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ècãn i ca
i m i i r e s s a o & f e l ?
Péricles
Brasiliense Fusco
• Doutor em Engenharia -
EPUSP - 1968
(Câm ar a Br a s i l e i r a do Li vr o , SP, Br a s i l )
Bi b l i og r af i a
ISBN 978- 85- 7266- 200- 0
1. An ál i se est r u t u r al (En g en h ar i a) 2. Co n cr et o ar m ad o -
Cor r osão 3. En g en h ar i a d e est r u t u r as 4. Est r ut ur as d e con cr et o
ar m ad o 5. Pr o j et o est r u t u r al 1. Tít ulo
Co o r d en ação d e M an u ai s Técn i co s: Jo si an i So u z a
Pr o j et o g r áf i co e cap a: Luiz Car l os Pr at a
Revi são : M ô n i ca Claine G. S. Cost a
Ed it or a PINI Lt da.
Rua An h ai a, 964 - CEP 01130- 900 - São Pau l o , SP
Tel.: 11 2173- 2328 - Fax : 11 2173- 2327
w w w . p i n i vveb . co m - m an u ai s@p i n i .co m .b r
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P ed i ção
IIHHHLtMIlMDt
1 a t i r ag em : 2.000 ex em p l ar es, j u n h o / 0 8
Pref ácio
Primeira Parte
Tópicos referentes à constituição do concreto estrutural 9
1.4 Qu est i on ár i o 17
2.2 Ap r eçad o s 20
2.3 Á^ ua e ad it ivos 24
2.4 Qu est i on ár i o 24
3.9 Qu est i on ár i o 40
4 . D URABILID AD E DO CONCRETO 41
4.6 Qu est i on ár i o 46
5.10 Qu est i on ár i o 62
Segunda Parte
Tópicos referentes à resistência mecânica do concreto 65
6 . RESISTÊNCIA DO CONCRETO 66
6.4 Resist ência caract eríst ica do concret o da est rut ura 73
6.9 Qu est i on ár i o 77
8.4 Funções clássicas d e est i m ação. Desvio- padrão d escon h eci d o 111
8.5 Funções d e est i m ação diret a da resist ência caract eríst ica 114
9.6 A resist ência do concr et o no projet o e ex ecução d e novas est rut uras 134
9.7 A avaliação da resist ência do concret o das est rut uras ex ist ent es 135
Terceira Parle
Tópicos referentes ao estado limite último de compressão do concreto... 141
12.4 Diagram a d e t en sões com car r egam ent os d e longa duração 170
A civiliz ação r om an a d esen vo l veu o t ijolo cer âm i co e co m isso escap o u d as f orm as ret as,
cr i an d o o s ar cos d e al ven ar i a. Todavia, a con st r u ção r om ana d e obr as p or t uár ias ex igiu sol u ção
d if er ent e. Ela f oi en con t r ad a na f abr icação d e um ver d ad eir o concr et o, cuj o cim ent o era consti-
t uído d e p oz olanas nat urais ou obt idas pela m o ag em d e t ijolos calcinad os. A cal com ad ição d e
p oz olana é ch am ad a d e cal hidráulica, por sofrer en d u r eci m en t o por r eação q uím ica com a ág u a.
Com a Revol u ção Indust r ial, q u e t roux e à luz o ci m en t o Por t land e o aço lam inad o, su r g e o
con cr et o ar m ad o em m ead o s do sécu l o XIX.
A i n ven ção d o concr et o ar m ad o não p o d e ser at r ib uíd a esp eci f i cam en t e a u m a única p essoa.
Mu i t o s f or am seu s p ioneir os, d en t r e os q uais, al ém d e Lam bot , se t êm Mo n i er e Coignet , france-
ses, e llyat t , nor t e- am er icano. Del es, ap en as Coi g net er a en g en h ei r o ; Mo n i er era o en car r eg ad o
d o s j ar d i ns d e Ver sailles e Hyat t , ad vo g ad o .
Em 1902, Mõ r sch p ub lica a 1 9 ed i ção d e sua m o n u m en t al obra sob r e a "Teor ia e a Prát ica d o
Concr et o Ar m ad o ", q u e em m uit os asp ect os é vál i d a at é h o j e.
Em 1940 surge a ABNT - Associação Brasileira d e Nor m as Técnicas, co m o con seq ü ên ci a da ela-
bor ação d a própria NB- 1 01 - Nor m a para o proj et o e ex ecu ção d e est rut uras d e concret o ar m ad o.
Na d écad a d e 1950 cria- se o CEB - Com i t ê Eu r op eu do Concr et o, d o q ual o Brasil passa a f azer
p ar t e. Su r g e t am b ém a I IP - Fed er ação In t er n aci on al da Pr ot ensão.
As t écn i cas são co m p o st as por r egr as d e t r abalho, q u e d e início f or am est r ut ur adas empiri-
cam en t e a partir da própria prát ica prof issional e, ao l on g o d os t em p os, f or am sen d o ref inadas
p el os co n h eci m en t o s cient íf icos. As su cessi vas f ases da r evol u ção indust rial, p ar al el as às diver-
sas f ases da r evol u ção cient íf ica, p er m it ir am a f o r m ação da at i vi d ad e indust r ial com o h o j e é
prat icada, b asead a em r egr as d e t r ab alho est ab el eci d as co m ap o i o d o co n h eci m en t o cient íf ico.
As l écn i cas passar am a ser t r at adas co m o t ecn ol og i as. A t ecn ol og i a, cuj o o b j el i vo é o est u d o
d as r egr as d e t r ab alho d as t écnicas, p assou ao s p o u co s a ser en t en d i d a, d e m o d o usual, co m o a
t écn i ca b asead a no co n h eci m en t o cient íf ico.
Em 1973 é r ealiz ad o, em Lisboa, o Curso In t er n aci on al CEB- FIP para a d i vu l g ação sist em át ica
d o s n ovos co n h eci m en t o s, m inist r ad o para 50 p essoas d o m u n d o , q u e p u d essem retransm iti- los
ao s seu s r esp ect i vos países.
Em 1990 dá- se a d i vu l g ação d e n ova si st em at i z ação, con sol i d ad a p ela p u b l i cação do Cód i g o
Mo d el o CEB- FIP/ 90.2
Em 1998, junt aram - se as d u as associ ações, CEB e FIP, f or m an d o a FIB, Féd ér at i on Int ernat iona-
le d u Bét on, 3 q u e p er m an ece at é h o j e l i d er an d o o progresso d as est r ut ur as d e concr et o.
De m o d o geral 4 , as car act er íst icas m ai s signif icat ivas são as seg u i n t es:
I. Economia de construção
Co m o a m aior part e do vo l u m e d e m at er i ai s em p r eg ad o s no concr et o ar m ad o - pedra e ar eia
- é ob t id a d e f ont es locais, não m uit o d ist ant es d a obra, seu s cust os em g er al são significativa-
m en t e m en o r es q u e o das alt er nat ivas r ep r esen t ad as por out r os m at er iais, co m o o aço .
O concr et o si m p l es caract eriza- se por sua r az oável r esist ência à com p r essão, u su al m en t e
en t r e 20 e 40 MPa, e por u m a r ed uz id a r esist ência à t r ação, u su al m en t e m en or q u e 1/ 10 d e sua
r esi st ênci a à com p r essão. Ho j e em dia p o d em ser n o r m al m en t e em p r eg ad o s concr et os co m
r esi st ênci as d e at é 50 MPa.
Nas est r ut ur as d e concr et o ar m ad o, a baix a r esi st ênci a à t ração d o concr et o sim ples é contor-
nad a p ela ex i st ênci a d e ar m ad u r as d e aço ad eq u ad am en t e d i sp ost as ao l on g o das p eças estru-
t urais. Desse m o d o obt ém - se o ch am ad o concr et o est r ut ur al, em b o r a t am b ém ex ist am al g u n s
t ipos d e est r ut ur as d e con cr et o sim p les.
B B S ARMADURAS LONGITUDINAIS
ARMADURAS TRANSVERSAIS
( T ) ARMADURAS COMPLEMENTARES
2 j ) ARMADURAS DE MONTAGEM
Í B - B)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
C*) ARMADURAS DE RESISTÊNCIA LOCAL
V ' ^ (vide FIG. 1.3- b)
BLOCOS D E
FUN D AÇÃO
1C
(C- C)
Figura (1.3- a)
2.3 Ar m adur as d e p el e
As arm aduras com p l em en t ar es são sim ples com p l em en t os das ar m ad ur as d e resist ência ge-
ral. Elas p od em deix ar d e ex istir q u an d o f orem d esnecessár ias.
As ar m ad ur as const rut ivas são ef et i vam en t e ar m ad ur as resist ent es. Elas ab sor vem os esf orços
d e t ração não previst os no m od elo sim plif icado d e com p or t am en t o ad ot ad o no dlm ensiona-
m ent o da p eça est rut ural. Esses esf or ços d e t ração não com p r om et em a seg ur ança da peça em
relação à sua cap aci d ad e d e resistir aos esf or ços previst os para ela, m as se t ais t ensões de t ração
não f orem ab sor vid as por ar m ad ur as const rut ivas, el as p o d em provocar fissuração ind esej ável
para o asp ect o est ét ico o u para a d ur ab ilid ad e da peça.
4 = 4 = 4
Co m o m ost r a o ex em p i o d azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (1.3- a), n o s b l o co s d e f u n d ação , cu j o co m p o r t am en t o sim-
p l i f i cad o d e b l o co é an ál o g o ao d e vi g a so b r e d o i s ap o i o s, co n vém em p r eg ar a g ai ol a f o r m ad a
p el as ar m ad u r as co n st r u t i vas lá i n d i cad as.
3) Qu ai s são o s co m p o n en t es d o co n cr et o si m p l es?
5) Qu al a r esi st ên ci a m áx i m a d e em p r eg o co r r en t e en t r e nós?
9) Qu e sào ar m ad u r as passivas?
17) Qu e são ar m ad u r as d e p el e?
• Cim ent os de end ur eci m ent o norm al (cim ent o Port land com um ):
Ci m en t o Por t land CP- 25, CP- 32, CP- 40 (NBR 5732)
De acordo com a Especif icação Brasileira EB- 4, o ag r eg ad o m iúdo é a areia nat ural quart zosa,
ou a art if icial, result ant e do brit am ent o d e rochas est áveis, d e diâm et ro m áx im o igual ou inf erior
a 4,8 m m .
Pela m esm a esp ecif icação, o agr egad o graúdo é o p ed r eg ulho nat ural, o u a pedra brit ada
p r ovenient e do brit am ent o d e rochas est áveis, d e diâm et ro caract eríst ico superior a 4,8 m m .
O diâm et r o m áx im o d e 4,8 m m ref erido pela EB- 4 é na ver d ad e o diâm et ro caract eríst ico su-
perior dk do ag r eg ad o. Esse diâm et ro, com o m ost ra azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Figura (2.2- a), é ult rapassado por ap en as
5 % da q u an t i d ad e consider ada.
Para se co n h ecer a com p osição gr anulom ét r ica d o ag r eg ad o m iúdo, faz- se o ensai o de penei-
r am ent o. Nesse ensaio são usadas 7 p en ei r as d e m alha quadrada, cuj as p er cen t ag en s acumula-
das, em peso, são esp ecif icad as pela EB- 4 da seguint e f orm a:
Pe r ce n t ag e n s acu m u l ad as
Pe n e i r as ab er t ur as n o m i n ai s
e m m m (série nor m al ABNT) Zona ót im a Zo n a ut iliz ável
9,5 0 0
4,8 3- 5 0- 3
2,4 29- 43 13- 29
1,2 49- 64 23- 49
0,6 68- 83 42- 68
0,3 83- 94 73- 83
0,15 93- 98 88- 93
Para se obt er um a ap r eci ação global sobr e a com p osição gr anulom ét r ica da ar eia, define- se
o m ódulo d e finura MF, pela som a das f r eq üênci as relat ivas acum ulad as, obt idas no ensaio d e
p en ei r am en t o norm al, isto é, p ela som a das p or cen t ag en s acum ul ad as dividida por 100
F 0 = Fr eq ü ên ci a r el at i va acu m u l ad a d os d i âm et r o s d ^ d 0 d k = d «.superior = d 0,95
A F j 2 = Fr eq ü ên ci a r el at i va d os d i âm et r o s d j < d 5 d 2
Figura (2.2- a)
100- 0
90- 10
80- 20
70- 30
60- 40
cr
2UJ
O 50- 50
«t
3 40- 60
30- 70
20- xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA 80
10 90
0 —i—
100
Figura (2.2- b)
Em princípio, as ar eias p o d em ser classif icadas da seguint e f orm a6 :
Módulo d eFinur a
Para os ag r eg ad os graúdos, as ex igências r ef er ent es à com p osi ção gr anulom ét r ica são m uit o
m en o s ex igent es do q u e para os ag r eg ad os m iúdos.
De m odo geral, no com ér ci o são consid er ad as as seg ui nt es cat egor ias d e brita, em f u n ção
da faix a d e t am an h os p r ed om inant es d e seus grãos e os d iâm et r os caract eríst icos (m áx im os) d e
cada cat egor ia:
D i m e n sõ e s M á x i m o d iâm et r o
Cat egoria
(m m ) caract eríst ico (m m )
Brit a 0 4 ,8 - 9 ,5 9,5
Brit a 1 9 ,5 - 1 9 19
Brit a 2 19- 25 25
Brit a 3 25- 50 50
Brita 4 50- 76 76
Brit a 5 76- 100 100
A Especif icação Brasileira EB- 4 f or n ece alg uns valor es para as p er cen t ag en s acum uladas, em
peso, ret idas no p enei r am ent o com p eneir as d e ab er t ur as nom i nai s d e 4,8 - 9,5 - 19 - 25 - 38
- 50 m ilím et ros.
