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Técnico – Apoio Técnico-Administrativo

Legislação Aplicada ao MPU e


ao CNMP
Prof. Pedro Kuhn
Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP

Professor Pedro Kuhn

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Edital

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP:1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica
do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Mi-
nistério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 Os
vários Ministérios Públicos. 1.6 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura
e procedimento de destituição. 1.7 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria,
garantias, prerrogativas e vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1
Composição. 2.2 Atribuições constitucionais.

BANCA: Cespe
CARGO: Técnico do MPU – Apoio Técnico-Administrativo – Administração

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Legislação Aplicada ao MPU e CNMP

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

CAPÍTULO IV acordo com os limites estipulados na forma


DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA do § 3º.
§ 5º Se a proposta orçamentária de que tra-
Seção I ta este artigo for encaminhada em desacor-
DO MINISTÉRIO PÚBLICO do com os limites estipulados na forma do
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajus-
Art. 127. O Ministério Público é instituição per- tes necessários para fins de consolidação da
manente, essencial à função jurisdicional do proposta orçamentária anual.
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem ju-
rídica, do regime democrático e dos interesses § 6º Durante a execução orçamentária do
sociais e individuais indisponíveis. exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que
§ 1º São princípios institucionais do Minis- extrapolem os limites estabelecidos na lei
tério Público a unidade, a indivisibilidade e de diretrizes orçamentárias, exceto se pre-
a independência funcional. viamente autorizadas, mediante a abertura
de créditos suplementares ou especiais.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada au-
tonomia funcional e administrativa, poden- Art. 128. O Ministério Público abrange:
do, observado o disposto no art. 169, pro-
por ao Poder Legislativo a criação e extinção I – o Ministério Público da União, que com-
de seus cargos e serviços auxiliares, proven- preende:
do-os por concurso público de provas ou de a) o Ministério Público Federal;
provas e títulos, a política remuneratória e
os planos de carreira; a lei disporá sobre sua b) o Ministério Público do Trabalho;
organização e funcionamento.
c) o Ministério Público Militar;
§ 3º O Ministério Público elaborará sua pro-
d) o Ministério Público do Distrito Federal e
posta orçamentária dentro dos limites esta-
Territórios;
belecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
II – os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar
a respectiva proposta orçamentária dentro § 1º O Ministério Público da União tem por
do prazo estabelecido na lei de diretrizes chefe o Procurador-Geral da República, no-
orçamentárias, o Poder Executivo conside- meado pelo Presidente da República dentre
rará, para fins de consolidação da proposta integrantes da carreira, maiores de trinta e
orçamentária anual, os valores aprovados cinco anos, após a aprovação de seu nome
na lei orçamentária vigente, ajustados de pela maioria absoluta dos membros do Se-

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nado Federal, para mandato de dois anos, b) exercer a advocacia;
permitida a recondução.
c) participar de sociedade comercial, na for-
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da ma da lei;
República, por iniciativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de autori- d) exercer, ainda que em disponibilidade,
zação da maioria absoluta do Senado Fede- qualquer outra função pública, salvo uma
ral. de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
§o 3º
do Os Ministérios
Distrito FederalPúblicos dos Estados
e Territórios e
formarão f) receber, a qualquer título ou pretexto,
lista tríplice dentre integrantes da carreira, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
na forma da lei respectiva, para escolha de entidades públicas ou privadas, ressalvadas
seu Procurador-Geral, que será nomeado as exceções previstas em lei.
pelo Chefe do Poder Executivo, para manda-
to de dois anos, permitida uma recondução. § 6º Aplica-se aos membros do Ministério
Público o disposto no art. 95, parágrafo úni-
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e co, V.
no Distrito Federal e Territórios poderão ser
destituídos por deliberação da maioria ab- Art. 129. São funções institucionais do Ministé-
soluta do Poder Legislativo, na forma da lei rio Público:
complementar respectiva.
I – promover, privativamente, a ação penal
§ 5º Leis complementares da União e dos pública, na forma da lei;
Estados, cuja iniciativa é facultada aos res-
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
pectivos Procuradores-Gerais,
rão a organização, as atribuiçõesestabelece-
e o estatu- Públicos e dos serviços de relevância públi-
ca aos direitos assegurados nesta Constitui-
to de cada Ministério Público, observadas, ção, promovendo as medidas necessárias a
relativamente a seus membros: sua garantia;
I – as seguintes garantias: III – promover o inquérito civil e a ação civil
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, pública, para a proteção do patrimônio pú-
não podendo perder o cargo senão por sen- blico e social, do meio ambiente e de outros
tença judicial transitada em julgado; interesses difusos e coletivos;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de in- IV – promover a ação de inconstitucionali-


teresse público, mediante decisão do órgão dade ou representação para fins de inter-
colegiado competente do Ministério Públi- venção da União e dos Estados, nos casos
co, pelo voto da maioria absoluta de seus previstos nesta Constituição;
membros, assegurada ampla defesa; V – defender judicialmente os direitos e in-
teresses das populações indígenas;
c)
mairredutibilidade
do art. 39, § 4º,dee subsídio,
ressalvadofixado na for-
o disposto
VI – expedir notificações nos procedimen-
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, §
tos administrativos de sua competência, re-
2º, I;
quisitando informações e documentos para
II – as seguintes vedações: instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
a) receber, a qualquer título e sob qualquer
pretexto, honorários, percentagens ou cus-
tas processuais;

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VII – exercer o controle externo da ativida- Senado Federal, para um mandato de dois anos,
de policial, na forma da lei complementar admitida uma recondução, sendo:
mencionada no artigo anterior;
I – o Procurador-Geral da República, que o
VIII – requisitar diligências investigatórias e preside;
a instauração de inquérito policial, indica-
dos os fundamentos jurídicos de suas mani- II – quatro membros do Ministério Público
festações processuais; da União, assegurada a representação de
cada uma de suas carreiras;
IX – exercerdesde
conferidas, outrasque
funções que lhe
compatíveis forem
com sua III – três membros do Ministério Público dos
finalidade, sendo-lhe vedada a representa- Estados;
ção judicial e a consultoria jurídica de enti- IV – dois juízes, indicados um pelo Supremo
dades públicas. Tribunal Federal e outro pelo Superior Tri-
§ 1º A legitimação do Ministério Público bunal de Justiça;
para as ações civis previstas neste artigo V – dois advogados, indicados pelo Conse-
não impede a de terceiros, nas mesmas hi- lho Federal da Ordem dos Advogados do
póteses, segundo o disposto nesta Consti- Brasil;
tuição e na lei.
VI – dois cidadãos de notável saber jurídico
§ 2º As funções do Ministério Público só po- e reputação ilibada, indicados um pela Câ-
dem ser exercidas por integrantes da carrei- mara dos Deputados e outro pelo Senado
ra, que deverão residir na comarca da res- Federal.
pectiva lotação, salvo autorização do chefe
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do
da instituição. Ministério Público serão indicados pelos
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério respectivos Ministérios Públicos, na forma
Público far-se-á mediante concurso público da lei.
de provas e títulos, assegurada a participa-
ção da Ordem dos Advogados do Brasil em § 2º Compete ao Conselho Nacional do Mi-
sua realização, exigindo-se do bacharel em nistério Público o controle da atuação admi-
direito, no mínimo, três anos de atividade nistrativa e financeira do Ministério Público
jurídica e observando-se, nas nomeações, a e do cumprimento dos deveres funcionais
ordem de classificação. de seus membros, cabendo-lhe:

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que I – zelar pela autonomia funcional e admi-


couber, o disposto no art. 93. nistrativa do Ministério Público, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de
§ 5º A distribuição de processos no Ministé- sua competência, ou recomendar providên-
rio Público será imediata. cias;

Art.
junto130. Aos membros
aos Tribunais do Ministério
de Contas aplicam-sePúblico
as dis- II – zelar pela observância do art. 37 e apre-
ciar, de ofício ou mediante provocação, a
posições desta seção pertinentes a direitos, ve- legalidade dos atos administrativos pratica-
dações e forma de investidura. dos por membros ou órgãos do Ministério
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público da União e dos Estados, podendo
Público compõe-se de quatorze membros no- desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
meados pelo Presidente da República, depois que se adotem as providências necessárias
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo
da competência dos Tribunais de Contas;

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III – receber e conhecer das reclamações -lhe, além das atribuições que lhe forem
contra membros ou órgãos do Ministério conferidas pela lei, as seguintes:
Público da União ou dos Estados, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo I – receber reclamações e denúncias, de
da competência disciplinar e correicional da qualquer interessado, relativas aos mem-
instituição, podendo avocar processos dis- bros do Ministério Público e dos seus servi-
ciplinares em curso, determinar a remoção, ços auxiliares;
a disponibilidade ou a aposentadoria com II – exercer funções executivas do Conselho,
subsídios
tempo de ou proventos
serviço proporcionais
e aplicar ao
outras sanções de inspeção e correição geral;
administrativas, assegurada ampla defesa; III – requisitar e designar membros do Mi-
nistério Público, delegando-lhes atribui-
IV – rever, de ofício ou mediante provoca- ções, e requisitar servidores de órgãos do
ção, os processos disciplinares de membros Ministério Público.
do Ministério Público da União ou dos Esta-
dos julgados há menos de um ano; § 4º O Presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil oficiará jun-
V – elaborar relatório anual, propondo as to ao Conselho.
providências que julgar necessárias sobre a
situação do Ministério Público no País e as § 5º Leis da União e dos Estados criarão ou-
atividades do Conselho, o qual deve inte- vidorias do Ministério Público, competentes
grar a mensagem prevista no art. 84, XI. para receber reclamações e denúncias de
qualquer interessado contra membros ou
§ 3º O Conselho escolherá, em votação se- órgãos do Ministério Público, inclusive con-
creta, um Corregedor nacional, dentre os tra seus serviços auxiliares, representando
membros do Ministério Público que o inte- diretamente ao Conselho Nacional do Mi-
gram, vedada a recondução, competindo- nistério Público.

RESUMO INDISPENSÁVEL

1. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS membros não ficam vinculados aos proces-


DO MINISTÉRIO PÚBLICO. sos que atuam.
1.3 – INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – re-
1.1 – UNIDADE – O Ministério Público pos- laciona-se à autonomia de convicção, pois
sui divisão meramente funcional, atuando
sempre como se fosse uma instituição úni- promotores e procuradores
da maneira que podem agir
melhor entenderem, não
ca, os membros integram um só órgão. estão subordinados a quem quer que seja
1.2 – INDIVISIBILIDADE – Os membros do neste aspecto funcional. submetem-se ape-
Ministério Público que agem em nome da nas em caráter administrativo ao Chefe da
Instituição e não por eles mesmos, por isso Instituição.
a possibilidade de um membro substituir o
outro, dentro da mesma função, sem que
com isso haja qualquer disparidade. Os

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2. AUTONOMIAS CONSTITUCIO- 3. GARANTIAS CONSTITUCIONAIS


NAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO
PÚBLICO
2.1 – AUTONOMIA FUNCIONAL – Diferen-
te da INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL a auto- 3.1 – INAMOVIBILIDADE – salvo por motivo
nomia funcional não serve para o procura- de interesse público, mediante decisão do
dor fazer o que bem quiser, mas para que órgão colegiado competente do Ministério
o Ministério Público – cuja a função é de- Público, pelo voto da maioria absoluta de
fender a leiao
permissão – possa agir sem
presidente da precisar pedir
República (ou seus membros, assegurada ampla defesa.
governador, no caso do Ministério Público 3.2 – IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO –
Estadual). Isso porque ele está subordina- Como o próprio nome diz os subsídios dos
do àquele poder (o Ministério Público é o membros são irredutíveis estando porém,
que chamamos de órgão apêndice do po- sujeitos aos impostos gerais.
der Executivo). Se o Ministério Público não 3.3 – VITALICIEDADE – após dois anos de
tivesse a autonomia funcional ele ficaria im-
exercício, não podendo perder o cargo se-
possibilitado de exercer suas funções já que não por sentença judicial transitada em jul-
boa parte das ações que ele move são con- gado;
tra o próprio poder Executivo, quando sus-
peita que este possa ter desrespeitado a lei.
É a liberdade que o Ministério Público tem,
enquanto instituição, em face de outros ór- 4. VEDAÇÕES CONSTIUCIONAIS
gãos ou instituições do Estado – Ver Constuição Federal argo
128 §5º inciso II.
2.2 – ADMINISTRATIVA – A autonomia ad-
ministrativa manifesta-se no exercício dos
atos de sua atividade-meio, ou seja, consis-
te na possibilidade de o Ministério Público 5. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO
praticar livremente, apenas subordinado à MINISTÉRIO PÚBLICO – Ver Cons-
lei, os atos próprios de gestão administra- tuição Federal argo 129.
tiva da própria instituição (provimento de
seus cargos e serviços auxiliares; iniciativa
de lei; contratar, licitar e efetuar a adminis-
tração geral da própria instituição). Como 6. CONSELHO NACIONAL DO MI-
exemplo dessa autonomia podemos citar as NISTÉRIO PÚBLICO
mencionadas no artigo 109 da Constituição
do Estado do RS. 6.1 – COMPOSIÇÃO

→ CUIDADO!! Os atos decorrentes de sua 6.2 – COMPETÊNCIA


autonomia administrativa têm eficácia ple-
na e executoriedade imediata. Matéria regulada no artigo 130-A da Consti-
tuição Federal.
2.3 – FINANCEIRA – O Ministério Público
elaborará sua proposta orçamentária den-
tro dos limites estabelecidos na lei de dire-
trizes orçamentárias, ou seja, a autonomia
financeira possui os limites da Lei.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 20 DE MAIO DE 1993

Dispõe sobre a organização, as atribuições e o c) a prevenção e a correção de ilegalidade


estatuto do Ministério Público da União. ou de abuso de poder;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o d) a indisponibilidade da persecução penal;
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte lei complementar: e) a competência dos órgãos incumbidos da
segurança pública.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 4º São princípios institucionais do Ministé-
rio Público da União a unidade, a indivisibilida-
de e a independência funcional.
TÍTULO I
Art. 5º São funções institucionais do Ministério
Das Disposições Gerais Público da União:
I – a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático, dos interesses sociais e dos
CAPÍTULO I interesses individuais indisponíveis, consi-
derados, dentre outros, os seguintes funda-
DA DEFINIÇÃO, DOS PRINCÍPIOS E mentos e princípios:
DAS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS
a) a soberania e a representatividade popu-
Art. 1º O Ministério Público da União, organi- lar;
zado por esta lei Complementar, é instituição b) os direitos políticos;
permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurí- c) os objetivos fundamentais da República
dica, do regime democrático, dos interesses so- Federativa do Brasil;
ciais e dos interesses individuais indisponíveis.
d) a indissolubilidade da União;
Art. 2º Incumbem ao Ministério Público as me-
didas necessárias para garantir o respeito dos e) a independência e a harmonia dos Pode-
Poderes Públicos e dos serviços de relevância res da União;
pública aos direitos assegurados pela Constitui- f) a autonomia dos Estados, do Distrito Fe-
ção Federal. deral e dos Municípios;
Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o g) as vedações impostas à União, aos Esta-
controle externo da atividade policial tendo em dos, ao Distrito Federal e aos Municípios;
vista:
h) a legalidade, a impessoalidade, a morali-
a) o respeito de
Democrático aosDireito,
fundamentos do Estado
aos objetivos fun- dade e a publicidade, relativas à administra-
ção pública direta, indireta ou fundacional,
damentais da República Federativa do Bra- de qualquer dos Poderes da União;
sil, aos princípios informadores das relações
internacionais, bem como aos direitos asse- II – zelar pela observância dos princípios
gurados na Constituição Federal e na lei; constitucionais relativos:
b) a preservação da ordem pública, da inco- a) ao sistema tributário, às limitações do
lumidade das pessoas e do patrimônio pú- poder de tributar, à repartição do poder im-
blico;

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positivo e das receitas tributárias e aos di- princípios e competências da Instituição,


reitos do contribuinte; bem como pelo livre exercício de suas fun-
ções.
b) às finanças públicas;
§ 2º Somente a lei poderá especificar as
c) à atividade econômica, à política urbana, funções atribuídas pela Constituição Fede-
agrícola, fundiária e de reforma agrária e ao ral e por esta Lei Complementar ao Ministé-
sistema financeiro nacional; rio Público da União, observados os princí-
d) à seguridade social, à educação, à cultura pios e normas nelas estabelecidos.
e ao desporto, à ciência e à tecnologia, à co-
municação social e ao meio ambiente;
e) à segurança pública; CAPÍTULO II
III – a defesa dos seguintes bens e interes- DOS INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO
ses:
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
a) o patrimônio nacional;
I – promover a ação direta de inconstitucio-
b) o patrimônio público e social; nalidade e o respectivo pedido de medida
cautelar;
c) o patrimônio cultural brasileiro;
II – promover a ação direta de inconstitucio-
d) o meio ambiente; nalidade por omissão;
e) os direitos e interesses coletivos, espe- III – promover a argüição de descumpri-
cialmente das comunidades indígenas, da mento de preceito fundamental decorrente
família, da criança, do adolescente e do ido- da Constituição Federal;
so;
IV – promover a representação para inter-
IV – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes venção federal nos Estados e no Distrito Fe-
Públicos da União, dos serviços de relevân- deral;
cia pública e dos meios de comunicação
social aos princípios, garantias, condições, V – promover, privativamente, a ação penal
direitos, deveres e vedações previstos na pública, na forma da lei;
Constituição Federal e na lei, relativos à co-
VI – impetrar habeas corpus e mandado de
municação social;
segurança;
V – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
VII – promover o inquérito civil e a ação civil
Públicos da União e dos serviços de relevân-
pública para:
cia pública quanto:
a) a proteção dos direitos constitucionais;
a) aos direitos assegurados na Constituição
Federal
saúde e àrelativos às ações e aos serviços de
educação; b)
cial,a do
proteção do patrimônio
meio ambiente, público
dos bens e so-
e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turísti-
b) aos princípios da legalidade, da impesso-
co e paisagístico;
alidade, da moralidade e da publicidade;
c) a proteção dos interesses individuais in-
VI – exercer outras funções previstas na
disponíveis, difusos e coletivos, relativos às
Constituição Federal e na lei.
comunidades indígenas, à família, à criança,
§ 1º Os órgãos do Ministério Público da ao adolescente, ao idoso, às minorias étni-
União devem zelar pela observância dos cas e ao consumidor;

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d) outros interesses individuais indisponí- g) ao meio ambiente;
veis, homogêneos, sociais, difusos e coleti-
vos; XV – manifestar-se em qualquer fase dos
processos, acolhendo solicitação do juiz ou
VIII – promover outras ações, nelas incluído por sua iniciativa, quando entender existen-
o mandado de injunção sempre que a falta te interesse em causa que justifique a inter-
de norma regulamentadora torne inviável venção;
o exercício dos direitos e liberdades cons-
titucionais e das prerrogativas inerentes à XVI – (Vetado);
nacionalidade, à soberania e à cidadania, XVII – propor as ações cabíveis para:
quando difusos os interesses a serem pro-
tegidos; a) perda ou suspensão de direitos políticos,
nos casos previstos na Constituição Federal;
IX – promover ação visando ao cancelamen-
to de naturalização, em virtude de atividade b) declaração de nulidade de atos ou con-
nociva ao interesse nacional; tratos geradores do endividamento externo
da União, de suas autarquias, fundações e
X – promover a responsabilidade dos execu- demais entidades controladas pelo Poder
tores ou agentes do estado de defesa ou do Público Federal, ou com repercussão direta
estado de sítio, pelos ilícitos cometidos no ou indireta em suas finanças;
período de sua duração;
c) dissolução compulsória de associações,
XI – defender judicialmente os direitos e inclusive de partidos políticos, nos casos
interesses das populações indígenas, inclu- previstos na Constituição Federal;
ídos os relativos às terras por elas tradicio-
d) cancelamento de concessão ou de per-
nalmente
bíveis; habitadas, propondo as ações ca- missão, nos casos previstos na Constituição
Federal;
XII – propor ação civil coletiva para defesa
de interesses individuais homogêneos; e) declaração de nulidade de cláusula con-
tratual que contrarie direito do consumidor;
XIII – propor ações de responsabilidade do
fornecedor de produtos e serviços; XVIII – representar;

XIV – promover outras ações necessárias ao a) ao órgão judicial competente para quebra
exercício de suas funções institucionais, em de sigilo da correspondência e das comuni-
defesa da ordem jurídica, do regime demo- cações telegráficas, de dados e das comuni-
crático e dos interesses sociais e individuais cações telefônicas, para fins de investigação
indisponíveis, especialmente quanto: criminal ou instrução processual penal, bem
como manifestar-se sobre representação a
a) ao Estado de Direito e às instituições de- ele dirigida para os mesmos fins;
mocráticas;
b) ao Congresso Nacional, visando ao exer-
b) à ordem econômica e financeira; cício das competências deste ou de qual-
c) à ordem social; quer de suas Casas ou comissões;

d) ao patrimônio cultural brasileiro; c) ao Tribunal de Contas da União, visando


ao exercício das competências deste;
e) à manifestação de pensamento, de cria-
ção, de expressão ou de informação; d) ao órgão judicial competente, visando à
aplicação de penalidade por infrações co-
f) à probidade administrativa; metidas contra as normas de proteção à

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infância e à juventude, sem prejuízo da pro- III – requisitar à autoridade competente a


moção da responsabilidade civil e penal do instauração de procedimentos administrati-
infrator, quando cabível; vos, ressalvados os de natureza disciplinar,
podendo acompanhá-los e produzir provas.
XIX – promover a responsabilidade:
Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o
a) da autoridade competente, pelo não Ministério Público da União poderá, nos proce-
exercício das incumbências, constitucional dimentos de sua competência:
e legalmente impostas ao Poder Público da
União, em defesa
preservação do meio
e de sua ambiente, de sua
recuperação; Icondução
– notificar testemunhas
coercitiva, e requisitar
no caso sua
de ausência
injustificada;
b) de pessoas físicas ou jurídicas, em razão
da prática de atividade lesiva ao meio am- II – requisitar informações, exames, perícias
biente, tendo em vista a aplicação de san- e documentos de autoridades da Adminis-
ções penais e a reparação dos danos causa- tração Pública direta ou indireta;
dos;
III – requisitar da Administração Pública
XX – expedir recomendações, visando à me- serviços temporários de seus servidores e
lhoria dos serviços públicos e de relevância meios materiais necessários para a realiza-
pública, bem como ao respeito, aos inte- ção de atividades específicas;
resses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe
promover, fixando prazo razoável para a IV – requisitar informações e documentos a
adoção das providências cabíveis. entidades privadas;

§ 1º Será assegurada a participação do Mi- V – realizar inspeções e diligências investi-


nistério Público da União, como instituição gatórias;
observadora, na forma e nas condições es- VI – ter livre acesso a qualquer local público
tabelecidas em ato do Procurador-Geral da ou privado, respeitadas as normas constitu-
República, em qualquer órgão da adminis- cionais pertinentes à inviolabilidade do do-
tração pública direta, indireta ou fundacio- micílio;
nal da União, que tenha atribuições correla-
tas às funções da Instituição. VII – expedir notificações e intimações ne-
cessárias aos procedimentos e inquéritos
§ 2º A lei assegurará a participação do Mi- que instaurar;
nistério Público da União nos órgãos cole-
giados estatais, federais ou do Distrito Fe- VIII – ter acesso incondicional a qualquer
deral, constituídos para defesa de direitos e banco de dados de caráter público ou relati-
interesses relacionados com as funções da vo a serviço de relevância pública;
Instituição. IX – requisitar o auxílio de força policial.
Art. 7º Incumbe ao Ministério Público da União,
§ 1º O membro do Ministério Público será
sempre que necessário ao exercício de suas fun- civil e criminalmente responsável pelo uso
ções institucionais:
indevido das informações e documentos
I – instaurar inquérito civil e outros procedi- que requisitar; a ação penal, na hipótese,
mentos administrativos correlatos; poderá ser proposta também pelo ofendi-
do, subsidiariamente, na forma da lei pro-
II – requisitar diligências investigatórias e a cessual penal.
instauração de inquérito policial e de inqué-
rito policial militar, podendo acompanhá- § 2º Nenhuma autoridade poderá opor ao
-los e apresentar provas; Ministério Público, sob qualquer pretexto,

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a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsis- omissão indevida, ou para prevenir ou cor-
tência do caráter sigiloso da informação, do rigir ilegalidade ou abuso de poder;
registro, do dado ou do documento que lhe
seja fornecido. IV – requisitar à autoridade competente
para instauração de inquérito policial sobre
§ 3º A falta injustificada e o retardamento a omissão ou fato ilícito ocorrido no exercí-
indevido do cumprimento das requisições cio da atividade policial;
do Ministério Público implicarão a respon-
sabilidade de quem lhe der causa. V – promover a ação penal por abuso de po-

§ 4º As correspondências, notificações, re- der.


quisições e intimações do Ministério Pú- Art. 10. A prisão de qualquer pessoa, por par-
blico quando tiverem como destinatário o te de autoridade federal ou do Distrito Federal
Presidente da República, o Vice-Presidente e Territórios, deverá ser comunicada imediata-
da República, membro do Congresso Nacio- mente ao Ministério Público competente, com
nal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, indicação do lugar onde se encontra o preso e
Ministro de Estado, Ministro de Tribunal cópia dos documentos comprobatórios da lega-
Superior, Ministro do Tribunal de Contas da lidade da prisão.
União ou chefe de missão diplomática de
caráter permanente serão encaminhadas e
levadas a efeito pelo Procurador-Geral da
CAPÍTULO IV
República ou outro órgão do Ministério Pú-
blico a quem essa atribuição seja delegada, DA DEFESA DOS DIREITOS
cabendo às autoridades mencionadas fixar CONSTITUCIONAIS
data, hora e local em que puderem ser ouvi-
das, se for o caso. Art. 11. A defesa dos direitos constitucionais do
cidadão visa à garantia do seu efetivo respeito
§ 5º As requisições do Ministério Público se- pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de
rão feitas fixando-se prazo razoável de até serviços de relevância pública.
dez dias úteis para atendimento, prorrogá-
vel mediante solicitação justificada. Art. 12. O Procurador dos Direitos do Cidadão
agirá de ofício ou mediante representação, no-
tificando a autoridade questionada para que
preste informação, no prazo que assinar.
CAPÍTULO III Art. 13. Recebidas ou não as informações e ins-
DO CONTROLE EXTERNO DA truído o caso, se o Procurador dos Direitos do
ATIVIDADE POLICIAL Cidadão concluir que direitos constitucionais fo-
ram ou estão sendo desrespeitados, deverá no-
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o tificar o responsável para que tome as providên-
controle externo da atividade policial por meio cias necessárias a prevenir a repetição ou que
de medidas judiciais e extrajudiciais podendo: determine a cessação do desrespeito verificado.
I – ter livre ingresso em estabelecimentos Art. 14. Não atendida, no prazo devido, a notifi-
policiais ou prisionais; cação prevista no artigo anterior, a Procuradoria
II – ter acesso a quaisquer documentos rela- dos Direitos do Cidadão representará ao poder
tivos à atividade-fim policial; ou autoridade competente para promover a
responsabilidade pela ação ou omissão incons-
III – representar à autoridade competente titucionais.
pela adoção de providências para sanar a

