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Apostila Mpu Tecnico Legislacao Aplicada Aompu e Ao CNMP Pedro Kuhn
Apostila Mpu Tecnico Legislacao Aplicada Aompu e Ao CNMP Pedro Kuhn
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Edital
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP:1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica
do Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Mi-
nistério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 Os
vários Ministérios Públicos. 1.6 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura
e procedimento de destituição. 1.7 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria,
garantias, prerrogativas e vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1
Composição. 2.2 Atribuições constitucionais.
BANCA: Cespe
CARGO: Técnico do MPU – Apoio Técnico-Administrativo – Administração
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Legislação Aplicada ao MPU e CNMP
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nado Federal, para mandato de dois anos, b) exercer a advocacia;
permitida a recondução.
c) participar de sociedade comercial, na for-
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da ma da lei;
República, por iniciativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de autori- d) exercer, ainda que em disponibilidade,
zação da maioria absoluta do Senado Fede- qualquer outra função pública, salvo uma
ral. de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
§o 3º
do Os Ministérios
Distrito FederalPúblicos dos Estados
e Territórios e
formarão f) receber, a qualquer título ou pretexto,
lista tríplice dentre integrantes da carreira, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
na forma da lei respectiva, para escolha de entidades públicas ou privadas, ressalvadas
seu Procurador-Geral, que será nomeado as exceções previstas em lei.
pelo Chefe do Poder Executivo, para manda-
to de dois anos, permitida uma recondução. § 6º Aplica-se aos membros do Ministério
Público o disposto no art. 95, parágrafo úni-
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e co, V.
no Distrito Federal e Territórios poderão ser
destituídos por deliberação da maioria ab- Art. 129. São funções institucionais do Ministé-
soluta do Poder Legislativo, na forma da lei rio Público:
complementar respectiva.
I – promover, privativamente, a ação penal
§ 5º Leis complementares da União e dos pública, na forma da lei;
Estados, cuja iniciativa é facultada aos res-
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
pectivos Procuradores-Gerais,
rão a organização, as atribuiçõesestabelece-
e o estatu- Públicos e dos serviços de relevância públi-
ca aos direitos assegurados nesta Constitui-
to de cada Ministério Público, observadas, ção, promovendo as medidas necessárias a
relativamente a seus membros: sua garantia;
I – as seguintes garantias: III – promover o inquérito civil e a ação civil
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, pública, para a proteção do patrimônio pú-
não podendo perder o cargo senão por sen- blico e social, do meio ambiente e de outros
tença judicial transitada em julgado; interesses difusos e coletivos;
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VII – exercer o controle externo da ativida- Senado Federal, para um mandato de dois anos,
de policial, na forma da lei complementar admitida uma recondução, sendo:
mencionada no artigo anterior;
I – o Procurador-Geral da República, que o
VIII – requisitar diligências investigatórias e preside;
a instauração de inquérito policial, indica-
dos os fundamentos jurídicos de suas mani- II – quatro membros do Ministério Público
festações processuais; da União, assegurada a representação de
cada uma de suas carreiras;
IX – exercerdesde
conferidas, outrasque
funções que lhe
compatíveis forem
com sua III – três membros do Ministério Público dos
finalidade, sendo-lhe vedada a representa- Estados;
ção judicial e a consultoria jurídica de enti- IV – dois juízes, indicados um pelo Supremo
dades públicas. Tribunal Federal e outro pelo Superior Tri-
§ 1º A legitimação do Ministério Público bunal de Justiça;
para as ações civis previstas neste artigo V – dois advogados, indicados pelo Conse-
não impede a de terceiros, nas mesmas hi- lho Federal da Ordem dos Advogados do
póteses, segundo o disposto nesta Consti- Brasil;
tuição e na lei.
VI – dois cidadãos de notável saber jurídico
§ 2º As funções do Ministério Público só po- e reputação ilibada, indicados um pela Câ-
dem ser exercidas por integrantes da carrei- mara dos Deputados e outro pelo Senado
ra, que deverão residir na comarca da res- Federal.
pectiva lotação, salvo autorização do chefe
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do
da instituição. Ministério Público serão indicados pelos
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério respectivos Ministérios Públicos, na forma
Público far-se-á mediante concurso público da lei.
de provas e títulos, assegurada a participa-
ção da Ordem dos Advogados do Brasil em § 2º Compete ao Conselho Nacional do Mi-
sua realização, exigindo-se do bacharel em nistério Público o controle da atuação admi-
direito, no mínimo, três anos de atividade nistrativa e financeira do Ministério Público
jurídica e observando-se, nas nomeações, a e do cumprimento dos deveres funcionais
ordem de classificação. de seus membros, cabendo-lhe:
Art.
junto130. Aos membros
aos Tribunais do Ministério
de Contas aplicam-sePúblico
as dis- II – zelar pela observância do art. 37 e apre-
ciar, de ofício ou mediante provocação, a
posições desta seção pertinentes a direitos, ve- legalidade dos atos administrativos pratica-
dações e forma de investidura. dos por membros ou órgãos do Ministério
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público da União e dos Estados, podendo
Público compõe-se de quatorze membros no- desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
meados pelo Presidente da República, depois que se adotem as providências necessárias
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo
da competência dos Tribunais de Contas;
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III – receber e conhecer das reclamações -lhe, além das atribuições que lhe forem
contra membros ou órgãos do Ministério conferidas pela lei, as seguintes:
Público da União ou dos Estados, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo I – receber reclamações e denúncias, de
da competência disciplinar e correicional da qualquer interessado, relativas aos mem-
instituição, podendo avocar processos dis- bros do Ministério Público e dos seus servi-
ciplinares em curso, determinar a remoção, ços auxiliares;
a disponibilidade ou a aposentadoria com II – exercer funções executivas do Conselho,
subsídios
tempo de ou proventos
serviço proporcionais
e aplicar ao
outras sanções de inspeção e correição geral;
administrativas, assegurada ampla defesa; III – requisitar e designar membros do Mi-
nistério Público, delegando-lhes atribui-
IV – rever, de ofício ou mediante provoca- ções, e requisitar servidores de órgãos do
ção, os processos disciplinares de membros Ministério Público.
do Ministério Público da União ou dos Esta-
dos julgados há menos de um ano; § 4º O Presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil oficiará jun-
V – elaborar relatório anual, propondo as to ao Conselho.
providências que julgar necessárias sobre a
situação do Ministério Público no País e as § 5º Leis da União e dos Estados criarão ou-
atividades do Conselho, o qual deve inte- vidorias do Ministério Público, competentes
grar a mensagem prevista no art. 84, XI. para receber reclamações e denúncias de
qualquer interessado contra membros ou
§ 3º O Conselho escolherá, em votação se- órgãos do Ministério Público, inclusive con-
creta, um Corregedor nacional, dentre os tra seus serviços auxiliares, representando
membros do Ministério Público que o inte- diretamente ao Conselho Nacional do Mi-
gram, vedada a recondução, competindo- nistério Público.
RESUMO INDISPENSÁVEL
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LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 20 DE MAIO DE 1993
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d) outros interesses individuais indisponí- g) ao meio ambiente;
veis, homogêneos, sociais, difusos e coleti-
vos; XV – manifestar-se em qualquer fase dos
processos, acolhendo solicitação do juiz ou
VIII – promover outras ações, nelas incluído por sua iniciativa, quando entender existen-
o mandado de injunção sempre que a falta te interesse em causa que justifique a inter-
de norma regulamentadora torne inviável venção;
o exercício dos direitos e liberdades cons-
titucionais e das prerrogativas inerentes à XVI – (Vetado);
nacionalidade, à soberania e à cidadania, XVII – propor as ações cabíveis para:
quando difusos os interesses a serem pro-
tegidos; a) perda ou suspensão de direitos políticos,
nos casos previstos na Constituição Federal;
IX – promover ação visando ao cancelamen-
to de naturalização, em virtude de atividade b) declaração de nulidade de atos ou con-
nociva ao interesse nacional; tratos geradores do endividamento externo
da União, de suas autarquias, fundações e
X – promover a responsabilidade dos execu- demais entidades controladas pelo Poder
tores ou agentes do estado de defesa ou do Público Federal, ou com repercussão direta
estado de sítio, pelos ilícitos cometidos no ou indireta em suas finanças;
período de sua duração;
c) dissolução compulsória de associações,
XI – defender judicialmente os direitos e inclusive de partidos políticos, nos casos
interesses das populações indígenas, inclu- previstos na Constituição Federal;
ídos os relativos às terras por elas tradicio-
d) cancelamento de concessão ou de per-
nalmente
bíveis; habitadas, propondo as ações ca- missão, nos casos previstos na Constituição
Federal;
XII – propor ação civil coletiva para defesa
de interesses individuais homogêneos; e) declaração de nulidade de cláusula con-
tratual que contrarie direito do consumidor;
XIII – propor ações de responsabilidade do
fornecedor de produtos e serviços; XVIII – representar;
XIV – promover outras ações necessárias ao a) ao órgão judicial competente para quebra
exercício de suas funções institucionais, em de sigilo da correspondência e das comuni-
defesa da ordem jurídica, do regime demo- cações telegráficas, de dados e das comuni-
crático e dos interesses sociais e individuais cações telefônicas, para fins de investigação
indisponíveis, especialmente quanto: criminal ou instrução processual penal, bem
como manifestar-se sobre representação a
a) ao Estado de Direito e às instituições de- ele dirigida para os mesmos fins;
mocráticas;
b) ao Congresso Nacional, visando ao exer-
b) à ordem econômica e financeira; cício das competências deste ou de qual-
c) à ordem social; quer de suas Casas ou comissões;
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a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsis- omissão indevida, ou para prevenir ou cor-
tência do caráter sigiloso da informação, do rigir ilegalidade ou abuso de poder;
registro, do dado ou do documento que lhe
seja fornecido. IV – requisitar à autoridade competente
para instauração de inquérito policial sobre
§ 3º A falta injustificada e o retardamento a omissão ou fato ilícito ocorrido no exercí-
indevido do cumprimento das requisições cio da atividade policial;
do Ministério Público implicarão a respon-
sabilidade de quem lhe der causa. V – promover a ação penal por abuso de po-
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Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos di- b) usar vestes talares;
reitos constitucionais do cidadão promover em
juízo a defesa de direitos individuais lesados. c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de
serviço, em qualquer recinto público ou pri-
§ 1º Quando a legitimidade para a ação de- vado, respeitada a garantia constitucional
corrente da inobservância da Constituição da inviolabilidade do domicílio;
Federal, verificada pela Procuradoria, cou-
ber a outro órgão do Ministério Público, os d) a prioridade em qualquer serviço de
elementos de informação ser-lhe-ão reme- transporte ou comunicação, público ou
tidos. privado, nocaráter
serviço de território nacional, quando em
urgente;
§ 2º Sempre que o titular do direito lesado
não puder constituir advogado e a ação ca- e) o porte de arma, independentemente de
bível não incumbir ao Ministério Público, o autorização;
caso, com os elementos colhidos, será enca- f) carteira de identidade especial, de acordo
minhado à Defensoria Pública competente. com modelo aprovado pelo Procurador-Ge-
Art. 16. A lei regulará os procedimentos da atu- ral da República e por ele expedida, nela se
ação do Ministério Público na defesa dos direi- consignando as prerrogativas constantes do
tos constitucionais do cidadão. inciso I, alíneas c, d e e do inciso II, alíneas d,
e e f, deste artigo;
II – processuais:
CAPÍTULO V a) do Procurador-Geral da República, ser
DAS GARANTIAS E DAS processado e julgado, nos crimes comuns,
PRERROGATIVAS pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Sena-
do Federal, nos crimes de responsabilidade;
Art. 17. Os membros do Ministério Público da b) do membro do Ministério Público da
União gozam das seguintes garantias: União que oficie perante tribunais, ser pro-
I – vitaliciedade, após dois anos de efetivo cessado e julgado, nos crimes comuns e de
exercício, não podendo perder o cargo se- responsabilidade, pelo Superior Tribunal de
não por sentença judicial transitada em jul- Justiça;
gado; c) do membro do Ministério Público da
II – inamovibilidade, salvo por motivo de in- União que oficie perante juízos de primei-
teresse público, mediante decisão do Con- ra instância, ser processado e julgado, nos
selho Superior, por voto de dois terços de crimes comuns e de responsabilidade, pelos
seus membros, assegurada ampla defesa; Tribunais Regionais Federais, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
III – (Vetado)
d) ser preso ou detido somente por ordem
Art. 18. São prerrogativas dos membros do Mi- escrita do tribunal competente ou em razão
nistério Público da União: de flagrante de crime inafiançável, caso em
que a autoridade fará imediata comunica-
I – institucionais:
ção àquele tribunal e ao Procurador-Geral
a) sentar-se no mesmo plano e imediata- da República, sob pena de responsabilida-
mente à direita dos juízes singulares ou pre- de;
sidentes dos órgãos judiciários perante os
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala
quais oficiem;
especial de Estado-Maior, com direito a pri-
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vacidade e à disposição do tribunal compe- CAPÍTULO VI
tente para o julgamento, quando sujeito a DA AUTONOMIA DO
prisão antes da decisão final; e a dependên-
cia separada no estabelecimento em que ti- MINISTÉRIO PÚBLICO
ver de ser cumprida a pena; Art. 22. Ao Ministério Público da União é asse-
f) não ser indiciado em inquérito policial, gurada autonomia funcional, administrativa e
observado o disposto no parágrafo único financeira, cabendo-lhe:
deste artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, I – propordeaoseus
extinção Poder Legislativo
cargos a criação
e serviços e
auxilia-
hora e local previamente ajustados com o res, bem como a fixação dos vencimentos
magistrado ou a autoridade competente; de seus membros e servidores;
h) receber intimação pessoalmente nos au- II – prover os cargos de suas carreiras e dos
tos em qualquer processo e grau de jurisdi- serviços auxiliares;
ção nos feitos em que tiver que oficiar. III – organizar os serviços auxiliares;
Parágrafo único. Quando, no curso de in- IV – praticar atos próprios de gestão.
vestigação, houver indício da prática de in-
fração penal por membro do Ministério Pú- Art. 23. O Ministério Público da União elabora-
blico da União, a autoridade policial, civil ou rá sua proposta orçamentária dentro dos limites
militar, remeterá imediatamente os autos da lei de diretrizes orçamentárias.
ao Procurador-Geral da República, que de-
signará membro do Ministério Público para § 1º Os recursos correspondentes às suas
dotações orçamentárias, compreendidos os
prosseguimento da apuração do fato. créditos suplementares e especiais, ser-lhe-
Art. 19. O Procurador-Geral da República terá -ão entregues até o dia vinte de cada mês.
as mesmas honras e tratamento dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal; e os demais mem- § 2º A fiscalização contábil, financeira, orça-
bros da instituição, as que forem reservadas aos mentária, operacional e patrimonial do Mi-
magistrados perante os quais oficiem. nistério Público da União será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle ex-
Art. 20. Os órgãos do Ministério Público da terno, com o auxílio do Tribunal de Contas
União terão presença e palavra asseguradas em da União, segundo o disposto no Título IV,
todas as sessões dos colegiados em que oficiem. Capítulo I, Seção IX, da Constituição Federal,
e por sistema próprio de controle interno.
