Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E COMO SUPERÁ-LAS
10 anos
Editor/Organizador:
Luciano Andolini
Autores:
Guilherme Valadares
Luciano Andolini
Frederico Mattos
Alberto Brandão
Eduardo Amuri
Danilo Gonçalves
Débora Navarro
Rodrigo Cambiaghi
Capa/Projeto Gráfico:
Mariana Cavalcante
São Paulo
2017
06 Prefácio
11 Introdução
16 O que é uma crise?
19 Como paro de surtar?
25 Fui traído
32 Traí minha parceira e me sinto culpado
37 Perdi meu emprego e não consigo achar outro
46 Odeio meu trabalho (como mudar de carreira
ou lidar com um trabalho ruim)
55 Não sei controlar minhas finanças
71 Não consigo parar de procrastinar
81 Não consigo me dedicar a nada
87 Estou ficando velho (crise de meia-idade)
93 Sou virgem
Um fraterno abraço.
Guilherme Valadares
10
11
12
13
14
15
16
17
dentro de um jogo.
Podemos dizer que é uma grande brincadeira de
sustentar pratos. O prato profissional, o do amor, o
das amizades, o da família, o do carro próprio, da
casa… você mesmo pode nomear.
E, se quer saber qual pode ser a sua crise de ama-
nhã, basta listar o que te deixa orgulhoso, feliz e sor-
ridente agora.
Vamos entrar em crise na mesma medida à qual
nos apegamos aos elementos que compõem nossa
identidade hoje.
Quanto mais alimentamos expectativas, certe-
zas, planos infalíveis, mais vamos nos confrontar com
a realidade. A esperança cega e desmedida é a faísca
que nos leva ao sofrimento diante do movimento dos
fatores externos.
Sofrimento é uma palavra até um tanto abstrata,
mas quando uma questão se transforma em crise, ela
vira prioridade em um nível que nos faz perder com-
pletamente a noção de espaço. Uma atenção brutal a
um determinado aspecto do presente. Dor.
Nos tornamos uma coisa muito parecida com um
rato em um lugar no qual não consegue encontrar a
saída. Aceleramos, focamos intensamente na tarefa
de tentar encontrar a saída. Com isso, passamos por
cima de quem e do que for. Transformamos amigos
em inimigos, gritamos, nos debatemos.
Se há algo que conhecemos bem, é essa sensação.
Todo mundo tem uma história dessas pra contar.
18
19
1) Prática de estabilidade:
Você não vai a lugar nenhum se estiver se deba-
tendo. No meio do surto, é muito provável que tudo
20
2) Prática de sabedoria:
Não à toa nos fascinamos com as crianças. Não é
que elas tenham alguma sabedoria especial, longe dis-
21
3) Prática de compaixão
Quando você entra em uma crise e, posterior-
mente, consegue sair dela, o maior presente que você
obtém não é o de, enfim, ter se livrado de um pro-
blemão mas, sim, que agora você tem meios práticos
para ajudar outras pessoas.
22
***
Como já falamos, esses três processos nunca ces-
sam. Você continua com eles, independente de qual
problema esteja enfrentando nesse momento e mes-
mo depois que ele estiver resolvido.
Também é essencial manter em mente que uma
rede ampla, repleta de relações de confiança, torna
tudo mais fácil. Essas parcerias fazem com que a sen-
sação de remar pela vida seja bem mais leve. Portanto,
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
- Linkedin
- Catho
- Infojobs
- SINE (Esse tem uma abrangência enorme de
vagas em todas as áreas)
- Empregos.com.br
- Vagas.com.br
- Indeed.com.br
- Trovit Brasil
- CIEE (Ajuda estudantes a procurar estágio ou
primeiro emprego)
41
42
43
44
***
A perda de um emprego costuma vir carregada
de sentimentos de frustração, medo de não conseguir
outro tão cedo, enfrentar a falência financeira e co-
branças de familiares.
Quando você está em uma empresa ou carreira
por dez ou quinze anos, por exemplo, pode ser ain-
da mais desesperador ter de se adaptar a um mundo
novo que se abre à sua frente.
Mas, ainda que as circunstâncias não caminhem
para aquilo que se planejou para si próprio, é inte-
ressante perceber que a melhor solução é aquela que
funciona, independente da idealizações e julgamen-
tos de valor que se alimenta sobre a vida profissional.
45
46
47
Questione o modelo
Quando vamos arrumar nosso guarda roupa, o
primeiro passo é tirar tudo lá de dentro e jogar em
cima da cama.
Depois, você forma uma verdadeira bagunça
onde não existe um processo claro de organização e,
a partir disso, começa a definir uma ordem mais cla-
ra para as coisas.
Realizar mudanças substanciais em nossa vida não
é muito diferente e, normalmente, evitamos mudar por-
que nos obriga a lidar com a dor, bagunçar tudo que re-
conhecemos como concreto e desafiar nossas verdades.
