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INTEROPERABILIDADE E COLABORAÇÃO

UNIDADE II
INTEROPERABILIDADE NO PROCESSO BIM
Elaboração
Mariana Marques Lourenço

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE II
INTEROPERABILIDADE NO PROCESSO BIM................................................................................................................................ 5

CAPÍTULO 1
ORIGENS DO FORMATO DE ARQUIVO ABERTO................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 2
FORMATOS DE ARQUIVOS COLABORATIVOS.................................................................................................................... 8

CAPÍTULO 3
COORDENAÇÃO DE PROJETOS EM BIM............................................................................................................................ 20

REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................24
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INTEROPERABILIDADE NO
PROCESSO BIM
UNIDADE II

Capítulo 1
ORIGENS DO FORMATO DE ARQUIVO ABERTO

Tópicos abordados no Capítulo 1:

» breve histórico da buildingSMART;

» significado e importância do conceito de openBIM;

» diferenças entre formato proprietário e não proprietário.

1.1. BuildingSMART e openBIM


BuildingSMART é uma organização internacional sem fins lucrativos que tem
como objetivo melhorar o intercâmbio de informações entre softwares usados
na indústria da construção (AEC), por meio de uma base universal que permita a
melhoria da comunicação, produtividade, tempo de entrega, custo e qualidade por
todo o ciclo de vida do empreendimento.

Os membros se reúnem duas vezes por ano para desenvolver ou atualizar os


padrões internacionais e compartilhar e documentar as melhores práticas do
BIM (EASTMAN et al., 2018).

Figura 18. Logo da buildingSMART.

Fonte: https://www.buildingsmart.org/.

1.2. Breve histórico


Sua origem data de 1994, quando foi criada a Industry Alliance for Interoperability
(IAI), um consórcio internacional de empresas comerciais e instituições de
pesquisas lideradas pela Autodesk, com o propósito de desenvolver um formato
aberto que promovesse a integração de softwares de vários fornecedores.

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UNIDADE iI | Interoperabilidade no processo BIM

Em 1997, foi renomeada para Internacional for Interoperability e, em 2015, para


buildingSMART, que pesquisa e mantém padrões de trabalho BIM, denominado
openBIM, um conceito aberto visando à interoperabilidade entre os softwares da
indústria da construção civil. Ver mais em https://biminformation.blog/2017/03/03/
buildingsmart-open-bim-ifc/#more-264.

Saiba mais sobre a origem da buildingSMART em: https://www.buildingsmart.org/


about/about-buildingsmart/history/. Acesso em: 14 dez. 2018.

Segundo Eastman et al. (2018), obter a interoperabilidade de diferentes sistemas


utilizados pela equipe é muito mais fácil do que forçar todas as empresas
participantes a utilizar uma única plataforma. Essa prática também é benéfica
ao setor público, que deseja evitar que um único software proprietário crie um
monopólio dentro do setor.

1.3. Por que o openBIM é importante?


Vejamos o que a buildingSMART diz sobre a importância da openBIM (disponível
em: https://www.buildingsmart.org/standards/technical-vision/. Acesso em: 30 out.
2018):

» o openBIM suporta um fluxo de trabalho transparente e aberto, permitindo


que os membros do projeto participem independentemente das ferramentas de
software que usam;

» o openBIM cria uma linguagem comum para processos, permitindo que


a indústria e o governo adquiram projetos com envolvimento comercial
transparente, avaliação comparável de serviços e garantia de qualidade de
dados;

» o openBIM fornece dados duradouros do projeto para uso durante todo o


ciclo de vida do empreendimento, evitando múltiplas entradas dos mesmos
dados e erros consequenciais;

» pequenos e grandes fornecedores de softwares podem participar e competir


em soluções, independentes do sistema;

» o openBIM energiza o lado da oferta de produtos on-line com buscas de


demanda do usuário mais exatas e entrega os dados do produto diretamente
no BIM.

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

Figura 19. Logo da openBIM.

Fonte: https://www.buildingsmart.org/.

