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O SEGREDO DA FORÇA DE DIFUSÃO SEGUNDO REVERENDO WATANABE

É SER PRESTATIVO E ATENTO

1) Como cultivar a força de difusão

Certa vez, quando ainda estava servindo na C.J. de Santa Luzia, no Rio de Janeiro, apareceu para
dedicar lá um missionário, chamado Paulo Kuroda, vindo da Sede Central.
Ele me fez o seguinte questionamento:
“Reverendo, eu quero fazer a difusão. Quero encaminhar pessoas. Como posso orientá-las Como
ganhar força para orientar as pessoas Como fazer para saber entender o pensamento das pessoas Será que
vendo uma pessoa é possível saber o que ela pensa, o que ela quer, do que ela está precisando”
Respondi-lhe o seguinte:
Paulo, eu queria antes perguntar-lhe uma coisa: -“A flor do altar está seca ou não” Ele me responde:
“Não sei dizer.” Quero lhe fazer, então, outra pergunta: - “A cesta de lixo do banheiro está entupida,
transportando de papéis ou não Você há pouco deve ter ido ao banheiro, não foi” “Não reparei direito,
Reverendo”, respondeu-me. “Agora, aqui na nossa Casa de Johrei, quantas pessoas mais ou menos estão à
espera de Johrei Continuei. “Não sei Reverendo”.
Orientei-o, então: - “Olha, Paulo, se você nem enxerga aquilo que lhe é visível aos olhos, você jamais
poderá compreender os sentimentos das pessoas que é algo invisível. Não sabe nada sobre aquilo que está
diante de seus olhos, nem se esforça para querer enxergar, assim, você jamais saberá dos sentimentos das
pessoas.
Por isso, de hoje em diante; procure treinar sua atenção, no sentido de reparar o que está acontecendo
em todos os cantos da nossa difusão. Isso é o que Meishu-Sama citas as palavras “KOKOROKUBARI –
KIKUBARI”
Aliás, não existe muita diferença entre o sentido dessas palavras. Acredito, até, que Meishu-Sama esteja
dizendo de forma enfática.
Em suma “KOKOROKUBARI” significa “aquela vontade de querer enxergar tudo que está ao alcance
dos olhos e, também, tudo aquilo que os olhos não enxergam”. Ou seja, distribuir, doar esse sentimento de
querer enxergar e perceber aquilo que os olhos vêem e aquilo que não vêem. Por exemplo, alguém entra e bota
a mão no bolso da camisa. Nessa hora a gente presta atenção e percebe: será que ele quer um cigarro, uma caixa
de fósforo Será que ele quer uma caneta  Acho que isso significar estar ou ser atento, PRESTAR ATENÇÃO.
Quem presta atenção torna-se prestativo. Aquele que é distraído, sem trocadilho, não presta. Não estou
querendo dar aula em português, mas quem presta atenção será sempre alguém prestativo. Isso é muito
importante. Por exemplo: olhando de relance uma pessoa, dá para observar algum detalhe, por menos que seja.
Ah Essa pessoa é rica ou pobre. Essa outra é orgulhosa ou humilde. Querendo enxergar, consegue ter olhos
para ver. Se não quiser ver, conseguirá ver nada. Nada. Se quiser enxergar se a flor do altar ainda está viçosa ou
não, dá para saber também. Ou seja, querendo saber, consegue enxergar.
Se o homem não tiver interesse, não prestar atenção, torna-se alguém que não presta, não vale nada.
Meishu-Sama nos ensina que não há mal em tentar saber de tudo. Também nos ensina que: “tornar-se
ágil como um batedor de carteiras”. Batedor é aquele que, numa fração de segundos, tira a carteira de alguém
sem que a pessoa perceba.
Torne-se vivo como um batedor de carteiras. Não pode é ser um batedor de carteiras, mas tente ganhar
essa mesma agilidade, rapidez.
Esse esforço para prestar atenção e agir a gente precisa fazer.
Se ficar distraído, olhando para ontem, sem pensar em nada e ficar pedindo apenas, Meishu-Sama, como
posso fazer difusão Ou se pedir: Conceda-me a força para salvar, certamente ele não vai dar nada, não. Por
isso é que precisamos nos esforçar para sermos prestativos. Através de uma coisa, tentar enxergar dez. Viver a
cada dia com esse espírito é muito importante. Esse é um ponto que nos ajuda muito a ganhar força da difusão.
Não sei se já lhe contei o exemplo do Min. Rezende.