Art. 21. As garantias e prerrogativas dos mem-
bros do Ministério Público da União são ineren- § 3º As contas referentes ao exercício ante-
tes ao exercício de suas funções e irrenunciá- rior serão prestadas, anualmente, dentro de
veis. sessenta dias da abertura da sessão legisla-
tiva do Congresso Nacional.
Parágrafo único.
vas previstas As Lei
nesta garantias e prerrogati-
Complementar não
excluem as que sejam estabelecidas em ou-
tras leis. CAPÍTULO VII
DA ESTRUTURA
Art. 24. O Ministério Público da União compre-
ende:
I – O Ministério Público Federal;
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Art. 27. O Procurador-Geral da República desig- II – a organização e o funcionamento da
nará, dentre os integrantes da carreira, maiores Diretoria-Geral e dos Serviços da Secretaria
de trinta e cinco anos, o Vice-Procurador-Geral do Ministério Público da União.
da República, que o substituirá em seus impedi-
mentos. No caso de vacância, exercerá o cargo o Art. 31. O Conselho de Assessoramento Supe-
Vice-Presidente do Conselho Superior do Minis- rior poderá propor aos Conselhos Superiores
tério Público Federal, até o provimento definiti- dos diferentes ramos do Ministério Público da
vo do cargo. União medidas para uniformizar os atos decor-
rentes de seu poder normativo.
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
DO CONSELHO DE
DAS CARREIRAS
ASSESSORAMENTO SUPERIOR DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO Art. 32. As carreiras dos diferentes ramos do
Ministério Público da União são independentes
Art. 28. O Conselho de Assessoramento Su- entre si, tendo cada uma delas organização pró-
perior do Ministério Público da União, sob a pria, na forma desta lei complementar.
presidência do Procurador-Geral da República
será integrado pelo Vice-Procurador-Geral da Art. 33. As funções do Ministério Público da
República, pelo Procurador-Geral do Trabalho, União só podem ser exercidas por integrantes
pelo Procurador-Geral da Justiça Militar e pelo da respectiva carreira, que deverão residir onde
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal estiverem lotados.
e Territórios.
Art. 34. A lei estabelecerá o número de cargos
Art. 29. As reuniões do Conselho de Assessora- das carreiras do Ministério Público da União e
mento Superior do Ministério Público da União os ofícios em que serão exercidas suas funções.
serão convocadas pelo Procurador-Geral da Re-
pública, podendo solicitá-las qualquer de seus
membros.
CAPÍTULO XI
Art. 30. O Conselho de Assessoramento Supe- DOS SERVIÇOS AUXILIARES
rior do Ministério Público da União deverá opi-
nar sobre as matérias de interesse geral da Insti- Art. 35. A Secretaria do Ministério Público da
tuição, e em especial sobre: União é dirigida pelo seu Diretor-Geral de livre
escolha do Procurador-Geral da República e de-
I – projetos de lei de interesse comum do
missível ad nutum, incumbindo-lhe os serviços
Ministério Público da União, neles incluídos:
auxiliares de apoio técnico e administrativo à
a) os que visem a alterar normas gerais da Instituição.
Lei Orgânica do Ministério Público da União; Art. 36. O pessoal dos serviços auxiliares será
b) a proposta de orçamento do Ministério organizado em quadro próprio de carreira, sob
Público da União; regime estatutário, para apoio técnico-adminis-
trativo adequado às atividades específicas da
c) os que proponham a fixação dos venci- Instituição.
mentos nas carreiras e nos serviços auxilia-
res;
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Art. 41. Em cada Estado e no Distrito Federal Seção II
será designado, na forma do art. 49, III, órgão DA CHEFIA DO
do Ministério Público Federal para exercer as
funções do ofício de Procurador Regional dos MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Direitos do Cidadão. Art. 45. O Procurador-Geral da República é o
Parágrafo único. O Procurador Federal dos Chefe do Ministério Público Federal.
Direitos do Cidadão expedirá instruções Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da Repú-
para o exercício das funções dos ofícios de
Procurador dos Direitos do Cidadão, respei- junto
blica exercer as funções
ao Supremo Tribunaldo Ministério
Federal, Público
manifestan-
tado o princípio da independência funcio- do-se previamente em todos os processos de
nal. sua competência.
Art. 42. A execução da medida prevista no art. Parágrafo único. O Procurador-Geral da Re-
14 incumbe ao Procurador Federal dos Direitos pública proporá perante o Supremo Tribu-
do Cidadão. nal Federal:
Art. 43. São órgãos do Ministério Público Fede- I – a ação direta de inconstitucionalidade de
ral: lei ou ato normativo federal ou estadual e o
I – o Procurador-Geral da República; respectivo pedido de medida cautelar;
II – o Colégio de Procuradores da República; II – a representação para intervenção fe-
deral nos Estados e no Distrito Federal, nas
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- hipóteses do art. 34, VII, da Constituição Fe-
blico Federal; deral;
IV – as Câmaras de Coordenação e Revisão III – as ações cíveis e penais cabíveis.
do Ministério Público Federal;
Art. 47. O Procurador-Geral da República desig-
V – a Corregedoria do Ministério Público Fe-
deral; nará os Subprocuradores-Gerais da República
que exercerão, por delegação, suas funções jun-
VI – os Subprocuradores-Gerais da Repúbli- to aos diferentes órgãos jurisdicionais do Supre-
ca; mo Tribunal Federal.
VII – os Procuradores Regionais da Repúbli- § 1º As funções do Ministério Público Fede-
ca; ral junto aos Tribunais Superiores da União,
VIII – os Procuradores da República. perante os quais lhe compete atuar, somen-
te poderão ser exercidas por titular do car-
Parágrafo único. As Câmaras de Coordena- go de Subprocurador-Geral da República.
ção e Revisão poderão funcionar isoladas
ou reunidas, integrando Conselho Institu- § 2º Em caso de vaga ou afastamento de
cional, conforme dispuser o seu regimento. Subprocurador-Geral da República, por pra-
zo superior a trinta dias, poderá ser convo-
Art. 44. A carreira do Ministério Público Federal cado Procurador Regional da República para
é constituída pelos cargos de Subprocurador- substituição, pelo voto da maioria do Con-
-Geral da República, Procurador Regional da Re- selho Superior.
pública e Procurador da República.
§ 3º O Procurador Regional da República
Parágrafo único.O cargo inicial da carreira é convocado receberá a diferença de venci-
o de Procurador da República e o do último mento correspondente ao cargo de Subpro-
nível o de Subprocurador-Geral da Repúbli-
ca.
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d) funcionar perante juízos que não os pre- cargo, caberá ao Subprocurador-Geral da Repú-
vistos no inciso I, do art. 37, desta lei com- blica que for designado pelo Conselho Superior
plementar; do Ministério Público Federal.
e) acompanhar procedimentos administra- Seção III
tivos e inquéritos policiais instaurados em DO COLÉGIO DE PROCURADORES
áreas estranhas à sua competência especí-
fica, desde que relacionados a fatos de inte- DA REPÚBLICA
resse da Instituição.
XVI – homologar, ouvido o Conselho Supe- Art. 52. O Colégio
ca, presidido de Procuradores da
pelo Procurador-Geral da Repúbli-
Repúbli-
rior, o resultado do concurso para ingresso ca, é integrado por todos os membros da carrei-
na carreira; ra em atividade no Ministério Público Federal.
XVII – fazer publicar aviso de existência de Art. 53. Compete ao Colégio de Procuradores da
vaga na lotação e na relação bienal de de- República:
signações;
I – elaborar, mediante voto plurinominal,
XVIII – elaborar a proposta orçamentária do facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a
Ministério Público Federal, submetendo-a, composição do Superior Tribunal de Justiça,
para aprovação, ao Conselho Superior; sendo elegíveis os membros do Ministério
Público Federal, com mais de dez anos na
XIX – organizar a prestação de contas do carreira, tendo mais de trinta e cinco e me-
exercício anterior; nos de sessenta e cinco anos de idade;
XX – praticar atos de gestão administrativa, II – elaborar, mediante voto plurinominal,
financeira e de pessoal; facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
XXI – elaborar o relatório das atividades do a composição dos Tribunais Regionais Fe-
Ministério Público Federal; derais, sendo elegíveis os membros do Mi-
nistério Público Federal, com mais de dez
XXII – coordenar as atividades do Ministério anos de carreira, que contém mais de trinta
Público Federal; e menos de sessenta e cinco anos de idade,
sempre que possível lotados na respectiva
XXIII – exercer outras atividades previstas região;
em lei.
III – eleger, dentre os Subprocuradores-Ge-
Art. 50. As atribuições do Procurador-Geral da rais da República e mediante voto plurino-
República, previstas no artigo anterior, poderão minal, facultativo e secreto, quatro mem-
ser delegadas: bros do Conselho Superior do Ministério
I – a Coordenador de Câmara de Coordena- Público Federal;
ção e Revisão, as dos incisos XV, alínea c e IV – opinar sobre assuntos gerais de interes-
XXII;
se da instituição.
II – aos Chefes das Procuradorias Regionais § 1º Para os fins previstos nos incisos I, II e
da República e aos Chefes das Procurado- III, deste artigo, prescindir-se-á de reunião
rias da República nos Estados e no Distrito do Colégio de Procuradores, procedendo-se
Federal, as dos incisos I, XV, alínea c, XX e segundo dispuser o seu regimento interno e
XXII. exigindo-se o voto da maioria absoluta dos
Art. 51. A ação penal pública contra o Procura- eleitores.
dor-Geral da República, quando no exercício do
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IV – aprovar a destituição do Procurador Re- XV – determinar a instauração de proces-
gional Eleitoral; sos administrativos em que o acusado seja
membro do Ministério Público Federal,
V – destituir, por iniciativa do Procurador-
apreciar seus relatórios e propor as medi-
-Geral da República e pelo voto de dois ter-
das cabíveis;
ços de seus membros, antes do término do
mandato, o Corregedor-Geral; XVI – determinar o afastamento preventivo
do exercício de suas funções, do membro
VI – elaborar a lista tríplice para Corregedor-
do Ministério Público Federal, indiciado ou
-Geral do Ministério Público Federal; acusado em processo disciplinar, e o seu re-
VII – elaborar a lista tríplice destinada à pro- torno;
moção por merecimento;
XVII – designar a comissão de processo ad-
VIII – aprovar a lista de antigüidade dos ministrativo em que o acusado seja mem-
membros do Ministério Público Federal e bro do Ministério Público Federal;
decidir sobre as reclamações a ela concer-
XVIII – decidir sobre o cumprimento do es-
nentes;
tágio probatório por membro do Ministério
IX – indicar o membro do Ministério Públi- Público Federal, encaminhando cópia da
co Federal para promoção por antigüidade, decisão ao Procurador-Geral da República,
observado o disposto no art. 93, II, alínea d, quando for o caso, para ser efetivada sua
da Constituição Federal; exoneração;
X – designar o Subprocurador-Geral da Re- XIX – decidir sobre remoção e disponibilida-
pública para conhecer de inquérito, peças de de membro do Ministério Público Fede-
de informação ou representação sobre cri- ral, por motivo de interesse público;
me comum atribuível ao Procurador-Geral XX – autorizar, pela maioria absoluta de
da República e, sendo o caso, promover a
seus membros, que o Procurador-Geral da
ação penal;
República ajuíze a ação de perda de cargo
XI – opinar sobre a designação de membro contra membro vitalício do Ministério Públi-
do Ministério Público Federal para: co Federal, nos casos previstos nesta lei;
a) funcionar nos órgãos em que a participa- XXI – opinar sobre os pedidos de reversão
ção da instituição seja legalmente prevista; de membro da carreira;
b) integrar comissões técnicas ou científicas XXII – opinar sobre o encaminhamento de
relacionadas às funções da instituição ; proposta de lei de aumento do número de
cargos da carreira;
XII – opinar sobre o afastamento temporá-
rio de membro do Ministério Público Fede- XXIII – deliberar sobre a realização de con-
ral; curso para o ingresso na carreira, designar
os membros da Comissão de Concurso e
XIII – autorizar a designação, em caráter
excepcional, de membros do Ministério Pú- opinar sobre a homologação dos resulta-
dos;
blico Federal, para exercício de atribuições
processuais perante juízos, tribunais ou ofí- XXIV – aprovar a proposta orçamentária
cios diferentes dos estabelecidos para cada que integrará o projeto de orçamento do
categoria; Ministério Público da União;
XIV – determinar a realização de correições XXV – exercer outras funções estabelecidas
e sindicâncias e apreciar os relatórios cor- em lei.
respondentes;
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
serão organizadas
através por função ou por matéria,
de ato normativo. VII – decidir os conflitos de atribuições en-
tre os órgãos do Ministério Público Federal.
Parágrafo único. O Regimento Interno, que Parágrafo único. A competência fixada nos
disporá sobre o funcionamento das Câma- incisos V e VI será exercida segundo crité-
ras de Coordenação e Revisão, será elabora- rios objetivos previamente estabelecidos
do pelo Conselho Superior. pelo Conselho Superior.
Art. 60. As Câmaras de Coordenação e Revisão
serão compostas por três membros do Minis-
Seção VI
tério Público Federal, sendo um indicado pelo DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
Procurador-Geral da República e dois pelo Con- PÚBLICO FEDERAL
selho Superior, juntamente com seus suplentes,
para um mandato de dois anos, dentre inte- Art. 63. A Corregedoria do Ministério Público
grantes do último grau da carreira, sempre que Federal, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o ór-
possível. gão fiscalizador das atividades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público.
Art. 61. Dentre os integrantes da Câmara de Co- Art. 64. O Corregedor-Geral será nomeado pelo
ordenação e Revisão, um deles será designado
pelo Procurador-Geral para a função executiva Procurador-Geral da República dentre os Sub-
de Coordenador. procuradores-Gerais da República, integrantes
de lista tríplice elaborada pelo Conselho Supe-
Art. 62. Compete às Câmaras de Coordenação e rior, para mandato de dois anos, renovável uma
Revisão: vez.