Para entender um pouco mais sobre a importância da interoperabilidade,


assista ao vídeo disponibilizado no site da buildingSMART que explica
como funciona o openBIM. Disponível em: https://www.buildingsmart.org/
standards/technical-vision/. Acesso em: 14 dez. 2018.

1.4. Formato proprietário x formato não proprietário


Antes de entender o formato de arquivo aberto (ou não proprietário), vamos
entender o conceito de arquivo de formato proprietário.

Os projetistas, logo após modelar seus projetos em seus respectivos softwares,


precisam salvar seu trabalho. Esse trabalho é salvo em um tipo de arquivo
chamado proprietário. “Os dados salvos em um arquivo proprietário (geometria,
comportamentos e dados não geométricos) só podem ser lidos corretamente no
mesmo programa (e quase sempre na mesma versão) em que foi criado” (GASPAR,
2018).

Exemplos de arquivos proprietários: Revit (.rvt) e ArchiCAD (.pln).

Porém, é possível extrair todos os dados modelados em qualquer programa para


um formato aberto, e não proprietário, o chamado IFC.

A buildingSMART desenvolveu o Industry Fundation Classes (IFC), uma


especificação neutra e aberta para o desenvolvimento de modelos de informação
da construção (BIM) como um meio de troca de dados, baseado em um padrão
entre aplicativos da indústria da construção. Na linguagem da interoperabilidade
entre softwares da construção civil, o IFC seria a linguagem comum para
comunicação entre softwares que não falam a mesma língua. Entenderemos
melhor sobre o IFC no próximo capítulo.

Formato proprietário: arquivo editável, abre apenas nos softwares do seu


próprio fornecedor.

Formato não proprietário: arquivo não editável (IFC). Exportado dos


softwares para ser aberto em softwares de outros fornecedores compatíveis
com o esquema IFC.

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Capítulo 2
FORMATOS DE ARQUIVOS COLABORATIVOS

Tópicos abordados no Capítulo 2:

» definição do esquema e formato de arquivo IFC;

» estruturação do IFC;

» comunicação em BIM através de arquivos BCF.

2.1. Industry Fundation Classes (IFC)


Como vimos no capítulo anterior, os softwares de modelagem possuem um
formato proprietário, ou seja, os diversos fornecedores de softwares não podem
compartilhar suas informações entre si, ao menos que exista um tradutor para isso.
É aí que entra o IFC.

O IFC surge, nesse contexto, como um modelo de dados de tradução, em formato


“não proprietário”, disponível livremente para a definição de objetos na AEC.
(MANZIONE, 2013)

O esquema de dados IFC (ou classes que dão fundamento à indústria, em tradução
livre de Gaspar, 2018) é o “formato de arquivo padrão, criado e desenvolvido
pelas indústrias de software e da construção civil, para a troca de informações
entre os diferentes parceiros envolvidos no projeto, na construção e na operação e
manutenção de um edifício” (GASPAR, 2018).

Eastman et al. (2014) explicam que o IFC foi desenvolvido para criar um grande
conjunto de dados consistentes para representar um modelo de dados de um
edifício, com o objetivo de permitir a troca de informações entre diferentes
fabricantes de software na AEC. O IFC visa abordar todas as informações sobre
todo o ciclo de vida do edifício, desde a viabilidade e planejamento, passando pelo
design (incluindo análises e simulações) e construção, até a ocupação e operação.

A buildingSMART, criadora desse padrão de arquivos, define o IFC como um


esquema de dados que torna possível conter dados e trocar informações entre
diferentes aplicativos para BIM. O esquema IFC é extensível e compreende
informações cobrindo as muitas disciplinas que contribuem para um edifício
durante seu ciclo de vida.

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

Não importa com quais softwares as diversas equipes estejam trabalhando, você
pode ser capaz de participar e colaborar igualmente. A buildingSMART chama
isso de “fluxo de trabalho aberto e transparente”. Ver mais em: https://www.
coordenar.com.br/openbim/. Acesso em: 14 dez. 2018.

