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RESUMO - Os Campos Gerais constituem uma área de grande relevância ecológica sob
forte pressão antrópica, sendo considerada prioritária para a conservação. Estudos mais re-
centes de restauração ambiental levam em conta grupos funcionais ao invés de espécies
na elaboração de estratégias de restauração. Nesse estudo a vegetação campestre nativa de
Alagados foi caracterizada através de grupos funcionais como subsídio à planos de recompo-
sição da flora. Em coletas quinzenais no período 2009/2010 em 9,4 ha foram levantados 439
táxons pertencentes a 56 famílias botânicas, sendo as com maior riqueza: Asteraceae (123),
Fabaceae (45), Poaceae (42), Cyperaceae (24), Melastomataceae (17), Myrtaceae (16),
Lamiaceae (14), Verbenaceae (12), Lythraceae (11) e Eriocaulaceae (9). O grupo funcional
mais representativo foi o de caméfitos (44,4%), seguido por geófitos (25,6%) e hemicriptó-
fitos (15,6%), indicando que a estratégia utilizada por estes grupos é bastante vantajosa para
plantas de campos de altitude selecionadas pelo inverno rigoroso do sul do Brasil.
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antrópicos, encontram-se em limiares críticos de atmosfera, onde gemas e brotos são protegidos por
conservação não só devido ao isolamento natural, catáfilos, situados acima de 25 cm (Raunkiaer, 1934)
quanto à forte pressão antrópica, especialmente a ou 50 cm do solo (Dansereau, 1957). O espectro bio-
expansão da silvicultura (Pillar et al., 2006). lógico de Raunkiaer para fitoclimas regionais é a re-
Para Pillar (1999), o estudo das respostas vege- presentação proporcional do número de espécies da
tais às mudanças ambientais em uma escala global flora de uma determinada região pertencente a cada
não pode se basear em espécies, uma vez que a maio- forma de vida (Martins & Batalha, 2001).
ria delas apresenta distribuição geográfica limitada. Diversos estudos baseados em grupos funcionais
Para previsões ecológicas além da escala de regiões têm sido desenvolvidos no Bioma Pampa (Sosinski
florísticas, os modelos deveriam se basear na des- Junior & Pillar, 2004; Müller, 2005; Pillar, 1999;
crição da vegetação usando tipos de plantas, como Pillar et al., 2006), porém outros ambientes campes-
os grupos funcionais por exemplo. Estes apresentam tres, incluindo os de altitude, não tem sido contem-
características que otimizam a percepção entre vege- plados. Este trabalho tem como objetivo caracterizar
tação e mudanças ambientais, pois um tipo funcional a vegetação campestre de Alagados com base nos
agrega um grupo de plantas que afetam de modo si- grupos funcionais a fim de subsidiar a restauração
milar o ambiente ou que apresentam uma resposta ambiental através de estratégias de repovoamento de
similar às mesmas variações ambientais. Os critérios campos nativos a partir da análise de áreas pouco
para sua definição variam desde características mor- impactadas e ainda relativamente preservadas nos
fológicas até ecológicas como, por exemplo, formas Campos Gerais do Paraná.
de vida que representam adaptações às condições
climáticas prevalentes. Pode-se propor a restauração
de áreas degradadas através da reposição de espé- MATERIAL E MÉTODOS
cies-chave ou de tipos funcionais representativos.
As formas biológicas de vida de Raunkiaer As coletas de material em fase reprodutiva foram
(Raunkiaer, 1934) analisam a posição e proteção realizadas quinzenalmente em 2009/2010 em quatro
dos órgãos de crescimento (gemas e brotos) duran- áreas de estepe gramíneo-lenhosa stricto sensu (cam-
te a estação climática desfavorável. Terófitos são po seco), num total de 9,4 ha. As estações amostra-
ervas anuais onde apenas as sementes sobrevivem das estão numa cota superior a 900 metros de altitu-
à estação climática desfavorável - este grupo repre- de, no vale do rio Pitangui, a jusante da represa de
senta o máximo grau de proteção à gema vegetativa, Alagados (J 594408 E 7232272), entre os municí-
presente no próprio eixo embrionário e protegido pios de Ponta Grossa e Carambeí, no Paraná (Fig. 1).
