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L DO PRO

FÍSICA
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

Sistema Prodígio de Ensino


Kernel Editora Ltda
Brasil, Rio de Janeiro, 2022

PM_BOOK08_FIS.indb 1 03/11/2021 10:58:45


SUMÁRIO
FÍSICA
MOVIMENTO UNIDIRECIONAL 3
MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS 17
VETORES 27
CINEMÁTICA VETORIAL 35
PRINCÍPIOS DA DINÂMICA
L DO PRO 43

IA FE
DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS 53
ESTÁTICA
HIDROSTÁTICA
R 61
69

S
TE

TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA 77

SO
QUANTIDADE DE MOVIMENTO 85
MA

GRAVITAÇÃO 93

R
TEMPERATURA E CALOR 101
DILATAÇÃO DOS CORPOS 107
CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO 115
DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS R 125
TERMODINÂMICA 131
MA

SO

CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB 141


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO 151
CAPACITORES 161
T

R
INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA 169
E

CIRCUITOS ELÉTRICOS IA F 177


GERADORES E RECEPTORES L DO PRO 187
CAMPO MAGNÉTICO 197
FORÇA MAGNÉTICA 207
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 215
CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA 223
A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS 233
REFRAÇÃO DA LUZ 245
LENTES E DEFEITOS DE VISÃO 257
ONDAS E ACÚSTICA 267
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) 283
MATÉRIA E RADIAÇÃO 291

PM_BOOK08_FIS.indb 2 03/11/2021 10:58:45


MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

TODO MOVIMENTO É RELATIVO i) Aceleração escalar instantânea (a) é uma medida da taxa
de variação da velocidade escalar com o tempo feia em um
Tudo se move! Mesmo as coisas que parecem estar em repouso instante. Pode ser calculada por:
estão se movendo. Pode ser em relação ao Sol ou às estrelas. Você,
sentado, lendo esta apostila, está se movendo a cerca de 30 km/s ∆v
a = lim
junto com a Terra em órbita ao redor do Sol. Dessa forma, todas as ∆t → 0 ∆t
vezes que estudarmos o movimento de algo, precisamos descrever em
relação a quem esse movimento será efetuado. Em geral, usamos a A principal unidade de aceleração é [ a] = m
s2
Terra como nosso referencial padrão a não ser que seja dito diferente.

CONCEITOS BÁSICOS DA D O Exercício


P R
Resolvido

A L O mantém uma velocidade escalar constante de


CINEMÁTICA ESCALAR
A cinemática é o ramo da física que descreve osI movimentos dos
54 km/h. F Ehora e vinte minutos, a distância percorrida pelo
01. Um automóvel
Em uma
R automóvel, em km,
corpos, sem se preocupar com as suas causas. Na cinemática escalar, esses
foi
a) 72,0.

S
TE

movimentos serão unidimensionais. Alguns conceitos serão fudamentais


para descrevermos as caracterísitcas dos movimentos dos corpos: b) 64,8

SO
MA

a) Referencial é um corpo (ou sistema) pelo qual as observações c) 57,6.


do movimento serão realizadas. Em relação a esse referencial d) 50,4.

R
também serão medidas todas as propriedades do movimento.
e) 43,2.
b) Tempo é uma medida de quando um evento aconteceu. Nos será
dada pela marcação de um cronômetro ou outro instrumento de Resolução: A
medida adequado.
O tempo total em horas será de ∆t = 1 h + 20 min = 1 + 13 = 4 3 h
c) Trajetória é uma linha imaginária representando o caminho que R ∆s 4
o corpo descreve. Usando a equação horária, temos: v= ⇒ ∆=s 54 ⋅ = 72 km
∆t 3
MA

d) Posição ou Espaço (s) é um número que determina a


SO

localização do corpo em um instante da sua trajetória.


e) Deslocamento escalar (∆s) é uma medida da variação do espaço
Observação
T

efetuado pelo móvel em um determinado intervalo de tempo.


R
E

O movimento dos corpos pode ser representado por um diagrama


E

f)
IA
Velocidade escalar média (vm) é a medida da rapidez com a
F
em que marcamos a posição do corpo ao longo do tempo, como

L DO PRO
qual um móvel percorre uma trajetória. Define-se como a razão
na figura a seguir:
entre o deslocamento escalar e o intervalo de tempo:
∆s
vm =
∆t

g) Velocidade escalar instatânea (v) é a medida da rapidez Foto estroboscópica do movimento de um carro
em cada instante. Essa é a velocidade marcada, por exemplo, nos
velocímetros dos carros. Pode ser calculada por:
∆s
v = lim
∆t → 0 ∆t
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS
As principais unidades de velocidade são: Dependendo da maneira como o corpo se desloca podemos
classificar o seu movimento da seguinte forma:
[v] = m sou km h .
• Progressivo: a posição do corpo aumenta com o tempo
Para realizar a conversão entre elas, basta usar a relação
×3,6
(v > 0).
m 
  km .
s ÷3,6  h • Retrógrado: a posição do corpo diminui com o tempo
(v < 0).
h) Aceleração escalar média é uma medida da rapidez com a
• Acelerado: o valor da velocidade aumenta com o tempo.
qual a velocidade de um móvel varia. Define-se como a razão entre
a variação da velocidade escalar média e o intervalo de tempo: • Retardado: o valor da velocidade diminui com o tempo.
∆v
am = m
∆t

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

VELOCIDADE ACELERAÇÃO CLASSIFICAÇÃO REPRESENTAÇÃO

Progressivo e
v>0 a>0 acelerado

Progressivo e
v>0 a<0 retardado

Retrógrado e
v<0 a>0 retardado

Retrógrado e
v<0 a<0 acelerado

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME


O movimento retilíneo uniforme (MRU) é aquele em que a velocidade escalar instantânea é constante e não nula. De modo que o móvel sofra
iguais variações de espaço em iguais intervalos de tempo.
L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
Foto estroboscópica de um carro em MRU
MA

R
FUNÇÕES HORÁRIAS DO MRU I. Movimento progressivo: v > 0
Chama-se função horária toda expressão que permite obter o
valor da posição, velocidade ou aceleração do corpo num instante
qualquer do movimento.

VELOCIDADE
R
MA

Em todos os instantes a velocidade do corpo é sempre a mesma.


SO

Ou seja, a velocidade instantânea é sempre igual à velocidade média.


Assim a função horária da velocidade será:
v(t) = v
T

R
E

POSIÇÃO
IA F
II. Movimento retrógrado: v < 0

L DO PRO
Pela definição de velocidade média, temos:

s ( t ) − s0
v=
t − t0
(
⇒ s − s0= v t − t0 )
s ( t ) = s0 + v ⋅ t

Em que:
S0 é o espaço inicial, ou seja, a posição do corpo em t0;
t0 é o instante inicial. Considerado aqui nulo, ou seja, t0 = 0;
A área de um gráfico determinado pela velocidade e o tempo
v é a velocidade escalar.
fornece o deslocamento do corpo

GRÁFICOS DO MRU
Graficamente podemos representar as funções horárias do
movimento de uma partícula em que o eixo x representa o tempo e o
eixo y representa a função a ser descrita.

VELOCIDADE
A função da velocidade é constante v(t) = v, portanto sua função
éuma reta horizontal.
.

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

POSIÇÃO Exercício Resolvido


Como a função horária é do primeiro grau: S(t) = S0 + v ⋅ t, sua
representação será uma reta inclinada 02. O gráfico a seguir representa o movimento de uma partícula.
I. Movimento progressivo: v > 0

a) Que tipo de movimento está representado?


b) Qual a posição inicial da partícula?
c) O que indica a inclinação deste gráfico?
d) O movimento em questão é progressivo ou retrógrado?
e) De acordo com o gráfico qual a posição da partícula no
instante t = 2 h?
II. Movimento retrógrado: v < 0
Resolução:

D O a)P Como
R
o gráfico da posição por tempo é uma reta, então o

A L O é uniforme.
movimento

I b) x = 0 FE 0

R c) A velocidade da partícula: =
∆s 400
v = = 80 km/h
∆t 5

S
TE

d) Progressivo, pois a reta é crescente.

SO
e) Usando a equação horária, temos:
MA

x = x 0 + v ⋅ t ⇒ x = 80 ⋅ t ⇒ x ( 2) = 80 ⋅ 2= 160 km

R
Exercício Resolvido
Podemos determinar a velocidade de um móvel a partir do gráfico
da posição pelo tempo. A tangente do ângulo formado pela posição 03. O gráfico a seguir representa o movimento de uma partícula.
e o eixo dos tempos (coeficiente angular da reta) será a velocidade.
R
MA

SO
T

R
E

IA F
O
L D O b) PQualRa posição inicial da partícula?
a) Que tipo de movimento está representado?

c) Qual a velocidade dessa partícula?


d) O movimento em questão é progressivo ou retrógrado?

Resolução:
∆s AB a) Como o gráfico da posição por tempo é uma reta, então o
==
v = ⇒ v tg ( α )
∆t AC movimento é uniforme.
b) x0 = 100 m

Observação ∆s 0 − 100
c) v= = = −10 m/s
∆t 10 − 0
O ponto em que a reta corta o eixo vertical (S) corresponde à
posição inicial (S0). d) Retrógrado, pois a reta é decrescente.

MOVIMENTO RELATIVO
Quando dois corpos, por exemplo A e B, movem-se ao longo de uma
mesma direção com velocidades constante vA e vB medidas em relação à
Terra é conveniente determinarmos como que o corpo A vê o movimento
do corpo B ou vice-versa. Existem dois casos a serem analisados:

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

MESMO SENTIDO
Quando os corpos se movem no mesmo sentido, a velocidade relativa entre eles será dada por:

v=
rel v A − vB

Imagine que você está num veículo numa estrada e olha para outro veículo mais lento ao seu lado. Você observa que lentamente vai o
ultrapassando. Essa lentidão na ultrapassagem é a velocidade subtraída dos veículos.

SENTIDOS CONTRÁRIOS
Agora se os corpos se movem em sentidos contrários, a velocidade relativa entre eles será dada por:

vrel = vA + vB
Imagine que você está num veículo numa estrada e olha para outro veículo na pista contrária. Você observa que raidamente ele passa por você.
Essa rapidez na passagem é a velocidade somada dos veículos.

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO


O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) é aquele em que a aceleração escalar é constante e não nula. Portanto, a velocidade escalar
sofre variações iguais em intervalos de tempos iguais.

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

Foto estroboscópica de uma bola em MRUV

SO
MA

FUNÇÕES HORÁRIAS DO MRUV Exercício Resolvido

R
A função horária do MRUV é uma expressão que fornece, para cada
instante de tempo, a posição, velocidade ou aceleração da partícula. 04. (IFPE) Um trem bala, viajando a 396 km/h tem a sua frente
emparelhada com o início de um túnel de 80 m de comprimento
(ver figura). Nesse exato momento, o trem desacelera a uma taxa
ACELERAÇÃO de 5 m/s². Sabendo-se que o trem mantém essa desaceleração
A aceleração escalar média é igual à instantânea em por todo o tempo em que atravessa completamente o túnel e
qualquer instante do movimento, assim: que o mesmo possui 130 m de comprimento, é correto dizer que
R
o trem irá gastar, para ultrapassá-lo totalmente, um tempo, em
MA

a(t) = a
segundos, igual a:
SO

VELOCIDADE
A velocidade pode ser determinada pela equação da
T

acelaração média
R
E

v (t) − v0
⇒ v − v 0 = a ( t − t0 ) IA F
L D O a) P3,6 R O
a=
t − t0
v (t) = v0 + a ⋅ t
b) 2,0
Em que: c) 6,0
v0 é a velocidade inicial, ou seja, a velocidade do corpo em t0; d) 1,8
t0 é o instante inicial. Considerado aqui nulo, ou seja, t0 = 0; e) 2,4
a é a aceleração escalar.
Resolução:
POSIÇÃO Dados:
A equação da posição será demonstrada usando a propriedade ∆S =130 + 80 =210 m; v 0 =396 km/h =110 m/s; a =−5 m/s2.
da área do gráfico v x t ser numericamente igual ao deslocamento do
corpo. Por enquanto, vamos apenas nos familiarizar com ela: Aplicando a equação horária do espaço para movimento
uniformemente variado:
a⋅ t 2
s = s0 + v 0 ⋅ t + a 2 5
2 ∆S = v 0 t +
t = 210 = 110t − t 2 ⇒ t2 − 44 t + 84 = 0 ⇒
2 2
Em que: t = 2 s.
44 ± 1936 − 336
S0 é a posição inicial, ou seja, a posição do corpo em t0; =t = ⇒t = ⇒ t 2 s.
2
v0 é a velocidade inicial; t = 42 s. (não convém)
t0 é o instante inicial. Considerado aqui nulo, ou seja, t0 = 0;
a é a aceleração escalar.

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

EQUAÇÃO DE TORRICELLI
Já que possuímos uma relação da posição com o tempo e
da velocidade com o tempo, podemos encontrar uma equação
que independa do tempo, denominada equação deTorricelli. Para
demonstrarmos essa relação, basta isolarmos o tempo na equação
horária da velocidade e substituirmos na da posição:
v − v0
v = v0 + a ⋅ t ⇒ t =
a
2
a ⋅ t2  v − v0  a  v − v0 
s = s0 + v 0 ⋅ t + ⇒ s = s0 + v 0 ⋅  + ⋅ ⇒
2 2  a  2  a 
 v − v0  a  v − v0 
 a  2  a ⇒2 ⋅ ( s − s0 ) ⋅ a = 2 ⋅ v ⋅ v 0 − v 0 ⋅ v 0 + v − 2 ⋅ v 0 ⋅ v + v 0 ⇒ v − =
v 02 2 ⋅ a ⋅ ( s − s0 )
s0 + v 0 ⋅  + ⋅ ⇒ 2 2 2
a<0
− v 0 ⋅ v 0 + v − 2 ⋅ v 0 ⋅ v + v 0 ⇒ v −=
2 2 2
v 2 ⋅ a ⋅ ( s − s0 )
2
0
A área de um gráfico determinado pela aceleração e o tempo
fornece a variação da velocidade de um corpo.
v =v + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
2 2
0

Exercício Resolvido

05. Um carro corre a uma velocidade de 20 m/s quando o


motorista vê um obstáculo 50 m à sua frente. A desaceleração
mínima constante que deve ser dada ao carro para que não haja L DO PRO
choque, em m/s2, é de
I A FE .
a) 4,0
b) 2,0
R VELOCIDADE

S
TE

c) 1,0 A velocidade é representada por uma equação do primeiro grau

SO
d) 0,5 v(t) = v0 + a ⋅ t, portanto o seu gráfico será uma reta inclinada.
MA

R
Resolução:
Para não haver choque, o carro deve parar após percorrer, no
máximo, 50 m. Assim, usando a equação de Torricelli, temos:
v 2 = v 20 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s ⇒ 02 = 202 − 2 ⋅ a ⋅ 50
a = 4,0 m/s2
R
MA

SO

GRÁFICOS DO MRUV
Graficamente também podemos representar as funções horárias
T

do MRUV de uma partícula em que o eixo x representa o tempo e o


R
E

eixo y representa a função a ser descrita.


E

IA F a>0

ACELERAÇÃO
L DO PRO
Como a aceleração é constante, o gráfico será uma reta horizontal.

a<0
a>0
Observação
O ponto em que a reta corta o eixo vertical (v) corresponde à
velocidade inicial (v0) da partícula.

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

POSIÇÃO Observação
Como já vimos anteriormente, a área de um gráfico determinado
O ponto em que a reta corta o eixo vertical (S) corresponde à
pela velocidade e o tempo fornece o deslocamento obtido pelo corpo
posição inicial (S0)

Também podemos determinar a velocidade de um móvel a partir


do gráfico da posição pelo tempo, utilizando a tangente do ângulo
formado pela equação da posição e o eixo dos tempos. Nesse caso,
vamos fazer apenas uma análise qualitativa, sem determinar o valor
da velocidade

Agora podemos demostrar a equação horária da posição usando


a área da figura (trapézio)

( v 0 ) + ( v1) ⋅ t
=∆s
2
L D O P• RPonto
O
Lembrando que v1 = v0 + a.t e ∆S = S – S0 I A P: a reta tangente é decrescente, portanto,
FE
vP= tan ( αP ) < 0 .

( v 0 ) + ( v 0=
+ a ⋅ t) 2v 0 ⋅ t + a ⋅ t2
R a ⋅ t2
• Ponto R: a reta
vR= tan ( αR ) > 0 .
tangente é crescente, portanto,
=∆s ×t = ⇒ s − s0 v 0 ⋅ t +

S
TE

2 2 2
• Ponto Q: a reta tangente é horizontal, portanto,

SO
v Q= tan ( α Q )= 0 .
MA

a ⋅ t2
s = s0 + v 0 ⋅ t +
2

R
Observação
A posição é representada por uma equação do segundo grau
a ⋅ t 2 , portanto seu gráfico será uma parábola. No vértice da parábola, a velocidade do móvel é sempre nula. Esse
s ( t ) = s0 + v 0 ⋅ t + é o ponto onde o corpo inverte o sentido do movimento.
2

R
MA

Exercício Resolvido
SO

06. Um móvel em M.U.V., cuja velocidade está representada no


diagrama a seguir, passa pela origem da trajetória no instante
T

t = 0. Qual é a aceleração desse móvel, bem como o seu


S

R deslocamento em 5 s?
E

IA F
L DO PRO

a>0

Resolução:
A aceleração pode ser calculada como
∆v 90 − 30
a= = ⇒ a= 12 m/s2
∆t 5−0
Já o deslocamento, pode ser encontrado pela área equação horária:
a ⋅ t2 12 ⋅ 52
∆s = v 0 ⋅ t + = 30 ⋅ 5 + ⇒ ∆s = 300 m
2 2
a<0

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

Exercício Resolvido Quando desprezamos outros efeitos como atrito e resistência do


ar, a gravidade provoca nesses corpos um movimento uniformemente
07. O movimento de um móvel está representado, a seguir, pelo variado (MRUV). Assim, todas as equações do MRUV poderão ser
gráfico das posições (s) em função do tempo (t). A função horária usadas nos movimentos sob ação do campo gravitacional, onde o
da posição desse móvel é dada pela expressão: módulo da aceleração será representada por g.

Observação
A aceleração gravitacional depende da posição em que nos
encontramos no planeta.
• No Rio de Janeiro g = 9,787 m/s²
• Em Belo Horizonte/MG g = 9,783 m/s²
• Em geral usamos g = 9,8 m/s²
• Ou de maneira muito aproximada g = 10 m/s²
Você pode conferir tal experimento na ausência completa de ar no
a) S = -10 + 2 t - 5 t2
seguinte vídeo disponível no Youtube “Brian Cox visits the world’s
b) S = - 5 + 3,5 t - 0,5 t2 biggest vacuum | Human Universe – BBC”
c) S = -10 + 7 t - t2 Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=E43-CfukEgs>
d) S = - 5 + t - 3 t2
e) S = 5 - 2,5 t2

Resolução:
L D O QUEDA
PUmRcorpo
O
LIVRE
ao ser abandonado do repouso de uma certa altura
S = –10. I A
A posição inicial é o ponto onde a curva corta o eixo vertical. do solo cai sobFação exclusiva da gravidade. Podemos encontrar o
tempo que ele levaE
Usando a equação horária do movimento nosRinstantes 2 e 5 s,
0 para chegar ao solo e sua velocidade final usando
as equações do MRUV.
onde a posição vale zero, teremos:

S
TE

SO
a ⋅ t2
s = s0 + v 0 ⋅ t +
MA

2
a ⋅ 22
0 =−10 + v 0 ⋅ 2 + ⇒ a + v 0 =5

R
2
a ⋅ 52
0 =−10 + v 0 ⋅ 5 + ⇒ 5a + 2v 0 =4
2
Resolvendo o sistema, encontramos a velocidade inicial e a aceleração:
a = –2 m/s² e v0 = 7 m/s R
Finalmente, a equação horária será: S = –10 + 7 ⋅ t – t²
MA

SO

Queda livre

CAMPO GRAVITACIONAL EQUAÇÃO HORÁRIA DO LANÇAMENTO


T

R
Quando um corpo é abandonado ou lançado para cima ou PARA BAIXO
E

IA
para baixo, ele fica sujeito à ação do campo gravitacional terrestre
F
Lembrando da equação horária completa do MRUV, temos:

L DO PRO
e executará um movimento de acordo com essa interação. Um dos
primeiros cientistas a matematizar esse movimento foi Galileu Galilei. a ⋅ t2
s = s0 + v 0 ⋅ t +
2
Observação
O corpo parte do repouso v0 = 0, sob ação da gravidade g e de
Galileu estava interessado na queda dos corpos, mas na falta de altura H. Sua altura ao longo do tempo será:
instrumentos precisos para aferir o tempo de queda, usou planos
g ⋅ t2
inclinados para tornar os movimentos mais lentos e investigá-los h ( t )= H −
de maneira mais detalhada. Sua descoberta pode ser resumida 2
como todos os corpos, independente da sua massa ou formato, Usando a gravidade como g = 10 m/s², teremos:
caem com a mesma aceleração constante causada pela gravidade.
h ( t )= H − 5t 2

Corpos abandonados em queda livre do alto da torre de Pisa


em um suposto experimento realizado por Galileu
Gráfico da altura na queda livre

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

TEMPO DE QUEDA (tq) EQUAÇÃO HORÁRIA DA QUEDA LIVRE


A tempo de queda ocorrerá quando o corpo tocar o solo, ou seja, Lembrando da equação horária completa do MRUV, temos:
h = 0. Usando a equação horária, temos:
a ⋅ t2
g ⋅ t q2 s = s0 + v 0 ⋅ t +
2H 2
h ( t ) =H − =0 ⇒ t q =
2 g g ⋅ t2
h ( t ) = H − v0 ⋅ t −
2
VELOCIDADE Usando a gravidade como g = 10 m/s², teremos:
Podemos encontrar a velocidade vertical ao tocar o solo usando
h ( t ) =H − v 0t − 5t 2
Torricelli.
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s ⇒ v 2 = 02 + 2 ⋅ g ⋅ H
v= 2⋅ g ⋅H

Também podemos calcular a velocidade vertical usando a equação


da velocidade.
v = v0 + a ⋅ t ⇒ v = g ⋅ t

L DO PRO Gráfico da altura em um lançamento para baixo

I A FE
R TEMPO DE QUEDA (tq)
A tempo de queda ocorrerá quando o corpo tocar o solo, ou seja,

S
TE

Gráfico do módulo da velocidade em um lançamento para baixo


h = 0. Usando a equação horária, temos uma equação do 2° grau para

SO
resolvermos e, nesse caso, apenas a solução positiva será considerada.
MA

Exercício Resolvido
g ⋅ t2
h ( t ) = H − v0 ⋅ t − = 0

R
08. (UFPE) Uma partícula é liberada em queda livre a partir do 2
repouso. Calcule o módulo da velocidade média da partícula, em
m/s, após ela ter caído por 320 m.
VELOCIDADE
Resolução: Podemos encontrar a velocidade vertical ao tocar o solo usando
Torricelli.
Dados: h = 320 m; g = 10 m/s². R
v 2 = v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s ⇒ v 2 = v 02 + 2 ⋅ g ⋅ H
MA

Calculando o tempo de queda:


SO

=
v v 02 + 2 ⋅ g ⋅ H
1 2 2h 2 ( 320 )
h= gt ⇒ t= = = 64 ⇒ t= 8 s.
2 g 10 Também podemos calcular a velocidade vertical usando a equação
T

da velocidade.
S

A velocidade média é:
R v = v0 + a ⋅ t ⇒ v = v0 + g ⋅ t
E

∆S h 320
E

vm = = =
∆t t
⇒ vm =40 m / s.
IA F
L DO PRO
8

LANÇAMENTO PARA BAIXO


Agora nosso corpo será arremessado para baixo com velocidade
v0 a partir de uma altura H. As equações serão análogas à queda livre:

Gráfico do módulo da velocidade em um lançamento para baixo

Exercício Resolvido

09. (PUCRJ) Uma bola de tênis, de massa igual a 100 g, é lançada


para baixo, de uma altura h, medida a partir do chão, com uma
velocidade inicial de 10 m/s. Considerando g = 10 m/s2 e sabendo
que a velocidade com que ela bate no chão é de 15 m/s, calcule:
a) o tempo que a bola leva para atingir o solo;
b) a altura inicial do lançamento h.

Corpo sendo arremessado para baixo

10 PROMILITARES.COM.BR

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

ALTURA MÁXIMA
Resolução:
Durante a subida, a velocidade do corpo vai reduzindo até se
a) O tempo corresponde a ∆t = ∆v / g =
(15
− 10 )
=
5
= 0,5 s. anular, fazendo-o atingir uma altura máxima, que pode ser calculada
10 10
usando a equação de Torricelli.
b) Como v(final)2 = v2 + 2gh, temos 20 h = 152 - 102 = 225 -100 = 125
125 v=
2
v 02 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s ⇒ 0=
2
v 02 − 2 ⋅ g ⋅ Hmáx
→h= = 6,25 m.
20 v 02
Hmáx =
2g

LANÇAMENTO PARA CIMA VELOCIDADE


Agora o corpo será arremessado para cima, ou seja, com Agora será mais conveniente usarmos a equação da velocidade.
velocidade inicial contrária à gravidade. Nesse caso, ele atingirá uma
altura máxima antes de retornar. v = v0 + a ⋅ t ⇒ v = v0 − g ⋅ t

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
Gráfico da velocidade em um lançamento para cima

TEMPO DE MOVIMENTO

TEMPO DE SUBIDA
R
MA

Corpo sendo arremessado para cima


O tempo para atingir a altura máxima será o tempo de subida e
SO

Vamos considerar o caso em que o corpo é arremessado do solo pode ser determinado pela equação da velocidade
h0 = 0 e retorna para esse mesmo ponto. v0
v = v 0 − g ⋅ t = 0 ⇒ t subida =
T

g
S

EQUAÇÃO HORÁRIA DA QUEDA LIVRE R


E

Lembrando da equação horária completa do MRUV, temos: IA TEMPO TOTAL F


s = s0 + v 0 ⋅ t +
a ⋅ t2
2
L DO PRO O tempo para retornar ao solo ocorrerá quando h(t) = 0. Assim basta
resolvermos a equação do 2º grau e tomarmos a solução não nula.
g ⋅ t2  tinicial = 0
h ( t ) = v0 ⋅ t + g ⋅ t2 
2 h ( t ) = v0 ⋅ t + = 0⇒ 2v 0
2 t total = g
Usando a gravidade como g = 10 m/s², teremos: 

h ( t ) = v 0 ⋅ t + 5t 2
TEMPO DE DESCIDA
O tempo de descida será a diferença entre o tempo total e o
tempo de subida
v0 2v v
t subida + t descida =t total ⇒ + t descida = 0 ⇒ t descida = 0
g g g

Observação
O tempo de subida só será igual ao tempo de descida quando as
alturas inicial e final forem as mesmas.

Gráfico da altura em um lançamento para cima

PROMILITARES.COM.BR 11

PM_BOOK08_FIS.indb 11 03/11/2021 10:58:54


MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

Exercício Resolvido 02. (EEAR 2020) Um jogador de basquete lança manualmente de uma
altura “h” uma bola com uma velocidade de módulo igual a v0 e com
10. (UFSCAR) Em julho de 2009 comemoramos os 40 anos um ângulo em relação a horizontal igual a θ, conforme o desenho.
da primeira viagem tripulada à Lua. Suponha que você é um No mesmo instante, o jogador sai do repouso e inicia um movimento
astronauta e que, chegando à superfície lunar, resolva fazer horizontal, retilíneo uniformemente variado até a posição final xF,
algumas brincadeiras para testar seus conhecimentos de Física. conforme o desenho.

Considere que, durante todo o deslocamento, a bola não sofre nenhum


tipo de atrito e que nesse local atua uma gravidade de módulo igual
a “g”. A aceleração horizontal necessária que o jogador deve ter para
alcançar a bola quando ela retorna à altura de lançamento “h” com a
qual iniciou, é corretamente expressa por ____.
2v 20 v 20 cos2 θ
a) c)

D O P2vRcosOθ
xF xF

A L 2v 20 cos2 θ
Você lança uma pequena bolinha, verticalmente para cima, com
FE
0
b) d)
I
velocidade inicial v0 igual a 8 m/s. Calcule a altura máxima h x F xF
R
atingida pela bolinha, medida a partir da altura do lançamento,
e o intervalo de tempo ∆t que ela demora para subir e descer, 03. (EEAR 2020) Um professor cronometra o tempo “tS” que um

S
TE

retornando à altura inicial. objeto (considerado um ponto material) lançado a partir do solo,

SO
Dados: aceleração da gravidade na Lua 1,6 m/s². verticalmente para cima e com uma velocidade inicial, leva para
MA

realizar um deslocamento ∆xS até atingir a altura máxima. Em seguida,


Resolução: o professor mede, em relação à altura máxima, o deslocamento

R
de descida ∆xD ocorrido em um intervalo de tempo igual a 1/4 de
Dados: g = 1,6 m/s²; v0 = 8 m/s.
∆x S
Aplicando a equação de Torricelli: v² = v0² + 2a∆S “tS” cronometrado inicialmente. A razão é igual a _________ .
∆xD
No ponto mais alto: v = 0 e ∆S = h. Então: Considere o módulo da aceleração da gravidade constante e que,
v 20 82 64 durante todo o movimento do objeto, não há nenhum tipo de atrito.
02 = v 02 − 2 g h ⇒ h = = = = 20 m ⇒ h = 2,0 × 101 m.
2 g 2 (1,6) 3,2 a) 2 R
MA

b) 4
Para calcular o tempo total (∆t), calculemos primeiramente o
SO

tempo de subida (tS). v = v0 - gt. c) 8

No ponto mais alto: v = 0 e t = tS. Substituindo: d) 16


T

v0 8
0 = v 0 − g ts ⇒ ts = = ⇒ t s = 5 s.
R
04. (EEAR 2019) Um atleta pratica salto ornamental, fazendo uso de
E

g 1,6
E

IA F
uma plataforma situada a 5 m do nível da água da piscina. Se o atleta

O
Como o tempo subida é igual ao de descida, vem: saltar desta plataforma, a partir do repouso, com que velocidade se

∆t = 5 + 5 ⇒ ∆t = 10 s = 1,0 × 101 s. L D OObs.:Pdespreze


R a resistência do ar e considere o módulo da aceleração
chocará com a água?

da gravidade g = 10 m/s².
a) 10 m/s c) 30 m/s
b) 20 m/s d) 50 m/s
EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO 05. (EEAR 2019) Em um trecho de uma rodovia foram instalados


conjuntos de cronômetros digitais. Cada conjunto é formado de dois
sensores distantes 2 km entre si que registram o horário (hora, minuto
e segundo) em que um mesmo veículo, deslocando-se no mesmo
01. (EEAR 2020) Um corpo de massa igual a m é lançado verticalmente sentido, passa por eles. Em um trecho da rodovia no qual a velocidade
para baixo, do alto de um prédio, com uma velocidade inicial vo. média permitida é de 100 km/h, um carro a 120 km/h atinge o
Desprezando a resistência do ar e adotando o módulo da aceleração primeiro de um desses conjuntos exatamente às 15h00min00s. O
da gravidade no local igual a 10 m/s². O corpo percorre uma altura de horário em que esse veículo deve passar pelo segundo sensor de
40 m até atingir o solo com uma velocidade final de 30 m/s. O valor, forma a percorrer esse trecho da rodovia exatamente com velocidade
em m/s, da velocidade inicial vo é? média igual a 100 km/h é:
a) 5. a) 15h01min12s
b) 10. b) 15h00min12s
c) 50. c) 15h00min02s
d) 100. d) 15h01min00s

12 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 12 03/11/2021 10:58:55


MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

06. (EEAR 2019) O gráfico a seguir representa a posição (x), em metros,


g ⋅ sen ( θ) ⋅ t 2
em função do tempo (t), em segundos, de um ponto material. Entre as a) x =−x 0 + v 0 ⋅ t +
alternativas, aquela que melhor representa o gráfico velocidade média 2
(v), em metros/segundo, em função do tempo (t), em segundos, deste g ⋅ sen ( θ) ⋅ t 2
ponto material é b) x = x0 − v0 ⋅ t −
2
g ⋅ cos ( θ) ⋅ t 2
c) x = x0 − v0 ⋅ t −
2
g ⋅ t2
d) x = x0 − v0 ⋅ t −
2

09. (EEAR 2018) A posição (x) de um móvel em função do tempo (t) é


representado pela parábola no gráfico a seguir.

a)

L DO PRO
I A FE
b) R

S
TE

Durante todo o movimento o móvel estava sob uma aceleração

SO
constante de módulo igual a 2 m/s². A posição inicial desse móvel,
MA

em m, era
a) 0 c) 15

R
b) 2 d) -8
c)
10. (EEAR 2018) Em um porta-aviões as aeronaves pousam em uma
pista útil de 100 m. Se a velocidade com que o avião toca a pista de tal
embarcação é de aproximadamente 252 Km/h, determine o módulo
R
da sua desaceleração média, em m/s²:
MA

a) 0,7 c) 70,0
SO

d)
b) 24,5 d) 300,0

07. (EEAR 2018) Um móvel completa 1/3 de um percurso com o


T

módulo da sua velocidade média igual a 2 km/h e o restante com o EXERCÍCIOS DE


R
TREINAMENTO
E

módulo da velocidade média igual a 8 km/h. Sendo toda a trajetória


IA
retilínea, podemos afirmar que a velocidade média desse móvel F
durante todo o percurso, em km/h, foi igual a
L DO PR O
a) 4 b) 5 c) 6 d) 10
01. (EEAR 2017)
08. (EEAR 2018) Assinale a alternativa que representa corretamente
a função da posição (x) em relação ao tempo (t) de um bloco lançado
para baixo a partir da posição inicial (x0) com módulo da velocidade
inicial (v0) ao longo do plano inclinado representado a seguir.

Observações:
1. desconsiderar qualquer atrito;
2. considerar o sistema de referência (x) com a posição zero (0) no
ponto mais baixo do plano inclinado; O avião identificado na figura voa horizontalmente da esquerda para
a direita. Um indivíduo no solo observa um ponto vermelho na ponta
3. admitir a orientação do eixo “x” positiva ao subir a rampa; e da hélice. Qual figura melhor representa a trajetória de tal ponto em
4. g é o módulo da aceleração da gravidade. relação ao observador externo?

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PM_BOOK08_FIS.indb 13 03/11/2021 10:58:56


MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

a)

b)

c) A diferença entre a distância percorrida pelo corredor B e pelo nadador


A é, em metros:
a) 9 b) 18 c) 27 d) 36

d) 05. (EEAR 2017) Após observar o clarão de um raio, uma criança


cronometrou o tempo para ouvir o estrondo causado, o trovão.
Contou, então, dez segundos desde avistar o clarão até ouvir o trovão.
Procurando na internet, descobriu que a velocidade média do som
02. (EEAR 2017) Uma aeronave F5 sai da base aérea de Santa Cruz às
no ar é 346 m/s. A distância estimada da criança ao raio é mais bem
16h30min para fazer um sobrevoo sobre a Escola de Especialistas de
expressa, em metros, por:
Aeronáutica (EEAR), no momento da formatura de seus alunos do Curso
de Formação de Sargentos. Sabendo que o avião deve passar sobre o Observação: considere a detecção do clarão pela criança como

D O a) P34,6R O
evento exatamente às 16h30min e que a distância entre a referida base instantânea, como se a velocidade da luz fosse infinita.

A L
aérea e a EEAR é de 155 km, qual a velocidade média, em km/h, que a c) 3460
aeronave deve desenvolver para chegar no horário previsto?
I
b) 123
FE d) 6920

R 06. (EEAR 2016) Ao término de uma formatura da EEAR, um terceiro


sargento recém-formado, para comemorar, lançou seu quepe para

S
TE

cima na direção vertical, até uma altura de 9,8 metros. Adotando

SO
g = 10 m/s² e desconsiderando o atrito com o ar, a velocidade de
MA

lançamento, em m/s, foi de


a) 8 c) 20

R
b) 14 d) 26

07. (EEAR 2016) Uma bomba é abandonada a uma altura de


8 km em relação ao solo. Considerando-se a ação do ar desprezível
e fixando-se a origem do sistema de referências no solo, assinale a
R
alternativa correspondente ao conjunto de gráficos que representa
MA

qualitativamente a velocidade (V) e aceleração (a) da bomba, ambas


SO

em função do tempo.
v a
a) 1.550 b) 930 c) 360 d) 180
T

a) t
R
E

03. (EEAR 2017) Um garoto que se encontra em uma passarela de


IA
altura 20 metros, localizada sobre uma estrada, observa um veículo com F t

L D O vP R O
teto solar aproximando-se. Sua intenção é abandonar uma bolinha de
borracha para que ela caia dentro do carro, pelo teto solar. Se o carro
a
b)
viaja na referida estrada com velocidade constante de 72 km/h, a que t t
distância, em metros, do ponto diretamente abaixo da passarela sobre
a estrada deve estar o carro no momento em que o garoto abandonar
a bola. Despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s².
v a
c) t
t

v a

d)
t
t

a) 10 b) 20 c) 30 d) 40
08. (EEAR 2016) Um ônibus de 8 m de comprimento, deslocando-se
04. (EEAR 2017) Um nadador A atravessa diagonalmente uma piscina com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de
percorrendo um total de 45 m. Um corredor B sai ao mesmo tempo 12 m de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos,
e do mesmo ponto do nadador, percorrendo a borda da piscina que para atravessar totalmente a ponte?
tem 27 m de largura, chegando os dois no mesmo ponto ao mesmo a) 1 c) 3
tempo, como mostra a figura: b) 2 d) 4

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

09. (EEAR 2015) Os participantes de corrida de rua costumam 03. (EAM 2019) Um rapaz se desloca sempre em linha reta e no
estabelecer sua performance pela razão entre o tempo e o mesmo sentido por um percurso total de 20 km: a primeira metade
deslocamento percorrido em um trecho da prova. A tabela a seguir com uma velocidade constante de 3,0 km/h e a segunda metade com
relaciona as informações de um desses corredores em função do uma velocidade constante de 5,0 km/h. Considerando desprezível o
tempo. A aceleração média, conforme a definição física de aceleração, intervalo de tempo necessário para a mudança na velocidade, assinale
desse corredor entre os instantes 12 e 18 minutos, em km/min², foi de a opção que apresenta a velocidade média, em km/h, que mais se
aproxima a do rapaz considerando o percurso total.
PERFORMANCE (min/km) 4 5 6 5 4 a) 2,0 b) 2,5 c) 3,8 d) 4,0 e) 4,2

TEMPO (min) 6 12 18 24 30
04. (EAM 2018)
a) -1/180 b) -1/6 c) 1/180 d) 1/6
base naval de
submarinos
10. (EEAR 2015) Um veículo movimenta-se sobre uma pista retilínea
com aceleração constante. Durante parte do percurso foi elaborada plataforma de navio
petróleo inimigo
uma tabela contendo os valores de posição (S), velocidade (v) e tempo submarino de submarino
convencional
(t). A elaboração da tabela teve início no exato momento em que o propulssão
nuclear
veículo passa pela posição 400 m da pista, com velocidade de 40 m/s 75 km
e o cronômetro é disparado. A seguir é apresentada esta tabela, com
3 incógnitas A, B e C 100 km

S (m) v (m/s) t (s) O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da


400 40 0
L D O Marinha
P RdodeBrasil
construção O
(MB) prevê para os próximos anos a conclusão da

2 I A
quatro submarinos convencionais e um submarino de
A 30 F O moderno submarino convencional pode manter,
quando submerso,Euma velocidade média de 25 km/h, enquanto
propulsão nuclear.

B 0 C
R o nuclear 50 km/h. Considere o cenário em que um navio inimigo

S
TE

se aproxima de uma Plataforma de Petróleo da Petrobrás distante

SO
A partir dos valores presentes na tabela é correto afirmar que as 100 km da Base Naval de Submarinos. A MB resolve, então, enviar
um submarino a fim de dissuadir o inimigo. O nuclear encontra-se
MA

incógnitas A, B e C tem valores respectivamente iguais a:


pronto para partir da base e o convencional encontra-se em pronto-
a) 450, 500, 5 c) 500, 600, 6
emprego no mar a 75 km de distância da mencionada plataforma.

R
b) 470, 560, 8 d) 500, 620, 7 Desconsiderando qualquer tipo de correnteza e considerando que
tanto um como o outro possam se deslocar em linha reta submersos
até a plataforma e que o critério de escolha do submarino por parte da
MB se baseie apenas no menor intervalo de tempo de deslocamento
EXERCÍCIOS DE
para chegar ao destino, marque a opção que apresenta o submarino

COMBATE que será escolhido e a diferença de intervalo de tempo entre eles.


R
MA

a) O nuclear, 1 h antes do que o convencional.


SO

b) O nuclear, 2 h antes do que o convencional.


01. (EEAR 2014) Um avião decola de uma cidade em direção a outra, c) Os dois chegarão juntos.
situada a 1000 km de distância. O piloto estabelece a velocidade d) O convencional, 2 h antes do que o nuclear.
T

R
normal do avião para 500 km/h e o tempo de voo desconsiderando e) O convencional, 1 h antes do que o nuclear.
E

a ação de qualquer vento. Porém, durante todo o tempo do voo


IA F
L DO PRO
estabelecido, o avião sofre a ação de um vento no sentido contrário,
05. (EAM 2017) O gráfico abaixo representa uma caminhada feita por
com velocidade de módulo igual a 50 km/h. Decorrido, exatamente,
uma pessoa durante a sua atividade física diária.
o tempo inicialmente estabelecido pelo piloto, a distância que o avião
estará do destino, em km, é de
a) 50 b) 100 c) 200 d) 900

02. (EEAR 2014) Uma esfera de raio igual a 15 cm é abandonada


no início de um tubo de 150 cm de comprimento, como mostrado
na figura, o início da esfera coincide com o início do tubo vertical.
Sabendo que o corpo é abandonado em queda livre, num local onde o Sobre essa atividade, analise as afirmativas a seguir e assinale a opção
módulo da aceleração da gravidade vale 10 m/s², determine o tempo correta.
exato, em s, que a esfera gasta para atravessar completamente o tubo. I. A pessoa caminhou, sem parar, por 2 horas.
II. A distância total percorrida foi de 9 km.
III. O movimento foi uniforme na ida e na volta.
IV. Na volta, o módulo da velocidade média foi de 6 km/h.
V. Nesse trajeto, a pessoa ficou em repouso por 20 min.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas.
a) 0,02 b) 0,06 c) 0,3 d) 0,6 e) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.

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MOVIMENTO UNIDIRECIONAL

06. (EAM 2016) Para cumprir uma missão de resgate em alto mar,
um navio precisou navegar, com velocidade constante de 25 nós, por ANOTAÇÕES
1800 km até o local onde estavam as vítimas. Sendo assim, é correto
afirmar que o navio chegou ao local do resgate em
Dado: 1 nó = 1,8 km/h
a) 24 h c) 36 h e) 48 h
b) 30 h d) 40 h

07. (EAM 2015) A posição de uma partícula em Movimento Retilíneo


Uniforme varia de acordo com a equação horária [S = 20 - 4 ⋅ t] em
unidades do Sistema Internacional. A partir desta equação, após
quanto tempo de movimento a partícula passa pela origem dos
espaços?
a) 4 segundos. d) 20 segundos.
b) 5 segundos. e) 24 segundos.
c) 16 segundos.

08. (EAM 2013) Durante o Treinamento Físico-Militar (TFM), um


Marinheiro atravessa, nadando, a extensão de uma piscina com 50
metros de comprimento em 25 segundos. Qual é o valor da velocidade
escalar média desse militar?
a) 2 m/s c) 4 m/s e) 6 m/s L DO PRO
b) 3 m/s d) 5 m/s I A FE
R
09. (EAM 2012) Num exercício de tiro real, um navio dispara um

S
TE

projétil (bala) a partir de um canhão de bordo. O estampido da arma é

SO
ouvido por uma pessoa que se encontra em terra 2 s após o disparo.
MA

Considerando que a velocidade de propagação da onda sonora no ar


seja de 340 m/ s, qual a distância entre o navio e o ouvinte?

R
a) 170 m d) 1120 m
b) 340 m e) 1460 m
c) 680 m

10. (EAM 2012) Num edifício de vinte andares, o motor do elevador R


consegue subir uma carga com velocidade constante de 2,0 m/s,
MA

gastando 30 s para chegar ao topo do prédio, percorrendo, assim,


SO

integralmente os vinte andares. Se todos os andares apresentarem a


mesma medida, qual a altura de cada andar?
a) 3,0m c) 4,0m e) 5,0m
T

R
b) 3,5m d) 4,5m
E

IA F
RESOLUÇÃO EM VÍDEO L DO PRO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. B 04. A 07. A 10. B
02. D 05. A 08. B
03. D 06. C 09. C
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 04. B 07. B 10. B
02. A 05. C 08. B
03. D 06. B 09. A
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. B 04. A 07. B 10. A
02. D 05. E 08. A
03. C 06. D 09. C

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MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

LANÇAMENTO OBLÍQUO MOVIMENTO NA VERTICAL


Em uma partida de futebol, uma bola é lançada por um jogador. A Conforme já analisamos, o movimento na vertical é um MRUV

bola adquire pelo chute uma velocidade inicial v 0 e forma um ângulo com velocidade inicial v 0y e aceleração igual a gravidade g. Vamos
α com a horizontal. Considerando que a resistência do ar e os efeitos expressar as funções horárias para esse movimento:
de rotação desprezíveis, há apenas a força gravitacional atuando no
eixo vertical. Queremos descrever a trajetória da bola usaremos, pois, VELOCIDADE VERTICAL
o princípio da independência de Galileu. Usando a equação horária da velocidade, temos:
v = v 0 − at ⇒ v y = v 0y − gt s

L DO PRO v y v 0 s en ( θ ) − gt
=

I A FE
R Observação
• O módulo da velocidade vertical vy diminui durante a subida e

S
TE

aumenta durante a descida.

SO
• Na altura máxima (Hmáx), o módulo da velocidade vertical é
MA

nulo (vy = 0).

R
A bola executará dois movimentos perpendiculares entre si. Na
horizontal não há perturbações ao movimento, portanto será um TEMPO DE SUBIDA
MRU. Já na vertical, há atuação da gravidade e o corpo executará um Ao subir, o corpo atinge uma altura máxima (Hmáx), para de subir e
movimento vertical uniformemente acelerado. A combinação desses começa a descer. Chamaremos de ts o tempo necessário para a subida.
movimentos gera um movimento parabólico. Nesse instante, a velocidade vertical se anula. Assim:
v y= v 0y − gt s ⇒ 0= v 0 s en ( θ ) − gt s
R
MA

COMPONENTES DA VELOCIDADE INICIAL


v 0 s en ( θ )
SO

Usaremos um par de eixo ordenados como o da figura para ts =


g
descrever o movimento.
T

R TEMPO TOTAL
E

IA F Chamaremos de tT o tempo em que o corpo permanece no ar

L DO PR O desde o lançamento até o retorno ao solo. Usando a equação da


posição do MRUV, temos:
at 2
g ⋅ tT2
s= s +v t+ 0 0 ⇒ 0 = 0 + v 0 s en ( θ ) ⋅ t T −
2 2
v 0 s en ( θ )
Vamos começar decompondo a velocidade inicial nas suas tT = 2
g
componentes ortogonais.
v 0x v 0 cos ( θ )
= Para encontrar o tempo que o corpo leva para alcançar outras
v 0y v 0 s en ( θ )
= posições, basta usar a equação horária da posição na altura solicitada.

TEMPO DE DESCIDA
Seja td o tempo que, a partir da altura máxima, o corpo leva para
retornar ao solo. Podemos usar que o tempo de subida somado ao
tempo de descida será o tempo total do movimento.
2 ⋅ v 0 s en ( θ ) v 0 s en ( θ )
ts + td = t T ⇒ td = −
g g
v 0 s en ( θ )
td =
g

O tempo de subida só é igual ao tempo de descida se o corpo


Foto estroboscópica de um lançamento oblíquo retornar à mesma altura em que foi lançado.

PROMILITARES.COM.BR 17

PM_BOOK08_FIS.indb 17 03/11/2021 10:58:59


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

ALTURA MÁXIMA Essa expressão representa a trajetória do corpo. Trata-se de uma


Quando o corpo para de subir e começa a descer, ele atinge a equação do 2º grau em x com coeficiente negativo, portanto trata-se
altura máxima (Hmáx), que pode ser calculada usando a equação de uma parábola com concavidade para baixo.
horária da posição com o tempo total de movimento:

v s en ( θ ) g  v 0 s en ( θ ) 
2
g ⋅ t2
=h v 0 s en ( θ ) ⋅ t − ⇒ H=
máx v 0 sin ( θ ) ⋅ 0 −  = 
2 g 2 g 
v 02 s en2 ( θ ) v 02 s en2 ( θ )
= −
g 2g
v 02 s en2 ( θ )
Hmáx =
2g

Outra forma de determinarmos essa altura máxima é usando


a equação de Torricelli. Lembrando que nesse ponto, a velocidade
vertical é nula, portanto:

( v 0 s en ( θ ) )
2
v y 2= v 0y 2 − 2gh ⇒ 0= − 2gHmáx
Exercício Resolvido
v s en ( θ )
2 2
Hmáx = 0 01. Um corpo é lançado obliquamente com velocidade de módulo
2g
60 m/s, sob um ângulo de lançamento θ = 60° (sen θ = 0,87 e

MOVIMENTO NA HORIZONTAL L DO PRO cos θ = 0,50), conforme indica a figura:

Na horizontal, o corpo executa um movimento retilíneo uniforme


I A FE
com velocidade constante = v x v= 0x v 0 cos ( θ) . As características
temporais do movimento vertical se mantém para a horizontal, assim
R

S
TE

só nos resta encontrar a distância percorrida pelo objeto na horizontal

SO
usando a equação horária da posição para o MRU:
MA

s = s0 + vt ⇒ d = v 0 cos ( θ ) .t

R
ALCANCE HORIZONTAL
O alcance é a distância horizontal total percorrida pelo corpo
quando ele retorna ao solo.
2 ⋅ v 0 s en ( θ ) v 02 ⋅ 2 ⋅ s en ( θ ) ⋅ cos ( θ )
R
=d v 0 cos ( θ ) ⋅ t T ⇒
= D v 0 cos ( θ ) ⋅ =
MA

g g Calcular, considerando g = 10 m/s2 e desprezando influências do ar:


SO

v 0 ⋅ s en ( 2θ )
2 a) a velocidade do corpo ao passar pelo vértice do arco de
D= parábola;
g
b) o tempo de subida;
T

R c) a altura máxima h;
E

Observação
E

IA F
d) o alcance horizontal d.
Para uma mesma velocidade inicial, o máximo alcance horizontal é
L D O Resolução: O
obtio para um ângulo θ = 45°.
PR
a) No vértice da parábola, há apenas a velocidade horizontal, já
EQUAÇÃO DA TRAJETÓRIA que a velocidade vertical é nula nesse ponto

Vamos demonstrar que a trajetória descrita pela bola lançada v x = v 0 ⋅ cos ( θ) = 60 ⋅ 0,5 ⇒ v x = 30,0 m/s
obliquamente é uma parábola. Lembrando das equações horárias nas
direções horizontal e vertical: v 0 ⋅ sen ( θ) 60 ⋅ 0,87
=
b) t s = =
⇒ t s 5,22 s
g 10
x
=x v 0 cos ( θ ) ⋅ t =
⇒t (I)
v 0 cos ( θ ) v 02 ⋅ sen2 ( θ) 502 ⋅ 0,872
=
c) H = ⇒ H ≅ 94,6 m
g ⋅ t2 2g 2 ⋅ 10
=y v 0 s en ( θ ) ⋅ t − (II)
2
v 02 ⋅ sen ( 2θ) v 02 ⋅ 2 ⋅ sen ( θ) ⋅ cos ( θ)
=d) D = =
Substituindo a equação (I) em (II), temos: g g
2 502 ⋅ 2 ⋅ 0,5 ⋅ 0,87
 x  g x  = = ⇒ D 217,5 m
y=v 0 s en ( θ )   −   10
 v 0 cos ( θ )  2  v 0 cos ( θ ) 
g
y tan ( θ ) ⋅ x −
= ⋅ x2
2v 02 cos2 ( θ )

18 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 18 03/11/2021 10:59:00


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

LANÇAMENTO HORIZONTAL Resolução: A


Se em vez de lançarmos a bola para cima, deixarmos ela rolar por
2h 2 ⋅ 1,8
uma mesa até que ela caia. O tempo que o puma leva para cair =
é: t = = 0,6 s
g 10
Dessa forma, seu alcance horizontal será de:
D = v 0 ⋅ t = 5 ⋅ 0,6 ⇒ D = 3,0 m

Como a presa está a 3,2 m de distância, o puma cairá 20 cm


antes dela.

MOVIMENTOS CIRCULARES
Movimentos circulares são aqueles em que a trajetória do
corpo descreve uma circunferência. É um estudo cinemático muito
importante, pois nos ajudará a descrever a trajetória dos satélites
Nesse caso, teremos um lançamento horizontal, um caso particular e dos planetas (com boa aproximação), cargas em aceleradores de
do lançamento oblíquo com ângulo de lançamento θ = 0. Todas as partículas, engrenagens de motores, etc.
equações encontradas anteriormente continuam válidas. No entanto, precisaremos antes definir as grandezas físicas
• Componentes da velocidade inicial angulares que serão objetos dos nossos estudos.

0 cos ( 0 )
D O Observação
PRO
=v 0x v= v0
= 0 s en ( 0 )
v 0y v= 0 L
IA F Eangulares
Principais medidas
• Velocidade vertical
v = v 0 + at ⇒ v y = gt R • Grau (º): corresponde a 1360 do ângulo de uma volta completa
da circunferência. Ou seia, 360º é uma volta completa na

S
TE

circunferência.
• Tempo de descida

SO
• Radiano (rad): é a medida do ângulo central que determina
Dessa vez, não faz sentido em falar em tempo de subida,
MA

na circunferência um arco cujo compriimento é igual


pois a trajetória do corpo é só para baixo. Portanto teremos
ao seu raio. Ou seja, é a razão entre o comprimento da
apenas o tempo de descida a partir de uma altura h.

R
circunferência e o seu raio. Uma volta completa na
gt 2 2h circunferência corresponde a 2πrad.
h= ⇒ t=
2 g
• Espaço angular ou Fase (θ) é o ângulo marcado no sentido do
• Alcance horizontal movimento ao longo da circunferência
2h
=d v 0 cos ( θ ) ⋅ t =
⇒ D v0 • Deslocamento angular (∆θ) mede a variação do espaço
R
g
MA

angular percorrido por um corpo


SO

Exercício Resolvido Observação


02. (ACAFE SC 2015) O puma é um animal que alcança velocidade
T

Pela definição do ângulo em radianos, temos que o espaço angular


S

R
de até 18 m/s e pode caçar desde roedores e coelhos até animais é o espaço linear dividido pelo raio da circunferênca.
E

IA
maiores como alces e veados. Considere um desses animais que
F ∆s

L DO PRO
deseja saltar sobre sua presa, neste caso um pequeno coelho, ∆θ =
R
conforme a figura.

O puma chega ao ponto A com velocidade horizontal de 5 m/s e


se lança para chegar à presa que permanece imóvel no ponto B.
Desconsiderando a resistência do ar e adotando g = 10 m/s2, a
alternativa correta é:
a) O puma não vai cair sobre a presa, pois vai tocar o solo a
20 cm antes da posição do coelho.
b) O puma cairá exatamente sobre o coelho, alcançando sua
presa.
c) O puma vai chegar ao solo, no nível do coelho, após 0,5 s do
início de seu salto. Representação do espaço e deslocamento angular
d) O puma vai cair 30 cm a frente do coelho, dando possibilidade
de a presa escapar.

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PM_BOOK08_FIS.indb 19 03/11/2021 10:59:01


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

• Velocidade angular ou frequência angular (ω) é a razão entre FUNÇÕES HORÁRIAS DO MCU
o deslocamento angular e o intervalo de tempo necessário
para esse percurso. Sua unidade no SI vale [ ω] =rad s ACELERAÇÃO
∆θ Observe que a trajetória do corpo é curva, portanto ele está
ω=
∆t sujeito a uma aceleração centrípeta (acp), responsável pela mudança
apena da direção do movimento. Assim, o módulos das velocidades
• Velocidade linear (v) é a razão entre o espaço percorrido e o linear e angular permanecem constantes. Ela pode ser calculada pela
intervalo de tempo, ou seja, a mesma definição do movimento expressão:
retilíneo. A velocidade linear é sempre tangente à trajetória e v²
perpendicular ao raio naquele ponto e possui módulo dado por: acp =ω²R =
R
∆s
v=
∆t
VELOCIDADE ANGULAR
Usando a definição da velocidade angular para o intervalo de
Observação tempo de uma volta, em que ∆θ = 2π e ∆t = T, temos:
Relação entre velocidade linear e angular: ∆θ 2π
ω= = = 2πf
∆s = R ⋅ ∆θ ⇒ v = ω ⋅ R ∆t T

• Período (T) é o tempo que o corpo leva para executar uma POSIÇÃO ANGULAR
volta completa ao redor da circunferência. Sua unidade SI é Usando mais uma vez a definição de velocidade angular, temos
[T] = s.
Frequência (ƒ) é o número de voltas (N) efetuado L
D O P R O ω = ∆θ = θ − θ 0
⇒ θ = θ0 + ωt

em um deternimado intervalo de tempo. Sua
I Aunidade SI é
pelo corpo
F E ∆t t − t 0

[=
f ] 1= −1
s s= rps
= Hz (Hertz) R
Exercício Resolvido

S
TE

N
f=
∆t

SO
04. (UNESP) As pás de um gerador eólico de pequeno porte
MA

realizam 300 rotações por minuto. A transformação da


Observação energia cinética das pás em energia elétrica pelo gerador tem

R
rendimento de 60%, o que resulta na obtenção de 1.500 W de
1 potência elétrica.
Relação entre período e frequência. Observe que f =
T

Exercício Resolvido
R
MA

SO

03. (UERJ) Uma pequena pedra amarrada a uma das extremidades


de um fio inextensível de 1 m de comprimento, preso a um galho
de árvore pela outra extremidade, oscila sob ação do vento entre
T

dois pontos equidistantes e próximos à vertical. Durante 10 s,


S

R
observou-se que a pedra foi de um extremo ao outro, retornando
E

IA
ao ponto de partida, 20 vezes. Calcule a frequência de oscilação
F
L DO PRO
desse pêndulo.

Resolução:
O período é dado por:
∆t 10
=
T = = 0,5s Considerando π = 3, calcule o módulo da velocidade angular, em
n 20 rad/s, e da velocidade escalar, em m/s, de um ponto P situado
1 1 na extremidade de uma das pás, a 1,2 m do centro de rotação.
f= = ⇒ f = 2Hz
T 0,5 Determine a quantidade de energia cinética, em joules, transferida
do vento para as pás do gerador em um minuto. Apresente os
cálculos.

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME Resolução:


(MCU) Dados:
Um corpo está em MCU quando percorre arcos de comprimentos = = 5Hz;
f 300rpm = π 3;
= R 1,2m;= =
PU 1.500 W; η 60%
= 0,6.
iguais em intervalos de tempos iguais. Ou varre ângulos iguais em
intervalos de tempos iguais. Assim, o módulo da velocidade linear e a Velocidade (escalar) angular:
velocidade angular são constantes e não nulos.
ω = 2π f = 2 × 3 × 5 ⇒ ω = 30rad s.

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MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

POSIÇÃO ANGULAR
Velocidade (escalar) linear: v =ωR =30 × 1,2 ⇒ v =36m s. Analogamente ao MRUV, a posição angular será dada pela
seguinte expressão:
Energia cinética transmitida: αt 2
θ = θ0 + ωo t +
Ecin= PT ∆t 2
 PU 1.500
 P PU Ecin = ∆t = × 60 ⇒ Ecin = 1,5 × 105 J.
=η U ⇒ =
PT
PT
η
η 0,6 Exercício Resolvido

05. (UNESP) Um “motorzinho” de dentista gira com frequência
de 2000 Hz até a broca de raio 2,0 mm encostar no dente do
paciente, quando, após 1,5 s, passa a ter frequência de 500 Hz.
Determine o módulo da aceleração escalar média neste intervalo
de tempo.
MOVIMENTO CIRCULAR
UNIFORMEMENTE VARIADO (MCUV) Resolução:
Nesse movimento, o corpo terá a sua velocidade angular ω = ωo + α.t ⇒ 2πf = 2πfo + α.t
variando uniformemente com o tempo. Assim, deve haver uma 2π ⋅ 500 = 2π ⋅ 2000 + α ⋅ 1,5
aceleração capaz de alterar o módulo da velocidade, chamada
aceleração tangencial. α = − 2000 rad/s²
π
2000
FUNÇÕES HORÁRIAS DO MCUV
D O Como
P R
a = α ⋅R = − T
π
⋅ 20 ⋅ 10−3 = 4 π m/s²

A L O
ACELERAÇÃO CENTRÍPETA (a ) cp
I FE
o tempo:
R
Ainda há aceleração centrípeta, porém seu módulo é variável com
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO

S
TE

v (t)2 Polias ou engrenagens podem ser acopladas a fim de transmitirem


acp ( t ) =
ω2 ( t ) R =

SO
seu movimento para outros aparelhos. Existem duas maneiras de
R
MA

realizar essa transmissão:

R
ACELERAÇÃO TANGENCIAL (at) TRANSMISSÃO DA FREQUÊNCIA
A aceleração tangencial é paralela à velocidade linear e reponsável Esse acoplamento é feito através de um eixo que liga as polias
por variar o seu módulo: pelos seus centros, como a fgura abaixo. Quando o eixo gira, ambas
∆v as polias giram com a mesma frequência, assim:
at =
∆t R
MA

SO

ACELERAÇÃO TOTAL (a)


Ao todo, a partícula está submetida a duas acelerações
perpendiculares entre si. A sua aceleração resultante será a soma
T

vetorial dessas duas acelerações:


R
E

=a acp2 + at 2
IA F
ACELERAÇÃO ANGULAR (α)
L DO PRO
Da mesma forma que a velocidade liner varia, a velocidade angular
também muda com uma aceleração angular constante dada por:
∆ω
α=
∆t

Observação
Relação entre aceleração tangencial e angular:
÷∆t
• As velocidades angulares, frequências e períodos serão os
v= ωR ⇒ ∆v= ∆ωR  → at= αR mesmos
ω1 =ω2 , f1 = f2 e T1 = T2
• No entanto, a polia maior terá maior velocidade linear, pois
VELOCIDADE ANGULAR v = ωR. Podemos relacionar as velocidades das duas polias
através da equação:
Pela definição de aceleração angular, temos:
v1 = ω1R1 v R1
∆ω ω − ω0 ⇒ 1 =
α= = ⇒ ω = ω0 + αt v 2 = ω2R2 v 2 R2
∆t t − t0

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MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

TRANSMISSÃO DA VELOCIDADE LINEAR


Nesse caso, as polias estarão conectadas por um fio inextensível
ou uma corrente ou simplesmente acopladas pelo contato direto.
Dessa vez, o movimento transmitido é a velocidade linear, portanto a
velocidade linear de ambas as polias deve ser a mesma.

Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade


escalar constante, mantendo um ritmo estável de pedaladas, capaz
de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s,
para uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da
catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base no exposto, conclui-
se que a velocidade escalar do ciclista é:

L D O a)P 2Rm/sO
I A b) 4 m/s
c) 8 m/s
FE
R d) 12 m/s

S
TE

e) 16 m/s

SO
MA

Resolução: C
Dados: ωcor = 4 rad/s; Rcor = 4 R; Rcat = R; Rroda = 0,5 m.

R
A velocidade tangencial (v) da catraca é igual à da coroa:
• A velocidade linear de A é igual à de B: v cat =v cor ⇒ ωcat Rcat =ωcor Rcor ⇒ ωcat R =4 ( 4 R ) ⇒ ωcat =16 rad / s.
v A = vB
v cat =v cor ⇒ ωcat Rcat =ωcor Rcor ⇒ ωcat R =4 ( 4 R ) ⇒ ωcat =16 rad / s.
• A polia com maior raio terá menor frequência e maior
período. Podemos encontrar uma relação através da equação: A velocidade angular (ω) da roda é igual à da catraca:
R
vroda vroda
ω roda =ωcat ⇒ = ωcat ⇒ =16 ⇒ v roda = 8 m/s ⇒
MA

v A = vB ⇒ ωARA = ωBRB ⇒ 2πfARA = 2πfBRB


Rroda 0,5
SO

fARA = fBRB =
v v= 8 m / s.
bic roda
RA RB
=
T

TA TB
S

R
E

Observação
IA F EXERCÍCIOS DE
O
L D O P R FIXAÇÃO
Esse acoplamento era usado nos toca-discos antigos e nos relógios
de engrenagens. Ainda é usado nas hidrelelétricas para girar
as espiras, produtoras de energia elétrica, mais intensamente.
Também aparece na transmissão de movimento dos pistões e rodas
de carros e motos, na corrente da bicicleta que liga a coroa ao 01. (PUC MG 2001) Duas esferas A e B, pequenas, de massas iguais
peão, além de diversas outras aplicações. e raios iguais, são lançadas de uma mesa horizontal, com velocidades
horizontais de 4,0 m/s para A e 6,0 m/s para B, em direção a um piso
horizontal. Desprezando-se a resistência do ar, é CORRETO afirmar que:
Exercício Resolvido a) a esfera A tocará o piso antes de B.
b) esfera B tocará o piso antes de A, porque ficará mais tempo no ar.
06. (UFPB) Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das
pedaladas se faz através de uma corrente, acoplando um disco c) as esferas tocarão o piso no mesmo instante.
dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), d) a esfera A tocará o piso depois de B, porque ficará mais tempo no ar.
sem que haja deslizamento entre a corrente e os discos. A catraca,
por sua vez, é acoplada à roda traseira de modo que as velocidades 02. (ENEM 2014) Na Antiguidade, algumas pessoas acreditavam que,
angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir no lançamento oblíquo de um objeto, a resultante das forças que
figura representativa de uma bicicleta). atuavam sobre ele tinha o mesmo sentido da velocidade em todos os
instantes do movimento. Isso não está de acordo com as interpretações
científicas atualmente utilizadas para explicar esse fenômeno.
Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e o sentido do vetor
força resultante que atua sobre o objeto no ponto mais alto da trajetória?

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PM_BOOK08_FIS.indb 22 03/11/2021 10:59:04


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a velocidade vertical nesse a)


ponto.
b) Vertical para baixo, pois somente o peso está presente durante o
movimento.
c) Horizontal no sentido do movimento, pois devido à inércia o
objeto mantém seu movimento.
d) Inclinado na direção do lançamento, pois a força inicial que atua
sobre o objeto é constante. b)
e) Inclinado para baixo e no sentido do movimento, pois aponta para
o ponto onde o objeto cairá.

03. (UNCISAL 2016) Num experimento, são utilizadas duas bolas


de bilhar idênticas, um lançador de bolas horizontal e um ambiente
com ar muito rarefeito, de maneira que os corpos em movimento
apresentam resistência do ar desprezível. Por meio de sensores e c)
fotografia estroboscópica, o experimento consiste em acompanhar o
tempo de queda das duas bolas e caracterizar o tipo de movimento
que elas descrevem durante a queda. As duas são colocadas numa
mesma altura inicial (h), ficando a bola (B) sobre uma plataforma. A
bola (A) é abandonada no mesmo  instante que a bola (B) é lançada
horizontalmente com velocidade v .

L D O d) P R O
I A FE
R

S
TE

SO
MA

05. (PUC RS 2001) Um projétil é disparado horizontalmente do alto

R
Assumindo que a aceleração da gravidade é constante, é correto de um prédio de 80 m de altura, com velocidade inicial de 50 m/s,
afirmar que conforme a figura abaixo.

a) a bola (A) tem o tempo de queda menor que o tempo de queda


da bola (B).
b) a bola (A) tem o tempo de queda maior que o tempo de queda R
da bola (B).
MA

c) os tempos de queda das duas bolas são iguais e a bola (B) descreve
SO

um movimento uniforme.
d) as duas componentes da velocidade da bola (B) são descritas por
um movimento uniforme variado.
T

R
e) os tempos de queda das duas bolas são iguais e a bola (A) descreve
E

um movimento uniforme variado.


IA F
L DO PRO
Considerando-se g = 10 m/s², e desprezando-se o atrito com
04. (UERJ 2009) Um avião sobrevoa, com velocidade constante, uma o ar, o objeto atinge o solo num ponto distante do prédio em
área devastada, no sentido sul-norte, em relação a um determinado aproximadamente:
observador. A figura a seguir ilustra como o observador, em repouso,
a) 100 m c) 300 m e) 500 m
no solo, vê o avião.
b) 200 m d) 400 m

06. (UERJ 2011) Um trem em alta velocidade desloca-se ao longo de


um trecho retilíneo a uma velocidade constante de 108 km/h. Um
passageiro em repouso arremessa horizontalmente ao piso do vagão,
Quatro pequenas caixas idênticas de remédios são largadas de um de uma altura de 1 m, na mesma direção e sentido do deslocamento
compartimento da base do avião, uma a uma, a pequenos intervalos do trem, uma bola de borracha que atinge esse piso a uma distância
regulares. Nessas circunstâncias, os efeitos do ar praticamente não de 5 m do ponto de arremesso.
interferem no movimento das caixas. O intervalo de tempo, em segundos, que a bola leva para atingir o
O observador tira uma fotografia, logo após o início da queda da piso é cerca de:
quarta caixa e antes de a primeira atingir o solo. a) 0,05 c) 0,45
A ilustração mais adequada dessa fotografia é apresentada em: b) 0,20 d) 1,00

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MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

07. (MACKENZIE SP 2015) Um zagueiro chuta uma bola na direção 10. (FEI SP 2004) Um programador de jogos para vídeo game foi
do atacante de seu time, descrevendo uma trajetória parabólica. incumbido de projetar um jogo de golfe com opção de ser jogado
Desprezando-se a resistência do ar, um torcedor afirmou que em vários planetas; ao pensar nas variáveis do jogo, algumas dúvidas
I. a aceleração da bola é constante no decorrer de todo movimento. vieram à sua cabeça.
II. a velocidade da bola na direção horizontal é constante no decorrer Sabendo-se que em um planeta a aceleração da gravidade local é
de todo movimento. g = 50 m/s² e que a bola recebeu uma tacada com velocidade inicial
de 100 m/s formando um ângulo de 30º em relação à horizontal, qual
III. a velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é nula. a altura máxima atingida pela bola?
Assinale a) 5 m c) 15 m e) 25 m
a) se somente a afirmação I estiver correta. b) 10 m d) 20 m
b) se somente as afirmações I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmações II e III estiverem corretas.
EXERCÍCIOS DE
d) se as afirmações I, II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmações I e II estiverem corretas.
TREINAMENTO
08. (PUC RS 1999) Uma esfera de aço é lançada obliquamente com
pequena velocidade, formando um ângulo de 45 graus com o eixo
horizontal. Durante sua trajetória, desprezando-se o atrito com o ar, 01. (PUC RJ 2013) Um projétil é lançado com uma velocidade escalar
pode-se afirmar que inicial de 20 m/s com uma inclinação de 30º com a horizontal, estando
inicialmente a uma altura de 5,0 m em relação ao solo.
a) a velocidade é zero no ponto de altura máxima.

D O emPmetros,
A altura máxima que o projétil atinge, em relação ao solo, medida
b) a componente vertical da velocidade mantém-se constante em
L R é:
Considere aO
todos os pontos.
c) I Aem todos os a) 5,0 aceleração
a componente horizontal da velocidade é variável F E da gravidaded)g =2010 m/s²
pontos.
R
d) o vetor velocidade é o mesmo nos pontos de lançamento e de b) 10 e) 25

S
TE

chegada. c) 15

SO
e) a componente vertical da velocidade é nula no ponto de máxima
MA

altura. 02. (PUC SP 2012) Dois amigos, Berstáquio e Protásio, distam de


25,5 m. Berstáquio lança obliquamente uma bola para Protásio que,

R
09. (PUC SP 2003) Sempre que for necessário, utilize a aceleração da partindo do repouso, desloca-se ao encontro da bola para segurá-la.
gravidade local como g = 10 m/s². No instante do lançamento, a direção da bola lançada por Berstáquio
formava um ângulo θ com a horizontal, o que permitiu que ela
alcançasse, em relação ao ponto de lançamento, a altura máxima de
11,25 m e uma velocidade de 8 m/s nessa posição. Desprezando o
atrito da bola com o ar e adotando g = 10 m/s², podemos afirmar
R
que a aceleração de Protásio, suposta constante, para que ele consiga
MA

pegar a bola no mesmo nível do lançamento deve ser de


SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

1
a) m/s²
2
Suponha que Cebolinha, para vencer a distância que o separa da 1
outra margem e livrar-se da ira da Mônica, tenha conseguido que sua b) m/s²
3
velocidade de lançamento, de valor 10 m/s, fizesse com a horizontal
um ângulo α, cujo sen α = 0,6 e cos α = 0,8. Desprezando-se a 1
c) m/s²
resistência do ar, o intervalo de tempo decorrido entre o instante em 4
que Cebolinha salta e o instante em que atinge o alcance máximo do 1
outro lado é: d) m/s²
5
a) 2,0 s c) 1,6 s e) 0,8 s 1
e) m/s²
b) 1,8 s d) 1,2 s 10

24 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 24 03/11/2021 10:59:05


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

03. (PUCCAMP SP 2010) Do alto de uma montanha em Marte, na altura EXERCÍCIOS DE

COMBATE
de 740 m em relação ao solo horizontal, é atirada horizontalmente
uma pequena esfera de aço com velocidade de 30 m/s. Na superfície
deste planeta a aceleração gravitacional é de 3,7 m/s².
A partir da vertical do ponto de lançamento, a esfera toca o solo numa
distância de, em metros, 01. (MACKENZIE SP 2003) Um motor elétrico tem seu eixo girando
a) 100 c) 300 e) 600 em MCU, com uma frequência de 2400 r.p.m.. Prendendo-se uma
b) 200 d) 450 polia de 20,00 cm de diâmetro a esse eixo, de forma que seus centros
coincidam, o conjunto se movimenta praticamente com a mesma
frequência. Nesse caso, podemos afirmar que :
04. (PUCCAMP SP 2009) Uma bola de futebol é chutada de um
ponto no solo, a 40 m das traves de um gol, com velocidade inicial a) o módulo da velocidade tangencial de todos os pontos do

v 0 formando ângulo de 37º com a horizontal. Despreze a resistência eixo é igual ao módulo da velocidade tangencial de todos os
do ar e adote g = 10 m/s², sen 37º = 0,60 e cos 37º = 0,80. Se a bola pontos da polia.

acerta a trave superior a 3,0 m do solo, então a velocidade v 0 tem b) a velocidade angular de todos os pontos do eixo é maior que a
módulo, em m/s, velocidade angular de todos os pontos da polia.
a) 12 c) 22 e) 32 c) a velocidade angular de todos os pontos do eixo é igual à
b) 17 d) 27 velocidade angular de todos os pontos da polia.
d) o módulo da velocidade tangencial de todos os pontos do eixo
05. (PUC RJ 2010) Um super atleta de salto em distância realiza o seu é maior que o módulo da velocidade tangencial de todos os
salto procurando atingir o maior alcance possível. Se ele se lança ao ar pontos da polia.
com uma velocidade cujo módulo é 10 m/s, e fazendo um ângulo de
D O e) Poeixomódulo
R
da aceleração centrípeta de todos os pontos do
L
45º em relação a horizontal, é correto afirmar que o alcance atingido
A O
é igual ao módulo da aceleração centrípeta de todos os
pelo atleta no salto é de:
(Considere: g = 10 m/s2) I FE
pontos da polia.

a) 2 m. c) 6 m. R
e) 10 m. 02. (MACKENZIE SP 2015)

S
TE

b) 4 m. d) 8 m.

SO
MA

06. (PUC RS 2004) A velocidade angular do movimento de rotação da


Terra é, aproximadamente,

R
a) (π/12) rad/h c) (π/4) rad/h e) 2π rad/h
b) (π/6) rad/h d) π rad/h

07. (PUC PR 2002) Considere as afirmativas:


I. Um corpo realiza um movimento circular e efetua 50 voltas em Duas rodas são acopladas de modo que suas bandas de rodagem
R
25 segundos. Nestas condições, o período e a frequência valem, sejam tangentes, como ilustra a figura acima. O movimento ocorre
MA

2 Hz e 0,5 s. devido ao atrito entre as superfícies em contato. Considerando que


SO

II. Um pêndulo leva 4 s para ir de um extremo a outro de sua não haja escorregamento relativo entre as rodas, o raio da roda
oscilação. Logo, sua frequência é de 0,25 Hz. menor (R2) é a metade do raio da roda maior (R1) e elas realizam um
movimento circular uniforme, podemos afirmar que
III. Um corpo que realiza um movimento circular uniforme tem
T

a) o deslocamento angular da roda maior é a metade da roda menor


R
aceleração resultante nula.
E

e seu sentido de rotação é oposto ao da roda menor.


E

Está correta ou estão corretas:


IA F
b) o deslocamento angular da roda maior é o dobro da roda menor
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) II e III.
e) Todas. O
L D Oc) oPdeslocamento
R angular da roda maior é a metade da roda menor
e seu sentido de rotação é oposto ao da roda menor.

e de mesmo sentido de rotação da roda menor.


08. (MACKENZIE SP 2002) Em um experimento verificamos que certo
d) o deslocamento angular da roda maior é o dobro da roda menor
corpúsculo descreve um movimento circular uniforme de raio 6 m,
e de mesmo sentido de rotação da roda menor.
percorrendo 96 m em 4 s. O período do movimento desse corpúsculo
é aproximadamente: e) o deslocamento angular da roda maior é o mesmo da roda menor
e de mesmo sentido de rotação da roda menor.
a) 0,8 s b) 1,0 s c) 1,2 s d) 1,6 s e) 2,4 s
03. (PUCCAMP SP 2013) As rodas dentadas constituem engrenagens
09. (EEAR 2018) Um ponto material descreve um movimento circular
úteis para a transmissão de movimento. Duas rodas dentadas
uniforme com o módulo da velocidade angular igual a 10 rad/s. Após
perfeitamente ajustadas são denominadas A e B. Enquanto a roda A,
100 s, o número de voltas completas percorridas por esse ponto
de 144 dentes, gira em torno de seu eixo com velocidade angular de
material é
0,21 rad/s, a roda B, de 126 dentes, tem velocidade angular em torno
Adote: π = 3. de seu eixo, em rad/s, de
a) 150 b) 166 c) 300 d) 333 a) 0,18. b) 0,21. c) 0,24. d) 0,28. e) 0,31.

10. (PUC MG 2014) Um carro move-se em trajetória retilínea com 04. (EEAR 2016) Duas polias estão acopladas por uma correia que
velocidade constante. Seus pneus, montados sobre as rodas, têm um não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor é de 20 cm e
diâmetro de 50 cm e giram com uma velocidade angular ω = 40 rad/s. sua frequência de rotação f1 é de 3.600 rpm, qual é a frequência de
Assinale a distância percorrida por esse veículo ao final de um minuto. rotação f2 da polia maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm?
a) 200 m b) 600 m c) 1200 m d) 2400 m a) 9.000 b) 7.200 c) 1.440 d) 720

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PM_BOOK08_FIS.indb 25 03/11/2021 10:59:05


MOVIMENTOS BIDIRECIONAIS

05. (PUC RJ 1997) O trem rápido francês, conhecido como TGV b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequência iguais e a que tiver
(Train à Grande Vitesse), viaja de Paris para o Sul com uma velocidade maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico.
média de cruzeiro v = 216 km/h. A aceleração experimentada pelos c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver
passageiros, por razões de conforto e segurança, está limitada a maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico.
0,05 g. Qual é, então, o menor raio que uma curva pode ter nesta
ferrovia? (g = 10 m/s²) d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em
pontos periféricos e a que tiver menor raio terá maior frequência.
a) 7,2 km c) 72 km e) não existe raio
mínimo e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em
b) 93 km d) 9,3 km pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência.

06. (UNICAMP SP 2014) As máquinas cortadeiras e colheitadeiras 09. (ENEM 1998) Quando se dá uma pedalada na bicicleta ao lado
de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de trabalhadores rurais, (isto é, quando a coroa acionada pelos pedais dá uma volta completa),
o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas qual é a distância aproximada percorrida pela bicicleta, sabendo-se
lavouras de cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na que o comprimento de um círculo de raio R é igual a 2πR, onde π ≈ 3?
figura abaixo gira em movimento circular uniforme a uma frequência
de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da pá vale
(Considere: π = 3) a) 1,2 m
b) 2,4 m
a) 9 m/s. c) 7,2 m
b) 15 m/s. d) 14,4 m
c) 18 m/s. e) 48,0 m
D O 10.P(ENEM
80 cm 10 cm 30 cm
d) 60 m/s.
L R O2016) A invenção e o acoplamento entre engrenagens
I A revolucionaram Fa ciência na época e propiciaram a invenção de várias

R a três cilindros de um relojoeiro usa oEsistema


07. (FGV 2009) Uma grande manivela, quatro engrenagens pequenas
tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro,
de 10 dentes e outra de 24 dentes, tudo associado
de engrenagens mostrado. De acordo com
8cm de diâmetro, constituem este pequeno moedor manual de cana.

S
TE

a figura, um motor é ligado ao eixo e movimenta as engrenagens


fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 RPM, e o

SO
número de dentes das engrenagens está apresentado no quadro.
MA

R
R
MA

SO

Ao produzir caldo de cana, uma pessoa gira a manivela fazendo-a


T

R
completar uma volta a cada meio minuto. Supondo que a vara de
E

cana colocada entre os cilindros seja esmagada sem escorregamento,


IA F
a velocidade escalar com que a máquina puxa a cana para seu interior,
L D OA frequência O
P R de giro do ponteiro, em RPM, é
em cm/s, é, aproximadamente,
Dado: Se necessário use π = 3.
a) 0,20. b) 0,35. c) 0,70. d) 1,25. a) 1.
e) 1,50. b) 2. c) 4. d) 81. e) 162.

08. (ENEM 2013) Para serrar os ossos e carnes congeladas, um


açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um motor. RESOLUÇÃO EM VÍDEO
O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
Por questão de segurança, é necessário que a serra possua menor de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
velocidade linear.
GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. C 03. E 05. B 07. E 09. D
02. B 04. A 06. C 08. E 10. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 03. E 05. E 07. B 09. B
02. B 04. C 06. A 08. D 10. B
Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justificativa
desta opção? EXERCÍCIOS DE COMBATE
a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em 01. C 03. C 05. A 07. B 09. C
pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. 02. A 04. C 06. C 08. A 10. B

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PM_BOOK08_FIS.indb 26 03/11/2021 10:59:06


VETORES

VETORES SOMA
 
Já estudamos anteriormente, que existem duas categorias de Consideremos dois vetores u e v representados com suas
 origens

grandezas físicas: escalares e vetoriais. Nesse capítulo, abordaremos unidas e formando um ângulo α entre si. O vetor s= u + v será
a matemática por trás das grandezas vetoriais. São exemplos dessas representado pela diagonal do paralelogramo formado unindo as
grandezas: velocidade, aceleração, força etc. origens dos vetores com suas extremidades, conforme representado
na figura abaixo:
Sua representação será feita através de um vetor, segmento de
reta orientado definido por três características:

• Módulo: tamanho ou módulo, representado por u ou u


Direção: reta suporte
L DO PRO
Sentido: orientação, evidenciada pelo apontamento da seta.
I A FE
R

S
TE

SO
  
Representação gráfica do vetor soma s= u + v
MA

Outra forma de representarmos o vetor soma é se unirmos os

R
vetores pelas suas extremidades, ou seja, a origem de um com o final
do outro. A soma será dada pela união da origem do primeiro com a
Representação gráfica de um vetor extremidade do segundo.

REPRESENTAÇÃO
Existem várias maneiras de representar um vetor, mas focaremos R
na mais usual para a física: a representação geométrica ou gráfica. Ela
MA

SO

será dada por uma seta orientada com os pontos inicial e final, como
na figura anterior.
 
u = AB
T

R
E

OPERAÇÃO COM VETORES


IA F O módulo do vetor soma pode ser obtido pela Lei dos Cossenos:
Assim como realizamos operações básicas com números com
determinadas regras, também há maneiras de operarmos os vetores.
O
L D O P R ⇒ s = u + v + 2 ⋅ u ⋅ v ⋅ cos (α)
s = u + v − 2 ⋅ u ⋅ v ⋅ cos (180º −α ) ⇒
2 2 2

2 2 2
Veremos quatro operações básicas que usaremos em nosso curso de física.
 
s = u+ v = u2 + v 2 + 2 ⋅ u ⋅ v ⋅ cos ( α )
MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR

Um vetor u pode ser multiplicado por um número real a. O
 
resultado v = a.u é um vetor: REGRA DO POLÍGONO
 
• Módulo: v = a . u Se os vetores fecharem um polígono, então sua soma é nula.

• Direção: mesma de u
 
• Se a > 0, então v terá o mesmo sentido de u
 
• Se a < 0, então v terá sentido contrário ao de u
Exemplo:

    


v1 + v 2 + v 3 + v 4 + v5 =
0

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PM_BOOK08_FIS.indb 27 03/11/2021 10:59:07


VETORES

SUBTRAÇÃO PRODUTO
 
Analogamente à soma, a diferença entre dois vetores u e v é
     
um vetor d= u − v , que pode ser vista como a soma d = u + − v ( ) VETORIAL
e também pode ser representado usando a regra do paralelogramo, Várias grandezas físicas vetoriais são produtos vetoriais de outras
grandezas vetoriais, por exemplo, força magnética (FM):

FM q vxB

Onde q é a carga da partícula, v é o vetor velocidade da partícula

que sofre a força magnética e B é o vetor campo magnético na região
onde a partícula está se movimentando.
I. O produto de dois vetores dará um terceiro vetor, perpendicular
aos outros dois.
Mais para frente, no capítulo de força magnética, vamos aprender
Representação um método mais simples para descobrirmos desse produto vetorial,
 gráfi
 ca do vetor soma
d = u + −v ( ) conhecido como regra da mão direita / esquerda.
II. O produto vetorial é zero quando os dois vetores atuam na
O módulo do vetor diferença também pode ser obtido pela Lei mesma direção, ou seja, são colineares e é máximo quando
dos Cossenos os vetores são ortogonais.
   
s2 = u2 + v 2 − 2 ⋅ u ⋅ v ⋅ cos ( α ) III. O produto u  v  v  u .

DO PRO
 
d = u − v = u2 + v 2 − 2 ⋅ u ⋅ v ⋅ cos ( α ) ˆi ˆj kˆ

A L  

I FE vxu  d e f 
a b c
PROJEÇÃO ORTOGONAL R
Essa é uma das principais características que devemos aprender ce ˆi  afjˆ  bdkˆ  aekˆ  bfiˆ  cdjˆ 

S
TE

sobre os vetores: decompor em suas componentes perpendiculares.  


 ce  bf, af  cd, bd  ae   u  v

SO
Isso será muito útil para realizar operação de soma.
MA

IV. O módulo do produto vetorial pode ser escrito como


   
u × v | | u || v | senα , onde α é o ângulo entre os vetores.

R
|=
Vamos voltar ao exemplo da força magnética:

      
FM  q v  B  5  2  106  1 sen     10N
  2 
R
ESCALAR
MA

SO

Várias grandezas físicas são escalares, oriundas de produto escalar


entre duas grandezas vetoriais. Por exemplo, trabalho (τ):
 
  F  S
T

R  
E

IA F
Onde F é a força aplicada no corpo e S , como já sabemos, é o
vetor deslocamento do corpo.
L DO PRO I. O produto escalar entre dois vetores colineares é o produto de
seus módulos. Sendo assim:
ˆi  ˆi  ˆj  ˆj  kˆ  kˆ  1

Representação das projeções do vetor v
 II. O produto escalar entre dois vetores ortogonais é zero. Sendo
Observe a figura, em que substituímos o vetor v pelas suas com- assim:
 
ponentes ortogonais v x e v y , horizontal e vertical, respectivamente.
ˆi  ˆj  ˆi  kˆ  ˆj  kˆ  0
Podemos calculá-las usando as relações trigonométricas num triângu-
lo retângulo.
Generalizando:
vy
sen ( θ) = ⇒ v y = v ⋅ sen ( θ)  a, b    c, d  ac  bd
v
vx
cos ( θ ) = ⇒ v x = v ⋅ cos ( θ) III. Perceba que o produto escalar é comutativo:
v
A volta também será muito utilizada, ou seja, encontrar o vetor
 c, d   a, b   ca  db   a, b    c, d
resultante a partir das suas projeções ortogonais. Usando o Teorema
Logo:
de Pitágoras, temos:
   
u v  v u
=v 2 v=
x + vy ⇒ v
2 2
v x2 + v y2

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PM_BOOK08_FIS.indb 28 03/11/2021 10:59:14


VETORES

Exercício Resolvido

01.
 Considere quatro vetores não nulos de mesmomódulo, sendo
A vertical, cujo sentido
  é de baixo para cima, B vertical, com
sentido oposto de  A, C horizontal, com sentido contrário ao da
escrita no Brasil,
 e D um vetor com ângulo de 45° com os sentidos
positivos de A e C.
Tomando como base esse enunciado e conhecimentos sobre
vetores em geral, assinale o que for correto.

01) A força peso tem direção e sentido de B .
02) A aceleração é uma grandeza vetorial.
  
04) B + C =D.
  
08) O módulo do vetor A + B é igual a duas vezes o módulo de A .
  
16) | A |2 + | C |2 =
| D |2 .

Resolução: 01 + 02 = 03.
Do enunciado, temos o esquema: Suponha que você é um participante dessa equipe. As perguntas
do professor foram as seguintes:
I. É possível fazer a trajetória completa sempre seguindo as

L D O II.P Qual
R segmento
direções indicadas?
O identifica o deslocamento resultante desse robô?
I A Responda F E e assinale a alternativa CORRETA.
às perguntas
R a) I – Não; II – AF

S
TE

b) I – Não; II – CB

SO
c) I – Não; II – Nulo
MA

d) I – Sim; II – FC
e) I – Sim; II – AF

R

[01] Verdadeiro. A força peso é vertical para baixo, como B .
[02] Verdadeiro. A aceleração possui intensidade, direção e Resolução: E
sentido. Sendo, portanto, uma grandeza vetorial. [I] Sim. Por exemplo, duas possibilidades de caminho começando
[04] Falso. Vide figura abaixo: por A e terminando em F: AFDEFCBAF ou AFCBACDEF.
[II] O deslocamento é dado pelo vetor AF.
R
MA

SO

Exercício Resolvido

03. As grandezas coplanares, velocidade e aceleração, relativas a


T

dois movimentos (I e II) estão representadas nas figuras abaixo.


R
E

IA F
L DO PRO
  
[08] Falso. A + B =0
[16] Falso. Como os vetores têm o mesmo módulo, podemos
 2 2  2  2  2  2  2  2
escrever que: A + C = D ⇒ A + A = A ⇒ 2 A = A
O que só seria possível se os vetores fossem nulos. A respeito desses movimentos, assinale o que for correto.
01) O movimento I é acelerado e o II é retardado.
Exercício Resolvido 02) A aceleração figurada nos movimentos é a aceleração
centrípeta.
02. Um robô no formato de pequeno veículo autônomo foi 04) Não é possível afirmar, com base nas figuras, se os movimentos
montado durante as aulas de robótica, em uma escola. O objetivo são acelerados ou retardados, pois não foram fornecidos
do robô é conseguir completar a trajetória de um hexágono regular dados suficientes para isso.
ABCDEF, saindo do vértice A e atingindo o vértice F, passando por
todos os vértices sem usar a marcha ré. Para que a equipe de 08) Os movimentos são curvilíneos e uniformes, pois a aceleração
estudantes seja aprovada, eles devem responder duas perguntas figurada não altera o valor das velocidades.
do seu professor de física, e o robô deve utilizar as direções de 16) Se as acelerações figuradas tivessem a mesma direção das
movimento mostradas na figura a seguir: velocidades, o movimento seria retilíneo.

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PM_BOOK08_FIS.indb 29 03/11/2021 10:59:16


VETORES

Resolução: 01 + 16 = 17. Exercício Resolvido


[01] Verdadeiro. Projetando
  o vetor aceleração sobre o vetor 05. O estudo da física em duas e três dimensões requer o uso de
velocidade, no caso I, a e v têm o mesmo sentido e no caso II, uma ferramenta matemática conveniente e poderosa conhecida
sentidos contrários. Logo, têm-se respectivamente movimentos como vetor. Sobre os vetores, assinale o que for correto.
acelerado e retardado.
01) A direção de um vetor é dada pelo ângulo que ele forma com
[02] Falso. A aceleração centrípeta é apenas a componente da um eixo de referência qualquer dado.
aceleração na direção que passa pelo centro do círculo da trajetória,
02) O comprimento do segmento de reta orientado que representa
sendo perpendicular à velocidade tangencial.
o vetor é proporcional ao seu módulo.
[04] Falso. De acordo com o primeiro item, podemos perceber que
04) Dois vetores são iguais somente se seus módulos
tal determinação é sim possível.
correspondentes forem iguais.
[08] Falso. De acordo com o primeiro item, os movimentos não
08) O módulo do vetor depende de sua direção e nunca é negativo.
são uniformes.
  16) Suporte de um vetor é a reta sobre a qual ele atua.
[16] Verdadeiro. Caso a e v estivessem alinhadas, a força
resultante sobre o objeto também estaria alinhada com a
velocidade, não desviando portanto a sua trajetória. Resolução: 01 + 02 + 04 + 16 = 23.
Justificando, quando se julgar necessário:
[01] Correta. O comprimento do segmento de reta orientado que
representa o vetor é proporcional ao seu módulo. A constante de
Exercício Resolvido
proporcionalidade é dada pela escala adotada.

D O [04]
04. Um relógio de sol simplificado consiste em uma haste vertical [02] Correta.

L PR
necessáriaO
exposta ao sol. Considere que ela seja fixada ao solo em algum Correta. Para que dois vetores sejam iguais é condição
A
local na linha do equador e que seja um período do ano em que
I F devem
que seus módulos sejam iguais, embora não seja
ao meio dia o sol fique posicionado exatamente sobre a haste. O
R
suficiente. Eles
tamanho da sombra da haste pode ser relacionado à hora do dia.
sentido.
E ter também mesma direção e mesmo
É correto afirmar que o comprimento da sombra às 9h (C9h) e às
[08] Incorreta. O módulo de um vetor não depende de sua direção,

S
TE

15h (C15h) é tal que a razão C15h/C9h é igual a


mas sim, da intensidade da grandeza física que ele representa.

SO
5
a) . [16] Correta. A direção de um vetor é a da reta que dá sua linha
MA

3 de ação.

R
3
b) .
5
1
c) . EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
2
d) 1 R
MA

Resolução: D
SO

Como a posição entre as 9 horas (C9h) e as 15 horas (C15h) são 01. (EEAR 2020) Um vetor de intensidade igual a F pode ser
extremos opostos, independentemente do tamanho da haste, elas decomposto num sistema cartesiano de tal maneira que a componente
serão do mesmo tamanho. Fx, que corresponde a projeção no eixo das abscissas, tem valor igual
T

a √3/2 Fy, sendo Fy a componente no eixo das ordenadas. Portanto, o


R
E

cosseno do ângulo α formado entre o vetor F e a componente Fx vale


IA ________ . F
L D Ob) 2√7/7 O
PR
a) √7/2 c) √21/7
d) √7

02. (EEAR 2020) Um ponto material está sujeito simultaneamente a


ação de duas forças perpendiculares de intensidades F1 e F2, conforme
mostrado na figura a seguir. O ângulo θ tem valor igual a 30° e a força
F1 tem intensidade igual a 7 N. Portanto, a força resultante FR tem
intensidade, em N, igual a _____.


 FR
F1

C15h
Assim, =1 θ
C9h 
F2

a) 7 c) 14
b) 10 d) 49

30 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 30 03/11/2021 10:59:17


VETORES

03. (EEAR 2020) O conceito de grandezas vetoriais e escalares y


é fundamental no estudo da Física para garantir uma correta
compreensão dos fenômenos e a precisa determinação das F1 = 10 N
intensidades destas grandezas. Dentre as alternativas a seguir, assinale F3 = 10 N
aquela que contém, do ponto de vista da Física, apenas grandezas
escalares.
a) Massa, peso e tempo.
60º
b) Potência mecânica, comprimento e força. x
c) Intensidade da corrente elétrica, temperatura e velocidade. F4 = 5 N
d) Intensidade da corrente elétrica, potência mecânica e tempo.

04. (EEAR 2019) Dois vetores V1 e V2 formam entre si um ângulo θ e


possuem módulos iguais a 5 unidades e 12 unidades, respectivamente.
Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades, podemos
afirmar corretamente que o ângulo θ entre os vetores V1 e V2 vale: F2 = ?

a) 0º
b) 45º
(Dados: sen 60º = 0,86; cos 60º = 0,5).
c) 90º
a) zero b) 5 c) 10 d) 18,6
d) 180º

L D O 09.
P(EEARigual2015)
móduloR
05. (EEAR 2018) A adição de dois vetores de mesma direção e mesmo
O
Um avião de brinquedo voa com uma velocidade de
a 16 km/h, numa região com ventos de velocidade de

IA módulo 5 km/h.FAs direções da velocidade do avião e da velocidade


sentido resulta num vetor cujo módulo vale 8. Quando estes vetores
são colocados perpendicularmente, entre si, o módulo do vetor
R E si um ângulo de 60º, conforme figura abaixo.
do vento formam entre
resultante vale 4 2. Portanto, os valores dos módulos destes vetores
Determine o módulo da velocidade resultante, em km/h, do avião
são nesta região.

S
TE

a) 1 e 7.

SO
b) 2 e 6.
MA

c) 3 e 5.

R
d) 4 e 4.

06. Uma partícula está sob ação das forças coplanares conforme o
esquema abaixo. A resultante delas é uma força, de intensidade, em
N, igual a:
F1 = 20 N a) 19 b) 81 c) 144 d) √201
F2 = 60 N R
MA

10. Um cabo puxa uma caixa com uma força de 30 N.


SO

F3 = 30 N Perpendicularmente a essa força, outro cabo exerce sobre a caixa uma


força igual a 40 N. Determine a intensidade da força resultante sobre
o bloco.
T

a) 110
R a) 50 N c) 70 N e) 20 N
E

b) 70
IA b) 10√2 N
F d) 10 N

L DO PRO
c) 60
d) 50
EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
e) 30

07. (EEAR 2017) Sobre uma mesa sem atrito, um objeto sofre a ação
de duas forças F1 = 9 N e F2 = 15 N, que estão dispostas de modo a
formar entre si um ângulo de 120º. A intensidade da força resultante,  
em newtons, será de 01. (EEAR 2014) Dois vetores A e B estão representados a seguir.
Assinale entre as alternativas aquela
 que melhor representa a
a) 3 24 resultante da operação vetorial A - B
b) 3 19
c) 306 
B
d) 24

08. (EEAR 2016) A figura a seguir representa quatro forças F1, F2, F3 
A
e F4 aplicadas sobre uma partícula de massa desprezível. Qual deverá
ser o valor de F2, em newtons, para que a força resultante sobre a
partícula seja nula?

a) b) c) d)

PROMILITARES.COM.BR 31

PM_BOOK08_FIS.indb 31 03/11/2021 10:59:18


VETORES

 
02. (EEAR 2013) Considerando que a figura representa um conjunto 06. (EEAR 2011) Dois vetores A e B possuem módulos, em unidades
 
de vetores sobre um quadriculado, assinale a alternativa que indica o arbitrárias: A = 10 e B = 8 .
módulo do vetor resultante desse conjunto de vetores.    
Se A + B = 2, o ângulo entre A e B vale, em graus:
a) 0 c) 90
b) 45 d) 180

07. (EEAR 2011) Em hidrostática, pressão é uma grandeza física


a) escalar, diretamente proporcional à área.
b) vetorial, diretamente proporcional à área.
c) escalar, inversamente proporcional à área.
d) vetorial, inversamente proporcional à área.
a) 10 c) 6
b) 8 d) 0 08. (EEAR 2009) No conjunto de vetores representados na figura,

sendo   a 2 o módulo de cada vetor, as operações A + B e
  igual
03. (EEAR 2013) Dados dois vetores coplanares de módulos 3 e 4, a A + B + C + D terão, respectivamente, módulos iguais a:
resultante “R” da soma vetorial desses vetores possui certamente
módulo _____________.
a) R = 5 c) 1≤R≤7

DO PRO
b) R = 7 d) R < 1 ou R > 7

A L 
04.
 (EEAR 2012) Sobre uma partícula P são aplicadas duas forças A
I
e B, conforme o desenho. Das alternativas abaixo, assinale a qual FE
representa, corretamente, a direção,
newtons, de uma
 R
o sentido e a intensidade, em
a) 4 e 0
b) 4 e 8
c) 2√2 e 0
d) 2√2 e 4√2
 outra força ( C) que equilibra a partícula P. Considere

S
TE

os vetores A e B subdivididos em segmentos iguais que representam

SO
1 N cada um. 09. (EEAR 2009) Na operação vetorial representada na figura, o
MA

ângulo α, em graus, é:
 
Dados: b = 2 a e θ = 120º

R
R
MA

SO

a) 30 c) 60
b) 45 d) maior que 60
a) c)
T

10. (EEAR 2009) Uma força, de módulo F, foi decomposta em duas


R
E

IA F
componentes perpendiculares entre si. Verificou-se que a razão entre

L D Oa) 30°. O
os módulos dessas componentes vale 3 .O ângulo entre esta força e

PR
sua componente de maior módulo é de:
c) 60°.
b) d) b) 45°. d) 75°.

EXERCÍCIOS DE

COMBATE
05. (EEAR 2011) Em um helicóptero em voo retilíneo e horizontal, um
atirador sentado posiciona seu rifle a sua direita e a 90° em relação 01. (EEAR 2009) Durante a idade média, a introdução do arco gaulês
à trajetória da aeronave. Assinale a alternativa que indica o valor da nas batalhas permitiu que as flechas pudessem ser lançadas mais
tangente do ângulo entre a trajetória do projétil e a do helicóptero. longe, uma vez que o ângulo θ (ver figura) atingia maiores valores
Considere que: do que seus antecessores. Supondo que um arco gaulês possa atingir
um valor θ = 60°, então, a força aplicada pelo arqueiro (FARQUEIRO)
I. não atuam sobre o projétil a gravidade e a resistência do ar.
exatamente no meio da corda, para mantê-la equilibrada antes do
II. o módulo da velocidade do projétil é de 2.000 km/h. lançamento da flecha é igual a ____.
III. o módulo da velocidade do helicóptero é 200 km/h. Obs.: T é a tração a que está submetida a corda do arco gaulês.
a) 10. c) 0,1. a) T c) 3 T
2
b) 20. d) 0,2. b) ½ T d) 3T

32 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 32 03/11/2021 10:59:19


VETORES

02. (EEAR 2009) Durante a batalha que culminou no afundamento do 08. (EEAR 2002) No esquema abaixo, os módulos dos vetores valem
  
encouraçado alemão Bismarck, os ingleses utilizaram aviões biplanos =
a 3,= b 7 e= c 8. O valor do vetor resultante, de acordo com o
armados com torpedos para serem lançados próximos ao encouraçado. esquema citado, é
A velocidade horizontal do torpedo, desprezando qualquer resistência 
por parte da água e do ar, em relação a um observador inercial, logo  b
após atingir a superfície do mar é dada: a
a) pela soma da velocidade do avião com a velocidade produzida
pelo motor do torpedo. 
b) pela soma das velocidades do motor do torpedo e do navio c
Bismarck.
a) 8
c) somente pela velocidade do avião.
b) 7
d) somente pelo motor do torpedo.
c) 3
03. (EEAR 2007) Considere dois vetores A e B, formando entre si d) zero
um ângulo θ, que pode variar da seguinte maneira o 0≤ θ ≤ 180°.
À medida que o ângulo θ aumenta, a partir de 0° (zero graus), a 09. (EEAR 2001) Qual alternativa só contém grandezas vetoriais?
intensidade do vetor resultante a) comprimento, massa e força.
a) aumenta. b) tempo, deslocamento e altura.
b) diminui. c) força, deslocamento e velocidade.
c) aumenta e depois diminui. d) massa, velocidade e deslocamento.
d) diminui e depois aumenta.
L D O 10.P(EEAR
R 2001)
O Sabendo-se que o valor numérico máximo da soma
I
04. (EEAR 2007) Considere um sistema em equilíbrioA que está de dois vetores Fé 20E e o mínimo é 4, os módulos dos vetores que
R
submetido a duas forças de intensidades iguais a 10 N cada uma,
formando entre si um ângulo de 120°. Sem alterarmos as condições
conduzem a estes resultados
a) 9 e 11.
são

S
TE

de equilíbrio do sistema, podemos substituir essas duas forças por


b) 8 e 12.

SO
uma única de intensidade, em N, igual a
c) 20 e 4.
MA

a) 10 3 .
d) 16 e 4.

R
b) 10 2.
c) 10.
d) 5.
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
05. (EEAR 2006) Dados os vetores A e B, o vetor S = A – 2B pode ser
representado pela seguinte expressão: Considere i = j = 1 R
MA

GABARITO
SO

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
T

01. C 04. C 07. B 10. A


S

R 02. C 05. D 08. D


E

IA FD
06.
03. D 09. A

L D OEXERCÍCIOS O
R DE TREINAMENTO
01. BP 04. C 07. C 10. A
a) 12i + 7j
02. A 05. A 08. C
b) 10i - 4j
03. C 06. D 09. A
c) 20i - 3j
EXERCÍCIOS DE COMBATE
d) –16i + 9j
01. A 04. C 07. C 10. B
06. (EEAR 2005) Quanto à adição vetorial de dois vetores A e B, pode- 02. A 05. D 08. D
se afirmar que sempre 03. B 06. C 09. C
 
a) A + B = A + B
  ANOTAÇÕES
b) A + B ≠ A + B
   
c) A + B = B + A
   
d) A + B ≠ B + A

07. (EEAR 2002) Dois vetores de módulos 3 e 4 são somados. Se a


soma vetorial destes dois vetores é 37, então eles formam entre si
um ângulo, em graus, de
a) 0 c) 60
b) 30 d) 90

PROMILITARES.COM.BR 33

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VETORES

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

34 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 34 03/11/2021 10:59:20


CINEMÁTICA VETORIAL

CONCEITOS BÁSICOS DE PRINCÍPIO DE GALILEU OU


CINEMÁTICA VETORIAL PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA
Toda a cinemática é vetorial. No entanto, só estudamos DOS MOVIMENTOS
movimentos unidimensionais, em que essa abordagem vetorial não
Se um corpo realiza um movimento composto, cada uma
é tão relevante. Agora iremos descrever trajetórias bidimensionais
dessas componentes atua como se as demais não existissem. Assim,
num plano XY. Dessa forma, iremos redefinir as nossas grandezas
poderemos estudar cada componente de um movimento como se um
cinemáticas na forma vetorial.
 conjunto de movimentos unidimensionais.
( )
a) Deslocamento vetorial ∆s mede a diferença de duas posições Exemplo: Um barco tentando atravessar um rio com correnteza
vetoriais da partícula.

L D O comPvelocidade
R O perpendicular às margens.
( )
IA FE
b) Velocidade vetorial média vm é a medida da rapidez com a
qual um móvel percorre uma trajetória. Define-se como a razão

 ∆s
 R
entre o deslocamento vetorial e o intervalo de tempo

S
TE

vm =
∆t

SO
MA

c) Velocidade instantânea é a orientação da trajetória de uma


partícula, sendo sempre tangente a ela.

R

( )
d) Aceleração vetorial média am é a medida da rapidez com a
qual um móvel varia a sua velocidade vetorial. Define-se como a
razão entre a velocidade vetorial e o intervalo de tempo

 ∆ v
am =
∆t R
MA

O motor do barco faz com que ele se mova para cima e a correnteza
SO

Exercício Resolvido para o lado. Observe que esses dois movimentos são independentes
um do outro. O movimento total, contudo, será inclinada, dada pela
01. Uma partrcula de certa massa movimenta-se sobre um plano a soma vetorial de cada componente que faz o barco se movimentar.
horizontal, realizando meia volta em uma circunferência de raio
T

5,00 m. Considerando π = 3,14, a distancia percorrida e o módulo


R VELOCIDADE RELATIVA
E

do vetor deslocamento sao, respecUvamente, iguais a:


IA F
Da mesma maneira que na cinemática escalar, podemos

L DO PRO
a) 15,70 m e 10,00 m
mudar o referencial que está observando o movimento usando o
b) 31,40 m e 10,00 m movimento relativo.
c) 15,70 m e 15, 70 m  
Sejam dois carros se movendo com velocidades v A e vB medidas
d) 10,00 m e 15,70 m por uma pessoa parada na estrada. O carro B, por exemplo, sempre se vê
em repouso e mede a velocidade do carro A através da seguinte equação:
Resolução: A   
= v A − vB
v AB
A distancia percorrida (d) corresponde ao comprimento de meia
volta. d = πR = 3,14 × 5 ⇒ 1 d = 15,70m. Não usaremos, em geral, esse caso genérico. Há três situações
 mais simples que podemos analisar:
O módulo do vetor deslocamento (| r |) corresponde ao
comprimento da seta ligando os pontos inicial e final, ou seja, o • 1° caso: Um barco descendo o rio com motor ligado
próprio diêmetro.
 
| r | = D = 2R = 2 x 5 ⇒ | r | = 10,00m.

v=
barco vmotor + v correnteza

PROMILITARES.COM.BR 35

PM_BOOK08_FIS.indb 35 03/11/2021 10:59:21


CINEMÁTICA VETORIAL

• 2° caso: Um barco subindo o rio com motor ligado


Resolução: A
∆s 5000
O tempo de travessia será de ∆t= = = 250 s
v 20
∆s 1500
A correnteza deslocou o barco rio abaixo: v=
rio = = 6,0 m/s
∆t 250
v=
barco vmotor + v correnteza

• 3° caso: Um barco se movendo perpendilarmente à margem TIPOS DE ACELERAÇÃO



DO PRO
Aceleração tangencial at : é aquela que provoca alterações no

A L módulo do vetor velocidade, como ocorre no MRUV e na queda livre.

I FE
Ela sempre é paralela à trajetória.

Aceleração centrípeta acp : provoca alteração na direção do vetor
=
vbarco v 2
motor +v 2
correnteza
R velocidade. Sempre que ela existir, o móvel executará uma trajetória
curva como circular ou parabólica. A aceleração centrípeta sempre é

S
TE

perpendicular ao vetor velocidade, aponta para o centro da trajetória

SO
Exercício Resolvido e pode ser calculado pela equação:
MA

02. Um saveiro, com o motor a toda potência sobe um rio a v2


acp =

R
16 km/h e desce a 30 km/h, velocidades essas, medidas em relação R
às margens do rio. Sabe-se que tanto subindo como descendo, o Em que,
saveiro tinha velocidade relativa de mesmo módulo, e as águas
do rio tinham velocidade constante V. Nesse caso, V, em km/h é v é a velocidade do corpo
igual a: R é o raio da trajetória
a) 7,0

R
b) 10 Aceleração resultante ar : será dada pela soma vetorial das
MA

c) 14 acelerações centrípeta e tangencial. Seu módulo será dado por:


SO

d) 20 =a acp2 + at 2
e) 28
T

R
E

Exercício Resolvido
E

Resolução: A
IA F
L DO PRO
Usando a composição de velocidades, temos: 04. Em determinado instante, o vetor velocidade e o vetor
vmotor=
+ vrio 30 e vmotor=
− vrio 16 aceleração de uma partícula são os representados na figura abaixo.

Resolvendo o sistema, temos:


= =
vmotor 23 km/h e vrio 7 km/h

Exercício Resolvido

03. Um barco atravessa o Rio Negro de 5.000 m de largura,


Qual dos pares oferecidos representa, no instante considerado,
movendo-se perpendicularmente à margem, com uma velocidade
os valores da aceleração escalar α e do raio de curvatura R da
de aproximadamente 20 m/s. A correnteza arrasta o barco de
trajetória?
1.500 m rio abaixo. Qual a velocidade média da correnteza?
a) α = 4,0 m/s2 e R = 0.
a) 6,0 m/s
b) α = 4,0 m/s2 e R = ∞.
b) 60 m/s
c) α = 2,0 m/s2 e R = 29 m.
c) 20 m/s
d) α = 2,0 m/s2 e R = 2,9 m.
d) 8 m/s
e) α = 3,4 m/s2 e R = 29 m.
e) 7,5 m/s

36 PROMILITARES.COM.BR

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CINEMÁTICA VETORIAL

03. Uma pista é constituída por três trechos: dois retilíneos AB e CD e


Resolução: C um circular BC, conforme esquema abaixo.
A aceleração tangencial é paralela à velocidade, ou seja, será a
D
projeção da aceleração na direção da velocidade:
1
aT = a ⋅ cos (60°) = 4 ⋅ = 2,0 m/s2
2
A aceleração centrípeta é sempre perpendicular à velocidade
acp = 4 ⋅ sen (60°) = 2 3 m/s2 C
2 2
v 10
acp = ⇒R= ≅ 29 m
R 2 3
A B

Se um automóvel percorre toda a pista com velocidade escalar


constante, o módulo da sua aceleração será
EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
a) nulo em todos os trechos.
b) constante, não nulo, em todos os trechos.
c) constante, não nulo, nos trechos AB e CD.
d) constante, não nulo, apenas nos trecho BC.
01. (PUC MG 2006) Você e um amigo resolvem ir ao último andar
D O e) Pvariável
de um edifício. Vocês partem juntos do primeiro andar. Entretanto,
R
apenas no trecho BC.

A L
você vai pelas escadas e seu amigo, pelo elevador. Depois de se O SP) Um corpo é atirado verticalmente para cima a
I
04. (MACKENZIE
encontrarem na porta do elevador, descem juntos pelo elevador até o F Evelocidade inicial de módulo 50 m/s. O módulo
partir do solo com
primeiro andar. É CORRETO afirmar que:
a) o seu deslocamento foi maior que o de seu amigo.
R de sua velocidade vetorial média entre o instante de lançamento e o
instante em que retorna ao solo é:

S
TE

b) o deslocamento foi igual para você e seu amigo. a) 50 m/s;

SO
c) o deslocamento de seu amigo foi maior que o seu. b) 25 m/s;
MA

d) a distância que seu amigo percorreu foi maior que a sua. c) 5,0 m/s;

R
d) 2,5 m/s;
02. Em um bairro da grande Florianópolis foi realizada uma prova
de mini maratona. Os organizadores pensaram em fazer uma prova e) zero.
semelhante a ao Ironman, porém, com dimensões reduzidas. O
percurso da prova está mostrado no mapa e as medidas são: 800 m 05. (MACKENZIE SP) Para se dirigir do ponto A ao ponto B da estrada
do percurso da natação, 4000 m do percurso do ciclismo e 1500 m do abaixo, o veículo teve que passar pelo ponto C e gastou 15,0 minutos.
percurso da corrida. A prova começou com 01 volta no percurso da Com relação ao plano da estrada, o módulo do vetor velocidade
R
média entre A e B foi:
MA

natação, em seguida 05 voltas no percurso do ciclismo e, finalmente,


SO

03 voltas no percurso da corrida. (L = largada e C = chegada). 30,0 km


A B
T

S
18

R
,0
E

km
E

IA F
L DO PRO C

a) zero;
b) 72 km/h;
c) 120 km/h;
d) 144 km/h;
e) 168 km/h.
Assim, a alternativa correta é:
a) Todos os atletas que participaram da prova tiveram a mesma 06. (PUC RJ 2010) Um pássaro voa em linha reta do ponto A, no solo,
velocidade escalar média. ao ponto B, em uma montanha, que dista 400 m do ponto A ao longo
da horizontal. O ponto B se encontra também a uma altura de 300 m
b) Na prova de corrida cada atleta realizou um deslocamento de
em relação ao solo. Dado que a velocidade do pássaro é de 20 m/s, o
4500 metros.
intervalo de tempo que ele leva para percorrer a distância de A a B é
c) Se um atleta realizou a natação em 10 minutos, sua velocidade de (Considere: g = 10 m/s²):
média foi de, aproximadamente, 1,3 m/s.
a) 20 s d) 40 s
d) Na prova de ciclismo, o primeiro colocado realizou um espaço
b) 25 s e) 10 s
percorrido de 20000 metros e um deslocamento de 0 (zero)
metros. c) 35 s

PROMILITARES.COM.BR 37

PM_BOOK08_FIS.indb 37 03/11/2021 10:59:22


CINEMÁTICA VETORIAL

07. (MACKENZIE SP 2016) Uma partícula percorre a trajetória circular 09. Um motorista dirige em uma estrada plana com velocidade
 
de centro C e raio R. Os vetores velocidade ( v ) e aceleração ( a ) da constante. Uma pessoa que está parada no acostamento da estrada
partícula no instante em que ela passa pelo ponto P da trajetória, joga uma moeda verticalmente para cima quando o carro passa por
estão representados na figura acima. O vetor velocidade e o vetor ela. Desprezando o atrito com o ar, marque a opção que indica como
 m o motorista vê a trajetória da moeda.
aceleração formam um ângulo de 90º. Se v = 10,0 e R = 2,00 m, o

módulo da aceleração ( a ) será igual a s

a) c)

b) d)

a) 4,00
m
d) 40,0
m
L DO PRO
s2
m
s2
m I A FE
b) 5,00
s2
e) 50,0
s2 R 10. Uma caminhonete move-se, com aceleração constante, ao longo
de uma estrada plana e reta, como representado nesta figura:

S
TE

m
c) 20,0

SO
s2
MA

08. Um revolver está preso a periferia de um disco, com seu cano

R
apontando radialmente para fora. O disco, que está em um plano
horizontal, gira em alta rotação em torno de um eixo vertical que
passa por seu centro. A figura ao lado mostra uma visão de cima do
disco. No instante mostrado na figura ao lado, o revolver dispara uma A seta indica o sentido da velocidade e o da aceleração dessa
bala. Considere um observador em repouso em relação ao solo que caminhonete.
vê a trajetória da bala de um ponto acima do disco. A alternativa que R
mostra CORRETAMENTE a trajetória observada e: Ao passar pelo ponto P, indicado na figura, um passageiro, na
MA

carroceria do veículo, lança uma bola para cima, verticalmente em


SO

relação a ele.
Despreze a resistência do ar.
Considere que, nas alternativas abaixo, a caminhonete está
T

R representada em dois instantes consecutivos.


E

IA F
Assinale a alternativa em que está mais bem representada a trajetória

L D Oa) P R O
da bola vista por uma pessoa, parada, no acostamento da estrada.

a) c)

d) b)

b)

38 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 38 03/11/2021 10:59:23


CINEMÁTICA VETORIAL

02. Seja um rio sem curvas e de escoamento sereno sem turbulências,


c) de largura constante igual a L.
Considere o escoamento representado por vetores velocidades
paralelas às margens e que cresce uniformemente com a distância
da margem, atingindo o valor máximo vmax no meio do rio. A partir
daí a velocidade de escoamento diminui uniformemente atingindo o
valor nulo nas margens. Isso acontece porque o atrito de escoamento
é mais intenso próximo às margens. Um pescador, na tentativa de
atravessar esse rio, parte da margem inferior no ponto O com um
barco direcionado perpendicularmente às margens e com velocidade
constante em relação à água, e igual a u. As linhas pontilhadas, nas
figuras, representam possíveis trajetórias descritas pelo barco ao
d)
atravessar o rio saindo do ponto O e chegando ao ponto P na margem
superior. Com fundamentos nos conceitos da cinemática, assinale a
alternativa correta.

EXERCÍCIOS DE
L DO PRO
TREINAMENTO
I A FE
R

S
TE

SO
01. (EEAR 2017)
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO
O avião identificado na figura voa horizontalmente da esquerda para
a direita. Um indivíduo no solo observa um ponto vermelho na ponta
da hélice. Qual figura melhor representa a trajetória de tal ponto em
relação ao observador externo?
a) A figura A representa corretamente a trajetória do barco; e o
a) tempo t para atravessar o rio é igual a t = L/(vmáx + u).
b) A figura B representa corretamente a trajetória do barco; e o
tempo t para atravessar o rio é igual a t = L/u.
c) A figura C representa corretamente a trajetória do barco; e o
b) tempo t para atravessar o rio é igual a t = L/u.
d) A figura B representa corretamente a trajetória do barco; e o
tempo t para atravessar o rio é igual a t = L/(u + vmáx).
c) e) A figura D representa corretamente a trajetória do barco; e o
tempo t para atravessar o rio é igual a t = L/u.

03. Boleadeira é o nome de um aparato composto por três esferas


unidas por três cordas inextensíveis e de mesmo comprimento,
d)
presas entre si por uma das pontas. O comprimento de cada corda
é 0,5 m e o conjunto é colocado em movimento circular uniforme,
na horizontal, com velocidade angular ω de 6 rad/s, em disposição
simétrica, conforme figura.

PROMILITARES.COM.BR 39

PM_BOOK08_FIS.indb 39 03/11/2021 10:59:23


CINEMÁTICA VETORIAL

07. (PUC GO 2015) Considere o fragmento a seguir:


“Esta ilha está fora de todas as rotas”.
A determinação de uma rota pode ser feita através de uma soma de
vetores. Na figura a seguir, temos, destacado em um mapa de parte da
cidade de Goiânia, um trecho da rota da linha de ônibus 015 (Terminal
Praça A/Flamboyant - Via Terminal Isidória), compreendido entre o
ponto da Avenida T-63, de frente para a Rua 1.034, no Setor Pedro
Ludovico, e a Praça Santos, no Jardim América, com um comprimento
total de 4,2 km. Também se destaca um segmento reto, traçado entre
os extremos desse trecho da rota, com comprimento total de 3,2 km.
Desprezando-se a resistência imposta pelo ar e considerando que Supondo-se que houvesse um túnel ligando diretamente esses dois
 pontos, formando um trajeto hipotético, teríamos:
o conjunto seja lançado com velocidade v (do ponto de junção das
cordas em relação ao solo) de módulo 4 m/s, pode-se afirmar que o
módulo da velocidade resultante da esfera A no momento indicado na
figura, também em relação ao solo, é, em m/s,
a) 3. b) 4. c) 5. d) 6. e) 7.

04. (PUC RJ 2008) Um veleiro deixa o porto navegando 70 km em


direção leste.
Em seguida, para atingir seu destino, navega mais 100 km na direção

DO PRO
nordeste. Desprezando a curvatura da terra e admitindo que todos os
deslocamentos são coplanares, determine o deslocamento total do

A L
FE
veleiro em relação ao porto de origem.
(Considere: 2 = 1,40 e 5 = 2,20) I
a) 106 km b) 34 km c) 157 km R
d) 284 km e) 217 km

S
TE

05. (PUC SP 2012) Uma senhora sai de casa para fazer uma caminhada

SO
num circuito retangular cujos lados possuem 300 m e 400 m. Ela inicia
MA

a caminhada por uma das entradas do circuito que corresponde ao


vértice do circuito. Após completar 10,5 voltas, podemos dizer que

R
a distância percorrida e o módulo do deslocamento vetorial foram,
respectivamente, de

a) 14700 m e 700 m
b) 7350 m e 700 m
c) 700 m e 14700 m
R
MA

d) 700 m e 7350 m
SO

e) 14700 m e 500 m

06. (PUC GO 2014) “— Não, realmente não. A personalidade, no


T

R
meu conceito, compara-se ao jequitibá que acolhe, de igual modo, a
E

IA
brisa e o vendaval, o sol e a chuva: conformista é o caniço, dobrando-
F
L DO PRO
se ao temporal e todo colunar quando há canícula ...”
Um vendaval pode derrubar um jequitibá e pode também
influenciar no movimento de um avião. Considere um avião cuja
velocidade em relação ao vento tem um valor constante de 250 km/h
e que o valor da velocidade do vento em relação ao solo seja de
50 km/h. O avião percorre uma trajetória de 600 km, em linha reta,
numa viagem entre duas cidades. Em relação a essa viagem, analise
as afirmativas abaixo:
I. Se a velocidade do avião em relação ao vento estiver na mesma I. Se um ônibus dessa linha percorrer o trecho do trajeto real em
direção e sentido da velocidade do vento em relação ao solo, o 16 minutos, então o módulo da velocidade escalar média será
tempo gasto para a viagem será de 2 horas e 24 minutos. igual a 15,75 km/h e o módulo da velocidade vetorial média será
II. Se a velocidade do avião em relação ao vento estiver na mesma igual a 12 km/h.
direção, mas com sentido contrário da velocidade do vento em II. Se o ônibus se deslocar a uma velocidade escalar média de
relação ao solo, o tempo gasto para a viagem será de 3 horas. 15,75 km/h no túnel, o tempo total desse percurso será algo entre
III. Se a velocidade do avião em relação ao solo for perpendicular à 12 min 06 s e 12 min 16 s.
velocidade do vento em relação ao solo, o tempo gasto para a III. Se o ônibus partir do ponto da Rua 1.034, seguindo até a Praça
viagem será 6 horas. Santos, pelo seu trajeto real, e retornar ao ponto de partida pelo
IV. Para que a velocidade do avião em relação ao solo permaneça túnel hipotético, o módulo da velocidade vetorial média será igual
constante a força do vento sobre o avião deveria ser nula. a zero.

Em relação às afirmativas analisadas, assinale a única cujos itens estão IV. Se o ônibus partir do ponto da Rua 1.034, seguindo até a Praça
todos corretos. Santos pelo seu trajeto real, e retornar a esse ponto pelo túnel
hipotético com velocidade escalar média de 15,75 km/h, o tempo
a) I, II b) I, IV c) II, III d) III, IV total do percurso será algo entre 38 min 10 s e 38 min 13 s.

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CINEMÁTICA VETORIAL

Com base nas sentenças anteriores, marque a alternativa em que 02. (MACKENZIE SP) Um motorista, dirigindo a 100 3 km/h, sob uma
todos os itens estão corretos: tempestade, observe que a chuva deixa nas janelas laterais marcas
a) I, II e III. c) I, III e IV. inclinadas de 60º com a vertical. Ao parar o carro ele nota que a chuva
cai verticalmente. Calcule a intensidade da velocidade da chuva com
b) I, II e IV. d) II, III e IV.
relação ao carro.
a) 50 km/h c) 150 km/h e) 300 km/h
08. (FGV 2013) Um avião decola de um aeroporto e voa 100 km
durante 18 min no sentido leste; a seguir, seu piloto aponta para o b) 100 km/h d) 200 km/h
norte e voa mais 400 km durante 1 h; por fim, aponta para o oeste e
voa os últimos 50 km, sempre em linha reta, em 12 min, até pousar 03. (ENEM 2013) Conta-se que um curioso incidente aconteceu
no aeroporto de destino. O módulo de sua velocidade vetorial média durante a Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma altitude de
nesse percurso todo terá sido, em km∕h, de aproximadamente dois mil metros, um piloto francês viu o que acreditava ser uma mosca
a) 200. c) 270. e) 400. parada perto de sua face. Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso
ao verificar que se tratava de um projétil alemão.
b) 230. d) 300.
PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970.

09. (MACKENZIE SP 2006) A figura em escala mostra os vetores O piloto consegue apanhar o projétil, pois
deslocamento de uma formiga, que, saindo do ponto A, chegou ao
a) ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo ar e
ponto B, após 3 minutos e 20 s. O módulo do vetor velocidade média
parou justamente na frente do piloto.
do movimento da formiga, nesse trajeto, foi de:
b) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade
visivelmente superior.

D O PemRqueOo avião francês passou.


c) ele foi disparado para cima com velocidade constante, no instante

L
IA FE
d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade de
mesmo valor.
R e) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade
de mesmo valor.

S
TE

SO
04. O submarino navegava com velocidade constante, nivelado a
MA

150 m de profundidade, quando seu capitão decide levar lentamente


a embarcação à tona, sem, contudo, abandonar o movimento à frente.

R
Comunica a intenção ao timoneiro, que procede ao esvaziamento dos
tanques de lastro, controlando-os de tal modo que a velocidade de
a) 0,15 cm/s d) 0,30 cm/s subida da nave fosse constante.
b) 0,20 cm/s e) 0,40 cm/s
c) 0,25 cm/s
R
MA

10. (MACKENZIE SP 2012) Um avião, após deslocar-se 120 km a


SO

nordeste (NE), desloca-se 160 km a sudeste (SE). Sendo um quarto


de hora, o tempo total dessa viagem, o módulo da velocidade vetorial Se a velocidade horizontal antes da manobra era de 18,0 km/h e
média do avião, nesse tempo, foi de foi mantida, supondo que a subida tenha se dado com velocidade
T

a) 320 km/h constante de 0,9 km/h, o deslocamento horizontal que a nave realizou,
R
E

do momento em que o timoneiro iniciou a operação até o instante em


E

b) 480 km/h
IA F
que a nau chegou à superfície foi, em m, de

L D Ob) 3P000.R O
c) 540 km/h
a) 4 800. c) 2 500. e) 1 200.
d) 640 km/h
d) 1 600.
e) 800 km/h
05. O tempo é um rio que corre. O tempo não é um relógio. Ele é muito
mais do que isso. O tempo passa, quer se tenha um relógio ou não.
EXERCÍCIOS DE Uma pessoa quer atravessar um rio num local onde a distância

COMBATE entre as margens é de 50 m. Para isso, ela orienta o seu barco


perpendicularmente às margens.
Considere que a velocidade do barco em relação às águas seja de
2,0 m/s e que a correnteza tenha uma velocidade de 4,0 m/s.
01. (MACKENZIE SP 2001) Uma lancha, subindo um rio, percorre, em Sobre a travessia desse barco, assinale a afirmação CORRETA:
relação às margens, 2,34 km em 1 hora e 18 minutos. Ao descer o
a) Se a correnteza não existisse, o barco levaria 25 s para
rio, percorre a mesma distância em 26 minutos. Observa-se que, tanto
atravessar o rio. Com a correnteza, o barco levaria mais do que
na subida como na descida, o módulo da velocidade da lancha em
25 s na travessia.
relação à água é o mesmo. O módulo da velocidade da correnteza,
em relação às margens é: b) Como a velocidade do barco é perpendicular às margens, a
correnteza não afeta o tempo de travessia.
a) 5,4 km/h
c) O tempo de travessia, em nenhuma situação, seria afetado
b) 4,5 km/h
pela correnteza.
c) 3,6 km/h
d) Com a correnteza, o tempo de travessia do barco seria menor
d) 2,7 km/h que 25 s, pois a correnteza aumenta vetorialmente a velocidade
e) 1,8 km/h do barco.

