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Dayana Aparecida Machado de Lima¹; Nazareti Pereira Ferreira Alves²; César Augusto
Calonego³
¹ Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Pesquisador e
Discente. dayana.mlima@yahoo.com.br
² Universidade Ribeirão Preto e Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São
Paulo, Brasil. Pesquisadora e Docente. Mestre em semiótica, tecnologia da informação e educação,
Doutoranda em Engenharia Biomédica. profanazarealves@gmail.com
³ Faculdade do Clube Náutico Mogiano (FCNM). Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Docente. Mestre
em fisioterapia. cesarcalonego@hotmail.com
Formato: artigo
RESUMO
1
que a maioria (91%) dos voluntários apresentaram dores de grau moderado a intenso
e também relataram lesões visíveis principalmente em membros inferiores, como por
exemplo lesões bolhosas nos pés. Conclusão: Conclui-se então com a presente
pesquisa que há grande prevalência de dores de graduação moderada e intensa e
predominância de lesões bolhosas em membros inferiores de peregrinos de
caminhadas de longa distância.
ABSTRACT
Introduction: Pilgrimage is characterized as a long walk with the goal of going
somewhere of spiritual significance, and has gained significant growth within religious
tourism; however, pilgrims who decide to go for a long walk are susceptible to a number
of complications as well as street race athletes. We can then compare these pilgrims
as amateur street race athletes, where injuries are common, especially in the lower
limbs. Objectives: Therefore, the objective of this study was to quantify the intensity
and identify the place of pain and injury of people who made the pilgrimage to the
National Shrine of Aparecida do Norte. Method: Participated in this research 42
pilgrims, who finished the Pilgrimage to Aparecida do Norte (average of 137.3 km of
walking), being 26 males and 16 females, with an average age of 46 ± 12 years,
excluding those who reported a history of lower limb and spine injury. An adapted
responsive questionnaire was applied immediately after the pilgrims' walk with open
and closed questions about pain and injury. Results: The results of this study showed
that the majority (91%) of the volunteers presented moderate to severe pain and also
reported visible lesions mainly in the lower limbs, such as bullous foot injuries.
Conclusion: It is concluded with the present study that there is a high prevalence of
moderate and severe pain and predominance of bullous lesions in lower limbs of long-
distance walking pilgrims.
1 INTRODUÇÃO
2
Fazendo uma correlação entre corridas mistas e caminhadas de longa distância,
conforme o estudo de Pereira et al., (2017), podemos analisar as duas modalidades
de maneira equiparadas, pois há uma similaridade no perfil dos participantes.
Nas últimas décadas há relatos de um crescimento elevado no número de provas
e de participantes no segmento de corrida de rua principalmente nas corridas de longa
distância, a maratona é uma modalidade de corrida realizada por participantes com
diferentes níveis de condicionamento, ampla distribuição por idade e com a presença
de diversas comorbidades. (SIERRA et al, 2015)
Segundo Araújo et al., (2015), as lesões físicas em pessoas praticantes de
corridas amadoras são maiores que em trabalhadores que exercem movimentos
repetitivos. E pode acarretar em lesões principalmente lesões em membros inferiores
como em joelhos, tornozelos e pés, prejudicando sua qualidade de vida, seja de forma
temporária ou definitiva.
Ainda de acordo com Araújo et al. (2015), as lesões mais comumente são
entorses, lesões bolhosas e escoriações como mostra quadro abaixo:
Entorses 29,9
Lesão bolhosa 19,9
Escoriações 19,9
Distensão 9,9
Contusão 7,9
Eczema Flexural 5,3
Luxação 2,0
Fratura 1,3
Outras 3,9
Total 100
Fonte: Adaptado de Araújo et. al., (2015).
3
Socialmente, a pesquisa tem o intuito de esclarecer para a comunidade
envolvida, os comprometimentos de que as lesões durante a peregrinação podem
causar, favorecendo com isso, estratégias de prevenção.
Institucionalmente, tende a acrescentar ao acervo de pesquisas, incentivando o
desenvolvimento de novos estudos, tanto na área da fisioterapia, quanto na área da
educação física.
