑋 = 𝑌 = − 𝑅$ 20 . 𝑋 = 60 − 0,5𝑋
𝑃𝑌 𝑌 𝑅$ 20

𝑅$10 1
Com o imposto específico sobre o bem X: 𝑃𝑋" = 𝑃𝑋 + 𝑡 = 𝑈𝑛
+ 𝑅$ 𝑢𝑛 = 𝑅$ 11/𝑢𝑛

𝑅$20
Com o imposto ad-valorem sobre o bem Y: 𝑃𝑌" = 𝑃𝑌 . (1 + 𝑡(%)) = . (1 + 0,2) =
𝑈𝑛
𝑅$ 24/𝑢𝑛

𝑅 𝑃" 𝑅$ 1200 𝑅$ 11
Nova Reta orçamentária: 𝑌 = − 𝑃𝑋′ . 𝑋 = 𝑌 = − 𝑅$ 24 . 𝑋 = 50 − 0,458𝑋
𝑃𝑌" 𝑌 𝑅$ 24

A inclinação diminuiu (caiu em módulo de 0,5 para 0,458, o bem X ficou relativamente
mais barato em relação ao Bem 2) e intercepto também (passou de 60 para 50
significando que o poder de compra do consumidor medido pela quantidade máxima do
bem Y que ele pode comprar caiu)
Y R/PY = $1.200/$20 = 60

Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -0,5)

R/PX = $1.200/$10 = 120

X
X
R/PY = $1.200/$24 = 50
R/P’X = $1.200/$11 = 109,09

Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -0,458)

Reparem que o preço do bem X aumentou, assim como o preço do bem Y o que poderia
nos causar confusão sobre o resultado final sobre P’’X/PY , mas reparem:

|∆%𝑃𝑌 | > |∆%𝑃𝑋 | → |20%| > |10%|

Ou seja, o denominador cresce mais do que o numerador e com isso a fração se torna
menor. Para tanto devemos notar que um imposto específico de R$ 1 sobre o bem X
que custa R$ 10 é equivalente à uma variação de 10% no preço do bem X.

Com relação ao intercepto não há dúvida, pois a Renda permaneceu constante e só o


preço do bem Y aumentou, ou seja a fração R/Py diminuiu,

(11) Um consumidor tem renda igual a R$ 1.000,00, ele consome um bem X cujo preço
é de R$ 1/um e um bem Y cujo preço é de R$ 2/um. O governo concede um aumento
de renda para R$ 1.200. O governo também introduz um imposto específico de R$ 1/um
e um imposto ad-valorem de 20% sobre o bem 2. O que acontece com a reta
orçamentária? Analise.

Obtendo a reta orçamentária:

PX.X + PY.Y = R

Restrição Orçamentária Inicial: R$ 1.X + R$ 2.Y = R$ 1.000, o que nos dá a reta


orçamentária inicial:

𝑅 𝑃𝑋 𝑅$ 1000 𝑅$ 1
𝑌= − .𝑋 = 𝑌 = − . 𝑋 = 500 − 0,5𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌 𝑅$ 2 𝑅$ 2
𝑅$1 1
Com o imposto específico sobre o bem X: 𝑃𝑋" = 𝑃𝑋 + 𝑡 = + 𝑅$ 𝑢𝑛 = 𝑅$ 2/𝑢𝑛
𝑈𝑛

𝑅$2
Com o imposto ad-valorem sobre o bem Y: 𝑃𝑌" = 𝑃𝑌 . (1 + 𝑡(%)) = . (1 + 0,2) =
𝑈𝑛
𝑅$ 2,4/𝑢𝑛

Mas, também temos um aumento na renda que passa a ser de R$ 1.200. Colocando
isso tudo na restrição para obter a nova reta orçamentária temos:

𝑅" 𝑃" 𝑅$ 1200 𝑅$ 2


Nova Reta orçamentária: 𝑌 = − 𝑃𝑋′ . 𝑋 = 𝑌 = − 𝑅$ 2,4 . 𝑋 = 500 − 0,833𝑋
𝑃𝑌" 𝑌 𝑅$ 2,4

