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EPISCOPADO Página 2
Licença de Uso
EPISCOPADO Página 3
ÍNDICE
UMA PALAVRA PG 05
DIÁCONO PG 06
PRESBÍTERO PG 10
EVANGELISTA PG 13
PASTOR PG 14
A PREPARAÇÃO PARA O MINISTÉRIO PG 17
O CARÁTER DO MINISTRO DE DEUS PG 21
OUTRAS OPERAÇÕES NA IGREJA PG 28
A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL PG 35
CERIMÔNIAS PG 41
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UMA PALAVRA
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DIÁCONO
H
á quem afirme, e talvez a maioria, que a função do diácono é
puramente material, com o que discordamos, pelas seguintes razões:
para fazer um serviço puramente material não seriam necessárias as
qualificações exigidas para o diaconato.
Não restam dúvidas de que os diáconos servem nos serviços materiais
da igreja, mas também servem no serviço espiritual:
Na Santa Ceia do Senhor, que não é serviço material;
Na ordem nos cultos, que é um serviço de adoração ao Senhor; entre
outros, e;
Na pregação da Palavra de Deus.
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a) a palavra “reputação” no original significa: “...indivíduos testados, ou,
que lhes tivesse sido dado testemunho em seus negócios e caráter
passado, testificando favoravelmente acerca desses servos de Deus” (I
Pe 2.15,16).
b) O Espírito de Deus, que neles habitava, proporcionava-lhes as
seguintes virtudes: graça divina, fé, amor, bondade, paciência,
longanimidade, mansidão; as mesmas serviriam para o correto
exercício de suas funções na casa de Deus e no “Ministério
Cotidiano” (At 6.1).
É FUNÇÃO DO DIÁCONO:
QUALIFICAÇÃO “DIACONAL”
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Para tanto, aconselhamos àqueles que compõem o diaconato com as
seguintes sugestões:
Viverem em humildade, sem pretensão alguma; a não ser servir
na obra de Deus e no ministério da igreja de Cristo;
Evidenciarem provas de um fiel serviçal na Congregação em que
atuarem como “diáconos”;
Evitar o espírito de murmurações e insatisfações com o
ministério e a igreja de Deus que o elegeu para esta função
especial, a fim de não caírem em tentação e em laços do diabo (I
Tm 3.7);
Ter cuidado com o vício de linguagem na Congregação ou na vida
diária diante do mundo atual;
Amar a leitura da Bíblia Sagrada, e de bons livros evangélicos, a
fim de que Deus, em sua misericórdia, e mediante os nossos
esforços, nos ajude a realizar Sua obra guiados pelo Espírito
Santo.
DIACONISA?
IMPORTANTE
Ao recomendar Febe, Paulo diz quem ela é e de onde ela vem. Era
uma diaconisa da igreja da Cencreia. Suas obrigações, como a dos
diáconos, eram muito generalizadas. Necessidades materiais e também
espirituais de outros eram atendidas por crentes como FEBE (At 6.1-6,
8-15; 7.1-60).
Paulo pede aos romanos que a recebam no Senhor, como convém
aos santos, e que a ajudem em tudo o que vier a precisar. Ela merecia
tal acolhida, Paulo declara, porque tem sido protetora de muitos e ao
próprio Paulo também. Este capítulo refuta a ideia de que Paulo não
gostava de ver mulheres trabalhando nas igrejas ou entre os crentes.
Seu tributo prestado a Febe é seguido de saudações a várias pessoas e
grupos.
Entre as pessoas saudadas estão oito mulheres. Paulo comenta
especialmente o trabalho de cinco dessas mulheres (Maria, v.6; Priscila,
uma cooperadora, v.3; Trifena e Trifosa, v.12; Pérside, v.12).
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY
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PRESBÍTERO
A
o escrever a epístola aos crentes de Filipos, o apóstolo Paulo reconheceu
que aquela igreja possuía, tanto presbíteros (anciãos) quanto diáconos
(Fp 1.1). É fora de dúvida que, no princípio, essa era a prática seguida
em todas as igrejas.
E essa vem sendo a prática seguida pelos cristãos através dos séculos
até aos nossos dias, e que está de acordo com a vontade de Deus.
O SIGNIFICADO DA PALAVRA
IMPORTANTE
Um presbítero pode muito bem substituir o pastor na sua ausência, mesmo por tempo
indeterminado, mas ele será sempre um presbítero, até quando for consagrado ao
ministério pastoral.
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Mais tarde, depois que foi inaugurado o Tabernáculo, eles passaram a
funcionar já de modo diferente, isto é, como ajudantes no sentido religioso e
em número determinado, e com maiores exigências da parte de Deus.
1. Em (Nm 11.16,17) vemos Deus ordenando a Moisés que designasse 70
anciãos para cooperarem no serviço do Tabernáculo, e assim foi feito
por Moisés, e o Senhor veio e tirou do Espírito que estava sobre Moisés
e pôs sobre aqueles 70 homens, e aconteceu que todos profetizaram
(Nm 11.25). Aí já vemos a grande mudança operada na pessoa do
ancião: a) foram designados por Deus; b) foram em número
determinado; c) foram todos cheios do Espírito Santo que estava sobre
Moisés; d) foram designados para o serviço religioso ou ministerial.
2. Não se deve confundir o trabalho destes anciãos com o daqueles que
foram designados por Moisés, segundo o conselho de Jetro, seu sogro,
para uma cooperação sobre questões civis: Ex 18.13-25.
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Observe esta
MÃO
Profeta
Poder de “apontar” a Palavra
Apóstolo
Maior de Todos
Evangelista
Alcance das almas
Pastor
Dedo das alianças
Mestre
Limpa as “sujeiras”
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EVANGELISTA
O
termo aparece três vezes no NT: At 21.8; Ef 4.11 e II Tm 4.5. A
passagem de II Tm 4.5 parece não qualificar Timóteo como evangelista,
mas como alguém que fazia a obra de um evangelista. Um erro que às
vezes é cometido é consagrar-se um homem para evangelista, simplesmente
para dar-lhe uma posição inferior à de pastor. Isso não é uma questão de
hierarquia, e sim de dom, de chamada para o cargo.
Existem grandes homens de Deus no meio evangélico, que são
verdadeiros evangelistas e isso não quer dizer que eles sejam menores que os
pastores. Eles são igualmente ministros de Deus. Existem também pastores
que são verdadeiros evangelistas: possuem duplicidade de dom. Há
evangelistas, por outro lado, que se fossem postos como pastores de igrejas,
estragariam o trabalho, porque o dom deles é mesmo específico de
evangelistas; muitos trabalhos têm sofrido por causa desse engano de
ministério.
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Finalizando, dizemos que o trabalho missionário é também um
verdadeiro trabalho evangelístico.
PASTOR
J
á sabemos que o pastor é um homem escolhido por Deus, capacitado
pelo dom, e dado à igreja para servir, e governar e, também, para
alimentar o rebanho com a Palavra. É um homem separado (por Deus),
que se deve consagrar especialmente ao ministério. A chamada de Deus
independe de preparo intelectual ou profissional. Essas coisas sem a chamada
podem gerar pastores apenas convencidos.
Ninguém, nenhuma escola por si mesma poderá jamais fazer um pastor
verdadeiro: um bom pastor: Só mesmo Deus pelo dom do seu Santo Espírito é
que pode fazer.
IMPORTANTE
Tal é a honra desta “profissão”, que o AT frequentemente atribui a
Deus o título de Pastor de Israel (Gn 49.24; Sl 23.1; 80.1), terno em Sua
solicitação (Is 40.11), que algumas vezes talvez espalhe indignado as
ovelhas, para em seguida reuni-las, depois de perdoá-las (Jr 31.10).
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Algumas vezes o tom é predominantemente de julgamento, quando então
tanto o pastor quanto as ovelhas aparecem sob condenação e são
castigados (Jr 50.6; 50.23; Zc 13.7; e aplicações nos evangelhos). Tal
pastor bem pode tremer ao ter de defrontar-se com o Senhor (Jr 49.19;
50.44). Algumas vezes a tonalidade é de misericórdia, quando as ovelhas
são abandonadas por aqueles que estavam responsabilizados por elas
(Nm 27.17; I Rs 22.17; Mc 6.34, etc). Dois pastores mencionados com
especial aprovação são MOISÉS (Is 63.11), e, de modo bastante
surpreendente, um executor pagão dos propósitos de Deus, CIRO (Is
44.28).
