Você está na página 1de 12

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO

ÍNDICE DE LESÕES ENTRE CORREDORES DE RUA

MARTINS, Guilherme1
NUNES, Edna Rodrigues1
SABINO, Fernando Cézar1
SATURNINO, Márcio1
TAVARES, Eliane1
SILVA, Gilberto Reis Agostinho2

Resumo - A corrida de rua é uma das modalidades que mais crescem no mundo e no Brasil em número de
adeptos, o interesse da população brasileira nessa modalidade tem crescido por vários motivos, dentre eles o
esporte a competição ou o rendimento. O objetivo do presente estudo foi apontar o índice de lesões em
corredores amadores de rua em Goiânia-Go. Utilizamos nessa pesquisa um questionário para coleta dados,
contendo 5 perguntas fechadas de identificação pessoal, e outras 5 perguntas sobre seu histórico de lesão na
corrida. Foi observado no presente estudo que 62% dos homens e 38% das mulheres entrevistadas sofreram
algum tipo de lesão, sendo que, o joelho é o local anatômico mais afetado com 43% das lesões, em seguida o pé
com 22% de lesões, detectou-se que a corrida de rua causou fraturas e dores agudas inespecíficas ambas com
25%, como principais tipos de lesões. Em 60 % dos casos a corrida de resistência foi a atividade que mais
causou lesões. 60% dos entrevistados sentem algum resquício da lesão sofrida ao retornarem aos treinamentos.
Possivelmente a má orientação, terrenos irregulares e o uso de material inadequado contribuíram para o
acometimento de lesões nos entrevistados.

Palavras-chaves: Corredores, corrida de rua, lesões.

1
Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
2
Professor do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
1 INTRODUÇÃO

Há um grande crescimento do número de praticantes ativos dos esportes, nas


modalidades em geral, uma das modalidades que mais cresce no país é o atletismo assim
como a corrida de rua, o interesse da população brasileira nessa modalidade tem crescido por
vários motivos, dentre eles a prática do esporte como lazer, a competição ou ainda visando o
rendimento. VAN MECHELEN apud # (2010) diz que “uma das razões para o aumento
mundial de corredores é o baixo custo envolvido na atividade”, assim como o melhoramento
do condicionamento físico e bem estar. Essa forte adesão se da também pelo fato de que o
praticante não precisa necessariamente de habilidades específicas para praticá-la.
Segundo TRUCCOLO et al. (2008) pelas suas características a corrida de rua pode
receber qualquer praticante de outras modalidades pois o corredor não precisa ter
necessariamente habilidade específica para praticar. Entretanto, é perceptível os danos
ocorridos em corredores, que se aventuram sem a devida orientação profissional.

O alto número de praticantes na maioria das vezes não é compatível com a


quantidade de pessoas praticantes orientadas por um profissional de educação física,
por vários motivos, dentre eles, a má orientação profissional, tem causado um
aumento no índice de pessoas lesionadas pela prática desse esporte, assim cria-se
uma necessidade de acompanhamento desses indivíduos, na tentativa de desenvolver
métodos de treinamento, para evitar essas lesões, e possíveis problemas físicos.

Indivíduos que praticam o exercício com orientação profissional mostra-se motivado


e satisfeito com os resultados alcançados, assim como uma redução nos casos de lesões
recorrentes à prática desta modalidade JUNIOR (2010).
Um problema que deve ser observado é a falta de orientação assim como a utilização
de materiais inadequados (como o tênis, roupas), pois nesses casos é observado um aumento
no índice de lesões em corredores de rua, e através desse conhecimento podemos contribuir de
forma satisfatória na prática da corrida seja visando o lazer ou ainda o rendimento, reduzindo
de forma significativa as possíveis lesões nos atletas, realizando nesse sentido um trabalho
preventivo nesses indivíduos, MARTI (1998) apud PEREIRA (2010).
Partindo do exposto o objetivo do presente estudo foi verificar o índice e as causas de
lesões em corredores de rua em Goiânia-Go.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
A corrida de rua surgiu na Inglaterra por volta do século XVIII. O esporte tornou-se
muito popular expandindo-se para o resto da Europa e os Estados Unidos, principalmente
após o sucesso da primeira maratona olímpica. RUNNER WORLD (1999) apud JUNIOR et.
al. (2010).
A corrida de rua tem crescido muito no mundo todo, isso devido a grandes nomes do
atletismo, e de várias corridas famosas, como maratonas e circuitos, um dos responsáveis pela
popularização desta modalidade foi o medico Kenneth Cooper.