A inclinação aumentou (aumentou em módulo de 0,5 para 0,833, o bem X ficou


relativamente mais caro em relação ao Bem 2), mas o intercepto não se alterou (ficando
em 500 significando que o poder de compra do consumidor medido pela quantidade
máxima do bem Y que ele pode comprar permaneceu constante)

Y R/PY = $1.000/$2 = 500

Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -0,5


Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -0,5

R/PX = $1.000/$1 = 1000

X
X
R’/P’Y = $1.200/$2,4 = 500
R’/P’X = $1.200/$2 = 500

Nova Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -0,833

Reparem que o preço do bem X aumentou, assim como o preço do bem Y o que poderia
nos causar confusão sobre o resultado final sobre P’X/P’Y, mas reparem:

|∆%𝑃𝑋 | > |∆%𝑃𝑌 | → |100%| > |20%|

Ou seja, o numerador cresceu mais do que o denominador e com isso a fração se torna
maior. Para tanto devemos notar que um imposto específico de R$ 1 sobre o bem X
que custa R$ 1 é equivalente à uma variação de 100% no preço do bem X.

Reparem que a renda do consumidor aumentou, assim como o preço do bem Y o que
poderia nos causar confusão sobre o resultado final sobre R’/P’Y, mas reparem:
|∆%𝑅| = |∆%𝑃𝑌 | → |20%| = |20%|

Ou seja, o numerador e o denominador cresceram na mesma proporção e com isso a


fração não se altera. Para tanto devemos notar que um aumento de R$ 200 da renda é
equivalente à uma variação de 20% na renda.

(12) Um consumidor tem renda igual a R e consome os bens X e Y cujos preços são P X
e PY. O governo introduz um racionamento sobre o bem Y que não pode ultrapassar a
quantidade Y1*. Represente graficamente essa situação.

Restrição Orçamentária:

PX.X + PY. Y = R

Para ficar mais claro vamos fazer um exemplo em que PX = R$ 1, PY = R$ 2, a renda


R$ 200 e que o racionamento é 𝑌 ≤ 50

Restrição Orçamentária Inicial sem considerar o racionamento: R$ 1.X + R$ 2.Y = R$


200, o que nos dá a reta orçamentária inicial:

𝑅 𝑃 𝑅$ 200 𝑅$ 1
𝑌= − 𝑃𝑋 . 𝑋 = 𝑌 = − 𝑅$ 2 . 𝑋 = 100 − 0,5𝑋
𝑃𝑌 𝑌 𝑅$ 2

Agora, vamos considerar o racionamento:

R$ 1.X + R$ 2.Y = R$ 200 (restrição orçamentária inicial) + 𝑌 ≤ 50 (Racionamento do


bem Y)

Sem Racionamento

Y R/PY = $200/$2 = 100

Reta Orçamentária Inicial (inclinação – 0,5)

R/PX = $200/$1 = 200

X
Racionamento:

Ele pode comprar qualquer quantidade de X até o máximo de 200 unidades que é o
que a renda dele permite, mas com relação ao bem Y ainda que ele possua renda, ele
está racionado em 50 unidades.

Reparem que ele teria renda para comprar até 100 unidades, mas não pode
Y porque ele está proibido. Cada consumidor só pode comprar 50 unidades

100 Limitado pelo racionamento em 50 unidades

50

Só pode consumir aqui as


quantidades do bem X

Juntando os dois gráficos teremos:

Y
Aqui ele não pode

Racionamento: 𝑌 ≤ 50
50

Reta Orçamentária Inicial

X
X
Com isso temos:

Y
Aqui ele não pode

50

Reta Orçamentária Inicial

A “Reta orçamentária” seria o trecho em verde que é a junção da reta inicial e mais o
racionamento.
X
(13) Um consumidor tem renda igual a R e consome os bens X e Y cujos preços são P X
e PY. O governo introduz um imposto específico sobre o bem Y quando o consumo
ultrapassar uma quantidade Y2.*. Represente graficamente essa situação.