Quando voltou do Japão, ele foi designado por mim para servir como meu secretário. Tornando-se meu
secretário, ele só fazia me alertar: Reverendo é hora do almoço. É hora de ir ao restaurante para aquele evento.
Ah Obrigado. Vamos, então Ao descer as escadas, ainda no tempo, do prédio da Sede Central, à frente do
carro da igreja estava outra carro que impedia a saída. De quem é Perguntei. Não sei Reverendo. Fiquei ali,
olhando para ontem, esperando aparecer o dono, que, enfim, apareceu e retirou o carro. Fomos para o
restaurante. Nessa época eu estava muito ocupado, cheio de entrevistas, não poderia atrasá-las nem deixar as
pessoas esperando. Porém, ao invés de deixar-me no restaurante, paramos um pouco distante. De lá
caminhamos até o restaurante. Enfim, chegamos e nos acomodamos.
O que o Sr. vai pedir. Reverendo Perguntou-me. Eu quero um “yakissoba”, respondi-lhe, e você vai de
que Eu prefiro um “tonkatsu”. Um “tonkatsu”, por favor
O meu pedido foi logo atendido por ser uma refeição, rápida. Comecei a saborear o “yakissoba”. O
“tonkatsu” nada de vir, estavam fritando ainda. Quando já tinha quase terminado o meu prato, chegou, enfim, o
“tonkatsu” do Min. Rezende.
Ele se deliciava com o prato. Eu só esperando, bebericando vagarosamente o meu chá, até que ele
terminasse.
Terminou Podemos ir embora? Vamos, então Assine a conta, por favor.
Saímos juntos. Novamente, outra caminhada até o estacionamento. Até retirar o carro, outros minutos
preciosos. No final de tudo, atrasei mais de meia hora.
Foi quando o Rezende me perguntou: Reverendo, o que preciso fazer para ser o bom secretário
Respondi-lhe: Pratique o KOKOROKUBARI – KIKUBARI (seja prestativo e preste atenção em tudo). O que
será o que ela deseja Como posso favorecê-la de forma a tornar mais proveitoso o seu tempo Enfim, procure
o máximo possível distribuir o seu sentimento Use a cabeça. Use o seu coração. Distribua o seu coração.
Torne-se prestativo, prestando à atenção, significa usar a cabeça. Ser prestativo significa usar o seu sentimento.
Não dá para saber o sentimento de alguém simplesmente perguntando “Como está o seu sentimento”
Usar o seu sentimento é usar o seu amor, o seu coração Por isso, tente essa prática o máximo possível
Até aqui você não usou nada, nem sua cabeça nem seu coração para comigo. Você me fez atrasar 30 minutos.
Pela forma como você está agindo, você que parece o presidente e eu, seu secretário.
Pode deixar Reverendo, já compreendi.
E assim, ele começou a prestar atenção Interessante. Por exemplo, estava eu atendendo pessoas – de
vez em quando, fumo alguns cigarros, assim, o maço vai ficando vazio. Ele não esperava até aí. Quando
percebe que o março só tem 5 ou 6 cigarros, já me traz um maço novo, com caixa de fósforo.
Se, ao contrário ele ficasse esperando uma ordem minha. “Olha Traga cigarros”, isso não teria valor.
Isso é bom. Ele já está conseguindo. Chega a hora de sair, o carro já está lá fora aquecendo. Sem
nenhum outro carro na frente, porque ele já não deixa, mesmo sendo baixinho, grita: “Aí não pode” Vamos,
então, ao restaurante. Surpreendo-me com a sua ordem: Reverendo, desça aí no restaurante porque depois eu
mesmo estaciono. “Quanto ao meu pedido, Reverendo, eu acompanho o seu”.
Pedi, então, “me vê 2 yakissoba ” Coitado Enquanto foi meu secretário, ele só comeu “yakissoba”.
Os pedidos chegaram. Ele demorou-se um pouco, mas conseguiu devorar o seu prato, enquanto eu ainda
eu estava na metade. Quando percebia que eu estava quase terminando, ele falava: “Reverendo, dentro de 5
minutos estarei com o carro aqui à porta”. E, assim, ele corria até o estacionamento, retirava o carro e, 5
minutos depois, já estava à porta do restaurante, esperando-me.
Quando peço a conta, o garçom me informa: “Seu secretário já acertou”.
E, assim, ao regressar à Sede, chegamos 20 minutos antes do tempo.
Pensei, então: “Puxa Como ele está ficando prestativo e atencioso”.