FUNÇÃO DO PASTOR
IMPORTANTE
O ministério da oração intercessória é semelhante à chuva que cai
sobre a lavoura. Este modelo temos desde o VT: Moisés, por exemplo,
revelou-se um extraordinário intercessor em favor do povo de Israel,
mesmo não sendo ele sacerdote. A vitória do povo de Israel foi mais por
meio da intercessão de Moisés do que pelo ministério sacerdotal de Arão.
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JESUS, o nosso sumo Pastor deu-nos exemplo marcante de um
ministério de intercessão: haja vista a sua oração intercessória registrada no
capítulo 17 do Evangelho de João, chamada de oração sacerdotal , devido ao
seu caráter. É considerada como uma das mais importantes orações feitas pelo
Senhor. Se os pastores orassem mais pelos crentes e pela igreja maiores
bênçãos viriam sobre o povo de Deus.
IMPORTANTE
Há uma tendência, especialmente nos dias atuais, no sentido de
que um pastor pode ser feito mediante cursos de treinamento feitos em
escolas especializadas; tais como: Filosofia, psicologia, teologia e outras
tantas matérias. Isso vem sendo a derrota de muitas igrejas. Na verdade,
reconhecemos que Deus pode chamar um homem douto ou qualquer
sábio para a obra do ministério, mas não os chama por possuírem essas
qualidades. Já dissemos que a chamada independe dessas coisas.
Lucas era médico (Cl 4.14);
Mateus um funcionário público de categoria (Mt 9.9);
Paulo um grande erudito (At 26.24);
Entre outros...
-Mas não foram chamados por suas funções nem por seu saber. Deus olha é
para as qualidades morais e espirituais daqueles que quer chamar. O
ministério é cargo de confiança e de confiança de Deus (II Tm 2.2; I Co 4.1,2).
Também não se deve pensar que todos os que possuírem boas
qualidades e forem bons crentes devem ser colocados no ministério, pois a
escolha é unicamente de Deus. Ele chama a quem seu propósito determina.
Existem diáconos, por exemplo, que são homens dotados de grandes
características espirituais e, muitas vezes, Deus os deixa no diaconato durante
toda a vida; o mesmo tem acontecido com presbíteros.
Muitas pessoas têm tido suas vidas arruinadas, por terem sido
colocadas em posições para as quais não foram chamadas por Deus.
-Um doutor disse: “Dentre todas as mais abençoadas dádivas já concedidas
por Cristo à sua Igreja em qualquer tempo e lugar, figuram esses homens dos
quais o Senhor pode dizer que são realmente pastores segundo o coração de
Deus, que apascentam com conhecimento e inteligência” (Jr 3.15).
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Jesus chama a si próprio de Pastor
Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11-14);
Jesus, o Grande Pastor das ovelhas (Hb 13.20);
Jesus, o sumo Pastor dos pastores, aquele com que os pastores terão
de um dia acertar contas (I Pe 5.4).
-Como bom pastor, Ele deu a sua vida pelas suas ovelhas.
A
Preparação para o ministério pode ser encarada sob duas fases:
Experiência e Educação. Posto que qualificamos a experiência como de
maior importância, falaremos primeiro sobre ela.
Ao considerarmos o cabedal de experiências que o pregador deve possuir
ao preparar-se para o seu trabalho, levamos em conta as horas difíceis na vida
que se destacam como pontos críticos, bem como as experiências diárias de
um crente maduro, que o qualificam para aconselhar a outros que estejam
passando por situações semelhantes.
1
O Novo Nascimento – A experiência fundamental do obreiro ou de
qualquer cristão, mui naturalmente, é o novo nascimento.
-O homem natural jamais compreenderá as coisas do Espírito de Deus;
pelo que é absolutamente necessário que ao homem seja concedida a mente de
Cristo, o qual confere o entendimento espiritual.
“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem
espiritualmente. Porém, o homem espiritual julga todas as coisas, mas
ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois, quem conheceu a mente do
Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de
Cristo”. (I Co 2.14-16).
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2
O Batismo no Espírito Santo – Subsequentemente à experiência do novo
nascimento, existe para cada crente o batismo no Espírito Santo. No dia
de Pentecostes, Pedro disse:
“Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos
vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo...” (At 2.38,39).
Eis uma declaração definida sobre o efeito do novo nascimento – além do
arrependimento e do batismo em água, há o recebimento do Espírito Santo (Ef
1.13); e note-se que esse dom do Espírito Santo é para quantos forem
chamados pelo Senhor nosso Deus.
Ora, se fica provado que há o batismo no Espírito Santo
subsequentemente à conversão e como experiência prática dos primeiros
cristãos, como bênção adicional, como poderia alguém, com propriedade,
assumir a posição de LÍDER, MESTRE, e EXEMPLO para os santos (tudo isso
próprio de um ministro do evangelho, naturalmente), a menos que já tenha
recebido o batismo no Espírito Santo?
Nossa conclusão, portanto, é que ninguém deveria ficar satisfeito em
pregar o evangelho do Senhor Jesus Cristo sem haver primeiramente recebido
o batismo no Espírito Santo. Isso consideramos como absolutamente essencial
à pregação para o ministério.
3
Andar com Deus –Isso fala de intimidade com o Senhor; de uma vida de
plena comunhão com o Senhor Jesus Cristo.
-Veja:
“E andou Enoque com Deus; e não se viu mais porquanto Deus para si o
tomou” (Gn 5.24);
“... Noé andava com Deus” (Gn 6.9);
veja ainda: (Ez 14.14-20).
4
A Escola da Experiência – O mestre cristão deve conhecer aquilo que irá
ensinar. É sua prerrogativa não somente ensinar a doutrina e o esboço
geral da fé cristã, mas também as experiências reais que os crentes
enfrentam diariamente.
-O adversário não é apenas uma ideia teórica; ele é real e intensamente
agressivo. Ele ataca todo crente com toda variedade de armas. Faz parte da
tarefa do pastor conduzir seu povo pela mão, a fim de guiá-lo através das
experiências quando tomado de perplexidade e confusão.
Essas experiências pessoais, que devem envolver a vida do futuro pastor,
também incluem consagrações que o atingem na própria alma. Sem uma
consagração total, ninguém está apto a servir a Deus eficazmente. Podemos
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servir relativamente bem, mesmo que ainda haja certas áreas que não estejam
sob o controle de Deus. Mas chegará o momento em que o Senhor chamará a
atenção para qualquer coisa que surja entre Ele e nós.
-Veja as experiências pessoais desses homens:
A prova de Gedeão com Deus;
Noé e a experiência do dilúvio;
Jacó e a visão da escada;
José e o desprezo pelos seus irmãos;
Daniel na cova dos leões;
Os três jovens na fornalha de fogo ardente;
A grande visão de Isaías;
Entre outros...
IMPORTANTE
Abraão foi levado a sacrificar seu próprio filho amado, sobre quem se
concentravam as promessas de Deus. Foi mediante a resposta a esse
chamamento e a total disposição de dar o que tinha de mais precioso ao
Senhor, que Deus demonstrou ser Abraão digno de ser chamado Seu
amigo, e a quem podia constituir pai espiritual dos fiéis. Servimos hoje ao
mesmo Senhor.
Portanto devemos esperar que Ele faça solicitações semelhantes,
tornando-nos Seus amigos e também pais na fé. Deus pode, talvez, exigir
de nós que renunciemos a algumas coisas boas e legítimas da vida –
coisas que normalmente poderíamos conservar e desfrutar. Experiências
como essa qualificam-nos para o ministério, porém se viermos a falhar
nessas coisas, ficaremos limitados e não teremos um ministério profícuo
e duradouro.
5
Período de Treinamento – Quando Deus procurou um homem como
MOISÉS para liderar espiritual e administrativamente a nação de Israel,
não apenas escolheu aquele que estava mais altamente preparado na
cultura egípcia (At 7.22), como cuidou particularmente de Seu futuro servo,
para que esperasse em Deus durante longo período de tempo, durante o qual
sofreu humilhação, como preparação adicional para a obra a que seria
chamado.