Se você não está satisfeito com o modelo de traba-
lho que leva, passe algum tempo questionando como
chegou aonde está e o que pode estar errado.
Algumas perguntas que podemos nos fazer são:
- O que realmente me deixa insatisfeito no meu
trabalho?
- Se pudesse mudar algo, o que seria?
- Não gosto da minha área de trabalho ou da for-
ma que a empresa funciona?
- Existem pessoas que trabalham como eu gosta-
ria? O que elas fazem?
48
Encontre significado
Um dos mais comuns dilemas da juventude é a
ideia de fazer o que gosta. Ou executar um trabalho
que tenha algum significado especial.
Não é segredo que quando gostamos muito do que
fazemos ou encontramos algum significado maior na
atividade, desempenhamos tal atividade com maior
alegria e, claro, qualidade.
O problema é que este é um luxo que poucos po-
dem se dar. Nem sempre dá pra largar tudo e traba-
lhar no emprego dos sonhos.
Uma possível saída para quem não tem tanta es-
colha é desenvolver um significado extra para o tra-
balho, algo que ajude a ver o que faz todos os dias
49
50
51
52
***
53
54
55
56
57
Partimos de onde?
Logo no nosso primeiro encontro Chico chegou
com uma planilha. Ela foi feita pelo primo há muitos
anos e estava incompleta, desatualizada e em vias de
ser enviada para a terra dos planejamentos esquecidos
– lugar tristonho e melancólico, para onde vão todas
as planilhas e aplicativos de controle de despesas que
não receberam amor. Estava animadíssimo, querendo
falar de todos os gastos e estranhou bastante quando
falei que não precisaríamos dela naquele dia.
Às vezes a gente pensa que o primeiro passo de
todo o planejamento é sair listando gastos e anotando
despesas, e essa é, na minha opinião, a razão pela qual
a terra dos planejamentos esquecidos recebe milhares
de novos habitantes todos os dias. Quando o planeja-
mento não tem um motivo relevante para existir, ele
não se sustenta. O ato de preencher uma planilha ou
um aplicativo, em si, é inútil. Se não houver um pro-
pósito para essa movimentação toda, ou seja, se o ob-
jetivo for apenas manter as coisas atualizadinhas, não
há ânimo que dê conta. Podemos até começar empol-
gados, movidos por uma fagulha, mas é fato que em
pouquíssimo tempo essa energia se esvai.
Quando contei isso ao Chico ele fez uma cara
de desespero. Me disse que já havia começado e pa-
rado algumas vezes, mas que achava que a culpa era
58
59
A logística importa
A estruturação consiste, basicamente, em organi-
zar a logística financeira básica da vida. Para a maio-
ria dos brasileiros razoavelmente inseridos no sistema,
isso está ligado ao banco e às demais instituições fi-
nanceiras. Salvo casos muito, muito específicos, é per-
feitamente viável com uma conta corrente e um cartão
de crédito. Um e um. Só. Não mais do que isso.
Fui bem categórico com o Chico e ele emendou
uma desculpa atrás da outra:
1. “Ah, mas a minha conta universitária não
tem taxa.”
2. “Ah, mas é bom ter pro caso de uma emer-
gência.”
3. “Ah, mas esse cartão de crédito tem anuida-
de muito baixa.”
4. “Ah, mas é que não dá pra confiar em um
banco só.”
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
Introdução à preguiça
Bob era preguiçoso. Você não saberia isso ape-
nas observando. Ele caçava, plantava, pescava, fugia
e matava quase diariamente. Mas fazia isso por uma
necessidade imediata. Ele adoraria ficar sentado o
dia inteiro se isso não o levasse à morte certa. Neces-
sidade o fez agir. Não é porque uma criança com uma
arma na cabeça está seguindo ordens que isso signi-
fique que ela não é preguiçosa.
Mas o motivo que faz Bob preguiçoso é que ação
– toda ação – consome muita caloria. E uma vez que
a vida depende de manter um saldo positivo de ener-
gia armazenada em relação ao que se gasta, gastar
calorias com atividades não essenciais seria ridículo.
Nossos genes carregam a seguinte mensagem:
“Faça o suficiente para sobreviver, não mais
que isso.”
Não é a sobrevivência do mais forte, é a
sobrevivência do forte o suficiente.
Sim, vivemos em um mundo diferente agora. Não
existe necessidade de ser protecionista com nossos
movimentos. Mais calorias estão apenas a um Big-
Mac de distância.
O Aspecto Mental
Este instinto reverbera em todos os pontos da
nossa vida. Como sabemos, preguiça é algo que vai
além do movimento corporal. Somos mentalmen-
te preguiçosos também. O problema com atividades
72
Existe saída?
Felizmente, psicólogos passam tanto tempo es-
tudando nosso cérebro que aprendemos a burlar nos-
sos instintos para alcançar nossos objetivos.
