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A) Curva ideal:
O SCR ideal se comporta como uma chave que funcionará bloqueada ou aberta
(não conduzindo energia) enquanto não receber um sinal de corrente de gatilho.
Esse bloqueio ocorre tanto na polarização direta quanto na polarização reversa
Quando polarizado diretamente, após o disparo, o SCR ideal conduz correntes
infinitas sem queda de tensão em seus terminais e sem perdas de energia (efeito
Joule) e, se fosse polarizado reversamente, poderia suportar tensões reversas
infinitas
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B) Curva real:
O SCR real tem limitações de bloqueio tanto de tensão direta quanto de tensão
reversa e, quando bloqueado, apresenta uma pequena corrente
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A tensão VAK de disparo será menor quanto maior for a corrente de gatilho (IG).
Isso ocorre até o limite em que IG = IGT (corrente de gatilho com disparo). IGT é a
mínima corrente de gatilho que garante o disparo do SCR com tensão direta de
condução (VT), isto é, o SCR funcionaria como se fosse um diodo na polarização
direta. Obs.: VT 1,5 V
Para que o SCR permaneça em condução, é necessário que a corrente de anodo
atinja um valor mínimo, no qual ele é chamada corrente de disparo (IL – latching
current). Se este valor não for atingido, o SCR voltará ao bloqueio
Após o disparo e o estabelecimento da condução, a corrente de gatilho poderá
ser removida. O SCR somente será bloqueado se a corrente no anodo (IA) cair
abaixo de um valor de corrente de manutenção (IH – holding current), ou se VAK
for negativo
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Potencial do catodo positivo com relação ao anodo
J2: polarizado diretamente
J1 e J3: polarizado reversamente
IR: corrente de fuga reversa
Desligado (OFF): bloqueio reverso
Quando polarizado diretamente (CH1 fechada), pelo SCR ainda não é possível
fluir uma corrente elétrica (IA), pois J2 estará reversamente polarizada
Se a chave CH2 é fechada, será aplicado um pulso de gatilho aumentando a
corrente na base T2 (IB2). Isso fará com que a corrente no coletor (IC2) também
aumente. Como IC2 é igual à corrente de base de T1 (IB1) o aumento dessa
corrente provocará um aumento na corrente do coletor de T1 (IC1). Como o
coletor de T1 está conectado com a base de T2 , um aumento de IC1 acarretará um
aumento de IB2, e assim, sucessivamente. Esse processo implica em uma
realimentação positiva, onde as correntes irão aumentando até que os dois
transistores saturam. Com a saturação os transistores ficam como curto-
circuitados e a tensão da fonte VA é aplicada praticamente na carga (RL)
Após a saturação, a corrente de um transistor mantém o outro saturado, por isso
a corrente de gatilho poderá ser retirada e o SCR continuará a conduzir mesmo
sem pulso no gatilho
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6.5 Modos de disparo
A) Corrente de gatilho:
Forma normal de disparo do SCR quando estiver polarizado diretamente (VA >
VK ou VAK > 0). Um pulso de corrente de gatilho (IG) leva o SCR à condução.
Quanto maior for IG, menor será a tensão de bloqueio direta para que o SCR
passe ao estado de condução. O pulso no gatilho polariza diretamente o
“segundo diodo” possibilitando a condução
O SCR continuará conduzindo enquanto existir corrente entre o anodo e catodo
(IA). Caso IA seja extinta, o SCR ficará cortado (bloqueado) e precisará de uma
nova corrente de gatilho para entrar novamente em condução
Se o SCR for polarizado reversamente (VA < VK ou VAK < 0), permanecerá
bloqueado, mesmo se for aplicado um pulso no seu gatilho
Na junção PN entre o gatilho e o catodo existe uma tensão de aproximadamente
0,7 V, assim, a tensão de disparo (VGK) necessária para proporcionar a corrente
de disparo (IG) será:
VGK RG I G 0, 7
Após o disparo, o SCR não entrará em condução caso a corrente de gatilho (IG)
for suprimida antes que a corrente de anodo (IA) atinja um valor denominado
corrente de retenção (IL – latching current)
Após a condução, retirando-se a corrente de gatilho (IG), o SCR permanecerá
neste estado se a corrente de anodo (IA) for maior ou igual à corrente de
manutenção (IH – holding current), caso contrário ele entrará em bloqueio
Obs.:
IL IH IL 2 IH
IL e IH diminuem com o aumento da temperatura e vice-versa
B) Sobretemperatura:
O aumento da temperatura promove o surgimento de maior número de
portadores minoritários, provocando um aumento na corrente de fuga, o que
poderá levar o SCR à condução
C) Sobretensão:
O aumento da tensão de polarização direta (VAK) faz com que os portadores
minoritários, que compõem a corrente de fuga da junção J2 (polarizado
reversamente), sejam acelerados e atinjam uma energia tão grande que
provocam a avalanche. Esses elétrons em movimento fazem com que se forma
uma considerável corrente de anodo, estabelecendo-se a realimentação entre os
dois transistores o que mantém o SCR disparado
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Obs.: para IG = 0 (gatilho aberto), a tensão na qual o SCR passa ao estado de
condução é denominada de tensão de breakover (VBO) – tensão de disparo
Quando a chave CH1 é ligada, apesar de não haver pulso no gatilho, o efeito da
capacitância na junção fará circular uma corrente de gatilho de intensidade
considerável (devido a que dv dt ser elevada), suficiente para estabelecer o
processo de realimentação e fazendo com que o SCR entre em condução
Como este tipo é indesejável, ele pode ser evitado pela implementação de um