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CINEMÁTICA VETORIAL

06. Com frequência se lida com quantidades físicas que têm tanto 09. (EN 2017) Dois navios da Marinha de Guerra, as Fragatas
propriedades numéricas quanto direcionais. Quantidades dessa Independência e Rademaker, encontram-se próximos a um farol. A
natureza são chamadas vetoriais. Fragata Independência segue em direção ao norte com velocidade
Um barco que cruza as correntezas de um rio com velocidade de 15 2 nós e a Fragata Rademaker, em direção ao nordeste com
4,0 m/s em relação à água, chega à outra margem a 60,0 m do ponto velocidade de 20 nós. Considere que ambas as velocidades foram
diretamente perpendicular ao rio, no sentido da correnteza. medidas em relação ao farol. Se na região há uma corrente marítima
de 2,0 nós no sentido norte-sul, qual o módulo da velocidade relativa
Considerando-se que o rio tem uma largura de 100,0 m, conclui-se
da Fragata Independência, em nós, em relação à Fragata Rademaker?
que a velocidade da correnteza do rio, em m/s, é igual a
a) 10,0
a) 2,4
b) 12,3
b) 2,5
c) 13,7
c) 2,6
d) 15,8
d) 2,7
e) 16,7
e) 2,8
10. (AFA 2000) Uma esteira rolante com velocidade Ve, transporta uma
07. (CBMMG) Considere que um garoto desce um rio em uma pequena
pessoa de A para B em 15 s. Essa mesma distância é percorrida em
jangada cujas águas possuem velocidade constante de 10 km/h em
30 s se a esteira estiver parada e a velocidade da pessoaforconstante
todos os pontos e que esse garoto precisa ser resgatado. A equipe de
e igual a Vp. Se a pessoa caminhar de A para B, com a velocidade Vp,
salvamento do Corpo de Bombeiros Militar fará o resgate em um barco
sobre a esteiraemmovimento, cuja velocidade é Ve, o tempo gasto no
cuja velocidade própria é de 50 km/h. Analise a imagem a seguir.
percurso, em segundos, será

D O a)b) P105 R
A L O
I c) 15 FE
R d) 30

S
TE

SO
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
MA

Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução


de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

R
Enquanto não chega à jangada, e para resgatar o garoto sem variar
a direção da proa do barco, o vetor velocidade desse barco deverá
apontar para o sentido GABARITO
a) I, e o tempo gasto para atingir a jangada será o mesmo com ou
sem correnteza. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. B 04. E
R 07. E 10. B
b) I, e o tempo gasto para atingir a jangada será menor sem
MA

correnteza. 02. D 05. C 08. A


SO

c) II, e o tempo gasto para atingir a jangada será o mesmo com ou 03. D 06. B 09. B
sem correnteza. EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
T

d) II, e o tempo gasto para atingir a jangada será menor sem 01. B 04. C 07. A 10. E
correnteza.
R
E

I A
02. B
F
05. E 08. C

largura igual a 800 m, numa trajetória perpendicular à suaLmargem,


08. (ESPCEX 2011) Um bote de assalto deve atravessar um rio de 03. E
O 06. C 09. C

num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com velocidade 01. E


P R DE COMBATE
D OEXERCÍCIOS 04. B 07. A 10. B
constante. Considerando o bote como uma partícula, desprezando
02. D 05. B 08. D
a resistência do ar e sendo constante e igual a 6 m/s a velocidade da
correnteza do rio em relação à sua margem, o módulo da velocidade 03. E 06. A 09. D
do bote em relação à água do rio deverá ser de:
ANOTAÇÕES

a) 4 m/s
b) 6 m/s
c) 8 m/s
d) 10 m/s
e) 14 m/s

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Nosso mundo é cercado de movimento, desde a queda de uma maçã “Todo objeto permanece em seu estado de repouso ou
ao movimento das galáxias no cosmos. O fascínio por esses movimentos de movimento retilíneo uniforme a menos que uma força
motivou muitos pensadores a formular hipóteses para justificar a sua resultante não nula aja sobre ele”.
origem. Vamos destacar três deles com suas principais ideias: Exemplo:
• Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) afirmava que todo Se puxarmos hábil e rapidamente uma toalha de mesa por baixo
movimento era decorrente da natureza de um objeto de dos pratos, eles ficam quase parados enquanto a toalha é tirada.
acordo com a combinação dos quatro elementos, terra, água,
ar e fogo, de que ele fosse feito. Cada corpo buscava o seu
lugar natural, por isso uma pedra, do elemento terra, cai em

DO PRO
direção ao solo. O fogo de uma vela era repelido pela terra

L
e por isso fica virado para cima. Para ele, qualquer objeto

A
que não estivesse em seu lugar apropriado se esforçará para
alcançá-lo. I FE
• R
Galileu (1564 – 1642) desacreditou as ideias de Aristóteles
com a ideia da inércia, uma propriedade dos corpos em

S
TE

resistirem a mudanças de movimento. Galileu conseguiu

SO
idealizar movimentos sem atrito e revelar que nenhuma força
Exemplo:
MA

era necessária para mantê-lo móvel.


Quando você está em um carro (ou ônibus, trem, qualquer meio
• Newton (1642 – 1727) desenvolveu as suas famosas leis do

R
de transporte) se deslocando ao longo de uma estrada e ele freia
movimento, além de várias outras contribuições na óptica,
subitamente, seu corpo parece ser jogado para frente. Na verdade,
gravitação, termologia, matemática e esoterismo. As suas três
ele apenas manteve seu antigo estado de movimento: mover-
leis apareceram primeiro em um dos livros de ciências mais
se para frente. Analogamente se o carro estiver parado e acelera
importantes de todos os tempos, o Principia.
repentinamente. Seu corpo parece ser jogado contra o banco, no
entanto ele apenas mantinha o estado inicial de repouso.
LEIS DE NEWTON R
MA

SO

LEI DA INÉRCIA OU 1ª LEI


Galileu colocou dois planos inclinados um de frente para o outro e
observou que uma bola liberada do topo de um plano inclinado rolava
T

R
para baixo e então subia o outro plano até quase alcançar sua altura
E

IA
inicial. Caso eliminasse o atrito, ela subiria até exatamente a mesma
F
PRICÍPIO FUNDAMENAL DA DINÂMICA OU 2ª LEI
L DO PRO
altura. Reduzindo o ângulo de inclinação do plano de subida, a bola
ainda subiria até a mesma altura, porém indo mais longe. Se o ângulo Para haver mudanças no estado de movimento de um corpo, deve
fosse reduzido a zero, qual seria a sua posição final? haver uma força resultante atuando sobre ele. Uma força pode ser
descrita simplificadamente como um empurrão ou um puxão. Diversas
podem ser as interações: força gravitacional, elétrica, magnética ou
nuclear.


()
A lei pode ser expressa como: “A aceleração a de um objeto

é diretamente proporcional à força resultante F atuando sobre
ele; tem o mesmo sentido que essa força e é inversamente
proporcional à massa m do objeto”. De forma resumida, pode ser
A resposta parece óbvia: a bola continuaria seu movimento
expressa como:
indefinidamente, pois nunca alcançaria sua altura inicial. Essa é a  
inércia para Galileu, o estabelecimento de um estado do movimento F= m ⋅ a
sem nenhuma perturbação ao longo da trajetória. Newton refinou a
ideia e postulou a seguinte lei:

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Observação Para calcularmos o seu valor, devemos multiplicar a massa (m) pela

• Se uma força for aplicada no mesmo sentido do movimento de


()
aceleração da gravidade g :
 
um objeto, fará a velocidade aumentar P= m ⋅ g
• Se for aplicada no sentido contrário, fará a velocidade diminuir.
• Atuando perpendicularmente à direção do movimento,
desviará o objeto. NORMAL
• A unidade SI de força é o newton (N) Chama-se normal a força de apoio de um corpo sobre uma
superfície. Ela sempre é perpendicular à superfície

AÇÃO E REAÇÃO OU 3ª LEI


A última lei estabelece que: “Sempre que um objeto exerce
uma força sobre outro objeto, este exerce uma força de mesmo
valor e oposta sobre o primeiro”. Essas duas forças são chamadas
de ação e reação.

Não faz diferença qual das forças chamamos de ação ou de


D O Observação
P R subimos
A L
reação. O fato importante é que elas são partes conjugadas de uma Quando O normal
em uma balança, ela não marca a força peso,
única interação e sempre atuam em corpos diferentes.

I( ) F
mas sim a força
E
de contato entre nosso corpo e o aparelho.
• Ação: O corpo A faz uma força no corpo B FAB
R
ATENÇÃO: A NORMAL NÃO É REAÇÃO DO PESO!

( )

S
TE

• Reação: O corpo B faz uma força no corpo A FBA

SO
ATRITO
MA

Exemplos:
Quando duas superfícies deslizam ou tendem a deslizar uma
• Quando você anda, seus pés empurram o chão para trás

R
sobre a outra atua uma força denominada atrito. Sua causa são as
(ação) e o chão te empurra para frente (reação). irregularidades da superfície, mesmo que microscópicas, em que os
• Analogamente, os pneus de um carro empurram a rua, átomos batem nessas saliências e sofrem resistência ao movimento.
enquanto a rua empurra de volta os pneus. Pode ocorrer de duas formas:
• Ao nadar, você interage com a água e a empurra para trás,
enquanto ela o empurra para a frente. ATENÇÃO: O ATRITO É SEMPRE CONTRÁRIO À TENDÊNCIA
DE MOVIMENTO DO CORPO! R
• O propulsor de uma mochila a jato expele ar para trás,
MA

enquanto o ar empurra a pessoa para frente.


SO

ESTÁTICO
Observação
Quando não houver deslizamento entre as superfícies de contato,
T

Não precisa haver contato direto para que haja o par ação/reação. temos o atrito estático. Ele ocorre, por exemplo, quando tentamos
S

R
A Terra atrai a Lua da mesma forma que a Lua atrai a Terra. empurrar o sofá, mas ele não sai do lugar. Esse atrito não possui valor
E

IA F
fixo, ele varia de zero a um valor máximo, em que o corpo se encontra

L DO PRO
na iminência de entrar em movimento denominado atrito estático
máximo, cuja fórmula é:
TIPOS DE FORÇAS
A força é a entidade física que causará aceleração. Precisamos Fatemáx = µe · N
agora conhecer quem são os principais responsáveis por causar força em que:
nos objetos.
• µe é o coeficiente de atrito estático, que só depende das
superfícies de contato.
PESO
 • N é a força normal de apoio entre o corpo e a superfície.
()
O peso P é a força de atração gravitacional exercida pela Terra.
Essa força sempre aponta para o centro do planeta.
CINÉTICO
Quando houver deslizamento entre as superfícies de contato,
temos o atrito cinético ou dinâmico. Ele ocorre, por exemplo, quando
conseguimos empurrar o sofá e ele se desloca com uma certa
resistência sobre o chão. Esse atrito possui valor fixo cuja fórmula é:

Fatemáx = µc · N
Em que:
µc é o coeficiente de atrito cinético, que só depende das superfícies
de contato.
N é a força normal de apoio entre o corpo e a superfície.

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Exercício Resolvido Ela é proporcional à sua deformação e possui sentido contrário


ao deslocamento, sendo uma força restauradora, que pode ser
01. (FGV 2008) O texto e a figura a seguir refere-se à questão: calculada pela expressão:
Têm sido corriqueiras as notícias relatando acidentes envolvendo
veículos de todos os tipos nas ruas e estradas brasileiras. A maioria Fel = k · x
dos acidentes são causados por falhas humanas, nas quais os Em que:
condutores negligenciam as normas de boa conduta. A situação
k é a constante elástica da mola, cuja unidade é o N/m
seguinte é uma simulação de um evento desse tipo.
x é a deformação, ou seja, a diferença entre comprimento final e
seu comprimento natural.

ProBizu
Existem outras forças como resistência do ar e tração, mas elas só
serão vistas na forma de exercício.

O motorista de um automóvel, de massa M, perdeu o controle do


veículo ao passar pelo ponto A, deslizando, sem atrito, pela ladeira
retilínea AB, de 200 m de extensão; o ponto A está situado 25 m APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON
acima da pista seguinte BC retilínea e horizontal. Ao passar pelo Vamos ilustrar algumas situações recorrentes em que devemos
ponto B, a velocidade do carro era de 108 km/h. O trecho BC, usar as leis de Newton e você deve saber resolver cada um desses
sendo mais rugoso que o anterior, fez com que o atrito reduzisse problemas:

D O PLANO
PRO
a velocidade do carro para 72 km/h, quando, então, ocorreu a

A L
colisão com outro veículo, de massa 4M, que estava parado no
INCLINADO
ponto C, a 100 m de B. A colisão frontal foi totalmente inelástica.
I
Considere a aceleração da gravidade com o valor 10 m/s² e os Uma das F E do plano inclinado é reduzir a força que devemos
funções
veículos como pontos materiais R
A força de atrito no trecho BC permaneceu constante, e o
fazer para elevar um objeto.

S
TE

coeficiente de atrito entre os pneus e o pavimento no trecho BC

SO
era de:
MA

a) 0,20 d) 0,36

R
b) 0,25 e) 0,40
c) 0,28

Resolução: B No primeiro caso, temos de realizar uma força, no míninmo, igual


ao peso do corpo para erguê-lo. Já na trajetória inclinada, faremos
Aceleração no trecho BC:
uma força menor que o peso. R
vC² = vB² + 2aBC · dBC
Vamos fazer a análise das forças que atuam sobre o corpo no
MA

20² = 30² + 2aBC · 100 plano inclinado


SO

aBC = –2,5 m/s²


Como a força de atrito é a resultante nesse trecho, temos que:
T

Fat = µN = M|aBC|
R
E

µ · M · 10 = M · 2,5
E

IA F
L DO PRO
∴µ = 0,25

FORÇA ELÁSTICA
É a força que surge em uma mola quando a deslocamos da sua
posição natural.

Usaremos um sistema de eixos que não é convencional (horizontal


e vertical), o eixo x será paralelo ao plano inclinado enquanto o eixo
y terá a direção perpendicular ao plano. Isso faz, em geral, com que
tenhamos que decompor menos forças. Supondo que não haja atrito,
a resultante em cada eixo será:
• Em y: Fy = N – Py = 0 ⇒ N = P ⋅ cosθ
• Em x: Fx = Px = P ⋅ senθ

ProBizu
Caso haja força de atrito, ela atuará na direção do plano inclinado.

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Exercício Resolvido

02. Um bloco escorrega a partir do repouso por um plano inclinado


que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sabendo que durante
a queda a aceleração do bloco é de 5,0 m/s² e considerando
g = 10 m/s², podemos dizer que o coeficiente de atrito cinético
entre o bloco e o plano é?
a) 0,1
b) 0,2
– Na vertical
c) 0,3
Bloco A: PA = NA (I)
d) 0,4
Bloco B: PB = NB (II)
e) 0,5

Resolução: C – Na horizontal

Pt = P sen45º = mg sen45º; Bloco A: FA = F – FAB = mA·a (III)

N = Pn = P cos45º = mg cos45º Bloco B: FB = FAB = mB·a (IV)

Somando as equações (III) e (IV), podemos encontrar a aceleração


do sistema:

D O PR F (m + m ) ⋅ a ⇒ =
= a
F

L O
A B
m +m
A
A B

I Observe F aEequação é equivalente a uma força horizontal


que
R empurrando um blocão de massa M = m + m A B

S
TE

ProBizu

SO
A mesma ideia pode ser usada caso os objetos estejam ligados por
MA

um fio ideal.

R
Dados: g = 10 m/a²; a = 5 m/s²; θ = 45º.
Exercício Resolvido
Aplicando o princípio fundamental da dinâmica:
03. Dois blocos, 1 e 2, são arranjados de duas maneiras distintas
e empurrados sobre uma superfície sem atrito, por uma mesma
Pt − Fat = ma ⇒ m gsen45° − µ m gcos 45° = m a ⇒ R
força horizontal F. As situações estão representadas nas figuras I
MA

e II abaixo.
2 2
SO

10 − µ10 = 5⇒
2 2

5 2 −5 5 ( 2 − 1) 1,4 − 1
T

=µ = = = 0,29 ⇒
S

R
5 2 5 2 1,4
E

µ ≅ 0,3
IA F
O
L D O Considerando
P R que a massa do bloco 1 é m e que a massa do bloco 1
BLOCOS EM CONTATO 2 é m = 3m , a opção que indica a intensidade da força que atua
2 1

Considere dois blocos em contato, apoiados em uma superfície entre blocos, nas situações I e II, é, respectivamente:
perfeitamente lisa com uma força horizontal aplicada a um deles. a) F/4 e F/4
b) F/4 e 3F/4
c) F/2 e F/2
d) 3F/4 e F/4
e) F e F

Resolução: D
Nos dois casos a aceleração tem mesmo móduo:
F
A análise de forças nesses dois blocos terá além da força F= (m1 + m2 ) a ⇒ F= (m1 + 3m1 ) a ⇒ F= 4m1a ⇒ a=
horizontal, peso, normal e a força de contato entre os blocos, que 4m1
formam um par de ação/reação.

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Calculando as forças de contato: Exercício Resolvido

 F 3F 04. (IFPE 2019) Considere a máquina de Arwood a seguir, onde a


F12 = m2a ⇒ F12 = 3m1 4m ⇒ F12 = 4 polia e o fio são ideias e não há qualquer atrito. Considerando que
 1
 as massas de A e B são, respectivamente, 2M e 3M, e desprezando
F = m a ⇒ F = m F ⇒ F = F
 21 1 21 1 21 a resistência do ar, qual a aceleração do sistema?
4m1 4
(Use: g = 10m/s²)

ROLDANA FIXA
A polia é um instrumento em que uma das funções é alterar a a) 5 m/s²
direção de uma força. Na academia temos várias aplicações onde você
b) 3 m/s²
faz o exercício exercendo força numa direção os pesos do aparelho
se movem na vertical, por exemplo. Nossas polias serão ideais, assim c) 2 m/s²
terão massa e atrito desprezíveis. d) 10 m/s²
e) 20 m/s²

Resolução: C
Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica (2ª Lei de Newton):

L D O PP− PR= (O
m + m ) a ⇒ 3Mg − 2Mg − 5Ma ⇒
B A B A

IA a= =
Mg 10 F
E
⇒ a = 2 m/s²
R 5M 5

S
TE

SO
ATENÇÃO: Uma roldana fixa não altera o valor da força de
ROLDANAS MÓVEIS
MA

tração, apenas muda a sua direção


Na análise de forças teremos os pesos, a normal e as trações no Se usarmos roldanas móveis, podemos diminuir o valor da força

R
fio que liga os blocos. necessária para mover um objeto. Veja a figura abaixo com uma
roldana fixa e uma roldana móvel:

R
MA

SO
T

R
E

IA F
L D O Cada O
– Bloco A: PR roldana móvel reduz a ação da força peso pela metade, de
forma que o esforço necessário para elevar um determinado objeto
PA = NA (I) seja menor. Isso pode ser identificado pelo diagrama de forças da
FA= T= mA ⋅ a (II) figura. A partir desse raciocínio, concluímos que a força executada
para erguer um determinado objeto por meio de um sistema de polias
dependerá do número (N) de roldanas móveis, como demonstrado na
– Bloco B: seguinte equação:
FB = PB − T = mB ⋅ a (III) P
F=
2N
Somando as equações (II) e (III), podemos encontrar a aceleração
do sistema: F: força mínima necessária para que um determinado objeto seja
erguido;
PB
P=
B (mA + mB ) ⋅ a ⇒ =
a P: peso do objeto;
mA + mB
N: número de roldanas móveis que compõem o sistema.

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PM_BOOK08_FIS.indb 47 03/11/2021 10:59:27


PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

Exercício Resolvido EXERCÍCIOS DE

05. (ESPCEX 2018) um bloco a de massa 100 kg sobe, em


movimento retilíneo uniforme, um plano inclinado que forma um
FIXAÇÃO
ângulo de 37° com a superfície horizontal. O bloco é puxado por
um sistema de roldanas móveis e cordas, todas ideais, e coplanares.
01. (EEAR 2020) No sistema apresentado na figura, têm-se dois
O sistema mantém as cordas paralelas ao plano inclinado enquanto
corpos, A e B, ligados por um fio ideal, sendo que a massa do corpo
é aplicada a força de intensidade F na extremidade livre da corda,
A vale 20 kg. Quando o sistema é abandonado a partir do repouso,
conforme o desenho abaixo.
a base do corpo A leva exatamente 5 s para tocar o solo. Determine,
respectivamente, o valor, em kg, da massa do corpo B e o valor, em N,
da força de tração no fio f, após o sistema ser abandonado.

L D O Considere
P R oOfio e a polia ideais, despreze qualquer forma de atrito e
I A adote o módulo
Fda aceleração da gravidade igual a 10 m/s².

R
a) 10, 20
b) 20, 40
E c) 80, 80
d) 80, 160

S
TE

Todas as cordas possuem uma de suas extremidades fixadas em um


poste que permanece imóvel quando as cordas sao tracionadas. 02. (EEAR 2020) Um corpo de massa m está apoiado sobre um plano

SO
sabendo que o coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco a e o inclinado, que forma um ângulo de 30º em relação à horizontal,
MA

plano inclinado é de 0,50, a intensidade da força F é: conforme a figura a seguir. O valor do coeficiente de atrito estático
Dados: sen 37° = 0,60; cos 37° = 0,80 que garante a condição de iminência de movimento desse corpo é?

R
Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s² 1 3
a) c)
a) 125 N 2 2
b) 200 N
2 3
c) 225 N b) d)
2 R 3
d) 300 N
MA

e) 400 N
SO

03. (EEAR 2020) No sistema mostrado na figura a seguir, a polia e o


fio são ideais (massas desprezíveis e o fio inextensível) e não deve ser
Resolução: A considerado nenhuma forma de atrito. Sabendo-se que os corpos A
e B têm massa respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg e que o corpo
T

R A desce verticalmente a uma aceleração constante de 5 m/s², qual


E

IA F
o valor do ângulo θ, que o plano inclinado forma com a horizontal?

L DO PRO
Adote o módulo da aceleração da gravidade igual a 10 m/s².

°
= P cos 37=
N 1000 ⋅ 0,8 ⇒ N= 800N a) 45º c) π/4 rad
F= P sen37° + Fat= 1000 ⋅ 0,6 + 0,5 ⋅ 800 ⇒ F=
′ ′
1000N b) 60º d) π/6 rad

04. (EEAR 2020) Quatro molas ideais, A, B, C e D, com constantes


Como há 3 roldanas, devemos ter que: elásticas respectivamente, kA = 20 N/m, kB = 40 N/m, kC = 2000 N/m
F′ 1000 e kD = 4000 N/m, estão presas, separadamente, ao teto de um
=
F = laboratório por uma das suas extremidades. Dentre as quatro molas,
23 8
determine aquela que ao ser colocado um corpo de massa igual a 40 kg,
∴ F = 125 N na sua extremidade livre, sofre uma deformação de exatamente 20 cm.
Considere o módulo da aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s2
e que as molas obedecem à Lei de Hooke.
a) A c) C
b) B d) D

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

05. (EEAR 2019) A Dinâmica é uma parte da Física que estuda os 09. (EEAR 2018) Um bloco de massa m = 5 Kg desliza pelo plano
movimentos e as causas que os produzem ou os modificam. Um inclinado, mostrado na figura abaixo, com velocidade constante de
dos tópicos iniciais do estudo da Dinâmica está relacionado com as 2 m/s. Calcule, em Newtons, a força resultante sobre o bloco entre os
definições de peso e de massa. Dentre as alternativas a seguir, assinale pontos A e B.
aquela que está corretamente descrita.
a) O peso e a massa são grandezas vetoriais.
b) A massa de um corpo é a força com que a Terra o atrai.
c) No topo de uma montanha um corpo pesará menos que este
mesmo corpo ao nível do mar.
d) Caso fosse utilizado um dinamômetro para determinar o peso do
mesmo corpo, na Terra e na Lua, os valores medidos seriam os a) zero b) 7,5 N c) 10,0 N d) 20,0 N
mesmos.
10. (EEAR 2018) Uma mola de massa desprezível está presa por uma
06. (EEAR 2019) Uma mola está suspensa verticalmente próxima à das extremidades a um suporte vertical, de modo que pode sofrer
superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade pode ser adotada elongações proporcionais aos pesos aplicados em uma extremidade
como 10 m/s². Na extremidade livre da mola é colocada uma cestinha livre, conforme a tabela abaixo.
de massa desprezível, que será preenchida com bolinhas de gude, de
15 g cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola
MASSA APLICADA À MOLA (g) ELONGAÇÃO SOFRIDA (cm)
sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que
a mola tem uma constante elástica k = 9,0 N/m, quantas bolinhas é 45 5
preciso acrescentar à cesta para que a mola estique exatamente 5 cm?
a) 1 b) 3 c) 5
L D O 90P R O
d) 10 10

I A
07. (EEAR 2019) Um astronauta de massa m e peso P foi levado da
135 FE 15

R
superfície da Terra para a superfície de um planeta cuja aceleração da
gravidade, em módulo, é igual a um terço da aceleração da gravidade
180 20

S
TE

registrada na superfície terrestre. No novo planeta, os valores da 225 25

SO
massa e do peso desse astronauta, em função de suas intensidades na
MA

Terra, serão respectivamente:


Considerando-se a aceleração da gravidade g = 10 m/s², calcule a
m P constante da mola, em N/m.

R
a) ,P c) m,
3 3
a) 0,9 c) 18,0
m P b) 9,0 d) 90,0
b) m, P d) ,
3 3

08. (EEAR 2018) Em alguns parques de diversão há um brinquedo EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
R
em que as pessoas se surpreendem ao ver um bloco aparentemente
MA

subir uma rampa que está no piso de uma casa sem a aplicação de
SO

uma força. O que as pessoas não percebem é que o piso dessa casa
está sobre um outro plano inclinado que faz com que o bloco, na
verdade, esteja descendo a rampa em relação a horizontal terrestre. 01. (EAM 2018) Um marinheiro utiliza um sistema de roldanas com
T

Na figura a seguir, está representada uma rampa com uma inclinação


R o objetivo de erguer um corpo de 200 kg de massa, conforme figura
E

α em relação ao piso da casa e uma pessoa observando o bloco (B)


E

IA
“subindo” a rampa (desloca-se da posição A para a posição C).
abaixo.
F
Dados:
L R O
1. DO
a pessoa, a rampa, o plano inclinado e a casa estão todos em P
repouso entre si e em relação a horizontal terrestre.
2. considere P = peso do bloco.
3. desconsidere qualquer atrito.

Considerando a gravidade local igual a 10 m/s2, pode-se afirmar que


a força exercida pelo marinheiro no cumprimento dessa tarefa foi de
a) 100N d) 1000N
b) 250N e) 2000N
c) 500N

Nessas condições, a expressão da força responsável por mover esse 02. (EEAR 2017) Um objeto de massa 6 kg está sob a ação de duas
bloco a partir do repouso, para quaisquer valores de θ e α que fazem forças F1 = 18 N e F2 = 24 N, perpendiculares entre si. Quanto vale, em
funcionar corretamente o brinquedo, é dada por m/s², a aceleração adquirida por esse objeto?
a) P sen(θ + α) c) P sen α a) 3 c) 5
b) P sen(θ – α) d) P sen θ b) 4 d) 6

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

03. (EEAR 2017) Em Júpiter a aceleração da gravidade vale Qual a força de atrito, em N, que atua sobre o bloco para fazê-lo
aproximadamente 25 m/s² (2,5 × maior do que a aceleração da parar? (Considere o coeficiente de atrito dinâmico igual a 0,2)
gravidade da Terra). Se uma pessoa possui na Terra um peso de 800 N, a) 2
quantos newtons esta mesma pessoa pesaria em Júpiter? (Considere
a gravidade na Terra g = 10 m/s²). b) 3

a) 36 c) 4

b) 80 d) 5

c) 800
08. (EEAR 2016) O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se
d) 2.000 de uma Lei da Física para executar tal proeza que acaba causando um
acidente.
04. (EEAR 2017) Um trem de 200 toneladas consegue acelerar a 2 m/s².
Qual a força, em newtons, exercida pelas rodas em contato com o
trilho para causar tal aceleração?
a) 1 ⋅ 105
b) 2 ⋅ 105
c) 3 ⋅ 105
d) 4 ⋅ 105

05. (EAM 2017) Observe a figura abaixo. A lei considerada pelo personagem é:

L D O a)b) P2ª1ª R
Lei de Newton: Inércia.
ONewton: F = m ⋅ a.
Lei de

I A c) 3ª Lei de F E Ação e Reação.


Newton:
R d) Lei da Conservação da Energia.

S
TE

Um trabalhador empurra um carrinho de 20 kg de massa. Nesse carrinho 09. (EEAR 2016) Quando um paraquedista salta de um avião

SO
existem duas caixas, conforme a figura acima. Considerando que, nessa sua velocidade aumenta até certo ponto, mesmo antes de abrir
MA

tarefa, a aceleração produzida no carrinho foi constante e igual a 1,2 m/s², o paraquedas. Isso significa que em determinado momento sua
pode-se afirmar que a força exercida pelo trabalhador foi de velocidade de queda fica constante. A explicação física que justifica

R
a) 72 N d) 104 N tal fato é:
b) 88 N e) 108 N a) ele perde velocidade na queda porque saiu do avião.
c) 96 N b) a força de atrito aumenta até equilibrar com a força peso.
c) a composição da força peso com a velocidade faz com que a
06. (EEAR 2016) Um carrinho é puxado em um sistema sem atrito por última diminua. R
um fio inextensível numa região de aceleração gravitacional igual a d) ao longo de toda a queda a resultante das forças sobre o
MA

10 m/s², como mostra a figura. paraquedista é nula.


SO

10. (EEAR 2014) Uma mola está presa à parede e ao bloco de massa
igual a 10 kg. Quando o bloco é solto a mola distende-se 20 cm
T

e mantém-se em repouso, conforme a figura mostrada a seguir.


R
E

IA F
Admitindo o módulo aceleração da gravidade igual a 10 m/s², os
atritos desprezíveis e o fio inextensível, determine, em N/m, o valor da

L DO PRO constante elástica da mola.

Sabendo que o carrinho tem massa igual a 200 g sua aceleração, em


m/s², será aproximadamente:
a) 12,6 c) 9,6
b) 10 d) 8

07. (EEAR 2016) Um plano inclinado forma um ângulo de 60º com a


horizontal. Ao longo deste plano é lançado um bloco de massa 2 kg
com velocidade inicial v0, como indicado na figura.

a) 5
b) 20
c) 200
d) 500

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PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

EXERCÍCIOS DE Dado: aceleração da gravidade local = 10 m/s2.

COMBATE
01. (EAM 2014) Observe a figura a seguir.

a) 0,5 b) 1,5 c) 2,0 d) 3,0

04. (EEAR 2013) Em um Laboratório de Física o aluno dispunha de uma


régua, uma mola e dois blocos. Um bloco com massa igual a 10 kg,
que o aluno denominou de bloco A e outro de valor desconhecido,
que denominou bloco B. Ele montou o experimento de forma que
prendeu o bloco A na mola e reparou que a mola sofreu uma distensão
de 5 cm. Retirou o bloco A e ao colocar o bloco B percebeu que a mola
distendeu 7,5 cm. Com base nestas informações, e admitindo a mola
ideal e a aceleração da gravidade igual a 10 m/s², o aluno concluiu
Fonte: http://cfqdopedro.blogspot.com/2014/03/leis-de-newton.html corretamente que o bloco B tem massa igual a ______ kg.
Obs.: mola ideal é aquela que obedece a Lei de Hooke.
Assinale a opção que indica a lei da Física que foi parcialmente

DO PRO
representada na figura acima. a) 12,5 b) 15,0 c) 125 d) 150
a) Gravidade. L
IA comprimento e F
05. (EEAR 2013) Uma prancha de madeira tem 5 metros de
b) Ação e reação.
c) Inércia. R E pode ser observado na figura. Nessa situação
está apoiada numa parede, que está a 4 metros do
início da prancha, como
d) Coulomb. um bloco B, em repouso, de massa igual a 5 kg, produz num fio

S
TE

inextensível preso a parede uma tração de ________ N.


e) Ohm.

SO
Dados: Admita a aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s².
MA

02. (EAM 2014) Observe a figura a seguir.

R
R
MA

a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
SO

06. (EEAR 2012) Um bloco de massa M está inicialmente em repouso


sobre um plano horizontal fixo. Logo após, uma força, horizontal de
T

intensidade constante e igual a 25 N, interage com o bloco, durante


S

R 2 segundos, ao final do qual o bloco atinge uma velocidade de 4 m/s.


E

IA F
Sabendo que a força de atrito, entre o bloco e o plano, é constante e
Alguns marinheiros são designados para abastecer um armazém
(paiol) de explosivos com caixas de 50,0 kg de explosivos cada
O de módulo igual a 5 N, calcule o valor de M, em kg.
L D Oa) 5,0P R b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0
uma. Para levantar cada caixa com maior facilidade os marinheiros
montaram uma associação de roldanas representadas na figura acima. 07. (EEAR 2012) Observe o gráfico abaixo que relaciona a velocidade
Qual a intensidade da força F, em newtons, que um marinheiro deve (v) em função do tempo (t), de um ponto material. Sobre as afirmativas
exercer para manter uma caixa em equilíbrio estático ou faze-la subir abaixo, as que estão corretas são
com velocidade constante? I. No trecho AB, a força resultante que atua sobre o ponto material
Dado: Considere a aceleração local da gravidade g = 10 m/s². é no sentido do movimento.
a) 25 N II. No trecho BC, não há forças atuando sobre o ponto material.
b) 50 N III. O trecho CD pode ser explicado pela 2ª lei de Newton.
c) 250 N IV. De acordo com a 1ª lei de Newton, no trecho BC o corpo está
d) 500 N em repouso.
e) 1000 N

03. (EEAR 2013) Na figura a seguir o bloco A, de massa igual a 6 kg,


está apoiado sobre um plano inclinado sem atrito. Este plano inclinado
forma com a horizontal um ângulo de 30º. Desconsiderando os atritos,
admitindo que as massas do fio e da polia sejam desprezíveis e que o
fio seja inextensível, qual deve ser o valor da massa, em kg, do bloco
B para que o bloco A desça o plano inclinado com uma aceleração
constante de 2 m/s². a) I e III b) II e III c) I, II e III d) II, III e IV

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PM_BOOK08_FIS.indb 51 03/11/2021 10:59:29


PRINCÍPIOS DA DINÂMICA

08. (EEAR 2012) Considere um corpo preso na sua parte superior


por um elástico, e apoiado num plano inclinado (como mostrado na ANOTAÇÕES
figura abaixo).

À medida que aumentarmos o ângulo de inclinação α do plano, a


força que age no elástico aumenta devido
a) ao crescimento do peso do corpo.
b) ao aumento da quantidade de massa do corpo.
c) à componente do peso do corpo paralela ao plano inclinado
tornar-se maior.
d) à componente do peso do corpo, perpendicular ao plano
inclinado, aumentar.

L DO PRO
A
09. (EAM 2012) A jangada é um tipo de embarcação típica do
I
litoral nordestino e utiliza a força dos ventos sobre suas velas para FE
R
se deslocar. Após um dia de pesca, um jangadeiro aproveita o vento
favorável para retornar a terra. Se a massa da jangada, incluindo o

S
TE

pescador e o pescado, é de 300 kg, qual a força resultante para que a

SO
massa adquira aceleração de 3 m/s² no sentido do movimento?
MA

a) 100N
b) 300N

R
c) 500N
d) 700N
e) 900N

10. (EAM 2012) Uma sonda espacial de 32 kg será enviada para Júpiter, R
onde a aceleração da gravidade é 26 m/s². Para efeito de testes, uma
MA

sonda idêntica será enviada à Lua, onde a gravidade vale 1,6 m/s². Em
SO

relação à situação descrita acima, assinale a opção correta.


a) A massa da sonda será maior em Júpiter.
T

b) A massa da sonda será maior na Lua.


R
E

c) A massa da sonda na Lua será 20 kg.


E

IA F
L DO PRO
d) Os pesos das sondas serão iguais.
e) As massas das sondas serão iguais

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. D 03. D 05. C 07. C 09. A
02. D 04. C 06. B 08. B 10. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 03. D 05. C 07. A 09. B
02. C 04. D 06. C 08. A 10. D
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 03. B 05. B 07. A 09. E
02. C 04. B 06. B 08. C 10. E

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PM_BOOK08_FIS.indb 52 03/11/2021 10:59:30


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS
CURVILÍNEAS

ACELERAÇÃO CENTRÍPETA MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME


Sempre que um corpo descrever uma trajetória curvilínea, (MCU)
qualquer que seja, haverá uma componente centrípeta atuando. Ela é
O MCU é um movimento em que há apenas a força resultante
responsável pela alteração na direção da velocidade do corpo, sendo
centrípeta, pois o módulo da velocidade escalar é constante, tendo
portanto perpendicular a ela.
somente a sua direção alterada com o tempo.

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
Esquema de velocidade e aceleração de um corpo em MCU

Vamos ilustrar corpos executando MCU e avaliar as forças que


Aceleração centrípeta originam esses movimentos.
Para obtermos a equação que calcula a aceleração centrípeta, R
observe a figura acima e empregue a definição de aceleração: PEDRA GIRANDO
MA

SO

 Suponha um objeto de massa m preso a uma corda de


 ∆v
acp = comprimento L. Nesse caso, temos a tração atuando como força
∆t centrípeta, portanto:
T

R
Usando a notação escalar para determinação do seu módulo,
E

temos:
IA F
acp =
∆v v ⋅ ∆θ
∆t
=
∆t
= v ⋅ ω , v = ωR L DO PRO
v2
acp =ω 2R =
R

FORÇA CENTRÍPETA
Como há aceleração, deve haver uma força resultante. Essa força
é denominada força centrípeta e terá as seguintes características:
• Direção: perpendicular à velocidade
• Sentido: apontando para o centro da curva

• Módulo: Fcp= m ⋅ acp= m ⋅ = m ⋅ ω² ⋅ R Representação das forças em uma pedra girante
R

m ⋅ v2
Observação Fcp= T=
L
A força centrípeta não é uma força que atua no corpo, ela é o
nome da força resultante que varia a direção da velocidade do
objeto.

PROMILITARES.COM.BR 53

PM_BOOK08_FIS.indb 53 03/11/2021 10:59:31


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

CARRO FAZENDO CURVA


Quando um carro faz uma curva numa pista de raio R sem derrapar,
o atrito estático é o responsável pela resultante centrípeta. Vamos
considerar o caso em que o atrito estático é máximo e determinar a
máxima velocidade com que o automóvel pode fazer a curva.

Representação das forças no em um carro numa pista sobrelevada

Representação das forças em um carro fazendo curva numa pista com atrito
• No eixo vertical, temos: Ny = N ⋅ cos θ = P = mg
mv 2
Fcp =Fat ⇒ =µN =µmg mv 2
R • No eixo horizontal, temos: Nx = N ⋅ senθ = Fcp =
v= µRg
L D O P RDividindo
O v as duas equações, temos:
R

I A θ F ⇒=
2

gR E
tan= v gR tan θ
Exercício Resolvido
R
01. Um veículo de massa 500 kg percorre uma pista circular,

S
TE

plana e horizontal de raio R = 100 m. O coeficiente de atrito de Exercício Resolvido

SO
escorregamento lateral entre o pneu e a pista é µ = 0,4. Adotando
MA

g = 10 m/s², assinale o que for correto. 02. Numa pista de corrida sobrelevada, deseja-se verificar a
inclinação da pista numa curva de raio igual 60 3 m sem

R
01) A velocidade máxima que o veículo pode alcançar para fazer a
curva é de 20 m/s. considerar o atrito, onde o carro possa desenvolver uma velocidade
02) Aumentando-se o raio da curva, a velocidade máxima também de 72 3 km h.
aumentará. Na figura a seguir, estão representados o carro de corrida e a
04) Para aumentar a velocidade máxima, deve-se utilizar um pista numa perspectiva frontal, em que θ é a inclinação da pista.
veículo mais leve. Considere g = 10 m/s². R
08) Para aumentar a velocidade máxima, uma opção seria
MA

aumentar o coeficiente de atrito.


SO

Resolução: 01 + 02 + 08 = 11.
T

[01] Verdadeiro. Para o caso da velocidade máxima, devemos ter


S

que:
R
E

Fcp = Fat IA F
mv 2
=µN ⇒
500v 2
=0,4 ⋅ 5000
O
L D O QualPa inclinação
R da pista de corrida para que a segurança do
R 100
∴v = 20 m s piloto não dependa do atrito entre a pista e os pneus do carro?

[02] Verdadeiro. Pela equação acima, v é proporcional a R,, logo Resolução:


aumentando-se o raio, a velocidade também é aumentada. Para a resolução do problema vamos analisar o diagrama de forças
[04] Falso. A velocidade independe da massa, pois: da pista inclinada:
mv 2
=µmg ⇒ v = µgR
R
[08] Verdadeiro. Da equação acima, podemos perceber que um
aumento de µ causa um aumento de v.

PISTA SOBRELEVADA
Em alguns circuitos de corridas, há uma leve inclinação na pista
em relação há horizontal que contribui para reduzir a necessidade de
atrito entre os pneus do veículo e o solo. Consideremos um carro de
massa m percorrendo uma pista circular de raio R, sobrelevada θ em
relação ao plano horizontal. Admitindo uma situação teórica em que
não há atritos nem outras forças dissipativas, uma projeção da normal
será responsável pela centrípeta.

54 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 54 03/11/2021 10:59:32


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

Desconsiderando o atrito entre a pista e os pneus: Exercício Resolvido

v2 03. Considere a figura a seguir, na qual é mostrado um piloto


m 2
Fc R ∴ tan θ= v acrobata fazendo sua moto girar por dentro de um “globo da morte”.
tan θ= ⇒ tan θ=
P mg Rg

Substituindo os valores e transformando as unidades da velocidade


para o Sistema Internacional (S.I.), temos:
2
 1m s 
v  72 3 km h ⋅ 3,6 km h 
2
2
tan=
θ = ∴ tan=
θ 3
Rg 60 3 m ⋅ 10 m s2 3

E, finalmente calculando o arco tangente deste valor, temos o


ângulo da pista:
2
=
θ arc tan 3 ∴=
θ 49,1°
3

GLOBO DA MORTE

D O Ao
Prealizar
Uma motocicleta fazendo loop em um globo da morte também

L R Oo movimento
possui uma resultante centrípeta. No ponto mais alto da trajetória, há
percorrendo
de loop dentro do globo da morte (ou seja,
a trajetória ABCD mostrada acima), o piloto precisa

IA F mínima de sua moto para que a mesma não


o peso e a normal somadas para compor a força centrípeta.
manter uma velocidade
caia ao passar peloEponto mais alto do globo (ponto “A”).
R Nestas condições, a velocidade mínima “v” da moto, de forma que

S
TE

a mesma não caia ao passar pelo ponto “A”, dado que o globo da

SO
morte tem raio R de 3,60 m, é
MA

(Considere a aceleração da gravidade com o valor g = 10 m/s².)


a) 6 km/h.

R
b) 12 km/h.
c) 21,6 km/h.
d) 15 km/h.
e) 18 km/h.
R
Resolução: C
MA

SO

A velocidade mínima ocorre quando a força normal atuante na


moto for nula, sendo a resultante centrípeta o próprio peso. Assim:
m v2
T

Rcent =
P ⇒ =
mg ⇒
S

R
R
E

IA ⇒=
v R=
g F
3,6 ⋅ 10= 6 m/s ⇒ =
v 21,6 km/h.

L DO PRO
Representação das forças no conjunto moto-pessoa em um globo da morte

Vamos supor um conjunto moto-pessoa de massa m, executando PÊNDULO SIMPLES


um movimento circular num globo da morte de raio R. No ponto mais Esse movimento será estudado com mais detalhes no módulo de
alto da trajetória, podemos calcular a velocidade mínima para que a movimento harmônico simples (M.H.S.). O que temos que ver, por
pessoa seja capaz de executar o movimento sem cair. Nesse caso, a enquanto, é que a velocidade do pêndulo muda a cada instante. No
força normal será nula e somente o peso irá compor a centrípeta. momento em que é abandonado, a sua velocidade é zero e, na parte
mais inferior, a sua velocidade será máxima. Ou seja, além de haver
mv 2
Fcp =
P⇒ =
mg uma aceleração apontando o tempo todo para o centro da trajetória,
R há também uma aceleração na tangente da trajetória também.
v = Rg Na parte da queda, essa aceleração aponta no mesmo sentido de
vetor velocidade. Já quando o pêndulo passa pela posição de maior
velocidade, iniciando a sua subida, a aceleração tangencial passa a
apontar para o sentido oposto ao da velocidade.

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PM_BOOK08_FIS.indb 55 03/11/2021 10:59:33


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

E, como não há movimento na vertical:


Tcosθ = P

Então:
θ L
v2
tgθ= ∴=
v Rgtgθ
Rg

T
Note que esse movimento é semelhante ao da curva inclinada,
trocando apenas a normal pela tração.
s m

mgsenθ QUEBRA-MOLAS E DEPRESSÕES

mgcosθ
θ Nos quebra-molas, o carro sofre a atuação de duas forças: peso
 e normal. Podemos considerar que a trajetória de um carro ao passar
mg por um quebra-molas é, aproximadamente, um semicírculo. Note que
o vetor peso aponta para o centro dessa trajetória e o vetor normal
aponta para fora. Como se trata de uma trajetória curvilínea, o vetor
Figura 1 - O pêndulo
O pêndulo simples
simples e as forças e as forçasatuantes
resultantes atuantes força resultante aponta para o centro da trajetória, ou seja, o módulo
consideradas
consideradas na modelagem
na modelagem simplificada.
simplificada. do peso supera o da normal.
Vamos supor que antes de o carro passar por um quebra-molas
D O estava
P RemdaO
Na situação acima, as forças que atuam na direção radial são a
uma trajetória retilínea. Então, o módulo do peso era
tração e uma componente da força peso. A tração aponta para o

A
centro e a componente do peso, para fora. Como a resultante aponta L igual ao normal. Ao passar pelo quebra-molas, o peso do carro
não muda, masFo módulo da normal vai diminuindo. Significa que
para o centro, temos que: I a força de contatoEentre as pessoas que estão dentro do carro e
T − mgcos θ =
mv² R os seus assentos diminui. Sabemos que, quando um carro está em

S
TE

L alta velocidade e passa por um quebra-molas, as pessoas dentro do


carro perdem o contato com os seus assentos, chegando a bater no

SO
Perceba que, a cada instante, θ e v mudam. A equação para o teto! Então deve haver uma relação matemática entre a velocidade
MA

ponto inferior seria: do carro e a normal:

R
mv² mv 2
T − mg = P–N=
L R

Já para os extremos, onde a velocidade é nula, seria: Note que, quanto maior o valor da velocidade, menor será
o módulo do vetor força de contato (normal). Para que as pessoas
T = mgcosθ
percam completamente o contato com os seus assentos:
R
MA

Basta imaginarmos que a figura acima retrata esse momento,


N → 0 ∴ v =Rg
SO

onde a velocidade é nula.


Mas quando um carro passa por uma depressão, o módulo da
normal é maior que o do peso:
T

PÊNDULO CÔNICO
S

R mv 2
E

Nesse caso, o nosso pêndulo realiza uma curva plana, sofrendo a


atuação de duas forças apenas: tração e peso. IA F N–P =
R

L DO PRO Como o peso é constante, quanto maior a velocidade do carro,


maior será a força de contato (as pessoas dentro do carro ficam
mais “grudadas” nos seus assentos). A sensação é semelhante
θ  a de estarmos dentro de um elevador subindo aceleradamente
T (N – P = m · a). Já no quebra-molas, poderíamos associar com o
L que sentimos quando estamos dentro de um elevador que desce
θ aceleradamente (P – N = m · a). Se o cabo do elevador se rompesse,
perderíamos o contato com o piso (estaríamos em queda-livre).

Quebra-molas Depressão
centro Rc

x centro
 
P N

N
Note que, durante toda a trajetória, a resultante aponta para o
centro. Com o auxílio da figura acima, podemos ver que a resultante
 
centrípeta é a componente seno da tração: P P
mv 2 x centro
Tsenθ =
R

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DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

EXERCÍCIOS DE 05. A figura representa as forças que atuam sobre um piloto que

FIXAÇÃO tomba sua motocicleta em uma curva para percorrê-la com maior
velocidade.

01. Um carro de massa m = 1000 kg realiza uma curva de raio


R = 20 m com uma velocidade angular w = 10 rad/s. A força centrípeta
atuando no carro em Newtons vale:
a) 2,0 ⋅ 106. d) 2,0 ⋅ 105.
b) 3,0 ⋅ 10 . 6
e) 4,0 ⋅ 105.
c) 4,0 ⋅ 10 .
6

02. O pêndulo cônico da figura abaixo é constituído por um fio ideal


de comprimento L e um corpo de massa m = 4,00 kg preso em uma
de suas extremidades e a outra é fixada no ponto P, descrevendo uma
trajetória circular de raio R no plano horizontal. O fio forma um ângulo
θ em relação a vertical.
Considere: g = 10,0 m/s2; sen θ = 0,600; cos θ = 0,800. DOCA, Ricardo Helou. Tópicos de Física, São Paulo: Saraiva, 2007. v. 1, Mecânica, p 202.

Sabendo-se que a massa do conjunto moto-piloto é igual a m, a

DO PRO
inclinação do eixo do corpo do piloto em relação à pista é θ, o módulo

A L da aceleração da gravidade local é g e que o raio da curva circular é

I FE
igual a R, contida em um plano horizontal, em movimento circular
uniforme, é correto afirmar que a energia cinética do conjunto moto-
R piloto é dada pela expressão
mgR mgRtgθ

S
TE

a) d)
2tgθ 2

SO
MA

mRtgθ m(gRtgθ)2
b) e)
2g 2

R
A força centrípeta que atua sobre o corpo é
mR2
a) 10,0 N d) 40,0 N c)
2gtgθ
b) 20,0 N e) 50,0 N
c) 30,0 N 06. Um avião efetua uma curva em um plano horizontal,  de forma
que o ângulo entre esse plano e a força de sustentação (F ) é α.
R
03. (EEAR 2019) Uma criança gira no plano horizontal, uma pedra com 
Sendo P o peso do avião, R o raio da curva e g o módulo da aceleração
MA

massa igual a 40 g presa em uma corda, produzindo um Movimento


SO

da gravidade no local, a relação  , entre a intensidade da força de


F
Circular Uniforme. A pedra descreve uma trajetória circular, de raio
P 
igual a 72 cm, sob a ação de uma força resultante centrípeta de sustentação do avião e a intensidade de seu peso, é:
módulo igual a 2 N. Se a corda se romper, qual será a velocidade, em
T

m/s, com que a pedra se afastará da criança?


R
E

Obs.: desprezar a resistência do ar e admitir que a pedra se afastará


IA F
L DO PRO
da criança com uma velocidade constante.
a) 6 c) 18
b) 12 d) 36

04. Um pequeno corpo descreve a trajetória ABCDE com velocidade


escalar constante. O trecho BCD é um arco de circunferência de
raio 0,50 m e o trecho retilíneo AB, de 1,80 m de comprimento, é
percorrido pelo corpo em 0,50 minuto. Sabendo que a massa desse
corpo é de 50 g, o módulo da sua aceleração centrípeta no ponto C é

v2
a) sec α
Rg
v2
b) tgα
Rg
Rg
c) cos sec α
a) 72 m/s2 v2
b) 36 m/s2 v
d) sen α
c) 2,0 ⋅ 10−2 m/s2 R2g
d) 1,44 ⋅ 10−2 m/s2 v2
e) cos α
e) 7,2 ⋅ 10–3 m/s2 g

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PM_BOOK08_FIS.indb 57 03/11/2021 10:59:35


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

07. (EEAR 2016) A atração gravitacional que o Sol exerce sobre a Terra EXERCÍCIOS DE
vale 3,5 ⋅ 1022 N. A massa da Terra vale 6,0 ⋅ 1024 kg. Considerando
que a Terra realiza um movimento circular uniforme em torno do
Sol, sua aceleração centrípeta (m/s2) devido a esse movimento é,
TREINAMENTO
aproximadamente
a) 6,4 ⋅ 102 c) 4,9 ⋅ 10-2 01. Num trecho retilíneo de uma pista de automobilismo há uma
b) 5,8 ⋅ 10-3 d) 2,1 ⋅ 103 lombada cujo raio de curvatura é de 50 m. Um carro passa pelo ponto
mais alto da elevação com velocidade v, de forma que a interação
08. Um automóvel percorre uma curva circular e horizontal de raio entre o veículo e o solo (peso aparente) é mg neste ponto.
50 m a 54 km/h. Adote g = 10 m/s2. O mínimo coeficiente de atrito 5
Adote: g = 10 m/s2.
estático entre o asfalto e os pneus que permite a esse automóvel fazer
a curva sem derrapar é Nestas condições, em m/s, o valor de v é
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50

02. Um automóvel de massa 800 kg, dirigido por um motorista de


massa igual a 60 kg, passa pela parte mais baixa de uma depressão de
raio = 20 m com velocidade escalar de 72 km/h. Nesse momento, a
intensidade da força de reação que a pista aplica no veículo é
(Adote g = 10m/s²).

a) 0,25 c) 0,45 e) 0,54


L DO PRO
b) 0,27 d) 0,50
I A FE
09. (EEAR 2015) Uma partícula de massa igual a R
500 g está ligada por

S
TE

um fio de massa desprezível ao centro da trajetória e executa M.C.U.

SO
em um plano vertical, ou seja, perpendicular ao solo, descrevendo uma
circunferência de raio igual a 10 m. Sabe-se que, a partícula ao passar a) 231512 N c) 1800 N e) 24000 N
MA

pelo ponto A apresenta uma velocidade angular de 1 rad/s. Determine a b) 215360 N d) 25800 N
tração no fio, em N, quando a partícula estiver exatamente no ponto B,

R
considerando o fio ideal, o módulo da aceleração da gravidade no local
03. Considere que, numa montanha russa de um parque de diversões,
igual a 10 m/s² e o ponto B exatamente no ponto mais alto da trajetória.
os carrinhos do brinquedo, de massa total m, passem pelo ponto
Todo movimento foi observado por um observador fixo no solo.
mais alto do loop, de tal forma que a intensidade da reação normal
B nesse instante seja nula. Adotando como o raio r do loop e g a
aceleração da gravidade local, podemos afirmar que a velocidade e
R
a aceleração centrípeta sobre os carrinhos na situação considerada
MA

valem, respectivamente,
SO

a) mrg e mr
T

A
S

b) rg e mg
R
E

a) 0,0 b) 0,8 c) 6,4


I d)A 11,0 c)
r mr
e F
10. A figura representa em plano vertical um trecho dosL
g g
O
D Od) Prg eRnula
trilhos de
uma montanha russa na qual um carrinho está prestes a realizar uma
curva. Despreze atritos, considere a massa total dos ocupantes e do
carrinho igual a 500 kg e a máxima velocidade com que o carrinho e) rg e g
consegue realizar a curva sem perder contato com os trilhos igual a
36 km/h. O raio da curva, considerada circular, é, em metros, igual a 04. Um motociclista em sua moto descreve uma curva num plano
vertical no interior de um globo da morte num espetáculo de circo.
O raio da trajetória é de 4,9 m e adota-se g = 10 m/s2.
A mínima velocidade para a moto não perder contato com a pista é,
em m/s,
a) 4,0. b) 8,0. c) 6,0. d) 7,0. e) 5,0.

05. (EEAR 2010) Para explicar como os aviões voam, costuma-se


representar o ar por pequenos cubos que deslizam sobre a superfície
da asa. Considerando que um desses cubos tenha a direção do seu
movimento alterada sob as mesmas condições de um movimento
circular uniforme (MCU), pode-se afirmar corretamente que a
aceleração _____ do “cubo” é _____ quanto maior for o módulo da
velocidade tangencial do “cubo”.
a) 3,6 d) 6,0
a) tangencial; maior. c) centrípeta; menor.
b) 18 e) 10
b) tangencial; menor. d) centrípeta; maior.
c) 1,0

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PM_BOOK08_FIS.indb 58 03/11/2021 11:00:00


DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

06. Imponderabilidade é a sensação de ausência de peso. Essa


sensação também ocorre quando a aceleração do corpo é a aceleração
da gravidade, como numa queda livre, e não necessariamente pela
ausência de gravidade, como se poderia imaginar. A imponderabilidade
é sentida pelos astronautas quando em órbita numa estação espacial
ou até mesmo por você, quando o carro em que você está passa
muito rápido sobre uma lombada. A imponderabilidade pode ser
sentida também pelos tripulantes de um avião que faça manobras
especialmente planejadas para tal.A figura a seguir mostra a trajetória
de um avião durante uma manobra planejada para produzir a sensação
de imponderabilidade na qual se pretende que, num determinado
ponto da trajetória, a força resultante seja centrípeta e proporcionada
pelo peso.
Qual deve ser a velocidade do avião, em módulo, para que no ponto
P indicado na trajetória os passageiros fiquem em queda livre e,
portanto, sintam-se imponderáveis?
a) maior que o peso do piloto.
b) igual ao peso do piloto.
c) menor que o peso do piloto.
d) nula.

L D O 09.P(AFA
RO
caminhão
2015) Uma determinada caixa é transportada em um
que percorre, com velocidade escalar constante, uma

I A estrada plana e F
horizontal. Em um determinado instante, o caminhão
entra em uma curvaEcircular de raio igual a 51,2 m, mantendo a mesma
R velocidade escalar. Sabendo-se que os coeficientes de atrito estático
entre a caixa e o assoalho horizontal é 0,5 e considerando que as

S
TE

dimensões do caminhão, em relação ao raio da curva, são desprezíveis

SO
e que a caixa esteja apoiada apenas no assoalho da carroceria, pode-
MA

a) v = 2gR se afirmar que a máxima velocidade, em m/s, que o caminhão poderá


desenvolver, sem que a caixa escorregue é

R
b) v = gR
Dados:
c) v = gR - g = 10 m/s²
d) v = g - a força de atrito estático atua como resultante centrípeta

e) v = g/R a) 14,3 c) 18,0


b) 16,0 R d) 21,5
MA

07. (AFA 2003) Um corpo desenvolve movimento circular em um


SO

plano horizontal e em sentido anti-horário. Se no ponto A a velocidade 10. (AFA 2005) Analise as afirmativas abaixo sobre movimento circular
escalar tem intensidade menor que no ponto B, então a opção em que uniforme:
o vetor aceleração em C está MELHOR representado é I. A velocidade vetorial tem direção variável.
T

II. A resultante das forças que atuam num corpo que descreve esse
R
E

IA F
tipo de movimento não é nula.

RO
III. O módulo da aceleração tangencial é nulo.
L D OEstá(ão)P correta(s)
a) c) a) I apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

EXERCÍCIOS DE

b) d)
COMBATE
01. (AFA 1995) Um fio de 1m de comprimento tem uma extremidade
fixa e na outra uma massa de 8,7 g que descreve um pêndulo cônico
em movimento circular uniforme. Se o fio forma um ângulo de 30º
com a vertical, a tração nesse fio, em newtons, é
08. (AFA 2007) Em uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, Dado: g = 10 m/s²
uma das acrobacias é o “loop”, representado pela trajetória circular a) 10 -1 c) 2 × 10 -2
da figura. Ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória, a força que o b) 10 -2
d) 3 × 10 -3
assento do avião exerce sobre o piloto é

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DINÂMICA EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS

02. (AFA) Assinale a alternativa correta, levando em conta a seguinte 07. (EEAR 2007) No movimento circular uniforme a velocidade
afirmação: um corpo efetua movimento circular e uniforme com angular (ω) NÃO depende
trajetória de raio R. a) do raio da circunferência
a) A única aceleração existente é a aceleração angular b) da sua frequência
b) O corpo não está acelerado, pois o movimento é circular e c) do seu período
uniforme.
d) do tempo gasto para completar uma volta
c) A aceleração existe e produz variação no módulo da velocidade
tangencial.
08. (EEAR 2008) Um veículo percorre uma pista de trajetória
d) A aceleração do corpo existe e provoca variação na direção da circular, horizontal, com velocidade constante em módulo. O raio da
velocidade tangencial circunferência é de 160 m e o móvel completa uma volta a cada π
segundos, calcule em m/s², o módulo da aceleração centrípeta que o
03. (EEAR 2005) Se a frequência de um movimento circular uniforme veículo está submetido.
é 0,5 Hz, sua velocidade angular, em rad/s, será: a) 160 c) 640
a) π c) 4π b) 320 d) 960
b) 2π d) 6π
09. (EEAR 2009) Uma mosca pousa sobre um disco que gira num
04. (AFA 2001) Dois corpos A e B giram em movimento circular plano horizontal, em movimento circular uniforme, executando 60
uniforme presos aos extremos de cordas de comprimentos, rotações por minuto. Se a distância entre a mosca e o centro do disco
respectivamente, r e 2r. Sabendo que eles giram com a mesma é de 10 cm, a aceleração centrípeta, em π² cm/s², à qual a mosca está
velocidade tangencial, pode-se dizer que sujeita sobre o disco, é de:

L D O a)b) P4020R O c) 60

I A FE d) 120

R 10. (AFA 2007) Uma partícula descreve movimento circular passando


pelos pontos A e B com velocidades vA e vB, conforme a figura abaixo.

S
TE

A opção que representa o vetor aceleração média entre A e B é

SO
MA

R
a) ambos desenvolverão mesma velocidade angular.
b) ambos estarão submetidos à mesma força centrípeta.
c) num mesmo intervalo de tempo o corpo A dará maior número de
voltas que o B.
d) o corpo A desenvolve menor aceleração centrípeta que o B. R
MA

05. (AFA) Duas partículas partem da mesma posição, no mesmo


SO
a)
instante, e descrevem a mesma trajetória circular de raio R. Supondo
que elas girem no mesmo sentido a 0,25 rps e 0,2 rps, após quantos d)
segundos estarão juntas novamente na posição de partida?
T

a) 5
R
E

b) 10
IA
b)
F
L DO PRO
c) 15
c)
d) 20

06. (AFA 2002) A figura abaixo representa uma pista pertencente ao


plano vertical. O raio R da parte circular vale 4 m. Um corpo parte
do repouso no ponto A. Desprezando o atrito e a resistência do ar e
considerando que, em B, a força que comprime o móvel contra a pista
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
vale 1/4 do seu peso, pode-se afirmar que, a sua velocidade em B vale,
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
em m/s, aproximadamente,

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. A 03. A 05. A 07. B 09. A
02. C 04. E 06. A 08. C 10. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 03. E 05. D 07. D 09. B
02. D 04. D 06. B 08. A 10. B
Dado: g = 10 m/s²
EXERCÍCIOS DE COMBATE
a) 3,2. c) 6,3.
01. A 03. A 05. D 07. A 09. B
b) 5,5. d) 7,1.
02. D 04. C 06. D 08. C 10. C

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PM_BOOK08_FIS.indb 60 03/11/2021 11:00:01


ESTÁTICA

EQUILÍBRIO DE UM CORPO
Relembrando a primeira lei que estudamos no módulo anterior, um corpo permanece no estado de MRU ou de repouso se a força resultante
que atua sobre ele for nula. Dizemos assim que o corpo está em equilíbrio, que pode ser classificado de duas formas para um dado referencial:

• Equilíbrio estático: quando o corpo está em repouso v = 0 ( )

• Equilíbrio dinâmico: quando o corpo está em MRU v = constante( )
Dada uma condição de equilíbrio, também podemos classificá-lo de acordo com a sua estabilidade

DO PRO
• Equilíbrio estável: o corpo, após ser afastado de sua posição de equilíbrio, retorna a esta posição por si mesmo. É o que ocorre com um

L
joãobobo quando inclinado e depois retorna a posição ereta.

I Ade suano posição
Equilíbrio instável: o corpo, após ser afastado F posição
de equilíbrio, evolui para
chão, quando deslocada de sua E
outro estado de equilíbrio diferente do inicial. É o

R
que ocorre com uma vassoura com o cabo apoiado de equilíbrio, ela cai.
• Equilíbrio indiferente: o corpo, após ser afastado de sua posição inicial assume uma nova posição de equilíbrio que não pode ser

S
TE

diferenciada da primeira. É o que ocorre quando se desloca um copo no plano de uma mesa.

SO
MA

TIPOS DE EQUILÍBRIO

R
ESTÁVEL INSTÁVEL INDIFERENTE

O sistema, após ser afastado da sua O sistema, após ser afastado de sua posição O sistema, após ser afastado de sua posição
posição de equilíbrio, retorna a esta de equilíbrio, vai para outro estado de de equilíbrio assume uma nova posição de
posição, ou seja, seu C.M. retorna a equilíbrio, diferente do inicial, ou seja, o seu equilíbrio que não pode ser diferenciada da
R
posição inicial. C.M. se afasta da posição inicial. primeira (a altura do C.M. não muda).
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

ESTÁTICA DE UM PONTO
Para estudarmos as condições de equilíbrio de estático, vamos começar com os corpos pontuais, aqueles cujas dimensões podem ser
desprezadas. Para que eles estejam em equilíbrio basta que a força resultante seja nula.

FR = 0

Observação
• Para que duas forças atuando em um corpo pontual se anulem, elas devem ter mesma direção, mesmo módulo e sentidos opostos.
• Para mais forças, podemos decompor cada uma delas nos eixos x e y para depois realizarmos a soma.

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ESTÁTICA

TEOREMA DE LAMY ESTÁTICA DE UM CORPO EXTENSO


Um método que pode ser muito útil somente para três forças O corpo extenso é aquele em que devemos considerar as suas
coplanares atuando é o teorema de Lamy. dimensões (na prática, todo corpo é extenso). A diferença no equilíbrio
é que o corpo agora pode rotacionar, devemos, portanto, introduzir
mais uma condição de equilíbrio estático.
“Um corpo extenso está em equilíbrio de translação quando seu
centro de massa está em repouso. E em equilíbrio de rotação quando
não roda para um dado referencial”.

CENTRO DE MASSA
Podemos considerar toda a massa do corpo concentrada em um
único ponto denominado centro de massa (CM). Esse ponto será onde
FA FB FC marcaremos a força peso. Para corpos simétricos, que apresentam
= =
sen ( α ) sen ( β ) sen ( γ ) distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio centro
geométrico do sistema.
Exemplos:
Exercício Resolvido

01. (ENEM 2019) Slackline é um esporte no qual o atleta deve se


equilibrar e executar manobras estando sobre uma fita esticada.
Para a prática do esporte, as duas extremidades da fita são fixadas
de forma que ela fique a alguns centímetros do solo. Quando
L DO PRO
A
uma atleta de massa igual a 80 kg está exatamente no meio da
I
fita, essa se desloca verticalmente, formando um ângulo de 10° FE
R
com a horizontal, como esquematizado na figura. Sabe-se que
a aceleração da gravidade é igual a 10 m/s−2, cos(10°) = 0,98 e

S
TE

sen(10°) = 0,17.

SO
MA

R
MOMENTO DE UMA FORÇA R 
O momento de uma força ou torque M é grandeza física
MA

associada à capacidade de um corpo em rodar em relação a um eixo e


SO

Qual é a força que a fita exerce em cada uma das árvores por causa seu módulo pode ser calculado pela seguinte expressão:
da presença da atleta? M = F · d · sen(θ)
T

a) 4,0 × 10 N2
c) 8,0 × 10 N
2
e) 4,7 × 10² N
R Em que:
E

b) 4,1 × 102 N d) 2,4 × 103 N


IA F
F · sen(θ) é o módulo da força aplicada perpendicularmente à barra.
Resolução: D
Esquema de forças no ponto mais baixo da fita:
L DO PRO d é a distância entre a aplicação da força ao ponto de giro,
também chamada de braço de alavanca.

Curiosidade

Tração exercida pela fita sobre as árvores: Olhando para a fórmula do torque, você consegue responder por
que as maçanetas ficam na extremidade da porta? Isso aumenta
2Tsen10º = P o braço de alavanca, facilitando a sua abertura ou fechamento.
2T · 0,17 = 800
∴T ≅ 2,4 · 10³ N

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ESTÁTICA

Observação MÁQUINAS SIMPLES


O momento é um vetor, mas usaremos uma abordagem escalar Usando o conhecimento sobre torque, podemos construir alguns
para simplificar as contas, para isso usaremos uma convenção equipamentos que nos ajudam a realizar tarefas chamados máquinas
de sinais na expressão do torque. Você pode escolher os sinais simples. As alavancas são exemplos dessas máquinas capazes de
trocados, isso não alterará em nada nossos problemas. multiplicar, por exemplo, a força que exercemos sobre tais aparelhos.
Elas possuem um ponto de apoio (ponto fixo - O), uma região em que
• Momento negativo quando girar no sentido anti-horário.
uma força é aplicada (força potente - Fp) e uma região em que a força
• Momento positivo quando girar no sentido horário. é transmitida (força resistente - Fr). Dependendo da disposição dessas
regiões, podemos classificar as alavancas em:

EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO INTERFIXA


Agora podemos finalmente esquematizar as condições para que Como o próprio nome diz, o ponto fio está no meio, entre as
um corpo rígido esteja em equilíbrio: forças potente e resistente.
• A força resultante deve ser nula (não translada).

∑F = 0
• A soma dos momentos das forças aplicadas ao corpo, em
relação a qualquer ponto, deve ser nula (não rotaciona).

∑ Μ =0


L D O PExemplos:
R O Tesoura, alicate, martelo, pé de cabra
I A FE
Exercício Resolvido R INTER-RESISTENTE
A força resistente está entre a força potente e o ponto de apoio.

S
TE

02. (EFOMM 2018) Uma régua escolar de massa M uniformemente

SO
distribuída com o comprimento de 30 cm está apoiada na borda
MA

de uma mesa, com 2/3 da régua sobre a mesa. Um aluno decide


colocar um corpo C de massa 2M sobre a régua, em um ponto da

R
régua que está suspenso (conforme a figura). Qual é a distância
mínima x, em cm, da borda livre da régua a que deve ser colocado
o corpo, para que o sistema permaneça em equilíbrio?

Exemplos: Abridor de garrafa, carrinho de mão, quebra nozes


R
MA

INTERPOTENTE
SO

A força potente está entre a força resistente e o apoio.


T

Re)
E

a) 1,25 c) 5,00 10,0


E

IA F
L DO PRO
b) 2,50 d) 7,50

Resolução: D

Exemplos: pinça, remo, movimento do antebraço

Observação
Na situação de equilíbrio em todas as alavancas, temos:
dp
Fp ⋅ dp =Fr ⋅ dr ⇒ Fp =Fr
dr

Aumentando o valor de dp ou reduzindo dr, fazemos menos força


para realizar a tarefa.

Sendo nulo o momento em relação ao apoio, temos:


Mg · 5 = 2Mg · (10 – x)
2,5 = 10 – x
∴x = 7,5 cm

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ESTÁTICA

EXERCÍCIOS DE 05. (EEAR 2019) O sistema apresentado na figura a seguir está em

FIXAÇÃO equilíbrio estático. Sabe-se que os fios são ideais, que o corpo suspenso
está sujeito a uma força-peso P, que o ângulo θ tem valor de 30º e
que a tração T presente no fio AB tem intensidade igual a 100√3 N.
Determine, em newtons, o valor da intensidade da força-peso P.
01. (EEAR 2020) Uma esfera homogênea de massa m, considerada
um ponto material, é colocada perfeitamente na extremidade A de
uma barra, também homogênea, de peso igual a 20 N e comprimento
de 80 cm. Sendo que do ponto O até a extremidade B tem-se 60 cm.
Qual deve ser o valor, em kg, da massa m da esfera para que a barra
seja mantida na horizontal e em equilíbrio estático? Adote o modulo
da aceleração da gravidade igual a 10 m/s².

a) 10 b) 50 c) 100 d) 200

06. (EEAR 2018) Uma barra de 6 m de comprimento e de massa


desprezível é montada sobre um ponto de apoio (O), conforme pode
ser visto na figura. Um recipiente cúbico de paredes finas e de massa
a) 2 b) 10 c) 20 d) 40 desprezível com 20 cm de aresta é completamente cheio de água e,

DO PRO
em seguida, é colocado preso a um fio na outra extremidade.
02. (EEAR 2020) Um corpo de massa m está apoiado sobre um plano 
L
inclinado, que forma um ângulo de 30º em relação à horizontal,
A
A intensidade da força F, em N, aplicada na extremidade da barra

I
conforme a figura a seguir. O valor do coeficiente de atrito estático FE
para manter em equilíbrio todo o conjunto (barra, recipiente cúbico e
ponto de apoio) é
R
que garante a condição de iminência de movimento desse corpo é?

S
TE

SO
MA

R
1 2 3 3
a) b) c) d)
2 2 2 3 Adote:
1. o módulo da aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s²;
03. (EEAR 2020) No sistema representado na figura a seguir, tem-
se dois corpos A e B, sendo que o corpo A tem massa igual a 2. densidade da água igual a 1,0 g/cm³; e
R
10 kg e o sistema está em equilíbrio estático. Esse sistema é composto
MA

3. o fio, que prende o recipiente cúbico, ideal e de massa desprezível.


SO

por cordas ideais (massas desprezíveis e inextensíveis), além disso, na a) 40 b) 80 c) 120 d) 160
corda 2 tem-se uma tração de intensidade igual a 300 N. Admitindo
a aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s², determine,
07. (EEAR 2018) Um pedreiro decidiu prender uma luminária de 6 kg
respectivamente, em kg, a massa do corpo B e, em N, o valor da
T

entre duas paredes. Para isso dispunha de um fio ideal de 1,3 m que
R
intensidade da tração na corda 4, que prende o corpo B ao corpo A.
E

foi utilizado totalmente e sem nenhuma perda, conforme pode ser


E

IA observado na figura.F
L DO PRO

a) 5 e 5 b) 10 e 10 c) 5 e 50 d) 15 e 150

04. (EEAR 2019) No estudo da Estática, para que um ponto material


esteja em equilíbrio é necessário e suficiente que:
a) A resultante das forças exercidas sobre ele seja nula.
b) A soma dos momentos das forças exercidas sobre ele seja nula. Sabendo que o sistema está em equilíbrio estático, determine o valor,
c) A resultante das forças exercidas sobre ele seja maior que sua em N, da tração que existe no pedaço AB do fio ideal preso à parede.
força peso. Adote o módulo da aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s².
d) A resultante das forças exercidas sobre ele seja menor que sua a) 30 b) 40 c) 50 d) 60
força peso.

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ESTÁTICA

08. (EEAR 2016) Dois garotos de massas iguais a 40 kg e 35 kg Considere que durante o giro:
sentaram em uma gangorra de 2 metros de comprimento para brincar. 1. Não há modificação na quantidade ou distribuição de cargas,
Os dois se encontravam à mesma distância do centro de massa e do pessoas, combustível e na massa da aeronave,
apoio da gangorra que coincidiam na mesma posição. Para ajudar no
equilíbrio foi usado um saco de 10 kg de areia. 2. O módulo da força peso é igual à soma dos módulos das forças de
sustentação direita e esquerda (|P| = |SD| + |SE|), ou seja, a aeronave
está em voo horizontal,
3. As forças de sustentação estão equidistantes do eixo E,
4. O sentido horário é em relação a um observador fora da aeronave
e a olhando de frente.
a)

b)

Considerando o saco de areia como ponto material, qual a distância,


em metros, do saco de areia ao ponto de apoio da gangorra?
a) 2,0 b) 1,5 c) 1,0 d) 0,5
c)
09. (EEAR 2016) Dois garotos decidem brincar de gangorra usando
uma prancha de madeira de massa igual a 30 kg e 4 metros de
comprimento, sobre um apoio, conforme mostra a figura.
L DO PRO
I A d) FE
R

S
TE

SO
MA

02. (EEAR 2015) Uma partícula “X” deve estar em equilíbrio sob a

R
ação de três forças coplanares e concorrentes de mesmo módulo e
distribuídas de maneira a formar três ângulos. Os valores desses
Sabendo que um dos garotos tem 60 kg e o outro 10 kg, qual a
ângulos são, em graus, iguais a
distância, em metros, do apoio à extremidade em que está o garoto
de maior massa? a) 120; 120 e 120. c) 150; 135 e 75.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 b) 120; 150 e 90. R d) 45; 45 e 270.
MA

10. (EAM 2016) Observe a figura abaixo. 03. (EAM 2014) Analise a figura a seguir.
SO

1,20 m 0,30 m
T

I.
S

R
E

I500AN F
L DO PRO
 P
F,

Suponha que um marinheiro levantou uma caixa de 500 kg, utilizando II.
uma alavanca. Qual é a força que ele deve aplicar na extremidade da
alavanca para manter a caixa em equilíbrio?
Dado: g = 10 m/s²
a) 1200N c) 1250N e) 1500N
b) 1230N d) 1300N
III.

EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO De acordo com a figura acima, quais os tipos de alavancas que estão
representados, respectivamente?
01. (EEAR 2015) O desenho a seguir representa uma aeronave vista de a) I - Interfixas, II - Inter-resistentes, III - Interpotentes.
frente onde estão indicadas as forças de sustentação nas asas direita
b) I - Inter-resistentes, II - Interfixas, III - Interpotentes.
(SD) e esquerda (SE); e a força peso (P). Assinale a alternativa que
melhor representa as forças na situação em que o piloto queira iniciar c) I - Interpotentes, II - Inter-resistentes, III - Interfixas.
um giro da aeronave no sentido horário e em torno do eixo imaginário d) I - Interpotentes, II - Interfixas, III - Inter-resistentes.
“E” que passa pelo corpo da aeronave. e) I - Inter-resistentes, II - Interpotentes, III - Interfixas.

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ESTÁTICA

04. (EEAR 2013) A barra homogênea, representada a seguir, tem 1 m


de comprimento, está submetida a uma força-peso de módulo igual
a 200 N e se encontra equilibrada na horizontal sobre dois apoios A e
B. Um bloco, homogêneo e com o centro de gravidade C, é colocado
na extremidade sem apoio, conforme o desenho. Para a barra iniciar
um giro no sentido anti-horário, apoiado em A e com um momento
resultante igual a +10 N ⋅ m, esse bloco deve ter uma massa igual a
_____ kg. a) 20 b) 70 c) 250 d) 300
Considere: módulo da aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
08. (EEAR 2011) Considere o sistema em equilíbrio representado na
figura a seguir:

a) 7,5 b) 2,5 c) 75 d) 25 Para que a intensidade da tensão no fio 1 seja a metade da intensidade
da tensão no fio 2, o valor do ângulo α, em graus, deve ser
05. (EEAR 2013) Um bloco está submetido a uma força-peso
D O a) Pzero.R b) 30. c) 45. d) 60.

L
de módulo igual a 210N e se encontra em equilíbrio no ponto C,

A O
conforme o desenho. Se o ponto C é equidistante tanto do ponto A
I
quanto do ponto B, então o módulo da tração ao qual o lado AC está
representado
F E fixado na parede, que é submetido a uma
09. (EEAR 2011) Considere a figura a seguir na qual se encontra
um gancho,
sujeito é, em newtons, igual a __________ .
Considere os fios AC, BC e CD ideais.
R 
força F de intensidade igual a 80 N.

S
TE

SO
MA

R

A intensidade, em N, da componente da força F que tende a arrancar
o gancho da parede, sem entortá-lo, vale:
a) 80√3. b) 40√3. R c) 60. d) 40.
a) 210 b) 105 c) 70 d) 50
MA

10. (EEAR 2010) Considere que o sistema, composto pelo bloco


SO

homogêneo de massa M preso pelos fios 1 e 2, representado na figura


06. (EEAR 2013) Uma barra homogênea é apoiada no ponto A. A
a seguir está em equilíbrio. O número de forças que atuam no centro
barra está submetida a uma força-peso de módulo igual a 200 N e
de gravidade do bloco é
uma outra força aplicada na extremidade B de módulo igual a 100 N,
T

Obs.: Considere que o sistema está na Terra.


R
conforme desenho. O ponto A está submetido a um momento
E

resultante, em N ⋅ m, igual a ____________ .


IA F
L DO PRO
Considere a gravidade local constante.

a) 1 b) 2 c) 3 d) 5

a) 0 b) 100 c) 200 d) 300


EXERCÍCIOS DE
07. (EEAR 2012) O sistema representado a seguir está em equilíbrio. O
valor do módulo, em newtons, da força normal N exercida pelo apoio
(representado por um triângulo) contra a barra sobre a qual estão os
COMBATE
dois blocos é de
Considere: 01. (EEAR 2010) Uma barra rígida, uniforme e homogênea, pesando
1. o módulo da aceleração da gravidade local igual a 10 m/s². 720 N tem uma de suas extremidades articulada no ponto A da parede
vertical AB = 8 m, conforme a figura. A outra extremidade da barra
2. as distâncias, 10 m e 4 m, entre o centro de massa de cada bloco está presa a um fio ideal, no ponto C, que está ligado, segundo uma
e o apoio. reta horizontal, no ponto D da outra parede vertical. Sendo a distância
3. a massa do bloco menor igual a 2 kg e do maior 5 kg. BC = 6 m, a intensidade da tração (T), em N, no fio CD, vale:
4. o peso da barra desprezível.

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PM_BOOK08_FIS.indb 66 03/11/2021 11:00:03


ESTÁTICA

05. (EAM 2010) O sistema representado abaixo entra em equilíbrio


quando um corpo C é colocado na posição indicada na figura

a) 450 b) 360 c) 300 d) 270


considerando que a gravidade local seja igual a 10 m/s² e desprezando
o peso da barra, é correto afirmar que a massa do corpo C vale
02. (EEAR 2010) A figura representa uma placa de propaganda,
homogênea e uniforme, pesando 108 kgf, suspensa por dois a) 12 kg c) 24 kg e) 36 kg
fios idênticos, inextensíveis e de massas desprezíveis, presos ao b) 18 kg d) 30 kg
teto horizontal de um supermercado. Cada fio tem 2 metros de
comprimento e a vertical (h), entre os extremos dos fios presos na 06. (EAM 2009) O sistema em equilíbrio mostrado na figura abaixo
placa e o teto, mede 1,8 metros. representa a associação entre uma roldana de uma alavanca
A tração (T), em Kgf, que cada fio suporta para o equilíbrio do sistema,
vale:

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
a) 48,6 b) 54,0 c) 60,0 d) 80,0
MA

Determine, em Newtons, o peso do corpo A.


03. (AFA 1999) Uma esfera metálica de peso P está presa a uma

R
a) 20 c) 40 e) 60
das extremidades de um fio de massa desprezível, cuja extremidade
oposta está ligada a um suporte fixo. Sabendo-se que o sistema está b) 30 d) 50
em equilíbrio, em uma posição na qual o fio forma com a vertical um
ângulo θ, equilíbrio este conseguido pela ação de uma força horizontal 07. (EAM 2008) Análise ilustrações a seguir
F aplicada à esfera, pode-se afirmar que o módulo de tal força é
R
MA


SO

θ F
T

R
E

IA F
a) P tg θ
b) P/tg θ
c) P cos θ
d) P/cos θ
L DO PRO
04. (AFA 2002) Um corpo é sustentado por 2 cordas inextensíveis
conforme a figura ponto

A finalidade das máquinas simples é diminuir o esforço a ser


empregado na realização de um trabalho.
Com relação às situações mostradas nas ilustrações, cujas forças estão
em equilíbrio, é correto afirmar que
a) Palavanca > Proldana
b) Palavanca = Proldana
sabendo-se que a intensidade da tração na corda AB é de 80 N, a
c) Palavanca < Proldana
intensidade da tração na corda BC será
d) Palavanca = 200 N
a) 60 N b) 40 N c) 40√3 N d) 60√3 N
e) Proldana = 100 N

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PM_BOOK08_FIS.indb 67 03/11/2021 11:00:04


ESTÁTICA

08. (EAM 2007) Observe:


75 cm 150 cm RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
O FR de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
FP

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. A 04. A 07. C 10. C
02. D 05. C 08. D
A figura acima mostra um bloco de peso P = 50 N apoiado sobre uma
03. C 06. D 09. A
alavanca. Qual a intensidade da força de potência Fp necessária para
que alavanca fica em equilíbrio na horizontal? EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
a) 75000 N 01. C 04. A 07. B 10. C
b) 1000 N 02. A 05. A 08. D
c) 800 N 03. E 06. A 09. D
d) 100 N EXERCÍCIOS DE COMBATE
e) 50 N 01. D 04. C 07. C 10. E

D O 03.PA R O
02. C 05. C 08. D

A L
09. (EAM 2006) Um marinheiro utiliza uma associação de roldanas, 06. A 09. C
como a da figura abaixo, pare erguer um barco de peso P = 1600 N.
I ANOTAÇÕES FE
R

S
TE

SO
MA

Fp

Fr R
R
Sabendo-se que essa associação tem 3 roldanas móveis, qual deve ser
MA

a força aplicada pelo marinheiro para manter o barco em equilíbrio?


SO

a) 50 N
b) 100 N
T

c) 200 N
R
E

d) 250 N
IA F
L DO PRO
e) 300 N

10. (EAM 2005)

A figura acima representa um tipo de máquina simples utilizada no dia


a dia para erguer grandes massas. Qual deverá ser o valor da força F,
em kgf, para que o sistema permaneça em equilíbrio?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25

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PM_BOOK08_FIS.indb 68 03/11/2021 11:00:04


HIDROSTÁTICA

CONCEITOS BÁSICOS DENSIDADE E MASSA ESPECÍFICA


Um líquido exerce forças sobre as paredes do recipiente que o Para estudarmos essa diferença sutil vamos analisar a seguinte
contém. Para entendermos essa interação, precisamos de algumas situação: temos duas esferas, uma oca e outra maciça, ambas feitas do
ideias básicas: mesmo material. A densidade da esfera será a massa pelo seu volume,
logo, a esfera maciça, como tem mais massa e mesmo volume que
a outra, terá uma densidade maior. Porém, se a pergunta for qual
PRESSÃO a massa específica do material, será a mesma para os dois casos.
Para entendermos o conceito físico de pressão, comece Massa específica é a relação entre a massa do material e o volume
pressionando um lápis em suas mãos conforme o esquema abaixo. do material. Cada elemento tem a sua massa específica. Analisando

L DO PRO apenas a esfera oca, como o volume dela é maior que o volume
ocupado pelo material, podemos perceber que a sua densidade é

I A FE
menor que a massa específica do material que a compõe.
A densidade, então, é a razão entre a massa (m) e o volume (V)
R de uma substância:

S
TE

d
µ=

SO
V
MA

R
Observação
A unidade de densidade no SI é kg/m³
Outras unidades são bem comuns e você precisa saber fazer a
conversão entre elas:
1 g/cm³ = 1 g/m = 1 kg/ = 1,0 × 10-3 kg/m³
R
Qual é o lado que mais machuca? O que tem a ponta. Por que se
MA

a força é a mesma em ambos os lados? Ele faz mais pressão em função


SO

da sua área ser menor. A pressão então será uma grandeza escalar
definida pela razão entre a força normal aplicada e área da região que PRINCÍPIO DE STEVIN
sofre essa aplicação.
A pressão de um líquido sobre as paredes e o fundo do recipiente
T

depende da densidade do líquido e da profundidade. Você já


R
E

IA F
percebeu isso ao mergulhar na água de uma piscina, por exemplo,
quanto mais fundo maior é a pressão percebida sobre seus ouvidos. O

L DO PRO princípio de Stevin afirma que pontos numa mesma horizontal em um


líquido homogêneo e em equilíbrio possuem a mesma pressão. Vamos
calcular o valor para validar o princípio.

F ⋅ sen ( θ )
P=
A

Observação
A unidade no sistema internacional de medidas (SI) é o Pascal
[P] = Pa = N/m²
Outras unidades também são bem comuns:
Para um líquido homogêneo em equilíbrio estático com densidade
• atmosfera (atm): 1 atm = 1,1 × 105 Pa µ, a pressão exercida a uma profundidade h, ignorando a pressão
• milímetro de mercúrio (mmHg): 760 mmHg = 1 atm atmosférica, será:

PROMILITARES.COM.BR 69

PM_BOOK08_FIS.indb 69 03/11/2021 11:00:05


HIDROSTÁTICA

F mg µVg µAhg Qual é, aproximadamente, o valor da densidade do líquido, em g/cm³?


P=
 = = =
A A A A
P = µ ⋅ g ⋅ h a) 1,5. c) 0,9. e) 0,5.
b) 1,0. d) 0,7.
onde:
Resolução: D
• V é o volume ocupado pelo líquido
Para os pontos A e B indicados no desenho abaixo, as pressões
• A é a área da base do recipiente hidrostáticas são iguais.
• g é a aceleração da gravidade

ATENÇÃO: A pressão não depende da quantidade de líquido


presente, apenas da profundidade.

Observação
A pressão exercida no fundo do recipiente é dada pela soma da
pressão atmosférica (Patm) coma pressão exercida pelo peso do
líquido (P).
= Patm + P
Ptotal
= Patm + µ ⋅ g ⋅ h
Ptotal pA = pB
Usando a pressão das colunas de líquido p = ρgh.

L D O pP= Rρ gOh e p = ρ g h
A A A B B B

VASOS COMUNICANTES
I A F cm ⋅ 6 cm
ρ gh = ρ gh A

1g E
A B B

R ρ h 3
Uma consequência direta da pressão hidrostática é que pontos =
ρ = A
∴=
ρ A
0,67 g cm3 ≈ 0,7 g cm3
B B
situados em um mesmo plano horizontal num fluído homogêneo têm hB 9 cm

S
TE

a mesma pressão. Isso pode ser ilustrado por um vaso comunicante


como o da figura abaixo.

SO
MA

EXPERIMENTO DE TORRICELLI

R
No século XVII, o físico-matemático Evangelista Torricelli desen-
volveu um experimento usado para medir a pressão atmosférica do
ambiente. Ele consiste em um tubo capilar sem ar virado dentro de
uma bacia com mercúrio. O líquido sobe a uma determinada altura
até que as pressões dos pontos A e B se igualem.
R
MA

SO
T

R
E

Pelo princípio de Stevin, os pontos A, B e C possuem a mesma


E

IA
pressão, portanto a altura da coluna líquida em cada um dos ramos do F
A h=
B hC
L DO PRO
vaso é igual e independe do formato ou tamanho da secção transversal.
h=
PA= P=
B PC

Exercício Resolvido

01. Em um tubo transparente em forma de U contendo água,


verteu-se, em uma de suas extremidades, uma dada quantidade
de um líquido não miscível em água. Considere a densidade da
água igual a 1 g/cm³.
A figura abaixo mostra a forma como ficaram distribuídos a água
e o líquido (em cinza) após o equilíbrio. Usando o princípio de Stevin e a densidade do mercúrio, temos:

PA =
PB ⇒ Patm =
P ⇒ Patm =
µgh
105 = 13,6 ⋅ 103 ⋅ 9,81⋅ h
h ≅ 760 mmHg

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HIDROSTÁTICA

Observação
Por isso a pressão atmosférica ao nível do mar vale
1 atm = 760 mmHg

Exercício Resolvido

02. Repita o experimento de Torricelli trocando o líquido por água


no lugar do mercúrio. Calcule a altura da coluna de água formada
nesse novo experimento: Encontre a força necessária para se levantar o bloco com velocidade
Dados: µágua = 1,0 × 103 kg/m³ constante. Considere g = 10m/s² e despreze os atritos.
a) 100 N
Resolução: b) 300 N
P =Patm ⇒ Patm =µgh ⇒ 105 =1,0 ⋅ 103 × 9,81× h ⇒ c) 600 N
h ≅ 10,0 m de água d) 900 N
e) 1.000 N
Perceba que o tubo teria de ter, no mínimo, 10 m de comprimento.
Resolução: A

D O osPramos.
No elevador hidráulico a pressão deve ser a mesma em ambos
Observação
Por isso dizemos que a pressão aumenta 1 atm a cada L
RO
água. I A 10 m de
=P =P ⇒  F   ⇒
F
p F
F
 A  E A 
m⋅g
=
 
 A 
F
  ⇒
 A F
m⋅g
=
 2 
 π ⋅ r P
 F 
 2 
 π ⋅ r F
R m⋅g F
⇒ 2  =  2
P F P

S
TE

 r P  r F
PRINCÍPIO DE PASCAL

SO
2 2 2
r  d   1 
F = m ⋅ g ⋅  F  = m ⋅ g ⋅  F = 9000 ⋅ 10 ⋅  
MA

Esse princípio afirma que um acréscimo de pressão (∆P) aplicado r


P d
 P  30 
sobre um líquido incompressível é transmitido igualmente para todos 90000

R
os pontos do líquido. = ⇒ F= 100 N
900

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES R
Quando um corpo está imerso em um líquido, há uma força que
MA

tenta erguê-lo de volta à superfície denominada empuxo. Essa força


SO

pode ser quantificada a partir do volume de líquido que extravasa


quando o corpo é imerso no fluído. O volume que vaza é igual ao
volume do corpo imerso. E a força de empuxo é igual ao peso do
T

líquido deslocado.
R
E

IA F
L R O
DO
Como a força é inversamente proporcional à área, os pontos com P
menor área sofrerão maior força e vice-versa.

F1 F
∆P1 =∆P2 ⇒ =2
A1 A 2

Observação
Esse é o princípio básico da prensa hidráulica.

Exercício Resolvido

03. Um bloco de massa m = 9.000 kg é colocado sobre um


elevador hidráulico como mostra a figura. A razão entre o diâmetro Disponível em <https://www.britannica.com/science/Archimedes-principle>
do pistão (DP) que segura a base do elevador e o diâmetro (DF)
D Vamos chamar de empuxo (E) a força que o líquido causa no
onde se deve aplicar a força F é de P = 30.
DF corpo, assim:
E =Plíquido =mlíquido ⋅ g =µlíq ⋅ Vlíquido ⋅ g
E =µlíq ⋅ Vimerso ⋅ g

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HIDROSTÁTICA

Observação CORPO NO FUNDO DO RECIPIENTE


Quando o corpo possuir densidade maior que a do líquido, ele afunda
Arquimedes se tornou muito conhecido por ter ajudado o rei
até tocar o fundo do recipiente. Nesse caso, haverá uma força normal
Heron de Siracusa no século III a.C a descobrir se um ourives o
para manter o equilíbrio, portanto o peso será maior que o empuxo,
havia enganado na fabricação de uma coroa. Conta a história que,
apesar do volume imerso do corpo ser igual ao volume total do corpo.
durante um banho na sua banheira, Arquimedes percebeu que
a coroa imersa fazia a água subir de nível e deduziu que aquele
aumento era devido ao próprio volume da coroa. Ele saltou da
banheira, emociado pela descoberta, e saiu nu pelas ruas gritando
“Eureka, eureka!”, que significa “Encontrei, encontrei!”

E+N= P
µlíquido ⋅ Vimerso ⋅ g + N = dcorpo ⋅ Vtotal ⋅ g ⇒ µlíquido ⋅ Vimerso ⋅ g < dcorpo ⋅ Vtotal ⋅ g
µlíquido ⋅ Vimerso < dcorpo ⋅ Vtotal
dcorpo > µlíquido

CORPO EM EQUILÍBRIO
D O Exercício
P R
Resolvido

L
Há três formas de um corpo ficar em equilíbrio em um líquido
A O maciço de Ferro, de massa m = 500 g, está suspenso
04. Um bloco
por um cabo F
I
e cada uma delas só depende da relação entre as densidades do
E água (Figura B). Considere desprezíveis tanto
preso a uma superfície fixa (Figura A). O bloco é

do empuxo, portanto: R
corpo e do líquido. Nas situações a seguir só há atuação do peso e então submerso em
a massa do cabo como o empuxo do ar. Considere a densidade do

S
TE

E=P Ferro igual a 7,90 g/cm³ e da água igual a 1,00 g/cm³. Considere

SO
g = 10 m/s².
MA

CORPO BOIANDO

R
Quando o corpo possuir densidade menor que o líquido, ele
boia, ou seja, o volume imerso do corpo é menor que o volume
total do corpo.

R
MA

SO

Os módulos aproximados da força de tensão no cabo antes da


submersão do bloco na água (Figura A) e depois da submersão
(Figura B), considerando o bloco em repouso nas duas situações,
T

são, respectivamente:
S

E = P ⇒ µlíquido ⋅ Vimerso ⋅ g = dcorpo ⋅ Vtotal ⋅ g


R a) 500 N e 4,37 N
E

Vtotal > Vimerso ⇒ dcorpo < µlíquido


IA F
b) 5,00 × 10³ N e 6,3 × 10² N
c) O
L D O d) P5,00RN e 1,33 N
Ambos são nulos.

CORPO SUBMERSO
e) 5,00 × 10³ N e 6,3 × 10-1 N
Já quando a densidade do corpo e do fluído forem são iguais,
o corpo fica totalmente submerso em qualquer posição sem tocar o
fundo do recipiente. Dessa forma, o volume imerso é igual ao volume Resolução: A
total do corpo: Para a figura A, a tração no cabo é igual ao peso do corpo.
TA = P = m ⋅ g = 0,50 kg ⋅ 10 m s2 ∴ TA = 5,00 N

Para a figura B, temos que considerar o Empuxo, assim a condição


de equilíbrio é:
TB + E = P ⇒ TB = P − E

O Empuxo é dado por


m
Vdesl =
ρ kg m 500 g 1m3
E = P ⇒ µlíquido ⋅ Vimerso ⋅ g = dcorpo ⋅ Vtotal ⋅ g E = ρliq ⋅ g ⋅ Vdesl 
corpo
→ E = 103 ⋅ 10 2 ⋅ ⋅ ∴ E = 0,63 N
m3 s 7,9 g cm3 106 cm3
Vtotal =
Vimerso ⇒ dcorpo =
µlíquido
∴E = 0,63 N
=
TB 5,00 N − 0,63 N ∴=
TB 4,37 N

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HIDROSTÁTICA

EXERCÍCIOS DE Considere o helicóptero sobre a superfície da água e na mesma

FIXAÇÃO vertical do submarino, que se encontra submerso tentando ocultar-se


a uma profundidade tal que não haja risco algum a sua estrutura em
virtude da pressão externa. Sendo assim, marque a opção que fornece
a profundidade máxima a que poderá estar o submarino antes que
comece a colapsar (implodir) e informe se o helicóptero terá chance
01. (EEAR 2020) A figura representa dois vasos comunicantes em que
ou não em detectá-lo.
há dois líquidos imiscíveis e em repouso. A parte superior de ambos os
vasos é aberta e está sujeita à pressão atmosférica. Os pares de pontos Dados: Patmosférica = 1 atm = 1 × 105 N/m2; g = 10 m/s2; dágua = 10³ kg/m³;
(AB, CD, EF e GH) pertencem a diferentes retas paralelas à horizontal. pressão máxima suportada pelo submarino = 2,6 × 106 N/m².
a) 150 m e terá chance de detectá-lo.
b) 250 m e terá chance de detectá-lo.
c) 350 m e terá chance de detectá-lo.
d) 450 m e terá chance de detectá-lo.
e) 550 m e não terá chance de detectá-lo.

05. (EEAR 2018) Em um sistema de vasos comunicantes, são


colocados dois líquidos imiscíveis, água com densidade de
Pode-se afirmar corretamente que as pressões nos pontos 1,0 g/cm³ e óleo com densidade de 0,85 g/cm³. Após os líquidos
a) C e D são iguais. c) G e H são iguais. atingirem o equilíbrio hidrostático, observa-se, numa das extremidades
do vaso, um dos líquidos isolados, que fica a 20 cm acima do nível de

DO PRO
b) C e E são iguais. d) A e B são diferentes separação, conforme pode ser observado na figura. Determine o valor

A L de x, em cm, que corresponde à altura acima do nível de separação e


02. (EEAR 2019) Uma bomba hidráulica, que apresenta potência útil
I
de 4 HP, é utilizada para retirar água do fundo de um poço de 6 m de FE
identifique o líquido que atinge a altura x.

R
profundidade. Adotando o módulo da aceleração da gravidade local
igual a 10 m/s², 1 HP = 3/4 kW e densidade da água igual a 1 kg/L,

S
TE

qual o volume, em litros, de água retirada deste poço na profundidade

SO
especificada após 30 min de uso desta bomba?
MA

a) 12 ⋅ 102 c) 45 ⋅ 103
b) 30 ⋅ 10 2
d) 90 ⋅ 103

R
03. (EEAR 2019) A superfície de um líquido em repouso em um
recipiente é sempre plana e horizontal, pois todos os seus pontos a) 8,5; óleo c) 17,0; óleo
suportam a mesma pressão. Com base nessa afirmação, responda b) 8,5; água d) 17,0; água
qual Lei descreve esse fenômeno físico.
a) Lei de Pascal c) Lei de Torricelli
R
06. (EEAR 2018) O valor da pressão registrada na superfície de um
MA

b) Lei de Stevin d) Lei de Arquimedes lago é de 1 ⋅ 105 N/m², que corresponde a 1 atm. Um mergulhador
SO

se encontra, neste lago, a uma profundidade na qual ele constata


04. (EAM 2019) uma pressão de 3 atm. Sabendo que a densidade da água do lago
vale 1,0 g/cm³ e o módulo da aceleração da gravidade no local vale
T

helicóptero 10,0 m/s², a qual profundidade, em metros, em relação à superfície,


S

R esse mergulhador se encontra?


E

b)F 20
I A ar a) 10
O
c) 30 d) 40

sonar de imersão L D O07. (EEAR


água
P R2018) Um balão de borracha preto foi preenchido com
(sensor subaquático) ar e exposto ao sol. Após certo tempo tende a se mover para cima
se não estiver preso a algo. Uma possível explicação física para tal
acontecimento seria:
a) O aquecimento do ar dentro do balão causa uma propulsão em
seu interior devido à convecção do ar;
b) O aumento da temperatura dentro do balão diminui a densidade
do ar, fazendo com que o empuxo tenda a ficar maior do que o
peso;
c) A borracha do balão tem a sua composição alterada, tornando-o
submarino mais leve;
d) O aquecimento do ar diminui a massa do mesmo dentro do balão,
tornando-o mais leve.

Na figura acima, o Helicóptero SH-16 (Seahawk) é uma poderosa 08. (EEAR 2018) O comando hidráulico de um avião possui em uma
arma de guerra antissubmarina da Marinha do Brasil (MB) capaz de de suas extremidades um pistão de 2 cm de diâmetro e na outra
detectar, com o seu sonar de imersão, submarinos que estejam ocultos extremidade um pistão de 20 cm de diâmetro. Se a força exercida
em profundidades que não ultrapassem os 500 metros. A MB, ao por um piloto atingiu 50 N, na extremidade de menor área, qual foi a
tomar conhecimento da existência de um submarino inimigo em águas força, em newtons, transmitida na extremidade de maior diâmetro?
jurisdicionais brasileiras envia um desses helicópteros do Primeiro a) 50 c) 5000
Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino a fim de tentar detectá-lo.
b) 500 d) 50000

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HIDROSTÁTICA

09. (EAM 2018) Um cinegrafista, desejando filmar a fauna marítima 04. (EEAR 2016) Um garoto, brincando com seus carrinhos, montou
de uma certa localidade, mergulhou até uma profundidade de engenhosamente um elevador hidráulico utilizando duas seringas de
30 metros e lá permaneceu por cerca de 15 minutos. êmbolos com diâmetros de 1,0 cm e 2,0 cm. Ligou as duas por uma
Qual foi a máxima pressão suportada pelo cinegrafista? mangueira cheia de água, colocando um carrinho sobre o êmbolo de
maior diâmetro. Apertou, então, o êmbolo de menor diâmetro para
Dados: que o carrinho fosse levantado até determinada altura. A força que o
g = 10 m/s2 garoto aplicou, em relação ao peso do carrinho, foi
dágua = 1 ⋅ 103 kg/m3 a) duas vezes maior.
Patmosférica = 1 ⋅ 105 N/m2 b) duas vezes menor.
c) quatro vezes maior.
a) 1 ⋅ 105 N/m2
d) quatro vezes menor.
b) 2 ⋅ 105 N/m2
c) 3 ⋅ 105 N/m2 05. (EAM 2016) Sabe-se que um mergulhador em uma manobra de
d) 4 ⋅ 105 N/m2 exercício está flutuando sobre a água. Ao inspirar o ar e mantê-lo em
e) 5 ⋅ 105 N/m2 seus pulmões, o mesmo eleva-se em relação ao nível da água. Esse
fato pode ser explicado:
10. (EEAR 2017) Uma esfera maciça de alumínio, de raio 10 cm e a) pelo aumento do peso da água deslocada.
densidade 2,7 g/cm³ está sobre uma balança submersa em água, b) pelo aumento do empuxo da água.
cuja densidade vale 1 g/cm³. Qual o valor, aproximado, da leitura na
c) pela diminuição da densidade do mergulhador.
balança, em kg? Adote: g = 10 m/s² e π = 3.

D O e) PpelaRdiminuição
d) pela diminuição da densidade da água.
a) 3,2 b) 4,0 c) 6,8 d) 10,8
L O da massa do mergulhador.

EXERCÍCIOS DE IA FE
06. (EEAR 2015) Um recipiente contém dois líquidos, 1 e 2, imiscíveis
R
TREINAMENTO
e em repouso em um local onde o módulo da aceleração da gravidade
é constante. Os pontos A, B e C estão respectivamente localizados na

S
TE

superfície do líquido 1, na interface entre os líquidos 1 e 2 e no fundo

SO
do recipiente. A pressão atmosférica local é igual a P0, o recipiente
MA

está aberto na parte superior e o líquido 1 está sobre o líquido 2. Um


01. (EAM 2017) Observe a figura abaixo.
objeto desloca-se verticalmente do ponto A até o ponto C. Dentre as

R
alternativas a seguir, assinale aquela em que o gráfico da pressão (P) em
função da profundidade (h) melhor representa a pressão sobre o objeto.
a) c)

R
MA

SO

O esquema acima representa um dispositivo que utiliza o Princípio de


Pascal como base para o seu funcionamento.
O êmbolo “A” tem 30 cm² de área e o êmbolo «B», um valor que
T

corresponde ao quíntuplo da área do êmbolo «A». Considerando que b) d)


R
E

F
a gravidade local seja igual a 10 m/s², é correto afirmar que a força
“F” vale IA
a) 240 N
b) 120N
c) 60 N
d) 30 N
e) 24 N
L DO PRO
02. (EEAR 2017) Uma prensa hidráulica possui ramos com áreas iguais
a 15 cm² e 60 cm². Se aplicarmos uma força de intensidade F1 = 8 N
sobre o êmbolo de menor área, a força transmitida ao êmbolo de
maior área será: 07. (EEAR 2015) Um sistema hidráulico é representado a seguir com
a) F1/4 b) F1/2 c) 2F1 d) 4F1 algumas medidas indicando a profundidade. Nele há um líquido de
densidade igual a 10³ kg/m³ em repouso. O sistema hidráulico está
03. (EEAR 2016) Qual dos recipientes, contendo o mesmo líquido, em um local onde o módulo da aceleração da gravidade é igual a
apresenta maior pressão no ponto P? 10 m/s². A superfície do líquido está exposta a uma pressão atmosférica
igual a 105 Pa. Se um manômetro (medidor de pressão) for colocado
no ponto A, a pressão medida, em 105 Pa, nesse ponto é igual a

a) 0,2.
b) 1,2.
c) 12,0.
d) 20,0.
a) A b) B c) C d) D

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HIDROSTÁTICA

08. (EAM 2015) Observe a figura a seguir. para a nova caixa, seria mais fácil interligar as caixas por meio de um
cano na parte baixa das duas caixas, conforme a figura abaixo.
Assim foi feito e o morador ficou surpreso ao ver que, depois da
interligação, o nível de água da nova caixa passou a ter sempre a
mesma altura do nível de água da caixa antiga. Ou seja, o sistema
funcionou corretamente, como o encanador previu

saída do excesso
de água (ladrão)
entrada de água
bóia
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da nível d’água nível d’água
sentença abaixo.
Durante construção de um navio, são pintadas linhas horizontais
caixa d’água
a uma certa distância de sua parte inferior (chamadas de calado) a saída de água
caixa d’água
antiga
cano de
interligação nova
fim de demarcar o limite do nível da água. Um navio possui duas para casa

dessas marcas como mostra a figura acima. Sabendo que esse navio e
utilizado tanto nos rios quanto nos oceanos e que os oceanos são mais
densos que as águas dos rios, e correto afirmar que a linha ______ O princípio físico que explica esse fenômeno chama-se:
representa o limite do nível da água ___ .
a) Princípio de Pascal.
a) 1 / nos rios e nos oceanos
b) Teorema de Arquimedes.
b) 1 / somente nos rios
c) Experiência de Torricelli.
c) 2 / somente nos oceanos
L D O d) PPrincípio
R Odos vasos comunicantes.
IA
d) 2 / nos rios e nos oceanos
02. (EEAR 2014)FDa conhecida experiência de Torricelli originou-se o
e) 2 / somente nos rios
R E que por sua vez foi usado para determinar a
Barômetro de mercúrio,
09. (EEAR 2015) Os controladores de voo normalmente comunicam o atmosfera padrão, ao nível do mar, ou seja, 1 atm = 760 mmHg.

S
TE

valor da pressão atmosférica no local do aeroporto para os pilotos dos Sabendo que a densidade do mercúrio é 13,6 g/cm³ e que em um

SO
aviões que estão decolando ou pousando, essa informação é utilizada outro barômetro foi utilizado um óleo com densidade de 0,76 g/cm³,
MA

pelo piloto para ajustar uma referência dos instrumentos do avião. a altura indicada por esse novo barômetro, ao nível do mar, será de
Normalmente a unidade utilizada, nesse caso, é o milibar (mbar), que ____ metros.

R
é igual a 10-3 bar.
a) 7,6
Sabendo que a pressão da atmosfera padrão (1,0 atm) é igual a 760
b) 10,3
milímetros de mercúrio (mmHg), e que 1 Bar = 105 Pa, assinale a
alternativa que representa o valor aproximado da atmosfera padrão c) 13,6
ao nível do mar em mbar. d) 15,2
Utilize: O valor da aceleração da gravidade local como sendo R
g = 9,81 m/s². A densidade do mercúrio d = 13.600 kg/m³. 03. (EEAR 2014) Na distribuição de água potável em uma cidade,
MA

utiliza-se um grande reservatório situado em um local elevado, e


SO

a) 760 b) 981 c) 1014 d) 1140


deste reservatório saem os canos que estão ligados às caixas d’água
das residências em níveis abaixo deste. Esta forma de distribuição é
10. (EEAR 2015) Assinale a alternativa que contém as palavras que,
explicada pelo princípio de __________ ou dos vasos comunicantes.
T

colocadas respectivamente nas lacunas do texto a seguir, o tornam


correto, conforme o Teorema de Arquimedes.
R a) Pascal
E

IA
Os balões dirigíveis ainda são utilizados para filmagens, observações b) Stevin F
O
L D Od) Arquimedes
PR
meteorológicas e outros fins. Esses balões alteram _______ final, c) Clapeyron
preenchendo recipientes internos com gases de menor ______ que o ar
e com isso, conseguem obter _______ que possibilita a ascensão vertical.
a) seu volume; temperatura; maior pressão 04. (EEAR 2014) Um tubo em U, com as extremidades abertas contém
b) sua densidade; volume; menor pressão dois líquidos imiscíveis, conforme mostrado na figura. Sabendo que a
c) sua densidade; densidade; o empuxo densidade de um dos líquidos é quatro vezes maior que a do outro,
qual a altura h, em cm, da coluna do líquido B?
d) seu peso; peso; um volume menor

EXERCÍCIOS DE

COMBATE
a) 0,25 b) 2 c) 4 d) 8
01. (EEAR 2015) Devido à recente escassez de água, um morador
da cidade de São Paulo resolveu duplicar a capacidade de 05. (EEAR 2014) Em um cilindro, graduado em cm, estão colocados
armazenamento de água da sua residência, que antes era de três líquidos imiscíveis, com densidades iguais a 1,4 ⋅ 10³ kg/m³,
1000 litros, acrescentando mais uma caixa d’água igual à anterior. 1,0 ⋅ 10³ kg/m³ e 0,8 ⋅ 10³ kg/m³. As alturas dos líquidos em relação
O encanador responsável pela obra sugeriu que ao invés de duplicar o a base do cilindro estão anotadas na figura. Qual a pressão, em Pa,
sistema (entrada de água, boia, saída de excesso e saída para a casa), exercida, exclusivamente, pelos líquidos no fundo do cilindro?

PROMILITARES.COM.BR 75

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HIDROSTÁTICA

Obs.: adote g = 10 m/s²

Pode-se afirmar corretamente que:


a) 198 b) 1200 c) 1546 d) 1980
a) as esferas irão flutuar.
b) a esfera A deverá flutuar e a esfera B afundar.
06. (EEAR 2013) A prensa hidráulica é uma das aplicações do Princípio
de Pascal. Um corpo, de massa 800 kg, é colocado sobre o êmbolo c) a esfera B deverá flutuar e a esfera A afundar.
de área maior (S2) de uma prensa hidráulica. Qual deve ser o valor da d) a esfera B permanecerá na posição que se encontra e a esfera A
razão entre S2/S1 para que, ao se aplicar uma força de 20 N no embolo flutuará.
menor de área S1, o corpo descrito acima fique em equilíbrio?
Dado: aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s2.
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
a) 40 b) 400 c) 1600 d) 16000
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
07. (EEAR 2013) Um cubo maciço e homogêneo com 4 cm de lado
está apoiado sobre uma superfície plana e horizontal.

L D O GABARITO
PRO
Qual o valor da pressão, em N/m2, exercida pela face do cubo apoiada

IA EXERCÍCIOS DEFFIXAÇÃO
sobre o plano?
Admita que:
1. A densidade do cubo seja 8 ⋅ 10³ kg/m³ e R E
01. C 04. B 07. B 10. C

S
TE

2. a aceleração da gravidade no local seja de 10 m/s². 02. D 05. D 08. C

SO
a) 3,2 b) 32 c) 320 d) 3200 03. B 06. B 09. D
MA

EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
08. (EEAR 2013) Um recipiente cúbico, de 10 cm de aresta e massa 01. A 04. D 07. B 10. C

R
desprezível, está completamente cheio de água e apoiado sobre uma
02. D 05. C 08. E
mesa plana e horizontal. Calcule a pressão, em pascal, exercida por
esse recipiente sobre a superfície da mesa. 03. B 06. B 09. C
Dados: EXERCÍCIOS DE COMBATE
Densidade da água = 1 g/cm³ 01. D 04. D 07. D 10. B
02. C 05. B 08. C
Aceleração da gravidade no local = 10 m/s 2
R
MA

a) 10 b) 102 c) 103 d) 104 03. B 06. B 09. A


SO

09. (EEAR 2013) Um corpo, de 10 kg de massa, tem 1 m³ de seu ANOTAÇÕES


volume imerso em um recipiente contendo água, pois está preso
T

por meio de uma mola ao fundo do recipiente, conforme a figura.


R
E

F
Supondo que o corpo está em equilíbrio, a força que a mola exerce
sobre o corpo é de ____ N. IA
Dados:
densidade da água 10³ kg/m³
L DO PRO
aceleração da gravidade (g) = 10 m/s²

a) 9900 b) 990 c) 99 d) 9

10. (EEAR 2013) Duas esferas idênticas, A e B, de 200 cm³ e 140 g,


cada uma, são colocadas na mesma linha horizontal dentro de dois
recipientes idênticos, I e II. A esfera A é colocada no recipiente I, cujo
conteúdo é água, com densidade igual a 1 g/cm³ e a esfera B no
recipiente II, cujo conteúdo é óleo, de densidade igual a 0,6 g/cm³.
Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s².

76 PROMILITARES.COM.BR

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TRABALHO, ENERGIA
E POTÊNCIA

TRABALHO TRABALHO DO PESO


As mudanças no movimento de um objeto dependem tanto da O peso ou força gravitacional só realiza trabalho na “subida”
força quanto do seu tempo de atuação. Podemos usar um outro ou na “descida”, tendo em vista ser uma força que só atua no eixo
conceito para estudar essas variações no movimento chamado de vertical e de módulo constante.
trabalho, uma grandeza escalar que representa o esforço de uma • Corpo subindo: o trabalho é resistente, pois o peso aponta
força para deslocar um corpo ao longo de uma trajetória. Existem dois para baixo e é contrário ao deslocamento
tipos de trabalho:
• Trabalho motor: quando a força tem o mesmo sentido do τpeso =−m ⋅ g ⋅ h
deslocamento do corpo, o trabalho realizado é positivo τ > 0.

L D O P• RCorpo
Trabalho resistente: quando a força tem sentido contrário
O
descendo: o trabalho é motor, pois o peso aponta

IA F E τ =+m ⋅ g ⋅ h
para
ao deslocamento do corpo, o trabalho realizado é negativo baixo e tem a mesma direção do deslocamento
τ < 0.
R peso

S
TE

SO
Observação
MA

O trabalho da força peso SÓ DEPENDE DA VARIAÇÃO DE ALTURA


do corpo, independente da trajetória:

R
O trabalho é definido matematicamente pelo produto da força
que atua na direção do movimento pelo deslocamento.

τ = F ⋅ d ⋅ cos θ
R
MA

Observação
SO

• A unidade SI de trabalho é o Joule (J): 1 J = 1 N·m.


• Essa expressão só é válida se a força for constante.
T

τ1 =τ2 =τ3
R
• Se a força for paralela e no mesmo sentido do deslocamento
E

(θ = 0), temos um trabalho motor τ = +F · d.


IA F
• Se a força for paralela e no sentido contrário ao deslocamento
L D OTRABALHO O

(θ = 180°), temos um trabalho resistente τ = -F · d.
Se a força for perpendicular ao deslocamento (θ = 90°), então P R DA NORMAL
Para referenciais inerciais, a força normal é sempre perpendicular
o trabalho é nulo. à trajetória, portanto seu trabalho é sempre nulo
• Se a força for variável, devemos calcular a área da curva em um
gráfico da força pelo deslocamento. τnormal =
0

TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA


Por se tratar de uma força variável, devemos usar a área da figura
para determinar o trabalho da força elástica:

1
τFel= Áreatriângulo= kx ⋅ x
τ = Área (F × x) 2
k ⋅ x2
Vamos agora ilustrar alguns casos especiais para o cálculo do τFel =
2
trabalho:

PROMILITARES.COM.BR 77

PM_BOOK08_FIS.indb 77 03/11/2021 11:00:08


TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

TRABALHO DO ATRITO Exercício Resolvido


A força de atrito cinético é constante, portanto seu trabalho
através de uma distância d é dado por: 01. (PUCRS 2015) Uma caixa com um litro de leite tem
aproximadamente 1,0 kg de massa. Considerando g = 10 m/s², se
τFatc = Fat c ⋅ d e Fat c = µ ⋅ N ela for levantada verticalmente, com velocidade constante, 10 cm
em 1,0 s, a potência desenvolvida será, aproximadamente, de
τFatc =µc ⋅ N ⋅ d
a) 1,0 · 10² W
b) 1,0 · 10 W
POTÊNCIA c) 1,0 · 100 W
Imagine que você quer subir até uma determinada plataforma d) 1,0 · 10-1 W
e existem dois caminhos possíveis: uma escada ou uma rampa em e) 1,0 · 10-2 W
zigue-zague. Qual seria a diferença entre os percursos? O trabalho é o
mesmo, pois é a mesma altura subida em ambos os casos. No entanto,
o tempo de percurso é diferente. Isso faz com que pessoas mais velhas Resolução: C
prefiram as rampas por ficarem menos cansadas na trajetória. A mg h 1× 10 × 0,1
grandeza física que está relacionada a esse tempo se chama potência p= = ⇒ p=
1× 100 W.
∆t 1
e é calculado pela taxa de realização de trabalho:
τ
P=
∆t ENERGIA
D O flemecha,
P Rhá uma
Quando um arqueiro estica a corda de um arco para atirar a
Unidades de potência:
• SI: watt (W) 1W = 1 J/s L O tensão que quando solta fará com que a flecha entre

IA FEnquanto
movimento. o arqueiro não a solta, dizemos que ela
• 1 kW = 10³ W
capacidade de um E
está prestes a realizar um trabalho. Definiremos a energia como a
• 1 MW = 106 W
• 1 GW = 109 W R corpo em realizar trabalho. Existem várias formas
de energia: química, térmica, elétrica, mecânica etc. Falaremos apenas
• 1 cv (cavalo-vapor) ≅ 735,5 W

S
TE

da energia mecânica, que pode ser dividida em Potencial e Cinética.


• 1 hp (horse-power) ≅ 745,7 W

SO
A unidade de qualquer tipo de energia é a mesma do Trabalho:
MA

Joule (J).
POTÊNCIA INSTANTÂNEA

R
A potência fornecida a um corpo por uma força constante pode Observação
ser calculada por
O conceito formal de energia é um tanto obscuro para a física,
W F ⋅ ∆s pois ela se trata de uma grandeza matemática que nos servirá para
=
P = encontrar os estados dos corpos.
∆t ∆t
P= F ⋅ v R
ENERGIA CINÉTICA (EC)
MA

SO

Onde: É a energia de movimento e depende da massa (m) e da velocidade


F é a força resultante (v) do objeto.
V é a velocidade do corpo m ⋅ v2
Ec =
T

2
R
E

RENDIMENTO
IA F
O rendimento mede uma taxa de aproveitamento. Nesse caso,
imagine um motor de um carro ligado produzindo uma potência total.
O
ENERGIA POTENCIAL
L D O ÉPa energia
R que dizemos “armazenada” nos corpos pronta para
No entanto, devido ao atrito e outras dissipações, apenas uma fração realizar trabalho ou se transformar em energia cinética. Vamos citar
dessa potência total é transmitida para ser usada pelo carro. dois exemplos:

GRAVITACIONAL (EPG)
É a energia de um corpo devido a sua posição elevada em relação
a um referencial. Pode ser descrita como:
Epg = m ⋅ g ⋅ h

Em que:
m é a massa do corpo
g é a aceleração gravidade
h é a altura a partir do solo (ou da posição de referência)
= Pútil + Pdissipada
Ptotal
ELÁSTICA (EPE)
O aproveitamento dessa potência (ou trabalho) pode ser calculado É a energia de um corpo devido à deformação de uma mola. Pode
por alguma das expressões abaixo ser descrita como:
Pútil P k ⋅ x2
r= ou r = 1 − dissipada Epe =
Ptotal Ptotal 2

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PM_BOOK08_FIS.indb 78 03/11/2021 11:00:09


TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

Em que: Observação
k é a constante elástica da mola
Quando existirem forças dissipativas atuando no corpo, apesar
x é a deformação da mola da energia do sistema se conservar, a energia do corpo não se
conserva. No entanto, essa energia mecânica perdida é devido ao
MECÂNICA (EMEC) trabalho realizado pelas forças dissipativas. Assim, vale a expressão:
É a soma de todas as energias do corpo: cinética e potencial. Em(= Em( final) + τdissipativo
inicial)

Emec= Ec + Ep Ec (inicial) + Ep (inicial


= Ec ( final) + Ep ( final) + τdissipativo
)

Essa grandeza é muito útil pois ela sempre se conserva para um


sistema isolado. Assim os sistemas apenas trocam os tipos de energia
entre si (potencial por cinética e vice-versa), sem que o valor total seja Exercício Resolvido
modificado. Isso se chama princípio de conservação da energia e é
um princípio fundamental para a ciência. 03. (ESPCEX 2020) Um corpo homogêneo de massa 2 kg desliza
sobre uma superfície horizontal, sem atrito, com velocidade
Observação constante de 8 m/s no sentido indicado no desenho, caracterizando
a situação 1.
São chamados conservativos os sistemas que não possuem forças A partir do ponto A, inicia a subida da rampa, onde existe atrito. O
dissipativas como atito e resistência do ar. Nesse caso a energia de corpo sobe até parar na situação 2, e, nesse instante, a diferença
um objeto se mantém constante. entre as alturas dos centros de gravidade (CG) nas situações 1 e 2
é 2,0 m.
Exercício Resolvido
L DO PRO
02. (UDESC 2019) Um pequeno bloco com 300A
comprime em 2,0 cm uma mola de constante elásticaI gdede10massa
N/m.
FE
R como mostra a
O bloco é solto e sobre por uma superfície curva,
figura abaixo.

S
TE

SO
MA

Desconsiderando quaisquer forças de atrito, assinale a alternativa


que corresponde à velocidade do bloco ao passar pela metade da R
altura máxima hmax a ser atingida no plano inclinado. A energia mecânica dissipada pelo atrito durante a subida do
R
corpo na rampa, da situação 1 até a situação 2, é
MA

200 2 Dado: adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s².


a) cm s d) cm s
SO

3 3 a) 10 J.
100 10 b) 12 J.
b) cm s e) cm s
T

3 3
S

c) 24 J.
R
E

2
E

d) 36 J.
c)
30
cm s
IA F
L DO PRO
e) 40 J.
Resolução: A
Usando a Conservação da Energia Mecânica, a energia elástica é Resolução: C
igual a energia potencial gravitacional máxima, assim obtemos a Pelo princípio da conservação de energia, podemos escrever:
altura máxima.
mv 2
2 2 Ec = Ep + Ed ⇒ = mgh + Ed
kx kx 2
Ee = Epgmáx ⇒ = mghmáx ∴ hmáx =
2 2mg 2 ⋅ 82
=2 ⋅ 10 ⋅ 2 + Ed ∴ Ed =−24 J
10 ⋅ ( 2 ⋅ 10 )
−2 2
2
2
hmáx = ∴ hmáx = ⋅ 10−3 m
2 ⋅ 3 ⋅ 10−1 ⋅ 10 3
Quando o objeto atinge a metade da altura máxima, sua velocidade Observação
será:
O sinal negativo indica que a energia foi realmente dissipada.
kx 2 mv 2 2  kx 2 
Ee = Epg + Ec ⇒ = mgh + ⇒v=  − mgh 
2 2 m 2 
TEOREMA DO TRABALHO
2  10 ⋅ ( 2 ⋅ 10 )
 −2 2 
1
=v − 3 ⋅ 10−1 ⋅ 10 ⋅ ⋅ 10−3  ⇒ O ganho ou a perda de energia cinética (velocidade) de um corpo
3 ⋅ 10−1  2 3  provém de um trabalho realizado sobre ele. Podemos estabelecer que
 
o trabalho é igual à variação da energia cinética do corpo.
2 100 cm 200
v= ⋅ 10−2 m s ⋅ ∴ v= cm s τ = ∆Ec
3 1m 3

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TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

Observação 02. (EAM 2019) Considere um fuzileiro naval em missão de


desembarque de equipamentos, em uma praia do Haiti, utilizando
Essa equação é análoga à conservação da energia em sistemas para tal um moderno Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf) proveniente do
conservativos ou dissipativos. Batalhão de Viaturas Anfíbias, conforme a figura a seguir.

Observação
DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DO TRABALHO
Usando uma combinação da equação de Torricelli:
Vf=
2
Vi2 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s

F As massas do CLAnf vazio, do equipamento que transporta e do


E da segunda lei de Newton: F = m ⋅ a ⇒ a =
m fuzileiro naval que o conduz, são, respectivamente, 20.000 kg,
Teremos: 1.020 kg e 80 kg. A inclinação (rampa) da praia é de 30 graus por
uma extensão de 10 m. Marque a opção que fornece o módulo do
F m ⋅ Vf 2 m ⋅ Vi2
Vf=
2
Vi2 + 2 ⋅ ⋅ ∆s ⇒ = + F ⋅ ∆s ⇒ trabalho da força peso do sistema (CLAnf + equipamento + fuzileiro)
m 2 2
ao subir totalmente a rampa. Considere para tal g = 10 m/s²,
m ⋅ Vf 2
m ⋅ Vi 2
F ⋅ ∆s = − =
⇒ τ Ec ( final) − Ec (inicial) sen30° = 0,50 e cos30° = 0,87.
2 2
a) 105.500 J
τ = ∆Ec
b) 211.000 J

D O c)d) P850.000
R OJ
535.000 J

A L
e) 1.055.000 JF
Exercício Resolvido I E
04. (UNICAMP 2018) O primeiro satélite geoestacionário brasileiro
R 03. (EAM 2018) Em um teste de aceleração, um determinado

S
TE

foi lançado ao espaço em 2017 e será utilizado para comunicações automóvel, cuja massa total é igual a 1000 kg, teve sua velocidade

SO
estratégicas do governo e na ampliação da oferta de comunicação alterada de 0 a 108 km/h, em 10 segundos. Nessa situação, pode-se
de banda larga. O foguete que levou o satélite ao espaço foi
MA

afirmar que a força resultante que atuou sobre o carro e o trabalho


lançado do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. A realizado por ela valem, respectivamente:

R
massa do satélite é constante desde o lançamento até a entrada
a) 3000 N e 500 kJ
em órbita e vale m = 6,0 × 10³ kg. O módulo de sua velocidade
orbital é igual a Vor = 3,0 × 10³ m/s. b) 3000 N e 450 kJ
Desprezando a velocidade inicial do satélite em razão do movimento c) 2000 N e 500 kJ
de rotação da Terra, o trabalho da força resultante sobre o satélite d) 2000 N e 450 kJ
para levá-lo até a sua órbita é igual a e) 1000 N e 450 kJ R
a) 2 MJ.
MA

b) 18 MJ. 04. (EAM 2017) Um corpo esférico desce uma rampa, a partir do
SO

c) 27 GJ. repouso, conforme mostra a figura abaixo.

d) 54 GJ.
T

R
E

Resolução: C
IA F
L DO PRO
Pelo teorema da energia cinética:

m v 2 m v 20 6 × 10 ⋅ ( 3 ⋅ 10 )
3 3 2

WR =∆Ecin = − = −0=


2 2 2
3 ⋅ 103 ⋅ 9 ⋅ 106 = 27 ⋅ 109 ⇒ WR = 27 GJ.
Desprezando-se todos os atritos, pode-se afirmar que, durante a
descida desse corpo, a
a) energia potencial gravitacional é constante.
b) energia cinética é constante.