Quando você estrutura suas metas de uma for-
ma que a mente vê como cruciais e imediatamente
valiosas (alinha seu cérebro para estar no estado de
controlá-las), você se torna capaz de direcionar sua
capacidade natural para conquistar qualquer tarefa
que tenha pela frente. Não importa quão enfadonho
isso pareça.
Vou mostrar minha técnica favorita para apro-
veitar toda essa capacidade: empregar dissonância
cognitiva para forçar seu comportamento a se alinhar
aos seus objetivos.
Dissonância cognitiva
Palavras chiques da psicologia assustam um pouco,
vamos simplificar. Dissonância cognitiva é a sensação
desconfortável de quando a versão da realidade dentro
73
74
75
76
77
78
***
79
80
81
82
83
84
Faça pouco
Todo esse contexto foi pra poder chegar aqui.
A decisão que mais me fez andar com o projeto
foi a de que eu faria uma só coisa por dia, todos os
dias, de segunda a sexta.
Pras tarefas mais práticas, isso me fez sair do pa-
pel. Fiz principalmente meu site dessa forma. Num
dia eu comprei o domínio. No outro, fiz o plano de
hospedagem. No outro decidi qual o template, depois
escolhi uma fonte… e assim por diante. Claro, não vou
conseguir falar de todos os fatores subjetivos disso
nesse texto, mas o resultado foi bem empoderador.
Em duas semanas, o bicho estava lá.
85
86
87
88
89
Profundidade
Muitas pessoas que seguem para a terceira idade
se queixam de terem relações frágeis. Em especial os
homens parecem ser lentamente colocados de escan-
teio. Mas pense na realidade dos fatos e no tipo de ho-
mens que conhecemos e envelheceram. Eles eram per-
sonalidade carismáticas ou se valiam da força? Eram
generosos ou compravam atenção com presentes?
As relações que você terá são as que construiu
com o tempo. Quanto mais superficiais, mais frágeis
serão os vínculos. Nessa etapa da vida, potência pes-
soal tem a ver com profundidade e não com força.
Sabedoria
Esperteza, força bruta, potencial de trabalho,
mão na massa normalmente são as ferramentas das
quais um homem se gaba.
Mas quando estas vão cedendo (mesmo para
quem queira apelar ao modelo de Abílio Diniz, utili-
zando-se do que existe de melhor e mais caro na me-
dicina), é melhor ter estratégia do que braços. É mais
inteligente ser um influenciador, para que os outros
ocupem o lugar que lhe pertencia.
Seu tempo precisa ser melhor gerido, assuntos,
pessoas e atividades que não contribuam muito para
o seu bem-estar global (e dos outros) começam a não
fazer sentido. Chegar nesses critérios é um exercício
90
Legado
Existe um grupo de pessoas que participaram do
cenário global, chamado “The Elders”. Foi inspirado
por uma ideia de Richard Brenson (da Virgin) e do
cantor Peter Gabriel. Originalmente era composto por
Nelson Mandela, Jimmy Carter, Fernando Henrique
Cardoso e Desmond TuTu.
91
92
93
94
95
96
97
Sexo é mental
A maior queixa de homens que broxam, têm eja-
culação precoce ou qualquer outra disfunção sexual, é
que perderam a percepção de que o sexo é essencial-
mente uma manifestação, uma concretização do que
acontece na mente. Ansiedade, tensão, preocupação e
distração criam um sexo fraco, sem foco, acelerado.
Se você tem pouco conhecimento de como sua
mente funciona, pode começar reparando no seu dia-
-a-dia, na forma com que se movimenta, come, con-
versa com os outros, trabalha e vive. Seu desempenho
nessas atividades é uma manifestação do estado da
98
99
100
***
101
102
103
Mau treino
A iniciação sexual da maior parte dos garotos
acontece com a masturbação e, nela, ele tenta firmar
sua fantasia pessoal.
Imagens fragmentadas de mulheres diversas vão
compondo sua mente frágil que, literalmente, trans-
forma mulheres inteiras em fragmentos de estímulos
mentais precários. Agora imagine um garoto acostu-
mado a desejar imagens mastigadas e sem vida em
suas jornadas onânicas se deparando com uma mu-
lher de verdade.
Aquele cara acostumado a se debater com revis-
tas e filminhos pornôs (que são uma amostra abso-
lutamente falsa da realidade sexual) se depara com
uma complexidade encantadora em forma de gente,
chamada mulher. Não há coração que resista.
Os anos de mau uso do seu pinto, acostumado
a masturbações fechadas no seu mundinho de ritmo
104
Muita cobrança
A indústria do Viagra nunca foi tão próspera,
principalmente entre jovens temerosos de parecerem
menos vorazes do que o suposto ideal de homem ga-
105
106
Sobrecarga mental
De modo geral, nós homens somos educados de
forma exteriorizada e sem muito repertório emocio-
nal. Isso nos faz ter uma praticidade essencialmente
racional e pouco emocional/corporal. Se a excitação
e o sexo dependem de um corpo ativo e presente, não
basta um punhado de imaginações para que o corpo
reaja.