Por ser um formato de dados neutro e aberto, ele está disponível para as empresas
de software utilizarem em suas aplicações e procedimentos de exportação de
dados em IFC. Para isso, a aplicação precisa ser “IFC compatível”, um processo de
certificação fornecido pela buildingSMART.

Para dar conta de todas as especialidades relacionadas ao ciclo


de vida de um edifício, existe um número enorme de programas
e serviços à disposição de todos nós, [...] são mais de 200
programas e serviços que podem ser usados para trabalhar de
modo colaborativo em BIM utilizando o formato IFC para troca
de dados.
(GASPAR, 2018)

Utilizando o padrão IFC, qualquer projetista pode utilizar o software que melhor
se adeque às suas necessidades, juntando-se ao fluxo de trabalho sem se preocupar
com as ferramentas BIM que são utilizadas. Se todos os projetos forem abertos,
ninguém pode ser excluído baseado apenas na sua plataforma de software.

Saiba mais sobre o conceito da openBIM em: https://www.coordenar.com.br/


openbim/. Acesso em: 14 dez. 2018.

No quadro a seguir, desenvolvido por Gaspar (2018), é possível ver alguns dos mais
de 200 softwares que estão cadastrados na buildingSMART como compatíveis ao
formato IFC.

Quadro 2. Alguns softwares compatíveis com o formato IFC.

Etapa do ciclo de vida do projeto e obra Alguns dos programas e/ou plataformas disponíveis
Estudo de viabilidade. DProfiler.
AECOsim, ArchiCAD, AutoCAD, Revit, Rhino, Vectorworks, SketchUp, entre muitos
Concepção e projeto arquitetônico.
outros.
Projeto e cálculo estrutural. Autodesk Robot, DDS-CAD Viewer, Tekla Structures, TQS, entre outros.
Projetos de instalações. DDS-CAD MEP, QiBuilder, MagiCAD, Revit MEP, entre outros.
Coordenação e compatibilização de projetos. Navisworks, Solibri model Viewer, Tekla BIMsight, Synchro 4D, entre outros.
Planejamento 4D. 4D Virtual Builder, Navisworks, Synchro 4D, VICO, entre outros.
Orçamentos 5D. PriMus-IFC, VICO, entre outros.

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UNIDADE iI | Interoperabilidade no processo BIM

Etapa do ciclo de vida do projeto e obra Alguns dos programas e/ou plataformas disponíveis
Operação e manutenção. Archibus, DALUX, Ecodomus, entre outros.
Checagem de regras. Solibri Model Checker.
Plataformas colaborativas. A360, BIMplus, BIMsync, Trimble Connect, entre outras.
Fonte: adaptado de Gaspar, 2018.

Na prática, basicamente o IFC funciona da seguinte maneira:


O projeto de um edifício residencial integra várias disciplinas
(arquitetura, estrutura, instalações entre outras). Quando o
engenheiro calculista iniciar o projeto estrutural, precisará do
projeto arquitetônico. Para que ele possa trabalhar em qualquer
plataforma (de afinidade dele), o arquivo do projeto arquitetônico
precisará ser entregue em IFC. Desta maneira, todos os projetistas
terão todas as informações necessárias para desenvolverem os
seus projetos com a liberdade de escolher a plataforma de sua
preferência.
Disponível em: https://biminformation.blog/2017/03/03/buildingsmart-open-bim-
ifc/#more-264. Acesso em: 30 out. 2018.

Arquivos em IFC não permitem edição. Apenas o responsável pela disciplina edita
seu modelo, o que garante o direito de propriedade do projeto, não permitindo que
terceiros não responsáveis pelo projeto efetuem alterações no arquivo nativo.

É de extrema importância que cada entidade da AEC exporte seu


projeto para IFC para que haja essa compatibilização, facilitando
assim a interoperabilidade entre as diferentes disciplinas dentro
da AEC tais como hidráulica, elétrica, ventilação, automação, entre
outras. Além disso, deve-se verificar a qualidade do IFC, para que
todas as informações sejam exportadas de maneira correta.
(DERITTI, 2017 – tradução da autora)

2.2. Como funcionam os arquivos IFC?


A composição estrutural dos arquivos IFC são complexos, seguindo padrões do
Object-Oriented Design (modelagem de dados e desenvolvimento de softwares
orientados a objetos).

