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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS CURSO DE FISIOTERAPIA

PREVALÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM NADADORES DO


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS-GO

Coordenador: Esp.Wesley dos Santos Costa


Co-orientador: Ms. Denis Diniz
Co-orientadora: Profa. Dra. Samara Lamounier Santana Parreira

Alunos: Bruno Oliveira Silva Daniel Flavio Gomes de Jesus Gabriel Sanches Silva
Pedro Paulo Oliveira Mota Ruan Kaique de Oliveira

Anápolis-GO
2020
Centro Universitário UniEVANGÉLICA

PREVALÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM NADADORES DO


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS-GO

Projeto de Pesquisa apresentado para elaboração do trabalho de conclusão de curso de


fisioterapia.

Orientadora: Profa. Dra. Samara Lamounier Santana Parreira

Anápolis-GO
2020
1. Sumário

1. Sumário....................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................3
4. PROBLEMA DO ESTUDO......................................................................................3
5. HIPÓTESE DO ESTUDO........................................................................................3
6. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................3
7. OBJETIVOS.............................................................................................................9
7.1. Objetivo geral..................................................................................................................9
7.2. Objetivos específicos.......................................................................................................9
8. METODOLOGIA......................................................................................................9
8.1. Natureza e Local da pesquisa..........................................................................................9
8.2. População e Amostra.......................................................................................................9
8.3. Critérios de Inclusão e Exclusão...................................................................................10
9. ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA...................................................................10
9.1. Propriedades das informações obtidas..........................................................................10
9.2. Termo de Consentimento livre e Esclarecido (TCLE)..................................................10
10. RISCOS E BENEFÍCIOS.......................................................................................10
10.1. Riscos.........................................................................................................................10
11. CRONOGRAMA....................................................................................................11
12. ORÇAMENTO........................................................................................................11
13. RESULTADOS ESPERADOS...............................................................................12
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................13
15. APÊNDICES..........................................................................................................15
15.1. Termo de Assentimento do menor.............................................................................16
15.2. Termo de consentimento Livre e esclarecido............................................................17
15.3. Termo de Consentimento do Responsável................................................................20
16. ANEXOS................................................................................................................23
16.1. Anexo 1......................................................................................................................23
16.2. Anexo 2......................................................................................................................24
16.3. Anexo 3......................................................................................................................25
16.4. Anexo 4......................................................................................................................28
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A natação, enquanto prática esportiva tem reverberado no cenário mundial,


bem como no cenário nacional, principalmente devido à boa atuação de atletas brasileiros em
competições de grande visibilidade além disso a natação tenha se tornado o segundo esporte
mais praticado no país, atrás apenas do futebol. Diversos fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos se relacionam como favoráveis ao desenvolvimento dessas lesões dentre os quais
destacam-se o preparo do atleta, considerando sua idade e sexo, por exemplo, e o modo de
execução da atividade, o volume e a intensidade do treinamento, o esforço aplicado, o tempo de
execução e também o nível de competitividade. OBJETIVO: Analisar os fatores de lesões
musculoesqueléticas em nadadores do Centro Universitário UniEVANGÉLICA de Anápolis,
Goiás. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal de cunho descritivo. A pesquisa será
realizada no Centro Aquático da UniEvangélica, instituição localizada na cidade de Anápolis-
GO. A população a ser estudada será composta nadadores do Centro Aquático. Serão avaliados
um total de 39 nadadores das categorias: mirim, infantil, juvenil, júnior e sênior. Serão
incluídos no estudo nadadores do centro aquático da UniEvangélica, de ambos os sexos que
estão regularmente admitidos no Centro Aquático, que apresentem lesões musculoesqueléticas /
queixa de dores e os que não apresentem nenhum sintoma. Serão excluídos os questionários
incompletos. RESULTADO ESPERADOS: Espera-se com este estudo identificar as principais
lesões que acometem os atletas de natação, espera-se ver se há uma prevalência entre os três
tipos avaliados no estudo dor em região lombar, quadril e ombro.

Palavras-Chave: Natação, lesão no ombro, treino.