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Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos di- b) usar vestes talares;
reitos constitucionais do cidadão promover em
juízo a defesa de direitos individuais lesados. c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de
serviço, em qualquer recinto público ou pri-
§ 1º Quando a legitimidade para a ação de- vado, respeitada a garantia constitucional
corrente da inobservância da Constituição da inviolabilidade do domicílio;
Federal, verificada pela Procuradoria, cou-
ber a outro órgão do Ministério Público, os d) a prioridade em qualquer serviço de
elementos de informação ser-lhe-ão reme- transporte ou comunicação, público ou
tidos. privado, nocaráter
serviço de território nacional, quando em
urgente;
§ 2º Sempre que o titular do direito lesado
não puder constituir advogado e a ação ca- e) o porte de arma, independentemente de
bível não incumbir ao Ministério Público, o autorização;
caso, com os elementos colhidos, será enca- f) carteira de identidade especial, de acordo
minhado à Defensoria Pública competente. com modelo aprovado pelo Procurador-Ge-
Art. 16. A lei regulará os procedimentos da atu- ral da República e por ele expedida, nela se
ação do Ministério Público na defesa dos direi- consignando as prerrogativas constantes do
tos constitucionais do cidadão. inciso I, alíneas c, d e e do inciso II, alíneas d,
e e f, deste artigo;
II – processuais:
CAPÍTULO V a) do Procurador-Geral da República, ser
DAS GARANTIAS E DAS processado e julgado, nos crimes comuns,
PRERROGATIVAS pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Sena-
do Federal, nos crimes de responsabilidade;
Art. 17. Os membros do Ministério Público da b) do membro do Ministério Público da
União gozam das seguintes garantias: União que oficie perante tribunais, ser pro-
I – vitaliciedade, após dois anos de efetivo cessado e julgado, nos crimes comuns e de
exercício, não podendo perder o cargo se- responsabilidade, pelo Superior Tribunal de
não por sentença judicial transitada em jul- Justiça;
gado; c) do membro do Ministério Público da
II – inamovibilidade, salvo por motivo de in- União que oficie perante juízos de primei-
teresse público, mediante decisão do Con- ra instância, ser processado e julgado, nos
selho Superior, por voto de dois terços de crimes comuns e de responsabilidade, pelos
seus membros, assegurada ampla defesa; Tribunais Regionais Federais, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
III – (Vetado)
d) ser preso ou detido somente por ordem
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Mi- escrita do tribunal competente ou em razão
nistério Público da União: de flagrante de crime inafiançável, caso em
que a autoridade fará imediata comunica-
I – institucionais:
ção àquele tribunal e ao Procurador-Geral
a) sentar-se no mesmo plano e imediata- da República, sob pena de responsabilida-
mente à direita dos juízes singulares ou pre- de;
sidentes dos órgãos judiciários perante os
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala
quais oficiem;
especial de Estado-Maior, com direito a pri-

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vacidade e à disposição do tribunal compe- CAPÍTULO VI
tente para o julgamento, quando sujeito a DA AUTONOMIA DO
prisão antes da decisão final; e a dependên-
cia separada no estabelecimento em que ti- MINISTÉRIO PÚBLICO
ver de ser cumprida a pena; Art. 22. Ao Ministério Público da União é asse-
f) não ser indiciado em inquérito policial, gurada autonomia funcional, administrativa e
observado o disposto no parágrafo único financeira, cabendo-lhe:
deste artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, I – propordeaoseus
extinção Poder Legislativo
cargos a criação
e serviços e
auxilia-
hora e local previamente ajustados com o res, bem como a fixação dos vencimentos
magistrado ou a autoridade competente; de seus membros e servidores;

h) receber intimação pessoalmente nos au- II – prover os cargos de suas carreiras e dos
tos em qualquer processo e grau de jurisdi- serviços auxiliares;
ção nos feitos em que tiver que oficiar. III – organizar os serviços auxiliares;
Parágrafo único. Quando, no curso de in- IV – praticar atos próprios de gestão.
vestigação, houver indício da prática de in-
fração penal por membro do Ministério Pú- Art. 23. O Ministério Público da União elabora-
blico da União, a autoridade policial, civil ou rá sua proposta orçamentária dentro dos limites
militar, remeterá imediatamente os autos da lei de diretrizes orçamentárias.
ao Procurador-Geral da República, que de-
signará membro do Ministério Público para § 1º Os recursos correspondentes às suas
dotações orçamentárias, compreendidos os
prosseguimento da apuração do fato. créditos suplementares e especiais, ser-lhe-
Art. 19. O Procurador-Geral da República terá -ão entregues até o dia vinte de cada mês.
as mesmas honras e tratamento dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal; e os demais mem- § 2º A fiscalização contábil, financeira, orça-
bros da instituição, as que forem reservadas aos mentária, operacional e patrimonial do Mi-
magistrados perante os quais oficiem. nistério Público da União será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle ex-
Art. 20. Os órgãos do Ministério Público da terno, com o auxílio do Tribunal de Contas
União terão presença e palavra asseguradas em da União, segundo o disposto no Título IV,
todas as sessões dos colegiados em que oficiem. Capítulo I, Seção IX, da Constituição Federal,
e por sistema próprio de controle interno.
Art. 21. As garantias e prerrogativas dos mem-
bros do Ministério Público da União são ineren- § 3º As contas referentes ao exercício ante-
tes ao exercício de suas funções e irrenunciá- rior serão prestadas, anualmente, dentro de
veis. sessenta dias da abertura da sessão legisla-
tiva do Congresso Nacional.
Parágrafo único.
vas previstas As Lei
nesta garantias e prerrogati-
Complementar não
excluem as que sejam estabelecidas em ou-
tras leis. CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA
Art. 24. O Ministério Público da União compre-
ende:
I – O Ministério Público Federal;

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II – o Ministério Público do Trabalho; V – encaminhar ao Presidente da Repúbli-


ca a lista tríplice para nomeação do Procu-
III – o Ministério Público Militar; rador-Geral de Justiça do Distrito Federal e
IV – o Ministério Público do Distrito Federal Territórios;
e Territórios. VI – encaminhar aos respectivos Presiden-
Parágrafo único. A estrutura básica do Mi- tes as listas sêxtuplas para composição dos
nistério Público da União será organizada Tribunais Regionais Federais, do Tribunal de
por regulamento, nos termos da lei. Justiça do Distrito Federal e Territórios, do
Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Su-
perior do Trabalho e dos Tribunais Regionais
do Trabalho;
CAPÍTULO VIII
VII – dirimir conflitos de atribuição entre in-
DO PROCURADOR-GERAL tegrantes de ramos diferentes do Ministério
DA REPÚBLICA Público da União;
Art. 25. O Procurador-Geral da República é o VIII – praticar atos de gestão administrativa,
chefe do Ministério Público da União, nomeado financeira e de pessoal;
pelo Presidente da República dentre integrantes
IX – prover e desprover os cargos das carrei-
da carreira, maiores de trinta e cinco anos, per-
ras do Ministério Público da União e de seus
mitida a recondução precedida de nova decisão
serviços auxiliares;
do Senado Federal.
X – arbitrar o valor das vantagens devi-
Parágrafo único.A exoneração, de ofício, do
das aos membros do Ministério Público da
Procurador-Geral
va do Presidente da
da República,
República, por iniciati-
deverá ser União, nos casos previstos nesta Lei Com-
plementar;
precedida de autorização da maioria abso-
luta do Senado Federal, em votação secreta. XI – fixar o valor das bolsas devidas aos es-
tagiários;
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da
República, como Chefe do Ministério Público da XII – exercer outras atribuições previstas em
União: lei;
I – representar a instituição; XIII – exercer o poder regulamentar, no âm-
bito do Ministério Público da União, ressal-
II – propor ao Poder Legislativo os projetos
vadas as competências estabelecidas nesta
de lei sobre o Ministério Público da União;
Lei Complementar para outros órgãos nela
III – apresentar a proposta de orçamento instituídos.
do Ministério Público da União, compatibili-
§ 1º O Procurador-Geral da República pode-
zando os anteprojetos dos diferentes ramos
rá delegar aos Procuradores-Gerais as atri-
da Instituição, na forma da lei de diretrizes
orçamentárias; buições previstas nos incisos VII e VIII deste
artigo.
IV – nomear e dar posse ao Vice-Procu-
§ 2º A delegação também poderá ser feita
rador-Geral da República, ao Procurador-
ao Diretor-Geral da Secretaria do Ministério
-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral da
Público da União para a prática de atos de
Justiça Militar, bem como dar posse ao Pro-
gestão administrativa, financeira e de pes-
curador-Geral de Justiça do Distrito Federal
soal, estes apenas em relação aos servido-
e Territórios;
res e serviços auxiliares.

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Art. 27. O Procurador-Geral da República desig- II – a organização e o funcionamento da
nará, dentre os integrantes da carreira, maiores Diretoria-Geral e dos Serviços da Secretaria
de trinta e cinco anos, o Vice-Procurador-Geral do Ministério Público da União.
da República, que o substituirá em seus impedi-
mentos. No caso de vacância, exercerá o cargo o Art. 31. O Conselho de Assessoramento Supe-
Vice-Presidente do Conselho Superior do Minis- rior poderá propor aos Conselhos Superiores
tério Público Federal, até o provimento definiti- dos diferentes ramos do Ministério Público da
vo do cargo. União medidas para uniformizar os atos decor-
rentes de seu poder normativo.

CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
DO CONSELHO DE
DAS CARREIRAS
ASSESSORAMENTO SUPERIOR DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO Art. 32. As carreiras dos diferentes ramos do
Ministério Público da União são independentes
Art. 28. O Conselho de Assessoramento Su- entre si, tendo cada uma delas organização pró-
perior do Ministério Público da União, sob a pria, na forma desta lei complementar.
presidência do Procurador-Geral da República
será integrado pelo Vice-Procurador-Geral da Art. 33. As funções do Ministério Público da
República, pelo Procurador-Geral do Trabalho, União só podem ser exercidas por integrantes
pelo Procurador-Geral da Justiça Militar e pelo da respectiva carreira, que deverão residir onde
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal estiverem lotados.
e Territórios.
Art. 34. A lei estabelecerá o número de cargos
Art. 29. As reuniões do Conselho de Assessora- das carreiras do Ministério Público da União e
mento Superior do Ministério Público da União os ofícios em que serão exercidas suas funções.
serão convocadas pelo Procurador-Geral da Re-
pública, podendo solicitá-las qualquer de seus
membros.
CAPÍTULO XI
Art. 30. O Conselho de Assessoramento Supe- DOS SERVIÇOS AUXILIARES
rior do Ministério Público da União deverá opi-
nar sobre as matérias de interesse geral da Insti- Art. 35. A Secretaria do Ministério Público da
tuição, e em especial sobre: União é dirigida pelo seu Diretor-Geral de livre
escolha do Procurador-Geral da República e de-
I – projetos de lei de interesse comum do
missível ad nutum, incumbindo-lhe os serviços
Ministério Público da União, neles incluídos:
auxiliares de apoio técnico e administrativo à
a) os que visem a alterar normas gerais da Instituição.

Lei Orgânica do Ministério Público da União; Art. 36. O pessoal dos serviços auxiliares será
b) a proposta de orçamento do Ministério organizado em quadro próprio de carreira, sob
Público da União; regime estatutário, para apoio técnico-adminis-
trativo adequado às atividades específicas da
c) os que proponham a fixação dos venci- Instituição.
mentos nas carreiras e nos serviços auxilia-
res;

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TÍTULO II III – requisitar à autoridade competente a


instauração de procedimentos administrati-
Dos Ramos do vos, ressalvados os de natureza disciplinar,
Ministério Público da União podendo acompanhá-los e produzir provas;
IV – exercer o controle externo da atividade
das polícias federais, na forma do art. 9º;

CAPÍTULO I V – participar dos Conselhos Penitenciários;

DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL VI – integrar os órgãos colegiados previstos


no § 2º do art. 6º, quando componentes da
Seção I estrutura administrativa da União;
DA COMPETÊNCIA, DOS ÓRGÃOS
VII – fiscalizar a execução da pena, nos pro-
E DA CARREIRA cessos de competência da Justiça Federal e
da Justiça Eleitoral.
Art. 37. O Ministério Público Federal exercerá as
suas funções: Art. 39. Cabe ao Ministério Público Federal
I – nas causas de competência do Supremo exercer a defesa dos direitos constitucionais do
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de cidadão, sempre que se cuidar de garantir-lhes
o respeito:
Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e
dos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes I – pelos Poderes Públicos Federais;
Eleitorais;
II – pelos órgãos da administração pública
II – nas causas de competência de quais- federal direta ou indireta;
quer juízes e tribunais, para defesa de direi-
tos e interesses dos índios e das populações III – pelos concessionários e permissioná-
indígenas, do meio ambiente, de bens e di- rios de serviço público federal;
reitos de valor artístico, estético, histórico, IV – por entidades que exerçam outra fun-
turístico e paisagístico, integrantes do patri- ção delegada da União.
mônio nacional;
Art. 40. O Procurador-Geral da República desig-
III – (Vetado). nará, dentre os Subprocuradores-Gerais da Re-
Parágrafo único. O Ministério Público Fede- pública e mediante prévia aprovação do nome
ral será parte legítima para interpor recurso pelo Conselho Superior, o Procurador Federal
extraordinário das decisões da Justiça dos dos Direitos do Cidadão, para exercer as fun-
Estados nas representações de inconstitu- ções do ofício pelo prazo de dois anos, permiti-
cionalidade. da uma recondução, precedida de nova decisão
do Conselho Superior.
Art. 38. São funções institucionais do Ministério
§ 1º Sempre que possível, o Procurador não
Público Federal
e IV do Título as previstas nos Capítulos
I, incumbindo-lhe, I, II, III
especialmente: acumulará o exercício de suas funções com
outras do Ministério Público Federal.
I – instaurar inquérito civil e outros procedi-
mentos administrativos correlatos; § 2º O Procurador somente será dispensa-
do, antes do termo de sua investidura, por
II – requisitar diligências investigatórias e iniciativa do Procurador-Geral da República,
instauração de inquérito policial, podendo anuindo a maioria absoluta do Conselho Su-
acompanhá-los e apresentar provas; perior.

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Art. 41. Em cada Estado e no Distrito Federal Seção II
será designado, na forma do art. 49, III, órgão DA CHEFIA DO
do Ministério Público Federal para exercer as
funções do ofício de Procurador Regional dos MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Direitos do Cidadão. Art. 45. O Procurador-Geral da República é o
Parágrafo único. O Procurador Federal dos Chefe do Ministério Público Federal.
Direitos do Cidadão expedirá instruções Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da Repú-
para o exercício das funções dos ofícios de
Procurador dos Direitos do Cidadão, respei- junto
blica exercer as funções
ao Supremo Tribunaldo Ministério
Federal, Público
manifestan-
tado o princípio da independência funcio- do-se previamente em todos os processos de
nal. sua competência.
Art. 42. A execução da medida prevista no art. Parágrafo único. O Procurador-Geral da Re-
14 incumbe ao Procurador Federal dos Direitos pública proporá perante o Supremo Tribu-
do Cidadão. nal Federal:
Art. 43. São órgãos do Ministério Público Fede- I – a ação direta de inconstitucionalidade de
ral: lei ou ato normativo federal ou estadual e o
I – o Procurador-Geral da República; respectivo pedido de medida cautelar;
II – o Colégio de Procuradores da República; II – a representação para intervenção fe-
deral nos Estados e no Distrito Federal, nas
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- hipóteses do art. 34, VII, da Constituição Fe-
blico Federal; deral;
IV – as Câmaras de Coordenação e Revisão III – as ações cíveis e penais cabíveis.
do Ministério Público Federal;
Art. 47. O Procurador-Geral da República desig-
V – a Corregedoria do Ministério Público Fe-
deral; nará os Subprocuradores-Gerais da República
que exercerão, por delegação, suas funções jun-
VI – os Subprocuradores-Gerais da Repúbli- to aos diferentes órgãos jurisdicionais do Supre-
ca; mo Tribunal Federal.
VII – os Procuradores Regionais da Repúbli- § 1º As funções do Ministério Público Fede-
ca; ral junto aos Tribunais Superiores da União,
VIII – os Procuradores da República. perante os quais lhe compete atuar, somen-
te poderão ser exercidas por titular do car-
Parágrafo único. As Câmaras de Coordena- go de Subprocurador-Geral da República.
ção e Revisão poderão funcionar isoladas
ou reunidas, integrando Conselho Institu- § 2º Em caso de vaga ou afastamento de
cional, conforme dispuser o seu regimento. Subprocurador-Geral da República, por pra-
zo superior a trinta dias, poderá ser convo-
Art. 44. A carreira do Ministério Público Federal cado Procurador Regional da República para
é constituída pelos cargos de Subprocurador- substituição, pelo voto da maioria do Con-
-Geral da República, Procurador Regional da Re- selho Superior.
pública e Procurador da República.
§ 3º O Procurador Regional da República
Parágrafo único.O cargo inicial da carreira é convocado receberá a diferença de venci-
o de Procurador da República e o do último mento correspondente ao cargo de Subpro-
nível o de Subprocurador-Geral da Repúbli-
ca.

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curador-Geral da República, inclusive diá- b) o Chefe da Procuradoria da República nos


rias e transporte, se for o caso. Estados e no Distrito Federal, dentre os Pro-
curadores da República lotados na respecti-
Art. 48. Incumbe ao Procurador-Geral da Repú- va unidade;
blica propor perante o Superior Tribunal de Jus-
tiça: VIII – decidir, em grau de recurso, os confli-
tos de atribuições entre órgãos do Ministé-
I – a representação para intervenção federal rio Público Federal;
nos Estados e no Distrito Federal, no caso
de recusa à execução de lei federal; IX – determinar
dicância a abertura
ou inquérito de correção, sin-
administrativo;
II – a ação penal, nos casos previstos no art.
105, I, "a", da Constituição Federal. X – determinar instauração de inquérito ou
processo administrativo contra servidores
Parágrafo único. A competência prevista dos serviços auxiliares;
neste artigo poderá ser delegada a Subpro-
curador-Geral da República. XI – decidir processo disciplinar contra
membro da carreira ou servidor dos servi-
Art. 49. São atribuições do Procurador-Geral da ços auxiliares, aplicando as sanções cabí-
República, como Chefe do Ministério Público Fe- veis;
deral:
XII – decidir, atendendo à necessidade do
I – representar o Ministério Público Federal; serviço, sobre:
II – integrar, como membro nato, e presidir a) remoção a pedido ou por permuta;
o Colégio de Procuradores da República, o
Conselho Superior do Ministério Federal e a b) alteração parcial da lista bienal de desig-
Comissão de Concurso; nações;
III – designar o Procurador Federal dos Di- XIII – autorizar o afastamento de membros
reitos do Cidadão e os titulares da Procura- do Ministério Público Federal, depois de
doria nos Estados e no Distrito Federal; ouvido o Conselho Superior, nas hipóteses
previstas em lei;
IV – designar um dos membros e o Coor-
denador de cada uma das Câmaras de Co- XIV – dar posse aos membros do Ministério
ordenação e Revisão do Ministério Público Público Federal;
Federal;
XV – designar membro do Ministério Públi-
V – nomear o Corregedor-Geral do Ministé- co Federal para:
rio Público Federal, segundo lista formada
pelo Conselho Superior; a) funcionar nos órgãos em que a participa-
ção da Instituição seja legalmente prevista,
VI – designar, observados os critérios da lei ouvido o Conselho Superior;
e os estabelecidos pelo Conselho Superior,
os ofícios em que exercerão suas funções os b) integrar comissões técnicas ou científi-
membros do Ministério Público Federal; cas, relacionadas às funções da Instituição,
ouvido o Conselho Superior;
VII – designar:
c) assegurar a continuidade dos serviços,
a) o Chefe da Procuradoria Regional da Re- em caso de vacância, afastamento tempo-
pública, dentre os Procuradores Regionais rário, ausência, impedimento ou suspensão
da República lotados na respectiva Procura- do titular, na inexistência ou falta do substi-
doria Regional; tuto designado;

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d) funcionar perante juízos que não os pre- cargo, caberá ao Subprocurador-Geral da Repú-
vistos no inciso I, do art. 37, desta lei com- blica que for designado pelo Conselho Superior
plementar; do Ministério Público Federal.
e) acompanhar procedimentos administra- Seção III
tivos e inquéritos policiais instaurados em DO COLÉGIO DE PROCURADORES
áreas estranhas à sua competência especí-
fica, desde que relacionados a fatos de inte- DA REPÚBLICA
resse da Instituição.
XVI – homologar, ouvido o Conselho Supe- Art. 52. O Colégio
ca, presidido de Procuradores da
pelo Procurador-Geral da Repúbli-
Repúbli-
rior, o resultado do concurso para ingresso ca, é integrado por todos os membros da carrei-
na carreira; ra em atividade no Ministério Público Federal.

XVII – fazer publicar aviso de existência de Art. 53. Compete ao Colégio de Procuradores da
vaga na lotação e na relação bienal de de- República:
signações;
I – elaborar, mediante voto plurinominal,
XVIII – elaborar a proposta orçamentária do facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a
Ministério Público Federal, submetendo-a, composição do Superior Tribunal de Justiça,
para aprovação, ao Conselho Superior; sendo elegíveis os membros do Ministério
Público Federal, com mais de dez anos na
XIX – organizar a prestação de contas do carreira, tendo mais de trinta e cinco e me-
exercício anterior; nos de sessenta e cinco anos de idade;
XX – praticar atos de gestão administrativa, II – elaborar, mediante voto plurinominal,
financeira e de pessoal; facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
XXI – elaborar o relatório das atividades do a composição dos Tribunais Regionais Fe-
Ministério Público Federal; derais, sendo elegíveis os membros do Mi-
nistério Público Federal, com mais de dez
XXII – coordenar as atividades do Ministério anos de carreira, que contém mais de trinta
Público Federal; e menos de sessenta e cinco anos de idade,
sempre que possível lotados na respectiva
XXIII – exercer outras atividades previstas região;
em lei.
III – eleger, dentre os Subprocuradores-Ge-
Art. 50. As atribuições do Procurador-Geral da rais da República e mediante voto plurino-
República, previstas no artigo anterior, poderão minal, facultativo e secreto, quatro mem-
ser delegadas: bros do Conselho Superior do Ministério
I – a Coordenador de Câmara de Coordena- Público Federal;
ção e Revisão, as dos incisos XV, alínea c e IV – opinar sobre assuntos gerais de interes-
XXII;
se da instituição.
II – aos Chefes das Procuradorias Regionais § 1º Para os fins previstos nos incisos I, II e
da República e aos Chefes das Procurado- III, deste artigo, prescindir-se-á de reunião
rias da República nos Estados e no Distrito do Colégio de Procuradores, procedendo-se
Federal, as dos incisos I, XV, alínea c, XX e segundo dispuser o seu regimento interno e
XXII. exigindo-se o voto da maioria absoluta dos
Art. 51. A ação penal pública contra o Procura- eleitores.
dor-Geral da República, quando no exercício do

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§ 2º Excepcionalmente, em caso de inte- Art. 56. Salvo disposição em contrário, as deli-


resse relevante da Instituição, o Colégio de berações do Conselho Superior serão tomadas
Procuradores reunir-se-á em local designa- por maioria de votos, presente a maioria abso-
do pelo Procurador-Geral da República, des- luta dos seus membros.
de que convocado por ele ou pela maioria
de seus membros. § 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto
do Presidente, exceto em matéria de san-
§ 3º O Regimento Interno do Colégio de ções, caso em que prevalecerá a solução
Procuradores da República disporá sobre mais favorável ao acusado.
seu funcionamento. § 2º As deliberações do Conselho Superior
Seção IV serão publicadas no Diário da Justiça, exce-
DO CONSELHO SUPERIOR DO to quando o Regimento Interno determinar
sigilo.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Art. 57. Compete ao Conselho Superior do Mi-
Art. 54. O Conselho Superior do Ministério Pú- nistério Público Federal:
blico Federal, presidido pelo Procurador-Geral
da República, tem a seguinte composição: I – exercer o poder normativo no âmbito do
Ministério Público Federal, observados os
I – o Procurador-Geral da República e o Vi- princípios desta Lei Complementar, espe-
ce-Procurador-Geral da República, que o in- cialmente para elaborar e aprovar:
tegram como membros natos;
a) o seu regimento interno, o do Colégio de
II – quatro Subprocuradores-Gerais da Re- Procuradores da República e os das Câma-
pública eleitos, para mandato de dois anos, ras de Coordenação e Revisão do Ministério
na forma do art. 53, III, permitida uma ree- Público Federal;
leição;
b) as normas e as instruções para o concur-
III – quatro Subprocuradores-Gerais da Re- so de ingresso na carreira;
pública eleitos, para mandato de dois anos,
por seus pares, mediante voto plurinomi- c) as normas sobre as designações para os
nal, facultativo e secreto, permitida uma re- diferentes ofícios do Ministério Público Fe-
eleição. deral;

§ 1º Serão suplentes dos membros de que d) os critérios para distribuição de inquéri-


tratam os incisos II e III, os demais votados, tos, procedimentos administrativos e quais-
em ordem decrescente, observados os cri- quer outros feitos, no Ministério Público Fe-
térios gerais de desempate. deral;

§ 2º O Conselho Superior elegerá o seu Vi- e) os critérios de promoção por merecimen-


ce-Presidente, que substituirá o Presidente to, na carreira;
em seus impedimentos e em caso de vacân-
cia. f) o procedimento para avaliar o cumpri-
mento das condições do estágio probatório;
Art. 55. O Conselho Superior do Ministério Pú- II – aprovar o nome do Procurador Federal
blico Federal reunir-se-á, ordinariamente, uma dos Direitos do Cidadão;
vez por mês, em dia previamente fixado, e, ex-
traordinariamente, quando convocado pelo III – indicar integrantes das Câmaras de Co-
Procurador-Geral da República, ou por proposta ordenação e Revisão;
da maioria de seus membros.