Conceitualmente, o IFC é estruturado em objetos e suas relações. Os componentes


contidos no modelo, como paredes, lajes, vigas, pilares etc., são definidos por
uma hierarquia de entidades. “Na prática, isso significa que a entidade ‘parede’
(IfcWall) é definida como um subtipo da entidade ‘elementos do edifício’

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(IfcBuildingElement), que por sua vez é um subtipo da entidade ‘elemento’


(IfcElement) e assim por diante, até a entidade ‘raiz’ (IfcRoot)” (MANZIONE,
2013).

O Object-Oriented Design (modelagem de dados e desenvolvimento de


softwares orientados para objetos) é uma forma de criar modelos do
mundo real de forma que sejam entendidos, armazenados e tratados pelos
computadores e por outros meios eletrônicos e digitais, seja um software
complexo de maquete digital ou um aplicativo para reservas de hotéis num
smartphone.

Os arquitetos, analistas e programadores criam então “modelos”, utilizando


dados e tudo que precisam para passar as instruções (scripts, programas,
aplicações, dentre outras designações) para que os meios eletrônicos saibam
o que fazer com eles.

Cada “coisa” então passa ser representada por um “objeto”, com uma forma
de grafia também peculiar. Apenas como exemplo: o terreno da construção
pode ser identificado por IfcSite, o prédio que será construído no terreno por
IfcBulding, as paredes por IfcWall, as portas por IfcDoor e assim por diante.

A arte consiste em definir, o melhor possível, as características do tal objeto,


que tecnicamente são chamadas “propriedades”. Cada propriedade precisa
de um nome e de um valor (exemplo: uma porta ou uma janela passa a ser
definida ou traduzida tendo uma altura, comprimento, profundidade, volume,
perímetro, lado e/ou forma de abertura, material de construção, revestimento
etc.). No entanto, não para apenas nas questões de ordem física: pode conter
também “propriedades” úteis para gestão da construção, de manutenção,
financeira e de vendas (datas, valores etc.).

Para completar, e ficar mais próximo do mundo real, basta então “dizer”
aos computadores e meios aos eletrônicos como interagir com os objetos:
identificar os eventos e escrever os scripts que deverão ser seguidos.

Os atributos são associados a cada tipo de entidade que, por sua vez, herda os
atributos de todas as entidades acima dela, as “entidades pai”.

Todos os modelos IFC fornecem uma estrutura espacial comum


de construção geral para layouts e acesso aos elementos de
construção. O IFC organiza todas as informações do objeto na
hierarquia Project > Site > Building > Building Storey > Space.
Casa estrutura de nível superior é uma agregação de níveis
inferiores mais quaisquer elementos que abranjam as classes de
nível inferior.
(EASTMAN et al., 2018 – tradução da autora)

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Manzione (2013) afirma que enquanto o formato IFC permite criar todos esses
tipos de relacionamento, a responsabilidade de garantir que essas relações sejam
feitas de maneira adequada é do autor do aplicativo, que deverá exportar o modelo
no formato IFC.

Para que o BIM funcione por todo o ciclo de vida do edifício é imprescindível o uso
do IFC, pois sem ele não existe interoperabilidade e dependeremos apenas de um
único fabricante de software.

Como podemos ver na figura 20, arquivos em IFC podem ser abertos em um leitor
de texto, como por exemplo o Bloco de Notas do Windows. Nele é possível ver o
esquema do arquivo com os nomes de cada entidade.

Figura 20. Arquivo IFC aberto no Bloco de Notas.

Fonte: elaborada pela autora.