I – promover a integração e a coordenação § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
dos órgãos institucionais que atuem em ofí- membros do Conselho Superior.
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§ 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral cionais diferentes dos previstos para a cate-
os demais integrantes da lista tríplice, na goria dependerá de autorização do Conse-
ordem em que os designar o Procurador- lho Superior.
-Geral.
Art. 67. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da
§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destitu- República, privativamente, o exercício das fun-
ído por iniciativa do Procurador-Geral, an- ções de:
tes do término do mandato, pelo Conselho
Superior, observado o disposto no inciso V I – Vice-Procurador-Geral da República;
do art. 57. II – Vice-Procurador-Geral Eleitoral;
Art. 65. Compete ao Corregedor-Geral do Minis- III – Corregedor-Geral do Ministério Público
tério Público Federal: Federal;
I – participar, sem direito a voto, das reuni- IV – Procurador Federal dos Direitos do Ci-
ões do Conselho Superior; dadão;
II – realizar, de ofício, ou por determinação V – Coordenador de Câmara de Coordena-
do Procurador-Geral ou do Conselho Supe- ção e Revisão.
rior, correições e sindicâncias, apresentan-
do os respectivos relatórios; Seção VIII
III – instaurar inquérito contra integrante DOS PROCURADORES REGIONAIS
da carreira e propor ao Conselho Superior DA REPÚBLICA
a instauração do processo administrativo
conseqüente; Art. 68. Os Procuradores Regionais da República
serão designados para oficiar junto aos Tribu-
IV – acompanhar o estágio probatório dos nais Regionais Federais.
membros do Ministério Público Federal;
Parágrafo único. A designação de Procura-
V – propor ao Conselho Superior a exonera- dor Regional da República para oficiar em
ção de membro do Ministério Público Fede- órgãos jurisdicionais diferentes dos previs-
ral que não cumprir as condições do estágio tos para a categoria dependerá de autoriza-
probatório. ção do Conselho Superior.
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
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Parágrafo único. Na inexistência de Pro- II – manifestar-se em qualquer fase do pro-
motor que oficie perante a Zona Eleitoral, cesso trabalhista, acolhendo solicitação do
ou havendo impedimento ou recusa justi- juiz ou por sua iniciativa, quando entender
ficada, o Chefe do Ministério Público local existente interesse público que justifique a
indicará ao Procurador Regional Eleitoral o intervenção;
substituto a ser designado.
III – promover a ação civil pública no âmbito
Art. 80. A filiação a partido político impede o da Justiça do Trabalho, para defesa de inte-
exercício de funções eleitorais por membro do resses coletivos, quando desrespeitados os
Ministério Público até dois anos do seu cance- direitos sociais constitucionalmente garan-
lamento. tidos;
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
de recorrer em caso de violação à lei e à Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Tra-
Constituição Federal; balho:
X – promover mandado de injunção, quan- I – o Procurador-Geral do Trabalho;
do a competência for da Justiça do Traba-
lho; II – o Colégio de Procuradores do Trabalho;
XI – atuar como árbitro, se assim for solici- III – o Conselho Superior do Ministério Pú-
tado pelas partes, nos dissídios de compe- blico do Trabalho;
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Parágrafo único. A exoneração do Procu- VII – decidir, em grau de recurso, os confli-
rador-Geral do Trabalho, antes do término tos de atribuição entre os órgãos do Minis-
do mandato, será proposta ao Procurador- tério Público do Trabalho;
-Geral da República pelo Conselho Superior,
mediante deliberação obtida com base em VIII – determinar a abertura de correição,
voto secreto de dois terços de seus inte- sindicância ou inquérito administrativo;
grantes. IX – determinar a instauração de inquérito
Art. 89. O Procurador-Geral do Trabalho desig- ou processo administrativo contra servido-
nará, dentre os Subprocuradores-Gerais do Tra- res dos serviços auxiliares;
balho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que X – decidir processo disciplinar contra mem-
o substituirá em seus impedimentos. Em caso bro da carreira ou servidor dos serviços au-
de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente xiliares, aplicando as sanções que sejam de
do Conselho Superior, até o seu provimento de- sua competência;
finitivo.
XI – decidir, atendendo a necessidade do
Art. 90. Compete ao Procurador-Geral do Traba- serviço, sobre:
lho exercer as funções atribuídas ao Ministério
Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribu- a) remoção a pedido ou por permuta;
nal Superior do Trabalho, propondo as ações ca- b) alteração parcial da lista bienal de desig-
bíveis e manifestando-se nos processos de sua
nações;
competência.
XII – autorizar o afastamento de membros
Art. 91. São atribuições do Procurador-Geral do
do Ministério Público do Trabalho, ouvido o
Trabalho:
Conselho Superior, nos casos previstos em
I – representar o Ministério Público do Tra- lei;
balho; XIII – dar posse aos membros do Ministério
II – integrar, como membro nato, e presidir Público do Trabalho;
o Colégio de Procuradores do Trabalho, o XIV – designar membro do Ministério Públi-
Conselho Superior do Ministério Público do
co do Trabalho para:
Trabalho e a Comissão de Concurso;
a) funcionar nos órgãos em que a participa-
III – nomear o Corregedor-Geral do Ministé-
ção da Instituição seja legalmente prevista,
rio Público do Trabalho, segundo lista trípli-
ouvido o Conselho Superior;
ce formada pelo Conselho Superior;
b) integrar comissões técnicas ou científi-
IV – designar um dos membros e o Coorde-
cas, relacionadas às funções da Instituição,
nador da Câmara de Coordenação e Revisão ouvido o Conselho Superior;
do Ministério Público do Trabalho;
c) assegurar a continuidade dos serviços,
V – designar,
e os observados
estabelecidos os critérios
pelo Conselho da lei
Superior, em caso de vacância, afastamento temporá-
rio, ausência, impedimento ou suspeição do
os ofícios em que exercerão suas funções os
titular, na inexistência ou falta do substituto
membros do Ministério Público do Traba-
designado;
lho;
XV – homologar, ouvido o Conselho Supe-
VI – designar o Chefe da Procuradoria Re- rior, o resultado do concurso para ingresso
gional do Trabalho dentre os Procuradores
na carreira;
Regionais do Trabalho lotados na respectiva
Procuradoria Regional;
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
XVIII – elaborar a proposta orçamentária Art. 94. São atribuições do Colégio de Procura-
do Ministério Público do Trabalho, subme- dores do Trabalho:
tendo-a, para aprovação, ao Conselho Supe- I – elaborar, mediante voto plurinominal, fa-
rior; cultativo e secreto, a lista tríplice para a es-
XIX – encaminhar ao Procurador-Geral da colha do Procurador-Geral do Trabalho;
República a proposta orçamentária do Mi- II – elaborar, mediante voto plurinominal,
nistério Público do Trabalho, após sua apro- facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
vação pelo Conselho Superior; a composição do Tribunal Superior do Tra-
XX – organizar a prestação de contas do balho, sendo elegíveis os membros do Mi-
exercício anterior, encaminhando-a ao Pro- nistério Público do Trabalho com mais de
curador-Geral da República; dez anos na carreira, tendo mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos de
XXI – praticar atos de gestão administrativa, idade;
financeira e de pessoal;
III – elaborar, mediante voto plurinominal,
XXII – elaborar o relatório de atividades do facultativo e secreto, a lista sêxtupla para
Ministério Público do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho, dentre
XXIII – coordenar as atividades do Ministé- os Procuradores com mais de dez anos de
rio Público do Trabalho; carreira;
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§ 3º O Regimento Interno do Colégio de § 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto
Procuradores do Trabalho disporá sobre seu do Presidente, exceto em matéria de san-
funcionamento. ções, caso em que prevalecerá a solução
mais favorável ao acusado.
Seção IV
DO CONSELHO SUPERIOR DO § 2º As deliberações do Conselho Superior
serão publicadas no Diário da Justiça, exce-
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO to quando o Regimento Interno determinar
sigilo.
Art. 95.
blico doOTrabalho,
Conselho presidido
Superior do Ministério
pelo Pú- Art. 98. Compete ao Conselho Superior do Mi-
Procurador-
-Geral do Trabalho, tem a seguinte composição: nistério Público do Trabalho:
I – o Procurador-Geral do Trabalho e o Vice- I – exercer o poder normativo no âmbito do
-Procurador-Geral do Trabalho, que o inte- Ministério Público do Trabalho, observados
gram como membros natos; os princípios desta lei complementar, espe-
cialmente para elaborar e aprovar:
II – quatro Subprocuradores-Gerais do Tra-
balho, eleitos para um mandato de dois a) o seu Regimento Interno, o do Colégio de
anos, pelo Colégio de Procuradores do Tra- Procuradores do Trabalho e o da Câmara de
balho, mediante voto plurinominal, faculta- Coordenação e Revisão do Ministério Públi-
tivo e secreto, permitida uma reeleição; co do Trabalho;
III – quatro Subprocuradores-Gerais do Tra- b) as normas e as instruções para o concur-
balho, eleitos para um mandato de dois so de ingresso na carreira;
anos, por seus pares, mediante voto pluri-
nominal, facultativo e secreto, permitida c) as normas sobre as designações para os
uma reeleição. diferentes ofícios do Ministério Público do
Trabalho;
§ 1º Serão suplentes dos membros de que
tratam os incisos II e III os demais votados, d) os critérios para distribuição de procedi-
em ordem decrescente, observados os cri- mentos administrativos e quaisquer outros
térios gerais de desempate. feitos, no Ministério Público do Trabalho;
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V – elaborar a lista tríplice destinada à pro- XVI – decidir sobre o cumprimento do es-
moção por merecimento; tágio probatório por membro do Ministério
Público do Trabalho, encaminhando cópia
VI – elaborar a lista tríplice para Corregedor- da decisão ao Procurador-Geral da Repúbli-
-Geral do Ministério Público do Trabalho; ca, quando for o caso, para ser efetivada sua
VII – aprovar a lista de antigüidade do Mi- exoneração;
nistério Público do Trabalho e decidir sobre XVII – decidir sobre remoção e disponibili-
as reclamações a ela concernentes; dade de membro do Ministério Público do
VIII – indicar o membro do Ministério Pú- Trabalho, por motivo de interesse público;
blico do Trabalho para promoção por anti- XVIII – autorizar, pela maioria absoluta de
güidade, observado o disposto no art. 93, II, seus membros, que o Procurador-Geral da
alínea d, da Constituição Federal; República ajuíze a ação de perda de cargo
IX – opinar sobre a designação de membro contra membro vitalício do Ministério Públi-
do Ministério Público do Trabalho para: co do Trabalho, nos casos previstos em lei;
a) funcionar nos órgãos em que a participa- XIX – opinar sobre os pedidos de reversão
ção da Instituição seja legalmente prevista; de membro da carreira;
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Seção V V – resolver sobre a distribuição especial de
DA CÂMARA DE COORDENAÇÃO E feitos, que por sua contínua reiteração, de-
vam receber tratamento uniforme;
REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DO TRABALHO VI – decidir os conflitos de atribuição entre
os órgãos do Ministério Público do Traba-
Art. 99. A Câmara de Coordenação e Revisão lho.
do Ministério Público do Trabalho é um órgão
de coordenação, de integração e de revisão do Parágrafo único. A competência fixada nos
exercício funcional na Instituição. incisos IV e V será
rios objetivos exercida segundo
previamente crité-
estabelecidos
Art. 100. A Câmara de Coordenação e Revisão pelo Conselho Superior.
do Ministério Público do Trabalho será organi-
zada por ato normativo, e o Regimento Interno, Seção VI
que disporá sobre seu funcionamento, será ela- DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
borado pelo Conselho Superior. PÚBLICO DO TRABALHO
Art. 101. A Câmara de Coordenação e Revisão
Art. 104. A Corregedoria do Ministério Público
do Ministério Público do Trabalho será compos-
do Trabalho, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o
ta por três membros do Ministério Público do
órgão fiscalizador das atividades funcionais e da
Trabalho, sendo um indicado pelo Procurador-
conduta dos membros do Ministério Público.
-Geral do Trabalho e dois pelo Conselho Supe-
rior do Ministério Público do Trabalho, junta- Art. 105. O Corregedor-Geral será nomeado
mente com seus suplentes, para um mandato pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os
de dois anos, sempre que possível, dentre inte- Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integran-
grantes do último grau da carreira. tes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Su-
perior, para mandato de dois anos, renovável
Art. 102. Dentre os integrantes da Câmara de
uma vez.
Coordenação e Revisão, um deles será designa-
do pelo Procurador-Geral para a função executi- § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
va de Coordenador. membros do Conselho Superior.
Art. 103. Compete à Câmara de Coordenação e § 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral
Revisão do Ministério Público do Trabalho: os demais integrantes da lista tríplice, na
ordem em que os designar o Procurador-
I – promover a integração e a coordenação
-Geral.
dos órgãos institucionais do Ministério Pú-
blico do Trabalho, observado o princípio da § 3º O Corregedor-Geral poderá ser desti-
independência funcional; tuído, por iniciativa do Procurador-Geral,
antes do término do mandato, pelo voto de
II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
dois terços dos membros do Conselho Su-
dades que atuem em áreas afins;
perior.
III – encaminhar informações técnico-jurídi-
Art. 106. Incumbe ao Corregedor-Geral do Mi-
cas aos órgãos institucionais do Ministério
nistério Público:
Público do Trabalho;
I – participar, sem direito a voto, das reuni-
IV – resolver sobre a distribuição especial
ões do Conselho Superior;
de feitos e procedimentos, quando a maté-
ria, por sua natureza ou relevância, assim o II – realizar, de ofício ou por determinação
exigir; do Procurador-Geral ou do Conselho Supe-
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Art. 115. A estrutura básica das unidades de lo- V – a Corregedoria do Ministério Público
tação e de administração será organizada por Militar;
regulamento, nos termos da lei.
VI – os Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar;
VII – os Procuradores da Justiça Militar;
CAPÍTULO III
DO MINISTÉRIO P ÚBLICO MILITAR VIII – os Promotores da Justiça Militar.
Art. 116. Compete ao Ministério Público Militar Parágrafo único. O cargo inicial da carreira
o exercício das seguintes atribuições junto aos é o de Promotor da Justiça Militar e o do
órgãos da Justiça Militar: último nível é o de Subprocurador-Geral da
Justiça Militar.