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IV – aprovar a destituição do Procurador Re- XV – determinar a instauração de proces-
gional Eleitoral; sos administrativos em que o acusado seja
membro do Ministério Público Federal,
V – destituir, por iniciativa do Procurador-
apreciar seus relatórios e propor as medi-
-Geral da República e pelo voto de dois ter-
das cabíveis;
ços de seus membros, antes do término do
mandato, o Corregedor-Geral; XVI – determinar o afastamento preventivo
do exercício de suas funções, do membro
VI – elaborar a lista tríplice para Corregedor-
do Ministério Público Federal, indiciado ou
-Geral do Ministério Público Federal; acusado em processo disciplinar, e o seu re-
VII – elaborar a lista tríplice destinada à pro- torno;
moção por merecimento;
XVII – designar a comissão de processo ad-
VIII – aprovar a lista de antigüidade dos ministrativo em que o acusado seja mem-
membros do Ministério Público Federal e bro do Ministério Público Federal;
decidir sobre as reclamações a ela concer-
XVIII – decidir sobre o cumprimento do es-
nentes;
tágio probatório por membro do Ministério
IX – indicar o membro do Ministério Públi- Público Federal, encaminhando cópia da
co Federal para promoção por antigüidade, decisão ao Procurador-Geral da República,
observado o disposto no art. 93, II, alínea d, quando for o caso, para ser efetivada sua
da Constituição Federal; exoneração;
X – designar o Subprocurador-Geral da Re- XIX – decidir sobre remoção e disponibilida-
pública para conhecer de inquérito, peças de de membro do Ministério Público Fede-
de informação ou representação sobre cri- ral, por motivo de interesse público;
me comum atribuível ao Procurador-Geral XX – autorizar, pela maioria absoluta de
da República e, sendo o caso, promover a
seus membros, que o Procurador-Geral da
ação penal;
República ajuíze a ação de perda de cargo
XI – opinar sobre a designação de membro contra membro vitalício do Ministério Públi-
do Ministério Público Federal para: co Federal, nos casos previstos nesta lei;
a) funcionar nos órgãos em que a participa- XXI – opinar sobre os pedidos de reversão
ção da instituição seja legalmente prevista; de membro da carreira;
b) integrar comissões técnicas ou científicas XXII – opinar sobre o encaminhamento de
relacionadas às funções da instituição ; proposta de lei de aumento do número de
cargos da carreira;
XII – opinar sobre o afastamento temporá-
rio de membro do Ministério Público Fede- XXIII – deliberar sobre a realização de con-
ral; curso para o ingresso na carreira, designar
os membros da Comissão de Concurso e
XIII – autorizar a designação, em caráter
excepcional, de membros do Ministério Pú- opinar sobre a homologação dos resulta-
dos;
blico Federal, para exercício de atribuições
processuais perante juízos, tribunais ou ofí- XXIV – aprovar a proposta orçamentária
cios diferentes dos estabelecidos para cada que integrará o projeto de orçamento do
categoria; Ministério Público da União;
XIV – determinar a realização de correições XXV – exercer outras funções estabelecidas
e sindicâncias e apreciar os relatórios cor- em lei.
respondentes;

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§ 1º O Procurador-Geral e qualquer mem- cios ligados ao setor de sua competência,


bro do Conselho Superior estão impedidos observado o princípio da independência
de participar das decisões deste nos casos funcional;
previstos nas leis processuais para o impe-
dimento e a suspeição de membro do Mi- II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
nistério Público. dades que atuem em áreas afins;

§ 2º As deliberações relativas aos incisos I, III – encaminhar informações técnico-jurídi-


alíneas a e e, IV, XIII, XV, XVI, XVII, XIX e XXI cas aos órgãos institucionais que atuem em
somente poderão ser tomadas com o voto seu setor;
favorável de dois terços dos membros do IV – manifestar-se sobre o arquivamento
Conselho Superior. de inquérito policial, inquérito parlamentar
ou peças de informação, exceto nos casos
Seção V de competência srcinária do Procurador-
DAS CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E -Geral;
REVISÃO DO MINISTÉRIO
V – resolver sobre a distribuição especial de
PÚBLICO FEDERAL feitos que, por sua contínua reiteração, de-
Art. 58. As Câmaras de Coordenação e Revisão vam receber tratamento uniforme;
do Ministério Público Federal são os órgãos se- VI – resolver sobre a distribuição especial de
toriais de coordenação, de integração e de revi- inquéritos, feitos e procedimentos, quando
são do exercício funcional na instituição. a matéria, por sua natureza ou relevância,
Art. 59. As Câmaras de Coordenação e Revisão assim o exigir;

serão organizadas
através por função ou por matéria,
de ato normativo. VII – decidir os conflitos de atribuições en-
tre os órgãos do Ministério Público Federal.
Parágrafo único. O Regimento Interno, que Parágrafo único. A competência fixada nos
disporá sobre o funcionamento das Câma- incisos V e VI será exercida segundo crité-
ras de Coordenação e Revisão, será elabora- rios objetivos previamente estabelecidos
do pelo Conselho Superior. pelo Conselho Superior.
Art. 60. As Câmaras de Coordenação e Revisão
serão compostas por três membros do Minis-
Seção VI
tério Público Federal, sendo um indicado pelo DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
Procurador-Geral da República e dois pelo Con- PÚBLICO FEDERAL
selho Superior, juntamente com seus suplentes,
para um mandato de dois anos, dentre inte- Art. 63. A Corregedoria do Ministério Público
grantes do último grau da carreira, sempre que Federal, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o ór-
possível. gão fiscalizador das atividades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público.
Art. 61. Dentre os integrantes da Câmara de Co- Art. 64. O Corregedor-Geral será nomeado pelo
ordenação e Revisão, um deles será designado
pelo Procurador-Geral para a função executiva Procurador-Geral da República dentre os Sub-
de Coordenador. procuradores-Gerais da República, integrantes
de lista tríplice elaborada pelo Conselho Supe-
Art. 62. Compete às Câmaras de Coordenação e rior, para mandato de dois anos, renovável uma
Revisão: vez.
I – promover a integração e a coordenação § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
dos órgãos institucionais que atuem em ofí- membros do Conselho Superior.

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§ 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral cionais diferentes dos previstos para a cate-
os demais integrantes da lista tríplice, na goria dependerá de autorização do Conse-
ordem em que os designar o Procurador- lho Superior.
-Geral.
Art. 67. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da
§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destitu- República, privativamente, o exercício das fun-
ído por iniciativa do Procurador-Geral, an- ções de:
tes do término do mandato, pelo Conselho
Superior, observado o disposto no inciso V I – Vice-Procurador-Geral da República;
do art. 57. II – Vice-Procurador-Geral Eleitoral;
Art. 65. Compete ao Corregedor-Geral do Minis- III – Corregedor-Geral do Ministério Público
tério Público Federal: Federal;
I – participar, sem direito a voto, das reuni- IV – Procurador Federal dos Direitos do Ci-
ões do Conselho Superior; dadão;
II – realizar, de ofício, ou por determinação V – Coordenador de Câmara de Coordena-
do Procurador-Geral ou do Conselho Supe- ção e Revisão.
rior, correições e sindicâncias, apresentan-
do os respectivos relatórios; Seção VIII
III – instaurar inquérito contra integrante DOS PROCURADORES REGIONAIS
da carreira e propor ao Conselho Superior DA REPÚBLICA
a instauração do processo administrativo
conseqüente; Art. 68. Os Procuradores Regionais da República
serão designados para oficiar junto aos Tribu-
IV – acompanhar o estágio probatório dos nais Regionais Federais.
membros do Ministério Público Federal;
Parágrafo único. A designação de Procura-
V – propor ao Conselho Superior a exonera- dor Regional da República para oficiar em
ção de membro do Ministério Público Fede- órgãos jurisdicionais diferentes dos previs-
ral que não cumprir as condições do estágio tos para a categoria dependerá de autoriza-
probatório. ção do Conselho Superior.

Seção VII Art. 69. Os Procuradores Regionais da República


DOS SUBPROCURADORES-GERAIS serão lotados nos ofícios nas Procuradorias Re-
gionais da República.
DA REPÚBLICA
Seção IX
Art. 66. Os Subprocuradores-Gerais da Repú-
blica serão designados para oficiar junto ao Su- DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA
premo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de
Justiça, ao Tribunal Superior Eleitoral e nas Câ- Art. 70. Ospara
signados Procuradores da República
oficiar junto aos Juízesserão de-
Federais
maras de Coordenação e Revisão.
e junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, onde
§ 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tri- não tiver sede a Procuradoria Regional da Repú-
bunal Superior Eleitoral, os Subprocurado- blica.
res-Gerais da República atuarão por delega-
Parágrafo único. A designação de Procu-
ção do Procurador-Geral da República.
rador da República para oficiar em órgãos
§ 2º A designação de Subprocurador-Geral jurisdicionais diferentes dos previstos para
da República para oficiar em órgãos jurisdi-

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a categoria dependerá de autorização do Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:


Conselho Superior.
I – designar o Procurador Regional Eleitoral
Art. 71. Os Procuradores da República serão lo- em cada Estado e no Distrito Federal;
tados nos ofícios nas Procuradorias da Repúbli-
ca nos Estados e no Distrito Federal. II – acompanhar os procedimentos do Cor-
regedor-Geral Eleitoral;
Seção X III – dirimir conflitos de atribuições;
DAS FUNÇÕES ELEITORAIS DO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL IV – requisitar servidores da União e de suas
autarquias, quando o exigir a necessidade
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal do serviço, sem prejuízo dos direitos e van-
exercer, no que couber, junto à Justiça Eleitoral, tagens inerentes ao exercício de seus cargos
as funções do Ministério Público, atuando em ou empregos.
todas as fases e instâncias do processo eleitoral. Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, jun-
Parágrafo único. O Ministério Público Fede- tamente com o seu substituto, será designado
ral tem legitimação para propor, perante o pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Pro-
juízo competente, as ações para declarar ou curadores Regionais da República no Estado e
decretar a nulidade de negócios jurídicos ou no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre
atos da administração pública, infringentes os Procuradores da República vitalícios, para um
de vedações legais destinadas a proteger a mandato de dois anos.
normalidade e a legitimidade das eleições, § 1º O Procurador Regional Eleitoral poderá
contra a influência do poder econômico ou ser reconduzido uma vez.
o abuso do poder político ou administrati-
vo. § 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá
ser destituído, antes do término do manda-
Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procu- to, por iniciativa do Procurador-Geral Eleito-
rador-Geral da República. ral, anuindo a maioria absoluta do Conselho
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleito- Superior do Ministério Público Federal.
ral designará, dentre os Subprocuradores- Art. 77. Compete ao Procurador Regional Elei-
-Gerais da República, o Vice-Procurador- toral exercer as funções do Ministério Público
-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus nas causas de competência do Tribunal Regional
impedimentos e exercerá o cargo em caso Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado,
de vacância, até o provimento definitivo. as atividades do setor.
Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleito-
exercer as funções do Ministério Público nas ral poderá designar, por necessidade de ser-
causas de competência do Tribunal Superior viço, outros membros do Ministério Público
Eleitoral. Federal para oficiar, sob a coordenação do
Parágrafo único. Além do Vice-Procurador- Procurador Regional, perante os Tribunais
-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral poderá Regionais Eleitorais.
designar, por necessidade de serviço, mem- Art. 78. As funções eleitorais do Ministério Pú-
bros do Ministério Público Federal para ofi- blico Federal perante os Juízes e Juntas Eleito-
ciarem, com sua aprovação, perante o Tri- rais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral.
bunal Superior Eleitoral.
Art. 79. O Promotor Eleitoral será o membro do
Ministério Público local que oficie junto ao Juízo
incumbido do serviço eleitoral de cada Zona.

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Parágrafo único. Na inexistência de Pro- II – manifestar-se em qualquer fase do pro-
motor que oficie perante a Zona Eleitoral, cesso trabalhista, acolhendo solicitação do
ou havendo impedimento ou recusa justi- juiz ou por sua iniciativa, quando entender
ficada, o Chefe do Ministério Público local existente interesse público que justifique a
indicará ao Procurador Regional Eleitoral o intervenção;
substituto a ser designado.
III – promover a ação civil pública no âmbito
Art. 80. A filiação a partido político impede o da Justiça do Trabalho, para defesa de inte-
exercício de funções eleitorais por membro do resses coletivos, quando desrespeitados os
Ministério Público até dois anos do seu cance- direitos sociais constitucionalmente garan-
lamento. tidos;

Seção XI IV – propor as ações cabíveis para decla-


DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E DE ração de nulidade de cláusula de contrato,
acordo coletivo ou convenção coletiva que
ADMINISTRAÇÃO viole as liberdades individuais ou coletivas
ou os direitos individuais indisponíveis dos
Art. 81. Os ofícios na Procuradoria-Geral da Re-
trabalhadores;
pública, nas Procuradorias Regionais da Repúbli-
ca e nas Procuradorias da República nos Estados V – propor as ações necessárias à defesa
e no Distrito Federal são unidades de lotação e dos direitos e interesses dos menores, inca-
de administração do Ministério Público Federal. pazes e índios, decorrentes das relações de
trabalho;
Parágrafo único. Nos municípios do interior
onde tiverem sede juízos federais, a lei cria- VI – recorrer das decisões da Justiça do Tra-
rá unidades da Procuradoria da República
no respectivo Estado. balho, quandoem
nos processos entender
que for necessário,
parte, comotanto
na-
queles em que oficiar como fiscal da lei,
Art. 82. A estrutura básica das unidades de lo-
bem como pedir revisão dos Enunciados da
tação e de administração será organizada por
Súmula de Jurisprudência do Tribunal Supe-
regulamento, nos termos da lei.
rior do Trabalho;
VII – funcionar nas sessões dos Tribunais
Trabalhistas, manifestando-se verbalmente
CAPÍTULO II sobre a matéria em debate, sempre que en-
DO MINISTÉRIO PÚBLICO tender necessário, sendo-lhe assegurado o
DO TRABALHO direito de vista dos processos em julgamen-
to, podendo solicitar as requisições e dili-
Seção I gências que julgar convenientes;
DA COMPETÊNCIA, DOS ÓRGÃOS VIII – instaurar instância em caso de greve,
E DA CARREIRA quando a defesa da ordem jurídica ou o in-
teresse público assim o exigir;
Art. 83. Compete ao Ministério Público do Tra-
balho o exercício das seguintes atribuições jun- IX – promover ou participar da instrução e
to aos órgãos da Justiça do Trabalho: conciliação em dissídios decorrentes da pa-
ralisação de serviços de qualquer natureza,
I – promover as ações que lhe sejam atribu- oficiando obrigatoriamente nos processos,
ídas pela Constituição Federal e pelas leis manifestando sua concordância ou discor-
trabalhistas; dância, em eventuais acordos firmados an-
tes da homologação, resguardado o direito

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de recorrer em caso de violação à lei e à Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Tra-
Constituição Federal; balho:
X – promover mandado de injunção, quan- I – o Procurador-Geral do Trabalho;
do a competência for da Justiça do Traba-
lho; II – o Colégio de Procuradores do Trabalho;

XI – atuar como árbitro, se assim for solici- III – o Conselho Superior do Ministério Pú-
tado pelas partes, nos dissídios de compe- blico do Trabalho;

tência da Justiça do Trabalho; IV – a Câmara de Coordenação e Revisão do


XII – requerer as diligências que julgar con- Ministério Público do Trabalho;
venientes para o correto andamento dos V – a Corregedoria do Ministério Público do
processos e para a melhor solução das lides Trabalho;
trabalhistas;
VI – os Subprocuradores-Gerais do Traba-
XIII – intervir obrigatoriamente em todos lho;
os feitos nos segundo e terceiro graus de
jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a VII – os Procuradores Regionais do Traba-
parte for pessoa jurídica de Direito Público, lho;
Estado estrangeiro ou organismo interna-
VIII – os Procuradores do Trabalho.
cional.
Art. 86. A carreira do Ministério Público do Tra-
Art. 84. Incumbe ao Ministério Público do Tra- balho será constituída pelos cargos de Subpro-
balho, no âmbito das suas atribuições, exercer curador-Geral do Trabalho, Procurador Regional
as funções institucionais previstas nos Capítulos
I, II, III e IV do Título I, especialmente: do Trabalho e Procurador do Trabalho.
Parágrafo único. O cargo inicial da carreira
I – integrar os órgãos colegiados previstos
é o de Procurador do Trabalho e o do último
no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinen- nível o de Subprocurador-Geral do Trabalho.
tes;
II – instaurar inquérito civil e outros proce- SEÇÃO II
dimentos administrativos, sempre que cabí- DO PROCURADOR-GERAL
veis, para assegurar a observância dos direi- DO TRABALHO
tos sociais dos trabalhadores;
Art. 87. O Procurador-Geral do Trabalho é o
III – requisitar à autoridade administrativa Chefe do Ministério Público do Trabalho.
federal competente, dos órgãos de prote-
ção ao trabalho, a instauração de procedi- Art. 88. O Procurador-Geral do Trabalho será
mentos administrativos, podendo acompa- nomeado pelo Procurador-Geral da República,
nhá-los e produzir provas; dentre integrantes da instituição, com mais de

IV – ser cientificado pessoalmente das deci-


trinta e cinco
carreira, anos dede
integrante idade
listae de cinco escolhida
tríplice anos na
sões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas
mediante voto plurinominal, facultativo e secre-
causas em que o órgão tenha intervido ou to, pelo Colégio de Procuradores para um man-
emitido parecer escrito; dato de dois anos, permitida uma recondução,
V – exercer outras atribuições que lhe fo- observado o mesmo processo. Caso não haja
rem conferidas por lei, desde que compatí- número suficiente de candidatos com mais de
veis com sua finalidade. cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista
tríplice quem contar mais de dois anos na car-
reira.

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Parágrafo único. A exoneração do Procu- VII – decidir, em grau de recurso, os confli-
rador-Geral do Trabalho, antes do término tos de atribuição entre os órgãos do Minis-
do mandato, será proposta ao Procurador- tério Público do Trabalho;
-Geral da República pelo Conselho Superior,
mediante deliberação obtida com base em VIII – determinar a abertura de correição,
voto secreto de dois terços de seus inte- sindicância ou inquérito administrativo;
grantes. IX – determinar a instauração de inquérito
Art. 89. O Procurador-Geral do Trabalho desig- ou processo administrativo contra servido-
nará, dentre os Subprocuradores-Gerais do Tra- res dos serviços auxiliares;
balho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que X – decidir processo disciplinar contra mem-
o substituirá em seus impedimentos. Em caso bro da carreira ou servidor dos serviços au-
de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente xiliares, aplicando as sanções que sejam de
do Conselho Superior, até o seu provimento de- sua competência;
finitivo.
XI – decidir, atendendo a necessidade do
Art. 90. Compete ao Procurador-Geral do Traba- serviço, sobre:
lho exercer as funções atribuídas ao Ministério
Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribu- a) remoção a pedido ou por permuta;
nal Superior do Trabalho, propondo as ações ca- b) alteração parcial da lista bienal de desig-
bíveis e manifestando-se nos processos de sua
nações;
competência.
XII – autorizar o afastamento de membros
Art. 91. São atribuições do Procurador-Geral do
do Ministério Público do Trabalho, ouvido o
Trabalho:
Conselho Superior, nos casos previstos em
I – representar o Ministério Público do Tra- lei;
balho; XIII – dar posse aos membros do Ministério
II – integrar, como membro nato, e presidir Público do Trabalho;
o Colégio de Procuradores do Trabalho, o XIV – designar membro do Ministério Públi-
Conselho Superior do Ministério Público do
co do Trabalho para:
Trabalho e a Comissão de Concurso;
a) funcionar nos órgãos em que a participa-
III – nomear o Corregedor-Geral do Ministé-
ção da Instituição seja legalmente prevista,
rio Público do Trabalho, segundo lista trípli-
ouvido o Conselho Superior;
ce formada pelo Conselho Superior;
b) integrar comissões técnicas ou científi-
IV – designar um dos membros e o Coorde-
cas, relacionadas às funções da Instituição,
nador da Câmara de Coordenação e Revisão ouvido o Conselho Superior;
do Ministério Público do Trabalho;
c) assegurar a continuidade dos serviços,
V – designar,
e os observados
estabelecidos os critérios
pelo Conselho da lei
Superior, em caso de vacância, afastamento temporá-
rio, ausência, impedimento ou suspeição do
os ofícios em que exercerão suas funções os
titular, na inexistência ou falta do substituto
membros do Ministério Público do Traba-
designado;
lho;
XV – homologar, ouvido o Conselho Supe-
VI – designar o Chefe da Procuradoria Re- rior, o resultado do concurso para ingresso
gional do Trabalho dentre os Procuradores
na carreira;
Regionais do Trabalho lotados na respectiva
Procuradoria Regional;

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XVI – fazer publicar aviso de existência de Seção III


vaga, na lotação e na relação bienal de de- DO COLÉGIO DE PROCURADORES DO
signações;
TRABALHO
XVII – propor ao Procurador-Geral da Repú-
blica, ouvido o Conselho Superior, a criação Art. 93. O Colégio de Procuradores do Trabalho,
e extinção de cargos da carreira e dos ofí- presidido pelo Procurador-Geral do Trabalho, é
cios em que devam ser exercidas suas fun- integrado por todos os membros da carreira em
ções; atividade no Ministério Público do Trabalho.

XVIII – elaborar a proposta orçamentária Art. 94. São atribuições do Colégio de Procura-
do Ministério Público do Trabalho, subme- dores do Trabalho:
tendo-a, para aprovação, ao Conselho Supe- I – elaborar, mediante voto plurinominal, fa-
rior; cultativo e secreto, a lista tríplice para a es-
XIX – encaminhar ao Procurador-Geral da colha do Procurador-Geral do Trabalho;
República a proposta orçamentária do Mi- II – elaborar, mediante voto plurinominal,
nistério Público do Trabalho, após sua apro- facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
vação pelo Conselho Superior; a composição do Tribunal Superior do Tra-
XX – organizar a prestação de contas do balho, sendo elegíveis os membros do Mi-
exercício anterior, encaminhando-a ao Pro- nistério Público do Trabalho com mais de
curador-Geral da República; dez anos na carreira, tendo mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos de
XXI – praticar atos de gestão administrativa, idade;
financeira e de pessoal;
III – elaborar, mediante voto plurinominal,
XXII – elaborar o relatório de atividades do facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
Ministério Público do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, dentre
XXIII – coordenar as atividades do Ministé- os Procuradores com mais de dez anos de
rio Público do Trabalho; carreira;

XXIV – exercer outras atribuições previstas IV – eleger, dentre os Subprocuradores-Ge-


em lei. rais do Trabalho e mediante voto plurinomi-
nal, facultativo e secreto, quatro membros
Art. 92. As atribuições do Procurador-Geral do do Conselho Superior do Ministério Público
Trabalho, previstas no artigo anterior, poderão do Trabalho.
ser delegadas:
§ 1º Para os fins previstos nos incisos deste
I – ao Coordenador da Câmara de Coorde- artigo, prescindir-se-á de reunião do Colé-
nação e Revisão, as dos incisos XIV, alínea c, gio de Procuradores, procedendo-se segun-
e XXIII; do dispuser o seu Regimento Interno, exigi-
II – aos Chefes das Procuradorias Regionais do o voto da maioria absoluta dos eleitores.
do Trabalho nos Estados e no Distrito Fede- § 2º Excepcionalmente, em caso de inte-
ral, as dos incisos I, XIV, alínea c, XXI e XXIII. resse relevante da Instituição, o Colégio de
Procuradores reunir-se-á em local designa-
do pelo Procurador-Geral do Trabalho, des-
de que convocado por ele ou pela maioria
de seus membros.