A versão mais recente do IFC, a IFC 4 Addendum, foi publicada em 2016. Essa
versão tem 776 entidades (objetos de dados), 413 conjuntos de propriedades e
130 tipos de dados definidos. Esses números indicam a complexidade de um
arquivo IFC, assim como a riqueza semântica das informações de uma construção,

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

que abordam vários sistemas diferentes e refletem as necessidades de diferentes


softwares, como, por exemplo, a análise energética, estimativas de custos ou
acompanhamento e programação de materiais (EASTMAN et al., 2018).

Na figura 21, veremos como funciona o schema e os subschemas do IFC (adaptado


de DERITTI, 2017).

Figura 21. Estruturação do IFC.

DOMAIN LAYER
(DOMAINS) PUMBLING
BUILDING
FIRE STRUCTURAL STRUCTURAL
CONTROLS PROTECTION ELEMENTS ANALYSIS

HVAC ELECTRICAL ARCHITECTURE CONSTRUCTION FACILITIES


MANAGEMENT MANAGEMENT

INTEROPERABILITY LAYER
SHARED SHARED SHARED SHARED
SHARED BUILDING COMPONENT BUILDING MANAGEMENT FACILITIES
SERVICES ELEMENTS ELEMENTS ELEMENTS ELEMENTS ELEMENTS

CONTROL PRODUCT PROCESS


EXTENSION EXTENSION EXTENSION

KERNEL

CORE LAYER

MATERIAL EXTERNAL GEOMETRIC


ACTOR DATETIME GEOMETRIC MATERIAL MEASURE COST
PROPERTY REFERENCE CONSTRAINT GEOMETRY
MODEL

RESOURCE LAYER PROFILE PROPERTY QUANTITY REPRESEN- TOPOLOGY UTILITY


(BASE ENTITIES) TATION

PRESENTATION PRESENTATION PRESENTATION PRESENTATION TIME STRUCTURAL PROFILE


PRESENTA- CONSTRAINT APPROVAL
DIMENSION APPEARENCE DEFINITION ORGANIZATION SERIES PROPERTY
TION

Fonte: Eastman et al., 2018.

Camada de recursos (entidades base): camada base, composta pelos objetos


da AEC. Inclui elementos de construção como paredes genéricas, pisos, elementos
estruturais, entre outros.

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Camada núcleo: subdividida em quatro subcamadas: núcleo, produto, processo


e domínios. A subcamada do núcleo fornece a estrutura base para todas as
especializações suplementares nos modelos específicos. A subcamada do produto
determina os elementos abstratos da construção, como local, espaço, elemento e
construção. A de processo envolve o mapeamento da programação e planejamento
do trabalho. A de controle trabalha com conceitos relacionados ao controle dos
processos.

Camada de interoperabilidade: contém os objetos que serão compartilhados


para usos de compatibilização entre as disciplinas específicas. Os objetos nessa
camada podem ser representados por paredes, pilares, vigas, lajes, portas, janelas,
entre outros.

Camada de domínios: camada que lida com as entidades de disciplinas


específicas, como arquitetura, estrutura, instalações etc.

Caso se tenha interesse em conhecer mais sobre a estrutura do esquema IFC,


algumas empresas de softwares disponibilizam gratuitamente conteúdo sobre
isso. Veja mais em “IFC Reference Guide for ARCHICAD”, disponibilizado pela
Graphsoft, também disponível em: https://www.graphisoft.com/downloads/
addons/ifc/index.html. Acesso em: 5 nov. 2018. Para o software Revit, da
Autodesk, veja mais em “Revit IFC Manual”, também disponível em: https://
www.autodesk.co.uk/campaigns/interoperability/ifc-handbook. Acesso em: 5
nov. 2018.

2.3. BCF e a comunicação


Um dos pontos mais importantes na interoperabilidade é a comunicação, que
permite que se tomem decisões mais cedo, minimizando-se os erros e mantendo
todos informados ao longo de todo o processo. Durante as revisões de projeto, vários
itens e necessidades de correções são identificados pelos vários membros da equipe
de projeto. No entanto, como transmitir essas análises para todos os integrantes do
empreendimento?

