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Laboratório de Transformações Químicas

Prof. Dr. Francisco Trivinho Strixino


Data do Experimento: 24 de Outubro de 2023

Experimento 2 - Estimativa de teor de Oxigênio no ar atmosférico

Nome: Ana Carolina de Deus RA 795562


Nome: Giovana Vieira de Medeiros RA 801069

Sorocaba-SP
2023
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1. Objetivos:
Estimar o teor de oxigênio no ar atmosférico por meio da oxidação rápida do
ferro contido em palha de aço.

2. Materiais:
● Vinagre (aproximadamente 0,8 mol/L em ácido acético);
● Proveta (100 mL);
● Palha de aço;
● Béquer (500 mL).

3. Procedimento Experimental:
3.1 Inicialmente, preparou-se uma mistura de vinagre e água (proporção de
1.1), introduzindo uma quantidade de 50 mL de cada;
3.2 Acrescentou-se metade da palha de aço (aproximadamente 2,6130 g) na
solução, misturando por cerca de um 1 minuto, para que o material absorvesse bem
líquido;
3.3 Sobre uma pia, a palha de aço foi retirada da mistura e sacudida
vigorosamente, visando retirar a maior parte do vinagre diluído;
3.4 Rapidamente introduziu-se a palha de aço em uma proveta de 100mL
(diâmetro de 2,8 cm e uma altura de 22,5 cm), deixando-a posicionada no meio da
vidraria;
3.5 Posicionou-se a proveta com o material, de ponta cabeça em um béquer
de 500 ml, com aproximadamente 400 mL de água;
3.6 O arranjo foi observado durante 21 minutos, avistando a elevação da
água dentro da proveta;
3.7 Para finalizar o processo, mediu-se o nível que a água alcançou dentro
da proveta.
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Figura 1- Arranjo experimental.

Fonte: Seara da Ciência, UFC.

4. Resultados e discussões

Durante 21 minutos de observação do grupo, pode-se evidenciar a crescente


invasão de água dentro da proveta. A elevação da água na proveta ocorre devido a
oxidação da palha de aço, que segundo (FERREIRA, 2004) quando exposto ao
oxigênio (O2) e à umidade do ar (H2O(g)), o ferro contido na palha-de-aço passa por
uma reação química, ou seja, o ferro é oxidado enquanto que o oxigênio sofre
redução, e posteriormente converte-se em óxido de ferro hidratado, chamado de
ferrugem.

Fe(s) + O2(g) → FeO2(s) (1)

Dessa forma, entende-se que o oxigênio contido na proveta foi consumido na


oxidação, e como resultado a água sobe até um nível correspondente ao volume de
oxigênio removido. Isso se deve ao fato de que, à medida que o oxigênio é
consumido na oxidação da palha de aço, a pressão no interior do vidro diminui e,
com isso, a diferença de pressão faz com que mais água seja empurrada para o
interior do vidro. Entretanto, vale lembrar que o ar dentro da proveta não é
consumido totalmente, devido ao fato de que aproximadamente 80% do ar
atmosférico é composto por outros gases, como o caso do nitrogênio, que sozinho
representa aproximadamente 78% dessa composição (BROWN, 2016).
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Sobretudo, vale ressaltar a participação do vinagre em meia a reação, a qual


tem propósito em acelerar a oxidação do ferro, tornando possível que o experimento
seja realizado em um período menor de tempo.
Em relação à aferição da quantidade de oxigênio presente na atmosfera,
calculou-se comparando o volume ocupado pela água dentro da proveta, com o
volume total desta vidraria, que foram encontrados através da fórmula:
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𝑉 = π. 𝑟 . ℎ (2)

Onde V representa o volume; r o raio da proveta; e h a altura da mesma.


A seguir, explicitamos a Tabela 1 com os resultados da altura da proveta,
diâmetro, volume total e o volume ocupado pela água ao final do procedimento.

Tabela 1 - resultados obtidos na proveta

Altura Diâmetro Volume total Volume da água

22,5 cm 2,8 cm 138,54 mL 20,93 mL

Fonte: Autoria própria

Com os valores encontrados, foi possível fazer a seguinte comparação:

138, 54 𝑚𝐿 − 100%
20, 93 𝑚𝐿 − 𝑥 %

Onde x equivale à porcentagem de oxigênio no ar contido na proveta.


Dessa forma, encontrou-se um valor para x de aproximadamente 15,10% e
de 84,9% para nitrogênio e outros gases. Na Tabela 2 pode-se comparar os
volumes encontrados com os de referência.
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Tabela 2 - Valores encontrados no experimento comparados ao valores de referência


encontrados na literatura

- Valor de referência Valor encontrado

Oxigênio 20,95% 15,10%

Nitrogênio 78,08% 84,90%

Fonte: autoria própria.

5. Conclusão
O teor de oxigênio encontrado no experimento está relativamente próximo ao
valor esperado pela literatura. Segundo BROWN (2016, p.813), o teor de oxigênio
no ar atmosférico representa aproximadamente 20,945% da composição.
No entanto, a diferença entre o valor encontrado experimentalmente e a
referência utilizada é questionável, tornando-se necessário pontuar aspectos
pertinentes na obtenção dos resultados laboratoriais, responsável. Essas diferentes
particularidades podem estar envolvidas com as condições físicas, como por
exemplo, a variação na umidade do ar, a qual está associada diretamente com a
quantidade de partículas de água e oxigênio na atmosfera. Além da temperatura
média do ambiente, que interfere sobre a oxidação do ferro.
Além disso, temos que considerar os fatores químicos como o nível de acidez
do vinagre utilizado, já que o mesmo é o agente reativo da reação, e pequenas
variações na concentração ou na qualidade do ácido acético, podem influenciar os
resultados.
Vale ressaltar também que muitos atributos humanos, são interferentes na
determinação dos resultados, como por exemplo, o ângulo em que se analisa as
vidrarias e suas marcações respectivas, a dificuldade de posicionar e determinar
com exatidão às medidas através da regra, a mobilidade de manusear as vidrarias
(principalmente no momento de ajuste da proveta).
Portanto, a diferença entre os resultados reflete na complexidade dos
experimentos químicos e a necessidade de compreender e controlar as variáveis
envolvidas. Em última análise, a investigação e a pesquisa contínuas são essenciais
para aprimorar a compreensão e a precisão das medições laboratoriais.
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6. Referências

(1) Medindo o oxigênio no ar. Disponível em:


<https://seara.ufc.br/pt/sugestoes-para-feira-de-ciencias/sugestoes-de-quimica/medi
ndo-o-oxigenio-no-ar/>. Acesso em: 31 de out. de 2023.

(2) SONDRÉ, Ulysses. Matemática Essencial - Geometria - Cilindros. Disponível


em: <https://www.uel.br/projetos/matessencial/basico/geometria/cilindros.html>.
Acesso em: 31 out. 2023.

BROWN, T. L. et al. Química: a ciência central. 13. ed. São Paulo, SP: Pearson,
2016. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 31 out.
2023.

FERREIRA, L. H. ABREU D. G.; IAMAMOTO, Y.; ANDRADE, J. F. Determinação


simples de oxigênio dissolvido em água. Revista Química Nova na Escola, n.19, p.
32-35, 2004.

KOTZ, J.C. e PURCELL, K. F.. Chemistry and chemical reactivity. Fort Worth:
Saunders College Publishing, 1991. [1]

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