EXERCÍCIOS DE
c) soma das energias potencial e cinética é constante.

FIXAÇÃO
d) energia cinética diminui.
e) energia potencial gravitacional aumenta.

05. (EAM 2017) Um marinheiro precisa transportar uma caixa de


01. (EAM 2019) Um garoto em repouso no alto de um tobogã desliza massa 12 kg, do porão de um navio até um outro compartimento
por um desnível de 5 m. Desconsiderando qualquer tipo de atrito, situado em um local 5 metros acima do nível do porão. Supondo
possibilidade de rolamento e considerando g = 10 m/s², assinale a que o tempo gasto no transporte seja de 2 minutos e considerando
opção que apresenta a velocidade, em m/s, com que o garoto chegará a gravidade local igual a 10 m/s², é correto afirmar que a potência
ao final. usada pelo marinheiro nessa tarefa foi de
a) 10 d) 25 a) 5W d) 120W
b) 15 e) 50 b) 8W e) 300W
c) 20 c) 50W

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TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

06. (EAM 2016) Trabalho mecânico, Potência e Energia são grandezas 02. (EAM 2012) Durante a rotina diária de bordo num navio, um
físicas muito importantes no estudo dos movimentos. No Sistema marinheiro deixou cair, na água, um martelo de massa 600 g da altura
Internacional, a unidade de medida para cada uma dessas grandezas mostrada na figura abaixo.
é, respectivamente:
a) newton, watt e joule.
b) joule, watt e joule.
c) watt, joule e newton.
d) joule, watt e caloria.
e) joule, newton e caloria.

07. (EAM 2015) Em regiões mais frias do Brasil e fundamental a


Desprezando-se as possíveis perdas e considerando a gravidade local
utilização de chuveiros elétricos para aquecimento da água do banho
igual a 10 m/s2, é correto afirmar que a energia inicial do martelo, em
diário. Cada banho possui um certo consumo de energia. Quanto
relação à água, e a sua velocidade ao atingi-la valem, respectivamente,
de energia se gasta em um banho de 10 min (1/6 de hora) em um
chuveiro elétrico cuja potência e 3,0 kW, em kWh? a) 120 J e 10 m/ s d) 180 J e 30 m/ s
a) 0,5 kWh d) 3000 kWh b) 120 J e 20 m/ s e) 240 J e 10 m/ s
b) 3,0 kWh e) 30000 kWh c) 180 J e 20 m/ s
c) 5,0 kWh
03. (EEAR 2020) Um corpo de massa igual a 80 kg, após sair do
repouso, percorre uma pista retilínea e horizontal até colidir a
DO PRO
08. (EAM 2014) Analise a figura a seguir.
108 km/h com um anteparo que está parado. Qual o valor, em metros,

A L da altura que este corpo deveria ser abandonado, em queda livre, para

I FE
que ao atingir o solo tenha o mesmo valor da energia mecânica do
corpo ao colidir com o anteparo? Adote a aceleração da gravidade no
R local igual a 10 m/s².

S
TE

a) 36 b) 45 c) 58 d) 90
A figura acima mostra um homem aplicando uma força horizontal

SO
num bloco, apoiado numa superfície sem atrito, de intensidade igual 04. (EEAR 2018) Dois pedreiros levaram latas cheias de concreto de
MA

a 100 N, para arrastar um caixote da posição inicial de 10 m até a mesma massa para uma laje a partir do solo. O pedreiro 1 o fez içando
distância de 20 m. Qual é o valor do trabalho realizado pela força F

R
a lata presa por uma corda e o pedreiro 2 o fez através de uma escada,
durante esse deslocamento? como mostra a figura:
a) 5000 J c) 3000 J e) 1000 J
b) 4000 J d) 2000 J

09. (EAM 2014) Sabendo que a aceleração da gravidade local é de R


10 m/ s2, qual é o valor da energia potencial gravitacional que uma
MA

pessoa de massa 80 kg adquire, ao subir do solo até uma altura de


SO

20 m?
a) 1.600 Joules d) 15.000 Joules
T

b) 8.000 Joules e) 16.000 Joules


S

c) 10.000 Joules
R
E

IA F
L DO PRO
10. (EAM 2013) Um projétil de 0, 02 kg foi disparado de uma arma
de fogo, saindo com uma velocidade de 400 m/s. Qual é, em joules Se o pedreiro 1 subiu a lata em menor tempo que o pedreiro 2,
podemos afirmar que:
(J), a energia mecânica desse projétil, em relação à arma, no momento
do disparo? a) o pedreiro 2 fez um trabalho maior do que o pedreiro 1.
a) 1200 J c) 2400 J e) 4800 J b) o pedreiro 1 fez um trabalho maior do que o pedreiro 2.
b) 1600 J d) 3600 J c) a potência desenvolvida pelo pedreiro 1 é maior do que a potência
desenvolvida pelo pedreiro 2.
d) a potência desenvolvida pelo pedreiro 2 é maior do que a potência
EXERCÍCIOS DE desenvolvida pelo pedreiro 1.

TREINAMENTO 05. (EEAR 2017) Uma esfera de 5 kg cai de uma altura de 3,2 metros
sobre um dispositivo provido de uma mola de constante elástica
130 N/m para amortecer sua queda, como mostra a figura.
01. (EAM 2011) Um determinado corpo de massa 25 kg, inicialmente
em repouso, é puxado por uma força constante e horizontal durante
um intervalo de tempo de 6 segundos. Sabendo que o deslocamento
do corpo ocorreu na mesma direção da força e que a velocidade
atingida foi de 30 m/s, a opção que representa o valor do trabalho
realizado por essa força, em joules, é;
a) 7250 d) 11250
b) 9500 e) 12500
c) 10750

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TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

Adotando g = 10 m/s² e desprezando o atrito no sistema, pode-se Considere:


afirmar que a velocidade (v) que a esfera atinge o mecanismo, em m/s, 1. T = força de tração estabelecida pelo motor,
e a contração da mola (x), em metros, valem:
2. S = força de sustentação estabelecida pelo fluxo de ar nas asas,
a) v = 8; x = 2√2 c) v = 8; x = 2
3. P = força peso,
b) v = 16; x = 1,7 d) v = 16; x = 1,3
4. R = força de arrasto estabelecida pela resistência do ar ao
deslocamento do avião. Considerada nessa questão igual a zero.
06. (EEAR 2017) Um garoto com um estilingue tenta acertar um alvo
a alguns metros de distância. (1) Primeiramente ele segura o estilingue 5. O módulo da aceleração da gravidade constante e igual a 10 m/s².
com a pedra a ser arremessada, esticando o elástico propulsor. (2) Em
seguida ele solta o elástico com a pedra. (3) A pedra voa, subindo
a grande altura. (4) Na queda a pedra acerta o alvo com grande
violência. Assinale os trechos do texto correspondentes às análises
físicas das energias, colocando a numeração correspondente.
( ) Conversão da energia potencial elástica em energia cinética.
( ) Energia cinética se convertendo em energia potencial gravitacional. a) 300√3 c) 300
( ) Energia potencial gravitacional se convertendo em energia b) 150√3 d) 150
cinética.
( ) Usando a força para estabelecer a energia potencial elástica.
A sequência que preenche corretamente os parênteses é:
EXERCÍCIOS DE

D O P R OCOMBATE
a) 1 – 2 – 3 – 4 c) 3–4–1–2
b) 2 – 3 – 4 – 1 d) 4 – 1 – 2 – 3
L
I Aconceito físico.
07. (EEAR 2017) Assinale a alternativa que apresenta um
FE
R
a) Energia potencial é aquela resultante do movimento. 01. (EEAR 2015) Um avião, de 200 toneladas desloca-se
horizontalmente, ou seja, sem variação de altitude, conforme o

S
TE

b) Um veículo em alta velocidade possui energia cinética.


desenho. A energia potencial do avião, considerado nesse caso como

SO
c) Em um átomo, o número de elétrons é sempre igual ao número um ponto material, em relação ao planalto é de ___ 109 J.
MA

de prótons.
Considere o valor da aceleração da gravidade: g = 10 m/s²
d) Todos os corpos são compostos de átomos, e estes são um

R
aglomerado de uma ou mais moléculas.

08. (EEAR 2016) Um motoqueiro desce uma ladeira com velocidade


constante de 90 km/h. Nestas condições, utilizando apenas os dados
fornecidos, é possível afirmar com relação à energia mecânica do
motoqueiro, que ao longo da descida R
a) a energia cinética é maior que a potencial.
MA

SO

b) sua energia cinética permanece constante.


c) sua energia potencial permanece constante.
d) sua energia potencial gravitacional aumenta.
T

a) 2.0 c) 16,0
S

R
E

b) 4,0 d) 20,0
E

IA
09. (EEAR 2015) Durante um experimento foi elaborado um gráfico da
F
L DO PRO
intensidade da força horizontal resultante (F) aplicada sobre um bloco
que se desloca (d) sobre um plano horizontal, conforme é mostrado 02. (EEAR 2013) Dois corpos, A e B, deslocam-se em uma trajetória
na figura a seguir. Determine o trabalho, em joules, realizado pela retilínea, da posição 0 até 20 metros, submetidos cada um a uma
força resultante durante todo o deslocamento. única força, FA e FB, respectivamente. As duas forças estão relacionadas
à posição conforme o mesmo gráfico a seguir. A massa do corpo A
é igual a 2 vezes a massa do corpo B. Pode-se afirmar, corretamente,
que da posição 0 até 20 metros
Obs.: considere o referencial inercial.

a) 300 b) 450 c) 600 d) 900

10. (EEAR 2015) O desenho a seguir representa as forças que atuam a) a aceleração do corpo A é maior que a do corpo B.
em uma aeronave de 100 toneladas (combustível + passageiros + b) a aceleração do corpo B é maior que a do corpo A.
carga + avião) durante sua subida mantendo uma velocidade com c) o trabalho realizado pela força sobre o corpo A é maior que o
módulo constante e igual a 1080 km/h e com um ângulo igual a 30° realizado sobre o corpo B.
em relação à horizontal. Para manter essa velocidade e esse ângulo de
subida, a potência gerada pela força de tração produzida pelo motor d) o trabalho realizado pela força sobre o corpo B é maior que o
deve ser igual a ____ 106 watts. realizado pelo corpo A.

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TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

03. (EEAR 2013) Uma mola está acoplada a um bloco. A mola, 06. (EEAR 2012) Desejando comprar uma empilhadeira um
sem forças aplicadas sobre ela, possui um comprimento igual a 2m engenheiro obtém as seguintes informações técnicas de três marcas
(situação 1). A, B e C diferentes:
Após ser comprimida, o sistema mola-bloco se mantém nessa posição
devido a uma trava (T) (situação 2). ALTURA PESO TEMPO PARA ELEVAR
MÁXIMA MÁXIMO O PESO MÁXIMO ATÉ
Conforme o desenho, após tirar a trava (situação 3), qual a variação ATINGIDA SUPORTADO A ALTURA MÁXIMA
de energia cinética, em joules, que o bloco estaria sujeito, devido à
mola, durante o deslocamento do seu centro de gravidade do ponto MARCA
10 m 150 N 10 s
A até o ponto B? A
Considere: MARCA
5m 200 N 5s
1. superfície (S) sem atrito; B
2. resistência do ar desprezível; e MARCA
8m 140 N 4s
3. a mola obedece a Lei de Hooke, conforme o gráfico força elástica C
da mola (F) em função da deformação (x) da mola, a seguir.
Utilizando como critério para a escolha a empilhadeira de maior
potência e, considerando que as três marcas de empilhadeira operam
com velocidade constante, o engenheiro deverá escolher a
a) marca A
b) marca B

L D O c)d) Pmarca
R COuma das marcas, pois as três possuem a mesma potência.
IA FE
qualquer

R 07. (EEAR 2011) Um disco de massa igual a 2,0 kg está em movimento


retilíneo sobre uma superfície horizontal com velocidade igual a

S
TE

8,0 m/s, quando sua velocidade gradativamente reduz para 4,0 m/s.

SO
Determine o trabalho, em J, realizado pela força resistente nesta
MA

situação.
a) 5 c) 25
a) – 48.

R
b) 12 d) 50
b) – 60.

04. (EEAR 2013) Uma bola de massa m e de dimensões desprezíveis é c) + 60.


abandonada e desliza a partir da posição O em uma rampa sem atrito, d) + 100.
conforme a figura. Considerando o sistema conservativo, certamente,
a bola irá atingir até o ponto _____ . 08. (EEAR 2010) Na Idade Média, os exércitos utilizavam catapultas
R
chamadas “trabucos”. Esses dispositivos eram capazes de lançar projéteis
MA

de 2 toneladas e com uma energia cinética inicial igual a 4000 J.


SO

A intensidade da velocidade inicial de lançamento, em m/s, vale


a) 1.
T

b) 2.
S

R
E

c) √2.
E

IA F
O
d) 2√2.
L D O09. (EEAR
P R2009) Em uma montanha russa, o carrinho é elevado até
a) A. c) C. uma altura de 54,32 metros e solto em seguida. Cada carrinho tem
b) B. d) D. 345 kg de massa e suporta até 4 pessoas de 123 kg cada. Suponha
que o sistema seja conservativo, despreze todos os atritos envolvidos
05. (EEAR 2012) Um bloco encontra-se em movimento retilíneo e assinale a alternativa que completa corretamente a frase abaixo, em
uniforme até que ao atingir a posição 2 m passa a estar sob a ação relação à velocidade do carrinho na montanha russa. A velocidade
de uma única força, também na direção horizontal. Finalmente, na máxima alcançada ...
posição 12 m esse bloco atinge o repouso. O módulo, em newtons, e a) independe do valor da aceleração da gravidade local.
o sentido dessa força são b) é maior quando o carrinho está com carga máxima.
Considere que: c) é maior quando o carrinho está vazio.
1. o trabalho realizado por essa força seja igual a –100 J. d) independe da carga do carrinho.
2. o referencial adotado seja positivo a direita.
10. (EEAR 2009) O motor de um guindaste em funcionamento,
consome 1,0 kW para realizar um trabalho de 104 J, na elevação de
um bloco de concreto durante 20 s. O rendimento deste motor é de
a) 20 para esquerda. a) 5 %.
b) 10 para esquerda. b) 10 %.
c) 20 para direita. c) 20 %.
d) 10 para direita. d) 50 %.

PROMILITARES.COM.BR 83

PM_BOOK08_FIS.indb 83 03/11/2021 11:00:11


TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. A 04. C 07. A 10. B
02. E 05. A 08. E
03. B 06. B 09. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. D 04. C 07. B 10. D
02. B 05. C 08. B
03. B 06. B 09. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. B 07. A 10. D

DO PRO
02. B 05. B 08. B
03. C 06. C 09. D
A L
ANOTAÇÕES I FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

84 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 84 03/11/2021 11:00:11


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

IMPULSO Observação
A ideia de impulso se apresenta para nós usualmente como um No SI, a unidade de quantidade de movimento é kg · m/s.
empurrão cujo objetivo é acelerar ou freiar um objeto. Essa aceleração

()
dependerá da força F a ser aplicada e do seu tempo (∆t) de interação
 Exercício Resolvido
()
com o corpo, assim, o impulso I será definido como:
  01. Em uma aula do curso de Logística Aeroportuária, o professor
I = F ⋅ ∆t propõe aos alunos que determinem a quantidade de movimento
da aeronave tipo 737–800 em voo de cruzeiro, considerando
Observação
L DO PRO condições ideais. Para isso ele apresenta valores aproximados,
fornecidos pelo fabricante da aeronave.
A
Quando a força for variável, podemos usar a área do gráfico F × t
I F INFORMAÇÃO
para determinar o valor do impulso.
R E DADO
Massa Máxima de Decolagem 79.000 kg

S
TE

Velocidade média de cruzeiro 720 km/h

SO
MA

Com base nos dados apresentados no quadro, o resultado


aproximado esperado é, em kg · m/s,

R
a) 1,6 × 107
b) 2,0 × 107
c) 2,6 × 107
d) 3,0 × 107
e) 3,6 × 107
R
MA

SO

Resolução: A
A quantidade de movimento ou momento linear (Q) é o produto
da massa pela velocidade, assim para a velocidade de cruzeiro, em
T

m/s, temos:
R
E

Observação IA Fkm 1m s
Q= m ⋅ v

No SI, o impulso é dado em N · s. L DO PR O


Q= 79000 kg ⋅ 720

h 3,6 km h
=
Q 1,58 ⋅ 10 kg ⋅ m s ≈ 1,6 ⋅ 10 kg ⋅ m s
7 7

QUANTIDADE DE MOVIMENTO
 Observação
( )
A quantidade de movimento Q é a grandeza utilizada por
Há uma relação entre a energia cinética do corpo e sua quantidade
Newton para formulação das leis da mecanica. Também chamada de
de movimento dada por:
momento linear, é definida pelo produto da massa (m) de um corpo

()
pela sua velocidade v . Ec =
Q2
  2m
Q= m ⋅ v

TEOREMA DO IMPULSO
A segunda lei de Newton pode ser escrita em função das
grandezas apresentadas nesse capítulo, como veremos a seguir:

  ∆v
F = m⋅a = m⋅
∆t
 
F ⋅ ∆t= m ⋅ ∆ v
 
I = ∆Q

PROMILITARES.COM.BR 85

PM_BOOK08_FIS.indb 85 03/11/2021 11:00:12


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

DEMONSTRAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Usando a 
terceira lei de Newton (ação e reação), podemos afirmar
( )
a força FAB que o corpo A faz em B é oposta a que B faz em
que 
( )
A FBA Além disso, o tempo de interação entre eles também é o
mesmo, assim:
   
FAB = −FBA ⇒ FAB ⋅ ∆t = −FBA ⋅ ∆t

Usando o teorema do impulso, temos:


Assim, quando uma força resultante é aplicada em um corpo, ela      
provoca uma variação na sua quantidade de movimento. ∆QA = −∆QB ⇒ QA − Q'A = − QB − Q'B ( )
   
Exercício Resolvido QA + QB = Q'A + Q'B

02. Uma partícula de massa m2 = 2 kg está em movimento


retilíneo sobre uma superfície sem atrito com velocidade constante COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO
v = 1 m/s. Ao se fazer atuar sobre a partícula uma força constante Mesmo com a quantidade de movimento total conservada, a
de módulo F = 2N na mesma direção e no mesmo sentido de seu energia dos corpos após uma colisão pode não se manter constante.
movimento, durante um intervalo ∆t = 1s, ela sofre uma aceleração Para determinarmos quanto da energia é perdida nesse processo,
constante. Ao final do intervalo de tempo ∆t = 1s a velocidade da usaremos o coeficiente de resituição (e) definido por:
partícula, em m/s, será v afastamento
e=
a) 0.
b) 1.
L DO PRO v aproximação

c) 3.
IA v é aFvelocidade relativa entre os corpos antes da colisão
E relativa entre os corpos após a colisão
aproximação

d) 4.
e) 2.
R v é a velocidade afastamento

S
TE

Observação

SO
Resolução: E
MA

Relembrando como calcular a velocidade relativa


Sendo a força aplicada a resultante, aplicando o teorema do
impulso: • =
Corpos se movendo no mesmo sentido: vrel v1 − v 2

R
t m ( v'− v ) ⇒ 2 (1=
F ∆= ) 2 ( v'− 1) ⇒ = 2m s.
v' • =
Corpos se movendo em sentido contrário: vrel v1 + v 2

COLISÕES COLISÃO PERFEITAMENTE ELÁSTICA R


Quando dois ou mais corpos colidem, eles interagem entre si e Vamos descrever as caracterísitcas de uma colisão perfeitamente
MA

causam variação das suas quantidades de movimentos. elástica e fazer um exemplo:


SO

• não há perda de energia, ou seja, a energia é conservada.


• o coeficiente de restituição vale 1 (e = 1)
T

R Exercício Resolvido
E

IA F
03. Um pequeno bloco, de massa m = 0,5 kg, inicialmente em
L DO PRO repouso no ponto A, é largado de uma altura h = 0,8 m. O bloco
desliza ao longo de uma superfície sem atrito e colide com um
outro bloco, de mesma massa, inicialmente em repouso no ponto
B (veja a figura a seguir). Determine a velocidade do segundo bloco
após a colisão, em m/s, considerando-a perfeitamente elástica.

Não havendo forças externas atuando, a quantidade de


movimento do sistema de partículas permanece sempre inalterado.
 
Qfinal = Qinicial
   
QA + QB = Q'A + Q'B

Resolução:
Observação
Primeiro vamos encontrar a velocidade do bloco A no final da
Em quaisquer colisões a quantidade de movimento do sistema rampa usando a conservação da energia
sempre é conservada.
mA v 2A
EAinício = EAfim ⇒ mA gh = ⇒ vA = 2gh = 2 ⋅ 10 ⋅ 0,8 = 4 m/s
2

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PM_BOOK08_FIS.indb 86 03/11/2021 11:00:13


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Durante colisão, a quantidade de movimento é conservada Exercício Resolvido


Qinício = Qfim ⇒ mA v A = mA v'A + mB v'B ⇒ v A = v'A + v'B 05. (EFOMMM) Dois móveis P e T com massas de 15,0 kg e
13,0 kg respectivamente, movem-se em sentidos opostos com
Como a colisão é perfeitamente elástica, o coeficiente de
velocidades VP = 5,0 m/s e VT = 3,0 m/s, até sofrerem uma colisão
restituição vale 1
unidimensional, parcialmente elástica de coeficiente de restituição
v v' − v'A e = 3/4. Determine a intensidade de suas velocidades após o
e = afastamento = B =1 ⇒ v'B − v'A =v A choque.
v aproximação vA
a) VT = 5,0 m/s e VP = 3,0 m/s
Resolvendo o sistema, encontramos: b) VT = 4,5 m/s e VP = 1,5 m/s
v'A = 0 c) VT = 3,0 m/s e VP = 1,5 m/s
v'B = 4 m/s d) VT = 1,5 m/s e VP = 4,5 m/s
e) VT = 1,5 m/s e VP = 3,0 m/s

Resolução: B
COLISÃO PERFEITAMENTE INELÁSTICA
Orientando a trajetória no mesmo sentido do movimento do móvel
Vamos também descrever as caracterísitcas de uma colisão P, os dados são: mP = 15 kg; mT = 13 kg; vP = 5 m s ; v T = −3 m s.
perfeitamente inelástica e fazer um exemplo:
• A energia não é conservada Considerando o sistema mecanicamente isolado, pela conservação
da quantidade de movimento:
• Há perda máxima de energia do sistema
• Os corpos saem juntos após a colisão
L D O QP R= QO ⇒ m v + m v = m v
antes
sist
depois
sist P P T T
'
P P + mT v'T ⇒
⇒ 15 (5) + 13 ( −3=
IA F36.E) 15v + 13v ⇒ ' '
• O coeficiente de restitução é nulo (e = 0) P T

( )
R 15v + 13v = ' '
P I T
Exercício Resolvido

S
TE

Usando a definição de coeficiente de restituição (e):


04. Um corpo A colide com um corpo B que se encontra

SO
inicialmente em repouso. Os dois corpos estão sobre uma superfície v'T − v'P 3 v'T − v'P
=e ⇒= ⇒
MA

horizontal sem atrito. Após a colisão, os corpos saem unidos, com vP − v T 4 5 − ( −3)
uma velocidade igual a 20% daquela inicial do corpo A. 3 v' − v'P

R
Qual é a razão entre a massa do corpo A e a massa do corpo B,
⇒= T ⇒ v'T −=
v'P 6. (II)
4 8
mA/mB?
a) 0,20 Montando o sistema e resolvendo:
b) 0,25 15v'P =+ 13v'T 36 15v'P = + 13v'T 36
 ' ⇒ ' ⇒
c) 0,80 =v T − vP 6
'
= − vP + v T 6
' R
MA

d) 1,0  15v'P + 13v'T = 36 (+)


SO

e) 4,0 
⇒  −15v'P + 15v'T =90 ⇒
 0 + 28v' = 126
Resolução: B  T
T

126
R
A colisão entre os dois corpos é perfeitamente inelástica sem atrito, v'T = ⇒ v'T = 4,5 m s.
E

28
E

assim temos a Conservação da Quantidade de Movimento.


IA F
Qinicial = Qfinal
mA ⋅ v A + mB ⋅ vB = (mA + mB ) ⋅ v final
O
L D O v −Pv =R6 ⇒ 4,5 − v
Voltando em (II):
'
T
'
P
'
P =6 ⇒ 4,5 − 6 =v'P ⇒
mA ⋅ v A + mB ⋅ 0= (mA + mB ) ⋅ 0,2 v A ⇒ v'P =−1,5m s ⇒ v'P =
1,5 m s.
mA ⋅ v A = (mA + mB ) ⋅ 0,2 v A
mA = 0,2 ⋅ mA + 0,2 ⋅ mB
mA − 0,2 ⋅ mA = 0,2 ⋅ mB
EXERCÍCIOS DE
0,8 ⋅ mA = 0,2 ⋅ mB
mA 0,2
=
mB 0,8
FIXAÇÃO
mA 1
= = 0,25
mB 4 01. Dois carros, A e B, de massas iguais, movem-se em uma estrada
retilínea e horizontal, em sentidos opostos, com velocidades de
mesmo módulo. Após se chocarem frontalmente, ambos param
imediatamente devido à colisão.
COLISÃO PARCIALMENTE ELÁSTICA OU
PARCIALMENTE INELÁSTICA
Essas colisões são intermediárias entre a perfeitamente elástica e
a perfeitamente inelástica, portanto o seu coeficiente de restituição
está entre 0 e 1 (0 < e < 1). Sua energia também não é conservada.

PROMILITARES.COM.BR 87

PM_BOOK08_FIS.indb 87 03/11/2021 11:00:13


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

04. Um projétil disparado horizontalmente de uma arma de fogo atinge


um pedaço de madeira e fica encravado nele de modo que após o choque
os dois se deslocam com mesma velocidade. Suponha que essa madeira
tenha a mesma massa do projétil e esteja inicialmente em repouso sobre
uma mesa sem atrito. A soma do momento linear do projétil e da madeira
Pode-se afirmar que, no sistema, em relação à situação descrita, imediatamente antes da colisão é igual à soma imediatamente depois do
choque. Qual a velocidade do projétil encravado imediatamente após a
a) há conservação da quantidade de movimento do sistema e da sua
colisão em relação à sua velocidade inicial?
energia cinética total.
a) O dobro. b) A metade. c) A mesma. d) O triplo.
b) não há conservação da quantidade de movimento do sistema,
mas a energia cinética total se conserva.
05. Dois carrinhos se deslocam sobre um mesmo trilho retilíneo e
c) nem a quantidade de movimento do sistema e nem a energia
horizontal, com movimentos uniformes e sentidos contrários, como
cinética total se conservam.
mostra a figura, na qual estão indicadas suas massas e velocidade.
d) a quantidade de movimento do sistema é transformada em
energia cinética. Vo Vo
e) há conservação da quantidade de movimento do sistema, mas
não da sua energia cinética total. 2M 2M

02. Com relação às colisões elástica e inelástica, analise as proposições.


I. Na colisão elástica, o momento linear e a energia cinética não se
conservam. Após o choque, eles ficam presos um ao outro, e a velocidade comum

D O a) P→VR/3 Ob) →V /32 c) nula d) ←V /2 e) ←V /3


a ambos passa a ser:
II. Na colisão inelástica, o momento linear e a energia cinética não
se conservam. L
I A quanto na 06. Admita umaFcolisão
o o o 0

III. O momento linear se conserva tanto na colisão elástica


colisão inelástica.
R E frontal totalmente inelástica entre um objeto
que se move com velocidade inicial v e outro objeto inicialmente em
0
IV. A energia cinética se conserva tanto na colisão elástica quanto na repouso, ambos com mesma massa.

S
TE

colisão inelástica.

SO
Nessa situação, a velocidade com a qual os dois objetos se movem
Assinale a alternativa correta. após a colisão equivale a:
MA

a) Somente a afirmativa III é verdadeira. v0 v0


a) b) c) 2v0 d) 4v0

R
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 2 4
c) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 07. Um caminhão a 90 km/h colide com a traseira de um automóvel
que viaja com movimento de mesmo sentido e velocidade 54 km/h. A
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
massa do caminhão é o triplo da massa do automóvel. Imediatamente
após a colisão, os dois veículos caminham juntos, com velocidade de:
R
03. Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o
a) 66 km/h c) 72 km/h e) 81 km/h
MA

movimento de uma esfera de metal em dois planos inclinados sem


SO

atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação, b) 68 km/h d) 78 km/h


conforme mostra a figura. Na descrição do experimento, quando a
esfera de metal é abandonada para descer um plano inclinado de 08. (EEAR 2010) Duas esferas A e B, de mesmas dimensões, e de
T

um determinado nível, ela sempre atinge, no plano ascendente, no massas, respectivamente, iguais a 6 kg e 3 kg, apresentam movimento
S

máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada.


R retilíneo sobre um plano horizontal, sem atrito, com velocidades
E

IA F
constantes de 10 m/s e 5 m/s, respectivamente. Sabe-se que a esfera

L DO PRO
B está a frente da esfera A e que estão perfeitamente alinhadas,
conforme pode ser visto na figura, e que após o choque a esfera A
adquire uma velocidade de 5 m/s e a esfera B uma velocidade v.
antes do choque depois do choque
10 m/s 5 m/s 5 m/s v
A B A B
Galileu e o plano inclinado. Disponível em: www.fisica.ufpb.br.
Acesso em: 21 ago. 2012 (adaptado). Utilizando os dados do problema, considerando o sistema isolado e
adotando o Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento,
Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a determine a velocidade v, em m/s.
esfera
a) 10. b) 15. c) 20. d) 25.
a) manterá sua velocidade constante, pois o impulso resultante
sobre ela será nulo. 09. (EEAR 2012) O gráfico a segui representa a relação entre o módulo
b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da descida da força (F), em newtons, e o tempo (t), em segundos. Considerando
continuará a empurrá-la. que essa força tem direção constante, o módulo do impulso da força
c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá mais de 0 a 4 s, em N ⋅ s, é igual a ______.
impulso para empurrá-la.
d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso a) 5
resultante será contrário ao seu movimento. b) 10
e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não haverá c) 20
nenhum impulso contrário ao seu movimento. d) 40

88 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 88 03/11/2021 11:00:14


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

10. (EEAR 2014) Um soldado de massa igual a 60 kg está pendurado Se a esfera, de massa 100 g, entra em repouso com a colisão, qual
em uma corda. Por estar imóvel, ele é atingido por um projétil de a velocidade do bloco de massa 200 g após o choque? (Despreze as
50 g disparado por um rifle. Até o instante do impacto, esse projétil forças dissipativas e a massa da haste, e considere a bola e o bloco
possuía velocidade de módulo igual a 400 m/s e trajetória horizontal. como partículas materiais.)
O módulo da velocidade do soldado, logo após ser atingido pelo
projétil é aproximadamente ____ m/s.
Considere:
1. a colisão perfeitamente inelástica,
2. o projétil e o soldado um sistema isolado, e
3. que o projétil ficou alojado no colete de proteção utilizado pelo
soldado e, portanto, o mesmo continuou vivo e dependurado na
corda após ser atingido.
a) 0,15 b) 1,50 c) 0,33 d) 3
a) 1,5 m/s c) 3,5 m/s e) 5,5 m/s
EXERCÍCIOS DE b) 2,5 m/s d) 4,5 m/s

TREINAMENTO 06. (ESPCEX 2008) Um móvel movimenta-se sob a ação de uma força
resultante de direção e sentido constantes, cuja intensidade (FR) varia
com o tempo (t) de acordo com o gráfico abaixo.

01. (EEAR 2015) Um caminhão carregado, com massa total de


L DO PRO
20000 kg se desloca em pista molhada, com velocidade de 110 km/h.
A
No semáforo à frente colide com um carro de 5000 kg, parado no
I
sinal. Desprezando o atrito entre os pneus e a estrada e sabendo que
FE
R
após a colisão, o caminhão e o carro se movimentam juntos, qual é a
velocidade do conjunto (caminhão + carro), em km/h, após a colisão?

S
TE

a) 80 b) 88 c) 100 d) 110

SO
MA

02. Observe a figura a seguir.

R
O módulo do impulso dessa força resultante, no intervalo de tempo
de 0 s a 12 s, é de
a) 5 Ns c) R 25 Ns e) 60 Ns
Qual é o módulo da velocidade do conjunto após a colisão, em m/s? b) 12 Ns d) 30 Ns
MA

SO

a) 2,5 b) 3,0 c) 3,5 d) 4,6


07. Uma bola de massa 100 g cai sobre um piso duro, realizando uma
colisão que pode ser considerada elástica. O gráfico a seguir mostra
03. Uma esfera A com massa de 1,0 kg foi lançada, horizontalmente,
como evolui a intensidade da força que o piso faz sobre a bola durante
T

na superfície de uma mesa de atrito desprezível, com velocidade de


R
a colisão.
2,0 m/s, chocando-se frontalmente com outra esfera B de massa
E

4,0 kg, que se encontrava em repouso sobre a mesa.


IA F
Admitindo-se o choque perfeitamente elástico, as velocidades das
esferas A e B, imediatamente após o choque, eram iguais, em m/s, L DO PRO
respectivamente, a
a) –0,8 e 1,2 d) –1,4 e 0,6
b) –1,2 e 0,8 e) 0,6 e –1,4
c) 1,5 e –0,5

04. Um jogador de hockey no gelo consegue imprimir uma velocidade Analisando o gráfico à luz das leis da mecânica, são feitas as seguintes
de 162 km/h ao puck (disco), cuja massa é de 170 g. Considerando-se afirmativas:
que o tempo de contato entre o puck e o stick (o taco) é da ordem de
I. O impulso recebido pela bola durante a colisão foi 0,20 Ns na
um centésimo de segundo, a força impulsiva média, em newton, é de:
vertical para cima.
a) 7,65 d) 7,65 × 103
II. A variação no momento linear da bola devido à colisão foi
b) 7,65 × 10 2
e) 2,75 × 104 0,20 kgm/s na vertical para cima.
c) 2,75 × 103 III. A variação no módulo do momento linear da bola devido à colisão
foi 0,20 kgm/s.
05. Uma pequena esfera está presa na extremidade de uma haste IV. A variação no módulo da velocidade da bola devido à colisão foi
rígida de comprimento 45 cm, articulada no ponto O (ver figura). Ao 2,0 m/s.
ser liberada do repouso, com a haste horizontal, a esfera descreve
o movimento mostrado na figura, colidindo, quando a haste se As afirmativas corretas são, apenas,
encontra na vertical, com um bloco inicialmente parado sobre uma a) I e II. c) II e III. e) III e IV.
superfície horizontal. Considere a aceleração da gravidade 10 m/s2. b) I e III. d) II e IV.

PROMILITARES.COM.BR 89

PM_BOOK08_FIS.indb 89 03/11/2021 11:00:14


QUANTIDADE DE MOVIMENTO

08. Uma pessoa, andando a 1,2 m/s, colide a cabeça contra uma 03. O airbag e o cinto de segurança são itens de segurança presentes
barra de concreto. em todos os carros novos fabricados no Brasil. Utilizando os conceitos
Considerando-se que a massa da cabeça é igual a 2,8 kg e que para da Primeira Lei de Newton, de impulso de uma força e variação da
em 1,4 s, pode-se afirmar que a força, atuando sobre a cabeça, tem quantidade de movimento, analise as proposições.
intensidade, em kN, igual a I. O airbag aumenta o impulso da força média atuante sobre
a) 2,4 o ocupante do carro na colisão com o painel, aumentando a
quantidade de movimento do ocupante.
b) 2,3
II. O airbag aumenta o tempo da colisão do ocupante do carro
c) 2,2 com o painel, diminuindo assim a força média atuante sobre ele
d) 2,1 mesmo na colisão.
e) 2,0 III. O cinto de segurança impede que o ocupante do carro, em uma
colisão, continue se deslocando com um movimento retilíneo
09. (ESPCEX 2011) Um canhão, inicialmente em repouso, de massa uniforme.
600 kg, dispara um projétil de massa 3 kg com velocidade horizontal IV. O cinto de segurança desacelera o ocupante do carro em uma
de 800 m/s. Desprezando todos os atritos, podemos afirmar que a colisão, aumentando a quantidade de movimento do ocupante.
velocidade de recuo do canhão é de:
Assinale a alternativa correta.
a) 2 m/s
a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
b) 4 m/s
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) 6 m/s
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) 8 m/s

D O e) PTodas
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) 12 m/s
L R asOafirmativas são verdadeiras.
I A
10. Uma esfera de massa m é lançada do solo verticalmente para F A e B, deslocam-se sobre uma mesa conforme
04. Duas esferas, E
R
cima, com velocidade inicial V, em módulo, e atinge o solo 1 s depois.
Desprezando todos os atritos, a variação no momento linear entre o
mostra a figura a seguir.

S
TE

instante do lançamento e o instante imediatamente antes do retorno

SO
ao solo é, em módulo,
MA

a) 2mV. c) mV2/2.
b) mV. d) mV/2. Quando as esferas A e B atingem velocidades de 8 m/s e 1 m/s,

R
respectivamente, ocorre uma colisão perfeitamente inelástica entre ambas.
O gráfico abaixo relaciona o momento linear Q, em kg × m/s, e a
velocidade v, em m/s, de cada esfera antes da colisão.
EXERCÍCIOS DE

COMBATE R
MA

SO

01. Um projétil de 20 g de massa entra horizontalmente numa tábua


fixa, de modo que, imediatamente antes de nela penetrar, sua velocidade
é de 800 m/s e ao sair da tábua, a velocidade, também horizontal, é de
T

600 m/s. Sendo de 0,01 s o tempo que o projétil permaneceu no interior


R
E

F
da tábua, a intensidade média da força que a tábua exerce sobre o
projétil, em Newtons, é: IA
L DO PRO
Após a colisão, as esferas adquirem a velocidade, em m/s, equivalente a:
a) 8,8 b) 6,2 c) 3,0 d) 2,1

05. Quando uma bola de massa m = 120,0 g é atingida por um


bastão, sua velocidade varia de + 25,0 m/s para – 25,0 m/s.
Considerando-se que a bola fica em contato com o bastão por 1,5 ms,
é correto afirmar que o módulo da força média exercida sobre a bola
pelo bastão, em kN, é igual a
a) 400 b) 300 c) 200 d) 100 a) 1 c) 3 e) 5
b) 2 d) 4
02. Se um veículo trafega a uma velocidade de 144 km/h e colide
contra a mureta de proteção de uma rodovia, reduzindo a sua
velocidade para zero em 50 ms, um passageiro de massa 80 kg 06. O gol da conquista do tetracampeonato pela Alemanha na Copa
estará sujeito a uma força, devido ao impacto de intensidade média, do Mundo de 2014 foi feito pelo jogador Götze. Nessa jogada, ele
equivalente a recebeu um cruzamento, matou a bola no peito, amortecendo-a, e
chutou de esquerda para fazer o gol. Considere que, imediatamente
a) 64 000 N d) 64 N antes de tocar o jogador, a bola tinha velocidade de módulo V1 = 8 m/s
b) 230,4 N e) 16 000 N em uma direção perpendicular ao seu peito e que, imediatamente depois
c) 230 400 N de tocar o jogador, sua velocidade manteve-se perpendicular ao peito do
jogador, porém com módulo V2 = 0,6 m/s e em sentido contrário.

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QUANTIDADE DE MOVIMENTO

d)

e)

(www.colorir-e-pintar.com. Adaptado.)

Admita que, nessa jogada, a bola ficou em contato com o peito do


jogador por 0,2 s e que, nesse intervalo de tempo, a intensidade da 08. O termo colisão representa um evento durante o qual duas
força resultante (FR), que atuou sobre ela, variou em função do tempo, partículas se aproximam e interagem por meio de forças que são
conforme o gráfico. consideradas como muito maiores que quaisquer forças externas
presentes. Um bloco A, de massa igual a 0,4 kg, inicialmente em
repouso na horizontal, em uma superfície sem atrito, é atingido por
um bloco B de 0,2 kg que se movimenta ao longo do eixo x com
uma velocidade de 2,0 m/s. Após a colisão, o bloco B atinge uma

D O ComPbase
velocidade de 0,4 m/s no sentido oposto ao inicial.

L R nessas
perdida na O
informações, é correto afirmar que a energia cinética

I A F E c) 100
colisão, em mJ, é igual a

R a) 104
b) 102 d) 98
e) 96

S
TE

Considerando a massa da bola igual a 0,4 kg, é correto afirmar que,

SO
nessa jogada, o módulo da força resultante máxima que atuou sobre 09. (AFA 1990) O bloco A (mA = 0,8 kg) e o bloco B (mB = 1,2 kg)
a bola, indicada no gráfico por Fmáx, é igual, em newtons, a
MA

da figura abaixo, estão unidos por um fio inextensível de massa


a) 68,8. c) 59,2. e) 88,8. desprezível, e se movem à razão de 9 m/s, sobre uma superfície

R
horizontal lisa. Entre eles existe uma mola ideal, comprimida. Em dado
b) 34,4. d) 26,4.
instante o fio se rompe, e a mola se solta. O bloco A para e o bloco B
é lançado ainda mais veloz para adiante. A energia potencial da mola
07. O pêndulo de Newton pode ser constituído por cinco pêndulos (antes do fio se romper) e a energia cinética final do sistema valem,
idênticos suspensos em um mesmo suporte. Em um dado instante, as respectivamente, em Joules:
esferas de três pêndulos são deslocadas para a esquerda e liberadas,
deslocando-se para a direita e colidindo elasticamente com as outras R
duas esferas, que inicialmente estavam paradas.
MA

SO
T

R
E

IA F
a) 54 e 135 c) 54 e 189

L em: R
b) 81 e 135 O d) 8 e 189
O movimento dos pêndulos após a primeira colisão está representado
D O10. P
(AFA 1995) Os corpos da figura abaixo, que estavam em
repouso, escorregam um sobre o outro sem atrito, de modo que,
num determinado instante, a componente horizontal da velocidade
a) adquirida pelo corpo menor seja 0,75 m/s. Sabendo-se que a massa
dos corpos maior e menor é, respectivamente, 6 kg e 2 kg, a velocidade
do corpo maior, no mesmo instante, será

b)

a) 0,25 m/s no mesmo sentido.


c)
b) 0,25 m/s no sentido oposto.
c) 2,25 m/s no mesmo sentido.
d) 2,25 m/s no sentido oposto.

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QUANTIDADE DE MOVIMENTO

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E 03. A 05. C 07. E 09. C
02. A 04. B 06. A 08. B 10. C
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 03. B 05. A 07. A 09. B
02. A 04. B 06. D 08. A 10. A
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. A 03. B 05. D 07. C 09. A
02. A 04. C 06. B 08. E 10. B

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

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PM_BOOK08_FIS.indb 92 03/11/2021 11:00:15


GRAVITAÇÃO

UM BREVE HISTÓRICO DA Observação


GRAVITAÇÃO Afélio e periélio são os nomes dos pontos em que o planeta está
Várias civilizações observaram o céu e tentaram descrever mais afastado e mais perto do Sol respectivamente.
o movimento dos corpos celestes que eles observavam. Nosso
entendimento do funcionamento do sistema solar é graças as
observações minuciosas que os gregos, babilônios, egípcios, chineses,
europeus, entre vários outros fizeram. Vamos apresentar um breve
2ª LEI DE KEPLER - LEI DAS ÁREAS
histórico das principais ideias que surgiram ao longo dos séculos e Kepler também percebeu que a velocidade de translação
dos planetas também não era constante. Eles eram mais rápidos
DO PRO
depois nos aprofundaremos em algumas delas.
quanto mais próximos ao Sol e mais lentos quanto mais afastados.
• Ptolomeu (séc. X aC): propõe o modelo geocêntrico, em

A L Esse movimento ocorre de tal maneira que uma linha imaginária


que a Terra se localiza no centro do universo com os planetas,
Sol e Lua girando ao seu redor. I FE
denominado raio vetor, que une o Sol ao planeta, descreve áreas

• R
Copérnico (séc. XV): propõe o modelo heliocêntrico, em
que o Sol se localiza no centro do universo com os planetas,
iguais em intervalos de tempo iguais.

S
TE

inclusive a Terra, girando ao seu redor.

SO
• Galileu (séc. XVII): observando as fases do planeta Vênus
MA

consegue validar a teoria heliocêntrica.

R
• Kepler (séc. XVII): usando os dados do astrônomo Tycho
Brahe, foi capaz de descobrir uma relação matemática no
movimento dos planetas ao redor do Sol. Sintetizada em três
leis que veremos adiante.
• Newton (séc. XVIII): propõe que a queda livre dos corpos e o
movimento dos planetas são originados pela mesma interação R
e descreve matematicamente a interação entre os corpos.
MA

• Einstein (séc. XX): propõe a teoria da relatividade geral que


SO

∆t1 =∆t 2 ⇒ A1 =A 2
muda o entendimento de como os corpos interagem entre
si. Os conceitos de força são substituídos pela geometria e
curvatura do espaço-tempo. Observação
T

CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR


R
E

LEIS DE KEPLER
IA F
A 2ª lei de Kepler pode ser usada para demonstrar que o módulo

L DO PRO
do momento angular de um planeta numa órbita se mantém
Tycho Brahe foi um astrônomo dinamarquês que observou e
constante. Essa grandeza é dada pela seguinte relação:
mediu a posição dos planetas por mais de 20 anos de maneira tão
precisa que seus dados ainda são válidas nos dias de hoje. Depois da L = m ⋅ v ⋅ r ⋅ cos θ
morte de Brahe, Johannes Kepler, seu assistente, transformou esses
dados em três leis que regiam como os planetas do sistema solar se
moviam ao redor do Sol.

1ª LEI DE KEPLER - LEI DAS ÓRBITAS


Kepler acreditava que o movimento dos planetas ao redor do Sol
fosse círculos perfeitos. Mas após seu estudo, ele descobriu que as
órbitas eram elípticas com o Sol ocupando um dos seus focos.

Como no afélio e periélio o ângulo vale 90°, o momento angular


vale
L = m ⋅ v A ⋅ rA = m ⋅ vP ⋅ rP

Órbita elíptica de um planeta ao redor do Sol

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GRAVITAÇÃO

3ª LEI DE KEPLER - LEI DOS PERÍODOS


Em 1619, 10 anos depois de descobrir as duas primeiras leis,
Kepler estabeleceu uma relação entre o período de translação do
planeta (T) e o raio médio da sua órbita (R) pela equação.

= constante

Observação R
Essa constante vale para cada sistema planetário, ou seja, existe
uma constante para todos os planetas girando ao redor do Sol;
uma outra constante para todos as luas girando ao redor de
Júpiter; etc.

Exercício Resolvido Lançamento de vários corpos em um planeta


01. (UDESC) Analise as proposições com relação às Leis de Kepler
Essa lei será resumida na interação que os corpos causam um
sobre o movimento planetário.
nos outros: “Dois corpos sempre se atraem com força diretamente
I. A velocidade de um planeta é maior no periélio. proporcional ao produto das suas massas M·m e inversamente
II.
DO PRO
Os planetas movem-se em órbitas circulares, estando o Sol no
centro da órbita. L
proporcional ao quadrado da distância 1/d² que separa seus centros
de gravidade.”
O período orbital de um planeta aumenta com A FE
III.
I o raio médio
IV.
de sua órbita.
R
Os planetas movem-se em órbitas elípticas, estando o Sol em

S
TE

um dos focos.

SO
V. A velocidade de um planeta é maior no afélio.
MA

Assinale a alternativa correta.

R
a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
G⋅M⋅m
d) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. F=

e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. R
onde, G é a constante gravitacional e vale aproximadamente
MA

N.m²
SO

Resolução: C 6,67 ⋅ 10−11


kg²
[I] Verdadeira. Quando o planeta passa mais próximo do Sol
(periélio) sua velocidade é maior, resultado do movimento
T

acelerado do afélio até o periélio.


CAMPO GRAVITACIONAL
R
E

[II] Falsa. Kepler postulou em sua primeira lei que os planetas


E

IA
descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, ocupando este um F
Galileu verificou no século XVII que todos os corpos caem com

L deD O P R O
a mesma aceleração. Essa aceleração é chamada de gravidade ou
dos focos da elipse.
campo gravitacional e atua em todos os corpos independente da sua
[III] Verdadeira. A terceira lei de Kepler relaciona o período massa sempre apontando para o seu centro.
revolução dos planetas com a distância média ao Sol, de acordo
com a equação:
[IV] Verdadeira. Corresponde à primeira lei de Kepler.
[V] Falsa. Sendo o afélio o ponto mais longe do Sol, os planetas
possuem sua menor velocidade.

LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL


Uma das maiores contribuições de Isaac Newton foi no estudo da
gravitação. Ele não só percebeu que os planetas estavam em órbita
devido à atuação de uma força, mas que ela deveria atuar na direção
do Sol. Também percebeu que a queda dos corpos e a órbita são
frutos da mesma interação: a força gravitacional. Isso significava um
rompimento revolucionário com a noção de que havia um conjunto de Linhas de campo gravitacional
leis para os fenômenos terrestres e outro para os movimentos celestes.
Essa união das leis terrestres e cósmicas foi chamada de gravitação
universal. A Lua, por exemplo, está caindo na Terra, porém devido à
sua velocidade tangencial, ela “cai em volta” da Terra.

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GRAVITAÇÃO

NA SUPERFÍCIE DE UM PLANETA Supondo a órbita circular, podemos calcular as características


desse movimento:
A gravidade será um vetor que aponta para o centro da Terra (ou
do planeta) e terá módulo dado pela razão entre a força gravitacional
e a massa que está sofrendo essa interação. VELOCIDADE DE ÓRBITA
G⋅M⋅m GMm mv²
F= Fg =⇒
Fcp =
F d²
=
g = d² d
m m

GM
G⋅M v=
g= d

ProBizu PERÍODO DA ÓRBITA


Cuidado! Se o corpo estiver fora da superfície, a distância d será a 2
soma do raio do planeta com a altura em que o corpo se encontra. GMm  2π 
Fg = Fcp ⇒ = mω²d = m   d
d²  T

Exemplo:
A massa da Terra vale aproximadamente 6,0·1024 kg se seu raio d3
T = 2π
vale aproximadamente 6400 km. Assim, a aceleração da gravidade na GM
superfície do planeta ao nível do mar será:

G ⋅ M 6,7 ⋅ 10−11 ⋅ 6,0 ⋅ 1024 L D O Observação


PRO
IA FE
g= = ⇒ gTerra ≅ 9,81 m/s²
( )
2
R² 6,4 ⋅ 106 DEMONSTRAÇÃO DA 3ª LEI DE KEPLER

R Pelo cálculo do período de órbita, temos:

S
TE

Exemplo: d3 4 π 2d3 T2 4π2


T =2π ⇒ T2 = ⇒ 3 = =constante

SO
Agora vamos calcular a aceleração da gravidade que os astronautas GM GM d GM
em estações espaciais, a cerca de 500 km de altura da Terra, sofrem.
MA

Perceba que cada sistema tem sua constante, que só depende da


G⋅M 6,7 ⋅ 10−11 ⋅ 6,0 ⋅ 1024 massa de quem está sendo orbitado

R
g= = 2 ⇒ gespaço ≅ 8,44 m/s²
d² (
0,5 ⋅ 106 + 6,4 ⋅ 106 )
Exercício Resolvido
ProBizu 02. (UERJ) Considere a existência de um planeta homogêneo,
Tem gravidade no espaço! situado em uma galáxia distante, e as informações sobre seus dois
R
satélites apresentadas na tabela.
MA

SO

Exemplo: VELOCIDADE
SATÉLITE RAIO DA ÓRBITA CIRCULAR
A massa da Lua vale aproximadamente 7,3 · 1022 kg se seu raio ORBITAL
vale aproximadamente 1740 km. Assim, a aceleração da gravidade na
T

X 9R VX
S

superfície do satélite será:


R
E

G ⋅ M 6,7 ⋅ 10−11 ⋅ 7,3 ⋅ 1022


IA Y
F 4R VY
g=

=
(
1,74 ⋅ 106
2
)
⇒ gLua ≅ 1,61 m/s²
L D O Sabe-se R O
P que o movimento de X e Y ocorre exclusivamente sob ação
da força gravitacional do planeta.
VX
MOVIMENTO DOS CORPOS SOB AÇÃO Determine a razão
VY
.
DA GRAVIDADE
Quando um corpo está orbitando outro, por exemplo, um satélite Resolução:
orbitando um planeta, há uma força centrípeta cuja responsável é a A força gravitacional age como resultante centrípeta. Sendo r o
força gravitacional. raio da órbita, m a massa do satélite, M a massa do planeta e G a
constante de gravitação universal, têm-se:
m V 2 GM m GM
Fcp= Fgrav ⇒ = ⇒ V= .
r r2 r

Relacionando as duas órbitas:

VX GM 4R V 2
= ⋅ ⇒ X = .
VY 9R GM VY 3

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PM_BOOK08_FIS.indb 95 03/11/2021 11:00:17


GRAVITAÇÃO

ENERGIA POTENCIAL Resolução:


GRAVITACIONAL A energia cinética na condição de velocidade de escape deve
Mais uma vez a energia será um número associado a um sistema ser numericamente igual a energia potencial gravitacional. Disto
cuja soma se conserva. deduz-se que o raio do Buraco Negro será:
1 2 GmM 2GM
=
mv e ⇒=
R
2 R v 2e

Como a velocidade de escape corresponde a velocidade da luz, c,


temos para a massa do buraco negro:
Rc2
M=
2G
Assim definiremos a energia potencial gravitacional como: Pelo volume da esfera:
GMm 4π 3
Epg = − V= R (volume máximo)
d 3
Onde, A densidade mínima do buraco negro será:
d é a distância entre o centro dos dois corpos. M 3c2
ρ= =
V 8πGR2
Observação
A energia potencial igual a Epg = mgh é, na verdade, a diferença de
energia potencial gravitacional para dois pontos próximos entre si,L DO PRO
ou seja, quando h  Rplaneta .
I A FE
EXERCÍCIOS DE

R FIXAÇÃO

S
TE

VELOCIDADE DE ESCAPE

SO
Se um corpo for lançado para cima, ele subirá até uma altura
MA

01. (CN 2018) Classifique com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmativas


máxima e retornará ao solo. Caso a velocidade seja grande o bastante,
abaixo e, em seguida, marque a opção que apresenta a sequência
ele pode escapar completamente do campo gravitacional do planeta

R
correta.
e não retornar mais. Podemos determinar a velocidade mínima,
chamada velocidade de escape, para que esse fenômeno ocorra. ( ) Um satélite em órbita em torno da Terra possui massa, no entanto,
Consideremos apenas que o corpo chegará a uma distância muito não possui peso.
grande do planeta (infinito) com velocidade nula, assim usando o ( ) Uma nave espacial no espaço, livre de atrito e de toda e qualquer
princípio de conservação da energia, temos: força de atração ou repulsão, permanecerá sempre em repouso
mv e2 GMm ou em movimento retilíneo uniforme em relação a referenciais
R
Einicial = Efinal ⇒ Eci + Epi = Ec f + Epf ⇒ − = 0 inerciais.
MA

2 R
SO

( ) É necessário que um corpo esteja sob a ação de uma força


2GM
ve = resultante diferente de zero para permanecer em movimento.
R
( ) Sol e Terra se atraem com forças gravitacionais de intensidades
T

GM diferentes.
Como gsuperfície =
R
E


IA
(
F
) Peso e normal constituem um par ação-reação.
v e = 2gsuperfícieR (
L D O( ) APenergia O
) Peso e massa são grandezas físicas vetoriais.
R mecânica de um sistema, que é a soma da energia
Exemplo: cinética com as energias potenciais, é sempre conservada.
A velocidade de escape para a Terra, desprezando o atrito com o a) (F)(V)(F)(F)(V)(V)(V)
ar será cerca de b) (F)(V)(V)(V)(F)(F)(V)
v e = 2gsuperfícieR = 2 ⋅ 9,8 ⋅ 6,4 ⋅ 10 6
c) (V)(V)(V)(V)(F)(F)(V)
v e ≅ 11200 m/s ≅ 40320 km/h d) (V)(F)(F)(F)(V)(F)(F)
e) (F)(V)(F)(F)(F)(F)(F)

Exercício Resolvido
02. (EEAR 2017) Uma nave espacial de massa M é lançada em direção
03. (UERJ) Buracos negros são corpos celestes, em geral, à lua. Quando a distância entre a nave e a lua é de 2,0 · 108 m, a força
extremamente densos. Em qualquer instante, o raio de um de atração entre esses corpos vale F. Quando a distância entre a nave
buraco negro é menor que o raio R de um outro corpo celeste e a lua diminuir para 0,5 · 108 m, a força de atração entre elas será:
de mesma massa, para o qual a velocidade de escape de uma a) F/8
partícula corresponde à velocidade c da luz no vácuo. Determine b) F/4
a densidade mínima de um buraco negro, em função de R, de c e
da constante G. c) F/16
d) 16F

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PM_BOOK08_FIS.indb 96 03/11/2021 11:00:18


GRAVITAÇÃO

03. (EEAR 2017) Dois corpos de massas m1 e m2 estão separados por 07. (EEAR 2019) Um astronauta de massa m e peso P foi levado da
uma distância d e interagem entre si com uma força gravitacional F. superfície da Terra para a superfície de um planeta cuja aceleração da
Se duplicarmos o valor de m1 e reduzirmos a distância entre os corpos gravidade, em módulo, é igual a um terço da aceleração da gravidade
pela metade, a nova força de interação gravitacional entre eles, em registrada na superfície terrestre. No novo planeta, os valores da
função de F, será massa e do peso desse astronauta, em função de suas intensidades na
a) F/8 Terra, serão respectivamente:
b) F/4 m
a) ,P
c) 4F 3
b) m, P
d) 8F
P
c) m,
04. (EEAR 2010) Em um planeta distante da Terra, em outro sistema 3
planetário, cientistas, obviamente alienígenas, estudam a colocação m P
de uma estação orbital entre o seu planeta e sua lua, conforme pode d) ,
3 3
ser visto na figura. Visando ajudá-los, determine a que distância, em
km, do centro do planeta a estação (considerada uma partícula) deve 08. (EEAR 2017) Em Júpiter a aceleração da gravidade vale
ser colocada, de forma que a resultante das forças gravitacionais que aproximadamente 25 m/s² (2,5 x maior do que a aceleração da
atuam sobre a estação seja nula. gravidade da Terra). Se uma pessoa possui na Terra um peso de 800 N,
Observações: quantos newtons esta mesma pessoa pesaria em Júpiter? (Considere
- Massa do planeta alienígena: 25 · 1020 kg. a gravidade na Terra g = 10 m/s²).

- Massa da lua alienígena: 4 · 1018 kg. a) 36 c) 800

DO PRO
- Distância do centro do planeta ao centro da lua: 312 · 10 km.
L
3 b) 80 d) 2.000

IA 09. (EEAR 2015)FA atração gravitacional que o Sol exerce sobre a Terra
Considere o instante em que o planeta, a lua e a estação estão
vale 3,5 · 10 N. AEmassa da Terra vale 6,0 · 10 kg. Considerando
alinhadas, conforme a figura.
R
22 24

que a Terra realiza um movimento circular uniforme em torno do

S
TE

Sol, sua aceleração centrípeta (m/s²) devido a esse movimento é,


aproximadamente

SO
a) 6,4 · 102
MA

b) 5,8 · 10-3

R
c) 4,9 · 10-2
a) 2 · 10² d) 2,1 · 103
b) 3 · 10 5

c) 4 · 105 10. No Sistema Solar, o planeta Saturno tem massa cerca de 100
vezes maior do que a da Terra e descreve uma órbita, em trono do
d) 5 · 10 4
Sol, a uma distância média 10 vezes maior do que a distância média
R
da Terra ao Sol (valores aproximados). A razão (Fsist / FT) entre a força
MA

05. (EEAR 2009) Um astronauta afirmou que dentro da estação orbital


SO

gravitacional com que o Sol atrai Saturno e a força com que o Sol atrai
a melhor sensação que ele teve foi a ausência de gravidade. Com a Terra é de aproximadamente:
relação a essa afirmação, pode-se dizer que está
a) 1000
a) correta, pois não há presença de massa no espaço.
T

b) 10
R
b) correta, pois a estação está tão longe que não há ação do campo
E

I Anão se altera d) 0,1 O F


gravitacional. c) 1

L D e) 0,001
c) incorreta, pois o módulo da aceleração da gravidade

d) incorreta, pois mesmo a grandes distâncias existe ação do campo O


com a altitude.
PR
gravitacional.
EXERCÍCIOS DE

06. (EEAR 2013) Para a realização de um filme de ficção científica, o


diretor imaginou um planeta β cujo raio é a metade do raio da Terra TREINAMENTO
e a massa é dez vezes menor que a massa da Terra. O diretor, então,
consultou um físico a fim de saber qual deveria ser o valor correto da
aceleração da gravidade a qual estaria submetido um ser na superfície 01. (ESPCEX 2012) Consideramos que o planeta Marte possui um
do planeta β. O físico, de acordo com as Leis da Gravitação Universal décimo da massa da Terra e um raio igual à metade do raio do nosso
e adotando como referência uma pessoa na superfície da Terra, cuja planeta. Se o módulo da força gravitacional sobre um astronauta na
aceleração da gravidade vale 10 m/s², disse que o valor da aceleração superfície da Terra é igual a 700 N, na superfície de Marte seria igual a:
da gravidade para esse ser na superfície de β seria de _______ m/s². a) 700 N
a) 2 b) 280 N
b) 4 c) 140 N
c) 5 d) 70 N
d) 12 e) 17,5 N

PROMILITARES.COM.BR 97

PM_BOOK08_FIS.indb 97 03/11/2021 11:00:18


GRAVITAÇÃO

02. Três satélites – I, II e III – movem-se em órbitas circulares ao redor 04. A figura abaixo representa dois planetas, de massas m1 e m2, cujos
da Terra. centros estão separados por uma distância D, muito maior que os
O satélite I tem massa m e os satélites II e III têm, cada um, massa 2m. raios dos planetas.
Os satélites I e II estão em uma mesma órbita de raio r e o raio da
órbita do satélite III é r/2.
Nesta figura (fora de escala), está representada a posição de cada um
desses três satélites:
Sabendo que é nula a força gravitacional sobre uma terceira massa
colocada no ponto P, a uma distância D/3 de m1, a razão m1/m2 entre
as massas dos planetas é
a) 1/4. c) 1/2. e) 3/2.
b) 1/3. d) 2/3.

05. Um asteroide A é atraído gravitacionalmente por um planeta P


Sabe-se que a massa de P é maior do que a massa de A.
Considerando apenas a interação entre A e P, conclui-se que:
a) o módulo da aceleração de P é maior do que o módulo da
aceleração de A
b) o modulo da aceleração de P é menor do que o módulo da
aceleração de A

L D O c) Paintensidade
R O da força que A exerce sobre P
intensidade da força que P exerce sobre A é maior do que a

I A F da força que P exerce sobre A é menor do que a


intensidade da E
d) a intensidade
R
Sejam FI, FII e FIII os módulos das forças gravitacionais da Terra sobre,
força que A exerce sobre P

S
TE

respectivamente, os satélites I, II e III. 06. A figura ilustra o movimento de um planeta em torno do sol.

SO
Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que
MA

a) FI = FII < FIII.

R
b) FI = FII > FIII.
c) FI < FII < FIII.
d) FI < FII = FIII.

03. Neil Armstrong foi o primeiro terráqueo a pisar o solo de nosso


satélite. Considere que o equipamento - traje espacial, capacete tubos R
de oxigênio, etc. - tenha uma massa de 60 kg.
MA

Se os tempos gastos para o planeta se deslocar de A para B, de C para


SO

D e de E para F são iguais, então as áreas – A1, A2 e A3 – apresentam


a seguinte relação:
T

a) A1 = A2 = A3
S

R b) A1 > A2 = A3
E

IA c) F
A1 < A2 < A3

L DO PR O
d) A1 > A2 > A3

07. Embora sua realização seja impossível, imagine a construção de


um túnel entre os dois polos geográficos da Terra, e que uma pessoa,
em um dos polos, caia pelo túnel, que tem 12.800 km de extensão,
como ilustra a figura abaixo.

Sabe-se que a aceleração da gravidade lunar é aproximadamente 6


vezes menor que a aceleração da gravidade terrestre. Assim, o esforço
feito pelo astronauta, na Lua, para sustentar esse equipamento de
60 kg foi equivalente ao que faria, aqui na Terra, para sustentar um
equipamento de:
a) 0,36 kg
b) 0,60 kg
c) 10 kg
d) 50 kg
e) 60 kg

98 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 98 03/11/2021 11:00:19


GRAVITAÇÃO

Admitindo que a Terra apresente uma constituição homogênea e 02. De acordo com a Lei da Gravitação Universal, a força gravitacional
que a resistência do ar seja desprezível, a aceleração da gravidade entre dois corpos:
e a velocidade da queda da pessoa, respectivamente, são nulas nos a) duplica quando as massas dos dois corpos são duplicadas.
pontos indicados pelas seguintes letras:
b) duplica quando a distância entre os dois corpos é duplicada.
a) Y − W c) X−Z
c) quadruplica quando a distância entre os dois corpos é reduzida
b) W − X d) Z − Y à metade.
d) quadruplica quando a distância entre os dois corpos é duplicada.
08. Um astronauta, usando sua roupa espacial, ao impulsionar-se
sobre a superfície da Terra com uma quantidade de movimento inicial e) quadruplica quando a distância entre os dois corpos é
P0 , alcança uma altura máxima de 0,3 m. Ao impulsionar-se com a quadruplicada.
mesma roupa e a mesma quantidade de movimento P0 na superfície da
1 03. (AFA 2002) Considere a Terra um planeta de raio R estacionário no
Lua, onde a aceleração da gravidade é cerca de do valor terrestre, a espaço. A razão entre os períodos de dois satélites, de mesma massa,
6
altura máxima que ele alcançará, em metros, equivale a: em órbitas circulares de altura R e 3R, respectivamente, é
a) 0,1 1
a)
b) 0,6 2
c) 1,8 3
b)
d) 2,4 4

c) 2
09. A equação que relaciona a aceleração da gravidade terrestre, g, 4

universal, G, é:
L D O d) P 23R O
com a massa M, com o raio R da Terra e com a constante da gravitação

a) g=
R2 c) g=
G
I A FE
GM
GM
MR2
GM
R 04. Se a massa e o raio da Terra dobrassem de valor, o peso P de uma
pessoa (ou a força com que a Terra a atrai) na superfície do planeta
g= seria, desconsiderando outros efeitos:

S
TE

b) g= d)
R2 4R2

SO
a) quatro vezes menor.
MA

b) duas vezes menor.


10. A força de atração gravitacional entre dois corpos, de massas m1 e
m ⋅m c) o mesmo.

R
m2 e separados pela distância r, é dada pela expressão F= G ⋅ 1 2 2 ,
sendo G a constante universal de gravitação. r d) duas vezes maior.

Na superfície da Terra, a aceleração de queda livre tem intensidade g. e) quatro vezes maior.

Na superfície de outro corpo celeste, de massa igual à metade da


05. A Lei da Gravitação Universal de Newton é expressa por
massa da Terra e de raio igual ao dobro do raio terrestre, a aceleração
−G ⋅ M ⋅ m
da gravidade terá intensidade: F= em que “G” é uma constante de proporcionalidade,
R
r2
a) 2·g
MA

“M” é a massa de um objeto maior, “m” é a massa de um objeto


SO

g menor, “r” é a distância entre os centros de gravidade dos objetos e o


b)
4 sinal negativo corresponde à força atrativa.
c) g De acordo com a Lei de Gravitação Universal de Newton, se a distância
T

g
S

d) entre um par de objetos é triplicada, a força é equivalente a (o)


R
E

2
E

g
IA F
a) um nono do valor original.
e)
8
L D Oc) trêsP vezes O
b) um terço do valor original.
R o valor original.
d) nove vezes o valor original.
EXERCÍCIOS DE e) mesmo valor que a original.

COMBATE 06. A descoberta de planetas extra-solares tem sido anunciada,


com certa frequência, pelos meios de comunicação. Numa dessas
descobertas, o planeta em questão foi estimado como tendo o triplo
da massa e o dobro do diâmetro da Terra. Considerando a aceleração
01. A Terceira Lei de Kepler afirma, no caso de planetas de órbita
da gravidade na superfície da Terra como g, assinale a alternativa
circular, que o quadrado do tempo gasto para dar uma volta completa
correta para a aceleração na superfície do planeta em termos da g
em torno do Sol é proporcional ao cubo do raio da órbita desse
da Terra.
planeta. Sabendo que o movimento desses planetas é uniforme, pode-
se concluir que, para eles, sua velocidade na órbita em torno do Sol é: a) 3/4 g.
a) diretamente proporcional ao raio da órbita. b) 2 g.
b) inversamente proporcional ao raio da órbita. c) 3 g.
c) inversamente proporcional ao quadrado do raio da órbita. d) 4/3 g.
d) inversamente proporcional à raiz quadrada do raio da órbita. e) 1/2 g.
e) diretamente proporcional ao quadrado do raio da órbita.

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PM_BOOK08_FIS.indb 99 03/11/2021 11:00:19


GRAVITAÇÃO

07. Considerando que o diâmetro da Lua é, aproximadamente, 4 vezes


menor que o da Terra, e que a densidade da Lua é, aproximadamente, GABARITO
2 vezes menor que a densidade da Terra. Considerando que ambas, a
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Terra e a Lua, sejam esféricas e com densidades uniformes, a aceleração
da gravidade na superfície da lua é, aproximadamente, igual a 01. E 04. B 07. C 10. C
1 02. D 05. D 08. D
a) da aceleração da gravidade na superfície da Terra.
8 03. D 06. B 09. B
1 EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
b) da aceleração da gravidade na superfície da Terra.
32 01. B 04. A 07. C 10. E
1 02. C 05. B 08. C
c) da aceleração da gravidade na superfície da Terra.
64 03. C 06. A 09. B
1 EXERCÍCIOS DE COMBATE
d) da aceleração da gravidade na superfície da Terra.
128
01. D 04. B 07. A 10. E

08. O planeta Urano, descoberto em 1781, apresenta como 02. C 05. A 08. C
peculiaridade, o fato de seu eixo de rotação ser praticamente 03. A 06. A 09. C
paralelo ao plano de sua órbita, ou seja, é um planeta “deitado”. O
raio de Urano é 4 vezes maior do que o raio da Terra, e sua massa é ANOTAÇÕES
aproximadamente 16 vezes maior que a da Terra. Sendo gU e gT as
intensidades dos campos gravitacionais criados por Urano e pela Terra

DO PRO
em suas respectivas superfícies, pode-se afirmar que
a) gU = (1/4) gT.
A L
b) gU = (1/2)gT.
I FE
c) gU = gT.
d) gU = 2 gT.
R

S
TE

e) gU = 4 gT.

SO
MA

09. Em 23 de julho de 2015, a NASA, agência espacial americana,


divulgou informações sobre a existência de um exoplaneta (planeta

R
que orbita uma estrela que não seja o Sol) com características
semelhantes às da Terra. O planeta foi denominado Kepler 452-b. Sua
massa foi estimada em cerca de 5 vezes a massa da Terra e seu raio em
torno de 1,6 vezes o raio da Terra.
Considerando g o módulo do campo gravitacional na superfície da
Terra, o módulo do campo gravitacional na superfície do planeta R
Kepler 452-b deve ser aproximadamente igual a
MA

SO

a) g/2.
b) g.
c) 2g.
T

d) 3g.
R
E

e) 5g.
IA F
L peso R O
D
P. Se esse objeto for transportado para uma altitude, relativamente O
10. Sobre a superfície da Terra, um objeto de massa m apresenta
P
ao solo, equivalente a duas vezes o raio da Terra, apresentará, nessa
posição, massa igual a
m P
a) e peso .
2 2
P
b) m e peso .
2
m P
c) e peso .
2 4
P
d) m e peso .
4
P
e) m e peso .
9

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

100 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 100 03/11/2021 11:00:20


TEMPERATURA E CALOR

Vamos iniciar nossos estudos com a diferenciação dessas duas A escala Fahrenheit é usada nos EUA, por exemplo. Já a escala
grandezas físicas escalares, temperatura e calor. Kelvin, usada no S.I., foi desenvolvida pelo físico irlandês William
Temperatura é a medida de agitação de átomos e moléculas. Thomson (Lorde Kelvin) que chegou à conclusão de que havia uma
Quanto maior a velocidade de translação das moléculas, maior será a temperatura mínima possível, que recebeu o nome de zero absoluto
temperatura da substância. (0 K, lê-se zero Kelvin, e não zero grau Kelvin) e seria atingida quando
Quando, em um sistema, há dois corpos com diferentes todas as partículas de um corpo estivessem imóveis.
temperaturas, haverá transferência de energia, do corpo com maior Em 1925, Einstein e Bose previram que certo tipo de partículas,
temperatura para o corpo com menor temperatura. Essa energia é o calor. chamadas de bósons, quando submetidas a baixas temperaturas
A transferência cessa quando não há mais diferença de temperatura. Nesse (próximas de 0 K), formariam um novo estado da matéria (como

L DO PRO
momento, podemos dizer que o sistema alcançou o equilíbrio térmico.
“Se três sistemas apresentam-se isolados de qualquer outro
sólido, líquido e gasoso). O primeiro condensado de bósons foi
produzido em um laboratório na Universidade do Colorado, em 1995.

I A
universo externo, e, dois sistemas consecutivos estiverem em equilíbrio FE
A temperatura chegou na ordem de 10–7 K. Esse novo estado da

R
térmico com o terceiro, então os dois sistemas consecutivos estarão
em equilíbrio térmico entre si”. Essa é a Lei Zero da Termodinâmica.
matéria ficou conhecido como condensado de Bose-Einstein.
Voltando às escalas, temos que saber como podemos transformar

S
TE

O instrumento que mede a temperatura de uma substância (em a leitura de uma escala para outra.

SO
nível macroscópico) é o termômetro. O 1º termômetro foi inventado
por Galileu, no final do século XVI. Eram chamados de termoscópios.
MA

CELSIUS E FAHRENHEIT
Podemos ver, através das escalas, que 32º F equivalem a 0º C e que

R
212º F equivalem a 100º C. Podemos, então, fazer um gráfico F × C.

R
MA

SO

Quando a temperatura aumentava, o líquido subia. Quando


diminuía, o líquido descia. Então, para medir essas variações de
temperatura dos dias, por exemplo, bastava fazer marcações
equidistantes no tubo.
T

R
Os termômetros usados hoje em dia para medir a temperatura
E

IA
do corpo de uma pessoa é um termoscópio graduado em uma escala F
L DO PRO
termométrica (graus Celsius, por exemplo), constituído por um tubo
capilar de vidro, fechado a vácuo, e um bulbo, contendo mercúrio.
O mercúrio é ideal para essa função porque é o único metal líquido
na temperatura ambiente. Por ser metal, tem boa condução de 32 = a0 + b
calor, sofrendo dilatação em um curto intervalo de tempo. O bulbo 212 = a100 + b
do termômetro também é feito de metal, para que a transferência
de calor do corpo para o termômetro seja feita rapidamente, e, em Na 1ª equação, podemos tirar que b = 32, então:
poucos minutos, ocorra o equilíbrio térmico. Assim, a temperatura do
termômetro é a mesma do corpo. 180 9
= 100a + 32 ∴=
212 a =
Existem várias escalas termométricas. As mais famosas são: 100 5
Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Os pontos fixos das escalas serão as
temperaturas de fusão e de ebulição da água, no nível do mar. Logo:
9C C F – 32
F= + 32 ou =
5 5 9

Observação
O coeficiente angular mede a variação em graus Fahrenheit em
relação à variação em graus Celsius:
F 9 F
a    F  1, 8C
C 5 C

PROMILITARES.COM.BR 101

PM_BOOK08_FIS.indb 101 03/11/2021 11:00:21


TEMPERATURA E CALOR

KELVIN E CELSIUS Resolução: C


Essa relação é mais simples. Note que, na escala Kelvin, os valores Tc Tf − 32 Tk − 273
são 273 a mais que na escala em graus Celsius. Então: = = ⇒
5 9 5
C = K – 273 Tk − 273 Tc 73 − 273 Tc
= ⇒ = ⇒ Tc = −200° C
Perceba que a variação na escala Kelvin é a mesma que na escala 5 5 5 5
Celsius, ou seja, ∆° C = ∆ K. Note também que 0 K equivale a –273° C. Tf − 32 Tk − 273 T − 32 73 − 273
= ⇒ f = ⇒
Exemplo 1: 9 5 9 5
86 K equivale a qual valor na escala Celsius? Tf − 32 −200 T − 32
= ⇒ f = −40 ⇒
Resolução: 9 5 9
°
Tf − 32 = −360 ⇒ Tf = −328
C F – 32 C 86 – 32
= ∴ = ∴ C = 30°C
5 9 5 9

Exercício Resolvido
Exemplo 2:
Uma pessoa está com febre. Sua temperatura variou 2° C. Qual 02. Um turista estrangeiro leu em um manual de turismo que
seria essa variação em °F e em K? a temperatura média do estado do Amazonas é de 87,8 graus,
Resolução: medido na escala Fahrenheit. Não tendo noção do que esse valor
significa em termos climáticos, o turista consultou um livro de
∆°=
F 1,8∆°C ∴ ∆°=
F 1,8 . =
2 3,6°F
Física, encontrando a seguinte tabela de conversão entre escalas

DO PRO
∆°C = ∆K ∴ ∆K = 2K termométricas:

A L
Exemplo 3:
I FE CELSIUS FAHRENHEIT

Em certa escala X, a água, no nível do R mar, sofre fusão à FUSÃO DO GELO 0 32


temperatura de 20° X e sofre ebulição a 80° X. Qual o valor numérico

S
TE

de 68° X na escala °C? EBULIÇÃO DA ÁGUA 100 212

SO
Resolução:
MA

Com base nessa tabela, o turista fez a conversão da temperatura


Temos que:
fornecida pelo manual para a escala Celsius e obteve o resultado:

R
20 = a0 + b
a) 25.
80 = a100 + b
b) 31.
Logo: c) 21.
80= 100a + 20 ∴ a= 0,6 ∴ X= 0,6C + 20 d) 36.
68 = 0,6C + 20 ∴ C = 80°C e) 16. R
MA

SO

Resolução: B
Exercício Resolvido θC − 0 F − 32 θC 87,8 − 32
= ⇒ = ⇒
100 − 0 212 − 32 100 180
T

01. Um ramo importante da Física, ligado à Termologia é a


S

5 (55,8 )
R
criogenia, cuja finalidade é conseguir temperaturas extremamente θC = ⇒ θC = 31 °C.
E

baixas com as mais diferentes aplicações. A obtenção de


IA
9
F
L DO PRO
temperaturas reduzidas é utilizada, por exemplo, na conservação
de produtos alimentícios, no transporte de gêneros perecíveis, na
preservação de tecidos, dos componentes do sangue e de outras
partes do corpo humano para posterior utilização. Em Biologia e EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
Veterinária, a criogenia está associada à conservação do sêmen
de animais para uso em fertilização. A manutenção de sêmen
bovino em temperatura da ordem de 73° kelvin é fundamental
para preservar suas características, a fim de que o processo de
inseminação artificial tenha sucesso. (...).
(Adaptado de FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. de Toledo; FOGO. Ronaldo.
01. Uma certa massa de gás perfeito sofre uma transformação
Física Básica. 3. ed. vol. único. São Paulo: Atual. 2009. p. 273). isobárica e sua temperatura varia de 293 K para 543 K. A variação
da temperatura do gás, nessa transformação, medida na escala
Com base nas informações apresentadas no texto acima, indique Fahrenheit, foi de
qual o valor correspondente à temperatura de 73° kelvin nas a) 250° d) 385°
escalas Celsius e Fahrenheit, respectivamente, para manutenção
b) 273° e) 450°
de sêmen bovino.
c) 300°
a) –220° C e –380º F
b) –200° C e 360° F 02. A temperatura de determinada substância é 50° F. A temperatura
c) –200° C e –328° F absoluta dessa substância, em Kelvins, é
d) –220° C e 400° F a) 343 d) 283
e) –240° C e –420° F b) 323 e) 273
c) 310

102 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 102 03/11/2021 11:00:21


TEMPERATURA E CALOR

03. Uma escala termométrica arbitrária X atribui o valor –20º X para a) 16250 B. c) 750 B. e) 30 B.
a temperatura de fusão do gelo e 120° X para a temperatura de b) 15250 B. d) 150 B.
ebulição da água, sob pressão normal. A temperatura em que a escala
X dá a mesma indicação que a Celsius é:
08. A coluna de mercúrio de um termômetro está sobre duas escalas
a) 80 b) 70 c) 50 d) 30 e) 10 termométricas que se relacionam entre si. A figura ao lado mostra
algumas medidas correspondentes a determinadas temperaturas.
04. Um termômetro mal graduado na escala Celsius indica para a Quando se encontra em equilíbrio térmico com gelo fundente,
água, à pressão normal, o valor de 1° C para a fusão e o de 99° C sob pressão normal, o termômetro indica 20° nas duas escalas.
para a ebulição. Em equilíbrio térmico com água em ebulição, também sob pressão
A única temperatura correta que esse termômetro poderá indicar é a de normal, a medida na escala A é 82° A e na escala B:
a) 45° C c) 50° C e) 55° C
b) 47° C d) 53° C

05. Através de experimentos, biólogos observaram que a taxa de


canto de grilos de uma determinada espécie estava relacionada com a
temperatura ambiente de uma maneira que poderia ser considerada
linear. Experiências mostraram que, a uma temperatura de 21º C,
os grilos cantavam, em média, 120 vezes por minuto; e, a uma
temperatura de 26º C, os grilos cantavam, em média, 180 vezes por
minuto. Considerando T a temperatura em graus Celsius e n o número
de vezes que os grilos cantavam por minuto, podemos representar a
relação entre T e n pelo gráfico abaixo.
L DO PRO
I A FE
R
a) 49° B c) 59° B e) 69° B

S
TE

SO
b) 51° B d) 61° B
MA

09. O gráfico representa a relação entre a temperatura medida em

R
uma escala de temperatura hipotética W e a temperatura medida na
escala Celsius, sob pressão normal.
Supondo que os grilos estivessem cantando, em média, 156 vezes por
minuto, de acordo com o modelo sugerido nesta questão, estima-se
que a temperatura deveria ser igual a:
a) 21,5º C . c) 23º C . e) 25,5º C .
b) 22º C . d) 24º C .
R
MA

SO

06. O gráfico abaixo representa a relação entre as escalas


termométricas Y e X. Existe uma temperatura na qual as duas escalas
indicam o mesmo valor.
T

ºY R
E

30 IA F
20 L DO PRO
10
0 ºX
-60 -40 -20 0 20 40 60 80
-10
A temperatura de fusão do gelo e a de ebulição da água são, em graus
-20
W, respectivamente iguais a
-30 a) –40 e 40 c) 20 e 110 e) 20 e 100
b) –40 e 110 d) –40 e 100

a) –30 d) 100 10. Nos noticiários, grande parte dos apresentadores da previsão do
b) –15 e) 450 tempo expressam, erroneamente, a unidade de temperatura em graus
c) 15 centígrados.
A maneira de expressar corretamente essa unidade é:
07. Para comemorar os 500 anos do Brasil, resolvi criar um termômetro, a) Celsius, pois não se deve citar os graus.
cuja escala batizei de “Brasil” (B). Na escala B, o ponto de fusão do b) graus Kelvin, pois é a unidade do sistema internacional.
gelo é 15000 B, e o ponto de ebulição da água é 20000 B. Se, no dia c) Centígrados, pois não se deve citar os graus.
22 de abril de 2000, a diferença entre a maior e a menor temperatura
registrada no Brasil for de 15 graus Celsius, essa diferença registrada d) graus Celsius, pois existem outras escalas em graus centígrados.
no meu termômetro será de e) graus Fahrenheit, pois é a unidade do sistema internacional.

PROMILITARES.COM.BR 103

PM_BOOK08_FIS.indb 103 03/11/2021 11:00:22


TEMPERATURA E CALOR

EXERCÍCIOS DE 07. (EAM 2017) A termologia é a parte da Física que estuda os

TREINAMENTO fenômenos determinados por energia térmica, que é a forma de


energia relacionada á agitação das partículas de um corpo.
Com relação á termologia, analise as afirmativas abaixo.
I. Quanto maior a energia cinética média das partículas, menor a
01. Um cientista coloca um termômetro em um béquer contendo temperatura do corpo.
água no estado líquido. Supondo que o béquer esteja num local ao II. Para que haja transferência de calor entre dois corpos, eles devem
nível do mar, a única leitura que pode ter sido feita pelo cientista é: estar a temperaturas diferentes.
a) –30 K c) 130º C e) 350 K III. Quanto maior o calor específico de um material, menor a
b) 36 K d) 250 K quantidade de calor necessária para o material ser aquecido até
determinada temperatura.
02. (EAM 2019) Um termômetro registra a temperatura de 932° F. IV. No Sistema Internacional de Unidades, a quantidade de calor
Converta esse valor para a escala Celsius e marque a opção correta. transferida de um corpo para outro é medida em joules.
a) 100 b) 200 c) 300 d) 400 e) 500 Assinale a opção correta.
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
03. (EAM 2019) Três termômetros de mercúrio são colocados num
mesmo líquido e, atingido o equilíbrio térmico, o graduado na escala b) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
Celsius registra 45° C. Os termômetros graduados nas escalas Kelvin e c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.
Fahrenheit, respectivamente, devem registrar que valores? d) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.
a) 218 K e 113° F d) 588 K e 313° F e) Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
b) 318 K e 113° F e) 628 K e 423° F
L D O 08.P(EAMR 2017)
O Uma cidade localizada na Serra Catarinense a uma
c) 318 K e 223° F
I A F
altitude de 1.450 m acima do nível do mar, durante um determinado
ano, registrou –8,9E°C, a mais baixa temperatura do inverno. Essa
04. (EAM 2018) A termologia é a parte da R
física que estuda os
fenômenos ligados à energia térmica. Dentre os conceitos relacionados temperatura caso tivesse sido registrada na escala Fahrenheit, seria de

S
TE

aos fenômenos térmicos, marque a opção INCORRETA : aproximadamente

SO
a) Temperatura é a grandeza que mede o estado de agitação das a) 2 °F c) 16 °F
MA

moléculas de um corpo. b) 8 °F d) 22 ºF
b) Calor é a sensação que se tem quando o dia está muito quente. e) 38 °F

R
c) Fusão é a passagem do estado sólido para o estado líquido.
09. (EAM 2016) Considerando as escalas termométricas Celsius,
d) Convecção é a principal forma de transmissão do calor através dos
Fahrenheit e Kelvin, assinale a opção que apresenta a igualdade
fluídos (líquidos e gases).
correta.
e) Transformação isométrica é aquela que ocorre sem alteração do
a) 0° C = -273 K d) 0 K = 273° C
volume ocupado pelo gás. R
b) 32° F = 0 K e) 273 K = 32° F
MA

05. (EEAR 2019) Roberto, empolgado com as aulas de Física, decide c) 212° F = 100 K
SO

construir um termômetro que trabalhe com uma escala escolhida


por ele, a qual chamou de escala R. Para tanto, definiu –20° R como 10. (EEAR 2015) Uma variação qualquer na escala Celsius tem na
ponto de fusão do gelo e 80° R como temperatura de ebulição da escala Kelvin valor numérico
T

água, sendo estes os pontos fixos desta escala. Sendo R a temperatura


R a) 1/273 vezes maior. c) 273 vezes maior.
E

na escala criada por Roberto e C a temperatura na escala Celsius,


IA
e considerando que o experimento seja realizado ao nível do mar, a b) 273 vezes menor. F d) igual.
expressão que relaciona corretamente as duas escalas será:
a) C = R – 20
L DO PRO
b) C = R + 20 EXERCÍCIOS DE

c) C=
R + 20
2
COMBATE
R − 20
d) C=
2
01. (EAM 2014) Durante uma viagem de navio para os Estados Unidos,
um Marinheiro mediu a temperatura-ambiente com um termômetro,
06. (EEAR 2017) Segundo Bonjorno & Clinton, em seu livro Física, graduado na Escala Fahrenheit. Obteve a leitura de 77º F. Qual é o
História e Cotidiano, “O nível de energia interna de um corpo valor dessa temperatura, na Escala Celsius?
depende da velocidade com que as partículas se movimentam. Se o
movimento é rápido, o corpo possui um alto nível de energia interna. a) 15º C d) 35º C
Se o movimento é lento, o corpo tem um nível de energia interna b) 20º C e) 45º C
baixo”. Investigando-se microscopicamente um corpo, com foco no c) 25º C
grau de agitação de suas partículas, podemos medir indiretamente
seu (sua) _________________, que será obtido (a) com o uso de um 02. (EEAR 2013) Um piloto durante o voo comunica ao operador da
____________________. torre de controle: “I have a crew member and his temperature is 104
a) temperatura – calorímetro degrees Fahrenheit (104º F)”. Imediatamente este operador informa
b) temperatura – termômetro a equipe de apoio que um dos tripulantes do avião apresenta uma
temperatura de ______º C.
c) quantidade de calor – termômetro
a) 38,5 b) 39,5 c) 40,0 d) 41,0
d) coeficiente de dilatação linear – calorímetro

104 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 104 03/11/2021 11:00:22


TEMPERATURA E CALOR

03. (EAM 2013) O local onde se renne o sistema de propulsão de 06. (EEAR 2010) Considere o seguinte enunciado: “Se um corpo 1
um navio é chamado de praça de máquinas . A caldeira é um dos está em equilíbrio térmico com um corpo 2 e este está em equilíbrio
equipamentos mais comuns nas embarcações como os porta-aviões. térmico com um corpo 3, então, pode-se concluir corretamente que
Um operador desse tipo de sistema aferiu a temperatura de uma o corpo 1 está em equilíbrio térmico com o corpo 3”. Esse enunciado
caldeira em 842° F. Qual o valor dessa temperatura na escala Celsius? refere-se
a) 300° C d) 450° C a) ao ponto triplo da água.
b) 350° C e) 500° C b) a Lei zero da Termodinâmica.
c) 400° C c) às transformações de um gás ideal.
d) à escala Termodinâmica da temperatura.
04. (EEAR 2012) Antes de embarcar, rumo aos Estados Unidos
da América, Pedro ligou para um amigo que lhe informou que a 07. (EEAR 2008) A Lei zero da Termodinâmica está diretamente ligada
temperatura na cidade onde desembarcaria estava 59º F abaixo dos
35º C do aeroporto de São Paulo. a) ao equilíbrio térmico.

Logo, na cidade onde Pedro deverá desembarcar, a temperatura, no b) ao Princípio da Conservação da Energia.
momento do telefonema, é de ___ º F. c) à impossibilidade de se atingir a temperatura de 0 K.
a) 15 b) 24 c) 36 d) 95 d) ao fato de corpos de mesma massa possuírem iguais quantidades
de calor.
05. (EEAR 2012) Um controlador de tráfego aéreo, com o objetivo
de ter uma maneira de converter valores de temperatura em graus 08. (EEAR 2007) Um técnico de laboratório está traduzindo um
Celsius (tc) para graus Fahrenheit (tf), monta um gráfico que relaciona procedimento experimental. No original em inglês, está escrito que

DO PRO
as duas unidades. Sabendo que são relacionadas pela expressão uma determinada substância possui o ponto de ebulição a 172,4º F.

L
tf = 9/5 tc + 32 . Das alternativas abaixo, assinale a que representa
A
Este valor corresponde a .....º C.
corretamente essa expressão.
I
a) 15,6
FE
R b) 28,1
c) 78,0

S
TE

d) 140,4

SO
MA

a) 09. (AFA 1994) Um termômetro de escala Celsius, inexato, porém


com seção interna uniforme, marca temperatura de 2 ºC e 60 ºC

R
quando outro termômetro exato acusa 1 ºC e 80 ºC, respectivamente.
Sabendo-se, porém, que, em determinada situação, ambos marcarão
a mesma temperatura, conclui-se que essa temperatura (ºC) será:
a) 1,5
b) 4,76
c) 30
R
MA

d) 40
SO

b)
10. O texto a seguir foi extraído de uma matéria sobre congelamento
de cadáveres para sua preservação por muitos anos, publicada no
T

jornal O Estado de S. Paulo de 21.07.2002.


R
E

IA F
Após a morte clínica, o corpo é resfriado com gelo. Uma injeção

L DO PRO
de anticoagulantes é aplicada e um fluido especial é bombeado para o
coração, espalhando-se pelo corpo e empurrando para fora os fluidos
naturais. O corpo é colocado numa câmara com gás nitrogênio,
onde os fluidos endurecem em vez de congelar. Assim que atinge a
temperatura de –321º, o corpo é levado para um tanque de nitrogênio
líquido, onde fica de cabeça para baixo.
c)
Na matéria, não consta a unidade de temperatura usada.
Considerando que o valor indicado de –321º esteja correto e que
pertença a uma das escalas, Kelvin, Celsius ou Fahrenheit, pode-se
concluir que foi usada a escala:
a) Kelvin, pois trata-se de um trabalho científico e esta é a unidade
adotada pelo Sistema Internacional.
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero absoluto e, portanto,
só pode ser medido nessa escala.
c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não admitem esse valor
d) numérico de temperatura.
d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos negativos para a
indicação de temperaturas.
e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada em língua
portuguesa e essa ser a unidade adotada oficialmente no Brasil.

PROMILITARES.COM.BR 105

PM_BOOK08_FIS.indb 105 03/11/2021 11:00:22


TEMPERATURA E CALOR

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E 04. C 07. C 10. D
02. D 05. D 08. B
03. C 06. A 09. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. E 04. B 07. D 10. D
02. E 05. B 08. C
03. B 06. B 09. E
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. C 07. A 10. C

DO PRO
02. C 05. D 08. C
03. D 06. B 09. B
A L
ANOTAÇÕES I FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

106 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 106 03/11/2021 11:00:23


DILATAÇÃO DOS CORPOS

DILATAÇÃO TÉRMICA
Quando a temperatura de uma substância aumenta, suas
partículas passam, em média, a oscilar mais rapidamente e tendem
a se afastar uma das outras. O resultado disso é um aumento da
substância quando aquecida. O contrário também ocorre, o corpo
sofre uma redução de tamanho quando resfriado. Na maior parte
dos casos envolvendo substâncias sólidas, essas variações de volume
não são facilmente notadas, mas através de uma observação rigorosa,
podemos notá-las. Esse fenômeno deve ser levado em consideração
em vários tipos de estruturas.
Exemplos: L DO PRO Dilatação linear de uma barra

I A pois num
• Os fios nos postes não podem ficar muito esticados, FE
A variação do comprimento pode ser calculada pela equação:


dia frio a contração poderia rompê-los;
R
Os materiais de obturação dentária devem se dilatar da
∆L= L ⋅ α ⋅ ∆T 0

S
TE

mesma forma que os demais dentes; α: é o coeficiente de dilatação térmica linear, cuja unidade é o °C-1

SO
• Pontes muito longas possuem extremidades livres para e depende da natureza do material que constitui o corpo;
MA

compensar a dilatação; L0: é o comprimento inicial do corpo;


• As rodovias e calçadas são seccionadas por fendas permitindo ∆L: a variação do comprimento do corpo.

R
a expansão durante o verão e contração durante o inverno.
∆T: a variação de temperatura do corpo.
Não existe uma forma de se deduzir matematicamente a
expressão da dilatação térmica dos materiais. Portanto devemos ir
para o laboratório realizar uma série de experimentos para verificar O comprimento final do corpo pode ser calculado pela expressão:
como exatamente essas dilatações ocorrem.
∆L = L − L0 = L0 ⋅ α ⋅ ∆T
R
L L0 (1 + α ⋅ ∆T )
=
MA

SO

Observe que a função do comprimento em relação a temperatura


é linear, portanto podemos representá-la graficamente por uma reta.
T

R
E

IA F
L DO PRO

Exercício Resolvido

01. Um aparelho eletrônico mal desenhado tem dois parafusos


Junta de expansão em uma ponte, permitindo a expansão e contração livre presos a partes diferentes que quase se tocam em seu interior,
como mostra a figura abaixo.

DILATAÇÃO LINEAR
Vamos começar com corpos em que o compimento é muito maior
que as demais dimensões, portanto consideramos que apenas esse
comprimento sofre a dilatação. Se o material for homogêneo, cada
unidade de comprimento deve sofrer a mesma dilatação. Verificamos
experimentalmente que a variação de comprimento sofirida pelo fio
é diretamente proporcional ao seu comprimento inicial, à variação de
temperatura e depende da composição química do material do fio.

PROMILITARES.COM.BR 107

PM_BOOK08_FIS.indb 107 03/11/2021 11:00:25


DILATAÇÃO DOS CORPOS

Uma aplicação das lâminas bimetálicas é o termostato.


Os parafusos de aço e latão têm potenciais elétricos diferentes e, Quando a barra enverga para um lado ou para o outro, as lâminas
caso se toquem, haverá um curto-cirruito, danificando o aparelho. abrem ou fecham um circuito elétrico e podem desligar ou ligar o
O intervalo inicial entre as pontas dos parafusos é de 5 µm a aparelho. Quando um ar-condicionado, por exemplo, atinge a sua
27º C. Suponha que a distancia entre as paredes do aparelho não temperatura programada, a contração das lâminas interrompe o seu
seja afetada pela mudança na temperatura. Considere, para a funcionamento. Até que, pelo aquecimento do ambiente, essa lâmina
resolução, os seguintes dados: se expanda e ligue novamente o circuito.
αlatão = 19 × 10–6 º C-1; αaço =11 × 10–6 º C–1; 1 µm = 10–6 m
Nessas condições, a temperatura em que os parafusos se tocarão DILATAÇÃO SUPERFICIAL
é de
Agora, vamos considerar a área superficial do corpo muito maior
a) 34,0º C. que a sua espessura. Teremos, portanto, a dilatação superficial.
b) 32,0º C.
c) 34,4º C
d) 7,4º C.

Resolução: C
Como as paredes do aparelho não sofrem dilatação, a dilatação
do aço (∆Laço) somada à dilatação do latão (∆Llatão) deve ser igual ao
vão entre os dois parafusos. Assim:
Dilataçao dos metais.
∆Laço = L0(aço) · αaço · ∆T
L DO PRO
∆Llatão = L0(latão) · αlatão · ∆T
I A FE Dilatação superficial de uma placa

Então: R A variação do área pode ser calculada de forma análoga à


dilatação linear:

S
TE

∆Laço + ∆Llatão = 5 × 10–6 m ∆A


= A 0 ⋅ β ⋅ ∆T

SO
L0(aço) · αaço · ∆T + L0(latão) · αlatão · ∆T = 5 × 10–6 m
MA

∆T · (L0(aço) · αaço + L0(latão) · αlatão) = 5 × 10–6 β: é o coeficiente de dilatação térmica superficial, cuja unidade é o
°C-1 e depende da natureza do material que constitui o corpo;
Substituindo os valores e isolando a temperatura final.

R
β = 2α
(T – 27)⋅(0,010 – 11 × 10–6 + 0,030 ⋅ 19 × 10–6)= 5 × 10–6
A0: é a área inicial do corpo;
5 × 10−6
=T = + 27 ∴ T 34,4ºC ∆A: a variação da área do corpo.
11× 10−8 + 57 × 10−8
∆T: a variação de temperatura do corpo.
R
A área final do corpo pode ser calculada pela expressão:
MA

LÂMINAS BIMETÁLICAS
SO

∆A= A − A 0= L0 ⋅ β ⋅ ∆T
Como substâncias diferentes se dilatam a taxas distintas, podemos
acoplar dois desses materiais lado a lado e observar uma envergadura A A 0 (1 + β ⋅ ∆T )
=
quando elas são aquecidas ou resfriadas. Esse conjunto de barras finas
T

é chamado de lâminas bimetálicas e são usados como termostatos em


R Observação
E

uma variedade de aparelhos.


IA F
Podemos deduzir matematicamente a dilatação superficial dos

L DO PRO
materiais a partir da sua dilatação linear. Para isso, considere um
corpo retangular homgêneo e isotrópico com dimensões iniciais x0
e y0 que sofre um aquecimento. Podemos dividir esse retângulo em
várias linhas horizontais e verticais, que sofrem uma dilatação linear.
Assim, o comprimento final de cada linha será= x x 0 (1 + α∆T ) e
=y y 0 (1 + α∆T ) .
A área desse novo retângulo será o produto das duas dimensões
A= x × y= x 0 (1 + α∆T ) × y 0 (1 + α∆T )
Lâmina bimetálica após o aquecimento com αA > αB  
T)
A x 0 y 0 (1 + α∆= A 0 1 + 2α∆T + ( α∆T ) 
2 2
=
   
A0  0 

A ordem de grandeza do coeficiente de dilatação linear é 10-5 o


que ao ser elevado ao quadrado passa a ter grandeza 10-10, sendo
imensamente menor que α. Como a variação da temperatura (∆θ)
dificilmente ultrapassa um valor de 10³ ºC para corpos no estado
sólido, podemos considerar o termo α²∆θ² desprezível em comparação
com 2α∆θ, o que nos permite ignorá-lo durante o cálculo.
 
=
A A 0 1 + 2
α ∆T= ) A 0 + A 0β∆T ⇒ ∆=
 A 0 (1 + β∆T= A A 0 ⋅ β ⋅ ∆T
 β 
Lâmina bimetálica após o resfriamento com αA > αB

108 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 108 03/11/2021 11:00:26


DILATAÇÃO DOS CORPOS

DILATAÇÃO DE ESPAÇOS VAZIOS γ: é o coeficiente de dilatação térmica volumétrico, cuja unidade é


o °C-1 e depende da natureza do material que constitui o corpo;
Mesmo que o corpo não seja completamente maciço, ou seja,
possua uma cavidade, a equação da dilatação continua sendo válida. γ = 3α
Dessa forma, podemos assumir que os espaços vazios se dilatam na V0: é o volume inicial do corpo;
mesma proporção que o restante do corpo, isto é, como se fossem ∆V: a variação do volume do corpo.
feito do restante do material.
∆T: a variação de temperatura do corpo.

O volume final do corpo pode ser calculado pela expressão:


∆V= V − V0= V0 ⋅ γ ⋅ ∆T
V V0 (1 + γ ⋅ ∆T )
=

Analogamente ao que fizemos na dilatação superficial, podemos


dividir um cubo, por exemplo, de lado 0 em três dimensões x, y e z
que sofrem uma dilatação linear. Assim, o comprimento final de cada
linha será=  0 (1 + α∆T ) . O volume desse novo cubo será o produto
Dilatação de espaços vazios
das três dimensões
V= x ⋅ y ⋅ z=  0 (1 + α∆T ) ⋅  0 (1 + α∆T ) ⋅  0 (1 + α∆T )
Exercício Resolvido
   
T)
V 30 (1 + α∆= V0 1 + 3α∆T + 3 ( α∆T ) + ( α∆T=
)3  V0 1 + 3α ∆=
T V0 (1 + γ∆T )
3 2
=
02. Em uma chapa metálica é feito um oriflcio circular do mesmo      
  

DO PRO
V0 0 0  γ
tamanho de uma moeda. O conjunto (chapa com a moeda no
L
∆V= V0 ⋅ γ ⋅ ∆T
oriflcio), inicialmente a 25º C, é levado a um forno e aquecido

IA
até 225º C. Após o aquecimento, verifica-se que o oriflcio na F Eos coeficientes de dilatação é dada por:
A relação entre

R
chapa ficou maior do que a moeda. Dentre as afirmativas a seguir,
indique a que está correta. α β γ
= =
1 2 3

S
TE

a) O coeficiente de dilatação da moeda é maior do que o da

SO
chapa metálica.
DILATAÇÃO DE LÍQUIDOS
MA

b) O coeficiente de dilatação da moeda é menor do que o da


chapa metálica.
Nos líquidos, só existe a variação de volume, portanto sua

R
c) O coeficiente de dilatação da moeda é igual ao da chapa dilatação é análoga à dos sólidos:
metálica, mas o oriflcio se dilatou mais porque a chapa é maior
que a moeda. ∆V=
líquido V0líquido ⋅ γ líquido ⋅ ∆T
d) O coeficiente de dilatação da moeda é igual ao da chapa
metálica, mas o oriflcio se dilatou mais porque o seu interior Em geral, o coeficiente de dilatação dos líquidos é maior que o
é vazio. dos sólidos γ líquido > γ sólido R
e) Nada se pode afirmar sobre os coeficientes de dilatação da Para o seu volume final após a dilatação, temos:
MA

SO

moeda e da chapa, pois não é dado o tamanho inicial da


chapa. ∆V=
 V − V0=

V0 ⋅ γ  ⋅ ∆T
V V0 (1 + γ  ⋅ ∆T )
=
T

Resolução: B
S

R
E

O orifício se dilata da mesma forma que a chapa metálica. Assim,


E

IA
como o orifício se dilata mais, ele deve possuir maior coeficiente DILATAÇÃO APARENTE F
L DO PRO
de dilatação que a moeda Para estudarmos a dilatação dos líquidos, devemos colocá-los no
interior de um recipiente sólido. Assim, ao aquecermos (ou resfriarmos)
o líquido, também o estaremos fazendo com o sólido. Dessa forma,
observamos uma dilatação aparente do líquido, devido à dilatação
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
também ocorrida no recipiente sólido que o contém.

Dilatação aparente sofrida por um líquido dentro de um recpiente


Dilatação volumétrica de um cubo

A variação do volume pode ser calculada pela equação análoga


à dilatação linear:
∆V= V0 ⋅ γ ⋅ ∆T

PROMILITARES.COM.BR 109

PM_BOOK08_FIS.indb 109 03/11/2021 11:00:27


DILATAÇÃO DOS CORPOS

Observe a figura com um líquido preenchido até a boca de um VARIAÇÃO DA DENSIDADE


recipiente, que contém um ladrão. Ao aquecermos o conjunto, há uma
A densidade absoluta ou massa específica de uma substância
quantidade de líquido extavasado, pois o líquido se dilata mais que o
é definida pela razão entre sua massa e volume d = m V . Durante
sólido. O volume transbordado é o aparente e pode ser calculado pela
diferença entre as dilatações do líquido e do sólido. a dilatação de um corpo, seu volume varia, no entanto sua massa
permanece inalterada, dessa forma provocando mudança em sua
∆Vaparente = ∆Vlíquido − ∆Vrecipiente massa específica. Podemos calcular essa variação da seguinte forma:

m0= m ⇒ d0 × V0= d × V e V= V0 (1 + γ∆T )


Se os volumes iniciais do líquido e do recipiente forem iguais,
temos: d0 × V0= d × V0 (1 + γ∆T )

∆Vaparente = ∆Vlíquido − ∆Vrecipiente = V0 ⋅ γ líquido ⋅ ∆T − V0 ⋅ γ recipiente ⋅ ∆T d0


d=
1 + γ ⋅ ∆T
∆Vaparente ( )
= V0 γ líquido − γ recipiente ∆T
  
γ aparente

∆Vaparente= V0 ⋅ γ aparente ⋅ ∆T

Exercício Resolvido

03. Considere um recipiente de vidro com certo volume de


mercúrio, ambos em equil lbrio térmico numa dada temperatura
θ0, conforme mostra a figura a seguir.
O conjunto, recipiente de vidro e mercúrio, é colocado num forno L DO PRO
â temperatura θ, com θ > θ0.
I A FE
R
Sejam os coeficientes de dilatação volumétrlca do vidro e do Gráfico que representa a variação da densidade de
uma susbtância com a temperatura
mercúrio iguais, respectivamente, a 1,2 ⋅ 10-5 º C-1 e 1,8 ⋅ 10-4 º C-1.

S
TE

Assim, percebemos que quando o corpo é aquecido, seu volume

SO
aumenta, porém a densidade diminui. Ao contrário, quando o corpo é
MA

resfriado, seu volume diminui, mas sua densidade aumenta.

R
DILATAÇÃO ANÔMALA DA ÁGUA
Em geral, quando um líquido é aquecido, seu volume aumenta e
sua a densidade diminui. Já quando o corpo é resfriado, seu volume
diminui e sua densidade aumenta. No entanto, a água no intervalo de
De quantas vezes o volume do recipiente deve ser maior que o 0 a 4º C constitui uma exceção a essa regra. Assim:
volume inicial de mercúrio, para que o volume vazio do recipiente R
• De 0 a 4º C: a temperatura aumenta; o volume diminui; a
permaneça constante a qualquer temperatura?
MA

densidade aumenta.
SO

a) 11.
• De 4º C em diante: a temperatura aumenta; o volume
b) 12. aumenta; a densidade diminui.
c) 13.
T

d) 14.
R
E

e) 15.
IA F
Resolução: E L DO PRO
As equações que representam as dilatações volumétricas do vidro
e do mercúrio são:
∆Vvidro = V0, vidro ⋅ αvidro ⋅ ∆T (1)
∆VHg = V0,Hg · αHg · ∆T (2) Gráficos da variação do volume e da densidade da água com a temperatura
As dilatações volumétricas tanto do vidro como do mercúrio
devem ser iguais para permanecer o volume de vazios constantes, Essa dilatação anômala explica porque a água de um lago congela
portanto: apenas na superfície. Durante o resfriamento da água até 4º C, ela
∆Vvidro = ∆VHg (3) fica mais densa e desce para o fundo, fazendo com que água mais
quente suba e seja resfriada. Isso ocorre até que toda água esteja a
Igualando as duas equações e simplificando as variações de 4º C. A partir daí, a água em contato com a superfície esfria, mas tem
temperatura: sua densidade reduzida, não desce e acaba se solidificando antes do
V0, vidro ⋅ αvidro ⋅ ∆T = V0,Hg · αHg · ∆T (4) resto mais ao fundo. Esse gelo formado atua como isolante térmico,
Fazendo a razão entre os volumes iniciais e substituindo os dificultando as trocas de calor e preservando o estado líquido no
coeficientes de dilatação volumétrica para cada material, temos: fundo do lado, não matando a vida que ali existe.

V0,vidro αHg
= (5)
V0,Hg α vidro
V0,vidro 1,8.10−4 ºC V
= ⇒ 0,vidro
= 15
V0,Hg 1,2.10−5 ºC V0,Hg

110 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 110 03/11/2021 11:00:27


DILATAÇÃO DOS CORPOS

1.00000
0.99987

da água (g/cm³)
Densidade
0.95838

0º 4º 100º
Temperatura (ºC)
Perfil de temperatura no congelamento de um lago
Das seguintes afirmativas, a INCORRETA é:
<Disponível em https://upload.wikimedia.org/wikipedia>
a) a densidade da água aumenta com a temperatura no intervalo de
0º C a 4,0º C.
b) no intervalo de temperatura dado, a densidade da água é máxima
EXERCÍCIOS DE à temperatura de 4,0º C.

FIXAÇÃO c) o volume específico (volume por unidade de massa) da água é


mínimo à temperatura de 4,0º C.

D O d)e) Poo volume


volume específico da água é máximo à temperatura de 4,0º C.
R Oespecífico da água diminui no intervalo de 0º C a 4,0º C
01. O comprimento de uma barra de alumínio a 20,0° C éL
Quando é aquecida a 100° C, seu comprimento passa A 100,0 cm.
I a ser 100,2 cm. FE
e aumenta no intervalo de 4,0º C a 100º C.

em ° C , vale
−1 R
Nessas condições, o coeficiente de dilatação linear médio do alumínio,
05. Uma arruela de metal tem um diâmetro externo de 2,0 cm e

S
TE

o diâmetro interno de 1,0 cm. Se, ao ser aquecida a arruela, seu


a) 1,7 ⋅ 10−6 d) 2,0 ⋅ 10−5 diâmetro externo aumentar de R, seu diâmetro interno

SO
b) 2,0 ⋅ 10−6 e) 2,5 ⋅ 10−5 a) aumentará de R/2. c) diminuirá de R.
MA

c) 1,7 ⋅ 10 −5
b) diminuirá de R/2. d) não variará.

R
02. A figura abaixo representa uma lâmina bimetálica. O coeficiente 06. (EEAR 2017) Um portão de alumínio retangular de 1 m de
de dilatação linear do metal A é a metade no coeficiente de dilatação largura e 2 m de altura a 10º C, cujo coeficiente de dilatação linear é
linear do metal B. À temperatura ambiente, a lâmina está vertical. Se 24 ⋅ 10-6 ºC-1, sob o sol, atingiu a temperatura de 30º C. Qual a
a temperatura for aumentada em 200° C, a lâmina: porcentagem aproximada de aumento de sua área após a dilatação?
a) 0,1 b) 0,2 R c) 0,3 d) 0,4
MA

07. (EEAR 2016) Uma chapa de cobre, cujo coeficiente de dilatação


SO

linear vale 2 ⋅ 10-5 ºC-1, tem um orifício de raio 10 cm a 25º C. Um pino


cuja área da base é 314,5 cm² a 25º C é preparado para ser introduzido
no orifício da chapa. Dentre as opções abaixo, a temperatura da
T

R
A B chapa, em ºC, que torna possível a entrada do pino no orifício, é
E

IA F
Adote π = 3,14
a) continuará na vertical.
b) curvará para a frente. L DO PR Oa) 36
b) 46 c) 56 d) 66

c) curvará para a trás. 08. (EEAR 2015) A partir da expressão de dilatação linear
d) curvará para a direita. (∆l = α ⋅ l0 ⋅ ∆T), pode-se dizer que o coeficiente de dilatação linear (α)
pode possuir como unidade
e) curvará para a esquerda.
a) °C. b) m/°C. c) °C-1. d) °C/m.
03. O funcionário de uma ferrovia precisa instalar um segmento de
trilho para recompor uma linha férrea. O comprimento sem trilho 09. (EAM 2015) O Brasil e um país de dimensões continentais, por isso
é de 25,00 m. O funcionário sabe que a temperatura no local da deve fortalecer cada vez mais sua frota de trens e metros. O projeto
instalação varia de 10° C, no inverno, a 40° C, no verão. O coeficiente dos trilhos dessas composições ferroviárias prevê espaçamentos muito
de dilatação térmica do aço, material do qual o trilho é fabricado, pequenos entre dois trilhos consecutivos porque:
é igual a 14 × 10–6 ° C–1. Se a manutenção ocorrer no inverno, qual a) com o aumento da temperatura ao longo do dia cada trilho deve
dos valores listados abaixo aproxima-se mais do máximo comprimento se contrair ocupando o espaço vazio entre eles.
que o funcionário deve cortar o trilho para encaixar no espaço a ser b) com a diminuição de temperatura ao longo do dia cada trilho
preenchido? deve se dilatar ocupando o espaço vazio entre eles.
a) 25,00 m. d) 24,99 m. c) com a variação de temperatura ao longo do dia cada trilho deve
b) 24,90 m. e) 24,95 m. se contrair ocupando o espaço vazio entre eles.
c) 25,01 m. d) se a temperatura aumentar durante o dia cada trilho irá se dilatar
e ocupar os pequenos espaços vazios sabiamente projetados.
04. No gráfico a seguir, temos a densidade da água como função da e) se a temperatura diminuir durante o dia cada trilho irá se contrair até
temperatura no intervalo de temperaturas de 0º C a 100º C, elaborado tornar o espagamento suficientemente grande para uma passagem
com dados experimentais. segura da composição ferroviária.

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DILATAÇÃO DOS CORPOS

10. (EEAR 2014) Um técnico em mecânica recebeu a informação que 05. (EEAR 2011) A maioria das substâncias tende a diminuir de volume
uma placa metálica de área igual a 250 cm², enviada para análise (contração) com a diminuição da temperatura e tendem a aumentar
em laboratório especializado, retornara. Os resultados da análise de de volume (dilatação) com o aumento da temperatura.
dilatação térmica dessa placa estavam descritos em uma tabela. Assim, desconsiderando as exceções, quando diminuímos a
temperatura de uma substância, sua densidade tende a
MEDIDA MEDIDA TEMPERATURA TEMPERATURA Obs.: Considere a pressão constante.
INICIAL FINAL INICIAL FINAL
a) diminuir.
250,00 cm² 251,00 cm² 32º F 212º F b) aumentar.
c) manter-se invariável.
De acordo com dados da tabela pode-se afirmar, corretamente, que o
coeficiente de dilatação superficial, em ºC-1, do material que compõe d) aumentar ou a diminuir dependendo do intervalo de temperatura
a placa vale considerado.

a) 2,0 ⋅ 10-5. c) 4,0 ⋅ 10-5.


06. (EEAR 2002) Uma garrafa de alumínio (coeficiente de dilatação
b) 2,2 ⋅ 10 . -6
d) 4,4 ⋅ 10-6. linear α = 22 × 10-6 ºC-1 ), com volume de 808,1 cm3, contém 800 cm3
de glicerina (coeficiente de dilatação volumétrica γ = 147 × 10-6 ºC-1) à
temperatura de 0º C. A temperatura, em ºC, a que deve ser aquecido
EXERCÍCIOS DE o conjunto para que o frasco fique completamente cheio, sem haver

TREINAMENTO transbordamento de glicerina, é de aproximadamente,


a) 100. c) 225.

D O 07.P Considerando
b) 125. d) 375.
01. (EEAR 2013) Dilatação é um fenômeno térmico relativo
L R O o coeficiente de dilatação linear do aço
a) somente aos sólidos.
I A α = 11 × 10 F
E iniciais de uma barra de aço e uma barra de
ºC e do alumínio α = 22 × 10 ºC , qual a relação
-5 -1 -5 -1

R
aço A
b) somente aos fluidos. entre os comprimentos
c) somente aos sólidos e líquidos. alumínio para suas dilatações serem sempre as mesmas?

S
TE

d) tanto aos sólidos, quanto aos líquidos e gases. a) L0aço = L0A d) L0aço = 3L0A

SO
b) 2L0aço = L0A e) 3L0aço = L0A
MA

02. (EEAR 2013) Um material de uso aeronáutico apresenta c) L0aço = 2L0A


coeficiente de dilatação linear de 15 ⋅ 10-6 ºC-1. Uma placa quadrada

R
e homogênea, confeccionada com este material, apresenta, a 20º C,
08. Na temperatura ambiente, dois cubos A e B possuem arestas iguais
40 cm de lado. Qual o valor da área final desta placa, em m2, quando
a L e coeficientes de dilatação volumétrica γA e γB, respectivamente,
a mesma for aquecida até 80º C?
com γA = (3/2)γB. Supondo que os dois cubos sofram a mesma variação
a) 40,036 de volume, pode–se afirmar que a relação entre as variações de
b) 1602,88 temperatura dos cubos A e B é:
c) 1602,88 ⋅ 10-2 a) ∆T= (1/ 4)∆TB
R d) ∆T= (2 / 3)∆TB
A A
MA

d) 1602,88 ⋅ 10-4 b) ∆TA= (1/ 3)∆TB e) ∆TA =∆TB


SO

c) ∆TA= (1/ 2)∆TB


03. (EAM 2013) A figura a seguir representa uma lâmina bimetálica
composta de duas lâminas de ligas metálicas fixadas entre si: invar
T

09. Uma chapa metálica tem um orifício circular, como mostra a


(níquel e ferro) e latão (cobre e zinco).
R figura, e está a uma temperatura de 10º C. A chapa é aquecida até
E

invar
IA F
uma temperatura de 50º C.

latão
L DO PRO
Essas lâminas são bastante usadas em disjuntores elétricos e, ao serem
aquecidas, encurvam-se com a função de abrir um circuito. Esse
encurvamento das lâminas é causado pelo fato de
a) uma ser condutora de calor, e a outra ser isolante.
b) uma delas apresentar maior flexibilidade que a outra. Enquanto ocorre o aquecimento, o diâmetro do orifício.
c) elas apresentarem resistências elétricas diferentes a) aumenta continuamente.
d) uma ser condutora de eletricidade, e a outra ser isolante. b) diminui continuamente.
e) elas sofrerem diferentes dilatações térmicas. c) permanece inalterado.
d) aumenta e depois diminui.
04. (EEAR 2011) Uma barra de aço, na temperatura de 59º F, apresenta e) diminui e depois aumenta.
10,0 m de comprimento. Quando a temperatura da barra atingir
212º F, o comprimento final desta será de ........ m.
10. Uma esfera metálica de coeficiente de dilatação linear
Adote: Coeficiente de dilatação linear térmica do aço: 1,2 ⋅ 10-5 ºC-1. α = 2,0 × 10-5 C-1 tem volume V0 a temperatura de 50º C. Para que o
a) 10,0102 volume aumente 1,2% devemos elevar sua temperatura para:
b) 10,102 a) 300º C d) 250º C
c) 11,024 b) 150º C e) 100º C
d) 11,112 c) 200º C

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DILATAÇÃO DOS CORPOS

EXERCÍCIOS DE 04. A figura ao lado ilustra uma esfera maciça de diâmetro L e uma

COMBATE barra de mesmo material com comprimento também igual a L,


ambos a uma mesma temperatura inicial. Quando a temperatura dos
dois corpos for elevada para um mesmo valor final, a razão entre o
aumento do diâmetro da esfera e o aumento do comprimento da
01. O comprimento de uma barra de latão varia em função da barra será:
temperatura, segundo a Figura 4 a seguir. O coeficiente de dilatação
linear do latão, no intervalo de 0° C a 100° C, vale:

a) 1/3 c) 1/9
b) 1 d) 9/1
e) 3/1

05. Um recipiente de vidro de capacidade 500 cm3 contém 200 cm3


de mercúrio, a 0° C. Verifica-se que, em qualquer temperatura, o
volume da parte vazia é sempre o mesmo. Nessas condições, sendo γ

a) 1,00 × 10-5 / ºC d) 2,00 × 10-4 / ºC


L DO PRO o coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio, o coeficiente de
dilatação linear do vidro vale:
b) 5,00 × 10-5 / ºC e) 5,00 × 10-4 / ºC
I A a) 6γ/5 FE d) 2γ/15
c) 2,00 × 10-5 / ºC
R b) 3γ/5
c) γ/5
e) γ/15

S
TE

02. Considere a figura abaixo que representa duas vigas de concreto

SO
de 5,0 m de comprimento, fixas em uma das extremidades, com
06. Uma barra de metal, de comprimento L0, na temperatura de 0° C,
uma separação de 1,2 mm entre as outras duas extremidades, à
MA

é aquecida, aumentando o seu comprimento.


temperatura de 15º C.
O gráfico do comprimento, em função da temperatura, L × t, que

R
representa de forma correta a dilatação da barra, está na alternativa:
L(m)

L(m)
a) d)
L0 L0
0 t(ºC)
R 0 t(ºC)
Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear do concreto é
MA

1,2 ⋅ 10-5 ºC-1, as duas vigas ficarão encostadas quando a temperatura


SO
L(m)

atingir L(m)
a) 12º C. d) 25º C. b) e)
L0 L0
T

b) 15º C. e) 35º C.
R 0 0
E

t(ºC) t(ºC)
E

F
c) 20º C.
I A líquido. O
L D Oc) P R
L(m)

03. Uma garrafa aberta está quase cheia de um determinado


Sabe-se que se esse líquido sofrer uma dilatação térmica correspondente
a 3% de seu volume inicial, a garrafa ficará completamente cheia, sem L 0
que tenha havido transbordamento do líquido.
0 t(ºC)

07. O gráfico mostra como varia o comprimento (L) de uma barra


metálica em função da temperatura (θ).

L(cm)
20,02

20,00
Desconsiderando a dilatação térmica da garrafa e a vaporização do
líquido, e sabendo que o coeficiente de dilatação volumétrica do 0 50 θ(oC)
líquido é igual a 6 × 10–4 °C–1, a maior variação de temperatura, em ºC,
que o líquido pode sofrer, sem que haja transbordamento, é igual a Podemos afirmar que o coeficiente de dilatação volumétrica do metal é:
a) 35. d) 30. a) 2,0 × 10-5 / °C d) 8,0 × 10-5 / °C
b) 45. e) 40. b) 6,0 × 10 / °C
-5
e) 10,0 × 10-5 / °C
c) 50. c) 4,0 × 10 / °C
-5

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DILATAÇÃO DOS CORPOS

08. A expressão “dilatação anômala da água” refere-se ao fato de


que esta, no estado líquido
a) aumenta de volume quando sua temperatura varia de 0º C para 4º C.
b) aumenta de volume quando sua temperatura varia de 4º C
para 100º C.
c) aumenta de volume quando sua temperatura varia de 4º C para 0º C.
d) diminui sua densidade quando sua temperatura varia de 0º C
para 4º C.
e) diminui sua densidade quando sua temperatura varia de 4º C
para 100º C.

09. A dilatação de um corpo, ocorrida por causa do aumento de


temperatura a que foi submetido, pode ser estudada analiticamente. Se
este corpo, de massa invariável e sempre no estado sólido, inicialmente
com temperatura θ0, for aquecido até atingir a temperatura 2θ0, sofrerá
uma dilatação volumétrica ∆V. Consequentemente, sua densidade:
a) passará a ser o dobro da inicial.
b) passará a ser a metade da inicial.
c) aumentará, mas certamente não dobrará.

DO PRO
d) diminuirá, mas certamente não se reduzirá à metade.
e) poderá aumentar ou diminuir, dependendo do formato do corpo.
A L
I FE
R
10. Um motorista enche totalmente o tanque de seu carro com álcool
e o estaciona ao sol na beira da praia. Ao voltar, verifica que uma certa

S
TE

quantidade de álcool derramou. Pode-se concluir que o tanque:

SO
a) não dilatou.
MA

b) dilatou mais do que o álcool.


c) dilatou menos do que o álcool.

R
d) dilatou-se igualmente ao álcool.
e) possui um coeficiente de dilatação maior do que o álcool.

RESOLUÇÃO EM VÍDEO R
MA

Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução


de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
SO
T

GABARITO
S

R
E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
I 10.
AC F
L DO PRO
01. E 04. D 07. D
02. E 05. A 08. C
03. D 06. A 09. D
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. D 04. A 07. C 10. D
02. D 05. B 08. D
03. E 06. B 09. A
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. B 07. B 10. C
02. D 05. D 08. C
03. C 06. B 09. D

ANOTAÇÕES

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

PROCESSOS DE TRANSMISSÃO DE LEI DE FOURIER


CALOR O calor é transmitido sempre espontaneamente da região de
maior temperatura para a menor. No equilíbrio, ou seja, com as
A transferência espontânea de calor sempre ocorre de um temperaturas T1 e T2 constantes, cada seção da barra apresentará
objeto mais quente para outro mais frio e pode ocorrer de apenas três temperatura constante que varia linearmente com o comprimento.
maneiras: condução, convecção e irradiação. Assim o fluxo de calor é o mesmo em qualquer ponto da barra.

Observação A taxa de transferência pode ser calculada a partir da lei de


Fourier, como vista a seguir:
Frequentemente ouvimos as pessoas dizerem para fechar porta e

DO PRO
evitar entrar o frio. Do ponto de vista físico, essa afirmação não faz ∆Q k ⋅ A ⋅ ∆T
=
φ =
L
sentido. Uma maneira mais adequada de se expressar seria fechar ∆t d

IA FE
a porta para impedir o calor de escapar.
Onde:
R φ é o fluxo ou potência térmica. Sua unidade SI é W (watt)

S
TE

CONDUÇÃO A é área da seção reta do material

SO
Se você colocar a ponta de uma colher metálica sobre a chama de ∆T é a diferença de temperatura entre as duas extremidades
MA

um fogão e segurar na outra, perceberá em algum momento a colher d é a espessura (comprimento) da barra.
quente demais para continuar segurando. De maneira simplificada,
k é a condutividade térmica, que só depende do material do

R
o calor entra numa ponta da colher, percorre toda a sua extensão
e sai pela outra. Essa forma de transmissão de calor é chamada de W
condutor. Sua unidade SI é .
condução e ocorre principalmente nos materiais sólidos. Para que m⋅K
esse processo aconteça, é preciso um meio material, ou seja, ela não
ocorre no vácuo.
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO Fluxo de calor constante produzido pela condução de calor

Transmissão de calor por condução


Exercício Resolvido

01. (UNICAMP 2019) Leve em conta os dados mostrados no


A chama faz com que as partículas da extremidade aquecida
gráfico abaixo, referentes à temperatura da água (T) em função
movam-se mais intensamente. Dessa forma, elas colidem com maior
da profundidade (d).
frequência com outras adjacentes, transferindo energia por meio
dessas colisões. Nos materiais metálicos, os elétrons livres, capazes
de se mover livremente na rede cristalina, transferem rapidamente
energia da área quente para a fria. Por isso, os metais são, em geral,
bons condutores de calor. Apesar disso, as partículas não se deslocam
junto da energia.
A sensação de quente ou frio em diferentes materiais, envolve a
taxa com a qual o calor é transferido para o nosso corpo. Por exemplo,
enconste agora com uma das mãos na parte de madeira ou plástico
da sua cadeira. Com a outra mão, na parte metálica. Qual delas
parece mais “gelada”? Como você justifica essa diferença se ambos
se encontram na mesma temperatura? Isso ocorre porque o metal é
melhor condutor que a madeira, isolante, e transfere mais facilmente
o calor entre o metal e a sua mão.

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

Exemplo 1: Geladeira
Considere um volume cilíndrico de água cuja base tem área
A = 2 m2, a face superior está na superfície a uma temperatura O congelador é o responsável pelo resfriamento da geladeira deve
constante TA e a face inferior está a uma profundidade d a uma ficar na parte de cima do aparelho. Ao resfriar o ar próximo de si,
temperatura constante TB, como mostra a figura a seguir. esse ar frio desce enquanto o ar quente, que está embaixo, sobe.
Assim, produzem-se correntes de convecção, que mantém o interior
Na situação estacionaria, nas proximidades da superfície, a da geladeira em constante resfriamento. Analogamente à geladeira, o
temperatura da água decai linearmente em função de d, de forma ar condicionado deve ser colocado em locais mais altos para que possa
que a taxa de transferência de calor por unidade de tempo (ϕ), por favorecer as correntes de convecção.
condução da face superior para a face inferior, é aproximadamente
T − TB W
constante e dada por φ =kA A , em que k = 0,6 éa
d m ⋅ °C
T − TB
condutividade térmica da água. Assim, a razão A é constante
d
para todos os pontos da região de queda linear da temperatura da
égua mostrados no gráfico apresentado.