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§ 3º O Regimento Interno do Colégio de § 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto
Procuradores do Trabalho disporá sobre seu do Presidente, exceto em matéria de san-
funcionamento. ções, caso em que prevalecerá a solução
mais favorável ao acusado.
Seção IV
DO CONSELHO SUPERIOR DO § 2º As deliberações do Conselho Superior
serão publicadas no Diário da Justiça, exce-
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO to quando o Regimento Interno determinar
sigilo.
Art. 95.
blico doOTrabalho,
Conselho presidido
Superior do Ministério
pelo Pú- Art. 98. Compete ao Conselho Superior do Mi-
Procurador-
-Geral do Trabalho, tem a seguinte composição: nistério Público do Trabalho:
I – o Procurador-Geral do Trabalho e o Vice- I – exercer o poder normativo no âmbito do
-Procurador-Geral do Trabalho, que o inte- Ministério Público do Trabalho, observados
gram como membros natos; os princípios desta lei complementar, espe-
cialmente para elaborar e aprovar:
II – quatro Subprocuradores-Gerais do Tra-
balho, eleitos para um mandato de dois a) o seu Regimento Interno, o do Colégio de
anos, pelo Colégio de Procuradores do Tra- Procuradores do Trabalho e o da Câmara de
balho, mediante voto plurinominal, faculta- Coordenação e Revisão do Ministério Públi-
tivo e secreto, permitida uma reeleição; co do Trabalho;
III – quatro Subprocuradores-Gerais do Tra- b) as normas e as instruções para o concur-
balho, eleitos para um mandato de dois so de ingresso na carreira;
anos, por seus pares, mediante voto pluri-
nominal, facultativo e secreto, permitida c) as normas sobre as designações para os
uma reeleição. diferentes ofícios do Ministério Público do
Trabalho;
§ 1º Serão suplentes dos membros de que
tratam os incisos II e III os demais votados, d) os critérios para distribuição de procedi-
em ordem decrescente, observados os cri- mentos administrativos e quaisquer outros
térios gerais de desempate. feitos, no Ministério Público do Trabalho;

§ 2º O Conselho Superior elegerá o seu Vi- e) os critérios de promoção por merecimen-


ce-Presidente, que substituirá o Presidente to na carreira;
em seus impedimentos e em caso de vacân- f) o procedimento para avaliar o cumpri-
cia. mento das condições do estágio probatório;
Art. 96. O Conselho Superior do Ministério Pú- II – indicar os integrantes da Câmara de Co-
blico do Trabalho reunir-se-á ordinariamente, ordenação e Revisão do Ministério Público
uma vez por mês, em dia previamente fixado, e, do Trabalho;
extraordinariamente, quando convocado pelo
Procurador-Geral do Trabalho ou por proposta III – propor a exoneração do Procurador-Ge-
da maioria absoluta de seus membros. ral do Trabalho;
Art. 97. Salvo disposição em contrário, as deli- IV – destituir, por iniciativa do Procurador-
berações do Conselho Superior serão tomadas -Geral do Trabalho e pelo voto de dois ter-
por maioria de votos, presente a maioria abso- ços de seus membros, antes do término do
luta de seus membros. mandato, o Corregedor-Geral;

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V – elaborar a lista tríplice destinada à pro- XVI – decidir sobre o cumprimento do es-
moção por merecimento; tágio probatório por membro do Ministério
Público do Trabalho, encaminhando cópia
VI – elaborar a lista tríplice para Corregedor- da decisão ao Procurador-Geral da Repúbli-
-Geral do Ministério Público do Trabalho; ca, quando for o caso, para ser efetivada sua
VII – aprovar a lista de antigüidade do Mi- exoneração;
nistério Público do Trabalho e decidir sobre XVII – decidir sobre remoção e disponibili-
as reclamações a ela concernentes; dade de membro do Ministério Público do
VIII – indicar o membro do Ministério Pú- Trabalho, por motivo de interesse público;
blico do Trabalho para promoção por anti- XVIII – autorizar, pela maioria absoluta de
güidade, observado o disposto no art. 93, II, seus membros, que o Procurador-Geral da
alínea d, da Constituição Federal; República ajuíze a ação de perda de cargo
IX – opinar sobre a designação de membro contra membro vitalício do Ministério Públi-
do Ministério Público do Trabalho para: co do Trabalho, nos casos previstos em lei;

a) funcionar nos órgãos em que a participa- XIX – opinar sobre os pedidos de reversão
ção da Instituição seja legalmente prevista; de membro da carreira;

b) integrar comissões técnicas ou científicas XX – aprovar a proposta de lei para o au-


relacionadas às funções da Instituição; mento do número de cargos da carreira e
dos ofícios;
X – opinar sobre o afastamento temporário
de membro do Ministério Público do Traba- XXI – deliberar sobre a realização de concur-
lho; so para o ingresso na carreira, designar os
membros da Comissão de Concurso e opi-
XI – autorizar a designação, em caráter ex- nar sobre a homologação dos resultados;
cepcional, de membros do Ministério Pú-
blico do Trabalho, para exercício de atribui- XXII – aprovar a proposta orçamentária que
ções processuais perante juízos, tribunais integrará o projeto de orçamento do Minis-
ou ofícios diferentes dos estabelecidos para tério Público da União;
cada categoria; XXIII – exercer outras funções atribuídas em
XII – determinar a realização de correições lei.
e sindicâncias e apreciar os relatórios cor- § 1º Aplicam-se ao Procurador-Geral e aos
respondentes; demais membros do Conselho Superior as
XIII – determinar a instauração de proces- normas processuais em geral, pertinentes
sos administrativos em que o acusado seja aos impedimentos e suspeição dos mem-
membro do Ministério Público do Trabalho, bros do Ministério Público.
apreciar seus relatórios e propor as medi- § 2º As deliberações relativas aos incisos I,
das cabíveis; alíneas a e e, XI, XIII, XIV, XV e XVII somente
XIV – determinar o afastamento do exercí- poderão ser tomadas com o voto favorável
cio de suas funções, de membro do Ministé- de dois terços dos membros do Conselho
rio Público do Trabalho, indiciado ou acusa- Superior.
do em processo disciplinar, e o seu retorno;
XV – designar a comissão de processo admi-
nistrativo em que o acusado seja membro
do Ministério Público do Trabalho;

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Seção V V – resolver sobre a distribuição especial de
DA CÂMARA DE COORDENAÇÃO E feitos, que por sua contínua reiteração, de-
vam receber tratamento uniforme;
REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DO TRABALHO VI – decidir os conflitos de atribuição entre
os órgãos do Ministério Público do Traba-
Art. 99. A Câmara de Coordenação e Revisão lho.
do Ministério Público do Trabalho é um órgão
de coordenação, de integração e de revisão do Parágrafo único. A competência fixada nos
exercício funcional na Instituição. incisos IV e V será
rios objetivos exercida segundo
previamente crité-
estabelecidos
Art. 100. A Câmara de Coordenação e Revisão pelo Conselho Superior.
do Ministério Público do Trabalho será organi-
zada por ato normativo, e o Regimento Interno, Seção VI
que disporá sobre seu funcionamento, será ela- DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
borado pelo Conselho Superior. PÚBLICO DO TRABALHO
Art. 101. A Câmara de Coordenação e Revisão
Art. 104. A Corregedoria do Ministério Público
do Ministério Público do Trabalho será compos-
do Trabalho, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o
ta por três membros do Ministério Público do
órgão fiscalizador das atividades funcionais e da
Trabalho, sendo um indicado pelo Procurador-
conduta dos membros do Ministério Público.
-Geral do Trabalho e dois pelo Conselho Supe-
rior do Ministério Público do Trabalho, junta- Art. 105. O Corregedor-Geral será nomeado
mente com seus suplentes, para um mandato pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os
de dois anos, sempre que possível, dentre inte- Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integran-
grantes do último grau da carreira. tes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Su-
perior, para mandato de dois anos, renovável
Art. 102. Dentre os integrantes da Câmara de
uma vez.
Coordenação e Revisão, um deles será designa-
do pelo Procurador-Geral para a função executi- § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
va de Coordenador. membros do Conselho Superior.
Art. 103. Compete à Câmara de Coordenação e § 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral
Revisão do Ministério Público do Trabalho: os demais integrantes da lista tríplice, na
ordem em que os designar o Procurador-
I – promover a integração e a coordenação
-Geral.
dos órgãos institucionais do Ministério Pú-
blico do Trabalho, observado o princípio da § 3º O Corregedor-Geral poderá ser desti-
independência funcional; tuído, por iniciativa do Procurador-Geral,
antes do término do mandato, pelo voto de
II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
dois terços dos membros do Conselho Su-
dades que atuem em áreas afins;
perior.
III – encaminhar informações técnico-jurídi-
Art. 106. Incumbe ao Corregedor-Geral do Mi-
cas aos órgãos institucionais do Ministério
nistério Público:
Público do Trabalho;
I – participar, sem direito a voto, das reuni-
IV – resolver sobre a distribuição especial
ões do Conselho Superior;
de feitos e procedimentos, quando a maté-
ria, por sua natureza ou relevância, assim o II – realizar, de ofício ou por determinação
exigir; do Procurador-Geral ou do Conselho Supe-

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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn

rior, correições e sindicâncias, apresentan- Seção VIII


do os respectivos relatórios; DOS PROCURADORES REGIONAIS
III – instaurar inquérito contra integrante DO TRABALHO
da carreira e propor ao Conselho Superior
a instauração do processo administrativo Art. 110. Os Procuradores Regionais do Traba-
conseqüente; lho serão designados para oficiar junto aos Tri-
bunais Regionais do Trabalho.
IV – acompanhar o estágio probatório dos
membros
lho; do Ministério Público do Traba- Parágrafo único.
afastamento de Em caso de vaga ou de
Subprocurador-Geral do
Trabalho por prazo superior a trinta dias,
V – propor ao Conselho Superior a exone- poderá ser convocado pelo Procurador-Ge-
ração de membro do Ministério Público do ral, mediante aprovação do Conselho Supe-
Trabalho que não cumprir as condições do rior, Procurador Regional do Trabalho para
estágio probatório. substituição.
Seção VII Art. 111. Os Procuradores Regionais do Traba-
DOS SUBPROCURADORES-GERAIS lho serão lotados nos ofícios nas Procuradorias
Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito
DO TRABALHO
Federal.
Art. 107. Os Subprocuradores-Gerais do Traba-
lho serão designados para oficiar junto ao Tribu-
Seção IX
nal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câma- DOS PROCURADORES DO TRABALHO
ra de Coordenação e Revisão.
Parágrafo único. A designação de Subpro- Art. 112. Ospara
designados Procuradores do Trabalho
funcionar junto serão
aos Tribunais
curador-Geral do Trabalho para oficiar em Regionais do Trabalho e, na forma das leis pro-
órgãos jurisdicionais diferentes do previsto cessuais, nos litígios trabalhistas que envolvam,
para a categoria dependerá de autorização especialmente, interesses de menores e incapa-
do Conselho Superior. zes.
Art. 108. Cabe aos Subprocuradores-Gerais do Parágrafo único. A designação de Procura-
Trabalho, privativamente, o exercício das fun- dor do Trabalho para oficiar em órgãos ju-
ções de: risdicionais diferentes dos previstos para
a categoria dependerá de autorização do
I – Corregedor-Geral do Ministério Público Conselho Superior.
do Trabalho;
Art. 113. Os Procuradores do Trabalho serão lo-
II – Coordenador da Câmara de Coordena- tados nos ofícios nas Procuradorias Regionais
ção e Revisão do Ministério Público do Tra- do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal.
balho.
Art. 109. Os Subprocuradores-Gerais do Traba- Seção X
lho serão lotados nos ofícios na Procuradoria- DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E
-Geral do Trabalho. DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 114. Os ofícios na Procuradoria-Geral do
Trabalho e nas Procuradorias Regionais do Tra-
balho nos Estados e no Distrito Federal são uni-
dades de lotação e de administração do Minis-
tério Público do Trabalho.

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Art. 115. A estrutura básica das unidades de lo- V – a Corregedoria do Ministério Público
tação e de administração será organizada por Militar;
regulamento, nos termos da lei.
VI – os Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar;
VII – os Procuradores da Justiça Militar;
CAPÍTULO III
DO MINISTÉRIO P ÚBLICO MILITAR VIII – os Promotores da Justiça Militar.

Seção I Art. 119. A carreira do Ministério Público Militar


é constituída pelos cargos de Subprocurador-
DA COMPETÊNCIA, DOS ÓRGÃOS -Geral da Justiça Militar, Procurador da Justiça
E DA CARREIRA Militar e Promotor da Justiça Militar.

Art. 116. Compete ao Ministério Público Militar Parágrafo único. O cargo inicial da carreira
o exercício das seguintes atribuições junto aos é o de Promotor da Justiça Militar e o do
órgãos da Justiça Militar: último nível é o de Subprocurador-Geral da
Justiça Militar.
I – promover, privativamente, a ação penal
pública; Seção II
II – promover a declaração de indignidade
DO PROCURADOR-GERAL DA
ou de incompatibilidade para o oficialato; JUSTIÇA MILITAR
III – manifestar-se em qualquer fase do pro- Art. 120. O Procurador-Geral da Justiça Militar é
cesso, acolhendo solicitação do juiz ou por o Chefe do Ministério Público Militar.
sua iniciativa, quando entender existente
Art. 121. O Procurador-Geral da Justiça Militar
interesse público que justifique a interven-
será nomeado pelo Procurador-Geral da Re-
ção.
pública, dentre integrantes da Instituição, com
Art. 117. Incumbe ao Ministério Público Militar: mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco
anos na carreira, escolhidos em lista tríplice me-
I – requisitar diligências investigatórias e a diante voto plurinominal, facultativo e secreto,
instauração de inquérito policial-militar, po- pelo Colégio de Procuradores, para um man-
dendo acompanhá-los e apresentar provas; dato de dois anos, permitida uma recondução,
II – exercer o controle externo da atividade observado o mesmo processo. Caso não haja
da polícia judiciária militar. número suficiente de candidatos com mais de
cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista
Art. 118. São órgãos do Ministério Público Mi- tríplice quem contar mais de dois anos na car-
litar: reira.
I – o Procurador-Geral da Justiça Militar; Parágrafo único. A exoneração do Pro-
II – o Colégio de Procuradores da Justiça Mi- curador-Geral da Justiça Militar, antes do
término do mandato, será proposta pelo
litar;
Conselho Superior ao Procurador-Geral da
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- República, mediante deliberação obtida
blico Militar; com base em voto secreto de dois terços de
seus integrantes.
IV – a Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público Militar; Art. 122. O Procurador-Geral da Justiça Militar
designará, dentre os Subprocuradores-Gerais, o

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Vice-Procurador-Geral da Justiça Militar, que o X – decidir, atendida a necessidade do ser-


substituirá em seus impedimentos. Em caso de viço, sobre:
vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do
Conselho Superior, até o seu provimento defini- a) remoção a pedido ou por permuta;
tivo. b) alteração parcial da lista bienal de desig-
Art. 123. Compete ao Procurador-Geral da Jus- nações;
tiça Militar exercer as funções atribuídas ao XI – autorizar o afastamento de membros
Ministério Público Militar junto ao Superior do Ministério Público Militar, ouvido o Con-
Tribunal Militar, propondo as ações cabíveis e selho Superior, nas hipóteses da lei;
manifestando-se nos processos de sua compe-
tência. XII – dar posse aos membros do Ministério
Público Militar;
Art. 124. São atribuições do Procurador-Geral
da Justiça Militar: XIII – designar membro do Ministério Públi-
co Militar para:
I – representar o Ministério Público Militar;
a) funcionar nos órgãos em que a participa-
II – integrar, como membro nato, e presidir ção da instituição seja legalmente prevista,
o Colégio de Procuradores da Justiça Militar, ouvido o Conselho Superior;
o Conselho Superior do Ministério Público
da Justiça Militar e a Comissão de Concurso; b) integrar comissões técnicas ou científi-
cas, relacionadas às funções da Instituição,
III – nomear o Corregedor-Geral do Minis- ouvido o Conselho Superior;
tério Público Militar, segundo lista tríplice
elaborada pelo Conselho Superior; c) assegurar a continuidade dos serviços,
em caso de vacância, afastamento temporá-
IV – designar um dos membros e o Coorde- rio, ausência, impedimento ou suspeição do
nador da Câmara de Coordenação e Revisão titular, na inexistência ou falta do substituto
do Ministério Público Militar; designado;
V – designar, observados os critérios da lei XIV – homologar, ouvido o Conselho Supe-
e os estabelecidos pelo Conselho Superior, rior, o resultado do concurso para ingresso
os ofícios em que exercerão suas funções os na carreira;
membros do Ministério Público Militar;
XV – fazer publicar o aviso de existência de
VI – decidir, em grau de recurso, os conflitos vaga, na lotação e na relação bienal de de-
de atribuições entre os órgãos do Ministério signações;
Público Militar;
XVI – propor ao Procurador-Geral da Repú-
VII – determinar a abertura de correição, blica, ouvido o Conselho Superior, a criação
sindicância ou inquérito administrativo; e extinção de cargos da carreira e dos ofí-
cios em que devam ser exercidas suas fun-
VIII – determinar a instauração de inquérito ções;
ou processo administrativo contra servido-
res dos serviços auxiliares; XVII – elaborar a proposta orçamentária do
IX – decidir processo disciplinar contra Ministério Público Militar, submetendo-a ao
membro da carreira ou servidor dos servi- Conselho Superior;
ços auxiliares, aplicando as sanções que se- XVIII – encaminhar ao Procurador-Geral da
jam de sua competência; República a proposta orçamentária do Mi-

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nistério Público Militar, após sua aprovação o seu regimento interno, exigido o voto da
pelo Conselho Superior; maioria absoluta dos eleitores.
XIX – organizar a prestação de contas do § 2º Excepcionalmente, em caso de inte-
exercício anterior, encaminhando-a ao Pro- resse relevante da Instituição, o Colégio de
curador-Geral da República; Procuradores reunir-se-á em local designa-
do pelo Procurador-Geral da Justiça Militar,
XX – praticar atos de gestão administrativa, desde que convocado por ele ou pela maio-
financeira e de pessoal; ria de seus membros.
XXI – elaborar o relatório de atividades do § 3º O Regimento Interno do Colégio de
Ministério Público Militar; Procuradores Militares disporá sobre seu
XXII – coordenar as atividades do Ministério funcionamento.
Público Militar;
Seção IV
XXIII – exercer outras atribuições previstas DO CONSELHO SUPERIOR DO
em lei. MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
Art. 125. As atribuições do Procurador-Geral da
Justiça Militar, previstas no artigo anterior po- Art. 128. O Conselho Superior do Ministério Pú-
derão ser delegadas: blico Militar, presidido pelo Procurador-Geral da
Justiça Militar, tem a seguinte composição:
I – ao Coordenador da Câmara de Coorde-
nação e Revisão, as dos incisos XIII, alínea c, I – o Procurador-Geral da Justiça Militar e o
e XXII; Vice-Procurador-Geral da Justiça Militar;

II – a Procurador da Justiça Militar, as dos in- II – os Subprocuradores-Gerais da Justiça


Militar.
cisos I e XX.
Parágrafo único. O Conselho Superior ele-
Seção III gerá o seu Vice-Presidente, que substituirá
DO COLÉGIO DE PROCURADORES o Presidente em seus impedimentos e em
DA JUSTIÇA MILITAR caso de vacância.

Art. 126. O Colégio de Procuradores da Justiça Art. 129. O Conselho Superior do Ministério Pú-
Militar, presidido pelo Procurador-Geral da Jus- blico Militar reunir-se-á, ordinariamente, uma
tiça Militar, é integrado por todos os membros vez por mês, em dia previamente fixado, e, ex-
da carreira em atividade no Ministério Público traordinariamente, quando convocado pelo
da Justiça Militar. Procurador-Geral da Justiça Militar ou por pro-
posta da maioria absoluta de seus membros.
Art. 127. Compete ao Colégio de Procuradores
da Justiça Militar: Art. 130. Salvo disposição em contrário, as deli-
berações do Conselho Superior serão tomadas
I – elaborar, mediante voto plurinominal, fa- por maioria de votos, presente a maioria abso-
cultativo e secreto, lista tríplice para a esco- luta dos seus membros.
lha do Procurador-Geral da Justiça Militar;
§ 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto
II – opinar sobre assuntos gerais de interes- do Presidente, exceto em matéria de san-
se da Instituição. ções, caso em que prevalecerá a solução
mais favorável ao acusado.
§ 1º Para os fins previstos no inciso I, pres-
cindir-se-á de reunião do Colégio de Procu- § 2º As deliberações do Conselho Superior
radores, procedendo-se segundo dispuser serão publicadas no Diário da Justiça, exce-

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to quando o regimento interno determine VIII – indicar o membro do Ministério Públi-


sigilo. co Militar para promoção por antigüidade,
observado o disposto no art. 93, II, alínea d,
Art. 131. Compete ao Conselho Superior do Mi- da Constituição Federal;
nistério Público Militar:
IX – opinar sobre a designação de membro
I – exercer o poder normativo no âmbito do
do Ministério Público Militar para:
Ministério Público Militar, observados os
princípios desta lei complementar, especial- a) funcionar nos órgãos em que a participa-
mente para elaborar e aprovar: ção da Instituição seja legalmente prevista;
a) o seu regimento interno, o do Colégio de b) integrar comissões técnicas ou científicas
Procuradores da Justiça Militar e o da Câ- relacionadas às funções da Instituição;
mara de Coordenação e Revisão do Ministé-
rio Público Militar; X – opinar sobre o afastamento temporário
de membro do Ministério Público Militar;
b) as normas e as instruções para o concur-
so de ingresso na carreira; XI – autorizar a designação, em caráter ex-
cepcional, de membro do Ministério Públi-
c) as normas sobre as designações para os co Militar, para exercício de atribuições pro-
diferentes ofícios do Ministério Público Mi- cessuais perante juízos, tribunais ou ofícios
litar; diferentes dos estabelecidos para cada ca-
d) os critérios para distribuição de inquéri- tegoria;
tos e quaisquer outros feitos, no Ministério
XII – determinar a realização de correições
Público Militar;
e sindicâncias e apreciar os relatórios cor-
e) os critérios de promoção por merecimen- respondentes;
to na carreira;
XIII – determinar a instauração de proces-
f) o procedimento para avaliar o cumpri- sos administrativos em que o acusado seja
mento das condições do estágio probatório; membro do Ministério Público Militar, apre-
II – indicar os integrantes da Câmara de Co- ciar seus relatórios e propor as medidas ca-
ordenação e Revisão do Ministério Público bíveis;
Militar; XIV – determinar o afastamento preventivo
III – propor a exoneração do Procurador-Ge- do exercício de suas funções, de membro do
ral da Justiça Militar; Ministério Público Militar, indiciado ou acu-
sado em processo disciplinar, e seu retorno;
IV – destituir, por iniciativa do Procurador-
-Geral do Ministério Público Militar e pelo XV – designar a comissão de processo admi-
voto de dois terços de seus membros, antes nistrativo em que o acusado seja membro
do término do mandato, o Corregedor-Ge- do Ministério Público Militar;
ral;
XVI – decidir sobre o cumprimento do es-
V – elaborar a lista tríplice, destinada à pro- tágio probatório por membro do Ministé-
moção por merecimento; rio Público Militar, encaminhando cópia da
decisão ao Procurador-Geral da República,
VI – elaborar a lista tríplice para Corregedor- quando for o caso, para ser efetivada sua
-Geral do Ministério Público Militar; exoneração;
VII – aprovar a lista de antigüidade do Mi-
XVII – decidir sobre remoção e disponibili-
nistério Público Militar e decidir sobre as re-
dade de membro do Ministério Público Mili-
clamações a ela concernentes;
tar, por motivo de interesse público;

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XVIII – autorizar, pela maioria absoluta de por três membros do Ministério Público Militar,
seus membros, que o Procurador-Geral da sendo um indicado pelo Procurador-Geral da
República ajuíze ação de perda de cargo Justiça Militar e dois pelo Conselho Superior do
contra membro vitalício do Ministério Públi- Ministério Público Militar, juntamente com seus
co Militar, nos casos previstos nesta lei com- suplentes, para um mandato de dois anos, sem-
plementar; pre que possível, dentre integrantes do último
grau da carreira.
XIX – opinar sobre os pedidos de reversão
de membro da carreira; Art. 135. Dentre os integrantes da Câmara de
XX – aprovar a proposta de lei para o au- Coordenação e Revisão, um deles será designa-
mento do número de cargos da carreira e do pelo Procurador-Geral para a função executi-
dos ofícios; va de Coordenador.

XXI – deliberar sobre a realização de con- Art. 136. Compete à Câmara de Coordenação e
curso para ingresso na carreira, designar os Revisão do Ministério Público Militar:
membros da Comissão de Concurso e opi- I – promover a integração e a coordenação
nar sobre a homologação dos resultados; dos órgãos institucionais do Ministério Pú-
XXII – exercer outras funções atribuídas em blico Militar, observado o princípio da inde-
lei. pendência funcional;
§ 1º Aplicam-se ao Procurador-Geral e aos II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
demais membros do Conselho Superior as dades que atuem em áreas afins;
normas processuais em geral, pertinentes
III – encaminhar informações técnico-jurídi-
aos impedimentos e suspeição dos mem-
cas aos órgãos institucionais do Ministério
bros do Ministério Público. Público Militar;
§ 2º As deliberações relativas aos incisos I,
alíneas a e e, XI, XIII, XIV, XV e XVII somente IV – manifestar-se sobre o arquivamento de
poderão ser tomadas com o voto favorável inquérito policial militar, exceto nos casos
de dois terços dos membros do Conselho de competência srcinária do Procurador-
Superior. -Geral;
V – resolver sobre a distribuição especial de
Seção V inquéritos e quaisquer outros feitos, quan-
DA CÂMARA DE COORDENAÇÃO E do a matéria, por sua natureza ou relevân-
REVISÃO DO MINISTÉRIO cia, assim o exigir;
PÚBLICO MILITAR VI – decidir os conflitos de atribuição entre
os órgãos do Ministério Público Militar.
Art. 132. A Câmara de Coordenação e Revisão
do Ministério Público Militar é o órgão de coor- Parágrafo único. A competência fixada no
denação, de integração e de revisão do exercício inciso V será exercida segundo critérios
funcional na Instituição. objetivos previamente estabelecidos pelo
Conselho Superior.
Art. 133. A Câmara de Coordenação e Revisão
do Ministério Público Militar será organizada Seção VI
por ato normativo e o Regimento Interno, que
disporá sobre seu funcionamento, será elabora- DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
do e aprovado pelo Conselho Superior. PÚBLICO MILITAR
Art. 134. A Câmara de Coordenação e Revisão Art. 137. A Corregedoria do Ministério Público
do Ministério Público Militar será composta Militar, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o ór-

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gão fiscalizador das atividades funcionais e da jurisdicionais diferentes do previsto para


conduta dos membros do Ministério Público. a categoria dependerá de autorização do
Conselho Superior.
Art. 138. O Corregedor-Geral do Ministério Pú-
blico Militar será nomeado pelo Procurador-Ge- Art. 141. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da
ral da Justiça Militar dentre os Subprocurado- Justiça Militar, privativamente, o exercício das
res-Gerais da Justiça Militar, integrantes de lista funções de:
tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para
mandato de dois anos, renovável uma vez. I – Corregedor-Geral do Ministério Público

§ 1º Serão suplentes do Corregedor-Geral Militar;


os demais integrantes da lista tríplice, na II – Coordenador da Câmara de Coordena-
ordem em que os designar o Procurador- ção e Revisão do Ministério Público Militar.
-Geral. Art. 142. Os Subprocuradores-Gerais da Justiça
§ 2º O Corregedor-Geral poderá ser desti- Militar serão lotados nos ofícios na Procurado-
tuído, por iniciativa do Procurador-Geral, ria-Geral da Justiça Militar.
antes do término do mandato, pelo voto de Seção VIII
dois terços dos membros do Conselho Su-
perior. DOS PROCURADORES DA
JUSTIÇA MILITAR
Art. 139. Incumbe ao Corregedor-Geral do Mi-
nistério Público: Art. 143. Os Procuradores da Justiça Militar se-
rão designados para oficiar junto às Auditorias
I – realizar, de ofício, ou por determinação
Militares.
do Procurador-Geral ou do Conselho Supe-
rior, correições e sindicâncias, apresentan- § 1º Em caso de vaga ou afastamento do
do os respectivos relatórios; Subprocurador-Geral da Justiça Militar por
prazo superior a trinta dias, poderá ser con-
II – instaurar inquérito contra integrante da
vocado pelo Procurador-Geral, mediante
carreira e propor ao Conselho a instauração
aprovação pelo Conselho Superior, Procu-
do processo administrativo conseqüente;
rador da Justiça Militar e, nenhum desses
III – acompanhar o estágio probatório dos aceitando, poderá ser convocado Promotor
membros do Ministério Público Militar; da Justiça Militar, para substituição.

IV – propor ao Conselho Superior a exone- § 2º O Procurador da Justiça Militar convo-


ração de membro do Ministério Público Mi- cado, ou o Promotor da Justiça Militar, re-
litar que não cumprir as condições do está- ceberá a diferença de vencimentos, corres-
gio probatório. pondente ao cargo de Subprocurador-Geral
da Justiça Militar, inclusive diárias e trans-
Seção VII porte se for o caso.