Flávio Josefo, o historiador judeu escreveu que Moisés era o
comandante-chefe dos exércitos egípcios. Isso certamente já era de esperar,
porquanto ele era o herdeiro presuntivo do trono. Recebeu não apenas todas
as vantagens de caráter educacional e comuns dos mais favorecidos jovens
egípcios, mas também lhe foi dado um treinamento superior. Somente ele
estava sendo preparado para assumir o trono quando do falecimento do seu
avô de criação, o Faraó.
Será que esse treinamento excepcional não poderia ser considerado
como uma preparação suficiente para a liderança da nação de Israel? Não
estaria ele, que era naturalmente dotado e qualificado para conduzir e chefiar
os muitos milhões da mais civilizada nação da terra naquela época, capacitado
a conduzir uma nação muito menor, composta de ex-escravos, como era a
nação de Israel?
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-Ainda assim, ele precisava de um treinamento com Deus.
Na solidão do deserto, crescia paulatinamente a visão da grandeza de
Deus e sua própria pequenez. Resistiu firme, como quem vê o Invisível, e foi
diminuindo pessoalmente em sua própria estima. Quanto às ambições
pessoais e ao gozo de vida material, estava perfeitamente resignado a levar o
cajado de pastor e cuidar tranquilamente das ovelhas. Quando Deus,
finalmente, considerou que esses 40 (quarenta) longos anos de
amadurecimento pessoal haviam produzido o efeito desejado, apareceu a
Moisés na Sarça ardente.
Ao ouvir o anúncio de que ele, Moisés, haveria de tirar o seu povo
do Egito, insistiu em que não era homem eloquente, mas antes,
pesado de boca e pesado de língua (Ex 4.10). Na realidade
(segundo os altos padrões egípcios), ele era poderoso em palavras
(At 7.22), mas agora insistia em que isso era como nada e que,
realmente, era lento no falar. Quão grande a transformação e a
diminuição do conceito sobre sua própria pessoa! Esse longo
período de teste pessoal Deus teve como muito valioso na
preparação de Seu servo.
O apóstolo PAULO não foi produto do acaso. Foi antes o fruto de uma
preparação deliberada da parte de Deus, a quem serviu. Sua qualificação
natural, como um dos membros do sinédrio (ainda que os tais fossem
altamente educados), não era de modo algum suficiente para o ministério para
o qual foi chamado.
Sua maravilhosa conversão na estrada de Damasco, e o batismo no
Espírito Santo, já naquela cidade, semelhantemente não foram suficientes. O
assentar-se aos pés dos apóstolos não teria completado o seu preparo, nem lhe
proveria a adaptação necessária à sua obra. Teria de haver um contato pessoal
com Deus, além do longo e deliberado período de espera em Sua presença. Foi
então para a Arábia, um outro deserto, e depois voltou a Damasco por um
período de 3 (três) anos. Houve um breve contato com os apóstolos e a igreja
de Jerusalém; mas em seguida retirou-se novamente para Tarso, sua cidade
natal, a fim de esperar em Deus e amadurecer em sua própria experiência
pessoal.
-Essa foi a parte principal da preparação do apóstolo Paulo para o ministério
ao qual tinha sido chamado.
Poderíamos citar outros exemplos, porém, cremos que esses 2 (dois),
[Moisés e Paulo] nos são suficientes, portanto, é importante a questão do
tempo; Ele gera grandes experiências com DEUS.
6
Imprescindível o Conhecimento Bíblico – Quem pode negar ou discutir que
o conhecimento da Bíblia é absolutamente essencial para o ministério? A
Bíblia é a fonte de toda verdade espiritual e a revelação da completa
vontade de Deus.
-O pregador é o pesquisador das verdades espirituais, bem como o canal
através do qual elas são transmitidas ao povo.
Quando alguém deixa sua ocupação secular a fim de devotar-se
inteiramente ao estudo da Palavra de Deus, em preparação para o ministério
cristão, está sendo muito sábio, caso tenha qualidades para isso. Recusar-se a
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ouvir a outros que desejam ensinar-nos a Palavra de Deus, ou negar-se a ler
mensagens escritas com essa intenção, é incoerente, contrário à Palavra de
Deus e ao Espírito de Cristo. Tais pessoas que se exibem como mestres da
Palavra e esperam que outros as escutem e sejam por elas influenciadas, estão
esperando de outros exatamente aquilo que elas mesmas não querem praticar.
Recusam-se a receber a censura mas esperam dos ouvintes que se deixem
ensinar. Recusam-se a ouvir, pedem, no entanto, a outrem que lhes dê
ouvidos.
IMPORTANTE
O Espírito Santo habita no corpo de Cristo e, em particular,
naqueles que recebem “a unção”. O sentido real da passagem é: “Não
tendes necessidades de que algum homem (natural) vos ensine”. Na obra
do evangelho não é o homem (em si só) que nos ensina, mesmo sendo
um professor diante de nós ou por sua palavra escrita. Mas é o Espírito
Santo que Se vale de um instrumento humano mediante o qual ensina
todas as coisas. Que Deus nos conceda graça e simpatia para que nos
tornemos dispostos a receber o ensino, sem nos importarmos com o
instrumento que Deus eventualmente use.
A
ssim como o fruto é determinado pela espécie da árvore, o ministério
inteiro de um homem de Deus será qualificado pelo tipo de homem que
ele é (Pv 23.7). Isso requer que o coração seja puro e, repleto das coisas
que ele deseja que transpareça no ministério.
-Jesus era pleno da graça e da verdade; e assim, logicamente, isso é o que
emanava de toda a Sua vida (Jo 1.14).
QUALIDADES NATURAIS
EPISCOPADO Página 21
22.29). Ninguém pense que a vida de um pastor é fácil. É possível que alguns
pastores julguem tê-la para o lazer. Provavelmente perdem metade das
oportunidades que lhes surgem, e serão chamados à responsabilidade em
consequência.
Portando, deve o pastor reabastecer o coração e a mente, dia a dia, além
de atarefar-se na salvação de almas preciosas, na edificação da sua igreja e na
propagação do reino. Isso requer uma aplicação coerente, de manhã até tarde
da noite.
EPISCOPADO Página 22
-Liderança não é o mesmo que violência, como um feitor domina escravos.
Trata-se antes de prioridade, a qual é instintivamente reconhecida e
respeitada devido à sabedoria e maturidade. A liderança não deve repousar
sobre a autoridade da posição de alguém, mas antes, sobre as qualidades
inerentes de aptidão e caráter.
A liderança envolve a concordância geral e a disposição de assumir
responsabilidade. É mister tomar decisões. E embora seja conveniente não
arriscar-se demasiadamente na tomada de posições, contudo, essa qualidade
é para inerente liderança. É preciso que o líder pese cuidadosamente todas as
questões, orando de modo suficiente, para em seguida ter a coragem de
decidir em definitivo. Espera-se dos pastores essa disposição de assumir
responsabilidades.
A habilidade executiva também se inclui nessa consideração e deve ser
encontrada em boa medida no líder de uma igreja. Essa qualidade exige
discernimento quanto às várias tarefas que precisam ser feitas em conexão
com o programa geral da igreja, o arranjo e o esquema apropriado dessas
tarefas, segundo sua importância relativa. A escolha sábia dos obreiros,
segundo as tarefas que lhes competem, e a distribuição hábil dos deveres
diversos são oriundas dessa capacidade. Deve haver, então, a supervisão
eficiente sobre esses obreiros, encorajamento e assistência aos mesmos, e a
substituição possível, quando a ocasião assim o aconselhar.
O resultado da habilidade de execução é que se produz mais para Deus,
e se consegue uma igreja mais feliz e eficiente em todos os sentidos. Não há
como negar que essa é uma qualidade capaz de render altos dividendos e que
deve ser reputada como de capital importância.
IMPORTANTE
A Liderança envolve também o conhecimento da natureza
humana. Isso vem mediante o instinto, a observação e a experiência.
Percebemos de pronto que as pessoas resistem quando lhes damos
ordens e que reagem logo revidando. Por outro lado, correspondem
afirmativamente a cumprimentos e bondade, e ao interesse sincero em
seu bem-estar pessoal. Será bom que o indivíduo se familiarize com
outros problemas difíceis das reações humanas, e conhecê-los tornar-se-
á útil como meio para chegar-se à grande finalidade de levar o nosso
Evangelho até os corações e lares do povo.