circuito de proteção denominado snubber, colocado em paralelo com o SCR:
E) Luz ou radiação:
Quando algum tipo de radiação eletromagnética (luz, raios-X, raios-) ou não (
, , nêutrons etc), penetra sobre uma janela adequadamente colocada no
SCR, fará com que apareçam maior quantidade de pares elétron-lacuna,
aumentando, assim, a corrente de fuga. Com o aumento dessa corrente se
estabelecerá a realimentação e o SCR poderá entrar em condução
Um SCR com esta adaptação é denominada LASCR (light silicon controlled
rectifier)
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6.6 Bloqueio ou comutação
A) Comutação natural:
Para que o SCR entre em bloqueio, a corrente de manutenção IH cai a um valor
de cerca de 1000 vezes o valor da corrente nominal do dispositivo
Em um circuito de C.A., quando a corrente passa pelo zero proporciona o
bloqueio do SCR
Exemplo: bloqueio pelo zero da rede
B) Comutação forçada:
Consiste no desvio da corrente de anodo (IA) por um caminho de menor
impedância, ou, na aplicação de uma tensão reversa
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Se somente a chave CH1 estiver fechada, a lâmpada estará energizada e o SCR
diretamente polarizado. Contudo, ele não conduzirá porque não há corrente de
gatilho e a lâmpada ficará apagada
Fechando-se a chave CH2, uma pequena corrente circulará por R1 e alimentará
o gatilho do SCR o qual dispara e faz acender a lâmpada. Após o disparo a
chave CH2 poderá ser aberta sem que a lâmpada se apague
Se a chave CH3 for fechada, ela curto-circuitará o SCR, a corrente no SCR deixa
de circular e ele entrará em bloqueio. Porém, a lâmpada ainda permanecerá
acesa, já que está diretamente alimentada pela fonte e CH3 está fechando o
circuito. Com o SCR bloqueado, ao abrir a chave CH3 a lâmpada apagará, sendo
novamente acesa quando houver uma nova corrente no gatilho através de CH2
Após a carga total do capacitor ( t 10 ) a chave CH1 poderá ser aberta sem
que SCR bloqueie e a lâmpada apague
No final do processo de carga, a placa do capacitor carregada negativamente está
ligada ao terminal de anodo (A) do SCR
Ao fechar a chave CH2, o capacitor á automaticamente ligado em paralelo ao
SCR (pois o catodo está aterrado) e impõe a ele uma tensão reversa, bloqueando-
o
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6.7 Características dinâmicas
A) Disparo:
B) Bloqueio:
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LP representa uma indutância parasita que influencia no decaimento de IAK
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SCRs de pequenos portes, com baixas correntes de manutenção (IH), podem ser
testados com multímetros na função de ohmímetro (com a utilização da sua
bateria interna)
Os testes podem ser realizados na seguinte seqüência:
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Obs.: 1) “Funcionamento duvidoso”: talvez a corrente fornecida pelo ohmímetro não
seja suficiente para atingir IH
2) Deve-se ter o cuidado para não energizar o gatilho com um nível de tensão
que possa danificar o dispositivo
6.9 O SCR em AC
Obs.: Características do TIC 116B: IGT = 20mA; VAK = 6VDC este SCR precisa de
20mA de IGT para que haja um disparo quando VAK for 6V
Com a CH1 aberta, o SCR estará em bloqueio direto e não haverá corrente pela
carga (lâmpada apagada)
Com CH1 fechada, no início do semiciclo positivo, a junção gatilho-catodo, que
funciona como um diodo diretamente polarizado, curto-circuita R2 fazendo com
que a tensão da rede atinja um valor suficiente para disparar o SCR. A partir
desse momento ele conduzirá e acenderá a lâmpada
A tensão mínima da rede para que isso ocorra será:
vREDE
IG (R2 em curto)
R1
vREDE R1 I G vREDE 180 20mA vREDE 3, 6V
Portanto, entre 3,6 e 6V a corrente necessária será atingida para disparar o SCR
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Obs.: (1) condução do SCR
(2) bloqueio do SCR
Vef2
Como a potência fornecida à lâmpada em CA é: PL em meia-onda o
R
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1 V
quadrado do valor eficaz da tensão aplicada à carga cai à metade PL ef
2 R
como a lâmpada é de 100W, a potência real fornecida será de
aproximadamente 50W
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B.2) Carga no lada AC:
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No semiciclo positivo o SCR1 estará bloqueado. Se CH estiver fechada D1
conduzirá e curto-circuitará R2. Como D2 estará aberto haverá uma corrente no
gatilho do SCR2 que dispara no início deste semiciclo
No semiciclo negativo o SCR2 estará bloqueado, D2 conduzirá curto-circuitando
R3 e D1 estará aberto. Portanto, haverá uma corrente de gatilho em SCR1 que
dispara no início deste semiciclo. A potência na lâmpada será de ~ 100W
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Se ocorrer algum degrau de corrente – rápido crescimento da corrente de anodo
(IA) – poderão surgir pontos quentes e queimar o dispositivo por
sobretemperatura
A taxa em que a corrente varia com o tempo ( di dt em A s ) é limitada pela
colocação de uma pequena indutância em série com o SCR, a qual se opõe às
variações bruscas de corrente, amortecendo IA
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Tipos de proteção:
Diodo em série com o SCR ambos os dispositivos
compartilham a tensão reversa
SCR com alto valor de tensão nominal (também com maiores
custos)
Circuito snubber RC em paralelo com a fonte geradora de
sobretensão
Varistor em paralelo com o SCR, o qual fornece um caminho
de baixa resistência para o transitório de tensão
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