pelos envoltórios da semente, que pode apresentar Todas as áreas se localizam sobre a formação
processos de quiescência ou dormência (Martins & geológica Furnas, em solos de uma forma geral
Batalha; 2001). Geófitos são ervas que abrigam ór- medianamente superficiais, com pelo menos um
gãos de crescimento subterrâneos como xilopódios, metro até a matriz rochosa em sua maior parte, e
rizomas ou bulbos que, além das suas funções bási- situam-se no Segundo Planalto Paranaense, sob
cas, são estruturas de armazenamento e brotamento clima Cfb de Koeppen. As precipitações médias
para a planta cuja parte aérea perece na estação des- anuais nesta região estão em torno de 1.507 mm,
favorável. Hemicriptófitos são plantas herbáceas em e temperaturas médias do ar próximas a 17,8ºC
geral cespitosas ou rosuladas, com gemas e brotos (Cruz, 2007). A estação “A” - Abrigo Pitangui -
de crescimento protegidos ao nível do solo por esca- ao lado do afloramento rochoso catalogado pelo
mas, folhas ou bainhas foliares vivas ou mortas, ou IPHAN como sítio arqueológico, possui área total
até mesmo pela serrapilheira. Caméfitos são plantas de 2,1 ha. É uma área de relevo ondulado com a
sublenhosas ou ervas com as gemas e brotos de cres- presença, no alto da rampa, de Cambissolos Hápli-
cimento situados acima do nível do solo, atingindo cos, no intermédio da rampa, Neossolos Litólicos e
até 1 m de altura, protegidos durante o período des- no fim da rampa (próximo ao rio), Neossolos Flú-
favorável por catáfilos, folhas verticiladas ou mesmo vicos. Os tipos vegetacionais encontrados nesta
restos mortos do sistema aéreo. Na estação adversa a área são estepe stricto sensu e estepe higrófila.
planta se reduz a um sistema aéreo não maior que 25 Uma estrada que passa no alto da rampa ocasio-
cm (Raunkiaer, 1934) ou 50 cm (Dansereau, 1957). na impactos de erosão laminar e incêndios ocor-
Fanerófitos são plantas lenhosas com sistemas aé- rem ocasionalmente. A estação “B” - Usina São
reos totalmente expostos às variações climáticas da Jorge - com área total de 0,2 ha, situa-se em re-
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levo plano, ocorre apenas Cambissolo Háplico e de acordo com a sua forma de vida em sete grupos
um único tipo vegetacional, a estepe stricto sen- funcionais: terófitos, geófitos, hemicriptófitos, ca-
su (campo seco). Esta área é cercada por estradas méfitos, fanerófitos, liana e parasita vascular. Estes
e sofre periodicamente incêndios, além de estar dois últimos grupos não foram levados em conside-
invadida por braquiária em cerca de 30% da cober- ração nas estatísticas realizadas nestre trabalho, de-
tura vegetacional. A estação “C” - Fazenda Panora- vido a sua pequena representatividade.
Fig. 1. Localização das áreas amostradas em Alagados, Ponta Grossa, PR: A- Abrigo Pitangui; B – Usina São Jorge; C – Fazenda
Panorama; D – Mirante Pitangui;
ma - com área total de 4,0 ha, apresenta relevo su- Os trabalhos de identificação taxonômica foram
ave ondulado, com Cambissolos Háplicos no alto realizados no Herbário da Universidade Estadual de
da rampa e Organossolos ao seu final. Ocorrem Ponta Grossa (HUPG). A grafia das espécies e seus
estepe stricto sensu e estepe higrófila. Esta área autores estão atualizados pelo site The Plant List
está sendo convertida em silvicultura com Pinus. (www.theplantlist.org). Por meio do software Past
A estação “D” - Mirante Pitangui - com área total v.2.0 (Hammer, 2001) as distribuições das espécies
de 3,1 ha, localiza-se em relevo suave ondulado em cada um dos cinco grupos funcionais por área
com Neossolos Litólicos no alto da rampa e Orga- foram testadas não parametricamente (qui-quadra-
nossolos ao seu final. Nesta área ocorre um refu- do). Por meio do software Past v.2.0 (Hammer,
gio vegetacional rupestre (campo rochoso) e pela 2001) as distribuições das espécies em cada grupo
relativa dificuldade de acesso não possui nenhum funcional por área foram testadas não parametrica-
impacto antrópico evidente. mente (qui-quadrado) para se avaliar a similaridade
Adicionalmente aos procedimentos padrões de entre as respectivas áreas (A, B, C, D), e foi apli-
coleta e herborização (Fidalgo & Bononi, 1989), ve- cada uma Análise de Componentes Principais, para
rificava-se em campo o tipo de sistema subterrâneo e verificar possíveis influencias de fatores externos
a posição das gemas. As espécies foram classificadas nas relações entre as proporções de cada um dos ti-
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pos funcionais com cada uma das áreas amostradas. e a contaminação biológica por Pinus sp.