I – promover, privativamente, a ação penal
pública; Seção II
II – promover a declaração de indignidade
DO PROCURADOR-GERAL DA
ou de incompatibilidade para o oficialato; JUSTIÇA MILITAR
III – manifestar-se em qualquer fase do pro- Art. 120. O Procurador-Geral da Justiça Militar é
cesso, acolhendo solicitação do juiz ou por o Chefe do Ministério Público Militar.
sua iniciativa, quando entender existente
Art. 121. O Procurador-Geral da Justiça Militar
interesse público que justifique a interven-
será nomeado pelo Procurador-Geral da Re-
ção.
pública, dentre integrantes da Instituição, com
Art. 117. Incumbe ao Ministério Público Militar: mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco
anos na carreira, escolhidos em lista tríplice me-
I – requisitar diligências investigatórias e a diante voto plurinominal, facultativo e secreto,
instauração de inquérito policial-militar, po- pelo Colégio de Procuradores, para um man-
dendo acompanhá-los e apresentar provas; dato de dois anos, permitida uma recondução,
II – exercer o controle externo da atividade observado o mesmo processo. Caso não haja
da polícia judiciária militar. número suficiente de candidatos com mais de
cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista
Art. 118. São órgãos do Ministério Público Mi- tríplice quem contar mais de dois anos na car-
litar: reira.
I – o Procurador-Geral da Justiça Militar; Parágrafo único. A exoneração do Pro-
II – o Colégio de Procuradores da Justiça Mi- curador-Geral da Justiça Militar, antes do
término do mandato, será proposta pelo
litar;
Conselho Superior ao Procurador-Geral da
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- República, mediante deliberação obtida
blico Militar; com base em voto secreto de dois terços de
seus integrantes.
IV – a Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público Militar; Art. 122. O Procurador-Geral da Justiça Militar
designará, dentre os Subprocuradores-Gerais, o
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nistério Público Militar, após sua aprovação o seu regimento interno, exigido o voto da
pelo Conselho Superior; maioria absoluta dos eleitores.
XIX – organizar a prestação de contas do § 2º Excepcionalmente, em caso de inte-
exercício anterior, encaminhando-a ao Pro- resse relevante da Instituição, o Colégio de
curador-Geral da República; Procuradores reunir-se-á em local designa-
do pelo Procurador-Geral da Justiça Militar,
XX – praticar atos de gestão administrativa, desde que convocado por ele ou pela maio-
financeira e de pessoal; ria de seus membros.
XXI – elaborar o relatório de atividades do § 3º O Regimento Interno do Colégio de
Ministério Público Militar; Procuradores Militares disporá sobre seu
XXII – coordenar as atividades do Ministério funcionamento.
Público Militar;
Seção IV
XXIII – exercer outras atribuições previstas DO CONSELHO SUPERIOR DO
em lei. MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
Art. 125. As atribuições do Procurador-Geral da
Justiça Militar, previstas no artigo anterior po- Art. 128. O Conselho Superior do Ministério Pú-
derão ser delegadas: blico Militar, presidido pelo Procurador-Geral da
Justiça Militar, tem a seguinte composição:
I – ao Coordenador da Câmara de Coorde-
nação e Revisão, as dos incisos XIII, alínea c, I – o Procurador-Geral da Justiça Militar e o
e XXII; Vice-Procurador-Geral da Justiça Militar;
Art. 126. O Colégio de Procuradores da Justiça Art. 129. O Conselho Superior do Ministério Pú-
Militar, presidido pelo Procurador-Geral da Jus- blico Militar reunir-se-á, ordinariamente, uma
tiça Militar, é integrado por todos os membros vez por mês, em dia previamente fixado, e, ex-
da carreira em atividade no Ministério Público traordinariamente, quando convocado pelo
da Justiça Militar. Procurador-Geral da Justiça Militar ou por pro-
posta da maioria absoluta de seus membros.
Art. 127. Compete ao Colégio de Procuradores
da Justiça Militar: Art. 130. Salvo disposição em contrário, as deli-
berações do Conselho Superior serão tomadas
I – elaborar, mediante voto plurinominal, fa- por maioria de votos, presente a maioria abso-
cultativo e secreto, lista tríplice para a esco- luta dos seus membros.
lha do Procurador-Geral da Justiça Militar;
§ 1º Em caso de empate, prevalecerá o voto
II – opinar sobre assuntos gerais de interes- do Presidente, exceto em matéria de san-
se da Instituição. ções, caso em que prevalecerá a solução
mais favorável ao acusado.
§ 1º Para os fins previstos no inciso I, pres-
cindir-se-á de reunião do Colégio de Procu- § 2º As deliberações do Conselho Superior
radores, procedendo-se segundo dispuser serão publicadas no Diário da Justiça, exce-
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XVIII – autorizar, pela maioria absoluta de por três membros do Ministério Público Militar,
seus membros, que o Procurador-Geral da sendo um indicado pelo Procurador-Geral da
República ajuíze ação de perda de cargo Justiça Militar e dois pelo Conselho Superior do
contra membro vitalício do Ministério Públi- Ministério Público Militar, juntamente com seus
co Militar, nos casos previstos nesta lei com- suplentes, para um mandato de dois anos, sem-
plementar; pre que possível, dentre integrantes do último
grau da carreira.
XIX – opinar sobre os pedidos de reversão
de membro da carreira; Art. 135. Dentre os integrantes da Câmara de
XX – aprovar a proposta de lei para o au- Coordenação e Revisão, um deles será designa-
mento do número de cargos da carreira e do pelo Procurador-Geral para a função executi-
dos ofícios; va de Coordenador.
XXI – deliberar sobre a realização de con- Art. 136. Compete à Câmara de Coordenação e
curso para ingresso na carreira, designar os Revisão do Ministério Público Militar:
membros da Comissão de Concurso e opi- I – promover a integração e a coordenação
nar sobre a homologação dos resultados; dos órgãos institucionais do Ministério Pú-
XXII – exercer outras funções atribuídas em blico Militar, observado o princípio da inde-
lei. pendência funcional;
§ 1º Aplicam-se ao Procurador-Geral e aos II – manter intercâmbio com órgãos ou enti-
demais membros do Conselho Superior as dades que atuem em áreas afins;
normas processuais em geral, pertinentes
III – encaminhar informações técnico-jurídi-
aos impedimentos e suspeição dos mem-
cas aos órgãos institucionais do Ministério
bros do Ministério Público. Público Militar;
§ 2º As deliberações relativas aos incisos I,
alíneas a e e, XI, XIII, XIV, XV e XVII somente IV – manifestar-se sobre o arquivamento de
poderão ser tomadas com o voto favorável inquérito policial militar, exceto nos casos
de dois terços dos membros do Conselho de competência srcinária do Procurador-
Superior. -Geral;
V – resolver sobre a distribuição especial de
Seção V inquéritos e quaisquer outros feitos, quan-
DA CÂMARA DE COORDENAÇÃO E do a matéria, por sua natureza ou relevân-
REVISÃO DO MINISTÉRIO cia, assim o exigir;
PÚBLICO MILITAR VI – decidir os conflitos de atribuição entre
os órgãos do Ministério Público Militar.
Art. 132. A Câmara de Coordenação e Revisão
do Ministério Público Militar é o órgão de coor- Parágrafo único. A competência fixada no
denação, de integração e de revisão do exercício inciso V será exercida segundo critérios
funcional na Instituição. objetivos previamente estabelecidos pelo
Conselho Superior.
Art. 133. A Câmara de Coordenação e Revisão
do Ministério Público Militar será organizada Seção VI
por ato normativo e o Regimento Interno, que
disporá sobre seu funcionamento, será elabora- DA CORREGEDORIA DO MINISTÉRIO
do e aprovado pelo Conselho Superior. PÚBLICO MILITAR
Art. 134. A Câmara de Coordenação e Revisão Art. 137. A Corregedoria do Ministério Público
do Ministério Público Militar será composta Militar, dirigida pelo Corregedor-Geral, é o ór-
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
DOS SUBPROCURADORES-GERAIS
DA JUSTIÇA MILITAR Art. 144. Os Procuradores da Justiça Militar se-
rão lotados nos ofícios nas Procuradorias da Jus-
tiça Militar.
Art. 140. Os Subprocuradores-Gerais da Justiça
Militar serão designados para oficiar junto ao
Superior Tribunal Militar e à Câmara de Coorde-
nação e Revisão.
Parágrafo único. A designação de Subpro-
curador-Geral Militar para oficiar em órgãos
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Seção IX I – instaurar inquérito civil e outros procedi-
DOS PROMOTORES DA mentos administrativos correlatos;
JUSTIÇA MILITAR II – requisitar diligências investigatórias e a
instauração de inquérito policial, podendo
Art. 145. Os Promotores da Justiça Militar serão acompanhá-los e apresentar provas;
designados para oficiar junto às Auditorias Mili-
tares. III – requisitar à autoridade competente a
instauração de procedimentos administrati-
Parágrafo
mento de único. Em caso
Procurador da de vagaMilitar
Justiça ou afasta-
por vos, ressalvados
podendo os de natureza
acompanhá-los disciplinar,
e produzir provas;
prazo superior a trinta dias, poderá ser con-
vocado pelo Procurador-Geral, mediante IV – exercer o controle externo da atividade
aprovação do Conselho Superior, Promotor da polícia do Distrito Federal e da dos Terri-
da Justiça Militar, para a substituição. tórios;
Art. 146. Os Promotores da Justiça Militar serão V – participar dos Conselhos Penitenciários;
lotados nos ofícios nas Procuradorias da Justiça VI – participar, como instituição observado-
Militar. ra, na forma e nas condições estabelecidas
Seção X em ato do Procurador-Geral da República,
de qualquer órgão da administração públi-
DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E DE ca direta, indireta ou fundacional do Distrito
ADMINISTRAÇÃO Federal, que tenha atribuições correlatas às
funções da Instituição;
Art. 147. Os ofícios na Procuradoria-Geral da
Justiça Militar e nas Procuradorias da Justiça Mi- VII – fiscalizar a execução da pena, nos pro-
litar são unidades de lotação e de administração cessos de competência da Justiça do Distri-
do Ministério Público Militar. to Federal e Territórios.
Art. 148. A estrutura das unidades de lotação Art. 151. Cabe ao Ministério Público do Distrito
e de administração será organizada por regula- Federal e Territórios exercer a defesa dos direi-
mento, nos termos da lei. tos constitucionais do cidadão, sempre que se
cuide de garantir-lhes o respeito:
I – pelos Poderes Públicos do Distrito Fede-
CAPÍTULO IV ral e dos Territórios;
DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO II – pelos órgãos da administração pública,
DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS direta ou indireta, do Distrito Federal e dos
Territórios;
Seção I III – pelos concessionários e permissioná-
DA COMPETÊNCIA, DOS ÓRGÃOS E
DA CARREIRA rios do serviço público do Distrito Federal e
dos Territórios;
Art. 149. O Ministério Público do Distrito Fe- IV – por entidades que exerçam outra fun-
deral e Territórios exercerá as suas funções nas ção delegada do Distrito Federal e dos Ter-
causas de competência do Tribunal de Justiça e ritórios.
dos Juízes do Distrito Federal e Territórios.
Art. 152. O Procurador-Geral de Justiça desig-
Art. 150. Incumbe ao Ministério Público do Dis- nará, dentre os Procuradores de Justiça e me-
trito Federal e Territórios: diante prévia aprovação do nome pelo Conse-
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lho Superior, o Procurador Distrital dos Direitos Art. 156. O Procurador-Geral de Justiça será no-
do Cidadão, para servir pelo prazo de dois anos, meado pelo Presidente da República dentre in-
permitida a recondução, precedida de nova de- tegrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio
cisão do Conselho Superior. de Procuradores e Promotores de Justiça, para
mandato de dois anos, permitida uma recondu-
§ 1º Sempre que possível, o Procurador Dis- ção, precedida de nova lista tríplice.
trital não acumulará o exercício de suas fun-
ções com outras do Ministério Público. § 1º Concorrerão à lista tríplice os membros
do Ministério Público do Distrito Federal
§dispensado,
2º O Procurador
antes doDistrital
termo de somente será
sua investi- com mais de cinco anos de exercício nas
funções da carreira e que não tenham sofri-
dura, por iniciativa do Procurador-Geral de do, nos últimos quatro anos, qualquer con-
Justiça, anuindo a maioria absoluta do Con- denação definitiva ou não estejam respon-
selho Superior. dendo a processo penal ou administrativo.
Art. 153. São órgãos do Ministério Público do § 2º O Procurador-Geral poderá ser desti-
Distrito Federal e Territórios: tuído, antes do término do mandato, por
I – o Procurador-Geral de Justiça; deliberação da maioria absoluta do Senado
Federal, mediante representação do Presi-
II – o Colégio de Procuradores e Promotores dente da República.
de Justiça;
Art. 157. O Procurador-Geral designará, dentre
III – o Conselho Superior do Ministério Pú- os Procuradores de Justiça, o Vice-Procurador-
blico do Distrito Federal e Territórios; -Geral de Justiça, que o substituirá em seus im-
IV – a Corregedoria do Ministério Público do pedimentos. Em caso de vacância, exercerá o
Distrito Federal e Territórios; cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior,
até o seu provimento definitivo.
V – as Câmaras de Coordenação e Revisão
do Ministério Público do Distrito Federal e Art. 158. Compete ao Procurador-Geral de Jus-
tiça exercer as funções atribuídas ao Ministério
Territórios;
Público no Plenário do Tribunal de Justiça do
VI – os Procuradores de Justiça; Distrito Federal e Territórios, propondo as ações
cabíveis e manifestando-se nos processos de
VII – os Promotores de Justiça; sua competência.
VIII – os Promotores de Justiça Adjuntos. Art. 159. Incumbe ao Procurador-Geral de Justi-
Art. 154. A carreira do Ministério Público do ça, como Chefe do Ministério Público:
Distrito Federal e Territórios é constituída pelos I – representar o Ministério Público do Dis-
cargos de Procurador de Justiça, Promotor de trito Federal e Territórios;
Justiça e Promotor de Justiça Adjunto.