Bem tudo se passa como se tivéssemos “duas” retas orçamentárias, aonde na primeira
reta orçamentária o preço do bem Y seria PY até uma quantidade Y2 e acima de Y2, o
preço seria P’Y = PY + t

Vamos fazer um exemplo numérico: PX = R$ 1, PY = R$ 1, R = $ 200 e t = $ 0,50 e


vamos estabelecer que Y2 = 100.

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑋 200 1
(a) 𝑌2 ≤ 100, 𝑌 = − 𝑋= − 1 𝑋 = 200 − 𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌 1
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑋 200 1
(b) 𝑌2 > 100, 𝑌 = 𝑃𝑌′
− 𝑃𝑌′
𝑋= 1,5
− 1,5 𝑋 = 66,67 − 0,667𝑋

Vamos representar as duas retas orçamentárias notando-se que:

1) O intercepto na segunda reta orçamentária diminuiu, pois, a renda


permaneceu a mesma e o preço do bem Y aumentou
2) A inclinação da segunda reta caiu (de 1 para 0,667), pois o preço de X
(numerador) ficou fixo e o preço de Y aumentou (denominador), em
módulo a inclinação caiu.
Mas a primeira reta só vale até Y2 menor ou igual a 100.

Y R/PY = $200/$1 = 200

Primeira Reta Orçamentária Inicial (inclinação = -1)


100
R/PX = $200/$1 = 200

X
X

Mas, a nova reta só tem funcionamento a partir de Y2 maior ou igual a 100.

Y R/P’Y = $200/$1,5 =133,33

Segunda Reta Orçamentária Inicial (Inclinação = -0,667)

100
R/PX = $200/$1 = 200

X
X

Vamos juntar as duas. A reta inicial é em vermelha e a nova em verde:


200

133,33 ‘

A
100

Agora, repare que a reta em verde só passa a ser efetiva em Y2 = 100, então até lá é
a curva vermelha que opera. Nesse ponto, ele estará gastando R$1.100 = R$ 100 e
sobrará para ele R$ 100 de renda que permitem ele gastar R$ 100 do bem X, o que nos
dá o ponto A na figura.

(14) O que ocorre se tivermos um aumento da Renda, um aumento do preço do bem X


e um aumento do preço do bem Y ao mesmo tempo?

Vejam a questão 11:

Y PX PY

Temos a reta orçamentária:

𝑅 𝑃𝑋
𝑌= − .𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌
𝑅 𝑃𝑋
Temos duas frações de nosso interesse que são: 𝑒
𝑃𝑌 𝑃𝑌

Quando as variáveis caminham na mesma direção, ou aumentam junto ou diminuem


junto, o numerador e o denominador crescem na mesma direção e não sabemos o
resultado final. Quando elas variam em direções opostas a análise é direta. Por
exemplo, um aumento na renda e uma diminuição do preço de Y ambas atuam no
𝑅
sentido de aumentar 𝑃
𝑌
𝑅
Então vamos lá: analisando primeiro o termo :
𝑃𝑌

Se:

1) |∆%𝑅| > |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒


2) |∆%𝑅| < |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖
3) |∆%𝑅| = |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜

Se ao invés de analisarmos um aumento de todas as variáveis, estivéssemos


analisando uma diminuição de todas simultaneamente, as análises seriam
invertidas:

1) |∆%𝑅| > |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖


2) |∆%𝑅| < |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎
3) |∆%𝑅| = |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜

𝑃𝑋
Vamos analisar o segundo o termo :
𝑃𝑌

Se:

1) |∆%𝑃𝑋 | > |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎, 𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒


2) |∆%𝑃𝑋 | < |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖, 𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖
3) |∆%𝑃𝑋 | = |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑎, 𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎

Se ao invés de analisarmos um aumento de todas as variáveis, estivéssemos


analisando uma diminuição de todas simultaneamente, as análises seriam
invertidas:

1) |∆%𝑅| > |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖


2) |∆%𝑅| < |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎
3) |∆%𝑅| = |∆%𝑃𝑌 | 𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑎, 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑜 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜

(15) O que ocorre se tivermos um aumento da Renda, uma diminuição do preço do bem
Y, um aumento do preço do bem X?

