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BOLETIM IER – CASTROLANDA – DEZ 2023-11-28

Então, é Natal!

O natal é o período do calendário cristão onde é celebrado o nascimento do


Messias de Deus, Jesus Cristo. Deus é adorado e sua Palavra é anunciada, a fim de que
o mistério da encarnação, “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre
nós...” (Jo 1.14), seja recordado, compreendido e resignificado.

João Calvino, ao comentar o mistério (Jo 1.14), escreve: “Ele (apóstolo João)
agora ensina a natureza da vinda de Cristo de que havia falado, a saber: que, vestido
de nossa carne, ele se manifestou publicamente ao mundo. Embora o evangelista
toque apenas de leve no inefável mistério de o Filho de Deus assumir a natureza
humana, tal brevidade é maravilhosamente clara.”

A beleza criada a partir da mensagem do natal é de se admirar. As artes


plásticas e as musicais souberam representar este mistério com beleza diversa e são
admiradas e reapresentadas sem que se veja o menor sinal de esgotamento dos seus
conteúdos simbólicos.

Afrescos, mosaicos, quadros, representam de forma plástica o nascimento do


Messias, os personagens envolvidos, centralizando a figura do menino Jesus, o senhor
da cena. O afresco da natividade mais antigo encontra-se em um lugar de
sepultamento dos cristãos primitivos localizado em Roma, chamado de catacumba, e,
curiosamente, em um lugar que traz à memória a morte, os cristãos representaram o
menino Jesus, o nascimento da Luz do mundo sendo cuidado por sua mãe, Maria. A
simplicidade da representação não retira a importância do evento, o Verbo se fez
carne.

Johan Sebastian Bach (1685-1750), cristão professo, musicou a Palavra de Deus


e os seus principais eventos: nascimento, vida, morte e ressurreição, do Messias Jesus.
O oratório de natal, composição de 1734, o compositor sacro canta o natal a partir da
revelação bíblica não se esquecendo de celebrar nenhum dos seus momentos, do
nascimento e anuncio aos pastores, até a adoração pelos sábios do oriente, os magos.

A Palavra de Deus é a fonte de tudo o que se pode representar e cantar em


relação ao nascimento de Jesus, por esta razão, o seu lugar é especial e fundamental.
Sem a narrativa bíblica tudo o que envolve o Natal seria apenas a cultura humana por
ela mesma, mas pela Palavra de Deus o mistério da Encarnação é revelado. A
escuridão da morte eterna começou a ser dissipada, Jesus, a Luz do mundo, chegou (Jo
1,9; 12,8), e os filhos de Deus, os que estão em aliança com esse Deus mediante a fé
(Jo 1.12,13), celebram o Natal de Jesus Cristo, o nascimento do menino Jesus, a
salvação que chega através de uma criança.
Representar o natal não é privilégio dos antigos e, tão pouco, dos compositores
clássicos. As pessoas comuns, como nós, também o fazem. Casas enfeitadas, árvores
decoradas, luzes, muitas luzes em um moinho no sul do Brasil, anunciam a Luz do
mundo, o Salvador, o Filho de Deus, o Deus Poderoso (Is 9). O Senhor permite que, em
nossas culturas e tempo, celebremos e coloquemos um pouco do que somos nessa
festividade, sem nos esquecermos do principal, e, mesmo sem podermos precisar a
data, podemos afirmar: Jesus nasceu! Feliz natal!

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