Assim , por ex em p lo, para os concr et os corrent es, q u e são u su al m en t e f abricados com brit as
0, 1 e 2, a EB- 4 ex ige o seg ui nt e:
# 50 #38 #25 # 19 # 9 ,5 # 4 ,8
É preciso salient ar q ue, para se obt er um concr et o m ais resist ent e, a com p aci d ad e da m ist ura
d eve ser au m en t ad a. Para isso, é preciso au m en t ar a q u an t i d ad e d e d iâm et r os m enor es.
No caso p ar t i cu l ar d e co n cr et o s d e al t íssi m a r esi st ên ci a, é n ecessár i o em p r eg ar p r at i cam en t e
ap en as a brit a 0.
1
^ 0 ,5 dk
T
^k, agregado
3*1,2 d k
Figura (2.2- c)
i
T h l aj e > 3 d k
hw> 4dk
/ \
Figura (2.2- d)
2.3 Água e adit ivos
A ág u a d est i n ad a ao am assam en t o d o co n cr et o d ev e ser i sen t a d e t eo r es p r ej u d i ci ai s d e
su b st ân ci as est r an h as.
Um co m p o st o q u ím i co p ar t i cu l ar m en t e p er i g o so p ar a a co r r o são d as ar m ad u r as é co n st i t u íd o
p el o s cl or et os, p o i s a r eação q u ím i ca d e co r r o são d as ar m ad u r as em vi r t u d e d o ío n Cl é rege-
n er ad o r a d esse el em en t o ag r essi vo . D eve ser t er m i n an t em en t e p r oi b i d a a ap l i cação n o co n cr et o
d e ad i t i vo s q u e co n t en h am cl o r et o s e m su as co m p o si çõ es.
2) Qu al a f inura m ín i m a ad m i t i d a p ar a o ci m en t o Po r t l an d ?
4 ) Co m o é m ed i d a a r esi st ên ci a d e u m ci m en t o ?
5) Q u e são ag r eg ad o s g r aú d o s e m i ú d o s?
7) Co m o se d et er m i n a a cu r va g r an u l o m ét r i ca d as ar ei as?
8) O q u e é m ó d u l o d e f inur a d a ar ei a?
a) Cal
Tend o em vist a o en t en d i m en t o d as p r op r i ed ad es d o concr et o en d u r eci d o , est udam - se a se-
guir o s co m p o n en t es b ásicos d os ci m en t os, d os q u ai s a cal é o p r im eir o d el es.
As r eações quím icas envolvidas nos processos d e f abricação e em p r eg o da cal são as seguint es:
Desse m od o, co m o en d u r eci m en t o da cal ex t int a, por r eação co m o gás car b ônico d o ar,
obt ém - se a r econst i t ui ção d o car b on at o d e cálcio em p r eg ad o o r i g i n al m en t e em sua f ab r icação.
O fat o d e o en d u r eci m en t o ocorrer por r eação co m o gás car b ôn i co d o ar leva a cal a ser chama-
d a d e u m ag l o m er an t e aér eo .
b) Sílica
O bióx ido d e silício, 5 / 0 „ u su al m en t e d esi g n ad o por sílica, é o con st i t u i n t e b ásico dc m ui t as
r ochas nat urais, t ais co m o ar enit os, quart zit os, ar ei as e argilas.
lissas co n d i çõ es ocor r em , por ex em p l o, com cer t as ar gilas esp eci ai s, g en er i cam en t e cham a-
d as d e p oz olanas, e com pr odut os am or f os, co m o o vidr o pirex , e t am b ém com cer t as var i ed ad es
d e quar t zo d ef o r m ad o .
c) Alumina
A al u m i n a, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Al,Oy t am b ém r eag e co m a cal, f or m an d o al u m i n at o s d e cálcio, o s quais, ao se-
r em hid r at ad os, t am b ém f or m am co l ó i d es rígidos. A hid r at ação d os al u m i n at o s é m uit o m ai s rá-
pida q u e a d o s silicat os. A sua q u an t i d ad e d eve ser cont r ol ad a para se evit ar um en d u r eci m en t o
p r em at ur o d o concr et o, q u e im p ed ir ia a própria m o l d ag em d as p eças est r ut ur ais.
d) Óx ido de ferro
O óx ido d e f erro t am b ém co m p ar ece co m o co m p o n en t e b ásico d o s ci m en t os, em vi r t u d e d e
sua p r esen ça nas ar gilas em p r eg ad as em sua f ab r i cação.
O óx ido d e f erro não d eve est ar p r esen t e na f ab r i cação d o s ci m en t o s b r ancos. Esse óx ido
co n f er e ao ci m en t o u m a col or ação escur a, com a t o n al i d ad e caf é. A col or ação t ípica, cinz a es-
ver d ead a, d o ci m en t o Por t land é co n f er i d a p el a m ag n ési a, MgO, com p ost o u su al m en t e p r esen t e
n os cal cár i os em p r eg ad o s na f ab r i cação d os ci m en t os.
Cal : CaO = C
Sílica : SiO , = s
Alumina :AI2 0 } =/\
Óx ido de ferro : Fefl, = F
3Ca0.2Si0 2 .3H2 0
Figura (3.3- a)
Figura (3.4- a)
Figura (3.4- b)
Peg a r áp i d a < 30 m i n u t o s
Peg a n o r m al > 60 m i n u t o s
No en t an t o , co m o a f or m ação dos crist ais d e sulf o- alum inat o d e cálcio se dá co m ef eit o ex-
pansivo, a q u an t i d ad e d e gesso d eve ser lim it ada a cer ca d e 3 % d o p eso d o ci m en t o . Com essa
lim it ação, a m aior part e do g esso j á t erá r eag i d o an t es d o início d a p eg a co n ven ci o n al do cim en-
to, a q ual se vai processar p r i n ci p al m en t e p el as r eaçõ es d e hid r at ação d os silicat os d e cálcio.
As p oz ol an as p o d em ser nat urais, co m o as cinz as vu l cân i cas, ou art if iciais, f or m adas por argi-
las cal ci n ad as o u por cinz as vol an t es.
a
o n d e X é a r esi st ên ci a à co m p r essão d o co n cr et o e w = A / Cé o f at or ág u a/ ci m en t o , sen d o zyxwvutsrqponmlkjihgfe
ae b
d u as co n st an t es d ep en d en t es d o s t i p os d e m at er i ai s em p r eg ad o s.
f c, w
Figura (3.6- a)
películas de água
na f ace inf erior
Figura (3.6- b)
má ader ência
h < 60cm
f ace i n f er i or da peça
ou j unt a de con cr et ag em
Figura (3.6- c)
Os poros ex ist ent es na m assa d e concret o são d ecor r ent es d e diversas causas:
T ip os d e p or os D i m e n sõ e s( m m )
a) Por os d e co m p act ação 0,5 a 5
b ) Por os d evi d o s à incor p or ação d e ar 0,05 a 0,5
c) Poros cap ilar es 0,5 x 10"^ a 0,05
d ) Por os d o g el d e ci m en t o 0,5 x 10"6 a 0,5 x 10"^
Os p or os d evi d o s à co m p act ação do con cr et o são d ecor r en t es d o at rit o ex ist ent e en t r e os
g r ãos d os ag r eg ad o s e en t r e est es e as f ôr m as para a co n cr et ag em . Esse at rit o p od e provocar
f al h as d e co m p act ação .
Figura (3.7- a)
núcleo
aquecido
Figura (3.8- a)
Calor d e h id r at ação
Com p on en t e
Ca l / g r a m a
Si l i cat o t ricálcico 120
Si l i cat o d i cál ci co 62
Al u m i n at o t r icálcico 207
Fer r o- alum inat o t et r acál ci co 100
2) Por q u e d eve ser r i g or osam en t e lim it ad a a q u an t i d ad e d e cal livr e n os cim ent os?
6) Qu al a i m p or t ân ci a d a m ag n ési a (M g O) cont id a no ci m en t o?
7) Qu al a i m p or t ân ci a d o gesso ad i ci o n ad o ao ci m en t o?
16) O q u e são z o n as d e b oa e d e m á ad er ên ci a?
Os m ecan i sm o s d e ag r essão são d e d iver sos t ipos, al g u n s d e nat ur ez a f ísica e out ros d e na-
t ur eza q u ím i ca.
• d i sp on i b i l i d ad e d e ox ig ênio d o ar.
c) f r at ur am ent o por co n g el am en t o d a ág u a.
A er osão por ab r asão é d evi d a ao d esg ast e sup er f icial d o concr et o cau sad o p elo at rit o co m
p ar t es sól i d as d esl i z an d o sob r e sua su p er f íci e, p ar t i cu l ar m en t e p ela p assag em d e pessoas, ani-
m ai s o u veícu l os.
A er osào por cavi t açào é p r ovocad a p ela i m p l osão d e b ol h as d e vap or d 'ág u a j unt o à super-
f íci e d a est r ut ur a. Esse f en ô m en o p o d e ocorrer n os esco am en t o s líq uid os com z onas d e alt a e
baix a pr essão, o n d e, n est as últ im as, form am - se b olhas, as quais, ar r ast ad as para out ras z on as
em q u e a p r essão líquida sej a m aior q u e a pr essão d e vapor , i m p l o d em , co m ef ei t o erosivo mui-
to i nt enso.
c) r eat i vi d ad e d os ag r eg ad o s co m o s alcalis do ci m en t o .
Os áci d os par t icular m ent e agr essivos são os q u e f orm am sais solúveis em ág ua, os quais
p er m it em a r enovação do at aq u e, at é a d est r uição t ot al do concret o. Se os sais f orm ados f or em
insolúveis, ap ós o prim eiro at aq ue, int errom pe- se a própria reação agressiva, p ela im perm eabili-
z ação propiciada p elos sais q u e j á se f orm aram .
A agr essão ef et iva som en t e se m anif est a q uand o há per colação d e água at ravés da massa d e
concret o, com o p od e acont ecer em r evest im ent os d e t úneis, reservat órios ent errados, m uros d e
arrim o e out ras obras d e con t en ção d e valas e encost as. Nesses casos, a i m p er m eab i l i d ad e da
m assa d e concr et o é essencial.
O uso d e est rut uras d e concr et o ap ar ent e d eve levar em cont a essa r ealid ad e am b ient al,
send o necessár io ajust ar co n ven i en t em en t e as espessur as d as cam ad as d e cobrim ent o das ar-
m aduras.
Com a pr esença d e COr a car b onat ação do concret o, isto é, a f or m ação d e carbonat o d e
cálcio, evolui para a hidrólise do CaCO,, form ando- se o bicarbonat o (car b onat o ácido), q u e é
solúvel em ág ua, em vir t ud e da r eação:
Ca(HC0 3 )2 — CaCO, + C0 2 + H2 0
Esta r eação é prot et ora do concr et o, sen d o p ar t icular m ent e im p or t ant e nas barragens, para
a est an q u ei d ad e da est rut ura.
Out ros áci d os agressivos, t ais com o o clorídrico, o sulf úrico, o nít rico, o lát ico, o acét ico, et c.,
provocam processos d e agressão da m esm a nat ureza, não ex ist indo a possibilidade de f or m ação
d e sais insolúveis. Eles f orm am sais solúveis q u e p od em ser levados por ág u a em m ovim ent o.
São d e i m p or t ânci a os íons al cal i n os d e sód i o e pot ássio p r o ven i en t es da hidr at ação d as
i m p ur ez as do ci m en t o . De m o d o ger al, adm it e- se q u e t eor es d e álcalis ab aix o d e 0 ,6 % do p eso
d o ci m en t o , em eq u i val en t e d e sód i o, i m p ed em a r eação ex p ansiva, q u ai sq u er q u e sej am o s
ag r eg ad o s em p r eg ad o s.
Em b or a ex ist am t rês d i f er en t es r eaçõ es ex pansivas, álcali- sílica, álcali- silicat o e álcali- carbona-
to, d e i nt er esse prát ico r eal so m en t e há p r eo cu p ação co m a r eação álcali- sílica.
O ef ei t o d est r uid or da r eação álcali- sílica so m en t e ex ist irá q u an d o houver sílica reat iva, álcalis
e ág u a suf icient e para q u e possa ocor r er u m a ex p an são signif icat iva.
Co m o a r eação ex p ansiva álcalis- sílica é m uit o lent a, l evan d o at é m uit os an o s para se mani-
f est ar, o m elhor con t r ol e é d ad o p el a hist ória d as f ont es d e ab ast eci m en t o d os ag r eg ad os. Na
d ú vi d a, pode- se f azer o en sai o q u ím i co para d et ect ar a even t u al r eat i vi d ad e d o ag r eg ad o. Esse
en sai o , q u e é r eg ulad o p el as n or m as NBR 9773 e NBR 9774, não dá seg u r an ça sob r e a r eat ivid ad e
d o ag r eg ad o .
Classes d e Risco d e
Classif icação g er al d o t ip o d e
Ag r essivid ad e Ag r essivid ad e d et erioração
a m b i e n t e para ef eit o d e p rojet o
Am b i en t al da estrutura
Rural
l Fraca Insignif icant e
Su b m er so
II Mo d er ad a Ur b an o ' Peq u en o
Mar i n h o "
iii Fort e Gr an d e
In d u st r i ar 2 '
In d u st r i al " 1 '
IV Mu i t o f ort e El evad o
Resp i ng os d e m ar é
"Pode- se admitir um m lcrocllm a com um a classe d c agressividade mais branda (um nível acima» para am bient es int ernos
secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas d e servl< o do apart am ent os residenciais c conjunt os com erciais ou
am bient es com concreto revestido com argam assa e pintura).
'' Pode- se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acim a) em : obras em regiões d e clima scco, com
um idade relativa do ar m enor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas d e < huva em am bient es predom inant em ent e
secos, ou regiões ond e c hove raram ente.
" Am bient es qulm lcam ent e agressivos, t anques Industriais, galvanoplastla, branqueam ent o em indústrias de celulose
e papel, arm azéns de fertilizantes. Indústrias quím icas.