EPISCOPADO Página 23
QUALIDADES ESPIRITUAIS
O Amor – O amor de Deus significa: amor para com Deus e também amor
divino em nossos corações. Em ambos esses sentidos o ministro deve possuir
um coração pleno de amor de Deus.
O primeiro dever de todo pastor: amar ao seu Deus de todo o coração,
alma e espírito. Procedendo assim, a sua consagração se tornará completa.
Não haverá asperezas nem ressentimentos em qualquer feição de sua vida e
ministério. Pois, se Aquele que ama, foi quem chamou, e o amor da pessoa
chamada a Ele permanece fiel e verdadeiro, então todas as suas solicitações
serão respondidas e tudo correrá bem. Isso é importantíssimo, sendo a solução
para todos os problemas pessoais.
A natureza humana é geralmente marcada pela ingratidão, egoísmo e
descortesia. É possível que haja falta de apreciação por parte dos liderados
quanto aos nossos sacrifícios e esforços. Nosso amor natural em breve se
esgotaria e assim nós nos voltaríamos exatamente contra aqueles para quem
fomos enviados como ministros. Mas o amor mais intenso de Deus, uma vez
transbordante em nossos corações, far-nos-á amar até mesmo aos que não
fazem por merecer amor, impelindo-nos a fazer-lhes o bem mesmo que nos
desprezem, e nos impulsionará a continuar derramando nossas vidas em favor
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daqueles que se mostrem indignos, e que talvez cheguem ao ponto de praticar
injustiças contra nós.
-Eis aí, portanto, uma qualidade que deve dominar os nossos corações, se
quisermos ser bem sucedidos no pastorado e no campo missionário.
O Espírito Perdoador – O pastor não pode esperar que seu povo seja mais
semelhante a Cristo do que o líder desse povo. São necessárias duas pessoas
para que surja uma contenda. Se, porém, o pastor tomar a iniciativa de deixar
de lado o ressentimento e perdoar a pessoa que errou, dará demonstração de
maturidade, como de fato lhe compete.
Se, todavia, não puder mostrar-se à altura da prova de tanta
espiritualidade e der lugar à carnalidade, ao ressentimento e à retaliação, isso
lhe será uma derrota, significando o fim de utilidade no ministério.
-Quão glorioso é quando o pastor se mostra capaz de assumir o doce espírito
daquele que exclamou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Se
Estêvão e Paulo foram capazes de demonstrar esse espírito de perdão (At 7.60;
II Tm 4.16), então certamente é possível que os obreiros do evangelho nos dias
atuais, manifestem a mesma atitude (Ef 4.32).
APÓSTOLOS
N
o geral os apóstolos eram homens que tinham um tipo singular de
autoridade na igreja primitiva: autoridade para falar e escrever palavras
que eram “palavras de Deus” em sentido absoluto. Não acreditar neles
ou desobedecer a eles era o mesmo que não crer em Deus e desobedecer a
Deus.
Eles, portanto, tinham autoridade para escrever palavras que se
tornaram palavras da Bíblia. Este fato por si só nos sugere que havia algo de
singular no ofício de apóstolo, e não esperaríamos que ele continuasse hoje,
porque atualmente ninguém pode acrescentar palavras à Bíblia e tê-las na conta
de palavras de Deus ou como parte das Escrituras.
Além disso, os dados do NT sobre as qualificações e sobre a identidade
de um apóstolo também nos levam a concluir que o ofício era único e limitado
ao primeiro século e que não devemos esperar por mais apóstolos HOJE.
NOTA:
A palavra apóstolo pode ser usada em um sentido amplo ou restrito. Em
sentido amplo ela significa “mensageiro” ou “missionário pioneiro”. Mas em
sentido restrito, que é o mais comum no NT, refere-se a um ofício específico,
“apóstolo de Jesus Cristo”. Esses apóstolos tinham autoridade única para
fundar e liderar a igreja primitiva e podiam falar e escrever a palavra de Deus.
Muitas de suas palavras escritas tornaram-se as Escrituras do NT.
-Para se qualificar como apóstolo era preciso:
Ter visto com os próprios olhos o Cristo ressurreto e;
Ter sido designado apóstolo pelo próprio Cristo.
EPISCOPADO Página 27
IMPORTANTE
Embora alguns hoje usem a palavra apóstolo para referir-se a
fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e
proveitoso, porque simplesmente confunde quem lê o NT e vê a grande
autoridade ali atribuída ao ofício de “apóstolo”.
É digno de nota que nenhum dos grandes nomes da história da
igreja – Atanásio, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley e Whitefield –
assumiu o título de “apóstolo” ou permitiu que o chamassem apóstolo.
Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título
“apóstolo”, logo levantam a suspeita de que são motivados por um
orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva
ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra
pessoa deve corretamente ter.
1.Cooperador –
É
aquele obreiro que tem como função cuidar da Casa de Deus quanto à
boa ordem nos cultos de qualquer natureza.
-Algumas igrejas qualificam de:
Auxiliar Externo
É aquele que, em atendimento aos diáconos da igreja, atua nos cultos:
como recepcionista;
supervisionando os banheiros da igreja;
verificando as crianças;
supervisionando os equipamentos de som da igreja;
Proporcionando assento aos visitantes;
verificando o bom andamento do culto;
Entre outros... , porém, sempre subordinados aos diáconos – que são os
oficiais da Igreja.
Auxiliar Interno
As funções são as mesmas, a diferença é que o auxiliar interno recebe
este nome porque não são batizados no Espírito Santo (de acordo com o
entendimento de algumas igrejas).
Porteiro
Semelhantemente ao auxiliar (externo/interno) é aquele obreiro que está
sempre disponível para atender às portas da Casa do Senhor (I Sm 3.15 ).
Tem a responsabilidade de abrir as portas da Casa do Senhor;
EPISCOPADO Página 28
Cuidar para que não entre ninguém cujo objetivo não seja ouvir a voz do
Senhor ou até mesmo aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador;
Não fazer brincadeiras quando estiver trabalhando; deve manter firme
sua postura de fiel sentinela da Casa do Senhor;
Deve cuidar da Casa do Senhor, como se estivesse cuidando da sua
própria casa.
É
aquela mulher que foi chamada pelo Senhor para executar uma obra
extremamente valiosa: O Círculo de Oração.
-Veja suas características:
Exemplo em ORAÇÃO;
Humildade;
Sabedoria;
Vigilância;
Exemplo como Mãe e como Mulher (mulher virtuosa).
O Círculo de Oração é um culto de grande importância na Casa de Deus;
sendo assim há a necessidade da pessoa que estiver na direção seja alguém de
postura espiritual elevada (não estamos dizendo que seja alguém impecável,
mas alguém de um testemunho exemplar), caso contrário, a obra do Senhor
perderá sua importância.
-Que Deus levante mulheres!!! mulheres que sejam grandes no SENHOR dos
Exércitos, a fim de manter este culto na dignidade que ele merece.
Achamos que temos muitas mulheres HOJE nesta altura, porém, não é
assim que vemos quando olhamos para as Escrituras. Nosso Senhor disse que
“a seara é grande, porém, os obreiros são poucos...”.
EPISCOPADO Página 29
3.Líder de mocidade –
E
ste é um cargo extremamente importante. É importante pelo fato de se
tratar de alguém que lidará com a mocidade da igreja, futuros obreiros
do amanhã.
-Vejamos agora alguns requisitos bíblicos do Líder de mocidade:
Deve ser regenerado (Jo 3.3,5);
Alguém que ame as Escrituras (Sl 119.97);
Deve ser cheio do Espírito Santo (Ec 9.8);
Deve servir de exemplo em tudo (Tt 2.7);
Deve ser preferencialmente casado, ainda que jovem (I Co 7.2,9);
Deve ser exemplo em oração (I Ts 5.17).
Nota à ORAÇÃO
Na Bíblia, a oração é uma adoração que inclui todas as atitudes do
espírito humano em sua aproximação de Deus. O crente cristão presta
culto a Deus quando adora, confessa, louva e O suplica em oração.