Junior et al., (2010) afirma que o médico Kenneth Cooper foi um dos responsáveis
pelo crescimento da modalidade após difundir o “Teste de Cooper” no final dos anos
60; popularizando a participação nas corridas, seja pela preocupação com a forma
física, pela busca da qualidade de vida ou simplesmente para acompanhar amigos
corredores.

A participação popular em corridas de rua tem aumentado signficamente nos últimos


anos e com isso o interesse científico de pesquisadores não tem se restringido exclusivamente
a corredores de elite, mas também a pessoas com atividade de treinamento moderado,
denominados, corredores amadores. (MARTI et.al., 1988) apud (PEREIRA, 2010).
Porém a participação popular em corridas de rua, no Brasil, tem aumentado
significativamente nos últimos anos, mas os corredores de rua não tem sido objeto de muitos
estudos de forma abrangente (PAZIN et al., 2008).
A corrida de modo geral pode trazer vários benefícios, por ser um exercício aeróbico
a corrida trabalha valências motoras, assim como, cardiorrespiratório e resistência muscular,
auxiliando a melhor absorção do oxigênio. Segundo JUNIOR et al. (2009) uma melhoria
nessa capacidade de transporte de oxigênio é uma consequência da atividade aeróbia.
A corrida de rua pode trazer benefícios não apenas ao sistema cardiorrespiratório,
mas também na parte da alteração da composição corporal, influenciando na diminuição do
percentual de gordura corporal que está ligado a doenças crônico degenerativas.

Principalmente as atividades de baixa a moderada intensidade, reduzem os risco de


doenças coronárias e as taxas de LDL - lipoproteína de baixa intensidade
responsável pelo transporte de colesterol plasmático - níveis elevados são
indicadores de um alto risco de coronariopatia, principalmente em pessoas fumantes,
hipertensas e sedentárias (JUNIOR et al., 2009 p.1).

De origem multifatorial, a lesão está inserida em um:


Conjunto de fatores intrínsecos (avaliação de contra indicação médica, idade e sexo,
condição física do atleta, além dos aspectos psicossociológicos) e extrínsecos
(condições atmosféricas, tipo de equipamento utilizado, local de treino e instalações
esportivas, planejamento do treino e higiene física) (FEITOSA; MARTINS
JÚNIOR, p. 139, 2000).

Outras lesões muito comuns que acometem os atletas de corrida são: tendinite do
tendão calcâneo, fascite plantar, distensão muscular, contratura muscular, tendinopatia,
entorse, mialgia, periostite, sinovite, fratura, bursite, dor aguda inespecífica, dor crônica
inespecífica, dentre outras.
Lesões é um assunto muito comum, tratando-se de atletas de alto nível ou
performance, a lesão é um problema muscular, ósseo ou até mesmo no ligamento, que por
muitas vezes podem atrapalhar, no rendimento físico e psicológico podendo deixar esses
atletas fora de treinamentos, atividades físicas e até mesmo competições por um longo tempo.
Segundo BARBOSA (2010) “a lesão é caracterizada por uma alteração ou deformidade
tecidual diferente do estado normal, que pode atingir os mais variados tipos de células”.
Muitas lesões ocorrem devido à pessoa não ter uma prática regular de atividade
física, e o organismo fisiologicamente falando não está preparado para começar a praticar
diretamente a corrida, primeiro o praticante deverá fazer uma adaptação, para em seguida
começar a praticar a corrida, de uma forma que não traga riscos de lesões (JUNIOR et al.,
2009).
Podemos prevenir as lesões, usando o calçado adequado para a pisada sendo ela
pronada (pisar pra dentro), supinada (pisar para fora) ou neutra (pisada normal), correr em
solos variados, distribuir a carga, entre outros cuidados. Hoje já existem vários testes e
métodos para identificar alterações articulares e consequentemente prevenir lesões em
variados aspectos.
Medidas simples, como uma avaliação postural, goniometria, avaliação da
composição corporal, testes de mobilidade articular, teste de campo, avaliação da
pisada, treinamento periodizado e manutenção dos níveis de segurança são
fundamentais para prevenir e diminuir os riscos de lesão em corredores (PEREIRA,
2010).

PAZIN et al. (2008) afirma que existem evidências de que boa parte dos problemas
oriundos da prática da corrida podem ser evitadas por meio de adaptação adequada ao
treinamento. Segundo JUNIOR et.al. (2009) para iniciar a prática de corrida é necessário
passar antes por uma fase de transição chamada jogging que não é nem uma caminhada por
ser um exercício que exija um pouco mais do sistema cardiorrespiratório, cardiovascular e
músculo – articular, e nem uma corrida propriamente dita, por ser uma atividade mais leve
que a mesma, passando por essa fase o indivíduo estará apto a iniciar os treinamentos e
consequentemente mais resistente a lesões.