DOS SUBPROCURADORES-GERAIS
DA JUSTIÇA MILITAR Art. 144. Os Procuradores da Justiça Militar se-
rão lotados nos ofícios nas Procuradorias da Jus-
tiça Militar.
Art. 140. Os Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar serão designados para oficiar junto ao
Superior Tribunal Militar e à Câmara de Coorde-
nação e Revisão.
Parágrafo único. A designação de Subpro-
curador-Geral Militar para oficiar em órgãos

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Seção IX I – instaurar inquérito civil e outros procedi-
DOS PROMOTORES DA mentos administrativos correlatos;
JUSTIÇA MILITAR II – requisitar diligências investigatórias e a
instauração de inquérito policial, podendo
Art. 145. Os Promotores da Justiça Militar serão acompanhá-los e apresentar provas;
designados para oficiar junto às Auditorias Mili-
tares. III – requisitar à autoridade competente a
instauração de procedimentos administrati-
Parágrafo
mento de único. Em caso
Procurador da de vagaMilitar
Justiça ou afasta-
por vos, ressalvados
podendo os de natureza
acompanhá-los disciplinar,
e produzir provas;
prazo superior a trinta dias, poderá ser con-
vocado pelo Procurador-Geral, mediante IV – exercer o controle externo da atividade
aprovação do Conselho Superior, Promotor da polícia do Distrito Federal e da dos Terri-
da Justiça Militar, para a substituição. tórios;

Art. 146. Os Promotores da Justiça Militar serão V – participar dos Conselhos Penitenciários;
lotados nos ofícios nas Procuradorias da Justiça VI – participar, como instituição observado-
Militar. ra, na forma e nas condições estabelecidas
Seção X em ato do Procurador-Geral da República,
de qualquer órgão da administração públi-
DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E DE ca direta, indireta ou fundacional do Distrito
ADMINISTRAÇÃO Federal, que tenha atribuições correlatas às
funções da Instituição;
Art. 147. Os ofícios na Procuradoria-Geral da
Justiça Militar e nas Procuradorias da Justiça Mi- VII – fiscalizar a execução da pena, nos pro-
litar são unidades de lotação e de administração cessos de competência da Justiça do Distri-
do Ministério Público Militar. to Federal e Territórios.
Art. 148. A estrutura das unidades de lotação Art. 151. Cabe ao Ministério Público do Distrito
e de administração será organizada por regula- Federal e Territórios exercer a defesa dos direi-
mento, nos termos da lei. tos constitucionais do cidadão, sempre que se
cuide de garantir-lhes o respeito:
I – pelos Poderes Públicos do Distrito Fede-
CAPÍTULO IV ral e dos Territórios;
DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO II – pelos órgãos da administração pública,
DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS direta ou indireta, do Distrito Federal e dos
Territórios;
Seção I III – pelos concessionários e permissioná-
DA COMPETÊNCIA, DOS ÓRGÃOS E
DA CARREIRA rios do serviço público do Distrito Federal e
dos Territórios;

Art. 149. O Ministério Público do Distrito Fe- IV – por entidades que exerçam outra fun-
deral e Territórios exercerá as suas funções nas ção delegada do Distrito Federal e dos Ter-
causas de competência do Tribunal de Justiça e ritórios.
dos Juízes do Distrito Federal e Territórios.
Art. 152. O Procurador-Geral de Justiça desig-
Art. 150. Incumbe ao Ministério Público do Dis- nará, dentre os Procuradores de Justiça e me-
trito Federal e Territórios: diante prévia aprovação do nome pelo Conse-

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lho Superior, o Procurador Distrital dos Direitos Art. 156. O Procurador-Geral de Justiça será no-
do Cidadão, para servir pelo prazo de dois anos, meado pelo Presidente da República dentre in-
permitida a recondução, precedida de nova de- tegrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio
cisão do Conselho Superior. de Procuradores e Promotores de Justiça, para
mandato de dois anos, permitida uma recondu-
§ 1º Sempre que possível, o Procurador Dis- ção, precedida de nova lista tríplice.
trital não acumulará o exercício de suas fun-
ções com outras do Ministério Público. § 1º Concorrerão à lista tríplice os membros
do Ministério Público do Distrito Federal
§dispensado,
2º O Procurador
antes doDistrital
termo de somente será
sua investi- com mais de cinco anos de exercício nas
funções da carreira e que não tenham sofri-
dura, por iniciativa do Procurador-Geral de do, nos últimos quatro anos, qualquer con-
Justiça, anuindo a maioria absoluta do Con- denação definitiva ou não estejam respon-
selho Superior. dendo a processo penal ou administrativo.
Art. 153. São órgãos do Ministério Público do § 2º O Procurador-Geral poderá ser desti-
Distrito Federal e Territórios: tuído, antes do término do mandato, por
I – o Procurador-Geral de Justiça; deliberação da maioria absoluta do Senado
Federal, mediante representação do Presi-
II – o Colégio de Procuradores e Promotores dente da República.
de Justiça;
Art. 157. O Procurador-Geral designará, dentre
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- os Procuradores de Justiça, o Vice-Procurador-
blico do Distrito Federal e Territórios; -Geral de Justiça, que o substituirá em seus im-
IV – a Corregedoria do Ministério Público do pedimentos. Em caso de vacância, exercerá o
Distrito Federal e Territórios; cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior,
até o seu provimento definitivo.
V – as Câmaras de Coordenação e Revisão
do Ministério Público do Distrito Federal e Art. 158. Compete ao Procurador-Geral de Jus-
tiça exercer as funções atribuídas ao Ministério
Territórios;
Público no Plenário do Tribunal de Justiça do
VI – os Procuradores de Justiça; Distrito Federal e Territórios, propondo as ações
cabíveis e manifestando-se nos processos de
VII – os Promotores de Justiça; sua competência.
VIII – os Promotores de Justiça Adjuntos. Art. 159. Incumbe ao Procurador-Geral de Justi-
Art. 154. A carreira do Ministério Público do ça, como Chefe do Ministério Público:
Distrito Federal e Territórios é constituída pelos I – representar o Ministério Público do Dis-
cargos de Procurador de Justiça, Promotor de trito Federal e Territórios;
Justiça e Promotor de Justiça Adjunto.
II – integrar, como membro nato, o Colégio
Parágrafo único.
o de Promotor deOJustiça
cargo Adjunto
inicial daecarreira
o últimoé de Procuradores e Promotores de Justiça, o
Conselho Superior e a Comissão de Concur-
o de Procurador de Justiça. so;
Seção II III – designar o Procurador Distrital dos Di-
DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA reitos do Cidadão;

Art. 155. O Procurador-Geral de Justiça é o Che- IV – designar um dos membros e o Coorde-


fe do Ministério Público do Distrito Federal e nador de cada uma das Câmaras de Coor-
Territórios.

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denação e Revisão do Ministério Público do d) acompanhar procedimentos administra-
Distrito Federal e Territórios; tivos e inquéritos policiais, instaurados em
áreas estranhas à sua competência especí-
V – nomear o Corregedor-Geral do Ministé- fica, desde que relacionados a fatos de inte-
rio Público do Distrito Federal e Territórios; resse da Instituição;
VI – decidir, em grau de recurso, os conflitos XIV – homologar, ouvido o Conselho Supe-
de atribuições entre órgãos do Ministério rior, o resultado de concurso para ingresso
Público do Distrito Federal e Territórios; na carreira;
VII – determinar a abertura de correição, XV – fazer publicar o aviso de existência de
sindicância ou inquérito administrativo; vaga, na lotação e na relação bienal de de-
VIII – determinar a instauração de inquérito signações;
ou processo administrativo contra servido- XVI – propor ao Procurador-Geral da Repú-
res dos serviços auxiliares; blica, ouvido o Conselho Superior, a criação
IX – decidir processo disciplinar contra e a extinção de cargos da carreira e dos ofí-
membro da carreira ou servidor dos servi- cios em que devam ser exercidas suas fun-
ços auxiliares, aplicando as sanções que se- ções;
jam de sua competência; XVII – elaborar a proposta orçamentária do
X – decidir, atendendo a necessidade do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
serviço, sobre: ritórios, submetendo-a ao Conselho Supe-
rior;
a) remoção a pedido ou por permuta;
XVIII – encaminhar ao Procurador-Geral da
b) alteração parcial da lista bienal de desig- República a proposta orçamentária do Mi-
nações; nistério Público do Distrito Federal e Terri-
XI – autorizar o afastamento de membros tórios, após sua aprovação pelo Conselho
do Ministério Público do Distrito Federal e Superior;
Territórios, ouvido o Conselho Superior, nos XIX – organizar a prestação de contas do
casos previstos em lei; exercício anterior, encaminhando-a ao Pro-
XII – dar posse aos membros do Ministério curador-Geral da República;
Público do Distrito Federal e Territórios; XX – praticar atos de gestão administrativa,
XIII – designar membro do Ministério Públi- financeira e de pessoal;
co do Distrito Federal e Territórios para: XXI – elaborar o relatório de atividades do
a) funcionar nos órgãos em que a participa- Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
ção da Instituição seja legalmente prevista, ritórios;
ouvido o Conselho Superior; XXII – coordenar as atividades do Ministério
b) integrar comissões técnicas ou científi- Público do Distrito Federal e Territórios;
cas, relacionadas às funções da Instituição, XXIII – exercer outras atribuições previstas
ouvido o Conselho Superior; em lei.
c) assegurar a continuidade dos serviços, Art. 160. As atribuições do Procurador-Geral de
em caso de vacância, afastamento temporá- Justiça, previstas nos incisos XIII, alíneas c, d,
rio, ausência, impedimento ou suspeição do XXII e XXIII, do artigo anterior, poderão ser dele-
titular, na inexistência ou falta do substituto gadas a Coordenador de Câmara de Coordena-
designado; ção e Revisão.

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Seção III Procuradores e Promotores de Justiça reu-


DO COLÉGIO DE PROCURADORES E nir-se-á em local designado pelo Procura-
dor-Geral de Justiça, desde que convocado
PROMOTORES DE JUSTIÇA por ele ou pela maioria de seus membros.
Art. 161. O Colégio de Procuradores e Promoto- § 3º O Regimento Interno do Colégio de
res de Justiça, presidido pelo Procurador-Geral Procuradores e Promotores de Justiça dis-
de Justiça, é integrado por todos os membros porá sobre seu funcionamento.
da carreira em atividade no Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios. Seção IV
Art. 162. Compete ao Colégio de Procuradores e DO CONSELHO SUPERIOR DO
Promotores de Justiça: MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
I – elaborar, mediante voto plurinominal,
facultativo e secreto, a lista tríplice para o Art. 163. O Conselho Superior do Ministério Pú-
cargo de Procurador-Geral de Justiça; blico do Distrito Federal e Territórios, presidido
II – opinar sobre assuntos gerais de interes- pelo Procurador-Geral de Justiça, tem a seguin-
se da Instituição; te composição:

III – elaborar, mediante voto plurinominal, I – o Procurador-Geral de Justiça e o Vice-


facultativo e secreto, lista sêxtupla para a -Procurador-Geral de Justiça, que o inte-
composição do Tribunal de Justiça do Distri- gram como membros natos;
to Federal e Territórios, sendo elegíveis os II – quatro Procuradores de Justiça, eleitos,
membros do Ministério Público do Distrito para mandato de dois anos, na forma do
Federal e Territórios com mais de dez anos inciso IV do artigo anterior, permitida uma
de carreira; reeleição;
IV – eleger, dentre os Procuradores de Justi- III – quatro Procuradores de Justiça, eleitos
ça e mediante voto plurinominal, facultati- para um mandato de dois anos, por seus pa-
vo e secreto, quatro membros do Conselho res, mediante voto plurinominal, facultativo
Superior do Ministério Público do Distrito e secreto, permitida uma reeleição.
Federal e Territórios;
§ 1º Serão suplentes dos membros de que
V – elaborar, mediante voto plurinominal, tratam os incisos II e III os demais votados,
facultativo e secreto, lista sêxtupla para a em ordem decrescente, observados os cri-
composição do Superior Tribunal de Justi- térios gerais de desempate.
ça, sendo elegíveis os membros do Ministé-
rio Público do Distrito Federal e Territórios, § 2º O Conselho Superior elegerá o seu Vi-
com mais de trinta e cinco e menos de ses- ce-Presidente, que substituirá o Presidente
senta e cinco anos de idade. em seus impedimentos e em caso de vacân-
cia.
§ 1º Para os fins previstos nos incisos I, II, III,
IV e V, prescindir-se-á de reunião do ColégioArt. 164. O Conselho Superior do Ministério
de Procuradores e Promotores de Justiça, Público do Distrito Federal e Territórios reunir-
procedendo-se segundo dispuser o seu Re- -se-á, ordinariamente, uma vez por mês, em dia
gimento Interno, exigido o voto da maioria previamente fixado, e, extraordinariamente,
absoluta dos eleitores. quando convocado pelo Procurador-Geral de
Justiça ou por proposta da maioria absoluta de
§ 2º Excepcionalmente, em caso de inte- seus membros.
resse relevante da Instituição, o Colégio de

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Art. 165. Salvo disposição em contrário, as deli- VI – elaborar a lista tríplice para Correge-
berações do Conselho Superior serão tomadas dor-Geral do Ministério Público do Distrito
por maioria de votos, presente a maioria abso- Federal e Territórios;
luta de seus membros.
VII – aprovar a lista de antigüidade do Mi-
Art. 166. Compete ao Conselho Superior do Mi- nistério Público do Distrito Federal e Terri-
nistério Público do Distrito Federal e Territórios: tórios e decidir sobre as reclamações a ela
concernentes;
I – exercer o poder normativo no âmbito do
Ministério Público doosDistrito
ritórios, observados Federal
princípios e Ter-
desta lei VIII
blico– do
indicar o membro
Distrito Federal do Ministério para
e Territórios Pú-
complementar, especialmente para elabo- promoção por antigüidade, observado o
rar e aprovar: disposto no art. 93, II, alínea d, da Constitui-
ção Federal;
a) o seu regimento interno, o do Colégio de
Procuradores e Promotores de Justiça do IX – opinar sobre a designação de membro
Distrito Federal e Territórios e os das Câma- do Ministério Público do Distrito Federal e
ras de Coordenação e Revisão do Ministério Territórios para:
Público do Distrito Federal e Territórios;
a) funcionar nos órgãos em que a participa-
b) as normas e as instruções para o concur- ção da Instituição seja legalmente prevista;
so de ingresso na carreira;
b) integrar comissões técnicas ou científicas
c) as normas sobre as designações para os relacionadas às funções da Instituição;
diferentes ofícios do Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios; X – opinar sobre o afastamento temporário
de membro do Ministério Público do Distri-
d) os critérios para distribuição de inquéri- to Federal e Territórios;
tos, procedimentos administrativos e quais-
quer outros feitos no Ministério Público do XI – determinar a realização de correições e
Distrito Federal e Territórios; sindicâncias e apreciar os relatórios corres-
pondentes;
e) os critérios de promoção por merecimen-
to, na carreira; XII – determinar a instauração de proces-
sos administrativos em que o acusado seja
f) o procedimento para avaliar o cumpri- membro do Ministério Público do Distrito
mento das condições do estágio probatório; Federal e Territórios, apreciar seus relató-
rios e propor as medidas cabíveis;
II – aprovar o nome do Procurador Distrital
dos Direitos do Cidadão; XIII – determinar o afastamento preventivo
do exercício de suas funções, de membro
III – indicar os integrantes das Câmaras de do Ministério Público do Distrito Federal e
Coordenação e Revisão; Territórios, indiciado ou acusado em pro-
IV – destituir, por iniciativa do Procurador- cesso disciplinar, e seu retorno;
-Geral e pelo voto de dois terços de seus XIV – autorizar a designação, em caráter
membros, o Corregedor-Geral; excepcional, de membros do Ministério Pú-
V – elaborar a lista tríplice destinada à pro- blico do Distrito Federal e Territórios, para
moção por merecimento; exercício de atribuições processuais peran-
te juízos, tribunais ou ofícios diferentes dos
estabelecidos para cada categoria;

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XV – designar a comissão de processo admi- Seção V


nistrativo em que o acusado seja membro DAS CÂMARAS DE COORDENAÇÃO
do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios; E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DO DISTRITO FEDERAL
XVI – decidir sobre o cumprimento do es- E TERRITÓRIOS
tágio probatório por membro do Ministé-
rio Público do Distrito Federal e Territórios, Art. 167. As Câmaras de Coordenação e Revisão
propondo ao Procurador-Geral da Repúbli- do Ministério Público do Distrito Federal e Terri-
ca, quando for o caso, a sua exoneração; tórios são órgãos setoriais de coordenação, de
XVII – decidir sobre remoção e disponibili- integração e de revisão do exercício funcional
dade de membro do Ministério Público do na instituição.
Distrito Federal e Territórios, por motivo de Art. 168. As Câmaras de Coordenação e Revisão
interesse público; serão organizadas por função ou por matéria,
XVIII – autorizar, pela maioria absoluta de através de ato normativo.
seus membros, que o Procurador-Geral da Parágrafo único. O Regimento Interno, que
República ajuíze ação de perda de cargo disporá sobre o funcionamento das Câma-
contra membro vitalício do Ministério Públi- ras de Coordenação e Revisão, será elabora-
co do Distrito Federal e Territórios, nos ca- do e aprovado pelo Conselho Superior.
sos previstos em lei;
Art. 169. As Câmaras de Coordenação e Revisão
XIX – opinar sobre os pedidos de reversão do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
de membro da carreira; ritórios serão compostas por três membros do
XX – aprovar proposta de lei para o aumen- Ministério Público do Distrito Federal e Territó-
to do número de cargos da carreira e dos rios, sendo um indicado pelo Procurador-Geral
ofícios; de Justiça e dois pelo Conselho Superior do Mi-
nistério Público do Distrito Federal e Territórios,
XXI – deliberar sobre a realização de con- juntamente com seus suplentes, para um man-
curso para ingresso na carreira, designar os dato de dois anos, sempre que possível, dentre
membros da Comissão de Concurso e opi- integrantes do último grau da carreira.
nar sobre a homologação dos resultados;
Art. 170. Dentre os integrantes da respectiva
XXII – aprovar a proposta orçamentária que Câmara de Coordenação e Revisão, um será de-
integrará o projeto de orçamento do Minis- signado pelo Procurador-Geral para a função
tério Público da União; executiva de Coordenador.
XXIII – exercer outras funções atribuídas em Art. 171. Compete às Câmaras de Coordenação
lei. e Revisão:
Parágrafo único.O Procurador-Geral de Jus- I – promover a integração e a coordenação
tiça e os membros do Conselho Superior es- dos órgãos institucionais que atuem em ofí-
tarão impedidos de participar das decisões cios ligados à sua atividade setorial, obser-
deste nos casos previstos nas leis proces- vado o princípio da independência funcio-
suais para o impedimento e a suspeição de nal;
membros do Ministério Público.
II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
dades que atuem em áreas afins;

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III – encaminhar informações técnico-jurídi- § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
cas aos órgãos institucionais que atuem em membros do Conselho Superior.
seu setor;
§ 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral
IV – homologar a promoção de arquivamen- os demais integrantes da lista tríplice, na
to de inquérito civil ou peças de informação ordem em que os designar o Procurador-
ou designar outro órgão do Ministério Pú- -Geral.
blico para fazê-lo;
§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destitu-
V – manifestar-se
inquérito policial,sobre o arquivamento
inquérito de
parlamentar ído portérmino
tes do iniciativa
do do Procurador-Geral,
mandato, an-
pelo Conselho
ou peças de informação, exceto nos casos Superior, observado o disposto no inciso IV
de competência srcinária do Procurador- do art. 166.
-Geral;
Art. 174. Compete ao Corregedor-Geral do Mi-
VI – resolver sobre a distribuição especial de nistério Público do Distrito Federal e Territórios:
inquéritos, feitos e procedimentos, quando
a matéria, por sua natureza ou relevância, I – participar, sem direito a voto, das reuni-
assim o exigir; ões do Conselho Superior;

VII – resolver sobre a distribuição especial II – realizar, de ofício ou por determinação


de feitos, que, por sua contínua reiteração, do Procurador-Geral ou do Conselho Supe-
devam receber tratamento uniforme; rior, correições e sindicâncias, apresentan-
do os respectivos relatórios;
VIII – decidir os conflitos de atribuição entre
os órgãos do Ministério Público do Distrito III – instaurar inquérito contra integrante
Federal e Territórios. da carreira e propor ao Conselho Superior
a instauração do processo administrativo
Parágrafo único. A competência fixada nos conseqüente;
incisos VI e VII será exercida segundo crité-
rios objetivos previamente estabelecidos IV – acompanhar o estágio probatório dos
pelo Conselho Superior. membros do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios;
Seção VI V – propor ao Conselho Superior a exone-
DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO ração de membro do Ministério Público do
PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL Distrito Federal e Territórios que não cum-
E TERRITÓRIOS prir as condições do estágio probatório.

Art. 172. A Corregedoria do Ministério Público Seção VII


do Distrito Federal e Territórios, dirigida pelo DOS PROCURADORES DE JUSTIÇA
Corregedor-Geral, é o órgão fiscalizador das ati-
Art. 175. Os Procuradores de Justiça serão de-
vidades funcionais
do Ministério e dadoconduta
Público Distritodos membros
Federal e Ter- signados para oficiar junto ao Tribunal de Justi-
ritórios. ça e nas Câmaras de Coordenação e Revisão.

Art. 173. O Corregedor-Geral do Ministério Pú- Parágrafo único. A designação de Procura-


blico do Distrito Federal e Territórios será no- dor de Justiça para oficiar em órgãos jurisdi-
meado pelo Procurador-Geral dentre os Procu- cionais diferentes do previsto para a catego-
radores de Justiça integrantes de lista tríplice ria dependerá de autorização do Conselho
elaborada pelo Conselho Superior, para manda- Superior.
to de dois anos, renovável uma vez.

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Art. 176. Cabe aos Procuradores de Justiça, pri- Art. 181. A estrutura básica da Procuradoria-Ge-
vativamente, o exercício das funções de: ral de Justiça será organizada por regulamento,
nos termos da lei.
I – Corregedor-Geral do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios;
II – Procurador Distrital dos Direitos do Ci- TÍTULO III
dadão;
Das Disposições
III – Coordenador de Câmara de Coordena-
ção e Revisão. Estatutárias Especiais
Art. 177. Os Procuradores de Justiça serão lota-
dos nos ofícios na Procuradoria-Geral da Justiça
do Distrito Federal e Territórios. CAPÍTULO I
DA CARREIRA
Seção VIII
DOS PROMOTORES DE JUSTIÇA Seção I
Art. 178. Os Promotores de Justiça serão desig- DO PROVIMENTO
nados para oficiar junto às Varas da Justiça do
Art. 182. Os cargos do Ministério Público da
Distrito Federal e Territórios.
União, salvo os de Procurador-Geral da Repúbli-
Parágrafo único. Os Promotores de Justiça ca, Procurador-Geral do Trabalho, Procurador-
serão lotados nos ofícios previstos para as -Geral da Justiça Militar e Procurador-Geral de
Promotorias de Justiça. Justiça do Distrito Federal e Territórios, são de
provimento vitalício e constituem as carreiras
Seção IX independentes de cada ramo.
DOS PROMOTORES DE Art. 183. Os cargos das classes iniciais serão
JUSTIÇA ADJUNTOS providos por nomeação, em caráter vitalício,
mediante concurso público específico para cada
Art. 179. Os Promotores de Justiça Adjuntos ramo.
serão designados para oficiar junto às Varas da
Justiça do Distrito Federal e Territórios. Art. 184. A vitaliciedade somente será alcança-
da após dois anos de efetivo exercício.
Parágrafo único. Os Promotores de Justiça
Adjuntos serão lotados nos ofícios previstos Art. 185. É vedada a transferência ou aprovei-
para as Promotorias de Justiça. tamento nos cargos do Ministério Público da
União, mesmo de um para outro de seus ramos.
Seção X
DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E Seção II
DO CONCURSO
DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 180. Os ofícios na Procuradoria-Geral da Art. 186. O concurso público de provas e títu-
Justiça do Distrito Federal e Territórios e nas los para ingresso em cada carreira do Ministério
Promotorias de Justiça serão unidades de lota- Público da União terá âmbito nacional, desti-
ção e de administração do Ministério Público do nando-se ao preenchimento de todas as vagas
Distrito Federal e Territórios. existentes e das que ocorrerem no prazo de efi-
cácia.