Essa, a mais alta atividade da qual o espírito humano é capaz, também
pode ser considerada como comunhão com Deus, se a ênfase devida for
posta sobre a iniciativa divina. O homem ora porque Deus Já tocou em
seu espírito. A oração, na Bíblia não é uma „reação natural‟ (Jo 4.24). „O
que é nascido da carne, é carne‟. Consequentemente, o Senhor não
„ouve‟ qualquer oração (Is 1.15;29.13).
A doutrina bíblica da oração destaca o caráter de Deus, a
necessidade do indivíduo achar-se em relação de salvação ou de aliança
com ele, e a necessidade de entrar plenamente em todos os privilégios e
obrigações dessa relação com DEUS.
EPISCOPADO Página 30
4. Professor da Escola Bíblica Dominical –
O
professor é uma das mais sublimes funções na Obra de Deus, pois o
mesmo se encarrega da ministração eficiente e genuína da infalível
Palavra do Senhor.
O PROFESSOR E O ENSINO
O QUE É ENSINAR?
É despertar a mente e guiá-la no processo da aprendizagem.
Aprendemos através da mente!;
Ensinar é mostrar–explicar–guiar–comunicar;
É ajudar a aprender;
É moldar vidas;
É motivar a mudança de uma conduta anterior.
EPISCOPADO Página 31
É melhor um professor com pouco preparo, mas espiritual, do que o
contrário. Somente o preparo não é o suficiente.
O professor da Escola Bíblica Dominical precisa ensinar tão bem a lição
bíblica do dia, quanto o professor de matemática ensina sua matéria.
3.Que ensinarei?
Não deve ser ensinado nenhuma outra coisa na Escola Bíblica Dominical
além da Palavra de Deus (Mt 28.20).
5.Como ensinarei?
Estando inteiramente capacitado por Deus e preparado no que depender
de sua área (II Tm 2.2,15).
IMPORTANTE
O preparo da lição como acabamos de apresentar, deve ser feito
tendo em vista a necessidade do aluno e não a do professor. O que
interessa a um adulto, não interessa a um jovem ou a uma criança.
EPISCOPADO Página 32
Preparar a lição sem pensar nisso é ficar diante da classe
“pregando no deserto”. O professor deve preparar a lição tendo em mira
três propósitos para com o aluno:
Que desejo que meus alunos aprendam? Isto visa a mente do
aluno. É o plano objetivo da lição;
Que desejo que meus alunos sintam? Isto visa a afetividade do
aluno. É o plano subjetivo da lição;
Que desejo que meus alunos façam? Isto visa a vontade do aluno,
aliada à prática. É o plano objetivo-subjetivo da lição.
Chegue cedo!
Pelo menos 15 minutos antes da hora de começar a reunião da Escola
Dominical. As vezes o próprio aluno gostaria de ter uma conversa com o seu
professor antes da aula.
EPISCOPADO Página 33
Controle seu tempo! O professor dispõe de apenas 50 minutos para
tudo isso, mas se ele souber dosar o tempo este será suficiente.
A apresentação da lição como exposta acima, aplica-se às classes acima
de 12 anos. Abaixo dessa idade a apresentação é diferente, havendo
constantemente, mudança de atividade escolar, com mudança de métodos de
ensino, é óbvio, para ganhar-se ATENÇÃO e manter vivo o INTERESSE do
aluno, é da maior importância aqui o emprego de meios auxiliares de ensino,
dando colorido, dimensão e sentido às lições.
A LINGUAGEM DO PROFESSOR
1.Correta
Pronúncia perfeita, com a articulação completa de todos os sons que
compõem a palavra. Evitar e corrigir defeitos de pronúncia.
2.Expressiva
Tradução perfeita da ideia que queremos exprimir. A expressão implica
em entonação, pontuação e escolha das palavras. A entonação torna a voz
agradável e elegante, mesmo vigorosa. A pontuação aclara o sentido,
facilitando a compreensão. A escolha das palavras exatas faz com que o
ouvinte compreenda claramente o que queremos dizer-lhe.
O
professor deve então cuidar de tornar as suas palavras CORRETAS e
EXPRESSIVAS. A linguagem revela muito da personalidade do
indivíduo.
Uma fala perfeita dá prazer ao ouvido, mas o falar errado, seja na
entonação, na pronúncia, na pontuação, ou na escolha das palavras, cansa os
ouvintes, e o auditório todo só acerta dizer: “amém”, não em sinal de
satisfação, mas ansioso que o preletor pare.
IMPORTANTE
A expressão oral perfeita, impõe-se e dá destaque, mesmo que o
orador seja modesto e humilde. É um prazer ouvir alguém falar
corretamente, com expressão e graça. Em Juízes 12.2-7, temos um caso
em que 42.000 homens morreram por causa de má pronúncia. Hoje em
dia muitos “matam” seus ouvintes da mesma maneira... O professor tem
que cuidar da linguagem, porque ele se utiliza dela quase todo o tempo
da aula (Pv 15.1;15.24;Ct6.16).
A linguagem do professor, quanto ao vocabulário, deve ser comum
a ele e a seus alunos.
EPISCOPADO Página 34
O Mestre do professor é o Senhor Jesus – o Mestre dos mestres. Para o
professor ser eficaz no ensino, precisa seguir de perto os passos do seu Mestre.
-Vejamos alguns pontos sobre Jesus como MESTRE:
1. Jesus conhecia a matéria que ensinava. A passagem de Lucas 24.27
faz menção ao maior estudo bíblico da história: abarcou o período de
Moisés a Cristo. (E, tão grande estudo foi dirigido para uma classe de 2
alunos!) Através dos Evangelhos vemos, por suas citações das
Escrituras, como Jesus conhecia o Livro Sagrado.
2. Jesus conhecia os seus alunos. Tanto eles andavam com Jesus, como
Jesus os visitava. Os ensinos objetivos e ilustrados do Mestre, bem como
seu modo de proceder para com eles, demonstravam que Jesus os
conhecia BEM. (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21, etc).
3. Jesus ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro. Ex: (Lc
5.17-26; 13.3; Jo 14.6). Ele tomava as ocorrências comuns da vida,
conhecidas de todos, para ensinar as verdades eternas de Deus (Mt
9.16; 11.16).
4. Jesus ensinava através do seu exemplo de vida e obediência. Sua vida
foi um exemplo sem igual para seus discípulos e também para nós que o
seguimos; vivia uma vida santa e irrepreensível diante de tudo e de
todos (Jo 13.15; At 1.1; I Pe 2.21).
5. Jesus ensinava com graça. É a graça divina na vida do professor que
torna a sua aula realmente eficaz e de efeito duradouro para a glória de
Deus (Lc 4.22).
6. Jesus ensinava com autoridade e poder. Só aos pés do Senhor em
oração e comunhão com Ele é que o professor obtém autoridade e poder
divinos renovados em sua vida, para ensinar na casa de Deus (Lc 4.36).
1
Nos dias de Moisés – Examinando o Pentateuco, vemos que no
princípio, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis
pelo ensino da revelação divina no lar, então, era de fato uma escola
EPISCOPADO Página 35
onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus (Dt 6.7; 11.18,19).
Havia também reuniões públicas de que participavam homens, mulheres
e crianças, aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13).
2
Na época dos sacerdotes, reis e profetas de Israel. Os sacerdotes,
além do culto divino, tinham o encargo do ensino da Lei (Dt 24.8; 1Sm
12.23; 2Cr 15.3; Jr 18.18).
Os sacerdotes eram intermediários entre Deus e o povo. e assim como os
profetas eram intermediários entre Deus e o povo.
Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na
promoção do ensino bíblico. Temos disto um exemplo no bom rei Josafá que
enviou líderes levitas e sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinarem ao
povo a Lei do Senhor (2Cr 17.7-9).
3
Durante o cativeiro babilônico - Nessa época, os judeus no exílio,
privados do seu grandioso templo em Jerusalém, instituíram as
sinagogas tão mencionadas no Novo Testamento. A sinagoga era usada
como escola bíblica, casa de cultos e escola pública. o filósofo judeu, Philo,
de Alexandria, falecido em 50 d.C., com seu testemunho insuspeito, afirma
que “as sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como adultos.”-
Benson.
Na sinagoga a criança recebia instrução religiosa dos 5 aos 10 anos de
idade; dos 10 aos 15 anos, continuava a instrução religiosa, agora com o
auxílio dos comentários e tradições dos rabinos. Aos sábados, a principal era
a matutina incluindo jovens e adultos.