4) Qu al a dif er ença d e agr essivid ad e das ág u as par adas e das ág u as corrent es?
cam ada de
cobrim ent o
Figura (5.1- a)
Em am b o s os processos ocor r em d uas r eações elet rolít icas, um a an ód i ca e out ra cat ódica.
Na r eação anód i ca, o ferro fica carregado el et r i cam en t e d e m od o posit ivo, ocorrendo a sua
dissolução p ela passagem dos íonszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fe'* para a solução.
Na reação catódica, o ferro funciona com o simples eletrodo, junto do qual os elétrons liberados pelo
ânodo passam à solução, fechando- se assim o circuito elétrico. Não há consum o de ferro do cátodo.
O m ecani sm o d e corrosão em m eio ácid o est á descrit o na Figura (5.2- a). Esse m ecanism o, em
geral, é est ab el eci d o pelo em p r eg o d e 2 m et ais dif er ent es.
Em m ei o ácid o ocorre a ioniz ação da ág ua. Os íons H* dirigem- se ao cát od o, onde são neu-
t ralizados, liberando- se ent ão o hidr ogênio n ascen t e H q u e passa, a seguir, à forma m olecular
H,. Os íons (OH)- dirigem- se ao ân od o, o n d e r eag em com os íons Fe" solubilizados, formando-
se o Fe(OH), q u e por várias r eações int er m ediár ias acab a f or m and o a f er r ugem , basicam ent e
const it uída p elo Fe,Or
MECANISMO DE CORROSÃO
e-
ANC
Fe (O
/ SOLUÇÃO ÁCIDA (H 2 0
•
HO - H )
Figura (5.2- a)
O m ecani sm o d e corrosão em m ei o alcalino est á m ost rado nazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLK
Figura (5.2- b).
2e- + yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
ViiO) + Hfi—*• 2(OHy
0-
Figura (5.2- b)
Em m eio alcalino não há a f or m ação d e íons H*. A f or m ação d e íons hidrox ila (OH)- ocor r e
no cát odo, por ef eit o da ox idação dessa part e do m et al. Esses íons (OH) dirigem- se ent ão ao
ânod o, com o no caso ant erior, produzindo- se f inalm ent e o Fe,0 3 .
A p enet r ação do ox igênio p r ovenient e do m eio am b i en t e ocorre por dif usão at ravés da ca-
m ada d e cob r im ent o, ch eg an d o at é o m et al, e provocando a corrosão se a película passlvadora
t iver sido rom pida.
Figura (5.3- a)
NazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
figura (5.3- a) est á m o st r ad a a co r r o são d eco r r en t e d a f o r m ação d e m i cr o p i l h as elet rolít i-
cas. Na m esm a bar r a d e aço , u m t r ech o t em co m p o r t am en t o an ó d i co e, ou t r o, co m p o r t am en t o
cat ó d i co .
f ace seca
Figura (5.3- b)
difus
at ra
reaçao química
Ca(ÒH)2 + C0 2 C0 3 Ca+ H 2 0
pH < 9
Figura (5.4- a)
De m o d o ap r o x i m ad o , em i g u al d ad e d e d em ai s co n d i çõ es am b i en t ai s, pode- se ad m it ir q u e a
vel o ci d ad e d e cr esci m en t o d a esp essu r a d a cam ad a car b o n at ad a vá d i m i n u i n d o co m o t em p o .
De m o d o ap r o x i m ad o , em co n d i çõ es d e p er f ei t a i n t eg r i d ad e d o co n cr et o , pode- se est i m ar a
seg u i n t e vel o ci d ad e d e car b o n at ação :
Pr o f u n d i d a d e d e
Tem po e m
ca r b o n a t a çã o e m
anos
ce n t í m e t r o s
5
1,5 20
2,0 50 a
2,5 100
Verifica- se en t ão q u e, em concr et os n ão r evest id os, m an t i d os em am b i en t es úm idos, para
se garant ir a d u r ab i l i d ad e d a est r ut ur a, n ão é p ossível acei t ar q u e a cam ad a d e cob r im ent o d as
ar m ad u r as t en h a esp essur a ef et i va inf erior a 2,5 cen t ím et r os, m esm o co m a hi p ót ese d e sua
p er f eit a i n t eg r i d ad e.
Esses íons t êm a cap aci d ad e d e dissolver a p elícula prot et ora d e ox ido d e f erro q u e r evest e
as ar m ad u r as d e aço d ent r o d o concr et o, p r ovocan d o assi m o início da r eação an ó d i ca d e solu-
b iliz ação d o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fc**.
O cálcio d issolvid o na ág u a d o s poros t em cer t a cap aci d ad e d e fix ação d e íons co m o o clore-
t o. No en t an t o, essa cap aci d ad e é parcial, em vi r t u d e d e u m sist em a em eq uilíb r io d e íons livres
e íons fix ados p elo cálcio em so l u ção .
Ex iste, p or t ant o, u m a i nt er ação p er ni ci osa en t r e a p en et r ação d os íon s clor et o ou out ros íons
agr essivos e a car b o n at ação , um a vez q u e, co m a car b o n at ação , esses íons, q u e est avam fix ados
na sol ução d e hidróx ido d e cálcio, são n o vam en t e lib er ad os.
A cor r osão da ar m ad ur a na p r esen ça d e íons ag r essi vos d ent r o da m assa d e concr et o é ba-
si cam en t e regida p el as m esm as r eaçõ es an ó d i ca e cat ód i ca q u e ocor r em em m ei o alcalino na
p r esen ça d e ox ig ênio e ág u a.
A i nf l uênci a t eór i ca d as fissuras d o concr et o sob r e os m ecan i sm o s d e cor r osão est á m ost rada
nazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (5.7- a).
f at or A/ C cobrimento c
adensam ento N i
cura perm eabilidade grande influência
Figura (5.7- b)
A) Agressividade ambiental
No p r oj et o d as est r u t u r as co r r en t es, a ag r essi vi d ad e am b i en t al p o d e ser aval i ad a sim plifica-
d am en t e, em f u n ção d as co n d i çõ es d e ex p o si ção d a est r u t u r a o u d e su as p ar t es, co n f o r m e as
r eg r as d a NBR 6118. A essas r eg r as cab em o s co m en t ár i o s aq u i ap r esen t ad o s.
As aber t ur as m áx im as vv ^ 0,4 mm perm it idas para as fissuras na sup er f ície das peças d e
concr et o ar m ad o co m u m são b asead as na hip ót ese d e essas fissuras p enet r ar em na cam ada d e
cob r im ent o da ar m adur a, d im inuind o sua abert ura at é ficarem f ech ad as j unt o às barras d e aço
da ar m ad ur a; ver Figura (5.9- a). Al ém disso, a Classe I d e Agr essividade Am b i ent al ex iste d e fat o
ap en as no int erior d as hab it ações.
w ^ 0,4 mm
- 1 h
77-
Figura (5.9- a)
É op or t uno lem brar q u e a d im ensão d e 0,2 m m cor r esp ond e ao poder separador da visão
hum ana, ou sej a, a visualiz ação dist int a d e d ois pont os af ast ad os ent r e si som en t e é possível
com af ast am ent os m aior es q u e 0,2 m m . Em um a linha riscada no papel, so m en t e se con seg u e
dist inguir um dos lados da linha do out ro se el a t iver espessura m aior q u e 0,2 m m .
2) Qu ai s as duas con d i ções am b i en t ai s necessár ias para q u e haj a corrosão d as arm aduras?
8) Por q u e não há corrosão signif icat iva das ar m ad ur as das peças est rut urais perm anent em en-
t e m ergulhadas?
9) Qu al a inf luência das fissuras m ecân i cas do concret o sobre a possível corrosão das arma-
duras?
10) Com o se d á a car b o n at ação do con cr et o e q ual a sua i m p or t ân ci a para a ccr r osão das
ar m ad ur as?
a) Compressão
Do p o n t o d e vi st a d e su a est r u t u r a i n t er n a, o co n cr et o p o d e ser i m ag i n ad o co m o sen d o cons-
t i t u íd o p el o s g r ão s d o ag r eg ad o g r aú d o , em b eb i d o s e m u m a m at r i z r íg i d a d e ar g am assa; ver zyxwvutsrqponm
Figura (6.1- a).
Figura 6.1- a
Em vár i as p esq u i sas r eal i z ad as no Lab or at ór i o d e Est r ut ur as e Mat er i ai s Est r ut ur ais d a Escol a
Po l i t écn i ca d a USP, p u d em o s m ost r ar q u e n o s co n cr et o s d e al t a r esi st ên ci a há u m a r r u d an ça no
m o d o d e r up t ur a p or co m p r essão , p ar t i cu l ar m en t e p ar a val o r es su p er i o r es a 50 MPa, q u an d o
en t ão a m at r i z d e ar g am assa vai se t o r n an d o cad a vez m ai s r esi st en t e.
L l i i tV/ / / / / / / / / / / / A
t m
ver d ad ei r o m o d o f al so m o d o
Figura (6.1- b)
No s con cr et os d e alt a r esist ência, a rupt ura à t ração se d á com t en d ên ci a à sup er f ície p lana
d e f rat ura, sen d o cor t ad os t ant o a m at riz d e ar g am assa q uant o os g r ãos d e ag r eg ad o graúdo.
No caso d o s m at er i ai s d úct eis, co m o os m et ais, a rupt ura se d á por d esl i z am en t o. A est rut ura
cr ist alina d o m at er ial é m en o s r esi st ent e ao d esl i z am en t o q u e à sep ar ação. Com isso, a plasti-
f icação ocor r e por ef ei t o d e t en sõ es d e ci sal h am en t o. A própria rupt ura f inal é essen ci al m en t e
co m an d ad a p ela r esi st ênci a do m at er ial ao ci sal h am en t o.
Figura (6.2- a)
( 6
- 2
" 1 )
11. = f — —L
' c cn> ,[X> pulaç< io
n
e a var i ân ci a d a p o p u l ação
E O c - * / (6.2- 2)
2
c, população
n
N N N
Yl
( x
i -vc)
2 2
T,(x i - + t á j +
(7 2 = = = V ( X ?) + ^
n n n
logo
a 2 = n ( x f ) - ( f i x ) 2 (6.2- 3)
N
X > c - x f . / (6.2- 4)
(7
c,fx > / )ulaçJo
i 11
Se, ao i n vés d as N r esi st ênci as d e t od os o s corpos- de- prova t eo r i cam en t e p ossíveis, f ossem
co n h eci d o s ap en as n val o r es co r r esp o n d en t es a u m a am ost r a real, f or m ad a por uns p o u co s
corpos- de- prova, a m éd i a d a am ost r a
(6.2- 5)
x m = f ' cm „imo$tr<
=) —
n
52(xi- x m )2 (6.2- 6)
'c,amostra
1 n- 1
10 iXVUTJIH
2
MPa
10 20 30 40 50 60 70 80
RESI ST ÊN C I A C Ú BI C A M ÉD I A
Nessa i n vest i g ação , f o r am o b ser vad o s d esvi os- p ad r ão s. var i an d o d e 1,0 a 10,0 MPa, co m o
val o r m éd i o d a o r d em d e 5,0 M Pa. Co m o s co n cr et o s d e baix a r esi st ên ci a, o d esvio- p ad r ão m éd i o
cr esce d e f or m a ap r o x i m ad am en t e l i n ear co m r esi st ên ci a m éd i a. Nesse caso, a var i ab i l i d ad e d a
r esi st ên ci a d o co n cr et o p o d e ser m ed i d a p el o co ef i ci en t e d e var i ação ô ( = g c / \ i c . Todavia, co m
o s co n cr et o s d e al t a r esi st ên ci a, o d esvi o- p ad r ão p ar ece ser i n d ep en d en t e d a r esi st ên ci a m éd i a,
d even d o sua var i ab i l i d ad e ser m ed i d a d i r et am en t e p el o d esvi o- p ad r ão.
6.3 Resist ência caract eríst ica do concret o ensaiado
Im aginando- se co m o con h eci d os os reais val o r es da resist ência m ediazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPON
f im c do desvio- padrão 0
de u m lot e d e concr et o, a sua resist ência dc r ef er encia é o val o r car act er íst ico f ck da resist ência à
com pr essão, d ef inid o pela ex pressão
L = L - 1 6 4 5 a c
A r esist ência car act er íst ica assim def inida é, d e f at o, a r esist ência car act er íst ica inf erior, pois
p er t en ce à cau d a inf er ior d a d ist r ib uição d e p r ob ab i l i d ad es d e ocor r ên ci a. Esse é q u ase sem p r e
o valor q u e int er essa à seg u r an ça d as est rut uras, p ois o risco d e d an o s est r ut ur ais q u ase sem p r e
est á associ ad o à d i m i n u i ção da r esi st ênci a dos m at er iais.
= =
fck 1'c k ,i n f ^ c 0,05
O em p r eg o d o val or car act er íst ico inf erior, co m o o valor d e r ef er ên ci a para a esp eci f i cação
d as r esi st ênci as d o s m at er iais, d eco r r e do f at o d e q u e a d i sp er são dos val o r es da r esist ência no
en t or n o da m éd i a é m uit o m aior q u e no en t or n o d o q uant il d e 5 %.
6.4 Resist ência caract eríst ica do concret o da est rut ura
A r esi st ênci a ã com p r essão, q u e é a p r op r i ed ad e m ai s r ep r esen t at i va d a q ual i d ad e d o con-
cr et o, é m ed i d a por m ei o d e u m en sai o p ad r oni z ad o d e cur t a d ur ação, em pr egando- se corpos-
de- prova cilínd r icos, d e 15 cm d e d i âm et r o e 30 cm d e alt ura. O en sai o d eve ser realizado ao s
28 d i as d e i d ad e. Esses val or es, r ep r esen t ad os p elos sím b ol oszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONML
f ci28 , são sint et iz ad os p el o valor
característico ( ,, q u e const it ui a r ef er ênci a para t od as as d eci sõ es d e proj et o r elat ivas à resistên-
cia d o concr et o, p el as r az ões q u e são d iscut id as no cap ít ulo 9.