Corrente de convecção na geladeira

D O PExemplo
Utilizando as temperaturas da agua na superfície e na profundidade
L R O2: Brisa marítima e terrestre
A
d do grâfico e a fórmula fornecida, conclui-se que, na região de
I g = 10 m/s2,
queda linear da temperatura da âgua em função de d, ϕ é igual a (ENEM) NumaF área
E
de praia, a brisa marítima é uma consequência

R
da diferença no tempo de aquecimento do solo e da água, apesar
Dados: Se necessário, use aceleração da gravidade de ambos estarem submetidos às mesmas condições de irradiação
aproxime π = 3,0 e 1 atm = 105 Pa. solar. No local (solo) que se aquece mais rapidamente, o ar fica mais

S
TE

quente e sobe, deixando uma área de baixa pressão, provocando o

SO
a) 0,03 W. c) 0,40 W.
deslocamento do ar da superfície que está mais fria (mar).
MA

b) 0,05 W. d) 0,20 W.

R
Resolução: A
Utilizando a parte linear do gráfico para d de 0 m a 2 m, obtemos:
TA − TB 19,3ºC − 19,25ºC
= = 0,025ºC / m
d 2m
Substituindo esse valor na relação dada, obtemos φ:
TA − TB
R
=φ kA = 0,6.2.0,025
MA

d
SO

∴ φ = 0,03W À noite, ocorre um processo inverso ao que se verifica durante


o dia:
T

CONVECÇÃO
R
E

IA
Os líquidos e gases, também chamados de fluídos, transmitem F
L DO PRO
calor principalmente pela convecção, em que o calor é transferido
pelo próprio deslocamento do fluído. Ela ocorre pelas correntes de
convecção, que podem ser formadas principalmente de duas maneiras:
Convecção livre ou natural: causado pela diferença de densidade
provocada por uma diferença de temperatura. O fluído mais quente
apresenta tendência a subir, e o frio, a descer.
Conveção forçada: causado pelo impulsionamento de uma Como a água leva mais tempo para esquentar (de dia), mas também
bomba, forçando o movimento do fluído de uma região para outra. leva mais tempo para esfriar (à noite), o fenômeno noturno (brisa
terrestre) pode ser explicado da seguinte maneira:
a) O ar que está sobre a água se aquece mais; ao subir, deixa uma
área de baixa pressão, causando um deslocamento de ar do
continente para o mar.
b) O ar mais quente desce e se desloca do continente para a água, a
qual não conseguiu reter calor durante o dia.
c) O ar que está sobre o mar se esfria e dissolve-se na água; forma-
se, assim, um centro de baixa pressão, que atrai o ar quente do
continente.
d) O ar que está sobre a água se esfria, criando um centro de alta
pressão que atrai massas de ar continental.
e) O ar sobre o solo, mais quente, é deslocado para o mar,
equilibrando a baixa temperatura do ar que está sobre o mar.
Perfil da corrente de convecção Resolução: A

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

IRRADIAÇÃO Observação
A energia proveniente do Sol atravessa um grande espaço Bons emissores também são bons absorvedores de energia.
vazio até chegar à Terra, portanto ela não pode ser transmitida
por condução nem convecção. Outro processo ocorre denominado
irradiação ou radiação. A energia radiante se propaga por meio
Exercício Resolvido
de ondas eletromagnéticas (como luz visível, microondas, raios X,
infravermelho, ultravioleta, etc) e é o único método de transmissão de 02. (ENEM 2013) Em um experimento foram utilizadas duas
calor que não depende de um meio material para se propagar, ou seja, garrafas PET, uma pintada de branco e a outra de preto, acopladas
pode ocorrer no vácuo. cada uma a um termômetro. No ponto médio da distância entre as
garrafas, foi mantida acesa, durante alguns minutos, uma lâmpada
LEI DE WIEN incandescente. Em seguida a lâmpada foi desligada. Ourante o
Todas as substâncias a qualquer temperatura emitem energia experimento, foram monitoradas as temperaturas das garrafas: a)
radiante. Por exemplo, a 20º C, quase toda a radiação é emitida na enquanto a lâmpada permaneceu acesa e b) após a lâmpada ser
forma de radiação infravermelha. A 500º C, a radiação está na faixa desligada e atingirem equillbrio térmico com o ambiente.
do visível vermelho. A cerca de 5000º C, recebemos toda a faixa visível
e vemos o objeto branco. No entanto, o corpo não emite apenas
uma radiação. Há um espectro (conjunto) de radiações (frequências)
emitidas pelo material. Essa curva de emissão depende da temperatura
e pode ser observada para diversas temperaturas pela figura:

L D O AàPdataxabranca,
Rde O
variação da temperatura da garrafa preta, em comparação

A
durante todo experimento, foi
I a) igual no F E e igual no resfriamento.
aquecimento
R b) maior no aquecimento e igual no resfriamento.

S
TE

c) menor no aquecimento e igual no resfriamento.

SO
d) maior no aquecimento e menor no resfriamento.
MA

e) maior no aquecimento e maior no resfriamento.

R
Resposta: E
Em relação à garrafa pintada de branco, a garrafa pintada de
preto comportou-se como um corpo melhor absorsor durante
o aquecimento e melhor emissor durante o resfriamento,
apresentando, portanto, maior taxa de variação de temperatura
durante todo o experimento. R
MA

SO

Um corpo cuja emissividade vale 1 é um absorvedor ideal, ou seja,


absorve toda a radiação que incide sobre ele. Essa superfície teórica é
Espectro de emissão de energia dos corpos denominada corpo negro.
T

Exemplo:
R
O pico desse gráfico, ou seja, a frequência com maior intensidade
E

F
Garrafa térmica ou vaso de Dewar é um recipiente utilizado para
emitida pode ser calculada pela Lei de Wien:
IA gerar um isolamento térmico quase perfeito e, dessa forma, conservar
b
λ pico =
T
L DO PRO a temperatura do conteúdo em seu interior por bastante tempo.

Em que:
b é a constante de Wien e vale aproximadamente 3 ⋅ 10–3 m⋅K
T é a temperatura do corpo

LEI DE STEFAN-BOLTZMANN
A taxa de radiação de energia pode ser calculada classicamente
pela Lei de Stefan-Boltzmann

φ= A ⋅ e ⋅ σ ⋅ T 4

Onde:
A é a área Estrutura de uma garrafa térmica

T é a temperatura em Kelvin Cada uma de suas partes tem uma função:


e é a emissividade. Um valor adimensional que depende da • O vácuo entre as duas camadas impede a condução;
natureza da superfície e está compreendida entre 0 < e < 1 e diz se o
• As superfícies espelhadas das camadas internas dificultam a
corpo é um bom ou mau emissor de energia.
irradiação térmica, pois elas “refletem” as ondas de calor;
σ é constante de Stefan-Boltzmann e vale 5,67 × 10–8 W/m²·K4.
• A tampa, feita por material isolante, evita a convecção.

PROMILITARES.COM.BR 117

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

EFEITO ESTUFA • D: Vaporização da substância, ocorre com a temperatura


Suponha um automóvel fechado parado ao Sol em um dia muito constante no ponto de ebulição (PE).
quente. Quando for entrar no carro perceberá que a temperatura • E: Aquecimento na fase gasosa, do ponto de vaporização ou
no seu interior está extremamente elevada. Esse é um exemplo ebulição (PE) até uma temperatura final.
prático do efeito estufa. Esse fenômeno ocorre porque o vidro é
trasparente para a radiação visível, no entanto é opaco para as ondas
Uma unidade muito comum no estudo de calorimetria é a caloria
infravermelhas. Isso permite que a luz (energia radiante) penetre no
(cal), definida como a quantidade de calor necessária para elevar
carro, mas fique “presa” no seu interior.
1,0 g de água de 14,5º C para 15,5º C. A conversão entre a caloria e
o joule pode ser encontrada pelo experimento abaixo do século XIX
de sir James Joule avalaiando o aquecimento da água mexida com um
agitador, como o da figura abaixo. As pás transferem energia para
a água realizando trabalho sobre ela. Dessa forma ele comparou o
resultado dos seus experimentos e concluiu que 1 cal = 4,186 J.

O efeito estufa L DO PRO


I A FE
R
O mesmo fenômeno acontece na Terra. A atmosfera recebe energia
radiante do Sol na faixa do visível. A superfície da Terra absorve essa
energia e reemite radiação na faixa do infravermelho. Essa frequência

S
TE

é absorvida mais uma vez principalmente pelo vapor d’água e pelo

SO
gás carbônico e reenviada para a superficie do planeta. Esse efeito
MA

estufa é benéfico, pois sem ele a Terra viveria numa era glacial a cerca
de -20º C, impossibilitando a vida como a conhecemos. No entanto,

R
nas últimas décadas, a temperatura da Terra tem aumentado ainda
mais devido ao aquecimento global, cujo principal responsável é a
Mecanismo utilizado por Joule para determinar o
contribuição humana. equivalente de trabalho em calor

QUANTIDADE DE CALOR
CALOR SENSÍVEL R
Um corpo ao receber energia pode sofrer dois processos: variação
MA

de temperatura ou mudança de estado físico. Cada um desses Quando o corpo sofrer variação de temperatura, ou seja, variar
SO

fenômenos envolve uma forma diferente de energia: cinética para a energia cinética das suas partículas, dizemos que ele recebeu um
variação de temperatura e potencial para mudança de estado físico. calor sensível. Podemos quantificar a quantidade de energia pela
Equação Fundamental da Calorimetria.
Para entendermos melhor essas trocas de energia, considere um
T

corpo no estado sólido recebendo energia continuamente de uma Q = m ⋅ c ⋅ ∆T


R
E

fonte de calor com potência constante. Cada um dos processos está


descrito por A, B, C, D e E. IA em que:F
L D O cPé o calor O
R específico da substância, que depende da natureza do
Q é quantidade de calor sensível

material e possui unidade de medida cal/gº C ou J/kg ⋅ K


m é massa do corpo
∆T é variação de temperatura

Exemplo:
Observe na tabela abaixo alguns calores específicos das substâncias

SUBSTÂNCIA C (cal/g · ºC)

Água 1,000

Cobre 0,093
Curva de aquecimento de uma substância
• A: Aquecimento na fase sólida, desde a temperatura inicial Ferro 0,119
até seu ponto de fusão (PF).
• B: Fusão da substância, que ocorre com a temperatura Gelo 0,550
constante no ponto de fusão (PF).
• C: Aquecimento na fase líquida, do ponto de fusão (PF) até o
ponto de ebulição (PE).

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

Exercício Resolvido Assim, podemos descrever o equivalente matematicamente como:

03. (FAMEMA 2019) Em uma bolsa térmica foram despejados Ccorpo = Cágua ⇒ (m ⋅ c )corpo = (m ⋅ c )água
800 ml de água à temperatura de 90º C. Passadas algumas horas, (m ⋅ c )corpo =
mágua
a água se encontrava a 15º C. Sabendo que o calor especifico da
água é 1,0 cal/(g · ºC), que a densidade da água é 1,0 g/mL e
admitindo que 1 cal equivale a 4,2 J, o valor absoluto da energia
Exercício Resolvido
térmica dissipada pela água contida nessa bolsa térmica foi,
aproximadamente, 05. O equivalente em água de um corpo é definido como a quantidade
a) 50 kJ. de água que, recebendo ou cedendo a mesma quantidade de
b) 300 kJ. calor, apresenta a mesma variação de temperatura. Desse modo,
o equivalente em água, de 1000 g de ferro (c = 0,12 cal/gº C)
c) 140 kJ. é igual a 120 g de água (c = 1,0 cal/gº C). Visto isso, é correto dizer
d) 220 kJ. que o equivalente em alumlnio (c = 0,20 cal/gº C) de 1000 g de
e) 250 kJ. ferro vale, em gramas:
a) 200
Resolução: E b) 400
Aplicando a equação do calor sensível: c) 600
Q = mc∆T ⇒ Q = ρ Vc|∆T| ⇒ Q = 1 × 800 × 1|15 – 90| ⇒ d) 800
Q = 60.000 cal × 4,2 J/cal ⇒ Q = 252.000 J ⇒ Q ≅ 250 kJ e) 1000

L D O Resolução:
PRO
Exercício Resolvido
IA (m ⋅ c ) =(m ⋅F
c) ⇒ m
E A Fe A ⋅ 0,2 =1000 ⋅ 0,12 ⇒ mA =600 g

R
04. (AFA 2006) Para intervalos de temperaturas entre 5° C e 50° C,
o calor específico (c) de uma determinada substância varia com a

S
TE

temperatura (t) de acordo com a equação c(t) = t/60 + 2/15, onde CALOR LATENTE

SO
c é dado em cal/g° C e t em °C. A quantidade de calor necessária
Quando o corpo sofrer mudança de estado físico, ou seja, variar
MA

para aquecer 60 g desta substância de 10° C até 22° C é:


a energia potencial das suas partículas, dizemos que ele recebeu um
a) 120 cal

R
calor latente. Podemos quantificar a quantidade de energia através
b) 288 cal da equação:
c) 480 cal Q=m⋅L
d) 350 cal em que:
Q é quantidade de calor sensível
Resolução: C R
L é o calor específico da substância, que depende da natureza do
MA

Vamos calcular o calor específico médio entre as temperaturas de material e possui unidade de medida cal/g ou J/kg.
SO

10° C e 22° C
m é massa do corpo
c (10) = 10 / 60 + 2 / 15 = 0,3 cal/g°C e
∆T é variação de temperatura
c ( 22) = 22 / 60 + 2 / 15 = 0,5 cal/g°C
T

c (10) + c ( 22)
R Exercício Resolvido
E

=c = 0,4 cal/g°C
E

2
IA F
06. (UFJF 2017) O gráfico abaixo mostra a variação da temperatura
Usando a equação fundamental, temos:
Q= m ⋅ c ⋅ ∆T= 60 ⋅ 0,4 ⋅ 12= 288 cal L DO PRO de um corpo de 20 g em nmcso da quantidade de calor a ele
fornecida. Durante o processo, o corpo sofre uma transição de
fase, passando do estado sólido para o estado líquido.

CAPACIDADE TÉRMICA (C)


A capacidade térmica é a razão entre a quantidade de calor (Q)
recebida por um corpo e sua variação de temperatura (∆T). Observe
que ela também pode ser calculada pela produto da massa (m) pelo
calor específico (c).

Q
C= ⇒ C =m⋅c
∆T
Assinale a alternativa CORRETA:
Unidade da capacidade térmica: cal/º C ou J/K. a) a fusão do corpo ocorrerá a 100º C e se a sua massa for de 40 g.
b) o calor latente de tusão do corpo é de 10 caVg.
EQUIVALENTE EM ÁGUA c) a 100º C, será iniciada, necessariamente, uma nova transição
O equivalente em água de um corpo é definido como a massa de fase.
de água que possui a mesma capacidade térmica daquele corpo. Ou
d) o calor latente de tusão do corpo é de 5 cal/g.
seja, com uma mesma quantidade de calor, sofre a mesma variação de
temperatura que o corpo. Essa comparação com a água é muito útil e) a fusão do corpo ocorrerá a 50º C somente se sua massa for
em laboratório, pois o calor específico da água vale cágua = 1,0 cal/g⋅ºC. de 40 g.

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

Resolução: D Cálculos dos calores sensíveis:


[A] Falsa. O gráfico nos mostra que a fusão acontece à 50º C, e Agua quente:
essa temperatura independe da massa do material. kg kcal
Q1 =
1 ⋅ 60 L − 1 ⋅ (38 − 42)ºC ∴ Q1 =−240 kcal
Q L kg⋅ºC
[BJ Falsa. O catar latente de fusão L é dado por: L = . onde Q é
m L kg-ºC
a quantidade de calor usado na fusão e m é a massa m do material.
Q (200 − 100)cal cal Agua fria:
L= ⇒L= ∴L = 5 kg kcal
m 20g g Q2 = 1 ⋅ V − 1 ⋅ (38 − 18)ºC ∴ Q2 = 20 ⋅ V kcal
L kg⋅ºC
[C] Falsa. A 100º C não é possível definir se há mais uma mudança
de fase, pois deveria, para tanto, haver uma variação da lncfnação O equilíbrio térmico ocorre quando a soma dos calores é igual a
da curva. zero. Q1+ Q2 = 0
[D] Verdade. Rever o célculo da alternativa b. 240
–240 + 20V = 0 ⇒ V= ∴ V= 12 L
[E] Falsa. Conforme a alternativa a, a temperatura de fusão não 20
depende da massa.

Exercício Resolvido
TROCAS DE CALOR E EQUILÍBRIO 08. Em um calorímetro são colocados 100 g de gelo a 0º C e
TÉRMICO 200 g de água a 40º C.

L D O Calcule,
PRO
Já falamos anteriormente que corpos diferentes temperaturas em em ºC, a temperatura final do sistema, supondo o

I A calorímetro perfeitamente isolado. Dados: C


L = 80 cal/gF
um sistema isolado trocam calor até alcançarem o equilíbrio térmico. = 1,00 cal/gº C; água
Vamos considerar que não há perdas energéticas, assim os calores
trocados pelos corpos tem que ser nulos:
R a) 40
gelo
E d) 5

∑Q

S
TE

trocados =
0 ⇒ Qrecebido + Qcedido =
0 b) 20 e) 0

SO
c) 10
MA

O calor é positivo, Q > 0 quando o corpo ganha calor.


Resolução: E
O calor é negativo, Q < 0 quando o corpo perde calor.

R
Questão típica de equilíbrio térmico, em que há trocas de calor
apenas entre o gelo e a água, sem perdas térmicas para o meio
Exercício Resolvido ambiente. A solução é simples, basta calcular a quantidade de calor
necessária para o derretimento do gelo, fornecido pela água quente.
07. Um professor de Flsica, ao final de seu dia de trabalho, resolve Realizando o somatório dessas quantidades de calor envolvidas, sem
preparar um banho de banheira e deseja que sua água esteja perdas térmicas, obtemos zero, assim, possibilitamos determinar a
exatamente a 38º C. Entretanto, ele se descuida e verifica que a R
temperatura final de equilíbrio do sistema.
temperatura da água atingiu 42º C. Para solucionar o problema,
MA

Derretimento do gelo:
SO

o professor resolve adicionar água da torneira, que está a 18° C.


Considerando que há, na banheira, 60 litros de água, e que haja cal
Q1= mgelo × L fusão ⇒ Q1= 100 g × 80 ∴ Q1= 8000 cal
trocas de calor apenas entre a água quente e a água fria, qual g
T

será o volume de água, em litros, que ele deverá acrescentar na


S

Resfriamento da água em contato com o gelo:


banheira para atingir a temperatura desejada?
R
E

cal
E

IA F
Q2= m × c × ∆T ⇒ Q2= 200 g × 1
gºC
× (T − 40)ºC ∴ Q2= 200 T − 8000 cal

O das quantidades de calor envolvidas:


a) 12 d) 16
b) 20 e) 6 L D O Fazendo
P Ro somatório

c) 18 ∑ Q =0 ⇒ Q + Q =0l 1 2

Resolução: A 8000cal + 200T − 8000cal =


0
O equillbrio térmico se dá exclusivamente pelas trocas de energia 200T = 0 ∴ T = 0ºC
térmica entre a água quente (Q1) e a água frta adicionada (Q2)
obtidos pelo calor sensível:
Q = m ⋅ c ⋅ ∆T
Juntamente com a densidade, podemos calcular diretamente os EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
m
volumes ao invés de massas d = ∴ m = d.V
V

Assim, ficamos com a expressão:


Q = d ⋅ V ⋅ c ⋅ ∆T, onde: 01. (EAM 2012) O corpo humano pode ser comparado com um sistema
Q = calor senslvel em kcat d = densidade em kg/L; termodinâmico que retira calor de uma fonte (os alimentos) e realiza
trabalho usando parte dessa energia. A Organização Mundial de Saúde
V = volume em litros;
recomenda que todo ser humano, para se manter saudável, deve ingerir
c = calor especifico em kcal/kg⋅ºC; cerca de 2000 calorias alimentícias diariamente. Considerando que essa
∆T = variação de temperatura em ºC. energia consumida diariamente pudesse ser usada para aquecer toda a
água existente no corpo de uma pessoa de 60 kg de massa, qual seria a
variação de temperatura sofrida pela água?

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PM_BOOK08_FIS.indb 120 03/11/2021 11:00:33


CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

Dados: 1 caloria alimentícia = 1000 cal Densidade da água = 1 kg/litro a) radiação; dentro c) convecção; fora
Calor específico da água = 1 cal/g° C b) condução; fora d) radiação; fora
Quantidade de água no ser humano = 2/3 da sua massa.
a) 20° C c) 40° C e) 60° C 08. (EEAR 2008) A figura abaixo representa uma câmara cujo interior é
isolado termicamente do meio externo. Sabendo-se que a temperatura
b) 30° C d) 50° C do corpo C é maior que a do corpo B, e que a temperatura do corpo
A é maior que dos corpos B e C, a alternativa que melhor representa o
02. (EAM 2015) O calor e uma forma de energia que ocorre devido a fluxo de calor trocado entre os corpos, em relação a B, nessa situação é:
uma diferença de temperatura. Assinale a opção que apresenta a forma
de propagação de calor que se caracteriza por ocorrer apenas nos fluidos.
a) Convecção. d) Equilibrio Térmico. A B C
b) Irradiação. e) Eletrização.
c) Condução.

03. (EAM 2016) Com relação aos três processos de propagação de a) A B C


calor: condução, convecção e irradiação, assinale a opção correta.
a) O processo de condução ocorre apenas nos líquidos e gases.
b) O processo de convecção ocorre apenas nos sólidos. b) A B C
c) A propagação de calor por irradiação é o único dos três processos
que pode ocorrer no ar atmosférico.
d) No processo de convecção ocorre o movimento das moléculas,
L D O c) P RA O B C
formando correntes de convecção.
I A
e) O calor do Sol propaga-se no espaço pelo processo de condução FE
R
até atingir a atmosfera terrestre e ser absorvido pelos corpos. d) A B C

S
TE

04. (EAM 2018) Quantas calorias são necessárias para aquecer 500 g

SO
de certa substância de 20° C a 70° C?
09. (EEAR 2009) Das alternativas a seguir, aquela que explica
MA

Dado: c = 0,24 cal/g° C corretamente as brisas marítimas é:

R
a) 3000 calorias. c) 5000 calorias. e) 7000 calorias. a) o calor específico da água é maior que o da terra.
b) 4000 calorias. d) 6000 calorias. b) o ar é mais rarefeito nas regiões litorâneas facilitando a convecção.
c) o movimento da Terra produz uma força que move o ar nas
05. (EAM 2020) Considerando um 1 kg de gelo de água e desprezando regiões litorâneas.
as perdas de calor para o ambiente e a evaporação da água, assinale
qual a opção que fornece o calor, em kilocalorias, necessário para d) há grande diferença entre os valores da aceleração da gravidade
transformar o gelo de água inicialmente à temperatura de - 20° C em no solo e na superfície do mar.
R
MA

vapor de água à 100° C.


SO

10. (EEAR 2010) As trocas de energia térmica envolvem processos de


Dados: calor específico do gelo de água = 0,5 cal/g° C, calor específico
transferências de calor. Das alternativas a seguir, assinale a única que
da água líquida = 1,0 cal/gº C, calor latente de fusão do gelo de
não se trata de um processo de transferência de calor.
água = 80 cal/g, calor latente de vaporização da água = 540 cal/g,
T

temperatura de fusão do gelo de água = 0° C e a temperatura de a) ebulição. b) radiação. c) condução. d) convecção.


R
E

F
ebulição da água = 100° C.
a) 340 c) 730 IA
e) 920
O
L DO PR
EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
b) 520 d) 890

06. (EEAR 2006) Visando montar uma experiência de calorimetria, um


professor de Física colocou um ebulidor elétrico (tipo “rabo quente”)
para aquecer 350 ml de água. A partir do instante em que a água
01. (EEAR 2011) O processo de vaporização é a passagem de uma
começou a entrar em ebulição, um cronômetro foi acionado. Após
substância da fase líquida para a fase gasosa, e, de acordo com a
desligar o ebulidor, verificou-se que haviam transcorridos 2 minutos,
maneira que ocorre, existem três tipos de vaporização:
e o volume final de água era de 150 ml. Nesse caso, a potência do
ebulidor elétrico, em W, vale a) Evaporação, ebulição e calefação.
Dados: b) Sublimação, ebulição e evaporação.
densidade da água = 1 g/cm³ c) Condensação, sublimação e ebulição.
calor latente de ebulição da água = 540 cal/g° C d) Convecção, sublimação e evaporação.
1 cal = 4 J
02. (EEAR 2011) Os satélites artificiais, em geral, utilizam a energia
a) 2500 b) 3600 c) 4300 d) 5700
solar para recarregar suas baterias. Porém, a energia solar também
produz aquecimento no satélite.
07. (EEAR 2007) Para diminuir a variação de temperatura devido a
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase:
_____ de calor, do alimento em uma embalagem descartável de folha
de alumínio, a face espelhada da tampa deve estar voltada para “Considerando um satélite em órbita, acima da atmosfera, o Sol
______. aquece este satélite por meio do processo de transmissão de calor
chamado de ______________.”
Obs.: A temperatura do ambiente é maior que a temperatura do
alimento. a) condução b) irradiação c) convecção d) evaporação

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CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

03. (EEAR 2011) Um elemento dissipador de calor tem a função


de manter a temperatura de um componente, com o qual esteja
em contato, constante. Considerando apenas a temperatura do
componente (TC), do dissipador (TD) e do meio (TM), assinale a
alternativa correta quanto aos valores de temperatura TC, TD e TM
ideais para que o fluxo de calor sempre ocorra do componente,
passando pelo dissipador até o meio.
Obs.: Considere que o calor específico não muda com a temperatura
e que o componente esteja envolto totalmente pelo dissipador e este
totalmente pelo meio. a) 0,04 b) 25 c) 20 d) 1
a) TD < TM < TC
09. (EEAR 2015) O gráfico a seguir relaciona a variação de
b) TC < TD < TM temperatura (T) para um mesmo calor absorvido (Q) por dois líquidos
c) TC < TM < TD A e B diferentes.
d) TM < TD < TC Considerando:
- massa de A = mA;
04. (EEAR 2012) Calorímetros são recipientes termicamente isolados - massa de B = mB;
utilizados para estudar a troca de calor entre corpos. Em um
calorímetro, em equilíbrio térmico com uma amostra de 100 g de - calor específico de A = cA;
água a 40º C, é colocado mais 60 g de água a 80 ºC. Sabendo que - calor específico de B = cB.
o sistema atinge uma temperatura de equilíbrio igual a 52º C, qual a mA c A
Pode-se dizer que é igual a
DO PRO
capacidade térmica, em cal/ºC, deste calorímetro?
mBcB
Dado: calor específico da água =
1 cal
A L
gºC
I d) FE
a) 20 b) 40 c) 100
R 240

S
TE

05. (EEAR 2013) Em um laboratório de Física, 200g de uma

SO
determinada substância, inicialmente sólida, foram analisados e os
resultados foram colocados em um gráfico da temperatura em função
MA

do calor fornecido à substância, conforme mostrado na figura a seguir.


Admitindo que o experimento ocorreu à pressão normal (1 atm),

R
a) 1/3. b) 1/2. c) 2. d) 3.
determine, respectivamente, o valor do calor específico no estado
cal
sólido, em e o calor latente de fusão, em cal/g, da substância. 10. (EEAR 2016) Um indivíduo, na praia, tem gelo (água no estado
gºC
sólido) a –6º C para conservar um medicamento que deve permanecer
a aproximadamente 0º C. Não dispondo de um termômetro, teve que
criar uma nova maneira para controlar a temperatura. Das opções
R
abaixo, a que apresenta maior precisão para a manutenção da
MA

temperatura esperada, é
SO

a) utilizar pouco gelo em contato com o medicamento.


b) colocar o gelo a uma certa distância do medicamento.
T

c) aproximar e afastar o gelo do medicamento com determinada


R
E

frequência.
E

F
a) 0,2 e 95. b) 2,0 e 95. c) 0,5 e 195. d) 0,67 e 195.
IA d) deixar o gelo começar a derreter antes de colocar em contato com
06. (EEAR 2014) Considere dois corpos de mesmo material que ao
absorverem a mesma quantidade de calor apresentam diferentes L DO PRO o medicamento.

variações de temperatura. Esse fato pode ser explicado, corretamente,


pelo conceito de
EXERCÍCIOS DE

COMBATE
a) calor latente.
b) ponto de fusão.
c) calor específico.
d) capacidade térmica ou calorífica.
01. (EEAR 2016) Considere um cubo de gelo de massa 1 kg que
se encontra à temperatura de –2º C. Colocado ao sol, recebe 14 J
07. (EEAR 2013) Um sistema armazena 500 litros de água a 20º C, na
de calor a cada segundo. Dados o calor específico do gelo igual a
pressão ambiente. Para esse sistema atingir a temperatura de 80º C,
0,5 cal/g ⋅ ºC e 1 cal igual a 4,2 J. Quantos minutos o gelo deverá ficar
na pressão ambiente, deverá ser transmitido ao mesmo, a quantidade
ao sol para começar a se fundir?
de calor de __________ cal.
a) 0,005 c) 5
Considere: Calor específico da água = 1 cal/g⋅ºC
b) 0,5 d) 50
Densidade da água = 1 g/cm³
a) 30 ⋅ 103 b) 30 ⋅ 106 c) 40 ⋅ 103 d) 40 ⋅ 106 02. (EEAR 2017) Um buffet foi contratado para servir 100 convidados
em um evento. Dentre os itens do cardápio constava água a 10º C.
08. (EEAR 2014) Um objeto homogêneo de 1000 gramas absorve Sabendo que o buffet tinha em seu estoque 30 litros de água a 25º C,
uma certa quantidade de calor de acordo com o gráfico temperatura determine a quantidade de gelo, em quilogramas, a 0º C, necessário
(T) em função da quantidade de calor (Q). O calor específico, em para obter água à temperatura de 10º C. Considere que a água e o
cal/g° C, desse objeto é de gelo estão em um sistema isolado.

122 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 122 03/11/2021 11:00:34


CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

Dados: densidade da água = 1 g/cm3; Determine o valor aproximado do calor latente de vaporização da
calor específico da água = 1 cal/g ⋅ ºC; substância, em cal/g.
calor de fusão do gelo = 80 cal/g ⋅ ºC; e a) 10 c) 30
calor específico do gelo = 0,5 cal/g ⋅ ºC. b) 20 d) 40
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5
08. (EEAR 2020) Um sistema de arrefecimento deve manter a
temperatura do motor de um carro em um valor adequado para o
03. (EEAR 2017) Um estudante irá realizar um experimento de física bom funcionamento do mesmo. Em um desses sistemas é utilizado
e precisará de 500 g de água a 0º C. Acontece que ele tem disponível um líquido de densidade igual a 103 kg/m3 e calor específico igual a
somente um bloco de gelo de massa igual a 500 g e terá que 4200 J/kg ⋅ °C. Durante a troca de calor, o volume do líquido em
transformá-lo em água. Considerando o sistema isolado, a quantidade contato com o motor é de 0,4 × 10-3 m³, a cada segundo, e a
de calor, em cal, necessária para que o gelo derreta será: temperatura inicial e final do líquido é, respectivamente, igual a 80° C
Dados: calor de fusão do gelo = 80 cal/g⋅ºC e 95° C. Considerando que esse volume de líquido está em repouso
a) 40 b) 400 c) 4000 d) 40000 durante a troca de calor, a potência fornecida à água, em W, é
a) 42000 c) 4200
04. (EEAR 2017) Em uma panela foi adicionada uma massa de água b) 25200 d) 2520
de 200 g a temperatura de 25° C. Para transformar essa massa de
água totalmente em vapor a 100° C, qual deve ser a quantidade total 09. (EEAR 2020) Em regiões mais frias, é usual utilizar o parâmetro
de calor fornecida, em calorias? “Sensação Térmica” para definir a temperatura percebida pelas pessoas.
(Considere calor específico da água c = 1 cal/g° C e calor latente de A exposição da pele ao vento é uma das variáveis que compõem esse
vaporização da água L = 540 cal/g).
DO PRO
parâmetro. Se durante essa exposição, a camada de ar em contato com
a pele é constantemente renovada por outra com uma temperatura
a) 1500 b) 20000 c) 100000
L
d) 123000

A menor do que a pele, pode-se afirmar corretamente que


I
05. (EEAR 2018) Um corpo absorve calor de uma fonte a uma taxa FE
a) não há troca de calor entre a pele e a camada de ar.
R
constante de 30 cal/min e sua temperatura (T) muda em função do
tempo (t) de acordo com o gráfico a seguir. A capacidade térmica (ou
b) há troca constante de calor da camada de ar para a pele.

S
TE

c) há troca constante de calor da pele para a camada de ar.


calorífica), em cal/°C, desse corpo, no intervalo descrito pelo gráfico,

SO
é igual a d) há troca constante de calor da pele para camada de ar e vice-versa.
MA

10. (EEAR 2020) Em um recente trabalho, os pesquisadores de uma


a) 1

R
instituição concluíram que 500 mL do total de água pura utilizada
b) 3 durante o processo de fabricação de um copo plástico são “perdidos”
c) 10 devido a mudança do estado líquido para o estado de vapor a
100° C. Em termos de energia, essa quantidade de água pura
d) 30
“perdida” equivale, em calorias, a ____.
Considere: R
1. que a água pura, antes de entrar no processo de fabricação, está
MA

a 25° C;
SO

06. (EEAR 2019) Duas porções de líquidos A e B, de substâncias


diferentes, mas de mesma massa, apresentam valores de calor 2. calor específico da água pura igual a 1 cal/g ⋅ °C;
específico respectivamente iguais a 0,58 cal/g ⋅ ºC e 1,0 cal/g ⋅ ºC. Se 3. calor latente de vaporização da água pura igual a 540 cal/g; e
T

ambas receberem a mesma quantidade de calor sem, contudo, sofrerem 4. a densidade da água pura igual a 1 g/cm³.
R temperatura do a) 270
E

mudanças de estado físico, podemos afirmar corretamente que:


E

a) IA
a porção do líquido A sofrerá maior variação de F c) 270000
que a porção do líquido B.
L do O P Rb) 307,5 O d) 307500
b) a porção do líquido B sofrerá maior variação de temperatura D
que a porção do líquido A.
c) as duas porções, dos líquidos A e B, sofrerão a mesma variação RESOLUÇÃO EM VÍDEO
de temperatura. Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
d) as duas porções, dos líquidos A e B, não sofrerão nenhuma de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
variação de temperatura.

07. (EEAR 2019) A figura a seguir mostra a curva de aquecimento de uma GABARITO
amostra de 200 g de uma substância hipotética, inicialmente a 15° C,
no estado sólido, em função da quantidade de calor que esta recebe. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. D 03. D 05. C 07. D 09. A
02. A 04. D 06. B 08. D 10. A
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. A 03. D 05. A 07. B 09. A
02. B 04. B 06. D 08. A 10. D
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 03. D 05. D 07. B 09. C
02. D 04. D 06. A 08. B 10. D

PROMILITARES.COM.BR 123

PM_BOOK08_FIS.indb 123 03/11/2021 11:00:34


CALOR E A SUA PROPAGAÇÃO

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

124 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 124 03/11/2021 11:00:34


DIAGRAMA DE FASES E
ESTUDO DOS GASES IDEAIS

GASES PERFEITOS OU IDEIAIS TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA


Alguns autores fazem distinções entre gás ideal e gás perfeito, Pressão e volume são inversamente proporcionais. A temperatura
mas alguns não. Vamos, assim como estes, tratar como sinônimos. permanece inalterada.
Começaremos com as características de um gás perfeito ou ideal:
É composto de partículas puntiformes (sem dimensão).
Não há força elétrica entre as partículas (distância grande entre elas).
Há ocorrência de interação apenas durante as colisões, que são
perfeitamente elásticas, ou seja, não há perda de energia após as colisões.
O estudo do comportamento dos gases resultou em uma relação
L DO PRO
entre as variáveis: temperatura (T), pressão (P), volume (V) e número

I A
de mols do gás (n). Essa relação matemática é conhecida como a Lei FE
R
dos Gases Ideais (Equação de Clapeyron).
PV = nRT

S
TE

Analogamente ao caso anterior, teremos que:


Onde R é a constante dos gases perfeitos, de valor 0,082 atm⋅L/mol⋅K

SO
ou 8,31 J/mol⋅K (S.I.). P1V1 = P2V2
MA

Observe que:
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS (SEM

R
nRT k
ALTERAÇÃO NA QUANTIDADE DE GÁS P
V
P 
V
DO RECIPIENTE)
Nota: mais para frente iremos estudar mais detalhadamente cada Como toda hipérbole é escrita pela relação:
uma dessas transformações. R k
y=
MA

x
TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
SO

É quando um gás sofre alteração no seu volume e temperatura, A isoterma também é uma hipérbole. Quanto maior o produto P ⋅ V,
mas sem alterar a sua pressão. maior T, ou seja, quanto mais afastada a hipérbole está da origem, maior
T

será a temperatura do gás durante o processo. Neste casso, T2 > T1.


R
E

IA F
TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA /
L DO PRO ISOVOLUMÉTRICA / ISOMÉTRICA
Nesse caso a pressão e a temperatura são diretamente
proporcionais. O volume é constante.

Pela equação dos gases perfeitos, podemos perceber que, se o gás


vai de 1 para 2, seu volume aumenta, e como a pressão é constante,
significa que a temperatura do gás aumenta. Se for de 2 para 1, a
temperatura diminui.
V1 V2
=
T1 T2 Analogamente:

Observação P1 P2
=
Para realizar essa relação ou qualquer outra que seja originada da T1 T2
equação dos gases perfeitos, a temperatura deve estar sempre em
Kelvin. Basta ver as unidades da constante R.

PROMILITARES.COM.BR 125

PM_BOOK08_FIS.indb 125 03/11/2021 11:00:38


DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS

Observação Os valores da pressão Px e do volume Vy indicados no diagrama são,


respectivamente, iguais a:
Os gráficos podem ser P × T, V × T e etc. a) 4,0 atm e 6,0L
A representação P × V é a mais comum. b) 0,4 atm e 4,0L
Neste último caso, por exemplo, poderíamos
ter escolhido P × T para representar a c) 0,6 atm e 3,0 L
transformação: d) 2,0 atm e 6,0 L
A reta nunca tocará o zero Kelvin, o domínio e) 0,2 atm e 4,0 L
desta função é (0,+∞).
Resolução: B
Exemplo 1: Tendo como os pontos a serem comparados os pontos 1, x e y
conforme figura abaixo:
Certo gás está confinado em um recipiente hermeticamente
fechado e inextensível. A temperatura do recipiente aumenta,
aumentando a temperatura do gás em seu interior de 27 °C para
227 °C. Qual a relação entre a pressão final e inicial que o gás está
submetido?
Resolução:
Como o recipiente está hermeticamente fechado, o número de
mols (n) é constante.
Inextensível, ou seja, volume constante.
Então: L DO PRO
P1 P2 P P P
  1  2  2 
5
I A FE
T1 T2 300 500 P1 3
Perceba que transformamos °C em K.
R No ponto 1:

S
TE

p = 1,6 atm

SO

E se houver alteração no número de mols? Vamos ver um exemplo V = 2 L
MA

dessa situação:
No ponto x:

R
Exemplo 2:
p = px
Ao abrir uma garrafa de um refrigerante, nota-se que certa 
quantidade de gás escapará. Vamos supor que, durante certo intervalo V = 8 L
de tempo, 10% do gás escapou. Qual a relação entre as pressões No ponto y :
inicial e final sofrida pelo gás? Vamos considerá-lo ideal.
p = 0,8 atm
Resolução:  R
V = Vy
MA

Antes de a garrafa ser aberta:


SO

Analisando o ponto 1 com o ponto x, utilizando a equação


P1V = nRT
geral e sabendo que trata-se de uma transformação isotérmica
(enunciado):
Depois de o gás vazar:
T

Px ⋅ Vx =P1 ⋅ V1
S

P2V = 0,9nRT
R
E

1,6 ⋅ 2
E

Dividindo a 1ª pela 2ª: IA Px =


F 8
P1
= =
1 10
L DO PR O
Px = 0,4 atm
P2 0, 9 9
Agora analisando o ponto 1 com o ponto y,
Algo que naturalmente já sabíamos, após abrirmos um
refrigerante, a pressão no interior da latinha reduz, se igualando à
Py ⋅ Vy =P1 ⋅ V1
pressão externa. 1,6 ⋅ 2
Vy =
0,8
Exercício Resolvido Px = 4 L

01. Um gás ideal é submetido a uma transformação isotérmica,


conforme descrito no diagrama da figura.

Exercício Resolvido

02. Uma pessoa abre sua geladeira, verifica o que há dentro e


depois fecha a porta dessa geladeira. Em seguida, ela tenta abrir
a geladeira novamente, mas só consegue fazer isso depois de
exercer uma força mais intensa do que a habitual.
A dificuldade extra para reabrir a geladeira ocorre porque o (a)
a) volume de ar dentro da geladeira diminuiu.
b) motor da geladeira está funcionando com potência máxima.
c) força exercida pelo ímã fixado na porta da geladeira aumenta.

126 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 126 03/11/2021 11:00:42


DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS

d) pressão no interior da geladeira está abaixo da pressão externa. Exercício Resolvido


e) temperatura no interior da geladeira é inferior ao valor 05. Qual é o volume molar de um gás que está submetido à
existente antes de ela ser aberta. pressão de 3 atm e à temperatura de 97 ºC?
a) V = 10,1 L
Resolução: D
b) V = 1,01 L
Quando a geladeira é aberta, ocorre entrada de ar quente e saída
de ar frio. Após fechar a porta, esse ar quente, inicialmente à c) V = 13,56 L
temperatura T0 e à pressão atmosférica p0, é resfriado a volume d) V = 10,99 L
constante, à temperatura T. e) V = 11 L
Da equação geral dos gases:
p0 V0 Resolução: A
pV p p
= ⇒ = 0. Como o exercício pede o volume molar de um gás, podemos fazer
T T0 T T0
uso da equação de Clapeyron, portanto temos:
Se T < T0 ⇒ p < p0, a pressão do ar no interior da geladeira é menor n = 1 mol, p = 3 atm, T = 97 ºC = 370 K, R = 0,082 atm⋅L/mol⋅K
que a pressão externa, dificultando a abertura da porta.
p⋅V=n⋅R⋅T
n R  T 1 0, 082  370
V p
P 3
Exercício Resolvido
p  10,1 L
03. Considere que num recipiente cilíndrico com êmbolo móvel
existem 2 mols de moléculas de um gás A à temperatura inicial
L DO PRO
A
de 200 K. Este gás é aquecido até a temperatura de 400 K numa
I
transformação isobárica. Durante este aquecimento ocorre uma FE
EXERCÍCIOS DE

R
reação química e cada molécula do gás A se transforma em duas
moléculas de um gás B. FIXAÇÃO

S
TE

Com base nesses dados e nos conceitos de termodinâmica, é

SO
correto afirmar que o volume final do recipiente na temperatura
MA

de 400 K é: 01. (CN 2016) Com relação à termologia, coloque V (verdadeiro) ou


a) 3 vezes menor que o valor do volume inicial. F (falso).

R
b) de valor igual ao volume inicial. ( ) Temperatura – grandeza física que representa a medida do estado
de agitação médio das moléculas de um corpo.
c) 2 vezes maior que o valor do volume inicial.
( ) Calor – energia térmica que passa, de forma espontânea, do
d) 3 vezes maior que o valor do volume inicial. corpo de menor temperatura para o de maior temperatura.
e) 4 vezes maior que o valor do volume inicial. ( ) Fusão – mudança de estado físico sofrida por um líquido ao doar
uma certa quantidade de calor.
R
Resolução: E
MA

( ) Evaporação – passagem do estado líquido para o estado gasoso


SO

Dados: T1 = 200 K; T2 = 400 K; n1 = 2 mols; n2 = 2 n1 = 4 mols. que ocorre de forma lenta.


Da equação geral dos gases: ( ) Equilíbrio térmico – condição física na qual as trocas de calor entre
p1 V1 p2 V2 V1 V2 dois ou mais corpos deixam de existir.
T

= ⇒ = ⇒ V2 = 4 V1 .
S

n1 T1 n2 T2 2 ( 200 ) 4 ( 400 ) ( ) Convecção – processo de transmissão de calor que ocorre devido


R
E

IA F
à movimentação de massas, em especial, nos líquidos e nos gases.
(
L D OAssinale O
) Caloria – quantidade de calor necessária para que 1 g de qualquer

P aRopção correta.
substância tenha sua temperatura alterada em 1 ºC.
Exercício Resolvido

04. Se dois mols de um gás, à temperatura de 27 ºC, ocupam um a) V – V – V – F – F – V – F


volume igual a 57,4 litros, qual é, aproximadamente, a pressão b) F – F – V – V – F – F – V
desse gás? (Adote R = 0,082 atm⋅L/mol⋅K).
c) F–F–F–V–F–V–V
a) ≈ 0,76 atm d) ≈ 8,16 atm d) V – F – F – V – V – V – F
b) ≈ 0,86 atm e) ≈ 0,66 atm e) V – V – F – F – V – F – F
c) ≈ 1,16 atm
02. (EEAR 2004) Durante uma transformação isotérmica, o volume
Resolução: B de uma certa massa gasosa dobra. Nesse caso, a pressão dessa massa
Primeiramente devemos retirar todos os dados fornecidos pelo a) reduz-se à quarta parte. c) quadruplica.
exercício, para posteriormente resolvê-lo. Sendo assim, temos: b) reduz-se à metade. d) dobra.
n = 2 mol, V = 57,4 L, T = 27 ºC = 300 K, R = 0,082 atm⋅L/mol⋅K,
p=? 03. (EEAR 2005) Uma certa massa de um gás ocupa um volume de
Substituindo as informações na equação de Clapeyron, temos: 500 L a 273 K e 20 atm. Quando dobrarmos ao mesmo tempo os
p⋅V=n⋅R⋅T valores da pressão e da temperatura desse gás, seu volume terá um
valor igual a
n R  T 2  0, 082  300
p p a) 500 L. c) 1000 L.
V 57, 4
b) 250 L. d) 200 L.
p  0, 857 atm  p  0, 86 atm

PROMILITARES.COM.BR 127

PM_BOOK08_FIS.indb 127 03/11/2021 11:00:43


DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS

04. (EEAR 2006) O estado de uma massa gasosa é perfeitamente EXERCÍCIOS DE


definido conhecendo-se o valor
a) somente pressão. TREINAMENTO
b) somente da temperatura.
c) da pressão, da temperatura e do volume. 01. (EEAR 2018) O gráfico que melhor representa a expansão de uma
d) apenas do volume. amostra de gás ideal a pressão constante é:
Considere:
05. (EEAR 2006) Uma certa massa de gás ocupa um volume de 200 L 1. a temperatura (T) dada em kelvin (K) e
na temperatura de 273 K e 20 atm de pressão. Quando dobrarmos os
valores da temperatura e da pressão dessa massa gasosa, seu volume 2. V = volume.
V V
terá o valor de
a) 300 L. b) 400 L. c) 100 L. d) 200 L. a) c)

06. (EEAR 2009) Uma certa massa de um gás ideal ocupa um volume T T
de 3 L, quando está sob uma pressão de 2 atm e à temperatura de 27 V V
ºC. A que temperatura, em ºC, esse gás deverá ser submetido para b) d)
que o mesmo passe a ocupar um volume de 3,5 L e fique sujeito a
uma pressão de 3 atm?
T T
a) 47,25 b) 100,00 c) 252,00 d) 525,00
02. (EEAR 2019) Um cilindro dotado de um êmbolo contém
07. (EEAR 2010) 20 litros de um gás perfeito estão confinados no
L
interior de um recipiente hermeticamente fechado, cuja temperatura
DO PRO aprisionado em seu interior 150 cm³ de um gás ideal à temperatura
controlada de 22 ºC e à pressão de 2 Pa. Considere que o êmbolo

I A
e a pressão valem, respectivamente, 27° C e 60 Pa. Considerando FE
do cilindro pode ser movido por uma força externa, de modo que o
gás seja comprimido a um terço de seu volume inicial, sem, contudo,
aproximadamente, o número de mols do referido gás. R
R, constante geral dos gases, igual a 8,3 J/mol ⋅ K, determine,
variar a sua temperatura. Nessas condições, determine em Pascal (Pa)
a nova pressão à qual o gás estará submetido.

S
TE

a) 1,5 × 10-4 c) 6,2 × 10-4


a) 2 b) 3 c) 6 d) 9

SO
b) 4,8 × 10 -4
d) 8,1 × 10-4
MA

03. (EEAR 2020) É comum, na Termodinâmica, utilizar a seguinte


08. (EEAR 2011) Um gás ideal, sob uma pressão de 6,0 atm, ocupa expressão: (P1V1)/T1 é igual a (P2V2)/T2. Nessa expressão, P, V e T

R
um volume de 9,0 litros a 27,0 ºC. Sabendo que ocorreu uma representam, respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura
transformação isobárica, determine, respectivamente, os valores de uma amostra de um gás ideal. Os números representam os estados
do volume, em litros, e da pressão, em atm, desse gás quando a inicial (1) e final (2). Para utilizar corretamente essa expressão é
temperatura atinge 360,0 K. necessário que o número de mols, ou de partículas, do estado final
a) 6,0 e 6,0 c) 10,8 e 6,0 seja _________ do estado inicial e que a composição dessa amostra
b) 6,0 e 7,5 d) 10,8 e 7,5 seja _________ nos estados final e inicial.
R
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase
MA

SO

09. (EEAR 2014) O gráfico a seguir representa uma transformação anterior.


isobárica que ocorreu em uma massa de gás ideal. a) o mesmo – a mesma c) o mesmo – diferente
b) diferente – a mesma d) diferente – diferente
T

R
E

IA F
04. (EEAR 2020) Uma amostra de um gás ideal sofre a transformação
termodinâmica do estado A para o estado B representada no gráfico P

L DO PRO (pressão) em função de T (temperatura) representada a seguir:


P
B
A partir da observação deste gráfico, é possível afirmar que:
5
a) V1 = 3V2 c) V1 = V2
2 A
2 T
b) V2 = 5V1 d) V1 = V2
5 Entre as alternativas, assinale aquela que melhor representa o
gráfico P em função de V (volume) correspondente a transformação
10. (EEAR 2015) Ao estudar as transformações termodinâmicas, um termodinâmica de A para B.
P B
aluno lê a seguinte anotação em um livro: P0 V0 = Pf Vf . Onde P0 e Pf B P
T0 Tf
são as pressões inicial e final, V0 e Vf são os volumes inicial e final; e a) c)
T0 e Tf são as temperaturas inicial e final de uma amostra de gás ideal. A A
O aluno pode afirmar corretamente que, nessa notação, P0 V0 = Pf Vf V V
se referem T0 Tf
P B
a) a amostras diferentes de gás ideal. P
A B
b) a uma mesma amostra de gás ideal. b) d)
c) somente ao número de mols de amostras diferentes.
A
d) à variação do número de mols em uma transformação. V
V

128 PROMILITARES.COM.BR

FIS075 - DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS.indd 128 03/11/2021 11:28:48
DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS

05. Quando a pressão a que está submetida certa massa de um gás EXERCÍCIOS DE

COMBATE
perfeito duplica e a temperatura absoluta simultaneamente passa a
ser metade, o volume da massa gasosa:
a) não se altera.
b) passa a ser o dobro do primitivo.
c) passa a ser 1/4 do primitivo. 01. Um gás encerrado num recipiente, cujo volume pode variar,
tem sua temperatura aumentada de 20 °C para 100 °C em uma
d) passa a ser o quádruplo do primitivo.
transformação isobárica.
e) nenhuma das respostas anteriores.
Nesse processo, a densidade do gás:
a) aumenta, mas não chega a ser duplicada.
06. Uma certa quantidade de gás ideal, inicialmente a pressão P0,
volume V0 e temperatura T0, é submetida à seguinte sequência de b) diminui, mas não chega a reduzir-se à metade.
transformações: c) não sofre variação alguma.
I. É aquecida a pressão constante até que sua temperatura atinja o d) torna-se 5 vezes maior.
valor 3T0.
e) torna-se 5 vezes menor.
II. É resfriada a volume constante até que a temperatura atinja o
valor inicial T0.
02. Um recipiente de paredes rígidas contém um gás ideal à
III. É comprimida a temperatura constante até que atinja a pressão temperatura de 27 ºC e à pressão de 10 atm. Sabendo que a pressão
inicial P0. máxima a que o recipiente pode resistir é de 25 atm, podemos
Ao final destes três processos, podemos afirmar que o volume final afirmar que ele pode ser mantido com segurança pelo menos até a

D O a) P450RºC;O
do gás será igual a temperatura de:
a) V0/9 c) V0 e) 9 V0
A L
b) V0/3 d) 3 V0
I b) 500 ºC; FE
R
07. Um “freezer”, recém-adquirido, foi fechado e ligado quando
c) 600 ºC;
d) 750 ºC.

S
TE

a temperatura ambiente estava a 27 °C. Considerando que o ar se

SO
comporta como um gás ideal e a vedação é perfeita, determine a
pressão no interior do “freezer” quando for atingida a temperatura 03. O cilindro da figura abaixo é fechado por um êmbolo que pode
MA

de –19 °C. deslizar sem atrito e está preenchido por uma certa quantidade de
gás que pode ser considerado como ideal. À temperatura de 30 °C, a

R
a) 0,40 atm c) 0,85 atm e) 1,2 atm
altura h na qual o êmbolo se encontra em equilíbrio vale 20 cm (ver
b) 0,45 atm d) 1,0 atm figura; h se refere à superfície inferior do êmbolo). Se, mantidas as
demais características do sistema, a temperatura passar a ser 60 °C, o
08. Uma dada massa de gás está contida em um recipiente cilíndrico, valor de h variará de, aproximadamente:
munido de um êmbolo, submetido à pressão atmosférica. Seu volume

g
à temperatura de 27,0 °C é 5,00 L. Quando o gás é aquecido, R
mantida a mesma pressão atmosférica, seu volume passa a 10,0 L. A
MA

temperatura do gás nesse momento, em °C, vale


SO

a) 54,0 c) 300 e) 600


b) 81,0 d) 327
T

h
S

R
E

09. Uma pessoa, antes de viajar, calibra a pressão dos pneus com
E

IA
24,0 Ib/pol² (libras por polegada quadrada). No momento da calibração, F
L D Oa) 5%P R O
a temperatura ambiente (e dos pneus) era de 27 ºC. Após ter viajado
alguns quilômetros, a pessoa pára em um posto de gasolina. Devido
ao movimento do carro, os pneus esquentaram e atingiram uma
temperatura de 57 ºC. A pessoa resolve conferir a pressão dos pneus. b) 10%
Considere que o ar dentro dos pneus é um gás ideal e que o medidor c) 20%
do posto na estrada está calibrado com o medidor inicial. Considere,
que o volume dos pneus permanece o mesmo: d) 50%
A pessoa medirá uma pressão de: e) 100%
a) 24,0 lb/pol² c) 50,7 lb/pol²
b) 26,4 lb/pol² d) 54,0 lb/pol² 04. Um congelador doméstico (“freezer”) está regulado para manter
a temperatura de seu interior a –18 ºC. Sendo a temperatura ambiente
10. Um recipiente com êmbolo contém em seu interior uma igual a 27 ºC (ou seja, 300 K), o congelador é aberto e, pouco depois,
quantidade fixa de gás ideal. O sistema é submetido a um processo fechado novamente. Suponha que o “freezer” tenha boa vedação
termodinâmico, no qual o volume do gás é reduzido à metade e a e que tenha ficado aberto o tempo necessário para o ar em seu
temperatura absoluta aumentada por um fator 1,5. interior ser trocado por ar ambiente. Quando a temperatura do ar no
“freezer” voltar a atingir –18 ºC, a pressão em seu interior será
Neste processo, a pressão do gás:
a) cerca de 150% da pressão atmosférica
a) aumenta por um fator 3.
b) cerca de 118% da pressão atmosférica
b) aumenta por um fator 3/2.
c) igual à pressão atmosférica
c) permanece constante.
d) cerca de 85% da pressão atmosférica
d) diminui por um fator 3/2
e) cerca de 67% da pressão atmosférica
e) diminui por um fator 3.

PROMILITARES.COM.BR 129

PM_BOOK08_FIS.indb 129 03/11/2021 11:00:44


DIAGRAMA DE FASES E ESTUDO DOS GASES IDEAIS

05. (AFA 2009) O gás contido no balão A de volume V e pressão 09. (AFA 2015) Uma amostra de n mols de gás ideal sofre as
p é suavemente escoado através de dutos rígidos e de volumes transformações AB (isovolumétrica), BC (isobárica) e CD (isotérmica)
desprezíveis, para os balões B, C, D e E, idênticos e inicialmente vazios, conforme representação no diagrama pressão (p) × volume (V),
após a abertura simultânea das válvulas 1, 2, 3 e 4, como mostra a mostrado a seguir.
figura abaixo.

Sabendo-se que a temperatura do gás no estado A é 27 ºC, pode-se


afirmar que a temperatura dele, em ºC, no estado D é
a) 108
Após atingido o equilíbrio, a pressão no sistema de balões assume o b) 327
valor p/3.
c) 628
Considerando que não ocorre variação de temperatura, o volume de
d) 927
dois dos balões menores é
a) 0,5 V c) 1,5 V
L D O 10.PCerta
RO massa de gás ideal sofre as transformações AB e BC,
b) 1,0 V d) 2,0 V
I A representadas
F PE(atm)
no gráfico p × V (pressão × volume) da figura abaixo.

Rfunção do volume
06. (ESPCEX 2011) O gráfico da pressão (P) em
(V) no desenho abaixo representa as transformações sofridas por um A

S
TE

gás ideal. Do ponto A até o ponto B, o gás sofre uma transformação 6

SO
isotérmica, do ponto B até o ponto C, sofre uma transformação
MA

isobárica e do ponto C até o ponto A, sofre uma transformação


isovolumétrica. Considerando TA, TB e TC as temperaturas absolutas
3

R
do gás nos pontos A, B e C, respectivamente, pode-se afirmar que: B C

8 16 V(litros)
Sobre esse gás, é correto afirmar que:
R
a) a temperatura do gás em B é maior do que em A.
MA

SO

b) a temperatura do gás em C é menor do que em B.


c) a temperatura do gás em C é maior do que em A.
a) TA = TB e TB < TC d) TA = TC e TB < TA d) a transformação AB é isotérmica.
T

b) TA = TB e TB > TC
R
e) TA = TB = TC e) a transformação BC é isobárica.
E

c) TA = TC e TB > TA
IA F
O
L D O RESOLUÇÃO
07. (ESPCEX 2012) Para um gás ideal ou perfeito temos que: PR EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
a) as suas moléculas não exercem força uma sobre as outras, exceto de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
quando colidem.
b) as suas moléculas têm dimensões consideráveis em comparação
com os espaços vazios entre elas.
GABARITO
c) mantido o seu volume constante, a sua pressão e a sua
temperatura absoluta são inversamente proporcionais. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
d) a sua pressão e o seu volume, quando mantida a temperatura 01. D 04. C 07. B 10. B
constante, são diretamente proporcionais.
02. B 05. D 08. C
e) sob pressão constante, o seu volume e a sua temperatura absoluta
03. A 06. C 09. D
são inversamente proporcionais.
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
08. (ESPCEX 2013) Em um laboratório, um estudante realiza alguns 01. A 04. C 07. C 10. A
experimentos com um gás perfeito. Inicialmente o gás está a uma 02. C 05. C 08. D
temperatura de 27 ºC; em seguida, ele sofre uma expansão isobárica
03. A 06. C 09. B
que torna o seu volume cinco vezes maior. Imediatamente após, o gás
sofre uma transformação isocórica e sua pressão cai a um sexto do seu EXERCÍCIOS DE COMBATE
valor inicial. O valor final da temperatura do gás passa a ser de 01. B 04. D 07. A 10. E
a) 327° C c) 27° C e) –72° C 02. A 05. B 08. D
b) 250° C d) –23° C 03. B 06. A 09. D

130 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 130 03/11/2021 11:00:44


TERMODINÂMICA

INTRODUÇÃO Ele pode ser calculado pela expressão:


A palavra termodinâmica vem do grego e significa movimento W = (F)⋅∆x = (P⋅S)⋅∆x = P⋅(S⋅∆x)
do calor. Ela foi desenvolvida no início do século XIX apenas com W = P⋅∆V
os conceitos macroscópicos da matéria. Ela também é baseada em
dois conceitos fundamentais: conservação da energia e o calor fluir
espontaneamente sempre do corpo quente para o corpo frio. Ao final
desse estudo, devemos ser capazes de entender o funcionamento dos
motores à combustão e dos refrigeradores.

TIPOS DE ENERGIA
L DO PRO
A
As transformações gasosas do capítulo anterior são processos
I
derivados da transformação de energia térmica em energia mecânica FE
R
ou ao contrário. Vamos conhecer cada uma dessas grandezas
energéticas.

S
TE

Gás sofrendo expansão

SO
ENERGIA INTERNA (U)
MA

Todas as moléculas de qualquer substância estão sempre em Observação

R
movimento, ou seja, possuem energia cinética. A energia interna será O sinal do trabalho só depende da variação de volume sofrida pelo
o valor que representa essa grandeza física e dependerá apenas de gás.
dois fatores: atomicidade (quantos átomos possui cada molécula) e
temperatura. Veja a tabela abaixo com as equações para a energia • Se o volume aumentar (expansão), o trabalho é positivo:
interna de cada tipo de gás. ∆V > 0 ⇒ W > 0
• Se o volume diminuir (compressão), o trabalho é negativo:
ATOMICIDADE ENERGIA INTERNA EXEMPLO ∆V < 0 ⇒ W < 0 R
MA

• Se o volume não variar, trabalho é nulo: ∆V = 0 ⇒ W = 0


SO

3
Monoatômico U = nRT He, Ar
2
ATENÇÃO: Podemos calcular o trabalho através da área sob a
curva de um diagrama Pressão × Volume.
T

5
R
Diatômico U = nRT O2, N2
E

2
E

I ANH F
Poliatômico U = 3nRT
L DO PR
3 O
Observação
Em geral, estaremos interessados apenas na variação de energia
interna, que para uma substância é diretamente proporcional à
variação de temperatura. Observe a relação abaixo para uma
determinada transformação gasosa:
• Se a temperatura aumentar, a energia interna também
aumenta: ∆U > 0
• Se a temperatura diminuir, a energia interna também diminui:
∆U < 0
CALOR (Q)
• Se a temperatura permanecer constante, a energia interna não
varia: ∆U = 0 O calor será sensível, pois não haverá mudanças de estado físico.
A única diferença para a expressão estudada em calorimetria será o
número de mol (em vez da massa) e da capacidade térmica molar (no
lugar do calor específico), assim:
TRABALHO (W) Q = n ⋅ C ⋅ ∆T
O trabalho de um gás possui a mesma definição do trabalho • Se o gás receber calor, então Q > 0
mecânico estudado anteriormente. Ele estará associado à força que o
• Se o gás ceder calor, então Q < 0
gás realiza (ou sofre) durante o processo de expansão (ou compressão).

PROMILITARES.COM.BR 131

PM_BOOK08_FIS.indb 131 03/11/2021 11:00:45


TERMODINÂMICA

Nesse caso, a capacidade térmica molar depende da atomicidade TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA


do gás e do tipo de transformação que o gás está sofrendo (isobárica
Como a temperatura se mantém constante, não há variação de
ou isocórica), vide a tabela abaixo:
energia interna:
ATOMICIDADE CP CV ∆U = 0
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos:
Monoatômico 5 R 3 R
2 2 ∆U = Q – W ⇒ Q – W = 0
W=Q
Diatômico 7 R 5 R Assim, todo calor é convertido em trabalho:
2 2
• Se o gás receber calor (Q > 0), o gás sofre expansão (W > 0).
Poliatômico 4R 3R • Se o gás perder calor (Q < 0), o gás sofre compressão (W < 0).

Observação
Observação Apenas para os curiosos! O cálculo do trabalho em uma
Chamamos de CP o calor específico molar da transformação transformação isotérmica envolve a resolução de uma integral e
isobárica e CV o calor específico molar da transformação isocórica. seu resultado final é:
V 
W = nRT.ln  f 
 V0 
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
L
Essa é a lei mais importante da termodinâmica e trata-se do DO PRO
IA FE
princípio de conservação da energia para as transformações gasosas.
Exercício Resolvido

R 02. Em um sistema fechado, um gás ideal passa lentamente de


um estado inicial 1 para um estado final 2 devido a uma expansão

S
TE

isotérmica. Assim, ao final deste processo termodinâmico,

SO
a) O gás não terá absorvido energia na forma de calor uma vez
MA

que a temperatura no estado 1 é igual à temperatura no


estado 2.

R
b) O trabalho realizado pelo gás será igual à variação da energia
interna calculada entre o estado 2 e o estado 1.
c) O calor absorvido pelo gás será igual à variação da energia
Suponha que um gás possua energia interna (Uinicial)e recebe uma interna calculada entre o estado 2 e o estado 1.
quantidade de calor (Q), gastando parte dessa energia como trabalho
(W). Quando sobra de energia para o gás (Ufinal)? d) O trabalho realizado sobre o gás será igual a energia por ele
absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o
R
Ufinal = Uinicial + Q − W ⇒ Ufinal − Uinicial = Q − W estado 2.
MA

SO

∆U = Q − W e) O trabalho realizado pelo gás será igual à energia por ele


absorvida na forma de calor ao passar do estado 1 para o
estado 2.
T

Exercício Resolvido
S

R
E

Resolução: E
E

01. (ESPCEX 2020) Um gás ideal é comprimido por um agente


IA F
Pela Primeira Lei da Termodinâmica, se o processo foi isotérmico,

L DO PRO
externo, ao mesmo tempo em que recebe calor de 300 J de uma
fonte térmica. Sabendo-se que o trabalho do agente externo é de não houve variação da energia interna do gás, assim todo o calor
600 J, então a variação de energia interna do gás é recebido peo gás foi transformado para realiar o trabaho de
expansão.
a) 600 J
b) 400 J
c) 500 J
TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA
d) 300 J
Como o volume se mantém constante, não há realização de
trabalho: W = 0
Resolução: A
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos:
Aplicando a 1ª lei da Termodinâmica com τ < 0 (pois há comprensão
do gás), vem: ∆U = Q – W = Q - 0
Q = τ + ∆U ∆U = Q
300 = -600 + ∆U Assim, todo calor é convertido em energia interna:
∴∆U = 900 J • Se o gás receber calor (Q > 0), há aumento da temperatura
do gás (∆U > 0).
• Se o gás perder calor (Q < 0), há redução da temperatura do
gás (∆U < 0).
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
Vamos fazer a análise energética das transformações gasosas que TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
estudamos no capítulo anterior e algumas outras especiais:
Com a pressão constante, podemos calcular diretamente o
trabalho do gás e em seguida usar a equação de Clapeyron:

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PM_BOOK08_FIS.indb 132 03/11/2021 11:00:45


TERMODINÂMICA

W = P⋅∆V = nR⋅∆T Exemplo 1: Quando você pressiona o spray de um aerossol


Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos: (desodorante, por exemplo), a superfície fica mais gelada, pois esse
processo é adiabático: o gás se expande, portanto a temperatura
∆U = Q - W diminui.
Q = ∆U + W Exemplo 2: Ao encher um pneu usando uma bomba, você verifica
• Se o gás receber calor (Q > 0), parte dessa energia é usada o processo inverso. A bomba é aquecida, pois, com a compressão do
para aumentar a temperatura do gás (∆U > 0) e outra parte gás, a temperatura aumenta.
promove a expansão do gás (W > 0).
• Se o gás perder calor (Q < 0), parte dessa energia é usada para Observação
diminuir a temperatura do gás (∆U < 0) e outra parte promove Somente para essa transformação, podemos usar a Equação
a compressão do gás (W < 0). de Poisson

Exercício Resolvido PA ⋅ VA γ =PB ⋅ VB γ

03. Sob condições de pressão constante, certa quantidade TA ⋅ VA γ −1 =⋅


TB VB γ −1
de calor Q, fornecida a um gás ideal monoatômico, eleva sua CP
temperatura em ∆T. Quanto calor seria necessário, em termos de Em que γ = é coeficiente de Poisson
CV
Q, para concluir a mesma elevação de temperatura ∆T, se o gás
fosse mantido em volume constante?
ATOMICIDADE γ
a) 3Q
b) 5Q/3 5 ≅ 1,7
Monoatômico
DO PRO
3
c) Q
d) 3Q/5 L
IA FE
Diatômico 7 = 1,4
e) 2Q/5 5

Resolução: D
R Poliatômico 4 ≅ 1,3
3

S
TE

Da primeira lei da termodinâmica:

SO

MA

3 O trabalho de uma transformação adiabática pode ser calculado


Isobárica : QP =Q =∆U + W ⇒ Q =2 nR ∆T + nR ∆T
 pelas seguintes expressões:

R
 5
Q =∆U + W  ⇒ Q = nR ∆T nR∆T P V −P V
 2 W= ou W = final final inicial inicial
1− γ 1− γ
 3
Isométrica : Q V =∆ U ⇒ QV = nR ∆T
 2
3
nR ∆T
Q 3 3 Exercício Resolvido
⇒ V =2 = ⇒ QV = Q.
5
R
Q nR ∆T 5 5
MA

2 04. Um gás ideal monoatômico, com n mols e iniciante na


SO

temperatura absoluta T, sofre uma expansão adiabática até que


sua temperatura fique a um terço de sua temperatura inicial.
Logo, o gás:
T

TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA
R a) Absorveu uma quantidade de calor igual a nRT
E

IA
Nesse processo, o gás sofre o processo tão rapidamente que não
F
b) Se expandiu isobaricamente
tem tempo para trocar calor Q = 0.
Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos: L DO PR O
c) Realizou trabalho liberando uma quantidade de calor igual a
nRT.
∆U = Q - W
d) Se expandiu aumentando sua energia interna de nRT.
∆U = -W
e) Realizou trabalho e sua energia interna diminuiu de nRT.
• Se o gás sofrer uma expansão (W > 0), sua temperatura será
reduzida (∆U < 0). Resolução: E
• Se o gás sofrer uma compressão (W < 0), sua temperatura Como o gás sofreu uma expansão, ou seja, aumentou o volume,
será elevada (∆U > 0). então ele realizou trabalho, mas o processo foi adiabático, isto é,
sem haver troca de calor com o meio externo, portanto o trabalho
realizado pelo gás foi à custa de sua energia interna.

EXPANSÃO LIVRE
Imagine um frasco de perfume aberto em determinado momento.
Aos poucos outras pessoas no mesmo ambiente começarão a sentir o
cheiro, pois o gás confinado no recipiente irá se expandir até ocupar
todo o volume do recipiente. Esse processo é denominado expansão
livre, pois o gás não sofre resistência ao seu movimento, portanto
não há realização de trabalho. Esse processo também é adiabático e
Comparação dos gráficos Pressão × Volume de uma portanto, pela 1ª Lei da Termodinâmica, a variação de energia interna
trasformação adiabática × isotérmica também é nula.

PROMILITARES.COM.BR 133

PM_BOOK08_FIS.indb 133 03/11/2021 11:00:46


TERMODINÂMICA

W=0
Q=0
∆U = 0

Representação da expansão livre de um gás


Diagrama Pressão × Volume de uma transformação cíclica

Observação Observação

Esse processo não pode ser desenhado em um diagrama de • Como não há variação de temperatura ao final do ciclo:
Pressão × Volume ∆Uciclo = 0.
• O ciclo de uma máquina térmica estará sempre no sentido
horário.

MÁQUINAS TÉRMICAS Usando a 1ª lei da termodinâmica ao longo do ciclo, temos:

D O PR
Uma máquina térmica é um dispositivo capaz de converter energia ∆U = Q – W = 0

L
interna em trabalho mecânico e foi a base da 1ª Revolução Industrial

A O Q=W
no final do século XIX. Esse trabalho é obitdo somente quando o calor
I
flui espontaneamente de uma região de maior temperatura (fonte F E observar pelo balanço energético que:
Também podemos

descrito no esquema energético abaixo:


R
quente) para uma região de menor temperatura (fonte fria) como
Q =Q +W q f

S
TE

Qq – Qf = Q = W

SO
MA

RENDIMENTO

R
A segunda lei da termodinâmica (que será abordada mais a
frente) nos garante que nenhuma máquina térmica pode converter
todo o calor que lhe é fornecido em energia mecânica. Assim, há
um aproveitamente parcial do calor ao ser transformado em trabalho
chamado de rendimento η e pode ser calculado por duas expressões:
R W Q
η= ou η = 1 − f
MA

Qq Qq
SO

Observação
T

O rendimento de qualquer máquina térmica é sempre menor que


R 100%: η < 1
E

IA F
L D OExercício O
P RResolvido
01. Durante cada ciclo, uma máquina térmica absorve 500 J de
Esquema energético de uma máquina térmica
calor de um reservatório térmico, realiza trabalho e rejeita 420 J
para um reservatório frio. Para cada ciclo, o trabalho realizado e
o rendimento da máquina térmica são, respectivamente, iguais a
Existem três grandezas energéticas representadas: a) 80 J e 16%
• Fonte quente: regiões a altas temperaturas (uma caldeira b) 420 J e 8%
com vapor d’água, por exemplo) que fornecem calor (Qq) para
a máquina. c) 420 J e 84%
• Fonte fria: regiões para onde o excesso de calor (Qf) é rejeitado. d) 80 J e 84%
• Trabalho: energia aproveitada para realizar alguma tarefa útil (W).
Resolução: A
Para que o equipamento funcione, há um gás que sofre uma Da 1ª Lei da Termodinâmica:
transformação cíclica, ou seja, ele começa em um estado inicial A, vai
para outros estados e depois retorna ao estado A. Na representação  Trabalho: W = Qquente − Qfria = 500 − 420 ⇒ W = 80 J.

de um diagrama P × V, teremos uma superfície fechada com os pontos  W 80
inicial e final conincidentes. A área destacada, “interna” à curva, nos  Rendimento:=η
Q
= = 0,16 ⇒ =
500
η 16%.
fornece o trabalho realizado pelo gás durante a transformação.  quente

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TERMODINÂMICA

Curiosidade CICLO DIESEL (1900)


No final do século XVIII, o escocês James Watt criou um dispositivo Esse é o ciclo dos motores movidos à diesel e também possui 4
eficiente que convertia calor em trabalho mecânico. A partir daí, a tempos (transformações).
burguesia fez grandes investimentos e sua máquina foi empregada
em moinhos, bombas d’água, locomotivas, barcos a vapor e em
fábricas, sendo um dos principais fatores que levaram à Revolução
Industrial.

Diagrama P×V do Ciclo Diesel

• Começando no ponto A, o gás é comprimido adiabaticamente


até o ponto B.
• Aquecido isobaricamente até o ponto C pela fonte quente.

D O P• RResfriado
• Expandido adiabaticamente até o ponto D.
Modelo da máquina térmica de James Watt

A L O isocoricamente até retornar ao ponto A.


I FE
CICLO DE CARNOT
MOTORES DE COMBUSTÃORINTERNA
Em 1824, o engenheiro francês Nicolas Léonard Sadi Carnot,
Os motores de combustão interna são máquinas térmicas usadas

S
TE

analisando o funcionamento das máquinas térmicas, descobriu qual


em veículos, exceto os elétricos. Eles possuem um ciclo de queima

SO
a fração máxima de calor que poderia ser convertida em trabalho. Ou
de combustível para produção de calor e movimento de pistões para
seja, qual o rendimento máximo que uma máquina poderia ter. Essa
MA

realizar trabalho. Vamos ilustrar alguns exemplos:


máquina ideal tem rendimento dado por:

R
CICLO OTTO (1876) ηCarnot =
1−
Tf
Esse é o ciclo dos motores movidos à gasolina e possui 4 tempos Tq
(transformações).

Observação
R
As temperaturas precisam estar sempre na escala absoluta Kelvin.
MA

SO

E seu ciclo termodinâmico contém 4 etapas que você precisa saber:


• Expansão isotérmica AB na temperatura Tq, absorvendo Qq
T

de calor.
S

R • Expansão adiabática BC até a temperatura Tf.


E

IA • F Compressão isotérmica BD na temperatura Tf, rejeitando Qf

R O
L D O •P Compressão de calor.
adiabática DA até a temperatura retornar para
T. q

Diagrama P × V do Ciclo Otto

• Começando em O, o combustível e o ar são admitidos no


pistão; o ciclo térmico ainda não começou.
• A partir de A, o gás é comprimido adiabaticamente até o
ponto B.
• Aquecido isometricamente até o ponto C pela fonte quente.
• Expandido adiabaticamente até o ponto D.
• Resfriado isocoricamente até retornar ao ponto A.
Durante o processo de AB, há um fator de compressão dado
pela razão entre o volume inical do pistão e seu volume quando
Diagrama P × V do Ciclo de Carnot
V
comprimido, ou seja, r = A . Esse fator que determina o rendimento
do motor à gasolina: VB Somente nesse ciclo, vale a relação:

1 Qq Tq
η = 1− =
r γ −1 Qf Tf

PROMILITARES.COM.BR 135

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TERMODINÂMICA

Observação Da primeira lei da termodinâmica, temos:

Essa máquina hipotética mostra qual o rendimento máximo de ∆U = Q − W = 0 ⇒ Q = W


uma máquina térmica que opera entre as temperaturas Tq e Tf. Qq =Qf + W ⇒ Qq − Qf =Q =W
Assim para qualquer máquina térmica real vale a relação:
0 < ηmáquina < ηCarnot < 1
EFICIÊNCIA
O objetivo do refrigerador é retirar calor da fonte fria gastando
Exercício Resolvido energia mecânica (trabalho) no processo. Assim um bom refrigerador
retira a maior quantidade possível de calor e consumindo a menor
02. Uma máquina a vapor foi projetada para operar entre duas quanidade de trabalho. A razão entre essas duas grandezas mede a
fontes térmicas, a fonte quente e a fonte fria, e para trabalhar sua eficiência.
segundo o ciclo de Carnot. Sabe-se que a temperatura da fonte
quente é de 127° C e que a máquina retira, a cada ciclo, 600 Qf Qf 1
=
e = =
J desta fonte, alcançando um rendimento máximo igual a 0,25. W Qq − Q f Q q
−1
O trabalho realizado pela máquina, por ciclo, e a temperatura da Qf
fonte fria são, respectivamente:

a) 240 J e 95°C d) 90 J e 27°C Observação


b) 150 J e 27°C e) 24 J e 0°C Em algumas questões, a eficiência também pode ser chamada de
c) 15 J e 95°C rendimento e vice-versa.

Resolução: B
L D O PExemplo:
R OmaisGeladeira e ar condionado são os aparelhos

n=
W
⇒ 0,25 =
W
⇒ W = 0,25 ⋅ 600 ⇒ W = 150I J
A refrigerantes
FE
comuns.

Q
Tf
600
T
R REFRIGERADOR DE CARNOT
n =1 − ⇒ 0,25 =1 − f ⇒ Tf =300 K

S
TE

T0 400 Existe um refrigerador que possui máxima eficiência, chamado


de refrigerador de Carnot. Essa eficiência pode ser calculada pela

SO
Tc = Tk − 273 ⇒ Tc = 300 − 273 ⇒ Tc = 27 °C
seguinte expressão:
MA

Tf 1

R
=
eCarnot =
Tq − Tf Tq
REFRIGERADORES Tf
−1
Um refrigerador é um dispositivo capaz de fazer o calor fluir
da fonte fria para a fonte quente. No entanto, esse processo não é
espontâneo e necessita do gasto de energia mecânica (trabalho) para Exercício Resolvido
que ele funcione. O diagrama energético de um refrigerador está R
representado na figura abaixo: 03. Um refrigerador foi construído, utilizando-se uma máquina
MA

de Carnot cuja eficiência, na forma de máquina de calor, é igual a


SO

0,1. Se esse refrigerador realiza um trabalho de 10 J, é CORRETO


afirmar que a quantidade de calor removida do reservatório de
menor temperatura foi, em joules, de
T

R
E

a) 100 c) 90 e) 1
E

IA b) 99 F d) 10

R CO
L D O Resolução:
P
A eficiência de um refrigerador é dada pela relação entre a
quantidade de calor retirada do congelador (Qfrio) que é a fonte
fria e o trabalho (W) recebido do sistema motor-compressor. No
caso, como o enunciado refere-se a uma máquina de calor, deve-
se inverter a relação, como uma máquina térmica motora.
W 10
η= ⇒ Qquente = ⇒ Qquente =
100 J.
Qquente 0,1

Mas, na máquina motora:


Qquente = W + Qfrio ⇒ 100 = 10 + Qfrio ⇒ Qfrio = 100 – 10
Qfrio = 90 J
Esquema energético de um refrigerador

Observação 2ª LEI DA TERMODINÂMICA


• Um refrigerador também sofre um processo cíclico, porém no Apesar de termos estudado processos reversíveis (cíclicos), a
sentido anti-horário maioria dos processos são irreversíveis. Por exemplo, um perfume,
• Como não há variação de temperatura ao final do ciclo: após liberado da caixa, não tende a retornar, mas sim se expandir
∆Uciclo = 0. livremente, ocupando o espaço ao redor. De fato, o retorno do
perfume ao frasco não viola a 1ª Lei. Então por que o gás tende a se
expandir? Por que o processo é irreversível?

136 PROMILITARES.COM.BR

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TERMODINÂMICA

As tentativas de melhorar os rendimentos das máquinas térmicas 03. (EEAR 2006) “É impossível construir uma máquina operando em
tem tudo a ver com as perguntas acima. Carnot, em 1824, antes ciclos cujo único efeito seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo
mesmo da formulação da 1ª lei (meados de 40), se debruçou diante integralmente em trabalho.” Esse enunciado, que se refere à Segunda
desse problema. Seus estudos ajudaram na formulação da 2ª lei de Lei da Termodinâmica, deve-se a
Clausius (1850) e Kelvin (1851). a) Clausius. c) Clapeyron.
b) Ampère. d) Kelvin.
ENUNCIADOS DA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA
Kelvin: é impossível realizar um processo cujo único efeito seja 04. (EEAR 2006) Se considerarmos que um ciclo ou uma transformação
remover calor de um reservatório térmico e produzir uma quantidade cíclica de uma dada massa gasosa é um conjunto de transformações
equivalente de trabalho. após as quais o gás volta às mesmas condições que possuía
inicialmente, podemos afirmar que quando um ciclo termodinâmico
Observação é completado,

Perceba que isso não significa que é impossível converter calor a) o trabalho realizado pela massa gasosa é nulo.
inteiramente em trabalho, como muitos autores escrevem! É possível b) a variação da energia interna da massa gasosa é igual ao calor
sim converter todo calor em trabalho. Por exemplo, um gás em cedido pela fonte quente.
processo de expansão isotérmica. Sua variação de energia interna é c) a massa gasosa realiza um trabalho igual à variação de sua energia
zero, portanto, todo calor absorvido se converteu em trabalho (τ = Q). interna.
Quando Kelvin disse único efeito, significa que o sistema tem que d) a variação de energia interna da massa gasosa é nula
voltar ao estado inicial, ou seja, que o processo é reversível (cíclico).
No exemplo acima, da expansão isotérmica, não há contradição ao 05. (EEAR 2007) Numa máquina de Carnot, de rendimento 25%,

DO PRO
enunciado de Kelvin, já que o estado inicial se difere do final. Ou o trabalho realizado em cada ciclo é de 400 J. O calor, em joules,

A L
seja, para processos reversíveis, considerando um ciclo completo, rejeitado para fonte fria vale:
aí sim, é impossível converter todo calor em trabalho.
Se pudéssemos ter um ciclo que o calor se transformasseI a) 400 FE c) 1200

R
completamente em trabalho, teríamos um motor perpétuo,
violando a 1ª lei. Para termos uma máquina térmica operando em
b) 600 d) 1600

S
TE

ciclos, é necessário o fornecimento de calor. 06. (EEAR 2008) Um sistema termodinâmico realiza o ciclo indicado

SO
no gráfico P × V a seguir
MA

Clausius: é impossível realizar um processo cujo único efeito seja P(105 Pa)
transferir calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente. A B

R
10

Observação
5 C
Lembrando que novamente aparece a expressão único efeito, ou D V(m³)
seja, o processo deve ser cíclico. Se o gás não voltar para o estado 4
2
inicial, é possível. Por exemplo, podemos colocar um recipiente R
contendo um gás em contato com um corpo mais frio, que pode
O trabalho resultante e a variação de energia interna do gás, ao
MA

absorver calor desse gás caso sofra um processo de expansão


SO

completar o círculo, vale, em joules, respectivamente, _________.


isotérmica  U  0, Q    0  . Em seguida, o gás pode sofrer uma
compressão adiabática, até atingir uma temperatura maior que na a) zero e zero c) Zero e 10 × 105
etapa anterior (essa temperatura mais baixa da etapa anterior é a b) 10 × 10 e zero
5
d) 20 × 105 e zero
T

mesma que o corpo tem, já que estava em contato com o gás).


R
E

Colocando novamente esse gás em contato com o corpo, que está 07. (EEAR 2010) Uma certa amostra de gás ideal recebe 20 J de
E

IA
a uma temperatura mais baixa que gás, o gás pode receber calor F
energia na forma de calor realizando a transformação AB indicada no

L DO PRO
por compressão isotérmica  U  0, Q    0  . Nada impede que
o trabalho total seja zero e o estado final é diferente do inicial (sua
gráfico Pressão (P) × Volume (V) a seguir. O trabalho realizado pelo gás
na transformação AB, em J, vale
temperatura aumentou) e recebeu calor de um corpo mais frio.
P
a) 20
B
b) 10
EXERCÍCIOS DE c) 5

FIXAÇÃO d) 0

A V

01. (EAM 2019) Um gás ideal sofre uma transformação isobárica cuja
pressão é 10 N/m², alterando de volume de 2 m³ para 6 m³. Sendo 08. (EEAR 2011) Uma certa amostra de um gás monoatômico ideal
assim, assinale a opção que fornece o trabalho, em joules, realizado sofre as transformações que são representadas no gráfico Pressão ×
pelo gás sobre o ambiente. Volume (P × V), seguindo a sequência ABCDA.
a) 10 c) 30 e) 50 P(Pa)
A B
b) 20 d) 40 10×105

02. (EEAR 2004) O trabalho realizado, em atm⋅litro, por um gás que,


2×105 C
sob pressão constante de 10 atm, evolui de 20 litros para 0,03 m³ vale D V(m³)
a) 10. c) 1000. 5
1
b) 100. d) 10000.

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TERMODINÂMICA

O trabalho realizado pelo gás na transformação AB e a variação c) o ciclo é formado por duas transformações isotermas e duas
de energia interna do gás no ciclo todo, em joules, valem, isobáricas.
respectivamente: d) todas as transformações ocorridas no ciclo foram adiabáticas.
a) zero e zero. c) zero e 3,2 ×106.
b) 4 × 106 e zero. d) 3,2 × 106 e zero. 04. (EEAR 2015) Uma amostra de um gás ideal sofre uma expansão
isobárica. Para que isto ocorra é necessário que essa amostra
09. (EEAR 2011) Uma certa amostra de gás monoatômico ideal, sob a) não realize trabalho.
pressão de 5 × 105 Pa, ocupa um volume de 0,002 m³. Se o gás realizar b) permaneça com temperatura constante.
um trabalho de 6000 joules, ao sofrer uma transformação isobárica,
então irá ocupar o volume de ___ m³. c) receba calor e cujo valor seja maior que o trabalho realizado.

a) 0,014 b) 0,012 c) 0,008 d) 0,006 d) receba calor e cujo valor seja menor que o trabalho realizado.

10. (EEAR 2012) Considere a mesma amostra de gás ideal recebendo 05. (EEAR 2017) Ao construir uma máquina de Carnot, um engenheiro
a mesma quantidade de calor, no mesmo intervalo de tempo, em duas percebeu que seu rendimento era de 25%. Se a fonte fria trabalha
situações diferentes. A primeira situação mantendo a amostra a pressão a 25º C, a temperatura da fonte quente, em ºC, de tal motor será
constante e a segunda a volume constante. É correto afirmar que aproximadamente:

a) a temperatura aumenta mais rapidamente, quando a amostra é a) 12,4 c) 1240


mantida a volume constante. b) 124 d) 12400
b) a temperatura aumenta mais rapidamente, quando a amostra é
submetida a pressão constante. 06. (EEAR 2019) Considere as seguintes afirmações sobre uma

DO PRO
máquina térmica operando segundo o ciclo de Carnot, entre duas
c) as duas situações resultam em variações iguais de temperatura.
L
fontes de calor, uma a 27º C e a outra a 57º C.
d) nas duas situações, quando a amostra recebe essa quantidade de
IA rendimentoF
( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 52% e esse
calor não ocorre qualquer variação de temperatura.

R seja zero.
E
é máximo, ao menos que a temperatura da fonte fria

( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 10% e, caso

S
TE

EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
essa máquina receba 5000 J de calor da fonte quente, rejeitará

SO
1000 J para a fonte fria.
MA

( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 10% e, caso


essa máquina receba 5000 J da fonte quente, rejeitará 4500 J para

R
a fonte fria.
01. (EEAR 2014) Uma amostra de um gás ideal sofre uma compressão
( ) O rendimento dessa máquina irá aumentar se houver aumento da
isotérmica. Essa amostra, portanto,
diferença de temperatura entre as fontes de calor.
a) ganha calor da vizinhança.
Atribuindo-se verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das afirmações,
b) perde calor para a vizinhança.
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
R
c) está a mesma temperatura da vizinhança.
a) V – F – V – F
MA

d) está a uma temperatura menor que a vizinhança.


SO

b) V – V – V – F
02. (EEAR 2014) Assinale a alternativa que indica corretamente uma c) F–F–V–F
situação possível, de acordo com a Termodinâmica. d) F – F – V – V
T

a) Máquina de Carnot com rendimento de 100%.


R
E

b) Fonte fria de uma máquina térmica a zero kelvin.


IA F
07. Uma dada massa de gás perfeito, contida em um cilindro munido

L DO PRO
de êmbolo, é levada do estado A para outro B, como mostra o
c) Troca de calor entre objetos com temperaturas iguais. diagrama da pressão em função do volume.
d) Máquina de Carnot com rendimento menor que 100%.

03. (EEAR 2014) Considere uma máquina térmica que funciona em


ciclos, tal como indica o gráfico da pressão em função do volume
apresentado abaixo:
Observação: as linhas pontilhadas que determinam os segmentos AB
e DC são paralelas ao eixo V, de maneira análoga, as linhas pontilhadas
que determinam os segmentos DA e BC são paralelas ao eixo P.

Sabendo que o gás, nessa transformação, recebeu 300 J de calor, a


sua energia interna sofre um acréscimo, em joules, de
Nesse caso, podemos afirmar, corretamente, que
a) 600 d) 150
a) o trabalho resultante é nulo.
b) 450 e) 100
b) o ciclo é formado por duas transformações isocóricas e duas
isobáricas. c) 300

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TERMODINÂMICA

08. Um gás ideal evolui de um estado A para um estado B, de acordo EXERCÍCIOS DE


com o gráfico abaixo:
p(atm)
B
COMBATE
01. O gráfico ao lado mostra como varia a pressão de um gás ideal em
A função do volume por ele ocupado. As curvas T1 e T2 são chamadas
isotermas e as setas mostram duas transformações sucessivas que o
T(K) gás sofre desde o estado A até o estado C. De A para B temos uma
transformação _____________ e de B para C, uma transformação
_____________ .
São feitas três afirmações a respeito desse gás, ao evoluir de A para B:
I. O seu volume aumentou.
II. Ele realizou trabalho.
III. Ele recebeu calor.
É (são) verdadeira(s):
a) apenas a I.
b) apenas a II.
c) apenas a III.
d) apenas a I e a II.
e) a I, a II e a III. L DO PRO
I A FE
A alternativa cujas afirmações preenchem corretamente as lacunas na
10 hertz. R
09. Uma máquina térmica realiza o ciclo da figura com frequência de
ordem de leitura é:
a) isotérmica e isotérmica

S
TE

SO
b) isovolumétrica e isotérmica
MA

c) isotérmica e isovolumétrica
d) isobárica e isovolumétrica

R
e) isovolumétrica e isobárica

02. Uma amostra de n mols de um gás ideal monoatômico é levada


do estado de equilíbrio termodinâmico inicial de temperatura Ti até o
estado final de equilíbrio de temperatura Tf mediante dois diferentes
processos: no primeiro, o volume da amostra permanece constante
R
e ela absorve uma quantidade de calor QV; no segundo, a pressão
MA

A potência da máquina, em kW, é


SO

da amostra permanece constante e ela absorve uma quantidade de


a) 0,8 d) 0,2
calor QP. Use a Primeira Lei da Termodinâmica, ∆U = Q – W, sendo
b) 0,6 e) 0,1 ∆U = (3/2)nR∆T, para determinar que se QP for igual a 100 J então o
c) 0,4 valor de QV será igual a:
T

R a) 200 J. d) 80 J.
E

10. Uma máquina térmica, que opera segundo o ciclo de Carnot


IA b) 160 J. F e) 60 J
(representado no diagrama abaixo), usa um gás ideal como substância
operante. Sejam Tq e Tf as temperaturas dos reservatórios quente e L DO PR c) O
100 J.
frio, respectivamente.
03. A eficiência de uma máquina de Carnot que opera entre a fonte
P de temperatura alta (T1) e a fonte de temperatura baixa (T2) é dada
pela expressão η = 1 – (T2/T1), em que T1 e T2 são medidas na escala
1 absoluta ou de Kelvin.
Suponha que você dispõe de uma máquina dessas com uma eficiência
2 η = 30%. Se você dobrar o valor da temperatura da fonte quente, a
Tq eficiência da máquina passará a ser igual a:
3 Tf a) 40% d) 60%
4
b) 45% e) 65%
0 V
c) 50%
Assinale a alternativa INCORRETA:
Tq − Tf 04. Uma usina geradora de eletricidade produz 60 MW. O vapor entra
a) o rendimento da máquina é dado por ε= Tq
. na turbina a 527º C e sai a 127º C. A eficiência da usina corresponde
b) a energia interna do gás no estado 3 é maior que sua energia a 60% de uma máquina de Carnot ideal. Quanto vale a taxa de
interna no estado 1. consumo de calor?
c) observando o diagrama, pode-se afirmar que P2T2 = P4 V4 . a) 400 MW. d) 14.400 MW.
Tq Tf
d) a transformação do estado 2 para o estado 3 é adiabática. b) 120 MW. e) 200 MW.
e) esta máquina não pode ter um rendimento igual a 100%. c) 100 MW.

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TERMODINÂMICA

05. (ESPCEX 2017) Durante um experimento, um gás perfeito é 09. (AFA 2011) O diagrama abaixo representa um ciclo realizado por
comprimido, adiabaticamente, sendo realizado sobre ele um trabalho de um sistema termodinâmico constituído por n mols de um gás ideal.
800 J. Em relação ao gás, ao final do processo, podemos afirmar que:
a) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão
aumentou.
b) o volume diminuiu, a temperatura diminuiu e a pressão aumentou.
c) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pressão diminuiu.
d) o volume diminuiu, a temperatura aumentou e a pressão
aumentou.
e) o volume aumentou, a temperatura aumentou e a pressão
diminuiu.

06. (AFA 2017) Um sistema termodinâmico constituído de n mols de Sabendo-se que em cada segundo o sistema realiza 40 ciclos iguais a
um gás perfeito monoatômico desenvolve uma transformação cíclica este, é correto afirmar que a(o)
ABCDA representada no diagrama a seguir. a) potência desse sistema é de 1600 W.
b) trabalho realizado em cada ciclo é -40 J.
c) quantidade de calor trocada pelo gás com o ambiente em cada
ciclo é nula.
d) temperatura do gás é menor no ponto C.

L D O 10.P(AFAR2012)
O Com relação às máquinas térmicas e a Segunda Lei da
I A F E são dispositivos usados para converter energia
Termodinâmica, analise as proposições a seguir.

R I. Máquinas térmicas
mecânica em energia térmica com consequente realização de

S
TE

trabalho.

SO
II. O enunciado da Segunda Lei da Termodinâmica, proposto por
MA

Clausius, afirma que o calor não passa espontaneamente de um


De acordo com o apresentado pode-se afirmar que corpo frio para um corpo mais quente, a não ser forçado por um

R
agente externo como é o caso do refrigerador.
a) o trabalho em cada ciclo é de 800 J e é realizado pelo sistema.
III. É possível construir uma máquina térmica que, operando em
b) o sistema termodinâmico não pode representar o ciclo de uma transformações cíclicas, tenha como único efeito transformar
máquina frigorífica uma vez que o mesmo está orientado no completamente em trabalho a energia térmica de uma fonte
sentido anti-horário. quente.
c) a energia interna do sistema é máxima no ponto D e mínima no IV. Nenhuma máquina térmica operando entre duas temperaturas
R
ponto B. fixadas pode ter rendimento maior que a máquina ideal de
MA

d) em cada ciclo o sistema libera 800 J de calor para o meio ambiente. Carnot, operando entre essas mesmas temperaturas.
SO

São corretas apenas


07. (EN 2013) Uma máquina térmica, funcionando entre as
temperaturas de 300 K e 600 K fornece uma potência útil, Pu, a a) I e II
T

partir de uma potência recebida, Pr. O rendimento dessa máquina b) II e III


R
E

F
corresponde a 4/5 do rendimento máximo previsto pela máquina de
IA
Carnot. Sabendo que a potência recebida é de 1200 W, a potência
c) I, III e IV

L DO PRO
útil, em watt, é d) II e IV
a) 300
b) 480
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
c) 500
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
d) 600 de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

e) 960

08. (EN 2013) Considere um gás monoatômico ideal no interior GABARITO


de um cilindro dotado de um êmbolo, de massa desprezível, que
pode deslizar livremente. Quando submetido a uma certa expansão EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
isobárica, o volume do gás aumenta de 2,00 ⋅ 10-3 m³ para 01. D 03. D 05. C 07. D 09. A
8,00 ⋅ 10-3 m³. Sabendo-se que, durante o processo de expansão, 02. B 04. D 06. B 08. B 10. A
a energia interna do gás sofre uma variação de 0,360 kJ, pode-se
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
afirmar que o valor da pressão, em kPa, é de
01. B 03. B 05. B 07. D 09. C
a) 4,00
02. D 04. C 06. D 08. C 10. B
b) 10,0
EXERCÍCIOS DE COMBATE
c) 12,0
01. D 03. E 05. D 07. B 09. A
d) 40,0
02. E 04. E 06. D 08. D 10. D
e) 120

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE
ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

Vamos iniciar agora nosso estudo sobre eletricidade e seus • Corpo eletrizado negativamente: npróton < nelétron. Para isso
fenômenos. Abordaremos desde os conceitos básicos sobre cargas devemos ADICIONAR elétrons.
elétricas e como os corpos podem adquirir opriedade até fenômenos A carga elétrica (Q) de um corpo é sempre um múltiplo inteiro da
grandiosos como os raios. carga elementar, porque na eletrização, um corpo só pode receber ou
perder um número inteiro (N) de elétrons.
CARGAS ELÉTRICAS Q = (nprótons − nelétrons ) ⋅ e
A carga elétrica é a grandeza fundamental da eletricidade e pode
Q= N ⋅ e
ser positiva ou negativa.

Observação
L D O Exercício
P R OResolvido
IA F Um corpo que estava inicialmente neutro, após
A unidade de medida de carga elétrica no Sistema Internacional

eletrização passouEa ter a carga líquida de -8 × 10 C. Sabendo


(SI) é o Coulomb (C). 01. (IFCE 2019)
R
No interior de um átomo há um núcleo muito pequeno e denso,
-16

que a carga elétrica elementar (= módulo da carga do elétron, ou

S
TE

onde se encontram os prótons e os nêutrons, circundados por elétrons do próton) vale 1,6 × 10-19 C, é correto afirmar-se que o corpo:

SO
na eletrosfera. a) perdeu 5 × 104 elétrons.
MA

b) ganhou 5 × 103 elétrons.


c) perdeu 5 × 103 elétrons.

R
d) perdeu 2,5 × 104 elétrons.
e) ganhou 2,5 × 103 elétrons.

Resolução: B
Se o corpo estava eletricamente neutro e ficou eletrizado negativa-
R
mente, ele ganhou elétrons.
MA

SO

Q 8 × 10−16
Q = ne ⇒ n = = ⇒ n = 5 × 103 elétrons.
e 1,6 × 10−19
T

R
E

IA F ELÉTRICAS
INTERAÇÕES
Representação de um átomo
L D Ointeragem O estudar como cada um desses corpos eletrizados
Vamos agora
R
Por convenção, os prótons possuem carga positiva, os elétrons
P entre si.

têm carga negativa. Já os nêutrons não possuem carga elétrica. Cada LEI DE DUFAY
uma dessas partículas carregadas corresponde a menor unidade de
medida de carga elétrica ou carga elementar, cujo valor no SI é: Você com certeza conhece essa lei, mas não deve ter ouvido o
nome ainda. Ela afirma que cargas de mesmo sinal sofrem força de
• Carga do próton: qpróton = +e = 1,6 × 10 -19
C repulsão, enquanto cargas com sinais contrários, forças de atração.
• Carga do elétron: qelétron = -e = -1,6 × 10-19 C
• Carga do nêutron: qnêutron = 0

CORPOS ELETRIZADOS
Os átomos são partículas neutras por possuírem a mesma
quantidade de prótons e elétrons. No entanto, quando essas
quantidades são disitintas, as partículas se tornam eletrizadas. Para
eletrizar um corpo, podemos apenas adicionar ou retirar elétrons,
pois eles estão mais fracamente ligados ao núcleo do átomo e podem
ser removidos ou adicionados mais facilmente. O sinal da carga do
corpo vai depender de qual operação realizamos:
• Corpo neutro: npróton = nelétron. Representação da interação entre cargas elétricas
• Corpo eletrizado positivamente: npróton > nelétron. Para isso
Essas forças F12 e F21 são forças que constituem um par de ação e
devemos RETIRAR elétrons.
reação, tendo seus módulos iguais e sentidos opostos.

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

LEI DE COULOMB a) F/4


A força elétrica, como a gravitacional, diminui com o inverso do
b) F/2
quadrado da distância entre os cargas. Essa relação foi descoberta por
Charles Coulomb, no século XVIII e estabelece que, para duas cargas c) F
pontuais, a força de interação varia diretamente com o produto de d) 2F
suas cargas, e inversamente com o quadrado da distância que separa e) 4F
os corpos.
Resolução: B
kq1q2
Felétrica =
d2
k ⋅q⋅q k ⋅ q2 k ⋅ q2
FBC = −2 2
⇒ FBC = −4
⇒ F = FBC ⇒ F =
(2 ⋅ 10 ) 4 ⋅ 10 4

k ⋅ 2q ⋅ q k ⋅ 2q2 k ⋅ q2
=
FAB −2 2
⇒=
FAB −4
⇒=
FAB
(4 ⋅ 10 ) 16 ⋅ 10 8 ⋅ 10−4
1 k ⋅ q2 1
FAB = ⋅ ⇒ FAB = ⋅ F ⇒ FAB =F 2
2 4 ⋅ 10−4 2

D O CORPOS
P R O ISOLANTES E CONDUTORES
Assim, para duas partículas pontuais eletrizadas com cargas q1 e

L
q2 afastadas por duas distância d a lei de Coulomb pode ser expressa

IA F E as cargas elétricas.
como: Podemos classificar todas as substâncias de acordo com sua
K q1 q2 facilidade de conduzir
= F=
F12 21
d² R
CONDUTORES

S
TE

Em que:

SO
K é a constante eletrostática Esses materiais conduzem com muita facilidade as cargas
elétricas, pois os elétrons estão livres pelo material gerando um mar
MA

• =
No vácuo, ela vale K 0 9,0 × 109 N.m² C² de elétrons. Quando um condutor é eletrizado, a carga em excesso
busca um equilíbrio, distribuindo-se pela superfície externa do

R
• Podemos escrever a constante eletrostática em função da
permissividade elétrica ε material. Metais são bons condutores de eletricidade.
1
• No vácuo, essa constante vale ε=
0 = 8,85 × 10−12 C² N.m² ISOLANTES
4 πK 0
Eses materiais não conduzem facilmente as cargas elétricas, pois
os elétrons estão fortemente ligados a uma rede e são pouco livres
R
para se movimentar. Quando um isolante é carregado, a carga elétrica
MA

excessiva fica concentrada na região em que ocorreu a eletrização.


SO

Plástico, vidro, madeira e água pura são maus condutores de


eletricidade.
T

Observação
R
E

IA F
Na verdade não existem isolantes perfeitos, eles são maus

L DO PRO
condutores de eletricidade.

Gráfico da força elétrica pela distância PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO


Conforme já falamos, para eletrizarmos um objeto devemos
Exercício Resolvido adicionar ou retirar elétrons dele através de algum dos processos de
eletrização.
02. (PUCRS 2016) Para responder à questão a seguir considere as
informações que seguem.
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA
Três esferas de dimensões desprezíveis A, B e C estão eletricamente
carregadas com cargas elétricas respectivamente iguais a 2q, q e CARGA ELÉTRICA
q. Todas encontram-se fixas, apoiadas em suportes isolantes e Um princípio básico da física é que durante os processos
alinhadas horizontalmente, como mostra a figura abaixo: de eletrização, nenhum elétron é criado ou destruído, eles são
simplesmente transferidos entre os materiais. Dessa forma, o total de
carga de um sistema isolado permanece constante.

∑ cargas antes = ∑ cargas depois

ATRITO
O módulo da força elétrica exercida por B na esfera C é F. O módulo Quando dois corpos isolantes de materiais diferentes são
da força elétrica exercida por A na esfera B é esfregados, os elétrons saltam de um corpo para o outro. Assim, o que
perde elétrons fica eletrizado positivamente, enquanto o que ganha,
negativamente.

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

Observação
Se os condutores forem esféricos e de tamanhos diferentes, a
carga se divide proporcionalmente aos seus raios.
Eletrização por atrito do vidro com lã

ATENÇÃO: Na eletrização por atrito, os corpos adquirerm cargas Exercício Resolvido


de MESMO MÓDULO e SINAIS OPOSTOS.
Exemplo: 03. Considere duas cargas, QA = 4µC e QB = –5µC, separadas por
3 cm no vácuo. Elas são postas em contato e, após, separadas
No nosso cotidiano, temos vários situações em que ocorre a no mesmo local, por 1 cm. Qual o sentido e o valor da força
eletrização por atrito. eletrostática entre elas, após o contato?
• Se você esfregar uma caneta na parede, ela fica grudada.
Nm2
• Se você esfrega a mão em um plástico e encostá-la no seu =
Considere: 1µC 10−=
6
C, k 0 9x109
c2
corpo, sentirá um leve choque.
a) Atração; 0,2 N.
Observação b) Atração; 2,5 N.
Para saber qual o sinal da carga quando dois corpos forem atritados, c) Atração; 200,0 N.
utilizamos a tabela abaixo conhecida como série tribolelétrica. d) Repulsão; 0,2 N.
Ela mostra a tendência relativa dos corpos em perder ou ganhar e) Repulsão; 22,5 N.
elétrons, ou seja, em ficar positivo ou negativo.

D O Resolução:
P R
E

A L O da carga elétrica:
Pela conservação

I =Q F
5µC Q E + Q
Q antes depois

R 4µC − = A( final) B( final)

S
TE

Como: QA(final) = QB(final)

SO
−1µC = 2QA( final) ⇒ QA( final) = QB( final) = −0,5µC
MA

Logo, como as cargas são negativas, teremos uma repulsão


eletrostática atuando nas duas cargas após o contato e separação.

R
A intensidade da força eletrostática é calculada com a Lei de
Coulomb:

Nm2 ( 0,5 ⋅ 10 C)
−6 2
2
QA ⋅ QB Q
F = k0 ⇒ F = k 0 A2 ⇒ F = 9 × 109 2 ⋅ ∴ F = 22,5 N
(1⋅ 10−2 m)
2 2
d d C
R
F = 22,5 N
MA

SO

ATERRAMENTO
T

A Terra é um grande condutor, muito maior que os corpos


S

Série triboelétrica
R eletrizados que podem entrar em contato com ela. Portanto, um
E

CONTATO IA F
condutor em contato com a ela será neutralizado em um processo

Quando dois condutores de mesmo tamanho são enconstados L D O •P O


chamado de aterramento.
R com carga positiva: a Terra cede elétrons para ele.
Condutor
um no outro, com pelo menos um deles eletrizado, as cargas elétricas
• Condutor com carga negativa: a Terra retira elétrons dele.
se espalham pelas suas superfícies dos dois corpos até atingirem o
equilíbrio elétrico.
ATENÇÃO: Na eletrização por contato, se os corpos forem iguais,
eles adquirem cargas de MESMO MÓDULO e MESMO SINAL.

Aterramento

INDUÇÃO
Quando aproximamos um objeto carregado (indutor) de uma
superfície condutora (induzido), há movimento dos elétrons, mesmo
sem o contato físico. Podemos realizar a eletrização do induzido
fazendo o seguinte processo:
(a) Duas esferas condutoras A e B estão contato formando um único
condutor

Etapas da eletrização por contato

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

(b) Um bastão carregado, negativamente por exemplo, é colocado FORMAÇÃO DOS RAIOS
próximo de A. Os elétrons dos metais são repelidos provocando
As partes mais baixas das nuvens devido ao atrito com a atmosfera
uma redistribuição nas cargas.
ficam negativamente carregadas e induzem uma carga positiva sobre
(c) Agora A e B são separadas ainda na presença do bastão a superfície da Terra. O ar atmosférico é isolante e, portanto, dificulta
(d) O bastão é afastado, sem tocar em nenhum momento os corpos, e o movimento das cargas. Mas quando essa carga é muito alta (cerca
as esferas ficarão igualmente carregadas, mas com sinais opostos. de 100.000 V), o ar passa a conduzir e ocorre a descarga elétrica
conhecida como raio.

Eletrização por indução

Exercício Resolvido

04. Um estudante realiza um experimento, utilizando duas


moedas, um palito de fósforo, um balão de festa e um copo
plástico descartável transparente. Primeiramente, ele coloca o
palito de fósforo em equilíbrio sobre uma moeda posicionada na
L DO PRO
vertical, que se equilibra sobre a segunda moeda na horizontal. Em
Processo de formação dos raios

I
seguida, cobre o sistema com o copo descartável. Em um outro A F
momento, ele infla o balão e o esfrega no próprio cabelo. Por fim,
R
ele aproxima o balão do palito de fósforo pelo lado de fora do
E
ELETROSCÓPIOS
copo de plástico e movimenta o balão em volta do copo. Como É o aparelho responsável pela identificação da eletrização de

S
TE

resultado, o estudante observa que o palito de fósforo gira sobre um corpo. Se um corpo está eletrizado, o eletroscópio identificará

SO
a moeda, acompanhando o movimento do balão. A figura mostra facilmente.
MA

o dispositivo montado. Existem dois tipos bem comuns de eletroscópios, o pêndulo


eletrostático e o eletroscópio de folhas.

R
O pêndulo eletrostático é formado por um suporte, uma base
isolada que não conduz corrente elétrica e por um fio de seda com
uma esfera metálica pendurada. Eletriza-se a esfera com determinada
carga positiva ou negativa e aproxima-se o corpo o qual se deseja
saber a carga. Se, por exemplo, a bola for eletrizada positivamente,
aproxima-se dela o material com carga desconhecida. Se esta esfera
R
atrair-se para o corpo, este estará eletrizado negativamente; se ao
MA

contrário, a esfera repelir-se, o corpo estará eletrizado positivamente.


SO
T

Fonte: http://manualdomundo.com.br. Acesso em 02 fev. 2019. (Adaptado)


R
E

IA
Qual a explicação para o fato de o palito acompanhar o movimento F
L peloD O P R O
do balão?
a) O balão se magnetiza ao ser inflado, e ele atrai o palito
fato de o material que compõe a cabeça do palito ser um
material magnético.
b) O balão se aquece após o atrito com o cabelo e, ao se
aproximar do copo, provoca correntes de convecção no ar em
seu interior, gerando o movimento do palito de fósforo.
c) As moléculas do balão se ionizam após o atrito com o cabelo
e, ao se aproximarem da moeda condutora, a ionizam com
carga oposta, gerando um campo elétrico que faz o palito de
fósforo se mover.
d) O balão se eletriza após atrito com o cabelo e, ao se aproximar
do palito de fósforo, o atrai por indução eletrostática.
Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/
Resolução: D
O eletroscópio de folhas é composto por uma garrafa
Neste caso há a eletrização do balão por atrito com o cabelo do transparente isolante, fechada por uma rolha igualmente isolante. Na
estudante e ao aproximar o balão carregado do copo descartável, parte de cima, uma esfera metálica. No interior, duas finíssimas folhas
há também a eletrização por indução no palito. Esse fenômeno metálicas, de ouro ou de alumínio. Se o eletroscópio estiver neutro,
faz com que o palito acompanhe o movimento do balão, pois está suas folhas estarão abaixadas. A aproximação de um corpo carregado
com cargas internas separadas sendo as cargas contrárias ao do à esfera superior induz cargas no sistema, e as folhas se separam, por
balão mais próximas e ele, causando a atração. possuírem cargas de mesmo sinal. Se esse corpo carregado tocar a
esfera superior, o eletroscópio também ficará eletricamente carregado.

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

Exercício Resolvido

06. Uma das principais contribuições para os estudos sobre


eletricidade foi a da definição precisa da natureza da força elétrica
realizada, principalmente, pelos trabalhos de Charles Augustin de
Coulomb (1736-1806). Coulomb realizou diversos experimentos
para determinar a força elétrica existente entre objetos carregados,
resumindo suas conclusões em uma relação que conhecemos
atualmente como Lei de Coulomb.
Considerando a Lei de Coulomb, assinale a alternativa correta.
a) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados
Disponível em: http://www.fisica.uaivip.com.br/revisoes/eletrizacao/fig_eletroscopio_ é diretamente proporcional ao produto das cargas e ao
de_folhas_fechado_aberto_bastao_negativo-01_resposta.png
quadrado da distância entre estes corpos.
A Lei de Coulomb é uma lei da física que descreve a interação b) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados
eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. Foi formulada é inversamente proporcional ao produto das cargas e
e publicada pela primeira vez em 1783 pelo físico francês Charles diretamente proporcional ao quadrado da distância entre estes
Augustin de Coulomb e foi essencial para o desenvolvimento do corpos.
estudo da Eletricidade. c) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados
é diretamente proporcional ao produto das cargas e
Exercício Resolvido inversamente proporcional ao quadrado da distância entre
estes corpos.
D O d)P AéRforça
05. Em uma aula de Física, foram utilizadas duas esferas metálicas
elétrica entre dois corpos eletricamente carregados
L
idênticas, X e Y:X está suspensa por um fio isolante na forma de um

A O
F
pêndulo e Y fica sobre um suporte isolante, conforme representado diretamente proporcional ao produto das cargas e
I
na figura abaixo. As esferas encontram-se inicialmente afastadas, inversamente
Eproporcional a distância entre estes corpos.
R
estando X positivamente carregada e Y eletricamente neutra. e) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados
é diretamente proporcional a distância entre estes corpos e

S
TE

inversamente proporcional ao produto das cargas.

SO
MA

Resolução: C

R
Considere a descrição abaixo de dois procedimentos simples para As alternativas A, B, D e E são falsas. A força elétrica entre dois
demonstrar possíveis processos de eletrização e, em seguida, corpos eletricamente carregados, em módulo, é diretamente
assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas dos proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional
enunciados, na ordem em que aparecem. ao quadrado da distância entre estes corpos.
I. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. k ⋅Q ⋅Q
F= 0 1 2
Nesse caso, verifica-se experimentalmente que a esfera X é d2 R
_________ pela esfera Y.
MA

II. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. Enquanto


SO

mantida nessa posição, faz-se uma ligação da esfera Y com a Exercício Resolvido
terra, usando um fio condutor. Ainda nessa posição próxima de
X, interrompe-se o contato de Y com a terra e, então, afasta-se 07. Um corpo A fica eletrizado positivamente quando atritado em
T

novamente Y de X. Nesse caso, a esfera Y fica _________. um corpo B e, em seguida, são colocados em suportes isolantes.
R
E

a) atraída - eletricamente neutra


IA F
Quando as barras metálicas C e D tocam, respectivamente, A e B,
ocorre transferência de
b) atraída - positivamente carregada
c) atraída - negativamente carregada L D O b) Pprótons O
R de A para C e de D para B.
a) elétrons de C para A e de B para D.

d) repelida - positivamente carregada


c) elétrons de C para A e prótons de D para B.
e) repelida - negativamente carregada
d) prótons de A para C e elétrons de B para D.

Resolução: C
Resolução: A
I. Quando um corpo eletrizado aproxima-se de um outro que está
neutro, este sofre polarização de cargas, havendo entre eles Durante a eletrização por atrito, os corpos adquirem cargas de
força de atração. Portanto a esfera X é atraída pela esfera Y. mesmo módulo e de sinais opostos. Portanto, se o corpo A fica
A figura ilustra a situação. eletrizado positivamente, o corpo B fica eletrizado negativamente.
Como não foram dados os estados elétricos iniciais das barras
metálicas, C e D, a questão fica sem resposta.
Supondo que as barras metálicas estejam, inicialmente, eletrica-
II. Quando se liga a esfera Y a terra, elétrons são atraídos mente neutras, passarão elétrons de C para A e de B para D.
pela esfera X e sobem pelo fio terra, deixando a esfera Y
negativamente carregada, como indicado na figura.

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

EXERCÍCIOS DE
Exercício Resolvido

08. Com relação aos conceitos de eletricidade e magnetismo,


coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo e, em
FIXAÇÃO
seguida, assinale a opção que apresenta a sequência correta.
( ) Na eletrização por atrito, o corpo que perde elétrons passa a 01. (EEAR 2019) Considere quatro esferas metálicas idênticas, A,
ter mais prótons do que possuía anteriormente e, nesse caso, B, C e D, inicialmente separadas entre si. Duas delas, B e D, estão
fica eletrizado com carga positiva. inicialmente neutras, enquanto as esferas A e C possuem cargas
( ) Condutores são corpos que facilitam a passagem da corrente elétricas iniciais, respectivamente, iguais a 3Q e -Q. Determine a carga
elétrica, pois possuem uma grande quantidade de elétrons elétrica final da esfera C após contatos sucessivos com as esferas A,
livres. B e D, nessa ordem, considerando que após cada contato, as esferas
( ) Um ímã em forma de barra, ao ser cortado ao meio, dá origem são novamente separadas.
a dois novos ímãs, cada um com apenas um polo (norte ou
sul). Q
a)
( ) A bússola magnética, cuja extremidade encarnada é o seu 4
polo norte, aponta para uma direção definida da Terra, Q
b)
próxima ao Polo Norte Geográfico. 2
( ) Geradores são dispositivos que transformam outras formas de c) 2Q
energia em energia elétrica.
( ) O chuveiro elétrico pode ser considerado um resistor, pois d) 4Q
transforma energia elétrica em energia exclusivamente térmica.
02. (EEAR 2019) Três cargas elétricas puntiformes estão no vácuo e

DO PRO
a) F – V – F – V – V – V d) V – V – V – F – F – F dispostas nos vértices de um triângulo retângulo conforme a figura
b) F – F – V – V – F – V
L
e) F – V – V – F – F – V
A
a seguir. Em função dos valores de distâncias e cargas indicados
c) V–F–F–V–V–F
I FE
na figura, assinale a alternativa que indica a intensidade da força
eletrostática resultante, em newtons, na carga negativa.
Resolução: A R Utilize a constante eletrostática no vácuo k0 = 9 x 109 N·m2/C2

S
TE

[F] A quantidade de prótons não varia.

SO
[V] Os elétrons da camada mais externa são mais fracamente
MA

ligados aos núcleos, formando a nuvem eletrônica. Esses são


os elétrons livres que se deslocam formando a corrente elétrica

R
quando se aplica uma ddp aos terminais do condutor.
[F] Os polos de um ímã são inseparáveis. Os dois ímãs terão polos
norte e sul. a) 0,9
[V] A Terra é um grande ímã, ficando o polo norte geográfico b) 1,2
próximo ao polo sul magnético, para onde aponta o polo norte da
c) 1,5
agulha da bússola. R
d) 2,1
MA

[V] É a própria definição de gerador.


SO

[V] Resistores transformam energia elétrica em térmica (efeito 03. (EEAR 2018) Pedrinho visitou o laboratório de Física de sua escola e
Joule). Convém ressaltar que no caso das lâmpadas incandescentes, se encantou com um experimento denominado pêndulo eletrostático,
a temperatura fica muito elevada, sendo parte da energia elétrica que é constituído por uma esfera pequena e leve, suspensa por um
T

transformada em luminosa.
R fio fino e isolante, é utilizado para detectar se um corpo está ou não
E

IA F
eletrizado. Resolvendo brincar com o experimento, Pedrinho aproxima

L DO PRO
do pêndulo um bastão e observa que a esfera é atraída por ele.
Exercício Resolvido
Considere as afirmações a seguir sobre a observação de Pedrinho:
09. Eletrizar um corpo significa deixá-lo com uma diferença entre
o número de cargas positivas e negativas. Um corpo carregado
positivamente significa que tem mais cargas positivas do que
negativas. Um corpo carregado negativamente tem mais cargas
negativas do que positivas.
É CORRETO afirmar que os três processos de eletrização são:
a) condução, radiação e convecção.
b) atrito, contato e condução.
c) indução, condução e radiação.
d) atrito, contato e indução. 1. A esfera e o bastão estão carregados com cargas de mesmo sinal.
e) evaporação, ebulição e calefação. 2. A esfera possui carga de sinal contrário ao do bastão.
3. A esfera pode estar descarregada.
Resolução: D 4. O bastão pode estar carregado positivamente.
Os três processos de eletrização são: atrito, contato e indução. A alternativa que apresenta a(s) afirmação(ões) correta(s) é:
Há ainda um quarto processo, que é por radiação (efeito a) 1, somente
fotoelétrico), que consiste em incidir onda eletromagnética de alta
frequência, ultravioleta, por exemplo, sobre uma placa metálica. Os b) 2, 3 e 4, somente
elétrons do metal absorvem energia da radiação, sendo ejetados c) 3 e 4, somente
da placa, eletrizando-a positivamente. d) todas

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

04. (EEAR 2017) Duas cargas são colocadas em uma região onde há 10. (EEAR 2011) Em um laboratório de Física, tem-se três pêndulos
interação elétrica entre elas. Quando separadas por uma distância d, a eletrostáticos: A, B e C. Aproximando-se os pêndulos, dois a dois,
força de interação elétrica entre elas tem módulo igual a F. Triplicando- verificou-se que:
se a distância entre as cargas, a nova força de interação elétrica em - A e B sofrem atração entre si.
relação à força inicial, será
- A e C sofrem atração entre si.
a) diminuída 3 vezes
- B e C sofrem repulsão entre si.
b) diminuída 9 vezes
Dessas observações, quatro grupos de alunos chegaram a diferentes
c) aumentada 3 vezes conclusões que estão descritas nas alternativas a seguir.
d) aumentada 9 vezes Assinale a alternativa que está fisicamente correta, sem margem de
dúvida.
05. (EEAR 2017) Duas esferas idênticas e eletrizadas com cargas a) O pêndulo A está carregado negativamente e os pêndulos B e C,
elétricas q1 e q2 se atraem com uma força de 9 N. Se a carga da carregados positivamente.
primeira esfera aumentar cinco vezes e a carga da segunda esfera
for aumentada oito vezes, qual será o valor da força, em newtons, b) O pêndulo A está carregado positivamente e os pêndulos B e C,
entre elas? carregados negativamente.
a) 40 c) Os pêndulos B e C certamente estão carregados com cargas de
mesmo sinal, e o pêndulo A certamente está carregado com
b) 49 cargas de sinal contrário aos pêndulos B e C.
c) 117 d) Os pêndulos B e C estão carregados com cargas de mesmo sinal,
d) 360 mas não sabemos se são positivas ou negativas. O pêndulo A

DO PRO
pode estar carregado ou não, pois o fato de ter sido atraído, pode

L
06. (EEAR 2017) Duas esferas idênticas A e B, de cargas iguais a ser explicado pelo fenômeno da indução.

A
QA = -3 µC e QB = -8 µC, estão inicialmente isoladas uma da outra.
I
Em seguida, ambas são colocadas em contato e depois separadas por FE
R
uma distância de 30 cm no vácuo. Determine o valor aproximado da EXERCÍCIOS DE
força elétrica que passa a atuar entre as cargas.
TREINAMENTO

S
TE

Dados: constante eletrostática no vácuo k = 9·109 N·m²/C²

SO
a) 2
MA

b) 3
01. (EEAR 2007) Ao aproximar um bastão de um eletroscópio de

R
c) 6 folhas, vê-se que as folhas se abrem. Diante desse fato, o que se pode
d) 9 deduzir, sem sombra de dúvidas, é que o bastão
a) está carregado.
07. (EEAR 2013) Em um sistema eletricamente isolado, é provocado b) não está carregado.
o atrito entre dois corpos eletricamente neutros. Logo após, percebe-
se que ambos estão eletrizados. De acordo com o princípio da c) está carregado negativamente.
R
conservação das cargas elétricas, os corpos eletrizaram-se d) está carregado positivamente.
MA

SO

a) positivamente.
b) negativamente. 02. (EEAR 2007) Se a carga de um elétron é igual a −1,6·10−19 C,
quantos elétrons são necessários para que um corpo obtenha a carga
c) com a mesma quantidade de carga e mesmo sinal. de −1,0 C?
T

R
d) com a mesma quantidade de carga, mas com sinais contrários. a) 1,6·10−19
E

IA b) 1,6·1019 F
08. (EEAR 2013) Quatro esferas idênticas (A, B, C e D) têm cargas
elétricas respectivamente iguais a 8Q, 4Q, 2Q e Q.
L R Oc) 6,25·10−19
DO
Determine a carga final de D após contatos sucessivos com A, em d) P
6,25·10 18

seguida com B, e finalmente com C, uma esfera de cada vez.


a) 3,125 Q 03. (EEAR 2006) Em Física, existem os conceitos de força forte e
fraca. Um exemplo simples, mas interessante, é a comparação entre
b) 3,750 Q a intensidade da força de atração eletrostática e a força de atração
c) 5,000 Q gravitacional para o átomo de hidrogênio. Considere que a distância
d) 7,500 Q entre o próton e o elétron do átomo seja de 5,0·10-11 m. Nesse caso,
a intensidade da força de atração gravitacional é, aproximadamente,
_________ vezes ________ que a intensidade da força de atração
09. (EEAR 2012) Considere três esferas idênticas A, B e C, separadas
eletrostática.
umas das outras, formando um sistema eletricamente isolado, e que
A está eletricamente carregada com carga Q, enquanto B e C estão Dados: Carga elementar: 1,6·10-19 C;
eletricamente neutras. Coloca-se a esfera A em contato somente com Constante eletrostática do vácuo: 9,0·109 N·m²/C²;
B, em seguida somente com C, depois simultaneamente com B e C e, Massa do próton: 2,0·10-27 kg;
por fim, elas são separadas novamente. Massa do elétron: 9,0·10-31 kg;
Constante de gravitação universal: 7,0·10-11 N·m²/kg2.
Com base nos Princípios da Eletrostática, qual a carga total do sistema
depois de todo o processo? a) 1040 – menor
a) Q b) 1040 – maior
b) Q/3 c) 1018 – menor
c) Q/4 d) 1018 – maior
d) Q/8

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

04. (EEAR 2004) Dispõe-se de três esferas metálicas iguais e isoladas 08. (EAM 2011) Um corpo é considerado neutro quando o número
uma da outra. A primeira esfera X possui carga elétrica Q e as outras de partículas positivas (prótons) é igual ao de partículas negativas
duas Y e Z, estão neutras. Coloca-se X em contato sucessivo e (elétrons). Entretanto, durante os processos de eletrização, os elétrons
separadamente com Y e Z. A carga final de X é, de podem passar de um corpo para o outro. Num desses processos, uma
a) zero esfera metálica (A), eletrizada positivamente, é encostada em outra
esfera (B), também metálica e inicialmente neutra, que está num.
b) Q/2 pedestal isolante. Após a separação das esferas, a esfera (B) estará
c) Q/3 eletrizada.
d) Q/4 a) positivamente, devido ao excesso de nêutrons.
b) positivamente, devido à falta de elétrons.
05. (EEAR 2003) Dispõem-se de quatro esferas metálicas carregadas:
c) negativamente, devido ao excesso de elétrons.
P, Q, R e S. Sabe-se que P repele Q, P atrai R, R repele S, e S está
carregada positivamente. Pode-se dizer que d) negativamente, devido ao excesso de prótons.
a) P está carregada positivamente. e) positivamente, devido à falta de nêutrons.
b) P e R têm cargas de mesmo sinal.
09. (AFA 2000) Uma pequena esfera condutora, fixa e isolada é
c) Q tem carga negativa. carregada com uma carga Q = 10-6 C. A uma distância de 2 mm, é
d) P e Q estão carregadas positivamente. colocada uma partícula carregada com carga q = 1,6 x 10-9 C e de
massa m = 9 × 10-2 kg. Essa partícula é liberada, de maneira que se
06. (EAM 2018) Em missão de treinamento de pouso e decolagem no move em relação a Q. A aceleração da carga q, no instante de sua
Porta Aviões São Paulo, entre um pouso e uma decolagem, a aeronave liberação, em m/s2, vale Dado: K = 9 x 109 N·m2/C2
TA-4KU (SKYHAWK) do Esquadrão VF-1, proveniente da Base Aérea
D O a) P0,04R b) 0,40 c) 4,00 d) 40,00
L
Naval de São Pedro da Aldeia, é reabastecida. O Marinheiro responsável,

A O
conhecedor do processo de eletrização por atrito à qual toda aeronave
I
fica sujeita em voo e conhecedor das normas de segurança que F E d uma da outra. Uma terceira carga negativa
10. (AFA 2001) Duas cargas pontuais positivas, q e q = 4q , são
fixadas a uma distância
1 2 1

R
regulamentam o abastecimento de aeronaves, realiza o procedimento
correto: antes de introduzir a mangueira de combustível no bocal do
q é colocada no ponto P entre q e q , a uma distância x da carga q ,
3
conforme mostra a figura.
1 2 1

S
TE

tanque, liga por meio de um fio condutor (fio terra) a aeronave a uma

SO
haste metálica no convés do São Paulo. Marque a opção que melhor
MA

descreve o processo de eletrização por atrito considerando para tal um


sistema eletricamente isolado e constituído de dois corpos.

