Você está na página 1de 236

: E Λ Λ Η N I K A

} I ntrodução ao G rego A ntigo

Jacyntho U nç B randão
M aria O lívia de Q uadros S araiva
C elina Figueiredo Lage

2a edição re\ ista

EDITORA ufmg )

-
Este έ um método moderno de
grego antigo. Sua proposta é
concentrar o estudo de uma lingua
clássica no trabalho, desde o inicio,
com os originais. Assim, rompe ele
com o viés tradicional de que antes
se tenha de a p re n d e r um
sem-número de regras gramaticais
para só e n tá o e x p e rim e n ta r
os textos. Se o objetivo de estudar
grego é a leitura dos autores
antigos, é desta que tudo mais
decorre e o que.se visa é to rn a r
o estudante capaz de, num prazo
mínimo, enfrentar as dificuldades
de d ife re n te s obras.
O curso 6 planejado para um
período de quatro semestres, em
que os te x to s e as e xplicações
de ordem lingülstica se
sucedem numa gradaçSo
cuidadosam ente dosada. No
princípio, a koiné, com trechos dos
Evangelhos. Em seguida, o ático de
Esopo e Luciano, sem deixar
lado Xenofonte, Sófocles, Platão e
Aristóteles. Os poetas arcaicos
comparecem com Heslodo,
H o m e ro e Safo. A o lado de
outros autores, algumas amostras
de textos raros, como cartas
conservadas nos papiros de
Oxirrinco e fragmentos de poemas
órficos e de musicistas gregos. Os
gêneros abarcam, em prosa e
verso, fábula, diálogo, tragédia,
comédia, história, biografia, sátira,
epopéia. Os temas e imagens dáo
conta de diferentes aspectos da
vida, da cultura e da mentalidade
grega.
Ε Λ Λ Η Ν Ι Κ Α
Introdução ao G rego A ntigo

Saraiva

B elo H orizonte
Editora UFMG

2009
2005, Jacyntho Lins Brandão, Mara Olival de Quadros Saraiva e Celina Fij',ueiredo L,i; e
Θ 2005, Cd tora UFMG

Este IKro ou parte dele não pode ser reproduz do por qualquer meio sem autor zaçio escrita do Editor.

Brandão, Jacyntho Lins


B817e Helleniká: introdução ao grego antigo/ Jacyntho Uns Brandão, Mana Olívia
de Q uadros Saraiva, Celina Figueiredo Lago 2, ed. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2009. (Aprender Instrumental)

6 5 1 p. :ii.
Inclui referências.
ISBN: 978-85-709 1-752-7

I . Língua grega Estudo e ensino. I. Saraiva, Maria Olívia de


Quadros. II. Lage, Celina Figueiredo. III.Título.

CDD: 980.7
CDU: 8 1 1.19

Ficha cala)of;ráíicn elaborada pela CCQC - Central de Contrale de Qualidade da Catalo ição da Biblioteca
Universitária da UFMG

EDITORAÇÃO DE TEXTO: Ana Maria de Moraes


PROJETO GRÁFICO: Escritório de Design - Lúcia Nemer e Guifi Seara
CAPA; Maria Olívia de Quadros Saraiva
REVISÃO DE PROVAS: Ana Maria de Moraes e Marn Olívia de Quadros Saraiva
PRODUÇÃO GRÁFICA:Warren M. Santos
FORMATAÇÃO: Eduardo Ferreira

EDITORA UFMG
Av. Antônio Carlos. 6.627 - Ala direita da Biblioteca Central te u ro
Campus Pampulha - 31270-901 - Belo Ftorizonle/MG
TeL:+55 31 3409-4650 Fax: +55 313409-4768
www.editora.ufmg.br - edilora@ufmg.br
Para o Bernardo

υ ιό ς τε κ α ι μ α θ ητή ς
r
AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecno­


lógico (CNPq) e à Faculdade de Letras da UFMG devo o terem
propiciado as condições adequadas para o desenvolvimento
deste trabalho.
Por auxílios de natureza diversa concedidos à equipe como um
todo, cumpre agradecer ainda à Alexander S. Onassis Public
Benefit Foundation, à American School of Classic Studies at
Athens, ao Ministério da Cultura da Grécia, à Livraria Aposto-
lado da Imprensa e à Fundação João Jacinto Magalhães, da
Universidade de Aveiro, Portugal.
L
S umári o

A presentação 17

P rimeira Parte

Primeira lição: Ιω ά ν ν η ς και οι ΊουάαΤοι (João).................................. 23


Letras 25 - Vogais 25 - Consoantes: B, (3 - Γ, y - Δ, S - Z. ζ - K. κ - \ , λ - M.
μ - N. v - Π. π - P. p - Σ. σ. ς - T. τ - Φ, φ - X, χ 26 - Espíritos 28 - Acentos
29 - Pontos 31 - Pronomes 33 - Verbos: presente do indicativo do verbo d p i
(ser/estar) 33 - Presente do indicativo dos verbos terminados em -ω 33 - Uso do
oúk Ιού (advérbio de negação) 34 - Leituras complementares: Σωκράτης 35
- Ό μηρος 37 - As palavras: derivação 39

Segunda lição: Έ ν αρχή (João)................................................................ 42


Letra: Θ, 0 4 3 -A rtig o 44 - Dedinação: casos 44 - Nominativo: sujeito e predicativo
do sujeito 45 - Genitivo: adjunto adnominal 45 - Datívo: locativo, regido pela
preposição Lv / acusativo: regido pelas preposições κατά e πρός 45 - Declinações:
nomes temáticos: primeira declmaçáo (femininos em -a e -η) / segunda dedinação
(masculinos) / nomes atemáticos: terceira dedinação (neutro: tò φως) 46 - A
dedinação dos artigos (mascul nos, femininos e neutros) no singular 48 - Verbos:
pretérito imperfeito do indicativo do verbo d p i 49 - Os sentidos do verbo είμί
(ser/estar/haver/existir) 50 - Analise sintática: frases nominais 50 - Ordem das
palavras SI - Leitura complementar: Ή Α ρ χ ή 52 - As palavras derivação 5 3 -
Leiuira complementar Ί I 'Ελλάς 58

Terceira lição: Ή μαρτυρία του Ί ω ά ν ν ο υ (João)................................ 60


Letra: Ξ, ç 6 1 - Dedinação: casos' acusativo como objeto direto 63 - Acusativo
de relação 64 - Datívo de posse 65 - Dedinação dos nomes: nomes masculinos e
femininos 65 - Nomes neutros 66 - Verbos: aspectos: oposição entre durativo e nâo-
durativo 69 - Aonsto e presente do indicativo 70 - Adjetivos 72 - Função predicativa
73 - Função atributíva 74 - Construções sem artigo definido 74 - Pronomes (αύτóçl
αυτή/ αυτό) 76 - Demonstrativos (αυτός e εκείνος) 76 - Preposições (πρός,
έν, παρά, εις, ό ια, κατά, π ερ ί) 78 - Leituras complementares: Ό θείος
Άλέςανάρος 80 - Ό κοσμος ό ελληνικός 81 - Estudo dirigido 82

Quarta lição: Ή μαρτυρία του Ίωάννου β ' (João).............................. 85


Ο alfabeto grego na ordem corrente 86 - Léxico: como consultar o dicionário 87
- Dedinação do pronome interrogativo τίς 88 - Verbos: presente e aoristo 2 dos
verbos em -ομαι 89 - Particípio: dedinação dos particípios (os três gêneros): λέγω e
έρχομαι 90 - Acentos (leis de limitação) 93 - Pronomes: dedinação dos pronomes
pessoais dedinação dos pronomes demonstrativos ούτος, αύτη e τούτο 94 -
S ntaxe: neutro plural com idéia de coletivo 95 - Leitura complementar: Όρφεΰς
και oi Ο ρρκιοι 98

Quinta lição: Ή μαρτυρία του Ίωάννου y ' (João)............................ 99


Pronomes: dedinação dos pronomes relativos 100 - Verbos: perfeito / aspecto
resultativo / oposição entre os 3 aspectos verbais: durativo (presente e imperfeito),
pontual (aoristo), resultativo (perfeito e mais-que-perfeito) / morfologia do perfeito I
perfeito 2 10 1 - Verbos: participio - funções do particípio: I ) adjetiva; 2) substantiva;
3) adverbial 106 - Léxico: prefixos verbais 109 - Leitura complementar: Ό ττοιμήν
ό καλός 110 - Jogo: "Ορισμα έστιν ό ουρανός I I I

Sexta lição: Ο ι πρώτοι μαθηταί ( Ιη σ ο ύ ς και οι μαθηταί) (João). . 1 1 3


Casos: vocativo - dedinação do vocativo (nomes temáticos e atemáticos) 115
- Dativo como complemento verbal indireto (objeto indireto) / usos do dativo
(locativo, posse, complemento verbal indireto) I 16 - Primeira dedinação: palavras
masculinas I 17 - Verbos: verbos contratos / presente dos verbos terminados em
-ω e em -ομαι / regras de contração / formas não contratas e contratas dos verbos
I 19 - Verbos: aoristo / como se forma o aoristo I / aumento temporal - regra geral
de alongamento 120 - Verbos: imperativo 123 - Verbos: vozes ativa, média e passiva
123 - Numerais 126 - Sintaxe: regência verbal 128 - Sintaxe: acusativo de duração
129 - Leitura complementar: Α θ η ν ώ ν Άκρόττολις 130 - Jogo: "Ορισμα έστιν ο
ουρανός I 32

Sétima lição: Tò εύαγγέλιον το κατά Ίω ά ννη ν (João)........................135


Fonemas: ο sistema das odusivas (não vozeadas, vozeadas e aspiradas) 138 - As
3 declinações - sistematização: primeira dedinação / segunda dedinação / terceira
dedinação: paradigma dos nomes de tema em oclusiva e em -p sincopado 140 -
Verbos: subjuntivo / morfologia do subjuntivo dos verbos em -ω, nas três vozes
subjuntivo do verbo ι ιμ ί 144 - Verbos: infinitivo / morfologia do infinitivo 146 -
Partículas 147 - Leitura complementar: Πάντα π ίν α (Anacreonte) 150 - Métrica
151 -Jogo: "Ο ρισμα έσ τιν ό ουρανός 152

Oitava lição: Ιω ά ν ν η ς και οι ιε ρ ό ς (João)........................................ 156


Verbos: conjugação do presente e do aoristo (modos indicativo, subjuntivo,
imperativo, infinitivo, participio; vozes ativa, média e passiva) 159 - Leitura
complementar: "Υμνος ciç Μούσαν (Mesomedes de Creta) 165 - Métrica 166
- Léxico: prefixos 1 6 8 -Jogo 169

Nona lição: Oí πρώτοι μαθηταί (João)....................................................171


Verbos: perfeito / verbos compostos 174 - Sintaxe: expressões de tempo 178 -
Divisão do ano 180 - Poema de Álcman 180 - Partículas 18 1 - Brincadeira: sobre as
musas (m:pí μουσών) 182 - Leitura complementar: I Icpi γέροντας 184 - Léxico:
prefixos 185 - Revisão: A. Generalidades / B. A primeira declinação / C. Os nomes
femininos da primeira declinação / D. Os nomes masculinos da primeira declinação /
E. A segunda declinação / F. Os nomes masculinos e femininos da segunda declinação
/ G. Os nomes neutros da segunda declinação 186

Décima lição: Ιη σ ο ύ ς και Ναθαναήλ (João)..........................................192


Verbos: futuro / formação do futuro dos verbos regulares (indicativo, infinitivo,
particípio; vozes ativa, média e passiva) / futuro 2 / formas supletivas de aoristo.
perfeito e futuro 193 - Sintaxe: oração subordinada com infinitivo 196 - Exemplos
de inscrições gregas 199 - Leitura complementar: liiç 'Έρωτα 202 - Revisão: A. A
terceira declinação / B. Os nomes masculinos e femininos / C. Os nomes neutros / D.
Os nomes em -p- sincopado 205

Décima primeira lição: Ιω ά ν ν η ς και Ιη σ ο ύ ς (João).......................... 209


Verbos: imperfeito (modo indicativo; vozes ativa, média e passiva) 2 11 - Curiosidade:
a gramática de João Jacinto de Magalhães 213 - Leitura complementar: Eic κιθάραν
217 - Sobre música grega: Ί Ι λύρα / Ό βάρβιτος / Ή κιθάρα 219 - Revisão: I.
Generalidades / II. A categoria de aspecto / III. As desinéncias de número e pessoa
/ IV. Os tempos do indicativo / V. O modo subjuntivo (ou conjuntivo) / VI. O modo
imperativo / VII. O modo infinitivo / VIII. O particípio / IX. A economia do sistema
222

S egunda P arte

Décima segunda lição: ’Έλαφος και λέων (Esopo).......................... 241


Acentuação: um pouco de história da língua / I. Os sinais de acentuação 2. O
sistema de acentuação / os tres tons / a lei das tròs sílabas / leis de limitação regras
de acentuação 242 - Sintaxe: sintagmas / oração simples / período composto por
subordinação / período composto por coordenação 248 - Leitura complementar
Ί : κ τοΰ τόαγγκλίου του κατ' Ίω ά ν ν η ν 255 - Poema- Π ς Δ ιόνυσον (Anacreonte)
261

Décima terceira lição: Βάτραχος και άλώττης (Esopo)........................ 263


Acentuação: I . Os prodíticos 2. Os enclíticos 264 - Análise sintát ca do texto da
lição 267 - Leitura complementar: Προφήτης í v τή ϊδ ια πάτριοι τιμή ν ούκ ι'χι ι
(João) 271 - Poema: Γις τό άφθονος ζ η ν (Anacreonte) 276

Décima quarta lição: Ζεύς και οφις (Esopo).......................................... 277


Terceira declinação: I. Nominativo: l. l Nominativo singular em -ς / plural em -ις;
1.2 Nominativo singular em 0 / plural em -i:ç; 1.3 Nominativo singular em - 0 / plural
em -a; / 2. Vocat vo / 3. Acusativo / 4. Genitivo / 5. Dativo 278 - Análise sintát ca do
texto da lição 286 - Letura complementar: ΙΙροψήτης :'v τη ίδ ια πάτριοι τιμήν
ούκ χι ι (Mateus) 290 - Poema: Ιϋς ί:αυτόν (Anacreonte) 293

Décima quinta lição: Μ υϊα (Esopo)........................................................ 294


Agente da passiva 295 - Análise sintática do texto da lição 296 - Leitura
complementar: ΙΙροψήτης ; v τή 'ίδια πάτριοι τιμήν ούκ Γχι:ι (Lucas) 300 -
Poema Γ ι ς αυτόν (Anacreonte) 304

Décima sexta lição. ’ Αστρολόγος (Esopo)............................................ 306


Prime ra e segunda declinações: nomes contratos 307 - Particípio: I. particípios
substantvos. ad|etvos e adverbiais, 2. Particípio adverbial absoluto (genicvo
absoluto) 308 - Le tura complementar I Ιροοήτης έv τή ίδ ια πάτριοι τιμήν ούκ
χι ι (Marcos) 3 14 - Poema. I ϊς κόρην 319

Décima sétima lição: ' Ελαφος και άμπελος (Esopo).......................... 321


Análise sintática do texto da I ção 323 - Prefixos verbais e preposições· usos das
preposições sentidos e regenca 326 - Leitura complementar Παύλος cv ταϊς
Ά Ο ή ν α ις (Atos dos apóstolos) 335 - Poema- Εις αναγνώστην i.vòç βιβλίου
(Calímaco) 339

Décima oitava lição. Κόων και άλεκτρυών καί αλώττης (Esopo) . . . 341
Particípio 343 - Prefixos verbais e preposições 344 - Letura complementar: II p i
αγάπης (Paulo) 352 - Poema: Ι ίς παΐδα (Anacreonte) 355

Décima nona lição: Γυνή και όρνις (Esopo) . . . . .................... 356


Numerais 357 - Modo optativo 361 - Le tura complementar:'1 \ αρχή (Septuaginto)
365 - Poema: Ουρανού και γαίας φ ω ς (Esquilo) 372

Vigésima lição: Σεικίλου ίττιτάφιος (Sicilo).......................................... 373


Verbos: conjugação do presente e do imperfeito dos verbos atemàticos (τίΟημι,
δίδωμι; ίσ τημι; ψημί) 374 - Leitura complementar: Αίσμα άσματιιν 377

T erceira Parte

Vigésima primeira lição: ’Ό νειρος ή άλεκτρυών (Luciano).............. 383


Adjetivos: um pouco de história da língua / morfologia dos adjet vos / comparativos
e superlativos / sintaxe do comparatvo / sintaxe do superlativo 390 - Leitura
complementar: I Irp i παιδί ίας (João Fstobeu) 397 - Verbos: o sistema do presente
I um pouco de história da língua / verbos temáticos e atemàticos / vozes, modos e
tempos 397 - Sintaxe: objeto direto interno 402 - Leitura complementar: Π ιρ ί
παιδείας (Xenofonte) 402
Vigésima segunda lição: Ά λ ε κ τ ρ υ ώ ν φιλοσοψος (Luciano)................... 404
Verbos: o sistema do presente dos verbos atemáticos / um pouco de história da
língua 407 - O verbo ι ip í (raiz: . σ ) / o verbo φημι (raiz: ψα-) 410 - Leitura
complementar í l t p i φιλοσοφίας (Aristóteles) 412 - Sintaxe, a aposiçao 413 -
Leitura complementar: Πί pi φιλοσοφίας (Aristóteles) 415 - Sintaxe: o particípio
predicat vo do su|e.to 4 15 - Leitura complementar: Πι p i φιλοσοφίας (Aristóteles)
418 - Sintaxe: as orações completivas (ou substantivas): I. Orações completivas
com οτι/ώς ou partcípio; 2. Orações completivas com οτι/ώς ou infnitivo; 3
Orações completivas com infinitivo 420 - Leitura complementar: Πι p i φιλοσοφία.
(Aristóteles) 425

Vigésima terceira lição: A í του Μικύλλου μεταμορφόσεις (Luciano) . 427


Verbos: futuro: oposição entre aspecto não resultativo e aspecto resultativo / um
pouco de história da língua / morfologia: paradigma do futuro / futuros segundos /
futuro do verbo ι.ίμί / o verbo είμι / o particípio futuro 433 - Leitura complementar:
Τι'ττις και μύρμηκι ς (Esopo) 441 - Partículas: I . Justapositivas; 2. Intensivas; 3.
Restritivas; 4. Continuativas; 5. Interrogativas; 6. Consecutivas 7. Explicativas;
8. Adversativas 442 - Jogo 445 - Leitura complementar: Τι'ττις καί μόρμηκες
(Bábrio) 447

Vigésima quarta lição: Tà εν Ί λ ί ω ....................................................... 450


Verbos: o sistema do perfeito / um pouco de história da língua / o redobro / as
desinências sufixais de perfeito / o mais-que-perfeito / o futuro perfe to / con|ugação
dos verbos regulares no sistema do perfeito 454 - Le tura complementar: Περί
Ό μη ρο υ (Plutarco) 460 - A conjugação do verbo οΤδα 461 - Leitura complementar:
Περί Ό μηρου (Plutarco) 462 - Adverb os 463 - Leitura complementar: Ό μηρος
καί Λουκιανός (Luciano) 467

Vigésima quinta lição: Tà Πυθαγόρου (Luciano).................................... 468


Verbos: aoristo: a oposição aspectual / classes de a orsto / aoristos primeiros ou
sigmáticos / um pouco de história da língua / alterações fonéticas 475 - Le turas
complementares: Δόςαι περί πυθαγόρου - περ του Πυθαγόρου διδασκαλίας
(Porfírio) 481 - Πί ρί των ΠυΟαγομιστύν (Jâmblico) 482 - Verbos: aoristo:
aoristos segundos ou aoristos radicais: aoristos radcais atemáticos / aonstos radicais
temáticos / aorstos ntransitivos em ην/-0ην 483 - Leitura complementar Δόςαι
π ιρ ί Πυθαγόρου - Περί της μι τεμψυχώσεως (Porf.no) 485 - Con|unções:
completivas / fina s / causais / consecutivas I condicionais / concessivas / têmporas
486 - Leituras complementares: Δόςαι περί Πυθαγόρου - Περί του φιλοσόφου βίου
(Diógenes Laércio) 489 - Περί της του αριθμού φόσιως (Aécio) 490

Vigésima sexta lição: Ά νδ ρ ο ς τε καί γυναικός βίος (Luciano)........ 492


Verbos: presente- prefixos e sufixos formadores do presente presentes com
redobro / presentes em nasal / presentes em -σκ-/-ισκ- / presentes em -y‘ -ly°- I
presentes em -ι όω 496 - Leitura complementar: Θήλυ καί αρρι v (Xenofonte)
501 - Adjetivos, comparai vo de infenordade 503 - Leitura complementar Π φ ι
των ’ Αμαζόνων (Diodoro Sículo) 504 - Sintaxe das orações adjetivas 506 - Le tura
complementar: I- ίς γυναίκας (Anacreonte) 507

Vigésima sétima lição: Oí πολλοί βίο ι (Luciano).................................. 510


Dedinações: o dual 512 - Leituras complementares: I Icpi Κράτητος A (Dógenes
Laércio) 513 - 15 (Eudóxio) I I 514 - Leitura complementar: Ilc p i Ίπ π α ρ χία ς
(Diógenes Laercio) 515 - Leituras complementares: Περί Διογένους - A (Suida)
/ 13 (Epicteto) / I Δ (Diógenes Laércio) 516 - Leituras complementares: I Irp i
Διογι'νους - 1- / Z / 11 / Θ (Diógenes Laércio) 5 19 - Leituras complementares· I Icpi
Διογένους - 1 / K / Λ (Diógenes Laércio) 5 2 1

Vigésima oitava lição: Έ πιστολαί . . . . .......................................... 522


Προς “ 1 λληνας (Taciano) / ΌΛυσσεΰς Καλυψοι (Luciano) / Δ ημητριο και
Α π ο λ λ ω ν ία Ιο ύ λ ιο ς (Papiro de O xirrinco 3819) / Θέων Ά μ μ ω ν ίω (Papiro
de O xirrinco 2980) / ΚολλοόΟω ΙΙαρΐτ (Papiro de O xirrinco 3818) / Ακυλας
Σαραπιώ νι (Papiro de O xirrinco 3069) / Χριστιανή Ε πισ τολή (Papiro de Oxirrinco
3149) 522 - Sintaxe: neutralizações 533

Vigésima nona lição: Διασυρμός των Ε λ λ η ν ικ ώ ν φιλοσόφων


(Hérmias, ο filósofo).................................................................................. 536

Q uarta Parte

Trigésima lição: Θεογονία (Hesíodo)...................................................... 565


O dialeto épico 566 - O metro épico 568 - Leitura complementar Θ εογονία
(Apolodoro) 569 - Sintaxe: os principais usos e sentidos dos casos 569 - Leitura
complementar: Ό ρ ψ ική θεογονία (Atenágoras) 572

Trigésima primeira lição: ΓαΤάς τε και ΟύρανοΟ παΤδες (H esíodo).. .573


Sobre a linguagem usada nos poemas de Homero e Hesíodo 574 - Leitura
complementar: Φερεκόόου θεογονία - A (Diógenes Laercio) / 13 (Damáscio) 575
- Sintaxe: os usos do genitivo: complemento nominal; genitivo de posse; genitivo
partitivo; complemento do superlativo; complemento de tempo (data) indeterminado;
complemento de tempo (data) determinado (c/ prep.); origem ou distância no espaço
(c/ prep.); origem ou distância no tempo (c/ prep.); origem ou procedência (c/ prep.);
agente da passiva (c/ prep.); complemento do comparativo; genitivo do mot.vo de um
sentimento; genitivo da causa da acusação; genitivo exclamativo; complemento de
adjetivos; complemento de verbos; complemento de verbos de sensação; su|eito de
oração participial; sujeito da oração em genitivo absoluto 576 - Leitura complementar:
'Ο ρ νίθ ω ν Ο ιογονία (Aristófanes) 578 - Sintaxe: os usos do dat vo: objeco indireto
(dativus dandi); dativo de interesse na ação; dativo de posse; complemento de agente
de um verbo no perfeito ou mais-que-perfeito; complemento de agente de um
adjetivo em -τι ος; locat vo; locat vo espacial (c/ prep.)·. locativo temporal; locativo
temporal (c/ prep.); instrumental; associatvo (dativo de companhia); complemento
de verbos; dativo absoluto 579 - Letura complementar Οκι ανος πάντων γι νεσις
580

Trigésima segunda lição: Κρόνου δόλος (Hesíodo)................................ 581


Leitura complementar II επίΟεσις τω Ούρανω (Apolodoro) 583 - Sintaxe1
emprego do presente e do imperfeito 584 - Leitura complementar: Ό χημισμός
Γαίας τε καί Ουρανού (Euripídes) 585 - Sintaxe emprego do aoristo 585 -
Leitura complementar Tcò δυο ’ Λψροδι τα (Platão) 586 - Verbos: o dual 587
- Sintaxe: emprego do perfeito 588 - Leitura complementar: ' I I τού Ό ρψ ιω .
θεογονία (Apolônio de Rodes) 589

Trigésima terceira lição: Κρόνου τταΐδες (Hesíodo)................................590


Leitura complementar Ί ρ μ η ν υ α των μυ()ιι\ (Salústo) 591 - Sintaxe: emprego
do modo imperativo 592 - Leitura complementar: Ί ρμηνεία των μύθων (Salústio)
593 - Sintaxe: emprego do modo optativo 594 - Leitura complementar: Ό των
άνθρωπον χρόνος (Mimnermo) 594

Trigésima quarta lição: Διάς γένεσις (Hesíodo).................................... 596


Le tura complementar I Ιερί μύθων (Platão) 598 - Adjetivo verbal 599 - Leitura
complementar: Περί μυΟοποιών (Platão) 600 - Adjetivo verbal 601 - Leitura
complementar: 1Icpi καλών μύθων (Platão) 602

Trigésima quinta lição: Διάς νίκη (Hesíodo).......................................... 604


Leituras complementares: Περί ποιητώ ν λόγων (Platão) 608 - Περί Διος
(Orphicorum fragmenta) 609

Trigésima sexta lição: "Ομηρος και Μουσαι ( Ίλ ιά ς A ) ......................610


'Ο δύσσεια A 611 - Ίλ ιά ς Β 612 - Leitura complementar: 'Ηροδότου π, p i
Ό μηρου (Heródoto) 613 - Leitura complementar Η ρακλείτου λόγοι (Fragmentos
de Herádito) 6 14

Trigésima sétima lição: ’ Αχιλληος σάκους ττοίησις (H o m e ro ).......... 616


Leitura complementar: ΙΙλάτωνος περί ποιητών λιλ,εως (Platão) 620

Trigésima oitava lição: Χρυσής και Αγαμέμνων (Homero)................ 623


Leitura complementar: ΙΙλάτω ν Ό μηρου μεταφραστής (Platão) 625 - Leitura
complementar: Σωκράτης π οιητικός (Diógenes Laércio) 630

Trigésima nona lição: Ή λεκτρα καί Ό ρέστης (Sófocles).................... 631


Leitura complementar: Περί πο ιη τική ς (Aristóteles) 635
Quadragésima lição: Σαπφους μέλη - ’ Πς Ά φροδίτας (Safo). . . . . . . 638
Sobre a linguagem do texto 640 - Κάλλιστον κ η ν ' οττω τις , ραται 642 -
Φ αίνεται μοι κηνος ίσος ΟεοΤσιν 642 - Νυκτερινόν μέλος 6 4 4 - Ί ·ς ΐρ ι,ιτα /
’ Ι-ττιΟαλάμιος ώδή /'Ί-ρο ς γλυκυπικρος / Νυκτερινόν μι λος 645

Q uadro de V erbos que A presentam Fo rm as S upletivas ........ 647

Í n d ic e d o s T e m a s G r a m a t ic a is ....................................................649
A presentação

Este livro traz uma introdução ao grego antigo que você poderá seguir
sozinho ou, de preferência, com a ajuda de um professor. O objetivo é
capacitá-lo para começar a enfrentar os desafios dos textos gregos.
Cada lição é aberta com um texto original, a partir do qual se dão as
explicações gramaticais e os exercícios que visam a sua memorização.
Os fatos gramaticais são recorrentes, isto é, depois de sua primeira
apresentação, voltam a aparecer em outras lições, de modo que você
poderá ir memorizando pouco a pouco a morfologia, a sintaxe e os usos
de palavras e expressões. Ao terminar o livro, você terá um bom domínio
da gramática, o que o capacitará a ler textos mais complexos, com a ajuda
de um dicionário.
N o fundo, o mais difícil no grego antigo é o vocabulário. É que se trata
de uma língua cuja história se estende de Homero, no século VIII a.C., ao
século V de nossa era. São, portanto, em torno de mil e trezentos anos,
durante os quais, naturalmente, houve mudanças lingüísticas importantes.
Além disso, como qualquer língua, o grego apresenta vários dialetos (o
micênico, por exemplo, conservado nas tabuinhas descobertas em Pilo,
Cnosso e outros locais, data dos séculos XIII-XI a.C. e se escreve num
alfabeto diferente).
Nosso objetivo é aprender os fatos básicos do ático: o dialeto literário
de Atenas, no V século a.C., em que escreveram Platão, Xenofonte, Sófocles,
Esquilo, Eurípides e outros escritores importantes, tendo-se tornado o
modelo de língua literária para os séculos seguintes.
Nas primeiras lições,vamos trabalhar textos da chamada koiné (κοινή),
isto é: língua comum.Trata-se de uma modalidade de grego cujo ponto de
partida é o ático, usada correntemente como língua de comunicação em
todo Mediterrâneo nos últimos séculos antes de Cristo e nos primeiros
séculos da era cristã (como hoje se utiliza o inglês como língua de comu­
nicação internacional). Foi justamente por tratar-se de uma língua muito
difundida que os primeiros autores cristãos escreveram preferentemente
em grego.Você vai começar sua aprendizagem através de trechos do Evan­
gelho de João, cujo vocabulário é facilmente dominável e cuja sintaxe não
apresenta dificuldades.
Nas segunda e terceira partes, para estudar o grego ático, vamos ler,
respectivamente, algumas fábulas de Esopo e trechos do diálogo 0 galo ou
o sonho de Luciano. O texto de referência da última parte é a Teogonia de
Hesíodo, através do qual você conhecerá também um pouco de outras
formas dialetais além do ático.
Entremeados a esses autores que norteiam a organização da seqüência
das lições, você encontrará ainda, como leituras complementares, poemas e
trechos em prosa de vários outros escritores, como os demais evangelistas,
Sâo Paulo, Anacreonte, Aristóteles, Xenofonte, Platão, Diógenes Laércio,
Apolodoro, Hérmias, Atenágoras, D iodoro Sículo, Esquilo, Aristófanes,
Euripides, Heráclito, Sófocles, Safo e, naturalmente, Homero. Uma amostra
pequena, é verdade, do que nos foi legado pelos gregos. Entretanto, um
bom ponto de partida para que, terminada sua iniciação, você possa, por
si mesmo, tanto ler, quanto — o que é mais importante — escolher sua
biblioteca grega.
Encha-se de ámmo e comece já! Quando tudo lhe parecer muito difícil,
lembre-se do antigo provérbio que nos foi transmitido por Platão: χαλεπά
τά καλα — as coisas belas são difíceis!

* * *

Este método começou a ser escrito em 1993, contando-se já mais


de dez anos em que vem sendo experimentado, corrigido e melhorado.
A colaboração, direta ou indireta, de várias pessoas foi importante para
a forma que ele adquiriu. Em especial, a de meus colegas da Universidade
Federal de Minas Gerais, Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa (de quem partiu
a idéia de começar pela koiné), Teodoro Rennó Assunção (que insistiu na
necessidade de que, além de textos e exercícios, o livro contivesse também
alguma explicação gramatical), Antônio Orlando Dourado Lopes e Olimar
Flores Júnior.
Testaram-no ainda, na Universidade Federal de O u ro Preto, Pedro
Ipiranga Júnior e Júlio César Vitorino; nos cursos de extensão da Faculdade
de Letras da UFMG, usaram-no também, dentre outros, Andreza Júnia Fer­
reira e Bernardo Guadalupe dos Santos Lins Brandão, estes dois últimos
com a vantagem de terem, ao mesmo tempo, aprendido e ensinado grego
através dele. De todos partiram sugestões valiosas.

18
Por seu envolvimento com o projeto, Maria Olívia de Quadros Saraiva
tornou-se co-autora, não só testando o método nos cursos que ministrou
na UFMG e na UFOP, como responsabilizando-se por inumeios aspectos
da empreitada, em suas diferentes fases, sempre com entusiasmo. Sem seu
empenho os rascunhos não teriam adquirido a forma de livro com que
agora se oferecem ao leitor. O mesmo aconteceu com Celina Figueiredo
Lage, que assumiu o encargo de selecionar, com extrema competência, a
documentação iconográfica que integra o método.
Cumpre registrar a relevância da contribuição de todos aqueles que,
no período aludido, estudaram grego na UFMG, chamando nossa atenção,
de m odo vivo e direto, para o que pedagogicamente funcionava ou não,
estava ou não estava inteligível, era agradável e instigante, ou, pelo contrário,
aborrecido. É um privilégio poder contar com alunos assim.
Agradeço as correções e alterações sugeridas por Olimar Flores Júnior,
incorporadas à presente edição.

J. L B.

19
P r i m e i r a P arte
Π Ρ Ω Τ Ο Ν Β ΙΒ Λ ΙΟ Ν

“ N o fim do almoço, Aires deu-lhes uma citação de Hom ero, aliás duas,
uma para cada um, dizendo-lhes que o velho poeta os cantara separadamen­
te, Paulo no começo da lliada:

Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu, cólera funesta aos


gregos, que precipitou à estancia de Plutão tantas almas válidas de heróis,
entregues os corpos às aves e aos cães...

Pedro estava no começo da Odisséia:

Musa, canta aquele herói astuto, que errou por tantos tempos, de­
pois de destruída a santa ilion...

Era um modo de definir o caráter de ambos, e nenhum deles levou a mal


a aplicação. A o contrário, a citação poética valia p o r um diploma particular.
O fato é que ambos sorriam de fé, de aceitação, de agradecimento, sem que
achassem uma palavra ou sílaba que desmentissem o adequado dos versos.
Que ele, o conselheiro, depois de os citar em prosa nossa, repetiu-os no
p ró prio te xto grego e os dous gêmeos sentiram-se ainda mais épicos, tão
certo é que traduções não valem originais O que eles fizeram foi dar um
sentido deprimente ao que era aplicavel ao irmão

Tem razão, Sr, Conselheiro, disse Paulo, Pedro e um velhaco.

E você e um funoso

Em grego, menmos em grego e em verso que é m elhor que a nossa


língua e a prosa do nosso tem po."

(Machado de Assis. Esou e Jacó)


ΠΡΩΤΟΝ ΔΙΔΑΓΜΑ
PRIMEIRA LIÇÃO

Fgura I - Joao Evangelista. Iluminura em pergaminho, século XII. Museu Cristão e Bizantino
(B X M II34), Atenas.

A te n ç ã o : se vocè esta estudando sozinho, passe para a pagina 25 e aprenda


antes as letras do alfabeto grego

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ Κ Α Ι 01 ΙΟ Υ Δ Α ΙΟ Ι

JOÃO E OS JUDEUS

ΙΟ Υ Δ Α ΙΟ Ι
Συ τ ίς εΐ;

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ
Έ γ ω ο ύ κ ε ίμ ί ό χ ρ ισ τ ό ς .
ΙΟ Υ Δ Α ΙΟ Ι
Τ ί ο υ ν; συ Η λ ε ία ς ε’ι ;

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ
Ο υ.

ΙΟ Υ Δ Α ΙΟ Ι
Τ ίς εΐ; τ ί λέγ εις π ε ρ ί σ εα υτου;

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ
Έ γ ώ ε ίμ ι φω νή έν τ ή έρημα).

ΙΟ Υ Δ Α ΙΟ Ι
Τ ί ο υ ν β α π τ ίζ ε ις εϊ σύ ο ύ κ εΐ ό χ ρ ισ τό ς ουδέ Η λ ε ία ς ουδέ ό
π ρο φ ή της ;

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ
Έ γ ώ β α π τ ίζ ω έν υ δ α τ ι- μέσος υμώ ν σ τ ή κ ε ι ό β α π τ ίζ ω ν έν
π ν ε ύ μ α τ ι.

(Κατά Ίωάννην)

24
Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Τ Ε Χ Ν Η

GRAMÁTICA

ΓΡΑΜ Μ ΑΤΑ

LETRAS
Vamos aprender as letras do alfabeto grego que aparecem no texto
desta lição. A pronúncia que adotaremos é, em geral, a estabelecida na
época do Renascimento por Erasmo de Roterdam, motivo por que também
se chama pronúncia erasmiana. Trata-se de uma pronúncia convencional,
já que, na prática, não podemos exatamente saber qual seria a mais usada
na Antiguidade, sendo natural supor que houvesse diferenças dialetais. No
entanto, a pronúncia erasmiana é a mais difundida hoje em dia e se baseia
em critérios razoáveis, a partir de algumas informações colhidas dos antigos
gramáticos gregos.

Φ Ω ΝΗΕΝΤΑ

VOGAIS

GRAFEMA VALOR NOME


A, α a alfa

Ε, ε e breve e psilon

Η, η e longo eta

1, i i iota

0, o o breve o micron

Ω, ω o longo o mega

Y, U y y psilon

Atenção

I. Observe que há duas letras que correspondem ao e (ε / η), assim como


há duas letras que correspondem ao o (o / ω). E que as vogais gregas têm

2S
diferença de duração, podendo ser longas ou breves (uma vogal longa 6
pronunciada no dobro do tempo de uma vogal breve) Assim

η = εε
ω = oo

na prática, ao ler em voz alta, você não precisa realizai a duraçao das
vogais, mas é importante estar atento para a ocorrência das longas c bi eves na
escrita.

2. O u é pronunciado como o ü do alemão ou o u do francês (coloque a boca


na posição adequada para pronunciar um u e fale um i)
3. O som de u é representado pelo digrafo ou (como acontece também em
francês).
4. Em ditongos, o u tem o som de u (como em português) Assim

αυ au
ευ eu
υι ui

5. Os demais ditongos pronunciam-se normalmente, como em poi iiiguês

αι ai
ει ei
οι oi

ΣΥΜΦΩΝΑ

CONSOANTES

GRAFEMA VALOR NOME


B, β b beta

r,y g gamnin
δ, δ d delta
ζ, ς dz dzeca
Κ, κ k kapa

26
GRAFEMA VALOR NOME
Λ, λ 1 làmbda
Μ, μ m my
N, v n ny
Π, π P pi
P, P Γ rô
sigma
vT>
s
M
Q

T, τ t tau
Φ, φ ph phi

X, x kh khi

Atenção
1. O sigma minúsculo tem duas formas. A primeira (σ) é usada no principio
ou no meio de palavra; a segunda (ς) é usada apenas no final de palavras.
Exemplos (leia e copie);

μόνος (sozinho)
χ ρ ισ τ ό ς (ungido)

2. O gamma tem sempre o som gutural, mesmo diante de i ou e: γα (ga), y t


(gue), γι (gui), yo (go), yu (guy). Exemplos (leia e copie):

εγώ λέγω (eu digo)


σύ λέ γ ε ις (tu dizes)

3. O sigma tem sempre o som de s (nunca de z). Exemplos (leia e copie):

σεαυτου (de ti mesmo)


μέσος (meio)

4. Para pronunciar as duas consoantes aspiradas (phi e khi), faça o seguinte:


coloque o aparelho fonador na posição adequada para pronunciar u m p e
um k; em seguida, pronuncie estes dois sons acompanhados de um sopro.
Exemplos (leia e copie):

φωνή (voz)
χριστός

27
Observe: o som do χ corresponde ao do ch em alemão ( machen) e apro-
xima-se do som do j em espanhol ( mujer). Na prática escolar, ο φ costuma
ser pronunciado com o nosso f e ο χ simplesmente com o k.

5. O iota, em algumas situações, pode ser escrito abaixo do a, do η ou do ω


e não se pronuncia (iota subscrito). Exemplos (leia e copie):

τ η έ ρ ή μ ω (no deserto)

α δ ε ιν (cantar)
Alguns editores, entretanto, preferem grafar sempre o iota adscrito (isto é:
escrito normalmente ao lado das demais letras):

τ η ι έρ ή μ ω ι
α ιδ ε ιν

Seja como for, o iota nunca aparece subscrito quando se grafam as palavras
apenas em maiusculas ou quando, mesmo grafando-se as palavras normal­
mente, a letra que o antecede é maiuscula, como acontece quando se trata
do início de um nome próprio (nos dois casos, o iota não é pronunciado):

ΤΗ Ι ΕΡΗΜ ΩΙ
'Ά ιδ η ς (Hades)

ΠΝΕΥΜ ΑΤΑ

ESPÍRITOS

No início de palavras, as vogais são sempre marcadas por um dos dois


sinais abaixo, chamados espíritos. O espírito rude indica que a vogal é aspi­
rada; o espírito doce indica que ela não é aspirada.

EXEMPLOS
GRAFEMA NOME VALOR
(leia e copie)
< espírito rude indica que a vogal é aspirada ó (o)
- espírito doce indica que a vogal não é aspirada ou (não)

28
A te n ç ã o

1. O sinal de aspiração corresponde ao h em inglês ou alemão, como em


home, history; Haus, Hamburg. No português padrão do Brasil, realizamos
esse fonema em palavras iniciadas com r, cuja pronúncia deixou de ser
vibrante: rio, rua, rota. Leia em voz alta e copie:

Ισ τ ο ρ ία (história)
α ρ μ ο ν ία (harmonia)
έ λ λ η ν ίζ ε ΐ ν (falar grego, helenizar)
ε λ λ η ν ικ ή γ λω σ σ ά (a língua grega)

2. As palavras iniciadas com p também recebem espírito rude. Leia e copie:

ρ η τ ο ρ ικ ή (retórica)
ρ ό δ ιο ς (fácil)
ρ ό δ ο ν (rosa)

3. Nos ditongos, o espírito é grafado acima da segunda vogal. Leia e copie:

ε υ δ α ιμ ο ν ία (felicidade)
αύλός (flauta)
ο ικ ία (casa)
ο ικ ο ν ο μ ία (administração da casa)

ΤΟΝΟΙ

ACENTOS

Existem três tipos de acento em grego: o agudo, o grave e o circunflexo,


como você já pôde observar. As regras de acentuação serão estudadas nas
lições seguintes. Por enquanto, guarde apenas esta regra de pronúncia:

A SÍLABA ACENTUADA DEVE SER LIDA COMO


SE FOSSE A SÍLABA TÔNICA DA PALAVRA

29
A te n ç ã o

I. Quando sobre uma mesma letra aparece espírito e acento, o espírito coloca-
se antes dos acentos agudo e grave e abaixo do acento circunflexo. Leia e
copie:

ε’ίδ ω λο ν (imagem)
ε ’ι δο ς (forma)
α ίμ α (sangue)

2. Como os espíritos, os acentos são grafados sobre a segunda vogal dos


ditongos. Leia e copie:

μούσα (musa)
δ α ίμ ω ν (demônio)
α ν δ ρ ε ία (coragem)
π νεύ μ α (espírito)

3. No caso de maiúsculas, os espíritos e acentos grafam-se antes das letras.


Leia e copie;

Η λ ε ία ς (Elias)
'Ε λ λ ά ς (Grécia)
’ Ερως (Eros)
Α φ ρ ο δ ίτ η (Afrodite)

4. Quando se usam apenas letras maiúsculas, não se grafam espíritos e acen­


tos. Leia e copie

ΗΛΕΙΑΣ
ΕΛΛΑΣ
ΕΡΩΣ
Α Φ Ρ Ο Δ ΙΤ Η

30
Σ Τ ΙΓ Μ Α Ι

PONTOS

São os seguintes os sinais de pontuação em grego:

GRAFEMA VALOR
. (como em português) ponto final

(ponto alto) ponto e vírgula ou dois pontos


; (ponto e vírgula) ponto de interrogação
, (como em português) vírgula

ΑΣΚΗΣΕΙΣ
EXERCÍCIOS

I. Agora que você já conhece a maioria das letras e outros símbolos


gráficos gregos, vamos treinar sua leitura. Leia as sentenças abaixo em voz
alta, tantas vezes quantas forem necessárias para você desenvolver uma
leitura corrente (debaixo de cada palavra grega se encontra o seu sentido
em português; assim, você pode entender o que está lendo):

1. Συ τίς ει;
Tu quem és?

2. Έγώ OÜK είμι ó χριστό;.


Eu não sou o ungido.

r
3. T í ouv. συ El Η λεία ς;
O que então? Tu és Elias?

4. Oò.
Não.

5. Τ ίς εΤ; τί λέγεις περί σεαυτοΰ;


Quem és? O que dizes sobre ti mesmo?