Por out r o lado, sob a ação d e car g as d e l on g a d ur ação, a r esi st ênci a d o concr et o é significa-
t i vam en t e m en o r q u e aq u el a obt ida no en sai o p ad r oni z ad o d e con t r ol e da resist ência, cuj a du-
r ação é d e ap en as uns p ou cos m inut os. É i m p o r t an t e salient ar q u e a p er m an ên ci a d e car g as por
ap en as u m as p o u cas sem an as j á é suf icient e para provocar a m aior p ar t e d essa perda d e resis-
t ênci a. Os est u d o s ex p er i m en t ai s m ost r ad os no cap ít ulo 9 i n d i cam q u e essa per da d e r esi st ênci a
é d a or d em d e 2 5 %, i n d ep en d en t em en t e da i d ad e d o con cr et o no inst ant e d o seu car r eg am en t o
e da q u al i d ad e d o concr et o, d ef inid a p el a r esi st ênci a obt ida no en sai o d e cur t a dur ação. Desse
m od o, se f or em r ealiz ad os en sai o s lent os, cu j as rupt uras ocor r am ao s 28 ou 365 d e idade, ser ão
ob t i d os o s val o r es 0,75f (2li o u 0,75f c}oy co r r esp o n d en t es ao s en sai o s r áp id os r ealizados ao s 28 ou
ao s 365 dias, r esp ect i vam en t e.
Tendo em vist a avaliar a r esist ência d o concr et o da est rut ura, é preciso considerar q u e no
en sai o p ad r oni z ad o ex ist e u m a i m p or t an t e i nf l uênci a d o at rit o d os prat os d a pr ensa co m o s to-
p os d o corpo- de- prova n os r esult ad os f n . Por m ei o d e en sai o s d e corpos- de- prova m ais longos,
cu j as r esi st ênci as p o d em ser assi m i l ad as à do con cr et o da est rut ura, conclui- se q u e no en sai o
d e corpos- de- prova cilínd r icos d e 15 x 30 cen t ím et r os ex ist e um au m en t o ap ar en t e d a r esi st ênci a
d e cer ca d e 5 %. Adm it e- se, p or t ant o, q u e a ver d ad ei r a r esi st ênci a d o concr et o da est rut ura sej a
d e ap en as 0,95f (.
^ c ,e s t r u t u r a xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
~ ~ 2 x 0 , 7 5 x 0 , 95 f c ,c o r p o - d e - p r o v a ~ ® ' c o r p o - d e - p r o v a a o s 28 d i a s d e i d a d e
A seg u r an ça d as est r ut ur as em r elação a est ados- lim it e últ im os sem p r e d ever á consider ar
est a h i p ó t ese p essim ist a. É co m el a q u e se esp eci f i ca a p r ob ab i l i d ad e acei t ável para a ruína d as
est r ut ur as q u e d evem ser con si d er ad as co m o segur as.
O nível d e p r ob ab i l i d ad e d e r uína q u e ex ist iria nas est rut uras, se f osse acei t a a possibilida-
d e d e rupt ura d as p eças co m r esi st ênci as i g u ai s ao seu valor car act er íst ico inf erior, ai n d a ser ia
inad m issível.
A h i p ó t ese d e q u e nas est r ut ur as possa ocorrer r eal m en t e a rupt ura d o con cr et o som en t e é
acei t a co m p r ob ab i l i d ad es m uit o m en o r es d o q u e 5 %.
A rupt ura d o con cr et o d as p eças est r ut ur ais é acei t a q u an d o , na seção m ai s solicit ada, a resis-
t ên ci a cor r esp on d er ao valor d e cálculo zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f (desiÇn) d ef inid o por:
_yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
L
r xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
' cd ~
7c
7 c = 1 > 4
acrl = 0,85f.cd
co m
£ xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
_ fçk,28 yxwvutsrponmlkifedcaZXLA
cci —
7c
7 c ~~ 7 C P7 C 2 * 7 C J
sen d o :
Várias al t er nat i vas f or am propost as. De m od o ger al, adm it e- se o en sai o d e rupt ura por t r ação
na flex ão d e corpos- de- prova d e con cr et o sim p les' 7 e o en sai o d e rupt ura indir et a per com pres-
são diam et ral 18 d e cilindr os iguais ao s u sad os no en sai o d e com p r essão.
Tr ad i ci on al m en t e, as No r m as Br asileir as ad m i t em r el açõ es fix as en t r e as r esi st ênci as do con-
cret o à t ração e à com p r essão. A NBR 6118 ad ot a os val o r es seg u i n t es:
f _ n o f 2A
=
^ c t k ,i n f 7f c t .n
f'c l k ,$u p =1 3f c t .m
Na r egião t ração- com pressão, isto é, q u an d o a t en são pr incipal nula é a t ensão int er m ed iár ia
C , = 0, a rupt ura é p r ed o m i n an t em en t e por t r ação. A ex cessiva var i ab i l i d ad e d o s result ados t orna
p ou co con f i ávei s as p r evi sões d e fissuração do concr et o n essas co n d i çõ es.
f c m = f c k . e s p + h 6 5 Sd
A ex p er i ên ci a const r ut iva co m con cr et os at é da classe C40 m ost r ou q u e são sat isf at órios os
val o r es prescrit os p ela NBR 12655", em f u n ção d as co n d i çõ es d e pr epar o d o concr et o.
De q ualq uer m an ei r a, essa n or m a ad m i t e d u as p ossib ilid ad es d ist int as para a escolha d o va-
lor d e s j um a para q u an d o se ad m i t e co n h eci d o o desvio- padrão s, e out ra para q uand o el e é
co n si d er ad o d esco n h eci d o .
Qu an d o o desvio- padrào for con si d er ad o d esco n h eci d o , no início da obra, para ef eit o d e do-
sag em d o concr et o, o desvio- padrão s, p o d e ser ad ot ad o para as co n d i çõ es d e preparo A - B - C
co m o s val o r es d e 4,0 - 5,5 - 7,0 , r esp ect i vam en t e.
4 ) Com o se ex plica o m o d o d e rupt ura usual ap r esen t ad o p el o s corpos- de- prova de con cr et o
no en sai o d e com p r essão?
14) Def inir a r esi st ênci a car act er íst ica d e concr et o?
19) Qu al a f u n ção d os co ef i ci en t es y , , y 2 e y ( ?
20) Qu ai s as r el açõ es usuais en t r e a r esi st ênci a car act er íst ica à t r ação e a r esi st ênci a caracte-
ríst ica à com p r essão d o concr et o?
X| (t j ) = f Cc,i
Nesse p r ocesso, em cad a ciclo j é obt ido u m con j u n t o d e n r esult ad os X. d os corpos- de- prova
en sai ad o s, sen d o o ín d i ce i(i = 1 a n) igual ao n ú m er o d e o r d em d e m o l d ag em e ensai o d e cad a
u m d esses corpos- de- prova.
Desse m o d o , co n si d er an d o t o d o s o s m i n st an t es ob t ém - se u m co n j u n t o d e n f u n çõ es
Xr (t.), cu j as p r o p r i ed ad es est at íst i cas car act er i z am o p r o cesso d e p r o d u ção .
As p r op r i ed ad es est at íst icas d esses p r ocessos al eat ó r i o s p o d em ser d ef inid as t ant o d ent r o
d e u m d ad o ciclo part icular yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
j d e p r od ução, em f u n ção d o s n val o r es XfíJ ob t i d os n esse ciclo, o u
en t ão , d ef i n i d as a part ir d o con j u n t o d e m r esult ad os ob t i d os nos d i f er en t es ciclos / ', r ef er ent es,
em t od os el es, ao corpo- de- prova co m o m esm o n ú m er o / d e o r d em d e m o l d ag em e en sai o ". Em
pr incípio, o corpo- de- prova d e o r d em d e m o l d ag em i = 1 p o d e ser con si d er ad o co m o am ost r a
d o ciclo con si d er ad o.
_ i 1 (7.1- 1
n
V?7 X J t ^ X , ^ )
1) Xi (t j) = Xl ( t / ) (7.1- 2)
, £ W
W ] = — = / < x ,(t L)\ = f< jt L) (7.1- 3)
E W
i- i
2) X Jt ^ X f t t j , ) - (7.1- 4)
n
cuj o valor m éd i o em cad a inst ant ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
t = t val e
i x ?( t , ) i x f ( t i )
i= l i= l O
V2 X: =
n n
u m a vez q u e
t w
— = ft\ x i (t L)\ = ft.Jt L)
é u m valor con st an t e, r esult and o en t ão q u e (p , [X. tyj é a var i ânci a d os val or es X. ^ co r r esp o n -
d en t es a t = t.
Al ém d as f u n çõ es Cp, [X. (tj], para a car act er iz ação pr obabilíst ica d o pr ocesso aleat ór io, em
cer t os caso s t am b ém d evem ser con si d er ad as f u n çõ es do t ipo
Obser ve- se q u e as f u n çõ es <pt IX. (t.)] d ep en d em ap en as d o s val o r es X.(tJ no inst ant e r, en-
quant o as f unções ip k Xj (t - j ),X.(t - + 1) d ep en d em sim ult aneam ent e dos valores X.{tf d o ciclo
t. co r r esp o n d en t e a j - valor fixo, e d os val o r es Xft.+ Z) d o ciclo t.+ T d ef inid o p ela var iável T.
X, . < V, X / a. + 1 ) = Xi (t j ). Xi (t i + T) (7.1- 6)
E w
$2 yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
\ xl (t l ),xl (t l + x)\ = X,(t L+ X) (7.1- 7)
n n
cu j o s val o r es m éd i o s são d ad o s p or
(7.1- 8)
Ê { [ W - f t , M - X/ t, + r)- , l Jt i + X)\ }
+ x)\ = (7.1- 9)
ist o é
£ v j t i ^ j t t + x )
i= l
n
r esu l t an d o
q u e p o d e ser escr i t a
Função de Autocorrelação:
Assi m , se X i = X «i r/rxw.i
u ( = X «i , o s val o r es d e X J(t)/ e d rf
e X (t.+
/ T) n ão p o d em ser co n si d er ad o s co m o
val o r es al eat ó r i o s i n d ep en d en t es u m d o ou t r o p ar a q u al q u er val o r d e X; ver Figura (7.2- a). Essa
i n d ep en d ên ci a so m en t e ex i st e q u an d o o af ast am en t o X for su f i ci en t em en t e g r an d e.
Est e p r o b l em a é p ar t i cu l ar m en t e i m p o r t an t e q u an d o se ex t r aem t est em u n h o s do co n cr et o
d e u m a est r u t u r a ex i st en t e. Par a q u e o s d i f er en t es t est em u n h o s p o ssam co m p o r u m a am o st r a
al eat ó r i a d o co n cr et o d a est r u t u r a, el es d evem ser ex t r aíd os co m af ast am en t o s X u n s d os ou t r os,
sen d o o s val o r es d e x su f i ci en t es p ar a q u e d esap ar eça a p o ssível co r r el ação en t r e el es, co m o
ser á vi st o ad i an t e. Assi m , por ex em p l o , as i n vest i g açõ es j á ci t ad as d e Rack wi t z m ost r ar am q u e,
n o caso d e p i l ar es e p ar ed es, u m af ast am en t o d e 2 a 3 m et r o s p o d e ser su f i ci en t e para am or t e-
cer si g n i f i cat i vam en t e a co r r el ação d as r esi st ên ci as d e t est em u n h o s ex t r aíd os d a est r u t u r a.
Figura (7.2- a)
Função de Autocovariância:
Figura (7.2- b)
Ki(t jr x ) = % \ x i (t i ),x i (t i + x )] = ^
q uant o a f u n ção d e au t ocovar i ân ci a
Para cer t os p r ocessos p ar t icular es, dit os est aci on ár i os, a m éd i a e a var i ân ci a i n d ep en d em d o
valor d e t f d e t al f or m a q u e os val o r es co r r esp o n d en t es a t são os m esm o s q u e os correspon-
d en t es a q u al q u er out ro inst ant e t.+ T.
NazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (7.2- b) est ão ilust radas as p ossíveis r el açõ es ex i st ent es en t r e o s val o r es das f u n çõ es
X e m d ois ci cl os d i f er en t es d e p r od ução, co r r esp o n d en t es ao s i n st an t es fix os t.e t+ T. Observe- se
q u e, q u an d o T —• 0 , os val o r es d e X n os d oi s inst ant es co n si d er ad o s são sem p r e próx im os uns
d o s out ros, o u sej a, q u an d o um d el es é um valor alt o o u baix o, o m esm o ocor r e com o out ro.
Pel o cont r ár io, q u an d o T —> 00, perde- se a cor r el ação en t r e os val o r es cor r esp on d en t es ao s d ois
i n st an t es con si d er ad os. Esse f at o ocor r e m esm o co m p r ocessos est ocást i cos est aci on ár i os em
r el ação à m éd i a e em r el ação à var i ân ci a.