1
2. INTRODUÇÃO

A natação, enquanto prática esportiva tem reverberado no cenário mundial, bem como
no cenário nacional, principalmente devido à boa atuação de atletas brasileiros em competições
de grande visibilidade, como as Olimpíadas, fato que vem estimulando a prática da natação para
lazer, competição, melhoria na percepção corporal e para melhora fisiológica, atuando na
manutenção da saúde cardiovascular e musculoesquelética. (VENÂNCIO, 2012; MELLO 2007;
VANDERLEI, 2014).
Além da visibilidade e do bom desempenho dos atletas brasileiros na natação, o
aumento exponencial dessa prática esportiva no Brasil, se deve também ao fácil acesso aos
locais de prática, o que elimina os privilégios sociais, democratizando o esporte e estimulando
sua adesão desde a infância, todos os fatores elencados constituem o principal agente para que a
natação tenha se tornado o segundo esporte mais praticado no país, atrás apenas do futebol.
(MELISCKI, 2011; VENÂNCIO, 2012; VANDERLEI, 2014).
Diversos fatores de risco intrínsecos e extrínsecos se relacionam como favoráveis ao
desenvolvimento dessas lesões dentre os quais destacam-se o preparo do atleta, considerando
sua idade e sexo, por exemplo, e o modo de execução da atividade, o volume e a intensidade do
treinamento, o esforço aplicado, o tempo de execução e também o nível de competitividade
(VANDERLEI, 2014).
O tipo de nado deve ser levado em consideração ao se analisar a prevalência de lesões,
as principais encontradas por outros estudos são as tendinites, bursites, dorsalgia e lombalgia,
dentre outros, sabendo que a articulação dos ombros é requisitada com grande intensidade em
quase todos os estilos de nado, esse se torna o principal local lesionado nos atletas de alta
performance, havendo grande ocorrência de tendinite ou bursite (MELLO, 2007).
Estas lesões apresentam uma influência direta na vida do atleta e do clube, pois seu
ritmo de treino será interrompido, consequentemente seu rendimento cairá, estabelecendo uma
preocupação geral dos treinadores, preparadores e do clube que o recebe, assim sendo, todos
saem prejudicados, tanto o clube financeiramente, como o atleta, físico e psicologicamente
afetado (VENANCIO, 2012).
A partir do exposto acerca da relevância da natação enquanto prática esportiva no
cenário nacional, e acerca das demandas fisiológicas impostas aos atletas, a presente pesquisa se
propõe a analisar os fatores de lesões musculoesqueléticas em nadadores do Centro
Universitário de Anápolis, Goiás; uma vez que a instituição conta com uma equipe de natação

2
de alto rendimento.

3
3. JUSTIFICATIVA
A partir do que foi apresentado e da importância da natação como pratica esportiva de
alto rendimento, e como o Centro Universitário possui uma quantidade considerável de atletas
de alto rendimento praticantes de natação que participam com frequência de competições
estaduais e intermunicipais representando a instituição de ensino; este estudo se faz importante,
uma vez que os resultados deste estudo irão contribuir na identificação das principais lesões dos
atletas e se elas tem uma maior prevalência em uma determinada região do corpo.
4. PROBLEMA DO ESTUDO

Quais são os principais fatores que levam a lesões musculoesquelética em nadadores de


um Centro Universitário de Anápolis Goiás?

5. HIPÓTESE DO ESTUDO

Desequilíbrio muscular, overused e assimetria de membros são os principais fatores que


podem aumentar as lesões em atletas nadadores do Centro Universitário de Anápolis.

