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Resumo
Neste estudo de natureza qualitativa, busca-se explorar as narrativas obtidas por
meio de entrevistas conduzidas com professores de diversas áreas de uma escola,
visando a compreensão de suas perspectivas acerca do tema da formação docente,
enfatizando a importância de uma cultura colaborativa entre seus pares. É
amplamente reconhecido que os desafios inerentes ao exercício docente são
constantes, entretanto, é de fundamental importância destacar a significância de
uma formação contínua, com ênfase na colaboração entre os membros da equipe
escolar, como um processo intrínseco à própria instituição. Nesse contexto, este
estudo é fruto de um recorte da pesquisa de dissertação de mestrado em educação,
adotando como instrumentos de coleta a utilização de questionários online,
observação não-participante das aulas e entrevista semiestruturada apoiada em um
roteiro, nesse sentido, é a partir da triangulação de dados produzidos pelos
instrumentos utilizados que se deu a análise desenvolvida na pesquisa. O estudo
adquire relevância, uma vez que busca enriquecer as reflexões sobre a formação
docente no país por meio da interação colaborativa da equipe. A análise das
entrevistas revela que os professores compartilham a percepção de que a formação
inicial é insuficiente, enquanto a experiência prática é substancialmente valorizada.
Além disso, as análises mostraram que para os docentes, a partilha e o diálogo
entre os colegas de profissão são um aspecto facilitador em suas práticas
cotidianas.
Introdução
Revisão da literatura
Método
É importante partir de “uma proposta de, pelo diálogo, buscar uma condição de
horizontalidade ou igualdade de poder na relação” (Szymanski, 2000, p. 196).
Neste sentido, a própria autora corrobora ao afirmar que:
Resultados e Discussão
Tudo. Ser professor é difícil. Acho que meu maior desafio é ter que
me adaptar o tempo inteiro(...)então tem que se adaptar até pela
inclusão. (Professora de Inglês)
Essa partilha e inspiração das práticas executadas pelos pares, também pode
ser observada por exemplo, nos corredores das instituições, na sala dos
professores, reuniões ou momentos mais descontraídos entre os profissionais. Isso
pode acontecer por diversos fatores como por exemplo a falta de tempo destinada
aos docentes, a falta da intencionalidade reflexiva dos horários de trabalho coletivos,
dentre outros que não vamos aqui aprofundar. Ao serem questionados sobre como
se sentem em relação a abertura que a gestão dá para essa interação, os relatos
foram muito positivos e demonstram essa importância no ato de se estabelecerem
essas trocas.
É, tanto com a professora de sala, com as coordenadoras, com a S.
[diretora], elas são muito abertas pra isso, muito. Pra qualquer coisa
que eu precisar, o que eu precisar abordar ou alguma situação que
aconteceu, total liberdade, total liberdade. (Professora de Educação
Física)
Foi possível notar essa interação diária entre os membros da equipe escolar,
incluindo a direção e coordenação sobre essa troca mencionada pelos docentes.
Durante os momentos das observações não-participante, foi percebido que o
momento do lanche nos horários de intervalo dos professores configura-se como o
momento mais propício para que ocorresse essa troca. As salas destinadas aos
professores acolhem sentimentos e partilhas mútuas sobre a intensiva realidade
escolar.
No universo escolar, surgem conversas variadas, que vão desde desabafos
sobre os dias exaustivos da profissão até compartilhamentos pessoais. Essa
diversidade de interações reforça a importância de um clima escolar saudável e bem
estabelecido. Os diálogos e trocas entre os educadores podem ser um canal crucial
para promover uma formação contínua e uma estruturação coletiva de
conhecimentos entre a equipe (NÓVOA, 2022).
Conclusão
Referências
BRANDENBURG, Cristine; PEREIRA, Arliene Stephanie Menezes; FIALHO, Lia
Machado Fiuza. Práticas reflexivas do professor reflexivo: experiências
metodológicas entre duas docentes do ensino superior. Rev. Pemo, Fortaleza,
v. 1, n. 2, p. 1-16, 2019. Disponível
em:https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3527
GIL, Antonio. Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.