4
No Pós-cativeiro - Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o
povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar
entre os israelitas. Esse despertamento teve origem numa intensa
disseminação da Palavra de Deus e incluindo um vigoroso ministério de
ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de
ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Dominical de hoje.
O capítulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a escola
bíblica popular de então – ou como chamamos hoje: Escola Dominical.
Esdras era o superintendente (Ne 8.2); o livro-texto era a Bíblia (v.3); os
alunos eram homens, mulheres e crianças (v.3 ; 12.43). Treze auxiliares
ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos (v. 4) e outros treze serviam
como professores ministrando o ensino (vv. 7,8). O horário ia da manhã ao
meio-dia (v. 3). Afirmar o versículo 8 que os professores liam a Palavra de
Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há
um problema linguístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retorno do
exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da Palavra, patente em todo o
capítulo. Por certo, o leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim,
espiritualmente avivada.
O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do
Espírito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o
capítulo 9 e os subsequentes do livro de Neemias. É o cumprimento da
promessa de Deus em Isaías 55.11.
EPISCOPADO Página 36
5
Nos dias de Jesus. Jesus foi o Grande Mestre, glorificando assim a
missão de ensinar. Das 90 vezes, Ele é chamado de “Mestre”. Grande
parte do ministério de nosso Senhor foi ocupado com o ensino (Ver
Mateus 4.23; 9.35; Lucas 20.1). Sua última comissão à Igreja foi “Ide e
ensinai”, (Mt 28.19,20). Sua ordem é clara.
-A quem e onde Jesus ensinava?
Nas sinagogas (Mc 6.2).
Em casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.17).
No templo (Mc 12.35).
Nas aldeias (Mc 6.6).
Às multidões (Mc 6.34).
A pequeninos grupos e individualmente (Lc 24.27; Jo caps. 3 e 4).
Aplicação.
É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse devidamente do ensino
bíblico junto às crianças e novos convertidos teríamos uma igreja muito
maior. Pecadores aos milhares convertem-se, mas poucos permanecem porque
lhes falta o apropriado ensino bíblico que lhes alimente a fé. Falta-lhes raiz ou
base espiritual sólida e profunda. A planta da parábola morreu, não porque o
sol crestou-a, mas, principalmente porque não tinha raiz (Mt 13.6).
6
Nos dias da Igreja. Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e
discípulos continuaram a ensinar. A igreja dos dias primitivos dava muita
importância a esse ministério (At 5.41,42).
São Paulo, um grande mestre, foi bastante usado por Deus nesse
mister. Nos seus escritos há alimento, tanto para adultos como para crianças
de todas as idades. Ele e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo
ensinando na igreja em Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou três anos
ensinando (At 20.20,31). Em Corinto, ficou um ano e seis meses (At 28.31).
Mais tarde vemos que a marcha do ensino bíblico na Igreja sofreu
solução de continuidade, devido a males que penetraram no seio da mesma.
Houve calmaria devido a males que penetraram no seio da mesma. Houve
CALMARIA. A igreja ficou estacionária. Ganhou fama, mas, perdeu poder.
Abandonou o método prescrito por Jesus: o de pregar e ensinar. Sobreviveram
a seguir as densas trevas espirituais da Idade Média.
Muitos séculos depois, veio a Reforma Religiosa e com ela a imperiosa
necessidade de ensino bíblico para instruir os crentes, consolidar o
movimento e garantir sua prossecução.
-Os líderes da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de líderes de
instrução religiosa, bem como reuniões destinadas a esse mister. Eles sabiam
que o trabalho não consistia somente em pregar, mas também em instruir
espiritualmente.
EPISCOPADO Página 37
IMPORTANTE
Tanto o pregador como o professor usam a Palavra de Deus, mas
os ministérios são diferentes. O pregador anuncia ou expõe o Evangelho,
a Palavra de Deus. Assim fazendo, ele lança a rede e as almas perdidas
são ganhas para Jesus. Já o professor, sua missão é instruir, simplificar
as verdades bíblicas, ilustrá-las, dissecar o texto bíblico e repetir os
ensinos bíblicos até que todos entendam as verdades que ele deseja
transmitir. O professor da Escola Dominical deve lembrar-se que ensinar
não é pregar. Diante de sua classe, ele não é orador, e sim PROFESSOR.
7
A fase atual – A Escola Dominical Moderna.
O Movimento religioso que nos deu a Escola dominical como a temos
hoje, começou em 1780, na cidade de Gloucester; no sul da Inglaterra.
O fundador foi o jornalista evangélico (episcopal) Robert Raikes, de 44
anos, redator do Gloucester journal. Raikes foi inspirado a fundar a Escola
Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando
pelas ruas, entregues à delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vício, sem
qualquer orientação espiritual.
Ele, que já há 15 (quinze) anos trabalhava entre os detentos das prisões
da cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu
favor, a fim de que mais tarde elas também não fossem para a cadeia.
Procurava as crianças em plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local
da reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali
reunidas. O início do trabalho não foi fácil.
Outro grande promotor da Escola Dominical então incipiente foi o
batista londrino William Fox, trabalhando harmoniosamente com Raikes.
As diretrizes
De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do
ensino das Escrituras, era também ministrado às crianças rudimentos de
linguagem, aritmética e instrução moral e cívica. O ensino das Escrituras
consistia quase sempre de leitura e recitação. Em seguida, teve início a prática
de comentar os versículos lidos. Muito depois é que surgiu a revista da Escola
Dominical, com lições seguidas e apropriadas.
Oposição
Raikes enfrentou oposição. As igrejas da época encararam o surgimento
da Escola Dominical como uma inovação e coisa desnecessária. Os mais
zelosos (?) acusavam Raikes de “pronadador do domingo”. Diziam os seus
oponentes que reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma
profanação.
Raikes não tomava conhecimento disso e a obra tomava vulto. O Jornal
do qual ele era redator foi uma coluna forte na defesa e apoio da novel
EPISCOPADO Página 38
instituição, publicando extensa série de artigos sob o título: A Escola
Dominical, reproduzidos nos Jornais londrinos.
-Foi assim o começo da Escola Dominical – o começo de um dos mais
poderosos movimentos da HISTÓRIA DA IGREJA.
FATOS HISTÓRICOS
Q uem diria que um começo tão humilde como aquele de 1780, através do
irmão Raikes, chegasse a tão elevado dividendo?
-Veja o que diz a Bíblia (Zc 4.10) “... Quem desprezará o dia das coisas
pequenas?”.
EPISCOPADO Página 39
A ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
As primeiras Reuniões
Remontando ao passado, as primeiras reuniões de instrução bíblica no
Brasil, do ponto de vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui,
dos crentes calvinistas que desembarcaram na Guanabara em 1557. Nessa
ocasião realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente
americano, em 10 de março do mesmo ano.
A segunda Fase
A segunda fase de tais reuniões deu-se durante o domínio holandês no
Nordeste, a partir de 1630, por crentes da Igreja Reformada Holandesa,
quando vários núcleos evangélicos foram estabelecidos naquela região. Na
mesma época foram realizados cultos na Bahia, por ocasião da primeira
invasão holandesa. Tudo isso cessou com o fim dos mencionados domínios
(em 1650) e a feroz campanha de extinção movida pela Igreja Romana de
então.
EPISCOPADO Página 40
Eis um Lembrete
Lembremo-nos, a Escola Dominical nasceu como um movimento entre
as crianças. Depois é que os adultos ingressaram. Lembremo-nos ainda que a
ordem de Jesus “Ide a toda criatura”, inclui as crianças, que são pequenas
criaturas.
IMPORTANTE
O Brasil defronta-se hoje com problemas espirituais, sociais e
morais idênticos aos que precederam a fundação da Escola Dominical na
Inglaterra, mormente no que tange a delinquência juvenil e desagregação
da família. A solução cabal para esses males que tanto preocupam o
governo e as autoridades em geral, está na regeneração espiritual
preconizada na Palavra de Deus, através da Escola Dominical.
A Igreja de Deus precisa, pois, explorar todo o potencial da Escola
Dominical, como agência de ensino da Palavra de Deus e evangelização
em geral.