Para isso, as empresas de software Solibri e Tekla desenvolveram um formato


de arquivo padrão especificamente para a comunicação entre os modelos BIM,
chamado BIM Collaboration Format (BCF). Com o tempo, outros fornecedores
também adotaram esse formato, dentro de um padrão aberto (openBIM), e a
responsabilidade por esse formato de arquivo passou para a buildingSMART.
Ver mais em: https://biminformation.blog/2017/02/01/bcf-bim-collaboration-
format/. Acesso em: 30 out. 2018.

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

Com os projetos de todas as disciplinas em andamento, o fluxo de


comunicação acontece via arquivos IFC. Para auxiliar na troca de
informações durante o processo de projeto, sugere-se o uso de
relatório colaborativo através de arquivos BCF, onde podem ser
registradas informações, apontamentos, problemas e soluções,
de maneira simples e dinâmica. Para cada caso a ser notificado,
pode ser registrado um comentário, identificando a autoria
de quem comentou e desta maneira, criando um relatório as
informações/decisões.
Disponível em: https://biminformation.blog/2017/02/01/bcf-bim-collaboration-
format/. Acesso em: 30 out. 2018.

A comunicação é feita por uma ferramentas de detecção de conflitos que identifica


os conflitos posicionados em uma determinada coordenada 3D, associa uma
posição da câmera que melhor exibe essa condição e, em seguida, acrescenta qual
a ação que deve ser tomada, identificada pelas partes envolvidas. Esses dados são
extraídos em um arquivo BCF.

Os relatórios podem conter anotações, textos e imagens extraídas do modelo


virtual, em que é possível vincular os elementos do modelo e, por meio do arquivo
BCF, levar para outros softwares, nos quais os projetistas poderão visualizar todas
os problemas detectados em seu próprio software nativo, facilitando o processo
de alterações solicitadas e compatibilização de disciplinas.

O BCF pode ser utilizado em softwares de coordenação – como será visto na próxima
unidade – e em softwares de modelagem, por meio da instalação de plugins.

2.4. BCF na prática


Neste tópico, vamos entender passo a passo como funciona a comunicação entre
modelos BIM por meio de arquivos BCF.

Para começar, foram abertos arquivos no formato IFC de arquitetura e estrutura


no software Tekla BIMsight (veremos suas principais funções na Unidade III). Os
arquivos utilizados foram os projetos de exemplo disponíveis no site BIM Collab
(disponível em: https://www.bimcollab.com/en/Support/Support/Downloads/
Examples-templates. Acesso em: 29 nov. 2018).

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Figura 22. Arquivo IFC aberto no Tekla BIMsight.

Fonte: elaborada pela autora.

Em seguida, foi executada a checagem de conflitos entre as duas disciplinas, no


campo “conflit checking”, como visto na figura 23.

Figura 23. Checagem de conflitos gerada pelo Tekla BIMsight.

Fonte: elaborada pela autora.

Uma lista de conflitos é automaticamente gerada e é possível selecionar um deles e


configurar para que só os elementos envolvidos no conflito fiquem aparentes no
comando “show only” (figura 24).

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Figura 24. Visualização de um único conflito.

Fonte: elaborada pela autora.

Em seguida, na aba Notes, foi criada uma nota na qual a imagem atual da tela
é automaticamente atrelada. Na nota, é possível adicionar comentários, tags
(dizendo a qual disciplina se refere, por exemplo) e outras imagens do modelo
(figura 25).

Figura 25. Criação de anotações.

Fonte: elaborada pela autora.

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UNIDADE iI | Interoperabilidade no processo BIM

Após a criação de todas as notas necessárias – que podem ser desde comentários
sobre os conflitos encontrados automaticamente até comentários sobre alterações
conceituais de projeto –, elas podem ser exportadas para um arquivo BCF (figura
26).

Figura 26. Exportação para um arquivo BCF.

Fonte: elaborada pela autora.

Assim, foi gerado um arquivo .bcf contendo todas as informações que foram
inseridas nos comentários, inclusive as imagens e a localização do conflito no
modelo.

