Você está na página 1de 6

ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina/Turma: Transformação Digital-0623-6 MBA_TDMBAEAD-24_05062023_6

Estudante: Filipe Gaudenci Marcondes Ferraz

1. Introdução

Para nossa análise e desenvolvimento do trabalho em questão, será utilizada a


empresa 3A Engenharia Estrutural, sendo essa uma empresa de projetos estruturais,
localizada no interior do estado de São Paulo. A empresa foi fundada por três amigos
engenheiros civis calculistas que já trabalhavam em outros escritórios de cálculo
estrutural, porém estavam buscando novos desafios. Com isso, a proposta do
trabalho diz respeito à processos em BIM (Building Information Modeling), que é uma
tendência técnologica muito forte dentro do ramo de construção civil, buscando
sempre a otimização de processos e custos para o cliente final.
O BIM, em português Modelagem da Informação da Construção, é uma metodologia
de digitalização e padronização, que visa tornar os projetos mais enxutos e lucrativos,
sendo uma solução já utilizada em larga escala em países mais desenvolvidos, como
Estados Unidos e Reino Unido. É uma tecnologia que acompanha a obra em todo o
seu cliclo de vida, seja antes, durante e até mesmo depois da construção,
conseguindo prever problemas com mais facilidade, já que é uma ferramente de
gestão de informações.
Dito isso, a proposta desse trabalho é a de implementar de forma mais forte as
soluções em BIM dentro do escritório e conseguir atingir os principais clientes
(construtoras e incorporadoras do Brasil). Para isso, será necessário a
implementação de programações com o intuito de automatizar os processos entre os
softwares utilizados para a realização de um projeto estrutural.

2. Objetivos estratégicos

1
Os principais objetivos estratégicos seriam os listados abaixo:

 Otimização de processos dentro do escritório, ou seja, ganhar produtividade


por parte da equipe, pois com processos automatizados por meio de
programações, conseguimos realizar mais etapas em menos tempo;
 Gerar ainda mais valor para o cliente, ou seja, conseguir entregar um
produto que ao chegar na obra seja de mais fácil interpretação e
consequentemente mais fácil execução, o que com certeza irá gerar mais
produtividade e ganhos financeiros para nossos clientes.

3. Liderança e cultura organizacional

Para que o projeto da transformação digital seja viável é necessário que a


empresa esteja estruturada, tanto com as pessoas, como processos e tecnologia.
Dito isso é de suma importância que a liderança da empresa esteja aberta aos
desafios e com consciência que podem ocorrer erros, por isso é necessária uma
tolerância maior com os mesmos, pois é um processo que visa ganho no futuro.
Além disso, é necessário que a liderança esteja aberta para gastos iniciais com
softwares, equipes de inovação e contratação de um BIM Manager (profissional
capacitado e com experiência na área de atuação).
Quanto à cultura organizacional, é necessário que todos os colaboradores estejam
abertos às novas tendências de softwares, como por exemplo a utilização do
Revit, que é uma ferramenta totalmente diferente da utilizada no dia a dia de um
escritório convencional de cálculo estrutural, sendo esse um software de
visualização 3D, diferente do TQS que é um software mais voltado para o 2D e
para a realização dos cálculos estruturais. Além disso, é necessário que as
equipes tenham de forma clara os objetivos de cada um, e que estejam

2
preparadas para os erros e que consigam crrigí-los de forma mais breve possível.
Como sugestão para conseguir implementar esse sistema, seria o de escolher
uma equipe como focal point, ou seja, iniciaríamos um MVP de implementação
com essa equipe, extraíndo o máximo possível de aprendizado, para aí sim
começar a dissiminiar o conhecimento para as outras equipes do escritório.

4. Funções e competências

Para que o projeto de transformação digital consiga ser realizado é necessário que
cada mebro tenha as funções e competências mínimas exigídas, sendo:

 Liderança – organizar e gerir os processos de implementação, assim como


dar respaldo para toda a equipe do MVP e controlar os gastos. É
importantíssimo que os líderes tenham a competência em gerir processos e
pessoas;
 Equipe de inovação – implementar, em parceria com o BIM Manager,
ferramentas e plugins que conectem o TQS ao REVIT, transformando assim
a realidade dos projetos em BIM. É importantíssimo que a equipe de
inovação tenha a competência para gerir as tecnologias envolvidas;
 BIM Manager – dar o suporte e as diretrizes para os desenvolvimentos dos
plugins e ferramentas, assim como treinamentos para a equipe do MVP. É
importantíssimo que o BIM Manager tenha a competência de gerir as
pessoas da equipe MVP e as tecnologias BIM envolvidas;
 Equipe MVP – Assistir aos treinamentos, para desenvolver as competências
necessárias para colocar em prática a utilização das ferramentas e plugins
desenvolvidos.
Cada setor acima mencionado é importante para a boa implementação da
transformação digital, portanto é necessário que todas as partes estejam
envolvidas e engajadas no desenvolvimento.