Y PX PY

Temos a reta orçamentária:

𝑅 𝑃𝑋
𝑌= − .𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌
𝑅 𝑃𝑋
Temos duas frações de nosso interesse que são: 𝑃𝑌
𝑒 𝑃𝑌
Quando as variáveis caminham na mesma direção, ou aumentam junto ou diminuem
junto, o numerador e o denominador crescem na mesma direção e não sabemos o
resultado final. Quando elas variam em direções opostas a análise é direta. Por
exemplo, um aumento na renda e uma diminuição do preço de Y ambas atuam no
𝑅
sentido de aumentar 𝑃
𝑌

𝑅
Então vamos lá: analisando primeiro o termo :
𝑃𝑌

Um aumento da renda, aumenta a fração. E uma queda de PY também aumenta a


fração, ou seja, os dois efeitos se reforçam e não há dúvidas de que o efeito final será
𝑅
um aumento do termo 𝑃 :
𝑌

𝑃𝑋
Vamos analisar o segundo o termo 𝑃𝑌
:

Um aumento de PX, aumenta a fração, em módulo. E uma queda de PY também


aumenta a fração sempre em valor absoluto, ou seja, os dois efeitos se reforçam e não
𝑃
há dúvidas de que o efeito final será um aumento do termo 𝑃𝑋 : sempre em valor
𝑌
absoluto.

Adendo:
Programa do Leite no Brasil (Governo José Sarney)
Nos EUA, esse programa se chamava de Food Stamp. Qual o efeito dele? Imaginemos
que o preço do leite fosse igual a R$ 1/L e o preço dos demais bens (bem composto)
também era R$ 100. Esse agente possuía uma renda de R$ 1000. Então sem o
programa de leite a restrição orçamentária desse consumidor seria:

𝑅 𝑃𝑋
𝑌= − .𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌

Vamos representar no eixo das ordenadas os outros bens (Y) e no eixo das abcissas a
quantidade de leite (X)
𝑅 𝑃𝑋 1000 1
𝑌= − .𝑋 = − 𝑋
𝑃𝑌 𝑃𝑌 100 100

Imaginemos que as famílias pobres recebam R$ 200 em tíquetes para comprar leite.
Só serve para leite. O que vai acontecer?

Repare que antes, se ele pegasse toda a renda dele de R$ 1.000e só comprasse de
outros bens, ele conseguia comprar 10 cestas dos outros bens. Esse era o intercepto.

Y R/PY = $1000/$100 = 10

Reta Orçamentária Inicial (inclinação – 0,01)

R/PX = $1000/$1 = 1000


X
X

Mas, agora, ainda que ele continue comprando toda a renda de R$ 1.000 em outros
bens, comprando 10 cestas, ele agora com os tíquetes equivalentes a R$ 200, ele
consegue comprar 200 litros de leite. Ainda que ele gaste R$ 1000 nos outro bens, ele
pode comprar qualquer quantidade de leite até 200 litros com o tíquete dando origem
ao segmento em verde. Graficamente

Y R/PY = $1000/$100 = 10

Reta Orçamentária Inicial (inclinação – 0,01)


10

X
X
200

Mas, a quantidade máxima de leite passará agora de 200 (com os tíquetes, se ele usar
todos) mais o quanto ele pode comprar no máximo usando os R$ 1.000 que não se
alterou, pois o preço do leite é o mesmo. Assim ele conseguirá comprar ao todo 1200
litros de leite. E também, os preços dos outros bens e do leite não se alterou e com isso
a inclinação é a mesma. Juntando tudo isso teremos:

Y R/PY = $1000/$100 = 10

Reta Orçamentária Inicial (inclinação – 0,01


10 e não se altera)

R/PX = $1000/$1 = 1000


X
X
200 1000 1200

A reta em vermelho mostra a restrição anterior (inicial antes da introdução do tíquete).


Já o trecho verde mostra o efeito sobre a restrição orçamentária de se introduzir o
tíquete do leite.

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