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multidisciplinar
Palestrantes:
Representantes do grupo de integração dotBIM:
Arq. Flávia Maritan - flavia@hypestudio.com.br
Eng. Cícero Rodrigues Sallaberry - cicero@projetabim.com.br
Descrição da classe
Demonstrar como o desenvolvimento de um projeto de forma colaborativa, no qual os profissionais de
diferentes disciplinas realizam de maneira integrada um único projeto, pode gerar inúmeros benefícios.
Com todos os projetistas reunidos desde o início da concepção do projeto, é possível um fluxo mais
produtivo e assertivo, definindo premissas importantes para a sequência do trabalho e o melhor
aproveitamento do modelo.
Objetivo de aprendizado
Ao final desta palestra você terá condições de:
● Apresentar as metodologias e ferramentas empregadas no desenvolvimento do projeto.
● Conhecer boas práticas para integração eficiente de modelos BIM.
● Demonstrar que é possível desenvolver um modelo rico em informação na prática de mercado.
Sobre o Palestrante
O dotBIM é um grupo de empresas e profissionais com experiência em BIM que objetiva
compreender e aprimorar a integração das diferentes disciplinas que compõem um projeto.
O grupo é composto por empresas e profissionais que atuam em BIM no mercado da
construção civil há mais de 5 anos: Arquitetura | Hype Studio; Estrutura | Simon Engenharia;
Modulação | Gobbato Arquitetura; Hidrossanitário e Elétrico | Filippon Engenharia; HVAC |
Engemestra; PPCI | ProjetaBIM; Compatibilização | ProjetaBIM, Planejamento | Tobias Rosa e
ProjetaBIM, Orçamentação | Marcio Antonius.
1. Introdução e apresentação
No ano de 2015, a Hype Studio convidou profissionais e empresas do mercado do RS com
ampla experiência em BIM com o intuito de, em conjunto e de forma integrada, criar um grupo
de trabalho e obter o potencial máximo do BIM. As empresas/profissionais envolvidos no grupo
representam os diversos atores envolvidos no ciclo de vida de um empreendimento imobiliário
e tem o objetivo comum de demonstrar ao mercado o real valor de um modelo BIM.
Justificativas do projeto/grupo
• A busca por aproveitar todas as esferas do BIM;
• Falta de integração entre projetistas que trabalham em BIM;
• Desenvolvimento do modelo sem a participação da Construtora;
• Construtora não conhece os benefícios do BIM integrado a todo ciclo de vida da edificação.
Hype Studio
Somos um escritório de arquitetura com sede em Porto Alegre que atua há uma década no
mercado desenvolvendo projetos das mais variadas tipologias e escalas. Foi com o intuito de
agregar precisão e qualidade técnica aos projetos que em 2012 decidimos assumir o desafio da
implantação do BIM. Hoje a modelagem da informação, associada a ferramentas de gestão de
projetos, traz grandes benefícios para o nosso processo de projeto. No momento estamos
investindo na inclusão de mais informação no modelo e na integração com as demais
disciplinas de um projeto. Fazem parte do nosso portfólio de modelos BIM projetos de
arquitetura que variam de 200 a 70.000m². Dentre os projetos do escritório, destaca-se o Beira
Rio, Estádio-sede da Copa do mundo de 2014 em Porto Alegre/RS.
Simon Engenharia
Em 2012, na busca por um modelador gráfico para estruturas pré-moldadas e metálicas,
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Gobbato Arquitetura
Desenvolvemos a concepção e desenvolvimento de projetos de vedações em alvenaria
racionalizada e drywall, além de detalhamento executivo de obra, compatibilização e
coordenação.
A empresa iniciou, a partir de 2014, a implantação da tecnologia BIM no desenvolvimento de
seus projetos. Atualmente, 100% da produção é realizada, desde o início, na plataforma Bim
(Revit), o que tem nos garantido retornar aos clientes nossos projetos com grande exatidão e
em um curto espaço de tempo. Este processo nos proporciona excepcional agilidade na
documentação de desenhos técnicos e levantamento de dados fundamentais para o
planejamento e gestão das obras.
Filippon Engenharia
Iniciou a implantação do BIM para projetos elétricos e hidrossanitários em 2013. Iniciamos pelo
hidrossanitário devido à disponibilidade do Template da Tigre, na etapa inicial, modelávamos a
arquitetura e estrutura que recebíamos em formato CAD, este processo foi logo abandonado,
quando passamos a projetar diretamente sobre as plantas CAD. Junto com a mudança de
estratégia, passamos a trabalhar com arquivos IFC provenientes dos projetos estruturais, oque
nos permitiu aprimorar os projetos desenvolvidos e iniciar o uso de ferramentas de
compatibilização. Neste momento já estávamos criando projetos elétricos também. A partir de
2015, passamos a receber arquitetura em formato RVT, o que nos permitiu aprimorar nosso
processo de projeto.