6. REFERENCIAL TEÓRICO
Tendo como base o estudo de Aguiar 2010, no qual foram avaliadas as lesões
desportivas na natação, trata-se de estudo observacional e analíticos, contou com 215 nadadores
de sexo masculino e feminino, selecionados aleatoriamente. Destes atletas, 50 eram velocistas e
38 fundistas do estilo de crawl, 44 do estilo de borboleta, 40 do estilo de costas e 43 peitistas;
os dados de análise foram coletados via questionário, foi elaborado por meio de modelo fechado
e contendo dados relativos aos atletas (sexo, idade, peso, estatura, IMC, tempo de prática
esportiva em anos, horas e quilometragem de treinamento por semana, dominância lateral e
prova em que é especialista) e dados referentes às lesões (tipo de lesão, local anatômico e
mecanismo causador).
Aguiar 2010 concluiu que há prevalência de lesão em fundistas e especialistas em costas
quando associado a idade; o alto volume de treino é a causa principal de todas as
especialidades; a maior lesão frequente é a tendinopatia; local anatômico mais acometido é o
ombro, exceto em peitistas que referiram maior incômodo em região de virilha. ( AGUIAR,
2010)
Segundo Carneseca, 2017 Os músculos rotadores internos e externos do ombro (RI /
RE) desempenham um importante papel estabilizador e de mobilidade na articulação
glenoumeral, especialmente em atletas que realizam movimentos acima da cabeça. Nad adores
4
competitivos geralmente apresentam lesões por excesso de uso, especialmente nos ombros.
Estudos mostram que 38% a 75% dos nadadores de alto rendimento já tiveram pelo
menos um episódio de dor no ombro que os forçou a abandonar o treinamento ou uma
competição. Trata de um Estudo descritivo e transversal realizado no segundo semestre de 2010
com a equipe de natação de elite da Universidade de Ribeirão Preto, SP, Brasil.
(CARNESECA, 2017)
Carneseca, 2017 Selecionou aleatoriamente 15 dos 20 atletas da equipe UNAERP. Os
critérios de inclusão foram: participação voluntária no estudo, sexo masculino, sem lesão
musculoesquelética, ter o nível de performance necessário para participar do Campeonato
Brasileiro de Natação. Os resultados desta pesquisa revelaram que os nadadores apresentaram
menor força do rotador interno no ombro esquerdo e menor relação força ER / IR no ombro
direito. (CARNESECA, 2017)
Em seu estudo Jack D. et al. 2017, avaliou 18 mulheres nadadoras com idade média,
19,4 +/- 1,1 anos; variação de 18-22 anos que competiam ativamente em uma National
Collegiate athetic Assiciation (NCAA) Equipe de natação da segunda divisão.
As participantes preencheram o questionário Western Ontario Rotator Cuff (WORC)
questionário pra ombro. O índice WORC avalia função do ombro e fornece uma pontuação
cumulativa com base em sintomas físicos, esporte / recreação, trabalho, estilo de vida e função
emocional com 21 questões usando uma escala analógica visual de 10 cm.
Seu estudo sugere que o tendão supraespinhal de nadadores competitivos aumenta em
espessura para atender as demandas funcionais impostas de treinamento de natação. Este
processo de remodelação do tecido corresponde a tentativa do corpo de aumentar as
propriedades mecânicas do tendão para atender às demandas funcionais, mas com o estresse
contínuo da atividade de uso excessivo, o tendão permanece em um estado de remodelação
constante com redução das propriedades mecânicas.
Assim, longas carreiras de natação podem levar a uma condição crônica de propriedades
mecânicas reduzidas no manguito rotador, aumentando assim a probabilidade de patologias.
Não se sabe se, ou em que medida, a espessura do tendão diminui após um longo período de
inatividade, mas é provável que essas adaptações crônicas na espessura do tendão possam
ajudar a explicar a alta prevalência de choque subacromial em nadadores. (JACK. D. et.al.
2017).
Hibberd, EE. et.al 2016 fala que, os participantes do estudo participaram de 3 sessões de
coleta de dados: linha de base (antes do início da temporada de treinamento dos nadadores), 6
semanas após a avaliação inicial (meio da temporada de treinamento dos nadadores), e 12
5
semanas após a avaliação inicial (final da temporada de treinamento dos nadadores). Em cada
sessão de teste, a coleta de dados ocorreu antes do início de uma prática em equipe e
participantes preencheram um questionário demográfico e completou um exame físico que
incluiu medidas de postura e distância do espaço subacromial.
Os participantes foram recrutados para um grupo de natação e um grupo de controle de
atleta não sobrecarregado. Atletas não sobrecarregados foram incluídos para dar conta de
possíveis mudanças no físico características que podem ocorrer devido à maturação 36 ou de
fatores não relacionados ao esporte. Os participantes eram homens e mulheres com idades entre
13 e 18 anos.
Cada uma das 3 sessões de teste ocorreu ao mesmo tempo de dia e foram realizadas no
grupo de natação pelo menos 8 horas depois de sua última prática. Em cada sessão, todos os
participantes preencheram um formulário de dados demográficos que incluía perguntas sobre a
participação no esporte.
O grupo foi questionado especificamente sobre anos de experiência em natação,
especialização em eventos, requisitos de prática e histórico de lesões anteriores. Todos os
formulários foram coletados no início da sessão de teste. Os participantes completaram suas
típicas aquecer e depois alternar entre as estações de teste. A distância do espaço subacromial
foi medida por meio de uma máquina portátil de ultrassom diagnóstico (LOGIQe; General
Electric) usando procedimentos previamente definidos por Wang et al 49. (HIBBERD
et.al.2016)
Cada participante foi avaliado sentado em uma cadeira com seu antebraço apoiado em
sua coxa em pronação. Os participantes foram instruídos a sentar-se em seus lugares normais
postura. Antes da coleta de dados, demonstramos forte confiabilidade e precisão para medir a
distância espacial subacromial (coeficiente de correlação intraclasse [ICC] = 0,91, erro padrão
de medição [SEM] = 0,04 cm). Para avaliar a postura anterior da cabeça e do ombro,
marcadores reflexivos foram colocados no lado dominante de cada.
As pontuações de mudança percentual foram calculadas como a diferença entre a sessão
de teste 2 e a linha de base e a sessão de teste 3 e linha de base. Por causa de sua carga de
treinamento, os nadadores experimentam uma diminuição na distância do espaço subacromial e
um aumento na postura do ombro para a frente, potencialmente tornando-os mais vulneráveis
ao desenvolvimento de dor no ombro e ferimentos. (HIBBERD. E.E et.al 2016).
Rodeo. S.A. et. al 2016, avaliou a equipe de natação olímpica dos Estados Unidos em
2008, cada atleta completou um questionário que perguntou sobre seu histórico de treinamento,
número de anos de treinamento, volume de treinamento, histórico de dores ou lesões no ombro,
6
tempo perdido devido a problemas no ombro, história de ombro cirurgia, idade e sexo. Os
exames foram todos realizado durante o campo de treinamento 2 semanas antes dos Jogos
Olímpicos de Pequim, China.