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Parágrafo único. O concurso será realizado, rior decidir que devam ser providas inicial-
obrigatoriamente, quando o número de va- mente.
gas exceder a dez por cento do quadro res-
pectivo e, facultativamente, a juízo do Con- § 2º O candidato aprovado poderá renun-
selho Superior competente. ciar à nomeação correspondente à sua clas-
sificação, antecipadamente ou até o termo
Art. 187. Poderão inscrever-se no concurso ba- final do prazo de posse, caso em que o re-
charéis em Direito há pelo menos dois anos, de nunciante será deslocado para o último lu-
comprovada idoneidade moral. gar na lista dos classificados.
Art. 188. O concurso obedecerá ao regulamento Seção III
elaborado pelo Conselho Superior competente, DA POSSE E DO EXERCÍCIO
observado o disposto no art. 31.
Art. 189. A Comissão de Concurso será integra- Art. 195. O prazo para a posse nos cargos do
da pelo Procurador-Geral, seu Presidente, por Ministério Público da União é de trinta dias,
dois membros do respectivo ramo do Ministério contado da publicação do ato de nomeação,
Público e por um jurista de reputação ilibada, prorrogável por mais sessenta dias, mediante
indicados pelo Conselho Superior e por um ad- comunicação do nomeado, antes de findo o pri-
vogado indicado pelo Conselho Federal da Or- meiro prazo.
dem dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. O empossado prestará
Art. 190. O edital de abertura do concurso con- compromisso de bem cumprir os deveres
terá a relação dos cargos vagos, com a respecti- do cargo, em ato solene, presidido pelo Pro-
va lotação, e fixará, para as inscrições, prazo não curador-Geral.

inferior
no Diárioa Oficial.
trinta dias, contado de sua publicação
Art. 196. Para entrar no exercício do cargo, o
empossado terá o prazo de trinta dias, prorro-
Art. 191. Não serão nomeados os candidatos gável por igual período, mediante comunicação,
aprovados no concurso, que tenham completa- antes de findo o prazo inicial.
do sessenta e cinco anos ou que venham a ser
Seção IV
considerados inaptos para o exercício do cargo,
em exame de higidez física e mental. DO E STÁGIO PROBATÓRIO
Art. 192. O Procurador-Geral competente, ouvi- Art. 197. Estágio probatório é o período dos
do o Conselho Superior, decidirá sobre a homo- dois primeiros anos de efetivo exercício do car-
logação do concurso, dentro de trinta dias, con- go pelo membro do Ministério Público da União.
tados da publicação do resultado final.
Art. 198. Os membros do Ministério Público da
Art. 193. O prazo de eficácia do concurso, para União, durante o estágio probatório, somente
efeito de nomeação, será de dois anos contados poderão perder o cargo mediante decisão da
da publicação do ato homologatório, prorrogá- maioria absoluta do respectivo Conselho Supe-
vel uma vez pelo mesmo período. rior.
Art. 194. A nomeação dos candidatos habilita- Seção V
dos no concurso obedecerá à ordem de classi- DAS PROMOÇÕES
ficação.
Art. 199. As promoções far-se-ão, alternada-
§ 1º Os candidatos aprovados, na ordem de
mente, por antigüidade e merecimento.
classificação, escolherão a lotação de sua
preferência, na relação das vagas que, após § 1º A promoção deverá ser realizada até
o resultado do concurso, o Conselho Supe- trinta dias da ocorrência da vaga; não de-

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cretada no prazo legal, a promoção produzi- membro do Ministério Público da União afasta-
rá efeitos a partir do termo final dele. do da carreira para:
§ 2º Para todos os efeitos, será considerado I – exercer cargo eletivo ou a ele concorrer;
promovido o membro do Ministério Público
da União que vier a falecer ou se aposentar II – exercer outro cargo público permitido
sem que tenha sido efetivada, no prazo le- por lei.
gal, a promoção que cabia por antigüidade, Art. 202. (Vetado).
ou por força do § 3º do artigo subseqüente.
§ 3º É facultada a recusa de promoção, sem § 1º A lista de antigüidade será organizada
no primeiro trimestre de cada ano, aprova-
prejuízo do critério de preenchimento da da pelo Conselho Superior e publicada no
vaga recusada. Diário Oficial até o último dia do mês se-
§ 4º É facultada a renúncia à promoção, em guinte.
qualquer tempo, desde que haja vaga na ca- § 2º O prazo para reclamação contra a lista
tegoria imediatamente anterior. de antigüidade será de trinta dias, contado
Art. 200. O merecimento, para efeito de promo- da publicação.
ção, será apurado mediante critérios de ordem § 3º O desempate na classificação por anti-
objetiva, fixados em regulamento elaborado güidade será determinado, sucessivamente,
pelo Conselho Superior do respectivo ramo, ob- pelo tempo de serviço na respectiva carrei-
servado o disposto no art. 31 desta lei comple- ra do Ministério Público da União, pelo tem-
mentar. po de serviço público federal, pelo tempo
§ 1º À promoção por merecimento só po- de serviço público em geral e pela idade dos
derão concorrer os membros do Ministério candidatos, em favor do mais idoso; na clas-
Público da União com pelo menos dois anos sificação inicial, o primeiro desempate será
de exercício na categoria e integrantes da determinado pela classificação no concurso.
primeira quinta parte da lista de antigüida- § 4º Na indicação à promoção por antigüi-
de, salvo se não houver com tais requisitos dade, o Conselho Superior somente poderá
quem aceite o lugar vago; em caso de recu- recusar o mais antigo pelo voto de dois ter-
sa, completar-se-á a fração incluindo-se ou- ços de seus integrantes, repetindo-se a vo-
tros integrantes da categoria, na seqüência tação até fixar-se a indicação.
da ordem de antigüidade.
Seção VI
§ 2º Não poderá concorrer à promoção por
merecimento quem tenha sofrido penalida- DOS AFASTAMENTOS
de de censura ou suspensão, no período de
Art. 203. Sem prejuízo dos vencimentos, vanta-
um ano imediatamente anterior à ocorrên-
gens, ou qualquer direito, o membro do Minis-
cia da vaga, em caso de censura; ou de dois
tério Público da União poderá afastar-se de suas
anos, em caso de suspensão.
funções:
§ 3º Será obrigatoriamente promovido
I – até oito dias consecutivos, por motivo de
quem houver figurado por três vezes conse-
casamento;
cutivas, ou cinco alternadas, na lista tríplice
elaborada pelo Conselho Superior. II – até oito dias consecutivos, por motivo
de falecimento de cônjuge ou companheiro,
Art. 201. Não poderá concorrer à promoção
ascendente ou descendente, irmão ou pes-
por merecimento, até um dia após o regresso, o
soa que viva sob sua dependência econômi-
ca;

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III – até cinco dias úteis, para compareci- § 3º Não se considera de efetivo exercício,
mento a encontros ou congressos, no âm- para fins de estágio probatório, o período
bito da instituição ou promovidos pela en- de afastamento do membro do Ministério
tidade de classe a que pertença, atendida a Público da União.
necessidade do serviço.
§ 4º Ao membro do Ministério Público da
Art. 204. O membro do Ministério Público da União que haja se afastado de suas funções
União poderá afastar-se do exercício de suas para o fim previsto no inciso I não será con-
funções para: cedida exoneração ou licença para tratar de
I – freqüentar cursos de aperfeiçoamento interesses particulares antes de decorrido
período igual ao de afastamento, ressalvada
e estudos, no País ou no exterior, por pra- a hipótese de ressarcimento do que houver
zo não superior a dois anos, prorrogável, no recebido a título de vencimentos e vanta-
máximo, por igual período; gens em virtude do afastamento.
II – comparecer a seminários ou congressos,
no País ou no exterior; Seção VII
DA REINTEGRAÇÃO
III – ministrar cursos e seminários destina-
dos ao aperfeiçoamento dos membros da Art. 205. A reintegração, que decorrerá de deci-
instituição; são judicial passada em julgado, é o reingresso
do membro do Ministério Público da União na
IV – exercer cargo eletivo nos casos previs- carreira, com ressarcimento dos vencimentos
tos em lei ou a ele concorrer, observadas as e vantagens deixados de perceber em razão da
seguintes condições: demissão, contando-se o tempo de serviço cor-

a) o afastamento será facultativo e sem re- respondente ao afastamento.


muneração, durante o período entre a esco- § 1º O titular do cargo no qual se deva dar
lha como candidato a cargo eletivo em con- a reintegração será reconduzido àquele que
venção partidária e a véspera do registro da anteriormente ocupava, o mesmo aconte-
candidatura na Justiça Eleitoral; cendo com o titular do cargo para o qual
b) o afastamento será obrigatório a partir deva ocorrer a recondução; sendo da classe
do dia do registro da candidatura pela Jus- inicial o cargo objeto da reintegração ou da
tiça; recondução, seu titular ficará em disponibi-
lidade, com proventos idênticos à remune-
V – ausentar-se do País em missão oficial. ração que venceria, se em atividade estives-
§ 1º O afastamento, salvo na hipótese do in- se.
ciso IV, só se dará mediante autorização do § 2º A disponibilidade prevista no parágra-
Procurador-Geral, depois de ouvido o Con- fo anterior cessará com o aproveitamento
selho Superior e atendida a necessidade de obrigatório na primeira vaga que venha a
serviço. ocorrer na classe inicial.
§ 2º Os casos de afastamento previstos nes- § 3º O reconduzido, caso tenha sido promo-
te artigo dar-se-ão sem prejuízo dos ven- vido por merecimento, fará jus à promoção
cimentos, vantagens ou qualquer direito na primeira vaga a ser provida por idêntico
inerente ao cargo, assegurada, no caso do critério, atribuindo-se-lhe, quanto à antigüi-
inciso IV, a escolha da remuneração preferi- dade na classe, os efeitos de sua promoção
da, sendo o tempo de afastamento conside- anterior.
rado de efetivo exercício para todos os fins
e efeitos de direito.

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§ 4º O reintegrado será submetido ao exa- selho Superior, pelo voto de dois terços de seus
me médico exigido para o ingresso na car- membros, assegurada ampla defesa.
reira, e, verificando-se sua inaptidão para
exercício do cargo, será aposentado, com as Art. 212. A remoção a pedido singular atende-
vantagens a que teria direito, se efetivada a rá à conveniência do serviço, mediante reque-
reintegração. rimento apresentado nos quinze dias seguintes
à publicação de aviso da existência de vaga; ou,
Seção VIII decorrido este prazo, até quinze dias após a pu-
blicação da deliberação do Conselho Superior
DA REVERSÃO E DA READMISSÃO sobre a realização de concurso para ingresso na
Art. 206. (Vetado). carreira.

Art. 207. (Vetado). § 1º O aviso será publicado no Diário Oficial,


dentro de quinze dias da vacância.
§ 2º Havendo mais de um candidato à re-
moção, ao fim do primeiro prazo previsto
CAPÍTULO II no caput deste artigo, será removido o de
DOS DIREITOS maior antigüidade; após o decurso deste
prazo, prevalecerá a ordem cronológica de
Seção I entrega dos pedidos.
DA VITALICIEDADE E DA
Art. 213. A remoção por permuta será concedi-
INAMOVIBILIDADE da mediante requerimento dos interessados.
Art. 208. Os membros do Ministério Público da
Seção II
União, após dois anos de efetivo exercício, só DAS DESIGNAÇÕES
poderão ser demitidos por decisão judicial tran-
sitada em julgado.
Art. 214. A designação é o ato que discrimina as
Parágrafo único.A propositura de ação para funções que sejam compatíveis com as previs-
perda de cargo, quando decorrente de pro- tas nesta lei complementar, para cada classe das
posta do Conselho Superior depois de apre- diferentes carreiras.
ciado o processo administrativo, acarretará
Parágrafo único. A designação para o exer-
o afastamento do membro do Ministério
cício de funções diferentes das previstas
Público da União do exercício de suas fun-
para cada classe, nas respectivas carreiras,
ções, com a perda dos vencimentos e das
somente será admitida por interesse do ser-
vantagens pecuniárias do respectivo cargo.
viço, exigidas a anuência do designado e a
Art. 209. Os membros do Ministério Público da autorização do Conselho Superior.
União são inamovíveis, salvo motivo de interes-
Art. 215. As designações serão feitas observa-
se público, na forma desta lei complementar.
dos os critérios da lei e os estabelecidos pelo
Art. 210. A remoção, para efeito desta lei com- Conselho Superior:
plementar, é qualquer alteração de lotação.
I – para o exercício de função definida por
Parágrafo único. A remoção será feita de esta lei complementar;
ofício, a pedido singular ou por permuta.
II – para o exercício de função nos ofícios
Art. 211. A remoção de ofício, por iniciativa do definidos em lei.
Procurador-Geral, ocorrerá somente por motivo
Art. 216. As designações, salvo quando estabe-
de interesse público, mediante decisão do Con-
lecido outro critério por esta lei complementar,

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serão feitas por lista, no último mês do ano, para § 1º Os períodos de gozo de férias dos
vigorar por um biênio, facultada a renovação. membros do Ministério Público da União,
que oficiem perante Tribunais, deverão ser
Art. 217. A alteração da lista poderá ser feita, simultâneos com os das férias coletivas des-
antes do termo do prazo, por interesse do ser- tes, salvo motivo relevante ou o interesse
viço, havendo: do serviço.
I – provimento de cargo; § 2º Independentemente de solicitação,
II – desprovimento de cargo; será paga ao membro do Ministério Público
da União, por ocasião das férias, importân-
III – criação de ofício; cia correspondente a um terço da remune-
IV – extinção de ofício; ração do período em que as mesmas devam
ser gozadas.
V – pedido do designado;
§ 3º O pagamento da remuneração das fé-
VI – pedido de permuta. rias será efetuado até dois dias antes do
início de gozo do respectivo período, facul-
Art. 218. A alteração parcial da lista, antes do tada a conversão de um terço das mesmas
termo do prazo, quando modifique a função do em abono pecuniário, requerido com pelo
designado, sem a sua anuência, somente será menos sessenta dias de antecedência, nele
admitida nas seguintes hipóteses: considerado o valor do acréscimo previsto
I – extinção, por lei, da função ou ofício para no parágrafo anterior.
o qual estava designado; § 4º Em caso de exoneração, será devida
II – nova lotação, em decorrência de: ao membro do Ministério Público da União
indenização relativa ao período de férias a
a) promoção; e que tiver direito e ao incompleto, na pro-
porção de um doze avos por mês de efeti-
b) remoção;
vo exercício, ou fração superior a quatorze
III – afastamento ou disponibilidade; dias, calculada com base na remuneração
do mês em que for publicado o ato exone-
IV – aprovação pelo Conselho Superior, de ratório.
proposta do Procurador-Geral, pelo voto se-
creto de dois terços de seus membros. Art. 221. O direito a férias será adquirido após o
primeiro ano de exercício.
Parágrafo único. A garantia estabeleci-
da neste artigo não impede a acumulação Art. 222. Conceder-se-á aos membros do Minis-
eventual de ofícios ou que sejam ampliadas tério Público da União licença:
as funções do designado.
I – por motivo de doença em pessoa da fa-
Art. 219. (Vetado). mília;

Seção III II – por motivo de afastamento do cônjuge


ou companheiro;
DAS FÉRIAS E LICENÇAS
III – prêmio por tempo de serviço;
Art. 220. Os membros do Ministério Público
terão direito a férias de sessenta dias por ano, IV – para tratar de interesses particulares;
contínuos ou divididos em dois períodos iguais,
V – para desempenho de mandato classista.
salvo acúmulo por necessidade de serviço e
pelo máximo de dois anos. § 1º A licença prevista no inciso I será prece-
dida de exame por médico ou junta médica

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oficial, considerando-se pessoas da família c) será concedida sem prejuízo dos venci-
o cônjuge ou companheiro, o padrasto, a mentos, vantagens ou qualquer direito ine-
madrasta, o ascendente, o descendente, o rente ao cargo;
enteado, o colateral consangüíneo ou afim
até o segundo grau civil. A licença estará d) para efeito de aposentadoria, será conta-
submetida, ainda, às seguinte condições: do em dobro o período não gozado.

a) somente será deferida se a assistência § 4º A licença prevista no inciso IV poderá


direta do membro do Ministério Público ser concedida ao membro do Ministério Pú-
da União for indispensável e não puder ser blico da União
dois anos vitalício, sem
consecutivos, pelo remuneração,
prazo de até
dada simultaneamente com o exercício do
cargo; observadas as seguintes condições:

b) será concedida sem prejuízo dos ven- a) poderá ser interrompida, a qualquer tem-
cimentos, vantagens ou qualquer direito po, a pedido do interessado ou no interesse
inerente ao cargo, salvo para contagem de do serviço;
tempo de serviço em estágio probatório, b) não será concedida nova licença antes de
até noventa dias, podendo ser prorrogada decorrido dois anos do término da anterior.
por igual prazo nas mesmas condições. Ex-
cedida a prorrogação, a licença será consi- § 5º A licença prevista no inciso V será de-
derada como para tratar de interesses par- vida ao membro do Ministério Público da
ticulares. União investido em mandato em confede-
ração, federação, associação de classe de
§ 2º A licença prevista no inciso II poderá âmbito nacional ou sindicato representativo
ser concedida quando o cônjuge ou compa- da categoria, observadas as seguintes con-
nheiro for deslocado para outro ponto do dições:
território nacional, para o exterior ou para
exercício de mandato eletivo dos Poderes a) somente farão jus à licença os eleitos
Executivo e Legislativo; será por prazo inde- para cargos de direção ou representantes
terminado e sem remuneração, salvo se o nas referidas entidades, até o máximo de
membro do Ministério Público da União pu- três por entidade;
der ser lotado, provisoriamente, em ofício
b) a licença terá duração igual à do manda-
vago no local para onde tenha se deslocado
to, podendo ser prorrogada no caso de ree-
e compatível com o seu cargo, caso em que
leição, e por uma única vez;
a licença será convertida em remoção pro-
visória. c) será concedida sem prejuízo dos venci-
mentos, vantagens ou qualquer direito ine-
§ 3º A licença prevista no inciso III será de- rente ao cargo.
vida após cada qüinqüênio ininterrupto de
exercício, pelo prazo de três meses, obser- § 6º É vedado o exercício de atividade re-
vadas as seguintes condições: munerada durante o período da licença pre-
vista no inciso I.
a) será convertida em pecúnia em favor dos
beneficiários do membro do Ministério Pú- § 7º A licença concedida dentro de sessenta
blico da União falecido, que não a tiver go- dias do término de outra da mesma espécie
zado; será considerada como prorrogação.
b) não será devida a quem houver sofrido Art. 223. Conceder-se-á aos membros do Minis-
penalidade de suspensão durante o período tério Público da União, além das previstas no ar-
aquisitivo ou tiver gozado as licenças previs- tigo anterior, as seguintes licenças:
tas nos incisos II e IV;

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I – para tratamento de saúde, a pedido ou III – à gestante, por cento e vinte dias, ob-
de ofício, com base em perícia médica, ob- servadas as seguintes condições:
servadas as seguintes condições:
a) poderá ter início no primeiro dia no nono
a) a licença será concedida sem prejuízo dos mês de gestação, salvo antecipação por
vencimentos e vantagens do cargo; prescrição médica;
b) a perícia será feita por médico ou junta b) no caso de nascimento prematuro, a li-
médica oficial, se necessário, na residência cença terá início a partir do parto;
do examinado
pitalar ou no estabelecimento
em que estiver internado; hos- c) no caso de natimorto, decorridos trinta
dias do evento a mãe será submetida a exa-
c) inexistindo médico oficial, será aceito me médico e, se julgada apta, reassumirá as
atestado passado por médico particular; suas funções;
d) findo o prazo da licença, o licenciado será d) em caso de aborto atestado por médico
submetido a inspeção médica oficial, que oficial, a licença dar-se-á por trinta dias, a
concluirá pela volta ao serviço, pela prorro- partir da sua ocorrência;
gação da licença ou pela aposentadoria;
IV – pelo nascimento ou a adoção de filho,
e) a existência de indícios de lesões orgâni- o pai ou adotante, até cinco dias consecuti-
cas ou funcionais é motivo de inspeção mé- vos;
dica;
V – pela adoção ou a obtenção de guarda
II – por acidente em serviço, observadas as judicial de criança até um ano de idade, o
seguintes condições: prazo da licença do adotante ou detentor
a) configura acidente em serviço o dano fí- da guarda será de trinta dias.
sico ou mental que se relacione, mediata ou Seção IV
imediatamente, com as funções exercidas; DOS VENCIMENTOS E VANTAGENS
b) equipara-se ao acidente em serviço o
dano decorrente de agressão não provo- Art. 224. Os membros do Ministério Público da
cada e sofrida no exercício funcional, bem União receberão o vencimento, a representação
como o dano sofrido em trânsito a ele per- e as gratificações previstas em lei.
tinente; § 1º Sobre os vencimentos incidirá a grati-
c) a licença será concedida sem prejuízo dos ficação adicional por tempo de serviço, à
vencimentos e vantagens inerentes ao exer- razão de um por cento por ano de serviço
cício do cargo; público efetivo, sendo computado o tempo
de advocacia, até o máximo de quinze anos,
d) o acidentado em serviço, que necessite desde que não cumulativo com tempo de
de tratamento especializado, não disponível serviço público.
em instituição pública, poderá ser tratado § 2º (Vetado)
em instituição privada, à conta de recursos
públicos, desde que o tratamento seja reco- § 3º Os vencimentos serão fixados com dife-
mendado por junta médica oficial; rença não superior a dez por cento de uma
e) a prova do acidente deverá ser feita no para outra das classes de cada carreira.
prazo de dez dias, contado de sua ocorrên- § 4º Os Subprocuradores-Gerais do Ministé-
cia, prorrogável quando as circunstâncias o rio Público da União terão os mesmos ven-
exigirem; cimentos e vantagens.

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Art. 225. Os vencimentos do Procurador-Geral V – salário-família;


da República são os de Subprocurador-Geral da
República, acrescidos de vinte por cento, não VI – pro labore pela atividade de magistério,
podendo exceder os valores percebidos como por hora-aula proferida em cursos, seminá-
remuneração, em espécie, a qualquer título, por rios ou outros eventos destinados ao aper-
Ministros do Supremo Tribunal Federal. feiçoamento dos membros da instituição;

Parágrafo único. O acréscimo previsto nes- VII – assistência médico-hospitalar, exten-


te artigo não se incorpora aos vencimentos siva aos inativos, pensionistas e dependen-
do cargo de Procurador-Geral da República. tes, assim relacionadas
atividades entendida como
como aconjunto de
prevenção,
Art. 226. (Vetado). conservação ou recuperação da saúde,
abrangendo serviços profissionais médicos,
Art. 227. Os membros do Ministério Público da paramédicos, farmacêuticos e odontológi-
União farão jus, ainda, às seguintes vantagens: cos, bem como o fornecimento e a aplica-
I – ajuda-de-custo em caso de: ção dos meios e dos cuidados essenciais à
saúde;
a) remoção de ofício, promoção ou nomea-
ção que importe em alteração do domicílio VIII – auxílio-moradia, em caso de lotação
legal, para atender às despesas de instala- em local cujas condições de moradia sejam
ção na nova sede de exercício em valor cor- particularmente difíceis ou onerosas, assim
respondente a até três meses de vencimen- definido em ato do Procurador-Geral da Re-
tos; pública;

b) serviço fora da sede de exercício, por pe- IX – gratificação natalina, correspondente

ríodo superior a trinta dias, em valor corres- ajusum


nodoze
mês avos da remuneração
de dezembro, por mêsa de
queexer-
fizer
pondente a um trinta avos dos vencimen-
tos, pelos dias em que perdurar o serviço, cício no respectivo ano, considerando-se
sem prejuízo da percepção de diárias; como mês integral a fração igual ou supe-
rior a quinze dias.
II – diárias, por serviço eventual fora da
sede, de valor mínimo equivalente a um § 1º A gratificação natalina será paga até o
trinta avos dos vencimentos para atender dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
às despesas de locomoção, alimentação e § 2º Em caso de exoneração antes do mês
pousada; de dezembro, a gratificação natalina será
III – transporte: proporcional aos meses de exercício e cal-
culada com base na remuneração do mês
a) pessoal e dos dependentes, bem como em que ocorrer a exoneração.
de mobiliário, em caso de remoção, promo-
ção ou nomeação, previstas na alínea a do § 3º A gratificação natalina não será consi-
inciso I; derada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
b) pessoal, no caso de qualquer outro des-
locamento a serviço, fora da sede de exer- § 4º Em caso de nomeação, as vantagens
cício; previstas nos incisos I, alínea a, e III, alínea
a, são extensivas ao membro do Ministério
IV – auxílio-doença, no valor de um mês de Público da União sem vínculo estatutário
vencimento, quando ocorrer licença para imediatamente precedente, desde que seu
tratamento de saúde por mais de doze me- último domicílio voluntário date de mais de
ses, ou invalidez declarada no curso deste doze meses.
prazo;

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§ 5º (Vetado). Seção V
§ 6º A assistência médico-hospitalar de que DA APOSENTADORIA E DA PENSÃO
trata o inciso VII será proporcionada pela
União, de preferência através de seus servi- Art. 231. O membro do Ministério Público da
ços, de acordo com normas e condições re- União será aposentado, compulsoriamente, por
guladas por ato do Procurador-Geral da Re- invalidez ou aos setenta anos de idade, e facul-
pública, sem prejuízo da assistência devida tativamente aos trinta anos de serviço, após cin-
pela previdência social. co anos de exercício efetivo na carreira.

§ 7º (Vetado). § 1º Será contado como tempo de serviço


para aposentadoria, não cumulativamen-
§ 8º À família do membro do Ministério Pú- te, até o limite de quinze anos, o tempo de
blico da União que falecer no prazo de um exercício da advocacia.
ano a partir de remoção de ofício, promo-
ção ou nomeação de que tenha resultado § 2º O membro do Ministério Público da
mudança de domicílio legal serão devidos a União poderá ainda ser aposentado, volun-
ajuda de custo e o transporte para a locali- tariamente, aos sessenta e cinco anos de
dade de srcem, no prazo de um ano, conta- idade, se homem, e aos sessenta, se mu-
do do óbito. lher, com proventos proporcionais ao tem-
po de serviço.
Art. 228. Salvo por imposição legal, ou ordem
judicial, nenhum desconto incidirá sobre a re- § 3º Ao membro do Ministério Público da
muneração ou provento e a pensão devida aos União, do sexo feminino, é facultada a apo-
membros do Ministério Público da União ou a sentadoria, com proventos proporcionais,
aos vinte e cinco anos de serviço. (Vide
seus beneficiários. ADIN 994-0)
§ 1º Mediante autorização do devedor, po-
derá haver consignação em folha de paga- § 4º A aposentadoria por invalidez será pre-
mento a favor de terceiro. cedida de licença para tratamento de saúde
por período não excedente a vinte e quatro
§ 2º As reposições e indenizações em favor meses, salvo quando o laudo médico con-
do erário serão descontadas em parcelas cluir pela incapacidade definitiva para o
mensais de valor não excedente à décima exercício de suas funções.
parte da remuneração ou provento, em va-
lores atualizados. § 5º Será aposentado o membro do Minis-
tério Público que, após vinte e quatro me-
Art. 229. O membro do Ministério Público da ses contínuos de licença para tratamento
União que, estando em débito com o erário, for de saúde, for considerado inválido para o
demitido, exonerado ou que tiver sua aposen- exercício de suas funções, não terá efeito
tadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo interruptivo desse prazo qualquer período
de sessenta dias para quitar o débito. de exercício das funções inferiores a trinta
Parágrafo único. Não ocorrendo a quitação dias.
do débito no prazo estabelecido neste arti- Art. 232. Os proventos da aposentadoria serão
go, deverá ele ser inscrito em dívida ativa. integrais.
Art. 230. A remuneração, o provento e a pensão Parágrafo único. Para o cálculo dos proven-
dos membros do Ministério Público da União e tos da aposentadoria serão considerados os
de seus beneficiários não serão objeto de arres- vencimentos do cargo imediatamente su-
to, seqüestro ou penhora, salvo em caso de dívi- perior ao último exercício pelo aposentado;
da de alimentos, resultante de decisão judicial. caso a aposentadoria se dê no último nível

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da carreira, os vencimentos deste serão V – atender ao expediente forense e parti-


acrescidos do percentual de vinte por cen- cipar dos atos judiciais, quando for obriga-
to. tória a sua presença; ou assistir a outros,
Art. 233. Os proventos da aposentadoria serão quando conveniente ao interesse do servi-
revistos na mesma proporção e data em que se ço;
modificar a remuneração dos membros do Mi- VI – declarar-se suspeito ou impedido, nos
nistério Público em atividade, sendo também termos da lei;
estendidos aos inativos quaisquer benefícios e
vantagens novas asseguradas à carreira, ainda VII
face–das
adotar as providências
irregularidades de quecabíveis em
tiver conhe-
que por força de transformação ou reclassifica-
ção do cargo. cimento ou que ocorrerem nos serviços a
seu cargo;
Art. 234. O aposentado conservará as prerro-
gativas previstas no art. 18, inciso I, alínea e e VIII – tratar com urbanidade as pessoas com
inciso II, alínea e, bem como carteira de identi- as quais se relacione em razão do serviço;
dade especial, de acordo com o modelo aprova- IX – desempenhar com zelo e probidade as
do pelo Procurador-Geral da República e por ele suas funções;
expedida, contendo expressamente tais prerro-
gativas e o registro da situação de aposentado. X – guardar decoro pessoal.
Art. 235. A pensão por morte, devida pelo órgão Art. 237. É vedado ao membro do Ministério
previdenciário aos dependentes de membros Público da União:
do Ministério Público da União, corresponderá
à totalidade dos vencimentos ou proventos do I – receber, a qualquer título e sob qualquer
pretexto; honorários, percentagens ou cus-
falecido,
forma do assegurada
art. 233. a revisão do benefício, na tas processuais;
II – exercer a advocacia;

CAPÍTULO III III – exercer o comércio ou participar de so-


ciedade comercial, exceto como cotista ou
DA DISCIPLINA acionista;
Seção I IV – exercer, ainda que em disponibilidade,
DOS DEVERES E VEDAÇÕES qualquer outra função pública, salvo uma
de magistério;
Art. 236. O membro do Ministério Público da
União, em respeito à dignidade de suas funções V – exercer atividade político-partidária,
e à da Justiça, deve observar as normas que re- ressalvada a filiação e o direito de afastar-se
gem o seu exercício e especialmente: para exercer cargo eletivo ou a ele concor-
rer.
I – cumprir os prazos processuais;
II – guardar segredo sobre assunto de cará- Seção II
ter sigiloso que conheça em razão do cargo DOS IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES
ou função;
Art. 238. Os impedimentos e as suspeições dos
III – velar por suas prerrogativas institucio- membros do Ministério Público são os previstos
nais e processuais; em lei.
IV – prestar informações aos órgãos da ad-
ministração superior do Ministério Público,
quando requisitadas;

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Seção III d) incontinência pública e escandalosa que
DAS SANÇÕES comprometa gravemente, por sua habitua-
lidade, a dignidade da Instituição;
Art. 239. Os membros do Ministério Público são e) abandono de cargo;
passíveis das seguintes sanções disciplinares:
f) revelação de assunto de caráter sigiloso,
I – advertência; que conheça em razão do cargo ou função,
II – censura; comprometendo a dignidade de suas fun-

III – suspensão; ções ou da justiça;


g) aceitação ilegal de cargo ou função públi-
IV – demissão; e ca;
V – cassação de aposentadoria ou de dispo- h) reincidência no descumprimento do de-
nibilidade. ver legal, anteriormente punido com a sus-
Art. 240. As sanções previstas no artigo anterior pensão prevista no inciso anterior;
serão aplicadas: VI – cassação de aposentadoria ou de dis-
I – a de advertência, reservadamente e por ponibilidade, nos casos de falta punível com
escrito, em caso de negligência no exercício demissão, praticada quando no exercício do
das funções; cargo ou função.