&M
Em co n seq ü ên ci a d as p r op r i ed ad es da f u n ção K2 (t f 1), t am b ém a f u n ção coef i ci en t e d e corre-
lação t en d e a z er o para T > T/ >n. Por out ro lado, d e acor d o co m (7.1- 9), q u an d o T 0,
T- »0
l og o
R(t- + 0) = 1 (7.3- 3)
v /
l ' > m m
en q u an t o
n n
í M
Do p ont o d e vist a d a seg u r an ça d as est rut uras, o q u e ef et i vam en t e se pr ocur a cont rolar é
a r esist ência d o concr et o j á i ncor p or ad o às est r ut ur as. Esse con t r ol e, em p r incíp io, d ever ia ser
r ealiz ad o por m ei o d o cont r ol e d as p r op r i ed ad es est at íst icas d o concr et o produzido em cad a
ciclo d e p r od ução. Do p ont o d e vist a est at íst ico, isso signif ica q u e em cad a ciclo d ever i am ser
co n h eci d o s o s n r esul t ad os Xft). É claro q u e isto é im p ossível. O concr et o é produzido para a
con st r u ção d a est r ut ur a e n ão para ser r om p id o em corpos- de- prova. Desse m od o, não há co m o
se co n h ecer d i r et am en t e a var i ab i l i d ad e esp aci al q u e ex ist e d ent r o d e cad a p ar t e da est r ut ur a
const r uíd a co m o con cr et o p r od uz id o em cad a ciclo d e p r od u ção. O q u e se p o d e co n h ecer d o
co n cr et o p r od u z i d o em cad a ci cl o é, no m áx i m o, a r esi st ên ci a d e u m a si m p l es am ost r a, cons-
t it uíd a por um ex em p l ar co m p o st o por u m par d e corpos- de- prova, d os q u ai s é con si d er ad o
ap en as um único valor X(t^ .
Se os r esul t ad os ob t i d os co m os en sai o s d os corpos- de- prova t i ver em sido sat isf at órios, admi-
te- se q u e o concr et o da est rut ura t am b ém t en h a sido sat isf at ór io.
Co m o m ost r a a Figura (7.5- a), d a boca d a b et onei r a saem d u as linhas d e p r od ução d e concre-
to, e n ão ap en as um a.
« •
TRANSPORTE TRANSPORTE
LANÇAMENTO M0 LDAGEM
ADENSAMENTO CURA
CURA ENSAIO
em condições
em condições padronizadas e
de obra ót im as
C0RP0S- DE-
ESTRUTURA
Ui PR0 VA
O ã
o
CC
O.
RESISTENCIA DO 2
< RESISTENCIA DOS
CONCRETO DA »/> CORPOS- DE- PROVA
O
ESTRUTURA O o. DE CONTROLE
czyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
c
o O
0£ u
CO
ACABAMENTO
ENSAIO
CONVERSÃO PARA A
RESISTÊNCIA CILÍNDRICA
Figura (7.5- a)
A t r ansp osição d o valor f (V co r r esp o n d en t e ao s corpos- de- prova d e cont r ole, para a r esist ência
(. da est r ut ur a, em pr incípio fica por con t a d o co ef i ci en t e parcial y c> j á an al i sad o.
Para q u e se possa f azer u m a ap r eci ação prát ica a r esp eit o d essa i n d ag ação , é necessár i o dis-
por d e um cr it ér io si m p l es q u e d ê a r esp ost a.
Resultados individuais ao longo da ex ecução da estrutura
Figura (7.7- a)
Desse m od o, co m o regra ger al, q u an d o sei s p ont os co n secu t i vo s d e u m gráf ico d e cont r ol e
d e q u al i d ad e ficarem d e um m esm o lado em r el ação ao valor m éd i o esp eci f i cad o para o pro-
cesso d e p r od ução ou ob t id o co m um g r an d e n ú m er o d e r esult ados, h aver á f or t e susp eit a d e
m u d an ça da cen t r ag em d o p r ocesso.
A p r o b ab i l i d ad e d e se o b t er u m ú n i co r esu l t ad o ab ai x o d e f (k , é d e 5 %, d e aco r d o co m a
p r óp r i a d ef i n i ção d esse val o r car act er íst i co . To d avi a, d e aco r d o co m a d i st r i b u i ção b i n o m i al
(B) (6; 0,05), a p r o b ab i l i d ad e d o ap ar eci m en t o d e d o i s r esu l t ad o s ab ai x o d e f (V é da o r d em
d e ap en as 3 %. Est e even t o j á p o d e ser co n si d er ad o co m o u m a i n d i cação si g n i f i cat i va d e
m u d an ça d o s p ar âm et r o s d o p r o cesso d e p r o d u ção d o co n cr et o .
No caso d o con t r ol e da r esist ência d o s m at er i ai s est r ut ur ais, adm it e- se a dist ribuição d e Gauss,
t am b ém dit a d ist r ib uição nor m al, def inida p ela f u n ção d e d en si d ad e d e p r ob ab ilid ad e
1 7 (8.1-1
f (x ) = • ex p (x - n)'
a • T2 7T 2a-
f(x ) = d en si d ad e d e p r ob ab i l i d ad e;
A ex p r essão d a d ist r ib uição nor m al p o d e ser sim plif icada p ela t r ansf or m ação
X- f i x
U = — ( 8. 1- 2)
cr,
1
f (u ) = • ex p — U ' (8.1- 3)
yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
^ Í2TT 2
f (x ) VARIÀNCIA a2 (x ) = £ ^ ü l
f (x ) VARIÀNCIA a2 (x )
a(x ) p (x ) = p (x )
f (x )
UNIVERSO DOS DESVIOS- PADRÃO
f l s(x )] MÉDIA p (S(x )] = C7 (x )
VARIÀNCIA Gr 2 ( x ^ n
2 ( n - 1)
VARIÀNCIA a2 (x )
Figura (8.1- b)
CJ^ f x ^
Do u n i ver so d as m éd i as: / i ( x ) = / i ( x ) e cr '(x n) = — — (8.1- 5)
n
S„ ( x TP
) - ü ( P %) ** < Ox < Sn (x ) + u ( P %) S* (8.1-10)
p ( n - / ) p { n - l )
cr,x
\ sn (x )- a(X)\ < u(P%)
V ^ õ
o u sej a, o er r o r elat ivo d a est i m at i va d o desvio- padrão é d ad o por
q u e, co m 9 5 % d e p r o b ab i l i d ad e, val e
\ sn (x )- a(X) ^ 196
(8. 1-12).
cr xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
^
1 196
n > + 1 = 32
0,25
q u e d ef i n e o t am an h o m ín i m o u su al d as ch am ad as grandes amostras.
- Vx
Vx rn Vx
m er o d e ex em p l ar es n ecessár i o s ser i a d e ap en as 2 o u 3.
52 = - Í2Í- yxwvutsrponmlkifedcaZXLA
n—1
n
Ad m i t i n d o q u e se o b t en h a o univer so n or m al r ed uz i d o t / ()J, u = 0 , O l = / Jco m o d ecor r en t e d o
x n
uni ver so or iginal, p el a t r ansf or m ação yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
U = — ,
7
< l> i= 1
n
x l = X X (8.1- 14)
i= 1
/ -2 V zxvutrpnmljfedcbaXVRP
f(u) = -j=e
yJ27T
A t ít ulo d e ilust ração, apresent am - se na t abela seg u i n t e" al g u n s valor es d e x \ > figura (8.1 - c).
Valores de X2 (qui quadrado)
P = 2 ,5 % P = 5% P = 95% P = 9 7 ,5 %
0
- XA 2 0,023 - AX2o,o -, - AX20,95 A 0,975
f(x 2)
Figura (8.1 - c)
2
Um a vez co n h eci d a a d i st r i b u i ção d o s val o r es d e X< > , p od e- se o b t er a est i m at i va d a var i ân ci a
X — X
d a var i ável X- Sen d o u• = — < p el a ex p r essão
n n
- *y E^ a ) "
S2 = - isL í= I
DX
n- 1 n—l < $> Ti (f>
t em - se
2 ax 2 (8.1- 15)
5 = — Y
* / A.Q
<p
logo
2
< 71 = ( 8. 1- 16)
2 x
Xó
2 s M (8.1- 17)
X ÍUft Xinf
i= t
< cr x < "'= ' (8. 1-18)
i x 'Li
8.2 Funções de est im ação
Co n si d er an d o os p r ocessos d e p r od ução d e m at er iais est r ut ur ai s cu j a q u al i d ad e é cont r olad a
est at i st i cam en t e por u m a var i ável X , sem p r e ex ist irão i n cer t ez as q uant o ao s val or es dos parâ-
m et r os l l eo.
~X X
Obser ve- se q u e essas i n cer t ez as ex ist irão m esm o q u e sej am en sai ad as g r an d es am ost ras.
Com o f oi vist o an t er i o r m en t e, em p r eg an d o am ost r as co m 32 ex em p lar es, co m 9 5 % d e conf iança
p o d e ex ist ir um erro r elat ivo d o desvio- padrão zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
sx — CTX / Ox d e at é 2 5 %.
O m ét o d o p r ob ab ilíst ico d e ver i f i cação d a seg u r an ça d as est r ut ur as é b asead o nas resistên-
cias car act er íst icas d os m at er iais, q u e são d et er m i n ad as p elo q uant il d e 5 % d as r espect ivas distri-
b u i çõ es d e p r ob ab i l i d ad e d e ocor r ên ci a, adm it indo- se q u e essas p o p u l açõ es sej am h o m o g ên eas
e n o r m al m en t e dist r ibuídas.
No caso d o con cr et o, o const r ut or ad m i t e q u e irá produzir u m a p op u l ação d e concret o co m
m éd i a Ji v e desvio- padrão fix ando co m o ob j et i vo d e p r od ução a o b t en ção d e u m a r esist ência
d e d o sag em d e valor
Sen d o x a r esist ência d e um m at erial, no proj et o est r ut ur al é esp eci f i cad o cer t o valor x k ^ ,
co m a h i p ó t ese d e q u e o s val o r es ef et i vo s d as d i f er en t es p ar t id as em p r eg ad as sej am
Def inindo- se um a f unção d e est i m ação Z , em cad a caso part icular é cal cu l ad o o valor
Este critério d e aceit ação é crit icável, com o se discut e adiant e. A ex periência m ost ra q u e est e cri-
tério precisa ser aj ust ado à realidade social da const rução d e estruturas, conf or m e se indica em 8.7.
Obser ve- se q u e a con d i ção (8.2- 3) n ão é eq u i val en t e à (8.2- 2), p ois z é u m a si m p l es est im a-
t iva d e x k,cl
. .
Tend o em vist a o est u d o d as p ossíveis co n seq ü ên ci as da sub st it uição da con d i ção d e aceit a-
ção zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
x kii . > p ela con d i ção co n ven ci o n al z > torna- se n ecessár i o def inir um a m ed i d a
d a ef i ci ên ci a d a f unção d e est i m ação esco l h i d a. Essa ef i ci ên ci a é est i m ad a p ela p r ob ab ilid ad e
P d e acei t ação em f u n ção da f r ação d ef i ci en t e p d o pr odut o r ealiz ad o, q u e é a p or cen t ag em d o
pr odut o q u e n ão at en d e à co n d i ção x > x k eíp .
Hc - X = U • < JC
e a d i st ânci a en t r e a m éd i a \ l c e o valor da r esi st ênci a car act er íst ica esp eci f i cad a é dada por
o u sej a
Mc Xk,esp
*k.csp *l.cf
u CTc
Figura (8.2- a)
U?M _
xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
P(u<upkfL)=^ L f
u
o n d e 5 = 0 ( / Ji é o co ef i ci en t e d e var i ação d o co n cr et o p r o d u z i d o .
Fração deficient e Xk.ef / Xk.csp
l Up J P% 5, = 1 0 % 5 (= 1 5 % Ô( = 2 0 %
0 ,0 50,0 0,8355 0 ,7 5 3 2 0,6710
0,5 30,85 0,8795 0,8143 0,7456
0,6 27,43 0 ,8 8 8 8 0,8277 0,7625
0,7 24,20 0 ,8 9 8 4 0,8416 0,7802
0,8 21,19 0 ,9 0 8 2 0 ,8 5 5 9 0,7988
0,9 18,41 0,9181 0,8708 0,8183
1,0 15,87 0,9283 0,8861 0,8388
1,1 13,57 0 ,9 3 8 8 0 ,9 0 2 0 0,8603
1/ 2 11,51 0 ,9 4 9 4 0,9185 0,8829
1/ 3 9,68 0,9603 0,9357 0,9068
1/ 4 8,07 0,9715 0 ,9 5 3 4 0,9319
1/ 5 6,68 0 ,9 8 2 9 0,9719 0,9583
1/ 6 5,48 0 ,9 9 4 6 0,9911 0,9868
1,645 5,00 1,0000 1,0000 1,0000
1/ 7 4,45 1,0066 1,0110 1,0167
1/ 8 3,59 1,0189 1,0318 1,0484
1/ 9 2,87 1,0315 1,0534 1,0823
2/ 0 2,27 1,0444 1,0760 1,1183
2,1 1,78 1,0576 1,0996 1,1569
2,2 1/ 39 1,0712 1,1242 1,1982
2,3 1,07 1,0851 1,1499 1,2426
2,4 0 ,8 2 1,0993 1,1769 1,2904
2,5 0 ,6 2 1,1140 1,2051 1,3420
Tabela (8.2- a)
Em p r egand o o crit ério d e acei t ação z ^ x keHt , a Figura (8.2- b) m ost ra a probabilidade d e acei-
t ação P = P (z ^ x kesf ), q u an d o x kef < x kesp e q uand o x krí> x k(^ f), d e um a f u n ção d e est i m ação
cent r ada.
f f x (x )
f z {2)
d ist r ib uição d o
( x k .cf < Xk.esp> d ist r ib uição das
est i m ad or f .
resist ências f x (x )
Mz = x k.ef x k.esp
x k.esp Mz = x k.ef
Probabilidade d e aceitação
Figura (8.2- b)
NazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (8.2- c) m ost ra- se a co n d i ção d o s est i m ad o r es cen t r ad o s, ist o é, d as f u n çõ es d e esti-
m ação cu j as m éd i as co i n ci d em co m o val o r ef et i vo x ^ d a r esist ência caract eríst ica d o produt o.