Agora, vamos supor que quem gerou esse relatório de comentários BCF no Tekla
BIMsight foi o coordenador de projetos, e essa correção deve ser atendida pelo
projetista de arquitetura que desenvolveu o seu projeto no Revit.

Esse arquivo BCF é compartilhado com o projetista de arquitetura que, após


baixar o plugin BCF Manager, para Revit, consegue abrir o arquivo BCF em seu
programa nativo (Revit).

Os plugins que permitem a visualização de arquivos BCFs em programas


nativos, como o Revit ou ArchiCAD, podem ser baixados no site da BIM Collab,
disponível em: https://www.bimcollab.com/en/Support/Support/Downloads.
Acesso em: 29 nov. 2018.

Com o visualizador de BCF instalado, foi aberto o arquivo nativo de arquitetura no


Revit (.rvt) e importado o arquivo BCF gerado no Tekla BIMsight (figura 27).

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

Figura 27. BCF gerado no Tekla BIMsight.

Fonte: elaborada pela autora.

O BCF Manager, dentro do Revit, mostra os comentários exatamente como foram


feitos no Tekla e te mostra no modelo onde o conflito está localizado, facilitando
encontrar em que o projeto deve ser corrigido.

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Capítulo 3
COORDENAÇÃO DE PROJETOS EM BIM

Tópicos abordados no Capítulo 3:

» contratação de projetos em BIM;

» nível de desenvolvimento – LOD;

» matriz MEA.

3.1. Contratação de projetos em BIM


Como vimos anteriormente, o BIM não significa apenas uma mudança de software
ou de treinamento das equipes para utilizá-lo. O BIM é uma mudança em todo o
processo de projeto.

A implementação do BIM não é escopo desta disciplina, mas é importante entender a


complexidade das mudanças que são necessárias para sua implementação.

Um dos pontos mais importantes para que se tenha sucesso na implementação


do BIM, principalmente na comunicação e colaboração entre os envolvidos, é a
elaboração dos contratos das empresas que trabalharão com BIM.

O processo de projeto BIM, quando bem executado, é feito em simultaneidade


e com a colaboração de todos os envolvidos. O processo sequencial de entrega
por etapas (estudo preliminar, anteprojeto, projeto executivo etc.) não faz mais
sentido nesse tipo de contratação. Então, como acordar o que será entregue por
cada disciplina?

Para que não haja divergências entre as disciplinas, é essencial que se defina no
contrato quais parâmetros devem ser entregues por cada disciplina, qual nível
de detalhamento do modelo deve ser entregue e quando. Vamos entender como
funciona a definição desses requisitos.

3.2. Nível LOD


Level of Development (LOD), ou nível de desenvolvimento, tem o objetivo de dizer
a quantidade de informação confiável no modelo, referente a informações
que já podem ser extraídas. A proposta é evitar que usem informações do
modelo que ainda não estejam finalizadas. A informação que entra no modelo

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

não necessariamente já está pronta para ser extraída e utilizada pelos outros
participantes, por isso a necessidade de se definir o nível LOD para se saber quais
parâmetros podem ser extraídos do modelo e quando.

Os LOD são aplicados a componentes, e não generalizados ao modelo todo, pois


nem sempre temos o interesse de ter todos os componentes no mesmo nível de
detalhamento.

Agora, vamos entender as informações que devem constar no componente em


cada nível de desenvolvimento. A numeração escolhida para cada LOD é bem
espaçada uma da outra para que possam ser criados níveis intermediários entre
os padrões pré-existentes, como veremos a seguir.

Quadro 3. Nível LOD.

Nível LOD Imagem representativa Descrição

O elemento é representado graficamente no modelo com símbolos, textos ou


100 outra representação genérica. As informações relativas ao elemento podem
ser derivadas de outros elementos modelados.

O elemento deve ser representado com geometrias, formas, dimensões, quantidade


200
e locação aproximadas.

Neste nível, os elementos devem conter informações definidas (dimensão, forma,


300
posição etc.).