II – integrar, como membro nato, o Colégio
Parágrafo único.
o de Promotor deOJustiça
cargo Adjunto
inicial daecarreira
o últimoé de Procuradores e Promotores de Justiça, o
Conselho Superior e a Comissão de Concur-
o de Procurador de Justiça. so;
Seção II III – designar o Procurador Distrital dos Di-
DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA reitos do Cidadão;
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denação e Revisão do Ministério Público do d) acompanhar procedimentos administra-
Distrito Federal e Territórios; tivos e inquéritos policiais, instaurados em
áreas estranhas à sua competência especí-
V – nomear o Corregedor-Geral do Ministé- fica, desde que relacionados a fatos de inte-
rio Público do Distrito Federal e Territórios; resse da Instituição;
VI – decidir, em grau de recurso, os conflitos XIV – homologar, ouvido o Conselho Supe-
de atribuições entre órgãos do Ministério rior, o resultado de concurso para ingresso
Público do Distrito Federal e Territórios; na carreira;
VII – determinar a abertura de correição, XV – fazer publicar o aviso de existência de
sindicância ou inquérito administrativo; vaga, na lotação e na relação bienal de de-
VIII – determinar a instauração de inquérito signações;
ou processo administrativo contra servido- XVI – propor ao Procurador-Geral da Repú-
res dos serviços auxiliares; blica, ouvido o Conselho Superior, a criação
IX – decidir processo disciplinar contra e a extinção de cargos da carreira e dos ofí-
membro da carreira ou servidor dos servi- cios em que devam ser exercidas suas fun-
ços auxiliares, aplicando as sanções que se- ções;
jam de sua competência; XVII – elaborar a proposta orçamentária do
X – decidir, atendendo a necessidade do Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
serviço, sobre: ritórios, submetendo-a ao Conselho Supe-
rior;
a) remoção a pedido ou por permuta;
XVIII – encaminhar ao Procurador-Geral da
b) alteração parcial da lista bienal de desig- República a proposta orçamentária do Mi-
nações; nistério Público do Distrito Federal e Terri-
XI – autorizar o afastamento de membros tórios, após sua aprovação pelo Conselho
do Ministério Público do Distrito Federal e Superior;
Territórios, ouvido o Conselho Superior, nos XIX – organizar a prestação de contas do
casos previstos em lei; exercício anterior, encaminhando-a ao Pro-
XII – dar posse aos membros do Ministério curador-Geral da República;
Público do Distrito Federal e Territórios; XX – praticar atos de gestão administrativa,
XIII – designar membro do Ministério Públi- financeira e de pessoal;
co do Distrito Federal e Territórios para: XXI – elaborar o relatório de atividades do
a) funcionar nos órgãos em que a participa- Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
ção da Instituição seja legalmente prevista, ritórios;
ouvido o Conselho Superior; XXII – coordenar as atividades do Ministério
b) integrar comissões técnicas ou científi- Público do Distrito Federal e Territórios;
cas, relacionadas às funções da Instituição, XXIII – exercer outras atribuições previstas
ouvido o Conselho Superior; em lei.
c) assegurar a continuidade dos serviços, Art. 160. As atribuições do Procurador-Geral de
em caso de vacância, afastamento temporá- Justiça, previstas nos incisos XIII, alíneas c, d,
rio, ausência, impedimento ou suspeição do XXII e XXIII, do artigo anterior, poderão ser dele-
titular, na inexistência ou falta do substituto gadas a Coordenador de Câmara de Coordena-
designado; ção e Revisão.
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Art. 165. Salvo disposição em contrário, as deli- VI – elaborar a lista tríplice para Correge-
berações do Conselho Superior serão tomadas dor-Geral do Ministério Público do Distrito
por maioria de votos, presente a maioria abso- Federal e Territórios;
luta de seus membros.
VII – aprovar a lista de antigüidade do Mi-
Art. 166. Compete ao Conselho Superior do Mi- nistério Público do Distrito Federal e Terri-
nistério Público do Distrito Federal e Territórios: tórios e decidir sobre as reclamações a ela
concernentes;
I – exercer o poder normativo no âmbito do
Ministério Público doosDistrito
ritórios, observados Federal
princípios e Ter-
desta lei VIII
blico– do
indicar o membro
Distrito Federal do Ministério para
e Territórios Pú-
complementar, especialmente para elabo- promoção por antigüidade, observado o
rar e aprovar: disposto no art. 93, II, alínea d, da Constitui-
ção Federal;
a) o seu regimento interno, o do Colégio de
Procuradores e Promotores de Justiça do IX – opinar sobre a designação de membro
Distrito Federal e Territórios e os das Câma- do Ministério Público do Distrito Federal e
ras de Coordenação e Revisão do Ministério Territórios para:
Público do Distrito Federal e Territórios;
a) funcionar nos órgãos em que a participa-
b) as normas e as instruções para o concur- ção da Instituição seja legalmente prevista;
so de ingresso na carreira;
b) integrar comissões técnicas ou científicas
c) as normas sobre as designações para os relacionadas às funções da Instituição;
diferentes ofícios do Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios; X – opinar sobre o afastamento temporário
de membro do Ministério Público do Distri-
d) os critérios para distribuição de inquéri- to Federal e Territórios;
tos, procedimentos administrativos e quais-
quer outros feitos no Ministério Público do XI – determinar a realização de correições e
Distrito Federal e Territórios; sindicâncias e apreciar os relatórios corres-
pondentes;
e) os critérios de promoção por merecimen-
to, na carreira; XII – determinar a instauração de proces-
sos administrativos em que o acusado seja
f) o procedimento para avaliar o cumpri- membro do Ministério Público do Distrito
mento das condições do estágio probatório; Federal e Territórios, apreciar seus relató-
rios e propor as medidas cabíveis;
II – aprovar o nome do Procurador Distrital
dos Direitos do Cidadão; XIII – determinar o afastamento preventivo
do exercício de suas funções, de membro
III – indicar os integrantes das Câmaras de do Ministério Público do Distrito Federal e
Coordenação e Revisão; Territórios, indiciado ou acusado em pro-
IV – destituir, por iniciativa do Procurador- cesso disciplinar, e seu retorno;
-Geral e pelo voto de dois terços de seus XIV – autorizar a designação, em caráter
membros, o Corregedor-Geral; excepcional, de membros do Ministério Pú-
V – elaborar a lista tríplice destinada à pro- blico do Distrito Federal e Territórios, para
moção por merecimento; exercício de atribuições processuais peran-
te juízos, tribunais ou ofícios diferentes dos
estabelecidos para cada categoria;
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III – encaminhar informações técnico-jurídi- § 1º Não poderão integrar a lista tríplice os
cas aos órgãos institucionais que atuem em membros do Conselho Superior.
seu setor;
§ 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral
IV – homologar a promoção de arquivamen- os demais integrantes da lista tríplice, na
to de inquérito civil ou peças de informação ordem em que os designar o Procurador-
ou designar outro órgão do Ministério Pú- -Geral.
blico para fazê-lo;
§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destitu-
V – manifestar-se
inquérito policial,sobre o arquivamento
inquérito de
parlamentar ído portérmino
tes do iniciativa
do do Procurador-Geral,
mandato, an-
pelo Conselho
ou peças de informação, exceto nos casos Superior, observado o disposto no inciso IV
de competência srcinária do Procurador- do art. 166.
-Geral;
Art. 174. Compete ao Corregedor-Geral do Mi-
VI – resolver sobre a distribuição especial de nistério Público do Distrito Federal e Territórios:
inquéritos, feitos e procedimentos, quando
a matéria, por sua natureza ou relevância, I – participar, sem direito a voto, das reuni-
assim o exigir; ões do Conselho Superior;
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Art. 176. Cabe aos Procuradores de Justiça, pri- Art. 181. A estrutura básica da Procuradoria-Ge-
vativamente, o exercício das funções de: ral de Justiça será organizada por regulamento,
nos termos da lei.
I – Corregedor-Geral do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios;
II – Procurador Distrital dos Direitos do Ci- TÍTULO III
dadão;
Das Disposições
III – Coordenador de Câmara de Coordena-
ção e Revisão. Estatutárias Especiais
Art. 177. Os Procuradores de Justiça serão lota-
dos nos ofícios na Procuradoria-Geral da Justiça
do Distrito Federal e Territórios. CAPÍTULO I
DA CARREIRA
Seção VIII
DOS PROMOTORES DE JUSTIÇA Seção I
Art. 178. Os Promotores de Justiça serão desig- DO PROVIMENTO
nados para oficiar junto às Varas da Justiça do
Art. 182. Os cargos do Ministério Público da
Distrito Federal e Territórios.
União, salvo os de Procurador-Geral da Repúbli-
Parágrafo único. Os Promotores de Justiça ca, Procurador-Geral do Trabalho, Procurador-
serão lotados nos ofícios previstos para as -Geral da Justiça Militar e Procurador-Geral de
Promotorias de Justiça. Justiça do Distrito Federal e Territórios, são de
provimento vitalício e constituem as carreiras
Seção IX independentes de cada ramo.
DOS PROMOTORES DE Art. 183. Os cargos das classes iniciais serão
JUSTIÇA ADJUNTOS providos por nomeação, em caráter vitalício,
mediante concurso público específico para cada
Art. 179. Os Promotores de Justiça Adjuntos ramo.
serão designados para oficiar junto às Varas da
Justiça do Distrito Federal e Territórios. Art. 184. A vitaliciedade somente será alcança-
da após dois anos de efetivo exercício.
Parágrafo único. Os Promotores de Justiça
Adjuntos serão lotados nos ofícios previstos Art. 185. É vedada a transferência ou aprovei-
para as Promotorias de Justiça. tamento nos cargos do Ministério Público da
União, mesmo de um para outro de seus ramos.
Seção X
DAS UNIDADES DE LOTAÇÃO E Seção II
DO CONCURSO
DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 180. Os ofícios na Procuradoria-Geral da Art. 186. O concurso público de provas e títu-
Justiça do Distrito Federal e Territórios e nas los para ingresso em cada carreira do Ministério
Promotorias de Justiça serão unidades de lota- Público da União terá âmbito nacional, desti-
ção e de administração do Ministério Público do nando-se ao preenchimento de todas as vagas
Distrito Federal e Territórios. existentes e das que ocorrerem no prazo de efi-
cácia.
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Parágrafo único. O concurso será realizado, rior decidir que devam ser providas inicial-
obrigatoriamente, quando o número de va- mente.
gas exceder a dez por cento do quadro res-
pectivo e, facultativamente, a juízo do Con- § 2º O candidato aprovado poderá renun-
selho Superior competente. ciar à nomeação correspondente à sua clas-
sificação, antecipadamente ou até o termo
Art. 187. Poderão inscrever-se no concurso ba- final do prazo de posse, caso em que o re-
charéis em Direito há pelo menos dois anos, de nunciante será deslocado para o último lu-
comprovada idoneidade moral. gar na lista dos classificados.
Art. 188. O concurso obedecerá ao regulamento Seção III
elaborado pelo Conselho Superior competente, DA POSSE E DO EXERCÍCIO
observado o disposto no art. 31.
Art. 189. A Comissão de Concurso será integra- Art. 195. O prazo para a posse nos cargos do
da pelo Procurador-Geral, seu Presidente, por Ministério Público da União é de trinta dias,
dois membros do respectivo ramo do Ministério contado da publicação do ato de nomeação,
Público e por um jurista de reputação ilibada, prorrogável por mais sessenta dias, mediante
indicados pelo Conselho Superior e por um ad- comunicação do nomeado, antes de findo o pri-
vogado indicado pelo Conselho Federal da Or- meiro prazo.
dem dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. O empossado prestará
Art. 190. O edital de abertura do concurso con- compromisso de bem cumprir os deveres
terá a relação dos cargos vagos, com a respecti- do cargo, em ato solene, presidido pelo Pro-
va lotação, e fixará, para as inscrições, prazo não curador-Geral.
inferior
no Diárioa Oficial.
trinta dias, contado de sua publicação
Art. 196. Para entrar no exercício do cargo, o
empossado terá o prazo de trinta dias, prorro-
Art. 191. Não serão nomeados os candidatos gável por igual período, mediante comunicação,
aprovados no concurso, que tenham completa- antes de findo o prazo inicial.
do sessenta e cinco anos ou que venham a ser
Seção IV
considerados inaptos para o exercício do cargo,
em exame de higidez física e mental. DO E STÁGIO PROBATÓRIO
Art. 192. O Procurador-Geral competente, ouvi- Art. 197. Estágio probatório é o período dos
do o Conselho Superior, decidirá sobre a homo- dois primeiros anos de efetivo exercício do car-
logação do concurso, dentro de trinta dias, con- go pelo membro do Ministério Público da União.
tados da publicação do resultado final.
Art. 198. Os membros do Ministério Público da
Art. 193. O prazo de eficácia do concurso, para União, durante o estágio probatório, somente
efeito de nomeação, será de dois anos contados poderão perder o cargo mediante decisão da
da publicação do ato homologatório, prorrogá- maioria absoluta do respectivo Conselho Supe-
vel uma vez pelo mesmo período. rior.
Art. 194. A nomeação dos candidatos habilita- Seção V
dos no concurso obedecerá à ordem de classi- DAS PROMOÇÕES
ficação.
Art. 199. As promoções far-se-ão, alternada-
§ 1º Os candidatos aprovados, na ordem de
mente, por antigüidade e merecimento.
classificação, escolherão a lotação de sua
preferência, na relação das vagas que, após § 1º A promoção deverá ser realizada até
o resultado do concurso, o Conselho Supe- trinta dias da ocorrência da vaga; não de-
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cretada no prazo legal, a promoção produzi- membro do Ministério Público da União afasta-
rá efeitos a partir do termo final dele. do da carreira para:
§ 2º Para todos os efeitos, será considerado I – exercer cargo eletivo ou a ele concorrer;
promovido o membro do Ministério Público
da União que vier a falecer ou se aposentar II – exercer outro cargo público permitido
sem que tenha sido efetivada, no prazo le- por lei.
gal, a promoção que cabia por antigüidade, Art. 202. (Vetado).
ou por força do § 3º do artigo subseqüente.
§ 3º É facultada a recusa de promoção, sem § 1º A lista de antigüidade será organizada
no primeiro trimestre de cada ano, aprova-
prejuízo do critério de preenchimento da da pelo Conselho Superior e publicada no
vaga recusada. Diário Oficial até o último dia do mês se-
§ 4º É facultada a renúncia à promoção, em guinte.
qualquer tempo, desde que haja vaga na ca- § 2º O prazo para reclamação contra a lista
tegoria imediatamente anterior. de antigüidade será de trinta dias, contado
Art. 200. O merecimento, para efeito de promo- da publicação.