31
6. Έγώ είμι φωνή νv τη έρήμω.
Eu sou uma voz no deserto.

Τ f
7. Τ ί ουν βαπτίζεις εί σύ ουκ α ο
Por que então batizas se tu não és ο
χριστός ουδέ Η λ ε ία ς ουδέ ό προφήτης;
ungido nem Elias nem ο profeta?

8 .’ Εγώ βαπτίζω εν ΰδατι μέσος υμών στήκει


Eu batizo em agua; no meio de vós está
ό βαπτίζων εν πνεύματι.
ο que batiza em espírito.

9. Κατά Ίω άννην.
Segundo João.

2. ΑΝΑΓΙΓΝΩΣΚΕ ΚΑΙ ΓΡΑΦΕ·


LEIA Ε ESCREVA:

ό προφ ήτης (ο profeta)


ό π ο ιη τ ή ς (ο poeta)
ό φιλόσοφος (ο filósofo)
ό δ ιδά σκα λος (ο professor)
ό ια τρ ό ς (ο medico)

3. ΓΡΑΦΕ·
ESCREVA (EM LETRAS MINÚSCULAS):

ΕΓΩ Λ ΕΓΩ ·
ΙΩ Α Ν Ν Η Σ Ε Σ Τ Ι Ο Π Ρ Ο Φ Η Τ Η Σ
Σ Υ ΕΙ Ο Π Ο ΙΗ Τ Η Σ ·
Υ Μ Ε ΙΣ ΕΣΤΕ Ο Ι Φ ΙΛ Ο Σ Ο Φ Ο Ι'
Ε Γ Ω Ε ΙΜ Ι Ο Δ ΙΔ Α Σ Κ Α Λ Ο Σ .

32
ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ TLXN II
ΑΝΤΩΝΥΜΙΑΙ

PRONOMES

Os pronomes pessoais são os seguintes:

εγώ (eu)

συ (tu)
ήμεΐς (nós)
υ μ είς (vós)

Atenção; o pronome de terceira pessoa não é usado na κοινή.

ΡΗΜΑΤΑ

VERBOS

A forma como os verbos são identificados (que é a que aparece nos


dicionários) é a da primeira pessoa do singular do presente do indicativo
da voz ativa. Assim:

ε ίμ ί (eu sou) λέγω (eu digo)

Há dois tipos de verbos:


1. os terminados em -μι (como ε ίμ ί)
2. os terminados em -ω (como λέγω)

Aprenda a conjugação do presente de ambos (copie e leia ate memorizar):

ε ίμ ί λέγω

ει λέγεις
έ σ τ ί(ν ) λέγ ει
έσμέν λέγομεν

έστέ λέγετε
ε ίσ ί( ν ) λ έ γ ο υ σ ι(ν )

n
Observe: as terceiras pessoas do singular e do plural dos verbos em -μι,
bem como a terceira pessoa do plural dos verbos em -ω podem receber
um -v eufônico no final, se a palavra seguinte inicia com vogal:

ό Ιω ά ν ν η ς έστ'ι προφήτης,
ό Ιω ά ν ν η ς ούκ έ σ τ ιν ό Χ ρ ιστός,
ο ι Ι ο υ δ α ίο ι λέγουσι π ε ρ ί του Χ ρ ίσ το υ ,
ο ι Ιο υ δ α ίο ι λ έ γ ο υ σ ιν εν τ ή έρήμω περ ί του Χ ρ ίσ το υ .

ΑΣΚΗΣΙΣ

ΠΛΗΡΟΕ

COMPLETE:
έγώ είμί λέγω βαπτίζω στήκω

συ

ό Ιω ά ννη ς

ημείς

ύμεΐς

οί Ιο υ δ α ίο ι

ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΤΕΧΝΗ

ΟΥ/ΟΥΚ
Atenção para os usos das duas formas do advérbio de negação;
ou é usado antes de consoantes ou antes de sinal de pontuação:
ούκ é usado antes de vogais.
Exemplos (leia e copie):

ού β α π τ ίζω εν υδατι.
ούκ ε ίμ ι ό προφήτης.

34
Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α

LEITURA COMPLEMENTAR

Figura 2 - Estátua de Sócrates, proveniente de Alexandria, Egito, c.200 a,C British Museum.
(LANG, Mabel L. Sócrates in the Agora. New Jersey: American School of Classic Studies at Athens,
1978, p. 31).

— Σύ τ ις εΤ;
— Έ γ ώ ούκ είμ'ι 'Ό μ η ρ ο ς .
— Τ ί ο υ ν; Π λ ά τ ω ν ε ί;
— Ο υ.
— Α ρ ισ τ ο τ έ λ η ς ε ί σύ;
— Ου.
— Τ ί λέγ εις π ε ρ ί σ εα υτοο;
— Ε ίμ ί Σ ω κρ άτη ς ό φ ιλόσοφ ος.

35
Α Σ Κ Η Σ ΕΙΣ

I II ΛΙ ΓΕΙΣ ΠΕΡΙ ΣΕΑΥΤΟΥ,

παΐς. (criança)
άνήρ (homem)
γυνή, (mulher)
ví ανίας, (moço)
d μι κόρη, (moça)
γέρων. (velho)
γραΐα. (velha)
;’.γώ πλούσιος/πλουσία. (rico/rica)
πτωχός, (pobre, isto é: mendigo)
πενης. (pobre, isto é: quem trabalha para viver)
άγαμος, (solteiro)
γαμέτη, (casada)
γαμέτης, (casado) *
πεπαιδευμενος/πεπαιδευμενη. (culto/culta, quem estudou)
ουκ ίμι απαίδευτος, (inculto, pessoa que não tem estudos)
καλός/καλή. (bonito/bonita)
αίσχρός/αίσχρά. (feio/feia)
Γλλην. (grego)
βάρβαρος. (bárbaro, isto é: alguém que não fala grego)

2, II Al I I I I III ΙΊ ΙΟΥ ΙΤΑ ΙΡ Ο Υ ΣΟΥ;


Ο QUEVOCÊ D IZ A RESPEITO DE SEU COLEGA'

ι'οτί

' Ο ; τσίρος μου

οόκ ; ατι

36
3. ΠΛΗΡΟΕ ΤΟΝ ΔΙΑΛΟΓΟΝ·
COMPLETE O DIÁLOGO:

Σύ τίς εΤ;

T í ouv; Διδάσκαλος εΐ συ;

Ό ποιητής εΐ συ;

Τίς ουν εΤ; τί λέγεις περί σεαυτου;

ΣΥΜΠΛΗΡΩΤΙΚΟΝ ΑΝΑΓΝΩΣΜΑ

ΟΜΗΡΟΣ

Έ γ ώ ε ίμ ι 'Ό μηρος ό π ο ιη τ ή ς .
Δ ιδάσκω κα ι αδω κ α ι ιατρεύω

κ α ι π ρ ο φ η τίζω κα ι φιλοσοφέω έν

π ο ιή μ α σ ί μ ο υ *1. Ά λ λ α - μόνος ούκ

αδω ουδέ φωνέω εν τη ερ ήμω -

Μ ο ΰ σ α ι? α δουσι κ α ι δ ιδ ά σ κο υ σ ι κ α ι

ία τρ ευ ο υ σ ι κ α ι π ρ ο φ η τ ίζο υ σ ι κα ί
Foto dc Colina F. Lapt>

φ ιλοσ ο φ έου σ ιν εν π ο ιή μ α σ ί μου.

Δ ιά τούτο·1 π ο ιη τ ή ς εστι προφήτης

κ α ι διδάσκαλος κ α ι ιατρός κ α ι
Figura 3 - Cabeça de Homero, provenente de
Roma, datada do período mperial. Staatliche φιλόσοφος.
Ant kensammlung und Gluptothek (273), Munique.

í v tto i ήμασι μου - nos meus poemas


‘ αλλά - mas
1 Μ οΰσαι - as Musas
1<Sià τούτο - por isso

37
Α Σ Κ Η Σ ΕΙΣ

I. ΣΥΝΑΠΤΕ ΤΟΥΣ ΛΟΓΟΥΣ’


LIGUE AS PALAVRAS:
ό π ρ ο φ ή τη ς β α π τ ίζ ε ι.

ό π ο ιη τ ή ς δ ιδ ά σ κ ε ι.

ό φ ιλόσοφ ος π ρ ο φ η τ ίζ ε ι.

ό ια τρ ό ς α δ ει.

ό δ ιδ ά σ κ α λ ο ς ια τ ρ ε ύ ε ι.

ό β α π τ ισ τ ή ς φ ιλο σ ο φ έει.

2. ΣΥΝΑΠΤΕ ΤΟΥΣ ΛΟΓΟΥΣ’


ό δ ιδ ά σ κ α λ ο ς κ α Γ ό φ ιλόσοφ ος άδετε.

ό β α π τ ισ τ ή ς κ α ι ό π ρο φ ή της ία τρ ε ό ο μ ε ν .

εγώ κ α ι ό ια τρ ό ς δ ιδ ά σ κ ο υ σ ι.

συ κ α ι ό π ο ιη τ ή ς φωνέετε.

υ μ ε ίς κ α ι ό π ρ ο φ ή τη ς φ ιλοσοφ έομεν.

ήμεΐς κ α ι ό φ ιλόσοφ ος β α π τ ίζ ο υ σ ι.

38
3. Μ Ε Τ Α Φ Ρ Α Σ ΙΣ

TRADUÇÃO

Agora que você já aprendeu a maior parte do alfabeto e alguma coisa


de gramática, leia o texto com que esta lição foi aberta: o diálogo entre Joao
Batista e os judeus. Siga os passos abaixo indicados:

1. leia-o diversas vezes em voz alta, até memorizá-lo;


2. copie-o uma vez, caprichando na forma das letras gregas (não se esqueça
dos espíritos, acentos, iotas subscritos e sinais de pontuação!);
3. traduza-o em português corrente.

ΟΙ ΛΟ ΓΟΙ
AS PALAVRAS

Você irá percebendo, com o tempo, que a maior dificuldade no apren­


dizado do grego é o vocabulário, que é muito rico, variado e diferente do
português. Assim, deve dispensar uma atenção especial em memorizar as
palavras novas que fo r aprendendo. Para ajudá-lo nessa tarefa, você encon­
trará, no fim destas primeiras lições, uma seção dedicada à ampliação do
vocabulário aprendido.

Há dois mecanismos importantes:


1. relacionar os termos gregos com termos portugueses deles derivados, os
quais chegaram à nossa língua, em geral, por via erudita, sobretudo na lin­
guagem das artes, das letras, da filosofia, das ciências e da religião;
2. aprender os processos de derivação próprios do grego, que são muito
ricos, de modo que você seja capaz de reconhecer os radicais sob novas
roupagens.

39
Vamos começar, desde já, trabalhando alguns termos que aparecem na
primeira lição.

I. ΧΡΙΣΤΟΣ - radical: χρι(σ)-

TERMO TERMOS
PROCESSO DE DERIVAÇÃO
PRIMITIVO DERIVADOS
χρίσις O sufixo -σ ις forma substantivos abstratos
unção a partir de verbos, indicando a realização da
própria ação (algo como a ação de ungir, o

ungir).
χρίω χρΐμα ou χρίσμα O sufixo -μα forma substantivos concretos a
ungir, untar, ungüento, unção partir dos verbos. Neste caso, χρίσμα é aquilo
perfumar com que se unge ou o resultado da unção. Em
português, temos crisma.

χριστός O sufixo -τος forma adjetivos a partir de


ungido verbos (chamados de adjetivos verbais).

2. ΦΩΝΗ - radical: φων(ε/η)-

φωνεω O sufixo - ίω forma verbos a partir de


ressoar, falar substantivos.
φωνή φώνημα Explique você mesmo essa formação (sufixo
som, som da voz, -μα). Lembre-se de que em português temos a
voz discurso palavra fonema.
φωνητικός O sufixo - ικ ό ς forma adjetivos. O -t - é

vocal, consoante de ligação entre o radical e o sufixo


discursivo O português tem o termo fonética.

3. ΕΡΗΜΟΣ - radical: ερημ-

ερημία O sufixo -ια forma substantivos a partir de


lugar deserto, ermo adjetivos (indicando portanto qualidade).

έρημος ερημικός Explique você mesmo esta formação (sufixo


inabitado, solitário -ικός).

deserto ερημίτης O sufixo -ίτης forma adjetivos a partir de


eremita substantivos, indicando o habitante de um lugar
(neste caso, habitante da ερημία).

40
4. ΒΑΠΤ1ΖΩ - radical: βαπτ(ισ)-
βαπτίζω O sufixo -ίζω forma verbos a partir dc
imergir, nomes ou de outros verbos.
batizar

βάπτισις Explique você mesmo esta formação (sufixo


βάπτω imersão -σις).

mergulhar na βάπτισμα Explique você mesmo esta formação.


água, batismo

imergir βαπτιστής O sufixo -της forma substantivos a partir


batista de verbos, indicando o agente da ação
(neste caso, aquele que batiza).

βαπτιστήριον O sufixo -τήριον forma substantivos que


batistério indicam lugar (neste caso, lugar onde se
batiza).

5. ΠΡΟΦΗΤΗΣ - radical: προφητ-


προφητεύω O sufixo -εύω forma verbos a partir de
profetizar substantivos.

προφητεία O sufixo -εια forma substantivos.


προφήτης profecia

profeta προψητίζω Explique você mesmo esta formação.


profetizar

προφητικός Explique você mesmo esta formação.


profético

41
Δ Ε Υ ΤΕ Ρ Ο Ν Δ ΙΔ Α Γ Μ Α
SEGUNDA LIÇÃO
Foto de Celin 1F. Lage

Figura 4 - Candelabros de sece braços (menorá). Relevo em mármore, período romano tardio.
Museu Arqueológico de Corinco, Corinto.

ΕΝ A P X H I
NO PRINCÍPIO

Έ ν α ρ χ ή ή ν ó λόγος,
κ α ι ό λόγος ή ν π ρος το ν θεόν,
κ α ι θεός ή ν ό λόγος.
Ο ύτος ή ν έν α ρ χ ή προς το ν θεόν,
εν αυτω ζω ή ην,
κα'ι ή ζω ή ή ν τό φως του α ν θ ρ ώ π ο υ -
κ α ι τό φως έν τ ή σ κ ο τ ία φ α ίν ε ι.
(Κ α τ ά Ί ω ά ν ν η ν , α ')
ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ
RESUMO GRAMATICAL

ΝΕΟΝ ΓΡΑΜΜΑ

LETRA NOVA

Nesta lição, vocè está aprendendo mais uma letra do alfabeto grego:

GRAFEMA VALOR NOME

Θ, 0 th (t aspirado) Theta

ΑΣΚΗΣΕΙΣ
I . Leia e copie:

Θεός (deus)
Θεωρία (contemplação)
άνθρωπος (homem)
μαθητής (aluno)
Θέατρον (teatro)
Θάλασσα (mar)

2. Leia o texto abaixo em voz alta, quantas vezes forem necessárias, até
atingir uma leitura corrente:

Ev άρχη ην ó λόγος, και ó λόγος


N o princípio havia a palavra, e a palavra
T
ην προς τον θεόν. και ό λόγος ην θεός.
estava junto de deus. e a palavra era deus.

Ουτος ην εν άρχη προς τον θεόν- ’:v αύτω


Esta estava no princípio junto de deus; nela

ην ζωή. και Π ζωή ήν TÒ φως toO


havia vida. e a vida era a luz do

ανθρώπου- καί TÒ φως φαίνει f:v τη σκοτία.


homem: e a luz brilha na treva.

43
ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ

ΑΡΘΡΟΝ
ARTIGO

Ο artigo definido tem três formas em grego, devendo concordar em


gênero com o nome a que se refere:

masculino: ó λόγος
feminino: ή ζω ή
neutro: tò φως

Atenção
1. Observe como, muitas vezes, as palavras em grego pertencem a um gênero
gramatical diferente da correspondente em português. Assim, uma dica
importante é você se habituar a memorizar cada palavra acompanhada do
respectivo artigo, para guardar seu gênero.
2. Não existe, em grego, aitigo indefinido. Quando uma palavra aparece sem artigo,
em geral traduz-se em português precedida de um artigo indefinido:

εγώ ε ίμ ι ή φωνή εν τή ’ ρήμω (eu sou a voz no deserto)


εγώ ε ίμ ι φωνή εν τή ερήμι > (eu sou uma voz no deserto)

ΠΤΩΣΙΣ
DECLINAÇÃO

Observe como no texto desta lição a palavra grega correspondente a


deus aparece com duas terminações diferentes:

θεός
θεόν

Isso acontece porque os nomes, em grego, recebem uma terminação


(desinência) de acordo com sua função sintática (caso).
Há cinco casos: nominativo, vocativo, acusativo, genitivo e dativo.A cada
lição, você irá conhecendo suas desinências e seus usos. Vamos começar
agora a entender como funcionam.

44
Ο Ν Ο Μ Α Σ Τ ΙΚ Η
NOMINATIVO
Ο caso nominativo (ονομαστική πτώσις) é a forma básica dos nomes
(como eles aparecem no dicionário). E o caso do sujeito e do predicntivo
(o qual, como em português, concorda com o sujeito). Exemplo:

ό λόγος έ σ τι θεός.

Γ Ε Ν ΙΚ Η
GENITIVO
Ο caso genitivo (γενική πτώσις) corresponde a um adjunto adno-
minal, isto é: quando um nome recebe uma desinência de genitivo, isso
indica que ele passa a te r a função de um adjetivo, determinando um outro
substantivo. Sua idéia básica pode ser traduzida em português através da
preposição de:

φως άνθρωττου (luz do homem);

δ ιδ ά σ κ α λ ο ς φιλοσόφου (mestre do filósofo).

Atenção: observe que o sentido do genitivo grego é igual ao do genitivo em


inglês (que se forma acrescentando-se um ’s à palavra): John's house (casa de João).

Δ Ω Τ ΙΚ Η Κ Α Ι Α ΙΤ ΙΑ Τ ΙΚ Η
DATIVO E ACUSATIVO
As preposições regem determinados casos, de acordo com seus sen­
tidos. Aos poucos você se familiarizará com as regências das preposições.
Aprenda agora:I.

I. Dativo locativo

A idéia de lugar (espacial ou temporal) é expressa pelo caso dativo


(δωτική πτώσις), que passaremos a chamar de dativo locativo. Podemos
dizer que o locativo é o caso “ em” :
έν αρχή ή ν ό λόγος,
εγώ β α π τ ίζω έν ΰδατι.
το φως έν σκοτία φ α ίν ε ι.

2. Acusativo

A preposição πρός, no sentido de junto de, em face de, rege o caso


acusativo (α ιτ ια τ ικ ή τττώσις):

ό λόγος ήν προς τον Θεόν.


ό άνθρω πος ήν προς τή ν ζω ή ν.

Também a preposição κατά, no sentido de conforme, segundo, de acordo


com, rege acusativo:

κατά Ιω ά ν ν η v.
κατά τον δ ιδά σ κα λον.

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Agora releia o texto da lição e marque, nele, os casos de cada substan­


tivo, de acordo com sua função sintática, utilizando os seguintes símbolos:

O - ο νο μ α σ τ ικ ή
A - α ιτ ια τ ικ ή
Γ - γ ε ν ικ ή
Δ - δ ω τική

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ
Π Τ Ω Σ Ε ΙΣ
D E C LIN A Ç Õ ES

Há três declinações em grego. As duas primeiras são chamadas de


temáticas, porque apresentam uma vogal temática que se coloca entre o
radical e as desinências de caso, formando assim o tema da palavra; a terceira
é chamada de atemática, porque as desinências se ajuntam diretamente ao
radical (ou seja, o tema da palavra é igual ao radical).

46
Observe a estrutura morfologica das palavras abaixo, distribuídas pelas
três declinações:

TEMA DESINÊNCIAS
DECLINAÇÃO
RADICAL VOGAL TEMÁTICA DE CASO

PRIMEIRA TEMA EM -a- σκοτι- -a- -0

DECLINAÇÃO TEMA EM -η- άρχ- -V


-n -

SEGUNDA
TEMA EM -o- λογ- -0 - -ς
DECLINAÇÃO

TERCEIRA
ATEMÁTICA ψωτ- -0 - -ος
DECLINAÇÃO

Note como as diferenças morfológicas se estabelecem a partir de um


jogo de oposições, em que a ausência de marca também é significativa.
Para entender esse mecanismo, que é essencial para a conformação da
gramatica das línguas flexivas, como o grego e o português, vamos tom ar
um exemplo desta última: um falante de português reconhece que menino
é um singular apenas porque a palavra não apresenta a desinência de plural
(como acontece em meninos). Isso significa que não e somente a desinência
-s que é significativa, para indicar plural, mas também a sua ausência, para
indicar singular. A essa ausência de marca costumamos chamar de desinência
zero, representando-a através do símbolo 0 ,
Observe no quadro acima os dois exemplos tomados da prim eira
declinação: o primeiro encontra-se no nominativo (que apresenta desinência
zero); o segundo, no acusativo (apresentando a desinência -v).
O jogo de oposições, que marca o sistema de casos, você começará a
aprender nesta lição. É importante, antes de tudo, compreender como se
distribuem as três declinações e quais as suas características:

1. as declinações temáticas se distinguem porque a primeira apresenta as


vogais temáticas -a ou -η; a segunda, a vogal temática -o;
2. a declinação atemática (também chamada de terceira declinação) distingue-se
das demais por não apresentar vogal temática.

Al
Agora memorize as terminações do singular dos casos nominativo,
acusativo, genitivo e dativo:

Também o artigo é declinado, concordando sempre em caso com o


substantivo a que se refere, A declinação dos artigos, no singular, é a
seguinte:

FEM. MASC. NEUTRO


ONOM. ή ό τό
AITIAT. την τόν τό

ΓΙΙΝΙΚΗ της του του

ΔΩΤΙΚΗ τη τω τ ω

48
Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

1. Leia mais uma vez o texto, conferindo se as palavras de que você marcou
os casos estão com as terminações corretas; se não estiverem, corrija o
que você assinalou

2. Π λήροε κατά tò π α ρ ά δ ειγ μ α -


Complete conforme o modelo:

Παράδειγμα· ’ Lv αρχή ην ó λόγος, (άρχη)

______________— — (θεός)

-____ -__ ------ -------- .(ζωή)


________ (σκοτία)

Παράδειγμα- Tò φως εν τη σκοτία φαίνει. (ή σκοτία)


______ _ _ _ _ _ _ _______ (ό ούρανός/ο ceu)
_________________________ (ό άνθρωπος)
_________________________ (ό κόσμος/ο mundo)

Παράδι ιγμα’ Ό λογος ήν προς τον θεόν (λόγος-Οεός)


(Οι ός-άνθρωπος)
_(άν θρωπος-ί ατρός)
____ (φιλόσοφος-λόγος)

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

ΡΗΜ ΑΤΑ

Vamos aprender nesta lição o pretérito imperfeito da voz ativa do


verbo ε ιμ ί:

ην
ησθα
ην
ημεν
ητε
ησαν

49
Observe, no texto, os diversos sentidos de α μ ί:

EXISTIR: εν α ρ χ ή η ν ό Λόγος.

ESTAR: ό λόγος η ν π ρος το ν θ εόν

SER: ό λόγος η ν θεός.

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ
ΣΥΝΑΠΤΕ ΤΑ ΡΗΜ ΑΤΑ
LIGUE OS VERBOS

εγώ εσμεν η σα ν φ α ίν ε ι
7
υ μείς ει ην φ α ίν ο μ ε ν
ό λόγος ε ίμ ί ημεν φ α ίν ε ις
σό εστε η σ θα φ α ίν ο υ σ ι
ο ί λόγοι ε ίσ ί ητε φ α ίνω
η μ ε ίς εσ τί ην φ α ίνετε

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

Σ Υ Ν Τ Α Κ Τ ΙΚ Η Α Ν Α Λ Υ Σ ΙΣ
ANÁLISE SINTÁTICA

I. Frases nominais

Nas frases nominais, o verbo de ligação pode estar expresso ou não. A


escolha de uma das duas formas depende das opções estilísticas de quem
fala ou escreve. A forma em que o verbo aparece é mais enfática:

εγώ ε ίμ ι φωνή εν τ ή ερήμυ.


εγώ φωνή εν τ ή έρήμω.

Quando tanto ο sujeito quanto ο predicativo são constituídos por


substantivos, observa-se, em geral, a regra de que o sujeito é acompanhado
de artigo definido, enquanto o predicativo não o é. Por exemplo:

50
θεός η ν ό λόγος

significa a palavra era deus (e não deus era a palavra), independentemente dn


ordem dos termos da oração.
Caso nenhum dos dois termos esteja acompanhado de artigo, cm gci at
o predicativo é o que vem em primeiro lugar, estando explícito ou nao o
verbo de ligação. Assim, o exemplo acima podería ser dito, com difei enças
apenas estilísticas, mas mantendo o mesmo significado:

θεός ην λόγος,
θεός λόγος.

2. Ordem das palavras

As orações, em grego, não têm uma ordem de palavras rígida, havendo,


portanto, maiores possibilidades de variação estilística. Entretanto, em pro­
sa, as três primeiras posições são significativas (de um certo modo, elas é
que dão o tom do que se diz). Assim, podemos representar:

posição L posição 2 posição 3

muito forte fraca forte

(++) (-) (+>

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

I. Analise, do ponto de vista dos efeitos de ênfase em determinados


term os, as quatro primeiras orações do texto da lição. Atenção: você deve
considerar os sintagmas (εν αρχή / ό λόγος / προς τον θεόν), não as
palavras isoladamente; na análise, despreze os conectivos (καί).

(++) (-) (+)


έν αρχή ην ό λόγος

51

A
2. L ΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

PERGUNTAS
Leia de novo, em voz alta, o texto da lição, até obter uma leitura e um
entendimento correntes. Em seguida, responda as perguntas abaixo, por
escrito. Atenção aos interrogativos.

τίς; quem?
τί; ο quê?
πού; onde?

I. Τίς fjv εν αρχή;


2. θεός ήν ó λόγος;
Ό
3. Που ην ή ζωή εν αρχή;
4. Τί ήν το φως του ανθρώπου;
5. Που ψαίνει το φως;

Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α

Η ΑΡΧΗ
{τ ι ά λογος)

Δ ιδάσκαλος— Κατά τον Ίω ά ννη ν τί ήν εν αρχή;


Μ αθητής— Κατά τον Ίω ά ννη ν εν αρχή ήν ό λόγος.
Διδάσκαλος — Κατά τον Θαλήν τί ί ν αρχή ήν;
Μ αθητής — Τό ύδωρ ίν αρχή ήν κατά τον Θαλήν.1
Δ ιδάσκαλος— 'Ο 'Ηράκλειτος λεγει τί;
Μαθητής — τΗν το πυρ ίν αρχή.2
Δ ιδάσκαλος— Και ό Πυθαγόρας τί λεγει;
Μ αθητής— Α ρ χ ή ίσ τ ιν ό αριθμός.-'
Διδάσκαλος Τ ί λεγει ό Εμπεδοκλής;
Μ αθητής — Τό ύδωρ και ό αήρ καί τό πυρ καί ή γή ήσαν ίν αρχή.1*3

τό υοωρ = água
3 τό πυρ = fogo
3 ό αριθμός = número
3 ό άήρ = ar; γή = terra

52
Δ ιδάσκαλος— - Και τί λέγει ό 'Ησίοδος;

Μ αθητής — Έ ν αρχή ήσαν Χάος καί Γη καί ’ Ι ρο

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Σ Υ Ν Α Π Τ Ε ΤΟ ΥΣ ΑΟ ΓΟΥΣ

ή γή
Π υθαγόραν τό ύδωρ
Έ μ π εδ ο κλεα ό ’Έρως
Κ α τά Ίω ά ννη ν ό αήρ ην εν άρχη.
'Η ρ ά κ λ ε ιτ ο ν ό αριθμός
Θ α λή ν τό πυρ
'Η σ ίο δ ο ν ό λόγος
τό Χάος

ΟΙ ΑΟ ΓΟΙ

N o texto desta lição você aprendeu alguns radicais importantes, que


são usados na composição de muitas outras palavras. Vamos estudá-los,
para que você amplie seu vocabulário e vá se acostumando aos processos
de criação de novos termos.

I. Α Ο ΙΌ Σ / Α Ε Γ Ω (radical: λο γ-/λεγ -)

Como este par, muitas palavras possuem radicais cuja vogal alterna
entre o e e, formando verbos e nomes ou estabelecendo outras oposições.
Essa alternância se chama diferença de grau e é um dos mecanismos através
dos quais as línguas indo-européias efetivam o jogo de oposições lexicais.
Conseqüências desse processo ainda se mantêm nas línguas indo-européias
modernas, incluindo o português, como na oposição entre os radicais do
presente e do perfeito do verbo fazer, façolfiz, que tem como origem o par
latino facio/fecr, o alemão, na oposição entre presente e passado do verbo
hebenlhob (levantar); o inglês, também opondo presente e passado na conju­
gação de growlgrew (crescer); etc.5

5 tò Xao = Caos

S3
Assim, embora com graus diversos, λόγος e λέγω apresentam a
mesma raiz. Vamos agora examinar alguns de seus derivados:

TERMOS TERMOS
PRIMITIVOS DERIVADOS
λόγιος eloqüente (ο sufixo -ιος forma adjetivos a partir
λέγω de substantivos)
1. reunir, λόγιον o dito de um oráculo (o neutro do adjetivo
contar, anterior forma novo substantivo)
enumerar λογίδιον pequeno discurso (o sufixo -ίδ ιο ν forma
diminutivos)
2. narrar,
λογικός discursivo, racional (explique você mesmo esta
dizer
formação)
λογόω dotar de razão, de inteligência (o sufixo -οω
λόγος
forma verbos a partir de substantivos, indicando
1. conta, cálculo,
plenificação)
λογίζομαι calcular, contar (o sufixo -ιζομαι forma verbos a
raciocínio
inteligência partir de substantivos)
λογισμός cálculo, conta (o sufixo -ισμος forma
2. discurso, substantivos a partir de verbos — neste caso, a
narrativa, partir do verbo anterior)
palavra λογιστής quem faz cálculos, mestre de cálculo (identifique
você mesmo o sufixo e o que ele significa)
λογισττόω administrar (identifique você mesmo o sufixo,
observando que este termo deriva do anterior)
λογιστήριον em Atenas, lugar onde se verificavam as contas
dos impostos, lugar de trabalho administrativo
(explique você mesmo esta formação)
λογιστικός hábil em fazer cálculos, hábil de raciocínio
(explique você mesmo esta formação)

54
2. ΑΡΧΗ (radical: αρχ-)
1. princípio, começo, origem, fundamento, causa; 2.
principado, comando, autoridade, governo, magistratura,
άρχή estado, império (trata-se de um deverbal, isto é: um
substantivo proveniente de uma raiz verbal, sem sufixaçao)

1. relativo ao princípio, primeiro, original; 2. relativo ao


αρχικός príncipe, principesco, real, superior (explique você mesmo
esta formação)
άρχω
desde a origem (o sufixo -ως forma advérbios a partir de
estar ou ir na άρχικώς
adjetivos)
frente
άρχήθεν desde o princípio (o sufixo -Οεν indica origem)

άρχίδιον comecinho (explique você mesmo esta formação)

1. começar, primitivo, antigo, velho, venerável (o sufixo -αιος forma


αρχαίος
tomar adjetivos a partir de substantivos)

a iniciativa άρχαίως à moda antiga (explique você mesmo esta formação)

antigüidade (o sufixo -της forma substantivos abstratos; o


όρχαιότης
-o- é vogal de ligação)
2. guiar,
αρχαΐζω imitar os antigos (explique você mesmo esta formação)
comandar
arcaísmo, imitação dos antigos (explique você mesmo esta
αρχαϊσμός
formação)

antigo, velho, arcaico, simples (explique você mesmo esta


αρχαϊκός
formação)

άρχός guia, chefe (como άρχή, trata-se de um deverbal)

αρχών comandante, chefe, rei; na Atenas democrática; arconte,


cada um dos nove governantes eleitos a cada ano (o sufixo
(genitivo:
-ων forma particípios ativos a partir de verbos, indicando o
άρχοντας) agente)

άρχοντικός relativo ao arconte (explique você mesmo esta formação)

άρχεόω comandar, dirigir (explique você mesmo esta formação)

condutor, comandante, chefe, príncipe (o sufixo -τας forma


άρχετας
substantivos a partir de verbos, indicando o agente)

em Atenas, a residência e a assembléia do corpo de


όρχείον magistrados, isto é: dos arcontes (o sufixo -εΐον forma
substantivos que indicam lugar)

ss
Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α
Η ΕΑΑΑΣ
Ουτός έστιν ό
1
αρχαίος ελληνικός
κόσμος. 'Ο

Έ*ιδαμν<* >
Πελοπόννησος
και ή Α τ τ ικ ή
και ή Βοιωτία
και ή Αιτωλία
Άντιγόνίΐα Ψ
ΌλυνΟ
και ή Θεσσαλία
και ^ 'Ή π ε ιρ ο ς
Λήμνος και ή Μακεδονία
είσι χώραΓ του
Άμβρακία
ελληνικού κόσμου.
3:
Ά θ ή ν α ί ε’ι σ ιν έν τη
Λ*\»κάςi V
Λίλ·οο Α τ τ ικ ή και Θήβαι
>
έν τή Βοιωτία·
«ναλληνια
Λακεδαίμων εστιν ; ν
Ο > Ο λυιιι α Ο
Αργοί
τω Πελοποννήσω.'Ο
ΖΑκυν&ος ' V ' "

(Μ ιγηλόττολ
·] Ίόνιος και ό ΑίγαΤος
Μ (/ σ ή ν η ·
♦I Λακ
|
ιιω
Πόντος ε’ι σιν
ελληνικά! Οάλασσαι
Κεφαλληνία έστι
νήσος7 του Ίονίου
Κύθηρα Πόντου και Κρήτη
του Αιγαίου. Εύβοιά
έστι μακρέό νήσος
Κρήτη
εν τω Αίγαίω Πόντω
προς τήν Α τ τ ικ ή ν
-Γ 'Ϋ 0 20 40 60 και τήν Βοιωτίαν.
km

Figura 5 - Mapa I

6χώροι - regiões
7 νήσος- ilha
Βμακρα - grande

58
Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ
Ί—‘ t / V ϊ /
Ε υ ρ ισ κ ε κ α ι α π ο κ ρ ιν ο υ -
Encontre e responda:

Π ο υ έ σ τ ιν Ά μ β ρ α κ ία ; ΠοΟ ε ίσ ι Δ ελφ ο ί,
'Ο λ υ μ π ία ;
Ό λυνθος;
"Α ρ γ ο ς ;
Ά ν τ ιγ ό ν ε ια ;

Π ο υ έσ τι Μ ε γ α λ ό π ο λ ις ;
Λ ά ρ ισ α ;
Λ ά μ ια ;
Κ ό ρ ιν θ ο ς ;
Μ εσσήνη;

Π ο υ έ σ τι Κ έ ρ κ υ ρ α ; Π ο υ ε ίσ ιν α ι Κ υ κλά δ ε
Λ ήμ νο ς;
Θ άσος;
Ζ ά κυ νθ ο ς;
Κ ύθηρα;
Τ Ρ ΙΤ Ο Ν Δ ΙΔ Α Γ Μ Α
TERCEIRA L IÇ Ã O

Figura 6 - João Batista (detalhe). Pintura mural. Século XIII. Museu C r stão e Bizantino, Atenas.

Η Μ Α Ρ Τ Υ Ρ ΙΑ Τ Ο Υ ΙΩ Α Ν Ν Ο Υ
O TE S TE M U N H O DE JO Ã O

Έγενετο άνθρωπος απεσταλμένος παρά Οεου,


ο'νομα αυτω ην Ιωάννης-
ουτος ηλθεν εις μαρτυρίαν περί του φωτός-
ουκ ην εκείνος τό φως.
τΗν τό φως τό αληθινόν
εν τω κόσμω,
και ό κόσμος δ ι’ αύτοο έγενετο.
Εις τά ϊδ ια ηλθεν,
και οί ίδ ιο ι αυτό ουκ ελαβον.
Και ό λόγος σαρξ έγενετο.

(Κατά Ίωάννην, α )
ΓΡ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ ΕΣ ΙΣ

ΝΕΟΝ ΓΡΑΜΜΑ

Aprenda a nova letra, que aparece pela primeira vez nesta lição:

GRAFEMA VALOR NOME

Ξ’ S x (ks) xi

ΑΣΚΗΣΕΙΣ
1. Α ν α γ ί γ ν ω σ κ ε κ α ι γ ρ ά φ ε ·

σ ά ρ ξ (carne)
ξη ρ ό ς (seco)
ξένο ς (estrangeiro)
όξύς (agudo)

2. Leia ο texto abaixo em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias
para desenvolver uma leitura corrente:

Έγένετο άνθρωπος απεσταλμένος παρά θεού,


Houve um homem enviado da parte de deus.

όνομα αυτω ην Ιω ά ν ν η ς - οΰτος ηλθεν εις


o nome dele era João; este veio para

μ α ρ τ υ ρ ία ν περί το υ φ ω τός· oók ην ε κ ε ίν ο ς TÒ


testemunho a respeito da luz; não era aquele a

φως. THv TÒ φως tò α λ η θ ιν ό ν ε ν τω κ ό σ μ ο ),


luz. Estava a luz, a verdadeira. no mundo,

και Ó κόσμος δ ιά αύτου έγένετο. Ιϊίς


e o mundo através dela se fez. Para

τά ίδ ια ηλθεν, και OÍ ί δ ι ο ι . ούκ έλαβον


suas próprias coisas veio, e os seus não acolheram-

αυτό. Και ó λόγος έγένετο σάρξ.


na. E a palavra se fez carne.

61
3. Α π ό κ ρ ιν ε τά ερω τήματα ·

Τίς ήλθεν εις μαρτυρίαν περί του φωτός;


τΗν ό Ιω ά ν ν η ς τό φως;
Που ήν τό φως τό αληθινόν;
Τ ί ήλθεν εις τά ίδια;
Οί ίδ ιο ι ελαβον τό φώς;
Τ ί ό λόγος ίγ ίν ε τ ο ;

4. Χώριζε τους λόγους-


Divida as palavras:

Nas inscrições gregas antigas, as palavras costumavam ser grafadas


apenas em maiusculas e sem separação. Assim, para editar um texto, o
epigrafista deve dividir as palavras, inclusive para entendê-lo corretamente.
Mãos à obra, portanto; divida as palavras do texto abaixo.

Ε Ν Α Ρ Χ Η ΙΗ Ν 0 Λ 0 ΙΌ Σ Κ Α 1 0 Λ 0 Γ 0 Σ Η Ν
ΠΡΟΣΤΟΝΘΕΟΝΚΑΙΘΕΟΣΗΝΟΛΟΓΟΣ
Ο ΥΤΟ ΣΗΝΗΝΑΡΧΗΙΠΡΟ ΣΤΟΝΘΕΟ Ν
ΕΝΑΥΤΩΙΖΩΗΗΝΚΑΙΗΖΩΗΗΝΤΟΦ ΩΣ
ΤΩ Ν Α Ν Θ Ρ Ω Π Ω Ν Κ Α ΙΤ Ο Φ Ω Σ Ε Ν Τ Η 1
ΣΚΟΤΙΑΙΦΑΙΝΕΙΕΓΕΝΕΤΟ ΑΝΘΡΩΠΟΣ
ΑΠΕΣΤΑΛΜΕΝΟΣΠΑΡΑΤΟΥΘΕΟΥ
ΟΝΟΜΑ Α Υ ΤΩ ΙΙΩ Α Ν Ν Η ΣΟ Υ ΤΟ Σ
Η Λ Θ Ε Ν Ε Ι Σ Μ Α Ρ Τ Υ Ρ Ι ΑΝ Π Ε Ρ Ι Τ Ο Υ
ΦΩΤΟΣΟΥΚΗΝΕΚΕ1ΝΟΣΤΟΦΩΣΗΝΤΟ
ΦΩΣΤΟΑΑΗΘΙΝΟΝΕΝΤΩ1ΚΟΣΜΩΙΚΑ1
Ο ΚΟ ΣΜ Ο ΣΔΙΑΥΤΟ ΥΕΓΕΝ ΕΤΟ ΕΙΣΤΑ
ΙΔΙΑΗ ΛΘ ΕΝ ΚΑΙΟ ΙΙΔΙΟ ΙΑΥΤΟ Ο Υ
Π ΑΡΕΛΑΒΟ ΝΚΑΙΟ ΛΟ ΓΟ ΣΣΑΡΞ
ΕΓΕΝΕΤΟΚΑΤΑΙΩΑΝΝΗΝ

62
ΓΡΑ Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

Π Τ Ω Σ ΙΣ

Você já conhece quatro casos: nominativo, acusativo, genitivo e dativo.


A cada lição irá ampliando seus conhecimentos sobre os mesmos, tanto no
que se refere a sua morfologia, quanto a seu sentido e sua sintaxe
Recorde o que você já aprendeu, identificando o caso e a função sinta
tica dos termos assinalados nas orações abaixo:

έν άρχή λέγει ό θεός-


εγώ ε ιμ ι ή ζω ή.
ό άνθρωπος η ν προς τον θεόν,
κ α ι ό θεάς ήν το φως του άνθρώ που.

Α ΙΤ ΙΑ Τ ΙΚ Η Π Τ Ω Σ ΙΣ

Recorde que na lição anterior você aprendeu o uso do acusativo regido


por preposição Nesta lição vamos ampliar os conhecimentos sobre o
acusativo.
Observe a oração:

ό άνθρωπος ,'λαβε τον άνθρωπον.


I 2
Ο sintagma I é ο sujeito do verbo έλαβε (acolheu), por isso está no
nominativo; o sintagma 2 é o objeto direto do mesmo verbo, por isso está
no acusativo.
Essa relação básica das orações com predicado verbal (sujeito-verbo-
objeto direto) expressa-se, em português, em geral, através da ordem
das palavras; em grego, isso se faz através das desinências de caso. Assim,
uma oração como ό άνθρωπος έλαβε τον θεόν pode ser dita de várias
formas:

τον θεόν έλαβε ό άνθρωπος,


τον θεόν ό άνθρωπος έλαβε,
ό άνθρωπος τον θεάν έλαβε,
έλαβε· τον θεάν ό άνθρωπος.

63
Não há diferença de significado. Há diferença estilística, de acordo com
os termos que são realçados em cada uma das orações, como vocé apren­
deu na lição 2.
Em termos genéricos, pode-se dizer que o acusativo tem uma função
de determinação da idéia expressa por um verbo ou por um adjetivo, isto
é, tem um valor correspondente ao de um advérbio, term o que determina
essas duas classes de palavras. No exemplo acima, acolher é uma informação
genérica, expressa pelo verbo; ao receber um acusativo como seu objeto
direto, especifica-se que não se trata de acolher qualquer coisa, mas de
acolher o deus.
Quando determ ina um verbo, o acusativo tem a função de objeto
direto. Assim:
ό άνθρωπος έ'λαβε τον χριστόν,
ό άνθρωπος έ'λαβε τον λόγον,

ό άνθρωπος έλαβε τον διδάσκαλον.

Quando determina um adjetivo, o acusativo tem a função de um


adjunto adverbial de relação (o que a gramática grega chama de acusativo
de relação). Assim:
άνθρωπος σοφός τήν φιλοσοφίαν

significa um homem sábio com à filosofia, ou, caso se prefira, um homem


filosoficamente sábio. Observe que, como no caso do verbo, também neste
exemplo o acusativo determina que não se trata de um homem sábio com
a qualquer coisa (ou que sabe qualquer coisa), mas com relação à filosofia (isto
é: um homem que sabe filosofia).
Os usos do acusativo de você aprenderá mais à frente. Agora guarde
apenas seu valor adverbial, equivalente ao do objeto direto, que também
não deixa de equivaler a um advérbio, já que determina um verbo (numa
perspectiva meramente funcional, em comer muito e comer carne tanto muito
quanto carne exercem função adverbial, ao determinar um verbo).
Assim, num sentido bem amplo, declinar um substantivo equivale a
mudar-lhe a classe, atribuindo-lhe funções adjetivas (com o no caso do
genitivo, que você já conhece) ou adverbiais (no caso do acusativo, bem
como do dativo e do genitivo regidos por preposições).

64
Δ Ω Τ ΙΚ Η Π ΤΩ Σ ΙΣ

Na lição 2, você aprendeu o uso do dativo locativo, regido p e la p r e p o

sição lv . N o texto desta lição, observe o uso do dativo de posse:

Ονομα α υτό ην Ιω ά ν ν η ς

significa ο nome dele era João, ou ele tinha o nome de João (literalmente: o
nome para ele era João).
A construção com o dativo de posse corresponde, em geral, à que, em
português, se faz com o verbo ter Por exemplo:

ησαν αυτω πολλοί φίλοι

significa ele tinha muitos amigos (literalmente: havia para ele muitos amigos).