A ef i ci ên ci a d a f u n ção d e est i m ação é car act er i z ad a p or sua cu r va car act er íst i ca d e o p er ação ,
q u e d á a p r o b ab i l i d ad e d e acei t ação em f u n ção d a f r ação d ef i ci en t e d o p r o d u t o ; Figura (8.2- d).
z > ZYXLJHC
CY-X
k,esp
Cpm = f ck ,ef
1,65 a c
« •
Figura (8.2- c)
8.3 Funções clássicas d e estimação» Desvio-padrão conhecido
As f u n çõ es cl ássi cas d e est i m ação , q u e são em p r eg ad as p el o s m ét o d o s u su ai s d e con t r ol e d e
q u al i d ad e, são d ef i n i d as por ex p r essõ es d o t ipo 2 6
zzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
— X —À S (8.3- 1), o n d e:
X = f at or d e est i m ação .
A i d éi a cen t r al d a d ef i n i ção d as f u n çõ es cl ássi cas d e est i m ação é a d e usar a m éd i a x n d a
am ost r a em lugar d a m éd i a | i , e o d esvio- p ad r ão sn da am o st r a em lugar d o desvio- padrão d a
p o p u l ação , d i scu t i n d o o val or d o f at or d e est i m ação X a ser em p r eg ad o .
2
Var{xn ) = a {xn ) = ^-
r esult and o
= fic - \ a c (8.3- 5)
Pel o fat o d e a d ist r ib uição d as m éd i as ser nor m al, a var i ável Z, n est e caso, t am b ém t em dis-
t r ib uição n or m al ; zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (8.3- a).
A var i ável r ed uz id a u / t , d ef inid a p el a ex p r essão
M, - z
Uz = — (8.3- 7)
( l i c - \ a c ) - ( x n - \ a c )
Uz =
a c
o u sej a.
(8.3- 8)
Xk,esp = f i C~ U p f k ( 7 C (8 .3 - 9 )
co r r esp o n d en t e, p or t ant o,
x k,csP = f z ~ U,Maz
Desse m od o, d a co n d i ção d e acei t ação (8.3- 2), tem- se o val or lim it e d e acei t ação
donde
= tb - l'c + u p k a c
o u sej a,
- Acr c + U k a c
u t,k =
Log o, i n t r o d u z i n d o (8.3- 6),
Desvi o- p ad r ão co n h eci d o n = 20
p% 1/=* - (u p k — X ) >/2Õ r%
Figura (8.3- b)
Z = yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
xn ~ Xsn (8.4- 1)
Nest e caso , t êm - se
f i / = E( Z )= E(x n )- \ E(sn )
Var(x„ ) = * l=&
/ iz = fl c - A < Tc
Obser ve- se q u e no caso p r esen t e o est i m ad or Z n ão t em d ist r ib uição nor m al. Em bora para
n > 4 a var i ável Xn sem p r e possa ser ad m i t i d a co m o nor m al, o m esm o n ão aco n t ece co m a
var i ável sn .
De acor d o co m a ex p r essão (8.1- 16), a var i ân ci a da am ost r a t em um a d ist r ib uição d e X" para
(| > = n - 7 g r aus d e l i b er d ad e, d ad a por
C2 — / T 2 X'
-
ac
< f>
(^ c - À< T c )- (x n - À S„ )
uz =
(8.4- 4)
L LZ ~ X
k ,e s p
"z,k =
r esult and o
_( ^ c - Xa c ) - ( f i c - u p k a c )
o u sej a,
u z,k = ( u P , k - X ) - f = = r (8.4- 5)
Os val o r es d eco r r en t es d a ex p r essão (8.4- 5) est ão m ost r ad os na t ab el a da Figura (8.4- a), re-
l aci o n an d o a p r ob ab i l i d ad e d e acei t ação , m ed i d a por u / k , com a ef et i va f r ação d ef icient e / ; % d o
con cr et o p r od uz id o, d et er m i n ad a por u fik , em f u n ção d o t am an h o n d a am ost r a e do fator d e
acei t ação Á. ad o t ad o .
Za = Ka X, m i n
/;%
P a ( P %)
\ 2
1 2,33 1,9791 97,60
2 2,06 1,1965 88,45
3 1,89 0,7797 78,23
4 1,76 0,2645 60,40
5 1,65 0 50,00
6 1,56 - 0,2619 39,60
7 1,48 - 0 ,4 9 4 8 31,05
8 1/ 41 - 0 ,6 9 8 5 24,30
9 1,34 - 0 ,9 0 2 3 18,37
10 1,29 - 1,0478 14,80
Tabela (8.4- a)
8.5 Funções d e est im ação diret a da resist ência caract eríst ica
A r esi st ên ci a car act er íst i ca i n f er i or d o co n cr et o é d ef i n i d a por yxvtsrponmljihgfdcbaZYXVUTSRONMLKJHECA
í= f — 1,645 a
ck cm ' c
Qu an d o se t em u m l ot e h o m o g ên eo d e co n cr et o , u m a am o st r a d e p o u co s ex em p l ar es j á é su-
f i ci en t e p ar a a est i m at i va sat i sf at ór i a d a m éd i a; p o r ém , u m a h i p ó t ese d a m esm a n at u r ez a j am ai s
p o d er á ser f o r m u l ad a p ar a a est i m at i va d o d esvi o- p ad r ão d a p o p u l ação . O t am an h o d a am ost r a,
p ar a q u e o seu d esvi o- p ad r ão p u d esse ser co n f u n d i d o co m o d esvi o- p ad r ão d a p o p u l ação , e m
t er m o s p r át i cos, j am ai s p o d er á ser o b t i d o , p o i s an t es q u e esse n ú m er o d e r esu l t ad o s sej a al-
can çad o , o p r o cesso p o d er á t er m u d ad o sua cen t r ar em , co m o f oi m o st r ad o na f igura (7.7- a). As
f u n çõ es cl ássi cas d e est i m ação est u d ad as n o s i t en s an t er i o r es t êm seu s r esu l t ad o s d ep en d en t es
d o t am an h o d a am o st r a e d o f at or X d e acei t ação esco l h i d o .
cu j o val o r d e K é d ad o p el a t ab el a seg u i n t e.
Valores de Ka
Un i f o r m i d ad e Ex cel en t e Bo a Reg u l ar Má
d o co n cr et o
Co ef i ci en t e d e 0,10 0,15 0,20 0,25
var i ação 5 (
Tabela (8.5- a)
2) Est imador Zb
Co n h eci d o szyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2n r esult ad o X]t Xy Xn t , X^ Xm), XM o est i m ad or Zb é d ef inid o p el a ex-
pr essão
X + X2+ + X
Zb = 2( ' "') - Xn
n —l
onde
Z„ = 2
O est im ad or Zb é p r at i cam en t e cen t r ad o na r esi st ênci a car act er íst ica ef et i va do concret o pro-
duzido 3 2 . Pel o f at o d e o est i m ad or Zb em p r eg ar ap en as a m et ad e m en o s r esist ent e d a am ost ra
d i sp on ível , el e fica i m u n e a u m a p ossível m u d an ça d e cen t r ag em d o p r ocesso d e p r od ução,
co m o a i n d i cad a na Figura (7.7- a). O em p r eg o d o est i m ad or Zh é r eco m en d ável q u an d o a popu-
lação f oi h o m o g ên ea, p r od uz id a em u m p r ocesso p r at i cam en t e esl aü o n ár i o . A Tdücld (8.5- ü)
ap r esen t a val or es da p r ob ab i l i d ad e d e acei t ação p el o em p r eg o d o est im ad or Zb .
Probabilidade de aceitação Pd < f tMf / f (k , esp eci h cd j - Estimador Zb
Tabela (8.5- b)
t 1 1 r
I LOTE 3 I LOTE 4 I LOTE... I
Figura (8.6- a)
A d et er m i n ação d a r esi st ên ci a car act er íst i ca f (k d o co n cr et o é esp eci f i cad o p el a NBR 12655
co m o p r o ced i m en t o g er al , ad m i t i n d o- se o s p r o ced i m en t o s ad i an t e an al i sad o s.
f = ? f , + f 2 + - - + f m , f
ck,e$t z ^ 'm
m —l
Aind a para o caso d e 6 < n < 20, a NBR 12655 r eco m en d a q u e n ão se d eve t om ar para f ck <>r
Nest e caso, a r eco m en d ação da NBR12655 d eco r r e d o est i m ad or Z descr it o no it em 8.5 d est e
cap ít ulo. Os val o r es d os co ef i ci en t es ^ r el at i v o s à "Co n d i ção d e Pr epar o A" cor r esp on d em à co-
luna d os co ef i ci en t es Kj r elat ivos ao coef i ci en t e d e var i ação 8 c= 0 , '1 5 , e os val o r es d e r4»,relativos
0
às "Co n d i çõ es d e Pr epar o B ou C" co r r esp o n d em ao s val o r es d e K r ef er en t es a 8 c = 0 , 2 0 .
b) Para lot es co m n ú m er o d e ex em p l ar es n > 20, o valor est i m ad o d a r esist ência caract eríst ica
f Ck,est ~ ~ h65 Sd
Nest e caso, a NBR 12655 ad o t o u a f u n ção clássica d e est i m ação d escr it a no it em 8.4 d est e
cap ít ulo.
No con t r ol e do concr et o por am o st r ag em t ot al, a NBR 12655 esp eci f i ca q u e se en sai em ex em-
plar es d e cad a u m a d as am assad as cie concr et o, ad o t an d o a r esi st ênci a m ín i m a ^ co m o o estima-
dor da r esi st ênci a car act er íst ica para am ost r as d e at é 20 ex em p l ar es, sen d o p ou co provável q u e
d e u m a única am assad a sej am ret iradas am ost r as com n ú m er o ai n d a m aior d e ex em p lar es.
No caso d e ser n ecessár i o cont rolar a r esist ência d e p eq u en as p or ções d e concr et o, não cab e
im aginar q u e d en t r o do vo l u m e em co n si d er ação p ossam at uar t odas as cau sas d e var i ab i l i d ad e
q u e ex ist em n os lot es co m g r an d es vo l u m es.
Por est a razão, t ais p or ções ind ivid uais, co m vo l u m es d e at é 10 m 3 , p o d em ser cont r olad as por
m ei o d e um p eq u en o n ú m er o d e ex em p l ar es, en t r e 2 e 5.
Tend o em vist a q u e, d o p ont o d e vist a social, as co n seq ü ên ci as para o con su m i d or pelo em-
pr ego d e u m con cr et o co m f r ação d ef i ci en t e l i g ei r am en t e sup er ior ao lim it e d e 5 % são m uit o
m en o s sever as q u e as co n seq ü ên ci as para o produt or d a r ej ei ção d e con cr et os co m f ração de-
ficiente at é l i g ei r am en t e m en o r es q u e o lim it e d e 5 %, o crit ério d e acei t ação d o concr et o p o d e
se ex pr esso por
Z = f ck , esl > a- f ck , esp zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
co m « = 0,9 (8.7- 1)
A d eci são d e se em p r eg ar um corpo- de- prova co m alt ura o d ob r o da d i m en são r ep r esent at iva
d e sua seção t r ansver sal d eco r r eu d e u m a vag a i d éi a d e q u e, co m isso, no en sai o d e compres-
são, a seção à m ei a alt ura est ar ia su b m et i d a a um cam p o d e t en sõ es uni f or m es. Com o será
an al i sad o p ost er i or m en t e, ist o n ão é b em ver d ad e, e a inf luência da f or m a do corpo- de- prova
necessi t a d e u m escl ar eci m en t o con si st en t e com a n ecessi d ad e d e se co n h ecer a r eal resistên-
cia d o concr et o a t en sõ es d e com p r essão.
A d esp ei t o d e p ossívei s d ú vi d as sob r e sua ex at id ão, o en sai o d e com p r essão sim ples d e
corpos- de- prova p ad r on i z ad os crist alizou- se co m o o m ei o d e se co n h ecer a resist ência d e um
lot e d e con cr et o. O valor ind ivid ual ob t i d o no en sai o d e com p r essão d e u m d ad o corpo- de- prova
é i n d i cad o por zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f c(J o n d e o sím b olo f indica resistência, o p r im eir o ín d i ce indica concreto e o se-
g u n d o ín d i ce, compressão. Qu an d o n ão h ou ver m ar g em para dúvidas, esse sím b olo pode ser
sim plif icado, em p r egand o- se ap en as f c.
Nas ver i f i cações d e seg u r an ça em r el ação ao s est ados- lim it e últ im os, o m ét o d o probabilíst ico
ao nível I ad ot a o valor da r esist ência d e cálculo, si m b ol i z ad a por f ar o n d e o ín d i ce d signif ica
design 36 , sen d o d ef inid a por f (d = f j y ; , o n d e y f r ep r esent a o coef i ci en t e parcial d e p on d er ação
d a r esi st ênci a d o con cr et o.
Desd e as p r im eir as t eor ias p r op ost as para r esolver esse p r ob l em a, a r esi st ênci a do con cr et o
d o b anz o com p r i m i d o d as p eças f let idas sem p r e f oi con si d er ad a co m um valor m enor q u e o ob-
t ido n os en sai o s p ad r on i z ad os d e com p r essão.
Ao l ong o d as d écad as d e 1960 e 1970, crist alizou- se a i d éi a d e q u e a r esi st ênci a à com p r essão
si m p l es d o concr et o na seção t r ansver sal d e pilar es e d e p eças f let idas val er i a 0,85 da t en são
d e rupt ura d eco r r en t e d e en sai o s d e com p r essão. Em t er m os d as i d éi as at uais, no projet o ser ia
co n si d er ad o o valor 0,85 f c(i . Est e valor, q u e é i n d i cad o p el a fib" por f )r< r é o consid er ad o nos
est ados- lim it e últ im os d e sol i ci t ações nor m ais, sen d o ad m i t i d o sem p r e co m o
L = 0,85f cd (9 .M)
De acor d o com a fib* 8 , a ef et i va r esi st ênci a à com p r essão, n esses casos, t om a o s valor es
U f f = v L i 9 - 1 "2 »
V, = 0,80
V, = 0,60
v2 = 0,45
Figura (9.2- a)
Em corpos- de- prova m uit o p eq u en o s em r elação ao d i âm et r o car act er íst ico do ag r eg ad o graú-
d o, o ad en sam en t o é dif icult ado p el o at rit o do concr et o co m as p ar ed es d a f ôr m a d e m ol d ag em .