.
CERIMÔNIAS
EPISCOPADO Página 41
1.O CASAMENTO
O casamento é uma instituição divina, constituída no princípio, antes da
formação da sociedade humana. O Criador fez o homem e dele tirou a mulher,
e ordenou o casamento condição indispensável para perpetuar a raça humana
(Gn 1.27,28.
Deus implantou no homem desejos e efeitos que se estenderam a todas
as criaturas humanas; fez do casamento uma influência nobilitante, que
poderosamente contribui para o desenvolvimento de uma existência completa
no homem e na mulher.
Declarou que não era bom que o homem estivesse só, e deparou-lhe um
adjutório igual a ele (Gn 2.18).
A Monogamia
A monogamia é o ideal divino. O Criador instituiu o matrimônio com a
união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt 19.5). O número de
homens e de mulheres é praticamente igual em uma nação. O casamento
estabelece relações permanentes (Mt 19.6). O Criador indicou a permanência
destas relações, fazendo com que os afetos entre o marido e a mulher, cresçam
na proporção dos anos que passam, processo muito natural, em condições
normais.
EPISCOPADO Página 42
Os fins morais exigem que estas relações sejam permanentes. A
fidelidade do marido e da mulher no cumprimento de seus deveres,
intimamente ligados às suas recíprocas relações e a criação dos filhos nos
princípios da obediência e da virtude, são indispensáveis para se atingirem os
fins morais do matrimônio.
O homem foi a única criatura que Deus criou, que no princípio vivia
sozinho no Jardim do Éden. Todos os animais foram criados aos pares, macho
e fêmea; mas, o homem, não, no princípio. Sozinho, o ser humano foi criado à
imagem de Deus (Gn 1.26), e foi feito alma vivente destinado a viver
eternamente (Gn 2.7).
Uma simples parceria seria incapaz de suprir as necessidades orgânicas,
emocionais e sociais de um homem, tal como fora criado por Deus. Por esta
razão, ao formar a mulher e entregá-la ao homem, Deus proveu no sentido de
que eles fossem mais do que parceiros: fossem companheiros.
ANTES DE CASAR
EPISCOPADO Página 43
Deus quer que o homem e a mulher se conservem puros, por duas
razões, pelos menos:
1. Ele quer habitar em Seus filhos;
2. Devido aos filhos que deverão ser concebidos somente após o
matrimônio.
O Planejamento
O planejamento do casamento é necessário por várias razões. Os noivos
devem ter idade suficiente para assumirem as responsabilidades do
matrimônio. Devem ter em mente que casamento não é brincadeira.
EPISCOPADO Página 44
O marido deve ter um emprego ou outro meio de vida assegurado;
deve (o marido) estar disposto a sustentar a esposa e filhos, que do
casamento resultarão;
A mulher deve saber cuidar do lar, ser prestimosa e estar devidamente
preparada para criar os filhos na doutrina e disciplina do Senhor.
A CERIMÕNIA
Os noivos estarão juntos, de pé, diante do ministro, o noivo à direita da noiva.
-Dirigindo-se à igreja, o ministro dirá:
“Estamos reunidos na presença de Deus e destas testemunhas para solenizar
diante de Deus o casamento deste homem e desta mulher”;
“O casamento é um estado honroso estabelecido pelo próprio Deus, e
santificado pela presença de nosso Senhor nas bodas de Cana da Galileia. As
Sagradas Escrituras nos dizem que digno de honra entre todos é o casamento,
e o consagram como símbolo da união mística entre Cristo e sua Igreja”;
“O casamento deve ser contraído com reverência e no temor de Deus,
considerando-se os fins para os quais ele foi ordenado, isto é, para o
companheirismo, o apoio e o consolo que os esposos devem proporcionar um
ao outro enquanto viverem”;
“O casamento foi ordenado para dar continuidade à sagrada instituição da
família, e para que os filhos, que são herança do Senhor, sejam criados em
retidão e respeito às coisas de Deus. O casamento contribui também para o
bem-estar da sociedade e para transmitir – mediante a boa ordem familiar – a
pureza, a santidade e a verdade de geração em geração”;
“No jardim do Éden, Deus instituiu essa união à partir do primeiro casal
humano, a fim de tornar feliz toda a humanidade. Desde então os seres
humanos o têm praticado e, para dar-lhe consistência, o têm legalizado. Pode-
se dizer que o casamento é o contrato jurídico de uma união espiritual”;
“A Palavra de Deus expressa que o casamento deve ser „digno de honra entre
todos” (Hb 13.4). Aqueles que se casam decidiram aceitar este estado
honroso‟.
EPISCOPADO Página 45
nós possamos desfrutar do gozo de tua divina presença agora, durante esta
cerimônia”;
“Pedimos que a bênção de tua presença seja uma realidade na vida deste
homem e desta mulher, que vão fazer um juramento solene diante de ti e
destas testemunhas, de modo que a lembrança desta hora santa os fortaleça e
os console em meio a plenitude de tua presença seja uma realidade em todas
essas situações, ó Senhor, e manifesta a tua sabedoria, o teu amor e a tua
direção neste casamento. Amém”.
LEITURA BÍBLICA
VOTOS
EPISCOPADO Página 46
ENTREGA DAS ALIANÇAS
Em seguida,
-O ministro dirá à noiva:
“Irmã ... (nome da noiva), que penhor você dará ao irmão ... (nome do noivo)
como testemunho de suas promessas?”
Entregando a aliança à noiva para que ela a ponha no dedo anular (esquerdo)
do noivo,
-o ministro dirá à noiva:
“Que esta aliança seja o símbolo puro e imutável do seu amor”.
ORAÇÃO
EPISCOPADO Página 47
PRONUNCIAMENTO
BÊNÇÃO PASTORAL
EPISCOPADO Página 48
O
Senhor Jesus instituiu duas ordenanças a serem observadas pela
igreja, o batismo, ordenança observada uma só vez por todo indivíduo,
como sinal de sua vida cristã, e a outra é a Santa Ceia , ordenança que
deve ser observada repetidamente por toda a vida de um cristão, como sinal de
comunhão contínua com CRISTO.
Alguns Lembretes:
O pastor deve anunciar com a devida antecedência o culto de Santa
Ceia, exortar os crentes a atentarem para a preparação espiritual, e
avisar aos não-convertidos para não participarem (do pão e vinho);
O pastor também deve anunciar que tanto ele como os demais
obreiros estão dispostos a ajudar espiritualmente a quem lhes pedir.
Depois da exortação, convém que todos se entreguem à oração e à
meditação diante de Deus;
Devido ao fato de esta cerimônia ser estritamente de caráter
espiritual e exclusivamente para os crentes, deve ser celebrada de
preferência em um culto quando todos os irmãos estiverem reunidos, e
não em um encontro comum de evangelização. Deste modo haverá
maior liberdade para se entrar em íntima comunhão com o Senhor;
O pastor deve explicar antecipadamente a ordem do culto àqueles que
o tiverem ajudando a repartir o pão e o vinho.
A CERIMÔNIA
Para dar início à cerimônia da Santa Ceia,
-o ministro se aproximará da mesa preparada antecipadamente. Pedirá aos
diáconos ou às pessoas designadas para esta solenidade, que venham juntar-
se a ele diante da mesa.
Depois que o ministro tiver se aproximado da mesa e os seus auxiliares
estiverem ao seu lado,
-ele (o ministro) fará a Deus uma oração, pedindo a sua benção sobre o pão
e o vinho.
EPISCOPADO Página 50
-Em seguida, os irmãos que ali estão designados para reparti-los
distribuirão o pão,
-e em seguida o vinho, entre as demais pessoas que ali estão reunidas,
participando desta santa solenidade.
E o ministro dirá:
“Bebamos todos o vinho”.
3.APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS
N
as Escrituras Sagradas não há nenhum ensinamento ou exemplos que
autorizem o batismo de crianças. Conforme ensinamento do NT, o
candidato ao batismo deve ter se arrependido de seus pecados (At 2.38),
e ter crido em Jesus Cristo (At 8.37).
EPISCOPADO Página 51
Aqueles que ainda não podem fazer o uso completo da razão, não estão
em condições de cumprir esses dois requisitos. As crianças estão nesta
condição.