3 METODOLOGIA

Para o estudo, optamos pelo método de pesquisa que segundo CERVO E BERVIAN
(2002) se caracteriza por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-
las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno
ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
A amostra foi composta por 25 indivíduos, sendo 16 do sexo masculino e 9 do sexo
feminino, entre 20 e 40 anos. Tendo como critérios de inclusão por parte do pressuposto de
que os entrevistados deveriam ter acima de 1 mês de treino, ter idade entre 20 e 40 anos e ser
praticante de corrida de rua amador, bem como o questionário e o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), devidamente assinados. Foi utilizado nessa pesquisa um
questionário para coleta dados, desenvolvido por PASTRE, (2004) contendo 5 perguntas
fechadas de identificação pessoal, e outras 5 perguntas sobre seu histórico de lesão na corrida,
que são identificação da lesão, tipo de lesão, local anatômico, mecanismo de lesão, retorno as
atividades. A coleta foi realizada em um parque, no período matutino, e em uma área
especifica para a pratica de corrida na cidade de Goiânia-Go.
Para o estudo, optamos pelo método da revisão bibliográfica, que tem por intuito
abranger resultados de pesquisas referentes a um tema ou questão, de forma organizada, sob
novo enfoque, alcançando conclusões inovadoras, motivando a ampliação de informações
sobre o tema pesquisado (MARCONI; LAKATOS, 2007).
Diante das coletas, os dados foram analisados e tabulados utilizando o software
Microsoft Excel (versão 2010) e comparados aos padrões de referência disponíveis na
literatura pertinente, alcançada através de livros, teses, reportagens e em e-books online de
acervos digitais gratuitos. Foram analisados estudos elegíveis aqueles publicados até o ano de
2015.

4 RESULTADOS E ANALISES:
Ao todo foram entrevistadas 25 pessoas, sendo 16 do sexo masculino e 9 do sexo
feminino, os resultados são apresentados em forma de gráfico. No Gráfico 1 é observado que,
do total de 25 participantes 64% é do sexo masculino e 36% é do sexo feminino, o que mostra
que a corrida de rua, é um esporte onde a procura é maior por parte do sexo masculino,
entretanto, tem nos últimos anos aumentado a procura desta modalidade pelo sexo feminino.

Gráfico 1 praticantes de corrida de rua de acordo com o sexo.

Observamos no Gráfico 2 que a porcentagem de homens acometidos por lesões


relativo ao público feminino é maior, (64%) e (36%) respectivamente esse fato pode ser
explicado devido o maior número de homens entrevistados praticantes da modalidade, quando
comparados com o sexo feminino. Outro fato que deve ser levado em consideração é que as
mulheres possuem uma preocupação maior para com a fase de preparação ao iniciarem a
modalidade de corrida, promovendo então um fortalecimento estrutural, o que as torna mais
resistentes à lesão.

Gráfico 2 acometimento de lesões de acordo com o sexo.


A maioria das lesões observadas foram fraturas e dor aguda inespecífica, com 25%
ambas, como observado no Gráfico 3, o local mais acometido pelas fraturas foi o pé, já na dor
aguda inespecífica o local mais acometido foi o joelho, os músculos e ligamentos da
articulação do quadril, esses foram os mais afetados pelas distensões musculares com 19%,
outros 19% dos entrevistados relataram outros tipos de lesões não citadas no trabalho e
ocorreram principalmente no joelho, os outros 12% apresentaram entorse no tornozelo, lesão
que impossibilita a continuidade no treinamento, havendo a necessidade de repouso e em
alguns casos são cirúrgicos.

Gráfico 3 Tipo de lesões ocasionadas em corredores de rua.