Na hora do sexo, se o homem não está fisica-
mente aterrado no seu corpo e tem a energia dividi-
da com preocupações, trabalho, desempenho na vida
e perda de potência social, a broxada é certeira. Se
ele está emocionalmente dividido com outra mulher
ou simplesmente se sente impotente para ativar o
desejo da parceira, sua presença é fraca.
Muitos homens ficam excessivamente preocu-
pados em agradar a mulher que se desconectam do
tesão que flui pelo seu corpo, não respiram, olham
para a mulher e se fecham na mente conturbada.
O desconhecimento do que ativa sua parceira
também prejudica nesse sentido, já que não enten-
deu que a sexualidade começa muito antes da cama e
termina muito depois.
107
Medo da homossexualidade
A sexualidade humana não é um caixote fechado.
Com graus mais ou menos evidentes, o espectro da
sexualidade varia entre muitos tons. Na maior parte
das vezes eles passam por um filtro da consciência,
que avalia o que parece mais adequado ou não mani-
festar, segundo os (pre)conceitos vigentes.
O afeto por pessoas do mesmo sexo, que viemos a
chamar de homoafetividade, está presente em maior
ou menor grau em qualquer pessoa, embora não ne-
cessariamente de forma sexual (você tem afeto pelo
seu pai ou seus amigos, não?).
Homens chamados heterossexuais, vez ou outra,
admitindo ou não, experimentam sentimentos homoa-
fetivos quando projetam em figuras públicas e celebri-
dades o macho-alfa que gostariam de ser. É uma experi-
ência ambígua e até perturbadora para alguns saber-se
fascinado pelo jogador do time favorito como quem ido-
latra apaixonadamente uma figura do mesmo sexo.
Os machões repudiarão esse tipo de ideia com ve-
emência alegando-se imunes a qualquer sentimento
afetivo por outro homem, distinguindo radicalmente
o amor do bróders do desejo sexual. Muitos daque-
les que mais têm necessidade de provar e reafirmar
algum tipo de “valor” estereotipadamente masculini-
zado podem estar escondendo de si desejos que con-
sideram (preconceituosamente) inaceitáveis, repro-
váveis e proibidos. Agem com uma contrafobia de si
mesmos em que renegam qualquer tipo de impulso
108
Medo do feminino
O receio da desaprovação feminina é um dos
medos mais comuns e mais negados pelos homens.
Quase toda nova mulher que surge na vida de um
homem remete inconscientemente às fantasias pri-
mitivas de todas as mulheres com quem ele já se
envolveu afetiva e sexualmente. Cada uma compôs
uma nota na sua música-tema emocional, e a primei-
ra nota feminina registrada no corpo de um homem
é de sua mãe (ou cuidadora).
Se essa relação foi marcada por ansiedade exa-
gerada, pressão para agradar, medo excessivo de per-
109
***
110
111
112
Apatia afetiva
Se uma pessoa passa dias, semanas, meses e anos
ignorando suas próprias emoções, de que forma po-
deria ter o apoio delas na hora de transar?
Sexo e desejo, emoções e contradições, frustrações
e euforia não habitam zonas independentes na mente.
113
Mente conclusiva-resolvedora
Homens são educados a resolver problemas, ain-
da que não resolvam muitos dos seus. Mas esse hábito
de certa forma dificulta que lidem com situações que
fogem do reducionismo. Não é fácil reduzir o sexo às
alternativas A e B.
O desejo é fluido, imprevisível, indomável. Quan-
to mais tentamos colocar sua trama sob controle, mais
ele vai descompassar. O tesão, acima de tudo, é ho-
nesto. Se há conexão, ele nos movimenta. Se há dis-
tração, ele nos pune com sua ausência.
Utilitarismo emocional
—Por que você vai transar com aquela garota?
—Por que? Pra meter, oras, muito gostosa, que-
ro gozar na cara dela.
114
115
Fixação infantil
Se um homem adulto ainda está preso em dinâ-
micas emocionais infantis, como o exibicionismo, pas-
sividade ou transformação do desejo em tabu, então a
ejaculação precoce tem mais chances de ocorrer.
As crianças lidam com o próprio desejo com cons-
trangimento, culpa e afobação, afinal, ainda não pos-
suem uma cognição que as permita diferenciar bem
entre fantasia e realidade, tampouco, lidar com o con-
trole pleno de suas ações. A maturidade sexual per-
mite que duas pessoas adultas se relacionem, conec-
tem e gozem sem interdições da sociedade, só entre
elas, num acordo mútuo de troca.