Com t ais corpos- de- prova, a r esi st ênci a à com p r essão cr esce à m ed i d a q u e au m en t a o t am an h o
d o corpo- de- prova41 .
A inf luência esp ecíf i ca do co m p r i m en t o d os corpos- de- prova sob r e a resist ência ap ar en t e
d o concr et o est á m ost r ad a na Figura (9.2- b), q u e ap r esen t a o s clássicos r esult ad os obt idos por
Bach, ci t ad os por Mõ r sch e Saliger, f eit os co m corpos- de- prova prism át icos, t od os el es co m seção
t ransversal q u ad r ad a com 32 cm d e lado.
Relação entre a resistência prismática e a resistência cúbica
Figura (9.2- b)
Resistência de corpos- de- prova cilíndricos com várias relações altura/ diâmetro (Jaegher )
Figura (9.2- c)
An al i san d o o s r esult ad os ob t i d os com os en sai o s d e corpos- de- prova ci l índ r i cos padroniza-
d os, pode- se adm it ir, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
em igualdade de outras condições, q u e o con cr et o da est rut ura t enh a a
r esist ência
Nos caso s d e i n vest i g ação ex p er i m en t al d a r esist ência do concr et o d e est r ut ur as ex ist ent es,
é possível proceder- se à ex t ração d e t est em u n h o s cilínd r icos por m ei o d e son d as rot at ivas, d e
acor d o co m os p r oced i m en t os est i p u l ad os p el a NBR 7680 44.
Figura (9.3- a)
4000
tnc exp 13,65-
273+ T(Atj) / T0
i= l
Par a ci m en t o s f ab r i cad o s d en t r o d as esp eci f i caçõ es d a Fib CEB- FIP), a Figura (9.3- b) ap r esen t a
o an d am en t o d as l ei s d e cr esci m en t o d a r esi st ên ci a co m a i d ad e, t en d o co m o r ef er ên ci a a resis-
t ên ci a ao s 28 d i as.
Crescim ento m édio da resistência com a idade, conform e a fib CEB- FIP46
Figura (9.3- b)
9.4zyxwvutsrqponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLKIHGFEDCBA
Redução da resist ência com a duração da carga
Ob ser va- se ex p er i m en t al m en t e q u e a r esi st ên ci a d o co n cr et o sob ação d e car g as d e l o n g a
d u r ação é m en o r q u e so b ef ei t o d e car r eg am en t o s r áp i d os.
AzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (9.4- a) m ost r a o t i p o d e r esu l t ad o s o b t i d o s por Rüsch 47 no est u d o d a i n f l u ên ci a d a
hi st ór i a d o car r eg am en t o so b r e a r esi st ên ci a d o co n cr et o . É i m p o r t an t e assi n al ar q u e ex i st e u m a
g r an d e d i f i cu l d ad e na r eal i z ação d e en sai o s d essa n at u r ez a, p o i s a al eat o r i ed ad e d a d ef o r m ação
por f l u ên cía t en d e a el i m i n ar a cen t r ag em d a car g a ap l i cad a, cen t r ag em essa q u e p r eci sa ser res-
t au r ad a p asso a p asso por m ei o d e d i sp o si t i vo s d e en sai o q u e p er m i t am m an t er a co m p r essão
u n i f o r m e d a seção t r an sver sal d u r an t e t od o o t em p o d e d u r ação d o en sai o .
t 0 = i d ad e d o co n cr et o no i n íci o d o car r eg am en t o
At = d u r ação d o car r eg am en t o
t = t 0 + At = i d ad e d o co n cr et o n o i n st an t e d a r up t ur a
f ( , = r esi st ên ci a d o co n cr et o no en sai o r áp i d o na i d ad e t = t 0 + At
N i m i t e de f luència
(o c< f cc. t = oo)
ENCURTAMENTO
DO CONCRETO
>
2 4 6 8 10 € c ( %o )
Influência da intensidade e da duração do carregam ent o sobre a deform ação do concreto (Rüsch)
Figura (9.4- b)
1. 0
V •
o—• — O A n T T 0.8
A' 0.75
«•-w o
O • - t o = 20 d i as
O
•a.
< o - t o = 56 d i as
0 .4
ec A - t o = 160 d i as
O
< • - t o = 448 d i as
0 .2
z
LU
At
3 m eses
o •
10 m i n 1h 6h 1 dia 7 d i as 28 d i as l an o
Figura (9.4- c)
Tam b ém d e m o d o t r ad i ci o n al , a r esi st ên ci a d o co n cr et o é d ef i n i d a ao s 28 d i as d e i d ad e,
ad m i t i n d o- se q u e o co n t r o l e sej a f ei t o por m ei o d o en sai o d e corpos- de- prova ci l ín d r i co s co m 15
cm d e d i âm et r o e 30 cm d e al t u r a.
W C,t = 28
t = t0 + At
1.3 xS
1.2
1.1 r -
1. 0 V
0.9 0 87 -
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0 .2
0 .1
0 IDADE REAL DO
14 @ 3 5 56 90100 500 1000 (3 anos) 10000 CONCRETO EM DIAS
CI M EN T O DE EN D URECI M EN T O N O RM AL
Figura (9.5- a)
Desse m od o, a r esist ência d o concr et o a ser co n si d er ad a no proj et o d as est rut uras d eve ter
o valor
Con si d er an d o a seg u r an ça em r el ação ao s est ados- lim it e últ im os, a r esi st ênci a d e r ef er ên ci a
d o concr et o val e en t ão
Lm = L = 0,85f al
sen d o
f _ í*
'cd ~
7c
Con si d er an d o o m o d el o ger al d a r esi st ênci a ã com p r essão d o s m at er i ai s est rut urais, a resis-
t ên ci a ef et i va d e cálculo p o d e ser ex pressa por
fcd,cff —
~ f 'led —
~ Kkm ot/
7m
LxwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
mod ~_ b mod,1 *mod,2
L L
*mod,3
Sen d o , en t ão ,
Em pr incípio, a af er i ção da r esi st ênci a d os corpos- de- prova será f eit a por m ei o d e en sai o s
rápidos, co m d u r ação d e cer ca d e 10 m inut os, r ealiz ad os ao s 28 dias d e i d ad e do concr et o.
Para consid er ar as d i f er en ças en t r e o con cr et o d a est rut ura e o con cr et os d os corpos- de- prova,
em prega- se um fat or d e m od i f i cação k mod , ex pr esso por
b xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
—b L
mod ~ mod,1 *mod,2 *mod,3
f —f — l ÍZYXLJHC
LL
'cd,cff ~ 'led ~ *m od
7m
sen d o en t ão
fck = 0.61- f Ck
e
Dessa m aneir a, q uand o se lida com est rut uras const r uídas com os p r oced im ent os profissionais
usuais, com os quais não se esp er a q u e ex ist am part es est rut urais com concret os an or m al m en t e
def icient es, os result ados d e t est em u n h os q u e i nd i q uem r esist ências an or m al m en t e baix as em
relação aos valor es esp er ad os d evem ser descar t ados, em vir t ud e da gr ande probabilidade d e
q u e el es sej am con seq ü ên ci a d e d an os provocados p elos p r oced im ent os em p r eg ad os durant e a
ex t ração ou ensai o dos t est em unhos.
Em bora não haj a norm alização a respeit o dos possíveis d anos pr ovocados pelas op er ações
d e ex t ração dos t est em unhos, j á há longo t em po admite- se q u e com isso o corpo- de- prova p od e
perder d e 5 % a 10% d e sua resist ência.
Nesse caso, a partir dos t est em u n h os d e concret o ex t raídos da obra, é preciso selecionar os
result ados j ulgad os válid os e, a partir do m enor d eles, est im ar um valor acei t ável para a resistên-
cia caract eríst ica do concret o da est rut ura.
dos ad m it id os com o válidos, sen d o K d ad o pela Tabela (8.5- a), do it em 8.5, conf or m e o resum o
a seguir indicado.
Valor es d e K a
Un i f o r m i d ad e
do con cr et o Ex cel en t e Usual
Coef i ci en t e d e
Variação 5 ( 0,10 0,15
Nú m er o d e 1 0 ,0 6 3 0,753
corpos- 2 0,884 0,820
de- prova 3 0,910 0,859
4 0,928 0,886
5 0,942 0,907
6 0,953 0,924
A resist ência d e cálculo do concret o da est rut ura será, ent ão, dada por
K X
f r r. ,i i ,m i n
c d .e f f ~ l ed ~ mod
Im
Nessa est im at iva, é ainda preciso dest acar a consid er ação d as d i m en sões d os t est em unhos
ensaiad os.
De acor d o com as invest igações d e Jager , realizadas na d écad a d e 1940 no IPT d e São Paulo,
com o em p r eg o d e corpos- de- prova cilíndricos com 15 cm d e diâm et ro e com dif er ent es alt uras,
q u an d o se em p r eg am corpos- de- prova com 30 cm d e alt ura é preciso adot ar o coef icient e parcial
d e m odif icação k nx x i l = 0,95 para se chegar à resist ência d o concr et o da est rut ura.
De acor d o com a NBR 768O50, a inf luência da r elação alt ura/ diâm et ro dos t est em unhos est á
est ab el eci d a em sua Tabela 1, a seguir t ranscrit a
h/ d Fator de correção a,
2,00 1,00
1/ 75 0,98
1,50 0,96
1,25 0,93
1,00 0,87
Consider ando t est em u n h os com r elações h/ d da or d em d e 1,25 a 1,50, o fator d e cor r eção a
ser em p r eg ad o t am b ém é da or d em d e 0,95, para a t ransf orm ação d os result ados ex perim ent ais
em val or es q u e seriam obt idos com t est em unhos com h/ d = 2,00.
Por outro lado, d e acor d o com Jager , para se obt er a resist ência do concret o da est rut ura a
partir da resist ência d e corpos- de- prova cilíndricos com d i m en sões d e 15 x 30 cent ím et ros, deve-
se em pr egar k nx x f l = 0,95.
Nessas cond i ções, para est im ar a resist ência caract eríst ica do concret o da est rut ura, a partir
d e t est em u n h os cilíndricos com relação h/ denue 1,25 e 1,50, os result ados ex perim ent ais d evem
ser m ult iplicados por a , . k nHx U = 0,95 x 0,95 = 0,90.
Desse m od o, em ig uald ad e d e out ras cond i ções, para a d et er m i nação da resist ência d e cál-
culo, d eve ser
donde
K X
f — í — n 91 •> '> '»'"
Tcd,ef ~ Tlcd ~ Ü> V'
7m
K X
f —f —n 72
cd ,vf ~ Icd ~ U> /Z
7m
7c2 = 7 c 3 =
ii =
Desse m o d o , co m a ex t ração d os corpos- de- prova d o con cr et o ex ist ent e, é p ossível consider ar
y c J = 1,2, yc2 = l,0e = 1,08, logo
Daí r esu l t an d o
p ar a est r u t u r as d e p o u ca i d ad e e
p ar a est r u t u r as an t i g as.
i erceira
Parte
Tópicos
referentes
ao estado limite
último de
compressão
do concreto
10. A t eor i zação do d im ensionam ent o
em r eg i m e de rupt ura
Nessas co n d i çõ es, m esm o nas p r ox im id ad es d e est ad o s lim it es últ im os d e solicit ações nor-
m ais, é preciso q u e se m an t en h a a i n t eg r i d ad e d as p eças em r el ação ao s est ad o s lim it es últ im os
d evi d o s a f orças cor t an t es e à t orção.
O d i m en si on am en t o em r eg i m e d e rupt ura das p eças est rut urais sob ação d e solicit ações tan-
g en ci ai s som en t e é possível q uand o se ob t ém um co n h eci m en t o sat isfat ório a respeit o dos me-
canism os d e rupt ura das p eças est rut urais à flex ão, um a vez q u e os m od el os resist ent es de t reliça
d evem ser com p at íveis com o q u e ocor r e com as t en sões nor m ais nas seçõ es t ransversais.
'C1.U
•7
Figura (10.2- a)
• € c c
Diferentes diagramas tensão- deformaçâo admitidos para o concreto com prim ido
Figura (10.2- b)
As d i f er en t es t eo r i as d e f lex ão p r o p o st as a part ir d esses d i ag r am as t en são - d ef o r m ação f o r am
r el aci o n ad as por Lan g en d o n ck 5 '.
Par a u m a vi são ab r an g en t e d a evo l u ção d essas i d éi as, anal i sam - se a seg u i r al g u m as d as teo-
rias cl ássi cas d o cál cu l o em r eg i m e d e r up t ur a.
a) Kazinczy (1933)
Ad m i t i n d o p eças d i t as su b ar m ad as, q u e são as q u e ch eg am ao esco am en t o d a ar m ad u r a d e
t r ação an t es d a r up t ur a d o co n cr et o co m p r i m i d o , Kaz i n cz v i J ad o t o u u m d i ag r am a r et ang ular d e
t en sõ es, co m t en são n a b or d a m ai s co m p r i m i d a i g u al à r esi st ên ci a à co m p r essão ob t i d a co m
corpos- de- prova ci l ín d r i co s; ver zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (10.2- c).
a ci , u = fc f.
J
71
a = — x
T* „ /
. 12
u
/
"7"
Rs = A s f y
Teoria de Kazinczy
Figura (10.2- c)
2x u 7
a = 2 2 3 12 X»
b) Bittner (1936)
Par a as t en sõ es d e co m p r essão n a seção t r an sver sal , Bit t ner 5 4 ad m i t i u u m d i ag r am a parábola-
r et ân g u l o . O t r ech o p ar ab ó l i co f oi ad m i t i d o at é a d ef o r m ação £ f ) = 1,5 x 10\ e o t r echo retan-
g u l ar at é a d ef o r m ação ú l t i m a £ f i, t o m ad a co m val o r es en t r e 3 x 10' e 7 x 10ver Figura
(10.2- d).