ção, será apurado mediante critérios de ordem § 3º O desempate na classificação por anti-
objetiva, fixados em regulamento elaborado güidade será determinado, sucessivamente,
pelo Conselho Superior do respectivo ramo, ob- pelo tempo de serviço na respectiva carrei-
servado o disposto no art. 31 desta lei comple- ra do Ministério Público da União, pelo tem-
mentar. po de serviço público federal, pelo tempo
§ 1º À promoção por merecimento só po- de serviço público em geral e pela idade dos
derão concorrer os membros do Ministério candidatos, em favor do mais idoso; na clas-
Público da União com pelo menos dois anos sificação inicial, o primeiro desempate será
de exercício na categoria e integrantes da determinado pela classificação no concurso.
primeira quinta parte da lista de antigüida- § 4º Na indicação à promoção por antigüi-
de, salvo se não houver com tais requisitos dade, o Conselho Superior somente poderá
quem aceite o lugar vago; em caso de recu- recusar o mais antigo pelo voto de dois ter-
sa, completar-se-á a fração incluindo-se ou- ços de seus integrantes, repetindo-se a vo-
tros integrantes da categoria, na seqüência tação até fixar-se a indicação.
da ordem de antigüidade.
Seção VI
§ 2º Não poderá concorrer à promoção por
merecimento quem tenha sofrido penalida- DOS AFASTAMENTOS
de de censura ou suspensão, no período de
Art. 203. Sem prejuízo dos vencimentos, vanta-
um ano imediatamente anterior à ocorrên-
gens, ou qualquer direito, o membro do Minis-
cia da vaga, em caso de censura; ou de dois
tério Público da União poderá afastar-se de suas
anos, em caso de suspensão.
funções:
§ 3º Será obrigatoriamente promovido
I – até oito dias consecutivos, por motivo de
quem houver figurado por três vezes conse-
casamento;
cutivas, ou cinco alternadas, na lista tríplice
elaborada pelo Conselho Superior. II – até oito dias consecutivos, por motivo
de falecimento de cônjuge ou companheiro,
Art. 201. Não poderá concorrer à promoção
ascendente ou descendente, irmão ou pes-
por merecimento, até um dia após o regresso, o
soa que viva sob sua dependência econômi-
ca;
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III – até cinco dias úteis, para compareci- § 3º Não se considera de efetivo exercício,
mento a encontros ou congressos, no âm- para fins de estágio probatório, o período
bito da instituição ou promovidos pela en- de afastamento do membro do Ministério
tidade de classe a que pertença, atendida a Público da União.
necessidade do serviço.
§ 4º Ao membro do Ministério Público da
Art. 204. O membro do Ministério Público da União que haja se afastado de suas funções
União poderá afastar-se do exercício de suas para o fim previsto no inciso I não será con-
funções para: cedida exoneração ou licença para tratar de
I – freqüentar cursos de aperfeiçoamento interesses particulares antes de decorrido
período igual ao de afastamento, ressalvada
e estudos, no País ou no exterior, por pra- a hipótese de ressarcimento do que houver
zo não superior a dois anos, prorrogável, no recebido a título de vencimentos e vanta-
máximo, por igual período; gens em virtude do afastamento.
II – comparecer a seminários ou congressos,
no País ou no exterior; Seção VII
DA REINTEGRAÇÃO
III – ministrar cursos e seminários destina-
dos ao aperfeiçoamento dos membros da Art. 205. A reintegração, que decorrerá de deci-
instituição; são judicial passada em julgado, é o reingresso
do membro do Ministério Público da União na
IV – exercer cargo eletivo nos casos previs- carreira, com ressarcimento dos vencimentos
tos em lei ou a ele concorrer, observadas as e vantagens deixados de perceber em razão da
seguintes condições: demissão, contando-se o tempo de serviço cor-
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§ 4º O reintegrado será submetido ao exa- selho Superior, pelo voto de dois terços de seus
me médico exigido para o ingresso na car- membros, assegurada ampla defesa.
reira, e, verificando-se sua inaptidão para
exercício do cargo, será aposentado, com as Art. 212. A remoção a pedido singular atende-
vantagens a que teria direito, se efetivada a rá à conveniência do serviço, mediante reque-
reintegração. rimento apresentado nos quinze dias seguintes
à publicação de aviso da existência de vaga; ou,
Seção VIII decorrido este prazo, até quinze dias após a pu-
blicação da deliberação do Conselho Superior
DA REVERSÃO E DA READMISSÃO sobre a realização de concurso para ingresso na
Art. 206. (Vetado). carreira.
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serão feitas por lista, no último mês do ano, para § 1º Os períodos de gozo de férias dos
vigorar por um biênio, facultada a renovação. membros do Ministério Público da União,
que oficiem perante Tribunais, deverão ser
Art. 217. A alteração da lista poderá ser feita, simultâneos com os das férias coletivas des-
antes do termo do prazo, por interesse do ser- tes, salvo motivo relevante ou o interesse
viço, havendo: do serviço.
I – provimento de cargo; § 2º Independentemente de solicitação,
II – desprovimento de cargo; será paga ao membro do Ministério Público
da União, por ocasião das férias, importân-
III – criação de ofício; cia correspondente a um terço da remune-
IV – extinção de ofício; ração do período em que as mesmas devam
ser gozadas.
V – pedido do designado;
§ 3º O pagamento da remuneração das fé-
VI – pedido de permuta. rias será efetuado até dois dias antes do
início de gozo do respectivo período, facul-
Art. 218. A alteração parcial da lista, antes do tada a conversão de um terço das mesmas
termo do prazo, quando modifique a função do em abono pecuniário, requerido com pelo
designado, sem a sua anuência, somente será menos sessenta dias de antecedência, nele
admitida nas seguintes hipóteses: considerado o valor do acréscimo previsto
I – extinção, por lei, da função ou ofício para no parágrafo anterior.
o qual estava designado; § 4º Em caso de exoneração, será devida
II – nova lotação, em decorrência de: ao membro do Ministério Público da União
indenização relativa ao período de férias a
a) promoção; e que tiver direito e ao incompleto, na pro-
porção de um doze avos por mês de efeti-
b) remoção;
vo exercício, ou fração superior a quatorze
III – afastamento ou disponibilidade; dias, calculada com base na remuneração
do mês em que for publicado o ato exone-
IV – aprovação pelo Conselho Superior, de ratório.
proposta do Procurador-Geral, pelo voto se-
creto de dois terços de seus membros. Art. 221. O direito a férias será adquirido após o
primeiro ano de exercício.
Parágrafo único. A garantia estabeleci-
da neste artigo não impede a acumulação Art. 222. Conceder-se-á aos membros do Minis-
eventual de ofícios ou que sejam ampliadas tério Público da União licença:
as funções do designado.
I – por motivo de doença em pessoa da fa-
Art. 219. (Vetado). mília;
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oficial, considerando-se pessoas da família c) será concedida sem prejuízo dos venci-
o cônjuge ou companheiro, o padrasto, a mentos, vantagens ou qualquer direito ine-
madrasta, o ascendente, o descendente, o rente ao cargo;
enteado, o colateral consangüíneo ou afim
até o segundo grau civil. A licença estará d) para efeito de aposentadoria, será conta-
submetida, ainda, às seguinte condições: do em dobro o período não gozado.
b) será concedida sem prejuízo dos ven- a) poderá ser interrompida, a qualquer tem-
cimentos, vantagens ou qualquer direito po, a pedido do interessado ou no interesse
inerente ao cargo, salvo para contagem de do serviço;
tempo de serviço em estágio probatório, b) não será concedida nova licença antes de
até noventa dias, podendo ser prorrogada decorrido dois anos do término da anterior.
por igual prazo nas mesmas condições. Ex-
cedida a prorrogação, a licença será consi- § 5º A licença prevista no inciso V será de-
derada como para tratar de interesses par- vida ao membro do Ministério Público da
ticulares. União investido em mandato em confede-
ração, federação, associação de classe de
§ 2º A licença prevista no inciso II poderá âmbito nacional ou sindicato representativo
ser concedida quando o cônjuge ou compa- da categoria, observadas as seguintes con-
nheiro for deslocado para outro ponto do dições:
território nacional, para o exterior ou para
exercício de mandato eletivo dos Poderes a) somente farão jus à licença os eleitos
Executivo e Legislativo; será por prazo inde- para cargos de direção ou representantes
terminado e sem remuneração, salvo se o nas referidas entidades, até o máximo de
membro do Ministério Público da União pu- três por entidade;
der ser lotado, provisoriamente, em ofício
b) a licença terá duração igual à do manda-
vago no local para onde tenha se deslocado
to, podendo ser prorrogada no caso de ree-
e compatível com o seu cargo, caso em que
leição, e por uma única vez;
a licença será convertida em remoção pro-
visória. c) será concedida sem prejuízo dos venci-
mentos, vantagens ou qualquer direito ine-
§ 3º A licença prevista no inciso III será de- rente ao cargo.
vida após cada qüinqüênio ininterrupto de
exercício, pelo prazo de três meses, obser- § 6º É vedado o exercício de atividade re-
vadas as seguintes condições: munerada durante o período da licença pre-
vista no inciso I.
a) será convertida em pecúnia em favor dos
beneficiários do membro do Ministério Pú- § 7º A licença concedida dentro de sessenta
blico da União falecido, que não a tiver go- dias do término de outra da mesma espécie
zado; será considerada como prorrogação.
b) não será devida a quem houver sofrido Art. 223. Conceder-se-á aos membros do Minis-
penalidade de suspensão durante o período tério Público da União, além das previstas no ar-
aquisitivo ou tiver gozado as licenças previs- tigo anterior, as seguintes licenças:
tas nos incisos II e IV;
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I – para tratamento de saúde, a pedido ou III – à gestante, por cento e vinte dias, ob-
de ofício, com base em perícia médica, ob- servadas as seguintes condições:
servadas as seguintes condições:
a) poderá ter início no primeiro dia no nono
a) a licença será concedida sem prejuízo dos mês de gestação, salvo antecipação por
vencimentos e vantagens do cargo; prescrição médica;
b) a perícia será feita por médico ou junta b) no caso de nascimento prematuro, a li-
médica oficial, se necessário, na residência cença terá início a partir do parto;
do examinado
pitalar ou no estabelecimento
em que estiver internado; hos- c) no caso de natimorto, decorridos trinta
dias do evento a mãe será submetida a exa-
c) inexistindo médico oficial, será aceito me médico e, se julgada apta, reassumirá as
atestado passado por médico particular; suas funções;
d) findo o prazo da licença, o licenciado será d) em caso de aborto atestado por médico
submetido a inspeção médica oficial, que oficial, a licença dar-se-á por trinta dias, a
concluirá pela volta ao serviço, pela prorro- partir da sua ocorrência;
gação da licença ou pela aposentadoria;
IV – pelo nascimento ou a adoção de filho,
e) a existência de indícios de lesões orgâni- o pai ou adotante, até cinco dias consecuti-
cas ou funcionais é motivo de inspeção mé- vos;
dica;
V – pela adoção ou a obtenção de guarda
II – por acidente em serviço, observadas as judicial de criança até um ano de idade, o
seguintes condições: prazo da licença do adotante ou detentor
a) configura acidente em serviço o dano fí- da guarda será de trinta dias.
sico ou mental que se relacione, mediata ou Seção IV
imediatamente, com as funções exercidas; DOS VENCIMENTOS E VANTAGENS
b) equipara-se ao acidente em serviço o
dano decorrente de agressão não provo- Art. 224. Os membros do Ministério Público da
cada e sofrida no exercício funcional, bem União receberão o vencimento, a representação
como o dano sofrido em trânsito a ele per- e as gratificações previstas em lei.
tinente; § 1º Sobre os vencimentos incidirá a grati-
c) a licença será concedida sem prejuízo dos ficação adicional por tempo de serviço, à
vencimentos e vantagens inerentes ao exer- razão de um por cento por ano de serviço
cício do cargo; público efetivo, sendo computado o tempo
de advocacia, até o máximo de quinze anos,
d) o acidentado em serviço, que necessite desde que não cumulativo com tempo de
de tratamento especializado, não disponível serviço público.
em instituição pública, poderá ser tratado § 2º (Vetado)
em instituição privada, à conta de recursos
públicos, desde que o tratamento seja reco- § 3º Os vencimentos serão fixados com dife-
mendado por junta médica oficial; rença não superior a dez por cento de uma
e) a prova do acidente deverá ser feita no para outra das classes de cada carreira.
prazo de dez dias, contado de sua ocorrên- § 4º Os Subprocuradores-Gerais do Ministé-
cia, prorrogável quando as circunstâncias o rio Público da União terão os mesmos ven-
exigirem; cimentos e vantagens.
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§ 5º (Vetado). Seção V
§ 6º A assistência médico-hospitalar de que DA APOSENTADORIA E DA PENSÃO
trata o inciso VII será proporcionada pela
União, de preferência através de seus servi- Art. 231. O membro do Ministério Público da
ços, de acordo com normas e condições re- União será aposentado, compulsoriamente, por
guladas por ato do Procurador-Geral da Re- invalidez ou aos setenta anos de idade, e facul-
pública, sem prejuízo da assistência devida tativamente aos trinta anos de serviço, após cin-
pela previdência social. co anos de exercício efetivo na carreira.
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Seção III d) incontinência pública e escandalosa que
DAS SANÇÕES comprometa gravemente, por sua habitua-
lidade, a dignidade da Instituição;
Art. 239. Os membros do Ministério Público são e) abandono de cargo;
passíveis das seguintes sanções disciplinares:
f) revelação de assunto de caráter sigiloso,
I – advertência; que conheça em razão do cargo ou função,
II – censura; comprometendo a dignidade de suas fun-
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II – em dois anos, a falta punível com sus- Art. 249. A comissão procederá à instrução do
pensão; inquérito, podendo ouvir o indiciado e testemu-
I – do dia em que a falta for cometida; ou Art. 251. A comissão encaminhará o inquéri-
to ao Conselho Superior, acompanhado de seu
II – do dia em que tenha cessado a continu- parecer conclusivo, pelo arquivamento ou pela
ação ou permanência, nas faltas continua- instauração de processo administrativo.
das ou permanentes.
§ 1º O parecer que concluir pela instaura-
Parágrafo único. Interrompem a prescrição
ção do processo administrativo formulará
aa citação
instauração
para adeação
processo administrativo
de perda do cargo. e a súmula de acusação, que conterá a expo-
sição do fato imputado, com todas as suas
Seção V circunstâncias e a capitulação legal da infra-
ção.
DA SINDICÂNCIA
§ 2º O inquérito será submetido à delibera-
Art. 246. A sindicância é o procedimento que ção do Conselho Superior, que poderá:
tem por objeto a coleta sumária de dados para
instauração, se necessário, de inquérito admi- I – determinar novas diligências, se o
nistrativo. considerar insuficientemente instruído;
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II – determinar o seu arquivamento; interrogatório, assegurando-se-lhe vista dos
autos no local em que funcione a comissão.