Cada atleta completou o American Shoulder e Escala dos cirurgiões de cotovelo (ASES)
e o ombro L'Insalata escala. Cada atleta também foi submetido a um exame abrangente de
ambos os ombros pelo autor sênior (S.A.R.).

Os atletas foram submetidos a um exame de ultrassom detalhado de ambos os ombros.


As seguintes estruturas foram avaliadas durante o exame de ultrassom: manguito rotador, bursa
subacromial, articulação acromioclavicular e tendão do bíceps, consistindo em imagens
estáticas convencionais e clipes de vídeo durante a execução de manobras provocativas.

Em seu estudo Rodeo. S.A et. al 2016 Encontrou mudanças estruturais, incluindo
rupturas parciais nos tendões supraespinhal e bíceps e uma alta prevalência de tendinopatia
envolvendo os tendões dos rotadores de punho e do bíceps. No entanto, o aumento da idade e
anos de natação competitiva nem sempre foram preditivos de mudanças estruturais no tendão,
sugerindo que atletas que não desenvolvem tendinopatia intrínseca podem ser capaz de
permanecer no esporte por mais tempo.

A posição típica do ombro durante a entrada do braço na natação é flexão para frente,
adução, e rotação interna, que é uma posição clássica de impacto subacromial. Esta posição
também pode causar choque subcoracóide, que é menos comumente reconhecido causa da dor
anterior no ombro. Neste estudo, usando ultrassom dinâmico, encontramos movimento irregular
do cabeça do úmero devido ao impacto subacromial em 14 de 41 (34%) dos ombros e
movimento irregular do cabeça do úmero devido ao choque subcoracóide em 15 de 46 (33%)
dos ombros.

Impacto do ombro e o eventual desenvolvimento de tendinopatia também pode ser


exacerbada por cinemática glenoumeral alterada devido a uma combinação de frouxidão
intrínseca e fadiga concomitante do manguito rotador. Muitos nadadores têm um elemento de
frouxidão intrínseca, como demonstrado por nosso achado de um sinal de sulco positivo na
grande maioria e sinais frequentes de frouxidão ligamentar generalizada. Neste estudo, uma
série de nadadores (12 / 42; 29%) relataram que seus ombros pareciam instáveis em algum
ponto, enquanto apenas 1 realmente senti que o ombro ia se deslocar.