Não é que ele fizesse tudo isso apenas para me agradar como forma de “puxa-saco”. Seu sentimento é
de está fazendo o melhor para Meishu-Sama Se fosse apenas para minha pessoa, para Tetsuo Watanabe, que
não presta nada, não teria valor. Mas, fazendo para aquele que dedica em nome de Meishu-Sama, esse é que é o
verdadeiro espírito.
E o Rezende já não parava aí. Ele continuava esforçando-se para ser ainda mais prestativo.
Nessa época, eu costumava voltar ao Rio sexta-feira, à noite. Passava no Rio, sábado e domingo. Na
segunda pela manhã regressava a São Paulo.
Quando vou ver minha mala, vejo um par de chinelos e muitos outros objetos pessoais. Perguntei à
minha esposa “O que é isso, Massako” Minha esposa respondeu-me: “O Marco Rezende ligou para mim
pedindo o seu par de chinelos, dois pares de meias marrons, que, segundo ele estavam faltado. Pediu, também
outros pares de meia preta e azul marinho. Informou-me ainda, sobre a temperatura em São Paulo, que está 15
graus. Pediu-me, portanto para colocar também o agasalho. Foi esse pedido que me fez pelo telefone”.
Pensei: “Puxa Como ele se tornou uma pessoa prestativa Como ele está crescendo”
Costumo receber também cartas de muitos membros. Peço então, que ele leia todas elas. E ele assim tem
feito. Depois me comunica: “Reverendo, o conteúdo da carta é esse”.
Pergunto-lhe: “E a resposta” “Estou pensando em responder assim”, a seguir lê para mim o conteúdo
da resposta. E assim em meu nome, colocando-se em meu lugar, ele redige a carta.
Está ótimo Assine aqui Reverendo. Ele já chegou até esse ponto de tanto ser atencioso e prestativo.
Depois que ele se aprimorou nesse ponto, fatalmente poderá aprender outra coisa. Portanto, o segredo é
até esse ponto cada um de vocês pode esmerar-se nessa prática de prestar atenção.
Eu acho que é esse o principal estudo para alguém tornar-se verdadeiro ministro. Se não praticar o
KOKOROKUBARI não será ministro mesmo que se torne um ministro, não conseguirá a expansão assim eu
penso.
Essa vontade, esse espírito acabam se transformando em amor altruísta.
Isso é que é o meio, uma prática para amar o seu próximo.
Como a pessoa se preocupa está atenta. O que será que ele está querendo dizer O que será que ele
deseja E como consegue perceber, esse esforço transforma-se em altruísmo.
Por isso essa prática de estar sempre atento e ligado aqui, estar à frente, ao lado, em relação do superior
ou subordinado, enfim a qualquer pessoa, essa prática leva a pessoa a ganhar o espírito de conciliação.
Conciliador significa saber conviver e fazer com que todos convivam harmoniosamente. Criar harmonia
entre as pessoas, conviver criando sempre bom relacionamento, criando harmonia sempre.
Praticando o KOKORUKUBARI a pessoa também ganha isso.
Por isso, já que vocês estão indo, gostaria que aprendessem bastante sobre o KOKORUKUBARI –
KIRUBARI.
Por exemplo, quando algum membro chega à difusão, se vocês virarem de costa, fingindo não vê-lo será
que ele vai ficar feliz É claro que não Entretanto, um senhor ou uma senhora, se vocês cumprimentarem em
alto e bom som: Bom dia Boa tarde É claro que vai ter um cumprimento alegre de retorno.
Quem percebe se o outro está querendo Johrei, imediatamente se prontifica: Vamos ministrar-lhe Johrei.
Se, ao contrário, não percebendo nada, e alguém pedir Johrei, acaba ministrando com má vontade. Por outro
lado, se disser para aquela senhora idosa que quer ministrar-lhe Johrei ela fatalmente vai pensar: Puxa, como
esse rapaz é bondoso e assim esse elogio acaba ecoando em toda difusão e todos passam a pensar sobre o rapaz
de forma elogiosa “Como ele é bom Como ele é atencioso e prestativo”
Todos ficam contendes e se tornam agradecidos, isso se torna o início da difusão. Deu para entender 
Conseguindo criar esse ambiente, a difusão vai crescer naturalmente.