II – a de censura, reservadamente e por es- § 1º A suspensão importa, enquanto durar,


crito, em caso de reincidência em falta an- na perda dos vencimentos e das vantagens
teriormente punida com advertência ou de pecuniárias inerentes ao exercício do cargo,
descumprimento de dever legal; vedada a sua conversão em multa.
III – a de suspensão, até quarenta e cinco § 2º Considera-se reincidência, para os efei-
dias, em caso de reincidência em falta ante- tos desta lei complementar, a prática de
riormente punida com censura; nova infração, dentro de quatro anos após
cientificado o infrator do ato que lhe tenha
IV – a de suspensão, de quarenta e cinco a imposto sanção disciplinar.
noventa dias, em caso de inobservância das
vedações impostas por esta lei complemen- § 3º Considera-se abandono do cargo a au-
tar ou de reincidência em falta anterior- sência do membro do Ministério Público ao
mente punida com suspensão até quarenta exercício de suas funções, sem causa justifi-
e cinco dias; cada, por mais de trinta dias consecutivos.

V – as de demissão, nos casos de: § 4º Equipara-se ao abandono de cargo a


falta injustificada por mais de sessenta dias
a) lesão aos cofres públicos, dilapidação do intercalados, no período de doze meses.
patrimônio nacional ou de bens confiados à
sua guarda; § 5º A demissão poderá ser convertida, uma
única vez, em suspensão, nas hipóteses pre-
b) improbidade administrativa, nos termos vistas nas alíneas a e h do inciso V, quando
do art. 37, § 4º, da Constituição Federal; de pequena gravidade o fato ou irrelevantes
os danos causados, atendido o disposto no
c) condenação por crime praticado com art. 244.
abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública, quando a Art. 241. Na aplicação das penas disciplinares,
pena aplicada for igual ou superior a dois considerar-se-ão os antecedentes do infrator, a
anos; natureza e a gravidade da infração, as circuns-

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tâncias em que foi praticada e os danos que Seção VI


dela resultaram ao serviço ou à dignidade da DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Instituição ou da Justiça.
Art. 242. As infrações disciplinares serão apu- Art. 247. O inquérito administrativo, de caráter
radas em processo administrativo; quando lhes sigiloso, será instaurado pelo Corregedor-Geral,
forem cominadas penas de demissão, de cassa- mediante portaria, em que designará comissão
ção de aposentadoria ou de disponibilidade, a de três membros para realizá-lo, sempre que to-
imposição destas dependerá, também, de deci- mar conhecimento de infração disciplinar.
são judicial com trânsito em julgado. § 1º A comissão, que poderá ser presidida
Art. 243. Compete ao Procurador-Geral de cada pelo Corregedor-Geral, será composta de
ramo do Ministério Público da União aplicar a integrantes da carreira, vitalícios e de classe
seus membros as penas de advertência, censura igual ou superior à do indicado.
e suspensão. § 2º As publicações relativas a inquérito ad-
Seção IV ministrativo conterão o respectivo número,
omitido o nome do indiciado, que será cien-
DA PRESCRIÇÃO tificado pessoalmente.
Art. 244. Prescreverá: Art. 248. O prazo para a conclusão do inquéri-
I – em um ano, a falta punível com adver- to e apresentação do relatório final é de trinta
tência ou censura; dias, prorrogável, no máximo, por igual período.

II – em dois anos, a falta punível com sus- Art. 249. A comissão procederá à instrução do
pensão; inquérito, podendo ouvir o indiciado e testemu-

III – em quatro anos, a falta punível com de- nhas,


moverrequisitar perícias
diligências, e documentos
sendo-lhe facultado oeexercí-
pro-
missão e cassação de aposentadoria ou de cio das prerrogativas outorgadas ao Ministério
disponibilidade. Público da União, por esta lei complementar,
Parágrafo único. A falta, prevista na lei pe- para instruir procedimentos administrativos.
nal como crime, prescreverá juntamente Art. 250. Concluída a instrução do inquérito,
com este. abrir-se-á vista dos autos ao indiciado, para se
Art. 245. A prescrição começa a correr: manifestar, no prazo de quinze dias.

I – do dia em que a falta for cometida; ou Art. 251. A comissão encaminhará o inquéri-
to ao Conselho Superior, acompanhado de seu
II – do dia em que tenha cessado a continu- parecer conclusivo, pelo arquivamento ou pela
ação ou permanência, nas faltas continua- instauração de processo administrativo.
das ou permanentes.
§ 1º O parecer que concluir pela instaura-
Parágrafo único. Interrompem a prescrição
ção do processo administrativo formulará
aa citação
instauração
para adeação
processo administrativo
de perda do cargo. e a súmula de acusação, que conterá a expo-
sição do fato imputado, com todas as suas
Seção V circunstâncias e a capitulação legal da infra-
ção.
DA SINDICÂNCIA
§ 2º O inquérito será submetido à delibera-
Art. 246. A sindicância é o procedimento que ção do Conselho Superior, que poderá:
tem por objeto a coleta sumária de dados para
instauração, se necessário, de inquérito admi- I – determinar novas diligências, se o
nistrativo. considerar insuficientemente instruído;

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II – determinar o seu arquivamento; interrogatório, assegurando-se-lhe vista dos
autos no local em que funcione a comissão.
III – instaurar processo administrativo, caso
acolha a súmula de acusação; § 3º Se o acusado não tiver apresentado de-
fesa, a comissão nomeará defensor, dentre
IV – encaminhá-lo ao Corregedor-Geral, os integrantes da carreira e de classe igual
para formular a súmula da acusação, caso ou superior à sua, reabrindo-se-lhe o prazo
não acolha a proposta de arquivamento. fixado no parágrafo anterior.

Seção
DO PROCESSO VII
ADMINISTRATIVO §requerer
4º Em adefesa prévia,
produção poderáorais,
de provas o acusado
docu-
mentais e periciais, inclusive pedir a repeti-
Art. 252. O processo administrativo, instaurado ção daquelas já produzidas no inquérito.
por decisão do Conselho Superior, será contra-
ditório, assegurada ampla defesa ao acusado. § 5º A comissão poderá indeferir, funda-
mentadamente, as provas desnecessárias
§ 1º A decisão que instaurar processo ad- ou requeridas com intuito manifestamente
ministrativo designará comissão composta protelatório.
de três membros escolhidos dentre os in-
tegrantes da carreira, vitalícios, e de classe Art. 255. Encerrada a produção de provas, a co-
igual ou superior à do acusado, indicará o missão abrirá vista dos autos ao acusado, para
presidente e mencionará os motivos de sua oferecer razões finais, no prazo de quinze dias.
constituição. Art. 256. Havendo mais de um acusado, os pra-
§ 2º Da comissão de processo administrati- zos para defesa serão comuns e em dobro.
vo não poderá participar quem haja integra-
do a precedente comissão de inquérito. Art. 257. Em qualquer fase do processo, será as-
segurada à defesa a extração de cópia das peças
§ 3º As publicações relativas a processo ad- dos autos.
ministrativo conterão o respectivo número, Art. 258. Decorrido o prazo para razões finais, a
omitido o nome do acusado, que será cien- comissão remeterá o processo, dentro de quin-
tificado pessoalmente. ze dias, ao Conselho Superior, instruído com re-
Art. 253. O prazo para a conclusão do processo latório dos seus trabalhos.
administrativo e apresentação do relatório final Art. 259. O Conselho do Ministério Público,
é de noventa dias, prorrogável, no máximo, por apreciando o processo administrativo, poderá:
trinta dias, contados da publicação da decisão
que o instaurar. I – determinar novas diligências, se o con-
siderar insuficientemente instruído, caso
Art. 254. A citação será pessoal, com entrega de em que, efetivadas estas, proceder-se-á de
cópia da portaria, do relatório final do inquérito acordo com os arts. 264 e 265;
e da súmula da acusação, cientificado o acusado
do dia, da hora e do local do interrogatório. II – propor o seu arquivamento ao Procura-
dor-Geral;
§ 1º Não sendo encontrado o acusado em
seu domicílio, proceder-se-á à citação por III – propor ao Procurador-Geral a aplicação
edital, publicado no Diário Oficial, com o de sanções que sejam de sua competência;
prazo de quinze dias.
IV – propor ao Procurador-Geral da Repúbli-
§ 2º O acusado, por si ou através de defen- ca o ajuizamento de ação civil para:
sor que nomear, poderá oferecer defesa
prévia, no prazo de quinze dias, contado do

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a) demissão de membro do Ministério Pú- Art. 263. A instauração do processo de revisão


blico da União com garantia de vitalicieda- poderá ser determinada de ofício, a requeri-
de; mento do próprio interessado, ou, se falecido,
do seu cônjuge ou companheiro, ascendente,
b) cassação de aposentadoria ou disponibi- descendente ou irmão.
lidade.
Art. 264. O processo de revisão terá o rito do
Parágrafo único. Não poderá participar da processo administrativo.
deliberação do Conselho Superior quem
haja oficiado
comissões dona sindicância,
inquérito ou doouprocesso
integradoad-
as Parágrafo único.quem
missão revisora Não poderá integrar
haja atuado a co-
em qual-
ministrativo. quer fase do processo revisando.
Art. 260. Havendo prova da infração e indícios Art. 265. Julgada procedente a revisão, será tor-
suficientes de sua autoria, o Conselho Superior nada sem efeito a sanção aplicada, com o resta-
poderá determinar, fundamentadamente, o belecimento, em sua plenitude, dos direitos por
afastamento preventivo do indiciado, enquanto ela atingidos, exceto se for o caso de aplicar-se
sua permanência for inconveniente ao serviço penalidade menor.
ou prejudicial à apuração dos fatos.
§ 1º O afastamento do indiciado não pode-
rá ocorrer quando ao fato imputado corres-
TÍTULO IV
ponderem somente as penas de advertên-
cia ou de censura. Das Disposições Finais e Transitórias
§ 2º O afastamento não ultrapassará o pra- Art. 266. (Vetado).
zo de cento e vinte dias, salvo em caso de Art. 267. (Vetado).
alcance.
Art. 268. Ficam criados seis cargos de Subprocu-
§ 3º O período de afastamento será consi- rador-Geral da República.
derado como de serviço efetivo, para todos
os efeitos. Art. 269. Ficam criados setenta e quatro cargos
de Procurador Regional da República.
Art. 261. Aplicam-se, subsidiariamente, ao pro-
cesso disciplinar, as normas do Código de Pro- § 1º O primeiro provimento de todos os car-
cesso Penal. gos de Procurador Regional da República
será considerado simultâneo, independen-
Seção VIII temente da data dos atos de promoção.
DA REVISÃO DO PROCESSO
§ 2º Os vencimentos iniciais do cargo de
ADMINISTRATIVO Procurador Regional da República serão
iguais aos do cargo de Procurador de Justiça
Art. 262. Cabe, em qualquer tempo, a revisão
do processo de que houver resultado a imposi- do Distrito Federal.
ção de penalidade administrativa: Art. 270. Os atuais Procuradores da República
de 1ª Categoria, que ingressaram na carreira até
I – quando se aduzam fatos ou circunstân-
a data da promulgação da Constituição Federal,
cias suscetíveis de provar inocência ou de
terão seus cargos transformados em cargos de
justificar a imposição de sanção mais bran-
Procurador Regional da República, mantidos
da; ou
seus titulares e lotações.
II – quando a sanção se tenha fundado em
prova falsa.

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§ 1º Os cargos transformados na forma des- e de Procurador da República, respectiva-
te artigo, excedentes do limite previsto no mente.
artigo anterior, serão extintos à medida que
vagarem. Art. 274. Os cargos de Procurador Militar de 1ª
e 2ª Categoria passam a denominar-se, respec-
§ 2º Os Procuradores da República ocu- tivamente, Procurador da Justiça Militar e Pro-
pantes dos cargos transformados na forma motor da Justiça Militar.
deste artigo poderão ser designados para
oficiar perante os Juízes Federais e os Tribu- Parágrafo único. Até que sejam criados no-
nais Regionais Eleitorais. vos cargos de
ça Militar, os Subprocurador-Geral da Justi-
atuais Procuradores Militares
Art. 271. Os cargos de Procurador da República da 1ª Categoria, cujos cargos passam a de-
de 1ª Categoria não alcançados pelo artigo an- nominar-se Procuradores da Justiça Militar
terior e os atuais cargos de Procurador da Re- e que estejam atuando junto ao Superior
pública de 2ª Categoria são transformados em Tribunal Militar, ali permanecerão exercen-
cargos de Procurador da República. do suas atribuições.
§ 1º Na nova classe, para efeito de antigüi- Art. 275. O cargo de Promotor de Justiça Substi-
dade, os atuais Procuradores da República tuto passa a denominar-se Promotor de Justiça
de 1ª Categoria precederão os de 2ª Cate- Adjunto.
goria; estes manterão na nova classe a atual
ordem de antigüidade. Art. 276. Na falta da lei prevista no art. 16, a
atuação do Ministério Público na defesa dos
§ 2º Os vencimentos iniciais do cargo de direitos constitucionais do cidadão observará,
Procurador da República serão iguais aos do além das disposições desta lei complementar, as

atual cargo de Procurador da República de normas


1ª Categoria. pública. baixadas pelo Procurador-Geral da Re-
Art. 272. São transformados em cargos de Pro- Art. 277. As promoções nas carreiras do Mi-
curador do Trabalho de 1ª Categoria cem cargos nistério Público da União, na vigência desta lei
de Procurador do Trabalho de 2ª Categoria. complementar, serão precedidas da adequação
das listas de antigüidade aos critérios de desem-
Art. 273. Os cargos de Procurador do Trabalho pate nela estabelecidos.
de 1ª e de 2ª Categoria passam a denominar-se,
respectivamente, Procurador Regional do Tra- Art. 278. Não se farão promoções nas carreiras
balho e Procurador do Trabalho. do Ministério Público da União antes da instala-
ção do Conselho Superior do ramo respectivo.
§ 1º Até que sejam criados novos cargos de
Subprocurador-Geral do Trabalho, os atuais Art. 279. As primeiras eleições, para composi-
Procuradores do Trabalho de 1ª Categoria, ção do Conselho Superior de cada ramo do Mi-
cujo cargo passa a denominar-se Procura- nistério Público da União e para elaboração das
dor Regional do Trabalho e que estejam listas tríplices para Procurador-Geral do Traba-
atuando junto ao Tribunal Superior do Tra- lho, Procurador-Geral da Justiça Militar e Procu-
balho, ali permanecerão exercendo suas rador-Geral de Justiça, serão convocadas pelo
atribuições. Procurador-Geral da República, para se realiza-
rem no prazo de noventa dias da promulgação
§ 2º Os vencimentos iniciais dos cargos de desta lei complementar.
Procurador Regional do Trabalho e de Pro-
curador do Trabalho serão iguais aos dos § 1º O Procurador-Geral da República dis-
cargos de Procurador Regional da República porá, em ato normativo, sobre as eleições
previstas neste artigo, devendo a convoca-

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ção anteceder de trinta dias à data de sua Art. 285. (Vetado).


realização.
Art. 286. As despesas decorrentes desta lei
§ 2º Os Conselhos Superiores serão insta- complementar correrão à conta das dotações
lados no prazo de quinze dias, contado do constantes do Orçamento da União.
encerramento da apuração.
Art. 287. Aplicam-se subsidiariamente aos
Art. 280. Entre os eleitos para a primeira com- membros do Ministério Público da União as dis-
posição do Conselho Superior de cada ramo do posições gerais referentes aos servidores públi-
Ministério
dos, em cada Público da União,
eleição, terãoosmandato
dois maisdevota-
dois cos, respeitadas,
especiais contidasquando
nesta leifor o caso, as normas
complementar.
anos; os menos votados, de um ano.
§ 1º O regime de remuneração estabeleci-
Art. 281. Os membros do Ministério Público do nesta lei complementar não prejudica a
da União, nomeados antes de 5 de outubro de percepção de vantagens concedidas, em ca-
1988, poderão optar entre o novo regime jurí- ráter geral, aos servidores públicos civis da
dico e o anterior à promulgação da Constituição União.
Federal, quanto às garantias, vantagens e veda-
ções do cargo. § 2º O disposto neste artigo não poderá im-
portar em restrições ao regime jurídico ins-
Parágrafo único. A opção poderá ser exer- tituído nesta lei complementar ou na impo-
cida dentro de dois anos, contados da pro- sição de condições com ele incompatíveis.
mulgação desta lei complementar, podendo
a retratação ser feita no prazo de dez anos. Art. 288. Os membros do Ministério Público
Federal, cuja promoção para o cargo final de
Art. 282. Os Procuradores da República nomea- carreira tenha acarretado a sua remoção para
dos antes de 5 de outubro de 1988 deverão op- o Distrito Federal, poderão, no prazo de trinta
tar, de forma irretratável, entre as carreiras do dias da promulgação desta lei complementar,
Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral renunciar à referida promoção e retornar ao Es-
da União. tado de srcem, ocupando o cargo de Procura-
dor Regional da República.
§ 1º (Vetado).
Art. 289. Sempre que ocorrer a criação simultâ-
§ 2º Não manifestada a opção, no prazo es- nea de mais de um cargo de mesmo nível nas
tabelecido no parágrafo anterior, o silêncio carreiras do Ministério Público da União, o pro-
valerá como opção tácita pela carreira do vimento dos mesmos, mediante promoção, pre-
Ministério Público Federal. sumir-se-á simultâneo, independentemente da
Art. 283. Será criada por lei a Escola Superior do data dos atos de promoção.
Ministério Público da União, como órgão auxi- Art. 290. Os membros do Ministério Público da
liar da Instituição. União terão mantida em caráter provisório a
Art. 284. Poderão ser admitidos como estagiá- sua lotação, enquanto não entrarem em vigor a
rios no Ministério Público da União estudantes lei e o ato a que se referem os arts. 34 e 214.
de Direito inscritos na Ordem dos Advogados do Parágrafo único. O disposto neste artigo
Brasil. não obsta as alterações de lotação decor-
Parágrafo único. As condições de admissão rentes de remoção, promoção ou designa-
e o valor da bolsa serão fixados pelo Procu- ção previstas nesta lei complementar.
rador-Geral da República, sendo a atividade Art. 291. (Vetado).
dos estagiários regulada pelo Conselho Su-
perior de cada ramo. Art. 292. (Vetado).

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Art. 293. Ao membro ou servidor do Ministério
Público da União é vedado manter, sob sua che-
fia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro, ou parente até o segun-
do grau civil.
Art. 294. Esta lei complementar entra em vigor
na data de sua publicação.

Art.
rio. 295. Revogam-se as disposições em contrá-
Brasília, 20 de maio de 1993; 172º da Indepen-
dência e 105º da República.
ITAMAR FRANCO
Maurício Corrêa
Este texto não substitui o publicado no DOU de
21.5.1993.

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ESQUEMAS

Chefe é o Procurador-geral da República:


Ministério Público Federal
Nomeado pelo Presidente da República
dentre integrantes da carreira, maiores de
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu
Ministério Público do Trabalho nome pela maioria absoluta dos membros
Ministério do Senado Federal, para mandato de dois
Público da União anos, permitida a recondução (ilimitadas
Ministério Público Militar reconduções).

CUIDADO!
Ministério Público do DF e Só pode ser destituído com autorização da
Territórios maioria absoluta do Senado.

Conselho Superior do Ministério Público:


O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a esco- lha pela maioria absoluta do Senado Federal,
para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
I – O Procurador-Geral da República, que o preside;
II – Quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de
suas carreiras;
III – Três membros do Ministério Público dos Estados;
IV – Dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
V – Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI – Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal.

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Estrutura básica do Ministério Público da União
Ministério Público Ministério Público do Ministério Público Ministério Público DF
Federal Trabalho Militar e Territórios
Procurador-Geral da Procurador-Geral do Procurador-Geral da Procurador-Geral de
República (Chefe) Trabalho (Chefe) Justiça Militar (Chefe) Justiça (Chefe)
Colégio de Colégio de Colégio de Colégio de
Procuradores Procuradores Procuradores Procuradores
(todos os membros) (todos os membros) (todos os membros) (todos os membros)
Conselho Superior Conselho Superior Conselho Superior Conselho Superior
Câmaras de Câmaras de Câmaras de Câmaras de
Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão
Corregedoria Corregedoria Corregedoria Corregedoria
Subprocuradores-
Subprocuradores- Subprocuradores- Procuradores de
Gerais da Justiça
Gerais da República Gerais do Trabalho Justiça
Militar
Procuradores Procuradores Procurador da Justiça
Promotores de Justiça
Regionais da República Regionais do Trabalho Militar
Procuradores da Procuradores do Promotor da Justiça Promotores de Justiça
República Trabalho Militar Adjuntos

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


1. O M inistério Público Federal exercerá as suas funções
I – Nas causas de competência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais
Regionais Federais e dos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes Eleitorais;
II – Nas causas de competência de quaisquer juízes e tribunais, para defesa de direitos e interesses dos índios e
das populações indígenas, do meio ambiente, de bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico, integrantes do patrimônio nacional;
2. Chefe = Procurador-Geral da República que também é o Procurador Geral Eleitoral
Já explicado acima sua nomeação. Sua competência é de síndico do MPF, de Presidente, representa o MPF,
decide sobre as matérias administrativas + decide em grau de recurso os conflitos de atribuições entre os órgãos
do MPF.
3. Colégio de Procuradores do Ministério Público Federal
Composto por todos os membros do Ministério Público Federal e sua competência se resume a elaborar listas,
eleger e opinar.
4. Conselho Superior do Ministério Público Federal
Composição:
Compete exercer o poder normativo em âmbito do MPF e tomar decisões importantes demais para ficar nas
mãos apenas do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral, decidir sobre remoção e
disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de concurso e aprovar a proposta orçamentária.
I – O Procurador-Geral da República e o Vice-Procurador-Geral da República, que o integram como membros
natos;
II – Quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, para mandato de dois anos, na forma do art. 53, III
(eleitos pelo Colégio de Procuradores) permitida uma reeleição;
III – Quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, para mandato de dois anos, por seus pares, mediante

voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição.


5. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal
Compostas por três membros do MPF, sendo um indicado pelo Procurador-Geral da República e dois pelo
Conselho Superior, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois anos, dentre integrantes do
último grau da carreira, sempre que possível.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente DECIDIR OS
CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa decisão vai para o PGR conforme
destacado acima).
6. Corregedoria do Ministério Público Federal
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral da República dentre os Subprocuradores-Gerais da
República, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para man- dato de dois anos, renovável
uma vez. A sua competência é de órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do
Ministério Público.
7. Subprocuradores-gerais da República
Serão designados para oficiar junto ao Supremo Tribunal Federal, ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal
Superior Eleitoral e nas Câmaras de Coordenação e Revisão. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da República,
privativamente, o exercício das funções de:
I – Vice-Procurador-Geral da República;
II – Vice-Procurador-Geral Eleitoral;
III – Corregedor-Geral do Ministério Público Federal;
IV – Procurador Federal dos Direitos do Cidadão;
V – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão.
8. Procuradores Regionais da República
Serão designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais Federais.
9. Procuradores da República
Serão designados para oficiar junto aos Juízes Federais e junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, onde não tiver
sede a Procuradoria Regional da República.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – tem competência nas matérias trabalhistas
1. Chefe = Procurador-Geral do Trabalho
Será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de
trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos,
permitida uma recondução , observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos
com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na
carreira. Sua competênciaé de síndicodo MPT, de Presidente, representa o MPF, decide sobre as matérias
administrativas + decide em grau de recurso os conflitos de atribuições entre os órgãos do MPT.
2. Colégio de Procuradores do Trabalho
Composto por todos os membros do Ministério Público do Trabalho e sua competência se resume a
elaborar listas, eleger e opinar.
3. Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho
Composição:
Compete exercer o poder normativo em âmbito do MPF e tomar decisões importantes demais para
ficar nas mãos apenas do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral, decidir
sobre remoção e disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de concurso e
aprovar a proposta orçamentária.
I – O Procurador-Geral do Trabalho e o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o integram como
membros natos;
II – Quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho eleitos, para mandato de dois anos pelo Colégio de
Procuradores do Trabalho permitida uma reeleição;
III – Quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, para mandato de dois anos, por seus pares,
mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição.
4. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho
Compostas por três membros do MPT, sendo um indicado pelo Procurador- Geral do Trabalho e dois
pelo Conselho Superior do MPT, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois anos,
dentre integrantes do último grau da carreira, sempre que possível.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente
DECIDIR OS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa decisão
vai para o PGT conforme destacada acima).
5. Corregedoria do Ministério Público do Trabalho
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os Subprocuradores-
Gerais do Trabalho, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de
dois anos, renovável uma vez. A sua competência é de órgão fiscalizador das atividades funcionais e
da conduta dos membros do Ministério Público.
6. Subprocuradores-Gerais do Trabalho
Serão designados para oficiar junto ao Tribunal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câmara de
Coordenação e Revisão. Cabe aos Subprocuradores-Gerais do Trabalho, privativamente, o exercício
das funções de:
I – Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho;
II – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho.
7. Procuradores Regionais do Trabalho
Serão designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho.
8. Procuradores do Trabalho
Serão designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e, na forma das leis
processuais, nos litígiostrabalhistas que envolvam, especialmente, intere
sses de menores e incapazes.