ΟΝΟΜΑΤΩΝ ΚΛΙΣΙΣ
D E C L IN A Ç Ã O D O S NO M ES

Na lição 2, você aprendeu a declinação do singular dos nomes temáticos


e atemáticos. Nesta lição, vamos recordar o singular e aprender o plural
dessas dedinações, distinguindo entre os nomes masculinos/femininos e os
nomes neutros:

ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΚΑΙ ΘΗΛΥΚΑ ΟΝΟΜΑΤΑ

NO M ES M A S C U LIN O S E FEM ININO S


ΕΝΙΚΟΝ

S IN G U LA R
TEMÁTICOS
ATEMÁTICOS
TEMA EM -a TEMA EM -η TEMA ΕΜ -ο
»
ONOM. μαρτορί-α ζω-ή κόσμ-ος σαρξ (< σαρκ-ς)

AITIAT. μαρτυρί-αν ζω-ήν κόσμ-ον σάρκ-α

ΓΕΝΙΚΗ μαρτυρί-ας ζω-ης κόσμ-ου σαρκ-ός

ΔΩΤΙΚΗ μαρτυρί-α ζω-η κόσμ-ω σαρκ-ί

65
Π Λ Η Θ Υ Ν Τ ΙΚ Ο Ν
PLURAL
ONOM. μαρτυρί-αι ^ω-αί κόσμ-οι σάρκ-ες

AITIAT. μαρτυρί-ας ζω-ας κόσμ-ους σάρκ-ας

ΓΕΝΙΚΗ μαρτυρι-ων ζω-ών κόσμ-< ιν σαρκ-ών

ΑΠΤΙΚΗ μαρτυρί-αις ζω-αΐς κόσμ-οι ς σαρξί (< σαρκ-σι)

ΟΥΔΕΤΕΡΑ Ο Ν Ο Μ Α ΤΑ
NOMES NEUTRO S
Ε Ν ΙΚ Ο Ν
TEMÁTICOS ATEMÁTICOS

ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ βιβλί-ον (livro) όνομα

ΑΙΤΙΑ ΤΙΚ Η βιβλί-αν όνομα

ΓΕΝΙΚΗ βιβλί-ου όνόματ-ος

ΑΠΤΙΚΗ βιβλί-ω όνόματ-ι

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ

ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ βιβλί-α όνόματ-α

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η βιβλί-α όνόματ-α

ΓΕΝΙΚΗ βιβλί-ων όνομάτ-ων

ΑΠΤΙΚΗ βιβλί-οις όνόμα-σι

Observe

I Nos nomes atematicos, a consoante final do radical, em contato com as


desinências, pode sofrer modificações. Assim, em σάρς, temos o radical
σάρκ-, ao qual se acrescenta a desinência de nominativo -ς (o som fcs,
como você aprendeu nesta lição, escreve-se com a letra ς, por isso repre­
sentamos, no quadro a procedência do fonema utilizando o símbolo <); o
mesmo acontece no dativo plural, cuja desinência é -σι.
2. Ocorre fenômeno equivalente com o dativo plural de όνομα: o radical
da palavr i é όνόματ-, ao qual se ajunta a desinência -σι. Diante do -σ, a
consoante dental (t) desaparece.

66
3. Não existem nomes neutros de tema em -α/-η (a declinação dos nomes
masculinos em -α/-η você aprenderá mais adiante).
4. A declinação dos nomes neutros é diferente da dos demais apenas no
nominativo e no acusativo do singular e do plural.

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

I. vΑρθρα·

Vamos aprender o plural da declinação dos artigos definidos masculino,


feminino e neutro. No quadro abaixo, complete os espaços correspondentes
às formas do singular (que você aprendeu na segunda lição), memorizando
as formas do plural:

ΕΝΙΚΟΝ
Θ ΗΛΥΚΑ ΑΡΡΕΝ1ΚΑ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ

ΟΝΟΜΑΣΤ.

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ αί οί τά
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η τάς τούς τά
ΓΕΝΙΚΗ των των των
ΔΟΤΙΚΗ ταΤς τοΐς τοΤς

2. Π λή ρ ο ε κ α τ ά τό π α ρ ά δ ειγ μ α -
Παράδειγμα' ’ Γγίνετο άνθρωπος, όνομα αύτω ην Ιω άννης. *
(άνθρωπος-’ Ιωάννης)

(φιλόσοφος- Σωκράτης)

67
(ιατρός -Ιπποκράτης)

(ποιητής -Όμηρος)

3. Κ λ ίν ε τ ά ο νόμ ατα ·

ΕΝΙΚΟΝ

ΟΝΟΜ. ή αρχή ό λόγος τό φως ή σαρξ

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ

ΟΝΟΜ.

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

68
4. Σ ή μ α ιν ε τ η ν ο ρ θ ή ν ε κ λ ο γ ή ν
Assinale a alternativa correta:

ταΐς Ά θ ή ν α ις .

Έγένετο φιλόσοφος εν των Α θ η νώ ν,

τάς Α θήνα ς.

μαρτυρίρ ο'ι θεοί.

'Ο διδάσκαλος ήλθε εις μαρτυρίαν περί ό θεός.


μαρτυριών του θεού.

ό λόγος

Ό κόσμος διά τοΐς λόγοις εγένετο.

του λόγου

Οι άνθρωποι ό λόγος,

ΤοΤς άνθρωπο ις ούκ ελαβον τόν λόγον,

Των άνθρώπων του λόγου.

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

ΡΗΜ ΑΤΑ

Ο sistema verbal grego organiza-se em torno da noção de aspecto,


opondo basicamente uma série de tempos marcados (no sentido de indicar
duração) e uma série de tempos não marcados (isto é: em que qão se
expressa a idéia de duração). Também em português expressa-se essa
noção de aspecto, tanto no presente, quanto no passado, como nos seguintes
exemplos:
PRESENTE PASSADO
DURAÇÃO
eu estou lendo o livro eu lia o livro

NÃO DURAÇÃO eu leio o livro eu li o livro

Assim, em
έν άρχη ην ό λόγος,
significando no princípio havia a palavra, sublinha-se que a ação se prolonga
(aspecto durativo). Ao contrário, em

έγένετο άνθρωπος,

que quer dizer houve um homem, enfoca-se a ação verbal sem a idéia de
duração, como mero acontecimento (o que se costuma denominar aspecto
pontual).
O presente e o imperfeito compõem o sistema do durativo (também
chamado de sistema do presente); o aoristo integra o sistema do pontual
(ou do aoristo).

Α Ο Ρ ΙΣ Τ Ο Σ
A O R IS T O

Em muitos casos, o aoristo grego se forma a partir do mesmo radical


que o presente, com o acréscimo de desinências. Vamos aprender essa
formação mais adiante.
Em muitos outros casos, o aoristo grego tem radical próprio, existindo
então, para um mesmo verbo, formas supletivas.
O supletivismo verbal é fenômeno comum nas línguas indo-européias;
assim, também em português há algumas formas supletivas, isto é, tiradas
de radicais diferentes, na conjugação de uns poucos verbos: soulfui, venholfui.
O mesmo acontece nas demais línguas indo-européias, bastando observar
a série relativa ao presente e ao passado do verbo ser (soulfui) em, por
exemplo, latim (sum /fui) — o que gera supletivismo correspondente
nas línguas românicas; inglês (amlwas); alemão (binlwar); gótico (imlwas);
irlandês antigo (amlba); eslavo antigo (jesmilbichu); sânscrito (ásmi/ábhut);

70
avéstico (ahmi/buta); tocário (semlnas); lituânio (esulbuvau): albanês (jam/
gesè); etc.
A gramática grega chama as formas do aoristo procedentes de radicais
próprios de aoristo 2.
Vamos, nesta lição, aprender tanto algumas dessas formas (as que
aparecem no texto), quanto sua conjugação. Vamos também recordar a
conjugação do presente. Tomemos, como exemplo, o verbo λέγω:

ΕΝΕΣΤΩΣ (PRESENTE) ΑΟΡΙΣΤΟΣ


(radical λεγ-) (radical είπ-)
λεγ-ω εΐπ-ον
λέγ-εις εΐπ-ες
λεγ-ει εΐττ-ε(ν)
λεγ-ομεν ειπ-ομεν
λέγ-ετε εϊπ-ετε
λεγ-ουσι(ν) ειπ-ον

N o texto desta lição, você encontra ainda os aoristos 2 ε'λαβον


(presente: λαμβάνω) e ηλθον (presente: έρχομαι, cuja conjugação você
aprenderá na lição 4). Há também o aoristo 2 έγένετο (terceira pessoa do
singular de εγενόμην, cuja conjugação você aprenderá também na próxima
lição), que significa houve e funciona como supletivo do presente ^στι

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

I. Memorize a conjugação do aoristo dos três verbos indicados no quadro


abaixo, o qual você deve completar:

έγώ ειπον ελαβον ηλθον

σύ

ό άνθρωπος

ήμεΤς

όμείς

oi άνθρωποι

71
2. Π λ ή ρ ο ε κ α τ ά το π α ρ ά δ ε ιγ μ α -

Π α ρ ά δ ε ιγ μ α - Ό λόγος σάρς έγένετο. (λόγος - σαρξ)

(σκοτία - φως)

(θεός - άνθρωπος)

(ιατρός - ποιητής)

3. Γράφε τάς φ ρ ά σ εις έν τω ά ο ρ ίσ τ ω -


Escreva as frases no aoristo:

Ιω ά ν ν η ς λέγ ει- εγώ ούκ εϊμΐ δ προφήτης.


Ο ι 'ίδ ιο ι ού λαμβάνουσι το φως.
'Όμηρος λαμβάνει τάς Μούσας.
Ο ι φιλόσοφοι λέγουσι- χαλεπά τά καλά.
Σό τί λέγεις; ού λαμβάνεις την μαρτυρίαν τού Ίω ά ννο υ ;

ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ
ΕΠΙΘΕΤΑ
ADJETIVOS

Adjetivo é a classe de palavras que determina um substantivo, podendo


qualificá-lo, quantificá-lo, numerá-lo ou classificá-lo. Concorda em gênero,
número e caso com o substantivo que determina, como você pode obser­
var nos seguintes exemplos:
ην το α λη θ ινό ν φως έν τω κόσμω.
ην ό αληθινός θεός έν τω κόσμω.
ην ή α λη θ ινή θεά έν τω κόσμω.

72
O adjetivo tem duas funções próprias: a atributiva e a predicativa, cujas
características você aprenderá abaixo.

I , Função predicativa
Você já sabe que, nas frases nominais (com o verbo είμ ί), o sujeito é o
term o acompanhado de artigo, independentemente da ordem das palavras
Recorde as diversas formas de dizer-se a palavra era deus:

θεός ην ό λόγος,

ό λόγος ήν θεός,

ην ό λόγος θεός.

Em qualquer das opções, sabemos que o sujeito da oração é λόγος,


pois o mesmo se encontra determinado pelo artigo ó. Essas mesmas frases
poderíam ser ditas sem a explicitação do verbo copulativo (ou verbo de
ligação), mantendo-se o mesmo sentido (o palavra era deus):

θεός ό λόγος,

ό λόγος θεός.

Nesses exemplos, o predicativo do sujeito é um substantivo (θεός),


mas essa função pode ser preenchida também por um adjetivo. E então
que se diz que o adjetivo exerce uma função predicativa, ou seja determina
não simplesmente um substantivo, mas um nome que é o sujeito de uma
oração. A regra para reconhecimento desse tipo de estrutura é a mesma
de quando o predicativo é um substantivo: o sujeito estará, em princípio,
determinado por um artigo. Observe as diferentes maneiras como se pode
dizer o homem é sábio, explicitando-se o verbo copulativo:

ό άνθρωπός εστι σοφός,

σοφός ε σ τ ιν ό άνθρωπος,

σοφός ό άνθρωπός έσ τι.

ό άνθρωπος σοφός εστι.

73
Agora preste atenção: se o verbo copulativo não se encontra expresso,
são duas as possibilidades de dizer-se o homem é sábio:

ό άνθρω πος σοφ ός.

σοφός ό ά νθρ ω πος.

Guarde a regra: ο sujeito geralmente se encontrará determinado por


um artigo, enquanto o predicativo não.

2. Função atributiva
Um adjetivo pode funcionar apenas como atributo de um substantivo,
formando com ele um sintagma nominal (e não uma oração). Trata-se do
que a gramática do português chama de adjunto adnominal.
Nessa função, o adjetivo geralmente se inclui entre o artigo e o nome
que ele determina (artigo+adjetivo+substantivo). Assim, o modo mais cor­
rente de dizer-se o homem sábio é:

ό σοφός ά νθρ ω πος.

Caso se queira realçar o adjetivo, pode-se desloca-lo para depois do


substantivo, juntamente com o artigo:

άνθρ ω πος ό σοφός,

ou repetir-se o artigo tanto diante do substantivo quanto do adjetivo:

ò άνθρ ω πος ό σοφός.


Observe como as construções predicativas não se confundem com
estas, já que em nenhuma destas o substantivo é determinado, com exclu­
sividade, por um artigo, como acontecia com aquelas (em que o adjetivo
predicativo não era jamais determinado por artigo).

3. Contruções sem artigo definido


Você já aprendeu que não existe, em grego, o artigo indefinido: se uma
palavra não é determinada por um artigo definido, isso pode significar que
é indefinida (ό ξένος ήλθε εις μαρτυρίαν = ο estrangeiro veio para dar
testemunho / ξένος ήλθε εις μαρτυρίαν = um estrangeiro veio para
dar testemunho).

74
Assim, se um substantivo não se encontra determinado por um artigo
definido, é a partir do contexto que se poderá perceber se o adjetivo exerce
função atributiva ou predicativa, embora mais dificilmente se trate desta
última. As duas possibilidades são as seguintes:

σοφός άνθρωπος = um homem sábio / um homem é sábio


άνθρωπος σοφός = um homem sábio

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

I. Você já conhece vários adjetivos Recorde alguns, indicando seu significado

Masculino Feminino Neutro Significado

α λ η θ ιν ό ς α λ η θ ιν ή α λ η θ ιν ό ν verdadeiro

σοφός σοφή σοφόν

χαλεπός χαλεπή χαλεπόν

ρόδιος ρ α δ ία ρ ό δ ιο ν

ελλη νικό ς ε λ λ η ν ικ ή ε λ λ η ν ικ ό ν

ερ ημικός ε ρ η μ ικ ή ε ρ η μ ικ ό ν

προφητικός προφ ητική προφητικόν

μακρός μακρά μακράν

λογικός λ ο γ ικ ή λ ο γ ικ ό ν

άρχαΤος α ρ χ α ία όρχαΐον

θείος θ ε ία θεΤον

θεολογικός θ εο λο γ ική θ εο λο γ ικό ν

καλός καλή καλόν

75
2. Indique a função dos adjetivos e traduza os enunciados:

(A) atributiva ( ) διδό:σκαλος ό αληθινός.

(Ρ) predicativa ( ) ραδία ή ασκησις.

( ) ό χαλεπός λογισμός

( ) χώρα ερημική.

( )θ ιΤ ός σ τιν ό ποιητης

( ) ό κοσμος μακρός.

( ) το β ιβ λίο ν το προφητικόν.

( ) καλή ή ζωή έστι.

( ) ' λλη νικό ν όνομα.

( ) ό θεός σοφός έστι.

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Γ Σ ΙΣ

Α Ν Τ Ω Ν Υ Μ ΙΑ Ι

Αυτός/ αυτή/ αυτό, nos casos acusativo, genitivo e dativo, são utilizados
como pronomes de terceira pessoa (o/a; dele/dela; lhe); no nominativo,
têm valor enfático (eu/tu/ele próprio)
σύ αυτός έ'λαβες τον θ^ον; (tu próprio acolheste o deus?)
έγώ αυτός ; λαβον αυτόν (eu próprio ο acolhí)

Os pronomes demonstrativos αυτός e κείνος concordam em gênero


e número com a palavra a que se referem, tendo o caso exigido por sua
função na oração em que aparecem:
ó άνθρωπος έλαβε τόν λόγο\
ό άνθρωπος έλαβ; αύτόν.

76
ό ά νθ ρ ω πο ς ελαβε τ η ν θεάν,
ό άνθ ρ ω πο ς ελαβε αυτήν.

ό ά νθ ρ ω πο ς ελαβε τό φως.
ό άνθρω πος ελαβε αυτό.

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

Π λ ή ρ ο ε κα τ ά τά π α ρ α δ ε ίγ μ α τ α -

Π αράδειγμα- Τό φώς ην εν τω κόσμω και ό κόσμος αυτό ούκ ελαβε.

Ό θεός __________________________________________

Ή ζ ω ή ___________________________________________

Ό λόγος

Παράδειγμα Τό φως ην εν το7 κόσμω καί ό κόσμος δ τ’ αυτου εγένετο.

'Ο Θεός___________________________________________

'Η ζωή _____ __

Ό λόγος ___________________________________________

77
ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ

ΠΡΟΘΕΣΕΙΣ
PREPOSIÇÕES
Observe a regência das preposições que você conhece até agora:

ΠΡΟΘΕΣ1Σ SENTIDO REGÊNCIA

πρός junto de α ιτια τική

έν em δωτική

παρά da parte de γ Γ ν ικ ή

εις para α ιτια τική

διά através de γ ε ν ικ ή

κατά segundo, conforme α ιτια τική

περί a respeito de γενική

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

1. Πλήροε (com ό Οεος nos casos adequados):

'Ο λόγος ην προς ______ ______ .

'Ο λόγος ην ε ν _______ ________ .

'Ο λόγος ήλθε π α ρ ά _______ __________ ,

'Ο λόγος μαρτυρεί περί _______ _________ .

Ό λόγος ηλθεν εις ______ _________

Ό λόγος εγένετο δ ι α _______ __________ ,

Ό λόγος ή ν ______________ .

2. Você já deve ter reparado como várias palavras gregas servem de radical
para termos portugueses. Dê o significado das palavras abaixo e acrescente
palavras portuguesas formadas a partir das mesmas raízes. Atenção: para
alguns termos, você deve considerar a forma do genitivo (em especial, no
caso dos nomes atemáticos).

78
λόγος palavra lógica, filólogo, logotipo

φωνή

έρημος

ποιητής

ιατρός

γράμμα (γράμματος)

ΦΧή

θεός

άνθρωπος

φως (φωτός)

κόσμος

σάρς (σαρκός)

όνομα (ονόματος)

ϊδιος

ιστορία

αρμονία

γλώσσα

εϊδωλον

αίμα (αϊματος)

μούσα

πνεύμα (πνεύματος) t

χρίσμα (χρίσματος)

βάπτω

θέατρον

ζωον

79
Ουτός έστιν Αλέξανδρος ό τού
Φιλίππου υιός.1

Αλέξανδρος έγένετο κύριος1 τού


ελληνικού κόσμου και έλαβε ου μόνον
την αρχήν τής 'Ελλάδος, άλλα καί1
τής Περσίδος καί τής Συρίας καί τής
Καππαδοκίας καί τής Μηδίας καί τού
Αίγυπτου.
Futo dc G-Γ afclagc

Αλέξανδρος ήλθε διά τής Ασίας


μέχρι4 του ’ Ινδού καί έλαβε Βάκτρα.
Δ ιό " είπον οί άνθρωποι περί αυτού-
Figura 7 - Cabeça de Alexandre, o Grande, ουτός έστιν θεΤος άνθρωπος, θεού
atribuída ao escultor Leócares. C.330 a.
Museu Arqueológico da Acrópole, Atenas.
υιός άληθινός.

1ό υιός - filho
1ό κύριος - senhor
1κα ί - também
4μΐ-χρι (com genitivo) - até
5fiió - por isso

80
Ο Κ Ο Σ Μ Ο Σ Ο Ε Λ Λ Η Ν ΙΚ Ο Σ

Έ ν αρχή ό κόσμος ό ελληνικός ήν ή μόνη 'Ελλάς. Άττό6 του Α λεξά νδ ρ ο υ χρόνου7, Π ή ρ σ α ι κα ί


Α ιγ ύ π τ ιο ι κα ι Β αβυλώ νιοι κα ι Ιο υ δ α ίο ι ελαβον την ελλη νική ν π α ιδ ε ία ν ουτοι φωνέουσιν ού μόνον
τάς ιδ ία ς γλώσσας, άλλα κα ι έλλη νίζουσ ιν.

ΧΕΡΣΟΝΗΣΟΙ
ταΥι ^κη^

Άντίττολις ^ A E F IN O .
ίάλλα-τις 770Α Τ Ο
Κύρνος
»^&ησσδς
Σινώπη
-ΛΐεσημβρΙα £
•Απολλωνία %
Έπίδαμι
: ROun*
Δικαιαρχία* jT Κ Α Π Π Α Δ Ο Κ ΙΑ
'Αστακός • Π-τίρ'η /
γ α λ α τ Ιλ

Μ ΥΣ ΙΑ η $ ·
Λ Υ Δ ΙΑ »
Πέλταρ· ,
ιντιόχ ια φ Α
£ ¥U S)
Γ ® ΰλος T ^ .s X
* Μ ίλ Ιτ η ΚύθηραQ V ΧΡ^δος
Α*γιαλ(Β»Α.
7rtiro»v. Ιαρηα&ος Κ ύπρος] {
Μμτη\
Βηρι/τ
Σιδω.
Π τοληια ί.
Γάδ-4
’ΝΝ'ίάτιολις
λρτη ·.'-ος ιατέα

ΠΛΙΓΑΜ,
ΑΔΥΡΜΛχ ι
Α Σ Κ Η Σ ΙΣ
Ε υ ρ ισ κε έν τω π ίν α κ ί'
Encontre no mapa:

1. την Θράκην καί την Μ υσίαν καί την Λυδίαν καί την Καρίαν καί
τήν Φ ρυγίαν καί την Καππαδοκίαν καί την Κ ιλ ικ ία ν καί τ η ν
Συρίαν καί τόν Αίγυπτον.
2. τόν ’Ά ξ ε ιν ο ν Πόντον.
3. τάς νήσους ' Ρόδον καί Κύπρον.
4. τούς ποταμούς Ευφράτην καί ’Ίστρον.

ESTUDO DIRIGIDO

Confira ο que você aprendeu:

I. Complete o texto com as seguintes palavras:


τ
ην σαρξ ήλθί ν αύτω σ κο τία κόσμος φως α λη θ ινό ν

θεόν άρχη ανθρώπου μ α ρτυ ρ ίαν ϊ δ ιο ι φωτός έγενετο ΟεοΟ

κόσμω ίδ ια ελαβον è: k í Τνος λόγος άνθρωπος ονομα ζωή

Έ ν αρχή ήν ό ________ , και ό λόγος ήν προς τόν ______ , καί

θεός ___ ό λόγος. Ούτος ήν εν __________ ττρός τόν θεόν. ’ Εν

_____ ζωή ήν, καί ή ______ ήν το φως του ______________ ;

καί το _____ εν τή __________ φ αίνει. Έ γένετο ___________

απεσταλμένος παρά _________ , ________ αύτω ήν Ιω ά ν ν η ς .

Ο υ τ ο ς ___________ εις _______________περί τ ο υ _______ ; ούκ ήν

________ το φως. Ή ν τό φως τ ό _____________ εν τ ω ____________ ,

καί ό __________ δ ι’ α ύ τ ο ύ ______ . Εις τ α ________ ήλθεν,

καί οί __________ αυτό ο ύ κ _____________ Κ αί ό λόγος________

εγενετο.

82
2. Decline as palavras abaixo:

Singular
Nom. ή άρχή ή μαρτυρία ό θεός τό ίδ ιο ν ή σαρξ τό ονομα

Acus.

Genitivo της σαρκός του ονόματος

Dativo

Plural
Nom

Acus

Genitivo

Dativo

3. Conjugue os verbos abaixo (no presente):

λέγω λαμβάνω έσθίω άγω όράω αιρέω


(comer) (conduzir) (ver) (pegar)

4. Conjugue os verbos abaixo (no aoristo)

εΐπον έλαβον έφαγον ήγαγον εΤδον είλον

83
5. Conjugue o verbo ε ίμ ί no presente e no im perfeito:

84
Τ Ε Τ Α Ρ Τ Ο Ν Δ ΙΔ Α Ι Μ Α
Q U A R T A L IÇ Ã O

Figura 9 Bat smo de Jesus. Pintura medieval. Museu do Monastério Mega Spélion. Grécia.

Η Μ Α Ρ Τ Υ Ρ ΙΑ Τ Ο Υ ΙΩ Α Ν Ν Ο Υ (β ')

Ιω ά ν ν η ς μαρτυρεί περί του Ιη σ ο ύ λέγω ν


Ό όπίσω μου ερχόμενος
έμπροσθεν μου έγένετο,
ότι πρώτος μου ην.
οτι έκ τού πληρώματος αυτού ήμεΐς πάντες έλάβομεν,
και χά ριν αντί χάριτος·
ότι ό νόμος δ ιά των προφητών,
ή χάρις και ή αλήθεια δ ιά Ίη σ ο υ Χ ριστού έγένοντο.
Ταΰτα έν Β ηθα νία έγένετο
πέραν τού Ίορδάνου,
όπου ήν ό Ιω ά ν ν η ς βαπτίζων.

(Κατά Ίωάννην, α')


ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ

I ΡΑΜΜΑΤΑ

Nesta lição, vamos aprender o alfabeto grego na ordem corrente, a


qual você deve memorizar. Isso é importante para que possa começar a
consultar o dicionário.
Observe que há apenas uma letra que você ainda não conhece, ο ψ,
cujo som é ps:

ψυχή - alma

ρ α ψ ω δ ία - rapsódia
ψαλμός - salmo
ψευδός - mentira

Agora aprenda o alfabeto inteiro de cor {experimente decorá-lo repe­


tindo o nome das letras de quatro em quatro):

Α, α άλφ α N, v νΰ

Β, β βήτα Ξ, ξ ςΐ
Γ.γ γάμμα 0, o ο μ ικ ρ ό ν

δ , δ δέλτα Π, π πΐ
Ε, ε ε ψ ιλ ό ν P .P ρώ

ζ,ς ζήτα Σ, σ, ς σ ίγ μ α

Η, η ήτα T, τ ταΰ

Θ, θ θήτα Υ, υ υ ψ ιλ ό ν

I. 1 ιώ τ α Φ, φ φΐ
Κ, κ κόππα X. X χΐ
Α, λ λόμβδα Ψ. Ψ ψτ
Μ, μ μυ Ω, ω ώ μ έγ α

86
Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν

Agora que você já conhece todo o alfabeto grego na ordem usual, sempre
que tiver dúvidas pode consultar o dicionário, observando o seguinte:

357 Μαρμαρ6«ς — Μάτηρ


1. Os s u b sta n tivo s aparecem
Μβρμαρ<5«ις, U a a a , í«v, a d brilhante, Μααηγο-μόρος, ον,αά. (μάστιξ, oíp«) ina-
resplandecente pector de policia armado dc látego no nominativo singular, seguido
Μάρμαρος, ον, ad. \ brilhante, resplan­ P«ra afastar ou conter a gente.
decente | t m pedra branca ou bri­
lhante, mármore.
Μαα*ιγίω (μάστιζ) açoitar.
Μαστιγώσιμος, ov, a d (μάσηξ) que me­ da indicação do genitivo. Pela forma
Μαρμαρυγή, ής, « f. (μάρμαρος) movi­ rece açoites.
mento rinido o que deslumbra.
Μαρμαρ-τοπης, 4v, ad . dc olhar ou aspecto
ΜαατΙζο (μάστιξ) (fu t. μαστίζω, aor. Ιμά-
στιξα, p f. d e s u i.J açoitar.
do genitivo, você identifica a qual
polriflcado MatrrixTup, ορος, *. m. Ιμάιτηξ) 0 quo
Μάρναμαι fad p rt» ., im p f. e a o r .) ( com­
bater, lutar]com bater com palavras.
açoita.
Μάσττζ, ιγο<. ». f. | látego, nçoite |
declinação a palavra pertence (veja
Μάρττης, ιος, a. m. (μάρτττω) raplodur. N. T. flagnlo, calamidade.
Máptrtoi (fu i. μάρν*υ, aor. ίμαρψα, aor. 2
li ispiTGv e com redobro μέμαρχον) [
Μάβτις,
ΜαατΙω
t>. anter.
(μάοτι*) ( ιό im per. p r n . e 3 .·
o quadro abaixo).
apanhar, arrebatar | lançar tobre. p r u . im p f.) | açoitar ] mAi. oçol-
Μάρσυτος, ου. a. m . taco, bolsa. Ur-se.
Maptvpáto (μάρτυς) (fu t. ήοω, aor. έμαρ- Maottic, οΰ, t. nt. I teta, seio ] coroa 2. Os adjetivos aparecem no nomina­
rjp r \<η,ρ[. μτμαρτυρηχα) | intr. aor toe- duma colina.
tcmuftha, testificar | tr. assegurar. Μαητροχτία. βς, *. f (μαητροΓηώω) ind-
Μαρτυρία, ac. ·■ (■ (μάρτυς) | deposiçlo tarnento à libertinagem. tivo singular do masculino, seguido
dumn testemunha I icmunnu. Μαατροβτόω, |’«>»liluJr.
Μαρτϋριον, ου,*, η. (μάρτυς) Uisleniunho, Maerposíc.», v. anter.
prova. Maoiponóç, oô, *. m. {(ίαστροβίύω) o que das terminações do feminino e do
Μαρτύρομαι (fut. μαρτυροΟμαι, anr. έμαρ- ndla à liherllnngvm, libertino.
τυράμην) pór al ifm por testemu­ ΜαοχάΧτ, ης. a. f. sovaco.
nha, tomar alguém por testemunha. Μασχαλίζω (Ui. p ir debaixo dos sova- neutro.
Mdprupoç, ου, *. m. (μάρτυς) | tcsUmu- cot do cadáver as suas pernas ou 09
nha | protector. seus braços cortados), mutilar.
Μάρτυς, υρος, #, m. f . n. |j testemunha |
N. T. mártir
Μ ** ί*>.ιοτζρ, ζρος, *. m. dnturSo, cor­
reta. 3. Os verbos aparecem na primeira
Mcieiopai, mastigar, comer. M ita , o. μάτη.
ΜάβΟλτμ, tjtoç, » «i. corei de coiro.
Μάηβω, dí. μάττι.ι ( fu t u.H,tà,aor. ί(χβζβ,
Ματίζω »μάτη) proceder v i ou louca­
mente.
pessoa do singular do presente do
p f. μάμβχα) comprimir «ntro ns mloa, Μα*τ«4ζο, i>. anter.
amassar.
Máootav, ov, ad rimlj comprido, maior.
Ματαιο-Χογία, βς, *. f. (μβτβιο -λ6γος)
linguagem vft ou luuca
indicativo da voz ativa (ou, se for
MácrraÇ, axuç, #. f. (μαβάομαι) | act. boca •Ματβο-λόγος, ov, c d . (μάταιος, λ4γος)
| p a u . biscato que os pássaros dáo
aos lllhos.
que tem palavras cu discursos víos
Μβτϊΐο-βονΙα, ας, *. f. (μάταιος, χάνος)
o caso, da voz média), seguida das
Μαστ«υτής, oõ, a. m . | (μβαττύο) f ave- acçán du tornur um tmbnlho inútil.
riguador I que ias um inquérito.
Μαοτιΰω | Diucor, Inquirir | csforynr-εο
Μάταιος, αν ou α, ov, ud. (μάτι)) | Vlo.
sem valor | frtvole, inútil, sem ra iío
demais formas principais (em ge­
I em I dreujar. orgulhoso, insolentu I ímpio,
Μαοτηρ, ήρος, i . m. (μβστ*ύω) buscador, Í αταιίττ,ς, r.toç, *. f. vaidade. ral, futuro, aoristo e perfeito).
1 tndagador. Ματάω (fu t ματτ,συ, aor. Ιμάττ,σα,
Μαστήριος, e, ov, ad . (μασττυω) hábil rm p f. d n u » .) aer vflo, perder o seu
huicar. (empo.
Μάστι, ç. μάστις. Ματιύο | buscar, procurar | esfor-
Μαστιγίω, r. μαστιγίο. vor te por. Figura 10 - Página de dicionário. PEREIRA, Isidro.
Μαοηγίας, ου, ·. m. (μάβτιζ) vitima do Μάτη, ης, * f. ocçán ou coisa v i
látego. Μάτην, a d o (μάτη) | vámonto | intitll- Dicionário grego-portugues, português-grego. Porto: Livraria
Μάαηγμα. ατος, #. η. (μάβτιξ) Vcrglo. mento | nêsdamentc.
Μαο-πγο-νίμος, ου, *. tn. (μάατιζ. νάμω) Μβτήρ, ήρος, a. m., v. μαοτήρ. Apostolado da Imprensa. 1976. (Reprodução publicada
inspretor de polida armado do látego. Μάτηρ, v. μ/jrjjp.
com a permissão da Livraria Apostolado da Imprensa)

DECLINAÇÃO GÊNERO GENITIVO


ΘΗΛΥΚΑ ΟΝΟΜΑΤΑ
-ας/ -ης
ΠΡΩΤΗ ΚΛΙΣΙΣ Nomes femininos

ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΟΝΟΜΑΤΑ
-ου
Nomes masculinos \
ΘΗΛΥΚΑ, ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΚΑΙ
ΔΕΥΤΕΡΑ ΚΛΙΣΙΣ ΟΥΔΕΤΕΡΑ ΟΝΟΜΑΤΑ
Nomes femininos, masculinos e neutros -ου

ΘΗΛΥΚΑ, ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΚΑΙ


ΤΡΙΤΗ ΚΛΙΣΙΣ ΟΥΔΕΤΕΡΑ ΟΝΟΜΑΤΑ
-ος
Nomes femininos, masculinos e neutros

87
Α Ν Α Γ Ν Ω Σ ΙΣ
LEITURA

Leia o texto abaixo, em voz alta, diversas vezes, até obter uma leitura e
uma compreensão correntes:
Ιω ά ν ν η ς μαρτυρεί περί του Ί η σ ο υ λόγω ν
João testemunha a respeito de Jesus dizendo:

'0 ερχόμενος ό π ίσ ω μου έμπ ρ ο σ θεν μου έγένετο


O que vem depois de mim antes de mim nasceu
T
ÔTl πρώ τος μου ην. ÔTl ε κ το υ
porque antes de mim existia; porque da

πληρώ ματος αύτου ημείς πάντες έλάβομεν και


plenitude dele nós todos recebemos também

χ ά ρ ιν άντι χ ά ρ ιτ ο ς - ÔTl ό νόμος δ ιά τ ω ν


graça sobre graça; porque a lei através dos

προφ ητώ ν, ή χ ά ρ ις και ή α λ ή θ ε ια δ ιά


profetas, a graça e a verdade através de

Ίη σ ο υ Χ ρ ίσ τ ο υ έγένοντο. Ταυτα ÍV Β η θ α ν ία
Jesus Cristo vieram a ser. Isso em Betânia
T
έγενετο, π ί'ρ α ν το υ Ίο ρ δ ά νο υ , όπου ην
aconteceu, junto do Jordão, onde estava

ó Ιω ά ν ν η ς β α π τ ίζ ω ν .
o João batizando.

ΕΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

Releia várias vezes o texto da lição e responda às perguntas abaixo.


Aprenda a declinação do pronome interrogativo τίς:

ΕΝΙΚΟΝ ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ

ONOM. τίς (quem) TÍVCÇ

AITIAT. τίνα (quem) τ ίν α ς

ΓΕΝΙΚΗ τίνος (de quem) τ ίν ω ν

ΔΩΤΙΚΗ τ ίν ι (a quem) τ ίσ ι

88
1 Τ ίς μ α ρ τυ ρ εί π ερ ί τού Χ ρ ίσ τ ο υ ;
2. Τ ί λέγει ό Ιω ά ν ν η ς ;
3. Κ α τά τον Ί ω ά ν ν η ν , έκ τ ίν ο ς η μ είς πάντες έλάβομεν;
4. Κ α τά τον Ί ω ά ν ν η ν , δ ιά τ ίν ω ν ό νόμος έγένετο;
5. Κ α τά τον Ί ω ά ν ν η ν , δ ιά τ ίν ο ς ή χ ά ρ ις κα ί ή άλήΟ; ια
έγένοντο;
6. Π ου ην ό Ιω ά ν ν η ς ταυτα λέγων;

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

ΡΗΜ ΑΤΑ

Você já conhece a conjugação do presente e do aoristo 2 dos verbos


em -ω. Nesta lição, vamos aprender a conjugação também do presente e
do aoristo 2 dos verbos em -ομαι. Tomemos como exemplo γίγνομα ι (vir
a ser, tornar-se, acontecer, surgir, nascer):

ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ

γίγν-ομαι έγεν-όμην

γίγν-ει εγέν-ου

γίγν-εται έγέν-ετο
γιγν-όμεθα έγεν-όμεθα

γίγν-εσθε έγέν-εσθε
γίγν-ονται ίγέν-οντο

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

I. Π λ ή ρ ο ε τάς φράσεις-

_________ άνθρωπος άπεσταλμένος παρά θεού.

'Ο ν ό μ ο ς _______________________δ ιά των προφητών.

'Η χ ά ρ ις κ α ί ή ά λ ή θ ε ια ______________________δ ιά του Χ ρ ισ το ύ .

ΤαΟτα _______________________ έν Β η θ α ν ία .

89
2. Κ λίνε τα ρήματα (conjugue os verbos)

ΓΙΓΝΟΜ ΑΙ ΕΡΧΟΜΑΙ
ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ
γίγνομαι έγενόμην έρχομαι ήλθον

Μ ΕΤΟΧΗ

PARTICÍPIO

O particípio é uma forma nominal do verbo, podendo te r a função de


um substantivo ou de um adjetivo (neste último caso, costuma ser traduzido
em português por um gerúndio). Assim,

ó ερχόμενος

significa o que vem (já que se trata de particípio do verbo έρχομαι, vir),
como

ó λέγων

significa o que fala ou, literalmente, o falante.


Já no exemplo abaixo, o particípio não tem valor de substantivo, mas de
um adjetivo que concorda com o substantivo a que se refere:

Ιω ά ν ν η ς μαρτυρεί λέγων...
significa João testemunha falando...
Em qualquer desses usos, o particípio flexiona-se em gênero, número e
caso, de acordo com sua função sintática ou concordando com o substan­
tivo a que se refere. Exemplos:

ó ερχόμενος όττίσω μου πρώτος μου ην.


(ο que vem depois de mim antes de mim existia)

90
ο ί ά νθ ρ ω π ο ι ου παρέλαβον τον έρχόμενο\ ό π ίσ ο μου
(os homens não acolheram o que vem depois de mim)

ή α λ ή θ ε ια ε σ τ ιν εν τω έρχομένω όπ ίσ ω μου.
(a verdade está no que vem depois de mim)

π ά ντα έγένετο δ ιά τοΰ ερχομένου οπ ισ ω μου


(tudo se fez através do que vem depois de mim)

Você está aprendendo, nesta lição, dois tipos de particípio-

1. o particípio dos verbos do grupo de λέγω (isto é: o particípio presente dos


verbos em -ω);
2. o particípio dos verbos do grupo de έρχομαι (isto é: o particípio presente
dos verbos em -ομαι).

Os particípios têm uma forma para cada um dos três gêneros e decli­
nam-se como um nome, no singular e no plural:

ΛΕΓΩ

ΕΝΙΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ


ΟΝΟΜΑΣΤ. λέγων λέγουσα λέγον

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η λέγοντα λέγουσαν λέγον


ΓΕΝΙΚΗ λέγοντος λεγούσης λέγοντος
ΑΠΤΙΚΗ λέγοντι λεγούση λέγοντι
ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. λέγοντες λέγουσαι λέγοντα
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η λέγοντας λεγούσας λέγοντα
ΓΕΝΙΚΗ λεγόντων λεγουσών λεγόντων
ΑΠΤΙΚΗ λέγουσι(ν) λεγούσαις λέγουσι(ν)

91
ΕΡΧΟΜΑΙ
ΕΝΙΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. ερχόμενος έρχομένη ερχόμενον
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η ερχόμενον έρχομένην ερχόμενον
ΓΕΝΙΚΗ ερχομένου έρχομένης ερχομένου
ΔΟΤΙΚΗ ερχομένω έρχομένη έρχομένω
ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. ερχόμενοι έρχόμεναι ερχόμενα
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η ερχομένους έρχομένας ερχόμενα
ΓΕΝΙΚΗ ερχομένων έρχομι νων ερχομένων
ΔΟΤΙΚΗ έρχομένοις έρχομέναις έρχομένοις

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

Ε Π ο ίε ε κ α τ ά το π α ρ ά δ ε ιγ μ α ·

Παράδειγμα· Ιω ά ν ν η ς στήκει πέραν του Ίορδάνου και βαπτίζει.


’ Ιω άννης στήκει πέραν του Ί

Ιω ά ν ν η ς μαρτυρεί περί του Χ ρίστου και προφητίζει.

Ιω ά ν ν η ς βαπτίζει έν υδατι και μαρτυρεί περί του φωτός.

Τό φως ηλθεν εις τον κόσμον και πάντα άνθρωπον φωτίζει.

Παράδειγμα· 'Ο όπίσω μου ερχόμενος πρωτός μου ην.

Ο ί _____________________________________

Α ί _____________________________________

Ή ___________________________________

Τό _____________ _____________________

92
2. Κλίνε τα ρήματα-
ΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. ή γιγνομενη ό γιγνόμενος τό yiyvópi νον
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ.

Α ΙΤΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

3. Κ λ ίν ε τα ρ ή μ α τ α -
ΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. ή βατττίζουσα ό βατττίζων τό βατττίζον

Α ΙΤ ΙΑ Τ ΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ.

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η

ΓΕΝΙΚΗ

ΔΟΤΙΚΗ

ΤΟΝΟΙ

É provável que você já tenha observado como, muitas vezes, o acento


muda de posição ao ser a palavra declinada (caso ainda não tenha reparado
nisso, examine o último quadro, que contém a declinação dos particípios).

93
Isso se explica através da prim eira regra do sistema de acentuação grego,
a chamada lei de limitação:

1. o acento agudo (οξύς τόνος) pode ocorrer na antepenúltima, penúltima


ou última sílaba;
2. entretanto, se a vogal ou o ditongo que aparecem na última sílaba forem
longos, o acento agudo pode incidir apenas na penúltima ou na última sílaba.

Assim,

ερχόμενος

é uma palavra, por natureza, proparoxítona. Contudo, ao receber uma desinência


com vogal ou ditongo longos, o acento deve regredir uma sílaba

ερχομένου
φ χομένω

Atenção
1. Os ditongos -oi e -ou do nominativo plural consideram-se breves na
aplicação da lei de limitação.
2. O alfa da desinência de acusativo plural da primeira declinação (-ας) é longo.
3 A desinência de genitivo plural da primeira declinação recebe sempre
acento circunflexo (-ών).

ΑΝΤΩΝΥΜΙΑ1

A declinação dos pronomes pessoais e a seguinte:

ΕΝΙΚΟΝ ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
1* pessoa 2a pessoa 1a pessoa 2a pessoa
ONOM. εγώ σό ημείς υμείς
AITIAT. έμέ/με σείσε. ημάς υμάς
ΓΕΝΙΚΗ εμοΰ/μου σοΟ/σου ήμων ύμων
ΔΟΤΙΚΗ έμοί/μοι σοί/σοι ήμίν ύμΤν

94
Atenção
1. Note que no acusativo, genitivo e dativo da primeira e da segunda pessoa
do singular existem duas formas — a primeira, acentuada, e a tônica, a
segunda, não acentuada, é a forma átona.
2. Note ainda, no caso do pronome de primeira pessoa, a ocorrência de
formas supletivas (nominativo: έγώ/demais casos: με, μου, μοι) — como
também acontece em português (eu/me, mim).

Aprenda também a declinação dos pronomes demonstrativos ούτος,


αυτή e τούτο (este, esto, isto):

ΕΝΙΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ

ΟΝΟΜΑΣΤ. ούτος αύτη τούτο

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η τούτον ταύτην τούτο

ΓΕΝΙΚΗ τούτου ταύτης τούτου


ΔΟΤΙΚΗ τούτω ταύτη τούτοι

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ ούτοι αύται ταύτα

ΑΙΤΙΑ ΤΙΚ Η τούτους ταύτας ταυτα

ΓΕΝΙΚΗ τούτων τούτων τούτων

ΔΟΤΙΚΗ τούτοις ταύταις τούτο ις

ΣΥΝΤΑΞΙΣ
O neutro plural expressa a idéia de coletivo, devendo ter sido a
terminação -a, na or gem, um sufixo de coletivo (aliás, trata-se da mesma
terminação que aparece nos neutros plurais do latim: templum, plural templa).
Assim:
τα πρόβατα (as ovelhas ou o rebanho);
τα τέκνα (as crianças ou o meninada);
τα ζωα (os animais ou a bicharada).