Para a ciência esta pesquisa poderá trazer dados inéditos de um público pouco
explorado, pois há uma escassez de dados para esse tema, incentivando assim novas
pesquisas.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 PARTICIPANTES
4
(2,0%) e 1 pessoa em Lagoinha- SP (2,0%), obtendo a média de 137,3 quilômetros
andados por peregrino. A quilometragem percorrida pelos peregrinos está descrita no
quadro 2 abaixo:
Como critério de inclusão foi estabelecido: ser maior de idade e ter completado
a caminhada ao Santuário de Aparecida do Norte.
Como critério de exclusão foi estabelecido: apresentar histórico prévio de lesão
em membros inferiores e coluna vertebral.
Sendo assim, dos 42 participantes, 8 relataram terem histórico de lesão
conforme mostra tabela 2, ficando então impedidos de responder o questionário
responsivo.
3.3 MATERIAIS
5
3.4 PROCEDIMENTOS
Estudo transversal, sendo que após tabulação dos dados foi utilizada
estatística descritiva por meio de média, desvio padrão e porcentagem.
Os dados foram organizados em tabelas e gráficos e para verificar a
distribuição da amostra foi usado o teste D’Agostinho e por obter resultados não
paramétricos foi utilizado o teste de Qui-Quadrado, adotando p ≤ 0,05.
4 RESULTADOS
6
Gráfico 1: Existência de dor durante a caminhada
94%
100
80
Sim
60
Não
40
20 6%
0
Sim Não
O Peregrino especificou qual foi a dor mais importante dele e pela escala visual
analógica (EVA), classificou essa dor mais importante em leve, moderada e intensa.
Conforme exposto no gráfico 2, obtivemos os seguintes resultados: 2 pessoas
classificaram dores leves nos pés e 1 pessoa classificou dor leve em joelhos; 9
pessoas classificaram dores moderadas em pés, 2 em joelhos, 3 em panturrilhas, 1
7
em pernas, 1 em tornozelos, 1 em quadril e 1 em outros*; 5 pessoas classificaram dor
intensa em pés, 1 pessoas em coxas, 3 pessoas em joelhos, 1 pessoa em panturrilhas
e 1 em pernas. Sendo assim, obtivemos um percentual maior em dores moderadas a
intensas – 50% das amostras relataram dores moderadas e 34,4% relataram dores
intensas (p < 0,001).
10 9
6 5 Leve
3 3 Moderada
4
2 2 Intensa
2 1 1 1 1 1 1 1 1
O gráfico três é pertinente a presença de sinais visíveis de lesão, onde 84% (27
pessoas) descreveram que tinham sinais visíveis de lesão e 16% (5 pessoas)
disseram que não tinham sinais visíveis de lesão. Houve diferença estatística
relevante (p > 0,001).
95 84%
80
Sim
65
Não
50
35
16%
20
5
Sim Não
8
Os segmentos anatômicos mais frequentemente acometido por lesões,
conforme mostra a tabela 5, teve prevalência em os Pés (69,0%), seguido por joelhos
(10,3%), coxas (6,9%), tornozelos (6,9%), panturrilhas (3,4%) e quadris (3,4%).
9
5 DISCUSSÃO
10
caminhada de longa distância a probabilidade de um tipo comum de lesão é
expressiva.
Por fim, o estudo de Purim et al. (2014) analisou os tipos de lesões que acometeu
um grupo de corredores de longa distância, e assim como encontrado nesse estudo,
as lesões bolhosas tiveram um resultado expressivo, interferindo até no desempenho
da pratica do caminhar. Isso se deu devido ao tipo de calçado utilizado pelo voluntario
e os diferentes tipos de solo percorridos, fazendo que o peregrino não tivesse um
sinergismo na pisada, causando pressão inadequada nos pés.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, M. K.; BAEZA, R. M.; ZALADA, S. R. B.; ALVES, P. B. R.; MATTOS, C.A.
Lesões em praticantes amadores de corrida. Rev. Bras. Ortoped., São Paulo- SP,
agosto, 2015.
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GABILAN, Talytha. Características de treinamento e desempenho de longa
distância em corredores. 2014. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização) - Universidade federal do Paraná, Curitiba, 2014.
MAIO, C. A.; Turismo religioso e desenvolvimento local. Publ. UEPG Humanit. Sci.,
Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa- PR, junho 2004.
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CALVO, A. P. C.; RAVAGNANI, F. C. P. Questionário de prontidão para o esporte
com foco nas lesões musculoesqueléticas. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 22, nº 5, São
Paulo- SP, Outubro 2016.
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