***
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
Projeção de perfeição
Como já disse em outro texto, costumamos tra-
var ao nos vermos em situações que ameacem nosso
ego e as expectativas que temos de nós mesmos.
O tímido carrega um general interno que o im-
pede de agir, falar e arriscar, sob pena de ser puni-
do por uma dose maciça de culpa e vergonha. Ele se
debate com uma imagem interna de perfeição que só
passa na alfândega mental se tiver com todos os re-
quisitos em ordem.
É comum o tímido afirmar que fica observando,
estudando o ambiente antes de se abrir. Em resumo,
ele fica julgando as circunstâncias e pessoas e vendo
se elas são ameaçadoras ou confiáveis. Esse é um cri-
vo perigoso, pois por trás dessa aparente fragilidade
existe um controlador, julgando as pessoas o tempo
todo, por diferentes motivos. “Esse parece meio ma-
131
luco, não vou falar” e “essa deve ser brava, nem vou
arriscar” ou ainda “essa garota é muito linda, vai
me tratar como um lixo”.
Note a quantidade de julgamentos que podem
ou não ser coerentes com a realidade. Para o tímido,
seus julgamentos justificam e solidificam a ‘sua’ per-
cepção de realidade. Assim, ele segue calado.
Na bolha de realidade onde habita a timidez, as
pessoas são intimidadoras. Mas note que essa hostili-
dade percebida pode ser apenas uma projeção do medo.
Repare que, por exemplo, quando alguém relata algo
como “se vou chegar em uma pessoa por quem tenho
interesse sexual, tudo trava”. Quem trava? A mente
que anseia aprovação incondicional. É ela quem trava
sua habilidade de se comunicar.
A vergonha é a constatação (quase sempre ima-
ginária) de ter contrariado expectativas sociais, como
alguém que perde a honra/amor/consideração dian-
te de um grupo. É a falta de garantia que trava
você.
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
Ofereça
Se colocar em uma posição de escuta faz com que
você seja capaz de oferecer qualquer coisa que tenha
em mãos de uma forma muito mais eficaz.
Ouvindo, você pode começar a notar e natural-
mente trocar referências, sugerir livros, leituras, fil-
mes, músicas, programações. Você se torna também
os olhos daquela pessoa e enriquece o mundo dela.
142
Abra-se
A melhor forma de conseguir fazer as pessoas se
abrirem e tornar a comunicação mais intensa e ver-
dadeira não é perguntar feito um inquisidor a respei-
to de tudo o que está se passando e sim você mesmo
se abrir, contar sobre o ponto no qual está, o que está
vendo, o que está fazendo, como está se sentindo.
Isso também abre a possibilidade de que as pes-
soas possam ser curiosas em relação a você, que elas
aprendam sobre o seu mundo e comecem a ver ma-
neiras de também beneficiá-lo. Abrir espaço, falar de
coração e dar condições para que o outro se conecte e
comece a vê-lo como alguém com história, com pre-
ocupações, com alegrias e que, assim como ela, tam-
bém está traçando um caminho. Essas também são
formas de generosidade.
143
***
144
145
146
147
148
149
150
151
Beleza é relativa
A beleza extrema causa uma correnteza de emo-
ções contraditórias.
Ela chama atenção e, ao mesmo tempo, nos lem-
bra que é rara e poucas pessoas podem ter esses be-
los objetos para si.
A maioria das pessoas são do tipo dos não-boni-
tos e dos feios, ou seja, aqueles que foram excluídos
152
153
154
***
155
A autoestima do feio
O eu e o outro são categorias indissociáveis. Os
critérios que uma pessoa usa para apreciar a si mes-
ma também são coletivos. A autoestima é sempre, em
alguma medida, uma alter-estima internalizada.
Seria possível que você gostasse de si mesmo sem
que ninguém concordasse com isso?
A resposta não é simples. Ter uma autoestima
megalomaníaca seria como chegar com um milhão
de notas de dólares de brinquedo afirmando ser mi-
lionário. É necessário consenso, caso contrário, você
está delirando.
Esperar validação dos outros também não é a
melhor opção, pois o coloca em uma posição de fra-
gilidade infantil, como uma criança que quer ser ad-
mirada pela mãe a qualquer custo.
Então, seu senso de importância precisa ser re-
gulado por uma fonte interna que não se contraponha
loucamente mas que também não seja frágil e depen-
dente de validação externa.
Mas como desenvolver essa blindagem psicoló-
156
157
158
159
160
161
162
163
164
165
166
167
168
169
170
171
172
173
174
Como se livrar
Não há um só caminho possível. Há uma miríade
de vícios com características semelhantes mas tam-
bém com grandes diferenças.
Muito do que escrevi aqui foi retirado do site
helpguide.org, que é a página da ONG homônima,
com foco em tratamento de distúrbios psicológicos e
atenção especial ao tratamento de pessoas que pas-
sam por problemas com drogas.