400 Nível de fabricação, montagem e instalação.

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UNIDADE iI | Interoperabilidade no processo BIM

Nível LOD Imagem representativa Descrição

500 As built, elementos com as informações verificadas em obra.

Fonte: elaborada pela autora. Fonte das imagens: BIM Forum, 2018.

Saiba mais sobre o LOD no manual criado pela BIM Fórum – organização
dos Estados Unidos de disseminação dos padrões colaborativos em BIM –
disponibilizado como leitura complementar. A BIM Fórum considera ainda o
nível LOD 350, que, além das especificações do LOD 300, incluem também as
informações dos fabricantes.

3.3. Matriz MEA


Bom, já sabemos como classificar os objetos por níveis de detalhamento, mas o
coordenador de projetos deve especificar também, no contrato, quem entregará
cada componente do modelo e quando.

Para isso, é essencial elaborar a matriz Model Element Author (MEA) – Autor
dos Elementos do Modelo, em tradução livre da autora.

Com a matriz MEA, define-se quais componentes serão entregues, qual o nível de
detalhamento (LOD), quem é o responsável e quando serão entregues.

Veja exemplo abaixo.

Quadro 4. Matriz MEA.

Desenvolvimento Orçamento Construção


Elementos do modelo
LOD MEA LOD MEA LOD MEA
INTERIORES
Elementos construtivos
Divisórias 100 ARQ 200 ARQ 400 ARQ
Portas internas 100 ARQ 300 ARQ 400 CAI
Escadas
Construção da escada 200 EST 300 EST 400 EST
Acabamentos da escala 100 ARQ 200 ARQ 300 ARQ

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Interoperabilidade no processo BIM | UNIDADE iI

Desenvolvimento Orçamento Construção


Elementos do modelo
LOD MEA LOD MEA LOD MEA
Acabamentos
Acabamentos das paredes 100 ARQ 200 ARQ 300 ARQ
Acabamentos dos pisos 100 ARQ 200 ARQ 300 ARQ
Fonte: adaptado de https://bim.natspec.org/images/NATSPEC_Documents/NATSPEC_BIM_LOD_Paper_131115.pdf.

Na primeira coluna, temos a lista de todos os elementos que devem ser entregues
no modelo.

Nas colunas seguintes, são definidos os marcos de quando cada elemento deve
ser entregue. Exemplo: planejamento, concepção, desenvolvimento, orçamento,
fabricação, construção, operação, entre outros.

Em cada marco, define-se em qual o nível de desenvolvimento (LOD) devem estar


os elementos – e não o modelo como um todo – e quem é o responsável pela
entrega (estrutura, arquitetura, caixilharia etc.).

Na elaboração e compartilhamento da Matriz MEA logo no início da contratação


dos projetistas é essencial que não haja lacunas nem retrabalhos no escopo de cada
um, assim como no planejamento e no controle dos modelos pelo coordenador de
projetos.

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REFERÊNCIAS

ABAURRE, M. W. Modelos de contrato colaborativo e projeto integrado para


modelagem da informação da construção. São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.
teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-14122014-112835/publico/Dissertacao_Mariana_
Wyse.pdf. Acesso em: nov. 2018

ANDRADE, M.; RUSCHEL, R. Interoperabilidade de aplicativos BIM usados em arquitetura por


meio do formato IFC. Gestão & Tecnologia de Projetos, vol. 4, n. 2, 2009.

ASHKENAS, R. There’s a Diference Between Cooperation and Collaboration – Harvard


Business Review. Abril, 2015. Disponível em: https://hbr.org/2015/04/theres-a-difference-between-
cooperation-and-collaboration. Acesso em: nov. 2018.

BELMIRO, T. (organizadora); GASPAR. J. (autor do capítulo “O papel do BIM ‘Building


Information Modeling’ na gestão dos processos de projeto e obra”). Bússola de gestão para
construção civil. Rio de Janeiro, 2018.

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https://bimnapratica.com/blog/interoperabilidade-em-bim. Acesso em: out. 2018.

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