95
Os adjetivos e pronomes no neutro plural podem ser substantivados,
indicando um conjunto de coisas:
ταυτα (estas coisas ou isso);
τά Ιδ ια (as coisas próprias);
τά α λ η θ ιν ά (as coisas verdadeiras);
τά καλά (as coisas belas);
τά αγαθά (as coisas boas ou os bens);
τά κακά (as coisas ruins ou os males).

Como o que predomina é a idéia de coletivo, quando o sujeito de uma


oração é um nome ou um pronome no neutro plural, o verbo concorda
com o mesmo no singular:
ταυτα εγενετο εν Β ηθανία.
isto aconteceu em Betânia.
, , , > > ,
τα τέκνα έρχεται εις την ο ικ ία ν .
as crianças vão para casa.

Observe que o título deste livro é, ele próprio, um neutro plural: τά


ελλη νικά significa os coisas gregas e inclui a língua, os costumes, a arte,
a cultura e tudo que os gregos criaram. Assim, podemos dizer, passo a
passo:
καλή εστιν ή ελλη νική π ο ίη σ ις .
καλόν εστι τό ελλη νικό ν ήθος,
καλός εστιν ό ελληνικός κόσμος,
καλαί ε ϊσ ιν α ί ελλη νικά ! τεχναι,
καλοί ε ίσ ιν οι ελ λ η ν ικ ο ί σοφοί.

Mais justo, contudo, é dizer, em conjunto:


καλά εστι τά ελληνικά.

Atenção: para entender as seis frases acima, procure as palavras que voce
ainda não conhece no dicionário.

96
Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν

Enriqueça seu vocabulário:

Você já aprendeu nas lições anteriores que grupos de palavras se organizam


em to rn o dos radicais, a p a rtir dos quais, p o r derivação e composição,
se form am novas palavras. Procure no dicioná rio outras palavras que
com põem o grupo das abaixo, anotando seu significado e tentando entendei
sua formação:
κόσμος
ίδ ιο ς
νόμος
μ α ρ τ υ ρ ία
χ ά ρ ις (gen. χ ά ρ ιτο ς)
όνομα (gen. ονόματος)
πλήρω μα (gen. πληρώ ματος)
ΣΥΜ Π ΛΗ ΡΩ ΤΙΚΟ Ν ΑΝ ΑΓΝ Ω ΣΜ Α
ΟΡΦ ΕΥΣ Κ Α Ι ΟΙ Θ ΡΑΙΚΙΟ Ι

Βλέπω άνθρώπους στήκοντας.


Βλέπω άνθρώπους ακούοντας.
j /
Βλέπω άνθρωπον κρούοντα λύραν.
βλέπετε;
Βλέπω άνθρωπον ρδοντα.
Βλέπω άνθρωπον καθίζοντα.

Τίς ό αδων; 'Ο αδων έστίν Όρφεύς.

Τίνες οι άκούοντες; Οι άκούοντές είσιν οι Θράκιοι.

Όρφεύς καθίζει αδων την αρχήν των θεών


και κρούει την λύραν βλέπων εις τον ούρανόν
οι Θράκιοι στήκοντες άκούουσιν.

98
Π Ε Μ Π Τ Ο Ν Δ ΙΔ Α Ι Μ Α
Η Μ Α Ρ Τ Υ Ρ ΙΑ Τ Ο Υ ΙΩ Α Ν Ν Ο Υ (γ )

A partir desta lição você já é capaz de entender os textos sozinho,


com a ajuda do vocabulário que aparece ao lado, no qual as palavras se
apresentam como no dicionário. As formas difíceis ou que você ainda não
conhece estão explicadas, bem como se indica a regência das preposições
e de alguns verbos.
Para destrinchar o texto, você deve atentar para os casos em que se
encontram os substantivos, adjetivos e particípios, bem como para as
pessoas em que se usam os verbos.
Depois de entendido, o texto deve ser lido quantas vezes forem neces­
sárias para que você atinja uma compreensão corrente:

ΛΕΞΙΚΟ Ν
T fj ε π α ύ ρ ιο ν Ι ω ά ν ν η ς β λ έ π ε ι τον

Ίή σ ο υ ν ή επαύριον (ήμερα) - ο (dia) seguinte


(τη επαύριον - no dia seguinte)
ερ χό μ ενο ν πρ ο ς α υ τόν,
ϊδε - eis
κ α ι λ ίίγ ε ι*
ό αμνό:, οΰ - cordeiro
’Ίδ ε ό α μ νό ς του Οεοϋ αίρω - tirar
ό α ϊρ ω ν τ η ν ό ιμ α ρ τία ν του κόσμου. ή άμαρτία, -ας - pecado
ού τός έ σ τ ιν υπέρ ού εγώ ε ίπ ο ν υπέρ - ( d gén.) - sobre, a respeito de
ou - de quem (gen sing. do pronome
Ό π ίσ ω μου έ ρ χ ετα ι ά ν ή ρ
relativo δς, o qual, que)
δς έμ π ρ ο σ θ εν μο υ γ ε γ ο ν ε ν .
ό άνηρ, άνδρο; - homem (em
ό τ ι πρ ω τός μου ην. oposição a mulher)
δ ιά το ύ το ηλΟ ον εγώ έ ν ύ'δατι δς- o qual (nominativo do pron
β α π τ ίζ ω ν . relativo)
γιγονε - nasceu (perfeto do verbo
Κ α ι μ α ρ τ υ ρ ε ί Ι ω ά ν ν η ς λέγω ν ό τ ι
γίγνομαι)
ούτός έ σ τ ιν ό β α π τ ίζ ω ν έ ν π νεό μ α τι
δ ια (c/ acus.) - por
ά γ ίω . το ύδωρ, ύδατος- água
κάγώ μ ε μ α ρ τ υ ρ η κ α ό τ ι το πνεύμα, -ατος- espirito
ου τός έ σ τ ιν ό υ ιό ς του θεού. άγιος, -α, -ον - santo
καγώ - contração de καί e εγώ
(Κατά Ίω ά ν ν η ν ) μεμαρτύρηκα - testemunho, dou
testemunho ( I a pessoa do singular do
perfeito de μαρτυρι'ω, testemunhar)
ΕΡΩ ΤΗΜ ΑΤΑ

α'. Τίνα βλέπει ό Ιωάννης ερχόμενον προς αυτόν;


β'. Κατά τον Ίωάννην, τίς αϊρει την αμαρτίαν του κόσμου;
γ'. Τίς ήλθε βατττίζων έν υδατι;
δ' Τίς έστιν ό βατττίζων έν πνευματι άγίω;
ε'. Τί μεμαρτύρηκε ό Ιωάννης;

I Ρ Α Μ Μ Α ! ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

Α Ν Τ Ω Ν Υ Μ ΙΑ !

PRO NO M ES RELATIVOS

Os pronomes relativos são os seguintes:

ΕΝΙΚΟΝ ΑΡΡΕΝΙΚΟΝ ΘΗΛΥΚΟΝ ΟΥΔΕΤΕΡΟΝ


V
ΟΝΟΜΑΣΤ. ος η Ο

Α ΙΤ ΙΑ Τ ΙΚ Η ον ην Ô
τ
ΓΕΝΙΚΗ OU ος ου
ΔΟΤΙΚΗ ω 0 ώ

ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ. οι αι α

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η ούς άς ά

ΓΕΝΙΚΗ ών ών ών

ΔΟΤΙΚΗ οίς αΐς οίς

O pronome relativo concorda em gênero e número com o nome a


que se refere, assumindo o caso correspondente a sua função sintática na
oração adjetiva que introduz. Observe os exemplosI

I Οπίσο μου έρχεται άνήρ ος έ’μττροσθ; ν μου γι'γονε.


ος concorda com άνήρ em gênero e número (masculino
singular) e está no nominativo po; que è o sujeito de γεγονε.

100
2. Ουτός έστιν ό άνήρ υπέρ oú έγώ είπον
ού concorda com άνηρ em gênero ο número e está no
genitivo por ser regido pela preposição um μ
3. Ουτός έστιν ό άνήρ ον ό Ιω ά ννη ς βλέπει.
ον concorda com άνήρ em gênero e numero e está no
acusativo por ser objeto direto de βλέπει.

ΑΣΚΗΣΙΣ
Ποίεε κατά τό παράδειγμα-

Παράδειγμα- Ό π ίσ ω μου έρχεται άνήρ- ό άνήρ έμπροσΟέν μου


γέγονε.
Ό π ίσ ω μου έρχεται άνήρ δς έμπροσθέν μου γέγονε.

Ιω ά ν ν η ς βλέπει τον άνθρωπον- ό άνθρωπος έρχεται


προς αυτόν.

Ιω ά ννη ς λέγει περί του άμνοΟ' ό άμνός αίρει τήν


αμαρτίαν του κόσμου.

’ Ιϊν αρχή ήν ό λόγος- ό λόγος φωτίζει πάντα


άνθρωπον.

ΡΗΜΑΤΑ
ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΝ
PERFEITO
Você já aprendeu a distinção entre os aspectos durativo (presente e
im perfeito) e pontual (aoristo). Nesta lição você está aprendendo o
terceiro aspecto existente em grego: o resultativo (integrado pelo perfeito
e pelo mais que perfeito).

101
O perfeito grego não corresponde ao pretérito perfeito do português.
É que ele indica não uma ação completa acontecida no passado, mas o
resultado presente de uma ação passada.
Vamos tentar entender a oposição entre os 3 aspectos verbais, tomando
primeiramente alguns exemplos em português. Uma idéia como desatar a
sandalia podería ser expressa assim:

D U R A T IV O PRESENTE eu estou desatando a sandália,

PASSADO eu desatava a sandália

PONTUAL PRESENTE eu desato a sandália,

PASSADO eu desatei a sandália

RESULTATIVO PRESENTE eu tenho a sandália desatada,

PASSADO eu tinha a sandália desatada

Em grego, teriamos a seguinte oposição, considerando, por enquanto,


apenas o presente de cada um dos 3 aspectos:

DURATIVO: λύω τό υπόδημα. (presente)


PONTUAL: όλυσα τό υπόδημα, (aoristo)
RESULTATIVO: λίλυκα τό υπόδημα, (perfeito)

Observe como, no texto, o enunciado

κάγώ μεμαρτυρηκα ότι ούτός εστιν ό υιός του θεού


não deve ser entendido como a expressão de um passado (e eu testemunhei
que este é o filho de deus), mas como a expressão de um resultado presente da
ação passada (João testemunhou e agora mantém o resultado dessa ação
consubstanciado no presente). Por isso, neste caso, a melhor forma de
traduzir o trecho em português seria usando-se um presente (testemunho,
dou testemunho, sou testemunha).
A marca morfológica característica do perfeito é o redobro: a repetição
do prim eiro fonema da raiz, formando uma nova sílaba com a vogal -c.

102
λέ-λυκα,
με-μαρτύρηκα,
γέ-γονα.

Nos verbos regulares, ο perfeito recebe ainda uma desincncia sufixai


e tem terminações de número e pessoa próprias. Observe a formação do
perfeito do verbo λύω e memorize as terminações de número e pessoa:

REDOBRO RAIZ DES. DO PERF. DES. DE NÚMERO E PESSOA

λε- -λυ- -K - -a

-ας

-ε(ν)

-αμεν

-ατε

-ασι(ν)

PERFEITO 2

Como acontece com o aoristo, também alguns verbos têm o perfeito


formado a partir de radicais supletivos, o que se chama de perfeito 2. Como
se trata de um radical próprio do perfeito, não é indispensável que o re­
dobro e o -K - apareçam. As desinências de número e pessoa são contudo
iguais às do perfeito I .
Procure memorizar o perfeito 2 dos verbos abaixo, dos quais você já
conhece o presente e o aoristo 2:

ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΣ


λέγω ειπον εϊρηκα

όράω ειάον ό'ττωπα


λαμβάνω ελαβον εϊληφα
έρχομαι ηλθον έλήλυθα
γίγνομαι εγενόμην γέγονα

εΐμί εγενόμην γέγονα

103
Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ
I. Π ο ίε ε κ α τ ά τά π α ρ α δ ε ίγ μ α τ α -

Παράδειγμα- Έγώ μαρτυρώ περί του θεού.


Έγώ μεμαρτύρηκα περί του θεού.

Οι άνθρωποι λόουσι τά ύποδήματα

'Ημείς πιστευομεν τώ διδασκάλω.

Συ παιδεύεις τον υιόν σου.

Παράδειγμα- 'Ο λόγος πρώτος μου ην.


'Ο λόγος πρώτος μου έγένετο.
*0 λόγος πρώτος μου γεγονε.

Τό φώς ην εν άρχη.

Ό αμνός του θεού έμπροσθεν μου ήν.

Παράδειγμα- Όπίσω μου έλήλυθε άνήρ.

_____________________ __άνθρωπο ι .

______ ___________ _____ υμείς.

______ ______________ σύ.

104
2 Κλίνε τα ρήματα-

μαρτυρέω λύω παιδεύω γίγνομαι πιστεύω


testemunhar desatar educar vir a ser crer

μεμαρτυρηκα λέλυκα πεπαίδευκα γέγονα πεπίστευκα

3. Κλίνε τα ρήματα-
ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΣ

λ γω

όράω

105
λαμβάνω

έρχομαι

ΣΥΝΤΑΞΙΣ
ΜΕΤΟΧΗ
Na última lição você aprendeu a noção básica e a morfologia dos parti-
cípios presentes dos verbos em -ω e em -ομαι. O particípio é uma forma
de extrema importância no sistema verbal grego, pois permite a opção
estilística por construções sintáticas muito enxutas, as quais, em português,
muitas vezes têm de ser traduzidas por orações subordinadas. Nesta lição,
você encontra novos exemplos de enunciados construídos com particípios,
como:
1. Ιω ά ν ν η ς βλέπει τον Ί η σ ο υ ν ερχόμενον προς α υτόν
(João vê Jesus que vem para junto dele);
2. ϊδε ó αμνός του θεού ó αΐρων τ η ν α μ α ρ τία ν του κόσμου
(eis ο cordeiro de deus, ο que tira o pecado do mundo);
3. δ ιά τούτο ήλθον εγώ εν ύ δ α τ ι βαπτίζων
(por isso eu vim para batizar em água);

106
4. μ α ρ τ υ ρ ε Γ Ι ω ά ν ν η ς λέγων ο τ ι ο ύ τ ό ς ϊ σ τ η ό βαπτίζων έ ν
π ν ε υ μ α τ ι ά γίω
(João dá testemunho dizendo que este é o que batiza num e s p írito santo).

Você já sabe que o particípio é uma forma nominal do verbo, que


apresenta características próprias tanto dos nomes quanto dos verbos, a
saber: como os nomes, tem flexão completa (em gênero, número e caso);
como os verbos, pode ser determinado por complementos em acusativo,
genitivo ou dativo (de acordo com regência verbal), bem como por adjuntos
adverbiais.
O particípio pode ter três funções: I) adjetiva: 2) substantiva; 3) adverbial.
Aprenda mais sobre cada uma delas:

1. Na função de adjetivo, o particípio pode ser tanto atributivo quanto predi-


cativo. Em ambos os casos ele concorda com o nome a que se refere em
gênero, número e caso, como acontece no exemplo I (... τ ο ν Ί η σ ο ΰ ν
ε ρ χ ό μ ε ν ο ν ...) .

2. Na função de substantivo, o particípio, geralmente acompanhado de artigo,


pode aparecer como sujeito, predicativo ou complemento, como nos exem­
plos 2 (.. ό αϊρων την αμαρτίαν ) e 4 (οότός έστιν ό βαπτίζων...).
3. Na função adverbial, ο particípio pode indicar finalidade, tempo, causa,
condição, concessão, instrumento ou modo. Você encontra exemplos do
uso adverbial:
3 I no item 3 (ηλΟον ίγώ βαπτίζων), em que o particípio expressa
finalidade (isto é: ele não apenas veio, mas veio para batizar);
3.2. no item 4 (μαρτυρεί ' Ιωάννης λίγων...), em que se expressa o modo
(ele não dá testemunho de um modo qualquer, mas dizendo que...).

Observe como o particípio concorda, também em função adverbial,


com o nome a que se refere, em gênero, número e caso.
Como um verbo, o particípio admite complementos. Observe ainda
nos exemplos citados acima:

I. No primeiro item, o particípio ερχόμενον recebe o adjunto adverbial


προς αυτόν. A oração correspondería, no fundo, a dois enunciados:

ό Ιω ά ν ν η ς βλέπει τον Ί η σ ο υ ν
ό Ιη σ ο ύ ς έρχεται προς τον Ί ω ά ν ν η ν .

107
Eles podem ser articulados na forma escolhida pelo autor, ou, com nuanças
diferentes, de outros modos, como:
ó Ιωάννης βλέπει τον Ίήσουν ος ερχεται πράς αυτόν.
ό Ιησούς έρχεται προς τον Ίωάννην βλέποντα αυτόν.
2. No segundo item, ο particípio αίρων recebe complemento direto em
acusativo, como o verbo αίρω, que rege esse mesmo caso. Observe o
paralelismo dos dois enunciados:
Ιησούς α’ίρει την αμαρτίαν του κόσμου.
Γόε ό αΓρων την αμαρτίαν του κόσμου.
3. No terceiro item, βαπτίζων recebe um adjunto adverbial (έν υδατι).
4. No último item, λίγων é completado por uma oração subordinada objetiva
direta.

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

Ποίεε κατά τά παραδείγματα·


Παράδειγμα Τη επαύριον, ό Ιωάννης βλέπει τον Ίησούν ερχόμενον
προς αυτόν, (ό Ιησούς)

(ή Μαρία)

.(το παιδίον)

(οι άνθρωποι)

Παράδειγμα- Ίδε ό αμνός τού θεού ό αί'ρων την αμαρτίαν του κόσμου,
(ό αμνός)

_(τό φως)

_(ή φωνή)

(τό πνεύμα)

108
Παράδειγμα- 'Ο Ιωάννης βλέπει τον άνθρωπον ό άνθρωπος έρχεται
προς τον Ίωάννην.
'Ο Ιωάννης βλέπει τον άνθρωπον ερχόμενον προς αυτόν.

'Ο άνθρωπος βλέπει τον Ίωάννην ό Ιωάννης βαπτίζει έν


ύδατι.

Ο Ιωάννης λέγει περί του αμνού- ό αμνός αίρει την


αμαρτίαν του κόσμου.

Γ0 διδάσκαλος έλαβε τον υιόν ό υιός έρχεται προς τον


διδάσκαλον.

Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν

Os verbos, em grego, admitem muitos prefixos, formados, em geral,


a partir das preposições, que emprestam às ações uma série de nuanças
adverbiais. Procure no dicionário o significado dos verbos abaixo, identifi­
cando os prefixos e buscando entender sua formação:

έρχομαι β λέπ ω

ε ισ έ ρ χ ο μ α ι προσβλέπω
εξέρχομαι έμβ λέπω

προσέρχομαι παραβλέπω

παρέρχομαι ε ίσ β λ έ π ω

δ ιέ ρ χ ο μ α ι δ ια β λ έ π ω
κατέρχομαι καταβλέπω

π ε ρ ιέ ρ χ ο μ α ι π ε ρ ιβ λ έ π ω

ύπερέρχομαι ά ν τ ιβ λ έ π ω

109
Atenção
1. Os prefixos terminados em vogal (como διά, παρά, κατά) perdem, em
geral, esta última vogal diante de verbos iniciados também com vogal.
2. Os prefixos sofrem ainda outras adaptações fonéticas, como:
ck diante de vogal torna-se εξ;
εν diante de labial torna-se ίμ - (como em português, em que se escreve
-m- antes de -p- e -b-, isto é: duas consoantes labiais).

Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α
Ο Π Ο ΙΜ Η Ν Ο Κ Α Λ Ο Σ

’Ίδ ε ό ττοιμήν ό καλός.

Κ α τ ά το ν Ί ω ά ν ν η ν .
ό Ιη σ ο ύ ς έ σ τ ιν καλός
ττοιμήν ος γ ιγ ν ώ σ κ ε ι τα
π ρ ό β α τ α τά ί δ ι α ' ό κακός
π ο ιμ ή ν , ού ο ύ κ έ σ τι τά
π ρ ό β α τ α ϊ δ ια , β λέπ ω ν τον
λ ύ κ ο ν ερ χ ό μ ενο ν προς
α υ τά φ ε ύ γ ε ι- κ α ι ό λύκος
ilustração: Barbara Quadros e Rostand Albuquerque

ά ρ π α ζ ε ι τά π ρ ό β α τ α κ α ι
α υ τά σ κ ο ρ π ίζ ε ι.

Ά λ λ ’ ε ίπ ε ό Ίη σ ο Ο ς · εγώ
ε ίμ ι ό π ο ιμ ή ν ό καλός κ α ί
γ ιγ ν ώ σ κ ω τά π ρ ό β α τ α ά
έχω, κ α ί γ ιγ ν ώ σ κ ε ι με αυτά.
Figura 12 - Orfeu com cordeiro

ιιο
ΑΓΩΝ
ΟΡΙΣΜΑ ΕΣΤΙΝ Ο ΟΥΡΑΝΟΣ

I . Τίς ό φιλόσοφος ος έΐπεν αρχή του κόσμου τό ύδωρ;


(α) Σωκράτης (β) Θαλής (γ) Άναξιμένης (δ) Πλάτων

2. Τίς ό ποταμός ός ούκ έστιν έν ' Ασία;


(α) Τίγρις (β) Ευφράτης (γ) Ινδός (δ) ’Ίστρος

3. Τίς δ θεός ου Διόνυσός έστιν υιός;


(α) Ζευς (β) "Αιδης (γ) Ποσειδών (δ) Απόλλων

4. Τίς ό ήρως ός ούκ ήλθε εις Τροίαν;


(α) Άχιλλεύς (β) Οίδίπους (γ) Μενέλαος (δ) Αγαμέμνων

5. Τίς ή χώρα έν ή ό ΝεΤλός έστιν;


(α )' Ελλάς (β) Αίγυπτος (γ) ΣυΡία (δ) Δαλματία

6. Τίς ό θεός ός προψητίζει έν Δελφούς;


(α )' Ερμής (β) Διόνυσος (γ) Κρόνος (δ) Απόλλων

7. Τίς δ ποιητής ός γράφει τήν Θεογονίαν,


(α)'Ησίοδος (β)'Όμηρος (γ) Πίνδαρος (δ) Λουκιανός

8. Τίς εκείνος ός είπε περί έαυτου· είμι τό άλφα και τό ώ μύγα;


(α) Ιωάννης (β) Πυθαγόρας (γ) Χριστός (δ) Απολλώνιος

9. Τίς ή γυνή διά ήν ό της Τροίας πόλεμος έγένετο;


(α) Κλυταιμνήστρα (β) Ίοκάστη (γ) Μήδεια (δ) Ί-λένη

10. Τίς δ πόντος εν ώ Κρήτη εστίν,


(α) Ίόνιος (β )’ Αξεινος (γ) ΊΕρυΟρεύς (δ) ΑιγαΤος

11. Τίς ή χώρα εν ή είσιν ΆΟ ήναι;


(α) Πελοπόννησος (β) Α τ τ ικ ή (γ) Βοιωτία (δ)'Ήπειρος

12. Τίς ή μούσα ή προστατεύει τήν αστρονομίαν;


(α) Μελπόμενη (β) Θάλεια (γ) Ούρανία (δ) Κλειώ

13. Τίς δ φιλόσοφος ού ό Αλέξανδρος ήν μαθητής;


(α) Αριστοτέλης (β) Επίκουρος (γ) Διογένης (δ) Δημόκριτος

II!
14. Τίς ό ποταμός έν ώ Ιωάννης βαπτίζει;
(α) Τ ίβ φ ΐς (β) Ιορδά νης (γ) Κηφισός (δ) Α λφ ειός

15. Τί τό βιβλίον ο Πλάτων γεγραφε;


(α) Γένεσις (β) Π ο ιη τική (δ) Ά νά β α σ ις (δ) Φαίδων

16. Τίς ή χώρα ήν Άλεςανδρος ούκ ελαβε;


(α) Μ ισοποταμία (β) Ιτ α λ ία (γ) Αίγυπτος (δ) Φρυγία

112
Ε Κ Τ Ο Ν Δ ΙΔ Α Γ Μ Α
Foto de Cdina F.Ligo

Figura 13 - Jesus Cristo (detalhe). Pintura de teto, Capela de São Nicolau na Caverna Penteli,
c. 1233/1234 Museu Cristão e Bizantino (BXM 1069), Atenas
ΟΙ ΠΡΩΤΟΙ ΜΑΘΗΤΑΙ

ΑΙΙΞΙΚΟΝ
Τη επαύριον πάλιν στήκει ό Ιω ά ννης
ό μαθητής, -ου - discípulo, aluno
και εκ των μαθητών αύτοΰ δύο, πάλιν - de novo
και εμβλεπων τώ Ίη σ ο ΰ πιριπατοΟντι εκ (c/ gen.) - dentre
δύο - dois
λεγετ
εμβλεπω (d dat.) - observar,
’Ίδε ό αμνός τού θεού,
reparar
και ηκουσαν οί δύο μαΟηταί τώ ΊησοΟ - dativo de Ιη σ ο ύ ς
αύτού λαλοΰντος περιπατέω - passear
ήκουσα (c/ gen.) - aoristo de
και ήκολούθησαν τώ ΊησοΟ.
άκούω - ouvir, escutar
Ό Ιη σ ο ύ ς λεγει αύτοΤς·
λαλεω - falar (ή'κουσαν αυτού
Τ ί ζητείτε; λαλοΰντος - ouviram-no falando)

Οί δέ ειπον αύτώ' ήκολούθησα (c/ dat.) - aoristo de


άκολουθεω - seguir
'Ραββί
ζητεω - procurar, buscar
( δ λέγεται οί δε - e eles, e estes
μεΟερμηνεοόμι νον ραββί (hebraísmo) - rabi, mestre

Διδάσκαλε), λεγεται - 3a pes. do pres. da voz


passiva de λέγω (ô λεγεται - o
που μενεις;
que se diz, o que significa)
Λεγει αύτοΤς· μεθερμηνεύομαι - traduzir
’Έρχεσθε καί όρατε. μένω - morar, ficar, permanecer
ερχεσθε - vinde (2a pes. pl. do
τΗλΟον ούν και ειδον που μί'νι ι,
imperativo de έρχομαι - ir, vir)
καί παρ αύτω μενουσι
όρατε - vede (2a pes. pl. do
την ημέραν ε κ ε ίν η ν imperativo de όράω - ver)
ώρα ήν ώς δέκατη. παρά (c/ dat.) - na casa de
ή ήμερα, -ας - dia
ή ώρα, -ας- hora
(Κατά Ίωάννην, α')
ώς- por volta de, mais ou menos
δεκάτη, -ης - décima
ΕΡΩΤΗΜΑΤΑ

1. Τίνες στήκουσιν τη επαύριον πέραν του Ίωάννου;


2. Τ ίν ι έμβλέπει ό Ιω ά ννης;

3. Τ ί λέγει ό Ιω ά ννης;

4. Τίνες ήκουσαν του Ίωάννου λαλοΰντος;

5. Τ ίν ι ήκολουθησαν οί Suo μαθηταί;

6. Τ ί λέγει τοίς μαθηταΐς ό Ιησούς;

7. Τί είπον οί μαθηταί τω Ίησοΰ;

8. Που μένουσιν οί μαθηταί την ημέραν εκείνην;


9. Τ ί λέγεται μεθερμηνευόμενον p a jβ β ί;

ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ

ΚΛΗΤΙΚΗ ΠΤΩΣΙΣ
CASO VOCATIVO

Ο vocativo não indica, como os demais casos, relações sintáticas. Na


verdade, ele é uma oração por si mesmo, que expressa o conteúdo comple­
to de uma ordem, uma manifestação de afeto ou uma descarga emocional.
Sua função é, portanto, expressiva. Muitas vezes corresponde a uma inter­
jeição. Veja os seguintes exemplos:

ώ διδάσκαλε , που μ έ ν ε ις ;
ώ ήμερα , που ε ί;

Embora não faça parte propriamente do sistema de casos (os quais


indicam relações), o vocativo integra a declinação dos nomes gregos. Na
maioria dos temas, sua forma coincide com a do nominativo, como você
pode observar na página seguinte:

115
ΕΝΙΚΟΝ ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ

ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ ΚΛΗΤΙΚΗ ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ ΚΛΗΤΙΚΗ

TEMAS EM -a αμαρτία άμαρτία άμαρτίαι άμαρτίαι

TEMAS EM -η φοινή φωνή φωναί φωναί

TEMAS EM -o
διδάσκαλος διδάσκαλε διδάσκαλοι διδάσκαλοι
MASCULINOS

TEMAS EM -o βιβλία
βιβλίον βιβλίον βιβλία
NEUTROS
ATEMÁTICOS
σαρξ σαρξ σάρκες σάρκες
MASC./FEM.
ATEMÁTICOS
πνεύμα πνεϋμα πνεύματα πνεύματα
NEUTROS

Você ainda aprenderá outros detalhes sobre a declinação dos nomes.


Considerando, entretanto, o que você já conhece, observe que o vocativo
só difere do nominativo no singular dos nomes de tema em -o , recebendo
a terminação -e (semelhantemente ao que acontece, em latim, com os
nomes em -o , que também fazem o vocativo em -e: lupus, lupe).

ΔΩΤΙΚ.Η ΠΤΩΣΙΣ

Você já conhece os usos do dativo locativo e do dativo de posse.


Nesta lição, você está aprendendo o uso mais importante deste caso: o
de complemento verbal indireto (que corresponde ao objeto indireto do
português).
Observe que o próprio nome que os gramáticos gregos deram ao caso
— δωτική — é tirado da raiz do verbo dar (-δο-, no presente: δίδω μι). A
relação básica que o dativo expressa, em oposição ao acusativo, pode ser
percebida com clareza no enunciado:

δ ίδ ω μ ι δωρον τιϊϊ Ιω ά ν ν η
(dou um presente para o João),

em que o acusativo — δώρον — limita a abrangência do verbo, determi­


nando que não se trata de dar qualquer coisa, mas um presente; enquanto

116
o dativo — ’ Ιωάννη — indica a quem se dirige a ação expressa pelo verbo,
determinando, portanto, também, numa outra esfera, que não se trata de
dar um presente a qualquer um, mas a João, Pode-se dizer que o dativo
de complemento verbal indireto expressa uma idéia básica de movimento
para, o que se pode perceber em outros exemplos, como o que aparece
no texto:

ό Ιη σ ο ύ ς λέγει α ύ το ίς
(Jesus disse para eles).

Recorde agora os usos do dativo que você já conhece:

DATIVO DE
ό διδάσκαλος λεγει ταυτα τοΐς
COMPLEMENTO VERBAL
μαΟηταΤς.
INDIRETO (para)

DATIVO DE POSSE (de) τό όνομα τω διδασκάλω ην Σοφοκλής.

DATIVO LOCATIVO (em) ό διδάσκαλος στήκει εν τη αυλή.

ΠΡΩΤΗ ΚΛΙΣΙΣ
PRIMEIRA D E C L IN A Ç Ã O

Os nomes de tema em -a ou -η integram a chamada primeira declinação.


Além das flexões que você já conhece, relativa aos nomes femininos, existe
ainda uma flexão dos nomes masculinos, que apresenta pequenas diferenças
com relação àqueles (nomeadamente, no nominativo, vocativo e genitivo
singular):

1 ΝΙΚΟΝ TEMA ΕΜ -α TEMA ΕΜ -η


ΟΝΟΜΑΣΤ. ό νεανίας (ο jovem) ό μαθητής
ΚΛ1ΙΤΙΚΙΙ νεανία μαθητά

Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η τον νεανίαν τον μαθητήν


ΓΕΝΙΚΗ τοΟ νεανίου του μαθητου
ΔΟΤΙΚΗ τω νεανία τω μαθητή

117
ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ
ΟΝΟΜΑΣΤ οί νεανίαι οί μαθηταί
ΚΛΗΤΙΚΗ νεανίαι μαΟηταί
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η τους νεανίας τούς μαθητάς
ΓΕΝΙΚΗ των νεανιών των μαθητών
ΔΟΤΙΚΗ τοΐς νεανίαις τοΐς μαϋηταΐς

ΑΣΚΗΣΙΣ

Dê ο sentido das palavras abaixo, que aparecem no texto da lição, iden­


tificando o caso em que se encontram, conforme o modelo:

μαθητών discípulos genitivo plural de μαθητής

αυτοΰ

αμνός

θεοΰ

μαΟηταί

αότοΐς

διδάσκαλε

αυτω

ημέραν

εκείνην

ώρα

δέκατη

118
ΡΗΜΑΤΑ
VERBOS CONTRATOS

Você já conhece as terminações do presente dos verbos terminados


em -ω e em -ομαι. Vamos recordá-las:

-ω -ο μ α ι

-ε ις -ει

-ει -ε τ α ι

-ομεν -όμεθα

-ετε -εσθε

-ο υ σ ι(ν ) -ο ν τ α ι

Observe que todas as terminações começam com vogais, o que lhes


permite unirem-se diretamente a radicais terminados em consoantes
(como λεγ-, βλεττ- etc.) ou em -u (como λυ-). Entretanto, nos verbos cujas
raízes terminam em -a (como όράω), -ε (como λαλεω) ou em -o (como
ττληρόω), são possíveis duas formas: a forma não contrata e uma forma
contrata, que é a usual em ático e na κο ινή .
A forma contrata é caracterizada pela contração da vogal do radical
com a vogal inicial das terminações. As regras de contração são as seguintes:

119
Agora aprenda as formas não-contratas e contratas dos verbos abaixo:

VERBOS EM -a VERBOS ΕΜ -ε VERBOS ΕΜ -ο

SIMPLES CONTRATO SIMPLES CONTRATO SIMPLES CONTRATO


όράω όρώ λαλέω λαλώ ττληρόω πληρώ

όράεις όρας λαλέεις λαλεΐς π λ η ρ ό ε ις πληροίς

όράει όρα λαλέει λαλεΐ ττληρόει π λη ρ ο Τ

όράομεν όρώμεν λαλέομεν λαλοΰμεν ττληρόομεν πληροΰμεν

όράετε όρατε λαλέετ: λαλεΐτε πληρόετε πληρουτε

όράουσι όρώσι λαλέουσι λαλοΟσι πληρόουσι πληροΰσι

ΑΟΡΙΣΤΟΣ

Você já aprendeu o sentido do aoristo e a conjugação do aoristo 2


(isto é: o aoristo que tem radical supletivo). Nesta lição vamos aprender
como se forma o aoristo I , cuja raiz é a mesma do presente.
Como o aoristo 2 tem radical próprio, não é necessário, em princípio,
marcá-lo com desinências aspectuais, bastando acrescentar à raiz as desi-
nências de número e pessoa. Entretanto, como o principal uso do aoristo
é diegético (isto é: ele é a forma verbal utilizada por excelência nas nar­
rativas), tende a especializar-se no sentido de passado, recebendo assim a
marca característica desse tempo: o aumento.
O aumento é uma desinência prefixai (como o redobro do perfeito),
consistindo de um i - que se ajunta ao radical do verbo. Assim, formas
como as que você já conhece de aoristo 2 analisam-se deste modo (note
que, em alguns casos, o aumento apresenta contração com a vogal inicial
da raiz verbal):

AUMENTO RAIZ DO DES. DE NÚMERO AORISTO 2


AORISTO Ε PESSOA
ε- λαβ- -ον έ'λαβον (λαμβάνω)
ι - ίδ- -ον είδον (όράω)
ί- έλΟ- -ον ηλθον (έρχομαι)
έ- είπ- -ον ειπον (λέγω)
έ- γεν- -όμην έγενόμην (γίγνομαι)

120
Quando o aoristo não tem radical próprio, formando-se a partir do
mesmo radical que o presente, recebe, além do aumento, uma desinência
sufixai -a-, à qual se acrescentam terminações de número e pessoa pró­
prias (iguais à do perfeito, exceto na terceira pessoa do plural).
Assim, o aoristo do verbo λύω forma-se e conjuga-se do seguinte
modo:

RAIZ DO DES. DE DES. DE NÚMERO E


AUMENTO
PRESENTE AORISTO PESSOA

-λυ- -o- -a
-ας
-Φ )
-αμεν
-ατε
-αν

É importante você memorizar essa formação do aoristo, pois a maioria


dos verbos tem apenas essa forma, e muitos dos que apresentam um aoristo 2
admitem também o aoristo regular (chamado de aoristo I).

Atenção
I. Quando o verbo principia por vogal, a mesma contrai com o aumento
(constituindo o que a gramática grega chama de aumento temporal, isto e, o
alongamento da vogal inicial do verbo). A regra geral de alongamento é a
seguinte:

VOGAL
AUMENTO VOGAL SIMPLES
LONGA

α/ε = n
ε + 1 = i (longo)
0 =ω

u = υ (longo)

121
Exemplos:
έ-άκου-σα = ηκουσα (ακούω - ouvir)
έ-ίκετευ-σα = ίκέτευσα (ικετεύω - suplicar)

2. Nos verbos cuja raiz termina com -α, -ε ou -o, estas vogais alongam-se, em
geral, diante do -σ-, de acordo com a seguinte regra:

VOGAL VOGAL
SIMPLES LONGA
α/ε η

0 U)

Exemplos:
άκολουθέω (seguir) - ήκολούθησα
τιμάω (honrar) - ετίμησα
δηλόω (mostrar) - εδήλωσα

Α ΙΚ Η Σ ΙΣ

Π ο ίε ι κ α τ ά το π α ρ ά δ ειγ μ α ·
Παράδειγμα· Οί μαΟηται άκούουσι του Ίω ά ννου λαλοΰντος.
Ο ί μαΟηται ήκουσαν του Ίω ά ννου λαλοΰντος.

'Ο διδάσκαλος ακούει του μαθητου λαλοΰντος.

Ή μ εΐς παιδεύομεν τους υιούς.

Έ γώ λύω το υπόδημα του ανθρώπου.

122
Π Ρ Ο Σ Τ Α Κ Τ ΙΚ Η
IMPERATIVO

N o texto desta lição você encontrou formas do imperativo (embora


você já tenha se deparado com outros exemplos, nas instruções dos diversos
exercícios, como αναγίγνωσκε, leia; πλήροε, complete; etc ).
O valor do im perativo grego é o mesmo que o do imperativo em
português: o modo que expressa ordem, comando ou súplica,
A forma do imperativo presente, na segunda pessoa do singular e na segunda
pessoa do plural, que são naturalmente as mais usadas, é a seguinte:

PESSOA VERBOS EM -üj VERBOS EM -ομαι

συ λέγ-ε έρχ-ου

υμείς λέγ-ετε έρχ-εσΟε

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Π ο ίε ι κ α τ ά το π α ρ ά δ ειγ μ α -
Π αράδειγμα- 'ϋ Σ Ιη σ ο υ ς λέγει αύτοΤς- "ρχεσΟε κα ί όρατε (αύτοΤς)

___________________________________________ _ (αύτώ)

(αυτή)

(αύταΤς)

ΦΩΝΑΙ
VO ZES

Ο verbo grego conjuga-se em três vozes: ativa (ενέργεια), média


(μεσάτης) e passiva (πάθος). A diferença entre as vozes ativa e passiva é
a mesma que há entre elas em português, a saber: na voz ativa, o sujeito
é o agente da ação expressa pelo verbo; na voz passiva, ele sofre a ação,
realizada pelo agente da passiva.

123
Já a voz média distingue-se da voz ativa no sentido de que sublinha o
interesse do sujeito na ação. Assim, por exemplo, em
εγώ λούω τον υ ιό ν μου
(eu dou banho em meu filho),
o sujeito da oração realiza a ação de dar banho no objeto (meu filho), sem
conotar o interesse do sujeito na ação realizada. Já uma declaração como
εγώ λούομαι τον υ ίό ν μου

indica que eu dou banho em meu filho não porque ele quer, mas porque
interessa a mim, sou eu que acho isso importante.
A escolha da voz ativa ou da voz media depende, portanto, da nuança
de sentido que o falante pretende dar a sua declaração.Trata-se, no fundo,
de uma escolha estilística, que podería ser expressa do seguinte modo: na
voz média, sublinha-se o sujeito da ação em detrimento do objeto. Você deve
te r sempre presente essa distinção básica, para poder perceber o espírito
dos textos que está lendo (afinal, é para isso que você está estudando
grego, pois, se fosse possível uma tradução absolutamente transparente
de uma língua para outra, poderiamos simplesmente ler a antiga literatura
vertida para as línguas modernas)
Existem contudo alguns verbos que não possuem a forma ativa, exis­
tindo apenas na voz média. Ate este momento temos dito que se trata dos
verbos em -ομαι, como έρχομαι e γίγνομαι.
A morfologia das 3 vozes não é difícil.Você já conhece o presente do
indicativo de todas elas, pois, neste tempo, a voz média é igual à voz passiva.
Assim:

PRESENTE DO INDICATIVO
ΕΝΕΡΓΕΙΑ ΜΕΣΟΤΗΣ ΙΙΑΘΟΣ
λέγω λέγομαι λέγομαι
λέγεις λέγει λέγει
λέγει λέγεται λέγεται
λέγομεν λεγόμεθα λεγόμεθα
λέγετε λέγεσΟε λέγεσΟι
λέγουσι(ν) λέγονται λέγονται

124
Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Analise as formas dos verbos abaixo, todos retirados do texto desta


lição, indicando a voz, o modo, o tempo, o número e a pessoa — ou, no
caso de particípios, gênero e caso:

στήκει terceira pessoa do singular do presente do indicativo da


voz ativa de στήκω, estar de pé

έμβλέπων

περιπατουντι

λέγει

ηκουσαν

ήκολοόΟησαν

ζητείτε

λέγεται

μένεις

έρχεσθε

όρατε

ηλΟον

είδον

μένει

μένουσι

τ
ην

125
Α Ρ ΙΘ Μ Ο Ι
NUMERAIS

Vamos aprender, nesta lição, os numerais de um a dez. Observe que


existe uma grafia própria dos algarismos gregos, que, à semelhança do que
acontece com os algarismos romanos, utiliza letras do alfabeto.

ALGARISMOS CARDINAIS ORDINAIS


masc.: α ς πρώτος
a fem.: μία πρώτη
neutro: έν πρώτον
δύο δεύτερος
β' δεύτερα
δεύτερον
masc.: τρεις τρίτος
Y fem.: τρεις τρίτη
neutro: τρία τρίτον
masc.: τέτταρες τέταρτος
δ' fem.: τετταρες τέταρτη
neutro: τέτταρα τέταρτον
πέντε πέμπτος
ε πέμπτη
πέμπτον
ές έκτος
ς' ίίκτη
εκτον
επτά έβδομος
ζ' έβδομη
έβδομον
οκτώ όγδοος
π' όγδοη
όγδοον
0' εννέα ένατος
ένατη
ένατον
ι' δέκα δέκατος
δέκατη
δέκατον

126
1
Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

|
Fotos de Cei' ; f Lij

Figura 14 - Lamparinas em formato de peixe com relevos cristãos. Séculos IV-V d.C. Museu Cristão
e Bizantino (BXM 11,12). Atenas.

Χ Ρ ΙΣ Τ ΙΑ Ν Ο Ν Σ Υ Μ Β Ο Α Ο Ν

Α ν α γ ίγ ν ω σ κ ε καί μετάφραζε·
α ') Ιχθύς μιμνήσκει την του ’ Ιησού δύναμιν πέραν της
θαλάσσης της Γαλιλαίος· έχων μόνους πέντε άρτους καί
δυο ιχθύας διανέμει αυτούς τω όχλοι καί πάντες έσθίουσι
(αναγίγνωσκε το έκτον κεφάλαιον τού ευαγγελίου κατά
Μάρκον)·
β ') τοΤς πρώτοις χριστιανοΐς τα πέντε γράμματα τού
ρήματος ΙΧ Θ Υ Σ σ η μα ίνει· Ιη σ ο ύ ς Χριστός Θεού Υιός
Σωτήρ.

Α
Σ Υ Ν Τ Α Ξ ΙΣ

REG ÊNCIA VERBAL

Como em português, os verbos gregos têm regência própria, o que


significa que pedem um determinado caso (isto é: seu complemento deve
vir no acusativo, no dativo ou no genitivo).
Observe os exemplos:

ó Ιω ά ν ν η ς βλέπει τον άνθρωπον,


ό Ιω ά ν ν η ς έμβλέπει τω άνθρώπω.

No primeiro caso, βλέπω rege acusativo (João vê o homem); no


segundo, έμβλέπω rege dativo (embora seja formado pelo próprio verbo
anterior com o prefixo έν, correspondendo a algo como João repara no
homem).
Alguns verbos regem genitivo, como os que expressam percepção
através dos sentidos, de que há, no texto, o exemplo de ακούω:

o í μαθητα'ι ήκουσαν αυτού λαλουντος


(os discípulos escutaram-no falando).

Você irá, pouco a pouco, acostumando-se com as regências verbais. Por


enquanto, guarde apenas esses princípios.

Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

Π ο ίει κατά το παράδειγμα·

α '. Παράδειγμα- Ιω ά ν ν η ς βλέπει τον Ίη σ ο ύ ν περιπατουντα.


Ιω ά ν ν η ς έμβλέπει τω Ιη σ ο ύ περιπατούντι.

ΟΙ μαθηται βλέπουσι τον Ίω ά ν ν η ν βαπτίζοντα.

'Ο διδάσκαλος βλέπει τούς μαθητάς λαλούντας.

128
'Ο Ιη σ ο ύ ς βλέπει τούς ανθρώπους άκολουθοΟντας αύτώ.

β Παράδειγμα· Ιη σ ο ύ ς έλάλησε τοΤς μαθηταις αυτού· (λαλέω)


01 μαΟηταΐ ηκουσαν αυτού λαλουντος.

Ιω ά ν ν η ς έβόησε τοΤς Ίουδάΐοις· εγώ ούκ είμι ò χριστός, (βοάω)

Μ ούσαι ήσαν τώ ποιη τη. (αδω)

01 μαΟηται είπο ν τώ διδασκάλφ- πού μένεις; (λέγω)

Σ Υ Ν Τ Α Ξ ΙΣ
Α ΙΤ ΙΑ Τ ΙΚ Η

A C U S A T IV O DE D U R A Ç Ã O

Nos complementos circunstanciais de tempo (ou adjuntos adverbiais


de tempo) que expressam duração, usa-se o acusativo, como você encontra
no texto desta lição;

o l μαθηται μένουσι παρ’ αύτω την ημέραν εκείνην


(os discípulos permaneceram na casa dele durante aquele dia),

Trata-se do chamado acusativo de duração.

129
Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α
Foto dc Celina F Lagc

Figura 15 - Acrópole de Atenas. Outubro. 2004.

Α Θ Η Ν Ω Ν Α Κ Ρ Ο Π Ο Α ΙΣ

Ιδε ή των Α θ η ν ώ ν άκρόπολις. Έ ξ αριστερός εις δεξιάν εν


το7 άκρω ϊδετε προϊτον τα Π ροπύλαια, δεύτερον το Έ ρεχθειο ν,
τρίτον τον Παρθενώνα- τό ’ ΩδεΤον του Ή ρώ δου του Α τ τ ικ ο ύ
εστι κάτω, πέραν τών Προπυλαίων. Έ ν τοΐς Π ροπυλαίοις εστι
και τό μικρόν ιερόν της θεάς Ν ίκης.

130
* Lt&c
Foto de Cc'

Figura 16 - Erecteu naAcrópole de Atenas. Outubro, 2004.

Έρεχθεύς, ος επαινείται εν τώ Έρεχθείω, ήν παλαιός θεός της


Α ττικής, αλλά Ποσειδών είσήλθε εις τάς Αθήνας και ένίκησε
αυτόν· διό τό Έρεχθειον 'ιερόν καί του Ποσειδώνος òyενετό. Έ ν
τώ Έρεχθείω εστίν ή ένδοξος στοά των Καρυατιδών, εξ άγάλματα
παρθένων α εποίησεν ό Αλκαμένης. Αί Καρυάτιδες όρωσι πρός τόν
Παρθενώνα όπου ήν τό τής Αθήνας άγαλμα.

131
FocoJcC,!'h,: FLsgc

Figura 17 - Partenon na Acrópole de Atenas. Outubro, 2004.

Έν tój ΠαρΟενώνι οι
Α θ η ν α ίο ι σέβονται την ένδοξον θεάν αυτών, την Ά Ο η ν ά ν
έποίησε ό Φ ειδίας τά χρυσελεφάντινον άγαλμα ο εν τω ιερω
ην, εχον την Ν ίκη ν έν τη δεξιά χ ε ιρ ί και έν τη αριστερά
ασπίδα και λόγχην. Ο ι Α θ η ν α ίο ι και οί ξένοι θαυμάζουσι την
θεάς δόξαν καί τήν του Φ ειδίου τέχνην.

ΑΓΩΝ
ΟΡΙΣΜΟΣ ΕΣΤ1Ν Ο ΟΥΡΑΝΟΣ

α . Τίς ην ό άνήρ ός βαπτίζει πέραν του Ίορδάνου;


α. Φ ίλιππος
β. ΊησοΟς
γ. Ιω ά ν ν η ς
δ. Η λ ε ία ς

132
β \ Π οιου ρήματος ‘ε ίπ ό ν ’ έστιν αόριστος;
α. λαμβάνω
β. λέγω
γ. είμί
δ. βλέπω
γ '. Τ ίς ήν ό πατήρ του Α λεξάνδ ρο υ ;
α. Φ ίλιππος
β. Περικλής
γ. Ό ρφεύς
δ. Διογένης
δ \ Τ ί έκ των ονομάτων έστιν έν τή α ιτ ια τ ικ ή ;
α. άνθρώπων
β. κόσμου
γ. άληθεία
δ. λόγον
ε '. Τ ίς έστιν ό ποιητής τής Ίλιά δ ο ς ;
α. Σοφοκλής
β. Σαπφώ
γ. 'Όμηρος
δ. Εύρυπίδης
ς Υ Α π ο τ έ λ ε ι τήν φ ρ ά σ ιν Έ γώ έν ύδατι...
α. βαπτίζεις
β. βαπτίζομεν
γ. βαπτίζω
δ. βαπτίζει
ζ \ Που έστιν Ό λυ μ π ία ;
α. έν τή Α τ τ ικ ή
β. έν τή Β ο ιω τία
γ. έν τω Ή π είρ ω
δ. έν τω Πελοποννήσω
η '. Ά π ο τ λ ι τήν φ ρ α σ ιν Ιω ά ν ν η ς μαρτυρεί περί του...
α. φωτου
β. φως
γ. φωτί
δ. φωτός

θ '. Τ ίς ην ό κυνικός φιλόσοφος;


α. 'Η ράκλειτος
β. Διογένης
γ. Σωκράτης
δ. Παρμενίδης

ι \ Τ ίς ή φράσις ή έστιν ορθή; ■


α. Ταυτα εν Β ηθ α νία έγένετο.
β. Ταυτα έν Μ εσοποταμία έγένοντο.
γ. Ταυτα έν Ι ν δ ί α έγένετο.
δ. Ταυτα εν Κ αππαδοκία έγένοντο.

134
ΕΒΔΟΜΟΝ ΔΙΔΑΙ ΜΑ

Nesta lição, você está começando uma nova parte de seu curso, tendo
já aprendido muita coisa que o capacita a ler o Evangelho de João. A partir
deste ponto, você deve começar a consultar sistematicamente um dicionário e
uma gramática, sempre que tiver dúvidas.
Vamos retomar o início do texto, sem cortes ou adaptações, para que
você possa fazer uma leitura corrente. Paralelamente, vamos começar a
sistematizar os conteúdos gramaticais, recordando o que você já aprendeu,
ampliando e detalhando cada vez mais seus conhecimentos.

4 !»>·«·<{«'

*ΓΑ <γγΑ <ρΑ θ k a i Âm a b,YΓ 0AÁ AH CAΠΡOçMÁ· MÂJκκήιΐόΑΟΓΟί'κΙι


cr * .' n - r e c ^ v t m r « ix/f»
•fyrufcTft*I f N i í i c I r ^ o y
Μ β Ν θ γ ς ·π > γ 6 * Μ 4 * ·ί 4
κ * fTnycç V 1r ‘**
.
éTltilMCYM^M/KÒTUK
nAHfatOMNAyÂriANlA
T ^ r i r f AI*M<IMA^NTÚl
n «>m i*>mtuγ c eul>c rÀrr*v
- o A mJAICIJÀi +AAIIÍP
fl ó ro ç» J Μn f p c Ttõfi
KÃitft^MÒAÒroc 6y-n>-
ΗΚjtMApHnN)
*’·“ *“ A--- —C T D K
■.,'Ι'ΓΑΑ|α!υΤ0'Υ«Γ*Μ »
hm

r o MTfcCO' Π 0 Η TUíCM r»f f iG M Ô y τ ο τ Λ ιμ μ κ


Oi«Ó»tc»riiüí<|»dMCiM*> ίΑ γ η ιικ τ ο κ κ ύ γ κ Z«UHHM Ki
M iK * . i  y T d i A H r p Y » f l v cywVÍ ma i TÀcrfA ΖωΜΜΝΤοφώςίίΑΙΤΟ --
ifiiiineM Â yTM · t b a ic ÍM T M d * -í
C e M à y rV IC e U T M KA.A _ l^yTU»cr^rfAOTAi t v in c À iM c n O r 1
_ ç e i jr o Y À f- r o y T Â yn A « Α θ ί Ι Μ Τ Ώ Μ y C Í4 í CÀ í I m a _PYKATeAAH
AYTUfM AAAOyM*rx*T 'CTHM Al (/iCKCIffaiMTN T O À Ú w r u in Ç ^
K tTO C 4C TH ÍM M tfçU íÍT T f I T M Κ Μ β f A K A I ICMfy M tiM m |riA rA « Y 4 N O i4 A
T \Ü M K ^ IA 4 l'rC IA .Y T Ô tC « i x*>HMAIPΠΙτώοΜΟΜ» Α γ τ ώ Tu> a m m c õ y T ^ X '
p U m m YM IM efO HW CM l»· Τ Γ Ι À Y T o γ m ( T a*m o · am m d i c m a í τ γ ria m
AO K j y i í ά φ ο β ο ι r fM O » · ^IC Α φ «cI M Â Ρ-TliÚM 7 MAU A f Ü f I H C H C I« IX ) f
k o i «Α οκλγΝ Π Ν βγΜ * ei c n I m t ATÀ g óm MÂP tujòc i mi*r»AM-rev«*
t ■re
o ç u ir e iN κΙι^ιηαΜ Α ,γΗ · ■· f a μ e w o i _à n ò f c r o y c i yccuc·»iai ayróy
* η τ β γ Μ * Γ Μ ΐΐΜ θ » « Γ π M Ô lC M A rJ r V t1^ O Y K ff* 4 r fK e iW O C T Ò < f> i-
K À l T U lk A O r iC M Ò l M M ΤογτωΜ κ ^ ι ί Α ό γ β η ί · ÍA Á ÍM A M A fT Y M C r fn * #
IlílM O yC lN «lfcnocTjiAAU;rMMÍ ^ Ρ\-Π>Y«f>*l>TOC N MY t o l i .
A ^M lÍM T ^C T V T A C Y fl n a r r c a *· *am τ 6 γ ' ja t t -' · *tY>ÁAMÒt’ <PIQA«6<4>CU'pS'’
rac u o y tò ycm o am Μο γ β φ ^ MAC I C éd ^ C IM A ' H T A ÍM f f a in O H 'f
MoyórijrruiíuiiÂ^ Κ Α β ις ^ τ « ·γ Γ Η η (ίΜ » , β r X ΟM«Η ΟΜβφ*Γ0»|Κ^
MA A^M CA TlfM CirÀ /l ftu c Õ Y ^ K A y c M c e e ã t C j/p K í ^ T u i k o c h i u An
t f T f í r n i l M e y MAITAI #
CA'f irA i(A » q c T jiV d y irf'·
* Γ θ γ C AVM A Μ IM f»MPA
ΜΚ*ί£γτ)γςΜκηρ-
4
V V ttXO C Μ Ο ς Α I Α γ τ ο γ
« r f M £ T p lf A I 9 lf 6 C M O C
M > / * r A O « IC « M ^ » C U IN I
ΤΓ^Λοοτα *ΤΑΐτόγη»
| Ν · Α Η | Α Ν κ λ ΐ < n Á fA C Y** rpéuiètç,
— ----------" Υ · γ Λ * ' - υ£Ι4·αΑαΜ ιιο1ι6ι7μ
fin ò iM (fA C iifM À y iP ^ ·
T * fW ia c k íi τό γτπ ο ' â s íis t n í
A A c J r i A è t n i c TO |'i f " ^γτ»»ιΑγτίγίϊ4^Γη» t ^ a n c e M Â - y r p io é f f ljf
A v -n i» M Ín á r M c w w AffArTUIM«■Α.ΐ/^οφο'
a*a i o * Y H > z o H 7 u i N « n r MT.TenCTBNOyfAMÒM^
iÍY T D » c 4 5 J fW n * » á · ‘ KYTdínrocicy.íwcAií,
M O H 4 M * 4 A « p iA v in ^ *nteiy7«Nfnic.rrfc-K"
A U M C A M A fTW rXO Y^
JflY p Y M « /O C r A IA A W YAPÍ^aiAcanl
^ N ip n ip M ly T W N M » ^HTmftwtfyAor
JpWTWiHAMNM
Λγατϊ Μ-γΑίιΓ»»-'

F gura 18 - CodexVaticanus. Século IV, Bibl oteca Apostólica Vat cana, Roma.
ΤΟ ΕΥΑΓΓΕΛΙΟΝ ΤΟ ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ

Ί :ν άρχή ήν ό λόγος, καί ό λόγος ήν ΛΕΞΙΚΟΝ


προς τον θεόν, και θεός ην ό λόγος. π ά ν τ α - tudo (acus. plural de παν)
χ ω ρ ίς (c/ gen.) - fora de, sem
Ούτος ην έν αρχή προς τον θεόν, πάντα
ο ύ δ έ ε'ν - nada (literalmente: nem um)
δ ι’ αύτού έγένετο, καί χωρίς αύτού κ α τ έ λ α β ε - compreendeu (aoristo 2 de
έγένετο ουδέ έν δ γέγονεν. έν αύτω ζωή καταλαμβάνω)
ϊ ν α (c/ subjuntivo) - a fim de que
ήν, καί ή ζωή ήν τό φως των ανθρώπων.
μ α ρ τ υ ρ ή σ η - testemunhasse (3a pes. do sing. do
Καί τό φως έν τή σκοτία φαίνει, καί ή aoristo do subjuntivo da voz ativa de μαρτυρέω)
σκοτία αυτό ού κατέλαβεν. π ά ν τ ε ς - todos (nom inatvo plural de πας)
π ισ τ ε ύ σ ω σ ιν - acreditassem (3a pes. pl. do
Έγένετο άνθρωπος απεσταλμένος παρά
aoristo do subjuntivo de πιστεύω )
θεού, όνομα αύτω Ιω ά ννης· ούτος φ ω τ ίζ ω - iluminar
ήλθεν εις μαρτυρίαν, ϊνα μαρτυρήση έ'γνω - conheceu (3° pes. sing. do aoristo 2 de
γιγνώ σκω )
περί τού φωτός, ϊνα πάντες πιστεύσωσιν
ό σ ο ς , -α. -ον - quanto
δ ι’ αύτού. ούκ ήν εκείνος τό φως, άλλ’ δέ (partícula aditiva) - e, mas: όσοι δ έ .., e
ϊνα μαρτυρήση περί τού φωτός. quantos.../mas quantos...

τΗν τό φως τό αληθινόν, έ δ ω κ ε ν - deu (3a pes. sing. aor. 2 de δίδ ω μ ι)


ή εξουσία, -ας- poder de, capacidade de (c/
δ φωτίζει πάντα άνθρωπον, ερχόμενον
infinitivo)
εις τον κόσμον. TÒ τ έ κ ν ο ν , -ou - filh o, criança

έν τώ κόσμω ήν, καί ό κόσμος δ ι’ αυτού γ ε ν έ σ θ α ι - tornar-se (infinitivo do aoristo de


γ ιγ νο μ α ι)
έγένετο, καί ό κόσμος αύτόν ούκ έγνω.
τ ο ϊ ς π ισ τ ε ύ ο υ σ ι ν ε ις - aos que crêem em
εις τα ϊδ ια ήλθεν, καί οί ίδ ιο ι αύτόν ο ύ δ έ - nem

ού παρέλαβον. όσοι δέ έ'λαβον αύτόν, τό θ έ λ η μ α , -ατος- desejo


ά ν δ ρ ό ς - do homem (gen. de ά νη ρ )
έδωκεν αύτοίς εξουσίαν τέκνα θεού
έ γ ε ν ν ή θ η σ α ν - nasceram (3a pes. pl. aor. da voz
γενέσθαι, τοίς πιστεύουσιν εις τό passiva de γεννάω )
όνομα αύτού, ο'ί ούκ έξ αιμάτων ούδέ σ κ η ν ό ω - habitar, armar sua tenda
έ ν - em, dentre, no meio de
έκ θελήματος σαρκός ούδέ έκ θελήματος
έ θ ε α σ ά μ ε θ α - vimos ( I a pes. pl. aor. de
άνδρός άλλ’ έκ θεού έγεννήθησαν. θεάομαι, ver, contemplar)
Καί ό λόγος σαρξ έγένετο καί ή δ ό ξ α , -ης- glória
ώ ς - co m o
έσκήνωσεν έν ήμίν, καί έθεασάμεθα τήν
μ ο ν ο γ ε ν ο ύ ς - de unigênito (gen. sing. de
δόξαν αύτού, δόξαν ώς μονογενούς παρά μονογενής)
πατρός, πλήρης χάριτος καί αλήθειας. π α τ ρ ό ς - do pai (gen. sing. de πατήρ)
π λ ή ρ η ς - cheio, pleno

136
ΕΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

α '. Τ ίς ή ν έν α ρχή;
β '. Π ου ήν ό λόγος;

γ \ Τ ί ήν ό λόγος;

δ '. Δ ιά τ ίν ο ς π ά ντα έγένετο;

ε '. Τ ί έγένετο χω ρίς του λόγου;

ς ' . Π ου ήν ή ζω ή ;

. Τ ι ην η ζω η ;

η '. Π ου φ α ίν ε ι τό φως;
θ '. Ή σ κ ο τ ία κατέλαβε τό φως;

'. Τ ίς ή ν ό άνθρω πος απεσταλμένος παρά θεού;

ια '. Δ ιά τ ί οΰτος ήλθεν;

ιβ '. Π ε ρ ί τ ίν ο ς ούτος μα ρ τυρεί;

ι γ \ Δ ιά τ ί ούτος μ α ρ τυ ρ εί π ερ ί του φωτός;

ιδ '. Ή ν ε κ είνο ς τό φως;

ι ε \ Π ου ήν τό φως τό α λ η θ ιν ό ν ;

ι ς \ Τ ίν α φ ω τίζει τό φως τό α λ η θ ιν ό ν ;

ι ζ \ Τ ί έγένετο δ ιά του φωτός;

ι η '. Τ ί ό κόσμος ούκ έγνω;

ι θ \ Ε ις τ ίν α ό λόγος ήλθεν;

κ '. Ο ί ϊδ ιο ι παρέλαβον τον λόγον;

κ α '. Τ ί έδωκεν ο σ ο ις ελαβον αυτόν;

κ β '. Τ ίν ε ς π ισ τ ε ύ ο υ σ ιν εις τό άνομα αύτου;

κ γ '. Τ ί έγένετο ό λόγος;

κ δ \ Π ο ύ έσκήνω σεν ό λόγος;

κ ε '. Τ ί έθεασάμεθα του λόγου;

κ ς '. Τ ίν ο ς έ σ τ ίν ό λόγος πλήρ ης;

κ ζ \ Τ ίς έ σ τ ιν ό μονογενής του πατρός;


ΓΡΑΜΜΑΤΙΚΗ ΣΥΝΘΕΣΙΣ

ΦΩΝΗΜ ΑΤΑ
Para entender algumas alterações fonéticas que ocorrem na declinação
de alguns nomes e na conjugação de alguns verbos, você deve te r noções
de fonética e fonologia grega.
A fonética estuda os sons de uma ou mais línguas, de uma perspectiva
geral; já a fonologia se ocupa do sistema fonético de uma língua determi­
nada, visando a identificar os traços sonoros que são significativos. Por
exemplo: em português, o tim bre das vogais integra o sistema fonológico,
servindo tanto para opor palavras — como pê/pé, forma (com o fechado)/
forma (com o aberto) — quanto para marcar a diferença de gênero em avôl
avó. A o contrário do que acontece no português, o timbre vocálico não
constitui um traço fonologicamente significativo no grego antigo, embora
pudesse haver variações (o que chamamos de alofones, variantes fonéticas).
Em contrapartida, a duração das vogais é significativa em grego (não o
sendo em português) e serve tanto para opor unidades lexicais (δέ/δή),
quanto para marcar a flexão de uma mesma palavra (τέκνον/τέκνων).
Vamos estudar o sistema grego das consoantes, que tem como carac­
terística uma grande ocorrência de oclusivas, ao lado de um reduzido
número de fricativas. Chamam-se de oclusivos (ou explosivos) os fonemas
que são produzidos pela interrupção da corrente de ar com movimentos
dos alvéolos (sons velares ou guturais), da boca (linguodentais) ou dos
lábios (labiais). Experimente pronunciar pausadamente ke, te, de, sentindo
como o ar, de início interrompido, em seguida como que explode. Para
sentir a diferença desses sons com relação aos fricativos, experimente
pronunciar (sem necessidade de vogal) ch, s, f, observando como, em vez
de através de uma explosão, são eles produzidos por fricção (é por isso,
inclusive, que você consegue sustentar por tempo indeterminado a pronúncia
de um som como ch).
As fricativas, em grego, são apenas estas: σ (sibilante), λ (lateral), p
(vibrante). Para sentir por que são fricativas, pronuncie sem vogal cada um
desses fonemas e mantenha a emissão de ar por algum tempo.

138
O SISTEMA DAS O CLUSIVAS

As oclusivas dividem-se em: não vozeadas (ou surdas), vozeadas (ou


sonoras) e aspiradas.

Chama-se um fonema de não vozeado, quando ele é produzido sem


vibração das cordas vocais; já o vozeado se realiza com vibração das cordas
vocais. Para sentir a diferença, coloque o dedo no alto do pescoço e pro­
nuncie, sem vogais, s e z. Você notará a ocorrência de vibração no segundo
caso e a não ocorrência no primeiro: isso significa que s é um fonema não
vozeado (o que em grego se chama de αφωνον, isto é: mudo), enquanto z
é vozeado (φωνήεν). Mais ainda: como ambos se pronunciam com o apa­
relho fonador na mesma posição (a língua, os dentes, os lábios), o único
traço distintivo entre eles é a presença ou ausência de vozeamento. Essa
mesma oposição entre vozeamento e não vozeamento observa-se em
outros pares: b/p;d/t;g/k.

A aspiração é um traço fonético que pode ser acrescentado a conso­


antes não vozeadas ou vozeadas (em português não se verifica esse fenô­
meno, mas lembre-se de outras línguas, como o inglês, em que a aspiração
estabelece oposições, como acontece entre tree e three). Em grego, o
sistema de oposições entre oclusivas simples e aspiradas é completo, como
você verá no quadro que se segue (em princípio, a base para a aspiração
são as consoantes não vozeadas).
O u tro traço pode ainda ser acrescentado às oclusivas: a nasalização, ou
seja, a emissão de parte do ar pelo nariz, o que não é difícil de perceber, já
que em português temos também consoantes nasais: m e n.
Enfim, um tipo especial de consoantes gregas é constituído pelas cha­
madas duplas, em que se articulam uma oclusiva e uma fricativa sibilante.
Não constituem fonemas em si, mas antes a soma de dois fonemas que
podem ser facilmente analisados, embora existam representações gráficas
específicas para os mesmos: ξ, ζ, ψ. Por comodidade, as consoantes duplas
são apresentadas em anexo ao quadro seguinte.

139
Agora estude o quadro com atenção (tente, de cada vez, realizar os
fonemas para observar onde e como você os pronuncia):

Consoantes oclusivas

Não vozeadas Vozeadas Aspiradas Nasais Duplas

J~rr
Velares K y γ (antes de velar)

Dentais T s 0 V

Labiais π β Φ μ

Atenção
1. A coluna horizontal (não vozeadas, vozeadas, aspiradas, nasais) diz respeito
aos modos de articulação dos fonemas.

2. A coluna vertical (velares, dentais, labiais), aos pontos de articulação: no


caso das labiais, o ar e interrompido pelo fechamento dos lábios (experi­
mente); no caso das dentais, a língua interrompe o ar tocando na parte de
tras dos dentes (experimente também); no caso das velares, o ar e inter­
rompido nos alvéolos (na garganta: não deixe de experimentar).

3. Embora utilizemos uma pronúncia simplificada, as aspiradas são oclusivas e


se comportam como tal (a pronúncia do <j> deve ser a de um p aspirado e
não a de um f, que é uma fricativa).
4. Ο γ nasal é um n pronunciado na garganta (como o fonema que, em inglês,
se grafa como -ng: coming, going). O y só tem esse valor quando seguido de
outra consoante velar: άγγελος, εύαγγελιον, όγκος, σάλπιγξ.

5. Ο C pode ser pronunciado tanto como dz quanto como sd (em épocas ou


regiões diversas, ambas as pronúncias teriam existido, embora a primeira
seja a mais difundida); de qualquer forma, trata-se sempre de uma conso­
ante dupla, em que se combinam oclusiva dental e sibilante.

Κ Λ ΙΣ Ε ΙΣ

Vamos sistematizar as 3 declinações, recordando o que você ja sabe e


ampliando seus conhecimentos.

140
ΠΡΩΤΗ Κ Λ ΙΣ ΙΣ

Α primeira declinação é integrada pelos nomes de tema em -o, com­


preendendo:
1. os substantivos femininos terminados em -a puro e -a misto,
2. os substantivos femininos terminados em -η ;
3. os substantivos masculinos terminados em -ας ou -ης.

Atenção
1. A maioria das palavras da primeira declinação é feminina.
2. A terminação em -η (ou -ης, no caso dos masculinos) é, na verdade, uma
variante do tema em -a, tanto que, no plural, todas as palavras da primeira
declinação apresentam a vogal temática -a (ainda que, no singular, apareça
o alomorfo -η).
3. As palavras em alfa puro são aquelas em que a vogal temática -a é precedida
por vogal ou p (como em αλήθεια e λύρα, lira); as palavras em alfa misto
são aquelas em que a vogal temática -a é precedida por consoante que não
seja p (como em δόξα). Neste segundo grupo, o -a aparece como vogal
temática no nominativo, vocativo e acusativo singular; no genitivo e dativo
singular, a vogal temática passa a ser -η
4. Os nomes masculinos da primeira declinação fazem o genitivo singular em
-ou por analogia com a terminação deste caso na segunda declinação, em
que a maior parte dos nomes é masculina

Observe os paradigmas da primeira declinação no quadro abaixo:

ΕΝΙΚΑ Θ Η ΛΥΚΑ ΟΝΟΜΑΤΑ ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΟΝΟΜΑΤΑ


-α puro -α misto -π -ας -η ς

ONOM. λύρα δόξα αρχή νεανίας προφήτης


ΚΛΗΤΙΚΗ λύρα δόξα αρχή νεανία προφήτα
ΑΙΤΙΑ ΤΙΚ Η λύραν δόξαν αρχήν νεανίαν προφήτην
ΓΕΝΙΚΗ λύρας δόξης αρχής νεανίου προφήτου
ΔΩΤΙΚΙ-Ι λύρα δόξη αρχή νεανία προφήτη
ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΑ
ΟΝΟΜ. λύραι δόξαι άρχαί νεανίαι προφήται
ΚΛΗΤΙΚΗ λύραι δόξαι άρχαί νεανίαι προφήται
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η λύρας δόξας άρχάς νεανίας προφήτας
ΓΕΝΙΚΗ λυρών δοξών αρχών νεανιών προφητών
ΑΠΤΙΚΗ λύραις δόξαις όρχαΤς νεανίαις προφήται ς
ΔΕΥΤΕΡΑ Κ Λ ΙΣ ΙΣ

A segunda declinação compreende os nomes de tema em -o, dos três


gêneros, cujos paradigmas você pode observar no quadro abaixo:

Θ ΗΛΥΚΑ ΑΡΡΕΝΙΚΑ ΟΥΔΕΤΕΡΑ


ΕΝΙΚΑ
ΟΝΟΜΑΤΑ ΟΝΟΜΑΤΑ ΟΝΟΜΑΤΑ
ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ οδός (caminho) λόγος δενδρον (árvore)
ΚΛΗΤΙΚΗ όδέ λόγε δενδρον
Α ΙΤΙΑ ΤΙΚ Η οδόν λόγον δενδρον
ΓΕΝΙΚΗ όδου λόγου δένδρου
ΔΩ'ΓΙΚΗ όδω λόγω δενδρω
ΠΛΗΘ ΥΝΤΙΚΑ
ΟΝΟΜΑΣΤΙΚΗ όδοι λόγοι δένδρα
ΚΛΗΤΙΚΗ οδοί λόγοι δένδρα
ΑΙΤΙΑ ΤΙΚ Η όδοός λόγους δένδρα
ΓΕΝΙΚΗ οδών λόγων δένδρων
ΔΟΤΙΚΗ όδοΐς λόγοις δενδροις

Τ Ρ ΙΤ Η Κ Λ ΙΣ ΙΣ

A terceira declinação compreende nomes femininos, masculinos e


neutros de vários temas, cujo traço comum está no fato de prescindirem
de vogal temática (motivo porque é também chamada de declinação atemá-
tica). Isso significa que o tema coincide com o radical, diferentemente do
que acontece nas outras declinações. Você já conhece nomes da terceira
declinação de tema em consoante — como σάρς (tema σαρκ-), πνεύμα
(tema πνευματ-). Vamos recordá-los e aprender a declinação dos nomes
em -p - sincopado — como πατήρ (gen. πατρός).

Atenção
I. Para encontrar o tema de um nome da terceira declinação, você deve
tom ar com o referência a form a do genitivo singular, cortando a
terminação -ος.

142
2. Você deve atentar para os encontros das desinências do nominativo sin­
gular (-ς) e do dativo plural (-σι) com os fonemas finais dos temas em
consoante. A regra geral é a seguinte:

Consoantes velares k . y. X + σ > ξ σαμκ-ς> σάρ


σαρκ-σι> σαρ ι

Consoantes labiais π, β, φ + σ > ψ φλι:β-ς> φλιΐιβ (veia)


ψλεβ-σι > φλεψ ί

Consoantes dentais τ, δ, 0, ν + σ > σ χαριτ-ς> χάρις


ποιμεν-σι> ποψεσι (pastor)

3. Os nomes masculinos e femininos de tema em consoante podem ter


nominativo sigmático (como χάρις) ou assigmático (como ποιμήν).
Alguns nominativos assigmáticos têm como marca o alongamento da vogal
pré-desinencial (isto é: a vogal da última sílaba do radical: ποιμήν, radical
ποιμεν-; πατήρ, radical πατερ-). A maior parte dos neutros tem nomina­
tivo assigmático.
4. Os nomes em -p sincopado são caracterizados pela sincope da vógal da
última sílaba do radical no genitivo singular (πατφος> πατρός) e no dativo
singular e plural (πατερι > πατρί / πατερασι > πατρασι).

Observe no quadro abaixo os paradigmas dos nomes da terceira decli-


nação que você já conhece:

TEMA ΕΜ TEMA ΕΜ ΤΕΜΑ ΕΜ ΤΕΜΑ ΕΜ ΤΕΜΑ ΕΜ ΤΕΜΑ ΕΜ -ρ


VELAR LABIAL DENTAL DENTAL -V SINC.

fem./masc. fem./masc. fem./masc. neutro fem./masc. fem./masc.

ΕΝΙΚΟΝ

ΟΝ. ή σάρς ή φλεψ ή χάρις το όνομα ό ποιμήν ό πατήρ

ΚΛΗΤ. σαρξ φλεψ χάρι όνομα ποιμήν πατι ρ

ΑΙΤ. σάρκα φλέβα χάριν όνομα ποιμένα πατήρα

ΓΕΝ. σαρκός φλεβός χάριτος ονόματος ποιμενος πατρός

ΔΩΤ. σαρκί φλεβί χάρι τι ονόματι ποιμενι πατρί

141
ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΑ
ΟΝ. σάρκες φ λέβες χάριτες ονόματα ποιμένες πατέρες

ΚΛΗΤ. σάρκες Φλέβες χάριτες ονόματα ποιμένες πατέρες

A1T. σάρκας φ λέβας χάριτας ονόματα ποιμένας πατέρας

ΓΕΝ. σαρκών φ λεβ ώ ν χαρίτων ονομάτων ποιμένων πατέρω ν

ΔΩΤ. σαρξί(ν) φλεψί(ν) χάρισι(ν) όνόμασι (ν) ποιμέσι(ν) π α τ ρ ά σ ι(ν )

Aprenda mais:

Você já conhece a palavra ά ν θ ρ ω π ο ς , que significa homem en­


quanto ser humano (podend o aplicar-se tanto aos homens quanto às mu­
lheres), bem como o termo άνήρ, que significa homem enquanto o macho da
espécie humana, em oposição à mulher, γυνή. As duas últimas palavras perten­
cem à terceira declinação, mas apresentam particularidades. Declinam-se da
seguinte forma:

ΕΝΙΚΟΝ ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ ΕΝΙΚΟΝ ΠΛΗΘΥΝΤΙΚΟΝ


ό ανήρ οί άνδρες ή γυνή α ί γ υ ν α ίκ ε ς

άνερ άνδρες γύναι γ υ ν α ίκ ε ς

τον άνδρα τούς ανδρας την γυναίκα τά ς γ υ ν α ίκ α ς

του άνδρός τών άνδρών τής γυναικός τ ώ ν γ υ ν α ικ ώ ν

τώ άνδρί τοΐς άνδράσι(ν) τή γυναικί ταΤς γ υ ν α ιξ ί( ν )

ΡΗΜ ΑΤΑ
Υ Π Ο Τ Α Κ Τ ΙΚ Η
SUBJUNTIVO

No texto desta lição, você encontrou o modo subjuntivo (também


chamado por alguns gramatícos de conjuntivo). Seu uso é regulado por
determinadas construções sintáticas, como no caso das orações subordinadas
adverbiais finais que apareceram no texto:

ουτος ήλθεν ϊν α πάντες π ισ τ ε υ σ ω σ ιν


(este veio a fim de que todos acreditassem).

144
Se você já memorizou as terminações do presente do indicativo das
três vozes, não terá nenhuma dificuldade em aprender as do subjuntivo, já
que elas diferem daquelas apenas por apresentarem a primeira vogal longa
(isto é: o característico do subjuntivo é o alongamento da vogal temática).
Assim, vamos aprender de uma vez todas as formas do subjuntivo dos
verbos em -ω, nas três vozes. Observe o quadro abaixo:

ΕΝΕΡΓΕΙΑ ΜΕΣΟΤΗΣ ΠΑΘΟΣ

ΕΝΕΣΤΩΣ λυ-ω λύ-ωμαι λύ-ωμαι


λυ-ης λύ-η λύ-η

λύ-η λύ-ηται λύ-ηται

λύ-ωμεν λυ-ώμεθα λυ-ώμεθα

λύ-ητε λύ-ησθε λύ-ησθε

λύ-ωσι(ν) λύ-ωνται λύ-ωνται

ΑΟΡΙΣΤΟΣ λύ-σ-ω λύ-σ-ωμαι λυ-θ-ώ


λύ-σ-ης λύ-σ-η λυ-θ-ης

λύ-σ-η λύ-σ-ηται λυ-θ-η

λύ-σ-ωμεν λυ-σ-ώμεθα λυ-θ-ώμεν

λύ-σ-ητε λύ-σ-ησθε λυ-θ-ητε

λύ-σ-ωσι(ν) λύ-σ-ω νται λυ-θ-ώσι(ν)

ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΣ λε-λύ-κ-ω λελυμενος ώ λελυμενος ώ


λε-λύ-κ-ης λελυμενος ης λελυμενος ής

λε-λύ-κ-η λελυμενος η λελυμενος ή

λε-λύ-κ-ωμεν λελυμενοι ώμεν λελυμενοι ώμεν

λε-λύ-κ-ητε λελυμενοι ήτε λελυμενοι ητε

λε-λύ-κ-ωσι(ν) λελυμενοι ώσι(ν) λελυμενοι


ώσι(ν)

MS
Observe
1. Ο -σ- é a desinência de aoristo na voz ativa e na voz média; já na voz
passiva, a desinência de aoristo é -0-.
2. O perfeito do subjuntivo das vozes média e passiva não tem forma própria,
utilizando uma perífrase composta pelo particípio perfeito do verbo principal
e pelo presente do subjuntivo do verbo d p i, a saber:

ω
T
ης
τ
Í1
ώμεν
T
ητε
ώ σ ι(ν )

ΑΠΑΡΕΜ Φ ΑΤΟ!
IN F IN IT IV O

Observe o uso do infinitivo que ocorre no texto da lição:

εδωκεν αύτοΤς εξουσίαν τέκνα θεού γενέσθαι


(deu-lhes ο poder de se tornarem filhos de deus).

O infinitivo é uma forma nominal do verbo que, diferentemente do


português, não tem flexão de número nem de pessoa. Possui formas pró­
prias para o presente, o aoristo e o perfeito das três vozes (existe também
um infinitivo do futuro que você aprenderá mais adiante).
Veja sua formação no quadro abaixo:

ΕΝΕΡΓΕΙΑ ΜΕΣΟΤΗΣ ΠΑΘΟΣ

ΕΝΕΣΤΩΣ λΰ-ειν λΰ-εσθαι λύ-εσθαι


ΑΟΡΙΣΤΟΣ λΟ-σ-αι λυ-σ-ασθαι λυ-Ο-ηναι
ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΣ λε-λυ-κ-έναι λέ-λυ-σΟαι λέ-λυ-σΟαι

146
Σ Υ Ν Τ Α Ξ ΙΣ
PARTÍCULAS

N o texto desta lição, você encontrou uma palavra classificada pela


gramática grega como partícula: δε. Recordemos o trecho:

...και o í ’ιδ ιο ι α υτόν ou παρελαβον. όσ ο ι δε έ'λαβον αυτόν,


έ'δωκεν α ό τ ο ίς ε ξο υ σ ία ν τέκνα θεού γενέσ θαι...

As partículas são elementos de coesão textual, que marcam relações


entre os diversos enunciados. N o exemplo acima, o term o δε indica uma
relação adversativa da frase que ele introduz com relação à anterior: ...e os
seus não o receberam. Mas os que o receberam...
A partícula δε pode também marcar uma mera sucessão temporal ou
lógica, equivalendo a um e.
Em qualquer dos casos, não aparece jamais na primeira posição do
enunciado que introduz, mas sempre na segunda posição.

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

I . Atenção: você não precisa decorar todas as declinações ou todas as formas


verbais. Precisa aprender a reconhecê-las nos textos, já que seu objetivo, ao
estudar grego, é ler os autores antigos. Faça portanto o seguinte: releia o texto
da lição, identificando o gênero, número e caso de todos os nomes, bem como
a voz, o modo, o número e a pessoa de todos os verbos.

2. A ilustração que abre esta lição mostra uma página de um dos mais impor­
tantes manuscritos da Bíblia grega: o chamado Vaticanus, confeccionado no sé­
culo IV, possivelmente no Egito (hoje depositado na Biblioteca Apostólica Vati-
cana, em Roma). Seu valor é inestimável, já que contém os quatro evangelhos,
os Atos dos Apóstolos e as epístolas de São Paulo. O Vaticanus e o Smaiticus
(hoje na Biblioteca Britânica) são os mais antigos manuscritos completos dos
evangelhos. Os anteriores são todos incompletos: a maioria data do século III,
havendo três pequenos fragmentos em papiro do século II, com restos de
poucas linhas de João e do Apocalipse. As duas primeiras colunas da pagina

147
reproduzida na abertura da lição trazem o fim do Evangelho de Lucas; na terceira
está o início do Evangelho de João, que você acabou de ler (até as palavras
καί έθεασάμεΟα, que se lêem na última linha). Experimente reconhecer
algumas palavras, lembrando-se de que elas não se encontram separadas e de
que o copista utiliza apenas letras maiúsculas (ou unciais). Ele usa também
algumas abreviaturas, os chamados nomina sacra: no trecho reproduzido
aparecem ΘΝ por ΘΕΟΝ, no final da segunda linha; ΘΣ por ΘΕΟΣ, na linha
seguinte; e ΘΥ por ΘΕΟΥ, na décima quarta linha. Repare que sobre as
abreviaturas o copista põe um traço horizontal, que é a forma convencional de
assinalá-las. Procure saber mais sobre os manuscritos gregos e a forma como
os textos foram transmitidos até nós.

3. Veja, a seguir, o início do mesmo evangelho, na primeira edição impres­


sa que dele se publicou, em 1516, em Basiléia (Suíça). Trata-se de edição
bilíngüe, preparada por Erasmo de Roterdam; na coluna da esquerda encori-
tra-se o texto grego que você leu, o qual se estende até a vigésima sétima
linha (nas três últimas linhas está sua continuação, que você lerá na próxi­
ma lição); a coluna da direita apresenta a correspondente tradução latina.
Observe como a forma de algumas letras é diferente das que usamos hoje
em dia: é que os tipos móveis foram confeccionados imitando os caracteres
minúsculos que se utilizavam nos manuscritos gregos desde o século IX (in­
cluindo algumas abreviaturas, como a correspondente à palavra καί, que aparece
logo na primeira linha). As palavras, contudo, já se encontram separadas, o que
facilitará o seu reconhecimento. Experimente.

148
E V A N G E L IV M SECVN D VM
crArrÉAtôN c a t a ΙΟΑΝΝΕΜ .
' inANNHN,
Κ ίώ Τ ® ' !Ν principio erat uerbum,
n «fX? *P * λ ο 'ν θ^ ,β 'ό Xo tn » d-, âduerbum erat apuddeã,
>05 »P TÇÒS TV StÒAHgqSi'' i g I° 3 jfli deus erat uerbum. Hoc
oq J/i *0 λο>ος.£»7ος Ijp <& IcJ U Sferatínprincipioapudde*
χ« TÇÒí TO/) 3«0/!.Π<Χ»τα Λ um.Omnia per ipfum fadta funt^d Π/
íurroõ t-yçúíro,^ χω$η ό»τ®l<$órro òu/ ne ipfo fa&um eft nihil,quod fadbim
Jt ψ,ο >t>0U/t. Bp αντφ 3«ll «/)> HS^JSí eft, In ípfouita erat,&uita erat luxho
Sp toφως Ήν 6t*35<07ru/),H^)) v φως V τϊ minam,& lux in tcnebris lucet, SLteae>
«Τχοτι’α tpqavfl, H9ÍJ <rt<or/«&vròóu χβτί/ brx eam nori comphenderunt.Fuír h®
λα€ι/ι. e^ íto ÍMSyow©'' lnrts<*XMt*©^ mo miflus adeo.cui nomen erat Ioan-
nra{<t3 u)í/,o»0MixW$ ίωάκιι«ς, FirroçJ/U' nes.Hic uenit in teílúnoníum,ut tefti/
3t/j ω5μαςτν/ιαμ ,"»<*/xotçrujiítf# tueji rovf montum perhíberet de lumine, ot os$
φωτός,7/ια márrts tnsifrióeip Λ turro'/', crederentperiIlií.Noneratíllelux,Cecl
ôux ?/jίκαιιος to φως, &λΧ7#α μαγηςίιm ut teftímonium perhiberet de lumine.
Trtji τοι/1φωτός. H/) to φως to οΛ43ι»ό/ι,ο Eratiax uera >qux illuminat oém h®>
ipunje zrdrra iáügairo/i ifXoMtop 4jç minem ueníentem in hunc mundií. b
toV κόνμορ,Βρ TeS' κάιτμιμ Sp, ngijb aoV- mundo erae,& mundus per ipfani fat
A'®' Λ itrroJ t^írro , l(gi) ò xíoJiA©'' fcu/ dtus eft.ôd mundus eu no cognoafe. I»
tÒ/i 5>uxt>»cs, Εις τα i/itt üx3t/i, própria uenit,^& fui eum ηδ recepetób
Λ οι iurrò/) ôutoayÍAoÉio/), oiftl Λί ϊλα / Quotquot aút receperunt eú.dedítcs
Í ío/j αυτό/) tfaxãp Stirrotç ς/^οοσ'/α/) r í / poteílaté filios dei neri his quí oedu!
χκα 3toü yul& dl to7sTsrísiúoírt/» tis r# in nomíne eius. Q uinon cx fangaiw,
oroAia αιτηρ,οι òux c/ϊ; α/,υ.άτθ)/),όυΛ tx 3e^ bus, necp exuoluntate camís, n e ç ea
XoVttTOQτοίχος,ovAsx eiXxAUtPSfíiTjòc, fjaluntace uiri.fedex deo nati (unt.Ee
αλΧ tx 3toõ 'i>uvn'0>f0tt/MC<àòXÓyoç rfò^jj uerbum caro facfbti eft, ÕChabíteakíffl
è$úii°.lt9q ιο-χήωοΐ/) y>h/xip, tgq Víiouró- nobis,ãd uidíraus gloria eius gloria ue·
Μ'δα oiui iΡοξαμ αυΊ&,<ίόξαρ í )5 μ ο η >οΊ2ς ■li*r unígeníri a patre.plenum gtarisüí
•ttoji wolos.-o-ArjhsXttflf»! ngó| ÒXxSuaç. ueritatís.Ioannes teftimonium perbí/
Ιωάινχς MÇffrojã TBtjfiιιτ 0 xíxja>rçi X Í/ bet de ípfo.Sd clamauít dícés, H k erat
> cj/>,Jot>5S/i o/ι Τπτορ Ιντ'ιΛιμο» \{χόμΜ* de quo dioebá, quí poft tne uennims
»ος 'ψ -τξοδίρ μ * >ί> ο *ψ ,0ΤΙ Tç BToV * eft,prior me ccepit effc, quia prior ate
1ρ,& , fie s .