Estabeleceu-se como possíveis fatores externos a RESULTADOS
profundidade e tipo de solo, o estresse hídrico de-
vido à seca fisiológica e as baixas temperaturas no Foram levantados 439 táxons pertencentes a 56
inverno, a intensidade e frequência do impacto por famílias botânicas, sendo as com maior riqueza: As-
fogo, o assoreamento pela descarga de sedimentos teraceae (123), Fabaceae (45), Poaceae (42), Cype-
Quadro 1. Espécies coletadas em Alagados, Ponta Grossa, PR. Formas de vida: FAN - fanerófita, CAM - caméfita, HEM - hemicrip-
tófita, GEO - geófita, TER - terófita, LIA - liana, SPV - parasita vascular.
Continua
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Quadro 1. Continuação
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Quadro 1. Continuação
raceae (24), Melastomataceae (17), Myrtaceae (16), da distribuição dos cinco distintos grupos funcio-
Lamiaceae (14), Verbenaceae (12), Lythraceae (11) nais nas áreas amostradas (α = 0,05) (Fig. 3). Como
e Eriocaulaceae (9). Destes, 397 táxons puderam ter não é possivel determinar quais são estes fatores,
suas formas de vida verificadas (Quadro 1). estima-se que devido às condições climáticas da re-
A análise da distribuição de grupos funcionais gião e a ausência de diferenças significativas entre
por espécies revelou que quase metade dos táxons as áreas quanto ao número de táxons pertencentes
é representada por caméfitos (44,4%), seguidos por à cada grupo funcional, o stress hídrico resultante
geófitos (25,6%), hemicriptófitos (15,6%), terófitos dos solos rasos e da seca fisiológica devido a baixas
(9,8%) e fanerófitos (4,6%). Portanto 51% dos tá- temperaturas, deve ser o fator responsável pela pro-
xons estão adaptados a sobreviver à estação climá- porção dos táxons dentro dos grupos funcionais, já
tica desfavorável no subsolo, na serrapilheira ou no que este fator atinge toda a região, não limitando-
banco de sementes. -se à determinadas áreas. A análise de grupamento
Todos os tipos funcionais são proporcionalmente parece corroborar também a segregação da área A,
mais abundantes em número de espécies no Abrigo com solos mésicos e hidromórficos da área B, es-
Pitangui (A), área de maior riqueza de espécies (Fig. sencialmente mésica, das áreas C e D, relativamen-
2), porém o teste qui-quadrado não apontou diferen- te xéricas.
ças significativas entre as distribuições do número de
espécies por grupos funcionais nas quatro áreas (p =
0,20). Ocorrem diferenças nas proporções de grupos
funcionais entre as áreas, mas a proporção do número
de espécies por grupo não varia significativamente.
