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Carta de Foral
• Direito à propriedade;
O Concelho possuía sempre duas zonas distintas, quer fosse urbano, quer fosse rural.
A vila ou cidade que era a sede do concelho e o seu termo ou alfoz.
O espaço urbano era o centro político-administrativo do concelho; o termo era composto
pelos povoados dispersos (aldeias) e pelas terras de cultivo e baldios, sendo o termo
subordinado à sede do concelho, dependendo todo o concelho, em termos de subsistência, da
produção agrícola do seu termo.
O exercício do poder local nos concelhos era um elemento fundamental na vida destas
comunidades.
Esse poder era da responsabilidade dos vizinhos (todos os habitantes do concelho). Contudo,
só alguns é que o exerciam, nomeadamente os mais ricos, os chamados homens-bons.
Em termos de estrutura organizativa, o concelho era constituído pela comunidade dos
vizinhos. O seu órgão representativo e legislativo era a assembleia de homens bons. O poder
executivo de governação era exercido pelos magistrados.
• Vereadores – tirados à sorte, uma vez por ano, entre os homens-bons o concelho, eram
responsáveis pelo controlo dos bens do concelho, pela verificação e reparação de caminhos,
fontes e pontes, assinatura das cartas e colocação do selo;
• Almotacés – encarregados da vida económica do concelho, regulam os preços de compra e
venda dos produtos, definem o abastecimento, fiscalizam o comércio;
A cidade medieval era constituída por um conjunto de homens livres que tinham privilégios
especiais que os diferenciavam dos outros habitantes do mundo rural e senhorial.
A cidade era constituída pelo centro, amuralhado, zona de arrabalde, espaço de crescimento
do núcleo urbano primitivo e pelo termo.
Normalmente encontra-se rodeada de muralhas, símbolo de prestígio mas que também lhe
confere segurança.
O centro da cidade era uma zona com várias funções, onde se encontram os edifícios do poder
e das elites locais.
Entre os diversos equipamentos urbanos, destacam-se o castelo ou a torre, a sé ou igreja, os
paços do concelho; o rossio ou praça onde funciona o mercado; as ruas de ligação das portas
da cidade abertas nas muralhas; ruas secundarias, normalmente tortuosas, sendo que muitas
atividades se encontravam organizadas ou dispostos pelos arruamentos. Havia também locais
de assistência, como hospitais e gafarias (leprosos), albergarias e mercearias, bem como locais
de ensino como escolas e universidade.