Figura 19 - Edição contendo texto grego e tradução para o latim preparada poi Erasmo de Roterdarn, 1516
Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α

A partir desta lição, você encontrará, como leitura complementar, tex­


tos de autores gregos. Vamos começar com uma das odes anacreônticas,
uma canção de banquete intitulada Tudo bebe:

Π Α Ν Τ Α Π ΙΝ Ε Ι

Ή γη μ έ λ α ιν α π ίν ε ι, Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν
ή γη, -ής- Terra
Π ίν ε ι δε δενδρε’ α ύ τ ή ν
μέλαινος, -α, -ον - negra, escura
π ίν ω - beber
Π ίν ε ι θάλασσα δ’ αύρας,
το δενδρεον, -ου = δένδρον

' 0 δ’ ή λ ιο ς θάλασσαν, ή αύρα, -ας- brisa


ό ήλιος, -ου - sol
Τ ο ν δ’ ή λ ιο ν σελήνη . ή σελήνη, -ης- lua
μάχομαι - combater
Τ ί μοι μάχεσθ’ ε τ α ίρ ο ι, ό εταίρος, -ου - companheiro,
camarada
Καύτω θελα ντι π ίν ε ιν ; καύτώ = καί αύτω
Οελω - querer
(’ Εκ των του ’ Ανακρίίοντος ώδων)

Atenção: observe como, nos dois últimos versos, Οελοντι se refere a


μοι e, por isso, está também no dativo. A estrutura, portanto, seria:

τί μάχεσθε μοι θέλοντι κα ι (μοι) αύτω π ίν ε ιν ;


(por que combateis a mim que quero, também eu próprio, beber?).

150
ΜΕΤΡΟΝ
M ÉTRICA

Como você pode observar, a poesia grega não tem rima. O que a
caracteriza é o ritm o do verso, marcado pela sucessão de sílabas longas e
breves, como acontece na música.Vamos aprender alguma coisa sobre este
assunto:

1. A unidade básica de ritmo e o pe (πους), constituído por uma seqüência


de sílabas longas {representadas por um traço longo: — ) e breves (re­
presentadas pela braquia: v), as quais chamamos de elementos. Assim, por
exemplo, o pé chamado de dáctilo (δάκτυλος), usado em gêneros de poesia
solene, como a epopéia, é composto por uma longa e duas breves (—
v ); já o iambo ou jambo (ίαμβος), mais freqüente em gêneros satíricos ou
cômicos, é constituído por duas sequências de breve/longa (v — v — ).

2. Algumas posições de alguns pés admitem variações: os dois últimos ele­


mentos breves do dáctilo, por exemplo, podem ser substituídos por um
elemento longo, ficando o pé então assim:-------- ; o primeiro elemento do
jambo pode ser tanto longo quanto breve (o que se representa com um x
e se chama de ancipite, isto é: ambivalente), levando ao seguinte esquema:
x— v — .

3. Para escandir um verso, você deve considerar as unidades fônicas, que


constituem os elementos, de acordo com a seguinte regra básica:

3.1. são breves as sílabas que têm vogal breve (α, ε, i, o, u);

3.2. são longas as sílabas que têm vogal longa (α, η. ι, ω. u), ditongo (ai,
ει, οι, ui. au, ευ, ou, a. η, ω), ou que são travadas (isto é terminadas
em vogal mais consoante).

Agora, mãos a obra! Experimente escandir o poema que você leu,


composto de versos hemiâmbicos (isto é, dois pés jâmbicos, sendo o final
do segundo reduzido: em vez da seqüência v — , ocorre apenas um elemento
longo). O esquema métrico é, portanto, o seguinte: x — v — | x — - — .

IS!
X — V — X — —

ή ΥΊ με λαι να πί νει

Leia agora o texto em voz alta, procurando reproduzir seu ritm o, e


traduza-o.

Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν

O termo φίλος (amigo) é um dos mais produtivos elementos de compo­


sição em grego. Explique a formação dos compostos abaixo e indique seu
sentido, consultando o dicionário, se necessário:

φιλαίματος φιλι'λλην φιλόζωος φιλόμουσο^


φίλανδρος φιλιατρόω φιλόθεος φιλόξενος
φιλανθρωπία φιλογράμματος φιλόκαλος φιλοποιητής
φιλάρχαιος φιλόδοξος φιλόκοσμος φιλόσοφος
φίλαρχος φιλόζωος φιλόλογος φιλόφωνος

ΑΓΩ Ν
Ο Ρ ΙΣ Μ Ο Σ Ε Σ Τ ΙΝ Ο Ο Υ Ρ Α Ν Ο Σ

α '. Τ ίς ό ποταμός έν ώ ε ίσ ι πολλοί κροκόδειλοι;


(α) Ιο ρ δ ά ν η ς
(β) Νείλος
(Υ) ’Ίστρος
(δ) Τ ίβ ερ ις

152
β ' Κατά τόν Πλάτωνα, τίς ήν ή δέκατη Μούσα;
(α) Σαπφώ
(β) Α φ ρ ο δ ίτ η
(γ) Κλείω
(δ) Πολύμνια

γ '.Α π ο τ ε λ ε ί- ό κακός ποιμήν


(α) γιγνώ σκει τά πρόβατα α έχει.
(β) βλέπει τόν λύκον ερχόμενον καί φεύγει.
(γ) ακούει της των προβάτων φωνής.
(δ) άρπάζει τά πρόβατα τά ίδ ια καί αυτά σκορπίζει.

δ '. Τ ί τό ρήμα ό έστιν εν τη μεσότητι;


(α) άκολουθουμεν
(β) έρχόμεθα
(γ) όρώμεν
(δ) άκουομεν

ε'. Τ ίς ή ορθή κ λ ίσ ις (ονομαστική, α ιτ ια τ ικ ή , γενική , δωτική);


(α) λύκος, λύκον, λύκου, λύκω
(β) λύκων, λύκους, λύκοις, λύκοι
(γ) λύκος, λύκον, λύκου, λύκω
(δ) λύκος, λύκον, λύκοι, λύκω

ς ' . Τ ίς ήν ή τού Ο ίδίποδος γυνή;


(α) Κ λιτα ίμνηστρα
(β) 'Ελένη
(γ) Ίο κά σ τη
(δ) Α ν τ ιγ ό ν η

IS3
Πόσαι ε ισ ιν αι Μ ούσαι;
lT t

(α) τρεις
(β) εννέα
(γ) δέκα
(δ) οκτώ

η '. Τ ί των ονομάτων ούκ έστιν έν τη γενική


(α) ονόματος

(β) λόγος
(γ) σαρκός
(δ) φωτός

θ '. Τ ίς ή ψευδής αϊρεσις;


(α) λέγω / είττον / ε’ίρηκα
(β) έρχομαι / ήλθον / έλήλυθα
(γ) ε ίμ ί / ήν / γέγονα
(δ) όράω / ε’ι δον / οπωπα

ι Τ ίς ήν ή του Οίδίττοδος μήτηρ;


(α) Α ντιγό νη
(β) Ίο κά σ τη
(γ) Κ λιτα ίμνηστρα
(δ) 'Ε λένη

ια '. Τ ίς ή κ λ ίσ ις ή ούκ έστιν ορθή;


(α) ύδωρ, ύδωρ, ύδατος, ύδατι
(β) σκοτία, σκοτίαν, σκοτίας, σκοτία
(γ) θεός, θεών, θεού, θεω
(δ) αϊρων, αϊροντα, αϊροντος, αϊροντι

154
ι β \ 'Ο Ο ίδίπους ουκ η ν ­
ία) πατήρ και αδελφός τής Α ν τ ιγ ό ν η ς ,
(β) υιός και γαμέτης τής Ίοκάστης.
(γ) πατήρ κα ί υιός του Λαίου.
(δ) πατήρ καί αδελφός του Έτεοκλέους.

ιγ . Τ ις ή α ιρ εσ ις ή ουκ εστιν ορθή;


(α) δέκα / δέκατος
(β) πεντε / πέμπτος
(γ) τετταρες / τέταρτος
(δ) εξ / έβδομος
Ο ΓΔ Ο Ο Ν Δ ΙΔ Α Γ Μ Α
Foto de Celina F. Lagc

Figura 20 - Sandália (detalhe). Estátua de Sófodes em mármore. 150-200 d.C. Museu do Vaticano
(9973), Vaticano.

ΙΩ Α Ν Ν Η Σ Κ Α Ι Ο Ι ΙΕ Ρ Ε ΙΣ
Ιω άννης μαρτυρεί περί αύτου και
κέκραγι.ν λέγων
ALH1KON
Ουτος ήν ον εΤπον ό όπίσω μου
κέκραγε ν - clama, grita (perf. de κράςω)
; ρχόμενος έμπροσθεν μου γέγονεν, ότι
πρώτος μου ην. οτι έκ του πληρώματος ό Μωυσής, Μωϋσεως Moisés
αΰτοΰ ήμεΤς πάντες ελάβομι ν, και χάριν έδόΟη - foi dada (aor. pas. de δίδωμι)
άντι χάριτος- οτι ό νόμος διά Μωϋσεως οϋδι ίς, ούδεμία, ούδεν - ninguém, nada
έδόθη, ή χάρις και ή αλήθεια διά έώρακε - viu (perf. de όραω)
Ίησου Χρίστου εγένετο. πώποτε - jamais (ποτέ - alguma vez)
Θεόν οΰδεις έώρακεν πώποτε· μονογενής
μονογενής, -oG - unigenito
θεός, ό ών εις τον κόλπον τοΰ πατρός,
ό ών, του όντος - o que é, o que está, o
εκείνος έξηγήσατο.
Και αυτή ίσ τ ιν ή μαρτυρία του que existe (part. pres. de είμί)
Ίωάννου, οτι; άπεστειλαν προς αυτόν ό κόλπος, -ου - seio, regaço
οί Ιο υ δ α ίο ι εξ 'Ιεροσολύμων Ιερείς και έξηγήσατο - deu a conhecer, fez conhecer
Λευείτας ϊνα έρωτήσωσιν αυτόν (aor. de έξηγέομαι)
Σύ τίς εΐ;
και ώμολόγησεν καί ούκ ήρνήσατο, και ό’τε - quando
ώμολόγησεν δτι άπέστειλαν - enviaram (aor de
αποστέλλω)
Έγώ ούκ είμι ό Χριστός,
τά Ιεροσόλυμα, -ων - Jerusalém
και ήρώτησαν αυτόν
Ιερείς - sacerdotes (acusativo pl. de
Τί ούν; Η λείας ει σό;
ίερεύς)
καί λέγει'
ό Λευείτης, -ou-levita
Ούκ είμί. έρωτάω - interrogar, perguntar
Ό προφήτης εΐ σύ; όμολογέω - concordar, reconhecer,
καί άπεκρίθη' confessar
Ού. ήρνήσατο - negou (aor. de άρνίομαι)
εΐπαν ούν αύτω- άπεκρίθη - respondeu (aor. de
Τίς ει; ίνα άπόκρισιν δώμεν τοίς ά π ο κρ ίνο μ α ι)
είπαν = είπον (aor. 3 de λέγω)
πεμψασιν ημάς- τί λέγεις περί σεαυτοΰ:
ή άπόκρισις, -εως - resposta
έφπ'
δώμεν - demos (aor. subj. de δίδωμι)
Έγώ φωνή βοώντος έν τή έρήμω'
τοίς πεμψασιν - aos que enviaram (dat.
Εύθύνατε τήν οδόν κυρίου, καθώς είπεν
pl. do part. aor. de πέμπω)
Ίίσ ά ία ς ό προφήτης.
εφη - dizia (imperfeito de φημί)
Καί απεσταλμένοι ήσαν έκ των βοών, βοώντος (particípio presente masc.
Φαρισαίων, καί ήρώτησαν αύτόν καί de βοάΐι) - clamar, gritar)
είπαν αυτό)· εύθύνατε - corrigí, endireitai (imp. aor. de
Τί ούν βαπτίζεις εί σύ ούκ εΐ ό εύΟύνω)
Χριστός ούδέ ’ Ηλείας ούδέ ό προφήτης; ό κύριος, -ου - senhor
άπεκρίθη αύτοΤς ό Ιωάννης λέγων καθώς (κατά ώς) - conforme

ΊΕγώ βαπτίζω έν ύ'δατΓ μέσος υμών απεσταλμένοι ήσαν - tinham sido


enviados (απεσταλμένος, particípio perfeito
στήκει ον υμείς ούκ οί'δατε, ό όπίσω
passivo de αποστέλλω)
μου ερχόμενος, ού ούκ είμι έγώ άςιος
Φαρισαίος, -oõ - fariseu
ίνα λύσω αυτού τον ιμάντα τού
οϊδατε - conhece s (2apes. pl. de οΐδα)
υποδήματος. άςιος, -α, -ον - digno (άςιος ίνα - digno de)
Ταυτα έν ΒηΟανία έγένετο, πέραν του λύσω ( Iapes. sing. do subjuntivo do aoristo
Ίορδάνου, ό'που ήν ό Ιωάννης de λυω) - desatar, desamarrar, soltar
βαπτίζων. ό ίμάς, ίμάντος - correia
(Κατά Ίωάννην, α') tò υπόδημα, -ατος - sandália

157
ΕΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

a . Τ ίς κέκραγε;
β '. Τ ί ό Ιω ά ν ν η ς κεκραγε λίγω ν;
γ \ Δ ιά τ ί 1 ό όπίσω του Ίω ά ννο υ ερχόμενος έμπροσθεν αύτοΰ
έγενετο;
δ '. Κατά τον Ίω ά ν ν η ν , τίνες ελαβον έκ του πληρώματος του
Χ ρίστου;
ε \ Δ ιά τίνος ό νόμος έδόθη;
ς'. Δ ιά τίνος ή χάρις και ή αλήθεια έδόθησαν;
ζ \ Τ ίς ποτέ θεόν εώρακεν;
η '. Τ ίς εστιν ό μονογενής θεός;
θ '. Τ ίν α ς άπεστειλαν οί Ιο υ δ α ίο ι προς Ίω ά ν ν η ν ;
ι '. Πόθεν3 άπεστειλαν αυτούς;
ια '. Δ ιά τί άπεστειλαν αυτούς;
ιβ '. Τ ί είπον ο ί ιερείς τώ Ιω ά ν ν η ;
ι γ \ Τ ί ώμολόγησεν ό Ιω ά ννη ς ;
ιδ '. Τ ί ό Ιω ά ν ν η ς λεγει περί εαυτού3;
ιε '. Κατά τον Ίω ά ν ν η ν , τίς βαπτίζει εν ύ'δατι και τίς βαπτίςει
εν πνεύματι άγίω;
ις '. Τ ίς στήκει μέσος των Ιο υ δ α ίω ν ;
ιζ '. Τ ίνος ό Ιω ά ν ν η ς ούκ εστιν άςιος ινα λύση αύτου τον
ιμάντα του ύποδήματος;
ιη '. Που ήν ό Ιω ά ν ν η ς βαπτίζων;

por quo? (na resposta voce pode usar διότι - porque)


! de onde?
'd e si mesmo

158
ΓΡ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η ΣΥΝΘΕΣ1Σ

ΡΗΜΑΤΑ
Vamos sistematizar a conjugação do presente e do aoristo, recordando
as formas que você já conhece e acrescentando outras.

Observe que:

1. trata-se de dois sistemas (e não de dois tempos), correspondendo o do


presente ao durativo e o do aoristo ao do pontual (não durativo),
2. a distinção morfológica entre o sistema do presente e o do aoristo, nos
verbos regulares, se faz através da oposição entre a desinência zero do
presente e as desinências -o/0- do aoristo, assim distribuídas:

ΕΝΕΡΓΕΙΑ ΜΕΣΟΤΗΣ ΠΑΘΟΣ

ΕΝΕΣΤΩΣ -0 -0 -0
ΑΟΡΙΣΤΟΣ -σ- -σ- -0-

3. o aumento, como marca de passado, só aparece no aoristo do indicativo,


estando ausente nos demais modos.
ΕΝΕΣΤΩΣ

ΕΝΕΡΓΕΙΑ

ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΥΠΟΤΑΚΤ. ΠΡΟΣΤΑΚΤ. ΑΠΑΡΕΜΦ. ΜΕΤΟΧΗ

λυ-ω λυ-ω - λυ-ει ν Α. λυ-ων,

λυ-εις λυ-ης λΰ-ε λυ-οντος

λυ-ει λυ-η λυ-ετω Θ. λύ-ουσα,

λύ-ομεν λυ-ωμεν - λυ-ουσης

λό-ετε λύ-ητε λυ-ετε 0 . λυ-ον,

λύ-ουσι (ν) λυ-ωσι (ν) λυ-όντων λυ-οντος

159
ΜΕΣΟΤΗΣ ΚΑΙ ΠΑΘΟΣ
λυ-ομαι λύ-ωμαι - λύ-εσθαι Α. λυ-όμενος,
λύ-ει λύ-η λύ-ου λυ-ομί'νου

λύ-εται λύ-ηται λυ-έσθω Θ. λυ-ομενη,

λυ-όμεθα λυ-ώμ 0α - λυ-ομε'νης

λύ-εσΟε λύ-ησΟε λύ-εσθε 0 . λυ-όμενον,

λύ-ονται λύ-ωνται λυ-εσΟων λυ-ομένου

Α Ο Ρ ΙΣ Τ Ο Σ α'
ΕΝΕΡΓΕΙΑ
ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΥΠΟΤΑΚΤ. ΠΡΟΣΤΑΚΤ. ΑΠΑΡΕΜΨ. ΜΕΤΟΧΗ

ε-λυ-σ-α λύ-σ-ω - λΰ-σ-αι Α. λύ-σ-ας,


ε-λυ-σ-ας λύ-σ-ης λΰ-σ-ον λύ-σ-αντος

ε-λυ-σ-ε(ν) λύ-σ-η λυ-σ-άτω Θ. λύ-σ-ασα,

ε-λύ-σ-αμεν λύ-σ-ωμεν - λυ-σ-άσης

έ-λυ-σ-ατε λύ-σ-ητε λύ-σ-ατε Ο. λύ-σ-αν,

ε-λυ-σ-αν λύ-σ-ωσι(ν) λυ-σ-άντων λύ-σ-αντος

ΜΕΣΟΤΗΣ
έ-λυ-σ-άμην λύ-σ-ω μα ι - λύ-σ-ασΟαι Α. λυ-σ-άμενος,
έ-λύ-σ-ω λύ-σ-η λυ-σ-αι λυ-σ-αμενοο

έ-λύ-σ-ατο λύ-σ-ηται λυ-σ-άσΟω Θ. λυ-σ-αμενη,

έ-λυ-σ-άμεΟα λσ-σ-ώμεΟα - λυ-σ-αμενης

έ-λύ-σ-ασΟε λύ-σ-ησθε λύ-σ-ασΟε 0 . λυ-σ-άμενον,

έ-λυ-σ-αντο λύ-σ-ω νται λυ-σ-άσΟω ν λο-σ-αμένου

ΠΑΘΟΣ
έ-λυ-0-ην λυ-θ-ώ - λυ-0-ηναι Α. λυ-θ-είς,
έ-λύ-θ-ης λυ-Ο-ης λύ-0-ητι λυ-Ο-εντος

έ-λυ-0-η λυ-0-η λυ-θ-ήτω Θ. λυ-Ο-εΐσα,

ί>λυ-θ-ημεν λυ-θ-ώμεν - λυ-Ο-είσης

ε-λυ-0-ητε λυ-θ-ητε λύ-0-ητε Ο. λυ-θ-εν,

ε-λύ-0-ησαν λυ-θ-ώσι(ν) λυ-θ-έντων λυ-0-εντος

160
Α Ο Ρ ΙΣ Τ Ο Σ β '

Quando ο radical do presente é o mesmo que o do aoristo, a distinção


entre os dois sistemas se faz a partir da oposição da desinència zero do
presente com as desinências -σ -Ι-Q- do aoristo I. Quando o aoristo tem
radical próprio, essa oposição é desnecessária e o aoristo 2 toma as term i­
nações de modo, numero e pessoa do sistema do presente, no mdtcacivo,
tem as terminações que você já conhece (que são as mesmas do imperfeito),
nos demais modos, tem as mesmas terminações do presente. Observe o
quadro abaixo:

ΕΝΕΡΓΕΙΑ
ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΥΠΟΤΑΚΤ. ΠΡΟΣΤΑΚΤ. ΑΠΑΡΕΜΦ. ΜΕΤΟΧΙ I
ειδ-ον ϊδ-ω - ϊδ-εΤν Α. ΐδ-ών,
είδ-ες ϊδ-ης ίδ-έ ίδ-όντος

εΐδ-ε(ν) ϊδ-η ίδ-ετω Θ. ίδ-ουσα,

εϊδ-ομεν ϊδ-ωμεν - ’ιδ-ούσης


εϊδ-ετε ϊδ-ητε ϊδ-ετε 0 . ίδ-όν,

ειδ-ον ϊδ-ωσι(ν) ίδ-όντων ΐδ-όντος


ΜΕΣΟΤΗΣ ΚΑΙ ΠΑΘΟΣ
είδ-όμην ϊδ-ωμαι - ίδ-εσΟαι Α. ίδ-όμενος,
εϊδ-ου ι'δ-η ίδ-ου ίδ-ομενου

εϊδ-ετο ϊδ-ηται ίδ-εσΟω Θ.ίδ-ομενη,

είδ-όμεθα ίδ-ώμεθα - ΐδ-ομενης


ειδ-εσΟε ϊδ-ησΟε ϊδ-εσθε 0 . ίδ-όμενον,

εϊδ-οντο ϊδ-ωνται ίδ-έσΟων ίδ-ομενου

Α Ο Ρ ΙΣ Τ Ο Σ y'

O aoristo 3 é usado muito raramente.Tem como características:

1. geralmente, seu radical é o mesmo do aoristo 2;


2. as terminações de número e pessoa são iguais às do aoristo I ,

Exemplos: ε ίπ α , είδ α .

161
ΑΣΚΗΣΗΣ

I . No texto da lição, identifique todas as formas verbais (voz, modo, tempo,


número e pessoa; também gênero e caso, quando se tratar de participios), com­
pletando o quadro abaixo:

μαρτυρεί

κεκραγε

λί'γων

ην

εΤπον

ερχόμενός

γεγονε

έλά[ιομεν

έγενετυ

εύρακε

ών

εςηγήσατο

εστί

αττεστειλαν

ερωτήσωσι

Γ.Τ

ώμολο) ησε

ήρνήσατο

ειμί

ήρώτησαν

λε'γει

162
είπαν

ττί μψασι

λέγης

βοωντσς

ί υθυνατι

είπε

ησαν

βαπτίζεις

λί γων

βαπτίζω

στήκει

λύσω

βατττίζων

2. Complete o quadro abaixo com o presente e os aoristos 1,2 e 3 do verbo


λέγω:

ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ α ΑΟΡΙΣΤΟΣ β' ΑΟΡΙΣΤΟΣ γ '

λέγω έλεξα ειπον είπα

(63
3. Σύναπτε τά ονόματα ταΐς φράσεσι περί α υτώ ν

μαρτυρεί περί του Χρίστου,


είπε· εύΟύνατε την τοΟ κυρίου οδόν,
όπίσω του Ίω άννου ήλθε,
Μωϋσής ούκ οϊδασι τον στήκοντα έν μέσω αυτών,
Χριστός κέκραγε τοΐς Ίουδαίοις- εγώ φωνή βοώντος εν τή ερήμω
' Ιερείς άπέστειλαν 'ιερείς και Λευείτας εξ Ιεροσολύμων,
ΈΙσάίας ό νόμος ίδόθη δ ί’ αύτοΰ.
Ιω ά ννη ς βαπτίζει εν ΒηΟανια.
Φ αρισαίοι Ιω ά ν ν η ς ούκ έστιν άςιος 'ίνα λύση αύτοΰ τά ύποδήματα.
Λευείται ε ίπ ο ν τί βαπτίζεις εί σύ ούκ εΐ ό προφήτης;
έρωτώσιν τον Ίω ά ννη ν πέραν τού Ίορδάνου.
ή χάρις και ή αλήθεια δΓ αύτοΰ ίγένετο.
γέγονε όπίσω του Χριστού.

4. Διάτασσε τον δ ιά λ ο γ ο ν
( ) Τ ί ούν βαπτίζεις εί σύ ούκ ει ό Χριστός ούδε Η λ ε ία ς ούδε ό
προφήτης;
( ) Ό προφήτης ει σύ;
( ) Τίς εί; ϊνα άπόκρισιν δώμεν τοΐς πεμφασιν ημάς- τί λέγεις περί
σεαυτου;
( ) Έγώ ούκ είμί ό Χριστός.
( ) Ούκ είμί.
( I ) Σύ τίς εί;
( ) Ο ύ .

( ) Έγώ βαπτίζω εν ύ'δατι- μέσος υμών στήκει ον ύμεΐς ούκ οϊδατε,


ό όπίσω μου ερχόμενος, ού ούκ είμί έγώ άξιος 'ίνα λύσω αύτού
τον ιμάντα τού υποδήματος.
( ) Τ ί ούν; Η λ ε ία ς ει σύ;
( ) Έγώ φωνή βοώντος έν τή ερήμω' εύΟύνατε τήν οδόν κυρίου,
καθώς είπεν ΈΙσάίας ό προφήτης.

164
ΣΥΜΠΛΗΡΩΤΙΚΟΝ ΑΝΑΓΝΩΣΜΑ

ΥΜΝΟΣ ΕΙΣ ΜΟΥΣΑΝ

’Ά ε ιδ ε Μ οΰσά μοι φ ίλη ,


μολπής δ’ έμής κατάρχου'
αυρη δε σών α π ’ άλσεων
εμάς φρένας δονείτω .

Κ α λ λ ιό π ε ια σοφά,
Μ ουσώ ν προκα θαγέτι τερ πνώ ν,
κ α ι σοφέ μυστοδότα,
Λατους γόνε, Δ ή λ ιε , Π α ιά ν ,
ευμενείς πάρεστέ μοι.
Foto de Colina F Laje

(Μ εσομήδης)

Figura 2 1 - Musa (detalhe). Relevo em mármore,


330-320 a.C. Museu Arqueológico Nacional da
Grécia, Atenas.

Λ Ε Ξ ΙΚ Ο Ν

άείδω - cantar; φίλος, -η, -ον - amado; ή μολπή, -ης- canto,


dança; έμός, -ή, -όν - meu, minha; κατάρχομαι (c/ gen.) -
principiar, começar; ή αυρη, -ης(= ή αύρα, -ας) brisa; σός,
σή, σόν - teu, tua; άλσέων - dos bosques (gen. pl. de tò

άλσος, -εος - bosque sagrado); δονέω - agitar, fazer vibrar;


ή Κ αλλιόπεια, -ας- Caiíope (uma das nove musas); σοφά =
σοφή; ή προκαθαγέτις, -ιδος- condutora; ό μυστοδότης,
-ου - iniciador, que inicia nos mistérios; Λατους - de Leto (gen.
sing. de Λατώ, -ους- Leto, a mãe de Apoio); ό γόνος, - ο υ '-
prole, filho; δήλιος, -α, -ον - délio (natural da ilha de Delos);
ό Π αιάν, -ανος- Peâ, o que socorre, o que cura (epiteto de
Apoio); ευμενείς -benevolentes (nom. pl. de ευμενής); πάρειμι
(c/ dat.) - ajudar, socorrer

165
Curiosidade:

O hino acima da autoria de Mesomedes de Creta, um compositor


do século II d.C. — é dos poucos registros que possuímos da música grega
antiga. A notação musical foi conservada em dois códices (ο V. Venetus
Marcianas app. cl. VI, 10, do século XIII ou XIV; e o C. Parisinus Coislimanus
graecus 173, do século XIV).
Você encontrará uma reconstituição do hino no disco Musique de Ia
Grèce Antique, gravado pelo Atrium Musicae de Madrid, sob a regência de
Gregorio Paniagua (a pronúncia utilizada na gravação é a tradicional, isto é:
como a do grego bizantino e moderno, de que muitas características já se
encontram na κ ο ιν ή ; η, υ, ει e ο ι têm ο som de /; o ditongo αι tem ο
som de e; o ditongo ευ pronuncia-se ef).
Leia o texto e ouça a canção. Aprenda a cantá-la!

METPON

A primeira estrofe do Hino à Musa é composta de dois dímetros jâm-


bicos (x — u — x — — ) alternados com dois hemiambos (x — u
— x ------- ). A segunda estrofe, por três hemíepes (— u u — u u — )
alternados com dois enóplios (x — u u — w u ------ ). Trata-se, portanto,
de uma composição de ritmo vivo e variado.

166
T ente escandir os versos:

Observe: há uma liberdade poética na terceira sílaba do último verso, que


é longa (-νεΐς), quando deveria ser breve.

167
ΛΕΞΙΚΟΝ

Você já aprendeu muito sobre os processos de composição e derivação


em grego. Nesta lição, procure memorizar alguns dos prefixos mais comu-
mente usados na composição de novos termos. E importante entender a
formação e, quando necessário, pesquisar o significado dos exemplos no
dicionário:

PREFIXO SENTIDO EXEMPLOS


à -l negação άθεος, αβάπτιστος, άλογος, άφιλος, άφωνος,
àv- άνανδρος, ανάξιος

áva-l movimento para cima, άναβλέπω, άναβοάω, άναγίγνομαι,


àv- intensidade, repetição, άναγράφω, άναλαμβάνω, άνάλογος,
inversão άνέρχομαι, άναπνέω, άναφαίνω

άμφι- em torno de, de ambas άμφιβόητος, άμφίδοξος, άμφιέρχομαι,


as partes, por causa de άμφιλαμβάνω, άμφιλεγω, άμφιλογία

άντι- defronte de, contra, em άντίθεος, άντιλέγω, άντιλογία, άντιβλεπω,


lugar de, semelhante a άντιγράφω, άντιπέραν

άπο-/ separação, completude, άποβλέπω, άπογίγνομαι, άπογράφω,


άττ- cessação, devolução άποστέλλω, άποφαίνω, άπερχομαι

κατα-/ movimento para baixo, καταλαμβάνω, καταλέγω, κατάλογος,


κατ- de acordo com, contra, κατάρχομαι, καταφαίνω, καταφιλέω,
reforço do termo καταφιλοσοφεω, κατέχω, κατέρχομαι
primitivo

δια-/ através de, separação, διαβλέπω, διαγίγνομαι, διαγράφω,


δι- completude, διάγραμμα, διαλέγομαι, διαλεκτικός, διαλύω,
proeminência, reforço διαμένω, διαφαίνω, διέρχομαι
do termo primitivo

LK -/ movimento para fora, εξέρχομαι, έκγίγνομαι, εκλαμβάνω, εκλέγω,


separação, completude εκλογή, έκμαρτορέω, έξοδος

εν-/ έμ-/ lugar onde, intensidade έμβλέπω, έναντι, ένδοξος, ένειμι, ενέχω,
cy- ένθεος, έγκράζω, εγχρίω

168
ΑΓΩΝ

α 7. Που έβιότευσε ό Ο ίδίπους;


α. έν Ά θ ή ν α ις β. εν Θ ήβαις γ. εν Δελφοϊς
δ. έν Σπάρτη

β '. Π ο ια ή αϊρεσις ή ούκ έστιν ορθή;


α. εγώ έγενόμην β. σύ έγένου γ. ήμεΐς έγενόμεθα
δ. ύμεΤς έγένετε

γ 7. Τ ί ούκ ήν του Ο ίδίποδος και τής Ίο κά σ τη ς τέκνον;


α. Α ν τ ιγ ό ν η β. Κάδμος γ. Πολυνείκης
δ. Ε τεοκλή ς

δ '. Τ ί των ρημάτων έστιν έν τω θηλυκω;


α. λεγουσών β. λεγόντων γ. λέγοντα δ. λέγοντας

ε '. Τ ίνες οι τέτταρες εύ α γ γ ελισ τα ί;.


α Ιω ά ν ν η ς , Μάρκος, Πέτρος, Παύλος
β. Λουκάς, Μ ατθαίος, Μάρκος, Πέτρος
γ. Ιω ά ν ν η ς , Παύλος, Λουκάς, Πέτρος
δ. Μάρκος, Ιω ά ν ν η ς , Λουκάς. Μ ατθαίος

ς7. Π ο ία ή ψευδής αϊρεσις;


α. έγώ / εμέ / έμου / έμϊν β. σύ / σέ / σού / σοί
γ. ήμεΐς / ήμάς / ήμών / ήμϊν δ. υμείς / υμάς / υμών/ ύμΐν

ζ 7. Π ο ία ή ορθή κλίσ ις ;
α. σάρκα, σάρκαν, σαρκός, σαρκί
β. σάρκος, σάρκας, σαρκός, σαρκί
γ. σάρξ, σάρκα, σαρκου, σαρκί
δ. σάρξ, σάρκα, σαρκός, σαρκί

169
η". Κ α τά τον 'Η σ ίο δ ο ν , τ ίς ό θεός ος πρώ τον έγένετο;
α. Χ άος β. Γαΐα γ. Ο υρανός δ. Ω κ ε α ν ό ς

0 '. Π ο ία α ϊρ ε σ ις ούκ έ σ τ ιν ορθή (ό ν ο μ α σ τ ικ ή /κ λ η τ ικ ή );


α. Λόγος/λόγε β. δόξα /δόξα γ. άρχή/άρχέ
δ. δενδρον/δένδρον

ι ' . Κ α τά τον 'Η σ ίο δ ο ν , τ ίς των θεών έ σ θ ίε ι τά ’ίδ ια τέκνα;


α. Ζευς β Κ ρόνος γ. Α π ό λ λ ω ν
δ. Δ ιό νυ σ ο ς

ι α \ Π ο ία ή ορθή α ϊρ ε σ ις (ό ν ο μ α σ τ ικ ή /γ ε ν ικ ή );
α. λύ ρα /λύρη ς β. δόςα/δόςης γ. ν ε α ν ία ς /ν ε α ν ίη ς
δ. προφήτης/προψήτας

ιβ '. Τ ίς ή θεά ή ούκ εστι μ ήτηρ ;


α. "Η ρ α β. Α φ ρ ο δ ίτ η γ. Δ ημήτηρ
δ. Ά θ η ν α

ιγ '. Π ο ία ή ψευδής α ϊρ ε σ ις ;
α. λέγω, ε ϊπ ο ν β. έρ χο μ α ι, ήρχόμην γ. όράω, εΤδον
δ. ε’ι μ ί, έγενόμην

ιδ '. Τ ίς ό θεός τής τραγω δίας κ α ι τής κωμωδίας;


α. Ζευς β. Α π ό λ λ ω ν γ. Π ο σ ειδ ώ ν
δ. Δ ιό νυ σ ο ς

170
ΕΝΑΤΟΝ ΔΙΔΑΓΜ Α

Figura 22 Cruz com inscrições. Parte de baixo-relevo em esteia funerária, séculos VI-VII d.C
Museu Cristão e Bizantino (BXM48I), Atenas

ΟΙ ΠΡΩΤΟΙ ΜΑΘΗΤΑΙ

Τη επαύριον βλέπει τον Ίησ ο ΰ ν ΛΕΞΙΚΟΝ


ερχόμενον προς αυτόν, ηδειν - conhecia (imperfeito de οίδα)
καί λέγει φανερόω - brilhar, ser visível
’Ίδε ό αμνός του Οεοϋ. τεθέαμαι - vi, contemplei (perfeito de
ό αϊρων τήν αμαρτίαν του κοσμου Oí άομαι)
ούτός έστιν υπέρ ού εγώ ειπον
καταβαίνω - descer
όπίσω μου έρχεται άνήρ δς έμπροσθεν μου
ή περιστερά, -ας - pomba
γέγονεν,
ότι πρώτος μου ήν, ό ουρανός, -ου - céu
κάγώ ούκ ηδειν αυτόν, έμεινεν - permaneceu (aoristo de μέ'νι ι)
άλλ’ ϊνα ψανερωΟή τω Ισ ρ α ή λ, πέμπω - enviar
διά τούτο ήλθον εγώ έν υδατι βαπτίζων. βαπτίζειν - para batizar (infinitivo de
Και έμαρτύρησεν Ιω ά ν ν η ς λέγων ότι
finalidade)
Τεθέαμαι τό πνεύμα καταβαΐνον
ώς περιστεράν ίξ ουρανού, έφ’ - έπί (c/ ac.) - sobre,
και εμεινεν επ’ αυτόν acima de
κάγώ ούκ ήδειν αυτόν,
άν ίδης- vires (αν - partícula
άλλ’ ό πέμψας με βαπτίζειν εν υδατι,
que, antecedendo o subjuntivo,
εκείνος μοι ε ιπ ε ν
forma o condicional)
Έ φ ’ δν αν ϊδης τό πνεύμα καταβαΐνον
και μένον επ’ αυτόν, άγιος, -α, -ον - santo
ουτός έστιν ό βαπτίζων έν πνεύματι άγίω. έώρακα - vi (perfeito de
κάγώ εώρακα, και μεμαρτύρηκα ότι όράω)
ούτός έστιν ό υιός του θεού. είστήκει - estava (mais-
Τη επαύριον πάλιν είστήκει ό Ιω ά ννη ς que-perfeito de ιστημι, com
και έκ των μαθητών αύτου δύο,
sentido de imperfeito)
και έμβλέψας τώ Ίη σ ο υ περιπατουντι λέγει’
στράφι ίς- voltando-se (part.
’Ίδε ό αμνός του θεού.
aor. 2 pass. de στρέφω)
και ηκουσαν οί δύο μαθηταί αύτου λαλοΰντος
και ήκολούΟησαν τω Ίησου. θεάομαι - contemplar, olhar
στραφείς δε ό Ιη σ ο ύ ς και θεασάμενος αυτούς όψεσΟε - vereis (futuro de
άκολουθουντας λέγει αύτοΤς· όράω)
Τ ί ζητείτε; ήλθαν = ήλθον
οί δε ιΐπ α ν αύτώ·
είδαν = εΐδον
'Ραββί
έμειναν - permaneceram (aor.
(ο λέγεται μεθερμηνευόμενον Διδάσκαλε),
που μένεις; de μένω)
λέγει αύτοΤς· ό άδελφός, -ou - irmão
’Έρχεσθε καί όψεσΟε. ό Σίμων, -ωνος- Simão
ήλθαν ούν καί είδαν που μένει, ό Πέτρος, -ου - Pedro
καί παρ’ αύτώ έμειναν την ημέραν ε κ ε ίν η ν εύρήκαμεν - encontramos
ώρα ην ώς δεκάτη.
(perf. de ευρίσκω)
Ί ΐ ν Ά νδρέας ό άδελφός Σίμωνος Πέτρου
ό Μεσαίας, -ου - Messias
εΤς έκ των δύο των άκουσάντων παρά Ίωάννου
καί άκολουθησάντων αύτώ· ηγαγεν - conduziu (aor. 2 de
ευρίσκει ουτος πρώτον τον άδελφόν τον ϊδιον άγω)
Σίμωνα καί λέγει αύτώ’ κληθήση - serás chamado
Εύρήκαμεν τόν Μεσσίαν (futuro pas. de καλέω)
(ό έστιν μεθερμηνευόμενον Χριστός),
Κηφας (hebraísmo
ηγαγεν αύτόν προς τόν ’ Ιήσουν,
indeclinável) - Cefas
έμβλέψας αύτώ ό Ιη σ ο ύ ς ε ιπ ε ν
Σύ εΤ Σίμων ό υιός Ίωάννου, ερμηνεύω - significar
συ κληΟήση Κηφας
(δ ερμηνεύεται Πέτρος)

(Κατά Ίω ά ννη ν α )

172
ΕΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

a . Π ότε1 Ιω ά ν ν η ς βλέπει π ά λιν τον Ίη σ ο ϋ ν ερχόμενον προς


αυτόν;
β '. Τ ίς έστιν ό Ιη σ ο ύ ς κατά τον Ίω ά ν ν η ν ;
γ '. Τ ίνος ό αμνός του θεού α ίρ ε ι την αμαρτίαν;
δ '. Τ ίς έστιν ό άνήρ δς όπίσω Ίω ά ννο υ ερχεται άλλ’
έ'μπροσθεν αύτοΰ γέγονεν;
ε '. ’Ή ιδ ε ι ό Ιω ά ν ν η ς αυτόν έξ άρχης;
ς . Δ ιά τί ουν ηλθεν ό Ιω ά ν ν η ς βαπτίζων:
ζ \ Τ ί τεθέαται ό Ιω ά ν ν η ς καταβαΐνον επί τον Ίή σ ο υ ν ;
η '. Πως2 καταβαίνει το πνεύμα;
θ '. Πόθεν καταβαίνει το πνεύμα;
ι '. Πώς έ;γνω ό Ιω ά ν ν η ς ό'τι ό ’ Ιησούς ην ό Χριστός;
ια '. Τ ίς εΐπε τω Ιω ά ν ν η ότι έφ’ δν αν ίδ η τό πνεύμα
καταβαΐνον, ουτός έστιν ό Χριστός;
ιβ '. Τ ίς βαπτίζει εν πνεύματι όγίω ;
iy '. Τ ί μεμαρτυρηκε ό Ιω ά ν ν η ς περί του Ίη σ ο υ ;
ιδ '. Π ό σ ο ι2 έκ των μαθητών είστήκεσαν τη επαύριον π ά λιν
παρά τω Ιω ά ν ν η ;
ιε '. Τ ί δ’ έποίησεν ό Ιω ά ν ν η ς ;
ις '. Τ ίνες ηκουσαν του Ίω ά ννο υ λαλουντος;
ιζ '. Τ ί έποίησαν οί δύο μαθηταί;
ιη '. Τ ί ειπεν αύτοΐς ό Ιη σ ο ύ ς ;
ιθ '. Τ ί λέγεται μεθερμηνευόμενον 'Ραββί-,
κ '. Πού έ'μειναν οί δυο μαθηται την ημέραν εκείνη ν;
κα '. Τ ίς ην εις έκ τών δυο μαθητών τούτων;
κ β '. Τ ίνος Ά νδ ρ έα ς ην αδελφός;
κ γ '. Τ ίν α ό Ά νδ ρ έ α ς ευρίσκει πρώτον;

1 quando?
2 como?
J quantos?

173
κ δ \ Τ ί δ' ε ίπ ε ν αυτοί;
κ ε ' Τ ί εστι μεθερμηνευόμενον Μ εσ α ία ς,
κς Π ο ΐ4 ηγαγεν ό Ά ν δ ρ έ α ς τον αδελφόν αύτου;
κ ζ '. Τ ί ε ίπ ε ν ό Ιη σ ο ύ ς εμβλεψας τω Σ ίμ ω ν ι;
κ η ', Τ ί ερμ η νεύ ετα ι Κηφδς,

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

ΡΗΜ ΑΤΑ
Π Α Ρ Α Κ Ε ΙΜ Ε Ν Ο Σ

Vamos recordar e ampliar seus conhecimentos sobre o sistema do


perfeito. Lembre-se de que:

1. a marca mais característica do perfeito é o redobro;


2. na voz ativa, além do redobro, ocorre uma desinência sufixai -k ;

3. no indicativo, o perfeito tem desinências de número e pessoa próprias,


enquanto no subjuntivo e no imperativo usa as desinências do presente;
4. o perfeito tem a mesma forma nas vozes média e passiva;
5. na voz média e na voz passiva, a característica do perfeito, além do redobro,
é a ausência de vogal temática.

ΕΝΕΡΓΕΙΑ
ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΥΠΟΤΑΚΤ. ΠΡΟΣΤΑΚ. ΑΠΑΡΕΜΦ. ΜΕΤΟΧΗ
λε-λυ-κ-α λε-λυ-κ-ω - λε-λυ-κ-έναι Α. λε-λυ-κ-ώς,
λε-λυ-κ-ας λε-λύ-κ-ης λε-λυ-κ-ε λε-λυ-κ-ότος
λε-λυ-κ-ε λε-λυ-κ-η λε-λυ-κ-έτω Θ. λε-λυ-κ-υΐα,
λε-λυ-κ-αμεν λε-λύ-κ-ωμεν - λε-λυ-κ-υίας
λε-λυ-κ-ατε λε-λυ-κ-η τε λε-λυ-κ-ετε 0 . λε-λυ-κ-ός,
λε-λυ-κ-ασι(ν) λε-λύ-κ-ωσι(ν) λε-λυ-κ-ετωσαν λε-λυ-κ-ότος

4 aonde ?