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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn

MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR – tem competência nas matérias militares


1. Chefe = Procurador-Geral da Justiça Militar
Será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da Instituição, com mais
de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, escolhidos em lista tríplice mediante
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para um mandato de dois
anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente
de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar
mais de dois anos na carreira. Sua competência é de síndico do MPM, de Presidente, representa
o MPF, decide sobre as matérias administrativas + decide em grau de recurso os conflitos de
atribuições entre os órgãos do MPM.
2. Colégio de Procuradores da Justiça Militar
Composto por todos os membros do Ministério Público Militar e sua competência se resume a
elaborar listas, eleger e opinar.
3. Conselho Superior do Ministério Público Militar
Composição:
Compete exercer o poder normativo em âmbito do MPM e tomar decisões importantes demais
para ficar nas mãos apenas do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral,
decidir sobre remoção e disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de
concurso e aprovar a proposta orçamentária.
I – O Procurador-Geral da Justiça Militar e o Vice-Procurador-Geral da Justiça Militar, que o
integram como membros natos;
II – Os Subprocuradores-Gerais da Justiça Militar.
4. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público Militar
Compostas por três membros do MPM, sendo um indicado pelo Procurador-Geral da Justiça
Militar e dois pelo Conselho Superior do MPM, juntamente com seus suplentes, para um mandato
de dois anos, dentre integrantes do último grau da carreira, sempre que possível.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente
DECIDIR OS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa deci-
são vai para o PGT conforme destacada acima).
5. Corregedoria do Ministério Público Militar
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral da Justiça Militar dentre os
Subprocuradores-Gerais da Justiça Militar, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho
Superior, para mandato de dois anos, renovável uma vez. A sua competência é de órgão
fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministério Público.
6. Subprocuradores-Gerais da Justiça Militar
Serão designados para oficiar junto ao Superior Tribunal Militar e na Câmara de Coordenação
e Revisão. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da Justiça Militar, privativamente, o exercício das
funções de:
III––Corregedor-Geral do Ministério
Coordenador de Câmara Público Militar;
de Coordenação e Revisão do Ministério Público Militar.
7. Procuradores da Justiça Militar
Serão designados para oficiar junto às Auditorias Militares.
8. Promotores da Justiça Militar
Serão designados para oficiar junto às Auditorias Militares.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO DF E TERRITÓRIOS – tem competência nas causas do Tribunal de
Justiça e dos Juízes do Distrito Federal e Territórios
1. Chefe = Procurador-Geral de Justiça
Será nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo
Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução, precedida de nova lista tríplice. Sua competência é de síndico do MP do DF e
Territórios, de Presidente, representa o MP/DF, decide sobre as matérias administrativas + decide
em grau de recurso os conflitos de atribuições entre os órgãos do MPT.
2. Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça
Composto por todos os membros do Ministério Público do DF e Territórios e sua competência se
resume a elaborar listas, eleger e opinar.
3. Conselho Superior do Ministério Público do DF e Territórios
Composição:
I – O Procurador-Geral de Justiça e o Vice-Procurador-Geral de Justiça, que o integram como
membros natos;
II – Quatro Procuradores de Justiça eleitos, para mandato de dois anos pelo Colégio de
Procuradores do MP/DF permitida uma reeleição;
III – Quatro Procuradores de Justiça eleitos, para mandato de dois anos, por seus pares, mediante
voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição. Compete exercer o poder
normativo em âmbito do MPF e tomar decisões importantes demais para ficar nas mãos apenas
do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral, decidir sobre remo- ção
e disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de concurso e aprovar a
proposta orçamentária.
4. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do DF e Territórios
Serão compostas por três membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, sendo
um indicado pelo Procurador-Geral de Justiça e dois pelo Conselho Superior do Ministério Pú-
blico do Distrito Federal e Territórios, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois
anos, sempre que possível, dentre integrantes do último grau da carreira.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente
DECIDIR OS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa deci-
são vai para o Procurador Geral de Justiça conforme destacado acima).
5. Corregedoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral dentre os Procuradores de Justiça,
integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de dois anos,
renová- vel uma vez. A sua competência é de órgão fiscalizador das atividades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público.
6. Procuradores de Justiça
Serão designados para oficiar junto ao Tribunal de Justiça e nas Câmaras de Coordenação e
Revisão. Cabe aos Procuradores de Justiça, privativamente, o exercício das funções de:
I – Corregedor-Geral do Ministério Público do DF e Territórios;
II – Procurador Distrital dos Direitos do Cidadão;
III – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho.
7. Promotores de Justiça
Serão designados para oficiar junto às Varas da Justiça do Distrito Federal e Territórios.
8. Promotores de Justiça Adjuntos
Serão designados para oficiar junto às Varas da Justiça do Distrito Federal e Territórios.

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Questões

1. (MPE-RS – 2010 – Agente Administrativo – e) é competente, além de outras matérias,


FCC) para rever os processos disciplinares e
criminais de membros do Ministério Pú-
Dentreaos
radas as garantias
membros constitucionais assegu-
do Ministério Público, blico julgados há menos de dois anos.
destaca-se a 3. (MPE-RS – 2010 – Agente Administrativo –
a) inamovibilidade por motivo de interes- FCC)
se público, mediante decisão do Co- Nos termos da Constituição Federal, além
légio de Procuradores de Justiça, pelo de outros membros, integrarão o Conselho
voto da maioria de seus membros. Nacional do Ministério Público
b) vitaliciedade, após dois anos de exercí-
cio, não podendo perder o cargo senão a) três advogados, indicados pelos Conse-
por sentença judicial transitada em jul- lhos Estaduais da Ordem dos Advoga-
gado. dos do Brasil.
c) possibilidade de receber, a qualquer b) três membros do Ministério Público dos
título e pretexto, honorários, percen- Estados.
tagens ou custas processuais, especial- c) três cidadãos com mais de 30 anos de
mente nas ações civis públicas. idade, indicados um pela Câmara dos
d) participação em sociedade comercial Deputados e dois pelo Senado Federal.
sob qualquer de suas formas. d) dois juízes, indicados pelos Tribunais de
e) possibilidade de exercer, quando em Justiça Regionais Federais.
disponibilidade, qualquer outra função e) três membros do Ministério Público da
pública, vedado o magistério. União, além de dois do Ministério Públi-
co do Trabalho.
2. (MPE-RS – 2010 – Agente Administrativo –
FCC) 4. (MPE-RS – 2010 – Agente Administrativo –
FCC)
O Conselho Nacional do Ministério Público,
órgão constitucional criado pela Emenda Determinado membro do Ministério Pú-
Constitucional no 45/2004, blico da União é reincidente em falta ante-
riormente punida com advertência. Assim,
a) escolherá, em votação secreta, um Cor- conforme previsão da Lei Complementar no
regedor nacional, dentre os membros 75/93, que dispõe sobre a organização, as
do Ministério Público que o integram, atribuições e o estatuto do Ministério Públi-
vedada a recondução.
b) compõe-se de onze membros nomea- co da União, estará sujeito à pena discipli-
nar de
dos pelo Congresso Nacional.
c) confere para os seus membros um a) demissão.
mandato de dois anos, vedada a recon- b) suspensão.
dução. c) disponibilidade.
d) é presidido pelo Presidente do Supre- d) remoção.
mo Tribunal Federal. e) censura.

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5. (Analista Área Processual – MPU – 2004 e) por motivo de interesse público,
ESAF) mediante decisão do procurador-geral
da República, provocada pelo Conselho
É prerrogativa processual do membro do Superior, assegurada ampla defesa.
Ministério Público da União que oficie
perante tribunais ser processado e julgado 8. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo –
por crimes de responsabilidade pelo FCC)
a) Supremo Tribunal Federal. A respeito dos princípios institucionais e das
b)
c) Superior Tribunal de
Tribunal Regional Justiça.
Federal. garantias do Ministério Público, é INCORRE-
TO afirmar:
d) Senado Federal.
e) Tribunal perante o qual atue. a) O princípio do Promotor Natural veda
designações arbitrárias de Promotores
6. (Analista Área Processual – MPU – 2004 de Justiça de uma Promotoria para as
ESAF) funções de outra, afastando-o de suas
atribuições legais.
Para promoção na carreira por antiguidade b) O princípio da indivisibilidade impede
do membro do Ministério Público da União, que o Ministério Público possa se subdi-
assinale o primeiro critério de desempate vidir em vários outros Ministérios Públi-
na classificação. cos autônomos e desvinculados um dos
a) Tempo de serviço público federal. outros.
b) Tempo de serviço público em geral. c) O princípio da independência ou auto-
c) Idade dos candidatos, em favor do mais nomia funcional garante ao membro do
Ministério Público não ficar sujeito às
d) idoso.
Tempo de serviço na carreira. ordens de quem quer que seja, somente
e) Tempo de contribuição previdenciária. devendo prestar contas de seus atos à
Constituição, à lei e à sua consciência.
7. (Analista Área Processual – MPU – 2004 d) Por força do princípio da unidade, os
ESAF) membros do Ministério Público Federal
e dos Estados, bem como os diversos ra-
A garantia de inamovibilidade dos membros mos do Ministério Público da União in-
do Ministério Público da União pode ser tegram um só órgão.
excepcionalizada quando presente(s), e) Em virtude da garantia de vitaliciedade,
concomitantemente, o(s) seguinte(s) o membro do Ministério Público vita-
elemento(s): lício somente poderá perder seu cargo
a) por motivo de interesse público, por decisão judicial transitada em julga-
mediante decisão do Conselho Superior, do, cuja iniciativa é do Procurador-Geral
de Justiça, após autorização do Colégio
por voto da maioria absoluta de seus
de Procuradores.
membros.
b) por motivo de interesse público,
mediante decisão do Conselho Superior, 9. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo –
por voto de dois terços de seus FCC)
membros, assegurada ampla defesa. Entre as competências do Conselho Nacio-
c) mediante decisão do Conselho Superior, nal do Ministério Público está a de
pela maioria de seus membros,
assegurada ampla defesa. a) decretar a perda do cargo dos membros
d) por decisão judicial transitada em vitalícios dos Ministérios Públicos dos
julgado. Estados.

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b) designar membros dos Ministérios Pú- 12. (Analista Área Processual – MPU – 2004
blicos dos Estados para oficiar em deter- ESAF)
minados processos.
c) elaborar a proposta orçamentária do Inclui-se, entre as vedações ao membro do
Ministério Público da União. Ministério Público da União,
d) destituir os Procuradores-Gerais de Jus- a) exercer a advocacia, ainda que gratuita.
tiça dos Estados, quando conveniente b) participar, como acionista ou cotista, de
ao interesse público. sociedade comercial.
e) rever
membrosos processos disciplinares
do Ministério Público de
da c) exercer o magistério
estabelecimento privado. superior em
União ou dos Estados julgados há me- d) filiar-se a partido político.
nos de um ano. e) exercer uma função de magistério
público.
10. (Analista Área Processual – MPU – 2004
ESAF) 13. (MPE-RS – 2001 – Agente Administrativo –
Quanto ao concurso público para ingresso UFRGS)
nas carreiras do Ministério Público da União, Compete ao Conselho Superior do Ministé-
assinale a afirmativa falsa. rio Público
a) O concurso terá âmbito nacional. a) decidir sobre pedido de revisão de pro-
b) O concurso será realizado, cedimento disciplinar.
facultativamente, a juízo do Conselho a) eleger o Corregedor-Geral do Ministério
Superior competente. Público.
c) A comissão de concurso terá entre
seus membros um jurista indicado pelo c) aprovar os pedidos
muta entre membrosdeda
remoção por per-
Instituição.
respectivo Conselho Superior. d) realizar correições e inspeções.
d) O concurso será realizado, e) julgar recurso contra decisão de vitali-
obrigatoriamente, quando o número ciamento de membro do Ministério Pú-
de vagas exceder a vinte por cento do blico.
quadro respectivo.
e) O concurso abrangerá as vagas 14. (MPE-RS – 2011 – Assessor – MPE-RS)
existentes e aquelas que venham a
surgir no respectivo prazo de eficácia. Segundo a Constituição Federal, NÃO cons-
titui atribuição do Conselho Nacional do Mi-
11. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo – nistério Público
FCC)
a) apreciar, de ofício ou mediante provoca-
A Constituição Federal vigente situa o Minis- ção, a legalidade dos atos administrati-
tério Público vos praticados por membros ou órgãos
do Ministério Público da União e dos Es-
a) dentro do Poder Judiciário. tados, podendo desconstituí-los, revê-
b) dentro do Poder Executivo, em capítulo -los ou fixar prazo para que se adotem
especial. as providências necessárias ao exato
c) em capítulo especial, fora da estrutura cumprimento da lei.
dos demais poderes da República. b) receber e conhecer das reclamações
d) dentro do Poder Legislativo. contra membros ou órgãos do Minis-
e) como órgão de cooperação das ativida- tério Público da União ou dos Estados,
des do Poder Executivo. inclusive contra seus serviços auxiliares,

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sem prejuízo da competência disciplinar 17. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS)
e correcional da instituição.
c) encaminhar ao Poder Legislativo os pro- Entre os 14 (quatorze) membros que com-
jetos de lei de iniciativa do Ministério põem o Conselho Nacional do Ministério
Público. Público, estão
d) rever, de ofício ou mediante provoca- a) três advogados indicados pela Ordem
ção, os processos disciplinares de mem- dos Advogados do Brasil.
bros do Ministério Público da União ou b) cinco membros dos Ministérios Públicos
dos Estados julgados há menos de um
ano. c) dos
cincoEstados.
membros do Ministério Público da
e) zelar pela autonomia funcional e ad- União.
ministrativa do Ministério Público, po- d) dois cidadãos de notável saber jurídico
dendo expedir atos regulamentares, no e reputação ilibada, ambos indicados
âmbito de sua competência, ou reco- pela Câmara dos Deputados.
mendar providências. e) dois juízes indicados, um pelo Supremo
Tribunal Federal e outro pelo Superior
15. (MPE-RS – 2001 – Assessor Administrativo Tribunal de Justiça.
– UFRGS)
Assinale a única alternativa que NÃO con- 18. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS)
tém uma função institucional do Ministério Assinale a alternativa que apresenta uma
Público. afirmação INCORRETA a respeito dos princí-
a) a promoção, privativamente, da ação pios institucionais e das garantias do Minis-
penal pública tério Público.
b) a defesa judicial dos direitos e interes- a) Por força do princípio da indivisibilida-
ses das populações indígenas de, os membros do Ministério Público
c) a representação judicial de entidades Federal e dos Estados, bem como os di-
públicas versos ramos do Ministério Público da
d) o controle externo da atividade policial União, são chefiados pelo Procurador-
e) a promoção do inquérito civil e da ação -Geral da República e integram um só
civil pública órgão.
b) Em virtude da garantia de vitaliciedade,
16. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS) o membro do Ministério Público vita-
Os membros do Ministério Público sujei- lício somente poderá perder seu cargo
tam-se a regime jurídico especial, são in- por decisão judicial transitada em julga-
dependentes no exercício de suas funções, do, cuja iniciativa é do Procurador-Geral
cumprindo-as nos termos da lei, e têm as de Justiça, após autorização do Colégio
seguintes garantias: de Procuradores.
c) São princípios institucionais do Ministé-
a) exercício pleno da advocacia pública e rio Público a unidade, a indivisibilidade
inamovibilidade. e a independência funcional.
b) abandono do cargo e vitaliciedade. d) Ao Ministério Público é assegurada au-
c) vitaliciedade e inamovibilidade. tonomia funcional e administrativa.
d) movibilidade e exercício de consultoria e) O princípio da independência funcional
pública. garante ao membro do Ministério Públi-
e) abandono do cargo e irredutibilidade de co, no exercício de suas atribuições, não
vencimentos. ficar sujeito às ordens de quem quer
que seja, somente devendo prestar con-

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tas de seus atos à Constituição, à Lei e à a) O Procurador-Geral da República é es-


sua consciência. colhido pelo Presidente da República
dentre os integrantes da carreira do mi-
19. (MPE-RS – 2012 – Engenheiro Mecânico – nistério Público Federal.
MPE-RS) b) Ao Ministério Público incumbe romover
privativamente a ação penal pública e a
Considere as afirmações abaixo. ação civil pública.
I – O Ministério Público é instituição perma- c) É vedado ao membro do Ministério Pú-

nente,
Estado, essencial à função
incumbindo-lhe jurisdicional
a defesa do
da ordem blico participar de quaisquer sociedades
comerciais.
jurídica, do regime democrático e dos inte- d) O Procurador-Geral de Justiça deverá
resses sociais e individuais disponíveis. propor ação direta de inconstitucionali-
dade de lei estadual frente à Constitui-
II – Ao membro do Ministério Público é ve- ção Federal.
dado o exercício de qualquer outra função e) Nenhuma das alternativas está correta.
pública, salvo uma de magistério.
III – Ao membro do Ministério Público é ga- 21. (MPE-RS – 1999 – Procurador Geral do Esta-
rantida a inamovibilidade para que se lhe do – MPE-RS)
preserve a independência funcional, tratan- São princípios institucionais assegurados ao
do-se de prerrogativa afastável apenas por Ministério Público pela Constituição Fede-
decisão judicial definitiva. ral:
IV – O Procurador-Geral de Justiça é o chefe a) Unidade, indivisibilidade e inamovibili-
do Ministério Público e será nomeado pelo dade.
Governador do Estado, para um mandato de b) Unidade, vitaliciedade e inamovibilida-
2 anos, permitida uma recondução por igual de.
período, dentre os candidatos eleitos por c) Vitaliciedade, inamovibilidade e irredu-
voto secreto pelos membros da instituição e tibilidade.
indicados em lista tríplice, devendo ser res- d) Unidade, indivisibilidade e independên-
peitada, na escolha pelo Governador, a or- cia funcional.
dem decrescente de votação. e) Independência funcional, vitaliciedade
V – Constituem Órgãos de Administração do e irredutibilidade.
Ministério Público, dentre outros elencados
na legislação, o Colégio de Procuradores de 22. (MPE-RS – 2008 – Secretário de Diligências
Justiça, a Corregedoria-Geral do Ministério – FCC)
Público as Promotorias de Justiça. O Conselho Nacional do Ministério Público é
Quais estão corretas? composto por 14 membros, dentre os quais
se incluem:

a)
b) Apenas
Apenas I,I, IIIII,e eIV.
IV. a) dois cidadãos de notável saber jurídico
c) Apenas II e V. e reputação ilibada, ambos indicados
d) Apenas III e V. pela Câmara dos Deputados.
e) Apenas I, II e III. b) cinco membros dos Ministérios Públicos
dos Estados.
20. (MPE-RS – 1999 – Procurador Geral do Esta- c) dois juízes indicados, um pelo Supremo
do – MPE-RS) Tribunal Federal e outro pelo Superior
Tribunal de Justiça.
Assinale a alternativa CORRETA:

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d) cinco membros do Ministério Público da II – promover o inquérito civil e a ação civil
União. pública para proteção do meio ambiente e
e) três advogados indicados pela Ordem de outros interesses difusos e coletivos.
dos Advogados do Brasil.
III – defender judicialmente os direitos e in-
23. (MPE-RS – 2014 – Agente Administrativo – teresses das populações indígenas.
MPE) IV – requisitar diligências investigatórias e a
Assinale a alternativa correta sobre o Con- instauração de inquérito policial, indicados
selho Nacional do Ministério Público, nos os fundamentos
ções processuais.jurídicos de suas manifesta-
termos do Artigo 130-A, da Constituição Fe-
deral. Quais estão corretas?
a) É composto por quatorze membros e a) Apenas I e II.
presidido pelo Presidente da Repúbli- b) Apenas II e III.
ca, dependendo a escolha de aprovação c) Apenas I, III e IV.
por maioria absoluta do Senado Fede- d) Apenas II, III e IV.
ral. e) I, II, III e IV.
b) Pode rever os processos disciplinares
de membros do Ministério Público da
União ou dos Estados julgados há mais MPU – 2013 – Técnico Administrativo (CES-
de um ano, de ofício ou mediante pro- PE). Relativamente ao MPU, julgue os itens
vocação. a seguir.
c) O Conselho escolherá, em votação se-
creta, um Corregedor nacional, dentre
os membros do Ministério Público que 25. Embora os Ministérios
aos tribunais de contasPúblicos (MPs) junto
sejam órgãos autô-
o integram, admitida uma recondução. nomos e independentes do MPU e dos MPs
d) Incumbe-lhe zelar pela autonomia fun- dos estados, aplicam-se aos seus membros
cional e administrativa do Ministério os mesmos direitos, vedações e forma de in-
Público, podendo expedir atos regula- vestidura.
mentares, no âmbito de sua competên-
cia. ( ) Certo ( ) Errado
e) Compete-lhe receber e conhecer das
reclamações contra membros ou órgãos
26. A CF autoriza o MPU a exercer a representa-
do Ministério Público e da Magistratura
ção judicial da Fundação Nacional do Índio
da União e dos Estados, inclusive contra
em casos excepcionais e relacionados à de-
seus serviços auxiliares.
fesa dos direitos das populações indígenas.
24. (MPE-RS – 2014 – Agente Administrativo – ( ) Certo ( ) Errado
MPE)
Considere o enunciado abaixo e as quatro 27. O procurador-geral de justiça do Distrito
propostas para completá-lo. Federal (DF) poderá ser destituído antes do
término do seu mandato, mediante repre-
São funções institucionais do Ministério Pú-
sentação do governador do DF e delibera-
blico
ção da maioria absoluta da Câmara Legislati-
I – promover, privativamente, a ação penal va do DF.
pública, na forma da lei.
( ) Certo ( ) Errado

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28. O procurador-geral da República, nomeado membros do MPU e dos MPs dos estados,
pelo presidente da República entre integran- podendo revê-los, fixando prazo para a ado-
tes do MPU com mais de trinta e cinco anos ção das providências necessárias à sua cor-
de idade, após a aprovação de seu nome reção, ou, se for o caso, desconstituí-los. E
pela maioria absoluta dos membros do Se- ( ) Certo ( ) Errado
nado Federal, exercerá a chefia do MPU.
( ) Certo ( ) Errado 33. Comporão o CNMP, além de membros do
MPU e dos MPs dos estados, da magistratu-
ra e da advocacia, dois cidadãos de notável
MPU – 2013 – Técnico Administrativo (CES- saber jurídico e reputação ilibada, um indi-
PE). Acerca dos direitos, das garantias e das cado pela Câmara dos Deputados e o outro,
prerrogativas dos membros do MPU, julgue pelo Senado Federal. No tocante às garan-
os próximos itens. Nesse sentido, conside - tias institucionais do MP, julgue o item abai-
re que a sigla CF, doravante, sempre que xo.
empregada, refere-se à Constituição Fede-
ral de 1988. ( ) Certo ( ) Errado

29. Aos membros do MP é garantida constitu- 34. Em função da autonomia financeira e admi-
cionalmente a vitaliciedade após dois anos nistrativa assegurada ao MP pela CF, o au-
de exercício no cargo, ressalvada a perda do mento do valor dos subsídios dos membros
cargo por sentença judicial transitada em do órgão pode ser realizado por meio de ato
julgado. normativo do procurador-geral da Repúbli-
( ) Certo ( ) Errado
ca.
( ) Certo ( ) Errado

30. Uma das garantias estabelecidas pela CF aos


membros do MP é a inamovibilidade abso- MPU – 2010 – Técnico Administrativo (CES-
luta. PE). A organização, as atribuições e o
estatuto do Ministério Público da União
( ) Certo ( ) Errado
(MPU) estão claramente dispostos em le-
gislação específica. Acerca dos princípios
31. Procurador da República que tenha ingres- e das funções da referida instituição e dos
sado na carreira após a promulgação da CF seus membros, julgue os itens que se se -
poderá exercer o cargo de secretário esta- guem.
dual de segurança pública, desde que esteja
em disponibilidade. 35. Para exercer o controle externo da atividade
policial, o MPU emprega meios estritamen-
( ) Certo ( ) Errado te judiciais e só pode representar à autori-
dade competente requerendo a instauração
de inquérito.
MPU – 2013 – Técnico Administrativo (CES- ( ) Certo ( ) Errado
PE). Em relação ao Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP), julgue os itens
subsecutivos. 36. É prerrogativa processual do procurador-ge-
ral da República ser processado e julgado,
nos crimes comuns, pelo Supremo Tribunal
32. Compete ao CNMP apreciar, de ofício ou
Federal.
mediante provocação, a legalidade dos atos
funcionais e administrativos praticados por ( ) Certo ( ) Errado

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37. No exercício de sua autonomia funcional, MPU – 2010 – Técnico Administrativo
administrativa e financeira, cabe ao MPU (CESPE). A respeito dos princípios funda-
propor ao Poder Legislativo a criação e a ex- mentais, das garantias fundamentais e da
tinção de seus cargos, assim como a fixação aplicabilidade das normas constitucionais,
dos vencimentos dos seus membros e servi- julgue os itens a seguir.
dores.
42. As normas de eficácia plena não exigem a
( ) Certo ( ) Errado elaboração de novas normas legislativas que
lhes completem o alcance e o sentido ou
38. Na defesa dos direitos constitucionais do lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplica-
cidadão, o procurador-geral da República bilidade é direta, ainda que não integral.
representa ao poder competente para a ( ) Certo ( ) Errado
promoção da responsabilidade nos casos
comprovados de omissões inconstitucio-
nais. 43. A Constituição Federal de 1988 apresenta
os chamados princípios fundamentais da
( ) Certo ( ) Errado
República Federativa do Brasil, que incluem
referências a sua forma de Estado, forma de
39. A fiscalização das atividades funcionais e de governo e regime político. Deduz-se do tex-
conduta dos membros do MPU é incumbên- to constitucional que a República Federativa
cia da Corregedoria do Ministério Público do Brasil é um Estado de Direito, o que limi-
Militar. ta o próprio poder do Estado e garante os
direitos fundamentais dos particulares.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado

MPU – 2010 – Técnico Administrativo (CES-


PE). Acerca da autonomia, da estrutura e
do funcionamento do MPU, julgue os itens
a seguir.

40. É atribuição do procurador-geral da Repú-


blica propor ao presidente da República os
projetos de lei de interesse do MPU.
( ) Certo ( ) Errado

41. A estrutura completa do MPU é constituída


por: Ministério Público Federal e Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. E 5. B 6. D 7. B 8. D 9. E 10. D 11. C 12. A 13. C 14. C 15. C 16. C 17. E


18. A 19. C 20. E 21. D 22. C 23. D 24. E 25. Certo 26. Errado 27. Errado 28. Certo 29. Certo 30. Errado
31. Errado 32. Errado 33. Certo 34. Errado 35. Errado 36. Certo 37. Certo 38. Errado 39. Errado 40. Errado
41. Errado 42. Errado 43. Certo

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