Conseguindo perceber o que o outro deseja: água, chá, Johrei, etc. Vai tornar amado e querido pelos
outros. Porém se alguém por acaso cumprimentá-lo você responde com má vontade dizendo que hoje não está
legal, não estará sendo atencioso e prestativo a quem o cumprimentou. Mesmo que por dentro não esteja bem
nem legal em respeito a esse cumprimento, procurando sorrir e responder, logo vai se tornar alvo de comentário
elogioso:
Como esse rapaz é alegre e sorridente Como é bom estar ao seu lado De certa forma é o que falam de
mim, não é Pensam, o Reverendo mesmo apanhado tanto está sempre alegre e sorridente que nem bobo Mas,
imagine se chego ao Brasil com a cara amarrada ou emburrada, todos vão ficar tristes e preocupados. Por isso é
que, às vezes, mesmo sem estar alegre ou ter motivos para sorrir eu me imponho a ficar alegre, sorrindo! Assim
a gente aprende a controlar a si próprio. Isso também é uma forma de amar o próximo. Por isso, quem tem mais
amor pensa mais no outro que em si próprio. Se eu pensar no seu bem, mais em você do que você em mim, eu
terei mais amor que você. Assim é que se torna líder.
Por exemplo, se aqui tiver 10 pessoas, aquela que mais pensar no bem e felicidade dessas 10 pessoas,
será o líder. Líder, não é o mais forte, não! Nem é que tem mais papo não. Para ser líder tem que ser aquele que
mais pensa na felicidade do seu grupo.
Por isso, tornar-se um Missionário ou um Chefe de Igreja, significa que é portador de um grande
coração.
Portando para ser ministro não é preciso decorar Ensinamento, falando “Meishu-Sama disse isso;
Meishu-Sama falava assim”. Mesmo que tenha esquecido como está escrito nos Ensinamentos, mas se pensar
de verdade no bem das pessoas, na felicidade do próximo, essas pessoas na prática é quem conhecem o espírito
de Meishu-Sama.
Outro ponto importante é saber que existe diferença entre quem cresce, daquele que não cresce. A
diferença está justamente em querer aprender alguma coisa a cada dia, tendo espírito de desafio.
Quem a cada dia se esforça para aprender algo novo, mesmo que seja algo pequenininho, essa pessoa
vai crescer.
Hoje aprendi isso. Ontem, aquilo e aquilo e anteontem aquilo outro. Amanhã, quero aprender outra
coisa. Pessoas com esse espírito, sempre crescem.
Quem já aprendeu o suficiente, parou de crescer, já está afundando.
Essa diferença existe mesmo!
Outro ponto, aquele que cresce, quando olha outra pessoa jamais olha o seu lado negativo.
Existem pessoas que vivem para criticar os outros. Adoram criticar. Aquele é assim, é assado. Ele é
ruim. Ele não presta.
Quem critica o outro, na verdade não está evoluindo.
Pensa que como está, está bom. Por isso coloca todo mundo abaixo de si. Aquele não presta, ele é burro.
Fala mal de todo mundo, porque agredindo todo mundo pensa que está enaltecendo a si. E logo chega o
momento em que vão ser atacados. Atacados por Deus.
Aquele que diz o outro é bobo, burro, na verdade não está aprendendo nada. Por quê? Logicamente,
porque considera a si mesmo como o único certo, dono da verdade. Porém, se tiver outros olhos, por exemplo:
aquele rapaz pode ser meio papo furado, mas como ele é bom e alegre! Quero aprender com ele a ter essa
bondade e alegria. Aquele outro jovem é bom no japonês. Eu quero ser como ele. Aquele nosso professor pode
ser meio casca grossa, mas como ele se preocupa conosco! Aquele outro pode ter seus defeitos, mas como ele é
bondoso. Eu quero aprender com ele essa bondade.
Isso é o que vem a ser KYUDOSHIN.

Outro ponto importante. Onde quer que se vá, sempre vamos encontrar alguém como chefe. Às vezes
pode ser uma m...de chefe. Uma droga, mas é chefe.
Quando ele pensa como a gente então é fácil achar que ele é bom. Isso é que não pode acontecer. Quem
quer que seja, o importante é pensar que aquela pessoa foi colocada por Meishu-Sama para nos aprimorar, para
nos treinar.
Assim dá para dedicar juntos. Qualquer pessoa tem seu lado positivo, basta que a gente tente encontrar.
Por isso mesmo qualquer porcaria, se a gente pensar bem dele dizendo: - “eu tenho respeito pelo senhor,
eu gosto do senhor. O senhor é muito bom: quero aprender com o senhor”. Dizendo assim qualquer um vai
pensar: -“Eu é que preciso me esforçar para ser como ele diz que sou”. Qualquer pessoa consegue ver do outro,
só o lado negativo. “Ele não presta, não serve”.
