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1 Tiristor:
(a) (b)
(a) (b)
Figura 16 – Tiristor. (a) Perfil de dopagem; (b) Estrutura simplificada.
Aula 3: Chaves Semicondutoras de Potência – O tiristor Eletrônica Industrial
A. Princípio de funcionamento
Figura 18 – Modelo dois transistores do tiristor. (a) Estrutura do tiristor; (b) Estrutura dos dois
transistores pnp e npn; (c) Associação correspondente dos transistores pnp e npn.
C. Disparo de um Tiristor
Um tiristor é disparado aumentando-se a corrente de anodo. Isto pode ser
conseguido de cinco maneiras distintas, descritas como segue:
a) Tensão elevada ou sobretensão:
Quando polarizado diretamente, no estado de bloqueio, a tensão de polarização é
aplicada sobre a junção J2. O aumento da tensão VAK para valores maiores que a tensão
de ruptura direta VBO, fluirá uma corrente de fuga suficiente para iniciar o disparo
regenerativo. Esse tipo de disparo pode ser destrutivo e deve ser evitado.
( qJ 2 ) = ( ( CJ 2VJ 2 ) ) = VJ 2 ( CJ 2 ) + CJ 2 (VJ 2 )
d d d d
iJ 2 = (2.26)
dt dt dt dt
Onde CJ2 e VJ2 são a capacitância e a tensão na junção J2, respectivamente.
Se a taxa de crescimento de VAK for grande, a capacitância diminui, uma vez que
a região de transição aumenta de largura. Entretanto, se a taxa de variação da tensão for
suficientemente elevada, a corrente que atravessará a junção pode ser suficiente para
levar o tiristor à condução.
D. Desligamento de um Tiristor
Um tiristor que esteja em condução pode ser desligado pela redução da corrente
direta a um nível abaixo da corrente de manutenção (IH). Existem várias técnicas para o
desligamento de um tiristor que serão discutidas posteriormente. Em todas as técnicas
de comutação, a corrente de anodo é conservada abaixo da corrente de manutenção por
um tempo suficientemente grande, de modo que todos os portadores em excesso nas
quatro camadas sejam eliminados ou recombinados.
Devido às duas junções pn (J1 e J3) as características de desligamento seriam
similares às de um diodo, exibindo tempo (trr) e corrente de recuperação reversa (Irr). A
junção pn (J2) necessita de um tempo, conhecido como tempo de recombinação (trc)
para recombinar o excesso de portadores. Este tempo é função da amplitude da tensão
reversa aplicada sobre o dispositivo. As curvas características de bloqueio para um
circuito comutado pela rede e por um circuito com comutação forçada são mostrados na
Figura 20(a) e 18(b), respectivamente.
O tempo de desligamento tq é a soma do tempo de recuperação reversa trr e do
tempo de recombinação trc. Ao término do bloqueio uma camada de depleção
(a) (b)
Figura 20 – Formas de onda para comutação de tiristores. (a) Comutação de linha; (b) Comutação
forçada.
2 Tipos de Tiristores:
bloqueio.
C. Tiristor de Desligamento pelo Gatilho (GTO)
Um tiristor de desligamento pelo gatilho (do inglês Gate Turn-Off - GTO) pode
ser disparado pela aplicação de um sinal positivo de gatilho. Entretanto, ele pode ser
desligado por um sinal negativo de gatilho. Um GTO é um dispositivo de retenção e
pode ser construído para faixa de tensão e corrente similares àquelas de um SCR. As
principais vantagens do GTO em relação ao SCR são: (1) a eliminação dos
componentes de comutação forçada, para aplicações onde a comutação natural não pode
ser efetuada, resultando em redução dos custos, do peso e do volume do circuito; e, (2)
desligamento mais rápido permitindo operação do circuito em freqüências mais
elevadas.
Em aplicações de baixas potências, os GTOs têm como pirncipais vantagens
quando comparado aos transistores bipolares: (1) capacidade de bloqueio de tensões
mais elevadas; (2) alto ganho em estado de condução.
Um GTO tem baixo ganho durante o seu bloqueio, tipicamente em torno de seis
(6), e requer um pulso de corrente negativo relativamente alto para desligá-lo. Ele
possui quedas de tensão em condução mais altas do que os SCRs.
D. Tiristor de Triodos Bidirecionais (TRIAC)
Um TRIAC pode conduzir em ambos os sentidos e é utilizado em controle de fase
CA (conversores CA-CA). Ele pode ser considerado como dois SCRs conectados em
anti-paralelo com uma conexão de gatilho comum, como mostrado na Figura 21(a). A
curva característica de corrente e tensão de um TRIAC é mostrada na Figura 21(b).
(a) (b)
Figura 21 – Tiristores Triodos Bidirecionais (TRIAC). (a) Diagrama; (b) Curva característica.
disparo para o tiristor será gerada internamente. Com isto este dispositivo apresenta uma
velocidade de chaveamento bem como di/dt e dv/dt elevados.
Este dispositivo pode ser disparado como tiristores convencionais, mas não pode
ser desligado através do controle de porta.
H. Tiristores controlados por MOS (MCT)
Um tiristor controlado por MOS (do inglês MOS Controlled Thyristor) combina
as características de um tiristor regenerativo de quatro camadas e uma estrutura de
gatilho ou de porta MOS. O circuito equivalente é mostrado na Figura 23. A estrutura
npnp do MCT pode ser representada por um transistor npn (Q1) e um transistor pnp
(Q2). A estrutura do gatilho MOS pode ser representada por um MOSFET de canal p
(M1) e um de canal n (M2).Devido a sua estrutura npnp, o anodo serve como terminal de
referência em relação ao qual todos os sinais de gatilho são aplicados. Uma tensão de
gatilho negativa VGA liga o MOSFET de canal p (M1) fornecendo corrente parta o
transistor Q2, colocando o MCT em condução. Um pulso positivo de gatilho VGA desvia
a corrente de excitação da base de Q1, desligando o MCT.
Para valores maiores do que os da corrente controlável, o MCT deve ser
bloqueado da mesma forma que um SCR comum. Caso o controle de gatilho seja
aplicado nestas condições, o dispositivo pode ser destruído.
Um MCT tem baixa queda de tensão direta durante a condução; tempo de disparo
e desligamento rápidos, tipicamente 0,4 µs e 1,25 µs, respectivamente; baixas perdas em
comutação; baixa capacidade de bloqueio de tensão reversa; alta impedância de entrada
de gatilho, o que simplifica consideravelmente os circuitos de excitação.
Aula 3:
1. Desenhe a curva característica de um tiristor e comente as diferenças entre
esta curva e a curva característica de um diodo.
2. Quais são os métodos de disparo de um tiristor. Comente brevemente cada um
deles.
3. O que é tempo de desligamento de um tiristor.
4. Quais são os tipos de tiristores. Comente suas principais características.