Engemestra
Em 2014 decidimos implantar o REVIT, porque dentre outros softwares era o que atendia
nossas necessidades de modelagens e cálculos. No início procurávamos muito por famílias
prontas. Logo concluímos ser melhor criar as próprias famílias, pois seria mais vantajoso e
traria um resultado mais confiável.
Investimos muito tempo e esforço para criação de um template que hoje nos permite
projetar/modelar 100% dos novos projetos, existindo ou não um modelo da arquitetura, realizar
revisões de forma organizada e objetiva por meio de tabelas e extrair documentação
padronizada.
Projeta BIM
A ProjetaBIM atua desde 2013 na busca de soluções práticas e inovadoras para os principais
problemas da construção civil. Através do planejamento e compatibilização de projetos, a
empresa busca reduzir as alterações onerosas e os atrasos imprevistos no cronograma da
obra, possibilitando a antecipação de erros. Construindo virtualmente o empreendimento,
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2. Mapeamento do processo
Plano de execução BIM - “Mandate”
A elaboração de um plano de execução BIM foi um dos primeiros passos do grupo. Este
documento visa: definir e identificar as equipes; descrever os objetivos e as expectativas;
estabelecer os processos de colaboração; definir os usos e o controle de qualidade dos
modelos; identificar os requisitos dos modelos BIM; desenhar o fluxo de trabalho e os marcos
das atividades; apresentar os produtos extraídos dos modelos BIM (entregáveis); estabelecer
normas e padrões, garantindo que todas as equipes trabalhem com plataformas compatíveis e
que os dados estejam em conformidade com os objetivos do uso dos modelos.
Entendemos que este item é muito importante para o sucesso do desenvolvimento de modelos BIM. A
definição dos usos dos modelos permitiu a definição do que deve ou não ser modelado, de que forma e
em que momento e o amadurecimento destas informações ao longo do processo.
Entre os usos dos modelos desenvolvidos para o dotBIM destacamos: modelagem 3D, coordenação 3D,
análise de engenharia, planejamento da ocupação do canteiro, projetos de sistemas construtivos,
controle e planejamento 3D, planejamento de etapas da construção 4D e orçamentação 5D.
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Com a criação de uma tabela, a qual batizamos de “explosão da obra”, foi possível identificar o
conteúdo não gráfico dos modelos para cada estágio e uso dos modelos.
Cada disciplina completou a tabela com as informações das quais necessitava e/ou
considerava importantes na comunicação e colaboração entre os modelos. Após o
preenchimentos destes requisitos, cada disciplina adicionou em seus elementos (nas suas
famílias) os parâmetros necessários para que as informações fossem extraídas.
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A definição dos requisitos de desenvolvimento dos modelos foi dividida em 5 etapas. Estas
etapas estão apresentadas no item de fluxo de trabalho deste documento.
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O fluxo abaixo foi desenvolvido pelo grupo de forma a abordar o processo de trabalho BIM.
Dividido em 4 linhas, indicando: as entradas de informações (documentos como atas,
contratos, normas, etc), as entradas de modelos (arquivos modelados por softwares BIM, no
caso o Autodesk Revit), o processo do projeto e as saídas de informações (modelos ou
documentos).
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A partir da análise do fluxo de trabalho com integração BIM foi possível perceber o grande
contraste em relação ao fluxo tradicional. Baseado na curva de MacLeamy observamos que,
conforme o projeto avança, o custo de realizar mudanças aumenta e a habilidade da equipe
impactar nesse custo é menor.
A antecipação das decisões, definições e integração das equipes envolvidas é um dos itens
mais importantes para o desenvolvimento de modelos BIM. A maior parcela de esforço é
percebida na Etapa 02, onde se desenvolve os modelos e a integração entre as disciplinas.
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3. Boas práticas
Algumas questões que serão comentadas na sessão:
● Nomenclatura dos arquivos, por que? Por que definir a versão do software utilizado?
● Como cada disciplina coordena os modelos e os níveis?
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● O que fazer com os pilares da arquitetura para não duplicarem com os pilares da
estrutura?
● Quem marca/ indica os pontos de elétrica e hidráulica? Arquitetura ou
Instalações?
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