7
No cenário de instabilidade do ombro multidirecional, os músculos do manguito rotador
são necessários para manter a centralização da cabeça umeral e cinemática glenoumeral normal.
No entanto, estes os músculos podem sofrer fadiga devido a atividades repetitivas durante o
treinamento de natação.
Se a contribuição do manguito rotador para a cinemática do ombro é comprometida pela
fadiga muscular, o impacto secundário pode ocorrer. Assim, é provável que uma combinação de
frouxidão e fadiga / disfunção muscular leva a cinemática anormal e o eventual
desenvolvimento de dor.
Outras mudanças adaptativas são conhecidas por ocorrer em nadadores (e outros atletas
de arremesso) que também podem contribuir para a cinemática alterada, impacto secundário e
sintomas. Por exemplo, desequilíbrios entre os e músculos rotadores externos, 13 tensão no
peitoral músculo menor e protração escapular são comumente encontrados. (RODEO. S.A. et.
al. 2016).
A frequência dos jogos desportivos e a intensidade da formação tem uma importante
influência nos problemas relacionado aos ombros, amplificando assim as lesões por deformação
causadas por movimento e falta de tempo de recuperação. Quando submetido a algum estresse
estrutural de forma prolongada consequentemente o resultado será o surgimento de lesão
mesmo o atleta sendo jovem e não apresentando histórico de lesões. (TOOTH, GOFFLOT.A;
SCHWARTZ.C, 2020; FEIJEN.S et.al 2020; POZZI et.al 2020).
Descobriu-se que aqueles com dor lombar e doença do disco lombar nadavam todas as
braçadas, e aqueles com doença do disco lombar operada nadavam apenas no estilo livre.
Observou-se que os nadadores com patologia lombar de grau grave a ponto de requerer cirurgia
não preferiam os estilos de peito e borboleta. No entanto, aqueles com dor lombar ou doença do
disco lombar não operada podem nadar em todos os estilos, incluindo borboleta e nado peito.
(ATILLA.H, et.al 2020)
CANDEIA, A.S. et. al 2017, teve como resultado que a força de rotação medial foi 57 e
54% maior que a força de rotação lateral no grupo experimental, e 32 e 25% no grupo controle
para o membro dominante e membro não dominante, respectivamente. A razão força de rotação
medial/força de rotação lateral e a amplitude de movimento foram maiores no grupo
experimental quando comparada ao grupo controle.
 Teve como conclusão que os nadadores apresentaram maior amplitude de movimento,
força de rotação medial e razão força de rotação medial/força de rotação lateral comparados ao
grupo controle, sem alterar o espaço subacromial, comparado a valores normativos.
( CANDEIA, A.S. et. al 2017).
8
 Em seu estudo Sein, M.L et. al 2010 relata que falta um consenso claro quanto à(s)
causa(s) de dores no ombro em nadadores. As sugestões apresentam que o ombro do nadador
representa uma parte do complexo da síndrome do impacto, tendinite do manguito rotador,
tendinite do bíceps e instabilidade do ombro. Outros ombros patológicos também foram
observados, tais como lacerações labrais e perturbações acromioclaviculares da articulação em
nadadores. À medida em que os nadadores se envolvem em cargas repetitivas de movimento, é
possível que o ombro do nadador envolve a frouxidão da articulação glenoumeral e o
"complexo de instabilidade” pressupõe que a atividade repetitiva e enérgica de sobrecarga
provoca um alongamento gradual das estruturas ântero inferiores capsulo ligamentares levando
a uma a um ligeira frouxidão ligamentar, instabilidade e impacto.
Na natação, a musculatura escapular de um atleta desempenha um papel crucial na
estabilização e evitando o impacto porque a sua ativação contínua é necessária durante todo o
curso de natação. Foram relatadas lesões no ombro em até 90% dos nadadores. Esta elevada
prevalência de lesões nos nadadores tem sido associada à incapacidade de manter um bom
equilíbrio entre a força e instabilidade, em combinação com uma fraca resistência da
musculatura do ombro. Estas questões são ainda mais agravadas quando a assimetria entre os
braços dominantes e não dominantes dos nadadores são comparados ( BROWN, J. et. al 2016).
Hibberd, E.E et al 2012 disserta sobre o alto volume de distância praticada durantes os
treinos juntamente com a significativa contribuição do peitoral maior e latíssimo do dorso
provoca o desenvolvimento do ombro anterior, levando a um desequilíbrio de força com a
musculatura posterior do ombro. Os desequilíbrios de força da musculatura do ombro e as dores
no ombro são significativas correlacionados em atletas de natação.
O desenvolvimento da musculatura anterior promove a instabilidade do ombro criando
uma força de deslocação anterior sobre a cabeça umeral e impede que a cabeça umeral fique
centrada dentro da fossa glenoidal. A instabilidade do ombro pode levar à dor, ao impacto e à
diminuição do funcionamento em atletas de alta competição. Estabelecer uma força equilibrada
dos atletas de natação pode diminuir a dor no ombro e a instabilidade (HIBBERD, E.E et al
2012).
Segundo Tate, A. et. al 2012 ao longo da última década, mudanças foram feitas no
treinamento e equipamentos de natação competitiva, como programas de terra firme e o uso de
remos redesenhados para melhorar a mecânica do golpe. Tendo em conta estas alterações e a
elevada prevalência de dor em nadadores, características físicas potencialmente modificáveis da
exposição dos nadadores e variáveis de treino que são relacionados com a sua dor precisam de
ser identificados. A identificação de fatores que diferenciam os nadadores com e sem dor no
9
ombro, poderia fornecer a base para um programa de prevenção de lesões no ombro que podem
levar a dor e disfunção.
Em seus estudos SANTO 2015, CAMPOS 2012 e EJNISMAN 2010 concordam entre si
que as principais lesões nos atletas de natação foram as lesões em membros superiores
especificamente as lesões de ombro devido a uma sobrecarga na articulação por causa da carga
horária de treinamentos e intensidade, como uma solução os autores citaram trabalho de
prevenção com theraband, alongamentos e fortalecimento de core e dos músculos
estabilizadores da cintura escapular com objetivo da melhora da função do ombro.
Segundo VANDERLEI, et.al.2014, assimetria corporal pode ser um preditor para o
aumento do risco de lesões em atletas de natação, evidenciando que os atletas lesionados
apresentaram características posturais comparados aos não lesionados. Deste modo torna mais
concreto a necessidade de programas de prevenção e assimetrias posturais em atletas de
natação.