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dos Campos Gerais e Carmo (2006) no Parque Esta- devido à própria fisionomia da vegetação, caracteri-
dual do Guartelá, as maiores unidades de conserva- zada principalmente por ervas e arbustos. Com base
ção na região. nestes resultados sugere-se que as ações de restaura-
Os grupos funcionais representados pelos geó- ção ambiental de campos que venham a ser desen-
fitos e pelos caméfitos, que apresentam, respectiva- volvidas na região levem em conta, portanto, não
mente, as gemas protegidas em sistemas subterrâne- apenas a coleta de sementes, mas também a trans-
os ou pouco acima do nível do solo, foram os mais posição de solo, para que todos os tipos funcionais
amplamente distribuídos entre todos os táxons a ní- sejam bem representados na nova paisagem.
vel de família, ao contrário de terófitos, que são mais
concentrados em Asteraceae, e hemicriptófitos, mais
frequentes em Poaceae e Cyperaceae. Meira Neto et AGRADECIMENTOS
al. (2007) também se surpreenderam com a relativa
pouca expressão dos hemicriptófitos em áreas cam- À Divisão de Meio Ambiente da Copel, pro-
pestres similares. prietária das áreas e financiadora do projeto, e a
Todas as áreas apresentaram distribuição similar Fundação Araucária pela concessão de Bolsa PI-
de espécies por grupos funcionais (p = 0,20) e, como BIC ao primeiro autor.
na escala de análise as condições climáticas são as
mesmas, não é possível afirmar que as diferenças
edáficas e de relevo entre as tipologias de estepe em REFERÊNCIAS
Alagados (stricto sensu, higrófila e refúgio vegeta-
cional rupestre), sejam significativas na distribuição Behling, H., Jeske-Pieruschka, V., Schüler, L. & Pillar,
de espécies em cada grupo funcional. Porém, como V.P. 2009. Dinâmica dos campos no sul do Brasil
o PCA apontou que apenas um fator é considerado durante o Quaternário Tardio. In Campos Sulinos:
conservação e uso sustentável da biodiversidade (V.P.
relevante (97,78%) na distribuição dos grupos fun-
Pillar, S. Muller, eds). Ministério do Meio Ambiente,
cionais pelas áreas, é mais provável que o stress hí-
Brasília, p. 13-25.
drico resultante dos solos rasos e da seca fisiológica
devido a baixas temperaturas seja responsável pela Bilenca, D.N. & Minarro, F. 2004. Identificación de áre-
predominância de alguns grupos funcionais em de- as valiosas de pastizal (AVPs) en las Pampas y cam-
trimento de outros, devido às vantagens fisiológias pos de Argentina, Uruguay y sur de Brasil. Fundação
que alguns grupos possuem, como os geófitos. Vida Silvestre Argentina, Buenos Aires. 352 p.
Carmo, M.R.B. 2006. Caracterização fitofisionômica do
Parque Estadual do Guartelá, município de Tibagi,
CONCLUSÕES estado do Paraná. 152 f. Tese de Doutorado. Univer-
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Os grupos funcionais baseados nas formas de
vida de Raunkiaer caracterizam melhor os microam- Cruz, G.C.F. 2007. Alguns aspectos do clima dos Campos
bientes dos campos de altitude em Alagados do que a Gerais. In Patrimônio natural dos Campos Gerais do
distribuição de espécies, uma vez que estas se distri- Paraná (M. S. Melo, R. S. Moro & G. B. Guimarães,
buem de maneira uniforme pelas áreas, enquanto os eds.). Ponta Grossa: Ed. Universidade Estadual de
grupos funcionais parecem responder as condições Ponta Grossa. p. 59-72.
edáficas e hídricas. Dalazoana, K. 2010. Espacialização dos remanescentes de
A preponderância de caméfitos como o grupo campos nativos na Escarpa Devoniana do Parque Nacio-
mais representativo, amplamente distribuído entre nal dos Campos Gerais. 144 f. Dissertação de Mestrado.
diversas famílias, seguida por geófitos e hemicrip- Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa.
tófitos, é bastante vantajosa para plantas de campos Danserau, P. 1957. Biogeography: an ecological perspec-
de altitude selecionadas pelo inverno rigoroso do sul tive., Ronald Press, New York. 394 p.
do Brasil. O grupo dos terófitos, apesar de ser consi-
derado o que apresenta o máximo grau de proteção Fidalgo, O. & Bononi, V.L.R. (Coord.) 1989. Técnicas de
à gema vegetativa, não se apresentou como uma es- coleta, preservação e herborização de material botâ-
tratégia muito adotada pelas espécies campestres na nico. São Paulo: Instituto de Botânica. (Série Docu-
região. O grupo dos fanerófitos foi pouco frequente mentos). 62 p.
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