174
ΜΕΣΟΤΗΣ ΚΑΙ ΠΑΘΟΣ
λέ-λυ-μαι λελυμενος ώ - λε-λυ-σ()αι Λ. λ; -λυ-μ/νος,
λε-λυ-σαι λελυμι'νος ης λι'-λυ-σο λε-λυ-μενου
λέ-λυ-ται λελυμενος η λε-λύ-σθω Θ. λε-λυ-μ.·'νη,
λε-λύ-μεθα λελυμενοι ώμεν λε-λυ-μενης
λέ-λυ-σθε λελυμενοι ητε λε-λυ-σθε Ο. λε-λυ-μενον,
λέ-λυ-νται λελυμενοι ώσι(ν) λε-λύ-σθων λε-λυ-μενου

Atenção: quando um verbo principia com consoante aspirada, o redobro


se faz com a correspondente surda:

θεάομαι - τεθέαμαι
φιλέω - π εφ ίλη κα
χα ίρ ω - κεχά ρη κα

VERBOS COMPOSTOS

Nos verbos compostos por prefixos (como κατα-λαμβάνω, παρα-


λαμβάνω, εμ-βλεπω), ο aumento geralmente se coloca entre o prefixo e
o radical. Assim:

κατα-λαμβάν-ω κατ-ε-λαβ-ον

παρα-λαμβάν-ω παρ-ε-λαβ-ον

εμ-βλεπ-ω έν-έ-βλεψ -α

O mesmo acontece com o redobro, no perfeito dos verbos compostos:

απολύω άπολελυκα
προπαιδεύω προπεπαίδευκα

175
Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

1. Κ λίνε τό ρήμα μαρτυρέω έν τώ παρακειμένψ χρόνω-

ΕΝΕΡΓΕΙΑ
ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΥΠΟΤΑΚΤ. ΠΡΟΣΤΑΚ. ΑΠΑΡΕΜΦ. ΜΕΤΟΧΗ
μεμαρτύρηκα - Α.

Θ.

-
Ο.

ΜΕΣΟΤΗΣ ΚΑΙ ΠΑΘΟΣ


- Α.

Θ.

-
Ο.

2. Ευρίσκεται ταΟτα τά ρήματα εν τω άναγνώσματι τούτου


διδάγματος· σήμαινε τον χρόνον κ α ί την ε γ κλισ ιν αυτών κατά τό
παράδειγμα-

ΐδε τα σύμβολα·
χρόνοι έγκλίσεις
Ε = ένεστώς 0 = οριστική
Μ = μέλλων Υ = ύποτακτική
Α = αόριστος Π = προστακτική
Π = παρακείμενος Α = άπαρεμφατος
Μ = μετοχή

176
ΧΡΟΝΟΙ ΡΗΜΑΤΑ 1 I ΚΑΠ 1 ΙΣ
F Μ A Π 0 Υ 11 Λ Μ

X βλ; πί ι X
ί ί,^χόμί νϋν
αϊρων
είπον
γέγονε
φανεροΟη

ηλΟον
βαπτίζων
έμαρτυρησε
Τ! Οέαμαι
καταβαΐνον
::με ινε
πεμψας

έώρακα
μ: μαρτύρηκα
ί’:μβλ.·':ψ ας
περίπάτουντι
ήκουσαν
λαλοϋντος
ήκολουΟηιταν
Οεασάμενος
άκολουΟαυντας
ζητείτε
είπαν
λέγεται
με Οερμηνευόμενον

177
ΧΡΟΝΟΙ ΡΗΜΑΤΑ ΕΓΚΛΙΣΕΙΣ
E M A II 0 Υ 11 Α Μ
ερχεσΟί
δψεσθί
ήλθαν
ιΐδαν
εμί ιναν
άκουσάντυν
ευρίσκει
εύρήκαμεν
ήγαγε
κληΟηση
έρμηνεύι ται

ΣΥΝΤΑΞΙΣ

EXPRESSÕES DE TEMPO

Você já conhece as duas principais maneiras como se formulam expressões


temporais (ou adjuntos adverbiais de tempo), a saber:

a) sem idéia de duração: usa-se o dativo, em geral precedido por εν;


b) com idéia de duração: usa-se o acusativo.

Como você já aprendeu, no prim eiro caso trata-se de um dativo loca-


tivo, expressando localização no tempo (quando isso aconteceu?), como
em εν αρχή, iv εκείνη ήμερα (naquele dia) etc.
N o segundo caso, temos o chamado acusativo de duração, um uso espe­
cializado do acusativo na função adverbial de expressar extensão temporal
(em português, traduz-se normalmente por durante...).
Observe a diferença entre os dois:
οι μαθηταί έμειναν π α ρ ’ αύτώ iv τή ήμερα εκείνη
(os discípulos ficaram na casa dele aquele dia);
o i μαθηται έμειναν π α ρ ’ αύτω την ήμεραν εκείνη ν
(os discípulos ficaram na casa dele durante aquele dia).

178
Em alguns casos, também sem idéia de duração, usa-se o genitivo,
especialmente para designar o dia, a tarde, a noite, o mês, a estaçao
ημέρας, de dia; εσπέρας, de tarde; νυκτός, de noite (nominativo: ή νύς),
θέρους, no verão (tò θέρος); χειμώνος, no inverno (ό χί ιμών); εαρος,
na primavera (tò έαρ); οπώρας, no outono (ή οπώρα).

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Ε υ ρ ισ κ ε τα άμ α ρ τή μα τα ·

1. Ιω ά ν ν η ς είδε τον Ίή σ ο υ ν ερχόμενον προς αυτόν νυκτός.


2. Είπε ό Ιω ά ν ν η ς · Ουτός έσ τιν υπέρ ού εγώ είπον χειμώνος-
όπίσω μου έρχεται άνήρ ος τό θέρος γέγονεν.
3. Δ ιά τούτο ήλθε ό Ιω ά ν ν η ς έν ϋδατι βαπτίζω ν την εσπέραν
εκείνην.
4. Κ α ί έ μ α ρ τ ύ ρ η σ ε ν ’ Ιω ά ν ν η ς έ ν τη ε σ π έ ρ α ε κ ε ίν η λέγ ω ν
οτι Τεθέαμαι ταυτην την νύκτα τό πνεύμα καταβαΤνον ώς
περιστεράν ές ουρανού.
5. Τ η ν επαύριον νύκτα π ά λιν είσ τή κει ό Ιω ά ν ν η ς πέραν τού
Ίο ρ δ ά νο υ κ α ί έκ των μαθητών αύτοΰ δύο.
6. Οί δύο μαθηται ήλθαν καί είδαν πού μένει Ιησούς, καί παρ’ αύτώ
έμειναν τη νυκτί εκείνη.
7. ’ Εν τη δεκάτη ήμερα Ά ν δ ρ έ α ς ευρίσκει τον αδελφόν τον
ίδ ιο ν Σίμω να καί λέγει αύτώ· Εύρήκαμεν τον Μ εσσίαν.
8. Έ ν τη τετάρτη ημέρα Ά ν δ ρ έ α ς ή'γαγεν τον αδελφόν αύτοΰ
προς τον Ίη σ ο ΰ ν .
9. Σίμω ν έμεινε παρά τώ Ιη σ ο ύ τον χειμώνα έκεΐνον.

179

Λ
Curiosidade:

A divisão do ano dos gregos era diferente da nossa. Ligava-se ao ciclo


do trabalho agrícola, comportando duas grandes estações (ώραι): o verão
(tò θέρος), que se estendia de maio a setembro; e o inverno (ό χα μώ ν),
de outubro a fevereiro. Entre estes dois, distinguia-se uma estação menor,
a primavera (tò έαρ), período de passagem entre χειμών e θέρος.
O inverno era o período em que não havia trabalhos agrícolas, estando
as despensas repletas das colheitas — um tempo, portanto, de fartura e de
espera de que as sementes, plantadas no fim do verão, brotassem. O verão
era o período de grandes trabalhos agrícolas: primeiramente, a colheita dos
cereais, a serem debulhados e armazenados; em seguida, a colheita dos
frutos; finalmente, o plantio dos grãos, que passariam o inverno sob o solo,
para germinar na primavera. Só posteriormente se distingue, na estação do
verão, uma espécie de subestação, ή οπώρα, época da colheita dos frutos,
que correspondería ao nosso outono (agosto e setembro).
Como estação intermediária entre as duas maiores, a primavera era
época de penúria e expectativa: embora os vegetais começassem a brotar
e produzissem flores, ainda não havia grãos e frutos, enquanto as reservas
do último verão escasseavam nos depósitos. É assim que Álcman, poeta do
século VII a.C., a descreve:

θεός δ ’ έθηκε τρ εις ώρας, θέρος


κα ι χειμ ώ να κ α ι οπώ ραν τ ρ ίτ η ν -
κ α ί τέταρτον το έαρ, οτε
θάλλει μέν, έ σ θ ίε ιν δ ’ άδην
ούκ έσ τι.

εθηκε - estabeleceu; και όπώραν τ ρ ίτ η ν - e, como terceiro, ο


outono (e o outono em terceiro lugar); οτε - quando; θάλλω -
florescer, verdejar; μέν... δέ... - partículas que põem em relação dois
enunciados: por um lado..., mas por o u tro lado... (ocorrem sempre
na posição 2 do sintagma que introduzem); έσθίω - comer; άδην - à
saciedade; ούκ έστι - não é possível (com infinitivo).

180
ΣΥΝΔΕΣΜΟΙ
PARTÍCULAS

Você já conhece a partícula δέ, que marca uma sucessão no enunciado,


com sentido aditivo (e) ou adversativo (mas). N o poema acima, você
encontrou a mesma partícula acompanhando uma outra, que m u ito
frequentem ente a antecede - μέν - como na frase: θ ά λλα μέν, έ σ θ ίειν
δέ αδην ούκ έστι (por um lado, tudo floresce, mas, por outro, comer à sociedade
não é possível). Como δε, μέν também ocorre na posição 2 do sintagma
que introduz. O par μέν... δε... significa por um lado... por outro... Isso indica
que, quando você encontrar a partícula μέν, deve ficar na expectativa de
uma provável ocorrência de δέ — e é nesse sentido que se pode dizer
que as partículas são os elementos de coesão textual, ou seja, exercem, no
nível do texto, o mesmo papel que as conjunções no âmbito das orações.
Agora leia o provérbio (παροιμία) abaixo, cuja fonte é Platão:

τά α γ α θ ά τ ο ις μέν άγαθοΤς α γ α θ ά , τοΐς δε κα κο ΐς κ α κ ά

Para entendê-lo, siga passo a passo:

1. A partir do que você aprendeu sobre os neutros plurais, o que significa τά


αγαθά?

2. Os dois sintagmas que se encontram no dativo significam: a) τοΐς άγαθοΤς


— para os bons; b) τοΐς κακοΐς — ______________________.

3. Os dois adjetivos (αγαθά e κακά) são os predicativos de τά αγαθά e o


verbo έστί está subentendido.

4. Repare que na frase aparecem as partículas μέν e δέ. Considerando que


ocupam a posição 2, marque na oração quais os sintagmas que elas corre­
lacionam (por um lado... mas, por outro...).

5. Agora traduza o provérbio, observando que, na tradução, você não precisa


reproduzir, literalmente, todos os elementos da frase grega (por exemplo, o
sentido literal das partículas), pois isso pode levar a uma elocução canhes-
tra em português:
as coisas boas__________ _________ __________________________

181
Π Α ΙΔ ΙΑ
B R IN C A D E IR A

Na leitura abaixo, a respeito das Musas, o significado de cada uma das


palavras (excetuando-se artigos e partículas) encontra-se ao redor do
te x to grego. Encontre cada correspondência, articule as várias orações e
frases — e leia! Boa sorte 1

ΠΕΡΙ Μ Ο ΥΣΩ Ν

Urânia Polímnia Terpsícore Erato Euterpe

tragédia nove

poética Α ι Μουσαι, αι θεαί των τεχνών καί επιστημών, preside


ε ίσ ιν έννεα·
canto música
Μελπόμενη μεν ; στι Μούσα της τραγωδίας,
comédia Musa
Θάλεια δε της κωμωδίας·
deusa Ουρανία μεν της αστρονομίας προστατεύει, deusas

tem Τερψιχόρη δε της χορείας και Κλείω της comanda

arte ιστορίας· são


Ε ρατώ μεν την επιμέλειαν εχει της λυρικής,
história Musas
Καλλιόπη δέ της ποιη τικής τέχνης-
lírica artes
Πολύμνια μεν έστι θεά ή κατάρχει της ώδης,
dança cuidado
Ευτέρπη δέ της μουσικής.
é ciências

Calíope Melpômene astronomia Tália Clio

Atenção: προστατεύω e κατάρχω regem genitivo.

182
Α Σ Κ Η Σ Ε ΙΣ

I. Σ υ να π τέ τά ρή μ α τα ·

β λ έ π ε ιν τον αδελφόν προς τον δ ιδά σ κα λον


έρχεσθαι τω άνθρώπω π ε ρ ιπ α τ ο ύ ν τ ι
α ϊρ ε ιν τον αδελφόν τον ίδ ιο ν .
κ α τ α β α ίν ε ιν τούς μαθητάς τούς ίδιους.
μ έ ν ε ιν τ η ν ά μ α ρ τία ν του κόσμου.
έμβλέπ ειν ε π ’ αυτόν.
α κ ο ύ ε ιν τώ όδελφω τω ίδ ίω .

ά κολουθεΐν πρός Α θ ή ν α ς .

θεάεσθαι έξ του ουρανού εις τ ή ν γην.


ε ύ ρ ίσ κ ε ιν τω δ ι δάσκαλος.

λ έ γ ε ιν τόν ά νθ ρ ω πον π ερ ιπ α το ύ ντα .


ά γ ε ιν του ανθρώ που λαλούντος.

2. Α π ο τ ε λ ε ί σ υ ν ταΤς π ρ ο θ έ σ εσ ι δ ιά , έκ, έν, ε π ί, π α ρ ά ,


πρός, ύπέρ·

ήγαγον ο ι φ ίλ ο ι τόν ν ε α ν ία ν ______________ τόν πα τέρα αυτού.

ό πα τήρ ένέβλεψε τω υιού κ α ί είπ ε· ουτός έ σ τ ι ν _ ου εγώ

ε ίπ ο ν έστι μοι υ ιό ς ος ού θέλει μ έ ν ε ιν τω π α τρ ί

αυτού. _________ τούτο έςήλθε __________ τής ο ικ ία ς τής ιδ ία ς

κ α ί μένει _________ ταΤς των φ ίλω ν ο ίκ ία ις · ά λ λ ’ αγά πη μου αεί

___________ αυτόν μένει.

181
ΣΥΜΠΛΗΡΩΤΙΚΟΝ ΑΝΑΓΝΩΣΜΑ
ΠΕΡΙ ΓΕΡΟΝΤΟΣ

Φ ιλ ώ γέρ ο ντα τερπνόν,


Φ ιλ ώ νέ ο ν χορευτήν.
Γέρω ν δ ’, όταν χορεύη,
Τ ρ ίχ α ς γέρω ν μέν έ σ τ ιν ,
Τάς δέ φρένας ν ε ά ζει.

( ’ ϋ κ τω ν Ά ν α κ ρ έ ο ν τ ο ς ωδών)

φιλέω - amar, gostar de; ό γέρων, γέροντος- velho; τερπνός, -ή,


-όν - alegre, agradável; νέος, -α, -ον - jovem, novo; ό χορευτής,
-ου - bailarino; όταν (c/ subjuntivo) - quando; χορεύω - dançar; ή
θρίξ, τριχός- cabelo; φρήν, φρενός- ânimo, alma, coração; νεάζω
- rejuvenecer

Α Σ Κ Η Ε Σ ΙΣ

I . Leia ο texto, procurando entendê-lo, e traduza-o por escrito, em seguida.


Atenção para:
a) o uso do acusativo de relação no quarto verso: γ έ ρ ω ν έ σ τ ιν γ έ ρ ω ν τρίχας
significa ο velho é velho com relação aos cabelos;
b) o uso das partículas correlatas μ έ ν ... δέ... (por um lado..., mas por outro
lado...).
2. Experimente escandir os versos e descubra o metro utilizado no poema
(trata-se de um dos modelos que você já conhece). Preste atenção: no início
do último verso, separe as sílabas assim: τάς / δέφ / ρέ...

184
ΛΕΞΙΚΟΝ

Aprenda outros prefixos muito usados na composição de palavras


(analise cada exemplo, consultando o dicionário, se necessai 10):

PREFIXO SENTIDO EXEMPLOS

έττι -/ superposição, conclusão, επιβαίνω, επιβάπτω, έπάρχω.


έπ-/ έφ- extensão, adição, repetição, επιγράφω, εττιλαμβάνω, έψορόω,
superioridade έπιμαρτυρέω, έπιφαίνω, έφοδος

εύ- bondade, abundância, ευμενής, ευδαίμων, εύανδρος,


prosperidade, facilidade εύαρχος, ευδοξία, εύλογέω

ήμι- metade ήμίανδρος, ήμιάνθρωπος,


ημίθεος

μετά-/ participação, companhia, μετέχω, μετέρχομαι, μεταβαίνω,


μετ-/ μεθ- sucessão, abandono, μεθερμηνεύω, μέθοδος,
transposição μεταφέρω, μεταφορά, μέτειμι

παρα-/ junto de, para junto de, por, παρέχω, παραβαίνω,


παρ- além, erroneamente παραγράφω, παράδοξος,
παραζητέω, παράλυσις

περί- em volta de, além de, excesso, περί βαίνω, περί βλέπω,
abundância περιγραφή, περιμένω, περίοδος,
περιφανής

προ- anterioridade, prioridade, πρόξενος, προβαίνω, προφέρω,


vizinhança πρόγραμμα, πρόλογος, προπίνω

συν-/ συγ-/ companhia, plenificação συμπληρόω, σόνειμι, συμβαίνω,


συμ- συγκαταλέγω, σύνοδος,
συνοικία

ύπερ- excesso, posição além de, em υπεράνθρωπος,


defesa de ύπεραποκρίνομαι, υπερβαίνω,
ύπερμενής, ύπεροράω

ύπο-/ abaixo de, por baixo de, sujeito αποβαίνω, ύποψραφή, υπόδημα,
ύπ-/ ύφ- a, secretamente ύφοράω, υποκρίνομαι, υπάρχω

185
Α Ν Α Μ Ν Η Σ ΙΣ

Estamos quase terminando a primeira parte de seu curso (a qual se


estende até a lição I I ). É tempo de conferir o que voce aprendeu
Essa é a finalidade do estudo dirigido sobre a prim eira e a segunda
declinação que você encontrará abaixo. Faça-o com cuidado. O que se pede
diz respeito aos conteúdos que, até agora, você deve te r memorizado. Em
caso de dúvidas, volte às lições anteriores e estude o que você esqueceu

A G ENERALIDADES

I Os nomes gregos apresentam as categorias de gênero, número e caso.

2. Quanto ao gênero, podem ser _ _ou

3. Quanto ao número, flexionam-se n o _____________ e n o ______________ .

4. Quanto ao caso, flexionam-se no

5 Os nomes dividem-se em declinações

B. A PRIMEIRA D E C L IN A Ç Ã O

I A primeira declinação é constituída por nomes de tema em e2

2. Quanto ao gênero, os nomes da primeira declinação podem ser

ou

186
C . O S N O M E S F E M IN IN O S D A PR IM EIRA D E C L IN A Ç A O

1. Os nomes femininos dividem-se em três tipos. ___________________,

_____________e __________________

2. Palavras em alfa puro são aquelas em que a vogal temática (-a) é precedida

d e ______________ o u ________________ .

3. Palavras em alfa misto são aquelas em que a vogal temática (-a) é precedida

d e ______________________ .

4. As palavras e m ____________________ mantêm a vogal temática -a em

todos os casos do singular

5. As palavras em apresentam a vogal temática -a

em três casos (_ _, e __ )

e a vogal temática -h em dois casos ( e

_____________________ )-

6. Ήμερα, φιλία, αγορά, σκοτία, αμαρτία, λύρα, μαρτυρία são exemplos

de palavras e m __________________

7. Γλώσσα, δόςα, μούσα, θάλασσα são exemplos de palavras em8

8. Σελήνή, α ρχή , φωνή, ψυχή, ζωή são exemplos de palavras em

187
9. Os nomes femininos da primeira declinação declinam-se da seguinte forma
(complete com as terminações)

-a puro -a misto -η

Singular Nominativo ήμέρ γλώσσ ψυχ

Vocativo ημφ γλώσσ ψυχ

Acusativo ήμφ γλώσσ ψυχ

Genitivo ήμφ γλώσσ ψυχ

Dativo ήμφ γλώσσ ψυχ

Plural Nominativo ήμέρ γλώσσ ψυχ

Vocativo ήμέρ γλώσσ ψυχ

Acusativo ήμέρ γλώσσ ψυχ

Genitivo ήμφ γλωσσ ψυχ

Dativo ήμέρ γλώσσ ψυχ

10 Assim, com relação aos nomes femininos da primeira declinação, o nominativo

e o vocativo singular são sempre iguais, terminando em ou

o nominativo e o vocativo plural também são iguais, terminando

em

I I O acusativo singular termina em o u ________ o plural termina

em ___________

12 O genitivo singular dos nomes em alfa puro termina em ;o

genitivo dos nomes em alfa misto e em eta termina em Nos três

tipos de nomes femininos da primeira declinação, o genitivo plural termina

sempre em ______ .

13. O dativo singular pode terminar em ou em ; o datvo

plural termina sempre em

188
D O S N O M E S M A S C U L IN O S D A PRIM EIRA D E C L IN A Ç Ã O

1. Ν εανίας, προφήτης, μαθητής, π ο ιη τ ή ς são exemplos de nomes

da primeira declinação.

2. Os nomes masculinos da primeira declinação podem terminar, no nomina­

tivo singular, em o u ___________ ,

3 A declinação dos nomes masculinos da primeira declinação difere da dos

nomes femininos apenas no singular dos seguintes casos:______________ ,

e __________________.

4, No nominativo singular, os nomes masculinos da primeira declinação po­

dem terminar em -ας ou -ης; no vocativo singular, terminam geralmente

em _________ ; no genitivo singular, terminam sempre e m ________ ,

5, Os nomes masculinos da primeira declinação declinam-se da seguinte


forma (complete com as terminações):

Tema em alfa Tema em eta

Singular Nominativo νεανί προφήτ

Vocativo νεανί προφήτ

Acusativo νεανί προφήτ

Genitivo νεανί προφήτ

Dativo νεανί προφήτ

Plural Nominativo νεανί προφήτ

Vocativo νεανί προφήτ

Acusativo νεανί προφήτ

Genitivo νεανι προφήτ

Dativo νεανί προφήτ

189
E. A S E G U N D A D E C L IN A Ç Ã O

1. A segunda declinação é integrada por nomes de tema em

2. Quanto ao gênero, os nomes da segunda declinação podem ser

_______________ o u ________________ .

3. Não há diferenças entre as declinações dos nomes

4. Com relação aos nomes neutros, três casos têm a mesma forma, no sin­

gular e no plural, a saber:________________ , __ e

F. OS NO M ES M A S C U LIN O S E FEM ININO S D A S E G U N D A


D E C L IN A Ç Ã O

I. Os nomes masculinos e femininos da segunda declinação declinam-se da


seguinte forma (complete com as terminações)

Masculino Feminino

Singular Nominativo λόγ όδ


Vocativo λόγ όδ

Acusativo λόγ όδ

Genitivo λόγ όδ

Dativo λόγ όδ

Plural Nominativo λόγ όδ


Vocativo λόγ όδ

Acusativo λόγ όδ

Gen tivo λόγ όδ

Dativo λόγ όδ

190
2. Observa-se que, diferentemente do que acontece na primeira declinação,

o nominativo e o vocativo singular dos nomes femininos e masculinos da

segunda declinação têm terminação diferente, a saber: nominativo singular,

; vocativo singular, _. Entretanto, no _ _.nominativo

e vocativo têm a mesma forma.

3. Como na primeira declinação, a marca de acusativo singular é um

que se acrescenta à vogal temática, dando origem à terminação ; no

plural, a terminação do acusativo é

4. No dativo singular, como acontece na primeira declinação, temos o

alongamento da vogal temática e, debaixo dela, o _____________________;

no dativo plural, a terminação é _______________________ ,

G. OS NO M ES N E UTRO S D A S E G U N D A D E C L IN A Ç Ã O

1. Nos nomes neutros, o _ _eo_ _ apresentam

a mesma forma que o

2. No nominativo singular, os nomes neutros da segunda declinação terminam

em · no nominativo plural, sua terminação é

3. Os nomes neutros da segunda declinação declinam-se do seguinte modo


(complete com as terminações):

Singular Plural

Nominativo/Vocativo/Acusativo βιβλί βιβλί

Genitivo

Dativo

191
Δ Ε Κ Α Τ Ο Ν Δ ΙΔ Α Γ Μ Α

Figura 23 - Mosaico (detalhe). Parte do pso da Basílica de llissos. Museu C rstão e Bizantno,
Atenas.

ΙΗ Σ Ο Υ Σ Κ Α Ι Ν Α Θ Α Ν Α Η Λ

Τη επαύριον ήθέλησιν Ιη σ ο ύ ς ΛΕΞΙΚΟΝ


έξελθεΐν εις την Γαλιλαίον,
και ευρίσκει Φ ίλιππον,
έθέλω = θέλω
και λέγει αύτω ό Ιησούς-
έςέρχομαι - sair, partir
'Ακολουθεί μοι.
ην δέ ό Φ ίλιππος από Βηθσαίδά, από (d gen.) - de, procedente de
έκ της πόλεως Ά νδρέου καί Πέτρου, Βηθσαίδά (hebr. indecl.) - Betsadá
ευρίσκει Φ ίλιππος τον Ναθαναήλ πόλεως - da cidade (gen. sing de πόλις)
καί λέγει αύτω· έγραψεν - escreveu (aor. de γράφω)
"Ον έγραψεν Μωϋσής έν τω νόμω δύναται - pode (3a pes. sing. do presente
και οί προφήται εύρήκαμεν, do ind. de δύναμαι, poder)
Ίησουν υιόν του Ιω σή φ τον από τι - algo (pron. indefinido neutro: τις,
Ναζαρέθ. alguém; τι, alguma coisa)
καί εΐπεν αύτω Ναθαναήλ- αγαθός, -ή, -óv - bom
Έ κ Ναζαρέθ δύναταί τι αγαθόν ε ίνα ι- infinitivo pres. de είμί
είνα ι; άληθώς - verdadeiramente
λέγει αύτώ ό Φίλιππος·
’Τρχου και ϊδε. ό δόλος, -ου - maldade, dolo
ειδεν Ιη σ ο ύ ς τον Ναθαναήλ πόθεν - de onde (advérbio interrogativo)
ερχόμενον προς αυτόν γίγνώσκω - conhecer
και λεγει περί αύτοΰ'
πρό τού Φ ίλιππον φωνήσαί σε
Ίδ ε αληθώς Ισρ α ηλίτης,
εν ω δόλος ούκ εστιν. - antes de Filipe chamar-te (πρό τού -
λέγει αύτώ Ναθαναήλ- antes de; φωνεω - chamar)
Πόθεν με γιγνώσκεις; ύπό (d acus.) - sob, embaixo
άπεκρίθη Ιη σ ο ύ ς και ειπεν αύτώ'
ή συκή, -ής- figueira
Πρό του σε Φ ίλιππον φωνήσαι.
όντα υπό τήν συκήν, ό βασιλεύς, -έως - rei
εΐδόν σε. ότι - porque, que
άπεκρίθη αύτώ Ναθαναήλ' υποκάτω - embaixo, abaixo
ραββί, σύ ει ό υιός του θεού,
συ βασιλεύς εΐ του Ισ ρ α ή λ, μείζω τούτων - coisas maiores que estas
άπεκρίθη Ιη σ ο ύ ς και ειπεν αύτώ· όψη - verás (2a pes. sing. de ό'ψομαι,
"Οτι ειπόν σοι ότι εΐδόν σε futuro 2 de όράω)
υποκάτω τής συκής, πιστεύεις;
άμήν (hebr. indecl.) - amém, assim seja
μείζω τούτων ό'ψη.
και λέγει αύτώ· όψεσθε - vereis (fut. 2 de όράω)
Α μ ή ν αμήν λέγω ύμΐν, άνεωγότα - aberto
όψεσθε τον ούρανόν άνεογότα ό άγγι λος, -ου - an|0 , mensageiro
και τούς άγγέλους τού θεού
άναβαίνω - subir
άναβαίνοντας και καταβαίνοντας
επί τόν υιόν τού άνθρωπου. καταβαίνω - descer

(Κατά Ίω ά ν ν η ν , α ')

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Θ Ε Σ ΙΣ

ΜΕΛΑΩΝ
FU TU R O »

Aprenda o futuro dos verbos regulares, cuja morfologia é extremamente


simples:
I. as desinências de futuro são -σ-, na voz ativa e na voz média, e -Οησ-, na
voz passiva;

193
2. as te rm in a ç õ e s de m odo, n u m ero e p e sso a são as m esm as d o p re se n te

Observe o quadro abaixo:

ΕΝΕΡΓΕΙΑ

ΟΡΙΣΤΙΚΗ ΑΠΑΡΕΜΦΑΤΟΣ ΜΕΤΟΧΗ

λυ-σ-u λυ-σ-ειν Α. λΰ-σ-ων,

λυ-σ-εις λυ-σ-υντυς

λυ-σ-ί ι θ . λυ-σ-ουσα,

λΰ-σ-ομεν λυ-σ-ουσης

λυ-σ-ετε Ο. λυ-σ-ον,

λυ-σ-ουσι(ν) λυ-σ-οντος

ΜΕΣΟΤΗΣ

λυ-σ-υμαι λυ-σ-i σΟαι Α. λυ-σ-όμενος,

λυ-σ-ε ι/λυ-σ-η λυ-σ-ομένου

λυ-σ-εται Θ. λυ-σ-ομενη,

λυ-σ-όμεϋα λυ-σ-υμενης

λυ-σ-ί σΟε Ο. λυ-σ-όμενον,

λυ-σ-ονται λυ-σ-ομενου

ΠΑΘΟΣ

λυ-Οησ-αμαι λυ-Οήσ-ί σΟαι Α. λυ-Οησ-όμενος,

λυ-Οήσ-ει/λυ-Οησ-η λυ-Οησ-ομενυυ

λυ-Οήσ-ί ται Θ, λυ-()ησ-ομένη,

λυ-θησ-όμε Οα λυ-Οησ-ομενης

λυ-Οήσ-f σΟε 0 . λυ-Οησ-όμενον,

λυ-Οήσ-ονται λυ-Οησ-ομενου

194
FUTURO 2

Como acontece no caso do aoristo e do perfeito, alguns verbos tem


uma forma segunda de futuro, como όράω, cujo futuro aparece nesta lição
οψομαι, όψη, δψεται, όψόμεΟα, οψεσθε, υψονται.
Dos verbos que você já conhece, memorize as formas supletivas de
aoristo e de perfeito — e aprenda também os respectivos futuros (conjugue
em voz alta cada uma das formas abaixo):

ΕΝΕΣΤΩΣ ΑΟΡΙΣΤΟΣ ΠΑΡΑΚΕΙΜΕΝΟΣ Μ FΑΛΩΝ


όρώ (< όράω) είδον οπωπα οψομαι
λέγω είπον ε’ίρηκα έρώ (< έρέω)
αμί έγενόμην γέγονα έσομαι1
γίγνομαι έγενόμην γέγονα γενήσομαι
έρχομαι ηλθον έλήλυΟα έλευσομαι
λαμβάνω έλαβον ε’ίληφα λήψομαι
άγω ήγαγον ΠXa άςω
ευρίσκω ηυρον £|ϋρηκα εόρήσω
έσΟίω έφαγον έδήδοκα έδομαι
αίρέω ειλον ήρηκα αιρήσω

Α Σ Κ Η Σ ΙΣ

Κ λ ίν ε το ρήμα-

ΕΝΕΡΓΕΙΑ ΜΕΣΟΤΗΣ ΠΑΘΟΣ

παιδεύσω παιδευσομαι παιδευθήσομαι

Atençáo: a terceira pessoa do futuro de ε ίμ ί é σται.


Σ Υ Ν Τ Α Ξ ΙΣ

Observe a seguinte frase

προ του σε Φ ίλ ιπ π ο ν φ ω ν η σ α ι, ό ν τ α υπό τ η ν σ υ κ η ν ,


ε ίδ ό ν σε
(antes de Filipe chamar-te, estando tu sob a figueira, eu te vi).

1. Em είδόν σε όντα όπό την συκην (eu te vi, estando tu sob a figueira), o
particípio όντα refere-se ao objeto de ver (σε), estando ambos no acusativo
singular. Por isso se entende que quem estava sob a árvore era Natanael e
não Jesus. Caso se quisesse dizer que era o sujeito que estava sob a
figueira, o particípio concordaria com o mesmo (εγώ), devendo aparecer
no nominativo singular: εγώ είδόν σε ών ύττό τήν συκην (eu te vi, estando
eu sob a figueira).
2. A oração subordinada adverbial de tempo é construída com um infinitivo
que determina a idéia introduzida pela locução προ του (antes de): não se
trata de antes de qualquer coisa, mas de antes de te chamar (προ του σι
φωνησαι). Esta é uma construção comum em grego (como também em
português), em enunciados que indicam anterioridade, cuja conjunção
habitualmente é π ρίν (antes), mas também, na κοινή, πρ ιν ή, πρότι ρον
ή, προ του (todas com ο mesmo significado).
3. Ο sujeito da oração construída com infinitivo aparece normalmente no acu­
sativo (e não no nominativo). Na oração προ του σε Φ ίλιππον φωνησαι
(antes de Felipe chamar-te), Φ ίλιππον é o sujeito de φωνησαι e por
isso se encontra no acusativo.

Guarde bem essa regra, que se aplica também a outros tipos de subor­
dinadas com infinitivo, que você estudará mais adiante.
Embora à primeira vista possa parecer absurdo que um acusativo
exerça a função de sujeito, recorde que a função do acusativo é, como a do
advérbio, determinar um verbo ou um adjetivo. Ora, em geral, essa deter­
minação diz respeito não ao sujeito, mas a seu objeto — inclusive porque,
pela conjugação, o verbo já traz em si informações sobre seu sujeito: se é a
pessoa que fala (o que chamamos de primeira pessoa); a pessoa com quem
se fala (segunda pessoa); ou a pessoa de que se fala (a terceira pessoa). Por­
tanto, com relação ao sujeito de uma forma verbal finita, isto é, que tenha as
marcas pessoais, não se pode falar de determinação, mas trata-se, antes, de

196
uma relação em pe de igualdade entre sujeito e verbo, uma espécie de
reiteração ou de explicitação de algo que a forma verbal tem jn determinado,
o que chamamos de concordância entre o verbo e seu sujeito.
No caso do infinitivo, isto é, uma forma verbal sem marcas pessoais,
aberta, portanto, também com relação ao sujeito, é ao acusativo que cabe
a função de determinação, do mesmo modo como acontece com relação
ao objeto. Assim, como ao dizermos φωνησαι σε o papel do acusativo e
determinar que não se trata de ter chamado qualquer um, mas a ti, também
ao dizermos Φ ίλ ιπ π ο ν φωνησαι, é o acusativo que determina que não se
trata de qualquer um, mas sim de Filipe te r chamado.

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

I. Π ο ίε ι δέκα φράσεις κατά τό παράδειγμα


τον Φ ίλιππον

τον άνδρα ε γώ εΤδόν

πρό του την γυναίκα

πριν τό τεκνον φωνήσαί σε. σ ι.

π ρ ιν ή τον κύριον

πρότερον του τον άγγελον ήμίΐς ι ’ίδομεν

τον γέροντα

τον χορευτήν

Π ρ ιν τό τεκνον φωνησαι σε, ημείς εϊδομεν σε.

197
2. Π ο ιε ί φ ράσ εις κα τά τό παράδειγμα-

πρώτον δεύτερον

α ό πατήρ εΐδε τόν υιόν. ή μήτηρ έφώνησε τόν υιόν.

β' ό άνήρ εΐδε τήν γυναίκα. ή γυνή ήκουσε τού άνδρός


λαλουντος.

ν' ό διδάσκαλος έφώνησε τούς οι μαθηταί ήκολούΟησαν τω


μαθητάς. διδασκάλω.
δ' οι θεοί έποίησαν τόν άνδρα. οι θεοί έποίησαν τήν γυναΤκα.

ό άνήρ έγένετο. ή γυνή έγένετο.

ς' ή μήτηρ τρέφει τό τέκνον. ό πατήρ παιδεύει τό τέκνον.


ΐ
ζ' ό Έρεχθεύς ήν ένδοξος ό Ποσειδών είσήλθε εις τάς
θεός έν ταΐς ΆΟ ήναις. ’ Αθήνας.

η' οι αμνοί γιγνώσκουσιν τόν οι αμνοί άκολουθοΰσι τω ποιμένι.


ποιμένα.

α \ προ του την μητέρα φωνησαι τον υ ιόν, ό πατήρ είδε


αυτόν.

β . π ρ ιν
/ V '*
η __________________________________________

γ \ πρότερον του _____

δ ', π ρ ιν .______ __________________ _____________________

ε '. π ρ ιν ή

ς'. πρότερον του _____________________________________

ζ '. π ρ ιν __

η ', προ του __________________________________________

198
3. Μιμνήσκου μέν τό του Άνακρέοντος ποίημα δ άνέγνωκας έν τφ
' βδόμω διδάγματι ·

ή γη μ ελ α ινα π ίν ε ι,
π ίν ε ι δε δένδρε’ α υ τ ή ν
π ίν ε ι θάλασσα δ ’ αύρας,
ό δ ’ ή λ ιο ς θάλασσαν,
τόν δ ’ ή λ ιο ν σ ελήνη .

αποτελεί δε τάς φράσεις-

π ρ ιν ________________ π ίν ε ιν αυτόν, ό ή λ ιο ς π ίν ι ι

_____________· π ρ ιν δέ ______________ π ίν ε ιν αυτήν, ή

θάλασσα π ίν ε ι ______________: π ρ ιν δε ______________

π ίν ε ιν τάς αύρας, τα δένδρα π ίν ε ι _____________ ; π ρ ιν

δέ _______________π ίν ε ιν αυτήν, ή γη μελαινα π ίν ε ι.

4. Além de preservados por meio de manuscritos em papiro e pergaminho,


os textos antigos foram também escritos sobre material duro, como cerâmica,
pedras ou metais. Trata-se de uma importante fonte de informação, que, em
geral,conserva originas (ao contrário da quase totalidade dos manuscritos, que são
cópias de cópias de cópias...). Embora raramente transmitam textos literários,
preservam dados da vida quotidiana de precioso valor, registrados por mãos em
geral anônimas. Esses textos são chamados de inscrições, e seu estudo é objeto
da epigrafia. Abaixo você encontra alguns exemplos de inscrições gregas:

Έ
O
*8

Figura 24 - Ostrakon. SéculoV a.C. (LANG, Mabel L.The othenian Citizen. Princeton/New Jersey The
American School of Classical Studies atAthens, 1987, p. 24)

199
Este fragmento de cerâmica foi utilizado por um ateniense do século V
a.C., por ocasião de uma votação — é a isso que se chama δστρακον
(cujos significados são: casca de ovo, casco de tartaruga, concha, vasilha de
cerâmica, caco de cerâmica — neste caso, o caco de cerâmica em que os
votantes escreviam o nome daqueles que deveríam ser banidos da πόλις,
donde o termo όστρακισμός, ostracismo). Sobre ο δστρακον, o votante
escreveu ΠΕΡΙΚΛΕΣ ΣΑΝΘΙΠΠΟ (Περικλής ΞανΟίππου, Péricles de
Xantipo, ou seja: Péricles filho de Xantipo). Observe a forma das letras
que ele utiliza (ο Λ como um L, ο Σ sem a última linha horizontal; o O e
o O quadrados; ο Π com a segunda haste vertical menor que a primeira),
bem como as convenções ortográficas (em vez de Ξ, Σ; o ditongo OY
representado por um simples O).
F u . publicada com a permissão da American School
of Ciassic Stud es at Achens
Foto de A

F gura 25 - Ostrakon. Século V a.C. (LANG, 1987, p. 24).

Este outro δστρακον também procede de Atenas. Leia você mesmo o


que o votante escreveu e procure saber quem foi Temístocles, filho de
Néocles, do demo de Freário (Θεμιστοκλής Νεοκλεους Φρεαρρος),
que sofreu a pena de ostracismo em 471 a.C. Note como: a) ο Σ e ο Λ
têm a mesma form a que no exemplo anterior (Fig. 24); b) ο Θ e o O
são arredondados, diferentemente de no primeiro exemplo (Fig. 24); c) em
ΘΕΜΙΣΘΟΚΛΕΕΣ, o votante escreveu um segundo Θ onde devia haver
um T e usou EE para grafar o H (a grafia corrente é ΘΕΜΙΣΤΟΚΛΗΣ);
d) em ΝΕΟΚΛΕΟΣ, como no exemplo anterior, o ditongo OY foi escrito
com um simples O (a forma do genitivo é ΝΕΟΚΛΕΟΥΣ); e) o votante
grafou ΘΡΕΡ10Σ em vez de ΦΡΕΑΡΡΟΣ, ao que parece confundindo ο Φ
com ο Θ e não escrevendo o A e o segundo P.

200
Figura 26 - Placa da Biblioteca de Panteno, c.98-117 d.C. (MERITT, Benjamin D. Inscriptions from lhe
atheman agora Princetcm/New Jersey: The American School o f Classical Studies at Athens, 1966,
Figura 32),

Essa e uma placa procedente da Biblioteca de Panteno, datada do século II


d.C.Tratava-se de uma grande biblioteca, situada ao sul do Pórtico de Atalo,
em Atenas, a qual integrava o circuito “ universitário” da cidade, onde
numerosas gerações de filósofos estudaram. Foi fundada na época de
Trajano (98-1 17 d.C ). A inscrição informava aos usuários regras de fun­
cionamento do local. Você mesmo irá decifrá-la. Para ajudá-lo, no quadro
abaixo encontram-se as palavras que nela aparecem:

Substantivos Adjetivos Verbos Advérbios Preposição Conjunção

βυβλιον: πρύμης εξενεχΟήσεται3 ούκ από έπεί"


1
ώρα ίίκτης ώμόσαμεν'1 μ.·:χρι
άνυγήσεται5

a grafia mais corrente seria β ιβ λίο ν, livro


futuro passivo de εκφέρω, levar para fora, retirar
aorsto de ομνύω, estabelecer, afirmar ou confirmar com um juramento
futuro passivo de ανοίγω, abrir (a forma correta seria άνοιγήσι:ται)
posto que, porque

201
Faça assim;
I identifique na inscrição as diferentes palavras, que estão escritas sem sepa­
ração;
2. divida-as e transcreva-as;
3. observe a grafia das diferentes letras (como se escreve ο Σ?);
4. observe a existência de sinal de pontuação dividindo os dois períodos de
que se compõe o texto;
5. traduza o texto.

Atenção: as diferenças de grafia que você encontrou devem-se ao


fenômeno do iotadsmo, ou seja: a pronunciação como i das vogais η, i e u,
bem como dos ditongos ει e oi, usual na κοινή.

Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α
ΕΙΣ Ε Ρ Ω Τ Α

Τον 'Έρωτα γάρ τον αβρόν


Μελομαι βρύοντα μίτραις
Πολυανθέμοις άείδειν.
Ό δ ε και θεών δυνάστης·
’Ό δε και βροτούς δαμάζει.