R
a) Dois corpos inicialmente neutros, de materiais diferentes, quando
atritados, adquirem cargas elétricas de sinais opostos.
b) Dois corpos inicialmente neutros, de materiais diferentes, quando
atritados, adquirem cargas elétricas de sinais iguais.
c) Dois corpos inicialmente neutros, de materiais iguais, quando
atritados, adquirem cargas elétricas de sinais opostos. R
MA

d) Dois corpos inicialmente neutros, de materiais iguais, quando


Para que as forças sobre a carga q3 sejam nulas, o valor de x é
SO

atritados, adquirem cargas elétricas de sinais iguais.


a) d/2 b) d/3 c) d/4 d) d/6
e) Dois corpos inicialmente carregados, de materiais diferentes,
quando atritados, adquirem cargas elétricas de sinais opostos.
T

R
E

07. (EAM 2016) As figuras abaixo mostram as condições iniciais e


E

F
EXERCÍCIOS DE
IA
COMBATE
finais de um processo de eletrização feito com dois corpos.

L DO O
PR
01. (AFA 2007) Na figura abaixo, a esfera A suspensa por um fio
flexível e isolante, e a esfera B, fixa por um pino também isolante,
estão em equilíbrio.
É correto afirmar que
Com base nas condições acima, analise as afirmativas abaixo.
I. A eletrização foi feita por indução.
II. A eletrização foi feita por atrito.
III. A eletrização foi feita por contato.
IV. O bastão de vidro ganhou prótons.
V. A lã ganhou elétrons.
Assinale a opção correta.
a) é possível que somente a esfera A esteja eletrizada.
a) Apenas as afirmativas l e IV estão corretas.
b) as esferas A e B devem estar eletrizadas com cargas de mesma
b) Apenas as afirmativas II e V estão corretas. natureza.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. c) a esfera A pode estar neutra, mas a esfera B certamente estará
d) Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas. eletrizada.
e) Apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas. d) as esferas devem estar eletrizadas com cargas de mesmo módulo.

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CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

02. (AFA 1998) Uma força elétrica de intensidade F aparece quando 08. (AFA 2003) Três cargas elétricas pontuais de mesmo valor absoluto
duas pequenas esferas idênticas, com cargas 3 C e 9 C são colocadas a estão nos vértices de um triângulo equilátero.
uma distância d, no vácuo. Quando colocadas em contato e afastadas
a uma distância 3d, a nova intensidade da força elétrica, em função O vetor que MELHOR representa
de F, será a força elétrica resultante sobre a
a) 2F/27 c) 7F/27 carga do vértice 1 é
b) 4F/27 d) 8F/27

03. (AFA 1998) Faz-se um experimento com 4 esferas metálicas iguais a)


e isoladas uma da outra. A esfera A possui carga elétrica Q, e as
esferas B, C e D estão neutras. Colocando-se a esfera A em contato
sucessivo com as esferas B, C e D, a carga final de A será b)
a) Q/3 c)
b) Q/4
c) Q/8
d)
d) Q/9
09. (AFA 2004) Repito durante uma tempestade, um raio atingiu o
04. (AFA 1996) Ao aproximarmos um condutor eletricamente neutro avião durante o voo pode-se afirmar que a tripulação
de um condutor eletrizado positivamente, sem que haja contato,
observaremos que o neutro.
a) fica com carga total positiva e é atraído pelo eletrizado.
L DO PRO
c) I A
b) continua com carga total neutra e é atraído pelo eletrizado.
fica com carga total positiva e é repelido pelo eletrizado.
FE
d) R
não é nem atraído nem repelido pelo eletrizado.

S
TE

05. (AFA 1995) Duas esferas iguais, carregadas com cargas +16µC e

SO
-4µC, são colocadas em contato uma com a outra e, depois, separadas
MA

pela distância de 3 cm. A força de atração, em newtons, entre elas


será. Dado: K = 9 x 109 N·m2/C2

R
a) 19
a) não será atingida, pois aviões são obrigados a portar um para raio
b) 50 em sua fuselagem
c) 160 b) será atingida em virtude da fuselagem metálica ser boa condutora
d) 360 de eletricidade
c)
R
não sofrerá dano físico pois a fuselagem metálica atua como
MA

06. (AFA 1994) Dois corpos eletricamente carregados são lentamente blindagem
SO

afastados um do outro. O gráfico que representa a variação entre a


d) será parcialmente atingida pois a carga será homogeneamente
intensidade da força de interação (F) e a distância (d) entre eles é:
distribuída na superfície interna do avião
a) c)
T

10. (EAM 2004) Sabendo que no SI o módulo da carga do elétron vale


R
E

IA F
1,6·10-19 C, a carga elétrica de um íon composto de 82 prótons e 78
elétrons é, em coulombs, igual a:

L D Ob) 3,2·10 O
P RC
a) 1,6·10-19 C c) 4,8·10-19 C e) 9,0·10-19 C
-19
d) 6,4·10 -19
C

b) d) RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. A 03. C 05. D 07. D 09. A
07. (AFA 1989) Uma pessoa penteia o cabelo e verifica que o pente 02. C 04. B 06. B 08. A 10. D
atrai pequenos pedaços de papel. A explicação mais plausível deste
fato é que: EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO

a) o papel é um isolante. 01. A 03. A 05. C 07. B 09. D

b) o papel já estava eletrizado. 02. D 04. D 06. A 08. B 10. B

c) a atração gravitacional é responsável pela atração. EXERCÍCIOS DE COMBATE

d) o pente se eletrizou por atrito e atraiu o papel por indução. 01. B 03. C 05. D 07. D 09. C
02. B 04. B 06. C 08. B 10. D

PROMILITARES.COM.BR 149

PM_BOOK08_FIS.indb 149 03/11/2021 11:00:54


CARGA ELÉTRICA, PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE COULOMB

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

150 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 150 03/11/2021 11:00:54


CAMPO ELÉTRICO E
POTENCIAL ELÉTRICO

CAMPO ELÉTRICO e que


Assim como a Terra tem um campo gravitacional, uma carga Q F
E= ,
também tem um campo que pode influenciar as cargas de prova q q
nele colocados. E usando esta analogia, podemos encontrar:
P=m.g após alguns cálculos chegamos que:
q
E=k 2
P d2
g=
m
Desta forma, assim como para a intensidade do campo
L D O elétrico
PInterpretando
Rdescreve
O
esta unidade podemos concluir que o campo
o valor da força elétrica que atua por unidade de

IA F Ecolocadas no seu espaço de atuação.


gravitacional, a intensidade do campo elétrico (E) é definida como o
carga para as cargas
quociente entre as forças de interação das cargas geradora do campo
R
(Q) e de prova (q) e a própria carga de prova (q), ou seja:
CAMPO ELÉTRICO GERADO POR MAIS DO

S
TE

F
E= QUE UMA PARTÍCULA ELETRIZADA

SO
q
Quando duas ou mais cargas estão próximas o suficiente para que
MA

Q ⋅ q/
os campos gerados por cada uma se interfiram, é possível determinar
k um campo elétrico resultante em um ponto desta região.
d2 = k ⋅ Q

R
E= Para isto, analisa-se isoladamente a influência de cada um dos
q/ d2
campos gerados sobre um determinado ponto.
O campo elétrico determina o local onde as forças elétricas estão O vetor do campo elétrico resultante será dado pela soma dos
concentradas por meio da ação das cargas elétricas puntiformes (corpo vetores no ponto P. Como ilustra o exemplo a seguir:
eletrizado cujas dimensões e massa são desprezíveis se comparadas às R
distâncias que o afastam de outros corpos eletrizados). O sentido do
MA

campo elétrico depende exclusivamente do sinal da carga elétrica, por


SO

isso, importante notar que o campo elétrico existe por meio de sua
interação com uma carga de prova, de modo que as que apresentam
mesmo sinal, sofrerão uma repulsão, e as cargas, de sinais contrários,
T

sofrerão uma atração.


S

R
E

Desse modo, quando o campo elétrico é criado numa carga


E

IA
positiva ele terá um sentido de afastamento ou repulsão, por sua F
L DO PRO
vez, quando é gerado numa carga negativa, ele terá um sentido de
aproximação ou de atração.

VETOR CAMPO ELÉTRICO


Voltando à analogia com o campo gravitacional da Terra, o campo
elétrico é definido como um vetor com mesma direção do vetor da
força de interação entre a carga geradora Q e a carga de prova q e
com mesmo sentido se q > 0 e sentido oposto se q < 0. Ou seja:

F
E=
q Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/

A unidade adotada pelo SI para o campo elétrico é o N/C (Newton


por coulomb).
LINHAS DE FORÇA
Estas linhas podem ser consideradas a representação geométrica
[=
F] N (Newton) convencionada para indicar a presença de campos elétricos, sendo
[=
E]
[q] C (Coulomb) representadas por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico
resultante em cada ponto, logo, jamais se cruzam. Por convenção,
Partindo de que: as linhas de força têm a mesma orientação do vetor campo elétrico,
de modo que, para campos gerados por cargas positivas, as linhas de
k ⋅ q1 ⋅ q2 força são divergentes (sentido de afastamento) e campos gerados
F= por cargas elétricas negativas são representados por linhas de força
d2 convergentes (sentido de aproximação).

PROMILITARES.COM.BR 151

PM_BOOK08_FIS.indb 151 03/11/2021 11:00:55


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as


linhas de força são representadas radialmente, de modo que:

Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/ Disponível em: http://cepa.if.usp.br/e-fisica/imagens/eletricidade/basico/cap03/fig55.gif

CAMPO ELÉTRICO DE UMA PARTÍCULA


PUNTIFORME COM CARGA DE MÓDULO Q
O campo elétrico criado por uma carga pontual com módulo Q

L D O emPumRponto
O
distante d vale:

IA F E =E K= Q 1 Q

R 4 πε0 d2
2
d

S
TE

SO
MA

R
Disponível em: http://www.mysearch.org.uk/

DENSIDADE SUPERFICIAL DE CARGAS


Um corpo em equilíbrio eletrostático, ou seja, quando todos
possíveis responsáveis por sua eletrização acomodam-se em sua R
superfície, pode ser caracterizado por sua densidade superficial média
MA

de cargas σm . A densidade de carga linear, superficial ou volumétrica é


SO

uma quantidade de carga elétrica em uma linha, superfície ou volume, Intensidade do campo elétrico produzido por uma partícula
respectivamente. de carga Q a uma distância d.

Q
T

σm =
A
R POTENCIAL ELÉTRICO (V)
E

IA F
O
O potencial elétrico pode ser definido como sendo uma
Sendo sua unidade adotada no SI o C/m².
Observe que, para cargas negativas, a densidade superfiL R propriedade do espaço onde há um campo elétrico e onde existe a

de cargas também é negativa, já que a área sempre é positiva.


DO
cial média P possibilidade de se ter energia potencial elétrica. Sabemos que uma
carga pontual cria um campo elétrico e que o potencial elétrico
Utiliza-se o termo médio já que dificilmente as cargas elétricas depende da carga que cria esse campo e da posição relativa à carga
se distribuem uniformemente por toda a superfície de um corpo, elétrica.
de modo que é possível constatar que o módulo desta densidade Quando estudamos os conceitos de campo elétrico, vimos que
é inversamente proporcional ao seu raio de curvatura, ou seja, em ele pode ser produzido, ou melhor, criado, por uma carga elétrica
objetos pontiagudos eletrizados há maior concentração de carga em puntiforme. O campo elétrico pode ser determinado em um ponto
sua extremidade (ponta). quando colocamos nele uma carga de prova e caso ela fique sujeita a
uma força elétrica, dizemos que ali há campo elétrico. Determinamos
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME a intensidade do campo elétrico através da divisão entre o valor da
força e o módulo da carga de prova.
Um campo elétrico é uniforme numa determinada região do
espaço se tiver as mesmas características em todos os seus pontos. Existe na eletrostática outra grandeza similar ao campo elétrico,
Nesse caso, as linhas de campo elétrico são paralelas. mas de característica escalar: o potencial elétrico. Ao invés de
comparar a intensidade da força elétrica sofrida por uma carga de
Um campo elétrico uniforme pode ser criado por duas placas
prova e o módulo dessa carga, o potencial elétrico, em um ponto
metálicas paralelas, entre as quais se estabelece uma diferença de
qualquer do espaço, pode ser calculado com uma experiência bem
potencial constante. Uma carga elétrica q colocada em qualquer
parecida, mas na qual se divide a energia potencial elétrica de uma
ponto do campo uniforme experimenta uma força elétrica com a
carga de prova pelo valor desta carga.
mesma intensidade e o mesmo sentido.

152 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 152 03/11/2021 11:00:55


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

Como já havíamos notado no caso do campo elétrico, o potencial Um modo muito utilizado para se representar potenciais é
elétrico, num determinado ponto do espaço, não depende da através de superfícies equipotenciais, que são linhas ou superfícies
carga de prova, mas, sim, da carga geradora. Se aumentarmos ou perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam
diminuirmos a intensidade da carga de prova, apenas fazemos variar um mesmo potencial.
proporcionalmente sua energia potencial elétrica, mantendo constante Se analisarmos o caso particular onde o campo é gerado por
o potencial naquele ponto. Desse modo, podemos concluir que: apenas uma carga, estas linhas equipotenciais serão circunferências,
“Potencial elétrico é uma grandeza escalar que mede a pois o valor do potencial diminui uniformemente em função do
energia potencial elétrica por unidade de carga de prova, ou aumento da distância (levando-se em conta uma representação em
seja, é a constante de proporcionalidade na razão entre energia duas dimensões, pois caso a representação fosse tridimensional, os
potencial elétrica e carga de prova.” equipotenciais seriam representados por esferas ocas, o que constitui
Se lembrarmos da energia cinética estudada na parte de mecânica, o chamado efeito casca de cebola, onde quanto mais interna for a
podemos inferir que para um corpo adquirir energia cinética é preciso casca, maior seu potencial).
que haja uma energia potencial armazenada de alguma forma.
Quando esta energia está ligada relacionada à atuação de um campo
elétrico, é chamada Energia Potencial Elétrica ou Eletrostática,
simbolizada por Ep.
Qq
Ep  K 
d

A unidade usada para a Ep é o joule (J).


Pode-se dizer que a carga geradora produz um campo elétrico
que pode ser descrito por uma grandeza chamada Potencial Elétrico
(ou eletrostático). L DO PRO
I
De uma maneira análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser A FE
R
descrito como o quociente entre a energia potencial elétrica e a carga
de prova q. Ou seja:

S
TE

E
v p

SO
q
MA

Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-R1HdXuY9z8Y/TbgXRx-rCKI/


Logo: AAAAAAAAZos/aLyM9EaRwK8/s1600/equipot+1.png

R
E
v p
q
TRABALHO DE UMA FORÇA ELÉTRICA
Qq
K A energia elétrica pode ser percebida através do trabalho da força
v d  K  Qq  1 elétrica. O trabalho é o produto da força exercida sobre um corpo pelo
q d q deslocamento deste corpo na direção desta força. Sendo assim, o trabalho
Q da força elétrica num campo elétrico é dado pela definição abaixo.
R
v K
MA

d Se imaginarmos dois pontos em um campo elétrico, cada um


SO

A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em deles terá energia potencial dada por:
uma justa homenagem ao físico italiano Alessandro Volta, e a unidade Ep = q · v1 e Ep = q · v2
designa Joule por coulomb (J/C). 1 2
T

Sendo o trabalho realizado entre os dois pontos:


R
Agora, se tivermos várias cargas interagindo em um determinado
E

IA
campo temos que o potencial resultante no ponto P é dado pela soma
F τ = F · ∆d
dos potenciais parciais assim obtidos, levando em consideração os
O
1,2

respectivos sinais, já que cada potencial será transformado em uma


grandeza escalar.
L D Oentão:Mas R que, quando a força considerada é a eletrostática,
P sabemos
vresultante = v1 + v2 ... + vn Qq
1,2  K  (d1  d2 )
(d1  d2 )2
Qq
1,2 K  Ep1  Ep1
(d1  d2 )2
Portanto:
1,2  q  (v1  v 2 )

CAMPO E POTENCIAL DO CONDUTOR EM


EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO
Um bom condutor possui elétrons livres. Se esses elétrons não
apresentarem nenhum movimento ordenado, diremos que o condutor
está em equilíbrio eletrostático. Para que isso ocorra, o campo elétrico
no interior do condutor deve ser nulo pois se o campo fosse diferente
de zero, provocaria movimento dos elétrons.
“No interior de um condutor em equilíbrio, o campo elétrico
é nulo.”
Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/278102/1/images/7/
Potencial+el%C3%A9trico+no+campo+com+v%C3%A1rias+cargas.jpg Na superfície do condutor pode haver campo elétrico não nulo,
desde que ele seja perpendicular à superfície.

PROMILITARES.COM.BR 153

PM_BOOK08_FIS.indb 153 03/11/2021 11:00:56


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

A necessidade de o campo ser perpendicular à superfície decorre Se o condutor for esférico e isolado (longe da influência de outros
do fato de o condutor estar em equilíbrio. Se o campo fosse inclinado
 condutores) as cargas distribuem-se uniformemente pela superfície.
em relação à superfície, haveria uma componente tangencial Et que Mas se o condutor tiver outra forma, as cargas concentram-se mais
provocaria o movimento das cargas. nas regiões mais pontudas.
Consideremos agora quatro pontos quaisquer A, B, C e D
pertencentes a um condutor em equilíbrio eletrostático.
Se os potenciais de A, B, C e D fossem diferentes, haveria
movimentação de elétrons livres do potencial mais baixo para o
potencial mais alto o que contraria a hipótese de equilíbrio. Portanto
concluímos que os pontos A, B, C e D devem ter o mesmo potencial:
Condutor em equilíbrio eletrostático

VA = VB = VC = VD
B C
Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/
A condutor%20em%20equilibrio%20eletrostatico.jpg

D L DO PRO
I A FE
R
Disponível em: http://www.alfaconnection.pro.br/images/ELE100102a.gif

S
TE

“Todos os pontos de um condutor em equilíbrio eletrostático


devem ter o mesmo potencial”

SO
MA

GRÁFICOS E X D E V X D Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-PV9pei33rbc/TcFc9yU9JoI/

R
AAAAAAAAZsU/8shTwHYljFw/s1600/QUATRO.png

Para caracterizar essas diferenças define-se a densidade superficial


de cargas. Se uma “pequena” superfície de área contiver uma carga
Q, a densidade de cargas nessa superfície é definida por:
R Q
m 
MA

A
SO

Assim, no caso do condutor esférico isolado, a densidade é


constante ao longo da superfície. Porém, para condutores de outras
formas, a densidade é maior nas pontas.
T

R
E

IA F
BLINDAGEM ELETROSTÁTICA

L DO PRO
A blindagem eletrostática ocorre quando o excesso de cargas em
um condutor distribui-se uniformemente em sua superfície e o campo
elétrico em seu interior fica nulo.
Um condutor, quando carregado, tende a espalhar suas cargas
uniformemente por toda a sua superfície. Se esse condutor for uma
esfera oca, por exemplo, as cargas irão se espalhar pela superfície
externa, pois a repulsão entre as cargas fazem com que elas se
mantenham o mais longe possível umas das outras. Os efeitos de
campo elétrico criados no interior do condutor acabam se anulando,
obtendo assim um campo elétrico nulo.
O mesmo acontece quando o condutor não está carregado, mas
está em uma região que possui um campo elétrico causado por um
agente externo. Seu interior fica livre da ação desse campo externo,
fica blindado. Esse efeito é conhecido como blindagem eletrostática.
A blindagem eletrostática foi comprovada, em 1936, por Michael
Disponível em: http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2016/05/
cursos-do-blog-eletricidade.html Faraday (1821-1867) através de um experimento que ficou conhecido
como a gaiola de Faraday. Nesse experimento, esse estudioso entrou
em uma gaiola e sentou-se em uma cadeira feita de material isolante.
DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS Em seguida, essa gaiola foi conectada a uma fonte de eletricidade e
submetida a uma descarga elétrica, porém nada aconteceu com ele.
Quando um condutor está eletrizado, tem um excesso de cargas
Com isso, Faraday conseguiu provar que um corpo no interior de um
positivas ou negativas. Na situação de equilíbrio essas cargas tendem a
condutor fica isolado e não recebe descargas elétricas em virtude da
se afastar o máximo possível e assim ficam na superfície do condutor.
distribuição de cargas na superfície.

154 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 154 03/11/2021 11:00:56


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

Esse fenômeno é muito utilizado para proteger equipamentos que Exercício Resolvido
não podem ser submetidos a influências elétricas externas, como é o
caso de aparelhos eletrônicos. Se esses aparelhos forem submetidos 02. Considere as afirmações a seguir:
a um campo elétrico externo, os seus componentes poderão ser I. Em equilíbrio eletrostático, uma superfície metálica é equipotencial.
danificados. Além disso, é também graças à blindagem eletrostática
que, se um carro ou um avião forem atingidos por um raio, as pessoas II. Um objeto eletrostaticamente carregado induz uma carga
em seu interior não sofrerão nenhum dano, pois a estrutura metálica uniformemente distribuída numa superfície metálica próxima
faz a blindagem eletrostática de seu interior. quando em equilíbrio eletrostático.
III. Uma carga negativa desloca-se da região de maior para a de
Exercício Resolvido menor potencial elétrico.
IV. É nulo o trabalho para se deslocar uma carga teste do infinito
01. Uma pequena esfera de peso 6,0 · 10-3 N e carga elétrica
até o ponto médio entre duas cargas pontuais de mesmo
10,0 · 10-6 C encontra-se suspensa verticalmente por um fio de
módulo e sinais opostos.
seda, isolante elétrico e de massa desprezível. A esfera está no
interior de um campo elétrico uniforme de 300 N/C, orientado na Destas afirmações, é (são) correta(s) somente
vertical e para baixo. Considerando que a carga elétrica da esfera a) I e II. d) I e IV.
é, inicialmente, positiva e, posteriormente, negativa, as forças de b) I, II e III. e) III.
tração no fio são, respectivamente,
c) I, II e IV.
a) 3,5 · 10-3N e 1,0 · 10-3N
b) 4,0 · 10-3N e 2,0 · 10-3N Resolução: D
c) 5,0 · 10-3N e 2,5 · 10-3N I. Correta. Se não fosse uma superfície equipotencial, haveria

D O II.P Incorreta.
d) 9,0 · 10-3N e 3,0 · 10-3N movimento de cargas, contrariando a hipótese de equilíbrio.
e) 9,5 · 10-3N e 4,0 · 10-3N L R O Há maior densidade superficial de cargas na região
I A F E carga negativa desloca-se da região de menor
mais próxima do objeto.

Resolução: D R III. Incorreta. Uma


para a de maior potencial elétrico.
As duas situações são de equilíbrio, sendo nula a força resultante

S
TE

IV. Correta. No infinito o potencial é nulo. No ponto médio entre


na pequena esfera.

SO
duas cargas de mesmo módulo e de sinais opostos, o potencial
Inicialmente: também é nulo. Logo a diferença de potencial (U) entre esses
MA

dois pontos é nula.

R
Como W = U q, o trabalho também é nulo.

Exercício Resolvido

03. A tecnologia dos aparelhos eletroeletrônicos está baseada nos


R
fenômenos de interação das partículas carregadas com campos
MA

elétricos e magnéticos. A figura representa as linhas de campo de


SO

um campo elétrico.
T=P + Felé ⇒ T =P+ qE ⇒
6 × 10−3 + 10 × 10−6 × 300 =
T= 6 × 10−3 + 3 × 10−3 ⇒
T

R
E

T= 9 × 10−3 N.
IA F
Posteriormente: L DO PRO
Assim, analise as afirmativas:
I. O campo é mais intenso na região A.
II. O potencial elétrico é maior na região B.
III. Uma partícula com carga negativa pode ser a fonte desse campo.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I. d) apenas II e III.
b) apenas II. e) I, II e III.
c) apenas III.
T + Felé =P ⇒ T + q E =P ⇒
6 × 10−3 − 10 × 10−6 × 300 =
T= 6 × 10−3 − 3 × 10−3 ⇒ Resolução: C
I. INCORRETA. O campo é mais intenso na região onde as linhas
−3 estão mais próximas. Portanto, na região B (EB > EA).
T= 3 × 10 N.
II. INCORRETA. No sentido das linhas de força o potencial elétrico
é decrescente, sendo, então, maior na região A (VA > VB).
III. CORRETA. Carga negativa cria linhas de aproximação, portanto
esse campo pode ser gerado por uma carga negativa à direita
da região B.

PROMILITARES.COM.BR 155

PM_BOOK08_FIS.indb 155 03/11/2021 11:00:57


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

Exercício Resolvido EXERCÍCIOS DE

04. Analise as proposições relacionadas às linhas de campo elétrico


e às de campo magnético.
FIXAÇÃO
I. As linhas de força do campo elétrico se estendem apontando
para fora de uma carga pontual positiva e para dentro de uma 01. (EEAR 2020) Dois condutores elétricos isolados um do outro,
carga pontual negativa. de capacidades eletrostáticas diferentes C1 e C2, estão carregados
II. As linhas de campo magnético não nascem nem morrem nos com diferentes quantidades de carga Q1 e Q2. E, em função desses
ímãs, apenas atravessam-nos, ao contrário do que ocorre com os fatores, adquirem potenciais diferentes (V1 e V2). Se esses condutores
corpos condutores eletrizados que originam os campos elétricos. forem colocados em contato um com o outro e em seguida afastados
novamente, pode-se afirmar que certamente
III. A concentração das linhas de força do campo elétrico ou das
linhas de campo magnético indica, qualitativamente, onde a a) a carga final do sistema será zero.
intensidade do respectivo campo é maior. b) o potencial de cada condutor será zero.
Assinale a alternativa correta. c) as cargas irão distribuir-se igualmente entre eles.
a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. d) a diferença de potencial entre os condutores será zero.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 02. (EEAR 2019) O valor da intensidade do vetor campo elétrico
gerado pela carga Q1 em um ponto situado a uma distância “d” dessa
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. carga é igual a E. Mantendo as mesmas condições, a intensidade da
e) Todas as afirmativas são verdadeiras carga geradora e o meio, coloca-se nesse mesmo ponto uma carga

Resolução: E
L DO PRO teste Q2 com o mesmo valor da carga Q1. Nessa condição, pode-se
afirmar que a intensidade do vetor campo elétrico gerado por Q1
I. Verdadeira. Carga elétrica positiva gera campo elétrico de
I A
afastamento e carga elétrica negativa gera campo de aproximação.
FE
nesse ponto será _____.

R
a) zero
II. Verdadeira. As linhas de campo magnético
são linhas b) E/2

S
TE

contínuas, indo do polo norte magnético para o polo sul, c) E


atravessando o ímã do polo sul para o polo norte.

SO
d) 2E
III. Verdadeira. Quanto mais próximas as linhas, mais intenso é o
MA

campo.
03. (EEAR 2019) Considere as seguintes afirmações a respeito de uma

R
esfera homogênea carregada em equilíbrio eletrostático:
Exercício Resolvido I. As cargas elétricas se distribuem pela superfície da esfera,
independentemente de seu sinal.
05. Atingido por um raio na noite da última quinta-feira, o dedo
médio da mão direita do Cristo Redentor (aquele popularmente II. Na superfície dessa esfera o campo elétrico é nulo.
conhecido como “pai de todos”) será restaurado [...]. A restauração III. Na superfície dessa esfera o campo elétrico é normal à superfície
R
será feita com incentivos da Lei Rouanet e pelo Instituto do e no seu interior ele é nulo.
MA

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). IV. A diferença de potencial elétrico entre dois pontos quaisquer da
SO

sua superfície é nula.


A respeito dessas afirmações, pode-se dizer que:
T

a) Todas estão corretas


R
E

IA F
b) Apenas I está correta
c)
O
I, III e IV estão corretas
L D Od) II,PIII eRIV estão corretas
04. (EEAR 2017) Duas cargas idênticas são colocadas no vácuo a
Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/dedo-de-cristo-redentor- uma certa distância uma da outra. No ponto médio entre as cargas, o
serarestaurado. Acesso: 20 mar. 2014. [Adaptado] campo elétrico resultante será ________________ e o potencial elétrico
resultante será _________________ do potencial de uma das cargas.
A descarga elétrica a que o texto se refere aconteceu no dia A sequência de palavras que completa corretamente as lacunas será:
16/01/2014. Assinale a alternativa que explica CORRETAMENTE o
fenômeno ao qual o Cristo Redentor foi vítima. a) nulo – o dobro
a) O ar é bom condutor de eletricidade. b) nulo – a metade
b) Entre o Cristo Redentor e a nuvem havia uma diferença de c) o dobro – o dobro
potencial que permitiu a descarga elétrica. d) a metade – o dobro
c) O Cristo Redentor foi construído de material condutor.
05. (EEAR 2016) São dadas duas cargas, conforme a figura:
d) Existe um excesso de carga elétrica na Terra.
e) A descarga elétrica foi um aviso para que o ser humano trate
melhor o planeta em que vive.

Resolução: B
Mesmo sendo o ar um ótimo isolante elétrico, quando o campo elétrico
ente o solo e a nuvem ultrapassa a sua rigidez dielétrica, a diferença de
potencial atinge valores que permitem a descarga elétrica.

156 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 156 03/11/2021 11:00:57


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

Considerando E1 o módulo do campo elétrico devido à carga Q1, 10. (EEAR 2011) Assinale a alternativa que completa corretamente a
E2 o módulo do campo elétrico devido à carga Q2, V1 o potencial frase a seguir: “Em um campo elétrico uniforme, formado por duas
elétrico devido à carga Q1 e V2 o potencial elétrico devido à carga Q2. placas paralelas carregadas, as superfícies equipotenciais são _____.”
Considere Ep o campo elétrico e Vp o potencial resultantes no ponto P. a) três planos perpendiculares entre si formando o espaço
Julgue as expressões abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F). tridimensional
( ) Ep= E1 + E2 b) planos paralelos às linhas de campo e perpendiculares às placas
( ) V=p V1 + V2 geradoras
  
( ) Ep= E1 + E2 c) planos paralelos às placas geradoras e perpendiculares às linhas
   de força do campo elétrico
( ) V=p V1 + V2
d) esferas concêntricas cujas linhas de força do campo elétrico são
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. raios divergentes ou convergentes, de acordo com o sinal da
a) V – V – F – F carga puntiforme geradora do campo
b) V – F – F – V
c) F–F–V–V EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
d) F – V – V – F

06. (EEAR 2009) Uma carga puntiforme com 4·10-9 C, situada no


vácuo, gera campo elétrico ao seu redor. Entre dois pontos, A e B,
distantes respectivamente 0,6 m e 0,8 m da carga, obtém-se a 01. (EEAR 2008) Calcule a diferença de potencial, em volts, entre dois
diferença de potencial Vab de ____ volts.
DO PRO
pontos distantes 10 cm, imersos em um campo elétrico uniforme de
a) 15

A L intensidade de 150 V/m, conforme figura abaixo.


b) 20
I a) 1,5 FE
c)
d) 60
40
R b) 15

S
TE

c) 150

SO
07. (EEAR 2009) Considere uma esfera metálica oca com 0,1 m de raio, d) 1500
MA

carregada com 0,01 C de carga elétrica, em equilíbrio eletrostático


e com vácuo no seu interior. O valor do campo elétrico em um ponto 02. (EEAR 2008) Calcule o trabalho, em joules, realizado sobre

R
situado no centro dessa esfera tem intensidade de ____ N/C. uma carga de 5 coulombs, ao ser deslocada sobre uma superfície
a) 0,0 equipotencial em um campo elétrico uniforme de intensidade 5 kV/m
em uma distância de 25 mm.
b) 1,0
a) 0 c) 125
c) 10,0
b) 5 d) 125000
d) 100,0
R
03. (EEAR 2008) Em um campo elétrico uniforme, de intensidade
MA

08. (EEAR 2009) Entre duas placas carregadas de um capacitor de


200 V/m, temos dois pontos distantes 0,2 m um do outro. Calcule a
SO

placas paralelas tem-se um campo elétrico uniforme de 1,6 × 10-3 N/C.


diferença de potencial, em volts, entre eles.
Calcule o valor da diferença de potencial entre os pontos A e B, em
volts, de acordo com a figura. a) 10
T

b) 20
a) 0
R
E

F
c) 40
b) 4 IA d) 80
O
c)
d) 16
8
L D O04. (EEAR
P R2006) Quando queremos proteger um aparelho qualquer
contra as influências elétricas, nós o envolvemos com uma capa
metálica. Isso se justifica devido ao fato de
a) os metais serem maus condutores de eletricidade.
09. (EEAR 2009) A unidade de diferença de potencial (ddp) b) o campo elétrico no interior de um condutor não ser nulo.
denomina-se Volt, uma homenagem ao físico italiano Alessandro c) a carga elétrica se distribuir na superfície externa do condutor em
Volta (1745–1827) que construiu a primeira pilha elétrica. No Sistema equilíbrio eletrostático.
Internacional de Unidades (SI), uma ddp de 110 volts significa que d) a maioria dos campos elétricos produzidos em circuitos elétricos
para uma carga elétrica de 1 coulomb é (são) necessário(s) _____ ser infinitamente pequenos.
de energia para deslocá-la entre dois pontos, num campo elétrico.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna acima.
05. (EEAR 2004) O potencial elétrico é uma grandeza
a) 1 joule
a) escalar.
b) 110 joules
b) vetorial.
c) 110 ampères
c) absoluta.
d) 110 elétron-volts
d) vetorial, mas, às vezes, por conveniência, pode ser encarada como
escalar.

PROMILITARES.COM.BR 157

PM_BOOK08_FIS.indb 157 03/11/2021 11:00:58


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

06. (EEAR 2003) Considere duas placas paralelas separadas por uma 02. (AFA 2002) Um elétron desloca-se na direção x, com velocidade
distância d = 16 mm, entre as quais se estabelece um campo elétrico inicial v0 . Entre os pontos x1 e x2, existe um campo elétrico uniforme,
uniforme E = 2 × 104 N/C. Admitindo que um elétron seja liberado, conforme mostra a figura abaixo.
a partir do repouso, na extremidade da placa negativa, determine a
velocidade aproximada, em 107 m/s, do elétron, ao chegar à placa
positiva.
Dado: Carga do elétron = 1,6 × 10-19 C
Massa do elétron ≈ 9 × 10-31 kg
a) 1,1 c) 5,2
b) 2,7 d) 7,2

07. (EEAR 2003) Uma partícula de massa m e carga Q foi colocada


entre duas placas carregadas, que geram um campo elétrico vertical
ascendente de intensidade E. Sendo g a aceleração da gravidade
no local, é correto afirmar que para essa partícula permanecer em
repouso deve se ter
mg m Qg g Desprezando o peso do elétron, assinale a alternativa que MELHOR
a) Q= . b) Q= . c) m= . d) m= . descreve o módulo da velocidade v do elétron em função de sua
E gE E QE
posição x.
a)
08. (EEAR 2002) Por meio de um raio, uma carga elétrica de 108 C

L DO PRO
é transferida de uma nuvem para o solo. Supondo que o potencial
da nuvem mantenha-se constante durante toda descarga, determine

I A
o número de dias que uma lâmpada de 100 W poderia permanecer FE
Rrelação ao solo vale
acesa, usando a energia liberada neste raio.
Dado: Admita que o potencial de uma nuvem em

S
TE

8 × 106 V.

SO
a) 100 c) 150
MA

b) 120 d) 220

R
09. (EEAR 2002) O trabalho para deslocar uma carga elétrica entre b)
dois pontos que pertençam à mesma superfície equipotencial
a) depende do valor da carga. c) é infinito.
b) é negativo. d) é nulo.

10. Nos aparelhos de rádio, videocassetes, aparelhos de DVD, entre


R
MA

outros, são montados gabinetes metálicos, ao serem fabricados, ou,


SO

ainda, os fios elétricos e cabos coaxiais, usados para transmissão de


sinais de TV e telefonia, que são envolvidos por uma tela metálica.
Esse fenômeno é conhecido como blindagem eletrostática. O motivo
T

para que isso ocorra é que:


R
E

F
a) O potencial elétrico no interior do condutor é nulo. c)
IA
L DO PRO
b) O potencial elétrico e o campo elétrico no interior do condutor
são nulos.
c) O campo elétrico no interior do condutor é nulo.
d) O potencial elétrico e o campo elétrico no interior do condutor
são diferentes de zero.
e) O campo elétrico no interior do condutor é diferente de zero.

EXERCÍCIOS DE

COMBATE d)

01. (EEAR 2001) Os pára-raios foram inventados pelo cientista e


estadista norte-americano Benjamim Franklin no século XVIII. O
princípio de funcionamento dessa importante invenção é uma aplicação
a) do poder das pontas.
b) do campo magnético da Terra.
c) da força eletromagnética dos raios.
d) das ideias de blindagem eletrostática de Faraday.

158 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 158 03/11/2021 11:00:58


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

03. (AFA 1998) Qual a carga, em coulomb, de uma partícula de 09. (AFA 1995) O campo elétrico, a 20 cm, de uma carga Q no vácuo
2 × 103 kg de massa para que permaneça estacionária, quando colocada é 6 × 106 N/C. o campo elétrico, em N/C, a 30 cm da mesma carga
em um campo elétrico vertical, de módulo 50 N/C? (considerar será
g = 10 m/s2) a) 2,7 × 105
a) –2 × 10-4 b) 2,7 × 106
b) –1 × 10-4 c) 2,7 × 107
c) 2 × 10-4 d) 2,7 × 108
d) 4 × 10-4
10. (AFA 1995) Uma partícula de carga elétrica igual a 3,0 × 10-8 C
04. (AFA 1998) Em uma região de campo elétrico uniforme, de e massa 5,0 × 10-19 kg, inicialmente em repouso, é acelerada por
intensidade 2 · 103 N/C, a diferença de potencial, em volts, entre uma diferença de potencial de 2,0 × 103 volts. A velocidade final da
dois pontos, situados sobre uma linha de força do campo elétrico e partícula, em m/s, é
separados por uma distância de 50 cm, é a) 1,55 × 104
a) 103. b) 1,55 × 105
b) 105. c) 1,55 × 106
c) 4 × 103. d) 1,55 × 107
d) 2,5 × 10-4.

05. (AFA 1998) Duas cargas de valor q estão separadas de um ponto


RESOLUÇÃO EM VÍDEO

DO PRO
A pela distância d. A que distância do ponto A deve ser colocada uma Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
carga -q para que o potencial em A seja nulo?
L
IA F
a) d/2

R GABARITO E
b) d
c) 2d

S
TE

d) 4d EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

SO
01. D 04. A 07. A 10. C
MA

06. (AFA 1998) Sejam dois condutores isolados A e B cujas 02. C 05. D 08. A
capacitâncias e tensões são CA = 6 µF, CB = 4 µF, VA = 80 V e VB = 30 V. 03. C 06. A 09. B

R
Quando colocados em contato, o potencial comum, em volts, é
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
a) 30
01. B 04. C 07. A 10. C
b) 40
02. A 05. A 08. A
c) 60
03. C 06. A 09. D
d) 90 R
EXERCÍCIOS DE COMBATE
MA

07. (AFA 2001) Uma gota de óleo de massa m e carga q é solta em 01. A 04. A 07. A 10. D
SO

uma região de campo elétrico uniforme E, conforme mostra a figura. 02. B 05. A 08. D
03. D 06. C 09. B
T

R ANOTAÇÕES
E

IA F
L DO PRO

Mesmo sob o efeito da gravidade a gota move-se para cima com


aceleração g. O módulo do campo elétrico é
a) E = 2mg/q
b) E = 2mq/g
c) E = 2qg/m
d) E = 2m/qg

08. (AFA 1994) Na figura abaixo, q1 = 4q2. Para qual posição, a partir
de q1, o campo elétrico resultante será nulo?

a) L/4 c) L/2
b) L/3 d) 2L/3

PROMILITARES.COM.BR 159

PM_BOOK08_FIS.indb 159 03/11/2021 11:00:59


CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

160 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 160 03/11/2021 11:00:59


CAPACITORES

INTRODUÇÃO =
C
Q
=
Q
O capacitor é um componente eletrônico utilizado para armazenar V KQ
R
energia e utilizá-la depois com uma descarga muito rápida dessa
R
energia. Eles são constituídos por duas armaduras metálicas com C= = 4 πε ⋅ R
um dielétrico (isolante) entre elas. Podem ser de vários formatos: K
cilíndricos, esféricos, planos, etc. Observe que a capacitância é diretamente proporcional ao raio
da esfera.

CAPACITOR PLANO DE PLACAS PARALELAS


L D O PEsseRcapacitor
Oelétricos.
será a principal representação desses componentes

I A nos circuitos
FE
R

S
TE

SO
MA

R
Capacitores

Disponível em: http://blog.perautomacao.com.br

CAPACITÂNCIA R
A capacidade que os capacitores tem de armazenar carga é
MA

denominada capacitância, simbolizada por C, cuja unidade SI é o


SO

Capacitor plano de placas paralelas


farad (F). Esse valor depende das características geométricas do corpo
(forma e tamanho) bem como do material dielétrico no seu interior,
como veremos mais adiante. A capacitância desse capacitor vale:
T

R
A carga (Q) adqurida pelo capacitor está atrelada à ddp (U) na A
C = ε0
E

IA
qual ele for conectado. Assim podemos definir a capacitância como:
F d

C=
Q
U
⇒ Q =C⋅ U O
L D O εPé a Rpermissividade elétrica do vácuo
Em que:
0

A é a área da seção das placas


Observação d é a distância entre as placas
1F é um valor muito grande, por isso utilizamos submúltiplos do
farad: DIELÉTRICOS
• mF = 10–3 F Dielétrico é um material isolante que será colocado entre as
• µF = 10–6 F armaduras de um capacitor a fim de aumentar sua capacitância. Isso
• nF = 10–9 F ocorre pelo aumento da permessividade elétrica do meio para um
novo valor ε > ε0.

Vamos agora calcular a capacitância para as duas principais


formas de capacitores: esférico e plano

CAPACITOR ESFÉRICO
Lembrando das aulas de potencial elétrico, o potencial na
superfície de uma esfera carregada de raio R vale
Q 1 Q
=
V K= .
R 4 πε R

Assim a sua capacitância é dada por: Capacitor isolado à vácuo

PROMILITARES.COM.BR 161

PM_BOOK08_FIS.indb 161 03/11/2021 11:01:00


CAPACITORES

Usando a relação entre a carga e a capacitância, podemos escrever


três equações equivalentes para o cálculo da energia armazenada no
capacitor.
QU (CU) U CU2
= E = =
2 2 2
Q ⋅ Q 2
QU C Q
= E = =
2 2 2C
QU CU2 Q2
= E = =
2 2 2C

Capacitor preenchido por um dielétrico


CARREGANDO UM CAPACITOR
Vamos definir um valor κ chamada de permissividade relativa, que A bateria quando conectada a um capacitor fará com que os
só depende da composição do dielétrico cujo valor será a razão entre elétrons fluam devido à ddp gerada. Depois de algum tempo, no
as permissividades elétricas com e sem o dielétrico, ou seja: entanto, o capacitor já possuirá tantas cargas que não conseguirá
ε dielétrico mais ser carregado. Dizemos que ele atingiu o estado estacionário,
κ= ou seja, está completamente carregado.
ε0

Dessa maneira, a nova capacitância será dada por:


A
DO PRO
C = κε 0 ⋅ = κ ⋅ C0
d

A L Representação de um capacitor em um circuito

Observação
I FE
Estudaremos somente os capacitores nesse regime estacionário,
COMO FUNCIONA O DIELÉTRICO? R sem nos preocuparmos com o processo que o levou até esse estágio.
A ddp no capacitor será igual à da bateria na qual ele está ligado,

S
TE

Mesmo sendo um material isolante, o dielétrico ainda é polarizado


pelas cargas nas armaduras do capacitor original. Isso reduz o = U=
isto é, Ucapacitor U e sua carga será dada pela expressão:

SO
bateria

campo elétrico no seu interior, permitindo que mais cargas passem Q=C·U
MA

para o capacitor, aumentando sua carga e energia armazenada.

R
Observação
O tempo para atingir o regime estacionário é de alguns
milissegundos, por isso podemos trabalhar com o circuito já no
equilíbrio. A partir desse instante, não há corrente circulando pelo
capacitor e podemos representá-lo como um circuito aberto.
R
MA

SO

Exercício Resolvido

01. Considere um capacitor descarregado ligado a um circuito


elétrico conforme a figura abaixo. A chave é fechada e o sistema
T

R atinge o regime estacionário. Determine a carga elérica adquirida


E

IA
pelo resistor
F
L DO PRO
O campo eletrico em um capacitor sem e com dielétrico

ENERGIA DE UM CAPACITOR
A energia armazenada pelo capacitor (E) pode ser calculada a
partir do gráfico da carga pela tensão. Lembrando que a área sob o
gráfico Q × U fornecerá a energia potencial elétrica.
Dados: C = 100 µF
Vf = 15 V
R = 1000 kΩ

Resolução:
No regime estacionário, o capacitor se comporta como um circuito
aberto, portanto não haverá corrente passando por ele nem pelo
resistor.
A tensão no capacitor será de Vc = Vf = 15 V
Gráfico da carga pela ddp em um capacitor Logo a carga será de
Q = C ⋅ V = 100 ⋅ 15 = 1500 µC
1
Área = QU Q = 1,5 mC
2

162 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 162 03/11/2021 11:01:01


CAPACITORES

Exercício Resolvido Observe que a fórmula para capacitores associados em série é a


mesma para resistores em paralelo. Não confunda!
02. No circuito abaixo, a carga adquirida pelo capacitor é de: C1 ⋅ C2
• Para dois capacitores, a equação se reduz a Ceq =
C1 + C2
• Para N capacitores iguais a C, a equação assume a forma de
C
Ceq =
N

Exercício Resolvido

03. (UECE 2017) Considere dois capacitores, C1 = 2µF e C2 = 3µF,


ligados em série e inicialmente descarregados. Supondo que os
a) 20 µC
terminais livres da associação foram conectados aos polos de uma
b) 30 nC bateria, é correto afirmar que, após cessar a corrente elétrica,
c) 100 nC a) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão elétrica é
d) 10 µC maior em C2.
e) n.d.a. b) a carga é maior em C2 e a tensão elétrica é igual nos dois.
c) as cargas nos dois capacitores são iguais e a tensão elétrica é
Resolução: D maior em C1.

L
aberto, portanto não haverá corrente passando, mas dessa vez D O d)P aRcargaOé maior em C e a tensão elétrica é igual nos dois.
No regime estacionário, o capacitor se comporta como um circuito 1

I A= 2,5 A Resolução: CF
haverá corrente nas demais partes do circuito.

=
V
=i
A corrente elétrica no circuito será de R 100 E carregam-se com a mesma carga.
Capacitores em série
Req 12 + 8 + 20 U1 C2 3

S
TE

A tensão no capacitor será a mesma do resistor de 8 Ω, que vale Q1 =Q2 ⇒ C1 U1 =C2 U2 ⇒ = = ⇒


U2 C1 2

SO
V = R · i = 8 · 2,5 = 20 V.
⇒ U= 1,5U2 ⇒ U1 > U2 .
MA

1
Logo a carga será de: Q = C ⋅ V = 500 ⋅ 20 = 10000 nC = 10 µC

R
PARALELO
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES Capacitores em série possuem a mesma tensão.
Os capacitores, assim como resistores e geradores, podem ser
associados em série ou em paralelo num circuito elétrico. Vejamos as
características de cada associação:
R
MA

SO

SÉRIE
Capacitores em série compartilham a mesma carga, porém a
tensão é dividida.
T

R
E

IA F
L DO PRO Capacitores ligados em paralelo

Podemos determinar a capacitância equivalente, cuja carga


será a soma das cargas de cada capacitor do circuito
Capacitores ligados em série
= Q1 + Q2
Q
Para determinarmos a carga e a tensão de cada capacitor, convém = U=
U 1 U2
substitui-los por um único capacitor equivalente, cuja carga será a
mesma dos capacitores que o compõem e a diferença de potencial Dessa forma, lembrando que Q = C . U
será igual à da bateria na qual eles estão ligados.
Q = Q1 + Q2 ⇒ Ceq ⋅ U = C1 ⋅ U1 + C2 ⋅ U2
=
Q Q=1 Q2
Ceq= C1 + C2
= U1 + U2
U

Observação
Dessa forma, lembrando que U = Q
C
Observe que a fórmula para capacitores associados em paralelo é a
Q Q Q mesma para resistores em série. Não confunda!
U = U1 + U2 ⇒ = 1+ 2
Ceq C1 C2
1 1 1
= +
Ceq C1 C2

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PM_BOOK08_FIS.indb 163 03/11/2021 11:01:02


CAPACITORES

Exercício Resolvido 02. (MACKENZIE SP) A capacitância de um capacitor aumenta


quando um dielétrico é inserido preenchendo todo o espaço entre
04. (UEPG 2018) Dois capacitores de capacitâncias 3 µF e 5 µF são suas armaduras. Tal fato ocorre porque:
ligados em paralelo aos terminais de uma fonte de tensão 15 V. a) cargas extras são armazenadas no dielétrico;
Sobre o assunto, assinale o que for correto.
b) átomos do dielétrico absorvem elétrons da placa negativa pra
01) A energia potencial elétrica armazenada pela associação é 0,9 mJ. completar suas camadas eletrônicas externas.
02) A carga elétrica da associação é 120 µC. c) as cargas agora podem passar da placa positiva à negativa do
04) A capacitância equivalente da associação é 15/8 µF. capacitor.
08) A carga elétrica armazenada no capacitor de 3 µF e 75 µF. d) a polarização do dielétrico reduz a intensidade do campo elétrico
16) A ddp no capacitor de 5 µF é 3 V. no interior do capacitor.
e) o dielétrico aumenta a intensidade com campo elétrico.
Resolução:
[01] Verdadeira. A capacitância equivalente da associação será: 03. Uma diferença de potencial (ddp), V, é aplicada a dois capacitores
Ceq = C1 + C2 = 3 µF + 5 µF = 8 µF ligados em série, cujas capacitâncias são C1 e C2, sendo C1 > C2. Os
capacitores, após carregados, são desligados do circuito e em seguida
A energia potencial elétrica armazenada pela associação é: ligados um ao outro. A placa positiva de um é ligada à placa positiva do
outro, ligando-se também entre si as placas negativas. Considerando
Ceq ⋅ U2 8 µF ⋅ (15 V )
2
V1 e Q1 a ddp e a carga no capacitor 1 e V2 e Q2 a ddp e a carga
E=
p = ∴ E=
p 900 µ
= J 0,9 mJ
2 2 no capacitor 2, após o circuito alcançar o equilíbrio eletrostático, é
correto afirmar que:
[02] Verdadeira. A carga elétrica da associação:
Q = Ceq ⋅ U = 8 µF ⋅ 15 V ∴ Q = 120 µC D O a)b) PVV R
=V eQ >Q 1 2 1 2

[04] Falsa. No item [01] foi calculada a capacitância A


L >VOeQ =Q
c) V < V e Q F< Q
1 2 1 2

I equivalente.
E 1 2 1 2
[08] Falsa.
Q1 = C1 ⋅ U = 3 µF ⋅ 15 V ∴ Q1 = 45 µC
R d) V = V e Q < Q 1 2 1

e) V1 < V2 e Q1 = Q2
2

S
TE

SO
[16] Falsa. A tensão é a mesma para os dois capacitores, pois estão
04. (UESC BA 2009) A figura representa um dos circuitos usado no
MA

ligados em paralelo.
flash de uma máquina fotográfica.

R
EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
R
MA

01. (ENEM 2010) Atualmente, existem inúmeras opções de celulares


SO

com telas sensíveis ao toque (touchscreen). Para decidir qual escolher,


é bom conhecer as diferenças entre os principais tipos de telas sensíveis
ao toque existentes no mercado. Existem dois sistemas básicos usados
T

para reconhecer o toque de uma pessoa:


R
E

O primeiro sistema consiste de um painel de vidro normal, recoberto


F
Considerando-se os geradores como sendo ideais, após a análise do
IA
por duas camadas afastadas por espaçadores. Uma camada resistente circuito, é correto afirmar que a energia elétrica “despejada” sobre a
a riscos é colocada por cima de todo o conjunto. Uma corrente elétrica
passa através das duas camadas enquanto a tela está operacional. L DO PRO lâmpada do flash, no instante em que é batida a fotografia, é igual,
em nJ, a
Quando um usuário toca a tela, as duas camadas fazem contato a) 3,0 d) 18,0
exatamente naquele ponto. A mudança no campo elétrico é percebida,
e as coordenadas do ponto de contato são calculadas pelo computador. b) 6,0 e) 25,0
No segundo sistema, uma camada que armazena carga elétrica c) 9,0
é colocada no painel de vidro do monitor. Quando um usuário toca
o monitor com seu dedo, parte da carga elétrica é transferida para o 05. (UNITAU SP 2014) O circuito abaixo foi usado para a carga do
usuário, de modo que a carga na camada que a armazena diminui. capacitor de capacitância C. O circuito é alimentado por uma fonte
Esta redução é medida nos circuitos localizados em cada canto do de tensão V0. O resistor R é usado para o controle no tempo da carga.
monitor. Considerando as diferenças relativas de carga em cada canto, Para esse circuito, é CORRETO afirmar que
o computador calcula exatamente onde ocorrei o toque.
Disponível em: http://eletronicos.hsw.uol.com.br. Acesso em: 18 set. 2010 (adaptado).

O elemento de armazenamento de carga análogo ao exposto


no segundo sistema e a aplicação cotidiana correspondente são,
respectivamente,
a) receptores – televisor.
b) resistores – chuveiro elétrico.
c) geradores – telefone celular.
d) fusíveis – caixa de força residencial.
e) capacitores – flash de máquina fotográfica.

164 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 164 03/11/2021 11:01:02


CAPACITORES

a) após todo o processo de carga ter sido estabelecido, a tensão V c)


entre as placas do capacitor é menor que V0. c.
b) após todo o processo de carga ter sido estabelecido, a tensão V
entre as placas do capacitor é maior que V0. C1 C2
c) após todo o processo de carga ter sido estabelecido, a carga Q
armazenada no capacitor é Q = CV0, onde a tensão V entre as C3
placas do capacitor é igual à V0.
d) após todo o processo de carga ter sido estabelecido, a carga Q
armazenada no capacitor é Q = CV, lembrando que V é a tensão d.
d) C1 C2
entre as placas e, além disso, V > V0.
e) Após todo o processo de carga ter sido estabelecido, a carga Q
armazenada no capacitor é Q = 0,5CV0.

06. (PUC RJ 1982) A carga no condensador de 5µF é de:


C3
20Ω 10. Dada a associação abaixo, a capacidade do capacitor equivalente é:
+
10V 30Ω
- C = 5µF

2µF 2µF
C D
L DO PRO
a) 10 µC c) 30 µC I AµC
e) 50
FE
b) 20 µC d) 40 µC R 4µF

S
TE

07. (ENEM 2016) Um cosmonauta russo estava a bordo da estação

SO
espacial MIR quando um de seus rádios de comunicação quebrou. Ele
MA

constatou que dois capacitores do rádio de 3 µF e 7 µF ligados em


3µF 3µF 3 µF
série estavam queimados. Em função da disponibilidade, foi preciso

R
substituir os capacitores defeituosos por um único capacitor que a) 2/3 µF c) 17 µF e) 6 µF
cumpria a mesma função. b) 3/2 µF d) 9/4 µF
Qual foi a capacitância, medida em µF, do capacitor utilizado pelo
cosmonauta?
a) 0,10 EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
R
b) 0,50
MA

SO

c) 2,1
d) 10
e) 21 01. Qual dos pares de circuitos abaixo tem a mesma capacitância
T

a. os pontos extremos.
S

entre
R
E

08. (PUC RS 2006) Um capacitor A, com capacitância CA, está


IA
inicialmente submetido a uma tensão V. Então, um outro capacitor,
a)
F
L DO PRO
B, de capacitância diferente CB, é conectado em paralelo com A,
mantendo-se na associação a mesma tensão elétrica V. Em relação à
C1
associação dos capacitores, A e B, pode-se afirmar que
a) depois de associados, os capacitores terão cargas iguais. C1 C2
b) a energia da associação é igual à energia inicial de A.
c) a energia da associação é menor do que a energia inicial de A.
C2
d) depois de associados, o capacitor de menor capacitância terá
maior carga.
e) a capacitância da associação é igual à soma das capacitâncias de
A e B.
b.
b)

09. Três capacitores C1 = 3,0 µF, C2 = 5,0 µF e C3 = 8,0 µF quando


associados produzem um capacitor de 4,0 µF. A associação que C2 C2
produz este resultado é:
C1 C1
a. a)
C3 C3
C1 C2 C3
b)b.

C1 C2 C3

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PM_BOOK08_FIS.indb 165 03/11/2021 11:01:03


CAPACITORES

c) 04. (MACKENZIE SP 2007) Duas pequenas esferas metálicas idênticas,


c. C2 C1 A e B, de capacitâncias iguais a 5,0 · 10-1 pF cada uma, estão eletrizadas
com cargas de mesmo sinal. Quando a diferença de potencial elétrico
C2 entre elas é VA – VB = 10 V, a diferença QA – QB, entre suas cargas
C1 elétricas é
C3
a) 5,0 µC
C3
b) 10 nC
C5 c) 5,0 nC
C5 C4
C4 d) 10 pC
e) 5,0 pC

05. Na figura abaixo é representada uma associação de capacitores.


d.
d)
6 µF

C1 C2 C1 C2
2 µF

C4 C3 C4 C3 4 µF
L DO PRO
IA FE
R
02. (EEAR 2017) No circuito mostrado na figura abaixo determine, em
100V

S
TE

μC, o valor da carga total fornecida pela fonte.

SO
Sendo Q a carga total armazenada, em Coulomb, calcule Q × 104.
MA

a) 2 d) 12

R
b) 4 e) 24
c) 6

06. (PUCCAMP SP) Um capacitor de placas paralelas com ar entre


as armaduras é carregado até que a diferença de potencial entre
suas placas seja U. Outro capacitor igual, contendo um dielétrico
R
de constante dielétrica igual a 3, é também submetido à mesma
MA

diferença de potencial. Se a energia do primeiro capacitor é W, a do


SO

segundo será:
a) zero a) 9W; d) W/3;
T

b) 24 b) W/9; e) n.d.a.
R
E

F
c) 50 c) 3W;
d) 100 IA O
L DO
03. Na figura abaixo, cada capacitor tem capacitância C = 11 µF. Entre P R
07. No vácuo, cuja constante eletrostática é Ko, duas esferas
condutoras, A e B, com raios Ra = R e Rb = 2R, inicialmente eletrizadas
com carga Qa = Q e Qb = 0, são interligadas por um fio condutor de
os pontos A e B existe uma diferença de potencial de 10 V. Qual é a
resistência e capacitância desprezíveis.
carga total armazenada no circuito?
Marque a alternativa CORRETA:
a) A capacitância das esferas A e B é respectivamente Ca = C e
Cb = C/2 , sendo C = R/Ko.
b) O potencial elétrico de equilíbrio é 3 koQ/R.
c) A carga elétrica de cada esfera após o equilíbrio eletrostático entre
elas será Q’a = Q/3 e Q’b = 2Q/3.
d) A carga elétrica total conserva-se e a carga elétrica de cada esfera
após o equilíbrio será Q’a = Q’b = Q/2.
e) No final do processo, Qa = +Q e Qb = −Q.

08. (MACKENZIE SP 2006) Dois capacitores, de capacidades C1 = 3 nF


a) 3,0 × 10-5 C; e C2 = 2 nF, são associados em série e o conjunto é submetido à ddp.
b) 4,0 × 10-5 C; de 5 V. A carga elétrica armazenada por essa associação é:

c) 5,0 × 10 C; a) 2,4 10–10 C d) 6,0 10–9 C

d) 6,0 × 10-5 C; b) 6,0 10 –10


C e) 12 10–9 C

e) 7,0 × 10-5 C. c) 3,0 10–10


C

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CAPACITORES

09. Considere o circuito elétrico esquematizado abaixo, constituído 02. (PUC GO 2015) No texto temos referência à sintonia de olhares.
de um gerador (E, r), dois resistores (R1 e R2), um capacitor (c) e uma Também podemos ter sintonia entre transmissores e receptores
chave interruptora (k). de informações. Capacitores podem ser usados no processo de
sintonizar transmissores e receptores. Considere uma associação de
três capacitores de capacitâncias C1 = 6 0 µF, C2 = 3 0 µF e C3 = 20 µF
ligados em série a uma fonte de tensão de 12 V. Considere que o
circuito está estabilizado e os capacitores estão completamente
carregados para avaliar os itens apresentados a seguir.
Dado: 1 µF = 10–6 F
I. A capacitância equivalente dessa associação de capacitores em
série é de 110 µF.
II. A carga no capacitor de capacitância C1 é de 120 µC.
III. A diferença de potencial no capacitor de capacitância C2 é de 4 V.
IV. A diferença de potencial no capacitor de capacitância C3 é de 12 V.
Analise as alternativas e assinale a única cujos itens estão todos
De acordo com o esquema e os valores nele indicados, é correto
corretos:
afirmar que, com a chave k
a) I e II.
a) aberta, a corrente elétrica no gerador é de 1,0 A.
b) I e IV.
b) aberta, a carga elétrica no capacitor é de 1,5 · 10–9 C.
c) II e III.
c) fechada, a corrente elétrica no gerador é de 2,0 A.
DO PRO
d) fechada, a carga elétrica no capacitor é de 6,0 · 10–9 C.
L
d) III e IV.

e) fechada, o rendimento do gerador é de 66%.


I A F
03. (MACKENZIE SP 2005) Nas figuras abaixo, estão ilustradas duas

R no laboratório de ddp. de 12 V, assimEque as respectivas chaves, k e k , forem fechadas.


associações de capacitores, as quais serão submetidas a uma mesma
10. (MACKENZIE SP 2008) Em uma experiência
A B
Física, observa-se, no circuito abaixo, que, estando a chave ch na As relações entre as cargas elétricas (Q) adquiridas pelos capacitores

S
TE

posição 1, a carga elétrica do capacitor é de 24 µC. Considerando serão:

SO
que o gerador de tensão é ideal, ao se colocar a chave na posição 2,
MA

o amperímetro ideal medirá uma intensidade de corrente elétrica de

R
a) 0,5 A
b) 1,0 A
c) 1,5 A
d) 2,0 A
e) 2,5 A R
MA

SO

a) Q1 = Q3 e Q2 = Q4
T

EXERCÍCIOS DE
S

COMBATER
1
b) Q1 = Q3 e Q2 = Q4
E

IA F 5

O
L D d) QP= 5RQ e Q = 5Q
c) Q1 = 4·Q3 e Q2 = 4Q4

01. (MACKENZIE SP) No esquema da figura os três capacitores O 4


1 3 2 4

encontram-se neutros: desprezam-se as resistências internas dos


geradores. Leva-se a chave para a posição (1) e aguarda-se o equilíbrio 1 1
e) Q1 = Q3 e Q 2 = Q 4
elétrico; a seguir, leva-se a chave para a posição (2). Atingindo o 4 4
equilíbrio elétrico após esta operação, a carga (em µC) do capacitor
de capacitância 1 µF é:
04. (MACKENZIE SP 2001) Na associação a seguir, a ddp. entre as
armaduras do capacitor de 4 µF é:
18 V
a) 3,0 V
1µF 2µ F 2µF b) 4,5 V
c) 6,0 V
d) 9,0 V 6µ F 4 µF
3V 1 e) 13,5 V
6V

a) 0 d) 3/16 6µ F
b) 3/64 e) 1/2
c) 1/6

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CAPACITORES

05. (MACKENZIE SP 2001) A carga elétrica que a associação de 09. Um capacitor plano a vácuo é constituído por duas placas
capacitores abaixo armazena, quando estabelecemos entre A e B a metálicas com área de 0,10 m2 cada e separadas por uma distância de
ddp. de 22 V, é: 5 cm. Este capacitor é ligado a uma bateria de 500 V. Sobre o assunto,
3µF 6µF qual o valor da soma das alternativas corretas?
Dados: ε0 = 8,85 × 10–12 F/m
A B
01) Umas das funções básicas de um capacitor é o armazenamento de
energia elétrica.
02. O valor da carga armazenada no capacitor será igual a 8,85 ×
2µF 10–9.
04) Mantendo as condições apresentadas no enunciado, se for
colocado entre as placas do capacitor um material dielétrico de
a) 22 µC d) 66 µC constante elétrica igual a 2 e que irá preencher totalmente a
região entre as placas, o valor da carga elétrica armazenada nas
b) 33 µC e) 88 µC
placas irá dobrar em relação ao valor sem dielétrico.
c) 44 µC
08) Uma das consequências da introdução de um material dielétrico
entre as placas de um capacitor é o aumento do valor do campo
06. Três capacitores de capacitância C1 = 20 µF, C2 = 40 µF e C3 = 40 µF elétrico na região entre as placas.
estão associados em série. Esta associação é ligada a uma fonte de
16) A capacitância do capacitor a vácuo, apresentado no enunciado,
fem ε, conforme a figura. Sabendo-se que a carga em uma das placas
é 3 × 10–11 F.
do capacitor C1 é q = 30 µC, a fem ε tem o valor de:
a) 7 d) 17
a) 24 V
L D O c) P15R O
b) 14 e) 21

A
b) 12 V
c) 6,0 V I FE
d) 4,5 V R 10. (EN 2013) O circuito esquemático apresentado na figura abaixo
mostra uma bateria de fem e resistência interna, entre as extremidades

S
TE

e) 3,0 V
de um resistor que está ligado em paralelo a um capacitor de

SO
capacitância C completamente carregado. Sabendo que a carga
MA

armazenada no capacitor é de 40 µC, os valores da capacitância C,


07. (MACKENZIE SP 2004) Dois capacitores planos idênticos, cujas em µF, e da energia potencial elétrica armazenada no capacitor, em
placas possuem 1,00 cm² de área cada uma, estão associados em

R
mJ, são, respectivamente:
série, sob uma ddp. de 12,0 V. Deseja-se substituir os dois capacitores
por um único capacitor que tenha uma capacidade elétrica equivalente
à da associação. Se o novo capacitor também for plano, possuir o
mesmo dielétrico e mantiver a mesma distância entre as placas, a área
de cada uma delas deverá ter:
R
MA

SO
T

R
E

IA a) 0,50 e 1,6 F d) 0,20 e 3,2

L D Oc) 0,40 O
P eR2,0
a) 0,25 cm2 d) 2,0 cm2 b) 0,50 e 2,0 e) 0,20 e 1,6
b) 0,50 cm2 e) 4,0 cm2
c) 1,5 cm2

08. Considere o circuito abaixo, onde CA = 0,20 µF e CB = 0,10 µF. RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Então: Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
10Ω

+ GABARITO
E = 90V 10Ω
CA CB EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E 03. A 05. C 07. C 09. C

10Ω
02. D 04. C 06. C 08. E 10. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
a) a carga do capacitor CA é 6,0 µC. 01. C 03. B 05. D 07. C 09. D
b) a carga total nos dois capacitores é 6,0 µC. 02. C 04. E 06. E 08. D 10. D
c) a carga em CA é nula. EXERCÍCIOS DE COMBATE
d) a carga em CA é 9,0 µC. 01. A 03. D 05. E 07. B 09. A
02. C 04. E 06. E 08. A 10. A

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INTRODUÇÃO À
ELETRODINÂMICA

CORRENTE ELÉTRICA INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA


Na eletrostática podemos estudar uma parte da física que analisa Podemos obsersar que os elétrons passam por uma secção transversal
as interações e o comportamento das cargas elétricas que estão em de um fio e, desse modo, podemos medir a quantidade média de elétrons
repouso. Entretanto, chegou o momento de estudar a eletrodinâmica, que passam pelo fio, logo a intensidade média da corrente elétrica i num
onde iremos analisar o comportamento das cargas elétricas em condutor em um intervalo de tempo ∆t, é dado como:
movimento. i = Q / ∆t
Em primeiro lugar, iremos analisar conceito de corrente elétrica.
Desse modo, para o sistema internacional temos que a corrente
Por exemplo, alguns equipamentos elétricos, que chamamos de
elétrica será definida como ampère* (A), portanto:
geradores de eletricidade, como as pilhas e as baterias, apresentam
duas regiões que chamamos de polos. Um polo de maior potencial,
L
que consideramos positivo (+) e um polo de menor potencial, que
D O P1A R
= 1C / 1s , ampère é definido como coulomb por segundo.
O
I A
consideramos (–), existindo então uma diferença de potencial. FE
TIPOS DE CONDUTORES
Analisando os condutores de
R
eletricidade, os elétrons da
última camada estão fracamente ligados ao núcleo. Assim, quando

S
TE

conectamos um fio condutor a uma bateria, os elétrons que estão CONDUTORES SÓLIDOS

SO
livres começam um movimento através do condutor, indo do polo de A corrente elétrica é constituída somente pelo movimento dos
menor potencial (–) para o de maior potencial (+).
MA

elétrons.

R
SENTIDOS DA CORRENTE ELÉTRICA CONDUTORES LÍQUIDOS
A corrente elétrica é constituída pelo movimento de cargas
SENTIDO REAL positivas e negativas, (cátions e ânions).
Ocorre nos condutores sólidos, sendo o movimento dos elétrons e Obs.: também são conhecidos como soluções eletrolíticas, sendo
acontece do polo negativo para o polo positivo. formadas basicamente por solutos e solventes.
R
MA

SENTIDO CONVENCIONAL CONDUTORES GASOSOS


SO

É o sentido da corrente elétrica correspondente ao sentido do A corrente elétrica é constituída pelo movimento de cátions e
campo elétrico no interior do condutor, que vai do polo positivo para ânions. Isto ocorre nas lâmpadas fluorescentes a vapor de sódio ou
o negativo. de mercúrio.
T

R
E

IA F
CORRENTE CONTÍNUA

L DO PR O Uma corrente pode ser chamada de contínua quando não altera


seu sentido de movimento, logo, é sempre positiva ou sempre negativa.
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente
contínua, embora nem todas tenham o mesmo rendimento.
i(A)

Q
t(s)
0 t1 t2
Disponível em: http://s2.glbimg.com/8Vaq_
WztKLxo98xqnD15DVFh364=/0x0:620x200/620x200/s.glbimg.com/po/ek/f/
original/2013/06/13/grafico-eletromagnetismo.jpg
Disponível em: http://www.netfisica.com/novo/images/artigos/corrente3.png
Pode-se dizer que uma corrente contínua é constante, caso seu
gráfico seja dado por um segmento de reta constante, ou seja, não
variável. Esse tipo de corrente é aplicado no caso de pilhas e baterias.

PROMILITARES.COM.BR 169

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INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

CORRENTE ALTERNADA A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R),


que depende de fatores como a natureza do material. Quando esta
i(s)
proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor
de ôhmico, tendo seu valor dado por:

U
R=
i

Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: para


t(s) condutores ôhmicos a intensidade da corrente elétrica é diretamente
proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais.

Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/


Eletrodinamica/figuras/ccca3.gif

É uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário ôhmico não-ôhmico
da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao longo do
tempo. A razão entre a corrente elétrica e a ddp no gráfico acima fornece
a inclinação da reta, que é a mesma para qualquer valor de ddp.
DO PRO
Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos polos
Portanto, podemos dizer que o material que foi submetido à voltagem
positivo e negativo, a de corrente alternada é composta por fases (e,

A L obedece à lei de Ohm, já que a corrente elétrica que o atravessa é


muitas vezes, pelo fio neutro).
I FE
proporcional à ddp e a sua resistência é constante.

RESISTORES R Dispositivos que não apresentam um valor de corrente elétrica


proporcional à ddp são denominados de não ôhmicos. Na

S
TE

São dispositivos elétricos muito utilizadoss em eletrônica, ora com Microeletrônica, a maior parte das tecnologias é feita com dispositivos

SO
a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica por que não obedecem à chamada Primeira lei de Ohm, como celulares,
meio do efeito joule, ora com a finalidade de limitar a corrente elétrica calculadoras, por exemplo.
MA

em um circuito.

R
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: CONDUNTÂNCIA
o filamento de uma lâmpada incandescente, o aquecedor de um
Pode-se também definir uma grandeza chamada Condutância
chuveiro elétrico, os filamentos que são aquecidos em uma estufa,
elétrica (G), como a facilidade que uma corrente tem em passar por
entre outros.
um condutor submetido à determinada tensão, ou seja, este é igual
Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda ao inverso da resistência:
a resistência encontrada proveniente de resistores, ou seja, são R
consideradas as ligações entre eles como condutores ideais (que não 1 1 i
G G 
MA

apresentam resistência), e utilizam-se as representações: R U U


SO

i
E sua unidade, adotada pelo SI é o siemens (S), onde:
T

1
R 1S    1
E

IA F 

L DO PR O
SEGUNDA LEI DE OHM
Disponível em: http://engcomp.com.br/wp-content/uploads/
2016/06/resistor-simbolo.png A segunda lei de Ohm caracteriza as grandezas que influenciam
na resistência elétrica de um condutor homogêneo.
Foi através de experimentos que Ohm pôde verificar que
RESISTÊNCIA ELÉTRICA a resistência elétrica de um determinado condutor dependia
É definida como a capacidade que um corpo tem de opor-se à basicamente de quatro variáveis: o seu comprimento, o material do
passagem da corrente elétrica. A unidade de medida da resistência no qual era feito, da área de secção transversal e da sua temperatura.
SI é o Ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm, Através de suas realizações experimentais, mantendo constante a
e representa a razão volt/Ampére. temperatura do condutor, Ohm pôde chegar às seguintes afirmações
Quando aplicamos uma tensão U, em um condutor qualquer se e conclusões.
estabelece nele uma corrente elétrica de intensidade i. Na grande • Comprimento: em condutores feitos de um mesmo material
maioria dos condutores estas duas grandezas são diretamente e com idêntica forma e espessura, a resistência elétrica é
proporcionais, ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à diretamente proporcional ao comprimento.
outra.
Desta forma: • Secção transversal: em condutores feitos de um mesmo
U material e com idêntico comprimento e forma, a resistência
U α ii elétrica é inversamente proporcional à área da secção transversal.
U
 constante • Material: dois condutores idênticos em forma, comprimento
i e espessura, submetidos a uma idêntica ddp, apresentam
resistências elétricas diferentes.

170 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 170 03/11/2021 11:01:08


INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

Considerando todos esses aspectos, escrevemos o resultado De acordo com a 1ª Lei de Ohm, temos que U = R · i. Substituindo
conhecido como Segunda lei de Ohm: essa equação na equação da potência de um dispositivo elétrico
(P = U · i), obtemos:
L
R=p P = U · i ⇒ P = (R · i) · i ⇒ P = R · i2
A
Onde: Isolando i na equação da 1ª Lei de Ohm:
R é a resistência elétrica do condutor; U
U  R i  i 
L é o comprimento desse condutor; R
A é a área da secção transversal do condutor; Substituindo na equação da potência temos:
p é uma constante de proporcionalidade característica do material,
conhecida como resistividade elétrica. U U2
P = U · i ⇒ P  U P 
No sistema internacional de unidades (SI), a unidade da R R
resistividade é ohm.metro (Ω.m). É possível obter essa igualdade da Portanto, para calcular a potência elétrica num resistor, podemos
seguinte forma: aplicar:
RA   m2 U2
p  [p]    m P  iU P  R  i2 P
L m R

Desse modo, podemos concluir que quanto melhor condutor for O quilowatt-hora, por exemplo, é uma unidade de energia
o material, menor será sua resistividade. De uma maneira geral, a bastante utilizada pelas companhias de energia elétrica para medir
resistividade de um material aumenta com o aumento da temperatura. o consumo de energia. Se observarmos as contas de energias de

L DO PRO nossas casas veremos que pagamos pela quantidade de kWh que
consumimos em um mês. Um kWh corresponde à energia consumida
ENUNCIADO DA LEI DE JOULE
I A
A energia elétrica dissipada num resistor, num dado intervalo de
FE
por um aparelho de potência de 1 kWh (1000 W), ligado durante uma
hora. Sua relação com o joule é dada por:

corrente elétrica que o percorre.


R
tempo ∆t, é diretamente proporcional ao quadrado da intensidade de
P
E
 E  P  t

S
TE

t

SO
1 kWh = 1 kW · 1 h = 103 W · 3600 s
POTÊNCIA ELÉTRICA
MA

1 kWh = 3,6 · 106 J


A potência elétrica dissipada por um condutor pode ser definida

R
como a quantidade de energia térmica que passa por ele durante uma
quantidade de tempo. ENERGIA ELÉTRICA
E A energia elétrica pode ser calculada a partir do produto da
Pot  potência do equipamento pelo seu tempo de funcionamento.
t
Os avanços tecnológicos dos últimos séculos mostraram-se de
A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule extrema importância para a sociedade moderna. Equipamentos
por segundo (J/s).
R
eletroeletrônicos, como computador, televisão, aparelhos de som,
MA

Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é aquecedores e diversos outros, só existem graças à energia elétrica.
SO

decorrente do efeito Joule, concordamos que a energia transformada


em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo
condutor. Ou seja:
O QUE É ENERGIA ELÉTRICA?
T

A energia elétrica é a capacidade de uma corrente elétrica realizar


S

E = EPi – EPf
R trabalho. Essa forma de energia pode ser obtida por meio da energia
E

Mas, sabemos que:


IA F
química ou da energia mecânica, por intermédio de turbinas e geradores
EP = q · v
L D O APaplicação O
que transformam essas formas de energia em energia elétrica.
R de uma diferença de potencial entre dois pontos de
Então: um condutor, gerando uma corrente elétrica entre seus terminais,
E  q  vi  q  v 2 origina o que entendemos como energia elétrica. Hoje em dia a
energia elétrica é a principal fonte de energia do mundo.
E  q   v1  v 2 
A principal função da energia elétrica é originar outros tipos de
E  q U energia, como a energia mecânica e a energia térmica.

Logo:
q U
CÁLCULO DA ENERGIA ELÉTRICA
Pot  Para calcularmos a energia elétrica, usamos a equação:
t
E = P · ∆t
q
Mas sabemos que i  , então podemos escrever que: E é a energia elétrica;
t
P é a potência;
Pot = U · i
∆t é a variação do tempo.
Onde:
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a energia é dada
P é a potência, que é dada em watt (W); em joule (J), porém, a unidade de medida mais utilizada para é o
i é a corrente elétrica, que é dada por ampère (A); quilowatt-hora (kWh).
U é a tensão, que é dada em volt (V).

PROMILITARES.COM.BR 171

PM_BOOK08_FIS.indb 171 03/11/2021 11:01:13


INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

Exercício Resolvido Exercício Resolvido

01. A lei da Física que estabelece uma relação linear entre corrente 04. As lâmpadas econômicas transformam 80% da energia
elétrica e diferença de potencial é a Lei elétrica consumida em luz e dissipam os 20% restantes em forma
a) da inércia. de calor. Já as incandescentes transformam 20% da energia
elétrica consumida em luz e dissipam o restante em forma de calor.
b) de Ohm. Assim, quando duas dessas lâmpadas possuem luminosidades
c) de Coulomb. equivalentes, a econômica apresenta uma potência igual a um
d) de Ampere. quarto de potência da incandescente.
Quando uma lâmpada incandescente de 60w é substituída por
uma econômica de mesma luminosidade, deixa-se de transferir
Resolução: B para o ambiente, a cada segundo, uma quantidade de calor, em
A 1ª Lei de Ohm é a única que apresenta uma relação linear entre joule, igual a
corrente elétrica (I) e diferença de potencial elétrico (U): a) 3
U=R·I b) 12
c) 15
Exercício Resolvido d) 45
e) 48
02. Considere um fio condutor, fabricado com uma liga metálica
que confere uma determinada resistência elétrica proporcional
Resolução: D
D O DoPenunciado,
ao comprimento do fio e com pouca variação em função da
temperatura (±1 °C). A configuração que produz a mesma
L R O temos as potências:
IA
resistência equivalente a uma peça de 2 m de fio é
a) 2 peças de 4 m ligadas em paralelo.
P = 60 W
FE i

b) 2 peças de 4 m ligadas em série. R =P


60 W
= 15 W e
4

S
TE

c) 4 peças de 2 m ligadas em paralelo.


Como E = P · ∆t, as energias transferidas para o ambiente são:

SO
d) 4 peças de 2 m ligadas em série.
E=
i 0,8 ⋅ 60 ⋅ 1 ⇒ E=i 48 J
MA

Ee= 0,2 ⋅ 15 ⋅ 1 ⇒ Ee= 3 J


Resolução: A

R
Pela 2ª Lei de Ohm, temos: Portanto, a cada segundo, deixa-se de transferir para o ambiente
uma quantidade de calor igual a 45 J.
ρ 2ρ
R= ⇒ R0 =
A A
Para 2 peças de 4 m ligadas em paralelo, a resistência equivalente EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
será: R
MA

4ρ 4ρ

SO


= A A= = R0
Req
4ρ 4ρ A
+
A A 01. Aplica-se uma diferença de potencial aos terminais de um resistor
T

R
Portanto, esta é a configuração adequada. que obedece à Lei de Ohm. Sendo U a diferença de potencial, R a
E

IA F
resistência do resistor e I a corrente elétrica, qual dos gráficos abaixo

L DO PRO
NÃO representa o comportamento deste resistor?
Exercício Resolvido a) c)

03. Um chuveiro elétrico opera em uma rede de 220 volts


dissipando 7.600 J/s de calor em sua resistência. Se esse mesmo
chuveiro fosse conectado a uma rede de 110 volts, a potência
dissipada, em J/s, passará a ser de
a) 5.700 d) 1.900
b) 3.800 e) zero
c) 2.533 b) d)

Resolução: D
Da relação entre potência e tensão (com resistência constante), vem:
2
U2 U2 U2 U 2 U 
P= ⇒R= ⇒ 1 = 2 ⇒ P2 = P1  2 
R P P1 P2  U1 
Substituindo os valores dados no enunciado, obtemos:
2 02. Uma tensão de 12 volts aplicada a uma resistência de 3,0Ω
 110  produzirá uma corrente de:
P2 = 7600  
 220  a) 36 A c) 4,0 A
∴ P2 =1900 J s
b) 24 A d) 0,25 A

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INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

03. (EEAR 2019) O gráfico a seguir corresponde ao comportamento 07. (EAM 2017) Um aparelho de ar condicionado de uma residência
da corrente elétrica que percorre um condutor, em função da diferença tem potência nominal de 1100 W e está ligado a uma rede elétrica de
de potencial a ele aplicada. 220 V. Sabendo que, no verão, esse aparelho funciona durante 6 horas
por dia, pode-se dizer que a corrente elétrica que circula pelo aparelho
e o seu consumo mensal (30 dias) de energia valem, respectivamente:
a) 5 A e 198 kWh
b) 5 A e 186kWh
c) 5 A e 178kWh
d) 6 A e 198kWh
e) 6 A e 186 kWh

08. (EEAR 2016) Sabendo que a diferença de potencial entre uma


nuvem e a Terra, para que aconteça a descarga elétrica de um raio, é
em torno de 3 · 108 V e que a corrente elétrica produzida neste caso
é aproximadamente de 1 · 105 A, qual a resistência média do ar, em
Sabendo-se que este condutor é constituído de um fio de 2 m de ohms (Ω)?
comprimento e de um material cuja resistividade, a 20 °C, vale
1,75 · 10-6 Ω·m, determine a área da seção transversal do fio e o valor a) 1.000
da resistência elétrica desse condutor na referida temperatura. b) 2.000
a) 0,7 · 10-4 cm² e 0,5 Ω c) 3.000

DO PRO
b) 0,7 · 10-4 cm² e 500 Ω d) 4.000
c) 0,83 · 10-4 cm² e 12,5 Ω L
IA FE
09. (EAM 2015) Observe a figura abaixo.
d) 0,83 · 10-4 cm² e 500 Ω
R
04. (EAM 2019) Um fio de cobre apresenta resistência elétrica de 2,0 Ω

S
TE

e comprimento de 4,0 m. Sabendo que a resistividade elétrica do

SO
cobre é de 1,7 × 10-8 Ω·m, calcule a área da secção transversal do fio,
MA

em m², e assinale a opção correta.


a) 3,4 × 10-8

R
b) 6,8 × 10-8
c) 7,2 × 10-8
d) 8,5 × 10-8 O esquema acima representa, de modo simplificado, a ligação de um
e) 9,4 × 10-8 chuveiro elétrico em uma rede de alimentação elétrica doméstica.
Supondo que a chave reguladora de temperatura esteja na posição 2
R
05. (EEAR 2018) Uma barra homogênea de grafite no formato de um e usando as informações mostradas, pode-se afirmar que a corrente
MA

paralelepípedo, com as dimensões indicadas na figura, é ligada a um elétrica que passa pelo disjuntor vale
SO

circuito elétrico pelos condutores ideais A e B. Neste caso, a resistência a) 20A


elétrica entre os terminais A e B é de ____ ohms.
b) 25A
T

c) 30A
R
E

F
d) 35A
IA O
e) 40A
L D O10. (EEAR
P R2015) O filamento das lâmpadas A e B representadas
Considere: na figura abaixo, são feitos do mesmo material e tem o mesmo
comprimento. O fio da lâmpada A é mais espesso que da lâmpada B.
mm2
1. a resistividade do grafite: ρ= 75 Ω Neste caso, ao ligar cada lâmpada a uma bateria de 20 V, podemos
m afirmar que pela lâmpada B passará uma corrente
2. a barra como um resistor ôhmico.
a) 0,5 c) 1,5
b) 1,0 d) 2,0

06. (EEAR 2017) Um ser humano com a pele molhada, no banho, por
exemplo, pode ter a resistência elétrica de seu corpo reduzida a 15 kΩ.
Se o chuveiro utilizado trabalha na voltagem de 220 V e sabendo que
a corrente elétrica maior que 100 mA causa fibrilação, podendo causar
morte. Maior que 20 mA causa dificuldade de respiração e que, maior a) maior do que pela lâmpada A, pois a lâmpada B tem maior
que 10 mA, causa contração muscular, assinale a afirmação correta sobre resistência.
o possível resultado do contato da mão de um indivíduo com o chuveiro,
tendo os pés em contato direto com o solo, nas condições citadas. b) maior do que pela lâmpada A, pois a lâmpada B tem menor
resistência.
a) nada acontece.
c) menor do que pela lâmpada A, pois a lâmpada B tem maior
b) sofre contração muscular. resistência.
c) tem dificuldade para respirar. d) menor do que pela lâmpada A, pois a lâmpada B tem menor
d) é levado à morte por fibrilação. resistência.

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PM_BOOK08_FIS.indb 173 03/11/2021 11:01:14


INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

EXERCÍCIOS DE 05. (PUC MG 2014) Caso se considere o percurso de um raio como um

TREINAMENTO
fio percorrido por uma gigantesca corrente elétrica, com intensidade
I = 48.000 Amperes, assinale o número de elétrons que passa através
da área de seção reta desse fio, a cada segundo.
Dado: carga do elétron q = 1,6 × 10–19C
01. (EAM 2015) Considere um dispositivo elétrico cujo valor da a) 3,0 × 1023 elétrons
resistência elétrica é constante. Estando ele devidamente conectado b) 4,8 × 1019 elétrons
aos terminais de uma bateria de 12 volts, a intensidade da corrente
elétrica que o percorre é de 4 A. Com base nessas informações, pode- c) 1,6 × 10–15 elétrons
se afirmar que o valor da resistência elétrica deste dispositivo, em d) 3,2 × 10–19 elétrons
ohms, é:
a) 1/3 c) 8 e) 48 06. (PUCCAMP SP 2012) Durante uma tempestade raios cortam os céus.
Os relâmpagos e os trovões são consequências das descargas elétricas
b) 3 d) 16
entre nuvens ou entre nuvens e o solo. Para proteger uma grande área
dessas descargas são instalados os para-raios, cujo funcionamento se
02. (EAM 2014) Analise a tabela a seguir. baseia na indução eletrostática e no poder das pontas.
Uma descarga elétrica entre uma nuvem e um para-raio transporta
CORRENTE ELÉTRICA DANO BIOLÓGICO uma carga elétrica de, aproximadamente, 12 C, correspondendo a
uma corrente elétrica de, aproximadamente, 100.000 A. A ordem de
De 0,01 A até 0,02 A Dor e contração muscular
grandeza da duração dessa descarga, em segundos, é
De 0,02 A até 0,1 A Parada respiratória a) 10–4 d) 1,2 × 10–3

De 0,1 A ate 3 A
L D O b) P1,2R× 10O
Fibrilação ventricular que pode ser fatal
–4
e) 10–2

Acima de 3 A I A
Parada cardíaca e queimaduras graves
c) 10 –3

FE
R
www.mundoeducacao.com/fisica/os-efeitos-corrente-e...
07. (PUCCAMP SP 2013) Para a projeção das “fitas” numa tela de
cinema é utilizada uma lâmpada cujo filamento está situado no

S
TE

centro de curvatura de um espelho côncavo que, juntos, servem para

SO
A tabela acima apresenta valores de corrente elétrica e as
iluminar com bastante intensidade o filme. A lâmpada que ilumina
consequências para a saúde dos seres humanos. Para medir a corrente
MA

o filme de um aparelho de projeção tem potência de 210 W e está


elétrica a que uma pessoa fica submetida deve-se dividir a diferença
sendo alimentada por uma fonte de 126 V.
de potencial (ddp) em volts (V) pela resistência elétrica em Ohms (Q).

R
Desta forma, assinale a opção que indica a consequência para uma O número de elétrons que passam pelo filamento dessa lâmpada, em
pessoa que tenha uma resistência elétrica de 2000 Q e fica submetida 30 s é de, aproximadamente,
a uma ddp de 100 V de uma rede elétrica. Dado: Carga elementar = 1,6 × 10–19 C
a) Contração muscular. a) 1,3 × 1020 d) 2,1 × 1020
b) Parada respiratória. b) 5,3 × 10 20
R e) 7,2 × 1020
c) Parada cardíaca. c) 3,1 × 10 20
MA

SO

d) Fibrilação ventricular.
e) Queimaduras graves. 08. (UNICAMP SP 2017) Tecnologias móveis como celulares e tablets
têm tempo de autonomia limitado pela carga armazenada em suas
baterias. O gráfico abaixo apresenta, de forma simplificada, a corrente
T

03. (EEAR 2012) Assinale a alternativa que indica, corretamente,


R de recarga de uma célula de bateria de íon de lítio, em função do
E

quais devem ser os valores das resistências elétricas (rV e rI), de um


E

IA
chuveiro elétrico ligado em uma rede elétrica de 220 volts, que dissipa F
tempo. Considere uma célula de bateria inicialmente descarregada e

L DO PRO
que é carregada seguindo essa curva de corrente. A sua carga no final
2750 watts na posição verão e dissipa o dobro na posição inverno.
da recarga é de
rV = resistência elétrica do chuveiro na posição verão.
rI = resistência elétrica do chuveiro na posição inverno.
a) rV = 8,8 Ω; rI = 17,6 Ω.
b) rV = 17,6 Ω; rI = 8,8 Ω.
c) rV = 17,6 Ω; rI = 35,2 Ω.
d) rV = 35,2 Ω; rI = 17,6 Ω.

04. (EEAR 2013) Um eletricista necessita construir um aquecedor


elétrico. Para isso, utilizará um o de níquel-cromo enrolado em um
cilindro de cerâmica. Com base nos dados a seguir, calcule, em metros,
o comprimento do o que será necessário.
Dados:
- Voltagem utilizada: 120 V
- Potência desejada do aquecedor: 2400 W
- Fio de níquel-cromo com 1 mm de área transversal
a) 3,3 C.
- Resistividade do o: ρ = 1,5 · 10 Ωm
b) 11.880 C.
a) 1,0 c) 3,0
c) 1200 C.
b) 2,0 d) 4,0
d) 3.300 C.

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INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

09. (ENEM 2016) O choque elétrico é uma sensação provocada pela 02. (FATEC SP 2017) Em uma disciplina de circuitos elétricos da
passagem de corrente elétrica pelo corpo. As consequências de um FATEC, o Professor de Física pede aos alunos que determinem o
choque vão desde um simples susto até a morte. A circulação das cargas valor da resistência elétrica de um dispositivo com comportamento
elétricas depende da resistência do material. Para o corpo humano, inicial ôhmico, ou seja, que obedece à primeira lei de Ohm. Para isso,
essa resistência varia de 1 000 Ω, quando a pele está molhada, até os alunos utilizam um multímetro ideal de precisão e submetem o
100 000 Ω, quando a pele está seca. Uma pessoa descalça, levando dispositivo a uma variação na diferença de potencial elétrico anotando
sua casa com água, molhou os pés e, acidentalmente, pisou em um os respectivos valores das correntes elétricas observadas. Dessa forma,
fio desencapado, sofrendo uma descarga elétrica em uma tensão de eles decidem construir um gráfico contendo a curva característica do
120 V. dispositivo resistivo, apresentada na figura.
Qual a intensidade máxima de corrente elétrica que passou pelo corpo
da pessoa?
a) 1,2 mA d) 833 A
b) 120 mA e) 120 kA
c) 8,3 A

10. (PUCCAMP SP 2017) A distribuição de energia elétrica para


residências no Brasil é feita basicamente por redes que utilizam
as tensões de 127 V e de 220 V, de modo que os aparelhos
eletrodomésticos são projetados para funcionarem sob essas tensões.
A tabela mostra a tensão e a intensidade da corrente elétrica que
percorre alguns aparelhos elétricos resistivos quando em suas
condições normais de funcionamento.
L DO PRO
APARELHO TENSÃO (V)
I A
CORRENTE (A) FE
Com os dados obtidos pelos alunos, e considerando apenas o

Chuveiro 220 R 20
trecho com comportamento ôhmico, podemos afirmar que o valor
encontrado para a resistência elétrica foi, em kΩ, de

S
TE

Lâmpada incandescente 127 1,5 a) 3,0

SO
b) 1,5
MA

Ferro de passar 127 8


c) 0,8

R
Sendo RC, RL e RF, respectivamente, as resistências elétricas do chuveiro, d) 0,3
da lâmpada e do ferro de passar, quando em suas condições normais e) 0,1
de funcionamento, é correto afirmar que:
a) RF > RL > RC 03. O gráfico a seguir representa a curva característica de um resistor
b) RL > RC > RF desconhecido.
c) RC > RL > RF
R
MA

d) RC > RF > RL
SO

e) RL > RF > RC
T

R
E

EXERCÍCIOS DE
E

F
COMBATE I A L O
DO PR
Para esse resistor desconhecido, qual é o gráfico da resistência
01. Considere a figura abaixo: aparente versus a corrente elétrica i ?
a) c)

b) d)
O gráfico representa a curva característica de um resistor. Se o resistor é
percorrido por uma corrente elétrica de 10 A, a diferença de potencial
aplicada ao resistor é de:
a) 20 V d) 50 V
b) 30 V e) 60 V
c) 40 V

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PM_BOOK08_FIS.indb 175 03/11/2021 11:01:15


INTRODUÇÃO À ELETRODINÂMICA

04. (FGV) Um fio de cobre tem um raio igual a r, uma resistência R O consumo de energia registrado no medidor da residência,
e comprimento L. Se o raio do fio for duplicado e o comprimento correspondente ao gráfico acima é:
reduzido à metade, o novo valor da resistência vale: a) 5,6 kW × h
a) 4R b) 12,0 kW × h
R c) 8,0 kW × h
b)
4 d) 4,8 kW × h
c) R
e) 9,6 kW × h
R
d)
8 09. As companhias de eletricidade geralmente usam medidores
e) 8R calibrados em quilowatt-hora (kWh). Um kWh representa o trabalho
realizado por uma máquina desenvolvendo potência igual a 1 kW
05. (ENEM 2013) O chuveiro elétrico é um dispositivo capaz de durante 1 hora. Numa conta mensal de energia elétrica de uma
transformar energia elétrica em energia térmica, o que possibilita residência com 4 moradores, leem-se, entre outros, os seguintes valores:
a elevação da temperatura da água. Um chuveiro projetado para
funcionar em 110V pode ser adaptado para funcionar em 220V, de CONSUMO (kWh) TOTAL A PAGAR (R$)
modo a manter inalterada sua potência.
300 75,00
Uma das maneiras de fazer essa adaptação é trocar a resistência do
chuveiro por outra, de mesmo material e com o(a)
Cada um dos 4 moradores toma um banho diário, um de cada vez, num
a) dobro do comprimento do fio. chuveiro elétrico de 3 kW. Se cada banho tem duração de 5 minutos,

DO PRO
b) metade do comprimento do fio. o custo ao final de um mês (30 dias) da energia consumida pelo
c) metade da área da seção reta do fio.
A L chuveiro é de
d) quádruplo da área da seção reta do fio.
I
a) R$ 4,50.
FE
e) quarta parte da área da seção reta do fio.
R b) R$ 7,50.
c) R$ 15,00.

S
TE

06. Um fio condutor cilíndrico com raio r e comprimento L é feito d) R$ 22,50.

SO
de um metal maleável e está submetido a uma tensão elétrica V, de
e) R$ 45,00.
MA

modo que seja percorrido por uma corrente io. O fio é então esticado,
de modo que seu comprimento seja quadruplicado e sua densidade
10. (PUC SP) Um jovem, preocupado em economizar energia

R
volumétrica seja mantida constante. Sabendo-se que a tensão elétrica
aplicada no fio é a mesma de antes de ele ser esticado, podemos dizer elétrica em sua residência, quer determinar qual o consumo relativo
que a corrente que passa pelo fio será: à utilização, durante o mês, da máquina de lavar roupa. Percebeu,
então, que os ciclos de lavagem duram 30 minutos e que a máquina é
a) 1/16 da corrente inicial io. utilizada durante 12 dias no mês (30 dias). Sabendo que o manual do
b) 1/4 da corrente inicial io. fabricante informa que essa máquina tem potência de 450 W, qual foi
c) 1/2 da corrente inicial io. o consumo encontrado, em kWh? R
a) 2
MA

d) O dobro da corrente inicial io.


SO

b) 2,7
07. Considere um fio de 28,0 m de comprimento e área de secção reta c) 5,4
0,5 cm2, feito de um material cuja resistividade, suposta constante, é
d) 20
T

2,5 × 10–6 Ω·m.


R e) 27
E

Sendo suas extremidades submetidas a uma ddp de 4,2 V, então a


IA
intensidade da corrente que percorre o fio, em A, é igual a F
a) 3,0
L DO PR O EM VÍDEO
RESOLUÇÃO
b) 3,5 Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
c) 4,0
d) 4,5
e) 5,0 GABARITO

08. O gráfico abaixo representado mostra, a potência elétrica, P, EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO


medida em kW, fornecida pela Coelce, a uma dada residência de 01. D 04. A 07. A 10. C
Fortaleza, entre as 6 horas e as 18 horas de um determinado dia.
02. C 05. C 08. C
03. B 06. B 09. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 04. D 07. C 10. E
02. B 05. A 08. B
03. B 06. A 09. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. D 04. D 07. A 10. B
02. A 05. E 08. A
03. B 06. A 09. B

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores
interligados, chamada associação de resistores. O comportamento
desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo
seus possíveis tipos: em série, em paralelo e mista.

ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Associar resistores em série significa fazer uma ligação onde o

DO PRO
caminho seja único, ou seja:

A L Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/

FE
associa%C3%A7%C3%A3o%20em%20paralelo.jpg

I
R a corrente elétrica
Como só há um caminho para ser percorrido,
Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito
é igual à soma das intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja:

S
TE

que atravessa o circuito é a mesma para todos os resistores. Porém, a


i = i1 + i2 + i3 + ... + in

SO
diferença de potencial se divide por cada resistor, proporcionalmente
de acordo com o valor da sua resistência, obedecendo a 1ª Lei de
MA

Pela 1ª lei de ohm:


Ohm. Logo:
U U U U

R
U1=R1 ⋅ i i= + + +...+
R1 R2 R3 Rn
U2 =R2 ⋅ i
U3 =R3 ⋅ i E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão
U4 =R 4 ⋅ i são mantidas, podemos concluir que a resistência total em um circuito
em paralelo é dada por:
Podemos analisar da seguinte forma também: R
1 1 1 1 1
MA

= + + +...+
RT R1 R2 R3 Rn
SO

Caso todos os resistores sejam iguais, podemos concluir que:


T

R
S

Req =
R
E

n
E

IA F
L DO PRO
Desse modo, podemos falar que diferença de potencial do circuito
é o somatório da diferença de potencial em cada resistor: Onde ‘n’ seria o número de resistores iguais e R o valor de cada
resistência.
U = U1 + U2 + U3 + ... + Un
PONTE DE WHEATSTONE
Rt · i = R1 · i + R2 · i + R3 · i + ... + Rn · i
A ponte de Wheatstone pode ser considerada uma montagem
Se analisarmos a equação acima, tendo em vista que a corrente é que é usada para descobrirmos o valor de uma resistência elétrica
a mesma para todos os resistores, podemos concluir que: desconhecida.
A ponte consiste em dois ramos de circuito contendo dois
RT = R1 + R2 + R3 + .... + Rn
resistores cada um e interligados por um galvanômetro. Todo conjunto
Caso todos os resistores sejam iguais, podemos concluir que: deve ser ligado a uma fonte de tensão elétrica.

Req = n · R

Onde ‘n’ seria o número de resistores iguais e R o valor de cada


resistência.

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Ligar resistores em paralelo significa basicamente fornecer uma
mesma diferença de potencial para todos eles, fazendo com que a
corrente total do circuito se divida por cada um. Sendo que a corrente
se divide de modo inversamente proporcional ao valor de cada Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_4zd06fOobnY/TFwH2GLu2nI/
resistência. Ou seja: AAAAAAAAAaE/GEH-MhJpqjI/s1600/ponte.jpg

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

Variando-se a resistência do reostato, pode-se obter um ponto em Como o resistor R2 não é percorrido por corrente, podemos
que a indicação no galvanômetro fica nula, aí a ponte está equilibrada. retirá-lo do circuito. Assim, a resistência equivalente desse circuito é
calculada da seguinte maneira:
IDC = 0
Equilíbrio = 
ICD = 0 Req = R1 + R3 + R4

Dos resistores R1, R2, R3, um deles é o desconhecido, cujo valor


desejamos determinar e os outros dois são resistores conhecidos. AMPERÍMETRO
Com a ponte equilibrada: O amperímetro é um aparelho que mede a intensidade da
corrente elétrica que percorre um elemento do circuito elétrico. Para
Uac = R1 · i1
que isso seja possível, é preciso que o voltímetro seja colocado em
Uad = R2 · i2 série com esse elemento.

Ucb = R3 · i1 Consideremos um circuito simples, no qual uma lâmpada é ligada


a um gerador. Se desejarmos medir a intensidade da corrente elétrica
Udb = R4 · i2 no circuito, devemos conectar um amperímetro (A) nesse circuito,
conforme mostra a figura a seguir.
Como UCD = 0
Temos:
Uac = Uad
Ucb = Udb

R1 . i1 = R2 . i2
L DO PRO
R3 . i1 = R4 . i2
I A FE
Dividindo uma equação pela outra temos: R Disponível em: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/

S
TE

R1 · R4 = R2 . R3 2009/08/full-1-231dfdb773.jpg

SO
Quando a ponte está em equilíbrio, o produto cruzado das Isso se faz necessário porque a corrente elétrica que passa pelo
MA

resistências é igual. amperímetro deve ser a mesma que passa pelo elemento.
O amperímetro será considerado ideal se a intensidade da

R
corrente elétrica for a mesma antes e depois da colocação do aparelho
CURTO-CIRCUITO de medida no circuito.
Quando ligamos dois pontos diferentes de um circuito por um fio
Mas, na prática, todo amperímetro tem uma resistência interna (r),
com resistência desprezível, podemos falar que há entre eles um curto-
fazendo aumentar a resistência equivalente do circuito. Isso significa
circuito. Isso ocorre, pois ambos os pontos passam a ter o mesmo
que a intensidade da corrente elétrica antes da ligação do amperímetro
potencial e toda corrente tende a passar por esse fio sem resistência. R
não é igual à intensidade da corrente elétrica após a sua ligação.
Quando isso ocorre, podemos tirar o resistor da associação, visto que
MA

não haverá corrente atravessando ele. Na figura abaixo podemos O amperímetro altera o valor da intensidade da corrente elétrica,
SO

observar um circuito em que os pontos X e Y foram ligados por um fio o que representa um problema frequente para a física: na maioria dos
de resistência desprezível. casos, os aparelhos alteram o valor da grandeza a ser medida. Para
contornar esse problema, os fabricantes desses aparelhos procuram
T

construí-los com a menor resistência interna possível.


R
E

F
Se a resistência interna do amperímetro é muito menor que a
IA resistência elétrica do elemento pelo qual passa a corrente elétrica que

L DO PRO se pretende medir, o amperímetro não afetará de maneira significativa


o valor dessa corrente elétrica, e a medida obtida estará dentro dos
limites aceitáveis.
De modo geral, podemos dizer que um amperímetro é considerado
ideal quando a sua resistência interna pode ser desprezada, ou seja,
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/curto%201.jpg pode ser considerada igual a zero.
Assim, o amperímetro ideal tem resistência interna nula.
Quando a corrente elétrica chega ao ponto X, ela é totalmente
desviada pelo fio de resistência desprezível, indo para o ponto Y.
Assim, os pontos X e Y passam a ter o mesmo potencial e podem ser VOLTÍMETRO
considerados o mesmo ponto, como mostra a figura abaixo. É o aparelho utilizado para medir o valor da tensão entre dois
pontos de um trecho qualquer do circuito. Para isso, seus terminais
devem ser conectados nos pontos cuja tensão desejamos conhecer.
Desta forma, teremos que ligar o voltímetro em paralelo com o
elemento. Por exemplo, para conhecer o valor da d.d.p entre os
terminais de uma lâmpada do circuito, é necessário conectar o
voltímetro em paralelo com a lâmpada.
Porém, deve-se observar que a introdução do voltímetro
acarretaria uma divisão na corrente elétrica que flui pelo circuito,
que antes passava integralmente pela lâmpada. Para que a corrente
continue passando somente pela lâmpada, sem se desviar para o
voltímetro, deve-se construí-lo com uma resistência muito elevada
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/curto%202.jpg (resistência infinita).

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

Quando a resistência do voltímetro é muito maior que aquelas Exercício Resolvido


existentes no circuito, não haverá desvio de corrente para ele e o
chamaremos de ideal. Caso o voltímetro esteja conectado em série 02. No esquema abaixo, está representada a instalação de uma
com o elemento do circuito, como ele tem uma resistência elevada, torneira elétrica.
não haverá passagem de corrente elétrica e a d.d.p indicada no
aparelho será a própria voltagem do gerador.

De acordo com as informações do fabricante, a resistência interna


Disponível em: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/ r da torneira corresponde a 200 Ω. A corrente que deve percorrer
2009/08/full-1-8c18fb97e4.jpg o circuito da torneira é de 127 mA.
Assim, o voltímetro ideal tem resistência interna infinita. Determine o valor da resistência R que deve ser ligada em série
à torneira para que esta possa funcionar de acordo com a
Exercício Resolvido especificação do fabricante, quando ligada a uma tomada de 127 V.

DO PRO
Calcule, em watts, a potência dissipada por essa torneira.
01. O circuito alimentado com uma diferença de potencial de

A L
12 V, representado na figura a seguir, mostra quatro lâmpadas
associadas, cada uma com a inscrição 12 V / 15 W. I Resolução: FE
R Dados: r = 200 Ω; V = 127; i = 127 mA = 0,127 A.
Calculando R:

S
TE

V = (R + r ) i ⇒ 127 = (R + 200 ) 0,127 ⇒

SO
127
MA

R= − 200= 1.000 − 200 ⇒ R= 800 Ω.


0,127

R
A potência dissipada pela torneira é:
Considerando essa associação entre as lâmpadas, é correto afirmar 2
P = r i 2 = 200 ( 0,127) ⇒ P ≅ 3,23 W.
que:
a) a intensidade da corrente elétrica é diferente nas lâmpadas
1 e 2.
Exercício Resolvido
R
b) a diferença de potencial é diferente nas lâmpadas 1 e 2.
MA

03. Quatro resistores, todos de mesma Resistência Elétrica R, são


SO

c) a intensidade de corrente elétrica na lâmpada 2 é maior do


que na 3. associados entre os pontos A e B de um circuito elétrico, conforme
d) cada uma das lâmpadas 1 e 2 está sujeita à diferença de a configuração indicada na figura.
T

potencial de 6,0 V.
S

R
E

e) cada uma das lâmpadas 3 e 4 está sujeita à diferença de A resistência elétrica equivalente entre os
E

potencial de 12 V. IA F
pontos A e B é igual a

Resolução: C L D O PR R O
Não é necessário cálculo algum para se chegar à resposta, pois a a)
4
diferença de potencial nas lâmpadas 3 e 4 é 6 V; nas lâmpadas 1 e
2 a diferença de potencial é 12 V. Portanto, a corrente e a potência 3R
b)
nas lâmpadas 1 e 2 são maiores que nas lâmpadas 3 e 4. 4
Mas, mostremos os cálculos: 4R
c)
Calculando a resistência de cada lâmpada: 3
U2 122 d) 4R
R= = ⇒ R = 9,6Ω.
P 15
Calculando as potências e as correntes:
 U 12 Resolução: C
i1= i2= = = 1,25 A.
Lâmpadas 1 e 2:  R 9,6
P= P=
R 4R
1 2 15 W. Req = + R ⇒ Req = .
3 3
 U 12 ⇒ i2 > i3.
i3= i4= 2R= 19,2= 0,625 A.

Lâmpadas 3 e 4: 
( )
2
 U
2 = 36= 3,75 W.
P=1 P =
2
 R 9,6

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

Exercício Resolvido Sobre o tablado T, de resistência RT igual a 1 MΩ, está em pé o


paciente P, conectado a uma fonte de tensão. Há um bom contato
04. Em uma instalação elétrica doméstica, as tomadas são ligadas elétrico entre P e T. No exame de P, com a fonte ajustada para fornecer
em ______________ para que a mesma __________________ em 32 V, foi medida a tensão V = 16 V no resistor r de 2 MΩ. A resistência
todos os eletrodomésticos ligados a essa instalação. elétrica do paciente P é igual a
Assinale a alternativa que completa as lacunas, na ordem. As resistências dos fios de ligação devem ser ignoradas.
a) paralelo - tensão seja aplicada a) 2 MΩ.
b) paralelo - corrente circule b) 8 MΩ.
c) paralelo - potência atue c) 4 MΩ.
d) série - tensão seja aplicada d) 1 MΩ.
e) série - corrente circule e) 16 MΩ.

02. No circuito da figura ao lado, é CORRETO afirmar que os resistores:


Resolução: A
As tomadas de uma residência devem ser ligadas em paralelo para
que os aparelhos possam funcionar independentemente e para
que se possa aplicar a tensão adequada a cada eletrodoméstico.

Exercício Resolvido

L DO PRO
05. No circuito desenhado abaixo, a intensidade de corrente

IA F Esérie.
elétrica contínua que passa pelo resistor de 50 Ω é de 80 mA.
a) R , R e R estão em série.
1 2 5

b) R e R estão em
A força eletromotriz ε do R c)
1 2

R4 e R5 não estão em paralelo.

S
TE

gerador ideal é igual a d) R1 e R3 estão em paralelo.

SO
a) 1,5 V
MA

b) 3,0 V 03. No circuito abaixo,


c) 4,5 V R

R
d) 5,0 V M
e) 6,0 V
R R
Resolução: E
As resistências estão associadas em série, portanto a resistência
R
equivalente é:
R
MA

Req = 50 Ω + 25 Ω = 75 Ω
SO

Com a primeira lei de Ohm, obtemos a tensão elétrica.


U=R·i
+
T

M
S

U = 75 Ω · 80 · 10-3 A ∴ U = 6 V
R
E

IA F
EXERCÍCIOS DE
O
L D Ob) MPe MRsão voltímetros.
a) M1 e M2 são amperímetros.

FIXAÇÃO
1 2

c) M é amperímetro e M é um voltímetro.
1 2

d) M1 é voltímetro e M2 é amperímetro.
e) M1 é ohmímetro e M1 é amperímetro.
01. A resistência elétrica de uma pessoa é um dos parâmetros que
fornecem informações sobre a sua composição corporal. Em particular, 04. (EEAR 2019) Marque V para verdadeiro ou F para falso e em
a resistência elétrica é inversamente proporcional à quantidade de seguida assinale a sequência correta.
água do corpo. A figura mostra um esquema simplificado para a ( ) A ddp. é medida em volts como a fem.
determinação da resistência humana.
( ) Circuitos séries têm a mesma tensão em todos os seus elementos.
( ) A resistência elétrica é oposição externa do material à circulação
de cargas.
( ) Corrente elétrica é o deslocamento de cargas dentro de um
condutor quando existe uma diferença de potencial elétrico entre
as suas extremidades.
a) F – V – F – V
b) V – F – V – F
c) F–V–V–F
d) V – F – F – V

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

05. (EEAR 2019) Assinale a alternativa que completa correta e Considerando essas informações, assinale a opção correta.
respectivamente as lacunas do texto. a) Para R1R3 = R2R4, a corrente no galvanômetro será nula.
Um curto em qualquer parte do circuito é, na verdade, uma b) Em uma ponte de Wheatstone equilibrada, é válida a relação
_________ extremamente _________. Como consequência, flui uma R1 + R2 = R3 + R4.
_________ muito alta pelo curto-circuito.
c) Se a diferença de potencial de A para B for igual à diferença de
a) potência – elevada – tensão potencial de A para C, a energia dissipada em R1 será igual à
b) tensão – elevada - potência energia dissipada em R4.
c) corrente – baixa - resistência d) Para IG = 0, a energia dissipada no ramo ABD será igual àquela
d) resistência – baixa - corrente dissipada no trecho ACD.

06. Originalmente, quando comprou seu carrinho de churros, a luz 08. (CN 2012) O mundo atual depende da eletricidade e a demanda
noturna era reforçada por um lampião a gás. Quando seu vizinho de tem crescido fortemente visto que, a cada ano, milhares de pessoas
ponto, o dono da banca de jornais, lhe ofereceu a possibilidade de passam a ter acesso a bens de consumo que, em sua grande maioria,
utilizar uma tomada de 220 V, tratou logo de providenciar um modo são movidos a eletricidade. Alguns desses bens, com o valor das
de deixar acesas duas lâmpadas em seu carrinho. Entretanto, como suas potências nominais, estão ligados a uma rede elétrica conforme
não era perito em assuntos de eletricidade, construiu um circuito para mostrado a seguir.
duas lâmpadas, conhecido como circuito em série.
Sobre esse circuito, analise:
I. A vantagem desse tipo de circuito elétrico é que se uma das
lâmpadas se queima, a outra permanece acesa.
II. Utilizando duas lâmpadas idênticas, de valores nominais
L DO PRO
pelo fabricante das lâmpadas.
I A
220 V/100 W, deve-se obter, em termos de iluminação, o previsto
FE
R
III. Utilizando-se duas lâmpadas idênticas de 110 V, elas se queimarão,
uma vez que a diferença de potencial para a qual elas foram

S
TE

fabricadas será superada pela diferença de potencial oferecida Em relação à figura acima, sabendo que a intensidade da corrente

SO
pelo circuito. elétrica que passa através do forno vale 10 A, é correto afirmar que
MA

IV. Ao serem ligadas duas lâmpadas idênticas, sejam elas de 110 V ou a resistência da lâmpada e a corrente circulante pelo chuveiro valem,
de 220 V, devido às características do circuito em série, a diferença respectivamente:

R
de potencial sobre cada lâmpada será de 110 V. a) 100 Ω e 10 A d) 100 Ω e 40 A
É correto o contido apenas em b) 121 Ω e 10 A e) 125 Ω e 50 A
a) I. c) 121 Ω e 40 A
b) IV.
c) I e III. 09. (EAM 2019) Observe o circuito abaixo.
R
d) II e III.
MA

SO

e) II e IV.

07. (ESCS DF 2014)


T

R
E

IA F
L DO PRO

O circuito elétrico representado acima é composto por uma bateria


ideal, fios de resistência elétrica desprezível e resistores idênticos
cuja resistência elétrica é de 10 Ω cada. A corrente elétrica indicada
no amperímetro ideal A é de 3 A. Sendo assim, calcule a tensão U
(diferença de potencial elétrico), em volts, nos terminais da bateria e
assinale a opção correta.
a) 10 c) 33 e) 180
b) 30 d) 60

10. (EEAR 2018) Quatro resistores ôhmicos iguais estão ligados em


paralelo entre si e esse conjunto em paralelo com uma fonte de
A figura acima ilustra uma ponte de Wheatstone, um circuito elétrico alimentação ideal que fornece ao circuito uma diferença de potencial
que permite a medição do valor de uma resistência desconhecida. O de 10 volts. Sabendo-se que a intensidade de corrente elétrica em cada
circuito é composto por uma fonte de tensão V, um galvanômetro resistor é de 1,0 ampère, qual o valor da potência total consumida no
G e uma rede de quatro resistores, sendo três destes conhecidos e circuito?
ajustáveis. Para determinar a resistência do resistor desconhecido, os
a) 1,0 W c) 10,0 W
outros três são ajustados e balanceados até que a corrente elétrica
medida no galvanômetro — IG — seja nula. b) 4,0 W d) 40,0 W

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

EXERCÍCIOS DE 04. (EAM 2018) Um marinheiro formado na Escola de Aprendizes de

TREINAMENTO
Marinheiros do Espírito Santo (EAMES), especialista em eletrônica e
embarcado no Navio Escola Brasil, recebe a missão de consertar um
circuito elétrico composto por dois geradores elétricos ideais, três
resistores elétricos ôhmicos, uma chave (Ch) abre/fecha e fios que
ligam os elementos do circuito conforme figura a seguir.
01. (EEAR 2018) Um circuito elétrico é constituído por três resistores
ôhmicos ligados em série entre si e a uma fonte de alimentação ideal.
Os valores desses resistores são 2,0 ohms, 4,0 ohms e 6,0 ohms.
Sabendo-se que a intensidade da corrente elétrica no circuito é de
1,5 ampère, pode-se afirmar que a fonte de alimentação fornece uma
diferença de potencial de ______ volts.
a) 8,0 c) 24,0
b) 18,0 d) 54,0

02. (EEAR 2018) O circuito elétrico apresentado a seguir é formado


por três resistores ôhmicos R1, R2 e R3, de valores iguais, ligados em
paralelo entre si e com uma fonte de alimentação ideal V, a qual
fornece à associação uma diferença de potencial com valor fixo e
diferente de zero volt.

L DO PRO
IA F E que fornece o valor correto para a resistência
Considerando o circuito na situação em que aparece na figura
acima, marque a opção
R equivalente (R ) de todo o circuito elétrico e também para a indicação
eq
do amperímetro ideal no ramo 2 da parte do circuito que está em

S
TE

paralelo. Desconsidere para os cálculos qualquer resistência elétrica

SO
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase: nos fios condutores que ligam os elementos do circuito.
MA

Retirando-se o resistor R3 do circuito, o valor da diferença de a) 60 Ω e 40 V


potencial sobre ________________________.

R
b) 20 Ω e 40 V
a) os resistores R1 e R2 diminui.
c) 20 Ω e 0,5 A
b) os resistores R1 e R2 aumenta.
d) 20 Ω e 2 A
c) os resistores R1 e R2 permanece o mesmo.
e) 40 Ω e 1 A
d) o resistor R1 aumenta e sobre o resistor R2 permanece o mesmo.
05. (EEAR 2017) No circuito da figura abaixo, deseja-se medir a tensão
R
03. (EEAR 2018) Em uma aula de laboratório o professor montou um
MA

sobre o resistor R1.


circuito com 3 resistores ôhmicos R1, R2 e R3 associados a uma fonte de
SO

alimentação ideal (Vt) conforme o circuito abaixo. E solicitou ao aluno


que, usando um amperímetro ideal, medisse o valor da intensidade de
corrente elétrica que flui através de R2.
T

R
E

IA F
L DO PRO
Assinale a alternativa que representa a maneira correta de se utilizar o
voltímetro V para efetuar tal medida.
a)
O aluno, porém, fez a ligação do amperímetro (A) da maneira
indicada na figura a seguir. Com base nisso, assinale a alternativa que
representa o valor indicado, em ampères, no amperímetro.

b)

a) 0,0 c) 0,3
b) 0,2 d) 0,4

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

c) 08. (EAM 2017) Com relação ao conteúdo de eletricidade,


correlacione os elementos que podem estar presentes em um circuito
às suas definições, assinalando, a seguir, a opção correta.

ELEMENTOS DEFINIÇÕES
I. Voltímetro ( ) Dispositivo que transforma outras formas
II. Resistor de energias em energia elétrica.
III. Amperímetro ( ) Dispositivo que transforma energia elétrica
em outras formas de energia.
d) IV. Gerador
( ) Dispositivo que transforma energia elétrica
V. Receptor em energia exclusivamente térmica.
VI. Capacitor ( ) Dispositivo usado para armazenar carga
elétrica.
( ) Dispositivo usado para medir a corrente
elétrica em um circuito.
( ) Dispositivo usado para medir a tensão
elétrica em um circuito.
06. (EEAR 2017) Um aparelho continha as seguintes especificações de a) (VI) (V) (IV) (III) (II) (I)
trabalho: Entrada 9 V – 500 mA. A única fonte para ligar o aparelho b) (V) (IV) (II) (I) (VI) (III)
era de 12 V. Um cidadão fez a seguinte ligação para não danificar o
c) (IV) (V) (II) (VI) (III) (I)
aparelho ligado à fonte:

L D O d) P(V)R(VI) O(II) (III) (I) (IV)

IA FE
e) (IV) (III) (V) (II) (VI) (I)

R 09. (EEAR 2016) O circuito abaixo apresenta três lâmpadas idênticas,


L1, L2 e L3. Se a lâmpada L3 queimar, o que acontece no circuito?

S
TE

SO
MA

Considerando a corrente do circuito igual a 500 mA, qual deve ser o


valor da resistência R, em Ω, para que o aparelho não seja danificado? R
a) 4 R
b) 5 a) A corrente total aumenta e as correntes nas lâmpadas restantes
MA

também aumentam.
SO

c) 6
d) 7 b) A corrente total diminui e as correntes nas lâmpadas restantes
aumentam.
T

07. (EAM 2017) No circuito abaixo, todas as lâmpadas são iguais e c) A corrente total aumenta e as correntes nas lâmpadas restantes
R diminuem.
E

circula uma corrente de 2 A quando a chave está aberta.


E

IA F
d) A corrente total diminui e as correntes nas lâmpadas restantes

L DO PR Opermanecem inalteradas.

10. (EEAR 2016) No circuito abaixo, a corrente elétrica registrada


pelo amperímetro A e o valor da tensão sobre R2 quando a chave SW
estiver fechada valem, respectivamente:

Com a chave fechada, pode-se afirmar que a potência elétrica


dissipada em cada lâmpada vale
a) 12 W
b) 24 W
c) 36 W a) zero e zero
d) 48 W b) 1 mA e zero
e) 64 W c) 2 mA e 30 V
d) 8 mA e 20 V

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

EXERCÍCIOS DE 04. (ENEM 2013) Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação

COMBATE elétrica residencial para planejar medições de tensão e corrente em


uma cozinha. Nesse ambiente existem uma geladeira (G), uma tomada
(T) e uma lâmpada (L), conforme a figura. O eletricista deseja medir a
tensão elétrica aplicada à geladeira, a corrente total e a corrente na
lâmpada.
01. (EEAR 2016) Observe a figura abaixo.
Para isso, ele dispõe de um voltímetro (V) e dois amperímetros (A).

Para realizar essas medidas, o esquema da ligação desses instrumentos


está representado em:
a)
O esquema acima representa um circuito simples com várias lâmpadas
associadas, uma bateria e um instrumento de medida “X” que, para
executar uma leitura correta, foi associado em série com o circuito.
Com relação a esse instrumento, é correto afirmar que é um
L DO PRO
a) voltímetro e está medindo um valor de 2,4 V.
b) amperímetro e está medindo um valor de 2,4 A. I A b) FE
c) R
voltímetro e está medindo um valor de 1,2 V.

S
TE

d) amperímetro e está medindo um valor de 1,2 A.

SO
e) voltímetro e está medindo um valor de 0,6 V.
MA

02. (EEAR 2015) No circuito da figura abaixo, é correto afirmar que


c)

R
os resistores

R
d)
MA

SO
T

a) R2, R3, R4 e R5 estão em série.


R
E

b) R4, R5 e R6 estão em paralelo.


IA e) F
L DO PRO
c) R1 e R2 estão em paralelo.
d) R2 e R3 estão em série.

03. (EEAR 2014) No circuito abaixo, com a chave aberta, o amperímetro


indica 1,8 mA, com a chave fechada indicará ___ mA.

05. (ENEM 2016) Por apresentar significativa resistividade elétrica, o


grafite pode ser utilizado para simular resistores elétricos em circuitos
desenhados no papel, com o uso de lápis e lapiseiras. Dependendo
da espessura e do comprimento das linhas desenhadas, é possível
determinar a resistência elétrica de cada traçado produzido. No
esquema foram utilizados três tipos de lápis diferentes (2H, HB e 6B)
para efetuar três traçados distintos.

a) 1,8
b) 2,5
c) 2,7
d) 3,0

184 PROMILITARES.COM.BR

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

Munido dessas informações, um estudante pegou uma folha de 08. (PUC RS 2006) Um eletricista tem uma tarefa para resolver: precisa
papel e fez o desenho de um sorvete de casquinha utilizando-se instalar três lâmpadas, cujas especificações são 60 W e 110 V, em uma
desses traçados. Os valores encontrados nesse experimento, para as residência onde a tensão é 220 V.
resistências elétricas (R), medidas com o auxílio de um ohmímetro A figura abaixo representa os três esquemas considerados por ele.
ligado nas extremidades das resistências, são mostrados na figura.
Verificou-se que os resistores obedeciam à Lei de Ohm.

Na sequência, conectou o ohmímetro


nos terminais A e B do desenho e, em
seguida, conectou-o nos terminais B
e C, anotando as leituras RAB e RBC,
respectivamente. Ao estabelecer a
R
razão AB , qual resultado o estudante
RBC
obteve?
a) 1
4
b)
7
10
c)
27
14
d)
81
L DO PRO
e)
4
81 I A FE
R
06. (ENEM 2009) Considere a seguinte situação hipotética: ao preparar

S
TE

o palco para a apresentação de uma peça de teatro, o iluminador

SO
deveria colocar três atores sob luzes que tinham igual brilho e os
MA

demais, sob luzes de menor brilho. O iluminador determinou, então,


aos técnicos, que instalassem no palco oito lâmpadas incandescentes

R
com a mesma especificação (L1 a L8), interligadas em um circuito com
uma bateria, conforme mostra a figura.

Analisando os elementos da figura, é correto concluir que, no esquema


a) 1, todas as lâmpadas queimarão.
R
b) 2, duas lâmpadas queimarão, e a outra terá seu brilho diminuído.
MA

SO
c) 3, todas as lâmpadas terão seu brilho diminuído.
d) 1, só uma das lâmpadas queimará, e as outras não acenderão.
e) 2, duas lâmpadas exibirão brilho normal.
T

R
E

Nessa situação, quais são as três lâmpadas que acendem com o 09. (PUC SP 2006) A figura representa um reostato de pontos que
E

IA
mesmo brilho por apresentarem igual valor de corrente fluindo nelas, F
consiste em uma associação de resistores em que ligações podem ser

L DO PRO
sob as quais devem se posicionar os três atores? feitas nos pontos indicados pelos números 1 a 6. Na situação indicada,
a) L1, L2 e L3. d) L4, L5 e L6. o resistor de 2 Ω é percorrido por uma corrente elétrica de 5 A quando
b) L2, L3 e L4. e) L4, L7 e L8. nele se aplica uma diferença de potencial U entre os terminais A e B.
Mantendo-se a diferença de potencial U, a máxima resistência elétrica
c) L2, L5 e L7. do reostato e a intensidade de corrente no resistor de 2 Ω quando a
chave Ch é ligada ao ponto 6 são, respectivamente, iguais a
07. (PUC PR 2001) Quatro resistores de 10 Ω cada um são associados
de acordo com o diagrama abaixo:

a) 10 Ω; 3 A
b) 6 Ω; 5 A

A resistência equivalente entre os pontos A e B é: c) 30 Ω; 5 A

a) 20 Ω d) 2,0 Ω d) 30 Ω; 1 A

b) 5,5 Ω e) 4,0 Ω e) 6 Ω; 1 A

c) 2,5 Ω

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CIRCUITOS ELÉTRICOS

10. (EEAR 2014) No circuito abaixo, supondo que a fonte de


alimentação V fornece uma diferença de potencial (ddp) constante e
diferente de zero, qual o resistor que dissipará maior potência elétrica?

a) R1
b) R2
c) R3
d) R4

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

L DO PRO
I A FE
GABARITO
R

S
TE

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

SO
01. D 04. D 07. A 10. D
MA

02. B 05. D 08. C


03. D 06. B 09. B

R
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 04. D 07. C 10. C
02. C 05. B 08. C
03. C 06. C 09. D
EXERCÍCIOS DE COMBATE R
MA

01. B 04. E 07. E 10. A


SO

02. C 05. B 08. E


03. C 06. B 09. D
T

ANOTAÇÕES
R
E

IA F
L DO PRO

186 PROMILITARES.COM.BR

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GERADORES E RECEPTORES

GERADORES ELÉTRICOS EQUAÇÃO GERAL DO GERADOR


Geradores elétricos são dispositivos que transformam qualquer A seguinte expressão nos dá a equação do gerador:
tipo de energia em energia elétrica.
Potg = Potd + Potl
Um gerador possui dois terminais denominados polos:
• polo negativo corresponde ao terminal de menor potencial E · i = r · i² + U · i
elétrico; U=E–r⋅i
• polo positivo corresponde ao terminal de maior potencial
elétrico.