Em relação ao gráfico 4, foi observado que o joelho é a articulação mais acometida


por lesões somando no total 43% dos entrevistados, que relataram já ter sofrido lesão nesta
articulação, isso mostra que quase a metade de todas as lesões, são de joelho. Em seguida
outro ponto aparece com 22% é o pé como o local anatômico mais afetado por lesões,
justifica-se na maioria dos casos, os atletas utilizarem calçados inadequados ou correrem em
terrenos irregulares. Já o quadril e o tornozelo apresentaram 14% da prevalência de lesões
ambos por último aparece como ponto de lesão a coxa posterior que apresentou 7 % do total
de lesões.
Gráfico 4 Local de acometimento das lesões

No gráfico 5, foi questionado qual atividade provoca mais lesões, dentre as


atividades foram citadas a corrida de resistência, corridas de velocidade e treinamentos
resistidos. Surpreendentemente, a atividade que segundo os entrevistados, gerou mais lesões
foi a corrida de resistência, apresentando um índice de 60% das lesões ocasionadas. Em
seguida aparece a corrida de velocidade que apresentou uma prevalência de 27%, e por último
apresentando um índice de 13% na ocorrência de lesões nos praticantes de corrida de rua foi à
musculação. Pois o que pode explicar esse fato, é que a musculação não gera danos às
articulações, assim como o sistema músculo-esquelético quando realizada em uma intensidade
leve a moderada.

Gráfico 5 Atividades físicas que ocasionam lesões.

Na recorrência de sintomas observa-se no Gráfico 6, que um alto índice de


entrevistados alegaram retornar as atividades normais com algum sintoma promovido pelas
lesões após um período de repouso, sendo então que 60% dos entrevistados, alegaram que ao
retornar as atividades costumam sentir desconforto provocados pela ocorrência da lesão,
entretanto, outros 40% dos entrevistados não relataram desconforto após o retorno as
atividades de rotina, dentro das corridas.

Gráfico 6 Recorrência de sintomas da lesão ao retornar as atividades normais.

5 DISCUSSÃO

No presente estudo foi detectado que cerca de 62% dos homens e 38% das mulheres
entrevistadas sofreram algum tipo de lesão, na corrida de rua, isso indica que esses praticantes
podem ter má orientação, podem estar praticando corrida em terrenos irregulares ou até
mesmo não ter nenhuma orientação, BARBOSA (2010) é mais enfático quando diz sobre os
limites de cada individuo em estudo realizado por ele.

70 % informaram que já tiveram lesões, isto significa que o atleta esta ultrapassando
os seus limites, o conhecimento das possíveis lesões pertinentes aos atletas que
praticam este esporte pode ser útil, na medida em que auxiliará na prevenção de
lesões com base na prescrição de treinamento. (BARBOSA, 2010 p.34).

Essa alta porcentagem de 70 % pode ser encontrada por se tratar de um estudo


dirigido a atletas, no presente trabalho optamos por entrevistar apenas praticantes amadores de
corrida de rua, esse pode ser um dos fatores que tenhamos um percentual razoável ou de certa
maneira alto de pessoas lesionados em nossa pesquisa. PAZIN, (2008) coloca que lesões
relacionadas à corrida são comuns em corredores amadores com prevalência variando entre
14 e 50% ao ano, outro fator que pode ser determinante para esse percentual, se encontra no
dado de que mais de 70% dos entrevistados tenham menos de 1 ano e meio de prática ou
treino.
Outro dado relevante a ser discutido e que está diretamente relacionada ao tema
desse trabalho que são os locais anatômicos mais afetados por lesões, em todas as pesquisas e
artigos que analisamos e utilizamos para essa discussão aponta os membros inferiores como
os mais afetados, quando observamos e analisamos os dados dos praticantes de corrida de rua,
o joelho é o local anatômico mais afetado com 43% assim como o pé com 22% de lesões.
Segundo estudos de FEITOSA E MARTINS JÚNIOR (2000):

(...) para o grupo dos corredores, a incidência de lesões está relacionada à realização
de movimentos de repetição, acarretando lesões condicionadas por traumatismos de
repetição das estruturas ósteo-tendinosas dos membros inferiores e da coluna
vertebral, levando a fraturas de fadiga, além de lesões dos tecidos moles.

Segundo NETO (2009) segmento anatômico mais acometido são os membros


inferiores (70%), com uma prevalência decrescente em perna, joelho e coxa. Já LAURINO
(2000) aponta que o segmento anatômico mais frequentemente acometido por lesões foi a
coxa (53,3%), seguido pelo joelho (17,5%), tronco e membros superiores (11,7%), tornozelo e
pé (9,1%) e perna (8,3%).

Outro aspecto que também interessa, no que diz respeito às lesões em corredores de
rua, são as que se apresentam em nervos e são causadas pela prática dessa modalidade
esportiva. De acordo com OLIVEIRA (2009):

Os nervos acometidos são: interdigitais, tibial, fibular e sural. Além disso, de acordo
com o mesmo autor, é importante conhecer as diferenças na sintomatologia das
lesões nervosas e musculoesqueléticas para o correto diagnóstico, pois os sintomas
podem se apresentar de formas diferentes e são dependentes do exercício para
reproduzir a dor. Além disso, podem estar associados a outros danos comuns a
corredores, tornando o diagnóstico diferencial mais difícil.