( Ί : κ των του Ά ν α κ ρ έ ο ν τ ο ς ώδων)

ό ’Έρως, 'Έρωτος- ο Amor, Eros; yáp - pois; αβρός, -á, -óv -


delicado; μελομαι ά είδ ειν - quero cantar, vou cantar, cuido de
cantar; βρύω - surgir; ή μίτρα, -ας- coroa; ττολυάνθεμος, -ον
- cheio de flores; όδε, ήδε, τόδε (gen. τουδε, τήσδε, τοΰδε) -
este, esta, isto; καί... καί... - tanto... quanto...; ό δυνάστης, -ου
- senhor; ό βροτός, -ου- mortal; δαμάζω - dominar, subjugar

202
ΑΣΚΗΣΙΣ

Observe como o poeta utilizou uma construção complexa na primeira


oração. Isso produz um efeito poético importante. Para percebc-lo, faça o
seguinte:
1. Reescreva o texto em prosa, utilizando a ordem direta (sujeito/ verbo/
objeto/ predicativo do objeto/ ad|untos adnominais)
2. Em seguida, analise a ordenação dos termos escolhida pelo poeta, procu­
rando perceber o que ele desejou enfatizar. Lembre-se do que você já aprendeu
sobre o valor enfático da ordem dos sintagmas na oração. Como aqui estamos
trabalhando com um texto poético, você deve considerar ainda os termos que
iniciam e fecham cada verso, pois trata-se de posições estilisticamente impor­
tantes. Escreva sua análise e conclusões
3. Fioalmente, experimente escandir o poema, composto de versos anaclásticos,
cujo esquema rítmico você encontra no quadro abaixo. Observe que, ao definir
cada unidade fônica, a consoante final de uma palavra pode ser pronunciada
formando uma nova sílaba com a vogal que inicia a palavra seguinte, como
acontece no primeiro verso, em que τον 'Έρωτα lê-se metricamente assim:
το-νε-ρω-τα (isto é: v v ). Também nos encontros consonantais constituí­
dos por oclusiva e vibrante, a oclusiva pode compor uma unidade com a sílaba
breve anterior, tornando-a travada e, em consequência, longa: τον αβρόν, no
primeiro verso, e μίτραις, no segundo, devem ser lidos metricamente assim:
το-ναβ-ρον ( v -------- ·), μιτ-ραις ( - ------ ).

Agora, mãos à obra:

V V — V — V — —

203
ΛΕΞΙΚΟ Ν

Nesta lição, você aprendeu o term o que designa uma das principais
criações dos gregos: a πόλις. De fato, foi no âmbito da cidade que eles
desenvolveram sua arte, sua poesia, sua música, sua filosofia, sua ciência,
sua religião, sua educação e, sobretudo, a política, de que a democracia é
o produto mais característico. Não é sem razão que Aristóteles afirmou
que o homem é um ζωον π ο λιτικό ν. Não é também sem razão que, em
Atenas, a principal deusa da cidade, Atena, era honrada sob o epíteto de
Πολιάς, assim como Zeus recebia o de Π ολιεύς — isto é: ambos eram
entendidos como protetores da πόλις.
Pesquise no dicionário palavras derivadas ou compostas a partir de
πόλις, completando o quadro abaixo:

a cidade πόλις

a fundação de uma cidade

fundar uma cidade

o cidadão

a cidadã

a cidadania

viver como cidadão

governar uma cidade

o governante de uma cidade

relativo à cidade

a política

a administração pública

ato da administração pública

o guardião da cidade

204
Α Ν Α Μ Ν Η Σ ΙΣ

Faça ο estudo dirigido abaixo, sobre a terceira declinaçáo. Tendo duvi­


das, volte às lições anteriores e recorde o que você porventura esqueceu

A. A TERCEIRA DECLINAÇÃO

1 Enquanto a primeira declinaçáo compreende os nomes de tema em -α/η

e a segunda os de tema em -o-, a terceira declinaçáo engloba os nomes

________________, isto é: nomes que não apresentam vogal temática. Isso

significa que, nesses nomes, o tema é igual ao radical.

2 Os radicais (ou temas) dos nomes da terceira declinaçáo que conhecemos


até agora terminam e m ________________ . Para se encontrar o radical

de um nome da terceira declinaçáo deve-se retirar a terminação -ος do

.. Assim (complete o quadro abaixo):

NOMINATIVO
GENITIVO SINGULAR RADICAL OU TEMA
SINGULAR
σαρξ σαρκός

φλέψ φλεβός

ποιμήν ποιμενος

χάρις χάριτος

όνομα ονόματος

άνήρ άνδρός

γυνή γυναικός

φώς φωτός

3. Quanto ao gênero, os nomes da terceira declinaçáo podem ser:

_________________ , ____________ o u __________________

205
B. OS NOMES MASCULINOS E FEMININOS

4. Os nomes masculinos e femininos recebem as seguintes desinèncias de


caso (complete o quadro abaixo):

NÚMERO CASO DESINÊNCIA

SINGULAR NOMINATIVO OU

VOCATIVO ou

ACUSATIVO ou

GENITIVO

DATIVO

PLURAL NOMINATIVO

VOCATIVO

ACUSATIVO

GENITIVO

DATIVO

5. No nominativo singular, alguns nomes sofrem _______ da


vogal pré-desinencial, como ποιμήν, cujo radical é ποιμεν-, ou γέρων,
cujo radical é γέροντ-.
6. O sigma da desinência de nominativo singular e de dativo plural pode com­
binar-se com a consoante do radical, provocando as seguintes transformações
gráficas ou fonéticas (complete o quadro abaixo):

VELAR (κ, γ. χ) + σ =

LABIAL (π, β, φ) + σ =

DENTAL (τ, δ, 0, ν) + σ =

7. Assim, uma palavra como σάρς, σαρκός declina-se do seguinte modo (siga
a ordem usual dos casos, reproduzida no item 4 acima):

206
8 A palavra φλί'ψ, φλίβος declina-se assim:

9. A palavra ποιμήν, ττοιμτνος declina-se:

10. A palavra χάρις, χάριτος declina-se assim (atenção para o acusativo


singular):

C. OS NOMES NEUTROS

11. A declinação dos nomes neutros difere da dos masculinos e femininos

apenas n o ______________ , no ______________ e n o _____________ ,

que têm forma idêntica.

12. No nominativo, vocativo e acusativo singular, os nomes neutros da terceira

declinação apresentam, em geral, desinência ______________ .

13. No nominativo, vocativo e acusativo plural, a desinência é

(a mesma dos neutros da segunda declinação).

14. Assim, o nome neutro αίμα, αίματος declina-se assim:

207
D. OS NOMES EM -p - SINCOPADO

15. O nomes em -p- sincopado são caracterizados pela síncope da vogal da

última sílaba do radical no _________________(πατφος> πατρός), no

__________________ {πατάρι > πατρί) e no

(πατί'ρασι > πατράσι).

16 As palavras em -p- sincopado mats comuns são: πατήρ, μητηρ, Ουγάτηρ

e γαστήρ Declinam-se assim:

πατήρ _____j ___________ ____________ ,___________,____________

208
ΗΝΔΗΚΑΤΟΝ ΔΙΔΑΓΜ Α

Figura 27 - Relevo cr stão com inscrição. Período romano tardio. Museu Arqueológico de Corinco,
Corinto.

ΙΩΑΝΝΗΣ ΚΑΙ ΙΗΣΟΥΣ

Μετά ταυτα ηλΟεν ό Ιησο ύς Λ Η Ξ ΙΚ Ο Ν

και οί μαΟητα'ι αύτου μετά (c/ acus.) - depois de


εις την Ίουδα ία ν γην. εκεί - Ia, ali
καί έκεΐ διετριβεν μετ’ αυτών διετριβεν - passava o tempo (imperfeito
καί εβάπτιζεν. de διατρίβω)
ην δε καί Ιω ά ννη ς βαπτίζων έν Αίνων μετά (d gen.) - com
ί’ γγύς του Σαλείμ, εβάπτιζεν - batizava (impf. de βαπτιζη)
ότι ό'δατα πολλά ην εκεΐ, καί - também
και παρεγίνοντο καί έβαπτίζοντο. Α ίνω ν (hebr. indecl.) - Enon
’ Ιζγένετο ουν ζήτησις εγγύς (c/ gen.) - perto de
Σαλειμ (hebr. indecl.) - Salim
ík των μαθητών Ίωάννου
Ó Tl - porque
μετά Ιο υ δ α ίο υ
πολλά - muita (acus. neutro pl.
π ιρ ι καθαρισμού.
de πολύς, πολλή, πολύ, muito,
Και ήλθον προς τον Ίω ά ννη ν muita)
και είπαν αύτώ- παριγίνοντο - (eles)
'Ραββί, aproximavam-se (impf. de
ος ην μετά σοΟ πέραν του Ίορδάνου, παραγίνομαι)
έβαπτίζοντο - eram batizados
ω συ μεμαρτύρηκας,
(impf. passivo de βαπτίζω)
ϊδε ούτος βαπτίζει
ή ζήτησις, -εως- disputa,
καί πάντες έρχονται προς αυτόν,
discussão
άπεκρίθη Ιω ά ν ν η ς και ε ίπ ε ν ό καθαρισμός, -ou - purificação
Αυτοί υμείς μοι μαρτυρείτε ϊδε - eis que
οτι εΐπον πάντες - todos (nom. pl. de πας,
Ούκ είμί εγώ ό Χριστός, πάσα, παν, todo, toda)
αυτοί υμείς- vós próprios
άλλ’ ότι
έχω - ter
Απεσταλμένος είμί έμπροσθεν εκείνου.
ή νύμφη, -ης- noiva
Ό έχων την νύμφην νυμφίος έστίν.
ό νυμφίος, -ου - noivo
ό δέ φίλος του νυμφίου, ό φίλος, -ου - amigo
χαρά χαίρει διά την φωνήν του νυμφίου, ή χαρά, -ας - alegria
αότη ουν ή χαρά ή έμή πεπλήρωται. χαίρω (c/ dat.) - alegrar-se
πληρόω - completar

(Έκ του ευαγγελίου του κατά Ίωάννην, γ )

210
ΕΡΩΤΗΜ ΑΤΑ

a . ΠοΤ ηλθεν ό Ιη σ ο ύ ς μετά ταυτα,


β '. Μ ετά τ ίν ω ν ηλθεν ό Ιη σ ο ύ ς ε ις τ η ν Ιο υ δ α ίο ν γη \
γ '. Τ ί έ π ο ίε ι ό Ιη σ ο ύ ς έκεΐ;
δ '. Τ ίς η ν εγγύς του Σ α λείμ;
ε \ Δ ιά τί ην ό Ιω ά ν ν η ς εκεΤ;
ς '. Μ ετά τ ίν ο ς έγένετο ζ ή τ η σ ις εκ τω ν μαθητώ ν του Ίω ά ν ν ο υ ;
ζ '. Π ε ρ ί τ ίν ο ς έγενετο αυτή ή ζ ή τ η σ ις ;
η '. Τ ί ε ίπ α ν τω Ιω ά ν ν η ο ί μ α θ η τα ί αύτου;
θ '. Κ α τά τους μαθητάς, τ ίν ι ό Ιω ά ν ν η ς μεμαρτύρηκε πέραν
του Ίο ρ δ ά ν ο υ ;
ι ' . Κ α τά αύτους, προς τ ίν α έρ χοντα ι πάντες;
ια '. Τ ί αυ το ί ο ί μ α θ η τα ί μ α ρ τυ ρ ο υ σ ιν τω Ιω ά ν ν η ;
ιβ '.Έ μ π ρ ο σ θ ε ν τ ίν ο ς ό Ιω ά ν ν η ς ε ίπ ε ν ό τ ι απεσταλμένος ήν;
ι γ \ Κ α τά τον Ί ω ά ν ν η ν , τ ίς έ σ τ ιν νυμφίος;
ιδ '. Τ ί δέ π ο ιε ί ό φίλος του νυμφ ίου;
ιε '. Δ ιά τί χ α ίρ ε ι χαρά ό φίλος του νυμφ ίου;
ις '. Τ ί π επ λή ρ ω τα ι τω Ιω ά ν ν η ;

Γ Ρ Α Μ Μ Α Τ ΙΚ Η Σ Υ Ν Ο Ε Σ ΙΣ

ΡΗΜΑΤΑ
Π ΑΡΑ ΤΑ ΤΙΚΟ Σ

IMPERFEITO
Ο imperfeito faz parte do sistema do durativo (expressa duração no
passado), o que significa que é formado sem pre a partir do radical do pre­
sente, mesmo quando o verbo tenha radicais supletivos para o aoristo, o
futuro ou o perfeito. Só existe no modo indicativo, nas três vozes.

2!
São morfemas do imperfeito:
1. o aumento que, como você já aprendeu, é marca de passado.
2. as terminações de voz, número e pessoa que são utilizadas para formar o
aoristo 2 (chamadas de desinências secundárias de número e pessoa, em
oposição às desinências primárias, usadas para formar o presente)
Observe o quadro abaixo·

Π Α Ρ Α Τ Α Τ ΙΚ Ο Σ
Ε Ν Ε Ρ ΓΕ ΙΑ Μ ΕΣΟΤΗΣ Κ Α Ι ΠΑΘΟΣ

ε-λυ-ον έ-λυ-όμην

ε-λυ-ες ε-λυ-ου

ε-λυ-ε(ν) ε-λυ-ετο

έ-λυ-ομεν έ-λυ-όμεθα

ε-λύ-ετε ε-λυ-εσθε

ε-λυ-ον ε-λυ-οντο

ΑΣΚΗΣΕΙΣ

1. Κ λ ίν ε τ α ρ ή μ α τ α ·
έβ ά π τιζο ν εβατττιζόμην δ ιέ τ ρ ιβ ο ν 1 π α ρ ε γ ιν ό μ η ν έμαρτυρουν*2

Ο verbo e αιατρίβω. Recorde-se de que, nos verbos compostos, o aumento se insere entre o
prefixo e o rad.cal. O mesmo vale para παραγίνομαι.
Atenção: trata-se de um verbo contrato - μαρτυρί:ω. As regras de contração são as mesmas
que se aplicam ao presente 1 o/ou = ou; r + S = t i.

212
2. Σ ύ να π τε τά ρ ή μ α τ α τ ο ις ό ρ θ ο ις χ ρ ό ν ο ις ·

Π Α Ρ Α Τ Α Τ ΙΚ Ο Σ

έλέγομεν φερομεν γενησόμεθα εϊδομεν

γιγ νό μ εθ α εροΟμεν η ύ ρ ίσ κο μεν εφάγομεν

όψόμεθα εσμέν ήρχόμεθα ήγαγον

όρώμεν ή σθ ίο μ εν λεγομεν αςομεν

ΕΝΕΣΤΩΣ έλευσόμεθα έφέρομεν εχιγνόμεθα έρχομαι ΑΟΡΙΣΤΟΣ


εδόμεθα ήλθομεν έλαμβάνομεν εϊπομεν

ήμεν εσόμεθα εωρόιμεν ηυρομεν

εύρ ίσκομ εν ελάβομεν εύρήσομεν ήγομεν

εσθίομεν ληψόμεθα εϊλομεν αγομεν

ΜΕΛΑΩΝ

Curiosidade:

Você já aprendeu que a forma das letras gregas que utilizamos não é
única: não só nas inscrições e nos manuscritos há tipos diferentes, como
também nos textos impressos a partir de século XVI. Até fins do século
XIX, várias letras admitiam mais de uma forma nos textos impressos, o
que pouco a pouco deixou de acontecer, conservando-se apenas as duas
que você conhece para o sigma minúsculo: σ e ς. A escrita cursiva usada
hoje em dia na Grécia continua admitindo variações na forma das letras e
várias espécies de ligaduras, sendo o modo como escrevemos mera cópia
dos tipos impressos hoje usuais.

Como uma etapa dessa história do estudo do grego antigo nos tempos
modernos, reproduzem-se a seguir algumas páginas do Novo Epítome da
Grammática Grega de Porto-Real composto na Língoa Portugueza para uzo nas
novas escolas de Portugal, publicado em Paris, em 1760, por João Jacinto de
Magalhães. O livro inseria-se no processo de renovação do ensino público
em Portugal e nas colônias, conduzido pelo Marquês de Pombal, após n

213
expulsão dos jesuítas, que, desde o século XVI, mantinham ampla influência
nessa esfera. O autor adotava o que havia de mais atual em term os de
ensino de línguas — na linha dos estudos gramaticais de Port-Royal — o
que incluía um conjunto de regras metrificadas, para facilitar a memorização
pelos estudantes, como a seguinte:

Das Vogais. 9
D e v iça m ^ e P erm u taçam ( ou M u d a n ça ) das
L etra s.

.A .S letras ou faó Vogais ou Coníbantes;


ts>
e fe dividem em certas clafles , fegundo as
quais humas fe podem pôr em lugar das
outras. { V e . a fu a p ro n u n cia ça m , a p a g . 349.
As Vogais faó aquellas que podem tormar
hum fom por fi fos' e faó ou longas, ou
breves , 011 commuas e duvidozas.
R b g r a I. Das Vogais.
S ete f a m a s V og ais ejue os G regos tem '.
L o n g o Λ μίγ* f e r á t ttta tam bém :
B rev e «j^/upív m ais «4 '*ác ju l g a i ,
£ com ícúta a o s com m uns d a i.
E x e m p L O S .

Os Giegos uzaó de fete vo ga is , a faber


a Longas, H, o> ? as quais fe correfpon-
__ t,_______ ( dem; e fc podem pôr
Figura 28 - Fragmento de página fac-similada do Novo Epítome da Grammática Grega de Porto-Real,
1760. (MAGALHÃES. João Jacinto. Gramática Grega de Porto Real. Edição fac-similada a partir de
exemplar existente na Biblioteca de Letras da Faculdade de Letras do Porto. Aveiro: Universidade
de Aveiro/Fundação João Jacinto de Magalhães).

Repare como também no alfabeto latino o esse minúsculo admitia duas


formas (uma para o início e o meio de palavras, outra para o fim).

214
Agora veja a página 3 da referida gramática, que apresenta o alfabeto
grego:

φφφφφφφφφφφφφφψφφψφ
*J&MW8hV**
D A S L E T R A S EM G ERA L. ,
OsGrcgos tem 14 Letras,das quais he percizo conhecét
A F ig u r a , 0 N o m t , t0 V a lo r .

.íA « ο ίλ ψ α Alpha a.
2. B β S β ΐ)Τ (Λ Beta b.
3· t y f y íu fz u Gamma s-
4- Δ Φ £ ίλτΛ Delta d.
1- E s ιψ/λον Lpíilon eb re v e .
6. z ζξ ζ β τ * . Zèta z d s.
7- Η „ Y.TCt Eta (■ lo n g o .

8. Θ ( 3 - Si/rcc Théta th.


9 -
I < Draa Iôta i , vog a l.

10. K x κ ίπ π α Cappa k , c.
I I. Λ λ b íf e S i'# La mbda J.
11. M u My m.
*3- N » yy Ny n.
14. Ξ ξ ξι Xi X.

lí· Ο ο Omicron 0 b re v e .
16 . Π ΖΓ9r çr7 Pi P·
J7· F gp μ Rlio r.
18. 2 C * s trty u /c Sigma C.
iy . T τ 7 rocy Tau t.

2 0, Ϊ V ύψιλον Y p f ilo n y, u F ra n c e Ç . *

11. φ φ tf Plri ph.


11. x x X* Chi ch.
1 ;· ir φ Pfi
1 4 . 51 ai à u iy d Omcga ô lo n g o .

* Efta p ro n u n c ia ou fom cio it Trance z n aõ fe a ch a na t í n -


fcoa F o r tii nieza! ; m as podt·•fc d 'a l;u m m o d o im ic a r n n p io -

como par» aflobiar.


A ij

Figura 28a - Página fac-similada do Novo Epitome da Grammática Grega de Porto-Real, 1760
(MAGALHÃES, João Jacinto. Gramática Grega de Porto Real. Edção fac-sim lada a partir de exemplar
existente na Biblioteca de Letras da Faculdade de Letras do Porto. Aveiro: Universidade de Aveiro/
Fundação João Jacinto de Magalhães).

215
Agora examine (e tente escrever você também) as ligações e abrevia­
turas apresentadas por João Jacinto de Magalhães nas páginas 4 e 5 de seu
método. Elas aparecem nos manuscritos medievais e algumas mantêm-se na
escrita cursiva do grego moderno:

4 Com pend'o do novo Mtthodo Abrevia uras e Li«açoins. 5


ífs iáás X $ jg 3Í£ £ .£ Sí ifí £ Vf'· CK
yf<> % £À,
L I G A Ç O I N S D A S LE R.AS, ή yut. % £λλ»
ou abreviaturas, de qu fo iz.i na ■)IUJ yv». òv f .
Lingoa Grega, para ficar a efcritu- S$,U cξ ·£.
■1
ra mais engraçada e mais corrente. 0 A. 8 e*\
Reprodução com a permissão da Universidade deAveiro/ Fundação João Jacinto de Magaihães

W A i. íQíp
^3» : d6i. >r γγ. WS thL 6/rfy.
h l
^3o ; afio. cf •yy. ίϋξ A í. fib c ; T íe
Aj t αλ. y fp y a r. Ur Au. 5 Λ
; αλλ. $ y d f. SUu Air, éV/.
<VA 1 &Λλ· yV y * f‘ í 1d. <L I ,
: a r. y tt . An. íar
%'· >1.
Α ζ, : α ξ. y i A. Ao. SUa
$3 (íl7 ·
~ihn : Λ,ηη, ν «λ λ . St, ífuj. rS& O/o.
Άς : d f. jfj y iv . «Tia/ Ar. rSO5 0^».
«ορ : «tf i y tf . A r. £ fceu.
<ώ5 : «ι.’τβ. y iv . \ \
1 ei. Ϊ)
tiuvd : «.sto u. yltu yw . VÍJJ
Cd Cl. Vrty.
αΰζ ; a im u . $ y im x i.
f £?. v »Ct7*.
d vrJ : αντί». X γ ρ *φ ίτ α ι. eira.1. Y^j) xa}u\

Figura 28b - Páginas fac-similadas do Novo Epitome da Grammática Grega de Porto-Real. 1760.
(MAGALHÃES, João Jacinto. Gramática Grega de Porto Real. Edição fac-similada a partir de exemplar
existente na Biblioteca de Letras da Faculdade de Letras do Porto. Aveiro: Universidade deAveiro
Fundação João Jacinto de Magalhães).

216
Σ Υ Μ Π Λ Η Ρ Ω Τ ΙΚ Ο Ν Α Ν Α Γ Ν Ω Σ Μ Α

ΕΙΣ Κ ΙΘ Α Ρ Α Ν

Θ έλω λ έ γ ε ιν Α τ ρ ε ίδ α ς ,
Θέλω δέ Κ άδμον α δ ε ιν
ΤΑ βά ρ βιτο ς δέ χορδαΤς
'Έ ρω τα μούνον ήχεΤ.

’Ή μ ε ιψ α νεύρα πρ ώ ην,
Κ α ι τ η ν λύρ ην άπασαν.
Κάγώ μέν ήδον άθλους
Ή ρ α κλέο υ ς · λυρη δέ
'Έ ρω τας ά ντεφ ώ νει.

Χ ά ρ ο ιτ ε λ ο ιπ ό ν ήμΐν
'Ίίρ ω ε ς · ή λυρη γάρ
Μ όνους έρωτας αδει.

( ’ Ρκ των του Άνακρέοντος tòScõv)

ή κ ιθ ά ρ α , -ας- citara; ό Ά τ ρ ε ίδ η ς , -ου - A trida (descendente


de A treu); ό Κάδμος, -ου - Cadmo; ά - ai! (interjeição de dor);
ό/ή βάρβιτος, -ου - bárbito: ή χορδή, -ής - corda; μουνος,
-η , -ον = μόνος; ήχέω - ecoar; άμείβω - trocar; το νευρον,
-ου - corda de instrum ento, nervo, fibra; π ρ ώ η ν - anteontem,
recentemente; ή λυρη, -ης = λύρα; άπας, απασα, α πα ν -
to d o inteiro; ό αθλος, -ου - combate, luta, trabalho, fadiga; ό
'Η ρ α κ λ ή ς , -έους- Héracles; ά ντιφ ω νέω - responder; χά ρο ιτε
- adeus; λ ο ιπ ό ν - daqui para frente, para sempre; ό ή'ρως,
ή'ρωος - herói

217
Leia o poema e traduza-o. Não deixe também de escandir os versos,
observando o seguinte:

1. nos versos 4 e 12 o poeta utilizou formas diferentes para o adjetivo μόνος,


por razões métricas, que você logo descobrirá;
2. na última silaba do oitavo verso ocorre o que se chama brevis in longa, isto
é:uma sílaba breve onde deveria haver uma longa.Trata-se de uma liberdade
poética admissível.

O esquema métrico é o que você vê abaixo — versos chamados de


hemiâmbicos:

X — V — X — —

218
Aprenda um pouco sobre a música grega.
Conheça, nas gravuras abaixo, os instrumentos referidos no poema:
Ψ. Lagc
Foto de Cclina

Figura 29 - Musa segurando uma lira (detalhe). Hidra ácica de figuras vermelhas, século V a.C
Ashmolean Museum (AN G.29I-V530). Oxford.

Η ΛΥΡΑ

ΜοΟσα έ'χουσα λύραν εν τη αριστερά χειρί.

219
Figura 30 - Mulher tocando bárbito (detalhe). Hidra de figuras vermelhas, atribuída ao pintor Peleu,
c.430 a.C. Museu Arqueológico Nacional da Grécia (17918), Atenas.

Ο Β Α Ρ Β ΙΤ Ο Σ

Γυνή ψάλλουσα τον βά ρ βιτον.

220
Figura 31 - Competção de citara com presença de juiz e espectadores (detalhe). Vaso de figuras
vermelhas atribuída ao Pintor de Argos, c.480 a.C. The State Hermitage Museum (159). São
Petersburgo.

Η Κ ΙΘ Α Ρ Α

Ό μεν ά νή ρ ψ ά λλει τ η ν κ ιθ ά ρ α ν , ο ί δε δ ικ α σ τ α ι ά κο υ ο υ σ ιν.

221
Α Ν Α Μ Ν Η Σ ΙΣ

No estudo dirigido abaixo você poderá testar o que já aprendeu sobre


os verbos em -ω. Com o das outras vezes, havendo dúvidas, volte às lições
anteriores para recordar o que você esqueceu.

I. G ENERALIDADES

1. O verbo grego expressa aspecto, voz, modo, tempo, número e pessoa.

2. Os aspectos são três: _ _____ ,_____________ ,_____________

3. As vozes são três:_____ _________ ,______________ ,_____________ ,

4. Os modos que você conhece até agora são cinco, a saber:

três finitos:________________ ,_______________ ,________________ J

dois infinitos (ou nominais): _ ________ , ____________ .

5. Os tempos são três:______________,_____________ ,______________ ,

6. Quanto ao número, um verbo pode estar n o _______________ ou no

______________de cada uma das_____ pessoas.3


4

7. As pessoas verbais expressam o seguinte:

Ia pessoa: _____________________________ ;

2a pessoa: _________________ ;

3a pessoa:________________________ _ .

3 Mais à frente vocè aprenderá o sexto modo, o optativo, que se inclui na categoria dos modos finitos.
4 Mais à frente, vocè aprenderá um te rce iro número, o dual.

222
II. A C A T E G O R IA DE ASPECTO

8. A categoria de aspecto é o eixo em torno do qual se constrói o sistema


verbal grego. A cada um dos aspectos correponde um radical e um sistema
Assim,

o aspecto durativo distingue o sistema do

o pontual (ou não durativo) distingue o sistema d o ___________________ ;

o resultativo distingue o sistema do _ _________.


9. Os sistemas do presente, do aoristo e do perfeito distinguem-se morfolo-
gicamente de dois modos:
a) por terem radicais diferentes ou apresentarem variações de um mesmo
radical (como alternâncias de grau etc.);
b) através do acréscimo de sufixos e/ou prefixos.

Identific ue a categoria de oposição presente nos verbos abaixo:

PRESENTE AORISTO PERFEITO

( ) λύω έλυσα λέλυκα

( ) λέγω είπον εϊρηκα

( ) μαρτυρέω έμαρτύρησα μεμαρτύρηκα

( ) όράω ειδον ό'πωπα

( ) βατττίζω έβάπτισα —

( ) γιγνομαι έγενόμην γέγονα

( ) φ χο μ α ι ηλθον έλήλυθα

( ) λαμβάνω έλαβον ει'ληφα

( ) βλέπω έβλεψα —

( ) παιδεύω έπαιδευσα πεπαίδευκα

( ) Οεάομαι έΟεασάμην τεθέαμαι

( ) ευρίσκω εύρον εύ'ρηκα

( ) άγω ήγαγον ηχα


( ) πιστεύω έπιστευσα πεπίστευκα

( ) έσθίω ’έφαγον έδήδωκα

223
10 Quando um aoristo ou um perfeito é form ado a p a rtir de um radical

diferente do radical do presente, é chamado de e

11. Quando têm o mesmo radical, o presente, o aoristo e o perfeito distin


guem-se por apresentarem os seguintes elementos:

PRESENTE AORISTO 1 PERFEITO 1

Radical+0+DNP56 Voz ativa e Redobro + Rad.+ (k7)


(c")+Rad.+ σ +DNP
média + DNP

Voz passiva (Ès)+Rad.+ 0 +DNP

Assim, podemos dizer que, no que respeita às oposições aspectuais:

11.1 o radical do presente se caracteriza por apresentar desinencia_________ ;

11.2 o radical do aoristo tem como marcas características as desinências sufi­

xais ____ (nas vozes ativa e média) e (na voz passiva);

11.3 no modo indicativo, o aoristo recebe ainda a desinencia prefixai , cha­

mada d e _________________ ;

11.4 o radical do perfeito é caracterizado pelo_______________ , isto é: a

repetição da primeira consoante do radical formando uma nova sílaba

com a vogal

11.5 na voz ativa, o perfeito apresenta ainda o sufixo

5 DNP = des nòncia de numero e pessoa.


6 Só no indicativo ocorre o aumento.
7 O sufixo -K- ocorre apenas na voz at va
6 Só no indicativo ocorre o aumento.

224
III. AS DESINÊNCIAS DE N Ú M E R O E PESSOA

12 Há desinências de numero e pessoa próprias da voz e

desinências de numero e pessoa próprias das vozes ______________ e

.______________. Dessa forma, além de indicarem o número e a pessoa,

elas indicam também a


13 Os sistemas do presente, do aoristo e do perfeito têm suas próprias desi­
nências de número e pessoa.
14. No indicativo, o sistema do presente apresenta dois tipos de desinências
de número e pessoa, chamadas de desinências primárias e secundárias (as
desinências primárias formam o tempo presente e as secundárias o tempo
passado):

VO Z ATIVA VOZ MÉDIA Ε PASSIVA


DESINÊNCIAS DESINÊNCIAS DESINÊNCIAS DESINÊNCIAS
PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS
-ω -ο ν -ο μ α ι -ό μ η ν

- ε ις -ε ς -ε ι -ou

-ε ι -ε -ε τ α ι -ετο

-ο μ ε ν -ο μ ε ν -όμεΟ α -ό μ ε θ α

-ετε -ετε -εσΟε -εσ θε

-ο υ σ ι -ο ν -ο ν τ α ι -ο ν τ ο

15. São desinências do sistema do aoristo e do perfeito, no indicativo de cada


uma das três vozes:

VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA


AORISTO PERFEITO AORISTO PERFEITO AORISTO PERFEITO

-α -α -ά μ η ν -μ α ι -η ν -μ α ι

-ας -ας -ω -σ α ι -η ς -σ α ι

~ε -ε -α τ ο -τ α ι -η -τ α ι

-α μ ε ν -α μ ε ν -ά μ ε θ α -μ έ θ α -η μ ε ν -μ έ θ α

-α τ ι -α τε -α σ θ ε -σ θε -η τ ε -σ θε

-α ν -α σ ι -α ν τ ο -ν τ α ι -η σ α ν -ν τ α ι

22S
16. Constata-se que as desinências de numero e pessoa do aoristo e do

perfeito da voz ativa são diferentes apenas na

17. Constata-se ainda que o ____________________ apresenta as mesmas

desinências de número e pessoa nas vozes media e passiva

18. As desinências de número e pessoa d o ______________ da voz média

diferem das desinências secundárias do sistema do ________________


apenas pelo fato de que a vogal temática -o -l-t- é substituída pela vogal
temática -a- (com exceção da segunda pessoa do singular, que tem forma
própria).

19. As desinências de número e pessoa d o ___________________ das vozes


média e passiva são diferentes das desinências número-pessoais primárias
das mesmas vozes, no sistema do presente, apenas por não apresentarem
vogal temática (com exceção da segunda pessoa do singular, que tem forma
própria).

20. Atenção: você deve memorizar esses nove tipos de terminações, pois as
demais serão, em geral, nada mais que variações em torno destas.

IV. OS TEMPOS D O IN D IC A T IV O

2 1. No indicativo, o verbo grego pode exprimir a idéia de tempo

___________ o u ______________.
22. Essa categoria não aparece em cada um dos três sistemas aspectuais, a
saber:

22.1 o sistema do presente (ou durativo), no indicativo, apresenta um


presente, um passado (o pretérito imperfeito) e um futuro:

22.2 o sistema do perfeito (ou resultativo) apresenta um presente (o perfeito),


um passado (o mais que perfeito) e um futuro (o futuro perfeito);9
22.3 o sistema do aoristo não apresenta distinções de tempo.

23. No sistema do presente, existe um presente, um passado (o imperfeito) e


um futuro, que assim se caracterizam:

’ Ma s à frente voce aprenderá esses dois tempos, o mais que perfe to e o futuro perfeito.

226
SISTEMA DO
VO Z ATIVA VO Z MÉDIA VOZ PASSIVA
PRESENTE
Radical+0+DNP
PRESENTE Radical+0+DNP primárias
primárias
Aumento+Radical+0+ Aumento+Radicnl+0+DNP
IMPERFEITO DNP secundárias secundárias

Radical+a+DNP Radical+o+DNP Radical+Οησ» DNP


FUTURO
primárias primárias primárias

24. Tendo em vista o esquema acima, forme o presente, o imperfeito e o


futuro do indicativo do verbo παιδεύω, cujo radical, no sistema do presente,
é παιδευ-:

INDICATIVO VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA


PRESENTE παιδεύω

IMPERFEITO

FUTURO

227
25. O sistema do aoristo não apresenta distinções temporais. Conjugue o
mesmo verbo (παιδιού ) em cada uma das três vozes:

INDICATIVO VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

AORISTO

26. Como você ainda não aprendeu o passado (o mais que perfeito) e o futuro
(o futuro perfeito) do sistema do perfeito, conjugue o perfeito nas três
vozes (lembrando-se de que, como ele exprime o resultado no presente de
uma ação passada, configura um autêntico presente perfeito):

INDICATIVO VOZ ATIVA VO Z MÉDIA VOZ PASSIVA

PERFEITO

V. O MODO SUBJUNTIVO (OU CONJUNTIVO)


27. No subjuntvo, não se faz distinção de tempo, mas apenas de aspecto. Isso

significa que, em cada uma das três vozes, existem apenas três formas de

subjuntivo, a saber: _ _, ________ __ e ___

228
28. O subjuntivo opõe-se ao indicativo através do alongamento da vogal temá­
tica das desinèncias primárias de número e pessoa do sistema do presente,
nas três vozes. Assim, compare as terminações:

29. O presente, o aoristo e o perfeito do subjuntivo opõem-se na medida em


que apresentam suas desinências características, a saber:

VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE Radical+0+DNP 1 Radical+0+DNP 2

AORISTO Radical+σ+ϋΝΡ 1 Radical+cr+DNP 2 Radical+O+DNP 1

Redob ro+Radical+κ Particípio perfeito + subjuntivo de είμί


PERFEITO
+DNP 1

30. Observe que o aoristo do subjuntivo da voz passiva utiliza as desinências de


número e pessoa próprias da voz ativa (que chamamos de DNP I).

3 1. Observe ainda que o perfeito do subjuntivo das vozes média e passiva não
possui forma simples, mas apenas composta, formada do particípio perfeito
do verbo principal mais o presente do subjuntivo do verbo ειμί, que se
conjuga assim: ώ. ης, η, ωμεν, ητε, ώσι (ou seja, ele tem as mesmas
formas que as terminações número-pessoais do subjuntivo da voz ativa).

229
32. Agora conjugue o verbo παιδεύω no presente, no aoristo e no perfeito do
subjuntivo das três vozes:

SUBJUNTIVO VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE παιδεύω παιδεύωμαι παιδεύωμαι

AORISTO παιδί ύσω παιδεύσωμαι παιδευθώ

PERFEITO πεπαιδεύκω πεπαιδευμένος ώ πεπαιδευμένος ώ

πεπαιδευμένοι ώμεν πεπαιδευμένοι ώμεν

VI. O MODO IMPERATIVO

33. A principal característica do imperativo é que não se conjuga na primeira


pessoa do singular nem na prim eira pessoa do plural, mas apenas na

230
,na .,na e

n a ______________________ .

34. O imperativo conjuga-se nos três aspectos, a saber:

e __________________ .

35. O imperativo presente, o imperativo aoristo e o imperativo pei feito


opõem-se da seguinte forma:

IMPERATIVO VO Z ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE Radical+0+DNP Radical+0+DNP

AORISTO Radical+o+DNP Radical+o+DNP Radical+O+DNP

PERFEITO Redobro+Radical+K+DNP Redobro+Radical+DNP

36. As desinências de número e pessoa do imperativo são as seguintes (lem­


bre-se de que não existem as primeiras pessoas do singular e do plural):

IMPERATIVO VO Z ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE -ε -ου
-έτω -εσΟω

-ετε -εσθε

-όντων -εσθων

AORISTO -ον -αι -ητι

-άτω -άσθω -ήτω

-ατε -ασΟε -ητε

-όντων -άσθυιν -έντων

PERFEITO -ε -σο
-έτω -σθω

-ετε -σθε

-ετωσαν -σΟων

231
37. Agora conjugue o verbo παιδεύω no imperativo:

IMPERATIVO VOZ ATIVA VO Z MÉDIA VOZ PASSIVA


PRESENTE

A O R IS T O

PERFEITO

VII. O MODO INFINITIVO

38. O infinitivo é uma forma nominal do verbo, chamada de infinita porque não
apresenta desinências pessoais (ou seja: ela não indica o sujeito da ação
verbal).
39. O infinitivo, como os demais modos, apresenta formas próprias do presente,
do aoristo e do perfeito, tendo ainda uma forma própria do futuro.
40. Observe o jogo de oposições entre as quatro formas de infinitivo, nas três
vozes:

INFINITIVO VOZ ATIVA VOZ MEDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE Radical+0+ειν Radical+0+εσθαι

FUTURO Radical+σ+ειν Radical+σ+εσθαι Radical+θησ+εσθαι

AORISTO Radical+σ+αι Radical+σ+ασθαι Radical+0+ηναι

PERFEITO Redobro+Radical+κ+εναι Redobro+Radical +σθαι

232
41 A g o ra conjugu e o v e rb o π α ιδί υω n o infinitivo

INFINITIVO VO Z ATIVA VOZ MÉDIA VO Z PASSIVA

PRESENTE

FUTURO

AORISTO

PERFEITO

VIII. O PARTICIPIO

42. Como o infinitivo, o particípio é uma forma nominal, não finita, isto é que
não apresenta desinências de pessoa.
43. O particípio declina-se como um adjetivo, apresentando, portanto, desinên­
cias de gênero, número e caso.
44. O particípio tem formas próprias do presente, do aoristo, do perfeito e
também do futuro, que se formam do seguinte modo:

PARTICÍPIO GÊNERO VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA


PRESENTE M ASC . Radical+0+ων. -οντος Radical+0+όμενος, -ou

FEM . Radical+O +ouσα. -ης Radical+0+ομόνη, -ης

NEUTRO Radical+0+ov, -οντος Radical+0+όμενον, -ου

FUTURO M ASC. Radical+σ+ων, -οντος Radical+σ +όμενος. -ου Radical+θησ ε-άμενος, -ου
FEM . Radical+σ -ι-ουσα, -ης Radical+σ +ομένη, -ης Radical+θησ +ομενη, -ης
NEUTRO Radical+σ+ον, -οντος Radical+σ +<5μενον, -ου Radical+θησ +άμι νον, -ου
AORISTO M ASC. Radical+σ+ας, -αντος Radical+σ +όμενος, -ου Radical+Θ+ί.ίς, -ίΛ'τος
FEM . Radical+σ+ασα, -ης Radical+σ +αμενη, -ης Radical+θ+εΤσα, -ης
NEUTRO Radical+σ+αν, -αντος Radical+σ +ομενον, -ου Radical+θ+εν, -άν'τος
PERFEITO MASC. Redobro+Radical +κ+ως,-οτος Redobro+Radical+μενος,-ου
FEM . Redobro+Radícal +κ+υΤα,-ας Redobro+FCadical+μένη ,-ης
NEUTRO Redobro+Radical +κ+ός,-οτος Redobro+Radical+μενον.-ου
45. Preencha o quadro abaixo com as formas do participio do verbo παιδεύω
(basta colocar o nominativo de cada forma):

PARTICÍPIO VOZ ATIVA VOZ MÉDIA VOZ PASSIVA

PRESENTE ΜASC

FEM

NEUTRO

FUTURO MASC.

FEM

NEUTRO

AORISTO MASC

FEM.

NEUTRO

PERFEITO MASC

FEM.

NEUTRO

IX. A ECONOMIA DO SISTEMA

46. Você deve ter observado como alguns traços são constantes, destacando-se:

$ a ausência de marca aspectual no sistema do presente (que chamamos

de desinéncia );

♦ a marcação do aoristo através da desinéncia (nas vozes ativa

e média) e da desinéncia _________ (na voz passiva);

♦ a marcação do perfeito através d o ____________.

234
47. Observe ainda que o aumento é uma desinência de passado, que apai eco
apenas no modo indicativo, já que é apenas no indicativo que se distinguem

, e

♦ ao ser acrescentado ao radical do presente, forma o

(que é um passado durativo);

♦ também o _ _ do indicativo recebe aumento,

motivo por que tende a especializar-se para indicar passado (mas note que

o aoristo tem aumento apenas no indicativo, não nos demais modos)

48. O futuro, de um ponto de vista sincrônico, pode ser considerado parte


do sistema do presente, embora, do ponto de vista diacrônico, apresente
um desenvolvimento autônomo. Você deve, entretanto, ter observado as

desinências que lhe são próprias: (nas vozes ativa e média) e

(na voz passiva).

49. Agora preste muita atenção: se um verbo tem radicais próprios (ou supletivos)
para o presente, o aoristo e o perfeito (e, algumas vezes, para o futuro), não
é necessário que receba outras marcas, pois o radical já indica o aspecto
em que se encontra. Assim, para a idéia de dizer:

♦ λεγ- é um radical de ;

$ είπ- é um radical de

« είρηκ- é um radical de

Do mesmo modo, para a idéia de ver:

♦ ópa- é um radical de

♦ όψ- é um radical de

♦ ίδ- é um radical de ;

♦ οπωπ- é um radical de

23S
Para a idéia de vir a ser, surgir, nascer

❖ γιγν- é um radical de

$ γεν- é um radical de

♦ γεγον- é um radical d e ____________________ ,

50. Assim, a conjugação dos verbos que apresentam mais de um radical (ou
formas supletivas) é morfologicamente mais simples que a dos verbos que
têm um único radical. Se o radical είπ- já expressa a idéia de dizer no
aspecto aoristo (isto é: não durativo), não é necessário acrescentar-lhe
outras marcas, mas apenas as desinências de numero e pessoa.
51. Por outro lado, no caso do aoristo 2, não se recorre às desinências de
número e pessoa do sistema do aoristo, mas apenas às do sistema do
presente (no indicativo, usam-se as desinências secundárias). Assim: εΐπον,
ηλθον, εΐδον, ήγαγον etc.
52. Note bem: não se corre o risco de, assim, confundirem-se as formas do
imperfeito e do aoristo 2 do indicativo, pois eles, embora tendo apenas as
mesmas desinências de número e pessoa (e nenhuma outra marca), são
formados a partir de raízes diferentes: o imperfeito é formado a partir
do radical do presente; o aoristo 2 tem seu próprio radical. Assim, por
exemplo:

PRESENTE IMPERFEITO AORISTO

λέγω έ'λεγον εΐπον

όράω έώραον εΐάον

έρχομαι ήρχόμην ηλθον


γίγνομαι εγιγνόμην εγενόμην

άγω ηγον ήγαγον

ευρίσκω ηυρισκον εύρον

εσθίω ήσΟιον έφαγον

53. Os perfeitos 2 adotam, em geral, as desinências de numero e pessoa do


perfeito I (isto é: do perfeito não supletivo).
54. Agora conjugue o verbo λαμβάνω no modo indicativo da voz ativa, utilizando
as formas supletivas ou segundas:

236
PRESENTE IMPERFEITO futuro' AORISTO PERFEITO
λαμβάνω έλάμβανον λήψομαι ελαβον ! ίλΐ|(|)Π

55, Conjugue também o verbo έρχομαι:

έρχομαι ήρχόμην έλεύσομαι ηλθον έλήλυθα

56. Conjugue ainda o aoristo 2 do verbo λέγω nos modos indicativo, subjuntivo,
imperativo, infinitivo e particípio, lembrando-se de que, já que o radical
είττ- é próprio do aoristo, as terminações de número e pessoa, em cada
modo, são as mesmas do presente:

INDICATIVO SUBJUNTIVO IMPERATIVO INFINITIVO PARTICÍPIO

— Masc.

Fem.

Neutro

237
57. Finalmente, faça o mesmo com o aoristo 2 de όράω. Lembre-se de que o
radical de aoristo é ίδ- e de que apenas no indicativo ele recebe aumento:

— Masc.

Fem.

Neutro

238

Você também pode gostar