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Agrupamento Escolas Joaquim de Araújo – Penafiel

História A – 10º ano Módulo 2 – Unidade 1 Identidade Civilizacional da Europa Ocidental

A Organização das Crenças: O Poder do Bispo de Roma na Igreja Ocidental

O mundo europeu medieval é profundamente religioso, com a construção de edifícios


religiosos por todo o território (igrejas, catedrais e mosteiros) existindo 3 grande religiões na
Europa, Muçulmanos, Cristãos Católicos e Cristão Ortodoxos. A Igreja Católica de Roma e o seu
líder, o papa, asseguravam a vida espiritual, na sociedade, na cultura e na política no ocidente
europeu.

Crenças da Cristandade Ocidental

• Crença num Deus único preconizado em 3 pessoas distintas (Pai-FilhoEspírito Santo, ou seja a
Santíssima Trindade);

• Na Virgem Maria e nos Santos;

• Nas Sagradas Escrituras (Evangelhos e Bíblia);

• Na Imortalidade da Alma e vida após a morte.

A autoridade suprema da Igreja Católica é o bispo de Roma, denominado o Papa. A prática


religiosa católica organizou-se em 7 sacramentos que acompanham e são realizados desde o
nascimento até à morte:

• Batismo (1º sacramento de forma a integrar aquela pessoa na comunidade cristã)

• Confirmação ou Crisma (sacramento em que se confirma os votos realizados no batismo)

• Comunhão (comungar o corpo e sangue de cristo (pão e vinho) durante a Eucaristia)

• Confissão ou Penitência (obrigação do centre confessar os seus pecados a um clérigo)

• Ordem (ordenação sacerdotal de um crente)

• Matrimónio (união pelo casamento entre 2 crentes de sexos distintos)

• Extrema Unção (sacramento dado por um padre a um crente moribundo).

As manifestações das crenças, além dos rituais e sacramentos, também se realizavam através
do culto das relíquias (artefactos sagrados pertencentes a santos ou ligados a Cristo) e as
peregrinações.

Organização da Igreja Católica Apostólica Romana

Os crentes que se dedicam totalmente à vida religioso são os clérigos, o clero, sendo este um
grupo social distinto dos outros 2 (nobreza e povo). O chefe desta Organização é o bispo de
Roma, ou seja, o Papa. A ele sucedem-se os cardeais, ou príncipes da Igreja. São eles que
auxiliam o Papa e o elegem nos concílios (reunião das autoridades eclesiásticas). O clero depois
divide-se e 2 tipos, o secular que vivem em contacto direto com a população, sendo composto
pelos bispos, que dirigem as dioceses e os curas ou vigários, que dirigem as paróquias; e o clero
regular, que pertencem uma ordem religiosa e vive num mosteiro, normalmente separado do
mundo e que respeita uma regra, sendo composto pelos abades, aqueles que dirigem um
convento ou mosteiro e os monges ou frades, aqueles que vivem num convento ou mosteiro
de uma ordem religiosa. Na base desta organização estão os fiéis não clérigos, os laicos. Toda a
Igreja Católica obedecia assim ao Papa, que detinha o poder religioso ou espiritual, mas
também o poder temporal, ou seja, político, sobre os territórios do papado e sobre os reis
cristãos, que a ele deviam obediência.

Função da Igreja Católica

A igreja católica assumia assim diversas funções, assegurando uma certa união, pelo menos
espiritual, nos diversos territórios marcados pelas incertezas e divisões. A Igreja assegurava
assim:

• Apoio espiritual e expressão do culto religioso através de festas, procissões e sacramentos

• Assistência aos mais desfavorecidos através de apoio aos pobres e cuidando dos doentes

• O ensino e a cópia de textos antigos;

• Promovia a paz entre os povos, controlando a violência e impondo dias de paz e sem guerra,
concedendo ainda o direito de asilo. O assegurar destas funções era realizado através da
cobrança da dízima, um imposto pela qual a igreja cobrava a décima parte dos rendimentos ou
das colheitas.

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