Recomendo procurar mais informações sobre o
movimento reboot, que se propõe a ajudar pessoas
com vício em pornografia.
O vício em games é bem mais recente e ainda não
há tanto material específico sobre isso, mas você pode
se informar melhor pela internet. O Reddit possui um
fórum onde diversas pessoas discutem sobre o tema.
Nós temos um texto no PapodeHomem falando
sobre alcoolismo, já citado aqui, que pode ser um bom
começo ao se informar sobre o assunto.
Abaixo eu listo algumas dicas que podem ser úteis
pra você, outras podem parecer malucas, mas é im-
portante testar, fazer o seu caminho.
1. Mantenha um diário do seu consumo.
Não tenha medo de olhar para a frequência e carac-
terísticas do seu hábito. Liste os gatilhos, situações
175
176
177
178
Olá,
Bem vindo ao clube.
Eu me chamo Rodrigo Cambiaghi e tenho uma
filha (hoje com 2 anos) que não foi planejada.
Lembro que quando vi os dois pauzinhos verme-
lhos do exame de farmácia, entrei em pânico. Eu não
fazia a menor ideia de quais eram os próximos passos
a serem tomados.
Apesar de ser arrebatadora a notícia de que será
pai, essa situação que você está vivendo agora é uma
das mais comuns do mundo. Segundo um levanta-
mento do instituto Pro Mundo, cerca de metade das
gestações no mundo não foram planejadas.
Então entre no barco e vamos para um lugar onde
boa parte dos homens passaram ou passarão: o deses-
179
Gravidez confirmada
Se você comprou o livro por conta desse capítu-
lo, provavelmente deve estar passando por esse mo-
mento específico de gravidez confirmada e não saber
o que fazer.
Saiba que é super ok se desesperar nesse momen-
to. Abaixo vou sugerir uma prática para ajudar a sair
da crise de pânico e ajudar com os próximos passos.
Não quero entrar em debates morais ou religio-
sos, mas um divisor de águas pode ser caso você e sua
companheira cogitem não ter esse bebê.
Filhos são para a vida toda e a experiência de in-
terromper voluntariamente uma gravidez também é.
Seja qual caminho decidirem tomar, é importante que
180
E agora?
Em situações onde a confusão bate forte, é fácil
cair no extremo da obsessão sobre o tópico. Ficar mar-
telando ininterruptamente todos os cenários terríveis,
os problemas e os medos que você tem guardados.
Mas se tem algo que eu aprendi nessa vida é que
não adianta tomar decisões drásticas no calor do mo-
mento. As chances de errar e se arrepender são muito
grandes.
No que diz respeito à situação específica de uma
gravidez, você corre o risco de ferir irremediavelmen-
te a relação com a sua parceira e/ou pode gerar um
trauma nela e até tomar uma decisão apressada da
qual os dois podem se arrepender mais pra frente.
Não é fácil, mas é preciso um mínimo de calma.
Não hesite em pedir algum distanciamento, res-
pire fundo, saia pra correr, andar de bicicleta, vá
pra academia puxar um ferro, visite algum lugar que
traga conforto ou até mesmo tente sentar e meditar.
181
Aborto
Passei dias em dilema se iria entrar nesse assun-
to super delicado e polêmico.
Por um lado, como pai, tenho frios na espinha e
um aperto no coração ao tocar no assunto.
Por outro, como autor, sentiria não estar abor-
dando uma questão super importante que passa pela
cabeça de boa parte dos casais que se deparam com
uma gravidez não planejada.
Como falei anteriormente, não quero entrar em de-
bate moral ou religioso, mas sim, levantar pontos que
são factuais sobre o aborto com o único intuito de escla-
recer a necessidade de se buscar informações prévias.
Se você está certo de que quer seguir com a gra-
videz, aconselho a pular para o próximo tópico.
O aborto é proibido no Brasil, por Lei, salvo quan-
do a gestação coloca em risco a vida da mulher, ou
quando a gravidez é motivada por estupro. Por conta
da carga moral envolvida, o tema é polêmico, e esta
polêmica encontra coro no Congresso Nacional, com
projetos de Lei de um lado tornando mais rígido, e
de outro flexibilizando mais as hipóteses de exceção,
ou seja, as hipótese em que o aborto se faz permitido,
ou ao menos não configura crime.
A questão também foi retomada na última déca-
da pelo Poder Judiciário brasileiro, com preceden-
182
183
O período crítico
Até a 12ª semana de gestação, existe uma razo-
ável probabilidade de acontecer um aborto natural.
Ou seja, sem qualquer interferência de agente exter-
no a gravidez pode ser interrompida.
Segundo dado levantado pelo Neonatologista
Mario Burlacchini, cerca de 30% a 40% das fecun-
dações terminam em aborto espontâneo. Há outras
fontes que falam em 20% a 30%.