7. OBJETIVOS

7.1. Objetivo geral


Analisar os fatores de lesões musculoesqueléticas em nadadores do Centro Universitário
UniEVANGÉLICA de Anápolis, Goiás.

7.2. Objetivos específicos


 Avaliar prevalência de lesões em MMSS.
 Avaliar prevalência de lesões em MMII.
 Avaliar prevalência de lesões em tronco.

8. METODOLOGIA
8.1. Natureza e Local da pesquisa

Trata-se de um estudo transversal de cunho descritivo. A pesquisa será realizada no Centro


Aquático da UniEvangélica, instituição localizada na cidade de Anápolis-GO. 

1
0
8.2. População e Amostra

A população a ser estudada será composta nadadores do Centro Aquático da UniEvangélica de


Anápolis Goiás. Serão avaliados um total de 39 nadadores das categorias: mirim, infantil,
juvenil, júnior e sênior.  

8.3. Critérios de Inclusão e Exclusão

Serão incluídos no estudo nadadores do centro aquático da UniEvangélica, de ambos os sexos


que estão regularmente admitidos no Centro Aquático, que apresentem lesões
musculoesqueléticas / queixa de dores e os que não apresentem nenhum sintoma. Serão
excluídos os questionários incompletos. 

9. ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA


O projeto será submetido ao Comitê de Ética determinado pela Plataforma Brasil e todos os
critérios de coleta estarão de acordo com as normas do Conselho Nacional de Saúde CNS
466/12.
9.1. Propriedades das informações obtidas 
As informações obtidas durante a pesquisa estarão sob a propriedade do Profª  Esp. Wesley
Costa e Drª Daniella Alves Vento, sendo garantida a confidencialidade de todos os dados
coletados. Os mesmos poderão ser utilizados para fins científicos. Todos os resultados ficarão
armazenados por cinco anos e, após esse período, serão incinerados, conforme orientações da
resolução do Conselho Nacional de Saúde n 466/12.
9.2. Termo de Consentimento livre e Esclarecido (TCLE)

O participante deverá consentir a participação antes de iniciar as respostas ao questionário, após


concordar com todas as informações referentes a pesquisa que serão descritas claramente ao
participante. O mesmo será orientado sobre os objetivos, metodologia, riscos e benefícios, bem
como sobre a possibilidade de retirar seu consentimento a qualquer momento sem prejuízo no
seu tratamento. O TCLE estará em conformidade com as recomendações do Conselho Nacional
de Saúde (CNS) e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

1
1
10. RISCOS E BENEFÍCIOS
10.1. Riscos

A coleta de sinais vitais, dados antropométricos e aplicação dos questionários são


procedimentos não invasivos que não influenciam em nenhuma variável fisiológica, os riscos
passíveis de ocorrência são: caso o participante tenha a síndrome do jaleco branco o
pesquisador realizará a avaliação sem o jaleco, as medidas avaliadas nos dados antropométricos
os participantes homens poderão usar bermudas e mulheres usar shorts com top ou parte
superior do biquíni. Caso haja constrangimento ao responder as questões dos instrumentos de
coleta de dados, para minimizá-los, os participantes serão abordados individualmente em
ambiente próprio para avaliação e poderão ter um acompanhante junto com ele no momento da
entrevista e avaliação.