Por outro lado, as Escrituras ensinam acerca da apresentação pública
das crianças a Deus, durante a qual pedimos ao Senhor que abençoe as
crianças e a vida que elas terão pela frente.
Quando assim procedemos, estamos seguindo a prática admitida pela
igreja de todos os tempos. Não é o batismo em água, e sim uma apresentação
de crianças a Deus, uma ação de graças e de fé, uma súplica pela bênção
divina.
A CERIMÔNIA
HINO OU CORINHO
LEITURA BÍBLICA
Em seguida comentará:
“O AT também nos dá sábios conselhos a respeito da educação de crianças:
Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer
não se desviará dele” (Pv 22.6);
“No NT lemos a respeito de Cristo, que ao completar 8 (oito) dias de
nascido, (segundo a lei de Moisés), levaram-no a Jerusalém para o
apresentar ao Senhor... Havia em Jerusalém um homem cujo nome era
Simeão; este homem, justo e temente a Deus, esperava a consolação de
Israel, e o Espírito Santo estava sobre ele... ele então o tomou nos braços, e
louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, despede em paz o teu servo,
segundo a tua palavra, pois os meus olhos já viram a tua salvação... O pai
e a mãe do menino admiraram-se das coisas que dele se diziam... E o
menino crescia, e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de
Deus estava sobre ele” (Lc 2.22,25,28-30,33,40).
PACTO
EPISCOPADO Página 52
“É correto que vocês tragam esta criança com poucos dias de nascida. O
mistério e maravilha desta nova vida, os faz vir com temos reverente
perante o pai de toda a vida, para que ele lhes dê uma nova mensagem
referente à dignidade da vida e a responsabilidade da paternidade”;
“O propósito deste ato é ajudá-los, como pais, a apreciar a responsabilidade
de instruir a esta criança nos caminhos do Senhor, para que quando
estiver fazendo uso da razão, escolha o bem sobre o mal e aceite a Jesus
Cristo como seu Salvador Pessoal. Deus tem um propósito para a vida
desta criança. Encontrar este propósito e executá-lo significará o êxito;
rejeitá-lo ou ignorá-lo significará fracasso, não importa quanto nos
considere e aplauda o mundo. É seu privilégio e dever guiar o seu esta
criança dentro da vontade perfeita de Deus para sua vida”;
“Neste empenho, vocês devem consagrar-se hoje mesmo; para isto vocês
hoje estão dedicando seu filho (ou sua filha) a Deus”;
“De acordo com o propósito para o qual vocês vieram aqui, devem
responder as seguintes perguntas:”
Ministro: “Vocês estão apresentando esta criança perante Deus para dedicá-la
solenemente ao serviço do Senhor”?
Os pais: “Sim”.
Os pais: “Sim”.
Ministro: “Prometem modelar até onde for possível a vida desta criança,
mediante uma exemplar conduta doméstica, tanto pela palavra como pelo
exemplo, para que na idade apropriada ela aceite a Jesus Cristo, participe da
comunhão dos crentes e realize serviços para a Igreja de nosso Senhor Jesus
Cristo?”
Os pais: “Sim”.
ORAÇÃO DEDICATÓRIA
“Agora, ó Pai, Criador dos céus e da terra, eu rogo-te pelo bem-estar desta
criança. Livra-a das ciladas do pecado e das enfermidades do corpo. Que à
medida que ela (a criança) for crescendo em idade e em estatura, cresça
EPISCOPADO Página 53
também na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Conceda sabedoria a seus pais para que a criem em seus caminhos, dedicando
esta criança a tua honra e ao teu serviço, em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo. Amém”.
BÊNÇÃO PASTORAL
Uma vez que o ministro tenha terminado de pronunciar estas palavras, a igreja
cantará um hino ou um corinho apropriado.
C
omo Jesus ordenou que a igreja realizasse o batismo (Mt 28.19), é de
esperar que haja bênçãos associadas ao batismo, pois toda a obediência
que os cristãos prestam a Deus lhes traz favor divino.
Essa obediência é especificamente o ato público de confessar Jesus
como Salvador, ato que por si mesmo traz alegria e bênção ao crente.
Além disso, é um sinal da morte e ressurreição do crente com Cristo (Rm
6.2-5; Cl 2.12), e parece natural que o Espírito Santo aja por intermédio desse
sinal para aumentar a nossa fé, a nossa percepção prática da morte para o
poder e o amor do pecado e também para ampliar a nossa experiência do
poder da nossa vida ressurreta em Cristo, vida que todos nós salvos temos.
EPISCOPADO Página 54
A FORMA E O SIGNIFICADO DO BATISMO
O candidato deve dirigir-se para o batismo quando for salvo, e não para
ser salvo.
A CERIMÕNIA
EPISCOPADO Página 55
Como já foi dito anteriormente, somente devem ser batizadas as pessoas
que tiverem reconhecido seu pecado, tiverem se arrependido e aceitado Jesus
Cristo como seu Salvador pessoal.
-O ministro ensinará a estas pessoas as doutrinas cristãs, acompanhando o
texto com um manual de doutrinas bíblicas. Quando estiver convencido da
conversão genuína destes candidatos, ele lhes instruirá sobre a necessidade do
batismo em água.
Antes da cerimônia, o ministro se reunirá com os candidatos aprovados
a fim de prepará-los física e espiritualmente para o batismo, e assegurar deste
modo a solenidade da cerimônia.
-Quanto ao físico, poderá mostrar aos candidatos como cruzar as mãos sobre o
peito no momento antes da imersão na água.
-Quanto ao espiritual, poderá pedir-lhes que assumam o seguinte
compromisso que ele lhes lerá:
“Mediante o sofrimento expiatório do Senhor Jesus Cristo, temos
estabelecido um relacionamento com Deus, relacionamento que se
chama novo pacto, segundo o qual recebemos o perdão dos pecados e
a vida eterna”;
“Esta cerimônia de batismo nos lembra nossas obrigações para com
Deus e para com os demais. Portanto, aproveitaremos a
oportunidade para nos consagrar de novo e renovar nossas
promessas. Nós nos comprometemos a trabalhar pelo progresso da
igreja no conhecimento e santidade, para promover sua
espiritualidade e para nos mantermos firmes em seu culto, disciplina
e doutrina”;
“Quanto ao nosso lar, nós nos comprometemos a manter o culto
doméstico e a oração em casa, a criar os nossos filhos no temor do
Senhor, e a buscar a salvação dos nossos entes queridos e de nossos
conhecidos”;
“Em virtude de termos um só Senhor que nos une como irmãos em
uma só fé, nós nos comprometemos a velar uns pelos outros em
amor fraternal, a orar uns pelos outros, a nos ajudarmos em tempos
de enfermidades e dificuldades, a sermos corteses em nossa maneira
de falar, a não ofendermos por nada, e a estarmos sempre dispostos
a procurar reconciliação segundo os ensinamentos de nosso Senhor”.
EPISCOPADO Página 56
O ministro orará pelos candidatos e, à medida que tiver dado a cada um
a oportunidade de testificar de sua fé no Senhor Jesus e de sua firme e fiel
determinação de perseverar até o fim, os irá batizando um por um,
-empregando uma das seguintes fórmulas:
“Irmão (â) ... (nome do candidato), devido ao fato de você já ter crido em
nosso Senhor Jesus Cristo, e o aceitado como seu Salvador pessoal, eu o
(a) batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”;
“Em obediência à grande comissão, e segundo sua profissão de fé no
Senhor Jesus Cristo, eu te batizo, irmão (ã) ... (nome do candidato), em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”;
Mt 3.1-17;
Mc 1.1-11;
Mt 28.18-20:
Mc 16.14-16;
Cl 2.12;
Gl 3.27;
entre outros...
F
azemos questão de lembrar aqui aos santos obreiros que estão fazendo
parte deste seminário, e a outros que de alguma forma este manual
chegou em mãos que, estas formas de ministrar cerimônias não são
únicas; há porém, muitos ministros que, sem seguir basicamente estas
“regras” são eficazes em seu desempenho. É apenas uma SUGESTÃO.
-de vosso irmão e companheiro de ministério;
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BIBLIOGRAFIA
EPISCOPADO Página 58
Declaração Doutrinária – Cremos...
NISSO CREMOS...
EPISCOPADO Página 59