D O GERADOR
Quando colocado em um circuito, um gerador elétrico fornece
L PSe Ri = O
energia potencial elétrica para as cargas, que entram em movimento,
EM CIRCUITO ABERTO
0, também teremos U = E. Nesse caso, dizemos que o
A F circuito aberto, pois ele não desenvolve nenhum
A potência elétrica total gerada (Pg) porI um gerador é
saindo do polo negativo para o polo positivo. gerador está em
circuito externo. E
R
diretamente proporcional à intensidade de corrente elétrica. Ou seja: lâmpada

S
TE

Pg = f.e.m. · i

SO
MA

Onde:
f.e.m. é a constante de proporcionalidade, chamada de força

R
eletromotriz.
ch circuito
i é a intensidade de corrente elétrica entre os terminais do gerador.
aberto
Sabendo que a potência elétrica é dada em watts (W) e a
intensidade da corrente é dada em ampère (A), temos:
1W R
= 1V
1A
MA

– +
SO

Assim, a unidade de medida da força eletromotriz no sistema gerador


internacional é o volt (V).
Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-l6i2jns0Dt8/VLw0B6nzRCI/
T

Potência elétrica lançada: é a potência elétrica fornecida pelo


S

AAAAAAAABaQ/tSJn_ekuipo/s1600/RepresentCircAberto.jpg
gerador ao circuito externo.
R
E

Pι = U · i IA F
Onde: L D O OPgerador O IDEAL
GERADOR
R ideal é uma situação hipotética em que supõe-se um
U é a diferença de potencial ou tensão entre os terminais gerador com resistência elétrica nula, de forma que a ddp disponível
do gerador. entre seus terminais é sempre igual à fem, ou seja, constante.

A potência elétrica dissipada internamente é dada por: r = 0; U = E

Pd = r · i2

Onde:
r é a resistência interna do gerador.
i é a intensidade de corrente elétrica.

RENDIMENTO DO GERADOR
Define-se rendimento como sendo a divisão daquilo que está
sendo usado pelo total fornecido para essa utilização. Aplicando essa
ideia a um gerador teremos que o rendimento do mesmo é definido
como sendo a potência útil dividida pela potência total.
Pl U  i U
η    Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/images/
Pt E  i E Esquema%20I%20Para%20um%20gerador%20ideal,%20a%20ddp%20nos%20
seus%20terminais%20e%20igual%20a%20forca%20eletromotriz.jpg

PROMILITARES.COM.BR 187

PM_BOOK08_FIS.indb 187 03/11/2021 11:01:22


GERADORES E RECEPTORES

GERADOR EM CURTO-CIRCUITO LEI DE POUILLET


Um gerador está em “curto-circuito” quando seus terminais Sabemos que um componente essencial em um circuito elétrico é
interligam-se por um fio de resistência elétrica desprezível. o gerador. Um gerador nada mais é do que um dispositivo que cede
Neste caso, a ddp entre os terminais do gerador é nula, o que energia às partículas portadoras de carga elétrica, a fim de fazer com
implica que toda a fem está aplicada em sua resistência interna. que elas se mantenham circulando. Dessa maneira, podemos afirmar
também que um gerador elétrico é um dispositivo capaz de manter a
Assim, fazendo V = 0 na equação do gerador, obtemos a chamada diferença de potencial (ddp) entre dois pontos de um circuito.
corrente de curto circuito:

Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-730Cn59Tg34/Tl423HgPIUI/


AAAAAAAAaY0/6Gwb4PqHXQg/s1600/pouillet_1.PNG
Disponível em: http://estadual.2520.n7.nabble.com/file/n60/gera_3.png

A diferença de potencial entre os polos do gerador (U = E – r · i)


U = E – r · i ⇒ 0 = E – r · icc é igual à diferença de potencial no resistor (U = R · i). Logo, podemos

DO PRO
E escrever:
icc =
r
A L E–r·i=R·i

I FE E = (r + R) · i

CURVA CARACTERÍSTICA
R i=
E

S
TE

r +R
DE UM GERADOR

SO
De U = E – r ⋅ i, com E e r constantes concluímos que o gráfico U x Essa equação, que nos dá a intensidade da corrente elétrica
MA

i é uma reta inclinada decrescente em relação aos eixos U e i. que percorre um circuito simples do tipo gerador-resistor, traduz

R
matematicamente a Lei de Pouillet.

ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
EM SÉRIE
R
A associação dos geradores pode ser feita em série, em que os
MA

geradores são percorridos pela mesma corrente elétrica, conforme


SO

demonstrado na imagem abaixo. Além disso, o polo positivo de um


gerador é ligado ao polo negativo do outro.
T

R
E

Disponível em: http://s3-sa-east-1.amazonaws.com/descomplica-blog/


E

IA
wp-content/uploads/2015/08/grafico.jpg
F
L R O
POTÊNCIA MÁXIMA DO GERADOR D O P
A potência máxima que um gerador pode entregar a uma carga
ocorre quando a resistência da carga é igual a resistência interna do
gerador. Nestas condições temos metade da corrente de curto-circuito,
ou seja, a corrente máxima quando a resistência de carga é zero. O Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/-2CWhInt11u4/VQdI6HEv2uI/
gráfico e as fórmulas permitem determinar os valores da potência AAAAAAAAFmU/iSBh_QSmi6U/s1600/a11.PNG
máxima em função da resistência interna e força eletromotriz.
Considerando que a corrente elétrica em todos os geradores é a
mesma, temos que:
i = i1 = i2 = in

Quando falamos em resistência equivalente, no entanto, trata-


se da soma de todas as resistências, pois estamos falando de uma
associação de resistores em série. Portanto, temos que:
req = r1 + r2 + … + rn

O gerador equivalente desse tipo de associação é a soma das


forças eletromotrizes de cada gerador e é dado pela expressão:
Eeq = ε1 + ε2 + … + εn
Disponível em: http://interna.coceducacao.com.br/ebook/
content/pictures/2002-21-122-14-i005.gif Eeq = ∑ε

188 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 188 03/11/2021 11:01:23


GERADORES E RECEPTORES

EM PARALELO Para qualquer dispositivo que seja percorrido por uma corrente
elétrica i e tendo tensão U em seus terminais, dizemos que produz
A associação em paralelo não é muito usada, uma vez que não
ou consome uma potência P. Se um receptor está submetido a uma
se trata de um processo vantajoso: a associação tende a manter-se
tensão U, podemos determinar a potência total PT recebida por ele
ligada mesmo quando o circuito está desligado, o que gera um gasto
através da seguinte equação:
desnecessário de energia. Existe, no entanto, uma vantagem nesse
tipo de associação de geradores: quando os geradores são iguais. PT = U’ · i
Nesse caso, a resistência interna equivalente fica reduzida, ao contrário
de quando são diferentes, caso em que os que possuem menor força Parte dessa potência ele utiliza para realizar a tarefa para a qual foi
eletromotriz comportam-se como receptores. Em paralelo, o polo destinado. Essa potência útil PU é dada por:
positivo de um gerador é ligado ao polo positivo do outro e assim
também é feito com os polos negativos. PU = E’ · i

Além disso, ele dissipa uma parte da potência recebida, por causa
da resistência interna r. Essa potência dissipada Pd é dada por:
Pd = r’ · i2

Portanto,
PT = PU + Pd

Ou seja:

D O PR U’ = E’ + r’⋅ i

A L O
I RENDIMENTO FE
R A relação entre a potência utilizada e a potência total recebida é
o rendimento η do receptor:

S
TE

SO
Pu E ’ i E ’
η   
MA

Pt U’ i U’

R
Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-rMGJ-qpZ_7I/VQdI6uwMJHI/
AAAAAAAAFmw/Zv1YS4sb46g/s1600/a13.PNG
CURVA CARACTERÍSTICA DE UM
RECEPTOR
A força eletromotriz equivalente é igual à força eletromotriz dos De U = E’ + r’ · i, com E e r constantes concluímos que o gráfico U × i
geradores, ou seja: é uma reta inclinada crescente em relação aos eixos U e i. Observe que
Eeq = ε1 = ε2 = ε3 quando i = 0, resulta U = E’.
R
MA

SO

A corrente equivalente é a soma das correntes individuais e é


calculada com a expressão:
ieq = i1 + i2 + … + in
T

R
E

A resistência interna do gerador equivalente é calculada como se


E

fosse uma associação de resistores em série:


IA F
i 1 1 1
  
req r1 r2 r3
L DO PRO

RECEPTOR ELÉTRICO
São todos os dispositivos capazes de transformar energia elétrica
em qualquer outro tipo de energia, além da energia térmica. Podemos Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/
usar como exemplos a televisão e o liquidificador. conteudo/grafico-receptor.jpg

Energia CIRCUITO GERADOR-RECEPTOR


Energia
elétrica
RECEPTOR não RESISTOR
elétrica Quando um circuito apresenta apenas um gerador e um receptor,
o gerador acaba se tornando o dispositivo de maior E, se impondo ao
sentido da corrente.
Abaixo temos um circuito composto por um gerador (E, r),
Energia um receptor (E’, r’) e por um resistor (R). Nessa associação, ambos
dissipada ficam série e o polo positivo do gerador é ligado ao polo positivo
do receptor, assim como também é feito com os polos negativos de
Disponível em: https://www.coladaweb.com/wp-content/
uploads/receptores-eletricos.jpg ambos.

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PM_BOOK08_FIS.indb 189 03/11/2021 11:01:24


GERADORES E RECEPTORES

c) ERRADA: Aplicando-se a equação do gerador, teremos:


U = ε – r · i ⇒ U = 40 – 5 · 2 ⇒ U = 40 – 10 ⇒ U = 30 V
d) CORRETA:
U = ε – r · i ⇒ 12 = 40 – 5 · i ⇒ 5 · i = 40 – 12⇒ 5 · i = 28 ⇒
i = 5,6 A
e) ERRADA: Se i = 3 A, teremos:
U = ε – r · i ⇒ U = 40 – 5 · 3 ⇒ U = 40 – 15 ⇒ U = 35 V
A razão entre a ddp real fornecida e a força eletromotriz é o
rendimento do gerador, sendo assim, teremos:
R = 35 ÷ 40
R = 0,87 = 87%

Exercício Resolvido

02. Um determinado gerador, que possui fem 2,0 V e resistência


interna 0,5 Ω, está associado em série a uma pequena lâmpada
de resistência 2 Ω. Determine a tensão elétrica existente entre os
terminais do gerador.

L D O a)P 1,5R O
I A b) 1,2
c) 1,6
FE
R d) 1,8

S
TE

e) 2,0

SO
MA

Resolução: C
A tensão elétrica entre os terminais da lâmpada será a mesma

R
A partir do circuito acima podemos tirar que: entre os terminais do gerador, sendo assim, a partir da equação
dos geradores, escrevemos:
UAB = UBC = UCD
U=ε–r·i
E – r · i = R · i + E’ + r’ · i
A partir da primeira lei de Ohm, sabemos que U = R · i, logo:
E – E = (r + r’ + R)i
R · i = ε – r · i ⇒ 2 · i = 2 – 0,5 · i ⇒ 2 · i + 0,5 · i = 2 ⇒
R
Logo:
⇒ 2,5 · i = 2 ⇒ i = 0,8 A
MA

SO

Aplicando o valor da corrente à primeira lei de Ohm, teremos:


U = R · i ⇒ U = 2 · 0,8 ⇒ U = 1,6 V
Exercício Resolvido
T

R
E

01. O gerador elétrico é um dispositivo que fornece energia às


E

IA
cargas elétricas elementares, para que essas se mantenham
Exercício Resolvido
F
L DO PRO
circulando. Considerando-se um gerador elétrico que possui fem
ε = 40,0V e resistência interna r = 5,0 Ω, é correto afirmar que
03. Qual será a resistência interna para um gerador que possui fem
igual a 50 V e rendimento de 60 % quando percorrido por uma
a) a intensidade da corrente elétrica de curto circuito é igual a corrente de 2,5 A?.
10,0 A. a) 8 Ω
b) a leitura de um voltímetro ideal ligado entre os terminais do b) 4 Ω
gerador é igual a 35,0V. c) 2Ω
c) a tensão nos seus terminais, quando atravessado por uma d) 16 Ω
corrente elétrica de intensidade i = 2,0 A, é U = 20,0 V.
e) 20 Ω
d) a intensidade da corrente elétrica que o atravessa é de 5,6 A,
quando a tensão em seus terminais é de 12,0 V.
Resolução: A
e) ele apresenta um rendimento de 45%, quando atravessado
por uma corrente elétrica de intensidade i = 3,0 A. O rendimento é dado pela razão entre a ddp real fornecida pelo
gerador e a força eletromotriz (fem), dessa maneira teremos:
R = U ÷ ε ⇒ U = R · ε ⇒ U = 0,6 · 50 ⇒ U = 30 V
Resolução: D
Aplicando a equação dos geradores, temos:
a) ERRADA: A corrente elétrica de curto-circuito existe quando
a ddp é nula, assim, aplicando a equação para os geradores, U=ε–r·i
teremos: 30 = 50 – r · 2,5
U = ε – r · i ⇒ 0 = 40 – 5 · iCC ⇒ 5 · iCC = 40 ⇒ iCC = 8 A 2,5 · r = 50 – 30
b) ERRADA: A leitura do voltímetro será 35 V somente se a 2,5 · r = 20
corrente que fluir pelo circuito for igual à 1 A.
r=8Ω

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PM_BOOK08_FIS.indb 190 03/11/2021 11:01:24


GERADORES E RECEPTORES

Exercício Resolvido 02. Em relação ao motor elétrico, analise as proposições a


seguir, escrevendo V ou F conforme sejam verdadeiras ou falsas,
04. Quando os terminais de uma pilha elétrica são ligados por um respectivamente:
fio de resistência desprezível, passa por ele uma corrente de 20 A. ( ) O motor elétrico é um elemento de trabalho que converte energia
Medindo a ddp entre os terminais da pilha, quando ela está em elétrica em energia mecânica de rotação.
circuito aberto, obtém-se 1,0 V. Determine f.e.m. E e a resistência
( ) O motor elétrico é uma máquina que converte energia mecânica
interna r da pilha.
de rotação em energia elétrica.
( ) Um motor elétrico é uma aplicação do princípio fundamental
Resolução: do eletromagnetismo que afirma que uma força magnética
Ao ligarmos os terminais da pilha por um fio de resistência vai atuar sobre um condutor elétrico se esse condutor estiver
desprezível, ele ficará em curtocircuito. Nessas condições, pode- convenientemente colocado num campo magnético e for
se concluir que icc = 20 A. Mas também sabemos que a ddp nos percorrido por uma corrente elétrica.
terminais da pilha em circuito aberto é sua fem. Após a análise feita, assinale a alternativa que corresponde à sequência
Logo, E = 1,0 V correta:
De icc = E ÷ r a) V V V
20 = 1,0 ÷ r b) F V F
r = 5,0 · 10-2 Ω c) VVF
d) F V V
e) V F V
Exercício Resolvido

L D O 03.PApenas
05. O vendedor de um motor elétrico de corrente contínua R Ovariando a resistência do resistor R da figura não é possível
IA FE
alterar:
informa que a resistência interna desse motor é 1,0 Ω e que o
mesmo consome 30,0 W, quando ligado à d.d.p. de 6,0 V. A força
R
contraeletromotriz (f.c.e.m.) do motor que ele está vendendo é:
força eletromotriz ε do gerador ideal é igual a
r ε

S
TE

a) 6,0 V

SO
MA

b) 5,0 V
c) 3,0 V
R

R
d) 1,0 V
e) 0,8 V

Resolução: D
a) a potência total que a fonte (ε, r) gera;
A potência total consumida é dada pelo produto da ddp pela R
corrente: b) a diferença de potencial (d.d.p.) que a fonte (ε, r) fornece ao
MA

resistor (R);
SO

PTOTAL = U · i ⇒ 30 = 6 · i ⇒ i = 5 A
c) a força eletromotriz (f.e.m.) (ε) e a resistência interna (r) da fonte;
Aplicando a equação do receptor, teremos:
d) a potência que a fonte libera para o resistor (R);
U = ε’ + r · i ⇒ 6 = ε’ + 1 · 5 ⇒ 6 = ε’ + 5 ⇒ ε’ = 1 V
T

e) a potência dissipada pelo efeito Joule no resistor (R).


R
E

IA F
04. Para garantir a manutenção elétrica preventiva de um automóvel,

L DO PRO
EXERCÍCIOS DE uma pessoa deseja substituir a bateria (gerador de f.e.m.) do mesmo.

FIXAÇÃO O manual de funcionamento apresenta um diagrama V (voltagem) ×


i (corrente) mostrando a curva característica do gerador em questão.

01. Sobre geradores e receptores elétricos, analise as proposições a


seguir, colocando V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O gerador é um aparelho elétrico que transforma uma modalidade
qualquer de energia em energia elétrica.
( ) Os motores são receptores ativos, nos quais ocorre somente a
transformação de energia elétrica em energia mecânica.
( ) O rendimento de um gerador é tanto maior quanto menor for a
resistência interna desse gerador.
( ) Na condição de potência útil máxima, o rendimento do gerador
vale 100%.
A alternativa correta que mostra os valores de fem, em volts, e
a) V F V F
resistência interna, em ohm, da bateria é:
b) F V F V
a) 10 e 1
c) VVVF
b) 12 e 5
d) V F V V
c) 12 e 0,5
e) V F F F
d) 12 e 1

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PM_BOOK08_FIS.indb 191 03/11/2021 11:01:25


GERADORES E RECEPTORES

05. Uma bateria foi ligada a um resistor X de resistência ajustável, 09. Uma bateria elétrica possui uma força eletromotriz de 1,5 V e
como indicado na figura. Para diferentes valores da resistência, os resistência interna 0,1 Ω. Qual a diferença de potencial, em V, entre
valores medidos para a diferença de potencial VAB, entre os pontos A os polos desta bateria se ela estiver fornecendo 1,0 A a uma lâmpada?
e B, e para a corrente i no circuito, são indicados no gráfico abaixo. a) 1,5 b) 1,4 c) 1,3 d) 1,2 e) 1,0
Determine o valor da resistência interna r da bateria, em Ω.
10. (MACKENZIE SP) A tensão nos terminais de um receptor varia com
a corrente, conforme o gráfico abaixo:
U(V)

25

22

a) 7,5 Ω d) 1,5 Ω
b) 5,0 Ω e) 0,5 Ω
I(A)
c) 2,5 Ω 0 2,0 5,0

06. (EEAR 2016) Uma bateria de 9V tem resistência interna de 0,1 Ω.


D O Aa) fcem.
P 11R
Assinale a opção que indica o valor da sua corrente de curto-circuito,e a resistência interna deste receptor são, respectivamente:
em ampères.
A L O
V e 1,0 Ω
b) 12,5 V e 2,5FΩ
d) 22 V e 2,0 Ω
a) 0,9 c) 90
I c) 20 V e 1,0 Ω E
e) 25 V e 5,0 Ω
b) 9 d) 900 R

S
TE

07. Estudando um gerador elétrico, um técnico em eletricidade

SO
construiu o gráfico a seguir, no qual U é a d.d.p. entre os terminais EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
MA

do gerador e i é a intensidade de corrente elétrica que o atravessa. A


resistência elétrica desse gerador é:

R
U(V)
01. As figuras mostram uma mesma lâmpada em duas situações
a) 1,0 Ω 5 diferentes: em I, a lâmpada é ligada a uma única pilha de 1,5 V; em II,
ela é ligada a duas pilhas de 1,5 V cada, associadas em série.
b) 1,5 Ω
c) 2,5 Ω
R
MA

d) 3,0 Ω
SO

e) 3,5 Ω 2
i(A)
T

08. Uma bateria comercial de 1,5 V é utilizada no circuito


S

R
esquematizado abaixo, no qual o amperímetro e o voltímetro são
E

considerados ideais.
IA F
L DO PR O
Na situação I, a corrente elétrica na lâmpada é i 1
e a diferença de
potencial é V1. Na situação II, esses valores são, respectivamente, i2 e V2.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que
a) i1 = i2 e V1 = V2. c) i1 ≠ i2 e V1 = V2.
b) i1 = i2 e V1 < V2. d) i1 ≠ i2 e V1 < V2.
Varia-se a resistência R, e as correspondentes indicações do
amperímetro e do voltímetro são usadas para construir o seguinte
02. Num laboratório de física, o professor entrega aos seus alunos
gráfico de voltagem (V) versus intensidade de corrente (I).
2 pilhas e um multímetro e pede que eles obtenham, através do
multímetro, a tensão elétrica de cada uma das pilhas.
Os alunos, ao fazerem a leitura, anotam os seguintes resultados:
PILHA 1: V1 = 1,54 volts e PILHA 2: V2 = 1,45 volts.
Na sequência, o professor pede que coloquem as pilhas associadas em
série corretamente e que façam novamente a medida, porém alguns
alunos procedem de maneira errada, associando os polos positivos,
conforme figura a seguir.
Usando as informações do gráfico, calcule o valor da resistência
interna da bateria;
a) 0,1 Ω c) 0,3 Ω e) 0,5 Ω
b) 0,2 Ω d) 0,4 Ω

192 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 192 03/11/2021 11:01:25


GERADORES E RECEPTORES

A leitura das medidas feita pelos alunos que associaram corretamente 05. No circuito elétrico a seguir, considere o gerador com ε = 10 V e
as pilhas e por aqueles que as associaram incorretamente foi, r = 1 Ω.
respectivamente, em volts
a) 1,50 e zero.
b) 2,99 e zero.
c) 2,99 e 0,05.
d) 3,00 e 0,09.
e) 2,99 e 0,09.
Analise as afirmativas abaixo.
03. O circuito representado na figura abaixo mostra um gerador de
força eletromotriz (E) igual a 12 V e resistência interna (r) de 2 Ω, (1) A corrente elétrica no circuito vale 2 A.
ligado a um receptor, de força contra eletromotriz (E´) de 8 V e (3) A potência dissipada pelo resistor de 10 Ω é de 10 W.
resistência interna (r´) de 4 Ω. (5) O rendimento do gerador é de 80 %.
(7) A diferença de potencial entre os pontos A e B vale 8 V.
A soma dos números entre parênteses que corresponde às proposições
CORRETAS é igual a
a) 16 c) 1 e) 13
b) 15 d) 8

L D O E06.P
= 3,0R
No circuito abaixo, i = 2 A, R = 2 Ω, E = 10 V, r = 0,5 Ω,
V eO
1
r = 1,0 Ω. Sabendo que o potencial no ponto A é de 4 V,
1

I A 2
podemos afirmar Fque os potências, em volts, nos pontos B, C e D, são,
respectivamente: E
2

R o circuito.
Calcule o valor da intensidade da corrente que percorre
E2
a) 2/3 A d) 4 A B E1 r1 r2 D

S
TE

C
b) 6 A e) 10/3 A

SO
MA

c) 2A
R

R
04. No circuito mostrado na figura abaixo, temos uma associação de
resistores ligados a duas baterias cujas fem. são ε1 = 6,0 V e ε2 = 24,0 V q i
e cujas resistências internas são, respectivamente, r1 = 1,0 Ω e
r2 = 2,0 Ω.
A
a) 0, 9 e 4 c) R 8, 1 e 2 e) 9, 5 e 2
b) 2, 6 e 4 d) 4, 0 e 4
MA

SO

07. Uma bateria, cuja força eletromotriz é de 40 V, tem resistência


interna de 5 Ω. Se a bateria está conectada a um resistor R de
resistência 15 Ω, a diferença de potencial lida por intermédio de um
T

voltímetro ligado às extremidades do resistor R será, em volts, igual a


R
E

IA a) 10.
F c) 50. e) 90.

L DO PRO
b) 30. d) 70.

08. Um estudante dispunha de duas baterias comerciais de mesma


resistência interna de 0,10 Ω, mas verificou, por meio de um voltímetro
ideal, que uma delas tinha força eletromotriz de 12 Volts e a outra, de
11 Volts. A fim de avaliar se deveria conectar em paralelo as baterias
De acordo com seus conhecimentos sobre Eletrodinâmica e com o para montar uma fonte de tensão, ele desenhou o circuito indicado
texto, analise cada uma das seguintes afirmativas. na figura a seguir e calculou a corrente i que passaria pelas baterias
I. O sentido da corrente elétrica é determinado pela fem. de maior desse circuito.
valor, portanto, no circuito, a corrente tem sentido horário.
II. No circuito da bateria com ε1 a corrente está passando do
polo positivo para o negativo, desta forma, essa bateria está
funcionando como um receptor (gerador de fcem.).
III. A intensidade da corrente elétrica no circuito é de 2,0 A.
IV. O valor da diferença de potencial entre os pontos A e B é de 12 V.
Dessas afirmativas, estão corretas apenas
a) III e IV.
b) I e II.
c) I, III e IV. Calcule o valor encontrado pelo estudante para a corrente i.
d) II e IV. a) 120 A c) 110 A e) 5,0 A
e) II e III. b) 115 A d) 10 A

PROMILITARES.COM.BR 193

PM_BOOK08_FIS.indb 193 03/11/2021 11:01:26


GERADORES E RECEPTORES

09. No circuito representado abaixo a força eletromotriz do gerador 02. O poraquê (Electrophorus electricus), peixe comum nos rios da
vale E = 30 V. Amazônia, é capaz de produzir corrente elétrica por possuir células
especiais chamadas eletroplacas. Essas células, que atuam como
- + r=0,5Ω
baterias fisiológicas, estão dispostas em 140 linhas ao longo do corpo
do peixe, tendo 5000 eletroplacas por linha. Essas linhas se arranjam
E 9,0Ω da forma esquemática mostrada na figura abaixo. Cada eletroplaca
produz uma força eletromotriz ε = 0,15 V e tem resistência interna
r = 0,25 Ω. A água em torno do peixe fecha o circuito. Se a resistência
da água for R = 800 Ω, o poraquê produzirá uma corrente elétrica de
5,0Ω intensidade igual a:
9,0Ω

A intensidade da corrente elétrica que passa pelo resistor de 5,0 pode


ser determinada por:
a) 0,5 A d) 3,0 A
b) 1,0 A e) 3,5 A
c) 1,5 A

10. Dois resistores de mesma resistência R estão ligados a dois


geradores de mesma força eletromotriz ε, conforme representado nas
figuras
ε
L DO PRO
ε
GERADOR 1
I A2
GERADOR FE
R Representação esquemática do circuito
poraquê produzir corrente elétrica.
elétrico que permite ao

S
TE

i1 i2 a) 8,9 A.

SO
b) 6,6 mA.
MA

c) 0,93 A.

R
d) 7,5 mA.
R R
03. Uma espécie de peixe-elétrico da Amazônia, o Poraquê, de
Pode-se afirmar que: nome científico Electrophorous electricus, pode gerar diferenças de
a) as correntes elétricas i1 e i2 que percorrem os dois circuitos são potencial elétrico (ddp) entre suas extremidades, de tal forma que seus
iguais; choques elétricos matam ou paralisam suas presas. Aproximadamente
b) as diferenças de potencial que os dois geradores fornecem aos
R
metade do corpo desse peixe consiste de células que funcionam
MA

resistores R são iguais. como eletrocélulas. Um circuito elétrico de corrente contínua, como
SO

o esquematizado na figura, simularia o circuito gerador de ddp dessa


c) as potências dissipadas por efeito Joule nos dois resistores R são espécie. Cada eletrocélula consiste em um resistor de resistência
diferentes; R = 7,5 Ω e de uma bateria de fem ε.
T

d) as resistências internas dos geradores são iguais;


S

R
E

e) se a corrente elétrica i1 fr maior que i2, então a resistência interna


E

IA
do gerador 1 é menor que a resistência interna do gerador 2. F
L DO PRO
EXERCÍCIOS DE

COMBATE
01. Seis pilhas iguais, cada uma com diferença de potencial V,
estão ligadas a um aparelho, com resistência elétrica R, na forma
esquematizada na figura. Nessas condições, a corrente medida pelo
amperímetro A, colocado na posição indicada, é igual a:

Sabendo-se que, com uma ddp de 750 V entre as extremidades A e


B, o peixe gera uma corrente I = 1,0 A, a fem ε em cada eletrocélula,
em volts, é
a) V/R a) 0,35.
b) 2V/R b) 0,25.
c) 2V/3R c) 0,20.
d) 3V/R d) 0,15.
e) 6V/R e) 0,05.

194 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 194 03/11/2021 11:01:26


GERADORES E RECEPTORES

04. É dada uma pilha comum, de força eletromotriz ε = 1,5 V e 10. (ESPCEX 2017) O desenho abaixo representa um circuito elétrico
resistência interna igual a 1,0 Ω. Ela é ligada durante 1,0 s a um composto por resistores ôhmicos, um gerador ideal e um receptor
resistor R de resistência igual a 0,5 Ω. Neste processo, a energia ideal.
química armazenada na pilha decresce de um valor EP, enquanto o
resistor externo R dissipa uma energia ER. Pode-se afirmar que EP e ER
valem, respectivamente:
a) 1,5 J e 0,5 J
b) 1,0 J e 0,5 J
c) 1,5 J e 1,5 J
d) 2,5 J e 1,5 J
e) 0,5 J e 0,5 J

05. Um motor elétrico tem resistência interna de 2,0 Ω e está ligado a


uma ddp de 100 V. Verifica-se que ele é percorrido por uma corrente
elétrica de intensidade igual a 5,0 A. A força contra-eletromotriz do
motor e a potência total recebida pelo motor, respectivamente, são
A potência elétrica dissipada no resistor de 4 Ω do circuito é:
a) 80 V; 350 W
a) 0,16 W
b) 90 V; 450 W
b) 0,20 W
c) 90 V; 500 W
c) 0,40 W

D O e) P0,80RWO
d) 70 V; 300 W
d) 0,72 W
e) 100 V; 400 W
A L
I FE
R
06. O vendedor de um motor elétrico de corrente contínua informa
que a resistência interna desse motor é 1,0 Ω e que o mesmo consome RESOLUÇÃO EM VÍDEO

S
TE

30,0 W, quando ligado à d.d.p. de 6,0 V. A força contra-eletromotriz Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
(f.c.e.m.) do motor que ele está vendendo é:

SO
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
a) 6,0 V
MA

b) 5,0 V

R
c) 3,0 V GABARITO
d) 1,0 V EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
e) 0,8 V 01. A 04. C 07. C 10. C
02. E 05. B 08. C
07. Um motor elétrico sob tensão 220 V é alimentado por uma
corrente elétrica de 10 A. A potência elétrica útil do motor é de 2000 W. 03. C 06. C R 09. B
MA

Assinale a alternativa que corresponde à força contraeletromotriz, EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO


SO

em volts, à resistência interna do motor, em ohms, e ao rendimento 01. D 04. E 07. B 10. E
elétrico do motor, respectivamente.
02. E 05. E 08. E
a) 200; 2; 0,80
T

03. A 06. A 09. D


S

R
b) 200; 2; 0,91
E

EXERCÍCIOS DE COMBATE
E

c) 400; 4; 1
IA FA
04.
01. B 07. B 10. A
d) 400; 4; 0,80
e) 400; 4; 1,5
O
L D O03. CP R 06. D
05. C
02. C 08. D
09. A
08. Um gerador fornece a um motor uma ddp de 440 V. O motor tem
resistência interna de 25 Ω e é percorrido por uma corrente elétrica
de 400 mA. A força contraeletromotriz do motor, em volts, é igual a: ANOTAÇÕES
a) 375
b) 400
c) 415
d) 430

09. (ESPCEX 2013) A pilha de uma lanterna possui uma força


eletromotriz de 1,5 V e resistência interna de 0,05 Ω. O valor da
tensão elétrica nos polos dessa pilha quando ela fornece uma corrente
elétrica de 1,0 A a um resistor ôhmico é de
a) 1,45 V
b) 1,30 V
c) 1,25 V
d) 1,15 V
e) 1,00 V

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PM_BOOK08_FIS.indb 195 03/11/2021 11:01:27


GERADORES E RECEPTORES

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

196 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 196 03/11/2021 11:01:27


CAMPO MAGNÉTICO

O Magnetismo pode ser caracterizado como sendo o fenômeno de A diferente natureza dos polos de um ímã, já posta em evidência
atração ou repulsão observado entre determinados corpos, chamados devido à sua orientação particular, evidencia-se mais ainda quando se
ímãs, entre ímãs e certas substâncias magnéticas (como ferro, cobalto notam as ações que os polos de um ímã exercem sobre os polos de
ou níquel) e também entre ímãs e condutores que estejam conduzindo outro ímã.
correntes elétricas. Ao manusear dois ímãs percebemos claramente que existem duas
formas de colocá-los para que estes sejam repelidos e duas formas
ÍMÃS E MAGNETOS para que sejam atraídos. Isto se deve ao fato de que polos com mesmo
nome se repelem, mas polos com nomes diferentes se atraem.
Um ímã pode ser definido como um objeto que pode provocar um
campo magnético ao seu redor e pode ser natural ou artificial.

L D O MAGNETISMO
PRO
Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, TERRESTRE

IA poderoso ímã. AFTerra pode ser então considerada como um grande


como por exemplo, a magnetita, que é um óxido férrico e um ímã A Terra exerce sobre uma agulha magnética a mesma ação que um
artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas, mas
R
que pode adquirir permanente ou instantaneamente características de E estão próximos dos polos geográficos.
ímã, cujos polos magnéticos
um ímã natural. A Terra exerce sobre uma agulha magnética uma ação que tende

S
TE

Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, a fazer a agulha orientar-se paralelamente ao campo magnético.

SO
temporais ou eletroímãs. Chama-se polo norte de uma agulha magnética (bússola) a
MA

• Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as extremidade que sempre está voltada para o polo norte da Terra e
propriedades magnéticas mesmo após cessar o processo de polo sul a extremidade que se dirige para o polo sul da Terra. Observe

R
imantação, estes materiais são chamados ferromagnéticos. que, como o polo Norte Geográfico da Terra atrai a extremidade norte
da bússola, ele deve ter as características de um polo sul magnético.
• Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas
enquanto se encontra sob ação de outro campo magnético, O campo magnético da Terra protege o planeta dos chamados
os materiais que possibilitam este tipo de processo são raios cósmicos, feixes de partículas de altas energias que vêm do
chamados paramagnéticos. Sol. Ao se aproximar da Terra, as partículas carregadas eletricamente
são desviadas, devido à interação magnética, em direção aos polos.
R
• Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor Essas partículas são desaceleradas ao entrar na atmosfera, emitindo
MA

por onde circula corrente elétrica e um núcleo, normalmente radiação. A visualização desse fenômeno é chamada de AURORA, que
SO

de ferro. Suas características dependem da passagem de pode ser Boreal (Norte) ou Austral (Sul).
corrente pelo condutor; ao cessar a passagem de corrente
cessa também a existência do campo magnético.
T

PROPRIEDADES DOS ÍMÃSR


E

IA F
POLOS MAGNÉTICOS
L R O
DO
Podemos classificar como sendo regiões onde as ações magnéticas P
são mais fortes. Um ímã é composto por dois polos magnéticos, norte
e sul, comumente localizados em suas extremidades, exceto quando
estas não existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo.
Por esta razão são chamados dipolos magnéticos.
Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã
pelo centro de massa e ele se alinhará aproximadamente ao polo norte
e sul geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta forma, o
polo norte magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o
polo sul magnético para o polo sul geográfico.

Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/


ATRAÇÕES E REPULSÕES CampoMagnetico/figuras/ima2.gif

INSEPARABILIDADE DOS
POLOS DE UM ÍMÃ
Esta propriedade diz que é impossível separar os polos magnéticos
de um ímã, já que toda vez que este for dividido serão obtidos novos
Disponível em: Lm40QDjGvfdukN4Jt4yQHzyo=/0x0:631x235/300x112/s.glbimg.com/ polos, então se diz que qualquer novo pedaço continuará sendo um
po/ek/f/original/2013/08/26/magnetismo_fisica_enem_3.jpg dipolo magnético.

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CAMPO MAGNÉTICO

CAMPO MAGNÉTICO DE UM ÍMÃ


Podemos classificar como sendo uma próxima a um ímã que
influencia outros ímãs ou materiais ferromagnéticos e paramagnéticos,
como cobalto e ferro.
Se compararmos o campo magnético com campo gravitacional ou
campo elétrico poderemos ver que todos estes têm as características
Disponível em: http://s2.glbimg.com/hOBwHCCwx-gCS6bXHrfJi81cCIY=/0x0:300x119/
equivalentes.
300x119/s.glbimg.com/po/ek/f/original/2013/08/26/magnetismo_fisica_enem_6.png Também é possível definir um vetor que descreva  este campo,
chamado vetor indução magnética e simbolizado por B. Se pudermos
colocar
 uma pequena bússola em um ponto sob ação do campo o
PONTO DE CURIE vetor B terá direção da reta em que a agulha se alinha e sentido para
onde aponta o polo norte magnético da agulha.
Pode ser definido como sendo a temperatura na qual o magnetismo
permanente de um material se torna um magnetismo induzido. A força Se pudermos traçar todos os pontos onde há um vetor indução
do magnetismo é determinada pelo momento magnético. magnética associado veremos linhas que são chamadas linhas de
indução do campo magnético. Estas são orientadas do polo norte em
Esse fenômeno foi descoberto pelo francês Pierre Curie, físico
direção ao sul, e em cada ponto o vetor B tangencia estas linhas.
e marido de Marie Curie. Os dois ganharam reconhecimento pelos
estudos relacionados com a radioatividade.
O calor fornecido por uma fonte térmica causa um desarranjo na
disposição dos elétrons que compõem o material, proporcionando a
perda momentânea das propriedades magnéticas. Essa temperatura é
específica de cada material.
L DO PRO
I
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS A FE
MAGNÉTICOS R

S
TE

Todos os materiais possuem características magnéticas. O

SO
magnetismo dos materiais é originado na combinação entre o
MA

momento angular orbital e o momento angular de spin dos átomos,


que acabam dando origem aos dipolos magnéticos microscópicos,

R
fazendo com que cada átomo se comporte como um pequeno ímã.
Desse modo, é possível dizer que o magnetismo é uma propriedade
dos materiais que tem origem na estrutura molecular.
Os materiais podem ser classificados de três modos diferentes,
de acordo com o magnetismo: diamagnéticos, paramagnéticos e
ferromagnéticos. Essa diferença é feita levando em consideração a Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/images/
R
origem e a forma como os dipolos magnéticos interagem. São essas Linhas%20de%20inducao%20em%20forma%20de%20barra.jpg
MA

características que fazem ser possível determinar como o material


SO

comporta-se na presença de outro campo magnético. As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto
são linhas fechadas e sua orientação interna é do polo sul ao polo
norte. Assim como as linhas de força, as linhas de indução não podem
MATERIAIS DIAMAGNÉTICOS
T

se cruzar e são mais densas onde o campo é mais intenso.


S

R
Diamagnetismo é o nome dado para designar o comportamento
E

IA
de materiais que são repelidos na presença de campos magnéticos,
F
CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME
ao contrário dos materiais paramagnéticos e ferromagnéticos que são
atraídos por campos magnéticos.
L R Oanáloga ao campo elétrico uniforme, é definido
P
De maneira
D Oo campo ou parte dele onde o vetor indução magnética B é igual
Alguns exemplos são a água, madeira, plástico e alguns metais,
como

como o mercúrio, o ouro e a prata. em todos os pontos, ou seja, tem mesmo módulo, direção e sentido.
Assim sua representação por meio de linha de indução é feita por
linhas paralelas e igualmente espaçadas.
MATERIAIS PARAMAGNÉTICOS
Pode-se dizer que são materiais que possuem elétrons
desemparelhados e que, na presença de um campo magnético,
alinham-se, fazendo surgir um ímã que tem a capacidade de provocar
um leve aumento na intensidade do valor do campo magnético em
um ponto qualquer. Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs.
São materiais paramagnéticos: o alumínio e o magnésio.

MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS
Os materiais ou substâncias ferromagnéticos compreendem um
pequeno grupo de substâncias encontradas na natureza, que ao
serem colocadas na presença de um campo magnético se imantam
fortemente, e o campo magnético delas é muitas vezes maior que o
campo que foi aplicado. É verificado que a presença de um material
http://cepa.if.usp.br/e-fisica/imagens/eletricidade/basico/cap13/fig240.gif
ferromagnético torna o campo magnético resultante centenas de
vezes mais intenso. A parte interna dos imãs em forma de U aproxima um campo
Alguns exemplos são o ferro, níquel e cobalto. magnético uniforme.

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CAMPO MAGNÉTICO

BÚSSOLAS CAMPO MAGNÉTICO DE


São dispositivos que podem auxiliar viajantes a se orientarem, UM FIO RETILÍNEO
que usam como ponteiro uma agulha magnetizada, ou seja, se Quando fazemos passar por um fio retilíneo uma corrente elétrica
comportando como um ímã. i, ela gera ao seu redor um campo magnético, cujas linhas do campo
Uma bússola sempre tende a orientar-se paralelamente ao campo são circunferências concêntricas pertencentes ao plano perpendicular
magnético aplicado sobre ela, com o polo norte da bússola apontando ao fio e com centro comum em um ponto dele.
no sentido do campo. Para identificarmos qual o sentido do campo magnético deste fio
utilizamos a regra da mão direita. Coloca-se polegar direito no mesmo
sentido que a corrente, assim a direção que os demais dedos curvados
nos mostrará será o sentido do campo, como mostra a figura abaixo:

Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/A_b%C3%BA

DO PRO
ssola_aponta_no_sentido_das_linhas_de_campo_magn%C3%A9tico..png

L
EXPERIMENTO DE OERSTEDI
A FE
Ao realizar diversas experiências, Oersted R
Disponível em: http://www.geocities.ws/saladefisica8/eletromagnetismo/condutor60.jpg
observou que uma

S
TE

corrente elétrica passando por um condutor desviava uma agulha A lei de Ampère nos permitiu determinar o módulo do campo
magnética colocada na sua vizinhança, de tal modo que a agulha

SO
magnético. Ela nos diz que “o vetor campo magnético é tangente às
assumia uma posição diferente ao plano definido pelo fio e pelo
MA

linhas do campo magnética”. Assim a tangente as linhas do campo


centro da agulha. magnética será a direção dele, e a intensidade do campo será dado

R
Oersted inicialmente utilizando de um fio condutor retilíneo, por pela equação:
onde passava uma corrente elétrica, posicionou sobre esse fio uma
µ ⋅i
agulha magnética, orientada livremente na direção norte-sul. Fazendo B=
passar uma corrente no fio, observou que a agulha sofria um desvio 2π ⋅ R
em sua orientação, e que esse desvio era perpendicular a esse fio.
Ao interromper a passagem de corrente elétrica, a agulha voltou a se Onde μ é a grandeza física que caracteriza o meio no qual o fio
orientar na direção norte-sul. condutor está imerso. Essa grandeza é chamada de permeabilidade
R
magnética do meio. A unidade de µ, no SI, é T·m/A (tesla × metro/
MA

Assim, ele concluiu que a corrente elétrica no fio se comportava


SO

como um ímã colocado próximo à agulha magnética. Ou seja, a ampère). Para o vácuo, a permeabilidade magnética (µo) vale, por
corrente elétrica estabeleceu um campo magnético no espaço em definição:
torno dela, e esse campo foi responsável pelo desvio da agulha µo = 4π · 10-7 T·m/A
T

magnética.
R
E

Assim podemos concluir que cargas elétricas em movimento geram


E

IA
um campo magnético próximo a elas. E então o aparecimento de um F
CAMPO MAGNÉTICO EM ESPIRAS
campo magnético juntamente com a passagem de uma corrente de
L D OcomoUma R Oé um fio condutor dobrado em forma de círculo,
Pmostra
espira
elétrons foi pela primeira vez observado. Possibilitando a unificação
a figura abaixo:
da eletricidade com o magnetismo, que passaram a constituir um
importante ramo da física denominado eletromagnetismo.

Disponível em: http://masimoes.pro.br/fisica_el/_Media/23_med_hr.jpeg

Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/ Espira de cobre. A corrente elétrica que passa pelo fio gera um
experimento%20de%20oersted.jpg campo magnético em seu entorno.

PROMILITARES.COM.BR 199

PM_BOOK08_FIS.indb 199 03/11/2021 11:01:29


CAMPO MAGNÉTICO

Quando percorrido por uma corrente elétrica, um fio retilíneo e


longo cria ao seu redor um campo magnético. Pegando esse mesmo
fio retilíneo e dobrando-o em forma de uma espira de raio R, veremos
que as linhas do campo magnético irão acompanhar o formato da
espira.
A reta que passa pelo centro, e perpendicular ao plano da espira
é uma linha do campo magnético cuja intensidade é denominada pela
seguinte fórmula:
µ i
B o
2 R

Para se determinar o sentido das linhas do campo magnético usa-


se a regra da mão direita. Coloca-se o dedo polegar sobre a direção da
corrente e os dedos nos mostra o sentido do campo.
Se considerarmos N espiras de mesmo raio R, lado a lado, de
maneira que o comprimento do enrolamento seja desprezível, a
intensidade do campo magnético no centro será dado por:
Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo/campo(3).jpg

Como todo fio condutor percorrido por uma corrente elétrica


gera ao seu redor um campo magnético, não é diferente para um
Onde N é o número de espiras.
L DO PRO
Resumindo: uma espira circular percorrida por uma corrente i,
solenoide. O campo magnético gerado em um solenoide possui as
seguintes características:

IA
cria em seu centro um campo magnético retilíneo perpendicular ao F Edouniforme,
• no interior solenoide consideramos o campo magnético

R
seu plano, cuja intensidade é dada pela fórmula acima, a direção é
perpendicular ao plano da espira e o sentido é dado pela regra da
como sendo portanto, as linhas de indução são
paralelas entre si;
mão direita.

S
TE

• quanto mais comprido for o solenoide, mais uniforme será o

SO
Devemos notar que um observador colocado acima da espira campo magnético interno e mais fraco o campo magnético
vai enxergar as linhas de campo saindo. E essa parte representa o
MA

externo.
polo norte do ímã (espira circular percorrida por corrente elétrica). Já
Para o campo magnético uniforme no interior do solenoide
quem estiver abaixo verá as linhas de campo entrando - e essa parte

R
teremos um vetor indução em qualquer ponto interno do solenoide,
representa o polo sul do ímã.
portanto, como se trata de um vetor, ele terá intensidade, direção e
Essas regiões podem ser representadas da seguinte maneira: sentido.
O módulo, isto é, a intensidade do campo magnético no interior
de um solenoide é obtido através da seguinte equação:
R
MA

SO

Onde: μ é a permeabilidade magnética do meio no interior do


solenoide e N/L representa o número de espiras por unidade de
T

comprimento do solenoide.
R
E

IA F A direção do vetor indução magnética é retilínea e paralela ao


eixo do solenoide.

L D O Como O
P Rexiste um campo magnético no interior do solenoide,
O sentido é obtido através da regra da mão direita.
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/campo%201(4).jpg
podemos dizer que as extremidades de um solenoide são seus polos.

CAMPO MAGNÉTICO NO SOLENOIDE


Exercício Resolvido
Podemos classificar o solenoide como um condutor longo
e enrolado de modo que forma um tubo constituído de espiras 01. Um professor de Física mostra aos seus alunos 3 barras de
igualmente espaçadas. Aplicando uma corrente no fio, ele gera um metal AB, CD e EF que podem ou não estar magnetizadas. Com
campo magnético. elas faz três experiências que consistem em aproximá-las e observar
No ramo da física, podemos chamar de solenoide todo fio o efeito de atração e/ou repulsão, registrando-o na tabela a seguir.
condutor longo e enrolado de forma que se pareça com um tubo
formado por espiras circulares igualmente espaçadas. Este condutor
também pode ser chamado de bobina chata. Portanto, ao se deparar
com ambos os nomes, lembre-se que eles são sinônimos, já que nos
dois casos temos um agrupamento de espiras.
O enrolamento de um fio sobre um tubo de caneta, por exemplo,
é um solenoide. Configuramos um solenoide a partir da reunião das
configurações das linhas de campo magnético produzidas por cada
uma das espiras. Para fazermos um solenoide basta enrolarmos um
fio longo sobre um tubo de caneta, por exemplo. A figura abaixo
nos mostra um solenoide percorrido por uma corrente elétrica i e de
comprimento L.

200 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 200 03/11/2021 11:01:30


CAMPO MAGNÉTICO

Após o experimento e admitindo que cada letra pode corresponder I. Se quebrarmos os dois ímãs ao meio, obteremos quatro
a um único polo magnético, seus alunos concluíram que pedaços de material sem propriedades magnéticas, pois
a) somente a barra CD é ímã. teremos separados os polos norte e sul um do outro.
b) somente as barras CD e EF são ímãs. II. A e B podem tanto atrair-se como repelir-se, dependendo da
posição em que os colocamos, um em relação ao outro.
c) somente as barras AB e EF são ímãs.
III. Se aproximarmos de um dos dois ímãs uma pequena esfera de
d) somente as barras AB e CD são ímãs. ferro, ela será atraída por um dos polos desse ímã, mas será
e) AB, CD e EF são ímãs. repelida pelo outro.
É correto o que se afirma em
Resolução: B
a) I, apenas.
Se as barras CD e EF se repelem, ambas estão magnetizadas. Se a
b) II, apenas.
barra AB é atraída por qualquer das extremidades de CD, ela não
está magnetizada. c) I e II, apenas.
Conclusão: somente as barras CD e EF são ímãs. d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.

Exercício Resolvido
Resolução: B
02. A agulha de uma bússola ao ser colocada entre dois imãs sofre I. Incorreta. Os polos de um ímã são inseparáveis.
um giro no sentido anti-horário. A figura que ilustra corretamente II. Correta.

DO PRO
a posição inicial da agulha em relação aos imãs é
III. Incorreta. A esfera de ferro será atraída por qualquer um dos
a)
A L polos.
I FE
R Exercício Resolvido

S
TE

SO
b) 04. Em uma aula de laboratório, os estudantes foram divididos
em dois grupos. O grupo A fez experimentos com o objetivo de
MA

desenhar linhas de campo elétrico e magnético. Os desenhos feitos

R
estão apresentados nas figuras I, II, III e IV abaixo.

c)

R
MA

SO

d)
T

R
E

IA F
Resolução: C L DO PRO
Somente na situação mostrada, a agulha sofre ação de um binário,
provocando rotação no sentido anti-horário.

Exercício Resolvido
Aos alunos do grupo B, coube analisar os desenhos produzidos
03. Os ímãs têm larga aplicação em nosso cotidiano tanto com pelo grupo A e formular hipóteses. Dentre elas, a única correta
finalidades práticas, como em alto-falantes e microfones, ou como é que as figuras I, II, III e IV podem representar, respectivamente,
meramente decorativas. A figura mostra dois ímãs, A e B, em linhas de campo
forma de barra, com seus respectivos polos magnéticos.
a) eletrostático, eletrostático, magnético e magnético.
b) magnético, magnético, eletrostático e eletrostático.
c) eletrostático, magnético, eletrostático e magnético.
d) magnético, eletrostático, eletrostático e magnético.
e) eletrostático, magnético, magnético e magnético.

PROMILITARES.COM.BR 201

PM_BOOK08_FIS.indb 201 03/11/2021 11:01:32


CAMPO MAGNÉTICO

Com base nessas observações, o estudante fez quatro afirmações.


Resolução: A
Assinale a alternativa que possui a afirmação fisicamente incorreta.
Figura I: linhas de campo eletrostático – placa plana eletrizada
positivamente. a) A lâmina 1 não é feita de material ferromagnético.
Figura II: linhas de campo eletrostático – duas partículas eletrizadas b) A lâmina 2 é feita de material ferromagnético, mas não está
positivamente. imantada.
Figura III: linhas de campo magnético – espira percorrida por c) A lâmina 2 é feita de material ferromagnético, e está imantada.
corrente elétrica. d) A lâmina 3 é feita de material ferromagnético, e está imantada.
Figura IV: linhas de campo magnético – fio reto percorrido por
corrente elétrica. 03. (EAM 2020) Considerando as afirmativas abaixo, marque a opção
correta,
a) Oersted comprovou experimentalmente que corrente elétrica dá
Exercício Resolvido origem a campo elétrico.
b) Se quebrarmos um ímã teremos dois ímãs, cada um com apenas
05. As figuras representam as seções transversais de 4 fios
um polo magnético.
condutores retos, percorridos por corrente elétrica nos sentidos
indicados, totalizando quatro situações diferentes: I, II, III e IV. c) Em um ímã e por fora dele, as linhas de campo magnético (ou
de indução) têm orientação do polo magnético sul em direção ao
polo magnético norte.
d) O polo magnético norte da Terra encontra-se próximo ao polo
geográfico norte da Terra e o polo magnético sul da Terra

D O e) PPolosRmagnéticos
encontra-se próximo ao polo geográfico sul da Terra.

A L O de mesmo nome se repelem e polos magnéticos


Se a corrente tem a mesma intensidade em todos Ios fios, então o FE
de nomes diferentes se atraem.

campo magnético induzido no ponto P é nulo R


na(s) situação(ões) 04. (EEAR 2019) Uma espira circular com 6,28 cm de diâmetro é
a) I

S
TE

percorrida por uma corrente elétrica de intensidade igual a 31,4 mA e,


nessas condições, produz um vetor campo magnético no centro dessa

SO
b) I, III
espira com uma intensidade no valor de ______ × 10–7 T.
MA

c) I, II, III
T ⋅m
d) II, IV Considere a permeabilidade magnética no vácuo, µ0 = 4 π ⋅ 10−7

R
e utilize π = 3,14. A

Resolução: B a) 1,0
Aplicando a regra prática da mão direita nº 1, obtemos os vetores b) 2,0
indução magnética indicados na figura. c) 3,14
d) 6,28 R
MA

05. (EEAR 2019) Uma bússola é colocada em uma região na qual foi
SO

estabelecido um campo magnético uniforme.


A agulha magnética dessa bússola tende a orientar-se e permanecer
T

______ às linhas de indução do campo magnético uniforme.


S

R
E

a) paralela
E

IA F
b) perpendicular
EXERCÍCIOS DE
O
L D Od) emPumRângulo de 60º
FIXAÇÃO
c) em um ângulo de 45º

06. (EEAR 2019) Quanto à facilidade de imantação, podemos


01. (EEAR 2020) Utilizando a regra da mão direita num condutor afirmar que: “Substâncias __________________ são aquelas cujos
percorrido por uma corrente, o polegar aponta o sentido da corrente ímãs elementares se orientam em sentido contrário ao vetor indução
e os demais dedos apontam o sentido magnética, sendo, portanto, repelidas pelo ímã que criou o campo
magnético”. O termo que preenche corretamente a lacuna é:
a) da energia potencial.
a) diamagnéticas
b) da resistência elétrica.
b) paramagnéticas
c) do campo magnético.
c) ultramagnéticas
d) do fator de potência.
d) ferromagnéticas
02. (EEAR 2020) Em um laboratório de Física, um estudante analisa
o comportamento de três lâminas metálicas quando aproximadas de 07. (EEAR 2018) Uma espira circular com 10π cm de diâmetro, ao
um ímã. ser percorrida por uma corrente elétrica de 500 mA de intensidade,
produz no seu centro um vetor campo magnético de intensidade igual
1. A lâmina 1 não é atraída por nenhum polo do ímã. a _____ ×10-6 T.
2. A lâmina 2 é atraída pelos dois polos do ímã. Obs.: Utilize μ0 = 4π·10-7 Tm/A
3. A lâmina 3 tem uma das suas extremidades atraída pelo polo a) 1 c) 4
norte e repelida pelo polo sul, enquanto a outra extremidade é
atraída pelo polo sul e repelida pelo polo norte. b) 2 d) 5

202 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 202 03/11/2021 11:01:33


CAMPO MAGNÉTICO

08. (EAM 2018) Um ímã encontra-se, inicialmente, a uma certa EXERCÍCIOS DE


distância de uma esfera de ferro que está em repouso sobre uma
mesa, cujo atrito pode ser desprezado. TREINAMENTO
01. (EEAR 2016) Um imã em formato de barra, como o da figura I, foi
seccionado em duas partes, como mostra a figura II.

Assinale a opção que apresenta de forma correta o comportamento


da esfera quando da aproximação do ímã.
a) A esfera se moverá para a direita quando o polo norte for
aproximado.
b) A esfera se moverá para a direita quando o polo sul for aproximado.
c) A esfera se moverá para a esquerda qualquer que seja o polo
aproximado.
Sem alterar a posição do imã, após a secção, cada pedaço formado
d) A esfera permanecerá em repouso quando o polo sul for terá a configuração:
aproximado.
L
e) A esfera permanecerá em repouso quando o polo norte for
D O a) P R O
aproximado.
I A FE
09. (EAM 2017) As bússolas, instrumentos R
de orientação cuja
b)

S
TE

invenção é atribuída à China do século I a.C., são utilizadas até hoje

SO
em diversas situações.
MA

Sobre as bússolas, é correto afirmar que


a) apontam sempre na direção exata do poio norte geográfico da

R
Terra. c)
b) se alinham seguindo as linhas de indução do campo magnético
da Terra.
c) por serem imantadas, não podem sofrer influência de correntes
elétricas.
d) R
d) mesmo próximas de um ímã, continuam apontando para o polo
MA

norte geográfico da Terra.


SO

e) permitem uma navegação segura, pois indicam exatamente a


direção que se quer seguir.
02. (EEAR 2016) Dois fios condutores longos são percorridos pela
T

10. (EEAR 2017) Um fio condutor é percorrido por uma corrente i mesma corrente elétrica nos sentidos indicados na figura.
R
E

como mostra a figura.


IA F
L DO PRO

A opção que melhor representa os campos magnéticos nos pontos A,


Próximo ao condutor existe um ponto P, também representado na B e C, respectivamente, é:
figura. A opção que melhor representa o vetor campo magnético no
ponto P é: a) Ponto A - / Ponto B - / Ponto C -

b) Ponto A - / Ponto B - Nulo / Ponto C -


a) c) Ponto A - / Ponto B - Nulo / Ponto C -
c)
d) Ponto A - Nulo / Ponto B - / Ponto C - Nulo
b)
d)

PROMILITARES.COM.BR 203

PM_BOOK08_FIS.indb 203 03/11/2021 11:01:34


CAMPO MAGNÉTICO

03. (EAM 2016) O magnetismo terrestre sempre foi um mistério 07. (EEAR 2013) Aproxima-se um prego de aço, não imantado, de
para muitos estudiosos. As bússolas são constituídas por uma agulha um ímã permanente. Nessas condições, pode-se afirmar corretamente
magnética que pode girar livremente em torno de um eixo vertical, que o prego será
permitindo aos navegadores orientarem suas embarcações de acordo Obs.: aço é um material ferromagnético.
com coordenadas geográficas definidas a partir dos pontos cardeais.
Sobre o magnetismo terrestre e o funcionamento das bússolas, a) repelido por qualquer um dos polos do ímã.
assinale a opção correta. b) atraído por qualquer um dos polos do ímã.
a) Nas regiões próximas à linha do equador, o magnetismo terrestre c) atraído somente pelo polo norte do ímã.
é nulo. d) atraído somente pelo polo sul do ímã.
b) Nas regiões polares, o magnetismo terrestre é nulo.
c) Os polos magnéticos da Terra coincidem com seus polos 08. (EAM 2013) Observe a figura abaixo.
geográficos.
N S
d) A agulha magnética de uma bússola pode ser orientada em
qualquer direção, de acordo com a rota de navegação a ser
seguida.
e) A agulha magnética de uma bússola orienta-se de acordo com
o campo magnético da Terra, alinhando-se com esse campo e A B C D E F G H
apontando para o polo sul magnético do planeta.

04. (EEAR 2014) Em 1820, o físico dinamarquês Hans Christian Um ímã foi seccionado duas vezes formando quatro novos ímãs
idênticos. As letras “N” e “S” representam, respectivamente, os polos
DO PRO
Oersted verificou que um fio condutor, quando percorrido por uma
norte e sul do ímã original. Com base nos dados apresentados, é

A L
corrente elétrica, apresenta um campo magnético em torno desse fio.
correto afirmar que
Das alternativas abaixo, assinale qual indica o dispositivo elétrico cuja
I
aplicação só foi possível a partir da constatação dessa relação. FE
a) A, B e C são polos norte.
a) Lâmpada incandescente. R b) A, C e D são polos sul.
b) Resistência elétrica. c) B, F e H são polos sul.

S
TE

SO
c) Eletroímã. d) A, D e F são polos norte.
MA

d) Capacitor e) E, G e H são polos sul

R
05. (EEAR 2012) Um condutor reto e extenso, situado no vácuo, é 09. (EAM 2012) Desde tempos remotos, tem-se observado na
percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 1,0 A. Nesse natureza a existência de certos corpos que, espontaneamente, atraem
caso, a intensidade do campo magnético em um ponto situado pedaços de ferro. Esses corpos foram denominados ímãs naturais.
perpendicularmente a 1,0 m de distância do condutor, é de Sobre os ímãs e suas aplicações foram feitas as afirmativas abaixo:
____ ⋅ 10−7T. I. todo ímã possui dois polos: norte e sul.
Observação: μ0 = 4π·10-7 m/ A II. dividindo-se um ímã ao meio, cada pedaço vira um novo ímã.
R
a) 1.
MA

III. a bússola magnética orienta-se pelo campo magnético da Terra.


SO

b) 2. IV. os eletroímãs funcionam devido à passagem da corrente elétrica.


c) π. V. o poder de atração de um ímã é maior em suas extremidades.
d) 2π.
T

VI. o polo norte geográfico da Terra atrai o polo norte da bússola.


S

R
E

Assinale a opção correta.


E

06. (EEAR 2013) Um fio condutor perpendicular ao plano desta folha


IA F
a) Apenas as afirmativas I, II e V estão corretas.
de prova é percorrido por uma intensa corrente elétrica contínua
L D Oc) Apenas O
P Ras afirmativas III, IV, V e VI estão corretas.
(sentido convencional). Uma bússola é colocada sobre o plano da b) Apenas as afirmativas II, III e VI estão corretas.
referida folha e próxima a esse fio. Considerando apenas o campo
magnético gerado por essa corrente, assinale a alternativa que
apresenta, corretamente, o par: sentido da corrente elétrica / d) Apenas as afirmativas I, II, III, IV e V estão corretas.
posição da agulha da bússola. e) As afirmativas I, II, III, IV, V e VI estão corretas.
Adote:
10. (EEAR 2011) Uma espira possui resistência elétrica igual a R e está
conectada a uma fonte de tensão contínua. No vácuo, essa espira ao
ser submetida a uma tensão V é percorrida por uma corrente elétrica
de intensidade i e produz no seu centro um campo magnético de
intensidade B. Assinale a alternativa que indica, corretamente, uma
possibilidade de aumentar a intensidade do campo magnético no
centro da espira alterando apenas um dos parâmetros descritos.
a) Usar uma espira de resistência elétrica menor que R.
b) Colocar material diamagnético no centro da espira.
a) c) c) Diminuir a tensão V aplicada.
d) Aumentar o raio da espira.

b) d)

204 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 204 03/11/2021 11:01:34


CAMPO MAGNÉTICO

EXERCÍCIOS DE 05. (EEAR 2010) Dentre as alternativas a seguir, selecione aquela

COMBATE
na qual a execução da sua ação implica redução da intensidade do
campo magnético gerado no interior de um solenoide.
Dado: o solenoide é mantido sempre imerso no vácuo.
a) Aumentar o número de espiras do solenoide, mantendo
01. (EEAR 2011) A figura a seguir representa uma espira que está constantes o comprimento e a intensidade da corrente elétrica
no plano que contém esta folha de papel. Essa espira é feita de um no solenoide.
material condutor e está submetida a uma tensão que resulta em uma b) Aumentar o comprimento do solenoide, mantendo constantes
corrente elétrica convencional (portadores positivos) de intensidade o número de espiras e a intensidade da corrente elétrica no
“i” no sentido horário. A alternativa que indica, corretamente, o solenoide.
sentido e a direção do vetor campo magnético resultante no centro
dessa espira é c) Aumentar a intensidade da corrente elétrica no solenoide,
mantendo constantes o número de espiras e o comprimento do
solenoide.
d) Aumentar o número de espiras por unidade de comprimento,
a) ou seja, aumentar o valor da razão N/L, mantendo constante a
intensidade da corrente elétrica no solenoide.

b) 06. (EEAR 2005) A intensidade do campo magnético no interior de


um solenoide
c) a) não depende do comprimento do solenoide

L D O b)c) Péé função


R Oapenasproporcional
do comprimento do solenoide

d)
I A diretamente
F
ao comprimento do solenoide

R
02. (EEAR 2011) Um técnico utilizando um fio de comprimento l sobre
d) é inversamente
Eproporcional ao comprimento de solenoide

07. (EEAR 2005) Na fabricação de um ímã permanente, utilizou-se

S
TE

o qual é aplicado uma ddp, obtém um campo magnético de módulo


igual a Bfio a uma distância r do fio. Se ele curvar o fio de forma a como material o níquel, que é exemplo de uma substância

SO
obter uma espira de raio r, quantas vezes maior será a intensidade do a) diamagnética.
MA

vetor campo magnético no centro da espira em relação à situação b) paramagnética.


anterior?

R
c) ferromagnética.
a) 1. c) 2.
d) estatomagnética.
b) π. d) 4.
08. (EEAR 2005) “Um condutor percorrido por uma corrente elétrica
03. (EEAR 2011) Um condutor retilíneo e extenso é percorrido por gera um campo magnético ao seu redor”. Este enunciado refere-se
uma corrente elétrica. Das alternativas a seguir assinale aquela em que aos trabalhos de R
está corretamente
 descrito, em termos de sentindo e direção, o campo
a) Tesla. c) Newton.
MA

magnético (B) de acordo com a corrente elétrica (i). Dado: adote o


SO

sentido convencional para a corrente elétrica b) Oersted. d) Dalton.


a) c)
09. (EEAR 2008) Três barras metálicas AB, CD e EF são aparentemente
T

iguais. Aproximando as extremidades das barras, verifica se, então,


R
E

experimentalmente que a extremidade A atrai D e repele E, enquanto


E

IA F
a extremidade B repele F e atrai D.

L DO PRO
portanto, conclui-se corretamente que:
b) d) a) CD não é imã.
b) Somente AB é ímã.
c) Somente EF é ímã.
d) Todas a barras são ímãs.

10. (EEAR 2006) Um estudante de Física foi incumbido pelo seu


04. (EEAR 2010) Assinale a alternativa que completa corretamente a professor de montar um experimento para demonstrar o campo
frase abaixo: magnético em uma espira circular. Para executar tal trabalho, o aluno
construiu uma espira circular com diâmetro de 20 centímetros e fez
Um condutor longo e retilíneo percorrido por corrente elétrica produz
percorrer por ela uma corrente de intensidade 5,0 A. Após a execução
ao seu redor um campo magnético no formato de
da experiência, o aluno informou ao professor que a intensidade
a) retas paralelas ao fio. do vetor indução magnética no centro da espira era de 5π × 10−5 T.
b) círculos concêntricos ao fio. Admitindo-se que a permeabilidade magnética do meio onde se
c) retas radiais com o centro no fio. encontra a espira seja de 4π × 10−7 Tm /A, pode-se dizer que, para o
resultado do aluno estar correto, deve-se:
d) uma linha em espiral com o centro no fio.
a) dividi-lo por 4. c) multiplicá-lo por 2.
b) dividi-lo por 5. d) multiplicá-lo por 5.

PROMILITARES.COM.BR 205

PM_BOOK08_FIS.indb 205 03/11/2021 11:01:34


CAMPO MAGNÉTICO

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. C 04. D 07. B 10. A
02. C 05. A 08. C
03. E 06. A 09. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. C 04. C 07. B 10. A
02. A 05. B 08. C
03. E 06. A 09. E
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. D 04. B 07. C 10. B

DO PRO
02. B 05. B 08. B
03. C 06. D 09. A
A L
ANOTAÇÕES I FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

206 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 206 03/11/2021 11:01:35


FORÇA MAGNÉTICA

A força magnética, ou força de Lorentz, pode ser considerada Tendo um Ímã posto sobre um referencial arbitrário R, se uma
o resultado da interação entre dois corpos dotados de propriedades partícula com carga q for abandonada em sua vizinhança com
magnéticas, como ímãs ou cargas elétricas em movimento. velocidade nula não será observado o surgimento de força magnética
Ao analisar as cargas elétricas, a força magnética passa a existir sobre esta partícula, sendo ela positiva, negativa ou neutra.
quando uma partícula eletricamente carregada movimenta-se
em uma região onde atua um campo magnético. CARGA ELÉTRICA COM VELOCIDADE NA
Considerando que uma carga pontual q, com velocidade v, seja MESMA DIREÇÃO DO CAMPO
lançada em uma região onde existe um campo magnético uniforme “Um campo magnético estacionário não interage com cargas que
B, passa a atuar sobre ela uma força magnética com intensidade dada tem velocidade não nula na mesma direção do campo magnético.”
pela seguinte equação:
L D O magnético,
PSempre
RO que uma carga se movimenta na mesma direção do campo

IA
F = |q| · v × B · sen θ
F E que atue sobre ela. Um exemplo deste
sendo no seu sentido ou contrário, não há aparecimento
de força eletromagnética

magnético B. R v e do campo movimento é uma carga


*θ é o ângulo entre os vetores da velocidade que se movimenta entre os polos de um Ímã.
A validade desta afirmação é assegurada independentemente do sinal

S
TE

da carga estudada.

SO
A direção do campo magnético é perpendicular ao plano que Observe que, nesse caso, o ângulo θ = 0º ou θ = 180 º. A equação
contém os vetores v e F, e o sentido é dado pela regra da mão
MA

que utilizamos para calcular a força é:


direita.
F = |q| · v · B · sen θ

R
A regra da mão direita diz o seguinte: o dedo polegar deve ser
colocado sempre no sentido da velocidade v, os outros quatros
dedos parados devem sempre ser colocados no sentido do campo E o sen 0º = sen 180º = 0
magnético B, finalmente a força magnética terá o sentido da sua
palma da mão como se você estivesse empurrando a palma da sua Substituindo na equação, teremos:
mão. Nesse caso, a regra da mão direita é também conhecida como F = |q| · v · B · 0
R
regra do tapa.
MA

F=0
SO

Se a força é igual a zero, a partícula mantém-se com a mesma


velocidade e realiza movimento retilíneo uniforme na mesma direção
T

do campo magnético.
R
E

IA CARGA COM MOVIMENTO F


L DO PRO PERPENDICULAR AO CAMPO
Uma partícula eletrizada com carga elétrica q é lançada
perpendicularmente às linhas de indução, isto é, v é perpendicular a B.
Nesse caso, θ = 90°. Nessa situação, como θ = 90°, a força magnética
Fmg age como uma força centrípeta, modificando apenas a direção da
velocidade v da partícula de carga elétrica q, sem provocar variações
em seu módulo. Desse modo, essa partícula passa a descrever no
interior do campo magnético um movimento circular uniforme.

Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_JJJ4o4Jcg48/TNg9EC8_BCI/


AAAAAAAAYHk/reYYMYox-7k/s1600/maozinha+11.jpg

EFEITOS DE UM CAMPO
MAGNÉTICO SOBRE CARGA
CARGA ELÉTRICA EM REPOUSO
“Um campo magnético estacionário não interage com cargas em
repouso.” Disponível em: http://www.alfaconnection.pro.br/images/MAG020105a.gif

PROMILITARES.COM.BR 207

PM_BOOK08_FIS.indb 207 03/11/2021 11:01:35


FORÇA MAGNÉTICA

Com isso, temos: Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição
o ângulo entre v e B será θ = 90º. Como sen 90º = 1, teremos: adotada se comporta como se esta fosse positiva), quando o fio
condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron
F = |q| · v · B · sen 90 sofrerá ação de uma força magnética.
F = |q| · v · B · 1
F = |q| · v · B

O movimento executado pela partícula é circular e uniforme, e o


raio de sua trajetória é obtido da seguinte forma:
F = Fcp

Sabemos que:
m  v2
F  q  v  B e Fcp 
R

Igualamos as expressões e obtemos:

m  v2
q  v B  Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo/images/
R for%C3%A7a%20mag1.gif
m v
R
q B
L D O apenas
PMasRumseOconsiderarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de
elétron, podemos dizer que a interação continuará sendo

I Ao raio de sua regida


Quanto maior for a massa da partícula, maior será
por F = F |q| v B senθ, onde Q é a carga total no segmento do
E um comprimento percorrido por cada elétron
M

trajetória. R fio, mas como temos


em um determinado intervalo de tempo, então podemos escrever a
velocidade como:

S
TE

TRAJETÓRIAS HELICOIDAIS

SO
∆
v=
MA

Se a velocidade de uma partícula carregada tem uma componente ∆t


paralela ao campo magnético (uniforme), a partícula descreve uma

R
trajetória helicoidal cujo eixo é a direção do campo. Ao substituirmos este valor em
 FM teremos a força magnética no
A componente paralela dá origem a um movimento de transição segmento, expressa pela notação fM:
e a perpendicular origina um movimento circular uniforme (rotação).

Quando há sobreposição dessas duas componentes gera uma fM | Q | Bsen
trajetória helicoidal, em forma de hélice. t

Mas sabemos que


Rindica a intensidade de corrente no fio,
MA

então:
SO

fM  B i sen 

Sendo esta expressão chamada de Lei Elementar de Laplace.


T


R A direção e o sentido do
 vetor fM são perpendiculares ao plano
E


E

IA F
determinado pelos vetores v e B, e pode ser determinada pela regra

L DO PRO
da mão direita espalmada, apontando-se o polegar
 no sentido da
corrente e os demais dedos no sentido do vetor B.

FORÇA MAGNÉTICA ENTRE FIOS PARALELOS


Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/upload/ Ampère fez estudos relacionados à força magnética produzida
conteudo/images/helice-cilindrica.jpg entre dois fios conduzidos por energia elétrica. Em seus estudos, ele
conseguiu determinar a intensidade do campo magnético produzido
por tal corrente elétrica. A força magnética entre dois fios paralelos
FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UM FIO e separados por uma distância d pode ser determinada da seguinte
CONDUTOR maneira:
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo Inicialmente devemos fazer os cálculos da intensidade do campo
magnético, esta sofre uma interação que pode alterar seu movimento. magnético B1 na posição do fio 2. Dessa forma, o campo produzido
Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá pela corrente i1 vale:
uma força agindo sobre a carga com intensidade FM = |q| v B senθ,
onde θ é o ângulo formado no plano entre os vetores velocidade e 0 i1
 B1 
campo magnético. A direção e sentido do vetor FM serão dadas pela 2 d
regra da mão direita.
Em seguida podemos efetuar os cálculos do módulo da força
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá magnética que atua sobre o fio 2 através da seguinte equação:
elétrons livres
 se movimentando por sua secção transversal com uma F1 = B1·i2·L. Nessa equação, L é o comprimento do fio. Dessa forma,
velocidade v. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, podemos ver que a força magnética que atua no fio 2 é dada pela
neste caso, é o sentido real da corrente (v tem o mesmo sentido seguinte relação:
da corrente). Para facilitar a compreensão pode-se imaginar que os
elétrons livres são cargas positivas. no vácuo temos que µ = 4π·10-7 T ⋅ m/A.

208 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 208 03/11/2021 11:01:39


FORÇA MAGNÉTICA

De tal modo, podemos dizer que o mesmo efeito ocorre para o


campo magnético gerado pelo fio 2. Assim, o campo magnético criado Analisando as alternativas:
pela corrente i2 na posição do fio 1 também produz uma força sobre a [A] Falsa. Como as partículas ficam sujeitas a atuação da força
corrente i1. A força tem a mesma intensidade que a força F2, mas tem magnética devido a sua velocidade ser perpendicular ao campo
sentido contrário. Essas duas forças formam um par de ação e reação. magnético, haverá alteração da direção de suas velocidades.
Utilizando a regra da mão direita podemos ver que se as correntes [B] Verdadeira. Analisando as regras da mão direita e esquerda,
estiverem no mesmo sentido, a força magnética entre os fios será de verificamos que se uma partícula é positiva e outra é negativa,
atração. Caso as correntes possuam sentidos contrários, a força será as forças que atuam em cada uma das partículas terão sentidos
de repulsão entre os fios. opostos.
[C] Falsa. Analisando as regras da mão direita e esquerda,
verificamos que a força magnética é perpendicular ao vetor
velocidade.
[D] Falsa. Analisando as regras da mão direita e esquerda,
verificamos que a força magnética é perpendicular ao vetor campo
magnético.
[E] Falsa. Analisando as regras da mão direita e esquerda,
verificamos que a força magnética é perpendicular ao vetor
Disponível em: https://def.fe.up.pt/eletricidade/img/forca_magnetica_fios_560.png velocidade.

Exercício Resolvido Exercício Resolvido


01. Partículas com grande velocidade, provenientes do espaço,
L D O 02.P Um
R feixe de elétrons, com velocidade v, de carga e massa
individuaisO
I A
atingem todos os dias o nosso planeta e algumas delas interagem
com o campo magnético terrestre. Considere que duas partículas FE
q e m, respectivamente, é emitido na direção y, conforme
a figura abaixo. Perpendicularmente ao feixe de elétrons, entrando
  R
A e B, com cargas elétricas QA > 0 e QB < 0, atingem a Terra em um
mesmo ponto com velocidades, VA = VB , perpendiculares ao vetor
no plano da página, está um campo magnético de intensidade B,
representado pelos x na figura. Inicialmente, o campo magnético

S
TE

campo magnético local. Na situação exposta, podemos afirmar que está desligado e o feixe segue paralelo ao eixo y.

SO
a) a direção da velocidade das partículas A e B não irá se alterar.
MA

b) a força magnética sobre A terá sentido contrário à força


magnética sobre B.

R
c) a força magnética que atuará em cada partícula terá sentido
contrário ao do seu respectivo vetor velocidade.
d) a força magnética que atuará em cada partícula terá o mesmo
sentido do vetor campo magnético local.
e) a direção da velocidade das partículas A e B é a mesma do seu R
respectivo vetor força magnética.
MA

SO

Resolução: B
De acordo com o físico Hendrick Antoon Lorentz  (1853-1920),
T

toda carga elétrica lançada


 com certa velocidade V em direção a
R
E

 campo magnético B, fica sujeita à ação de uma força magnética


um
E

F , se a direção do vetor velocidade


 IA
V não for paralela à direção do F
vetor campo magnético B.
LdireitaD O Quando O
Caso a carga elétrica seja positiva, utilizamos a regra da mão
para determinar a orientação dos vetores:
P Ro campo magnético B é ligado
a) a trajetória do feixe continua retilínea e é fortemente
perturbada pelo campo magnético.
b) a trajetória do feixe continua retilínea e os elétrons são
perturbados levemente pelo campo magnético.
c) o feixe de elétrons descreve uma trajetória circular, cujo raio é
dado por R = (mv)/(Bq).
d) os elétrons movimentam-se paralelamente ao campo
magnético, após descreverem uma trajetória circular de raio
R = (mv)/(Bq).
Caso a carga elétrica seja negativa, utilizamos a regra da mão
esquerda para determinar a orientação dos vetores:
Resolução: C
Quando o campo magnético é ligado, surge uma força magnética
que é simultaneamente perpendicular ao campo e a velocidade.
Pela regra da mão esquerda, essa força, inicialmente, é para direita,
obrigando a partícula a se desviar em cada ponto, realizando
trajetória circular. A figura mostra a trajetória do elétron e a força
magnética em alguns pontos.

PROMILITARES.COM.BR 209

PM_BOOK08_FIS.indb 209 03/11/2021 11:01:39


FORÇA MAGNÉTICA

Resolução: F – F – F – V – F.
A figura ilustra a primeira solução, mostrando as linhas de indução
criadas pelas correntes IA e IC. Logo, sobre o fio B os vetores indução
magnética, tanto devido à corrente IA como devido à corrente IC
estão dirigidos para fora do plano da figura, o que acarreta um
vetor resultante no mesmo sentido, para fora do plano da figura.
Aplicando a regra da mão direita nº 2 (regra do “tapa”) encontra-se
o sentido da força magnética, dirigida da direita para a esquerda.

Como essa força é radial, ela age como resultante centrípeta.


m v2 m v2 mv
= Rcent ⇒ q v =
Fmag B ⇒=
R ⇒=
R .
R q vB q B

Exercício Resolvido
Uma segunda solução pode ser encontrada pensando da seguinte

L DO PRO
03. Dentro do tubo de imagem de um televisor, a corrente elétrica,
numa bobina, aplica sobre um elétron passante um campo magnético
maneira: os fios A e B se atraem porque as correntes têm o mesmo
sentido. Portanto, A exerce uma força sobre B dirigida para a

I A
de 5 × 10-4 T, de direção perpendicular à direção da velocidade
do elétron, o qual recebe uma força magnética de 1 × 10-14 N.
FE
esquerda. Os fios B e C se repelem porque as correntes IB e IC
têm sentidos opostos. Portanto, a força exercida sobre B pelo fio

da carga do elétron como 1,6 × 10-19 C)


R
Qual o módulo da velocidade desse elétron? (Considere o módulo C também é dirigida para a esquerda. A resultante, então, está
dirigida para a esquerda.

S
TE

a) 3,34 × 10³ m/s

SO
b) 1,60 × 105 m/s
MA

Exercício Resolvido
c) 7,60 × 106 m/s

R
d) 4,33 × 107 m/s 05. Em um acelerador de partículas, três partículas K, L, e M, de
alta energia, penetram em uma  região onde existe somente um
e) 1,25 × 10 m/s
8
campo magnético uniforme B, movendo-se perpendicularmente
a esse campo. A figura a seguir mostra
 as trajetórias dessas
Resolução: E partículas (sendo a direção do campo B perpendicular ao plano do
Dados: B = 5 × 10-4 T; |q| = 1,6 × 10-19 C; F = 1 × 10-14 N; µ = 90° papel, saindo da folha). R
Da expressão da força magnética:
MA

SO

F 1, 4 × 10−14
= =
F | q | v B sen θ⇒v = ⇒
q B sen90° 1,6 × 10−19 × 5 × 10−4
T

v 1,25 × 108 m / s.
S

=
R
E

IA F
Exercício Resolvido
L DO PRO
04. Três condutores A, B, e C, longos e paralelos, são fixados como
mostra a figura e percorridos pelas correntes IA, IB, IC, que têm os
sentidos indicados pelas setas.

Com relação às cargas das partículas podemos afirmar,


corretamente, que
a) as de K, L e M são positivas.
b) as de K e M são positivas.
c) somente a de M é positiva.

A força magnética resultante que atua sobre o condutor B está d) somente a de K é positiva.
dirigida
( ) da esquerda para a direita, no plano da figura. Resolução: C
( ) de baixo para cima, no plano da figura. Aplicando a regra da mão direita nº 2 (regra do tapa ou da mão
( ) de fora para dentro do plano da figura. direita espalmada), se o campo magnético está orientado para
fora da página, para as velocidades dadas, concluímos, quanto às
( ) da direita para a esquerda, no plano da figura. cargas dessas partículas, que a de K é negativa, a de L é neutra
( ) de dentro para fora do plano da figura. (não sofre desvio) e a de M é positiva.

210 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 210 03/11/2021 11:01:41


FORÇA MAGNÉTICA

EXERCÍCIOS DE 04. (EEAR 2017) Um projétil de dimensões desprezíveis carregado com

FIXAÇÃO uma carga elétrica negativa atinge com velocidade inicial vo o orifício
de uma câmara que possui em seu interior um campo magnético
uniforme paralelo à sua trajetória, como mostra a figura abaixo. Qual
orifício melhor representa a possibilidade de escape do projétil?
01. (EEAR 2020) A figura a seguir representa um equipamento
experimental para verificar a influência de um campo magnético
uniforme em cargas elétricas em movimento. O equipamento é
formado por uma fonte emissora de partículas alfa, dois ímãs e um
anteparo (alvo). Sabendo-se que:
• as partículas alfa possuem carga positiva;
• as partículas são emitidas pela fonte com alta velocidade e em
trajetória retilínea;
• a região entre os ímãs forma uma região de campo magnético
uniforme; e a) 1 c) 3
• se o feixe de partículas for emitido sem a influência dos ímãs as b) 2 d) 4
partículas atingirão o anteparo no centro do alvo (ponto entre as
regiões A, B, C e D).
05. (EEAR 2016) Um corpúsculo de 10 g está eletrizado com carga
Considerando que as partículas alfa estão sujeitas apenas à força de 20 µC e penetra perpendicularmente em um campo magnético
magnética sobre as cargas elétricas em movimento, pode-se concluir uniforme e extenso de 400 T a uma velocidade de 500 m/s,

L
uniforme, as partículas atingirão o alvo na região ______. DO PRO
corretamente que após passarem pela região de campo magnético descrevendo uma trajetória circular. A força centrípeta (Fcp), em N, e o
raio da trajetória (rt), em m, são:

IA a) F = 1; r = F
78
Ecp t

R b) Fcp = 2/ rt = 156
c) Fcp = 3; rt = 312

S
TE

d) Fcp = 4; rt = 625

SO
MA

06. (EEAR 2013) Um condutor (AB) associado a uma resistência


elétrica (R) e submetido a uma tensão (V), é percorrido por uma

R
corrente elétrica e está imerso em um campo magnético uniforme
produzido por imãs, cujos polos norte (N) e sul (S) estão  indicados
 
(
na figura. Dentre as opções apresentadas na figura Fa ,Fb ,Fc e Fd , )
assinale a alternativa que indica a direção e o sentido correto da força
magnética sobre o condutor.
a) A R
b) B
MA

SO

c) C
d) D
T

02. (EEAR 2019) Uma partícula com carga elétrica igual a 3,2 µC e
R
E

velocidade de 2·104 m/s é lançada perpendicularmente a um campo


E

IA
magnético uniforme e sofre a ação de uma força magnética de F
L DO PRO
intensidade igual a 1,6·10² N. Determine a intensidade do campo
magnético (em Tesla) no qual a partícula foi lançada.
a) 0,25·103
b) 2,5·103
c) 2,5·104
d) 0,25·106

03. (EEAR 2017) Dois condutores paralelos extensos são percorridos


por correntes de intensidade i1 = 3 A e i2 = 7 A. Sabendo-se que a
distância entre os centros dos dois condutores é de 15 cm, qual a  
a) Fa c) Fc
intensidade da força magnética por unidade de comprimento entre  
eles, em µN/m? b) Fb d) Fd
−7T ⋅m
Adote: µ0 = 4 π ⋅ 10 ⋅ 07. (EEAR 2011) Determine a intensidade da força magnética que
A
atua sobre uma partícula com carga igual a + 4 µC e velocidade de
a) 56 106 cm/s, quando esta penetra ortogonalmente em um campo
b) 42 magnético uniforme de intensidade igual a 6·102 T.
c) 28 a) 15 N c) 1500 N
d) 14 b) 24 N d) 2400 N

PROMILITARES.COM.BR 211

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FORÇA MAGNÉTICA

08. (EEAR 2010) A definição oficial de ampère, unidade de intensidade Nesse caso, o condutor C tende a
de corrente elétrica no Sistema Internacional é: a) aproximar-se do condutor A.
“O ampère é a intensidade de uma corrente elétrica que, mantida b) aproximar-se do condutor B.
em dois condutores paralelos, retilíneos, de comprimento infinito,
de secção circular desprezível e situados à distância de um metro c) permanecer no centro, e A e B mantêm-se fixos.
entre si, no vácuo, produz entre esses condutores uma força igual a d) permanecer no centro, e A e B tendem a aproximar-se.
2·10-7 newtons por metro de comprimento.”
Para que a força magnética que atua nos condutores seja de atração, 03. (EEAR 2008) Um elétron é arremessado com velocidade de 109 m/s
Paralelamente as linhas de campo de um campo magnético uniforme
a) os condutores devem ser percorridos por correntes contínuas de
de intensidade B = 1,6 T. nesse caso, a força magnética sobre o elétron
mesmo sentido.
é de _____ N
b) os condutores devem ser percorridos por correntes contínuas de
Dado: carga elementar do elétron = -1,6·10-19 C
sentidos opostos.
a) 0 c) 3,2·10-19
c) um dos condutores deve ser ligado em corrente contínua e o
outro deve ser aterrado nas duas extremidades. b) 1,6·10 -19
d) 2,56·10-19
d) os dois condutores devem ser aterrados nas duas extremidades.
04. (EEAR 2002) Duas partículas A e B possuem cargas elétricas nula
e –2e, respectivamente, em que e é a carga do elétron em módulo.
09. (EEAR 2010) Dentro de um sistema de confinamento magnético
Tais partículas atravessam, separadamente, um campo magnético
um próton realiza movimento circular uniforme com um período de
constante perpendicular ao plano de movimento destas, como mostra
5,0 π·10-7 s. Determine a intensidade desse campo magnético, em
a figura.
tesla, sabendo que a relação carga elétrica/massa (q/m) de um próton
é dado por 108 C·kg-1.
a) 4,0 c) 4,0·10-2 L DO PRO
b) 2,5·102 d) 4,0·10-16
I A FE
R
10. (EEAR 2010) Qual das alternativas a seguir descreve a condição

S
TE

na qual uma partícula lançada dentro de um campo magnético sofre

SO
alteração na sua direção de deslocamento
MA

a) um nêutron lançado perpendicularmente às linhas de campo


magnético

R
b) um elétron lançado paralelamente as linhas de campo magnético A trajetória das partículas pode ser expressa por
c) um nêutron lançado na mesma direção das linhas de campo
magnético
d) um próton lançado perpendicularmente às linhas de campo a) c)
magnético
R
MA

SO

EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO b) d)
T

R
E

IA
01. (EEAR 2009) Um próton é lançado perpendicularmente a um campo F
L DO PRO
magnético uniforme de intensidade 2,0·109 T com uma velocidade de
1,0·106 m/s. Nesse caso, a intensidade da força magnética que atua 05. (EEAR 2004) Em uma aula de laboratório de Física, um aluno
montou um experimento para verificar o raio descrito por uma
sobre a partícula é de _____ N. Dado: carga elementar: 1,6·10-19 C
partícula quando colocado sob a ação de um campo magnético
a) 1,6·10-3 c) 3,2·10-3 uniforme. No experimento, duas partículas de massas m1 e m2, com
b) 1,6·10 -4
d) 3,2·10-4 cargas positiva e negativa, respectivamente, sendo m1 > m2, foram
lançadas, através do campo magnético com velocidades constantes,
02. (EEAR 2009) Três condutores retilíneos e longos, são dispostos formando um ângulo de 180° com as linhas de campo. Pode–se
paralelamente um ao outro, com uma separação de um metro entre afirmar que
cada condutor. Quando estão energizados, todos são percorridos a) o raio da trajetória, para as duas cargas, terá valor nulo.
por correntes elétricas de intensidade igual a um ampère cada, nos b) a carga de maior massa descreve uma trajetória circular de maior raio.
sentidos indicados pela figura.
c) a carga de menor massa descreve uma trajetória circular de maior
raio.
d) como m1 e m2 têm mesma carga, somente de sinais contrários, os
raios descritos, não nulos, serão idênticos

06. (AFA 1996) Uma partícula de carga elétrica 10-4 C desloca-se


paralelamente a um fio condutor reto com velocidade (2 × 106 m/s).
A corrente elétrica nesse condutor é igual a 4A, e sua distância até a
partícula é 4 mm. Nessa situação a força magnética sobre a partícula,
medida em N, é igual a:
Dado: µ0 = 4π × 10-7 T·m/A

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FORÇA MAGNÉTICA

a) 0 02. (AFA 2002) A figura abaixo mostra uma região onde existe um
b) 4 × 10-2 campo elétrico de módulo E, vertical e apontando para baixo. Uma
partícula de massa m e carga q, positiva, penetra no interior dessa
c) 6 × 10-1 região através do orifício O, com velocidade horizontal, de módulo v.
d) 16 × 10-2 Despreze os efeitos da gravidade.

07. (AFA 1996) Uma partícula de massa 2 × 10-3 g, carga elétrica E
4 × 10-4 C e velocidade 6 × 103 m/s, penetra numa região onde existe
um campo magnético uniforme de intensidade 1T . A trajetória dessa 
partícula terá raio mínimo, medido em metros, igual a: O V
a) 2
b) 6
c) 12
d) 30

Introduz-se na região considerada um campo magnético de módulo


08. (AFA 1995) Uma partícula com carga elétrica 10-4 C é lançada
B com direção perpendicular à folha de papel. Para que a partícula se
horizontalmente, com velocidade 1100 m/s, numa região onde o
mova, com velocidade v e em linha reta nessa região, o valor de B será
campo magnético terrestre é vertical e vale 4 × 10-5 T . A força, em
newtons, que atua na partícula, devido ao campo magnético, é a) E/v c) mv/Eq
a) 0 b) Ev/q d) mq/Ev
b) 1,6 × 10-6
c) 4,4 × 10-6 L D O 03.
P(AFAR2002) Uma carga elétrica q de massa m penetra num campo
de induçãoO
d) 6 × 10-6
I A FE
magnética B, conforme a figura abaixo:

R
09. (AFA 2000) Uma carga lançada perpendicularmente a um campo

S
TE

magnético uniforme realiza um movimento circular uniforme (MCU)

SO
em função de a força magnética atuar como força centrípeta. Nesse
MA

contexto, pode-se afirmar que, se a velocidade de lançamento da


carga dobrar, o

R
a) período do MCU dobrará.
b) raio da trajetória dobrará de valor.
c) período do MCU cairá para a metade.
d) raio da trajetória será reduzido à metade.

10. (AFA 1999) Sabe-se que um condutor percorrido por uma


R
MA

corrente elétrica pode sofrer o efeito de uma força magnética devido


SO

ao campo magnético uniforme em que o condutor estiver inserido.


Nessas condições, pode-se afirmar que a força magnética
a) atuará sempre de modo a atrair o condutor para a fonte do
T

campo magnético. Sabendo-se que, ao penetrar no campo com velocidade v, descreve


R
E

uma trajetória circular, é INCORRETO afirmar que o tempo gasto para


E

IA
b) atuará sempre de modo a afastar o condutor da fonte do campo
F
atingir o anteparo é
magnético.
O
L D Ob) proporcional
P R a m.
a) independente de v.
c) será máxima quando o ângulo entre a direção do condutor e o
vetor for 90°.
c) proporcional a B.
d) será sempre paralela à direção do condutor e o seu sentido será o
da movimentação das cargas negativas. d) inversamente proporcional a q.

04. (AFA 2002) Um feixe de elétrons com velocidade v penetra


num capacitor plano a vácuo. A separação entre as armaduras é d.
EXERCÍCIOS DE
No interior do capacitor existe um campo de indução magnética B,

COMBATE perpendicular ao plano da figura.

01. (AFA 1999) Assinale a alternativa incorreta.


a) A agulha magnética de uma bússola é um ímã que se orienta na
direção do campo magnético terrestre.
b) O polo sul geográfico atrai o polo sul de uma agulha magnetizada.
c) Uma carga elétrica submetida à ação de um campo magnético A tensão em que se deve eletrizar o capacitor, para que o feixe não
sempre sofrerá a ação de uma força magnética. sofra deflexão, pode ser calculada por
d) Se um fio for percorrido por uma corrente elétrica, será produzido a) vdB c) B/vd
um campo magnético, que poderá atuar sobre cargas em b) vd/B d) vB/d
movimento, exercendo sobre elas uma força magnética.

PROMILITARES.COM.BR 213

FIS084 - FORÇA MAGNÉTICA.indd 213 03/11/2021 11:39:43


FORÇA MAGNÉTICA

05. (AFA 2001) Uma partícula de carga positiva, com velocidade O íon de carga +q é produzido, praticamente em repouso, por meio da
dirigida ao longo do eixo x, penetra, através de um orifício em O, de descarga de um gás, realizada na fonte F. O íon num campo magnético
coordenadas (0,0), numa caixa onde há um campo magnético uniforme B. No interior do campo, o íon descreve uma órbita semicircular de
de módulo B, perpendicular ao plano do papel e dirigido “para dentro” raio r, terminando por massa do íon pode ser calculada por
da folha. Sua trajetória é alterada pelo campo, e a partícula sai da caixa
B2r 2 q 2B2r 2 B2r 2 2B2r 2 q
passando por outro orifício, P, de coordenadas (a, a), com velocidade a) b) c) d)
paralela ao eixo y. Percorre, depois de sair da caixa, o trecho PQ, paralelo 2U Uq 2U q U
ao eixo y, livre de qualquer força. Em Q sofre uma colisão perfeitamente
elástica, na qual sua velocidade é simplesmente invertida, e volta pelo 09. (AFA 2006) A figura mostra uma região na qual atua um campo
mesmo caminho, entrando de novo na caixa, pelo orifício P. A ação da magnético uniforme de módulo B. Uma partícula de massa m,
gravidade nesse problema é desprezível. carregada positivamente com carga q, é lançada no ponto A com uma
velocidade de módulo v e direção perpendicular às linhas do campo.
O tempo que a partícula levará para atingir o ponto B é

L D O a) PπBqR O πm
c)
2πm
d)
πBq
A
b)
I
m
FE qB qB m

As coordenadas do ponto, em que a partículaRdeixa a região que 10. (AFA 2004) Uma partícula eletrizada com carga negativa é lançada
com velocidade v numa região onde há dois campos uniformes: um

S
TE

delimita o campo magnético, são


magnético B e um elétrico E, conforme a figura

SO
a) (0, 0). c) (2a, 0).
MA

b) (a, -a). d) (2a, -a).

R
06. (AFA 1998) Uma partícula de massa m, carga elétrica q e velocidade
v descreve uma trajetória circular de raio r1 numa região dotada de
campo de indução magnética B. Após um certo tempo, nota-se que o
raio da trajetória passa a ser r2 = 2r1. Pode-se afirmar que
a) essa partícula perdeu massa.
b) a velocidade da partícula aumentou. R
MA

c) a carga elétrica da partícula aumentou.


Sabendo que v = 2,0 × 105 m/s e B = 1,0 × 10-3 T, calcule a intensidade
SO

d) o campo de indução magnética dobrou de intensidade. do vetor campo elétrico, em volts por metro, de modo que a partícula
descreva o movimento retilíneo uniforme.
07. (AFA 2011) Considere um elétron partindo do repouso e
T

a) 1,0 × 108 c) 5,0 × 101


S

percorrendo uma distância retilínea, somente sob a ação de um


R
E

b) 2,0 × 102 d) 5,0 × 100


E

campo elétrico uniforme gerado por uma ddp U, até passar por um
orifício e penetrar numa região na qual atua somente um campoIA F
O
L D O RESOLUÇÃO
PR
magnético uniforme de intensidade B. Devido à ação desse campo
magnético, o elétron descreve uma semicircunferência atingindo um EM VÍDEO
segundo orifício, diametralmente oposto ao primeiro. Considerando o Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
módulo da carga do elétron igual a q e sua massa igual a m, o raio da de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
semicircunferência descrita é igual a
1 1
Bq  Bq 
2
c) 1  2mU  2
d)  2mU  2
GABARITO
a) b)      
mU  mU  B q   Bq 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
08. (AFA 2006) O esquema a seguir é de um aparelho utilizado para 01. C 04. A 07. B 10. D
medir a massa dos íons.
02. B 05. D 08. A
03. C 06. A 09. C
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. D 04. A 07. D 10. C
02. A 05. A 08. C
03. A 06. B 09. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. A 07. C 10. B
02. A 05. C 08. A
03. C 06. B 09. B

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

FLUXO MAGNÉTICO VARIAÇÃO DO FLUXO MAGNÉTICO


Para podermos analisar com mais detalhes o fenômeno da Para haver o que chamamos de indução magnética, não basta
indução magnética, Faraday utilizou um conceito que ele mesmo apenas calcular o fluxo magnético em condutor. Para ter a indução é
havia criado: o de linhas de força, que nos dias de hoje conhecemos necessário que haja uma variação desse fluxo.
por linhas de campo. Sabendo que o fluxo magnético é calculado por:
Para poder estudar com mais riquezas de detalhes a indução
magnética, Michael Faraday elaborou um conceito próprio onde φ = B . A . cosθ
mencionava as linhas de força existentes. Foram vários os experimentos
Como a equação acima pode nos mostrar, o fluxo depende de três
realizados por Faraday para determinar quais seriam os fatores que
DO PRO
grandezas, B, A, e θ. Portanto, para que φ varie é necessário que pelo
influenciavam o valor da força eletromotriz induzida.

A L menos uma das três grandezas varie, como veremos a seguir.

FE
Em meio à realização de seus experimentos (qualitativos e
I
quantitativos), Faraday descobriu que quanto mais rapidamente
VARIAÇÃO DO FLUXO DEVIDO À VARIAÇÃO
R
o campo magnético variasse maior seria a intensidade da força
eletromotriz induzida e, consequentemente, da intensidade da DO VETOR INDUÇÃO MAGNÉTICA

S
TE

corrente elétrica induzida. Imagine um tubo capaz de conduzir em seu interior as linhas de

SO
indução geradas por um ímã, por exemplo. Se em um ponto do tubo
MA

houver uma redução na área de sua seção transversal, todas as linhas


que passavam por uma área A terão de passar por uma área A’, menor

R
que a anterior.
A única forma de todas as linhas de indução passarem, ou seja, de
se manter o fluxo, por esta área menor é se o vetor indução aumentar,
o que nos leva a concluir que as linhas de indução devem estar mais
próximas entre si nas partes onde a área é menor. Como as seções
transversais no tubo citadas são paralelas entre si, esta afirmação pode
R
ser expressa por:
MA

φ = B1 . A1 = B2 . A2
SO

Então, se pensarmos em um ímã qualquer, este terá campo


magnético mais intenso nas proximidades de seus polos, já que as
T

Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/


linhas de indução são mais concentradas nestes pontos. Portanto, uma
R
E

InducaoMagnetica/figuras/fluxo7.gif
E

IA Fforma de fazer com que φ varie


fonte magnética, variando B.
 é aproximar ou afastar a superfície da
Desse modo, podemos dizer que o número de linhas que
O
L D OVARIAÇÃO
atravessam uma superfície plana, de área A, colocada de modo
perpendicular a um campo magnético, é proporcional ao produto P R DO FLUXO DEVIDO À
do campo magnético pela área da superfície, (B · A). Esse produto VARIAÇÃO DA ÁREA
recebeu o nome de fluxo de B (ou fluxo magnético) através da
Outra maneira utilizada para se variar φ é utilizando um campo
superfície, sendo representado por φ.
magnético uniforme e uma superfície de área A.
Assim, temos:
  Como o campo magnético uniforme é bem delimitado, é possível
  BA variar o fluxo de indução magnética movimentando-se a superfície
Onde: perpendicularmente ao campo, entre a parte sob e fora de sua
influência. Desta forma, a área efetiva por onde há fluxo magnético
φ é fluxo magnético
varia.
B é campo magnético
A é área da superfície plana
VARIAÇÃO DO FLUXO DEVIDO À
De acordo com a figura acima temos uma espira de área A imersa VARIAÇÃO DO ÂNGULO θ
em um campo magnético uniforme. O ângulo formado entre o campo Além das duas formas citadas acima, ainda é possível variar φ
B e o vetor n normal ao plano da espira é θ. Assim, para calcular o fazendo
 com que varie o ângulo entre a reta normal à superfície e o
fluxo magnético B através da espira temos que levar em consideração vetor B. Uma maneira prática e possivelmente a mais utilizada para se
o ângulo. Portanto, temos que: gerar indução magnética é fazendo com que a superfície por onde o
fluxo passa gire, fazendo com que θ varie.
φ = B . A . cosθ

No SI (Sistema Internacional de Unidades) a unidade de fluxo


denomina-se weber (Wb).

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PM_BOOK08_FIS.indb 215 03/11/2021 11:01:44


INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

LEI DE LENZ CÁLCULO DA FORÇA ELETROMOTRIZ


Após diversos testes realizados experimentalmente, Faraday EM UMA BARRA CONDUTORA
conseguiu chegar a uma conclusão com exatidão a respeito da
corrente induzida: quando o número das linhas de campo que
atravessam um circuito varia, nesse circuito aparece uma corrente
elétrica denominada corrente induzida.
Definida a condição para que exista a corrente induzida, falta
ainda explicar como obter o sentido dessa corrente. Quem elaborou
a explicação mais simples para isso foi o físico Heinrich Friedrich Lenz.
• Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida
criará um campo magnético com o mesmo sentido do fluxo.
• Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida criará
um campo magnético com sentido oposto ao sentido do fluxo.
Disponível em: https://def.fe.up.pt/eletricidade/img/condutor_num_campoB_200.png

Ao analisarmos a figura acima, podemos observar um um


condutor reto que se move com uma dada velocidade no interior de
um campo magnético uniforme de indução B, originado pelo ímã em
forma de U. Como podemos observar, o campo gerado pelo ímã é
uniforme e perpendicular ao plano do fio.

L D O elesPComo
R sujeitos
ficam
os elétrons acompanham o movimento do condutor reto,
O à força magnética cujo sentido é determinado pela

I A F ou regra do tapa. Elétrons livres se movimentam


regra da mão direita
para a extremidadeEinferior do condutor da figura, de forma que a
R outra extremidade fica positiva.

S
TE

As cargas dos extremos dão origem a um campo elétrico E e

SO
os elétrons ficam sujeitos, também, a uma força elétrica de sentido
contrário ao sentido da força magnética. Quando essas duas forças
MA

se equilibram, estabelece-se uma diferença de potencial entre os


extremos do fio. A ddp estabelecida entre as extremidades do condutor

R
corresponde à força eletromotriz que, nesse caso, é denominada força
eletromotriz induzida.
Fechando-se o circuito, surge uma corrente elétrica em
consequência da ddp entre os extremos do condutor móvel, que
atravessa o campo magnético uniforme B. A corrente elétrica que
Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/upload/e/lei%20de%20lenz.jpg
R
surge recebe o nome de corrente elétrica induzida.
MA

Abaixo podemos descobrir como obter o valor dessa força


SO

A indução eletromagnética é o princípio fundamental sobre o qual


eletromotriz.
operam transformadores, geradores, motores elétricos e a maioria das
demais máquinas elétricas. A corrente elétrica gerada é diretamente a diferença de potencial (U) é dada por:
proporcional ao fluxo magnético que atravessa o circuito na unidade
T

U=E.d
S

de tempo.
R
E

IA
A lei de Lenz é lei derivada do princípio de conservação da
F E= U

R Ode equilíbrio, temos:


energia. Ao aproximarmos um polo norte de um ímã a uma espira, d
o fluxo iria aumentar se a corrente que surgisse fosse no sentido
horário (aumentando ainda mais o fluxo magnético). Este fato, pois,
L D O NaPsituação
criaria energia “do nada”, violando, assim, o princípio fundamental da
Fmag= Fel
conservação da energia.
Fmag= B . q . v e Fel= q . E
LEI DE FARADAY-NEUMANN B.q.v=q.E
Também chamada de lei da indução magnética, esta lei, U
elaborada a partir de contribuições de Michael Faraday, Franz Ernst B.q.v=q.
Neumann e Heinrich Lenz entre 1831 e 1845, quantifica a indução d
eletromagnética. U=B.v.d
A lei de Faraday-Neumann relaciona a força eletromotriz gerada
Onde d é o comprimento do fio.
entre os terminais de um condutor sujeito à variação de fluxo
magnético com o módulo da variação do fluxo em função de um
intervalo de tempo em que esta variação acontece, sendo expressa TRANSFORMADORES
matematicamente por:
Transformadores são equipamentos utilizados na transformação
∆Φ de valores de tensão e corrente, além de serem usados na modificação
ε=− de impedâncias em circuitos elétricos.
∆t
É importante, tanto para a segurança quanto para o bom
O sinal negativo da expressão é uma consequência da Lei de Lenz, funcionamento (eficiência) dos aparelhos elétricos, que a tensão que
que diz que a corrente induzida tem um sentido que gera um fluxo sai da usina geradora de energia elétrica e a tensão que chega até as
induzido oposto ao fluxo indutor. residências sejam relativamente baixas.

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Entretanto, por outro lado, quando se transmite energia da Exercício Resolvido


usina até as casas, indústrias, etc., é preferível que se trabalhe com
uma corrente elétrica muito baixa, mas para que a corrente seja

01. Um ímã natural está se aproximando, com velocidade v
relativamente baixa a tensão produzida deve ser bastante alta. Para constante, de uma espira condutora, conforme mostrado na figura
que se eleve a tensão são utilizados os transformadores. ao lado. É correto afirmar que a força eletromotriz na espira:
Os transformadores são dispositivos que funcionam através da
indução de corrente de acordo com os princípios do eletromagnetismo,
ou seja, ele funciona baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei
de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que é
possível criar uma corrente elétrica em um circuito uma vez que esse
seja submetido a um campo magnético variável, e é por necessitar
dessa variação no fluxo magnético que os transformadores só
funcionam em corrente alternada.
Como mostra a figura abaixo, o transformador é formado
basicamente por duas bobinas com diferentes números de espiras,
enroladas em um mesmo núcleo de ferro. O enrolamento primário
está ligado a um gerador de corrente alternada e o enrolamento
secundário está ligado a uma resistência.
a) existe somente quando o ímã está se aproximando da espira.
b) existe somente quando o ímã está se afastando da espira.
c) existe quando o ímã está se aproximando ou se afastando da

D O d)P existe
espira.

L RO somente quando o ímã está no centro da espira.

I A FE
e) é sempre nula.

R Resolução: C

S
TE

A força eletromotriz na espira existe tanto na aproximação como

SO
no afastamento, pois nos dois casos está havendo variação do
MA

fluxo magnético através da espira.

R
Exercício Resolvido
Disponível em: https://www.electronica-pt.com/imagens/transformador.jpg
02. Um campo magnético cuja intensidade varia no tempo
atravessa uma bobina de 100 espiras e de resistência elétrica
FUNCIONAMENTO DE UM TRANSFORMADOR desprezível. A esta bobina está conectada em série uma lâmpada
R
Um transformador funciona do seguinte modo: ao aplicar uma cuja resistência elétrica é de 10,0 Ω e que está dissipando 10,0 W.
MA

tensão alternada no enrolamento primário surgirá uma corrente, A variação temporal do fluxo magnético através de cada espira é,
SO

também alternada, que percorrerá todo o enrolamento. Através dessa em módulo, de


corrente estabelece-se um campo magnético no núcleo de ferro, esse a) 0,01 Wb/s.
por sua vez sofre várias flutuações e, consequentemente, surge um b) 0,10 Wb/s.
T

fluxo magnético que é induzido na bobina secundária.


R c) 1,0 Wb/s.
E

A tensão de entrada e de saída são proporcionais ao número de


IA d) 10,0 Wb/s. F
L DO PRO
espiras em cada bobina.
Sendo: e) 100,0 Wb/s.

Up Us
= Resolução: B
Np Ns
Dados: P = 10 W; R = 10 Ω; n = 100.
A força eletromotriz (ε) induzida na bobina alimenta a lâmpada. Da
Onde: expressão da potência elétrica, vem:
Up é a tensão no primário; ε²
Us é a tensão no secundário; P= ⇒ ε= PR= 100 ⇒ ε= 10V.
R
NP é o número de espiras do primário;
Da lei de Lenz, a força eletromotriz induzida numa bobina com n
NS é o número de espiras do secundário. espiras é dada por:
Por esta proporcionalidade, podemos concluir que um ∆φ ∆Φ
ε =n , na qual representa a variação temporal do fluxo
transformador reduz a tensão se o número de espiras do secundário ∆t ∆t
for menor que o número de espiras do primário e vice-versa. magnético através de cada espira. Então, substituindo:
Se formos considerar que toda a energia é conservada, a potência ∆Φ ∆Φ
= 100
10 ⇒ = 0,10Wb/s
no primário deverá ser exatamente igual à potência no secundário, ∆t ∆t
assim:
Pp = Ps
Up · ip = Us · is

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Exercício Resolvido Exercício Resolvido

03. Os dínamos são geradores de energia elétrica utilizados 05. A figura abaixo representa o esquema de um transformador
em bicicletas para acender uma pequena lâmpada. Para isso, é utilizado para aumentar ou diminuir a tensão elétrica fornecida a
necessário que a parte móvel esteja em contato com o pneu da um circuito.
bicicleta e, quando ela entra em movimento, é gerada energia
elétrica para acender a lâmpada. Dentro desse gerador, encontram-
se um imã e uma bobina.

Sobre o funcionamento desse transformador, se ________, então,


____________.
A opção que completa, corretamente, as lacunas acima é:
a) V1 = V2 , i1 < i2.
b) V1 > V2 , i1 > i2.
c) V1 > V2 , N1 > N2.
d) V1 = V2 , N1 < N2.

L DO PRO
I A pelo
O princípio de funcionamento desse equipamento é explicado
Resolução: C
F E ideal, a relação entre tensões (V) e correntes (i)
Num transformador
fato de que a
R
a) corrente elétrica no circuito fechado gera um campo magnético
é dada pela conservação da energia. A potência no primário é igual
à potência no secundário.

S
TE

nessa região.

SO
b) bobina imersa no campo magnético em circuito fechado gera P1 = P2 ⇒ V1 i1 = V2 i2.
MA

uma corrente elétrica. Então: Se V1 > V2 ⇒ i1 < i2.


c) bobina em atrito com o campo magnético no circuito fechado A relação entre as tensões (V) e os números de espiras (N) é dada

R
gera uma corrente elétrica. por:
d) corrente elétrica é gerada em circuito fechado por causa da V1 V2
=
presença do campo magnético. N1 N2
e) corrente elétrica é gerada em circuito fechado quando há
variação do campo magnético. Então: Se V1 > V2 ⇒ N1 > N2.
R
MA

Resolução: E
SO

EXERCÍCIOS DE
De acordo com a lei de Faraday-Neumann, a corrente elétrica
induzida num circuito fechado ocorre quando há variação do fluxo
FIXAÇÃO
T

magnético através do circuito.


S

R
E

IA F
L a O PRO
Exercício Resolvido 01. Ao aproximarmos um ímã de um anel metálico, notamos que uma
corrente elétrica se estabelece no anel enquanto houver movimento
04. Para escoar a energia elétrica produzida em suas turbinas, D relativo entre eles.
hidrelétrica de Itaipu eleva a tensão de saída para aproximadamente Esse fenômeno físico é descrito pela lei de:
700.000 V. Em sua residência, as tomadas apresentam uma tensão
de 127 V e/ou 220 V. O equipamento que realiza essa tarefa de a) Biot-Savart. d) Faraday.
elevar e abaixar a tensão é o transformador. É correto afirmar que b) Maxwell. e) Ampère-Maxwell.
a) o princípio de funcionamento de um transformador exige que c) Ampère.
a tensão/corrente seja contínua.
b) o princípio de funcionamento de um transformador exige que 02. Considere uma bobina, suspensa por dois barbantes, e um ímã que
a tensão/corrente seja alternada. pode se deslocar ao longo do eixo da bobina, como mostra a figura.
c) o transformador irá funcionar tanto em uma rede com tensão/
corrente alternada quanto em uma com tensão/corrente
contínua.
d) o transformador irá funcionar quando, no enrolamento
primário, houver uma tensão/corrente contínua e, no
secundário, uma alternada.

Resolução: B
N S
Para haver corrente elétrica induzida, é necessário que haja variação
do fluxo magnético. Isso só é possível com corrente alternada.

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Ao se aproximar dessa bobina qualquer um dos polos do ímã, verifica- Quando o segmento XY da espira penetra no campo, surge na
se que a bobina é repelida pelo ímã. Se por outro lado, o ímã já estiver espira uma corrente elétrica induzida com sentido _________ e uma
próximo da bobina e for afastado rapidamente, a bobina será atraída força magnética no segmento XY que tende a _________ a velocidade
pelo ímã. Os resultados descritos são explicados, fundamentalmente, da espira.
pela Os termos que completam, correta e respectivamente, as lacunas do
a) Lei de Ampère d) Lei de Lenz texto são:
b) Lei de Coulomb e) Lei de Ohm a) horário – aumentar
c) 1ª Lei de Kirchhoff b) anti-horário – diminuir
c) anti-horário – aumentar
03. Praticamente toda a energia elétrica que consumimos é gerada d) horário – manter constante
pela utilização do fenômeno da indução eletromagnética. Este
fenômeno consiste no aparecimento de uma força eletromotriz entre e) horário – diminuir
os extremos de um fio condutor submetido a um:
a) campo elétrico. 06. Um ímã permanente realiza um movimento periódico para frente
e para trás, ao longo do eixo de um solenoide, como mostra a figura
b) campo eletromagnético constante. abaixo.
c) campo magnético variável.
d) fluxo magnético constante.
e) fluxo magnético variável.

DO PRO
04. A lei de Lenz estabelece que o sentido da corrente induzida

L
num circuito é aquele que tende a se opor à variação do fluxo

A
do campo magnético que a produz. Considere a situação indicada
I
na figura, que mostra o polo norte de um ímã aproximando-se da FE
Esse movimento produz:
afirmar que:
R
extremidade A de uma bobina AB. Usando a lei de Lenz, é correto
a) uma corrente induzida no fio que tem sentido anti-horário para

S
TE

um observador no ímã.

SO
b) um fluxo estacionário de campo magnético através das espiras.
MA

c) uma força eletromotriz que independe da frequência de oscilação


do imã.

R
d) uma corrente contínua no fio que causa dissipação de energia por
efeito Joule.
e) uma repulsão entre o solenoide e o imã, quando eles se
aproximam, e atração, quando eles se afastam.

07. O experimento abaixo pode ser usado para produzir energia elétrica.
R
Nesse experimento deve-se aproximar e afastar continuamente, o ímã
MA

SO

a) O sentido da corrente induzida é o indicado pela seta (2) e o polo do conjunto de espiras. Quanto a esse experimento, é correto afirmar:
norte do ímã é atraído pela extremidade A da bobina.
b) O sentido da corrente induzida é o indicado pela seta (1) e o polo S
T

norte do ímã é repelido pela extremidade A da bobina.


R N
E

c) O sentido da corrente induzida é o indicado pela seta (1) e o polo


IA F
L DO PRO
norte do ímã é atraído pela extremidade A da bobina.
d) O sentido da corrente induzida é o indicado pela seta (2) e o polo
P
norte do ímã é repelido pela extremidade A da bobina.
e) O sentido da corrente induzida é o indicado pela seta (2) e sobre
o polo norte do ímã não atua nenhuma força.
Q
05. Uma espira retangular condutora penetra em uma região na
qual existe um campo de indução magnética constante, com direção
perpendicular ao plano do papel e sentido “para dentro” do papel, A
conforme esquematizado na figura.

a) Ao se aproximar o polo norte do ímã das espiras, surge em P (na


extremidade das espiras) um polo sul que tende a acelerar o ímã,
aproximando-o da espira.
b) Ao se posicionar o ímã muito próximo das espiras, mantendo-o
nessa posição, a corrente elétrica induzida será máxima.
c) A velocidade com que o ímã é aproximado, ou afastado, não
altera o valor da corrente elétrica induzida.
d) O processo de aproximação e afastamento do ímã gera na espira
um campo elétrico induzido variável.
e) O processo de aproximação e afastamento do ímã gera na espira
um campo magnético induzido de intensidade variável.

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PM_BOOK08_FIS.indb 219 03/11/2021 11:01:47


INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

08. Responda à questão com base na figura a seguir, que mostra uma Sobre o transformador, é correto afirmar:
bobina ligada a um galvanômetro e, próximo à bobina, um ímã. Tanto a) Quando o número de espiras N1 é menor que N2, a tensão U2 será
o ímã como a bobina podem-se movimentar. maior que a tensão aplicada U1.
b) É utilizado para modificar a tensão tanto em sistemas de corrente
contínua quanto nos de corrente alternada.
N S c) Só aparece a tensão U2 quando o fluxo do campo magnético
produzido pelo primário for constante.
G
d) Num transformador ideal, a potência fornecida ao primário é
diferente da potência fornecida pelo secundário.
É correto afirmar que não haverá indicação de corrente elétrica no e) Quando o número de espiras N1 é menor que N2, a corrente no
galvanômetro quando: secundário é maior que a corrente no primário.
a) o ímã afastar-se para a esquerda da bobina e esta permanecer
em repouso. 02. Uma espira retangular de lados 5 cm e 8 cm está imersa em uma
b) o ímã permanecer em repouso e a bobina aproximar-se do imã. região em que existe um campo de indução magnética uniforme de
0,4 T, perpendicular ao plano da espira. O fluxo de indução magnético
c) o ímã deslocar-se para a esquerda e a bobina para a direita.
através da espira é igual a
d) o ímã deslocar-se para cima e a bobina para baixo.
a) 16 T
e) o ímã e a bobina deslocarem-se para a direita com velocidades
b) 16 Wb
iguais e constantes.
c) 1,6 Wb

D O e) P1,6·10
09. Quando aproximamos um ímã em forma de barra d) 1,6·10-3 T

L
perpendicularmente ao plano das espiras circulares de um solenoide, R OWb –3

A
o valor absoluto da diferença de potencial induzida nas extremidades
do fio que forma as espiras cresce com o aumento: I F E uma das figuras (1, 2, 3 e 4) a seguir indica
I. do número de espiras. R 03. (EEAR 2020) Cada
uma espira condutora ideal e o sentido da corrente elétrica (i) induzida

S
TE

II. da variação no tempo do fluxo magnético na região das espiras. na espira. Cada figura indica também um ímã, seus polos (N = polo
norte e S = polo sul) e o vetor deslocamento de aproximação ou

SO
III. da velocidade de aproximação.
afastamento do ímã em relação à espira. Assinale a alternativa que
MA

IV. da condutividade elétrica do metal que constitui o fio. indica as figuras que estão corretas conforme as Leis de Faraday e
Estão corretas somente: Lenz.

R
a) I e II c) I, III e IV e) III e IV
b) I, II e III d) II, III e IV

10. Um transformador é utilizado nas redes de distribuição de energia


elétrica para: R
a) aumentar a potência da energia distribuída.
MA

SO

b) bloquear descargas elétricas.


c) prevenir superaquecimento de aparelhos eletrodomésticos.
d) transformar corrente alternada em corrente contínua.
T

R
e) abaixar ou aumentar a diferença de potencial da rede.
E

IA F
L D Ob) Figuras O
P R2 e 3.
EXERCÍCIOS DE a) Figuras 1 e 2. c) Figuras 3 e 4.

TREINAMENTO d) Figuras 1 e 4.

04. (EEAR 2019) Uma espira retangular de 10 cm x 20 cm foi


posicionada e mantida imóvel de forma que um campo magnético
01. Utilizado quando se tem a necessidade de aumentar ou diminuir a uniforme, de intensidade B = 100 T, ficasse normal à área interna
tensão elétrica, o transformador é constituído por um núcleo de ferro da espira, conforme figura a seguir. Neste caso, o valor da Força
e duas bobinas, conforme ilustra a figura abaixo. Uma das bobinas Eletromotriz Induzida nos terminais A e B da espira vale ____ V.
(chamada de primário) tem N1 espiras e sobre ela é aplicada a tensão
U1, enquanto que a outra (chamada de secundário) tem N2 espiras e
fornece a tensão U2.

a) 0,00 c) 0,20
b) 0,02 d) 2,00

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

05. (EEAR 2018) Um fio fino é enrolado em torno de um prego e suas 09. (EEAR 2013) Na figura a seguir temos uma espira imóvel de
extremidades são ligadas aos polos de uma bateria e de uma chave forma circular e um ímã em formato de barra. Entre as situações
CH, conforme mostra a figura abaixo. Quando a chave CH é fechada, apresentadas nas alternativas abaixo, assinale a que, de acordo com
observa-se que o prego passa a atrair pequenos objetos de ferro. O as Leis de Faraday e Lenz, possibilita a produção da corrente elétrica
conceito físico que melhor explica o fenômeno é: induzida no sentido indicado na figura.

a) Efeito Joule a) Manter o ímã imóvel em relação à espira.


b) Campo Elétrico b) A extremidade A do imã é o polo norte e deve ser afastada da
c) Efeito fotoelétrico espira.
d) Indução Eletromagnética c) A extremidade A do imã é o polo sul e deve ser aproximada da
espira.
06. (EEAR 2018) Uma espira retangular está imersa em um campo d) A extremidade A do imã é o polo norte e deve ser aproximada
magnético uniforme cuja intensidade é de 0,5 T. O fluxo do campo da espira.

com as linhas desse campo, em Weber, será:


L D O 10.P(EEAR
magnético através da espira quando a mesma forma um ângulo de 0º
RO 2013) Ao aproximar-se um imã de um solenoide que faz
a) zero
I A F ca-se
parte de um circuito
a um resistor, verifiE
elétrico, formado somente pelo solenoide ligado
b) 0,5
c) 1
R que o sentido da corrente elétrica induzida
no circuito gera um campo magnético no solenoide, que se opõe ao

S
TE

movimento do imã. Essa verificação experimental é explicada pela Lei


d) 2 de _________.

SO
a) Lenz c) Wheatstone
MA

07. (EEAR 2017) Associe corretamente as leis do eletromagnetismo


b) Gauss d) Clapeyron
com as afirmações abaixo descritas:

R
( ) Lei de Faraday
( ) Lei de Lenz
EXERCÍCIOS DE

COMBATE
( ) Lei de Ampère
I. “O sentido da corrente elétrica induzida pela variação do fluxo
magnético em um circuito fechado é tal que seus efeitos tendem R
a fazer oposição à variação do fluxo que lhe deu origem”.
MA

SO

II. “Para um condutor retilíneo infinito percorrido por uma corrente 01. (EEAR 2012) A figura a seguir representa 5 posições (A, B, C,
elétrica de intensidade i, o módulo do vetor campo magnético D e E) de uma espira (retângulo menor) durante um deslocamento
B em um ponto P, que está a uma distância r deste condutor, em direção a uma região (retângulo maior) onde existe um campo
T

será inversamente proporcional à distância r e diretamente


S

magnético uniforme perpendicular à folha.


proporcional a i”.
R
E

IA
III. “A força eletromotriz induzida numa espira é diretamente F
L DO PRO
proporcional à variação do fluxo magnético que a atravessa e
inversamente proporcional ao intervalo de tempo em que essa
variação ocorre”.
Das alternativas abaixo, a correta é:
a) I – II – III
b) II – III – I
c) III – I – II
d) III – II – I

08. (EEAR 2014) O transformador é um dispositivo constituído de Assinale a alternativa que indica o trecho em que não há indução
duas bobinas eletricamente isoladas, chamadas primário e secundário eletromagnética na espira. Considere que na figura:
no qual, de acordo com a Lei de Faraday,
1. A espira e a região apresentadas pertencem a planos sempre
a) a variação da corrente elétrica no primário provoca, no secundário, paralelos;
uma força eletromotriz induzida.
2. A espira desloca-se da esquerda para direita e
b) a corrente contínua no primário é transformada em corrente
3. A espira não sofre nenhum tipo de rotação.
alternada no secundário.
c) a corrente alternada no primário é transformada em corrente a) Da posição A até a posição B.
contínua no secundário. b) Da posição B até a posição C.
d) pode, de acordo com a relação de espiras, ocorrer elevação ou c) Da posição A até a posição E.
redução de quaisquer valores de voltagens, seja em corrente d) Da posição C até a posição D.
contínua ou alternada.

PROMILITARES.COM.BR 221

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

02. (EEAR 2012) O primário de um transformador com 10.000 08. (AFA 2007) A figura abaixo representa uma espira retangular em
espiras está alimentado por uma tensão contínua de 12 volts. Um repouso num campo magnético de um imã. Ao ser percorrida por uma
componente elétrico ligado ao secundário deste transformador, que é corrente no sentido indicado na figura, a espira passará a
composto de 1.000 espiras, estará submetido a uma tensão, em volts,
de valor igual a
a) 120. b) 1,2. c) 12. d) 0.

03. (EEAR 2011) O transformador é um dispositivo composto de duas


bobinas que não têm contato elétrico uma com a outra. Em uma delas
(bobina primária) é aplicada uma tensão variável que resulta em um
campo magnético também variável. Esse campo acaba por interagir
na outra bobina, chamada secundária, que está em contato elétrico a) girar no sentido horário. c) oscilar em torno do eixo y.
com um resistor. Assinale a alternativa que completa corretamente a
b) girar no sentido anti-horário. d) oscilar em torno do eixo x.
frase:
“A variação do fluxo magnético na bobina secundária é ____.” 09. (AFA 2011) A figura abaixo mostra um ímã AB se deslocando, no
Obs.: Considere o transformador um sistema ideal e isolado. sentido indicado pela seta, sobre um trilho horizontal envolvido por
a) maior que no primário c) igual ao do primário uma bobina metálica fixa.
b) menor que no primário d) de valor nulo

04. (EEAR 2007) Uma espira quadrada, de lado igual a 2 cm, é colocada

DO PRO
paralelamente às linhas de campo magnético, cuja intensidade do
campo é de 2·10-3 T.
L
IA FE
Nessas condições, é correto afirmar que, durante a aproximação do
ímã, a bobina
R a) sempre o atrairá.

S
TE

b) sempre o repelirá.

SO
c) somente o atrairá se o polo A for o Norte.
MA

d) somente o repelirá se o polo A for o Sul


Calcule o fluxo magnético, em Wb, através dessa espira.

R
10. (AFA 2012) A figura a seguir mostra um ímã oscilando próximo
a) zero c) 8·10-3
a uma espira circular, constituída de material condutor, ligada a uma
b) 4·10-5 d) 8·10-7 lâmpada.