Após a 12ª semana esse índice cai para 5%.
É de costume a notícia da gravidez ficar restri-
ta aos círculos mais próximos até passar esse perío-
do, para preservar o casal e principalmente a mulher,
caso haja um aborto espontâneo.
184
185
186
Mas e a grana?
Já me perguntaram algumas vezes e me pedi-
ram outras dezenas para escrever um artigo sobre
grana e filhos.
E esbarro sempre no mesmo problema: todos os
custos que envolvem a criação de um filho são extre-
mamente variáveis. O meio termo é subjetivo e fica em
algum lugar entre zero reais e seis dígitos de reais.
É como perguntar quanto custa para passar as
férias em Buenos Aires.
Em um extremo podemos ir voando de primeira
classe, ficar hospedado no Hilton, visitar as atrações
clássicas e comer nos melhores restaurantes. No ou-
tro, podemos ir de carona com caminhoneiros, ficar
hospedados no Couchsurfing, ir nas atrações gratui-
tas, conhecer argentinos na rua e comer miojo.
Tenho amigos que pagaram trinta mil reais para
ter um parto com a melhor obstetra de São Paulo e
outros que mesmo tendo condições financeiras e pla-
no de saúde, optaram por fazer na rede pública.
Tenho conhecidos que foram para Miami fazer
as compras do chá de bebê e gastaram o que a maior
parte de nós ganha em 1 ano.
E outros que fizeram um churrascão pra família e
amigos e ganharam fralda, roupa, toalha e tudo que o
bebê precisa, pegaram a banheira do primo, o berço do
cunhado e parcelaram o que faltou em 10x sem juros.
Um amigo paga R$ 2.500 por mês numa babá
de segunda a sexta e diz que é o dinheiro mais bem
187
188
Falando de coração
Quando recebi a notícia de que minha então na-
morada estava grávida, eu entrei em pânico.
Temia que minha vida não seria mais a mesma,
que não teria mais tempo para fazer as coisas que eu
quisesse, que não sobraria mais dinheiro pra eu via-
jar, comprar meus games, ter de mudar toda minha
rotina, mudar para um apartamento maior, fazer os
mesmos programas que meu pai fazia comigo e fre-
quentar festas em buffet infantil onde te servem co-
xinha fria e Coca-Cola quente enquanto as crianças
gritam e chamam de tio.
A ideia de que um ser minúsculo ia pautar mi-
nha vida e me obrigar a fazer coisas que eu não gosto
era pavorosa.
A má notícia é que tudo que eu tinha medo de
acontecer aconteceu.
Não só o que eu temia, mas também um monte
de outras coisas que eu nem sequer sabia que vinham
no pacote.
A boa notícia é que minha filha trouxe uma nova
189
190
191
192
193
Tenha autocompaixão
Uma das partes mais difíceis de um divórcio
(além da burocracia e conflito), é lidar com a culpa,
o ressentimento, raiva e outras emoções negativas,
muitas delas dirigidas a si próprio.
É bastante comum olhar para si como um fra-
casso, alguém incapaz de manter uma relação, que
faz tudo errado.
Afinal, durante uma relação, as pessoas tendem
a cultivar uma autoimagem usando como base suas
características que melhor acomodam a relação. Po-
rém, quando o fim chega, o resultado é uma perda de
referencial, pois se pensarmos bem, é uma parte de
si próprio está se dissolvendo também.
A condição humana é imperfeita, relações são
mesmo difíceis, dependentes de fatores alheios ao
seu controle e nada, absolutamente nada, é feito para
194
Reaproxime-se de amigos
Os relacionamentos afetivos tomam uma parte
enorme do nosso tempo. Então, é natural que algu-
mas outras relações fiquem de lado e, com isso, ve-
lhos amigos se tornem um pouco mais distantes.
Reencontrar velhos companheiros de jornada
pode ser um alento nesse momento em que as coisas
ficaram mais duras. Ao se ver às voltas com pessoas
por quem nutre afeto, você pode resgatar um senti-
mento de segurança e acolhimento que talvez esteja
abalado pelo divórcio.
195
Sobre filhos
Em 2015, a maior proporção (47,7%) de divór-
cios, segundo o IBGE, aconteceu em famílias com fi-
lhos menores de idade. Em 78,8% dos casos, a guarda
ficou sob a responsabilidade das mulheres em 5,2%
ficou com os homens. A guarda compartilhada cres-
ceu de 7,5%, em 2014, para 12,9% em 2015.
Esse é um tópico bastante polêmico. Por um lado,
muitas mulheres reclamam do fato da guarda quase sem-
pre recair sobre as mães. Por outro, muitos pais gosta-
riam de ficar com a guarda dos filhos. Isso também não
quer dizer que muitas mães não prefiram mesmo ficar
com a guarda ou que muitos pais não sejam negligentes.
