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O LIVRO DA LEI

Este ensaio procura abordar e desenvolver um aspecto básico da doutrina


maçônica não apresentado de modo frontal pelos nossos Rituais, qual seja:
A IMPORTÂNCIA DOS TEXTOS BÍBLICOS PARA A COMPREENSÃO E
APROFUNDAMENTO DO ESTUDO DA ÉTICA E DA MORAL MAÇÔNICA

A palavra bíblia (do grego, bíblia, coleção de escritos, plural de biblion),


significa pequeno livro. Com o antigo e novo testamento é o livro sagrado do
cristianismo e apenas o antigo testamento é o livro sagrado dos Judeus. Na
grande maioria das Lojas Maçônicas, entre os povo cristão constitui o volume
do conhecimento Sagrado.

O Landmark número 21, dispõe que, durante os trabalhos de uma oficina, fique
sobre o altar dos juramentos, aberto, o Livro da Lei, no qual se supõe contenha
toda a verdade revelada pelo Grande Arquiteto do Universo.

Os Landmarks são as leis escritas mais antigas que se conhece da Maçonaria e


foram reunidas por Albert G. Mackey em 1723. Num trabalho de pesquisa feito
por Carlos Gaya Salinas, um ilustre Maçom do Chile, nos dá conta de inúmeros
Manus Scriptum-MS dos Maçons de Londres, desde 1583 até 1727, nos quais é
mencionado o uso da Bíblia nos Templos Maçônicos.

O Livro da Lei para o Judeu é o Torah, em seu texto original, que é a reunião
dos primeiros cinco livros do Antigo Testamento. O Judeu faz seu juramento de
pé com a cabeça coberta.

O Alcorão Sagrado é o livro do Mulçumano, o qual contém 114 capítulos e


durante a cerimônia ele terá de estar coberto com o véu.

Já o Parsí, o seu livro é o Vend-Avesta. E para o Indú, o Bhavagad-Gita. E assim


por diante.

Ele representa o Código Moral, que cada um de nós respeita e segue, é a


filosofia que cada um adota, enfim a fé que nos governa.
O Esquadro e o Compasso que se acham sobre o livro da lei representa a
medida justa que deve encontrar em todos os atos e ações, as quais não podem
afastar da justiça e da retidão, que regem todos os atos de um verdadeiro
Maçom.

A sobrepujância do Esquadro sobre o Compasso significa que o aprendiz está


ainda desbastando o seu Eu exterior, não podendo usar o segundo. O Esquadro
do ponto de vista moral nos induz a tornarmos um homem íntegro, em que
nossas atividades humanitárias, e a poder medir os nossos atos, dentro dos
princípios básicos da moral e da razão.

Na segunda etapa da vida Maçônica, o mestre pode manejar, com apenas uma
ponta do Compasso, sobre o Esquadro, porque lhe foram confiadas a chave da
ciência geométrica e as condições necessárias ao trabalho do espírito; que
simbolicamente lhe permite estabelecer um Código de Moral. Daí o seu
juramento numa das pontas do Compasso, já livre para medir os atos humanos.

Agora já se encontra na etapa final e o Compasso, superposto ao Esquadro no


Livro da Lei, torna o Mestre um ser pensante e, exatamente nesta fase, o seu
estado de consciência o adverte que os atos, palavras e pensamentos são
observados e registrados pelo Todo Poderoso, a quem devemos dar contas de
nosso proceder nesta vida. O Compasso significa que a justiça será infalível e os
atos e ação será medida dentro do princípio da Lei.

O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso se encontram no Altar dos


Juramentos.

Não restam dúvidas que é a parte sagrada de uma Loja; ali o neófito deixará,
quando de seu juramento, todos os seus vícios e paixões. Existe sempre uma
razão da ritualidade exigida para o Juramento, a postura do Maçom, a posição
de joelhos, a sua mão direita sobre o Livro da Lei etc., etc.

O Ritual foi introduzido para modificar a qualidade da alma do postulante,


para elevar sua consciência a um nível super-humano e para transformá-lo num
ente eterno.
Muitos passarão por aquele portal, poucos encontrarão o segredo da iniciação,
mas sempre será uma experiência para cada um no caminho da senda.

Ir.’. Aprendiz Talles Jardim Vieira

Referências:

- Esta peça de arquitetura foi elaborada pelo Ir.'.José Ebran - Loja Flor de Lis
nº 90 São Paulo.
- Ir.'. Kleber de Toledo Siqueira (Loja não identificada).

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