05. (EEAR 2005) “Corrente elétrica induzida num circuito gera um A resistência elétrica do conjunto
campo magnético que o se opõe à variação do fluxo magnético que espira, fios de ligação e lâmpada é
R
induz essa corrente”. O enunciado acima se refere a lei de igual a R e o ímã oscila em MHS com
MA

período igual a T. Nessas condições, o


SO

a) Lenz c) Ampère
número de elétrons que atravessa o
b) Faraday d) Biot-Savart
filamento da lâmpada, durante cada
aproximação do ímã
T

06. (EEAR 2005) Dos dispositivos abaixo, o único que NÃO funciona
R a) é diretamente proporcional a T.
E

com corrente contínua é o


E

a) rádio c) telégrafo IA F
b) é diretamente proporcional a T 2.

b) telefone d) transformador
L D Od) não O
R de T.
c) é inversamente proporcional a T.
P depende
07. (AFA 2008) Uma espira condutora é colocada no mesmo plano e
ao lado de um circuito constituído de uma pilha, de uma lâmpada e
de um interruptor.
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. D 03. E 05. B 07. E 09. B
02. D 04. B 06. E 08. E 10. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. A 03. B 05. D 07. C 09. D
As alternativas a seguir apresentam situações em que, após o
interruptor ser ligado, o condutor AB gera uma corrente elétrica 02. E 04. A 06. A 08. A 10. A
induzida na espira, EXCETO EXERCÍCIOS DE COMBATE
a) desligar o interruptor. c) mover a espira na direção x. 01. D 03. C 05. A 07. D 09. B
b) “queimar” a lâmpada. d) mover a espira na direção y. 02. D 04. A 06. D 08. A 10. D

222 PROMILITARES.COM.BR

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CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

INTRODUÇÃO À ÓPTICA Exemplos:


Vácuo, ar atmosférico puro, vidro liso, ...
GEOMÉTRICA
A luz visível faz parte do espectro eletromagnético e se trata • Meios translúcidos são aqueles em que a luz segue trajetórias
de uma onda especial, pois ela é capaz de interagir com nossos irregulares. Observando objetos através deles, vemos
olhos produzindo o sentido da visão. Nesse capítulo, estudaremos deformações nas imagens sofridas.
os fenômenos relacionados a trajetória dos raios luminosos e como
enxergamos os objetos a partir da luz que chega aos nosso olhos.

FONTES DE LUZ
L DO PRO
Todos os corpos que emitem luz, direta ou indiretamente, são

I A
chamados de fontes de luz. E podem ser classificados de diversas FE
maneiras.
R

S
TE

QUANTO À ORIGEM

SO
• Fontes primárias são os corpos que emitem luz própria. Raios luminosos se propagando em um meio translúcido
MA

Exemplos: Exemplos:
Estrelas, lâmpadas acesas, ...

R
Neblina, vidro canelado, ...
• Fontes secundárias são os corpos não possuem luz própria e • Meios opacos são meios nos quais a luz não se propaga,
enviam luz proveniente de outras fontes. ou seja, a luz é absorvida ou refletida, mas não consegue
Exemplos: atravessar o meio.
Planetas, satélites, cadeira, ...
R
MA

QUANTO AO TAMANHO
SO

• Fontes pontuais ou puntiformes são fontes cujas dimensões


não são relevantes em comparação com as distancias dos
objetos iluminados por elas.
T

Exemplos:
R
E

IA
As estrelas observadas da Terra comportam-se como fontes F
L DO PRO
pontuais
• Fontes extensas são fontes cujas dimensões são relevantes. Raios luminosos se propagando em um meio opaco

Exemplos: Exemplos:
O Sol observado da Terra é uma fonte extensa. Madeira, concreto, ...

MEIOS DE PROPAGAÇÃO PRINCÍPIOS DE PROPAGAÇÃO DA LUZ


A região em que a luz se propaga é denominada meio de Ao acendermos uma lampada, a luz segue uma trajetória que
propagação e pode ser classificada de tres formas: pode ser representada por setas denominadas pinceis de luz. O
• Meios transparentes são aqueles que permitem a travessia da conjunto desses pinceis é chamado de feixe de luz.
luz com trajetórias regulares. Quando voce observa um corpo
através desse meio, a imagem não sofre deformações.

Raios luminosos se propagando em um meio transparente


Representação dos tipos de feixe de luz

PROMILITARES.COM.BR 223

PM_BOOK08_FIS.indb 223 03/11/2021 11:01:48


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

PRINCÍPIO DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA SOMBRA E PENUMBRA


Nos meios transparentes e homogêneos, a luz se propaga em Cada um desses princípios pode ser evidenciado por uma série de
linha reta. experimentos como a formação de sombras e penumbras como serão
descritos a seguir.

FONTE PONTUAL
Observe o experimento abaixo com uma fonte pontual, um objeto
opaco e um anteparo também opaco. O cone de luz divergente
proveniente da fonte ilumina o anteparo, no entanto, haverá uma
região atrás do objeto desprovida de luz. Essa região é denominada
sombra. Vale ressaltar que o formato da sombra projetada no
anteparo é semelhante ao objeto opaco colocado na frente da luz,
evidenciando a propagação retilínea da luz.
Princípio da propagação retilínea dos raios luminosos

PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA
A propagação da luz não é perturbada pela propagação de outros
raios luminosos. Assim, se dois raios de luz se interceptam, cada um
segue seu caminho como se nada tivesse acontecido na interseção.

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

Sombra gerada por uma fonte pontual

R
Exercício Resolvido

01. (UEMA 2015) O edifício Monumental, localizado em um


shopping de São Luís/MA, iluminado pelos raios solares, projeta
uma sombra de comprimento L = 80 m. Simultaneamente, um
R
Princípio da independência dos raios luminosos
homem de 1,80 m de altura, que está próximo ao edifício, projeta
MA

uma sombra de  = 3,20 m.


SO

PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE O valor correspondente, em metros, à altura do prédio é igual a


O caminho que o raio luminoso faz para ir do ponto A ao ponto B a) 50,00
T

é o mesmo que ele faz quando vai de B para A se as condições forem


S

b) 47,50
as mesmas.
R
E

c) 45,00
E

IA F
L DO PRO
d) 42,50
e) 40,00

Resolução: C
Como os raios solares são praticamente paralelos podemos resolver
por semelhança de triângulos de acordo com a figura:

Princípio da reversibilidade dos raios luminosos

Observação
PRINCÍPIO DE FERMAT
O percurso da luz de um ponto a outro é tal que o tempo gasto
h 1,80
em percorrê-lo é um mínimo. Esse enunciado resume a trajetória = ⇒=
h 45 m
do raio luminoso para quaisquer situações. 80 3,20

224 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 224 03/11/2021 11:01:49


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

FONTE EXTENSA
Se no lugar de uma fonte pontual, colocarmos uma fonte extensa,
além da sombra haverá regiões parcialmente iluminadas denominadas
penumbras.

(www.seara.ufc.br/astronomia/fenomenos/eclipses.htm. Acesso em: 03.10.2012.)

Abaixo vemos a Lua representada, na figura, nas posições 1, 2, 3 e


4, correspondentes a instantes diferentes de um eclipse.

Sombra e penumbra geradas por uma fonte extensa

Exemplos: L DO PRO
Os eclipses são consequencias diretas do Sol comoA FE
I fonte e a Terra
ou a Lua como objetos opacos.
R As figuras a seguir mostram como um observador, da Terra, pode

S
TE

• Eclipse Lunar ver a Lua. Numa noite de Lua Cheia, ele vê como na figura I.

SO
Ocorre quando a lua cheia se situa na sombra da Terra e ela deixa
MA

de aparecer no céu noturno.

R
Assinale a alternativa em que haja correta correspondência entre a
posição da Lua, a figura observada e o tipo de eclipse.
LUA NA R FIGURA TIPO DE
POSIÇÃO OBSERVADA ECLIPSE
MA

Representação do eclipse lunar


SO

a) 1 III Solar parcial


• Eclipse Solar b) 2 II Lunar parcial
T

Ocorre quando o sol é oculto no céu porque uma parte da Terra


S

c) 3 I Solar total
se situa no cone de sombra da lua nova.
R
E

IA
d) 4
F IV Lunar total

L DO PRO
e) 3 V Lunar parcial

Resolução: D
1 – I: não há eclipse; a Lua está totalmente clara.
2 – V: não há eclipse; a Lua está numa região de penumbra, não
recebendo luz de todos os pontos do Sol, tendo seu brilho ofuscado.
Representação do eclipse solar. Para um observador na Lua, seria um eclipse parcial do Sol.
Na região 1, observa-se o eclipse total e na região 2, parcial. 3 – II: há eclipse; metade da Lua está numa região de sombra, não
recebendo luz do Sol.
4 – IV: há eclipse total da Lua.
Exercício Resolvido

02. (IFSP 2013)


MECANISMOS DO ECLIPSE CÂMARA ESCURA COM ORIFÍCIO
A condição para que ocorra um Eclipse é que haja um A câmara escura é o princípio de funcionamento das máquinas
alinhamento total ou parcial entre Sol, Terra e Lua. A inclinação fotográficas antigas, do olho humano e foi usada pelos antigos para
da órbita da Lua com relação ao equador da Terra provoca o fazer pinturas de grandes paisagens. Ela consiste de uma caixa com
fenômeno da Lua nascer em pontos diferentes no horizonte a cada paredes opacas com um orifício O na frente do qual é colocado
dia. Se não houvesse essa inclinação, todos os meses teríamos um um objeto. Os raios provenientes do objeto atravessam o orifício e
Eclipse da Lua (na Lua Cheia) e um Eclipse do Sol (na Lua Nova). projetam uma imagem invertida no fundo do anteparo.

PROMILITARES.COM.BR 225

PM_BOOK08_FIS.indb 225 03/11/2021 11:01:50


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

• Ponto Objeto Real (POR): raios incidentes divergentes


• Ponto Objeto Virtual (POV): raios incidentes convergentes
• Ponto Objeto Impróprio (POI): raios incidentes paralelos

PONTO IMAGEM
Imagem é o ponto que recebe raios luminosos do sistema
óptico, chamamos esse feixe de emergente e também admite tres
comportamentos.

Representação de uma câmara escura com orifício

Como a luz se propaga em linha reta, os triângulos ABO e A’B’O


são semelhantes, portanto:
∆ABO ≡ ∆A'B'O

i p'
= • Ponto Imagem Real (PIR): raios emergentes divergentes
o p
• Ponto Imagem Virtual (PIV): raios emergentes convergentes
• Ponto Imagem Impróprio (PII): raios emergentes paralelos
Exercício Resolvido
Observação

L D O Somente
03. (UERJ 2016) A altura da imagem de um objeto, posicionado
PRO
a uma distância p1 do orifício de uma câmara escura, corresponde imagens reais podem ser projetadas em anteparos.

IA
a 5% da altura desse objeto. A altura da imagem desse mesmo FE
R
objeto, posicionado a uma distância p2 do orifício da câmara
escura, corresponde a 50% de sua altura.
EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
S
TE

Calcule p2 em função de p1.

SO
Resolução:
MA

A equivalência entre altura e posição dos objetos e das imagens

R
é dada por:
01. (EAM 2019) Um motorista de táxi conversa com um passageiro que
i p' está sentado no banco de trás, observando a imagem de seus olhos
=
o p fornecida pelo espelho plano retrovisor interno. Se o motorista consegue
ver no espelho a imagem dos olhos do passageiro, este também consegue
Na primeira situação, a altura da imagem é 5% da altura do objeto. ver, no mesmo espelho, a imagem dos olhos do motorista.
Logo, pode-se escrever:
Esse fato pode ser explicado utilizando-se:
R
0,05 ⋅ o p1 '
= ⇒ p1 ' = 0,05 ⋅ p1 a) o Princípio da Propagação Retilínea dos Raios de Luz.
MA

o p1
SO

b) o Princípio da Independência dos Raios de Luz.


Na segunda situação, a altura da imagem é 50% da altura do c) o Princípio da Reversibilidade dos Raios de Luz.
objeto. Logo, pode-se escrever:
d) a Interferência dos Raios de Luz.
T

0,5 ⋅ o p2 '
= ⇒ p2 ' = 0,5 ⋅ p2
R e) a Difração dos Raios de Luz.
E

o p2
IA F
L DO PRO
Como trata-se de uma câmara escura, a distância das imagens até 02. (EAM 2017) Observe a figura abaixo.
o orifício é a mesma, ou seja: p1’ = p2’.
Assim, igualando as duas equações, tem-se:
0,05 ⋅ p1 = 0,5 ⋅ p2 ⇒ p2 = 0,1⋅ p1

TIPOS DE PONTOS
Podemos classificar as imagens e os objetos de acordo com a forma
Um estudante, ao realizar um experimento, construiu, com uma lata
como o pincel luminoso se comporta em relação ao sistema óptico.
de leite, uma câmara escura de orifício. Para isso, ele fez um furo no
centro do fundo da lata e, em seguida, retirou a tampa do outro lado,
PONTO OBJETO colando um disco de papel vegetal nessa tampa.
Objeto é o ponto que emite raios luminosos para o sistema óptico, Ao colocar uma lâmpada acesa distante 60 cm de sua câmara escura
chamamos esse feixe de incidente e admite tres comportamentos. de orifício, o estudante viu a projeção da imagem da lâmpada sobre o
papel vegetal, conforme mostra a figura acima.
Observando as medidas obtidas no experimento, é correto afirmar
que o tamanho da lâmpada utilizada é de
a) 10 cm d) 18 cm
b) 12 cm e) 20 cm
c) 16 cm

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PM_BOOK08_FIS.indb 226 03/11/2021 11:01:50


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

03. (EAM 2013) Analise a figura a seguir. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para o
preenchimento das lacunas acima.
a) I, II e III. b) II, I e III. c) III, II e I. d) I, III e II.

TERRA 07. (EEAR 2016) Uma aranha de diâmetro d = 1,0 cm fez sua teia a
10,0 cm de distância acima de uma lâmpada (fonte puntiforme de luz)
SOL conforme figura abaixo.

LUA

A figura acima representa o momento em que a lua se interpõe entre


o sol e a Terra, originando um eclipse solar. Em algum ponto situado
no globo terrestre, um observador poderá ver esse fenômeno de
forma total ou parcial. Ele ocorre porque
a) a luz sofre interferência.
b) a luz se propaga em linha reta.
c) há independência dos raios de luz.
d) a luz se propaga em linha curva.
e) há reversibilidade dos raios de luz.
L DO PRO
I A
04. (EEAR 2019) Os eclipses solares e lunares são fenômenos ópticos FE
O diâmetro da sombra da aranha, em cm, projetada no teto a uma
R
que sempre foram cobertos de fascínio e lendas. As sombras e as
penumbras formadas devido ao alinhamento da Terra, Lua e Sol são
distância de 3,0 m da lâmpada é
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40

S
TE

comprovações de um dos Princípios da Óptica Geométrica. Dentre as

SO
alternativas a seguir, assinale aquela que corresponde ao Princípio que
08. (EEAR 2014) Para determinar posições inimigas, um soldado usa
se refere aos fenômenos celestes descritos.
MA

a imagem, conjugada por uma câmara escura, de objetos próximos


a) Reversibilidade da luz. a essas posições. Para determinar uma dessas posições, o soldado

R
b) Propagação retilínea da luz. observa, pela câmara escura, uma casa próxima aos soldados inimigos.
c) Transferência dos raios de luz. Supondo que a altura da casa é de 6 m, a distância entre a face com
furo da câmara e esta casa é de ____ metros.
d) Independência dos raios de luz.
Considere:
05. (EEAR 2019) Considere um observador frente a três anteparos, - a câmara escura um cubo de aresta igual a 36 cm;
em um meio homogêneo e transparente, cada um com um orifício
R
- altura da imagem formada igual a 0,5 cm
MA

em seu respectivo centro, conforme mostra a figura que se segue. a) 432 b) 216 c) 108 d) 12
SO

Através desses orifícios, o observador consegue enxergar a chama de


uma vela devido a um princípio da Óptica Geométrica denominado
09. O esquema a seguir representa um eclipse solar, no qual a Lua
____________.
ao passar entre a Terra e o Sol produz regiões de umbra (cone de
T

sombra), penumbra e antumbra. Na região da umbra, o eclipse é total


R
E

IA anular (B). F
(A), na região de penumbra, o eclipse é parcial (C) e na antumbra é

L DO PRO

a) Princípio da independência dos raios de luz.


b) Princípio da reversibilidade dos raios de luz.
c) Princípio da propagação retilínea da luz.
d) Princípio da reflexão dos raios de luz.

06. (EEAR 2017) Associe corretamente os princípios da óptica


geométrica, com suas respectivas definições, constantes abaixo.
I. Princípio da propagação retilínea da luz.
II. Princípio da independência dos raios de luz.
III. Princípio da reversibilidade dos raios de luz.
( ) Num meio homogêneo a luz se propaga em linha reta.
( ) A trajetória ou caminho de um raio não depende do sentido da
propagação.
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f6/Eclipses_
( ) Os raios de luz se propagam independentemente dos demais. solares.en.png >. Acesso em 28 out. 2016. [Adaptado]

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PM_BOOK08_FIS.indb 227 03/11/2021 11:01:52


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Essas regiões acontecem porque os raios que partem do Sol 03. Um grupo de escoteiros deseja construir um acampamento em
a) são independentes. torno de uma árvore. Por segurança, eles devem colocar as barracas
a uma distância tal da árvore que, se esta cair, não venha a atingi-los.
b) se interferem ao passar pela Lua. Aproveitando o dia ensolarado, eles mediram, ao mesmo tempo, os
c) são reversíveis. comprimentos das sombras da árvore e de um deles, que tem 1,5 m de
d) se propagam retilineamente. altura; os valores encontrados foram 6,0 m e 1,8 m respectivamente.
A distância mínima de cada barraca à árvore deve ser de:
10. O princípio da reversibilidade da luz fica bem exemplificado a) 6,0 m d) 3,0 m
quando:
b) 5,0 m e) 2,0 m
a) holofotes iluminam os atores em um teatro.
c) 4,0 m
b) se observa um eclipse lunar.
c) um feixe de luz passa pela janela entreaberta. 04. Quando o Sol está a pino, uma menina coloca um lápis de
d) a luz polarizada atinge o filme fotográfico. 7 × 10-3 m e observa a sombra por ele formada pela luz do Sol. Ela
nota que a sombra do lápis é bem nítida quando ele está próximo
e) duas pessoas se entreolham por meio de um espelho.
ao solo mas, à medida que vai levantando o lápis, a sombra perde
a nitidez até desaparecer, restando apenas a penumbra. Sabendo-se
que o diâmetro do Sol é de 14 × 108 m e a distância do Sol à Terra é de
EXERCÍCIOS DE
15 × 1010 m, pode-se afirmar que a sombra desaparece quando a

TREINAMENTO altura do lápis em relação ao solo é de:


a) 1,5 m

D O P RmO
b) 1,4 m
01. A figura abaixo representa uma fonte extensa de luz
anteparo opaco A dispostos paralelamente ao solo (S):A
L L e um c) 0,75

I d) 0,30 m FE
80cm R e) 0,15 m
L

S
TE

60cm 05. Considere as afirmações acerca das cores dos objetos.

SO
A I. A cor não é uma característica própria de um objeto, pois depende
2,0m
MA

h da luz que o ilumina.


S

R
II. Um objeto branco sob luz solar é visto vermelho quando iluminado
com luz vermelha.
O valor mínimo de h, em metros, para que sobre o solo não haja III. Um objeto que absorva as radiações luminosas recebidas torna-se
formação de sombra é: preto.
a) 2,0 d) 0,60 Dentre as afirmações,
b) 1,5 e) 0,30 a) somente I é correta. R
c) 0,80
MA

b) somente I e II são corretas.


SO

c) somente I e III são corretas.


02. Um dos métodos para medir o diâmetro do Sol consiste em
determinar o diâmetro de sua imagem nítida, produzida sobre um d) somente II e III são corretas.
anteparo, por um orifício pequeno feito em um cartão paralelo a este e) I, II e III são corretas.
T

R
anteparo, conforme ilustra a figura. Em um experimento realizado por
E

este método foram obtidos os seguintes dados:


IA F
06. Na figura abaixo, F é uma fonte de luz extensa e A um anteparo

L DO PRO
I. diâmetro da imagem = 9,0 mm opaco. Pode-se afirmar que I, II e III são, respectivamente, regiões de:
II. distância do orifício até a imagem = 1,0 m F
III. distância do Sol à Terra = 1,5 ⋅ 1011 m
Qual é, aproximadamente, o diâmetro do Sol medido por este
método? A

I II III
Sol

a) sombra, sombra e penumbra.


c io b) penumbra, sombra e sombra.
o rifí
c) sombra, penumbra e sombra.
m
age d) penumbra, sombra e penumbra.
Im
e) penumbra, penumbra e sombra.
a) 1,5 ⋅ 10 m 8
07. Em um dia ensolarado, você observa a sombra de uma torre
b) 1,35 ⋅ 108 m projetada no chão e resolve fazer uma estimativa da altura da
c) 2,7 ⋅ 108 m mesma. Qual das alternativas apresentadas abaixo lista as grandezas
d) 1,35 ⋅ 109 m necessárias para efetuar este cálculo?
e) 1,5 ⋅ 109 m

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FIS086 - CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA.indd 228 03/11/2021 11:43:26


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

a) princípio da reflexão.
b) princípio da refração.
c) princípio da propagação retilínea da luz.
d) princípio da reversibilidade do raio luminoso.
e) princípio da independência da propagação dos raios luminosos.

EXERCÍCIOS DE

a) A distância entre você e a torre, o comprimento de sua sombra


projetada no chão e o comprimento da sombra da torre
COMBATE
projetada no chão.
b) A distância entre a Terra e o Sol e o ângulo de elevação do Sol com
01. Os faróis de 2 carros que se movimentam em uma estrada emitem
relação à linha do horizonte.
feixes de luz. Em certo instante, os faróis se interceptam. Assinale
c) A distância entre a Terra e o Sol e o comprimento da sombra da a opção que descreve CORRETAMENTE o que acontece após o
torre projetada no chão. cruzamento dos feixes.
d) A sua altura, o comprimento de sua sombra projetada no chão e o a) Um feixe se reflete no outro feixe.
comprimento da sombra da torre projetada no chão.
b) Os dois feixes se juntam formando um único feixe.
e) O comprimento de sua sombra projetada no chão, a distância
c) Os feixes continuam sua propagação como se nada tivesse
D O d) POsacontecido.
entre a Terra e o Sol, bem como a distância entre você e a torre.

L RfeixesOdiminuem de intensidade.
A
08. Quando um objeto O é colocado a uma distância d de uma
câmara escura, forma-se uma imagem de altura i. I
FE
R
O mesmo objeto é aproximado 6 m desta mesma câmara e nota-se a
02. As imagens abaixo correspondem a um acessório de segurança
para quem tem que transportar um bebê na cadeirinha no banco de

S
TE

formação de uma imagem de altura 3 i.


trás - o espelho retrovisor para bebê. Para que os pais possam ver o

SO
O valor de d, em metros, é filho sentado na cadeirinha, fixada no banco traseiro e de costas para
MA

a) 6. os ocupantes dos bancos da frente do carro, o espelho deve ser fixado


no encosto de cabeça do banco traseiro, defronte ao bebê. Assim,
b) 7.

R
os pais, ao olharem para o espelho retrovisor interno do automóvel,
c) 8. poderão ver a imagem refletida do bebê. O princípio da óptica
d) 9. geométrica que permite que isso seja possível é
e) 15.

09. Em 27 de setembro último, foi possível a observação, no Brasil, de R


um eclipse lunar total. Durante esse fenômeno, a sombra projetada
MA

na lua pela Terra possui duas partes denominadas umbra e penumbra.


SO

A umbra é uma região em que não há iluminação direta do Sol e


a penumbra é uma região em que apenas parte da iluminação é
bloqueada. A separação entre essas regiões pode ser facilmente
T

explicada com o uso da


R
E

a) lei de Coulomb.
IA F
L DO PRO
b) ótica geométrica.
c) termodinâmica.
d) lei da gravitação universal.

10. Analise a figura.

a) refração luminosa.
b) dispersão luminosa.
c) independência dos raios luminosos.
d) reversibilidade dos raios luminosos.

03. Você pode construir uma câmara escura com uma lata de leite
Disponível em: http://www.iatec.com.br em pó ou com uma caixa de sapatos. Faça o furo no fundo da lata ou
numa lateral da caixa e coloque o papel vegetal no lugar da tampa
Quando observamos que dois ou mais feixes de raios luminosos se ou na lateral oposta. Está pronta uma câmara escura simples, porém,
encontram e que a propagação de cada um deles não é alterada, com menos recurso.
como mostrado na figura, isso nos prova um dos princípios da óptica
geométrica denominado

PROMILITARES.COM.BR 229

FIS086 - CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA.indd 229 03/11/2021 11:43:26


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

05. Uma câmera fotográfica caseira pode ser construída a partir


de uma caixa escura, com um minúsculo orifício (O, na figura) em
um dos lados, e uma folha de papel fotográfico no lado interno
oposto ao orifício. A imagem de um objeto é formada, segundo o
diagrama abaixo.

O fenômeno ilustrado ocorre porque


a) a luz apresenta ângulos de incidência e de reflexão iguais.
b) a direção da luz é variada quando passa através de uma pequena
abertura.
c) a luz produz uma imagem virtual.
d) a luz viaja em linha reta.
e) a luz contorna obstáculos.

D O 06.PUmaRpessoa
Podemos compreender como a imagem de um objeto é formada
de altura h coloca-se diante de uma câmara escura
L
no papel vegetal colocado no interior de uma câmara escura, ou
de orifício O
IA
com o intuito de produzir, na face oposta ao orifício da
mesmo sobre a nossa retina. Cada ponto do objeto luminoso ou
F que corresponda a três quartos (¾) de sua
altura. Sabendo queEa câmara escura tem profundidade d, qual será a
câmara, uma imagem
iluminado emite ou reflete a luz em todas as direções e, portanto,
R
também na direção do pequeno orifício. Como pudemos observar a
imagem projetada, nestas condições, aparecerá invertida. Na segunda distância entre a pessoa e sua imagem?

S
TE

figura, a imagem aparece invertida em relação ao objeto. Esta inversão

SO
da imagem é justificada pela(o):
MA

(http://www.if.usp.br/gref/optica/optica1.pdf)

R
a) reversibilidade da luz
b) propagação retilínea da luz
c) independência dos raios de luz
d) reflexão difusa da luz
e) lei de Snell – Descartes
R
MA

04. O olho humano se comporta semelhante a uma câmara escura


7⋅d
SO

de orifício. Sabemos que os raios de luz que partem do objeto e a)


atravessam o orifício determinam a imagem no fundo do olho. A figura 3
a seguir representa um esquema simplificado do comportamento de 4⋅d
T

formação de imagens no fundo de um olho saudável. b)


R
3
E

Vemos que a imagem formada no fundo do olho se apresenta


E

invertida, de cabeça para baixo. IA 4 F


L D O 3P R O
c) ⋅d⋅h
3

d) ⋅d⋅h
4
4⋅d
e)
3⋅h

07. A uma certa hora da manhã, a inclinação dos raios solares é tal
que um muro de 4,0 m de altura projeta, no chão horizontal, uma
Sabe-se que o olho humano apresenta aproximadamente 20 mm de sombra de comprimento 6,0 m.
profundidade (x’ = 20 mm) e o objeto tem 8 m de altura colocado em
Uma senhora de 1,6 m de altura, caminhando na direção do muro,
uma posição a 32 m de distância do orifício do olho (x = 32 m). Nessa
é totalmente coberta pela sombra quando se encontra a quantos
situação, a altura da imagem formada no fundo do olho será de
metros do muro?
a) 5 mm.
a) 2,0
b) 7,5 mm.
b) 2,4
c) 8 mm.
c) 1,5
d) 10,8 mm.
d) 3,6
e) 12,8 mm.
e) 1,1

230 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 230 03/11/2021 11:01:53


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

08. Fisicamente a luz é uma forma de energia radiante que se 10. Considere as proposições:
propaga por meio de ondas eletromagnéticas. A luz é o agente I. No vácuo, a luz propaga-se em linha reta.
físico responsável pela sensação visual. Quando a luz incide em uma
superfície pode ocorrer vários fenômenos: REFLEXÃO REGULAR, II. Em quaisquer circunstâncias, a luz propaga-se em linha reta.
REFLEXÃO DIFUSA, REFRAÇÃO OU ABSORÇÃO DOS RAIOS III. Nos meios transparentes e homogêneos, a luz propaga-se em
LUMINOSOS. linha reta.

Um feixe de raios de luz paralelos entre si, incide sobre quatro IV. Para que a luz se propague em linha reta, é suficiente que o meio
superfícies como mostram as figuras abaixo e grande parte destes seja transparente.
raios sofrem os seguintes fenômenos ópticos: Responda mediante o código:
(Fig. 1) Na superfície S1, os raios da luz incidente volta ao meio a) se somente I for correta
com raios que continuam paralelos. b) se somente I e III forem corretas
(Fig. 2) Na superfície S2 os raios da luz incidentes não são mais c) se somente II e III forem corretas
refletidos paralelos entre si. d) se todas forem corretas
(Fig. 3) Na superfície S3 os raios da luz incidentes atravessam a e) se todas forem erradas
superfície e ainda seguem paralelos.
(Fig. 4) Na superfície S4 os raios de luz incidentes são absorvidos.
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

L DO PRO
IA FE
GABARITO

R EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. C 04. B 07. C 10. E

S
TE

02. E 05. C 08. A

SO
03. B 06. D 09. D
MA

EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO

R
01. B 04. C 07. D 10. E
02. D 05. E 08. D
03. B 06. D 09. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. A R 07. D 10. E
02. D 05. D 08. C
MA

SO

03. B 06. A 09. C

ANOTAÇÕES
Com base nos fenômenos ocorridos pode–se concluir que as
T

R
superfícies são:
E

IA
a) A superfície S1 é rugosa, S2 separa dois meios transparentes S3 é
F
metálica e muito bem polida, e S4 é um corpo de superfície preta.
A superfície S é metálica e muito bem polida, S é umLcorpo de R O
b) 1

3
2
DO
superfície preta, S separa dois meios transparentes, e S é rugosa.
4
P
c) A superfície S1 é metálica e muito bem polida, S2 é rugosa, S3 separa
dois meios transparentes, e S4 é um corpo de superfície preta.
d) A superfície S1 separa dois meios transparentes, S2 é rugosa, S3 é
metálica e muito bem polida, e S4 é um corpo de superfície preta.
e) A superfície S1 é metálica e muito bem polida, S2 separa dois meios
transparentes, S3 é rugosa, e S4 é um corpo de superfície preta.

09. Admita que o Sol subitamente “morresse”, ou seja, sua luz


deixasse de ser emitida. Vinte e quatro horas após esse evento, um
eventual sobrevivente, olhando para o céu, sem nuvens, veria:
a) a Lua e estrelas;
b) somente a Lua;
c) somente estrelas;
d) uma completa escuridão;
e) somente os planetas do sistema solar.

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PM_BOOK08_FIS.indb 231 03/11/2021 11:01:54


CONCEITOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

ANOTAÇÕES

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

232 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 232 03/11/2021 11:01:54


A REFLEXÃO DA LUZ EM
ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

REFLEXÃO
Dois fenomenos luminosos que podem ocorrer com a luz serão
estudados pela óptica geométrica: reflexão e refração. Cada um
deles dará origem a uma série de instrumentos ópticos produtores
de imagens.
Reflexão é o fenômeno em que a luz enontra uma superfície, bate
e volta a se propagar no mesmo meio de onda ela vinha. Observe o
esquema abaixo, que representa a reflexão de um raio de luz em uma
superfície.

L DO PRO
I A FE Reflexão difusa da luz em superfície

R • Reflexão regular: Em uma superfície reta, sem imperfeições,


os raios refletidos se mantêm paralelos entre si. Nessa refle-

S
TE

xão, como ocorre em um espelho plano, a imagem não sofre

SO
nenhuma deformação.
MA

• Reflexão difusa: Em uma superfície ondulada, com imper-


feições, os raios refletidos não se mantêm paralelos entre si.

R
Nessa reflexão, como na superfície da água turva, a imagem
sofre algumas deformações.
Reflexão de um raio de luz
Observação
Onde:
Cabe ressaltar que independente do tipo de reflexão, as leis de
RI é o raio incidente
reflexão são sempre válidas. R
RR é o raio refletido
MA

SO
S é a superfície refetora
N é reta normal a S no ponto de incidência, ou seja, é a REFLEXÃO SELETIVA
perpendicular a superfície naquele ponto Quando a luz incide em um objeto, ele é capaz de refleti-la. No
T

i é o ângulo de incidência, formardo pelas retas RI e N entanto, nem toda a luz incidente volta, pois parte dessa radiação
R pode ser absorvida pelo corpo. Assim, a cor que vemos de um objeto
E

r é o ângulo de reflexão, formardo pelas retas RR e N


IA F
corresponde a energia que ele refletiu. Contudo, a cor do objeto
O
também depende da radiação que ele recebe para ser refletida.
L D O •P LuzRmonocromática: é a luz composta por apenas uma cor
A trajetória seguida pelo raio refletido segue duas leis:
1ª Lei da Reflexão: os raios RI, RR e N são coplanares, ou seja,
pertencem a um mesmo plano. ou uma única radiação.
2ª Lei da Reflexão: o ângulo de incidência i é sempre igual ao • Luz policromática: é a luz composta por mais de uma cor ou
ângulo de reflexão r. mais de uma radiação.
Um objeto azul, por exemplo, é capaz de refletir a cor azul
TIPOS DE REFLEXÃO e absorver as demais cores. Um objeto branco é capaz de refletir
Dependendo da forma da superfície, podemos observar diferentes qualquer cor que incida sobre ele. Já um objeto preto é capaz de
imagens vistas a partir da reflexão. absorver todas as cores, não refletindo nenhuma.

Exercício Resolvido

01. (UCS 2012) O camaleão é um animal que possui capacidade


mimética: pode trocar a coloração de sua pele para reproduzir a
cor da superfície com a qual está em contato. Do ponto de vista do
comportamento de ondas eletromagnéticas, a pele do camaleão
tem a propriedade de
a) gerar ondas com todas as frequências desejadas pelo animal.
b) mudar suas propriedades de absorção e reflexão das ondas.
Reflexão regular da luz em uma superfície c) absorver apenas os comprimentos de onda e refletir apenas
as frequências.

PROMILITARES.COM.BR 233

PM_BOOK08_FIS.indb 233 03/11/2021 11:01:54


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

d) absorver apenas as frequências, mas refletir os comprimentos


de ondas.
e) produzir e emitir ondas com diferentes velocidades no vácuo,
mas mesmo comprimento de onda e mesma frequência.

Resolução: B
A cor de um objeto é a cor (frequência) da luz que ele mais reflete.
As demais são radiações absorvidas.

ESPELHO PLANO
O espelho plano é um instrumento óptico que utiliza a reflexão A iImagem da mão direita vista por um
para formar imagens. Trata-se de uma superfície plana, polida e com espelho plano é a mão esquerda
alto poder refletor. Cerca de 95% da energia é refletida regularmente
ao incidir sobre esse aparato, produzindo uma imagem. A imagem terá as seguintes características:
• mesmo tamanho que o objeto
IMAGEM DE UM PONTO • enantiomorfa: a parte da frente vai para trás e o lado direito
Conhecendo as leis de reflexão, já podemos determinar as vai para o esquerdo e vice versa.
características das imagens produzidas pelos espelhos. Considere um
D O P• RrealOse objeto for virtual
• virtual se objeto for real
objeto luminoso pontual P colocado na frente de um espelho plano E,
L
IA
que reflete os raios para um observador O. A trajetória de dois raios
Observação F
E
luminosos que saem de P e chegam a O estão representadas abaixo:

R A imagem só será igual ao objeto se ele possuir simetria vertical, ou

S
TE

seja, se o lado direito for igual ao lado esquerdo.

SO
MA

Exercício Resolvido

R
02. (CPS 2004) Dirigindo seu carro na Avenida Paulista, um
motorista observa pelo espelho plano retrovisor uma perua com a
inscrição AMBULÂNCIA solicitando passagem. O motorista vê por
meio do espelho a palavra escrita corretamente. Na perua a palavra
AMBULÂNCIA está escrita da seguinte forma:
a)
R
MA

SO

b)
c)
T

d)
S

Imagem formada por um ponto em um espelho plano


R
E

e)
E

IA
Pelas leis de reflexão os angulos θ1 e θ2 são iguais, portanto F
L DO PR
as distâncias PA e P’A são iguais. Dessa forma temos a primeira
propriedade da imagem P’ formada pelo espelho plano:
O
Resolução: C
Para que a palavra AMBULÂNCIA possa ser lida corretamente ela
Observação deve ter sido escrita invertida horizontalmente.
A imagem P’ do objeto P se encontra numa posição simétrica em
relação ao espelho E.
• A imagem será virtual somente se o objeto for real.
• Se o objeto for virtual, a imagem será real.

IMAGEM DE UM CORPO EXTENSO CAMPO VISUAL


Na prática, os corpos não são pontuais, então devemos estudar
Campo visual é a região do espaço que um observador pode
as características da imagens de objetos extensos colocados em
contemplar ao olhar para as imagens formadas dentro de um espelho
frente a um espelho. Podemos considerar que um corpo é composto
plano. Essa região depende da posição do observador e do tamanho
por infinitos objetos pontuais, cujas características das imagens nos
do espelho.
é conhecida.
Ela pode ser facilmente determinada ao encontrarmos a imagem
do observador, simétrica em relação ao espelho, e traçarmos os raios
que limitam a visão dessa imagem devido ao tamanho do espelho.
Essa construção pode ser vista na imagem abaixo.

234 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 234 03/11/2021 11:01:55


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

Translação horizontal do espelho plano


P2 = P1 + x e 2P2 = 2P1 + d
Campo visual de um espelho plano para um observador O d = 2x

Exercício Resolvido Observação


A imagem de um objeto sofre uma translação no mesmo sentido
03. (MACKENZIE) Certa pessoa possui um espelho plano duas vezes maior que a do espelho.
DO PRO
retangular, de 90 cm de altura. Quando ela fica em pé diante do

L
espelho, disposto verticalmente e convenientemente posicionado,

IA F VERTICAL DE UM ESPELHO
consegue ver sua imagem de corpo inteiro. Nessas condições,
TRANSLAÇÃO
Se o espelho seEdeslocar numa direção paralela a ele, de maneira
pode–se afirmar que a referida pessoa tem uma altura máxima de
a) 1,80 m R que sua distância ao objeto não mude, então a imagem continuará

S
TE

b) 1,70 m na mesma posição.

SO
c) 1,67 m
MA

d) 1,53 m
e) 1,35 m

R
Resolução: A

R
Translação vertical do espelho plano
MA

SO

TRANSLAÇÃO HORIZONTAL DE UM OBJETO


Se um objeto a uma distancia P1 de um espelho for deslocado
T

x, a imagem sofrerá o mesmo deslocamento no sentido contrário,


R
E

conforme pode ser visto na figura abaixo.


E

IA F
L DO PRO
Observe a figura com a imagem formada. Há uma semelhança de
triângulos com a seguinte razão de semelhança:
h d
= ⇒ H = 2h = 2 ⋅ 90 =180 cm =1,80 m
H 2d

TRANSLAÇÃO
Vamos agora verificar o que acontece com a posição de uma
imagem formada por um espelho plano quando deslocamos o objeto
Translação horizontal do objeto
ou o espelho em uma translação.
d=x

TRANSLAÇÃO HORIZONTAL DE UM ESPELHO


TRANSLAÇÃO VERTICAL DE UM OBJETO
Seja um espelho plano distante P1 de um objeto, formando uma
imagem i1 simétrica em relação ao espelho. Agora considere que esse Agora se o objeto for deslocado paralelamente ao espelho,
espelho seja deslocado x para a direita ficando a uma nova distancia a imagem sofrerá um deslocamento de mesmo valor e sentido do
P2, formando uma imagem i2. objeto como na figura.

PROMILITARES.COM.BR 235

PM_BOOK08_FIS.indb 235 03/11/2021 11:01:55


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

Se o espelho for rotacionado de um ângulo α então o raio refletido


será rotacionado no mesmo sentido de um ângulo θ duas vezes maior.

Observação
Demonstração da rotação de um espellho plano
∆OAB: i2 = i1 + α
⇒ θ = 2α
∆OAB: 2i2= 2i1 + θ
Translação vertical do objeto

Exercício Resolvido Exercício Resolvido


04. (UEMG 2015) Um espelho reflete raios de luz que nele 05. A figura a seguir mostra um objeto pontual P que se encontra
incidem. Se usássemos os espelhos para refletir, quantas reflexões a uma distância de 6,0 m de um espelho plano.
interessantes poderíamos fazer. Enquanto a filosofia se incumbe
de reflexões internas, que incidem e voltam para dentro da pessoa,
um espelho trata de reflexões externas.
Mas, como escreveu Luiz Vilela, “você verá.”
Você está diante de um espelho plano, vendo-se totalmente.
Num certo instante, e é disso que é feita a vida, de instantes,
você se aproxima do espelho a 1,5 m/s e está a 2,0 m de
distância do espelho.

L
Nesse instante, a sua imagem, fornecida pelo espelho, estaráDO PRO
a)
I Ade 3,0 m/s
a 2,0 de distância do espelho, com uma velocidade FE
b)
em relação a você.
R
a 2,0 m de distância do espelho, com uma velocidade de

S
TE

1,5 m/s em relação a você.

SO
Se o espelho for girado de um ângulo de 60° em relação à posição
c) a uma distância maior que 2,0 m do espelho, com uma
original, como mostra a figura, qual a distância entre P e a sua
MA

velocidade de 3,0 m/s em relação ao espelho.


nova imagem?
d) a uma distância menor que 2,0 m do espelho, com uma

R
velocidade de 1,5 m/s em relação ao espelho.
Resolução:

Resolução: A
Num espelho plano, objeto e respectiva imagem são simétricos em
relação ao plano do espelho. Portanto, quando você está a 2 m do R
espelho sua imagem também está a 2 m dele. Devido a essa mesma
MA

propriedade (simetria) a velocidade da imagem em relação ao espelho


SO

é, em módulo, igual à do objeto, porém em sentido oposto. Assim, se


você se aproxima do espelho com velocidade de módulo 1,5 m/s sua
imagem também se aproxima com 1,5 m/s. Então, relativamente a
T

você, a velocidade de sua imagem tem módulo 3,0 m/s.


R
E

AL I F
ROTAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO R O
DO
Vamos agora verificar o que acontece com o raio refletido quando P
o espelho for rotacionado.

d
sen300 = = 0,5 → d = 3,0cm
6
PP=' 2d
= 6,0cm

ASSOCIAÇÃO DE DOIS ESPELHOS


PLANOS
Até o momento só estudamos as caracteríticas das imagens
formadas por um único espelho. Se colocarmos dois espelhos planos
unidos pelos seus vértices com um ângulo α entre eles e um objeto
colocado diante deles, poderá haver formação de várias imagens
devido a múltiplas reflexões.

Rotação de um espelho plano

236 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 236 03/11/2021 11:01:56


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

ESPELHOS ESFÉRICOS
Os espelhos podem ter diversos formatos para compor sua
superfície refletora. Veremos agora o espelho no qual essa superfície
é uma esfera polida com alto poder de reflexão. Dependendo do
lado da esfera que estivermos usando como superfície refletora, esse
espelho pode ser classificado em côncavo e convexo e possui algumas
características:
• Abertura (α) é o ângulo formado pelos raios que limitam o
tamanho do espelho.
• Centro de curvatura (C) é centro da esfera que dá origem ao
espelho.
• Raio de curvatura (R) é o raio da esfera.
• Vértice (V) é o ponto de interseção da superfície espelhada
Imagens formadas por espelhos perpendiculares entre si com o eixo principal.
• Eixo principal (EP): direção onde estão localizados os pontos
O número final de imagens formadas (N) pode ser calculado pela principais do espelho.
seguinte expressão:
360º
= N −1
α
em que, α deve ser um divisor de 360º e:


L DO PRO
Se 360º α for um número par, a fórmula acima é válida para
qualquer posição do objeto entre os espelhos.
I A FE
• R
Se 360º α for um número ímpar, a fórmula acima só é válida

S
TE

quando o objeto estiver na bissetriz dos espelhos.

SO
Observação
MA

As imagens junto do objeto estão sob uma mesma circunferência. Pontos princiais dos espelhos côncavo e convexo

R
FOCO
Os espelhos esféricos podem causar várias aberrações de
esfericidade. Para evitar isso, usaremos os espelhos gaussianos, cuja
abertura é muito pequena, menor que 10°.
R
O foco principal (F) é o ponto de convergencia de raios incidentes
MA

SO

paralelos entre si e ao eixo pincipal e fica na metade do caminho entre


o centro e o vértice.
T

R
E

IA F
L DO PRO
Exercício Resolvido

06. (IFPE 2018) Um coreógrafo está ensaiando um número de


Raios paralelos ao eixo principal incidindo sobre uma superfície côncava
frevo e deseja obter uma filmagem com dezesseis imagens de
passistas, porém, ele dispõe de apenas 4 dançarinos. Com dois
grandes espelhos planos e os quatro dançarinos entre os espelhos,
o coreógrafo consegue a filmagem da forma desejada.
Qual foi o ângulo de associação entre os dois espelhos planos para
que o público, ao assistir à gravação, veja 16 passistas em cena?
a) 45°. c) 90°. e) 120°.
b) 60°. d) 30°.

Resolução: C
São apenas 4 passistas, mas na cena aparecem 16. Então 4 são
objetos e 12 são imagens. Isso significa que cada passista gera
3 imagens. Aplicando a expressão que dá o número de imagens
formada por cada objeto numa associação de espelhos planos, vem:
Raios paralelos ao eixo principal incidindo sobre uma superfície convexa
360° 360° 360°
=n − 1 ⇒=3 − 1 ⇒ = 4 ⇒=α 90°. R
α α α f=
2

PROMILITARES.COM.BR 237

PM_BOOK08_FIS.indb 237 03/11/2021 11:01:56


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

FOCO SECUNDÁRIO • Todo raio que incide sobre o vértice é refletido simetricamente
a ele, ou seja, i = r.
Suponha agora que um feixe de raios luminosos paralelos entre
si e oblíquos ao eixo principal. Dessa vez, os raios refletidos também
convergem em um mesmo ponto, denominado foco secundário.
Esse foco fica num plano perpendicular ao eixo principal que passa
pelo foco principal.

Espelho Côncavo Espelho Convexo

CONSTRUÇÃO DE IMAGENS
Agora que conhecemos a trajetória dos raios luminosos, podemos
saber as características das imagens formadas dos objetos reais por
Foco secundário de um espelho côncavo cada um dos espelhos.

RAIOS LUMINOSOS PARTICULARES L D O ESPELHO


PParaResses
O
CÔNCAVO

I A F
espelhos, a imagem dependerá da posição como

E
Para determinarmos as características das imagens formadas veremos a seguir:
R dessesa reflraios.
pelos instrumentos ópticos devemos conhecer, no mínimo,
de dois raios luminosos. Vejamos a trajetória de alguns
exão
• Objeto real atrás do centro de curvatura

S
TE

• Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal é refletido

SO
passando pelo foco (F).
MA

R
Caracterísiticas da imagem: Real, Invertida e menor que o objeto
R
MA

SO

• Objeto real no centro de curvatura


Espelho Côncavo Espelho Convexo
T

• Todo raio que incide passando pelo foco é refletido paralela-


S

mente ao eixo principal.


R
E

IA F
L DO PRO
Caracterísiticas da imagem: Real, Invertida e do mesmo tamanho que o objeto
Espelho Côncavo Espelho Convexo
• Objeto real entre o centro de curvatura e o foco
• Todo raio que incide sobre o centro de curvatura (C) é refletido
sobre si mesmo.

Caracterísiticas da imagem: Real, Invertida e maior que o objeto

Espelho Côncavo Espelho Convexo

238 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 238 03/11/2021 11:01:57


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

• Objeto real sobre o foco

Caracterísiticas da imagem: imprópria


Referencial gaussiano para um espelho côncavo
• Objeto real entre o foco e o vértice
1 1 1
= +
f p p'
em que,

D O P•• RAA posição dos objetos será representado por p.

A L O das imagens será representada por p’.


posição

I • ElementosF Evirtuais terão abscissa positiva.


R • Elementos virtuais terão abscissa negativa e estarão dentro do
espelho.

S
TE

• A distância focal de um espelho côncavo tem abscissa positiva.

SO
Caracterísiticas da imagem: Virtual, Direita e maior que o objeto • A distância focal de um espelho convexo tem abscissa negativa.
MA

Exemplo:

R
Esse último caso pode ser visto em espelhos de loja de óculos, em AUMENTO LINEAR (A)
que uma das faces é um espelho plano e a outra é concavo. Outra relação importante é o aumento linear, que quantifica quantas
vezes o tamanho da imagem é maior (ou menor) que o do objeto.
ESPELHO CONVEXO i p'
A= = −
o p
Para objetos reais, independente da posição a imagem sempre é R
virtual, direita e menor que o objeto • A > 0: a imagem e o objeto possuem o mesmo sinal, portanto
MA

SO

a imagem é direita.
• A < 0: a imagem e o objeto possuem sinais contrários, portanto
a imagem é invertida.
T

R Exercício Resolvido
E

IA F
L DO PRO
07. (FAMERP 2017) Uma calota esférica é refletora em ambas as
faces, constituindo, ao mesmo tempo, um espelho côncavo e um
espelho convexo, de mesma distância focal, em módulo. A figura
1 representa uma pessoa diante da face côncava e sua respectiva
imagem, e a figura 2 representa a mesma pessoa diante da face
Exemplo: convexa e sua respectiva imagem.
Esse espelho é usado nos retrovisores laterais dos carros, pois
como a imagem é menor, o campo de visão é ampliado.

EQUAÇÃO DE GAUSS
Podemos determinar a posição da imagem formada pelos
espelhos e seu tamanho a partir da equação dos pontos conjugados
ou equação de gauss. Nós já vimos a abordagem gráfica, agora
veremos o método analítico.
Para isso, usaremos um sistema de coordenadas cartesianas (x,y)
com origem no vértice do espelho. O eixo vertical será o próprio
espelho e o eixo horizontal conterá o eixo principal e apontará para o
lado de fora do espelho. Esse sistema é conhecido como referencial
gaussiano e está representado abaixo:

PROMILITARES.COM.BR 239

PM_BOOK08_FIS.indb 239 03/11/2021 11:01:57


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

04. (EAM 2013) Analise a figura a seguir.


a) Considerando as informações contidas na figura 1, calcule o
módulo da distância focal desses espelhos.
b) Na situação da figura 2, calcule o aumento linear transversal
produzido pela face convexa da calota.

Resolução:
a) Da figura 1, obtemos:
i1 p' 3h p'
= − 1 ⇒ = − 1 ⇒ p1 ' =
−60 cm
o p1 h 20
A figura acima mostra Maria, que está posicionada diante de um
1 1 1 1 1 1 1 3 −1 1 espelho plano (E). Em relação a Maria, pode-se afirmar que sua
= + ⇒ = − ⇒ = = ∴ f1 = 30 cm
f1 p1 p1 ' f1 20 60 f1 60 30 imagem, conjugada pelo espelho, é
a) real, direita e menor.
b) Para a face convexa, f2 = -30 cm, logo:
1 1 1 1 1 1 1 −2 − 3 1 1 b) real, invertida e menor.
=+ ⇒− =+ ⇒ = ⇒ =
− ⇒
f2 p2 p2 ' 30 20 p2 ' p2 ' 60 p2 ' 12 c) virtual, direita e menor.
p ' 12 d) virtual, direita e, do mesmo tamanho
p2 ' =−12 cm. A = − 2 = ∴A = 0,6
p2 20 e) virtual, invertida e, do mesmo tamanho.

05. (EAM 2013) Assinale a opção que completa corretamente as

D O PParaRmelhorar
lacunas da sentença abaixo.
EXERCÍCIOS DE
L O a visibilidade, o motorista pode adicionar, ao
FIXAÇÃO R
I A F E _____________
espelho retrovisor externo de seu veículo_____________, porque esse
artefato apresenta maior
a) um espelho côncavo / campo de visão

S
TE

b) um espelho plano / reflexibilidade


01. (EAM 2020) Considerando um objeto colocado sobre o eixo

SO
c) uma lente convergente / alcance
principal a uma distância de 10 cm do vértice de um espelho esférico
MA

côncavo de raio 10 cm, calcule a distância, em centímetros, da imagem d) um espelho convexo / campo de visão
formada pelo espelho em relação ao vértice do mesmo espelho,

R
e) uma lente divergente / alcance
considerando que os raios incidentes no espelho esférico satisfazem
as condições de nitidez de Gauss, e assinale a opção correta. 06. O espelho plano, na forma de que dispomos atualmente,
a) 25 d) 10 inventado no século XIII, em Veneza, na Itália, produz imagens sem
b) 20 e) 5 distorções, dadas suas propriedades refletoras da luz. Em relação a
estas propriedades, analise as afirmativas abaixo:
c) 15 R
I. Quando um objeto se aproxima de um espelho plano fixo com
MA

uma determinada velocidade, a imagem respectiva também se


02. (EAM 2016) Assinale a opção que apresenta somente características
SO

aproxima, porém com velocidade dupla daquela do objeto.


das imagens formadas por espelhos planos para os objetos reais.
II. Considerando um raio luminoso fixo incidindo sobre um espelho
a) Simétrica, invertida e virtual.
plano, se girarmos o espelho o raio refletido inicial também gira
T

b) Revertida, simétrica e real. para uma nova posição, de modo que a relação entre os ângulos
R
E

de rotação do espelho e do raio refletido é igual a 0,5.


F
c) Reduzida, simétrica e invertida.
IA
L DO PRO
d) Direita, de igual tamanho e virtual. III. Posicionando-se dois espelhos planos formando entre si um
e) Real, direita e ampliada. ângulo θ ≤ 180º, o número N de imagens que serão formadas
de um ponto objeto qualquer colocado entre eles é dado pela
360
03. (EAM 2014) Observe a figura a seguir. =
relação N − 1.
θ
Espelho,
espelho
Silêncio... IV. Os espelhos retrovisores de veículos são na maioria planos, por
meu...
proporcionar maior campo visual ao motorista, já que produzem
imagens menores do que os respectivos objetos.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III d) III e IV
b) II, III, e IV e) II e III
Quem
cala c) I, II, e IV
É verdade que eu consente.
sou o homeme mais
gostoso da face da
Terra?
07. (EEAR 2020) Um aluno resolveu colocar em prática uma atividade
que aprendeu quando estava estudando reflexão no espelho plano.
Sabe-se que o personagem da figura está a 50 cm do espelho piano. Conforme o desenho, colocou um espelho plano, de pequenas
Assinale a opção que indica a distância entre o espelho e a sua dimensões e espessura desprezível, com a face espelhada voltada para
imagem. cima, e a 4,5 m de um poste e conseguiu determinar a altura do poste
a) 10 cm d) 50 cm em 5,1 m. Sabendo que o estudante tem uma altura, da base dos pés
b) 15 cm e) 100 cm até os olhos de 1,70 m, qual a distância (x), em metros, que o aluno
teve que ficar do espelho para enxergar o reflexo da extremidade
c) 25 cm superior do poste?

240 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 240 03/11/2021 11:01:58


A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

a) É direita e maior do que o objeto, estando a 20 cm do vértice do


espelho.
b) É direita e maior do que o objeto, estando a 25 cm do vértice do
espelho.
c) É invertida e maior do que o objeto, estando a 25 cm do vértice
do espelho.
d) É invertida e do mesmo tamanho do objeto, estando a 25 cm do
vértice do espelho.
a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,0
02. (EEAR 2018) Um dado, comumente utilizado em jogos, cujos
08. (EEAR 2020) Alguns turistas italianos marcaram um jantar em
números nas faces são representados pela quantidade de pontos
um restaurante de uma pequena cidade do interior. O gerente do
pretos é colocado frente a dois espelhos planos que formam entre si
estabelecimento querendo agradar aos visitantes, solicitou que na
um ângulo de 60°. Nesses espelhos é possível observar nitidamente
parede do jardim fosse colocada uma bandeira da Itália. O gerente
as imagens de apenas uma das faces do dado, sendo que a soma de
esqueceu que no local, no qual o símbolo do País seria colocado,
todos os pontos pretos observados nos espelhos, referentes a essa
existe apenas uma única fonte de iluminação, uma lâmpada que
face, totalizam 20 pontos. Portanto, a face voltada para os espelhos
fornece somente uma luz monocromática verde. A bandeira da Itália
que gera as imagens nítidas é a do número____.
apresenta da esquerda para a direita uma sequência de três faixas,
com as cores, verde, branca e vermelha. Assinale a alternativa que a) 1 b) 2 c) 4 d) 5
mostra quais as cores, das três faixas, que seriam vistas pelos turistas
na mesma sequência. 03. Um objeto distante 10 cm de um espelho côncavo forma uma

DO PRO
a) branca, branca e vermelha imagem cuja altura é um terço da altura do objeto. A distância focal
desse espelho é, em cm:
b) preta, verde e vermelha
A L
c) branca, verde e preta
I
a) 10,0
b) 7,5
FE c) 6,6
d) 3,3
e) 2,5

d) verde, verde e preta R


04. Um espelho côncavo de raio de curvatura 20 cm fornece uma

S
TE

09. O Teatro de Luz Negra, típico da República Tcheca, é um tipo imagem ampliada 4 vezes de um objeto real, colocado entre o vértice

SO
de representação cênica caracterizada pelo uso do cenário escuro e o foco do espelho.
MA

com uma iluminação estratégica dos objetos exibidos. No entanto,


o termo Luz Negra é fisicamente incoerente, pois a coloração negra Nestas condições, a distância do objeto ao vértice do espelho é, em

R
é justamente a ausência de luz. A luz branca é a composição de luz centímetros,
com vários comprimentos de onda e a cor de um corpo é dada pelo a) 7,5. c) 5,0. e) 9,0.
comprimento de onda da luz que ele predominantemente reflete. b) 4,0. d) 2,5.
Assim, um quadro que apresente as cores azul e branca quando
iluminado pela luz solar, ao ser iluminado por uma luz monocromática 05. (EEAR 2017) Um objeto luminoso é colocado no alto de um poste
de comprimento de onda correspondente à cor amarela, apresentará, de 6 m de altura que está a 30 m de um pequeno espelho (E) de
R
respectivamente, uma coloração dimensões desprezíveis, como mostra a figura abaixo. Qual deve ser
MA

a) amarela e branca. c) azul e negra. a distância, em metros, de um observador cujos olhos estão a 1,80 m
SO

b) negra e amarela. d) totalmente negra. do solo, para que possa ver o objeto luminoso através do espelho?

10. (EEAR 2019) Em um experimento, sob as condições de nitidez


T

R
de Gauss, realizado no laboratório de Óptica, um aluno constatou
E

IA
que um objeto real colocado no eixo principal de um espelho, a 15
F
L DO PRO
cm do vértice desse, conjugava uma imagem real e ampliada 4 vezes.
Portanto, pode-se afirmar corretamente que se tratava de um espelho
___________ com centro de curvatura igual a _____ cm.
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que preenche
corretamente as lacunas do texto acima a respeito do espelho.
a) convexo – 12
b) convexo – 24
c) côncavo – 12
d) côncavo – 24

EXERCÍCIOS DE
a) 3 b) 6 c) 9 d) 12

TREINAMENTO 06. (EEAR 2017) A 50 cm de um espelho convexo, coloca-se uma


vela de 15 cm de altura. Com relação às características da imagem
formada é correto afirmar que ela é:
01. (EEAR 2019) Uma árvore de natal de 50 cm de altura foi colocada
a) real, direita e ampliada em relação ao objeto.
sobre o eixo principal de um espelho côncavo, a uma distância de
25 cm de seu vértice. Sabendo-se que o espelho possui um raio de b) virtual, direita e reduzida em relação ao objeto.
curvatura de 25 cm, com relação a imagem formada, pode-se afirmar c) real, invertida e reduzida em relação ao objeto.
corretamente que: d) virtual, invertida e de tamanho igual a do objeto.

PROMILITARES.COM.BR 241

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A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

07. (EEAR 2016) Um cidadão coloca um relógio marcando 12:25


(doze horas e vinte e cinco minutos) de cabeça para baixo de frente
para um espelho plano, posicionando-o conforme mostra a figura.

a) 25
b) 27
Qual a leitura feita na imagem formada pela reflexão do relógio no
c) 36
espelho?
d) 54
a) 12:25 b) 25:51 c) 15:52 d) 25:12

08. (EEAR 2016) O Distintivo da Organização Militar (DOM) da EEAR


está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o objeto EXERCÍCIOS DE

COMBATE
estão mostrados na figura abaixo.

01. (EEAR 2015) Um objeto real é colocado a uma distância “p” de um

L DO PRO espelho esférico côncavo que apresenta raio de curvatura igual a 20


cm. Observa-se que este espelho conjuga uma imagem real e 4 vezes

I A FE
maior que o objeto. Com base nestas informações, pode-se afirmar
que a imagem é ___________ e a distância p vale _________ cm.
R Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que preenche

S
TE

corretamente as lacunas da questão.

SO
a) direita, 7,5
De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?
MA

b) direita, 12,5
a) côncavo c) delgado c) invertida, 7,5

R
b) convexo d) plano d) invertida, 12,5

09. Um objeto real, representado pela seta, é colocado em frente a 02. (EEAR 2015) Um objeto AB é colocado em frente a um espelho
um espelho podendo ser plano ou esférico conforme as figuras. A côncavo (sistema óptico estigmático) conforme a figura. Considerando
imagem fornecida pelo espelho será virtual: C = centro de curvatura do espelho e F = foco do espelho, a imagem
conjugada é ____, ____ e ____ objeto.
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

a) real; invertida; igual ao


b) real; invertida; menor do que o
a) apenas no caso I. c) virtual; direita; maior do que o
b) apenas no caso II. d) real; invertida; maior do que o
c) apenas nos casos I e II.
03. (EEAR 2015) Um objeto com o formato da letra “E” é colocado
d) nos casos I e IV e V. em frente de um espelho plano, conforme o desenho. Assinale a
e) nos casos I, II e III. alternativa que melhor representa a imagem desse objeto conjugada
por esse espelho.
10. (EEAR 2015) Dois espelhos planos, E1 e E2, são colocados no
canto de uma sala, de maneira que o vértice do ângulo formado pelos
espelhos coincide com o do ângulo reto formado pelas paredes. Os
a) c)
espelhos planos formam um ângulo α entre si e ângulos iguais a β
com as paredes, conforme é mostrado na figura a seguir. Quando um
objeto P é colocado entre as superfícies refletoras dos espelhos planos b) d)
formam-se 9 imagens. Portanto, o ângulo β, em graus, tem valor de:

242 PROMILITARES.COM.BR

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A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

04. (EEAR 2013) Um espelho côncavo conjuga uma imagem virtual a) convexo, próximo ao espelho.
situada a 20 cm do espelho. Sabendo que a distância entre o objeto b) côncavo, no centro de curvatura.
e a imagem conjugada é de 30 cm, qual a distância focal do espelho,
em cm? c) côncavo, mais distante que o centro de curvatura.

a) 5 c) 15 d) côncavo, entre o foco e o vértice do espelho.

b) 10 d) 20 e) côncavo, entre o centro de curvatura e o foco.

05. (AFA 2008) A figura mostra um objeto A, colocado a 8 m de um 08. Na “sala dos espelhos” de um parque, Pedro se diverte
espelho plano, e um observador O, colocado a 4 m desse mesmo espelho. observando suas imagens em diferentes espelhos. No primeiro, a
imagem formada é invertida e aumentada; no segundo, invertida e
reduzida e, no terceiro, direita e reduzida. O primeiro, o segundo e o
terceiro espelhos são, respectivamente,
a) convexo, convexo e côncavo.
b) côncavo, convexo e convexo.
c) convexo, côncavo e côncavo.
d) côncavo, convexo e côncavo.
e) côncavo, côncavo e convexo.

09. Um homem está parado a 2 m diante de um espelho plano vertical.


Afastando 3 m o espelho do ponto onde se encontrava, a distância que

L DO PRO
Um raio de luz que parte de A e atinge o observador O por reflexão no
passa a separar a primeira imagem da segunda imagem mede:

espelho percorrerá, nesse trajeto de A a O,


a) 10 m I A FE
b) 12 m R

S
TE

c) 15 m

SO
d) 18 m
MA

06. (EEAR 2013) Dois irmãos gêmeos idênticos, Pedro Paulo e Paulo

R
Pedro, se encontram dentro de uma sala de espelhos, em um parque
de diversões. Em um determinado instante os dois se encontram a
frente e a mesma distância de dois espelhos distintos, sendo que
Pedro Paulo vê sua imagem direita e menor, enquanto, Paulo Pedro
vê sua imagem invertida e de igual tamanho. Das alternativas abaixo, a) 3 m.
assinale aquela na qual estão descritos os tipos de espelho nos quais R
Pedro Paulo e Paulo Pedro, respectivamente, estão se vendo. b) 4 m.
MA

a) plano e côncavo c) 6 m.
SO

b) côncavo e côncavo d) 5 m.
c) convexo e convexo e) 9 m.
T

d) convexo e côncavo
R 10. (EEAR 2012) Um estudante de Física, utilizando um apontador
E

IA
07. Procurando obter um efeito especial na imagem de seu gato F
laser, um espelho plano e um transferidor, deseja estudar o fenômeno

L DO PRO
de rotação de um espelho plano. Admitindo que um único raio de luz
(figura 1), uma garota fotografa a imagem do felino formada num monocromática incide sob o espelho, e que o estudante faz com que o
espelho esférico (figura 2). espelho sofra uma rotação de 40º, conforme pode ser visto na figura,
qual será o valor, em graus, do ângulo, α, de rotação do raio refletido.

a) 10
b) 20
O tipo de espelho utilizado e a posição do gato em relação a ele são, c) 40
respectivamente, d) 80

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A REFLEXÃO DA LUZ EM ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. D 04. D 07. C 10. D
02. D 05. D 08. D
03. D 06. E 09. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. D 04. A 07. C 10. B
02. C 05. C 08. B
03. E 06. B 09. D
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. D 04. D 07. E 10. D

DO PRO
02. B 05. C 08. E
03. B 06. D 09. C
A L
ANOTAÇÕES I FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

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REFRAÇÃO DA LUZ

ÍNDICE DE REFRAÇÃO
No vácuo, todas as ondas eletromagéticas se propagam com a
mesma velocidade, no entanto ao mudarem de meio cada uma dessas
ondas possui uma velocidade diferente e menor que no vácuo devido
à interação dessas ondas com a matéria.

Observação
Essa transição de meio é chamada de refração e além da

DO PRO
velocidade, o comprimento de onda também muda, mas a sua
frequência permanece constante.

A L
I
O índice de refração (n) ou refringência de um meio é uma
FE
grandeza física adimensional dada por: R

S
TE

c
n=

SO
v Posição aparente de um lápis dentro dágua devido à refração
MA

Onde:
Vamos determinar a trajetória seguida por um raio de luz
v é a velocidade da luz no meio

R
monocromático que se propagando num meio 1 passa a se propagar
c é a velocidade da luz no vácuo num meio 2.

Observação
• Consideramos a velocidade da luz no ar como muito próxima
à do vácuo, portanto, nar = 1. R
MA

• Para qualquer outro meio: v < c, então nmeio > 1.


SO

Exercício Resolvido
T

R
01. (EEAR 2016) O vidro tem índice de refração absoluto igual a
E

IA
1,5. Sendo a velocidade da luz no ar e no vácuo aproximadamente F
L DO PRO
igual a 3 · 108 m/s, pode-se calcular que a velocidade da luz no
vidro é igual a
a) 2 · 105 m/s
b) 2 · 105 km/s
c) 4,5 · 108 m/s
d) 4,5 · 108 km/s

Resolução:
c c 3 ⋅ 108
n= ⇒v= = ⇒ v = 2 ⋅ 108 m s = 2 ⋅ 105 km s
v n 1,5
Trajetória dos raios luminosos na refração

• 1ª Lei da Refração: O raio incidente, refletido, refratado e a


LEIS DE REFRAÇÃO reta normal são coplanares.
• 2ª Lei da Refração: A relação ente os ângulos de incidência
Durante a refração, a luz pode sofrer algumas alterações
(θ1) e refração (θ2) é dada pela lei de Snell:
na sua trajetória, ocasionando diversos fenômenos facilmente
observados como a posição aparente de um objeto no interior de sen ( θ1 ) n2 v1
um copo com água. = = ⇒ n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 )
sen ( θ2 ) n1 v 2

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REFRAÇÃO DA LUZ

TIPOS DE INCIDÊNCIA INCIDÊNCIA NORMAL (∀n1, n2)


Vamos agora analisar os possíveis resultados derivados da lei de
Snell:

INCIDÊNCIA OBLÍQUA (n2 > n1)

Trajetória dos raios luminosos na refração

L D O Observação
PR
Quando oO
I A Fà Enormal em um, ele não sofre desvio na sua
raio de luz incide perpendicularmente à superfície ou
paralelamente
R trajetória.
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 )

S
TE

Trajetória dos raios luminosos na refração θ1 = 0 ⇒ θ2 = 0

SO
MA

Observação

R
Quando o raio de luz incide obliquamente em um dioptro indo
Exercício Resolvido
meio menos refringente para o meio mais refringente, ele se
aproxima da reta normal ou se afasta da superfície. 02. (UERJ 2019) Em uma estação, um cartaz informativo está
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) protegido por uma lâmina de material transparente. Um feixe de
n1 < n2 ⇒ θ1 > θ2 luz monocromático, refletido pelo cartaz, incide sobre a interface
de separação entre a lâmina e o ar, formando com a vertical um
R
ângulo de 53°. Ao se refratar, esse feixe forma um ângulo de 30°
MA

com a mesma vertical. Observe o esquema ampliado a seguir, que


SO

INCIDÊNCIA OBLÍQUA (n2 < n1) representa a passagem do raio de luz entre a lâmina e o ar.
T

R
E

IA F
L DO PRO

Trajetória dos raios luminosos na refração

Observação Determine o índice de refração da lâmina.


Quando o raio de luz incide obliquamente em um dioptro indo
meio mais refringente para o meio menos refringente, ele se Resolução:
afasta da reta normal ou se aproxima da superfície. Aplicando a lei de Snell, temos:
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) nar ⋅ sen ( 90° − 30
= ° ) nlâmin a ⋅ sen ( 90° − 53° )
n1 > n2 ⇒ θ1 < θ2 1⋅ 0,87= nlâmin a ⋅ 0,6 ∴ nlâmin a= 1,45

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REFRAÇÃO DA LUZ

REFLEXÃO TOTAL Exercício Resolvido


Observe no caso de incidência oblíqua em que o raio se afasta da
03. Uma lâmina homogênea de faces paralelas é constituída
normal. Se aumentarmos o ângulo de incidência, o ângulo de refração
de um material com índice de refração n2 = 1,5. De um lado da
também aumentará. Contudo, há um limite para esse último crescer.
lâmina, há um meio homogêneo de índice de refração n1 = 2,0; do
A partir desse limite, o raio incidente não sofrerá mais refração, tendo
outro lado, há ar, cujo índice de refração n3 consideramos igual a
toda a sua energia refletida pelo dioptro. Chamamos esse fenômeno
1,0. Um raio luminoso proveniente do primeiro meio incide sobre a
de reflexão total.
lâmina com ângulo de incidência µ1, como indica a figura.
Para determinarmos qual o ângulo máximo de incidência,
chamado de de ângulo limite (L), usaremos a Lei de Snell com a
refração valendo 90º, ou seja, o raio “sai” rasante ao dioptro.

Calcule o valor de µ1 a partir do qual o raio que atravessa a lâmina


sofre reflexão total na interface com o ar.

L D O Resolução:
PRO
IA FE
A reflexão total na interface com o ar ocorre se o ângulo de
incidência for maior que o ângulo limite. Usando a lei de Snell na
R interface dos meios 1 e 2, e considerando que o ângulo de refração
nesta interface é igual ao ângulo de incidência na interface com o

S
TE

Ângulo limite de refração ar, pode-se escrever as seguintes equações:

SO
2senθ1 = 1,5senθ2 = sen 90° = 1.
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) ⇒ n1 ⋅ sen (L ) =n2 ⋅ sen ( 90º )
MA

Resolvendo essa última equação obtemos

R
n1 1
sin (L ) = senθ1= , logo, θ1= 30°.
n2 2

Observação
MIRAGEM R
• Na prática, esse raio rasante não existe. O raio sofre refração Nossos olhos são incapazes de enxergar o desvio que pode ser
MA

ou reflexão total. causado durante a refeação. Eles sempre veem os raios de luz se
SO

• Só pode haver reflexão total quando o raio vai do meio mais propagando em linha reta, por isso podemos observar várias imagens
para o meio menos refringente. estranhas sendo formadas como a miragem e a fata morgana.
A atmosfera terrestre não é homogênea e, portanto, o índice
T

Exemplo: de refração pode variar com a altura e a temperatura. Quando a


R
E

F
Uma das mais importantes aplicações da reflexão total é a fibra temperatura do solo é elevada, o ar aquecido junto ao solo fica menos
IA
óptica, usada na transmissão de dados e comunicação. A informação refringente e a luz sofre refrações sucessivas no próprio ar atmosférico.
é propagada na forma de luz através de tubos transparentes com
grandes ângulos de incidência de forma que o raio sofra múltiplas L DO PRO
reflexões totais até emergir na outra ponta

Trajetória do raio luminoso na fiba óptica

Refração na atmosfera

Pelo mesmo motivo, temos a impressão de que as estradas num dia


muito quente estão molhadas quando observadas convenientemente.

PROMILITARES.COM.BR 247

PM_BOOK08_FIS.indb 247 03/11/2021 11:02:01


REFRAÇÃO DA LUZ

Pista aparentemente molhada devido à refração na atmosfera

Caso a temperatura próxima à superfície da água seja muito baixa,


o ar mais frio se torna mais refringente e a luz sofre refrações sucessivas
no próprio ar atmosférico ao contrário da miragem, conhecido como
fata morgana. A imagem abaixo ilustra tal fenômeno em que o navio
parece estar voando sobre a água.

OBJETO NO MEIO MENOS REFRINGENTE E


OBSERVADOR NO MEIO MAIS REFRINGENTE

D O um
Se agora tivermos o observador dentro da água enxergando

L Pobjeto
RO do lado de fora, a imagem será vista mais afastada da

A
superfície que o objeto.
I FE
R

S
TE

SO
MA

Fenômeno da fata morgana


R
Curisidade! R
MA

Acredita-se que a lenda do holandês voador, um navio amaldiçoado,


SO

tenha surgido devido à observação do fenômeno da fata morgana.


T

DIPOTRO PLANO
R
E

IA
Conforme já verificamos, observar objetos após a refração nos faz
F
EQUAÇÃO DO DIOPTRO PLANO
L DO PRO
enxergar a imagem em uma posição diferente da que ele realmente
se encontra. Vamos usar as leis de refração para determinarmos Vamos mais uma vez utilizar a aproximação gaussiana, ângulos
as características das imagens formadas pelos dioptros planos, muito pequenos, para realizarmos nossos cálculos e determinarmos a
superfícies que separam dois meios com índices de refração diferentes posição da imagem.
cuja fronteira é plana.

OBJETO NO MEIO MAIS REFRINGENTE


E OBSERVADOR NO MEIO MENOS
REFRINGENTE
Observe dois raios que partem de um objeto no interior da água
para os olhos de um observador que se encontra no ar. Ao fazermos o
prolongamento dos raios refratados, percebemos que a imagem está
mais próxima da superfície que o objeto.

Observação
Cuidado ao pular numa piscina, pois, devido à refração, ela parece
mais rasa.

248 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 248 03/11/2021 11:02:02


REFRAÇÃO DA LUZ

Pela Lei de Snell: Vamos calcular o deslocamento d sofrido pelo raio ao atravessar
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) uma lâmina de espessura e.

Como o ângulo de incidência é muito pequeno, podemos usar a


seguinte a aproximação:
sen ( θ1 ) =tan ( θ1 ) =θ1

Voltanto à lei de Snell e achando as tangentes dos triângulos ABP


e ABP’, temos:
AB AB
n1 ⋅ tan ( θ1 ) =n2 ⋅ tan ( θ2 ) ⇒ n1 ⋅ =n2 ⋅
AP AP'
h1 n1 e e
= ∆ABC : cos ( θ2 )= ⇒ AC= (I)
h2 n2 AC cos ( θ2 )
d
∆ADC: sen ( α=
) sen ( θ1 − θ2=) d AC ⋅ sen ( θ1 − θ2 ) (II)
⇒=
Exercício Resolvido AC
Substituindo (II) em (I) , temos:
04. Uma folha de papel, com um texto impresso, está protegida
por uma espessa placa de vidro. O índice de refração do ar é 1,0 e sen ( θ1 − θ2 )
d=e
o do vidro 1,5. Se a placa tiver 3 cm de espessura, a distância do cos ( θ2 )
topo da placa à imagem de uma letra do texto, quando observada
na vertical, é: L D O Observação
PRO
I A FE
Uma aproximação muito usada é para ângulos pequenos.
R Nesse caso, sen ( θ1 − θ2 ) = θ1 − θ2 e cos( θ2 ) = 1.

S
TE

Usando a lei de Snell, temos a relação entre os ângulos:

SO
n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) , sen ( θ ) =tan ( θ ) =θ
MA

n1
n1 ⋅ ( θ1 )= n2 ⋅ ( θ2 ) ⇒ θ2 = θ1

R
n2
 n 
Assim teremos um desvio dado por d = e ⋅ θ2 ⋅ 1 − 1 
 n2 

Resolução:
Usando a equação do dioptro plano, temos:
PRISMAS R
h1 n1 h 1
MA

= ⇒ = ⇒ h = 2,0 cm Para lâminas planas de faces não paralelas, conhecido como


h2 n2 3 1,5
SO

primsa, o raio de luz sofrerá um desvio angular.


T

LÂMINAS DE FACES PARALELAS


S

R
E

IA
Considere agora o trajeto da luz ao passar pelo vidro da sua janela,
F
L DO PRO
por exemplo. Ele passa do ar para o vidro e depois de volta para o ar.
Se os dioptros forem planos e paralelos, haverá um desvio lateral na
trajetória dos raios luminosos como representado na figura abaixo:

Secção reta de um prisma

Esse desvio δ pode ser calculado por meios puramente geométricos


como observado a seguir.

Luz atavessando uma lâmina de faces paralelas Desvio do raio luminoso ao atravessar um prisma

PROMILITARES.COM.BR 249

PM_BOOK08_FIS.indb 249 03/11/2021 11:02:02


REFRAÇÃO DA LUZ

• O ângulo de abertura do prisma A é ângulo externo e


portanto vale A = θ2 + θ’2 b) Desenhe, na figura a seguir, o raio de cor violeta que sai do prisma.

• Na primeira refração, o raio passa do ar para o prisma e


se aproxima da primeira normal N1, sofrendo um desvio
δ1 = θ1 - θ2.
• Na segunda refração, o raio sai do prisma para o ar e se afasta
da normal N2, sofrendo um desvio δ2 = θ’1 - θ’2.
• O desvio total sofrido pelo raio luminoso será a soma desses
desvios, ou seja, δ = δ1 + δ2.
δ= ( θ1 − θ2 ) + ( θ'1− θ'2 )
δ= ( θ1 + θ'1 ) − ( θ2 + θ'2 )
δ= ( θ1 + θ'1 ) − A
c) Indique, na representação do anteparo a seguir, a correspon-
dência entre as posições das linhas L1, L2, L3 e L4 e as cores do
Observação
espectro do mercúrio.
A segunda refração pode não ocorrer, caso haja reflexão total
nessa face.
Há uma condição em que o desvio do raio luminoso é o mínimo:
quando θ1 = θ’1.
D O Pθ R(graus)
Note e adote:
δmín = 2θ1 − A

A L O senθ Cor n (vidro)

I 60 FE 0,866 violeta 1,532


Observação
R 50 0,766 azul 1,528
Mais uma vez, podemos usar a aproximação gaussiana para

S
TE

40 0,643 verde 1,519


calcular o desvio para ângulos pequenos. Lembrando que nesse

SO
caso a lei de Snell será da forma 30 0,500 amarelo 1,515
MA

n1 ⋅ sen ( θ1 ) =n2 ⋅ sen ( θ2 ) , sen ( θ ) =tan ( θ ) =θ lei de Snell: n1senθ1 = n2senθ2 n = 1 para qualquer
comprimento de onda no ar.

R
n1 ⋅ ( θ1 )= n2 ⋅ ( θ2 ) 
 n1 ⋅ ( θ1 + θ'1 )= n2 ⋅ ( θ2 + θ'2 ) Resolução:
n1 ⋅ ( θ'1 )= n2 ⋅ ( θ'2 ) 
a) Dados: nvi = 1,532.
n 
n1 ⋅ ( δ + A )= n2 ⋅ ( A ) ⇒ δ= A  2 − 1
 n1 
 
R
MA

SO

Exercício Resolvido
T

05. (FUVEST 2010) Luz proveniente de uma lâmpada de vapor


R
E

de mercúrio incide perpendicularmente em uma das faces de um


prisma de vidro de ângulos 30°, 60° e 90°, imerso no ar, como IA F
mostra a figura a seguir.
L DO PR O
Analisemos a Fig. 1 que mostra a refração sofrida pelo raio violeta.
Aplicando a lei de Snell:
nvi sen30°= nar sen θvi ⇒ 1,532 (0,5)= 1( θvi ) ⇒ θvi = 0,766.
Consultando a tabela dada, encontramos: θvi = 50°.
Na Fig. 2: α + 30° = 50° ⇒ α = 20°.
b) Teremos:

A radiação atravessa o vidro e atinge um anteparo.


Devido ao fenômeno de refração, o prisma separa as diferentes
cores que compõem a luz da lâmpada de mercúrio e observam-
se, no anteparo, linhas de cor violeta, azul, verde e amarela. Os
valores do índice de refração n do vidro para as diferentes cores
estão dados adiante.
a) Calcule o desvio angular α, em relação a direção de incidência,
do raio de cor violeta que sai do prisma.

250 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 250 03/11/2021 11:02:03


REFRAÇÃO DA LUZ

c) Sabemos que na refração, o desvio angular cresce do vermelho


FORMAÇÃO DO ARCO-ÍRIS
para o violeta. Comprovemos aplicando a lei de Snell para as
demais radiações envolvidas.
O ângulo de incidência é θ1 = 30° para todas as radiações.
Assim:
=
nrad sen30 ° nar sen θ2 ⇒ sen
= θ2 nrad (0,5).

Então:
=
sen θaz 1,528
= (0,5) 0,764;
=
sen θvd 1,519
= (0,5) 0,760;
=
sen θam 1,515
= (0,5) 0,758.
No intervalo de 0° a 90°, quanto menor o seno do ângulo, menor
é o ângulo. Portanto, o raio amarelo é o que sofre menor desvio,
depois, nessa ordem, verde, azul e violeta. Vejamos no esquema.

Arco íris no céu

O arco-íris é um fenômeno natural que ocorre devido à dispersão


da luz nas gotas de água presentes na atmosfera. A luz branca penetra

DO PRO
a gota, decompondo-se em infinitos espectros, e sofre reflexão total

A L para ângulos próximos a 40°, sendo refletida para um observador de

I
costar para o sol.
FE
R

S
TE

SO
MA

R
DISPERSÃO DA LUZ R
A luz policromática pode ser decomposta nas diversas cores que
MA

a compõem durante a refração, porque cada cor (frequência) possui


SO

índice de refração diferente e sofrerá desvios distintos ao atravessar


um dioptro. Esse fenômeno é denominado dispersão.
Dispersão e reflexão da luz solar dentro de uma gota
T

R
E

IA Observação F
L DO PRO Caso você tente perseguir um arco-íris, ele irá se afastar de você,
mantendo-se sempre a um ângulo fixo no céu.

EXERCÍCIOS DE

FIXAÇÃO
01. (EAM 2008) Analise as figuras apresentadas abaixo
I. Prisma

Dispersão da luz em um prisma


II. Espelho Plano
Observação
Quando maior a frequência da onda, maior é o seu índice de
refração e mais desvio esse raio sofrerá na refração. Assim,
podemos analisar os extremos do espectro visível nvioleta > nvermelho.

PROMILITARES.COM.BR 251

PM_BOOK08_FIS.indb 251 03/11/2021 11:02:04


REFRAÇÃO DA LUZ

III. Superfície Rugosa 04. (EAM 2004) Considere a tirinha abaixo

IV. Lente Divergente

V. Lente Convergente

Fonte: L. Daou & F. Caruso, Tirinhas de Física, vol. 4, Rio de Janeiro, CBPF, 2001.

Assinale a opção que apresenta somente o fenômeno da refração O fenômeno óptico observado nela é o seguinte
da luz a) reflexão
a) I – II – III d) II – III – IV b) refração
b) I – III – V e) II – III – V c) dispersão
c) I – IV – V d) absorção

02. (CN 2015) Observe a figura a seguir. L D O e) Pdecomposição


RO
I A 05. (EEAR 2002)FUm prisma equilátero (índice de refração n = √2) está
imerso no ar (índiceEde refração n = 1). O desvio mínimo, em graus,
R sofrido por um raio luminoso monocromático ao atravessá-lo é

S
TE

a) 30. c) 60.

SO
b) 45. d) 0.
MA

Uma das maiores revoluções ocorridas nas últimas décadas foi o


uso de cabos de fibra óptica para o tráfego de dados (voz, imagem,
06. (EEAR 2002) Em relação à velocidade de propagação de luzes

R
som, ...) através das redes de telecomunicação.
monocromáticas, pode-se afirmar corretamente que a luz
O maior desses cabos, atualmente, é o SeaMewe 3 que sai da
Alemanha e chega até a Coreia do Sul, passando por 32 países, num a) vermelha é mais lenta que a violeta no vácuo.
total de 39.000 km de comprimento. Considerando a trajetória da luz b) violeta é mais lenta que a vermelha no vácuo.
pela fibra óptica (ver figura) e que o tempo médio de transmissão de c) violeta é mais rápida que a vermelha num meio material.
dados entre a Alemanha e a Coreia do Sul seja de, aproximadamente,
d) vermelha é mais rápida que a violeta num meio material.
R
0,195 s, pode-se afirmar que na fibra óptica ocorre o fenômeno da
MA

a) dispersão e a luz tem velocidade de 200.000 km/s.


SO

07. (EEAR 2004) Um conjunto de ondas planas incidem sobre a


b) reflexão e a luz tem velocidade de 200.000 km/s. superfície de separação de dois meios, formando um ângulo tal que
c) refração e a luz tem velocidade de 200.000 km/s. o cosseno do ângulo de incidência vale 0,6 e o de refração, 0,8.
T

Dessa forma, pode-se assegurar que a razão entre as velocidades


S

d) reflexão e a luz tem velocidade de 300.000 km/s.


R de propagação dessas ondas nos meios de refração e incidência,
E

e) refração e a luz tem velocidade de 300.000 km/s.


IA respectivamente, vale
F
L D Ob) 4/3P R O
a) 3/4 c) 2/3
03. (EAM 2002) Observe a figura:
d) 3/2

08. (EEAR 2004) Um raio de luz se propaga na água com velocidade


de 2,25 ⋅ 105 km/s e na gasolina com 2,00 ⋅ 105 km/s. O índice de
refração da gasolina em relação à água é
a) 0,88... . c) 2,000.
b) 1,125. d) 2,250.

09. (EEAR 2008) O prisma de Porro é aquele em que os raios luminosos


incidem normalmente (formando 90º) sobre a face-hipotenusa e que,
ao emergirem, sofrem um desvio, em relação à incidência, em graus, de
Um bastão de vidro, quando posto em um copo com água, conforme
mostra a figura acima, aparenta estar quebrado ponto isso acontece
devido ao fenômeno da
a) reflexão luminosa
b) difração luminosa
c) interferência luminosa
d) refração luminosa a) 60 c) 120
e) absorção luminosa b) 90 d) 180

252 PROMILITARES.COM.BR

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REFRAÇÃO DA LUZ

10. (EEAR 2008) Um raio luminoso monocromático incide numa 03. (EEAR 2010) Um raio de luz monocromática propaga-se no ar com
lâmina de faces paralelas, imersa no ar (n = 1), segundo um ângulo de velocidade de 3 ⋅ 108 m/s. Ao penetrar num bloco de vidro reduz sua
60º com a normal à superfície. Sendo de 4 cm a espessura da lâmina, velocidade de propagação para 2 ⋅ 108 m/s. O índice de refração desse
cujo material tem índice de refração de valor igual a √3, determine o vidro para esse raio luminoso vale
tempo, em segundos, gasto pela luz para atravessar a lâmina. a) 2/3. b) 1,0. c) 1,5. d) 1500.
Dado: adote velocidade da luz no ar = 3 ⋅ 108 m/s.
04. (EEAR 2012) Em um exercício conjunto envolvendo a Força
Aérea, o Exército e a Marinha, foram realizadas transmissões de
rádio (onda eletromagnética) entre controladores de tráfego em
terra e dentro de submarinos. Sabendo que a antena do submarino
funciona adequadamente para sinais de rádio com comprimentos de
onda iguais a 2 m e o índice de refração da água no local era igual a
1,5, assinale a alternativa que indica, corretamente, a frequência, em
MHz, que deve ser usada para que o sinal seja recebido pela antena
submersa do submarino.
Dado: módulo da velocidade da luz no vácuo igual a 3 × 108 m /s .
a) 3/8 ⋅ 10-8 c) 8/3 ⋅ 10-10 a) 100 b) 200 c) 300 d) 400
b) 8/3 ⋅ 10-8 d) 8√3/3 ⋅ 10-10
05. (EEAR 2012) Um raio de luz monocromática (RI) passa do meio 1
para o meio 2, sofrendo, em relação ao raio refratado (RR), um desvio
EXERCÍCIOS DE de 30º, conforme mostrado na figura. Determine o índice de refração

TREINAMENTO O PRO
L D
do meio 2, sabendo que o meio 1 é o ar, cujo índice de refração vale 1.

IA FE
R propagando-se no
01. (EEAR 2008) Um raio de luz monocromático,

S
TE

ar (n = 1), incide na face de um prisma, homogêneo e transparente,

SO
segundo um ângulo de incidência x, conforme a figura abaixo.
Sabendo que o ângulo de refringência deste prisma é de 60º e o
MA

desvio mínimo é de 30º, determine, respectivamente, o valor de x, em


graus, e o índice de refração do prisma.

R
R
MA

SO

a) 15 e √3 c) 45 e √2 a) 1/2 b) 2 c) √3 d) √3/2
b) 30 e √2 d) 60 e √3
T

06. (EAM 2013) Ao observar o fundo de uma piscina olhando a partir


S

R da borda, nota-se que ela aparenta ser mais rasa. Esse fenômeno é
E

02. (EEAR 2009) Um raio de luz monocromático incide sobre a


IA F
causado pela
O
superfície de uma lâmina de vidro de faces paralelas, formando um
L D Ob) absorção
a) reflexão da luz na superfície da água.
P R da energia luminosa na água.
ângulo y com a normal, conforme a figura. Sabendo que o ângulo
de refração na primeira face vale x e que o raio de luz que incide
na segunda face forma com esta, um ângulo de 60º, determine o c) refração da luz na superfície da água.
valor de y.
d) dispersão da luz na superfície da água.
Admita:
e) dissipação da energia luminosa na água.
- A velocidade da luz no vácuo e no ar igual a c;
- A velocidade da luz no vidro igual a c ; 07. (EEAR 2013) Um raio de luz monocromático passa do ar (n = 1)
2
para uma lâmina de vidro (n = √3 ), segundo um ângulo de incidência
- O índice de refração do ar igual a 1,0. igual a 60º, em relação a uma normal (N) a superfície do vidro. Na
segunda face desta lâmina, ressaltando que as faces destas lâminas
são paralelas, o raio de luz é refletido, conforme pode ser visto na
figura a seguir. Considerando que os meios são homogêneos, qual o
valor, em graus, do ângulo α?

a) 15º b) 30º c) 45º d) 60º a) 30 b) 45 c) 60 d) 75

PROMILITARES.COM.BR 253

PM_BOOK08_FIS.indb 253 03/11/2021 11:02:05


REFRAÇÃO DA LUZ

08. (EAM 2014) Analise a figura a seguir.

A figura acima retrata a luz do sol transpassando um prisma de vidro.


Quando essa mesma luz atravessa gotículas de água em suspensão na
atmosfera, também pode dar origem à formação do arco-íris. Logo,
semelhantemente, formam-se espectros visíveis. Esse fenômeno é
conhecido por: a) 30º b) 45º c) 60º d) 90º
a) reflexão luminosa.
b) absorção luminosa. 02. (EAM 2018) A refração da luz possibilita o entendimento de
muitos fenômenos comuns no nosso dia a dia, como a aparente
c) difração luminosa.
d) decomposição luminosa.
L DO PRO profundidade menor de uma piscina, as miragens nas rodovias em dias

A
quentes e o arco-íris. Sendo assim, analise as afirmativas referentes à
e) interferência luminosa.
I FE
óptica geométrica, assinalando, a seguir, a opção correta.

R
09. (EEAR 2016) O vidro tem índice de refração absoluto igual a 1,5.
I. Refração da luz é o desvio da luz ao atravessar a fronteira entre
dois meios transparentes.

S
TE

Sendo a velocidade da luz no ar e no vácuo aproximadamente igual a


II. Refração da luz é a passagem da luz de um meio transparente

SO
3 ⋅ 108 m/s, pode-se calcular que a velocidade da luz no vidro é igual a
para outro, ocorrendo sempre uma alteração de sua velocidade
MA

a) 2 ⋅ 105 m/s de propagação.


b) 2 ⋅ 105 km/s III. Na refração da luz, o raio refratado pode não apresentar desvio

R
c) 4,5 ⋅ 108 m/s em relação ao raio incidente.
d) 4,5 ⋅ 108 km/s a) Apenas a afirmativa III está correta.
b) Apenas as afirmativas I e lll estão corretas.
10. (EEAR 2017) A tirinha abaixo utiliza um fenômeno físico para a c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
construção da piada. Que fenômeno é esse?
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
R
MA

e) Apenas a afirmativa II está correta.


SO

03. (EEAR 2018) Uma das explicações para as lendas sobre navios
fantasma advém de situações como as da foto abaixo, onde não há
T

montagem. Tal efeito é similar ao da miragem.


R
E

IA F
a) Reflexão
L DO PRO
b) Refração
c) Difração
d) Propagação retilínea da luz

O fenômeno físico associado ao descrito acima é:


a) refração
EXERCÍCIOS DE

COMBATE
b) interferência da luz
c) propagação retilínea da luz
d) princípio da independência dos raios de luz

01. (EEAR 2017) Um pássaro a 40 m na direção horizontal do ponto de 04. (EAM 2019) O Grupamento de Mergulhadores de Combate
incidência do raio luminoso na superfície da água do mar se encontra (GruMeC), subordinado ao Comando da Força de Submarinos da
a 30 m de altura da mesma, como mostra a figura abaixo. Sabendo Marinha do Brasil (MB), é uma das mais importantes e respeitadas
que o índice de refração do ar nAR = 1 e que o índice de refração da tropas de operações especiais do mundo, especializada em infiltração,
água do mar nÁGUA DO MAR = 1,5; calcule quanto vale aproximadamente reconhecimento, sabotagem, resgate e destruição de alvos estratégicos.
o ângulo de refração da luz que chega ao mergulhador. Um MeC, assim como é chamado um membro do GruMeC, equipado
com um fuzil de alta precisão e com um equipamento de mergulho
de circuito fechado (que não solta bolhas de ar) recebe a missão de
se infiltrar e eliminar o inimigo que guarnece um posto de controle.

254 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 254 03/11/2021 11:02:05


REFRAÇÃO DA LUZ

08. (EEAR 2020) Num prisma óptico define-se que o valor do desvio
mínimo ocorre quando o ângulo de incidência na primeira face é igual
ao ângulo de emergência na segunda face. Admitindo um prisma,
imerso no ar, no qual se tenha o desvio mínimo e que seja constituído
de um material transparente de índice de refração igual a √2. Qual
o valor, em graus do ângulo de abertura, ou também denominado
ângulo de refringência, quando um raio de luz monocromática
emerge na segunda face com ângulo de emergência igual a 45°?
Adote: índice de refração do ar igual a 1.
a) 30° b) 45° c) 60° d) 120°

09. (AFA 2006) Considere uma superfície de separação plano e


horizontal entre o ar e água se uma onda luminosa (L) e uma onda
sonora (S) incidem sobre essa superfície, com um ângulo de incidência
θ, a opção que melhor ilustra a configuração física das ondas luminosa
O MeC mira o seu fuzil a fim de acertar a cabeça do inimigo e sonora, que se refratam é:
conforme mostrado na figura. Considere para tal desprezível o efeito
da gravidade, que o fuzil tenha funcionado adequadamente mesmo
debaixo d’água, que o tiro disparado poderia ter alcançado o inimigo
que se encontrava bastante próximo e que o projétil, ao passar da
água para o ar, não sofreu desvio algum em termos de direção. Qual

D O a) P R O
das opções abaixo está relacionada com o fenômeno óptico mostrado

L
na figura que ilustra esse enunciado e que deveria ter sido levado em

A
conta pelo MeC a fim de acertar o alvo?
a) Refração da Luz. I
d) Reflexão Total da Luz. FE
b) Absorção da Luz. e) Rda Luz.
Dispersão

S
TE

c) Reflexão da Luz

SO
05. (EEAR 2019) Considerando as velocidades de propagação da
MA

luz em dois meios homogêneos e distintos, respectivamente iguais a

R
200.000 km/s e 120.000 km/s, determine o índice de refração relativo b)
do primeiro meio em relação ao segundo. Considere a velocidade da
luz no vácuo, igual a 300.000 km/s.
a) 0,6 b) 1,0 c) 1,6 d) 1,7

06. (EEAR 2019) Um raio de luz monocromático propagando-se no R


ar, meio definido com índice de refração igual a 1, incide, com ângulo
MA

de incidência igual a 60º, na superfície de um líquido. Ao refratar, esse


SO

raio de luz adquire uma velocidade, no líquido, de √2 ⋅ 108 m/s. c)


Considerando a velocidade da luz no ar igual a 3 ⋅ 108 m/s, qual deve
ser o seno do ângulo de refração formado entre o raio de luz refratado
T

e a normal?
R
E

a)
1
b)
2
c)
3
I d)A 6 F
L DO PRO
2 2 2 6

07. (EEAR 2020) Um raio de luz monocromático incide, segundo um


d)
ângulo de 60° com a normal (N), numa lâmina de faces paralelas, que
está imersa no ar e sobre uma mesa, conforme a figura. Sabe-se que
o índice de refração do ar vale 1 e que o raio de luz, após refratar na 10. Um prisma é posicionado sobre a água. Um raio de luz
primeira face da lâmina, reflete na segunda face, de tal forma que o monocromática, proveniente do ar, incide sobre o prisma na direção
raio refletido forma com esta face um ângulo de 60°. Assinale, dentre indicada no esquema.
as alternativas a seguir, aquela que apresenta o valor do índice de
refração do material do qual a lâmina é constituída.

Dado: nar < nágua < nprisma


Considerando que o raio incidente sobre o prisma tenha emergido na
água, o esquema que pode representar a trajetória do raio de luz é:
2 3
a) 2 b) 3 c) d)
3 2

PROMILITARES.COM.BR 255

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REFRAÇÃO DA LUZ

a) d)

b) e)

c)

L DO PRO
RESOLUÇÃO EM VÍDEO
I A FE
R
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

S
TE

SO
GABARITO
MA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

R
01. C 04. B 07. A 10. C
02. B 05. A 08. B
03. D 06. D 09. D
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. C 04. A 07. C 10. B R
MA

02. C 05. C 08. D


SO

03. C 06. C 09. B


EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. A 04. A 07. B 10. A
T

02. C 05. A 08. C


R
E

03. A 06. D 09. B IA F


ANOTAÇÕES
L DO PRO

256 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 256 03/11/2021 11:02:06


LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

LENTES BORDAS GROSSAS


As lentes são os instrumentos que utilizam a refração para produzir Bicôncava Plano-côncava Convexo-côncava
imagens. Elas serão classificadas de acordo com a trajetória dos raios
luminosos que incidem nelas. Para construir uma lente, devemos
juntar dois dioptro transparentes com pelo menos um deles curvo.
Faremos uso apenas de dioptros esféricos, que podem ser côncavos
ou convexos.

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

SO
De acordo com o comportamento de um feixe de raios paralelos
MA

incidindo sobre a lente, podemos classicá-las de outras duas maneiras:

R
CONVERGENTES
Nessas lentes, o feixe de raios paralelos converge para um ponto

Tipos de superfícies esféricas R


MA

SO

CLASSIFICAÇÃO DAS LENTES


De posse dessas calotas esféricas e do dioptro plano, podemos
T

montar seis diferentes tipos de lentes, que serão classificadas de duas


S

R
formas de acordo com o formato das suas pontas: finas ou grossas.
E

IA F
BORDAS FINAS
L O
Biconvexa Plano-convexa Côncavo-convexaD O PR Representação de uma lente convergente

DIVERGENTES
Nessas lentes, o feixe de raios paralelos diverge de um ponto

Representação de uma lente divergente

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

LENTES DELGADAS
Ao fabricarmos as lentes, a distância entre as suas superfícies é
muito pequena, se comparada à curvatura das esferas que a deram
origem, ou seja, a espessura é desprezível. Chamamos essas lentes de
delgadas e serão o objeto principal do nosso estudo.

• Raio incidente passando pelo foco objeto sofre refração


paralelamente ao eixo principal.

• Raio incidente passando pelo centro óptico sofre refração sem

DO PRO
sofrer desvio.

A L
I FE
R

S
TE

SO
MA

R
CONSTRUÇÃO DE IMAGENS
Para construirmos graficamente as imagens, vamos fazer uso
desses raios particulares para diversas posições do objeto na frente de
cada tipo de lente.
R
MA

Na figura acima, representamos os principais pontos de uma lente: LENTES CONVERGENTES


SO

• EP: eixo principal • Objeto real antes do ponto antiprincipal objeto


• FO = F’O = f: Distância focal
T

• Centro óptico (O): é o ponto do eixo principal por onde


R
E

passa um raio luminoso que não sofre desvio angular.


E

IA F
O
• Foco imagem (F’): ponto de convergência dos raios


incidentes paralelos ao eixo principal
L DO
Foco objeto (F): pelo princípio da reversibilidade, os raios que P R
incidem passando pelo foco, saem paralelos ao eixo principal
• Ponto antiprincipal objeto (A): ponto cuja distância do
centro óptico é o dobro da da distância do foco objeto.
• Ponto antiprincipal imagem (A’): ponto cuja distância do A imagem é real, invertida e menor.
centro óptico é o dobro da da distância do foco imagem. Aplicação: usada nas antigas máquinas fotográficas
Observação
• Objeto real sobre o ponto antiprincipal objeto
O foco objeto de uma lente convergente é real, enquanto de uma
lente divergente é virtual.

RAIOS LUMINOSOS PARTICULARES


A fim de determinarmos as características das imagens formadas
pelas lentes, precisamos conhecer a trajetória dos raios luminosos que
as atravessam. Existem três raios cujas trajetórias nos serão imediatas
• Raio incidente ao eixo principal sofre refração passando pelo
foco imagem. A imagem é real, invertida e de mesmo tamanho.
Aplicação: usada nas máquinas fotocopiadoras (xerox)

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PM_BOOK08_FIS.indb 258 03/11/2021 11:02:07


LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

• Objeto real entre o ponto antiprincipal objeto e o foco objeto EQUAÇÃO DE GAUSS
Já sabemos construir graficamente a imagem e identificar a sua
localização em relação aos pontos da lente. Agora vamos determinar
a posição e o tamanho das imagens geradas pelas lentes a partir de
uma equação de Gauss idêntica àquela utilizada em espelhos curvos.
1 1 1
= +
f p p'

em que:
• Lentes convergentes: f > 0
• Lentes divergentes: f < 0

A imagem é real, invertida e maior.


• Objetos reais: p > 0

Aplicação: usada nos antigos projetores de slides. • Objetos virtuais: p < 0


• Imagens reais (“imagem do lado oposto ao do objeto”):
p’ > 0
• Objeto real sobre o foco objeto
• Imagens virtuais (“imagem do mesmo lado que o objeto”):
p’ < 0

Para o cálculo do tamanho da imagem, usamos a equação da

L D O ampliação
P R linear
O
I A FE A=
i
o
= −
p'
p
R

S
TE

Em que:

SO
i é o tamanho da imagem
MA

A imagem é imprópria o é o tamanho do objeto


A é ampliação gerada pela lente

R
• Objeto real entre o foco objeto e o centro óptico
Observação
• Se a ampliação for negativa, a imagem é invertida em relação
ao objeto
• Se a ampliação for positiva, a imagem é direita em relação ao
R
objeto
MA

SO

Exercício Resolvido
T

01. (IFSUL 2019) Diante de uma lente convergente, cuja distância


R
E

IA F
focal é de 15 cm, coloca-se um objeto linear de altura desconhecida.
Sabe-se que o objeto encontra-se a 60 cm da lente. Após, o mesmo
A imagem é virtual, direita e maior.
L DO PR O
objeto é colocado a 60 cm de uma lente divergente, cuja distância
focal também é de 15 cm.
Aplicação: usada nas lupas para ampliar a imagem
A razão entre o tamanho da imagem conjugada pela lente
convergente e o tamanho da imagem conjugada pela lente
divergente é igual a
LENTES DIVERGENTES
a) 1/3
• Objeto real em uma posição qualquer
b) 1/5
c) 3/5
d) 5/3

Resolução: D
Usando a equação de Gauss para os dois casos:
1 1 1
= +
f di do
Onde:
A imagem é virtual, direita e menor. f = distância focal;
Aplicação: usada nos óculos de pessoas míopes. di = distância da imagem;
do = distância do objeto;

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

• n2 é índice de refração do material que compõe a lente


Para a lente convergente, a distância da imagem é:
• n1 é índice de refração do meio em que a lente está imersa
1 1 1 1 1 1 4 −1 1
= + ⇒ − = ⇒ = ∴ di = 20cm • R1 e R2 são os raios de curvatura das superfícies da lente.
15 di 60 15 60 di 60 di
• Superfície côncava: R > 0
Para a lente divergente: • Superfície convexa: R < 0
1 1 1 1 1 1 4 +1 1
− =− + ⇒− − =− ⇒− = − ∴ di = 12cm
15 di 60 15 60 di 60 di Para você não ficar usando todas as vezes a fórmula para
determinar o tipo de lente, a tabela abaixo mostra o sinal das
Logo, a razão entre os tamanhos das imagens será a razão entre vergências de cada tipo de lente de acordo a relação entre os índices
as distâncias das imagens, pois, através da equação do aumento de refração:
linear, temos:
i di A (di / do )conv A (di)conv BORDAS n1 < n2 n1 > n2
A= − = ⇒ conv = ∴ conv =
O do A diverg (di / do )diverg A diverg (di)diverg
Finas Convergente Divergente
Assim: Grossas Divergente Convergente
A conv 20cm A conv 5
= ∴ =
A diverg 12cm A diverg 3

ATENÇÃO!
Como normalmente as lentes estão imersas no ar, costumamos
EQUAÇÃO DE HALLEY
L DO PRO dizer que as lentes de bordas finas são convergentes e as de bordas
grossas são divergentes.
A
As lentes foram classificadas quanto à sua borda e quanto à
I
trajetória dos raios luminosos. Vamos agora associar o comportamento FE
de cada tipo de lente. R Exercício Resolvido

S
TE

VERGÊNCIA

SO
02. (UNESP 2009) É possível improvisar uma objetiva para a
Nem todas as lentes de um mesmo tipo são iguais. Cada uma
MA

construção de um microscópio simples pingando uma gota de


tem um poder em alterar a trajetória da luz que passa por ela. Essa glicerina dentro de um furo circular de 5,0 mm de diâmetro, feito
grandeza é chamada de vergência e é definida como o inverso da

R
com um furador de papel em um pedaço de folha de plástico. Se
distância focal. apoiada sobre uma lâmina de vidro, a gota adquire a forma de
1 uma semiesfera. Dada a equação dos fabricantes de lentes para
V=
f 1 1 1
lentes imersas no ar, C = = (n − 1) ⋅  +  ,e sabendo que o
f  R1 R2 
• Se V > 0, a lente é convergente índice de refração da glicerina é 1,5, a lente plano-convexa obtida
R
• Se V < 0, a lente é divergente com a gota terá vergência C, em unidades do SI, de:
MA

a) 200 di.
SO

Observação b) 80 di.

• A unidade SI da vergência é m ou dioptria (di).


-1 c) 50 di.
T

d) 20 di.
R
• Na linguagem popular, constuma-se chamar a vergência de
E

“grau”.
IA F
e) 10 di.

L DO PR O
Resolução: A
1
Para a face plana, o raio de curvatura tende a infinito, portanto
EQUAÇÃO DO FABRICANTE DE tende a zero. R
LENTES Para a face esférica, R = 2,5 mm = 2,5 · 10-3 m.
Essa equação será capaz de relacionar o material da lente, o meio Sendo n = 1,5, aplicando a equação dada, vem:
onde ela está imersa e a curvatura dos dioptros para determinar a sua
 1  0,5
distância focal ou a sua vergência: C= (1,5 − 1)  −3 
= −3
⇒ C= 200di
 2,5 × 10  2,5 × 10

INSTRUMENTOS ÓPTICOS
De posse de algumas lentes específicas, podemos construir
instrumentos ópticos que nos auxiliam na visualização de objetos,
desde pequenas partículas próximas até estrelas e planetas longínquos.

LUPA
A lupa ou microscópio simples é formada por uma única lente
convergente e o objeto é posto entre o foco o centro óptico a fim de
1  n2  1 1  criar imagens ampliadas e direitas, sendo, portanto, virtuais.
V== − 1 + 
f  n1  R1 R2 

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

Formação de imagem em uma lupa

MICROSCÓPIO COMPOSTO
O microscópio composto é formado por duas lentes convergentes
causando um aumento ainda maior que com apenas uma. A primeira
Formação das imagens em um microscópio composto
lente é a objetiva, com alta vergência (pequena distância focal). A
segunda lente também é convergente e chamada de ocular e permite
A imagem final da associação das duas lentes é virtual, invertida
ao observador ver uma imagem final virtual, direita e maior que o
objeto.
L DO PRO e ampliada. Essa ampliação pode ser determinada pela seguinte
equação:

I A FE p' p'
A total = A objetiva × A ocular = objetiva × ocular
R
pobjetiva pocular

S
TE

SO
LUNETA ASTRONÔMICA
MA

As lunetas astronômicas possuem duas lentes convergentes e são usadas na observação de objetos muitos distantes

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO
Formação das imagens em uma luneta astronômica

LUNETA TERRESTRE
A luneta terrestre possui uma lente objetiva covergente e uma lente ocular divergente.

Formação das imagens em uma luneta terrestre

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

Observação
Para as lunetas não há aumento linear, no entanto há um aumento
no ângulo de visada do observador dando a percepção de que
o objeto aumentou. Essa ampliação angular é calculada pela
expressão abaixo:
fobj
A angular =
focu

OLHO HUMANO
O olho também pode ser visto como um instrumento óptico,
tendo o cristalino como uma lente biconvexa e convergente. Os Representação da imagem do ponto remoto
raios produzem imagem na retina onde as informações são levadas
pelo nervo óptico ao cérebro. Como estamos interssados apenas no
comportamento óptico, podemos representar o olho como na figura PONTO PRÓXIMO (PP)
abaixo: • Objeto a cerca de 25 cm do olho
• Distância mínima de visão distinta: ponto mais próximo dos
olhos que conseguimos enxergar sem forçar a vista além do

D O P• RTensão
necessário

A L O máxima nos músculos ciliares

I FE
• Distância focal mínima

R • Vergência máxima

S
TE

SO
MA

R
Representação simplificada do olho

R
MA

Representação da imagem do ponto próximo


SO

DEFEITOS DA VISÃO
T

Se, por exemplo, quando olhamos pro céu noturno e não


R
E

IA F
distingumos a luz das estrelas da iluminação pública ou precisamos
afastar muito um livro para sermos capazes de ler, temos um problema

Representação da imagem gerada pelo olho L DO PROde visão que pode ser corrigido usando os óculos. Vamos falar apenas
dos casos que podem corrigidos pelas lentes.

MIOPIA
ACOMODAÇÃO VISUAL
• Problema para enxergar de LONGE
Para manter a imagem em foco (sobre a retina) para diversos
objetos, nossos olhos contraem ou relaxam para mudar a sua • O cristalino possui ALTA convergência
curvatura e, consequentemente, a sua vergência (vide equação de • A imagem se forma antes da retina
Halley). Vamos destacar dois pontos principais dessa acomodação e • Correção: lentes DIVERGENTES.
suas características.

PONTO REMOTO (PR)


• Objeto muito longe (no infinito)
• O foco-imagem da lente coincide com a retina
• Ausência de tensão nos músculos ciliares
• Distância focal máxima
• Vergência mínima Olho míope enxergando o ponto remoto

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

b) miopia é semelhante a uma lente de vidro plano-côncavo


mergulhada em meio aquoso.
c) hipermetropia é semelhante a uma lente de vidro côncavo-
convexo mergulhada em meio aquoso.
d) miopia tem a imagem formada depois da retina, e sua correção
deve ser feita com lentes convergentes.
e) miopia é caracterizado por apresentar uma convergência
acentuada do cristalino.
Olho míope corrigido com uma lente divergente
Resolução: E
A hipermetropia é caracterizada pela formação da imagem depois
HIPERMETROPIA da retina (olho pequeno) dificultando a visão de objetos em
• Problema para enxergar de PERTO detalhes de perto, necessitando-se de lentes convergentes para
• O cristalino possui BAIXA convergência correção do problema.
• A imagem se forma depois da retina. Na miopia ocorre o oposto: a formação da imagem se dá antes da
retina (olho grande) dificultando a visão de objetos mais distantes,
• Correção: lentes CONVERGENTES.
recomendando-se o uso de lentes divergente para a correção.

L DO PRO EXERCÍCIOS DE

I A FIXAÇÃO
FE
R
Olho hipermétrope enxergando o ponto remoto

S
TE

01. (EEAR 2004) Uma lente convergente, cuja vergência é 5 dioptrias,

SO
está colocada a 80 cm de um objeto real de 18 cm de altura. O
MA

tamanho da imagem, em cm, produzida por esta lente vale


Dado: considere apenas o seu módulo.

R
a) 2,0.
b) 3,0.
c) 6,0.
d) 8,0.
R
MA

02. (EEAR 2006) A lente convergente de um projetor cinematográfico


SO

Olho hipermétrope corrigido enxergando o ponto próximo tem distância focal de 20 cm e ampliação de 150 vezes. Das
alternativas abaixo, aquela que fornece o comprimento mínimo da
sala de projeção para que a imagem esteja nítida, em metros, é
PRESBIOPIA
T

a) 10,2 c) 20,4
• Também conhecida como VISTA CANSADA
R
E

F
b) 15,1 d) 30,2
• Defeito nos músculos ciliares
IA O
• Correção: lentes CONVERGENTES.
L DO PR 03. (EEAR 2007) Observe o que se afirma abaixo em relação ao olho
emétrope, e assinale a alternativa correta.
ASTIGMATISMO I. É capaz de focalizar, na retina, objetos localizados no infinito, sem
• Defeito no formato da CÓRNEA acomodação do cristalino;
• A imagem se forma sobre a retina, mas sem nitidez II. É capaz de focalizar, na retina, objetos localizados a uma distância
padrão, sem acomodação do cristalino.
• Correção: lentes CILÍNDRICAS.
a) as duas estão corretas.
ESTRABISMO b) somente a I está correta.
• Desalinhamento dos olhos c) somente a II está correta.
• Não há, em geral, nenhum problema na visão d) nenhuma das duas está correta.
• Correção: lentes PRISMÁTICAS.
04. (EEAR 2008) No estudo de instrumentos ópticos dependendo da
imagem final conjugada pelos instrumentos, esses se classificam em
Exercício Resolvido 2 grupos dos instrumentos de observação instrumentos de projeção
das alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta somente
03. Com base nos conhecimento sobre a óptica da visão, é correto instrumentos de observação.
afirmar que o olho com
a) lupa, telescópio, câmera fotográfica.
a) hipermetropia é caracterizado pela formação da imagem num
ponto antes da retina. b) projetor, microscópio composto, telescópio.
c) luneta terrestre projetor câmera fotográfica
d) luta, luneta astronômica, microscópio composto

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PM_BOOK08_FIS.indb 263 03/11/2021 11:02:10


LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

05. (EEAR 2009) Um filatelista utiliza uma lupa para ampliar em 5 EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
vezes um selo colocado a 4 cm do centro óptico da lente. Para que
isto ocorra a lupa deve ser constituída de uma lente _________ de
________ dioptrias.
Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que preenche
corretamente o texto acima. 01. (EEAR 2010) A miopia e o estrabismo são defeitos da visão que
a) divergente; 5 podem ser corrigidos usando, respectivamente, lentes
b) divergente; 20 a) convergente e prismática.
c) convergente; 5 b) convergente e cilíndrica.
d) convergente; 20 c) divergente e prismática.
d) divergente e cilíndrica.
06. (EEAR 2009) Das afirmações abaixo a respeito do olho humano e
dos defeitos da visão: 02. (EEAR 2012) Uma lente plano-convexa, constituída de vidro
I. A forma do cristalino é modificada com o auxílio dos músculos (n = 1,5), imersa no ar (n = 1), possui um raio de curvatura igual a 20
ciliares. cm. Dessa forma, trata-se de uma lente _____, com distância focal
II. A miopia pode ser corrigida com o uso de lentes divergentes. igual a _______ cm.
III. A hipermetropia é um defeito da visão que se deve ao alongamento Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que preenche
do globo ocular em relação ao comprimento normal. corretamente a frase anterior.
São corretas: a) divergente, 20
a) I e II
D O b)c) Pdivergente,
R
40
b) I e III
A L O 4020
convergente,
c) II e III I d) convergente, FE
d) I, II e III R 03. (EEAR 2012) Assinale a alternativa que completa corretamente e

S
TE

respectivamente as lacunas do texto a seguir:


07. (EEAR 2009) Um objeto real é colocado perpendicularmente ao

SO
eixo principal de uma lente delgada e a distância do objeto à lente é A máquina fotográfica é um instrumento de __________, que
MA

de 10 cm. A imagem conjugada por esta lente é real e seu tamanho consiste basicamente de uma câmara escura que tem uma lente
é 4 vezes maior que o do objeto. Portanto, trata-se de uma lente ___________________, que recebe a designação de objetiva, um

R
________ e cuja vergência vale ______ di. diafragma e, nas câmaras digitais, ao invés de um filme utiliza-
se um sensor de imagem. A imagem conjugada pela objetiva é
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto _____________, invertida e menor.
acima.
a) projeção; convergente; real
a) convergente; 12,5
b) projeção; divergente; virtual
b) divergente; 0,125
c) observação; divergente; real
R
c) convergente; 2,0
MA

d) projeção; convergente; virtual


SO

d) divergente; 8,0
04. (EEAR 2013) Um professor de Física passou uma lista de exercícios
08. (EEAR 2010) Uma lente plano-convexa tem o raio de curvatura da para que os alunos pudessem estudar para a prova. Porém, devido
T

face convexa igual a 20 cm. Sabendo que a lente está imersa no ar


S

a um problema na impressão da prova, no exercício nº 20, a lente


R
(n = 1) e que sua convergência é de 2,5 di, determine o valor do índice
E

esférica apareceu borrada, não permitindo sua identificação, conforme


E

de refração do material que constitui essa lente.


IA F
o desenho a seguir. O mestre, sabiamente, informou aos alunos que

L DO PRO
a) 1,25 estes poderiam resolver o exercício sem problema, e, para isso bastava
b) 1,50 saber que o objeto estava a 18 cm da lente e que a distância focal da
lente é de 12 cm.
c) 1,75
d) 2,00

09. (EEAR 2010) Foram justapostas duas lentes, uma de distância


focal igual a 5 cm e outra de convergência igual a – 4 di. A distância
focal da associação destas lentes, em centímetros, é dada por:
a) 6,25
b) 20,0
c) –1,00
d) –20,0

10. (EEAR 2010) Uma lupa é basicamente uma lente convergente, Assinale a alternativa que indica a que distância a imagem estaria do
com pequena distância focal. Colocando-se um objeto real entre o centro óptico da lente.
foco objeto e a lente, a imagem obtida será: a) 3,6
a) real, direita e maior. b) 7,2
b) virtual, direita e maior. c) 8,4
c) real, invertida e menor. d) 10,8
d) virtual, invertida e menor.

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PM_BOOK08_FIS.indb 264 03/11/2021 11:02:10


LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

05. (EEAR 2013) Uma máquina fotográfica, de boa qualidade, consiste EXERCÍCIOS DE
basicamente em uma câmera escura e de um sistema de lentes que
atua como uma única lente convergente, portanto, a imagem formada
pela máquina é _______ , _______ e menor.
COMBATE
Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que preenche
corretamente os espaços deixados acima. 01. (EEAR 2018) Para a correção dos diferentes tipos de defeitos
a) real, direita c) virtual, direita de visão, faz-se necessário o emprego de diferentes tipos de lentes
b) real, invertida d) virtual, invertida externas, ou seja, o uso de óculos. Após consultar um médico
oftalmologista, dois pacientes foram diagnosticados, sendo que o
primeiro apresentou hipermetropia e no segundo foi constatada
06. (EAM 2014) O uso de óculos ou lentes de contato com algum
miopia. Deste modo, o médico determinou para cada situação a
grau é comum em pessoas que apresentam uma deficiência visual.
confecção de lentes:
Um dos defeitos mais comuns da visão humana é a miopia. Uma
pessoa míope tem dificuldade de visão ao longe. Para corrigir esse 1. divergente para o primeiro paciente, pois a hipermetropia se deve
defeito, é necessário o uso de lentes. ao alongamento do globo ocular;
a) divergentes. d) somente esféricas. 2. convergente para o segundo paciente, pois a miopia se deve ao
alongamento do globo ocular;
b) convergentes. e) somente cilíndricas.
3. convergente para o primeiro paciente, pois a hipermetropia se
c) somente planas.
deve ao encurtamento do globo ocular;
4. divergente para o segundo paciente, pois a miopia se deve ao
07. (EEAR 2014) Assinale a alternativa correta tendo como base
encurtamento do globo ocular.
conhecimentos sobre os defeitos da visão,
a) a miopia pode ser corrigida com o uso de lentes convergentes; D O A(s)
P afirmativa(s) correta(s) é(são):
eR
A L a) 2 3 O b) 3 e 4 c) apenas 3 d) apenas 2
b)
c)
a hipermetropia pode ser corrigida com o uso de lentes divergentes;
uma pessoa míope, cujo ponto remoto se encontra I a 50 cm do F E objeto é colocado perpendicularmente ao eixo
R igual a – 0,005 di; 02.
globo ocular, deve usar uma lente com vergência
(EEAR 2018) Um
principal e a 20 cm de uma lente divergente estigmática de distância

S
TE

d) uma pessoa hipermetrope, que tem seu ponto próximo a 50 cm focal igual a 5 cm. A imagem obtida é virtual, direita e apresenta 2
do globo ocular, para que possa enxergar nitidamente objetos cm de altura. Quando essa lente é substituída por outra convergente

SO
situados a 25 cm de distância deve usar uma lente com vergência estigmática de distância focal igual a 4 cm e colocada exatamente na
MA

igual a 2 di. mesma posição da anterior, e mantendo-se o objeto a 20 cm da lente,


a imagem agora apresenta uma altura de _____cm.

R
08. (EAM 2015) Um estudante aprendeu que a miopia é corrigida a) 2,5 b) 4,0 c) 5,0 d) 10,0
com uma lente esférica divergente, de distância focal e grau negativos
e de bordos grossos. Entretanto, a hipermetropia é corrigida com
03. (EAM 2019) Observe a figura a seguir.
lentes esféricas convergentes. Sua receita oftalmológica apresentou
as seguintes informações:
LENTES ESFÉRICAS
R
MA

OLHO DIREITO + 2,50


SO

OLHO ESQUERDO - 1,50


A respeito dos defeitos da visão desse estudante, e INCORRETO
afirmar que: O cartão acima é visto por um observador através de uma lupa (lente
T

esférica biconvexa) de vidro que se encontra no ar. O cartão é colocado


a) o olho direito possui hipermetropia.
R
E

b) o olho esquerdo possui miopia.


IA F
a aproximadamente 20 cm da lupa cuja distância focal é da ordem de
10 cm. Sendo assim, marque a opção que apresenta a figura que o
c)
L D Oa) P R O
a lente esférica a ser utilizada no olho direito e uma lente
convergente.
observador vê através da lente.
c) e)
d) a distância focal da lente a ser utilizada no olho esquerdo e
positiva.
e) a lente esférica a ser utilizada para corrigir o olho esquerdo possui
bordos grossos. b) d)
09. (EEAR 2016) Entre os principais defeitos apresentados pela visão
humana, chamamos de _________ o defeito que ocorre devido ao
alongamento do globo ocular em relação ao comprimento normal. Tal
defeito pode ser corrigido com a utilização de uma lente _________.
As palavras que preenchem corretamente as duas lacunas são 04. (EEAR 2020) No estudo da Óptica, a miopia, a hipermetropia e a
presbiopia são consideradas defeitos da visão e podem ser corrigidos
a) miopia – divergente c) hipermetropia – divergente
utilizando as lentes corretas para cada caso. Dentre as alternativas a
b) miopia – convergente d) hipermetropia – convergente seguir, assinale aquela que apresenta, respectivamente, conforme o
que foi descrito no texto, a lente correta em cada caso. No caso da
10. (EEAR 2017) Uma lente de vidro convergente imersa no ar, tem presbiopia, considere que, antes de ocorrer o defeito, a pessoa tinha
distância focal igual a 3 mm. Um objeto colocado a 3 m de distância uma visão normal.
conjuga uma imagem através da lente. Neste caso, o módulo do a) convergente, divergente e divergente.
aumento produzido pela lente vale aproximadamente:
b) divergente, divergente e convergente.
a) 1 c) 1·10-2
c) convergente, convergente e divergente.
b) 1·10-1 d) 1·10-3
d) divergente, convergente e convergente.

PROMILITARES.COM.BR 265

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LENTES E DEFEITOS DE VISÃO

05. (EEAR 2020) Um aluno deseja projetar uma imagem reduzida de 08. (AFA 2010) Considere a palavra ACADEMIA parcialmente vista
um objeto está colocado sobre o eixo principal e a uma distância de 60 de cima por um observador através de uma lente esférica gaussiana,
cm da lente. Para o experimento o aluno dispõe de 4 lentes, A, B, C e como mostra a figura abaixo.
D, sendo que todas respeitam a condição de nitidez de Gauss e foram
dispostas em uma prateleira onde são informadas suas características,
conforme apresentadas na tabela a seguir:

LENTE TIPO DISTÂNCIA FOCAL

A Convergente 20 cm
Estando todo o conjunto imerso em ar, a lente que pode representar
B Convergente 40 cm
a situação é
C Divergente 20 cm a) plano-côncava. c) côncavo-convexa.
b) bicôncava. d) convexo-côncava.
D Divergente 40 cm
09. (AFA 2012) A figura 1 abaixo ilustra o que um observador visualiza
De acordo com as necessidades do experimento, qual das 4 lentes o
quando este coloca uma lente delgada côncavo-convexa a uma
aluno deve usar?
distância d sobre uma folha de papel onde está escrita a palavra LENTE.
a) A b) B c) C d) D

06. (AFA 2007) Um espelho esférico E de distância focal f e uma


lente convergente L estão dispostos coaxialmente, com seus eixos
L DO PRO
ópticos coincidentes. Uma fonte pontual de grande potência, capaz
A
de emitir luz exclusivamente para direita, é colocada em P. Os raios
I
luminosos do ponto acendem um palito de fósforo com a cabeça em
FE
Q, conforme mostra a figura. R

S
TE

Justapondo-se uma outra lente delgada à primeira, mantendo esta


associação à mesma distância d da folha, o observador passa a

SO
enxergar, da mesma posição, uma nova imagem, duas vezes menor,
MA

como mostra a figura 2. Considerando que o observador e as lentes


estão imersos em ar, são feitas as seguintes afirmativas.

R
I. a primeira lente é convergente.
II. a segunda lente pode ser uma lente plano-côncava.
III. quando as duas lentes estão justapostas, a distância focal da lente
equivalente é menor do que a distância focal da primeira lente.
São corretas apenas R
MA

a) I e II apenas. c) II e III apenas.


SO

b) I e III apenas. d) I, II e III.


Considerando-se as medidas do esquema, pode-se afirmar que a
10. (EEAR 2006) O estigmatismo, no estudo de lentes, é essencial
T

distância focal da lente vale


S

porque, dessa forma, as imagens consideradas serão sempre


a) f b) f/2 c) f/3
R d) 2f/3
E

IA a) aplanéticas.
F
RO
07. (AFA 2009) A figura I representa uma lente delgada convergente b) cáusticas.
L D Oc) virtuais.
com uma de suas faces escurecida por tinta opaca, de forma que a luz
P
só passa pela letra F impressa.
d) reais.