Se olhar alguém, procure ver seu lado positivo. Assim é que ele vai esforçar-se para crescer. Até hoje,
eu já formei muitos ministro que hoje já são chefes de Igreja. Eu nunca disse a ninguém “você não presta! Você
não presta! Você não serve!” Para todos, eu disse: “Se você se esforçar, vai poder fazer algo grandioso, você
vai ser grande também!”.
Qualquer pessoa que seja estimulada cria dentro de si uma vontade de crescer. Vontade de desafiar.
Tornar-se forte.
Por outro lado, eu mesmo, às vezes, detestava abaixar a cabeça para os outros. Antes de fazer difusão eu
era assim. Porém fazendo difusão, aprendendo, cheguei à conclusão: “Se continuar assim, não obterei sucesso”.
Pensei, então, se pelo fato de eu abaixar a cabeça mil vezes, pelo menos uma pessoa ganhar a felicidade,
abaixarei a cabeça mil vezes. O que é que tem?
Comecei então: - “Desculpe-me? Eu é que estava errado!” Se isso deixa alguém feliz eu faço. Para mim
hoje é muito fácil! Realmente, se o nosso amor não aumentar, não podemos salvar as pessoas. Para aumentar o
nosso amor, precisamos antes aumentar o nosso senso de atenção, sendo cada vez mais prestativo. Não adianta
ficar dizendo: - “Eu te amo”! Se não conseguir se fazer amado. Às vezes a gente atende muitos casos assim.
Algumas senhoras vêm se queixar para mim: “Reverendo, meu marido, apesar de eu amá-lo tanto, não me ama
nada”. Eu respondo: “Você não está sendo amada porque não ama de verdade!” “Mas eu amo meu marido”.
“Não ama!” Retruco. “Como é que o senhor sabe que eu não amo meu marido”. Eu respondo: “Você não está
sendo amada porque não ama de verdade!” “Mas eu amo meu marido!” Eu respondo: “Você não ama. Você só
está desejando ser amada por ele. Só porque beija e abraça significa que está amando? Seu esposo ama a
senhora muito mais do que a senhora ama. Sabe por quê? A senhora está apaixonada, não está? Como ele sabe
amar, conseguiu deixá-la apaixonar-se por ele. A senhora ainda não conseguiu deixá-lo apaixonar-se pela
senhora. Amar não é só dizer: - “Eu te amo”. Tem que saber conquistar. Com paciência. Tolerância.
Humildade.
De qualquer forma, o importante é começar pelo KOKOROKUBARI – KIKUBARI. Esta é a prática
básica. Por isso, desde manhã, experimente desafiar a si mesmo o quanto hoje poderá colocar esse esforço em
prática? Será que o altar está limpo? Será que as flores estão viçosas? E o banheiro estará em ordem? Olhando
alguém, será que ele está triste? Vou dar atenção! Isso é que é importante.
Certa vez dei um churrasco na minha casa no Rio. Tinha uma varanda grande e reuni cerca de 60
pessoas entre ministros, jovens e convidados. Foi então que se aproximou de mim um ministro, pedindo-me
orientação. “O que é?” Perguntei-lhe: “Reverendo queria que o senhor me dissesse o que é melhor para eu ser
útil a Obra Divina. Será melhor eu estudar inglês ou japonês?” Respondi-lhe: “Você é burro!” “Burro, eu
Reverendo!” “Sim, você é burro porque ao invés de se preocupar em estudar inglês ou japonês, existe uma
coisa muito mais importante a fazer agora.” “O que é Reverendo?” “ Observe bem! Todos já estão servidos de
carne, mas olhe bem, naquela mesa estão três pessoas sentadas que ainda não comeram nem beberam nada até
agora. Elas estão meio tristes e deslocados. Não deixe que elas se sintam assim, vá até lá e sirva-lhes carne e
bebida. Eu estava observando você até agora. Você estava comendo e bebendo, mas não estava fazendo nada
útil. Nem assa carne, nem serve nada e depois fica falando que quer estudar inglês ou japonês. Você não
presta!”
Aí ele falou: “Desculpe-me reverendo!” Dirigiu-se então à mesa das pessoas, serviu bebida... Depois
que terminou a festa, foi o último a sair, tirou as lona enrolou, guardou e só foi embora depois de deixar tudo
em ordem. Não falou nada comigo, mas aprendeu algo mais importante que estudar inglês ou japonês. Hoje
qualquer festa que eu faço, nem me preocupo mais. Ele fica prestando atenção e toma conta de todos os
detalhes.
Daqui a 10 ou 20 anos vocês ganharão suas posições para orientar e formar jovens. Mas só conseguirá
orientar de fato aquele que se esforçar hoje e agora.

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