O fato aqui é que esse é um assunto dos mais sensíveis
e não é raro que envolva disputas judiciais.
Muita gente aproveita-se do fato de que os filhos
ficam no meio do divórcio para tentar fazer chantagem
emocional, utilizando-os como arma de vingança.
Saiba que suas atitudes marcam a memória dos
filhos e muitas vezes transformam-se em traumas e
ressentimentos profundamente enraizados. Então,
196
Perdoar ou não?
Talvez você tenha na ponta da língua as dificul-
dades que passou dentro da relação e a marca dos
momentos finais da relação ainda sejam profundas.
Mas as chances da pessoa com quem você era casado
estar do mesmo jeito são enormes.
197
198
199
Obstáculos ao recomeço
Somos habituados a enxergar os acontecimentos
na vida como se estivéssemos dentro de um jogo. Se-
guimos uma lógica dualista, preto e branco, bem e mal,
ganhar ou perder. Lógica responsável por grande parte
das aflições que nos atingem. Some a isso uma boa dose
de autocentramento e temos uma bomba de sofrimen-
to, prestes a explodir, diante de qualquer instabilidade.
O referencial autocentrado se transforma no
principal obstáculo quando estamos diante da possi-
bilidade de seguir nosso caminho. É ele que se veste
de culpa e medo fazendo-nos estagnar. É ele que nos
força a tentar vencer, moldando as circunstâncias ex-
teriores a nosso favor. O grande problema é que, mui-
tas vezes, este “a favor” não é tão favorável assim.
Entramos em uma espécie de limbo emocional,
ao tentar recuperar condições que não mais existem.
Deixamos de abrir espaço para que novas oportuni-
dades floresçam, mesmo sabendo ser inviável o re-
torno ao passado. Insistimos em bater com a cabe-
200
201
202
203
A estrada à frente
Portanto, quando a estrada se exibe diante de
nós, é possível começar a construir um caminho com
passadas firmes, apoiadas em pernas mais fortes do
que o medo e a insegurança. Precisamos de olhos agu-
204
205
206
***
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
221
***
222
223
224
225
226
Coma:
Carnes: Qualquer tipo, bovina, suína, aves, car-
ne magra, gorda, bacon, etc.
Peixes e frutos do mar: Todos.
Ovos: Na quantidade que quiser.
Gordura natural: Manteiga, gordura dos ali-
mentos, azeite de oliva, óleo de coco.
Vegetais: Todos. Em abundância. Talvez você
não goste hoje pois nunca os refogou com manteiga,
acrescentou maionese caseira, bacon, etc.
Laticínios: Produtos fermentados do leite (quei-
jo, iogurte natural com gordura, coalhada, manteiga)
e os ricos em gordura (creme de leite, nata).
Nozes: Todas. Evite excessos.
Não coma:
Nenhum tipo de açúcar. Derivados do trigo. Do-
ces. Grãos. Margarina. Óleos vegetais refinados (soja,
canola, milho, etc).
227
228
229
230
231
A mente importa
Já batemos nessa tecla em outros momentos ao
longo do livro, mas nunca é demais frisar. A estabi-
lidade da sua mente é um fator crucial. Afinal, é por
ela que você vai filtrar todos os eventos.
É como colocar um óculos. Você vai ver tudo por
meio dele. Então, se ele estiver sujo, tudo o que você
vai conseguir enxergar é sujeira.
Manter-se mentalmente saudável é a própria
fundação da sua felicidade, portanto, uma priorida-
de. Ou pelo menos deveria ser. Não é fácil em meio à
correria, mas se não tivermos dez ou quinze minutos
para fazer algo tão crucial para nossa saúde, talvez
isso seja um sinal do quanto precisa ser ajustado.
Além disso, nem tudo o que faz a gente sofrer
são problemas corrigíveis lá fora, com planilhas ou
planejamento. Às vezes, o que está causando a afli-
232
O corpo importa
De maneira análoga, o corpo também é um filtro.
As experiências passam pelo corpo, você sente e
interage com o mundo por ele. Portanto, se algo está
errado, isso impacta o seu bem-estar.
Praticar esporte, alimentar-se corretamente,
dormir bem são privilégios que muitos não conse-
guem bancar, mas se você tem condições de tomar
esse cuidado consigo mesmo, é um esforço essencial.
Hoje já é senso comum que um corpo ativo aju-
da a combater insônia, depressão e problemas cardí-
acos. Há também benefícios para diabéticos, pessoas
com osteoporose, hipertensão e obesidade.
Toco nesse ponto em especial porque mais da
metade dos homens têm vida sedentária.
Em casa, na academia ou na rua, faça atividade
física. Exercitar-se não é um extra que só precisa ser
feito se você sentir-se mal com o seu corpo. É básico
e impacta sua saúde, sua mente e sua felicidade.
Você vai sentir a diferença.
233
234
235
236
237
238
239
240
***
241
242