5. Infraestrutura

A Transformação Digital acontece quando encontra liderança engajada, equipe


engajada, processos, recursos e ambientes que habilitam a inovação
(SCHWEITZER, 2021). Dessa forma a infraestrutura da empresa como um todo é
atingida, sendo necessário modificar os softwares que antes eram utilizados,

3
implementando melhores computadores para conseguir realizar o processamento
dos modelos 3D, que são bem mais pesados que os modelos tradicionais geridos
apenas no TQS. É necessário a aquisição de licenças de REVIT, ou seja,
implementar altos investimentos, assim como novas contratações, como por
exemplo do BIM Manager, já dito anteriormente.
Além de toda a transformação em questões materiais, faz-se necessário mudar a
metodologia da realização dos entregáveis para os clientes, com isso, é
necessário que a equipe MVP mude a forma de projetar, pensando agora em
modelos mais refinados e interligados com as outras disciplinas (arquitetura,
instalações, fundações, etc), com isso é preciso estudar e estar 100% engajados
nesse processo contínuo de melhoria.

6. Modelo de negócios

Basicamente, modelo de negócio é como planejamos monetizar o negócio


propriamente dito, incluindo premissas a respeito de concorrentes, clientes,
mercado e estratégia. Dessa forma, notamos que existe um gap dentro do setor
com um potencial muito grande de ser preenchido e de se tornar um diferencial
comparado aos concorrentes, uma vez que a utilização do BIM, agregará valor
ainda maior aos projetos e consequentemente ao nosso cliente, uma vez que a
utilização de BIM na construção civil reduz em cerca de 10% do custo total da obra
(ABDI), além de reduzir custos com insumos.
Com isso, nosso modelo de negócio será pautado na oportunidade de fazer o
diferente dentro do nicho de cálculo estrutural, visando atender as dores do cliente
final e agregar valor, uma vez que o BIM melhora alguns aspectos, como:
orçamentos mais precisos, aumento na produtividade, potencialização da
interação entre projetos, antecipação de problemas de compatibilização, o que
melhora a execução da obra e maior controle e rastreabilidade de materiais e
insumos.

7. Tecnologias e canais digitais

4
Nossas tratativas de venda dos projetos ainda são feitas por meio de contato
direto entre a equipe comercial e as construtoras/incorporadores, porém, com o
intuito de divulgar nossa implementação do BIM, utilizaremos de canais digitais,
como postagens em nossa conta no instagram e canal do youtube, além de
fornecer para os clientes algumas pré-vendas dos projetos, que nada mais são
que estudos prévios, antes do fechamento do contrato, para que os mesmos
possam se inteirar e entender o processo. Além disso, vamos até os clientes
apresentar nosso método de modelagem, através de reuniões, podendo essas ser
de forma remota, que alcança clientes de vários lugares do Brasil. Dessa forma
estaremos divulgando nossa nova tecnologia para os potenciais clientes, o que
com certeza irá agitar o mercado de projetos estruturais, mostrando um diferencial
nessa área tão “travada”.

8. Conclusão

Com a implementação da transformação digital, por meio da utilização do


processo BIM, estamos visando atender uma dor dos nossos clientes, que seria a
otimização de custos e prazos em suas obras. Fica claro que para ocorrer a
mudança é necessário que toda a equipe esteja engajada e remando no mesmo
sentido, pois qualquer mudança gera dificuldades e erros, porém com todo o time
no mesmo sentido, os resultados serão alcançados com maior rapidez e
qualidade.
Podemos concluir então, que a transformação digital veio para somar, porém a
implementação da mesma deve ser de forma gradativa e estruturada, para que
nas primeiras dificuldades não seja abortada e trazida novamente para os
métodos convencionais. Além disso, é nítido, principalmente na área da
construção civil, que é uma área mais tradicional, que a mudança trazida pelas
transformações digitais só tende a agregar e melhorar o fluxo de obras, além de
racionalizar e minimizar os gastos, uma vez que quanto menor os gastos com
obra, menor será o custo para um comprador final.

5
9. Referências

BRANISSO, Diana Sinclair P. Transformação Digital.


A TECNOLOGIA BIM E SEUS BENEFÍCIOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL.
Cogic, 2020. Disponível em: https://www.cogic.fiocruz.br/2020/05/a-tecnologia-
bim-e-seus-beneficios-para-a-construcao-civil/ . Acesso em: 07 de julho de 2023.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL: COMO TRAZER
INOVAÇÕES PARA O SETOR. Layer UP. Disponível em:
https://layerup.com.br/transformacao-digital-na-construcao-civil/. Acesso em 08 de
julho de 2023.

Você também pode gostar