III – instaurar processo administrativo, caso
acolha a súmula de acusação; § 3º Se o acusado não tiver apresentado de-
fesa, a comissão nomeará defensor, dentre
IV – encaminhá-lo ao Corregedor-Geral, os integrantes da carreira e de classe igual
para formular a súmula da acusação, caso ou superior à sua, reabrindo-se-lhe o prazo
não acolha a proposta de arquivamento. fixado no parágrafo anterior.
Seção
DO PROCESSO VII
ADMINISTRATIVO §requerer
4º Em adefesa prévia,
produção poderáorais,
de provas o acusado
docu-
mentais e periciais, inclusive pedir a repeti-
Art. 252. O processo administrativo, instaurado ção daquelas já produzidas no inquérito.
por decisão do Conselho Superior, será contra-
ditório, assegurada ampla defesa ao acusado. § 5º A comissão poderá indeferir, funda-
mentadamente, as provas desnecessárias
§ 1º A decisão que instaurar processo ad- ou requeridas com intuito manifestamente
ministrativo designará comissão composta protelatório.
de três membros escolhidos dentre os in-
tegrantes da carreira, vitalícios, e de classe Art. 255. Encerrada a produção de provas, a co-
igual ou superior à do acusado, indicará o missão abrirá vista dos autos ao acusado, para
presidente e mencionará os motivos de sua oferecer razões finais, no prazo de quinze dias.
constituição. Art. 256. Havendo mais de um acusado, os pra-
§ 2º Da comissão de processo administrati- zos para defesa serão comuns e em dobro.
vo não poderá participar quem haja integra-
do a precedente comissão de inquérito. Art. 257. Em qualquer fase do processo, será as-
segurada à defesa a extração de cópia das peças
§ 3º As publicações relativas a processo ad- dos autos.
ministrativo conterão o respectivo número, Art. 258. Decorrido o prazo para razões finais, a
omitido o nome do acusado, que será cien- comissão remeterá o processo, dentro de quin-
tificado pessoalmente. ze dias, ao Conselho Superior, instruído com re-
Art. 253. O prazo para a conclusão do processo latório dos seus trabalhos.
administrativo e apresentação do relatório final Art. 259. O Conselho do Ministério Público,
é de noventa dias, prorrogável, no máximo, por apreciando o processo administrativo, poderá:
trinta dias, contados da publicação da decisão
que o instaurar. I – determinar novas diligências, se o con-
siderar insuficientemente instruído, caso
Art. 254. A citação será pessoal, com entrega de em que, efetivadas estas, proceder-se-á de
cópia da portaria, do relatório final do inquérito acordo com os arts. 264 e 265;
e da súmula da acusação, cientificado o acusado
do dia, da hora e do local do interrogatório. II – propor o seu arquivamento ao Procura-
dor-Geral;
§ 1º Não sendo encontrado o acusado em
seu domicílio, proceder-se-á à citação por III – propor ao Procurador-Geral a aplicação
edital, publicado no Diário Oficial, com o de sanções que sejam de sua competência;
prazo de quinze dias.
IV – propor ao Procurador-Geral da Repúbli-
§ 2º O acusado, por si ou através de defen- ca o ajuizamento de ação civil para:
sor que nomear, poderá oferecer defesa
prévia, no prazo de quinze dias, contado do
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§ 1º Os cargos transformados na forma des- e de Procurador da República, respectiva-
te artigo, excedentes do limite previsto no mente.
artigo anterior, serão extintos à medida que
vagarem. Art. 274. Os cargos de Procurador Militar de 1ª
e 2ª Categoria passam a denominar-se, respec-
§ 2º Os Procuradores da República ocu- tivamente, Procurador da Justiça Militar e Pro-
pantes dos cargos transformados na forma motor da Justiça Militar.
deste artigo poderão ser designados para
oficiar perante os Juízes Federais e os Tribu- Parágrafo único. Até que sejam criados no-
nais Regionais Eleitorais. vos cargos de
ça Militar, os Subprocurador-Geral da Justi-
atuais Procuradores Militares
Art. 271. Os cargos de Procurador da República da 1ª Categoria, cujos cargos passam a de-
de 1ª Categoria não alcançados pelo artigo an- nominar-se Procuradores da Justiça Militar
terior e os atuais cargos de Procurador da Re- e que estejam atuando junto ao Superior
pública de 2ª Categoria são transformados em Tribunal Militar, ali permanecerão exercen-
cargos de Procurador da República. do suas atribuições.
§ 1º Na nova classe, para efeito de antigüi- Art. 275. O cargo de Promotor de Justiça Substi-
dade, os atuais Procuradores da República tuto passa a denominar-se Promotor de Justiça
de 1ª Categoria precederão os de 2ª Cate- Adjunto.
goria; estes manterão na nova classe a atual
ordem de antigüidade. Art. 276. Na falta da lei prevista no art. 16, a
atuação do Ministério Público na defesa dos
§ 2º Os vencimentos iniciais do cargo de direitos constitucionais do cidadão observará,
Procurador da República serão iguais aos do além das disposições desta lei complementar, as
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Art. 293. Ao membro ou servidor do Ministério
Público da União é vedado manter, sob sua che-
fia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro, ou parente até o segun-
do grau civil.
Art. 294. Esta lei complementar entra em vigor
na data de sua publicação.
Art.
rio. 295. Revogam-se as disposições em contrá-
Brasília, 20 de maio de 1993; 172º da Indepen-
dência e 105º da República.
ITAMAR FRANCO
Maurício Corrêa
Este texto não substitui o publicado no DOU de
21.5.1993.
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ESQUEMAS
CUIDADO!
Ministério Público do DF e Só pode ser destituído com autorização da
Territórios maioria absoluta do Senado.
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Estrutura básica do Ministério Público da União
Ministério Público Ministério Público do Ministério Público Ministério Público DF
Federal Trabalho Militar e Territórios
Procurador-Geral da Procurador-Geral do Procurador-Geral da Procurador-Geral de
República (Chefe) Trabalho (Chefe) Justiça Militar (Chefe) Justiça (Chefe)
Colégio de Colégio de Colégio de Colégio de
Procuradores Procuradores Procuradores Procuradores
(todos os membros) (todos os membros) (todos os membros) (todos os membros)
Conselho Superior Conselho Superior Conselho Superior Conselho Superior
Câmaras de Câmaras de Câmaras de Câmaras de
Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão Coordenação e Revisão
Corregedoria Corregedoria Corregedoria Corregedoria
Subprocuradores-
Subprocuradores- Subprocuradores- Procuradores de
Gerais da Justiça
Gerais da República Gerais do Trabalho Justiça
Militar
Procuradores Procuradores Procurador da Justiça
Promotores de Justiça
Regionais da República Regionais do Trabalho Militar
Procuradores da Procuradores do Promotor da Justiça Promotores de Justiça
República Trabalho Militar Adjuntos
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – tem competência nas matérias trabalhistas
1. Chefe = Procurador-Geral do Trabalho
Será nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre integrantes da instituição, com mais de
trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos,
permitida uma recondução , observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos
com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na
carreira. Sua competênciaé de síndicodo MPT, de Presidente, representa o MPF, decide sobre as matérias
administrativas + decide em grau de recurso os conflitos de atribuições entre os órgãos do MPT.
2. Colégio de Procuradores do Trabalho
Composto por todos os membros do Ministério Público do Trabalho e sua competência se resume a
elaborar listas, eleger e opinar.
3. Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho
Composição:
Compete exercer o poder normativo em âmbito do MPF e tomar decisões importantes demais para
ficar nas mãos apenas do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral, decidir
sobre remoção e disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de concurso e
aprovar a proposta orçamentária.
I – O Procurador-Geral do Trabalho e o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o integram como
membros natos;
II – Quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho eleitos, para mandato de dois anos pelo Colégio de
Procuradores do Trabalho permitida uma reeleição;
III – Quatro Subprocuradores-Gerais da República eleitos, para mandato de dois anos, por seus pares,
mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição.
4. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho
Compostas por três membros do MPT, sendo um indicado pelo Procurador- Geral do Trabalho e dois
pelo Conselho Superior do MPT, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois anos,
dentre integrantes do último grau da carreira, sempre que possível.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente
DECIDIR OS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa decisão
vai para o PGT conforme destacada acima).
5. Corregedoria do Ministério Público do Trabalho
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os Subprocuradores-
Gerais do Trabalho, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de
dois anos, renovável uma vez. A sua competência é de órgão fiscalizador das atividades funcionais e
da conduta dos membros do Ministério Público.
6. Subprocuradores-Gerais do Trabalho
Serão designados para oficiar junto ao Tribunal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câmara de
Coordenação e Revisão. Cabe aos Subprocuradores-Gerais do Trabalho, privativamente, o exercício
das funções de:
I – Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho;
II – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho.
7. Procuradores Regionais do Trabalho
Serão designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho.
8. Procuradores do Trabalho
Serão designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e, na forma das leis
processuais, nos litígiostrabalhistas que envolvam, especialmente, intere
sses de menores e incapazes.
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO DF E TERRITÓRIOS – tem competência nas causas do Tribunal de
Justiça e dos Juízes do Distrito Federal e Territórios
1. Chefe = Procurador-Geral de Justiça
Será nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo
Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução, precedida de nova lista tríplice. Sua competência é de síndico do MP do DF e
Territórios, de Presidente, representa o MP/DF, decide sobre as matérias administrativas + decide
em grau de recurso os conflitos de atribuições entre os órgãos do MPT.
2. Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça
Composto por todos os membros do Ministério Público do DF e Territórios e sua competência se
resume a elaborar listas, eleger e opinar.
3. Conselho Superior do Ministério Público do DF e Territórios
Composição:
I – O Procurador-Geral de Justiça e o Vice-Procurador-Geral de Justiça, que o integram como
membros natos;
II – Quatro Procuradores de Justiça eleitos, para mandato de dois anos pelo Colégio de
Procuradores do MP/DF permitida uma reeleição;
III – Quatro Procuradores de Justiça eleitos, para mandato de dois anos, por seus pares, mediante
voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida uma reeleição. Compete exercer o poder
normativo em âmbito do MPF e tomar decisões importantes demais para ficar nas mãos apenas
do Procurador-Geral da República como destituir o Corregedor-geral, decidir sobre remo- ção
e disponibilidade, pedidos de reversão, deliberar sobre a realização de concurso e aprovar a
proposta orçamentária.
4. Câmaras de Coordenação e Revisão do Ministério Público do DF e Territórios
Serão compostas por três membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, sendo
um indicado pelo Procurador-Geral de Justiça e dois pelo Conselho Superior do Ministério Pú-
blico do Distrito Federal e Territórios, juntamente com seus suplentes, para um mandato de dois
anos, sempre que possível, dentre integrantes do último grau da carreira.
Compete promover integrações e coordenações dos órgãos, intercâmbios mas principalmente
DECIDIR OS CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DO MPF (O recurso contra essa deci-
são vai para o Procurador Geral de Justiça conforme destacado acima).
5. Corregedoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral dentre os Procuradores de Justiça,
integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de dois anos,
renová- vel uma vez. A sua competência é de órgão fiscalizador das atividades funcionais e da
conduta dos membros do Ministério Público.
6. Procuradores de Justiça
Serão designados para oficiar junto ao Tribunal de Justiça e nas Câmaras de Coordenação e
Revisão. Cabe aos Procuradores de Justiça, privativamente, o exercício das funções de:
I – Corregedor-Geral do Ministério Público do DF e Territórios;
II – Procurador Distrital dos Direitos do Cidadão;
III – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho.
7. Promotores de Justiça
Serão designados para oficiar junto às Varas da Justiça do Distrito Federal e Territórios.
8. Promotores de Justiça Adjuntos
Serão designados para oficiar junto às Varas da Justiça do Distrito Federal e Territórios.
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Questões
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5. (Analista Área Processual – MPU – 2004 e) por motivo de interesse público,
ESAF) mediante decisão do procurador-geral
da República, provocada pelo Conselho
É prerrogativa processual do membro do Superior, assegurada ampla defesa.
Ministério Público da União que oficie
perante tribunais ser processado e julgado 8. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo –
por crimes de responsabilidade pelo FCC)
a) Supremo Tribunal Federal. A respeito dos princípios institucionais e das
b)
c) Superior Tribunal de
Tribunal Regional Justiça.
Federal. garantias do Ministério Público, é INCORRE-
TO afirmar:
d) Senado Federal.
e) Tribunal perante o qual atue. a) O princípio do Promotor Natural veda
designações arbitrárias de Promotores
6. (Analista Área Processual – MPU – 2004 de Justiça de uma Promotoria para as
ESAF) funções de outra, afastando-o de suas
atribuições legais.
Para promoção na carreira por antiguidade b) O princípio da indivisibilidade impede
do membro do Ministério Público da União, que o Ministério Público possa se subdi-
assinale o primeiro critério de desempate vidir em vários outros Ministérios Públi-
na classificação. cos autônomos e desvinculados um dos
a) Tempo de serviço público federal. outros.
b) Tempo de serviço público em geral. c) O princípio da independência ou auto-
c) Idade dos candidatos, em favor do mais nomia funcional garante ao membro do
Ministério Público não ficar sujeito às
d) idoso.
Tempo de serviço na carreira. ordens de quem quer que seja, somente
e) Tempo de contribuição previdenciária. devendo prestar contas de seus atos à
Constituição, à lei e à sua consciência.
7. (Analista Área Processual – MPU – 2004 d) Por força do princípio da unidade, os
ESAF) membros do Ministério Público Federal
e dos Estados, bem como os diversos ra-
A garantia de inamovibilidade dos membros mos do Ministério Público da União in-
do Ministério Público da União pode ser tegram um só órgão.
excepcionalizada quando presente(s), e) Em virtude da garantia de vitaliciedade,
concomitantemente, o(s) seguinte(s) o membro do Ministério Público vita-
elemento(s): lício somente poderá perder seu cargo
a) por motivo de interesse público, por decisão judicial transitada em julga-
mediante decisão do Conselho Superior, do, cuja iniciativa é do Procurador-Geral
de Justiça, após autorização do Colégio
por voto da maioria absoluta de seus
de Procuradores.
membros.
b) por motivo de interesse público,
mediante decisão do Conselho Superior, 9. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo –
por voto de dois terços de seus FCC)
membros, assegurada ampla defesa. Entre as competências do Conselho Nacio-
c) mediante decisão do Conselho Superior, nal do Ministério Público está a de
pela maioria de seus membros,
assegurada ampla defesa. a) decretar a perda do cargo dos membros
d) por decisão judicial transitada em vitalícios dos Ministérios Públicos dos
julgado. Estados.