No entanto, os resultados desta pesquisa poderão permitir o levantamento de nadadores do


centro universitário com lesões musculoesqueléticas, e principais segmentos afetados tanto
como sua causa, para que assim favoreça a elaboração de estratégias com intuito de prevenir,
tratar e reabilitar tais distúrbios frente a situações do cotidiano desses nadadores.

11. CRONOGRAMA
A pesquisa será conduzida durante o período compreendido entre outubro de 2019 a setembro
de 2021 e será realizada conforme a seguinte descrição.

MESES
ETAPAS/ANO 2019 2020 2021 2022
Levantamento Bibliográfico Novembro a Janeiro a fevereiro
dezembro
Envio ao CEP dezembro
Coleta de dados 18/02
Tabulação dos dados
Análise dos dados
Envio dados a congressos

Finalização do estudo
Submissão/Publicação de artigo

Relatório Final de pesquisa

12. ORÇAMENTO

1
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A pesquisa será totalmente financiada pelos pesquisadores, assim a instituição de ensino bem
como os participantes estarão isentos de quaisquer custos.

Materiais Quantidade Valor (R$)


Impressões  50 25,00
Cópias dos questionários  525 105,00
Valor total 130,00

13. RESULTADOS ESPERADOS


Espera-se com este estudo levantar informações relevantes sobre as lesões que acometem os
nadadores de um Centro Universitário de Anápolis Goiás, afim de formular estratégias que
possam contribuir para a prevenção de situações que levem o acometimento dessas lesões, e
assim diminuir sua ocorrência no cotidiano dos atletas, contribuindo para seu melhor
desempenho e qualidade de vida. Os achados poderão servir de referência para outros atletas e
ainda serem divulgados em revistas científicas indexadas nacionais ou internacionais, em
eventos científicos e talvez suporte embasar novas pesquisas científicas e ou atividades de
extensão.

1
3
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ATILLA,H. et.al. Musculoskeletal Injuries in Master Swimmers: A National Survey in Turkey.


2020. 12(6): e8421. – Dıskapı Yıldırım Beyazıt Education and Research Hospital, Ancara,
2020.

AGUIAR, P.R.C.; BASTOS, F.N.; JÚNIOR, J.N.; VANDERLEI, L.C.M.; PASTRE, C.M.
Lesões desportivas na natação. Rev Bras Med Esporte vol.16 no.4 Niterói July/Aug. 2010.

BROWN, J; MELLIFONT, R; BURKETT, B et al. Clinical Assessment of Scapula Motion:


Scapula Upward Rotation and Relationship with Injury in Swimmers. Sports 2016, 4, 8.

CANDEIA, A.S.; et.al. Swimming increases range of motion and strength of the medial rotator
muscles of the shoulder without altering the subacromial space. Fisioter. Bras; 18(5): f: 571-I:
579, 2017.

Carneseca, E.C.; Furumoto, M.A.; Lopes, G.H.R.; Meliscki,G.A.; Monteiro, L.Z.; Vasconcelos,
E.E. Alteração da força dos rotadores do ombro em jovens nadadores de elite. Fisioter. mov.
vol.30 no.1 Curitiba Jan./Mar. 2017

CAMPOS R.P. JONAS G. MENEZES F.S. ARAÚJO L.G. Contribuição da natação para a
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1
5
15. APÊNDICES

1
6
15.1. Termo de Assentimento do menor

1
7
15.2. Termo de consentimento Livre e esclarecido

1
8
1
9
2
0
15.3. Termo de Consentimento do Responsável

2
1
2
2
2
3
16. ANEXOS
16.1. Anexo 1

2
4
16.2. Anexo 2

2
5
16.3. Anexo 3

2
6
2
7
2
8
16.4. Anexo 4

2
9

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