€ c1 u = 3 %o a 7 %o
4
X =xutsrponmlkifedcaMC
& a
—
Rc = a b x f c
Teoria de Bittner
Rc
a = = 0,833; 0,900; 0,927
bx-t
bx 2
Rc (x - a) ^ 0, 9bx - f c ( l - 0,45)x £
p r at i cam en t e i g u al ao q u e d eco r r er i a d o d i ag r am a u n i f o r m e d e t en sõ es C c .
c) Whit ney (1937)
Co n si d er an d o d i ag r am as t en sào - d ef o r m ação cu r vi l ín eo s, co m a p r esen ça d o r am o d escen-
d en t e, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (10.2- e), Wh i t n e y " ad m i t i u q u e el es p u d essem ser su b st i t u íd o s por d i ag r am as re-
t an g u l ar es d e m esm a r esu l t an t e. Tod avi a, co m o as p o si çõ es d as r esu l t an t es er am p r at i cam en t e
co i n ci d en t es, Wh i t n ey ad o t o u o s val o r es
ciM
a
= °> 8 5 f
c e ar.»/ ~ X /O
cal'*
4 °c m a x = f c ^
0 .8 5 f c
acal = x c al / 2
cal
x ef
Rc, cal - R c, ef
Ç x = 1 = 0,537
i n d ep en d en t em en t e d a q u al i d ad e d o co n cr et o .
°c1 , u = 3/ 4fc •
Rc = b x f c
Rs = V y
Figura (10.3- a)
_ d - x
co m
cr s= f y ou < ZYXLJHC
J[ = f y
d'
€ c1 * R'$ R' s = A ' s o ' s
Nessa ver são, er am ad m i t i d as as m esm as q uat r o h i p ót eses ant er i or es, acr escent ando- se ou-
tras t rês. Assim , f oi est ab el eci d a a seg u i n t e h i p ó t ese r ef er en t e ao concr et o:
Esta últ im a r est r ição f oi o início d e u m a sér i e d e t ent at ivas d e se est ab el ecer u m a t eoria g er al
d e cálculo no est ád i o III, q u e p u d esse ser em p r eg ad a i n co n d i ci o n al m en t e para qualquer f or m a
d e seção t r ansver sal e para q u ai sq u er co m b i n açõ es d e m o m en t o s fletores e f or ças norm ais, in-
cl u si ve na flex ão ob líq ua com p ost a. Est e ob j et i vo, p or ém , so m en t e f oi al can çad o m ais d e u m a
d écad a d ep oi s, co m acei t ação uni ver sal da t eoria g er al d e flex ão est ab el eci d a por Rüsch, ad i an t e
an al i sad a.
10.4 As condições t eóricas para a f orm ulação
de um a t eoria geral d e f lexão
As i d éi as essen ci ai s p ar a a f o r m u l ação d e u m a ver d ad ei r a t eo r i a g er al d e f lex ão d o co n cr et o
est r u t u r al em r eg i m e d e r up t ur a f o r am p el a p r i m ei r a vez cl ar am en t e co n si d er ad as d e f or m a glo-
bal no p l an ej am en t o d e en sai o s r eal i z ad o s por Rüsch 6 '.
AzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (10.4- a) r ep r o d u z d ad o s el ab o r ad o s por Mo g n est ad , j á d i vu l g ad o s en t r e n ó s há m u i t o
t em p o 6 2 , a r esp ei t o d o en cu r t am en t o ú l t i m o d o co n cr et o d a b o r d a m ai s co m p r i m i d a das seçõ es
f let id as.
€ C1 .U < 1 %0 >
6
SALIGER
3
DTZAEG
> f c (MPa)
7 14 21 28 35 42
Figura (10.4- a)
Par a en t en d er a ex i st ên ci a d e t ai s r esu l t ad o s co n t r ad i t ó r i o s, t o d o s el es o b t i d o s por pesquisa-
d o r es i d ô n eo s, co m o b em sal i en t ava Rü sch em su as au l as, é n ecessár i o escl ar ecer as seg u i n t es
i d éi as b ási cas:
A t = DURAÇÃO DO CARREGAMENTO
A t = DURAÇÃO DO ENSAIO
Figura (10.4- b)
€Cl,U °c1,u
d
— m —
x = £'d
/
y
/ m m m __
ct f c
,
H z
• 4-
/
/
€s
Figura (10.4- c)
Admita- se q u e o diagram a d e t en sões d e com p r essão fique def inido por m ei o d e 2 parâme-
tros: do coef icient e d e bloco (X, q u e d et er m ina a result ant e R^ e do parâm et ro q u e det erm ina
a posição da result ant e por m ei o da p r of und id ad e £'x .
Para sua solução, d evem ser ad m it id as out ras hip ót eses sim plif icadoras.
Nas t eorias an t er i or m en t e propost as, era sem p r e arbit rado o diagram a d e t ensões a , com o
q u e ficavam fix ados os valor es d e a e Um ex em plo dessa nat ureza é r ep r esent ad o pela hipó-
t ese do diagram a unif or m e das t ensões na região com p r im id a da seção t ransversal.
As i n coer ên ci as dessas t eor ias passavam d esp er ceb id as, pois os ensai os para com prová- las
er am sem p r e realizados com vigas subarm adas, com ar m ad ur a sim ples, subm et idas à flex ão
sim ples.
Com t ais ensaios, ocor r end o o escoam en t o da arm adura t racionada ant es da rupt ura do con-
cret o, d esap ar ece a inf luência da var iável 6 r f u n , não sen d o en t ão necessár io det erm inar o alon-
g am ent o £ s da arm adura.
Por out ro lado, na flex ão sim ples, com p eq u en as p r of und id ad es da linha neut ra, fica m uit o
am or t ecid a a inf luência das possíveis var i ações d e a e o q u e conduz à acei t ação cas m ais
var iadas hip ót eses quant o à f orm a do diagram a d e t ensões G ,
Um a t eoria geral da flex ão q u e possa perm it ir o cálculo sat isf at ório em r egim e d e ruptura, d e
q ualq uer seção t ransversal, subm et ida a quaisquer co m b i n açõ es d e solicit ações norm ais, d eve
port ant o est ar b asead a em ensai os d e flex ão com p ost a, sem q u e a ar m ad ur a com prim ida est ej a
em escoam ent o.
10.5 As condições de ensaio para a f orm ulação
de um a t eoria geral da f lexão
Os en sai o s n ecessár i o s ao est ab el eci m en t o d e u m a t eo r i a g er al d e f lex ão d o co n cr et o estru-
t ural d ev em r esp ei t ar as seg u i n t es co n d i çõ es:
Figura (10.5- a)
CORPO- DE-
PROVA DE
CONCRETO
Figura (10.5- b)
^ /
f0
y
V/ / / A
ESSSSSSSI
V/ / / / / / / X MÊL
Princípio d e funcionam ento da máquina d e Rasch (segundo Rüsch)
Figura (10.5- c)
11. O encurt am erit o últ im o do concret o
Diagram as tensão- deformação considerando o efeito das cargas d e longa duração (Rüsch)
Figura (11.1- a)
Tr ad i ci o n al m en t e, o s co n cr et o s t êm as r esi st ên ci as aval i ad as ao s 28 d i as d e i d ad e, p o i s é
essa a r esi st ên ci a esp eci f i cad a n o p r o j et o est r u t u r al . Esses val o r es são r ep r esen t ad o s p el o
sím b o l o í c2 8 .
No t e- se q u e a r esi st ên ci a o b t i d a n o en s ai o r áp i d o co m a v e l o c i d a d e d e d ef o r m aç ão d e zyxwvutsrqponm
1 x 7 0 ' 3 / m in co r r esp o n d e ao val o r d e f c 56 , sen d o m ai o r q u e a r esi st ên ci a- p ad r ão u su al f , 8 , u m a
vez q u e est es corpos- de- prova j á t i n h am a i d ad e d e 56 d i as n o i n íci o d o car r eg am en t o .
Det erm inação das tensões efetivas em uma seção transversal fletida, cuja borda mais
com prim ida t em a deform ação £ , = 5 x 10'*, para a duração do carregam ent o d e 1 hora
Figura (11.2- a)
Diagrama d e tensões efetivas na seção transversal para diferentes velocidades de carregam ento
Figura (11.2- b)
N = R(- AS* Í
Ms= bx - af c (d - £ ' x )
M,
ih xwutsrponmligfedcaXUTSPMLHFECBA
=
bd f
2
5
f MS =
Mc Ac í
bd 2 f.
DURAÇÃO A t = CONSTANTE
%J
t/í
ec
o
S
<
<3 •
T
szyxwvutsrqponmljihgfedcbaZXVUTSRQPONMLKIHGFEDCBA
§
u I
* € c1 (6%o)
Det erm inação do encurt am ent o último para uma dada velocidade d e carregam ent o
Figura (11.3- a)
Se essa seção t r an sver sal f o sse a seção cr ít ica d e u m a p eça est r u t u r al su b m et i d a a u m carre-
g am en t o cr escen t e, a cad a val o r d e ji^ ap l i cad o n as co n d i çõ es esp eci f i cad as p ar a x ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
At, corres-
p o n d er i a u m a d ef o r m ação ex t r em a £ c l , d ad a por est e d i ag r am a d a Figura (11.3- a).
A t = 1 ano
0.27
0. 26
0.25
Determ inação do encurt am ent o último considerando diferentes velocidades d e carregam ent o
Figura (11.3- b)
2x10 xutsrponmlkifedcaMC
3 < €cí u < 5x 10'3
INTERVALO DE
Intervalo d e variação geral do encurt am ent o último no caso da seção apenas parcialm ente comprimida
Figura (11.4- a)
€ c 1 u = 3,0%» = 3,8 %o
= 4.8 %o i o
Figura (12.1- b)
r et ângulo.
A t = 1 hora
* € c ( %o )
Na invest igação r ealizada por Rüsch, f oi ad o t ad o o crit ério prát ico d e se considerar o diagr am a d e
d ef o r m açõ es no m ei o d o p er íod o d e car r eg am en t o, o u sej a, o d i ag r am a na i d ad ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVU
t 0 + At/ 2. Co m
est e cr i t ér i o o s d i f er en t es corpos- de- prova d ever i am ch eg ar à r up t ur a p r at i cam en t e na m esm a
i d ad e t 0 + At.
f c 5 6 = 35 MPa f c 5 6 = 35 MPa
Figura (12.4- a)
íf c t ,\ =0
'c c ,\ =0 ~~ 4c ,A
Ad m i t i n d o- se en t ão q u e sej a G ( l u = ( a x = 0 , e co n h ecen d o - se a p o si ção d a l i n h a neut r a, é pos-
sível , por m ei o d e t en t at i vas, d et er m i n ar o d i ag r am a d e t en sõ es na seção t r ansver sal , co m o se
m o st r a e m l i n h a p o n t i l h ad a nazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Figura (12.4- a).
2%o 3,5%o
Hi p ó t eses d a t eo r i a g er al d e f l ex ão
Figura (13.1- a)
O ch am ad o est ad o l i m i t e ú l t i m o d e r u p t u r a d o co n cr et o co m p r i m i d o é, d e f at o, u m
est ad o - l i m i t e ú l t i m o d e en cu r t am en t o ú l t i m o co n ven ci o n al . O val o r d o en cu r t am en t o últi-
mo £ lu = 3,5x 1V3 n ão d eco r r eu d e m ed i d as d i r et am en t e o b t i d as em en sai o s d e r up t ur a d e
p eças f l et i d as. Em u m en sai o cie f l ex ão n em é p o ssível d et er m i n ar o q u e ser i a o valor d o
en cu r t am en t o co r r esp o n d en t e à r u p t u r a, p ois, n as p r o x i m i d ad es d a r up t ur a d a p eça, ex i st em
f en ô m en o s d e i n t en sa m i cr o f i ssu r ação e d e r áp i d a f l u ên ci a d o co n cr et o . Co m o f oi vi st o, o s
val o r £ r f (j = 3,5 x 10 3 e £ f f u = 2,0 x 10 3 ad o t ad o s r ep r esen t am ap en as val o r es m éd i os razoá-
vei s.
D) Para efeito de verificação da segurança, admite- se que, no estado limite último de ruptura,
a máx ima tensão de compressão atuante na seção transversal seja iguala 0,85 da resistên-
cia de cálculo do concreto.
O coef i ci en t e d e r ed u ção 0,85 leva em cont a o t am an h o d o corpo- de- prova d e cont r ole, a
i d ad e co m q u e se cont r ola a r esist ência e o ef ei t o d el et ér i o d as car gas d e long a duraçãD.
Est e co ef i ci en t e 0,85 n ão d eve, p or t ant o, ser int er p r et ad o co m o um n ovo coef i ci ent e parcial
d e seg u r an ça, da m esm a nat ur ez a q u e o co ef i ci en t e Jc d e m i n or ação da r esist ência d o concr et o.
Ele é um sim p les co ef i ci en t e d e m od i f i cação (k m J q u e cor r i g e cer t as i m p r eci sões ex ist ent es na
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Co n si d er an d o q u e a r esi st ên ci a m ecân i ca d o co n cr et o co n st i t u i el em en t o
essen ci al d e g ar an t i a d a q u al i d ad e d a est r u t u r a, são escl ar eci d o s co n cei t o s
essen ci ai s a o co n t r o l e d a r esi st ên ci a p o r m ei o d e corpos- de- prova ci l ín d r i co s
c o m 18 cm x 30 cm , ao s 28 d i as d e i d ad e. O livr o d i scu t e o q u e si g n i f i cam
esses r esu l t ad o s e c o m o são i n t eg r ad o s à f o r m u l ação d e u m a t eo r i a g er al d e
f l ex ão e m r eg i m e d e r u p t u r a d o co n cr et o .