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

Um objeto, considerado muito distante da lente, é disposto ao longo


do eixo óptico dessa lente, como mostra a figura II.
GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. C 03. B 05. D 07. A 09. A
02. D 04. D 06. A 08. B 10. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. C 03. A 05. B 07. D 09. A
Nessas condições, a imagem fornecida pela lente e projetada no 02. D 04. B 06. A 08. D 10. D
anteparo poderá se
EXERCÍCIOS DE COMBATE
a) c) 01. C 03. C 05. A 07. D 09. A
b) d) 02. A 04. D 06. D 08. C 10. A

266 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 266 03/11/2021 11:02:11


ONDAS E ACÚSTICA

INTRODUÇÃO do eletromagnetismo. Elas podem se propagar no vácuo ou em meios


materiais.
Uma vibração ou oscilação é um movimento bamboleante com
o transcorrer do tempo. Um movimento que ocorre tanto no espaço Observação
quanto no tempo constitui uma onda. Toda onda se estende de um
lugar a outro e ela sempre carrega consigo energia. Assim, a onda é No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas se propagam no váuo
uma forma de propagação de energia em um meio ou no vácuo sem com a mesma velocidade c = 3 · 108 m/s.
que haja propagação de matéria.
Exemplos: Exemplo:
Observe a figura com todo o espectro eletromagnético
DO PRO
som e luz são os exemplos mais comuns de ondas

A L
I FE
R

S
TE

SO
Som
MA

Espectro eletromagnético

R
QUANTO À DIREÇÃO DE VIBRAÇÃO

ONDAS TRANSVERSAIS
Se voce prender uma corda na parede e na outra extremidade
R
mover sua mão para cima e para baixo, perceberá uma série de pulsos
MA

SO

produzidos. Neste caso, os pontos na corda se movem na vertical, no


entanto a onda se propaga na horizontal. Como os movimentos de
vibração e propagação são perpendiculares, esta onda é chamada de
transversal.
T

R
E

IA F
Luz
L DO PRO

CLASSIFICAÇÕES
Representação de uma onda transversal
QUANTO À NATUREZA
De acordo com suas características físicas, as ondas podem ser Exemplo:
classificadas em dois grupos. Todas as ondas eletromagnéticas são transversais.

ONDAS MECÂNICAS
As ondas mecanicas propagam energia através de partículas em
um meio material, sem que essas partículas sejam transportadas. Essas
ondas nunca se propagam no vácuo.
Exemplo:
Ondas sonoras; ondas em cordas; ondas na água

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
As ondas eletromagnética são constituídas por um campo elétrico Representação dos campos elétricos e magnéticos em
e outro magnético variáveis que se propagam de acordo com as leis uma onda eletromagnética

PROMILITARES.COM.BR 267

PM_BOOK08_FIS.indb 267 03/11/2021 11:02:11


ONDAS E ACÚSTICA

ONDAS LONGITUDINAIS
Nesse caso, as partes que constituem o meio vibram na mesma
direção em que se propaga a onda. Voce pode pegar uma mola e
pressioná-la a fim de produzir uma onda longitudinal.

Representação de uma onda longitudinal Representação de ondas circulares

Exemplo:
Ondas sonoras e ondas na mola

ONDAS MISTAS
Ondas mistas são ondas mecanicas que possuem vibrações

DO PRO
transversais e longitudinais simultaneamente. As partículas executam
uma trajetória circular durante a passagem da onda.

A L
I FE
R Representação de ondas planas

S
TE

SO
GRANDEZAS FÍSICAS
MA

A representação clássica das ondas pode ser vista em uma corda,


onde algumas grandezas podem ser vistas: amplitude (A), período (T),

R
frequencia (f) e comprimento de onda (λ).

Onda mista na água do mar

Exemplo: R
Ondas na superície da água
MA

SO

QUANTO À DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO


T

UNIDIMENSIONAIS
S

R
E

F
Quando a onda se propaga em apenas uma direção, como as
ondas em uma corda. IA
BIDIMENSIONAIS
L DO PRO
Quando a onda se propaga em duas direções, como as ondas na
superfície da água. AMPLITUDE
A amplitude representa a energia de uma onda e é vista como a
TRIDIMENSIONAIS sua intensidade ou força e vale metade da distância vertical entre a
Quando a onda se propaga nas três direções, como o som e a luz. crista e o vale.

PERÍODO
COMPONENTES DE UMA ONDA
E o tempo para que cada ponto da onda complete uma oscilação
As ondas podem ser representadas de várias maneiras e para isso,
ou um ciclo. Esse tempo é chamado de período (T).
vamos verificar alguns dos seus componentes.

FREQUÊNCIA
FRENTE DE ONDA
O número de oscilações por unidade de tempo é chamado de
E a fronteira entre a região atingida e não atingida pela onda. E a frequencia. Observe que ela pode ser calculada como o inverso do
representação do formato da onda no espaço. período:
1
f=
RAIO DE ONDA T
E a seta orientada que representa a direção e o sentido de propa-
gação das ondas num meio. O raio de onda é sempre perpendicular A unidade de frequência no SI é o Hertz (Hz), que representa o
as frentes de ondas. inverso do segundo 1 Hz = 1s-1.

268 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 268 03/11/2021 11:02:12


ONDAS E ACÚSTICA

COMPRIMENTO DE ONDA Exercício Resolvido


No intervalo de tempo de uma oscilação, a onda avança uma
distancia, denominada comprimento de onda e representada por λ. 02. (UFPE) Uma onda transversal propaga-se em um fio de
Ela pode ser determinada como a distancia entre duas cristas ou dois densidade d = 10 g/m. O fio está submetido a uma tração F = 16 N.
vales consecutivos. Verifica-se que a menor distância entre duas cristas da onda é igual
a 4,0 m. Calcule a frequência desta onda, em Hz.
• As cristas representam os pontos mais altos da onda.
• Os vales representam os pontos mais baixos da onda Resolução:
Combinando a equação fundamental da ondulatória com a
VELOCIDADE DA ONDA equação de Taylor:
v = λ f
Todas as características citadas valem para todas as ondas  F 1 F 1 16 4
periódicas. Podemos então calcular a velocidade constante com que  F ⇒ λ= f ⇒=f = = ⇒
v = d λ d 4 10−2 4 × 10−1
essa onda se propada no espaço, pois sabemos que ela percorre uma  d
distancia λ em um intervalo de tempo T.
f = 10 Hz.
∆s λ 1
v= = = λ⋅
∆t T T
v = λ⋅f
EQUAÇÃO DE ONDA
Observação Como cada ponto da onda se propaga no tempo e no espaço,
então existe uma equação que relaciona todas essas características.

DO PRO
Essa é a equação fundamental da ondulatória.

A L
Exercício Resolvido I FE
R
01. (UERJ) Em uma antena de transmissão, elétrons vibram a uma

S
TE

frequência de 3 × 106 Hz. Essa taxa produz uma combinação de

SO
campos elétricos e magnéticos variáveis que se propagam como
MA

ondas à velocidade da luz. No diagrama abaixo, estão relacionados


tipos de onda e seus respectivos comprimentos.
Assim, cada ponto P terá como equação:

R
y = A · cos(2πf · t – k · x + θ0)

Onde,
y é a ordenada de P
A é a amplitude da onda R
Com base nessas informações, identifique o tipo de onda que x é a abscissa de P
MA

SO
está sendo transmitida pela antena na frequência mencionada, t é a coordenada temporal de P
justificando sua resposta a partir dos cálculos.

Dado: velocidade da luz no ar: c = 3 × 108 m/s. ω= = 2πf é a frequencia angular da onda
T
T

Resolução: 2π
R k= é o número de onda
E

Da equação fundamental da ondulatória:


IA Fλ
θ0 é a fase inicial da onda
c 3 × 108
L D OExercício O
P RResolvido
c = λf ⇒ f = = ⇒ λ = 102 m.
λ 3 × 106
Consultando a tabela dado, conclui-se que a antena está
transmitindo ondas de rádio. 03. (UEM) Sobre a natureza e a propagação de ondas, assinale o
que for correto.
01) Se uma onda mecânica em um fio se propaga de acordo
EQUAÇÃO DE TAYLOR com a função de onda y = 4 cos[2π(10t – 2x) + π/2], com x
A maior parte dos nossos exemplos foi usando cordas esticadas, e y em centímetros e t em segundos, então a velocidade de
pois elas são de fácil observação. Uma corda de comprimento () e propagação dessa onda é de 5π cm/s.
massa (m), submetida a uma tração (T) quando um pulso for produzido
02) Admitindo-se que a rádio UEM-FM (emissora de rádio da
nela, ele se propagará com uma velocidade de:
Universidade Estadual de Maringá) opera em uma frequência
Cordas tensionadas podem gerar ondas mecânicas transversais de 106,9 MHz (1 MHz = 106 Hz) e que a velocidade de
de fácil observação e estudo. Para uma corda de massa (m) e propagação das ondas de rádio é de 3 × 108 m/s, então o
comprimento () submetida a uma força de tensão (F), a onda que se comprimento de onda na transmissão da UEM-FM será menor
propagará nessa corda terá velocidade dada pela equação de Taylor. que 3 m.
T T 04) Ondas sonoras podem apresentar reflexão, refração, difração
=v = e interferência.
m µlinear
 08) Uma diferença entre o comportamento das ondas transversais
e longitudinais consiste no fato de que as longitudinais não
Onde, produzem efeitos de interferência.
µlinear é a densidade linear da corda

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PM_BOOK08_FIS.indb 269 03/11/2021 11:02:12


ONDAS E ACÚSTICA

Resolução: 02 + 04 = 06.
ONDA ELETROMAGNÉTICA
Conforme já estudamos em óptica, o ângulo de incidência é igual
[01] Falso. Comparando a equação dada com a equação de onda,
ao ângulo de reflexão.
chegamos a:
 t x  1 1
=  ⇒ T 10 s e λ = 2 cm
y A cos 2π  −  + ϕ0 =
 T λ 
λ 12
v= = ∴ v = 5 cm s
T 110
[02] Verdadeiro.
v 3 ⋅ 108 300
λ= = = ∴ λ ≅ 2,8 m < 3 m
f 106,9 ⋅ 106 106,9

[04] Verdadeiro. O item descreve corretamente os possíveis


fenômenos para as ondas sonoras.
Para a luz, por exemplo, a inversão de fase ou não ocorrerá devido
[08] Falso. As ondas transversais e longitudinais se diferenciam
à relação entre os índices de refração dos meios.
pelo sentido de vibração, perpendicular à direção de propagação
para as transversais e na mesma direção de propagação para as • n1 > n2: a onda mantém a fase
longitudinais. O fenômeno da interferência pode ocorrer para • n1 < n2: a onda inverte a fase
ambas.

D O ONDAS
P R
BIDIMENSIONAIS
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS L O
Para ondas bidimensionais, devemos fazer a reflexão de cada
A F Eabaixo:
raio de onda para determinarmos as características da onda refletida.
I fenômenos. Observe a imagem
As ondas ao interagirem podem sofrer diversos
Vamos analisar alguns deles: R

S
TE

REFLEXÃO

SO
MA

A reflexão acontece quando a onda bate numa superfície e volta.


A frequência, o comprimento de onda e a velocidade não mudam, no

R
entanto sua fase pode mudar.

CORDA PRESA NA EXTREMIDADE


Um pulso numa corda ao refletir em um ponto preso sofre
inversão de fase.
R
REFRAÇÃO
MA

SO

A refração ocorre quando a onda muda de meio.


• Frequência: NÃO MUDA
T

• Velocidade e comprimento de onda: mudam.


S

R
E

• Fase: não muda


E

IA F
L DO PRO

CORDA LIVRE NA EXTREMIDADE


Se o pulso atingir uma extremidade livre, ele é refletido mantendo
a fase.

As leis da refração da óptica valem para todas as ondas:


s en θ1 v1 λ1
= =
s en θ2 v 2 λ 2

Observação
O raio refratado tem a mesma fase do raio incidente.

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PM_BOOK08_FIS.indb 270 03/11/2021 11:02:13


ONDAS E ACÚSTICA

Observação
Um pulso quando sofre reflexão e refração quando se propaga em
uma corda não homogênea, ou seja, com diferentes densidades
lineares (espessuras). Nessa mudança de densidades na corda parte
da onda incidente será transmitida (refração) e parte será refletida.
A onda transmitida terá a mesma fase que a incidente. Há suas
possibilidades
• Se µ1 < µ2 haverá inversão de fase no momento da reflexão.

• Se µ1 > µ2 a fase será a mesma antes e após a reflexão.

SUPERPOSIÇÃO L D O Exercício
P R OResolvido
Esse fenômeno não pode ser descrito por I Apropriedades F E extremidades de uma corda vibrante de 80 cm
geométricas e ocorre quando duas ou mais ondasRde mesma natureza
04. (FMP 2018) Nas
de comprimento, são produzidos dois pulsos que se propagam
se encontram. Elas são somadas na interseção gerando uma onda

S
em sentidos opostos. A velocidade de propagação de pulsos nesta
TE

resultante. Mas após o encontro, cada onda continua sua trajetória corda é 10 cm/s. Nas duas figuras a seguir, mostram-se imagens da

SO
como se nada tivesse acontecido. Vamos analisar dois casos para a corda em repouso (indicando pontos uniformemente distanciados
MA

superposição dos pulsos em cordas. sobre ela) e com os pulsos produzidos sobre ela no instante t = 0.

R
PULSOS EM MESMA FASE
Quando ocorre a superposição dos pulsos em mesma fase, o
pulso resultante é igual à soma algébrica da amplitude de cada pulso.

R
MA

SO
T

R
E

IA F
Cinco das oito configurações abaixo correspondem a imagens

L DO PRO
obtidas a partir da observação da propagação dos pulsos.

PULSOS EM OPOSIÇÃO DE FASE


Quando ocorre a superposição dos pulsos em oposição de fase,
o pulso resultante é igual ao módulo da diferença algébrica das
amplitudes de cada pulso.

PROMILITARES.COM.BR 271

PM_BOOK08_FIS.indb 271 03/11/2021 11:02:13


ONDAS E ACÚSTICA

A sequência temporal das configurações que corresponde ao INTERFERÊNCIA


perfil dos pulsos na corda é Quando ondas periódicas se interceptam ocorre a interferência.
a) 7 – 6 – 4 – 3 – 5 Dependendo da diferença do caminho percorrido pelas ondas
(∆d = |d1 – d2|) pode ocorer a interferência construtiva ou destrutiva.
b) 2 – 7 – 3 – 8 – 6
c) 1–2–4–3–6
d) 1 – 2 – 7 – 6 – 3
e) 1 – 6 – 5 – 8 – 4

Resolução: D
Para melhor visualização, o pulso da esquerda, que se propaga
para a direita, foi pintado de vermelho; o pulso da direita, que
se propaga para a esquerda, foi pintado de azul. A sequência
temporal de figuras mostra as posições dos pulsos ao longo da
corda, a cada segundo, a partir do instante inicial (t = 0). Para
facilitar a identificação da opção correta D, as figuras também
estão enumeradas de acordo com as figuras mostradas no
enunciado.

L D O INTERFERÊNCIA
PRO CONSTRUTIVA

I A Nesse caso, F
as cristas das ondas chegam juntas ao anteparo e elas
são somadas. Para E
R que ela ocorra, a diferença de caminho deve ser:
λ
• Ondas em mesma fase: ∆d = n ⋅ λ = ( 2n) ⋅

S
TE

SO
λ
MA

• Ondas em oposição de fase: ∆d= ( 2n + 1) ⋅


2

R
INTERFERÊNCIA DESTRUTIVA
Nesse caso, a crista de uma onda se encontra com o vale da outra
e elas são subtraídas. Para que ela ocorra, a diferença de caminho
deve ser: R
λ
MA

• Ondas em mesma fase: ∆d= ( 2n + 1) ⋅


SO

2
λ
• Ondas em oposição de fase: ∆d = n ⋅ λ = ( 2n) ⋅
2
T

R
E

IA F
RESSONÂNCIA L D O 05.P(ENEM O
Exercício Resolvido
R 2015) Certos tipos de superfícies na natureza
Na ressonância, haverá interação das ondas com a matéria. Todas podem refletir luz de forma a gerar um efeito de arco-íris. Essa
as partículas vibram em uma frequência natural. Se uma onda de característica é conhecida como iridescência e ocorre por causa
mesma frequência de vibração da molécula incide sobre o corpo, a do fenômeno da interferência de película fina. A figura ilustra
amplitude do movimento aumenta originando a ressonância. o esquema de uma fina camada iridescente de óleo sobre uma
Exemplo: poça d’água. Parte do feixe de luz branca incidente (1) reflete na
interface ar/óleo e sofre inversão de fase (2) , o que equivale a uma
Caso o sistema seja sólido, ele pode ser quebrado pela elevação
mudança de meio comprimento de onda. A parte refratada do
da amplitude da vibração de suas partículas, como a voz de uma
feixe (3) incide na interface óleo/água e sofre reflexão sem inversão
soprano quebrando um copo de cristal
de fase (4). O observador indicado enxergará aquela região do
filme com coloração equivalente à do comprimento de onda que
sofre interferência completamente construtiva entre os raios (2) e
(5), mas essa condição só é possível para uma espessura mínima
da película. Considere que o caminho percorrido em (3) e (4)
corresponde ao dobro da espessura E da película de óleo.

272 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 272 03/11/2021 11:02:14


ONDAS E ACÚSTICA

POLARIZAÇÃO
A luz, conforme vimos no módulo anterior, é uma onda
eletromagnética (variação dos campos elétricos e magnéticos no espaço
e no tempo). Na figura abaixo temos uma onda eletromagnética cujo
campo elétrico varia no eixo y e o magnético, ao longo do eixo z. Por
ser uma onda transversal, a sua propagação se dará ao longo do eixo x.

Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura


mínima é igual a
λ Dizemos que uma onda eletromagnética é polarizada quando o
a) .
4 campo elétrico assume uma direção bem definida. Na figura acima,
λ temos uma onda polarizada na direção do eixo y.
b) .
2 Um polarizador nada mais é que um filtro que permite passar
parte da onda (vamos usar a luz como exemplo):
DO PRO

c) .
4
A L
d) λ
I FE
e) 2λ
R

S
TE

Resolução: A

SO
A diferença entre os caminhos percorridos pelos dois raios que
MA

atingem o olho do observador é ∆x = 2E.

R
Como há inversão de fase numa das reflexões, a interferência
ocorre com inversão de fase. Assim, a diferença de caminhos deve
λ
ser igual a um número ímpar (i) de semiondas  .
2
Somente ondas transversais podem sofrer polarização. Portanto o
λ
Então: ∆=
x i =(i 1, 3, 5, 7,...) som, por exemplo, não pode sofrer polarização.
2
Colocando dois polarizadores ortogonais, não há passagem de luz.
R
Como o enunciado pede a espessura mínima, i = 1. Assim:
MA

SO

λ λ
2E m í n =1 ⇒ Emín = .
2 4
T

R
E

DIFRAÇÃO
IA F
L DO PR
Quando a onda encontra um obstáculo, ela pode fazer curva ao
atravessá-lo.
O
A reflexão é um fenômeno polarizador. A luz proveniente de
lâmpadas incandescentes ou a luz solar, por exemplo, não é polarizada.
Ao tocar na superfície de um lago, a parte refletida fica polarizada,
conforme mostra a figura abaixo:

Para que ocorra o fenômeno, a abertura da fenda deve ser da


mesma ordem de grandeza do comprimento de onda incidente.

PROMILITARES.COM.BR 273

PM_BOOK08_FIS.indb 273 03/11/2021 11:02:15


ONDAS E ACÚSTICA

Esse tipo de polarização que estamos é chamada de polarização


linear. Quando duas idênticas, defasadas em 90° e linearmente
polarizadas, com polarização ortogonais, se juntam, temos uma onda
circularmente polarizada (os cinemas 3D contam com esse tipo de
polarização. Em uma lente, polarização circular para a esquerda e na
outra, para a direita).

• Sons graves: possuem frequências menores.


• Sons agudos: possuem frequências maiores.

Observação
A frequência está relacionada com a nota musical

L DO PRO
I A FE
R

S
TE

Disponível em <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/22258>

SO
MA

R
INTENSIDADE
A energia tranpostada pela onda está relacionada com a
intensidade sonora. Vamos defini-la como:
E P
=I =
∆t ⋅ A A
R
Em que:
MA

I é a intensidade sonora
SO

E é a energia transportada
ACÚSTICA ∆t é o tempo
T

Vamos estudar as ondas sonoras e sua interação com nosso canal A é a área por onde a energia se espalha durante a propagação
R
E

auditivo. Relembrando que o som é uma onda mecânica, longitudinal


E

IA
e tridimensional que se propaga pela compressão e rarefação do meio, F
P é a potência da onda, medida em W/m². Só depende da fonte.
em geral, o ar atmosférico.
L DO PRO

QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM ATENÇÃO!


O som ao chegar aos nossos ouvidos entra em ressonância com
No cotidiano costumanos chamar de altura a intensidade sonora.
o tímpano, dessa maneira percebemos algumas caracterísiticas dessa
Cuidado para não cometer esse equívoco na física.
onda sonora.

TIMBRE
ALTURA
Uma mesma nota musical pode ser produzida por instrumentos
A altura está relacionada com a frequência da onda sonora. Nossos
diferentes e conseguimos diferenciar seus sons. Essa característica está
ouvidos são capazes de ouvir sons na faixa entre 20 e 20000 Hz.
relacionada com o formato da onda e é chamada de timbre.

274 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 274 03/11/2021 11:02:15


ONDAS E ACÚSTICA

NÍVEL DE
INTENSIDADE
RUÍDO SONORO INTENSIDADE
(W/m²)
(dB)

Limiar audível 10-12 0

Relógio de parede 10-11 10

Conversa a meia voz 10-8 40

Avenida com tráfego


10-4 80
intenso

Britadeira 10-2 100

Limar da dor 100 = 1 120

Avião a jato aterrisando 10² 140

Exercício Resolvido

D O 07.
P (UNIOESTE 2018) O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)
R O permitido
L recentemente alterou a resolução que regulamentava o valor do

IA F E antiga,
nível sonoro que poderia ser emitido por um veículo
automotor. A norma no seu artigo primeiro, diz o seguinte:
Exercício Resolvido R “A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento
que produza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à

S
TE

06. (ENEM 2015) Ao ouvir uma flauta e um piano emitindo a circulação, em nível sonoro não superior a 80 decibéis, medido a 7

SO
mesma nota musical, consegue-se diferenciar esses instrumentos metros de distância do veículo” (BRASIL, 2006).
MA

um do outro.
Considerando-se um alto-falante como uma fonte pontual e
Essa diferenciação se deve principalmente ao(a) isotrópica de som, que emite ondas sonoras esféricas, assinale a

R
a) intensidade sonora do som de cada instrumento musical. alternativa CORRETA que indica a potência mínima que ele deve
b) potência sonora do som emitido pelos diferentes instrumentos possuir para produzir um nível sonoro de 80 decibéis a 7 metros
musicais. de distância.

c) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada Dados: Limiar de audibilidade I0 = 10-12 W/m² e π = 3.
instrumento musical Fonte: BRASIL, Min. das Cidades. CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
Resolução nº 204, de 20-10-2006 regulamenta o volume e a frequência dos sons
R
d) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de produzidos por equipamentos utilizados em veículos. p. 1-4, out. 2006.
MA

cada instrumento sejam diferentes.


SO

e) altura do som, que possui diferentes frequências para a) 5,88 × 10-2 W.


diferentes instrumentos musicais. b) 11,76 × 10-2 W.
T

c) 2,94 × 10-2 W.
S

Resolução: D
R
E

d) 3,14 × 10-2 W.
E

A qualidade do som que permite diferenciar sons de mesma


IA F
e) 5,60 × 10-2 W.
frequência e de mesma intensidade é o timbre.
L D O Resolução: O
PR A
Com a expressão para o nível sonoro (β), em decibéis, calculamos
NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA a intensidade da fonte sonora:
Quando a onda sonora é recebida pelos nossos ouvidos ela pode I
β= 10 ⋅ log   , onde:
não ser escutada dependendo da energia que ela carrega. Existe uma  I0 
intensidade mínima chamada de limiar de audibilidade. A partir β = nível sonoro em decibéis;
desse valor, o som é percebido cada vez mais intensamente até um
I = intensidade da fonte em W/m²;
valor que causa desconforto chamado de limiar da dor.
I  I   I 
Como a faixa de intensidade sonora é muito extensa, usaremos β= 10 ⋅ log   ⇒ 80= 10 ⋅ log  −12  ⇒ 8= log  −12 
uma escala logarítmicapara medir o nível de intensidade sonora  I0   10   10 
(N) ou lei de Weber-Fechner dada pela relação: I
⇒ 10
= 8
∴ I 10−4 W m2
=
I 10−12
= 10 ⋅ log  
N Agora, sabendo que a intensidade é a razão entre a potência
 I0  e a área, calculamos a potência da fonte sonora à 7 metros de
distância.
em que:
P
I0 é a intensidade do limiar de audibilidade I = ⇒ P =I ⋅ A
A
I é a intensidade do som a ser ouvido
P 10−4 W m2 ⋅ 4 π ⋅ ( 7 m ) ∴
2
= = P 5,88 ⋅ 10−2 W
N é o nível de intensidade sonora, medida em dB (decibel)

PROMILITARES.COM.BR 275

PM_BOOK08_FIS.indb 275 03/11/2021 11:02:16


ONDAS E ACÚSTICA

ECO E REVERBERAÇÃO a) 34,0 m


Além das características fisiológicas, nossos ouvidos tem uma b) 60,0 m
persistência sonora. Assim, não consguimos distinguir dois sons
c) 80,0 m
consecutivos que chegam com menos de 0,1 s. Imagine o som que
você emite sendo refletido por alguma barreira. d) 160,0 m
• Se o obstáculo estiver muito perto, o som refletido chega com e) 320,0 m
tempo menor que a persistência acústica e o emissor não
consegue diferenciar o som emitido do refletido, percebendo Resolução: C
então um prolongamento do som inicial conhecido como Com a distância de 17 m no ar o som percorre, ida e volta, 34 m.
reverberação. Na velocidade de 340 m/s, o som precisa de 34/340 = 0,1 s para
• A partir de uma dstância mínima, o som refletido leva mais ir e voltar. Este é o intervalo de tempo que permite ao cérebro
de 0,1 s para retorar e percebemos a diferença entre os sons distinguir o som de ida (emitido) e o som de volta (eco).
emitidos diretamente e refletido, ou seja, ouvimos o eco. Para a água com velocidade 1600 m/s, a distância total percorrida
será de 1600·0,1 = 160 m. Como esta distância é de ida e volta, a
pessoa deverá estar do anteparo 160/2 = 80 m.

EFEITO DOPPLER
Para ondas sonoras (ou outras longitudinais), o efeito Doppler

DO PRO
constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe frequências
diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade

A L relativa entre o a onda sonora e o movimento relativo entre o


I FE
observador e/ou a fonte.
R • Aproximação: aumento da frequência (som mais alto)
Disponível em <https://www.miniphysics.com/echo.html> • Afastamento: redução da frequência (som mais baixo)

S
TE

SO
Supondo que o som viaje a uma velocidade de 340 m/s, o som
MA

refletido percorre uma distância total de 2d até retornar ao emissor e


precisa realizar o percurso em, no mínimo, 0,1 s. Assim, a distância

R
mínima para que uma pessoa consiga ouvir o eco da própria voz vale:
∆s 2d
v= = ⇒ 2d = 340 ⋅ 0,1 ⇒ d = 17,0 m
∆t ∆t

Exemplo:
Os morcegos e o sistema do sonar utilizam o eco de ondas R
ultrassônicas para perceber objetos em seus caminhos.
MA

SO

Disponível em <https://bit.ly/3ahPgpm>
T

R
E

A frequência percebida pode ser calculada pela equação:


IA F
L DO PRO
v som ± v obs
f = f0
v som  v fonte

Em que:
f é a nova frequência percebida pelo observador
f0 é a frequência emitida pela fonte
vobs é a velocidade do observador
• Sinal positivo para o observador tentanto se aproximar da
fonte
• Sinal negativo para o observador tentando se afastar da fonte
Exercício Resolvido
vfonte é a velocidade do fonte
08. (PUCRS 2008) O eco é o fenômeno que ocorre quando um
som emitido e seu reflexo em um anteparo são percebidos por • Sinal positivo para a fonte tentanto se afastar do observador
uma pessoa com um intervalo de tempo que permite ao cérebro • Sinal negativo para a fonte tentanto se aproximar do
distingui-los como sons diferentes. observador
Para que se perceba o eco de um som no ar, no qual a velocidade de
propagação é de 340 m/s, é necessário que haja uma distância de Observação
17,0 m entre a fonte e o anteparo. Na água, em que a velocidade Só há efeito Doppler se o movimento relativo (ou sua componente)
de propagação do som é de 1.600 m/s, essa distância precisa ser de: for paralelo ao movimento do som.

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PM_BOOK08_FIS.indb 276 03/11/2021 11:02:16


ONDAS E ACÚSTICA

Exercício Resolvido

09. (UEPG 2016) Considere uma sirene fixa na parede de uma


escola que é acionada a cada 50 minutos. O som produzido por
ela tem frequência de 650 Hz. Em um dos intervalos, um aluno
sai correndo da sala de aula pelos corredores, a uma velocidade
de 2,6 m/s no sentido da sirene, para chegar ao campo de futebol
da escola.
Dados: vsom = 340 m/s
Sobre o efeito Doppler-Fizeau, assinale o que for correto.
01) O aluno, quando sai da sala de aula correndo, ao se aproximar
da sirene, perceberá a frequência do som com um valor igual
a 650 Hz.
02) Em um dia muito frio, se o garoto fizer o mesmo trajeto vs 1
sen θ= = ⇒ v f= M ⋅ v s
correndo em direção ao campo de futebol, aproximando-se da vf M
sirene, a frequência do som percebida por ele será de 650 Hz. Onde:
04) Caso a sirene fosse móvel e se estivesse na mão de uma vf é a velocidade da fonte
pessoa caminhando pelos corredores da escola, a velocidade vs é a velocidade do som
de propagação do som produzido (no meio) seria maior se a M é um valor adimensional que indica quantas vezes a fonte é
pessoa passasse a correr pelos corredores. mais rápida que o som (Mach)

L DO PRO
08) O efeito Doppler-Fizeau explica as variações que ocorrem na
velocidade das ondas mecânicas com natureza transversal.
A olímpico
16) Caso o menino passe a correr como um Iatleta F E periódicas iguais, propagando-se na mesma
ONDAS ESTACIONÁRIAS
R
na direção da sirene, a uma velocidade de 10 m/s, ele
passará a ouvir um som mais agudo, com frequência de
Quando duas ondas
direção, mas em sentidos opostos superpõem-se, é gerada uma nova

S
TE

aproximadamente 669 Hz. onda denominada estacionária. Tal fenômeno pode ser observado em
cordas e em tubos sonoros e é base de muitos instrumentos musicais.

SO
MA

Resolução: 16
[01] Falso. Aplicando a fórmula do efeito Doppler para a situação

R
descrita, temos:
 v + v ob   340 + 2,6 
fap = f0  som  = 650 ⋅   ⇒ fap ≅ 655 Hz
 v som   340 
• Nó ou nodo: ponto que não vibra, onde ocorre interferência
[02] Falso. Análogo ao item acima. totalmente destrutiva.
R
[04] Falso. O que mudaria neste caso seria a frequência aparente, • Ventre, antinó ou antinodo: ponto que vibra com máxima
MA

não a velocidade de propagação do som. amplitude, onde ocorre interferência totalmente construtiva.
SO

[08] Falso. O efeito Doppler-Fizeau explica as variações nas ondas


Tubos sonoros abertos e Cordas presas nas duas extremidades
de natureza longitudinal.
T

R
[16] Verdadeiro. Aplicando novamente a fórmula do efeito
E

Doppler, temos:
IA F
L DO PRO
 340 + 10 
fap = 650 ⋅   ⇒ fap ≅ 669 Hz
 340 

CONE DE MACH
Ocorre quando um objeto (um avião, por exemplo) viaja mais
rápido que o som que se propaga naquele meio. Isso causa uma onda
de choque como a da imagem:

Perceba que há um cone formado atrás do avião, cujo seno vale: Harmônicos formados em um tubo aberto em abas as extremidades

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ONDAS E ACÚSTICA

• As maneiras de vibrar podem, partindo destes exemplos, ser


generalizadas como:
i 4
i    i  onde i  1, 3, 5, ...
4 i

• E a frequência dos harmônicos será dada por:

v v v
fi    fi  i   fi  i  fi onde i  1, 3, 5, ...
i 4 4
i

• Em um tubo fechado, obtêm-se apenas frequências naturais


dos harmônicos ímpares.

Exercício Resolvido

10. (FCMMG 2018) A figura mostra uma haste vertical ligada a


Harmônicos formados em uma corda presa em ambas as extremidades
um alto falante que oscila a 400 Hz, ligado a uma corda que passa
por uma roldana e é esticada por um peso, formando uma onda
• As maneiras de vibrar podem, partindo destes exemplos, ser estacionária.
generalizadas como:
L DO PRO
n
n
2
   n 
2
n A
onde n  1, 2, 3, ...
I FE

R
E a frequência dos harmônicos será dada por:

S
TE

SO
v v v
fn    fn  n   fn  n  f1 onde n  1, 2, 3, ...
MA

 v 2 2
n

R
• Como n não tem restrições, obtêm-se frequências naturais de Alterando-se gradativamente o número de vibrações da haste, a
todos os harmônicos. onda se desfaz e, em seguida, observa-se outra configuração de
uma nova onda estacionária, com menor comprimento de onda.
Corda presa em apenas uma extremidade e tubo Para que tal fato aconteça, a nova frequência do alto falante será
sonoro fechado em uma extremidade de:
a) 200 Hz
R
MA

b) 300 Hz
SO

c) 500 Hz
d) 600 Hz
T

R
E

IA
Resolução: C
F
L DO PRO
Tomando o comprimento da corda como L, o comprimento da
L
primeira onda estacionária é: λ1 =
2
A próxima onda estacionária com menor comprimento de onda
2L
será: λ 2 =
5
Como as velocidades de propagação são iguais para as duas
ondas, temos que:
λ ⋅f
v1 = v 2 ⇒ λ1 ⋅ f1 = λ 2 ⋅ f2 ⇒ f2 = 1 1
λ2
L
⋅ 400 Hz
=f2 2 = ∴ f2 500 Hz
2L
5

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ONDAS E ACÚSTICA

Exercício Resolvido EXERCÍCIOS DE

11. (EBMSP 2016) FIXAÇÃO


01. (EAM 2016) O sonar é um instrumento que pode ser utilizado para
estudos de relevo de fundos oceânicos, medição de profundidade e
localização de objetos no fundo do oceano, como navios submersos
e submarinos. Consiste basicamente em um transmissor e um coletor
de ondas ultrassônicas que são emitidas em direção ao fundo do
oceano. Essas ondas após serem refletidas, retornam e são captadas
pelo coletor do sonar. Sobre as ondas ultrassônicas, assinale a opção
correta.
a) São ondas eletromagnéticas com frequência superior a 20.000 Hz.
b) São ondas mecânicas com frequência superior a 20.000 Hz.
c) Possuem frequência superior a 20.000 Hz e propagam-se no
vácuo com velocidade de 300.000 Km/s.
O canal auditivo da figura representa o órgão de audição d) Podem ser perfeitamente ouvidas por seres humanos normais e
humano que mede, em média, cerca de 2,5 cm de comprimento possuem diversas aplicações médicas.
e que pode ser comparado a um tubo sonoro fechado, no qual a e) São ondas mecânicas com frequência inferior a 20 Hz.

D O 02.P(EAM
coluna de ar oscila com ventre de deslocamento na extremidade
aberta e nó de deslocamento na extremidade fechada.
L R 2017)
O Observe a figura abaixo.
A
Considerando-se que a velocidade de propagação do som no ar
I
é igual a 340 m/s e que a coluna de ar oscila segundo um padrão
FE
R
estacionário fundamental no canal auditivo, pode-se afirmar – pela
análise da figura associada aos conhecimentos da Física – que

S
TE

a) o comprimento da onda sonora que se propaga no canal

SO
auditivo é igual a 2,5 cm.
MA

b) a frequência das ondas sonoras que atingem a membrana

R
timpânica é, aproximadamente, igual a 13.600,0 Hz.
O esquema acima representa ondas periódicas propagando-se ao
c) a frequência fundamental de oscilação da coluna de ar no
longo de uma corda tensa. Nesse esquema, os pontos A e E distam
canal auditivo é igual a 340,0 Hz.
60 cm um do outro e o instante mostrado foi obtido 5s após o início
d) a frequência de vibração da membrana timpânica produzida da vibração da fonte.
pela oscilação da coluna de ar é igual a 3.400,0 Hz.
Considerando essa situação, pode-se dizer que o comprimento
e) a frequência do som transmitido ao cérebro por impulsos de onda (λ), a frequência (f) e a velocidade (v) dessa onda valem,
R
elétricos é o dobro da frequência da vibração da membrana respectivamente:
MA

timpânica.
SO

a) 60 cm, 1,0 Hz e 12 cm/s


b) 60 cm, 4,0 Hz e 10 cm/s
Resolução: D
c) 30 cm, 0,4 Hz e 12 cm/s
T

R d) 30 cm, 0,4 Hz e 10 cm/s


E

IA F
e) 30 cm, 0,6 Hz e 10 cm/s

L D O03. (EAM O
P R2018) A classificação quanto à natureza e quanto à direção
de propagação das ondas causadas pelo vento na superfície de um
lago, vistas por um observador que passeia à beira desse lago, é,
respectivamente:
a) mecânicas e unidimensionais.
Como no primeiro harmônico há a formação de apenas uma b) eletromagnéticas e tridimensionais.
semifusa, logo ele ocupa toda a extensão do tubo sonoro fechado, c) eletromagnéticas e bidimensionais.
λ
ou seja, L = . Isolando o comprimento de onda do primeiro d) mecânicas e bidimensionais.
4
harmônico, vem: e) mecânicas e tridimensionais.
λ
L= ⇒ λ = 4L ⇒ λ = 4 ⋅ 2,5 ⇒ λ = 10 cm ⇒ λ = 0,1m 04. (EAM 2018) Observe a figura abaixo.
4
v 340
V =λ ⋅ f ⇒ f = ⇒ f = ⇒ f =3.400 Hz
λ 0,1

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ONDAS E ACÚSTICA

Considerando que os pontos F e A estão na mesma altura em relação a 09. (EEAR 2016) Associe corretamente os conceitos de acústica,
um referencial comum e sabendo que o ponto A da corda foi atingido contidos na coluna da esquerda, com suas respectivas características
12 s após o início das oscilações da fonte, o período e a velocidade principais, constantes na coluna da direita e, em seguida, assinale a
de propagação das ondas ao longo da corda valem, respectivamente: alternativa com a sequência correta.
a) 4 s e 0,25 m/s
(1) Altura ( ) Grave e agudo
b) 8 s e 0,75 m/s
(2) Timbre ( ) Amplitude de vibração
c) 9 s e 1,25 m/s
(3) Intensidade ( ) Fontes sonoras distintas
d) 12 s e 2,25 m/s
e) 15 s e 2,50 m/s a) 2 – 1 – 3
b) 1 – 3 – 2
05. (EAM 2019) Observe a figura abaixo. c) 1–2–3
d) 2 – 3 – 1

10. (EEAR 2016) Se o ser humano pode ouvir sons de 20 a 20000 Hz


e sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, qual o menor
comprimento de onda audível pelo ser humano, em m?
a) 17
b) 1,7
c) 1,7·10-1

L DO PRO
A figura representa ondas propagando-se numa corda tensa 4 s após d) 1,7·10-2

A
o início das oscilações da fonte F que as produz. O comprimento de
I
onda (λ) e a frequência (f) da onda produzida pela fonte F valem, FE
respectivamente: R EXERCÍCIOS DE

a) 3 cm e 0,80 Hz
TREINAMENTO

S
TE

b) 4 cm e 0,25 Hz

SO
MA

c) 4 cm e 0,50 Hz
d) 8 cm e 0,25 Hz 01. (EEAR 2017) A qualidade do som que permite distinguir um som

R
e) 8 cm e 0,50 Hz forte de um som fraco, por meio da amplitude de vibração da fonte
sonora é definida como
06. (EAM 2020) Uma corda de comprimento 16 m apoiada no chão a) timbre
extremamente liso é esticada pelas suas extremidades. Em uma de b) altura
suas extremidades gera-se uma sequência de pulsos (onda) que se c) intensidade
propaga pela corda. Sabendo que o comprimento de onda é de 2 m R
e que a frequência da fonte que faz oscilar a corda é de 4 Hz, assinale d) tubo sonoro
MA

a opção que fornece o intervalo de tempo, em segundos, necessário


SO

para que um pulso se propague de uma extremidade a outra. 02. (EEAR 2017) Analisando a figura do gráfico que representa três
a) 1 ondas sonoras produzidas pela mesma fonte, assinale a alternativa
correta para os três casos representados.
T

b) 2
R
E

c) 3
IA F
L DO PRO
d) 4
e) 5

07. (EEAR 2016) Duas ondas sonoras propagam-se na água, com a


mesma velocidade, sendo que o comprimento de onda da primeira é
igual à metade do comprimento de onda da segunda. Sendo assim, é
correto afirmar que a primeira em relação à segunda, possui:
a) mesmo período e mesma frequência.
b) menor período e maior frequência.
c) mesmo período e maior frequência.
a) As frequências e as intensidades são iguais.
d) menor período e menor frequência.
b) As frequências e as intensidades são diferentes.
e) maior período e maior frequência.
c) As frequências são iguais, mas as intensidades são diferentes.
08. (EEAR 2016) Um tubo sonoro aberto em suas duas extremidades, d) As frequências são diferentes, mas as intensidades são iguais.
tem 80 cm de comprimento e está vibrando no segundo harmônico.
Considerando a velocidade de propagação do som no tubo igual a 03. (EEAR 2017) A velocidade do som no ar é de aproximadamente
360 m/s, a sua frequência de vibração, em hertz, será 340 m/s. Se o ser humano é capaz de ouvir sons de 20 a 20000 Hz,
qual o maior comprimento de onda, em metros, audível para uma
a) 150
pessoa com audição perfeita?
b) 250
a) 1,7 c) 170
c) 350
b) 17 d) 1700
d) 450

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ONDAS E ACÚSTICA

04. (EEAR 2017) Em uma apresentação musical, uma criança viu 08. (EEAR 2018) Dentre os recentes desenvolvimentos tecnológicos
três instrumentos semelhantes em formato, porém de tamanhos encontram-se os aparelhos eletrodomésticos que, pela praticidade e
diferentes: o violoncelo, a viola e o violino. Detectou que o violino economia de tempo, facilitam a realização das tarefas diárias, como
tinha o som mais agudo e que o violoncelo tinha o som mais grave. o forno de microondas utilizado para o preparo ou o aquecimento
Segundo o texto acima, a qualidade sonora detectada pela criança foi: dos alimentos quase que de modo instantâneo. Dentro do forno de
a) intensidade microondas, o magnetron é o dispositivo que transforma ou converte
a energia elétrica em microondas, ondas eletromagnéticas de alta
b) altura frequência, as quais não aquecem o forno porque:
c) timbre a) são completamente absorvidas pelas paredes do forno e pelos
d) volume alimentos.
b) são refratadas pelas paredes do forno e absorvidas pelos alimentos.
05. (EEAR 2017) Um garoto amarra uma das extremidades de uma
c) não produzem calor diretamente e são absorvidas pelas paredes
corda em uma coluna fixada ao chão e resolve brincar com ela
do forno e pelos alimentos.
executando um movimento vertical de sobe e desce na extremidade
livre da corda, em intervalos de tempos iguais, produzindo uma onda d) não produzem calor diretamente, são refletidas pelas paredes do
de pulsos periódicos, conforme mostrado na figura. Sabendo que forno e absorvidas pelos alimentos.
a frequência da onda formada na corda é de 5,0 Hz, determine a
velocidade dessa onda, em m/s. 09. (EEAR 2018) Um professor de música esbraveja com seu discípulo:
“Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical emitida por
uma viola e por um violino!”. A qualidade do som que permite essa
distinção à que se refere o professor é a (o)

D O b) Ptimbre.
a) altura.

L RO
I A c) intensidade.F

R E
d) velocidade de propagação.

S
TE

10. (EEAR 2018) No estudo de ondulatória, um dos fenômenos mais

SO
abordados é a reflexão de um pulso numa corda. Quando um pulso
MA

transversal se propagando em uma corda devidamente tensionada


encontra uma extremidade fixa, o pulso retorna à mesma corda, em

R
a) 1 sentido contrário e com
b) 2 a) inversão de fase.
c) 50 b) alteração no valor da frequência.
d) 100 c) alteração no valor do comprimento de onda.
d) alteração no valor da velocidade de propagação.
06. (EEAR 2018) O universo é um grande laboratório onde R
transformações estão ocorrendo a todo instante, como as explosões
MA

SO

que permitem o surgimento (nascimento) e/ou a morte de estrelas


e outros corpos celestes. Em uma noite de céu límpido, é possível EXERCÍCIOS DE
observar a luz, proveniente de diferentes estrelas, muitas das
COMBATE
T

quais possivelmente já não mais existem. Sabendo que as ondas


S

R
eletromagnéticas correspondentes ao brilho destas estrelas percorrem
E

IA
o espaço interestelar com a velocidade máxima de 300.000 km/s,
F
L DO PRO
podemos afirmar que não ouvimos o barulho destas explosões porque: 01. (EEAR 2018) Uma onda propagando-se em um meio material
a) a velocidade de propagação das ondas sonoras é muito menor do passa a propagar-se em outro meio cuja velocidade de propagação é
que a das ondas de luz e, por isso, elas ainda estão caminhando maior do que a do meio anterior. Nesse caso, a onda, no novo meio
pelo espaço. tem
b) devido a interferência das ondas sonoras de diferentes estrelas, a) sua fase invertida.
estas se cancelam (anulam) mutuamente e com o campo b) sua frequência aumentada.
magnético da Terra.
c) comprimento de onda maior.
c) as ondas sonoras não possuem energia suficiente para caminhar
pelo espaço interestelar. d) comprimento de onda menor.
d) as ondas sonoras são ondas mecânicas e precisam da existência
de um meio material para se propagar. 02. (EEAR 2019) Um adolescente de 12 anos, percebendo alterações
em sua voz, comunicou à sua mãe a situação observada com certa
regularidade. Em determinados momentos apresentava tom de voz
07. (EEAR 2018) Ao caminhar por uma calçada, um pedestre ouve fina em outros momentos tom de voz grossa. A questão relatada pelo
o som da buzina de um ônibus, que passa na via ao lado e se afasta adolescente refere-se a uma qualidade do som denominada:
rapidamente. O pedestre observou nitidamente que quando o ônibus
se afastou houve uma brusca variação na altura do som. Este efeito a) altura.
está relacionado ao fato de que houve variação: b) timbre.
a) no timbre das ondas. c) velocidade.
b) na amplitude das ondas. d) intensidade.
c) na frequência do som.
d) na intensidade do som.

PROMILITARES.COM.BR 281

PM_BOOK08_FIS.indb 281 03/11/2021 11:02:21


ONDAS E ACÚSTICA

03. (EEAR 2019) Um garoto mexendo nos pertences de seu pai, que 07. (EEAR 2020) Uma sirene produz um som na frequência de 850 Hz
é um professor de física, encontra um papel quadriculado como a que se propaga no ar com velocidade igual a 340 m/s. Nesse caso, o
figura a seguir. comprimento de onda desse som é de _____ centímetros.
a) 0,4 c) 25
b) 2,5 d) 40

08. (EEAR 2020) Os radares primários de controle de tráfego


aéreo funcionam com base no princípio de reflexão das ondas
eletromagnéticas. De acordo com esse princípio, uma onda é emitida
por uma antena próxima ao local de pouso e essa onda se propaga
até o avião, reflete e volta à antena. Supondo o módulo da velocidade
de propagação das ondas eletromagnéticas no ar, igual ao módulo da
velocidade de propagação da luz no vácuo (v = 300.000 km/s), se o
intervalo de tempo entre a transmissão e a recepção da onda refletida
foi de 1 ms (um milissegundo), conclui-se que o avião está a uma
Suponha que a figura faça referência a uma onda periódica, distância de ______ km da antena.
propagando-se da esquerda para a direita. Considerando que no eixo
das abscissas esteja representado o tempo (em segundos), que no eixo a) 15 c) 150
das ordenadas esteja representada a amplitude da onda (em metros), b) 30 d) 300
que o comprimento de onda seja de 8m e que cada quadradinho
da escala da figura tenha uma área numericamente igual a 1, a sua 09. (EEAR 2020) Assinale a alternativa que completa corretamente
velocidade de propagação (em metros por segundo) será de:
DO PRO
a frase: No estudo da ondulatória, de acordo com o princípio de
Huygens, cada ponto de uma frente de onda pode ser considerado
a) 0,25

A L como uma nova fonte de ondas secundárias. Portanto, pode-se


b) 1
I FE
afirmar corretamente que as novas fontes secundárias possibilitam
c)
d) 16
8
R que a onda formada ________________________________.
a) tenha seu comprimento de onda alterado

S
TE

b) contorne obstáculos no fenômeno da difração

SO
04. (EEAR 2019) Analise as seguintes afirmações:
c) tenha a frequência diferente daquela gerada pela fonte
MA

I. Ondas mecânicas se propagam no vácuo, portanto não necessitam


de um meio material para se propagarem. d) tenha uma nova velocidade de propagação no mesmo meio

R
II. Ondas longitudinais são aquelas cujas vibrações coincidem com a
10. (EEAR 2020) Assinale a alternativa que completa corretamente a
direção de propagação.
frase: Durante o fenômeno da refração, uma onda eletromagnética ao
III. Ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para passar de um meio de propagação para outro com velocidade menor,
se propagarem. a onda refratada ______________________________.
IV. As ondas sonoras são transversais e não se propagam no vácuo. a) inverte a fase e diminui o comprimento de onda
R
b) inverte a fase e aumenta o comprimento de onda
MA

Assinale a alternativa que contém todas as afirmações verdadeiras.


SO

a) I e II c) não inverte a fase e diminui o comprimento de onda


b) I e III d) não inverte a fase e aumenta o comprimento de onda
c) II e III
T

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
d) II e IV
R
E

IA F
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução

L DO PRO
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!
05. (EEAR 2019) Uma onda com frequência de 50 kHz está na faixa do
a) infrassom.
b) ultrassom.
GABARITO
c) som audível grave.
d) som audível agudo. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. B 04. B 07. B 10. D
06. (EEAR 2019) Um instrumento musical produz uma onda sonora 02. C 05. C 08. D
a qual propaga-se no ar com velocidade V1 = 340 m/s e passa a
03. D 06. B 09. B
propagar-se na água com velocidade V2 = 1428 m/s. Sabendo-se que
essa onda sonora apresenta no ar um comprimento de onda de 0,5 m, EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
qual a frequência, em Hz, dessa onda ao propagar-se na água? 01. C 04. B 07. C 10. A
a) 170 02. C 05. B 08. D
b) 680 03. B 06. D 09. B
c) 714 EXERCÍCIOS DE COMBATE
d) 2856 01. C 04. C 07. D 10. C
02. A 05. B 08. C
03. B 06. B 09. B

282 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 282 03/11/2021 11:02:21


MOVIMENTO HARMÔNICO
SIMPLES (MHS)

Quando a força resultante que atua em uma partícula apresentar


a forma abaixo

F = –kr rˆ

Podemos dizer que a partícula realiza um M.H.S.


Vamos imaginar a seguinte situação: uma mola pendurada no
teto com a sua outra ponta presa a um bloco de massa m. O sistema
está inicialmente em repouso. Ou seja, a mola está esticada e essa

D O PPodemos
elongação x é medida com a equação abaixo:

mg L R Over que a movimentação vertical do objeto ao longo de


mg  kx  x 
I A F é um M.H.S. cujo período é o mesmo do objeto
(tempo para dar a E
k sua trajetória circular
R
O que fizemos foi igualar o módulo da força peso ao da força
volta no círculo) e a amplitude do seu movimento
coincide com o raio da trajetória.

S
TE

elástica. Vamos lembrar que a força elástica é definida como Sendo assim podemos calcular a velocidade angular (ω) do

SO
 objeto, a fim de descobrirmos o período de oscilação do M.H.S.
F = –kx xˆ
MA

A partir da figura acima podemos retratar o movimento do bloco


na mola, por exemplo. Note que, inicialmente o nosso bloco está na

R
O sinal de menos deve-se ao fato de que o sentido da força é posição x = A. Pelo gráfico podemos tirar a equação da posição de um
oposto ao sentido da deformação da mola. corpo realizando um M.H.S. em função do tempo:
Bom, vamos continuar com a nossa situação. Suponha que

alguém, após a situação acima, tenha aplicado uma força no bloco x  t   Asen  t   Acos( t  )
de modo que a mola esticasse ainda mais (x+d). Nesse caso a força 2
elástica supera, em módulo, a força peso. Logo após a mola alcançar R
essa nova posição (L+x+d), onde L é o seu comprimento natural, essa Perceba que, no caso da figura, a posição inicial é x = 0. No nosso
MA

pessoa que aplicou uma força extra no bloco o solta. Como será o exemplo da mola, o bloco começa na posição x = A, então, de modo
SO

movimento da mola? mais geral (é mais conveniente), temos que:


Sim, será oscilatório. A mola ficará oscilando em torno da posição
x  t   Acos ( t + 0 )
inicial de equilíbrio (x). Vamos considerar que não há atuação de forças
T

R
dissipativas. A amplitude do movimento (A) será justamente o quanto
E

Onde θ0 é a fase inicial do sistema.


IA
a pessoa esticou a mola (d). Sendo assim, o bloco oscilará da posição
F
L DO PRO
inicial A, subindo, passando pela posição de equilíbrio e alcançando Note que, como a posição inicial do bloco é x = A, no nosso
a posição –A, onde começará a descer, passando novamente pela exemplo, então:
posição de equilíbrio e voltando para o ponto A. O tempo necessário
para uma oscilação completa é chamado de período (T), que é o inverso x 0  A  Acos  0   0  0
da frequência (f) de oscilação do movimento, como já sabemos.
2
Lembrando que   2f  . Sabendo a frequência ou
T
o período do movimento, conseguimos determinar a posição do
objeto submetido a um M.H.S. em função do tempo. A fase inicial
conseguimos descobrir sabendo a posição inicial do corpo e/ou a sua
velocidade inicial. Porém, podemos descobrir a velocidade angular de
outra maneira. Para isso vamos, a partir da equação da posição, as
equações da velocidade e da aceleração em função do tempo:
dx  t 
v t   –Asen  t  0 
dt
e

dv  t 
a t   – 2A cos  t  0   – 2x  t 
Um M.H.S. pode ser transformado em um círculo. A analogia dt
ajuda bastante no entendimento do movimento.
Observe o círculo a seguir:

PROMILITARES.COM.BR 283

PM_BOOK08_FIS.indb 283 03/11/2021 11:02:27


MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

Observação
A velocidade será nula quando o objeto estiver nos extremos (x = – A
e x = + A) e máxima quando estiver na posição de equilíbrio, já
que, nesse ponto, a aceleração será nula, ou seja, cos(ωt + θ0) = 0,
portanto, sen(ωt + θ0) = 1 ou –1. A tabela abaixo apresenta todas
essas informações:

x=0 x=±A

v = ±ωA v=0

a=0 a = ±ω2A

mv 2 m2A 2 KA 2
Ec    Em =
Ep = Em
2 2 2 As equações de movimento continuam sendo as definidas
anteriormente, já que se trata de um M.H.S. bem como todas as
informações da tabela. O que será diferente é a velocidade angular do
A partir da tabela anterior podemos entender como se comportam movimento. Pela figura acima podemos dizer que:
as energia no movimento e gerar o gráfico abaixo:
–mgsen  ma  –m2x

L D O POnde
RO x  lsen
I A FE
R
Então:
g


S
TE

SO
MA

Logo:
l

R
T  2
g

Exercício Resolvido

01. Um pêndulo cujo comprimento de fio vale 1,0 m foi


R
abandonada a uma distância de 20 cm da posição de equilíbrio.
MA

A energia mecânica constante durante o movimento e, conforme Qual o período do movimento? E se o pêndulo fosse afastado a
SO

a energia potencial cai, a cinética aumenta e vice-versa. uma distância de 10 cm, qual seria o período?
Note também, a partir da tabela, que a aceleração é diretamente
proporcional ao deslocamento do objeto:
T

Resolução:
S

R
E

a  – x  t 
2 Apesar de ser contra a nossa intuição, o período não depende da
E

IA F
amplitude de oscilação. Sendo assim, tanto a 20 cm quanto a 10
Então:
L DO PRO cm, o período será 2
1
g
 2, 2 s.
F  –m2x  t   –kx  t 

Podemos definir a velocidade angular, também chamada de Observação


pulsação, do movimento de um bloco de massa m preso a uma mola
de constante elástica k sob M.H.S. como: Essa fórmula só vale para pequenas oscilações. Mas, para um
afastamento de 45°, por exemplo, o erro é menor que 10%. Então
k podemos usar essa fórmula sem muitos problemas.

m

Logo: Exercício Resolvido

02. Considere um sistema massa-mola que oscila verticalmente


m sob a ação da gravidade, g, e tem a mola de constante elástica k
T  2
k e distensão x. Sendo a massa m, é correto afirmar que a energia
potencial do sistema é função de
Outro exemplo muito comum de M.H.S. é o movimento de uma a) k e x² apenas.
bolinha de massa m presa por um fio cuja outra extremidade está
b) m, g, x e k.
presa no teto. Movimento de um pêndulo simples.
c) m e g apenas.
d) m, g e x apenas.

284 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 284 03/11/2021 11:02:34


MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

Resolução: B Exercício Resolvido


A energia potencial do sistema é dada pela soma das energias 04. Em um oscilador harmônico simples, do tipo massa-mola, a
potenciais elástica e gravitacional. posição e a velocidade podem variar com o tempo conforme as
E=
S Eel + Eg seguintes funções:
kx 2 a) sen(ωt) e sen(ωt).
=
ES + mgh
2 b) sen(ωt) e cos(ωt).

Sendo assim, ES é função de m, g, x e k. c) cos(ωt) e tg(ωt).


d) tg(ωt) e cos(ωt).

Exercício Resolvido Resolução: B


03. Considere duas situações em que dois pêndulos (A e B) de De acordo com o sistema de referência adotado e a direção de
mesmo comprimento oscilam livremente em um cenário isento de oscilação do sistema massa mola, a posição e a velocidade podem
resistência do ar. A esfera A tem o mesmo volume que a B, todavia, variar de acordo com as funções:
por serem de materiais diferentes, a densidade de A é um terço x = A cos ( ωt + θ0 ) e v x = − A sen ( ω t + θ0 )
da de B. Ambas são soltas da mesma altura e do repouso para 
iniciarem a oscilação. =y A sen ( ωt + θ0 ) e= v y A cos ( ω t + θ0 )

Considerando amplitude unitária (A = 1) e fase inicial nula (θ0 = 0),


chega-se a alternativa correta.

L DO PRO
IA FE
Exercício Resolvido

R 05. Um sistema massa-mola horizontal é composto por um bloco


de massa 0,5 kg, realizando um movimento harmônico simples

S
TE

ao longo de um eixo ox, preso à extremidade de uma mola ideal

SO
de constante elástica 2 N/m. O comportamento da posição x da
MA

Com base na situação descrita, são feitas algumas afirmações. partícula, em função do tempo t, é representado pelo gráfico
ilustrado na figura abaixo.
I. O período de oscilação de A é igual ao de B.

R
II. A velocidade com que B passa pelo ponto mais baixo da
trajetória é três vezes maior do que a velocidade com que A
passa pelo mesmo ponto.
III. A aceleração com que B passa pelo ponto mais baixo da
trajetória é maior do que a de A nesse mesmo ponto. R
Em relação às afirmações acima, marque V para as verdadeiras e F
MA

para as falsas e assinale a alternativa correta.


SO

a) I – F; II – V; III – F.
A posição ocupada por essa partícula no instante 10 s é de,
b) I – V; II – F; III – V. aproximadamente,
T

c) I – F, II – V; III – V. a) x = 0,00 m
R
E

d) I – V; II – F; III – F.
IA b) x = 0,20 m
F
RO
c) x = 0,47 m
Resolução: D L D O d) Px = 0,50 m
[I] Verdadeira. O período de oscilação dos pêndulos somente
depende do comprimento da corda e como ambos têm o mesmo
Resolução: B
comprimento, também terão o mesmo período que é dado por
L O período do MHS é dado por
T = 2π
g m 0,5 kg
T = 2π ⇒ T = 2π ∴T =π s
[II] Falsa. Usando a Conservação de Energia Mecânica, a velocidade k 2N m
no ponto mais baixo da trajetória depende basicamente da altura
Assim, a frequência angular é
inicial e como ambos foram abandonados na mesma posição
então suas velocidades no ponto mais baixo da trajetória são 2π 2π rad
=
ω = ∴=
ω 2 rad s
iguais, independente da massa ser diferente. T πs
v = 2gh A equação horária das posições para o MHS é x ( t )= A ⋅ cos ( ωt + ϕ0 )
Observando o diagrama nota-se que o movimento começa pela
[III] Falsa. A aceleração no ponto mais baixo da trajetória é nula e é
amplitude máxima (A = 0,5 m), portanto a fase inicial é zero
máxima nos pontos mais altos da trajetória.
radiano (ϕ0 = 0 rad).
Assim, substituindo tudo e calculando a posição para 10 s, temos:
x(10 s) = 0,5 m · cos (2 rad/s · 10 s + 0 rad) ∴ x (10 s) = 0,20 m.

PROMILITARES.COM.BR 285

PM_BOOK08_FIS.indb 285 03/11/2021 11:02:34


MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

Exercício Resolvido c) a velocidade angular seja máxima no ponto mais baixo da


trajetória.
06. Um relógio de pêndulo, constituído de uma haste metálica d) a velocidade angular seja mínima no ponto mais baixo da
de massa desprezível, é projetado para oscilar com período de trajetória.
1,0 s, funcionando como um pêndulo simples, a temperatura de
20°C. Observa-se que, a 35°C, o relógio atrasa 1,8 s a cada 2,5 03. Em um oscilador harmônico simples, a energia potencial na
h de funcionamento. Qual é o coeficiente de dilatação linear do posição de energia cinética máxima
material que constitui a haste metálica?
a) tem um máximo e diminui na vizinhança desse ponto.
a) 0,7 x 10-5 °C-1
b) tem um mínimo, aumenta à esquerda e se mantém constante à
b) 1,2 x 10-5 °C-1 direita desse ponto.
c) 1,7 x 10-5 °C-1 c) tem um mínimo e aumenta na vizinhança desse ponto.
d) 2,2 x 10-5 °C-1 d) tem um máximo, aumenta à esquerda e se mantém constante à
e) 2,7 x 10-5 °C-1 direita desse ponto.

Resolução: B 04. Um enfeite para berço é constituído de um aro metálico com um


ursinho pendurado, que gira com velocidade angular constante. O aro
Comprimento inicial do pêndulo: permanece orientado na horizontal, de forma que o movimento do
L0 L 10 2,5 ursinho seja projetado na parede pela sua sombra.
T0 = 2π ⇒ 1 = 2π 0 ⇒ L0 = 2 = 2
g 10 4π π Enquanto o ursinho gira, sua sombra descreve um movimento
a) circular uniforme.
Atraso do pêndulo após o aquecimento a cada segundo:
1,8 s 2,5 ⋅ 3600 s L D O b) Pretilíneo
R Ouniforme.
IA F E variado.
c) retilíneo harmônico simples.
x 1s
x= 2 ⋅ 10−4 s R d) circular uniformemente
e) retilíneo uniformemente variado.

S
TE

Portanto, o novo período do pêndulo será T = 1 s + 2 · 10-4 s =

SO
1,0002 s 05. Alguns relógios utilizam-se de um pêndulo simples para
MA

Comprimento final do pêndulo: funcionarem. Um pêndulo simples é um objeto preso a um fio que é
colocado a oscilar, de acordo com a figura abaixo.
L L 1,00022 ⋅ 10 2,501

R
T =2π ⇒ 1,0002 =2π ⇒ L0 = = 2
g 10 4 π2 π

Pela equação da dilatação linear, obtemos:


∆L= L0 ⋅ α ⋅ ∆θ
0,001 2,5
= ⋅ α ⋅ ( 35 − 20 ) R
π2 π2
MA

0,001
SO

α=
2,5 ⋅ 15
Desprezando-se a resistência do ar, este objeto estará sujeito à ação de
∴ α ≅ 2,7 ⋅ 10−5 °C−1 duas forças: o seu peso e a tração exercida pelo fio. Pode-se afirmar
T

que enquanto o pêndulo oscila, a tração exercida pelo fio


R
E

F
a) tem valor igual ao peso do objeto apenas no ponto mais baixo
EXERCÍCIOS DE IA da trajetória.
O
L D Oc) tem R menor que o peso do objeto em qualquer ponto da
FIXAÇÃO
b) tem valor igual ao peso do objeto em qualquer ponto da trajetória.
P valor
trajetória.
d) tem valor maior que o peso do objeto no ponto mais baixo da
01. Em antigos relógios de parede era comum o uso de um pêndulo trajetória.
realizando um movimento harmônico simples. Considere que um e) e a força peso constitui um par ação-reação.
desses pêndulos oscila de modo que vai de uma extremidade a outra
em 0,5 s. Assim, a frequência de oscilação desse pêndulo é, em Hz, 06. Se fossem desprezados todos os atritos e retirados os
a) 0,5. c) 2π. amortecedores, um automóvel parado em uma via horizontal poderia
b) 1. d) 2. ser tratado como um sistema massa mola. Suponha que a massa
suspensa seja de 1000 kg e que a mola equivalente ao conjunto que
o sustenta tenha coeficiente elástico k. Como há ação também da
02. Considere um pêndulo composto por uma corda flexível e
gravidade, é correto afirmar que, se o carro oscilar verticalmente, a
inextensível presa ao teto e com uma massa presa à outra extremidade.
frequência de oscilação
Suponha que a massa se desloca em um plano vertical. Uma das
condições para que o movimento desse pêndulo seja aproximado por a) não depende da gravidade e é função apenas do coeficiente
um movimento harmônico simples é que elástico.
π π b) é função do produto da massa do carro pela gravidade.
a) a amplitude angular das oscilações seja entre e .
4 2 c) não depende da gravidade e é função da razão entre k e a massa
b) a amplitude angular das oscilações seja muito menor que o do carro.
comprimento da corda. d) depende somente do coeficiente elástico k.

286 PROMILITARES.COM.BR

PM_BOOK08_FIS.indb 286 03/11/2021 11:02:35


MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

07. Considere um pêndulo de relógio de parede feito com um fio 03. Um técnico de laboratório comprou uma mola com determinada
flexível, inextensível, de massa desprezível e com comprimento de constante elástica. Para confirmar o valor da constante elástica
24,8 cm. Esse fio prende uma massa puntiforme e oscila com uma especificada pelo fabricante, ele fez o seguinte teste: fixou a mola
frequência próxima a 1 Hz. Considerando que a força de resistência do verticalmente no teto por uma de suas extremidades e, na outra
ar seja proporcional à velocidade dessa massa, é correto afirmar que extremidade, suspendeu um bloco com massa igual a 10 kg.
a) a força de atrito é máxima onde a energia potencial gravitacional Imediatamente após suspender o bloco, ele observou que este oscilava
é máxima. com frequência 2 Hz. Calcule o valor da constante elástica.
b) a energia cinética é máxima onde a energia potencial é máxima. a) 160π² N/m
c) A força de atrito é mínima onde a energia cinética é máxima. b) 16π² N/m
d) a força de atrito é máxima onde a energia potencial gravitacional c) 1,6π² N/m
é mínima. d) (16π)² N/m
e) 0,16π² N/m
08. Um pêndulo simples oscila harmonicamente com frequência fT na
superfície da Terra. Caso esse mesmo pêndulo seja posto para oscilar 04. Um pêndulo simples oscila, num local onde a aceleração da
também harmonicamente na superfície lunar, onde a gravidade é gravidade é 10m/s², com um período de oscilação igual a π/2
1 segundos. O comprimento deste pêndulo é:
aproximadamente do valor na Terra, sua frequência de oscilação
6 a) 1,6 m
será fL. A razão entre a frequência de oscilação na Lua e na Terra é
b) 0,16 m
1 b) 6. 1
a) . d) . c) 62,5 m
6 c) 6 6

D O e) P0,625
d) 6,25 m

L
09. O pêndulo simples é um sistema ideal constituído de uma partícula R mO
I A
suspensa a um fio flexível, inextensível e de massa desprezível. Quando FE
R
o sistema é afastado de sua posição de equilíbrio e liberado a oscilar,
seu período de oscilação é
05. A figura abaixo representa o movimento de um pêndulo que
oscila sem atrito entre os pontos x1 e x2.

S
TE

a) independente do comprimento do pêndulo.

SO
b) diretamente proporcional à massa pendular.
MA

c) inversamente proporcional à amplitude de oscilação.


d) inversamente proporcional à raiz quadrada da intensidade do

R
campo gravitacional.

10. Um pêndulo de relógio antigo foi construído com um fio metálico


muito fino e flexível. Prendeu-se a uma das extremidades do fio
uma massa e fixou-se a outra extremidade ao teto. Considerando
exclusivamente os efeitos da temperatura ambiente no comprimento R
do fio, pode-se afirmar corretamente que, com um aumento de
MA

SO

temperatura, o período e a frequência do pêndulo


a) diminui e aumenta, respectivamente.
Qual dos seguintes gráficos melhor representa a energia mecânica
b) aumenta e diminui, respectivamente. total do pêndulo – ET – em função de sua posição horizontal?
T

R
c) aumenta e mantém-se constante, respectivamente.
E

d) se mantêm constantes.
IA
a)
F d)

EXERCÍCIOS DE
L DO PRO
TREINAMENTO
01. O período do Movimento Harmônico Simples (MHS) de um b) e)
sistema massa-mola:
a) depende da massa do ponto material em movimento.
b) depende da amplitude de oscilação.
c) independe da massa do ponto material.
d) independe da constante elástica.
e) independe da frequência de oscilação.
c)
02. Um jovem estudante resolve construir um relógio usando uma
mola de constante elástica k = 72 N/m. Considerando π = 3, para que
cada oscilação corresponda a um segundo, o estudante deve prender
à mola uma massa de:
a) 1 kg c) 3 kg e) 5 kg
b) 2 kg d) 4 kg

PROMILITARES.COM.BR 287

PM_BOOK08_FIS.indb 287 03/11/2021 11:02:36


MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

06. Um pêndulo é solto a partir do repouso, e o seu movimento 10. Considere uma massa m acoplada a uma mola de constante
subsequente é mostrado na figura. elástica k. Assuma que a massa oscila harmonicamente com frequência
angular ω = k m. Nesse sistema, a posição da massa é dada por x =
A sen(ωt) e sua velocidade é v = ωAcos(ωt). A energia mecânica desse
sistema é dada por
a) kA²/2.
b) k[A sen(ωt)]²/2.
c) k[Acos(ωt)]²/2.
d) kω²/2.

EXERCÍCIOS DE

Sabendo que ele gasta 2,0 s para percorrer a distância AC, é CORRETO
afirmar que sua amplitude e frequência valem, respectivamente, COMBATE
a) AC e 0,12 Hz d) BA e 2,0 Hz
b) AB e 0,25 Hz e) BC e 4,0 Hz
01. Um pêndulo simples, de comprimento L, tem um período de
c) BC e 1,0 Hz oscilação T, num determinado local. Para que o período de oscilação
passe a valer 2T, no mesmo local, o comprimento do pêndulo deve ser

D O a) P1 L.R O
07. Um gerador que produz energia a partir das ondas do mar consiste aumentado em:

A L
essencialmente em uma boia que sobe e desce com o movimento das d) 5 L.
ondas, fazendo um motor girar e produzir eletricidade. Com o objetivo
I b) 2 L.
de verificar a disponibilidade e eficiência dessa forma de geração de FE e) 7 L.

R
energia na costa pernambucana, um grupo de pesquisadores instalou
uma boia no mar. Um trecho do gráfico da altura da boia y em função
c) 3 L.

S
TE

do tempo t é mostrado a seguir: 02. O período de oscilação de um pêndulo simples pode ser calculado

SO
L
por T = 2π , onde L é o comprimento do pêndulo e g a aceleração
MA

g
da gravidade (ou campo gravitacional) do local onde o pêndulo se

R
encontra. Um relógio de pêndulo marca, na Terra, a hora exata.
É correto afirmar que, se este relógio for levado para a Lua,
a) atrasará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do terrestre.
b) não haverá alteração no período de seu pêndulo, pois o tempo na
Lua passa da mesma maneira que na Terra.
R
c) seu comportamento é imprevisível, sem o conhecimento de sua
MA

massa.
SO

d) adiantará, pois o campo gravitacional lunar é diferente do


A altura foi medida em relação ao nível da água do mar sem ondas.
terrestre.
Com base nessas
T

e) não haverá alteração no seu período, pois o campo gravitacional


S

a) y(t) = (0,3 m) sen(πt) d) y(t) = (30 m) sen(1,5πt)


R lunar é igual ao campo gravitacional terrestre.
E

b) y(t) = (0,3 m) cos(πt)


IA
e) y(t) = (30 m) cos(1,5πt)
F
L DO PRO
c) y(t) = (0,3 m) sen(0,5πt) 03. A partícula de massa m, presa à extremidade de uma mola, oscila
num plano horizontal de atrito desprezível, em trajetória retilínea em
08. Um macaco tem o hábito de se balançar em um cipó de 10 m de torno do ponto de equilíbrio, O. O movimento é harmônico simples,
comprimento. Se a aceleração gravitacional local for 10 m/s2, qual o de amplitude x.
período de oscilação do macaco?
a) 2 s d) π s
b) 2π s e) 0,5 s
c) 1s
Considere as afirmações:
09. Considere um pêndulo construído com uma esfera de 1 kg presa
I. O período do movimento independe de m.
ao teto por um fio inextensível, completamente flexível e com massa
desprezível. Note que essa massa se desloca dentro de um fluido, o ar, II. A energia mecânica do sistema, em qualquer ponto da trajetória
que exerce na esfera uma força de arrasto em sentido oposto ao seu é constante.
vetor velocidade. De modo simplificado, a força de arrasto na esfera III. A energia cinética é máxima no ponto O.
  
pode ser descrita como F = −bV, onde V é o vetor velocidade da É correto afirmar que SOMENTE
massa e b uma constante positiva. Assim, é correto afirmar que no
a) I é correta.
ponto mais baixo da trajetória a força de arrasto é
b) II é correta.
a) vertical e tem maior módulo.
c) III é correta.
b) horizontal e tem menor módulo.
d) I e II são corretas.
c) horizontal e tem maior módulo.
e) II e III são corretas.
d) vertical e tem menor módulo.

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MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

04. (AFA) Um pêndulo simples, de mesma m e comprimento L, executa 07. (ESPCEX) Peneiras vibratórias são utilizadas na indústria de
oscilações de amplitude angular θ, num local onde a aceleração da construção para classificação e separação de agregados em diferentes
gravidade é g. Determine a tração no fio no ponto mais baixo. tamanhos. O equipamento é constituído de um motor que faz vibrar
uma peneira retangular, disposta no plano horizontal, para separação
dos grãos. Em uma certa indústria de mineração, ajusta-se a posição da
peneira de modo que ela execute um movimento harmônico simples
(MHS) de função horária x = 8 cos(8πt), onde x é a posição medida em
centímetros e t, o tempo em segundos. O número de oscilações a cada
segundo executado por esta peneira é de
a) 2 c) 8 e) 32
b) 4 d) 16
a) mg
b) mgsen θ 08. (ESPCEX) Uma mola ideal está suspensa verticalmente, presa a um
ponto fixo no teto de uma sala, por uma de suas extremidades. Um
c) mg(1 – 2 cos θ) corpo de massa 80 g é preso à extremidade livre da mola e verifica-se
d) mg(3 – 2 cos θ) que a mola desloca-se para uma nova posição de equilíbrio. O corpo
é puxado verticalmente para baixo e abandonado de modo que o
05. (EN 2014) Observe as figuras a seguir. sistema massa-mola passa a executar um movimento harmônico
simples. Desprezando as forças dissipativas, sabendo que a constante
elástica da mola vale 0,5 N/m e considerando π = 3,14, o período do
movimento executado pelo corpo é de

L D O a)b) P2,512
R sO
1,256 s c) 6,369 s
d) 7,850 s
e) 15,700 s

I A FE
R 09. (ESPCEX) Uma criança de massa 25 kg brinca em um balanço cuja
haste rígida não deformável e de massa desprezível, presa ao teto,

S
TE

tem 1,60 m de comprimento. Ela executa um movimento harmônico

SO
simples que atinge uma altura máxima de 80 cm em relação ao solo,
As figuras acima mostram um pêndulo simples formado por uma conforme representado no desenho abaixo, de forma que o sistema
MA

pequena esfera de massa m e carga elétrica positiva q. O pêndulo é criança mais balanço passa a ser considerado como um pêndulo
simples com centro de massa na extremidade P da haste. Pode-se

R
posto para oscilar, com pequena amplitude, entre as placas paralelas
de um capacitor plano a vácuo. A esfera é suspensa por um fio fino, afirmar, com relação à situação exposta, que
isolante e inextensível de comprimento L. Na figura 1, o capacitor está
descarregado e o pêndulo oscila com um período T1. Na figura 2, o
capacitor está carregado, gerando em seu interior um campo elétrico
constante de intensidade E, e observa-se que o pêndulo oscila com um
período T2. Sabendo-se que a aceleração da gravidade é g, qual é a R
expressão da razão entre os quadrados dos períodos, (T1/T2)²?
MA

SO

qE qE qE
a) 1+ c) L+ e) 1−
mg mgL mgL
T

qE qE
S

b) 1− d) L−
mg mgL
R
E

IA F
06. (EN 2014) Observe a figura a seguir.
L D O Pconsidere O
Dados: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s2
R o ângulo de abertura não superior a 10°.
a) a amplitude do movimento é 80 cm.
b) a frequência de oscilação do movimento é 1,25 Hz.
c) o intervalo de tempo para executar uma oscilação completa é de
0,8π s.
d) a frequência de oscilação depende da altura atingida pela criança.
e) o período do movimento depende da massa da criança.

10. (ESPCEX) Um ponto material realiza um movimento harmônico


simples (MHS) sobre um eixo 0x, sendo a função horária dada por:
π 
=x 0,08 ⋅ cos  t + π  , para x em metros e t em segundos.
Na figura acima, a mola possui uma de suas extremidades presa ao 4 
teto e a outra presa a um bloco. Sabe-se que o sistema massa-mola A pulsação, a fase inicial e o período do movimento são,
oscila em MHS segundo a função y(t) = 5,0sen(20t), onde y é dado respectivamente,
em centímetros e o tempo em segundos. Qual a distensão máxima da π d) π rad s , 2π rad, 6 s.
a) rad s , 2π rad, 6 s.
mola, em centímetros? 4 π
Dado: g = 10 m/s² π e) rad s , π rad, 8 s.
b) 2π rad, rad s , 8 s. 4
a) 5,5 c) 7,5 e) 9,5 4
b) 6,5 d) 8,5 π
c) rad s , π rad, 4 s.
4

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MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS)

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. B 04. C 07. D 10. B
02. B 05. D 08. A
03. C 06. C 09. D
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. A 04. E 07. A 10. A
02. B 05. C 08. B
03. A 06. B 09. C
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C 04. D 07. B 10. E
02. A 05. A 08. B
03. E 06. C 09. C
L DO PRO
ANOTAÇÕES
I A FE
R

S
TE

SO
MA

R
R
MA

SO
T

R
E

IA F
L DO PRO

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PM_BOOK08_FIS.indb 290 03/11/2021 11:02:38


MATÉRIA E RADIAÇÃO

MODELOS ATÔMICOS Os problemas do modelo de Dalton para a época é que ele não
sabia explicar por que os átomos se ligam uns aos outros, como
ocorrem rearranjos atômicos e nem como funcionam os fenômenos
LEUCIPO E DEMÓCRITO da eletricidade e os efeitos dos ímãs. Por isso, a questão do modelo
Os modelos atômicos possuem início no século V a.C., período no atômico foi considerada ainda em aberto.
qual viveram os filósofos gregos Leucipo e Demócrito. Ambos criaram
a ideia do atomismo, na qual acreditava-se que, ao dividir a matéria MODELO ATÔMICO DE THOMSON
sucessivamente, o produto seriam partículas invisíveis ao olho humano
e indivisíveis, denominadas átomos. Em seguida, veio Joseph John Thomson. Em 1897, Thomson
descobriu o elétron através de um experimento em um tubo de raios

DO PRO
A analogia poderia ser feita com a praia e a areia, por exemplo. catódicos. Para tanto, utilizou de uma ampola de Crookes e realizou

A L
Olhando de longe, têm-se a impressão de que a praia é formada por descargas elétricas em um gás rarefeito (isto é, à baixa pressão). Com
uma matéria contínua. Mas, quando se observa a areia de perto, vê-se
que ela é composta por diversos grãos pequenos. I FE
uma voltagem grande o suficiente, Thomson observou que eram
formadas emissões, chamadas raios catódicos.
R
Aristóteles, um dos principais filósofos da antiguidade, discordou
fortemente dessa ideia de átomo. Para ele a natureza era composta

S
TE

por quatro elementos básicos (ar, terra, fogo e água), que possuiriam

SO
propriedades fundamentais para caracterizar qualquer substância.
MA

Assim, Aristóteles acreditava na teoria de uma matéria contínua.


Logo, a teoria do atomismo deu início a uma série de estudos

R
da matéria ao longo dos séculos, o que eventualmente gerou os
chamados modelos atômicos.

MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON


A próxima grande definição feita na história a respeito da estrutura Figura retirada do livro Feltre vol.1
R
atômica ocorreu em 1803 com John Dalton, ao publicar os princípios
MA

de seu modelo atômico, que ficou conhecido como “Bola de Bilhar”. A fim de estudar mais a fundo o experimento, aplicou um campo
SO

elétrico transversal à ampola e viu que os raios catódicos eram


desviados da placa negativa para a placa positiva. Assim, concluiu que
esses raios eram de natureza negativa.
T

R
E

IA F
L DO PRO

Segundo Dalton, os princípios seriam os seguintes:


• O átomo é uma minúscula esfera maciça, impenetrável,
indestrutível, indivisível e sem cargas elétricas.
• Os átomos de elementos diferentes possuem propriedades
diferentes entre si. Figura retirada do livro Feltre vol.1
• Os átomos de um mesmo elemento possuem propriedades
e peso iguais. A descoberta de Thomson o fez imaginar e criar o seu próprio
• Nas reações químicas os átomos permanecem inalterados. modelo atômico. Em especial, como descobriu os elétrons, ele sabia
da existência de partículas menores do que o átomo de hidrogênio,
• Na formação de compostos químicos, os átomos entram em de carga negativa, o que refutava a ideia de Dalton de que o átomo
proporções numéricas fixas, como 1/1, 1/2, 1/3, 2/3, etc. era a menor partícula possível. Através de seus experimentos, concluiu
• O peso de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos que a matéria seria formada por uma esfera de carga positiva, e
que o compõe. corpúsculos de carga negativa distribuídas uniformemente ao longo
dessa esfera, de modo que a carga total permanecia neutra. O seu
modelo é conhecido como “Pudim de Passas”.

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

Figura retirada do livro Feltre vol.1

Figura retirada do livro Feltre vol.1


MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD
Ernest Rutherford foi um cientista neozelandês que realizou o Postulou o seguinte com base nos seus experimentos:
seguinte experimento: com uma fonte radioativa (amostra de polônio
• Os elétrons descrevem órbitas circulares estacionárias ao
envolvida por uma camada de chumbo), incidiu partículas alfa, de
redor do núcleo, sem emitirem nem absorverem energia.
forma retilínea, em uma lâmina extremamente fina de ouro. Além
disso, o cientista colocou um papel sensível atrás do aparato, de modo • Fornecendo energia a um átomo, um ou mais elétrons a
a detectar os impactos das partículas. O objetivo era observar o que absorvem e saltam para níveis mais afastados do núcleo.
aconteceria quando as partículas positivas tentassem atravessar os Ao voltarem às suas órbitas originais, devolvem a energia

D O P• RO núcleo
átomos. recebida em forma de luz.

A L O é positivamente carregado.
• A regiãoFvazia em torno do núcleo é denominada eletrosfera
I e é o local E
R onde os elétrons estão localizados.
Posteriormente, um cientista inglês James Chadwick explicou como

S
TE

o núcleo poderia conter diversos prótons, sem que esses sofressem

SO
extrema repulsão. Chadwick propôs a existência de partículas neutras,
denominadas nêutrons, que também estariam presentes no núcleo e
MA

seriam capazes de isolar os prótons.

R
Figura retirada do livro Feltre vol.1

Assim, o cientista observou que uma porcentagem pequena das


partículas era totalmente refletida, outra parte também pequena
era parcialmente refletida, atingindo um anteparo colocado atrás da R
lâmina, e o resto, que representava a maior parte, passava direto. Esse
MA

fato descaracterizou o modelo de Thomson, pois, com um átomo


SO

maciço de carga positiva com cargas negativas incrustradas, o resultado


esperado era que a maior parte fosse refletida completamente.
Também percebeu que o número de partículas que sofriam grandes Figura retirada do livro Feltre vol.1
T

deflexões era extremamente baixo, o que o fez concluir que a parte


R
E

positiva do átomo é muito pequena. Percebeu a presença dos elétrons


E

IA
pelas partículas que eram somente desviadas do caminho original, ÁTOMO DE BOHR F
L DO PRO
sem “rebater” na amostra de ouro, o que indicava que eram partículas Com o desenvolvimento da física eletromagnética, Bohr notou
positivas que sofriam atração eletrostática dos elétrons. que o modelo de Rutherford apresentava uma inconsistência forte.
Segundo Rutherford, o elétron estaria em órbita circular ao redor
do núcleo e, portanto, cada elétron estaria acelerado com uma
componente centrípeta. Contudo, pela teoria do eletromagnetismo,
toda carga elétrica submetida a uma aceleração emite onda
eletromagnética. Pelo Princípio da Conservação da Energia, o elétron,
ao emitir ondas eletromagnéticas, estaria perdendo energia cinética.
Assim, a sua órbita teria o raio cada vez menor até o instante em que
o elétron colidiria com o núcleo atômico.

Figura retirada do livro Feltre vol.1

Com isso, Ernest Rutherford modelou o seu átomo, o qual seria


formado por um núcleo positivo pequeno, onde a massa estaria
concentrada e por elétrons que se moveriam em órbitas ao redor do
núcleo, com um enorme espaço vazio entre os elétrons e o núcleo. O
seu modelo ficou conhecido como “Modelo Planetário do Átomo”. Figura retirada do livro Feltre vol.1

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

Portanto, o cientista Niels Bohr decidiu criar o seu modelo Onde a quantidade R0 é equivalente ao primeiro raio da órbita do
atômico, e o fez através dos seguintes postulados: hidrogênio, denominada Raio de Bohr:
• Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em
h2ε0
órbitas circulares que possuem níveis de energia quantizados. R0 =
πme2
• A energia total do elétron (cinética + potencial) não pode
apresentar um valor qualquer, e sim valores múltiplos de um
Como a energia do elétron é dada por:
quantum.
• Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a mv 2  1  ( Ze )( e )
E = Ecin + Epot → E = − 
diferença de energia é emitida ou suprida por um quantum 2  4 πε0  R
de luz (fóton), com energia igual à diferença de energia das
órbitas final e inicial, fenômeno denominado salto quântico.
Podemos simplificar a equação para:
• As órbitas permitidas para o elétron possui valor quantizado
de momento angular, dado pela quantia: L = nh/2π, onde n é Z2me4  Z2 
o número quântico principal (n = 1,2,3,...) e h é a constante E =− → E = 2  E0
8n2h2ε02 n 
de Planck.

Sendo E0 a energia da primeira camada do átomo de hidrogênio:

me4
E0 = −
8h2ε02

L D O Arnold
PPosteriormente
RJohannes
O
ao modelo de Bohr, um físico alemão chamado
Wilhelm Sommerfeld desenvolveu o seu modelo

IA atômico, em 1915, F estudando os espectros de emissão de átomos


mais complexos queEo hidrogênio. O físico sugeriu que além de órbitas
R circulares, os elétrons também poderiam realizar órbitas elípticas com
diversas formas, dando origem à subníveis de energia ou subcamadas.

S
TE

SO
MA

R
Figura retirada do livro Feltre vol.1

Apesar dos postulados acima, Bohr não sabia explicar essa


quantização presente na estrutura dos átomos, sendo o seu modelo R
puramente baseado em um aspecto experimental.
MA

SO

No desenvolvimento a seguir, falaremos sobre a matemática


envolvida no modelo de Bohr. Entretanto, vale ressaltar que o modelo
se aplica apenas a átomos hidrogenoides, isto é, átomos formados por
T

apenas um elétron, pois Bohr não contava com o efeito de repulsão


S

R
entre os elétrons de camadas distintas. Considerando um átomo MODELO ATÔMICO ATUAL
E

IA
hidrogenoide com número atômico Z, temos que a força de atração
F
O principal problema do modelo de Bohr foi se basear somente

L DO PRO
entre o elétron e o núcleo é: na física clássica. Sabe-se, hoje em dia, que os fenômenos atômicos
e subatômicos são, em sua maioria, quânticos. Ainda prevalece,
Kq1q2  1  ( Ze )( e )
=
F →=
F   contudo, o fato de o núcleo ser pequeno, denso e positivo, assim
d²  4 πε0  R² como a neutralidade atômica.
Em suma, o modelo atual se baseia fortemente na física quântica,
Onde e é a carga elementar (é a mesma para prótons e elétrons), com os seguintes princípios:
ε0 a permissividade do meio e R o raio atômico. Como essa força
atuante é a componente centrípeta, temos:
PRINCÍPIO DA DUALIDADE (OU DE DE BROGLIE)
mv 2  1  ( Ze )( e ) Com base nos experimentos do século XIX, concluiu-se que a luz
=F =   apresentava ora comportamento de partícula ora comportamento de
R  4 πε0  R²
onda. Então, o físico Louis De Broglie lançou a teoria de que, assim
como a luz, que era considerada apenas onda, poderia se comportar
Onde m é a massa do elétron. Além disso, o momento angular do como partícula, a partícula também pode apresentar características
elétron é quantizado: ondulatórias. Para o modelo atômico, afirmou que todo elétron
nh possui uma onda característica associada ao seu movimento.
= =
L mvR Sendo h a constante de Planck, a equação que faz a relação entre

o comprimento de onda λ associado uma partícula de massa m em
movimento (velocidade v ou quantidade de movimento p) é:
Com isso, obtemos:
h h
 n2   h2ε0   n2  λ= =
=R   = → R   R0 p mv
2 
 Z   πme   Z

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO DE PAULI


Em 1925, o físico Wolfgang Pauli formulou um princípio da física
quântica em que afirma que dois elétrons de um mesmo átomo não
podem ter o mesmo estado quântico simultaneamente. Assim, em
outros termos, dois elétrons não podem estar no mesmo orbital e com
a mesma velocidade vetorial. Para cada orbital pode-se ter no máximo
dois elétrons com velocidades vetoriais opostas.

REGRA DE HUND
Em 1925, o químico alemão Friedrich Hermann Hund propôs o
Considerou também que, como o elétron se comporta também princípio da máxima multiplicidade, em que afirma que a energia de
como onda, temos para o átomo de Bohr que cada circunferência um orbital semipreenchido é menor do que a energia de um orbital
de órbita do elétron deve ser um múltiplo do comprimento de onda completamente preenchido. Assim, os elétrons de um átomo devem
equivalente do elétron: ser colocados de tal forma que o número de orbitais semipreenchidos
2πR = nλ seja máximo.
Em 1905, Einstein propôs que a radiação eletromagnética era
quantizada por uma quantidade elementar chamada fóton. Isto é, a luz
PRINCÍPIO DA INCERTEZA seria composta por diversos “pacotes” menores de energia dada por:
Em 1926, o físico alemão Werner Karl Heisenberg observou que é
E = hf
impossível medir simultaneamente os valores de velocidade e posição
de um elétron. Pode-se saber apenas a velocidade do elétron em
D O Assim,
determinado instante ou a sua posição, mas não ambos ao mesmoP Onde h é a constante de Planck e f a frequência do fóton / luz.
Rsempre
L
tempo. Isso ocorre porque para conhecer a posição ou velocidade O que a luz é absorvida ou emitida por um corpo, esse

IA FnosEdosátomos
processo ocorre do corpo, sendo essa troca energética
de um elétron, é necessário incidir sobre ele um tipo específico de
realizada por meio fótons. Na absorção de luz, temos que um
R
radiação, o qual depende de qual dos dois parâmetros se deseja medir.
fóton é aniquilado e, na emissão, um fóton é gerado.
Como o elétron apresenta comportamento ondulatório, essa radiação

S
TE

vai interferir nos parâmetros secundários.


EFEITO FOTOELÉTRICO

SO
Por exemplo, para saber a posição do elétron, incide-se radiação
sobre ele. Para obter menor incerteza na posição, a radiação deve O Efeito Fotoelétrico é a emissão de elétrons por um material
MA

possuir o menor comprimento de onda possível. Assim, quando a (metálico, em geral) quando exposto a uma radiação eletromagnética
radiação interagir com o elétron, haverá uma troca de energia de ∆E = de frequência suficientemente alta. O valor da frequência mínima

R
hf = h/λ. Como o valor de λ deve ser pequeno, nota-se que a energia depende do material utilizado. Os elétrons emitidos através desse
trocada será extremamente alta. Assim, o elétron terá um ganho efeito recebem o nome de fotoelétrons. Esse fenômeno é utilizado
considerável de energia cinética e, portanto, a velocidade calculada por exemplo no funcionamento de óculos de visão noturna e portas
não será a velocidade real que o elétron possuía. automáticas.
A equação que relaciona as incertezas é dada por:
R
h 
MA

∆x∆p ≥ → ∆x∆p ≥
SO

4π 2

Onde ∆x é a incerteza na posição, ∆p é a incerteza na quantidade


T

de movimento, h é a constante de Planck e=  h / 2π é a constante


S

reduzida de Planck.
R
E

IA F
PRINCÍPIO DO ORBITAL
L que R O
D
os elétrons não se movem em órbitas bem definidas ao redor do O
Em 1926, o físico austríaco Erwin Schrödinger propôs P
núcleo, mas sim de modo aleatório em regiões concêntricas do
núcleo denominadas orbitais. Essas regiões seriam caracterizadas A explicação do efeito é a seguinte: a luz, ao entrar em contato
formalmente como a região do átomo de probabilidade máxima de com a superfície metálica, faz com que os elétrons do metal recebam
se encontrar o elétron. e absorvam fótons (cada elétron um fóton respectivamente). Como os
fótons são energéticos, os elétrons recebem a energia dos fótons e, se
essa energia for pelo menos a energia de ligação dos elétrons, eles são
ejetados do metal. Se a energia dos fótons for maior do que a energia
de ligação, os elétrons, além de serem ejetados do metal, recebem
energia cinética. Sendo h a constante de Planck e f a frequência do
fóton, temos que a energia do fóton é:
E = hf

Sendo Ec a energia cinética adquirida pelos elétrons e φ a função


trabalho do metal (isto é, a energia mínima para ejetar os elétrons)
temos:
SeE= hf > φ → Ec= hf − φ

= hf φ → E=
SeE c 0 elétrons não ejetados

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

Vale lembrar que essa energia cinética considerada na equação


acima é a energia cinética máxima possível dos elétrons. Isso porque
há elétrons em camadas diferentes, com energias de ligação distintas
e, portanto, cada elétron, se ejetado, vai adquirir uma energia cinética
diferente. Ao utilizar-se de uma diferença de potencial UAB para
desacelerar os elétrons (de carga e), temos que o trabalho realizado é:
W=
−qU =
−eUAB

Considerando que o potencial é suficiente para desacelerar


completamente os elétrons, teremos: Fonte: Ponto Ciência
W + Ec = 0 → eUAB = hf − φ
A relação entre o fenômeno e o material está diretamente ligada
ao número de elétrons livres dos átomos que compõe esse elemento.
Onde o potencial UAB é denominado potencial de corte. A Os materiais condutores são metálicos em geral. Isso ocorre porque
frequência mínima para a emissão dos elétrons é denominada os metais possuem uma camada de valência bem distante do núcleo,
frequência de corte. com poucos elétrons. Assim, os elétrons de valência ficam pouco
Um fator de extrema importância é que a emissão dos elétrons atraídos ao núcleo, formando uma nuvem de elétrons “soltos” e
não depende da intensidade I da luz incidente, apenas da frequência. cátions, denominada mar de elétrons livres. Com essa facilidade de
O motivo é que cada elétron troca energia com um fóton apenas deslocamento dos elétrons, o metal torna-se um material condutor.
e a intensidade da luz altera a taxa de fótons que são incididos em
determinada área do metal. Assim, aumentar a intensidade da luz vai

L DO PRO
fazer com que mais elétrons sejam emitidos (maior corrente) somente
se a frequência da luz for a mínima suficiente. Caso a frequência

I A
seja menor do que a frequência de corte, aumentar a intensidade da FE
R
luz não vai gerar a emissão de elétrons, vai apenas fazer com que a
amostra receba mais fótons de energia insuficiente.

S
TE

SO
MA

Para analisar esse tipo de comportamento, surge o conceito de


bandas de energia nos sólidos. À medida que átomos se agrupam na

R
formação ordenada, cristalina de um sólido, os elétrons sentem a ação
dos elétrons e núcleos dos átomos adjacentes. Esta influência é tal que
cada estado atômico distinto pode se dividir em uma série de estados
eletrônicos proximamente espaçados, para formar o que é conhecido
como banda de energia eletrônica.
R
MA

SO

(V é o potencial UAB)
T

R
Alguns componentes tecnológicos funcionam à base do efeito
E

fotoelétrico. Desses pode-se citar o sensor fotoelétrico, o qual responde


IA F
L DO PRO
eletricamente às variações de intensidade de luz que incide sobre ele e
o LDR (resistor dependente de luz), de resistência variável também de Um material condutor apresenta a banda de valência parcialmente
acordo com a intensidade luminosa. Outro exemplo é na radiografia, ocupada. Deste modo, os portadores de carga podem navegar nessa
onde ondas eletromagnéticas de raio X (radiação de alta frequência) banda, sem restrições, com o fornecimento de uma energia pequena,
são utilizadas determinar materiais de composição não uniforme. Isso caso dos metais por exemplo. Em um isolante, a banda de valência
é possível porque a densidade e composição de cada área do material está completamente cheia e a próxima banda a ser ocupada está com
analisado está diretamente relacionada com a absorção de raio X. Pelo um gap de energia bem alto. Ou seja, para o material conduzir as
efeito fotoelétrico e o efeito de Compton, consegue-se determinar cargas, os elétrons devem ganhar uma energia elevada. Por fim, em um
imagens radiográficas, as quais possuem tonalidades de cor de cinza semicondutor a diferença de energia (gap) é um valor razoável, o qual
que variam de acordo com a interação fóton-elétron na matéria de pode ser obtido pela radiação eletromagnética (luz) ou energia térmica.
cada área do corpo.

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS


As propriedades de um material (características elétricas, térmicas
e magnéticas) estão diretamente relacionadas com o formato
eletrônico do átomo que compõe o elemento analisado.

CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS E TÉRMICAS


Os materiais podem conduzir bem a eletricidade quando na
presença de um campo, que é o caso de condutores. Quando os
materiais não são capazes de conduzir eletricidade nem na presença
de campos grandes, são denominados isolantes. Entre as duas
classificações há o meio termo, os semicondutores.

PROMILITARES.COM.BR 295

PM_BOOK08_FIS.indb 295 03/11/2021 11:02:41


MATÉRIA E RADIAÇÃO

Adicionalmente, pode-se colocar impurezas aos semicondutores


de modo a facilitar a promoção dos portadores de carga à banda de
condução, processo denominado dopagem. Se a impureza adicionada
possui mais elétrons de valência, ela será doadora de elétrons,
formando o semicondutor do tipo n. Caso a impureza possua menos
elétrons na camada de valência, o semicondutor formado será do tipo
p, sendo a impureza um receptor de elétrons. Em ambos os casos,
facilita-se o processo de condução eletrônica.
As propriedades térmicas de um material estão ligadas à capacidade Os elementos diamagnéticos são aqueles que, ao serem
dos átomos transferirem energia térmica. Isso ocorre através de submetidos a um campo magnético, têm seus elétrons alinhados de
vibração dos átomos, que transferem energia aos átomos vizinhos e tal modo que geram um campo de sentido contrário ao aplicado. São
assim por diante. As partículas responsáveis por essa transferência de fracamente repelidos pelos ímãs naturais e não apresentam elétrons
energia são os elétrons, e é por isso que as características térmicas e desemparelhados. Alguns exemplos de espécies diamagnéticas são o
elétricas de um material são similares. Os metais, por exemplo, são bismuto, o cobre, a prata e o chumbo.
bons condutores de calor, devido ao mar de elétrons, que facilita a
transferência de energia térmica.

L DO PRO
IA F campo
Os elementos ferromagnéticos são elementos que, ao serem

R
submetidos a um
E magnético, têm seus elétrons alinhados na
mesma direção e sentido do campo. Os elementos ferromagnéticos
também apresentam elétrons desemparelhados (assim como

S
TE

os paramagnéticos), mas a grande diferença agora é que esse

SO
alinhamento ficará assim por tempo indeterminado, criando então
MA

um ímã. Para desmagnetizá-lo, deve-se aplicar um campo magnético


na direção oposta ou elevar a temperatura até um nível ideal, fazendo

R
com que a organização dos elétrons se torne aleatória novamente.
São exemplos de espécies ferromagnéticas o ferro, o níquel, o cobalto
e as ligas formadas por estes elementos.
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
Uma característica importante dos elétrons é que eles possuem
spin, que é a rotação dos elétrons em torno do próprio eixo. Pelas leis de
Maxwell do eletromagnetismo, o spin dos elétrons produz um campo R
magnético, sendo esse efeito a origem do magnetismo nos materiais.
MA

SO

A classificação dos materiais de acordo com as suas características


magnéticas depende da presença de elétrons desemparelhados no
átomo, isto é, átomos sozinhos em um orbital.
T

R
E

IA F
L DO PRO

Fonte: ElétronPi

TRANSFORMAÇÕES NUCLEARES
Fonte: ScienceABC As transformações que ocorrem no núcleo dos átomos são
extremamente importantes devido à energia envolvida nesses
Os elementos podem ser divididos em três tipos quanto
processos. O que ocorre é que a interação das subpartículas que
ao magnetismo: elementos paramagnéticos, diamagnéticos e
compõe o núcleo, os denominados núcleons, é muito forte, sendo
ferromagnéticos. Os elementos paramagnéticos são aqueles que
necessários milhões de elétron-volts para arrancá-los da configuração
possuem elétrons desemparelhados. Esses elétrons se alinham quando
do núcleo. Logo, há uma enorme liberação de energia nos processos
estão um campo magnético, gerando um ímã que tem a capacidade
que conseguem desmembrar essas partículas do núcleo. Para se ter
de aumentar ligeiramente a intensidade do campo magnético. Os
noção, o processo de combustão de 1 kg carvão é capaz de manter
materiais desses elementos químicos são fracamente atraídos pelos
uma lâmpada de 100 W ligada por aproximadamente 8h. Já um
ímãs naturais. Alguns exemplos são o alumínio, o magnésio e o sulfato
processo nuclear específico com o urânio, denominado fissão, é capaz
de cobre.
de manter a lâmpada acesa por 30 mil anos.

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PM_BOOK08_FIS.indb 296 03/11/2021 11:02:42


MATÉRIA E RADIAÇÃO

FISSÃO NUCLEAR A fusão nuclear justifica a alta potência irradiada pelo Sol (cerca
de 4·1026 W), pois ocorre na sua superfície através da transformação
de hidrogênio em hélio, de acordo com uma série de equações, e
liberando uma enorme quantidade de energia. As bombas nucleares
criadas são baseadas na fissão nuclear, gerando uma reação em
cadeia que libera uma enorme quantidade de calor. A bomba de
fusão nuclear, por outro lado, nunca foi utilizada em uma guerra, e é
considerada a maior força destrutiva já criada pelo homem.

DECAIMENTO RADIOATIVO

L DO PRO
Em linhas gerais, há dois processos característicos para os núcleos:

o bombardeamento de partículas como os nêutrons em um núcleoI A


a fissão e a fusão nuclear. O processo de fissão nuclear ocorre com
FE
A maior parte dos núcleos conhecidos são núcleos radioativos, isto
R
atômico de um átomo instável, sendo o núcleo, então, quebrado em
dois núcleos menores, com a possível liberação de outras partículas.
é, emitem espontaneamente uma ou mais partículas, transformando-
se em outro nuclídeo. Esse efeito, conhecido como decaimento

S
TE

radioativo, foi o primeiro fator a indicar que as leis do mundo


n + 235
92 U → Kr + 141
56 Ba + 3n + 179, 4MeV

SO
92
36
subatômico são estatísticas, pois não se pode prever quais núcleos
MA

irão decair.
A fissão nuclear pode ser controlada com a ciência desenvolvida

R
até os dias atuais, possibilitando a criação das usinas nucleares que
EQUAÇÃO DO DECAIMENTO
produzem energia elétrica a partir do calor liberado nas reações de
fissão. Contudo, é possível obter uma formulação matemática para o
decaimento radioativo. Experimentalmente, sabe-se que a taxa com
que os núcleos são transformados é proporcional à amostra inicial. Em
FUSÃO NUCLEAR termos de cálculo diferencial, a equação é:
R
dN
MA

= −λN
dt
SO

Porém, como a análise por cálculo foge ao objetivo do material,


vamos nos ater ao modelo mais simples de equações. A primeira delas
T

R é a taxa de decaimento, dada por:


E

IA F R = λN

L D O Note O
R o sinal negativo não é necessário, pois já sabemos que
P que
se trata do decaimento de núcleos. A solução da equação diferencial
mencionada anteriormente é:

N
ln   = −λ∆t
 N0 

Onde o termo N0 representa a quantidade inicial de núcleos,


N representa a quantidade final de núcleos, λ é a constante de
desintegração / decaimento e ∆t é o intervalo de tempo entre os
O processo de fusão nuclear é quando dois ou mais núcleos instantes inicial e final.
atômicos se juntam e formam um núcleo maior, sendo necessária uma
quantidade enorme de energia para que essa reação ocorra. Apesar TEMPO DE MEIA VIDA E VIDA MÉDIA
de necessitar de muita energia, dependendo do conjunto de núcleos
atômicos é possível liberar um valor energético ainda maior do que Há duas principais medidas que caracterizam o tempo de
o consumido na fusão nuclear, sendo, portanto, outro processo de sobrevivência das partículas. A primeira delas é o tempo de meia vida
interesse. O problema, no entanto, é que a energia liberada em geral T1/2 de um nuclídeo, que é o tempo necessário para que N se reduza
é tão grande que é extremamente difícil controlar a fusão nuclear. Por à metade do seu valor inicial N0. Aplicando N = N0/2 na equação
conta disso, ainda não se sabe uma forma de controlar esse processo, anterior, obtém-se:
como acontece com a fissão, por exemplo. ln ( 2)
T1/ 2 =
H + H → He + n + 17,6MeV
2 3 4 λ
1 1 2

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

A segunda é a vida média τ, a qual trata-se da média aritmética A partícula β pode ser positiva ou negativa. A partícula β- possui
do tempo de vida de todos os átomos de uma determinada massa de massa atômica 0, pois é formada por 0 nêutrons, 0 prótons e 1
um isótopo. Por isso, o seu valor representa o tempo médio que um elétron. Ela geralmente é representada pelo símbolo do elétron, e-,
isótopo leva para decair. O resultado é: embora sejam partículas de energia bem maior do que os elétrons.
O decaimento beta ocorre com a conversão de um nêutron em
1 um próton, o que é possível pela emissão de uma partícula menor
τ=
λ que compõe o nêutron (o neutrino, n). Por isso, esse decaimento
é inclusive uma das provas de que os prótons e nêutrons não são
partículas elementares.
DECAIMENTOS ALFA, BETA E GAMA 32
15 P→ 32
16 S + e− + n
As partículas presentes em decaimentos radioativos são as
partículas α, β e γ. Cada partícula apresenta um número próprio de
prótons, nêutrons e elétrons. As emissões de diferentes partículas A partícula β+ possui massa atômica 0 e não é formada por
ocorrem em condições distintas e produzem também efeitos diversos nêutrons, prótons ou elétrons. Na verdade, a emissão da partícula β+
(uma emissão emite mais energia do que a outra, por exemplo). ocorre com a liberação de um neutrino n e um pósitron, representado
por e+, que é uma carga positiva de massa desprezível se comparada
Os decaimentos acontecem por um balanço de energia. Com isso,
à massa do próton.
o importante é que o conjunto final possua menos energia do que o
conjunto inicial, pois a estabilidade de um sistema é maior quanto 64
Cu → 64
Ni + e+ + n
29 28
menor o seu nível energético. Assim, o processo só pode ocorrer
de duas formas: espontaneamente, nos casos em que a soma das
energias do conjunto partícula + novo nuclídeo é menor do que o A energia liberada do decaimento beta é dividida entre as duas
partículas emitidas. Diferentemente das partículas α, as partículas
DO PRO
núcleo inicial, ou através do fornecimento de energia.
β possuem menor poder ionizante, devido à menor carga, mas um

A L maior poder de penetração, visto que não possuem massa.


DECAIMENTO ALFA
I FE
A forma mais comum da partícula β é a sua forma negativa.
R Inclusive, dependendo do contexto é comum não haver menção ao
neutrino, tratando-a como apenas uma emissão de elétrons. Por isso,

S
TE

caso nada seja mencionado, fique atento para interpretar o que o

SO
enunciado da questão pede.
MA

DECAIMENTO GAMA

R
Fonte: Mirion Technologies
R
MA

SO

A partícula α possui massa atômica 4, sendo formada por


2 nêutrons, 2 prótons e 0 elétrons. Ela é representada por 42 α, e é
4
equivalente ao núcleo de hélio 2He. Repare que é importante compará-
T

la somente ao núcleo do hélio, uma vez que o átomo completo He


S

R
contém 2 elétrons, o que não é o caso da partícula α. O decaimento
E

IA
alfa ocorre na condição de núcleos instáveis, em geral os que possuem
F Fonte: Mirion Technologies

R aOpartícula
238
grande massa e número atômico, como o 92 U, liberando energia que
L D OpoderHáPdeainda
é resultado da energia cinética adquirida pela partícula α emitida.
penetração
γ, que produz emissões de maior energia e
do que as partículas α e β. Embora não possua
238
92 U→ Th + 42 α
234
90
carga, a partícula γ possui o maior poder ionizante devido à alta
energia que essa partícula carrega. Em geral, é emitida em processos
subatômicos como na aniquilação de um par pósitron + elétron. Os
Como as partículas α possuem carga positiva +2, elas apresentam
decaimentos gama ocorrem com núcleos instáveis, de alta energia,
grande poder de ionização. Pela sua grande massa, não apresentam
que precisam se estabilizar, às vezes consecutivamente a outro
um poder de penetração elevado, se comparado às outras partículas
decaimento que não liberou toda a energia necessária.
β e γ.
137
55 Cs → −01β + 137
56 Bainstável
DECAIMENTO BETA
137
56 Bainstável → 00 γ + 137
56 Baestável

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Uma onda eletromagnética é composta por um campo elétrico
perpendicular a um campo magnético, ambos oscilantes, e se desloca
na direção perpendicular de oscilação dos campos.
Fonte: Mirion Technologies

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

Figura retirada do livro Halliday vol. 4

As ondas eletromagnéticas são ondas transversais que existem em


um largo espectro, o qual é caracterizado pela frequência de oscilação
Figura retirada do livro Halliday vol.4
das ondas. O olho humano, por exemplo, é capaz de enxergar ondas
luminosas na faixa de comprimentos de onda entre 350 nm ~ 750 Em linhas gerais, a intensidade avalia a distribuição de potência
nm apenas. A figura abaixo contém uma representação do espectro no espaço. Considerando-se que as fontes pontuais emitem ondas
eletromagnético. Nele pode-se perceber, por exemplo, que as ondas eletromagnéticas isotropicamente, a área de atuação será dada por
DO PRO
de maiores frequências são os raios gama. Além disso, a energia de uma superfície esférica, onde R é a distância do ponto analisado até
uma onda varia positivamente de acordo com a sua frequência, ou

A L a fonte:
seja, os raios gama são as ondas que carregam maior energia.
I FE A= 4 πR²
R Assim, para ondas eletromagnéticas emitidas a partir de uma

S
TE

mesma fonte (ou seja, potências iguais), a relação de intensidade em

SO
dois pontos distintos é dada por:
MA

2
I1  R2 
= 

R
I2  R1 

TRANSMISSÃO, REFLEXÃO E ABSORÇÃO DA LUZ


Imagine uma radiação luminosa saindo de um meio material 1
R
para um meio distinto 2. Ao entrar em contato com a superfície de
(Figura retirada do livro Halliday vol.4)
MA

separação dos materiais, algumas coisas podem ocorrer: a luz pode


SO

ser transmitida, refletida ou inclusive absorvida pelo meio material.


A velocidade de uma onda eletromagnética depende apenas do
meio em que se propaga, sendo o seu valor dado por: O efeito de transmissão ocorre quando a luz atravessa uma
superfície ou objeto. A transmissão é dita direta, quando não há
T

1 mudança na direção ou qualidade da luz, como é o caso da luz no


v=
R
E

εµ ar. Pode também ser uma transmissão difusa, quando a luz passa
E

IA F
por um objeto transparente ou semitransparente, sendo desviada
Onde ε é a permissividade e µ é a permeabilidade magnética
do meio. O valor da luz c = 3·108 m/s é obtido ao utilizar os valores
L DO PRO em muitas direções. A última classificação é a transmissão seletiva,
que ocorre quando parte da luz incidente é absorvida pelo material,
quando o meio é o vácuo (ε0 e µ0): como acontece quando projetamos luz branca sobre uma superfície
vermelha, por exemplo, gerando uma luz resultante vermelha.
1 A reflexão da luz pode ser especular, quando é refletida por uma
c=
ε 0µ 0 superfície lisa, e difusa, quando a luz é refletida por um material com
algum tipo de textura, o que provoca uma reflexão menos intensa.
Para os problemas de onda eletromagnética, vale lembrar que a Para a absorção, um objeto pode absorver total ou parcialmente
equação de onda fundamental também se aplica: a luz incidente. Uma superfície branca, por exemplo, tende a refletir e
não absorver uma luz incidente. A superfície preta, ao contrário, tende
v = λf a absorver integralmente a luz que incide sobre ela. Se projetarmos
uma luz branca sobre uma superfície vermelha, esta superfície reterá
Como a velocidade das ondas eletromagnéticas são aproximadas as demais cores contidas na luz branca e realçará o vermelho da
para a velocidade da luz no vácuo c, é preciso conhecer somente um superfície. Devido a este fenômeno, é possível afirmar que em dias
valor, comprimento de onda ou frequência, para caracterizar uma de calor é melhor usar branco e não preto, justamente porque a luz
onda eletromagnética. absorvida pelo preto se transformará e multiplicará o calor.
A potência de uma onda é uma quantidade que depende da fonte Os valores que medem cada um dos tipos de efeitos luminosos
que a emite, sendo o seu valor uma medida de energia por tempo que descritos acima são dados por T (transmitância), que mede a fração da
a onda carrega. A intensidade da onda é a razão entre a potência total luz transmitida, R (refletância) e A (absorbância), que medem frações
emitida pela fonte sobre a área de atuação da onda: análogas. Como só há essas três possibilidades para a luz, é sempre
válido que:
P
I=
A T + R + A = 100%

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PM_BOOK08_FIS.indb 299 03/11/2021 11:02:44


MATÉRIA E RADIAÇÃO

REFRAÇÃO LUMINOSA Para os filtros polarizadores, há uma relação de intensidades


entre a luz que incide e sai do filtro, a qual depende do ângulo do
A refração é um fenômeno óptico que ocorre quando a luz,
polarizador e da polarização inicial da luz. Se a luz for não polarizada,
por exemplo, atravessa a água, mudando completamente seu meio
a sua intensidade será somente reduzida pela metade ao passar pelo
de propagação. Este fenômeno relaciona a direção e a velocidade
polarizador. No caso da luz polarizada, a intensidade I será alterada por
de propagação da luz em diversos meios, através de uma constante
um fator dependente do ângulo entre o filtro e o plano de polarização
denominada índice de refração, a qual depende do meio tratado. Por
inicial, relação denominada Lei de Malus.
exemplo, a luz se propaga no vácuo com determinada velocidade e no ar,
de índice de refração maior que o vácuo, com uma velocidade menor. A
relação entre o índice de refração e a velocidade da luz no meio é:
c
n=
v

Onde c é a velocidade da luz no vácuo, n o índice de refração do


meio e v a velocidade da luz no meio. Lembrando da equação de onda
podemos ainda relacionar:
v = λf

Onde λ é o comprimento de onda da luz e f a sua frequência.


Para entender a próxima lei que trata da direção de propagação
da luz, falaremos incialmente sobre o Princípio de Fermat. O princípio
afirma que a trajetória percorrida pela luz ao se propagar de um
L DO PRO
A
ponto a outro é tal que o tempo gasto em percorrê-la é um mínimo.
I
Agora, imaginando a situação em que a luz se encontra na interface FE
R
de separação entre dois meios, nos quais possui velocidades distintas,
qual será o seu comportamento? Ao ser transmitida de um meio a
Figura retirada do livro Halliday vol.4

S
TE

outro, ela seguirá a direção original? Assim, a equação para a luz inicial não polarizada é:

SO
I0
I=
MA

R
Para a luz polarizada inicialmente, temos pela Lei de Malus:

=I I0 ( cos θ )
2

A explicação para essa diferença de equações é simples. A luz


natural oscila em todas as direções. Assim, para cada direção ela possui
R
uma componente de oscilação vertical e horizontal. Ao passar por um
MA

SO

filtro polarizador, contudo, uma dessas componentes é anulada, pois


o filtro impede que a luz oscile de modo bidimensional, resultando na
metade da intensidade.
T

Os polarizadores de luz estão presentes na tecnologia dos dias


S

R atuais, sendo alguns exemplos os óculos com filtros horizontais e


E

F
Figura retirada do livro Halliday vol.4
IA as telas de monitores LCD, com filmes polarizadores horizontais e

L DO PRO
Aplicando a Lei de Fermat para o raio luminoso que segue a verticais para fornecer uma melhor visualização de imagens de todos
trajetória de ângulo θ1 com a normal no meio 1, o resultado obtido os ângulos.
para o ângulo em que percorre o meio 2 é conhecido como Lei de
Snell, sendo dado pela equação:
EXERCÍCIOS DE

TREINAMENTO
n1sen (=
θ1 ) n2sen ( θ2 )

POLARIZAÇÃO LUMINOSA
A polarização é uma característica física das ondas 01. A respeito de um dos primeiros modelos atômicos propostos
eletromagnéticas que vibram em diversas direções durante a emissão, por John Dalton, antecessor do modelo atômico Thomson, assinale a
incidência e reflexão. Para cada onda do raio que vibra em uma alternativa correta:
direção sempre há outro em um plano perpendicular à onda luminosa. a) para Dalton, os átomos apresentam estrutura interna de carga
Essa luz com movimento “perturbado” é chamada de luz natural ou positiva e pequenas partículas de carga negativa ao seu redor.
luz não polarizada. b) para Dalton, os átomos de uma mesma substância são idênticos,
Existem diversos materiais que, ao serem atingidos pelo feixe de esféricos e indivisíveis.
luz, deixam passar apenas uma parte da onda luminosa, acontecimento c) seu modelo atômico propõe a existência de uma eletrosfera ao
denominado polarização da luz. A luz que antes oscilava em todas as redor de um núcleo atômico de carga positiva.
direções e se propagava em diversos planos passa a se propagar em
um único plano. Os filtros polarizadores são feitos exatamente para d) seu modelo propõe que os elétrons orbitam o núcleo positivo dos
atender este propósito. As ondas polarizadas podem ser produzidas átomos em níveis de energia bem-definidos.
também a partir de ondas naturais por fenômenos como: absorção, e) seu modelo propõe a existência de uma “nuvem” de elétrons em
espalhamento, reflexão e birrefringência. volta do núcleo atômico.

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

02. J. J. Thomson propôs um modelo atômico que lhe rendeu o d) ondas eletromagnéticas de frequências menores do que as das
prêmio Nobel de Física em 1906. De acordo com esse modelo: ondas luminosas;
a) os elétrons e núcleos comportam-se probabilisticamente, estando e) ondas eletromagnéticas de frequências iguais as das ondas
sujeitos às propriedades da Mecânica Quântica. infravermelhas.
b) os elétrons, de carga elétrica negativa, encontram-se espalhados
na superfície de uma carga positiva. 07. Sobre a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas,
c) o átomo é indivisível e não apresenta qualquer estrutura interna. assinale a alternativa correta:

d) os elétrons orbitam em torno de um núcleo denso de carga a) diferentes ondas eletromagnéticas sempre se propagam com
elétrica positiva. velocidades diferentes;

e) os elétrons encontram-se espalhados em uma região muito maior b) quando uma onda eletromagnética tem sua velocidade reduzida,
que o núcleo atômico, orbitando-o como os planetas orbitam o Sol. não é possível que ela volte a se propagar com a velocidade
anterior;
03. O modelo atômico responsável por centralizar a carga elétrica c) se uma fonte de ondas eletromagnéticas afastar-se de um
positiva dos átomos em uma porção reduzida de espaço conhecida observador, ele perceberá as ondas com menor velocidade;
como núcleo atômico foi proposto por: d) se uma fonte de ondas eletromagnéticas aproximar-se de um
a) Ernest Rutherford d) Niels Bohr observador, ele perceberá as ondas com maior velocidade;
b) J. J. Thomsom e) Erwin Schrödinger e) depende unicamente do meio no qual a onda se propaga.
c) John Dalton
08. Luz linearmente polarizada (ou plano-polarizada) é aquela que:
a) apresenta uma só frequência;
D O b) Pse R
04. Um dos modelos atômicos mais importantes para a evolução

L
da teoria atômica foi aquele conhecido como modelo planetário,

A O
refletiu num espelho plano;
proposto pelo físico Niels Bohr. De acordo com o modelo de Bohr:
a) I
os elétrons distribuem-se em volta do núcleo em uma nuvem de
F de onda menor que o da radiação ultravioleta;
c) tem comprimento
d) tem a oscilaçãoEassociada a sua onda, paralela a um plano;
probabilidades. R e) tem a oscilação, associada a sua onda, na direção da propagação.

S
TE

b) os elétrons orbitam em torno do núcleo, apresentando qualquer


nível de energia.

SO
09. Suponha (de forma pouco realista) que uma estação de TV se
c) os elétrons orbitam em torno dos núcleos atômicos com energia
MA

comporta como uma fonte pontual, isotrópica, transmitindo com


quantizada, isto é, os elétrons não podem ocupar qualquer nível uma potência de 1,0 MW. Qual é a intensidade do sinal ao chegar

R
de energia, somente múltiplos de uma quantidade fixa. às vizinhanças de Próxima do Centauro, a estrela mais próxima do
d) os elétrons ocupam a superfície do átomo. Sistema Solar, que está a 4,3 anos-luz de distância?
e) os átomos são indivisíveis. Dado: velocidade da luz no vácuo c = 3·108 m/s.
a) 5,6·10-29 W/m² d) 3,0·10-29 W/m²
05. A tabela abaixo mostra as frequências para três tipos distintos b) 4,8·10 -29
W/m² e) 2,4·10-29 W/m²
de ondas eletromagnéticas que irão atingir uma placa metálica R
cuja função trabalho corresponde a 4,5 eV. A partir dos valores das c) 3,6·10-29
W/m²
MA

frequências podemos afirmar que:


SO

10. Nossa pele possui células que reagem à incidência de luz


ONDA FREQUÊNCIA (Hz) ultravioleta e produzem uma substância chamada melanina,
responsável pela pigmentação da pele. Pensando em se bronzear, uma
T

A 2,5·1017
S

garota vestiu um biquíni, acendeu a luz de seu quarto e deitou-se


R
E

exatamente abaixo da lâmpada incandescente. Após várias horas ela


E

F
B 3,0·1018
C 5,0·1016 IA percebeu que não conseguiu resultado algum. O bronzeamento não
O
ocorreu porque a luz emitida pela lâmpada incandescente é de:
D 4,5·1015 L D Oa) baixa PR intensidade.
Considere a constante de Planck como h = 4·10-15 eV.s, e a velocidade b) baixa frequência.
da luz no vácuo c = 3·108 m/s. c) um espectro contínuo.
a) A onda C possui frequência menor que a frequência de corte. d) amplitude inadequada.
b) A energia cinética do fotoelétron atingido pela onda D é de 13,5 e) curto comprimento de onda.
eV.
c) O efeito fotoelétrico não ocorrerá com nenhuma das ondas.
d) A razão entre a frequência de corte e a frequência da onda A é EXERCÍCIOS DE

COMBATE
0,085.
e) O comprimento de onda referente à onda B é 2,0·10-10 m.

06. Em 1895, o físico alemão Wilheim Conrad Roentgen descobriu


os raios X, que são usados principalmente na área médica e industrial. 01. O físico francês Louis de Broglie (1892-1987), em analogia ao
Esses raios são: comportamento dual onda-partícula da luz, atribuiu propriedades
a) radiações formadas por partículas alfa com grande poder de ondulatórias à matéria. Sendo a constante de Planck h = 6,6·10-34 J·s, o
penetração; comprimento de onda de Broglie para um elétron (massa m = 9·10-31 kg)
b) radiações formadas por elétrons dotados de grandes velocidades; com velocidade de módulo v = 2,2·106 m/s é, aproximadamente:
c) ondas eletromagnéticas de frequências maiores que as das ondas a) 3,3·10-10 m c) 3·103 m e) 3·1010 m
ultravioletas; b) 3,3·10 m-9
d) 3·10 m9

PROMILITARES.COM.BR 301

PM_BOOK08_FIS.indb 301 03/11/2021 11:02:45


MATÉRIA E RADIAÇÃO

02. A respeito da condutividade elétrica e térmica dos materiais, 06. Assinale, entre as alternativas seguintes, aquela em que há,
marque a alternativa correta: exclusivamente, ondas de natureza eletromagnética:
a) somente os metais podem conduzir eletricidade e calor. a) ultravioleta, raios gama, infrassom;
b) em hipótese alguma, um dielétrico pode conduzir corrente elétrica b) ondas de rádio, infravermelho, ultrassom;
ou calor. c) luz visível, ultravioleta, som;
c) os metais destacam-se como bons condutores elétricos porque d) infravermelho, ondas de rádio, sonar;
possuem excesso de prótons em sua estrutura atômica.
e) raios x, raios gama, ultravioleta.
d) os materiais que são isolantes elétricos possuem alta condutividade
elétrica.
07. São características capazes de distinguir um tipo de onda
e) um material é melhor condutor que outro quando possuir valor de eletromagnética de outro:
condutividade elétrica maior.
a) intensidade, velocidade, área, comprimento, força;

03. Uma amostra de 2·1022 átomos de KC encontrada em um b) amplitude, perturbação, propagação, direção, sentido;
depósito de produtos químicos é radioativa e está decaindo a uma c) amplitude, velocidade, frequência, comprimento de onda;
taxa de 5000 átomos/s. As desintegrações se dão ao isótopo 40 19 K, d) altura, intensidade, timbre, velocidade, polarização.
que está presente no potássio natural com uma abundância de 2%.
Assinale a opção que indica o tempo de meia-vida desse nuclídeo. 08. A refração da luz ocorre quando a luz atravessa algum meio
Dado: In(2) ≅ 0,69 refringente. Em relação a esse processo, podemos afirmar que:
a) 5,52·1016 s a) no processo de refração, a frequência da luz não se altera.
b) 6,03·1016 s
D O c) PaoRsofrerOrefração, a velocidade da luz e o seu comprimento de
b) no processo de refração, a velocidade da luz permanece constante.
c) 4,32·1016 s
L
IA FE
d) 7,11·1016 s onda diminuem.

R
d) na refração, a velocidade da luz só pode diminuir.
04. Três amostras de 212
83 Bi instável sofrem decaimentos radioativos e) na refração, a velocidade da luz só pode aumentar.
, 20881Tl e 212

S
TE

diferentes, resultando no 212


84 Po 83 Bi
, respectivamente.
Indique a ordem das partículas emitida em cada um dos processos

SO
09. Quando a luz branca atravessa um prisma transparente ela
radioativos. decompõe-se, tornando evidente o espectro de cores que se une para
MA

a) β, α e γ formá-la. O fenômeno descrito refere-se à:

R
b) α, β e γ a) dispersão da luz.
c) γ, β e α b) reflexão da luz.
d) β, γ e α c) absorção da luz.
d) difração da luz.
05. A figura a seguir representa o resultado de um experimento que
e) polarização da luz.
testou o efeito de um campo eletromagnético sobre as radiações R
emitidas pelo urânio.
MA

10. As ondas contornam obstáculos. Isto pode ser facilmente


SO

comprovado quando ouvimos e não vemos uma pessoa situada em


uma outra sala, por exemplo. O mesmo ocorre com o raio luminoso,
embora este efeito seja apenas observável em condições especiais.
T

R O fenômeno acima descrito é chamado de:


E

IA a) difusão.
F
L D Oc) difração. O
b) dispersão.
PR
d) refração.
e) reflexão.

RESOLUÇÃO EM VÍDEO
Analisando a figura e conhecendo a natureza de cada uma das Abra o ProApp, leia o QR Code, assista à resolução
radiações que podem ser emitidas por um átomo, podemos afirmar de cada exercício e AVANCE NOS ESTUDOS!

que:
a) a radiação que atinge o ponto 2 é a alfa.
GABARITO
b) a radiação que atinge o ponto 3 é a gama.
c) a radiação que atinge o ponto 1 é a beta. EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
d) a radiação γ (gama) é composta por dois prótons e dois nêutrons 01. B 03. A 05. B 07. E 09. B
e sofre desvios pelo polo negativo do campo elétrico, por isso, 02. B 04. C 06. C 08. D 10. B
atinge o detector no ponto 3. EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. A 03. A 05. C 07. C 09. A
02. E 04. A 06. E 08. A 10. C

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MATÉRIA E RADIAÇÃO

ANOTAÇÕES

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