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b) designar membros dos Ministérios Pú- 12. (Analista Área Processual – MPU – 2004
blicos dos Estados para oficiar em deter- ESAF)
minados processos.
c) elaborar a proposta orçamentária do Inclui-se, entre as vedações ao membro do
Ministério Público da União. Ministério Público da União,
d) destituir os Procuradores-Gerais de Jus- a) exercer a advocacia, ainda que gratuita.
tiça dos Estados, quando conveniente b) participar, como acionista ou cotista, de
ao interesse público. sociedade comercial.
e) rever
membrosos processos disciplinares
do Ministério Público de
da c) exercer o magistério
estabelecimento privado. superior em
União ou dos Estados julgados há me- d) filiar-se a partido político.
nos de um ano. e) exercer uma função de magistério
público.
10. (Analista Área Processual – MPU – 2004
ESAF) 13. (MPE-RS – 2001 – Agente Administrativo –
Quanto ao concurso público para ingresso UFRGS)
nas carreiras do Ministério Público da União, Compete ao Conselho Superior do Ministé-
assinale a afirmativa falsa. rio Público
a) O concurso terá âmbito nacional. a) decidir sobre pedido de revisão de pro-
b) O concurso será realizado, cedimento disciplinar.
facultativamente, a juízo do Conselho a) eleger o Corregedor-Geral do Ministério
Superior competente. Público.
c) A comissão de concurso terá entre
seus membros um jurista indicado pelo c) aprovar os pedidos
muta entre membrosdeda
remoção por per-
Instituição.
respectivo Conselho Superior. d) realizar correições e inspeções.
d) O concurso será realizado, e) julgar recurso contra decisão de vitali-
obrigatoriamente, quando o número ciamento de membro do Ministério Pú-
de vagas exceder a vinte por cento do blico.
quadro respectivo.
e) O concurso abrangerá as vagas 14. (MPE-RS – 2011 – Assessor – MPE-RS)
existentes e aquelas que venham a
surgir no respectivo prazo de eficácia. Segundo a Constituição Federal, NÃO cons-
titui atribuição do Conselho Nacional do Mi-
11. (MPE-RS – 2008 – Agente Administrativo – nistério Público
FCC)
a) apreciar, de ofício ou mediante provoca-
A Constituição Federal vigente situa o Minis- ção, a legalidade dos atos administrati-
tério Público vos praticados por membros ou órgãos
do Ministério Público da União e dos Es-
a) dentro do Poder Judiciário. tados, podendo desconstituí-los, revê-
b) dentro do Poder Executivo, em capítulo -los ou fixar prazo para que se adotem
especial. as providências necessárias ao exato
c) em capítulo especial, fora da estrutura cumprimento da lei.
dos demais poderes da República. b) receber e conhecer das reclamações
d) dentro do Poder Legislativo. contra membros ou órgãos do Minis-
e) como órgão de cooperação das ativida- tério Público da União ou dos Estados,
des do Poder Executivo. inclusive contra seus serviços auxiliares,
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sem prejuízo da competência disciplinar 17. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS)
e correcional da instituição.
c) encaminhar ao Poder Legislativo os pro- Entre os 14 (quatorze) membros que com-
jetos de lei de iniciativa do Ministério põem o Conselho Nacional do Ministério
Público. Público, estão
d) rever, de ofício ou mediante provoca- a) três advogados indicados pela Ordem
ção, os processos disciplinares de mem- dos Advogados do Brasil.
bros do Ministério Público da União ou b) cinco membros dos Ministérios Públicos
dos Estados julgados há menos de um
ano. c) dos
cincoEstados.
membros do Ministério Público da
e) zelar pela autonomia funcional e ad- União.
ministrativa do Ministério Público, po- d) dois cidadãos de notável saber jurídico
dendo expedir atos regulamentares, no e reputação ilibada, ambos indicados
âmbito de sua competência, ou reco- pela Câmara dos Deputados.
mendar providências. e) dois juízes indicados, um pelo Supremo
Tribunal Federal e outro pelo Superior
15. (MPE-RS – 2001 – Assessor Administrativo Tribunal de Justiça.
– UFRGS)
Assinale a única alternativa que NÃO con- 18. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS)
tém uma função institucional do Ministério Assinale a alternativa que apresenta uma
Público. afirmação INCORRETA a respeito dos princí-
a) a promoção, privativamente, da ação pios institucionais e das garantias do Minis-
penal pública tério Público.
b) a defesa judicial dos direitos e interes- a) Por força do princípio da indivisibilida-
ses das populações indígenas de, os membros do Ministério Público
c) a representação judicial de entidades Federal e dos Estados, bem como os di-
públicas versos ramos do Ministério Público da
d) o controle externo da atividade policial União, são chefiados pelo Procurador-
e) a promoção do inquérito civil e da ação -Geral da República e integram um só
civil pública órgão.
b) Em virtude da garantia de vitaliciedade,
16. (MPE-RS – 2012 – Bibliotecário – MPE-RS) o membro do Ministério Público vita-
Os membros do Ministério Público sujei- lício somente poderá perder seu cargo
tam-se a regime jurídico especial, são in- por decisão judicial transitada em julga-
dependentes no exercício de suas funções, do, cuja iniciativa é do Procurador-Geral
cumprindo-as nos termos da lei, e têm as de Justiça, após autorização do Colégio
seguintes garantias: de Procuradores.
c) São princípios institucionais do Ministé-
a) exercício pleno da advocacia pública e rio Público a unidade, a indivisibilidade
inamovibilidade. e a independência funcional.
b) abandono do cargo e vitaliciedade. d) Ao Ministério Público é assegurada au-
c) vitaliciedade e inamovibilidade. tonomia funcional e administrativa.
d) movibilidade e exercício de consultoria e) O princípio da independência funcional
pública. garante ao membro do Ministério Públi-
e) abandono do cargo e irredutibilidade de co, no exercício de suas atribuições, não
vencimentos. ficar sujeito às ordens de quem quer
que seja, somente devendo prestar con-
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
nente,
Estado, essencial à função
incumbindo-lhe jurisdicional
a defesa do
da ordem blico participar de quaisquer sociedades
comerciais.
jurídica, do regime democrático e dos inte- d) O Procurador-Geral de Justiça deverá
resses sociais e individuais disponíveis. propor ação direta de inconstitucionali-
dade de lei estadual frente à Constitui-
II – Ao membro do Ministério Público é ve- ção Federal.
dado o exercício de qualquer outra função e) Nenhuma das alternativas está correta.
pública, salvo uma de magistério.
III – Ao membro do Ministério Público é ga- 21. (MPE-RS – 1999 – Procurador Geral do Esta-
rantida a inamovibilidade para que se lhe do – MPE-RS)
preserve a independência funcional, tratan- São princípios institucionais assegurados ao
do-se de prerrogativa afastável apenas por Ministério Público pela Constituição Fede-
decisão judicial definitiva. ral:
IV – O Procurador-Geral de Justiça é o chefe a) Unidade, indivisibilidade e inamovibili-
do Ministério Público e será nomeado pelo dade.
Governador do Estado, para um mandato de b) Unidade, vitaliciedade e inamovibilida-
2 anos, permitida uma recondução por igual de.
período, dentre os candidatos eleitos por c) Vitaliciedade, inamovibilidade e irredu-
voto secreto pelos membros da instituição e tibilidade.
indicados em lista tríplice, devendo ser res- d) Unidade, indivisibilidade e independên-
peitada, na escolha pelo Governador, a or- cia funcional.
dem decrescente de votação. e) Independência funcional, vitaliciedade
V – Constituem Órgãos de Administração do e irredutibilidade.
Ministério Público, dentre outros elencados
na legislação, o Colégio de Procuradores de 22. (MPE-RS – 2008 – Secretário de Diligências
Justiça, a Corregedoria-Geral do Ministério – FCC)
Público as Promotorias de Justiça. O Conselho Nacional do Ministério Público é
Quais estão corretas? composto por 14 membros, dentre os quais
se incluem:
a)
b) Apenas
Apenas I,I, IIIII,e eIV.
IV. a) dois cidadãos de notável saber jurídico
c) Apenas II e V. e reputação ilibada, ambos indicados
d) Apenas III e V. pela Câmara dos Deputados.
e) Apenas I, II e III. b) cinco membros dos Ministérios Públicos
dos Estados.
20. (MPE-RS – 1999 – Procurador Geral do Esta- c) dois juízes indicados, um pelo Supremo
do – MPE-RS) Tribunal Federal e outro pelo Superior
Tribunal de Justiça.
Assinale a alternativa CORRETA:
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d) cinco membros do Ministério Público da II – promover o inquérito civil e a ação civil
União. pública para proteção do meio ambiente e
e) três advogados indicados pela Ordem de outros interesses difusos e coletivos.
dos Advogados do Brasil.
III – defender judicialmente os direitos e in-
23. (MPE-RS – 2014 – Agente Administrativo – teresses das populações indígenas.
MPE) IV – requisitar diligências investigatórias e a
Assinale a alternativa correta sobre o Con- instauração de inquérito policial, indicados
selho Nacional do Ministério Público, nos os fundamentos
ções processuais.jurídicos de suas manifesta-
termos do Artigo 130-A, da Constituição Fe-
deral. Quais estão corretas?
a) É composto por quatorze membros e a) Apenas I e II.
presidido pelo Presidente da Repúbli- b) Apenas II e III.
ca, dependendo a escolha de aprovação c) Apenas I, III e IV.
por maioria absoluta do Senado Fede- d) Apenas II, III e IV.
ral. e) I, II, III e IV.
b) Pode rever os processos disciplinares
de membros do Ministério Público da
União ou dos Estados julgados há mais MPU – 2013 – Técnico Administrativo (CES-
de um ano, de ofício ou mediante pro- PE). Relativamente ao MPU, julgue os itens
vocação. a seguir.
c) O Conselho escolherá, em votação se-
creta, um Corregedor nacional, dentre
os membros do Ministério Público que 25. Embora os Ministérios
aos tribunais de contasPúblicos (MPs) junto
sejam órgãos autô-
o integram, admitida uma recondução. nomos e independentes do MPU e dos MPs
d) Incumbe-lhe zelar pela autonomia fun- dos estados, aplicam-se aos seus membros
cional e administrativa do Ministério os mesmos direitos, vedações e forma de in-
Público, podendo expedir atos regula- vestidura.
mentares, no âmbito de sua competên-
cia. ( ) Certo ( ) Errado
e) Compete-lhe receber e conhecer das
reclamações contra membros ou órgãos
26. A CF autoriza o MPU a exercer a representa-
do Ministério Público e da Magistratura
ção judicial da Fundação Nacional do Índio
da União e dos Estados, inclusive contra
em casos excepcionais e relacionados à de-
seus serviços auxiliares.
fesa dos direitos das populações indígenas.
24. (MPE-RS – 2014 – Agente Administrativo – ( ) Certo ( ) Errado
MPE)
Considere o enunciado abaixo e as quatro 27. O procurador-geral de justiça do Distrito
propostas para completá-lo. Federal (DF) poderá ser destituído antes do
término do seu mandato, mediante repre-
São funções institucionais do Ministério Pú-
sentação do governador do DF e delibera-
blico
ção da maioria absoluta da Câmara Legislati-
I – promover, privativamente, a ação penal va do DF.
pública, na forma da lei.
( ) Certo ( ) Errado
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MPU (Técnico) – Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP – Prof. Pedro Kuhn
28. O procurador-geral da República, nomeado membros do MPU e dos MPs dos estados,
pelo presidente da República entre integran- podendo revê-los, fixando prazo para a ado-
tes do MPU com mais de trinta e cinco anos ção das providências necessárias à sua cor-
de idade, após a aprovação de seu nome reção, ou, se for o caso, desconstituí-los. E
pela maioria absoluta dos membros do Se- ( ) Certo ( ) Errado
nado Federal, exercerá a chefia do MPU.
( ) Certo ( ) Errado 33. Comporão o CNMP, além de membros do
MPU e dos MPs dos estados, da magistratu-
ra e da advocacia, dois cidadãos de notável
MPU – 2013 – Técnico Administrativo (CES- saber jurídico e reputação ilibada, um indi-
PE). Acerca dos direitos, das garantias e das cado pela Câmara dos Deputados e o outro,
prerrogativas dos membros do MPU, julgue pelo Senado Federal. No tocante às garan-
os próximos itens. Nesse sentido, conside - tias institucionais do MP, julgue o item abai-
re que a sigla CF, doravante, sempre que xo.
empregada, refere-se à Constituição Fede-
ral de 1988. ( ) Certo ( ) Errado
29. Aos membros do MP é garantida constitu- 34. Em função da autonomia financeira e admi-
cionalmente a vitaliciedade após dois anos nistrativa assegurada ao MP pela CF, o au-
de exercício no cargo, ressalvada a perda do mento do valor dos subsídios dos membros
cargo por sentença judicial transitada em do órgão pode ser realizado por meio de ato
julgado. normativo do procurador-geral da Repúbli-
( ) Certo ( ) Errado
ca.
( ) Certo ( ) Errado
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37. No exercício de sua autonomia funcional, MPU – 2010 – Técnico Administrativo
administrativa e financeira, cabe ao MPU (CESPE). A respeito dos princípios funda-
propor ao Poder Legislativo a criação e a ex- mentais, das garantias fundamentais e da
tinção de seus cargos, assim como a fixação aplicabilidade das normas constitucionais,
dos vencimentos dos seus membros e servi- julgue os itens a seguir.
dores.
42. As normas de eficácia plena não exigem a
( ) Certo ( ) Errado elaboração de novas normas legislativas que
lhes completem o alcance e o sentido ou
38. Na defesa dos direitos constitucionais do lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplica-
cidadão, o procurador-geral da República bilidade é direta, ainda que não integral.
representa ao poder competente para a ( ) Certo ( ) Errado
promoção da responsabilidade nos casos
comprovados de omissões inconstitucio-
nais. 43. A Constituição Federal de 1988 apresenta
os chamados princípios fundamentais da
( ) Certo ( ) Errado
República Federativa do Brasil, que incluem
referências a sua forma de Estado, forma de
39. A fiscalização das atividades funcionais e de governo e regime político. Deduz-se do tex-
conduta dos membros do MPU é incumbên- to constitucional que a República Federativa
cia da Corregedoria do Ministério Público do Brasil é um Estado de Direito, o que limi-
Militar. ta o próprio poder do Estado e garante os
direitos fundamentais dos particulares.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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