Deve-se ter cuidado com a quantidade e o volume do treino que é passado aos
alunos, pois grandes volumes sem planejamento podem acarretar lesões.
No presente estudo detectou-se que a corrida de rua causou fraturas e dores agudas
inespecíficas ambas com 25%, como principal tipo de lesão encontrada nos entrevistados,
seguido de distensão muscular, com 19%, sendo que 60% dos entrevistados ainda sentem
algum resquício da lesão sofrida e apenas 40% já se recuperaram completamente. Segundo
Pereira (2010) “as fraturas por estresse resultam de carga repetitiva do osso em níveis maiores
do que podem ser sustentados sem um colapso dos tecidos envolvidos”.

6 CONCLUSÃO

Através dessa pesquisa entendemos que o processo que envolve o praticante e o


esporte, é complexo e pode ser que haja alguma barreira, nesse caso as lesões, que são
variadas e inesperadas. Entretanto, elas podem ser evitadas, através de uma boa orientação, os
praticantes vão estar sempre suscetíveis a essas lesões, porém com o trabalho do profissional
de Educação Física essas estatísticas podem ser reduzidas. É certo que temos um trabalho
ainda longo, pois há muitos praticantes sem orientação correta e até mesmo sem orientação
alguma de um profissional capacitado, além de tudo os equipamentos utilizados pelos
praticantes na maioria das vezes são inapropriados, favorecendo o aparecimento de lesões.
Sugerimos que para melhorar esse quadro, possam ser realizadas palestras e
intervenção do Profissional de Educação Física em parques e pistas onde é frequente a prática
da modalidade, no intuito de orientar e sugerir a adoção de novos hábitos na prática desta
modalidade que é de extrema importância na promoção da saúde. Outro fato seria o Conselho
Regional de Educação Física promover campanhas para a conscientização dos praticantes, e
tornar efetivo o papel de cada profissional de Educação Física nesse aspecto.
Outros estudos devem ser realizados, utilizando uma amostra mais abrangente, e
investigações mais aprofundadas no intuito de descobrir as particularidades desta modalidade
e quais os efeitos benéficos à mesma poderá promover quando praticada de forma adequada,
assim como, os prejuízos e danos a mesma poderá trazer a seus praticantes quando realizado
de forma inadequada e sem a orientação do Profissional de Educação Física.

7 REFERÊNCIAS

BARBOSA, R. D. O. Lesões mais comuns no atletismo, na modalidade de corrida de


fundo, em atletas do município de campina grande - PB.Campina Grande – PB: 2010.

CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2002.
FEITOZA, J. E. ; MARTINS JÚNIOR, J. Lesões desportivas decorrentes da prática do
atletismo. Maringá: Revista da Educação Física, 2000.

JUNIOR, R. J. B. JUNIOR, N. D. S. A. SILVA G. P. D. Prevenção De Lesões e Benefícios


Da Prática De Corrida. Revista Digital – Buenos Aires, 2009.

JUNIOR, M. T. MENEZES, J. W. L. D., GARCIA, F. M. COICEIRO, G. A. Estudo


comparativo entre praticantes de corrida de rua frequentadores da lagoa Rodrigo de
Freitas. Revista Digital. Bueno Aires Nº 150, 2010.

LAURINO, Cristiano F. DE S., LOPES, A. D. MANO, K. D. S. COHEN, M. ABDALLA, R.


J. Lesões Músculo-esqueléticas no atletismo. Ver Bras Ortop. – Vol. 35. Nº 9 – Setembro,
2000.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. V. Fundamentos da Metodologia Científica. 6 Ed,


2007.

NETO, G. A. S. ZANETTI, G. R. L. C. JUNIOR, A. J. Perfil Epidemiológico das lesões


musculoesqueléticas em atletas praticantes de corrida de rua em Goiânia. Porto Alegre n.
especial, p. 26, 2009.

OLIVEIRA, M. R. A evolução da participação feminina em corridas de rua. Monografia:


Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional/UFMG, 2009.

PEREIRA J. L. D. R. Lesão em corredores: Aspectos preventivos através de uma abordagem


epidemiológica. Porto alegre: 2010.

PAZIN, J. DUARTE, M. D. F. D. S. POETA, L. S.; GOMES, M. D. A. G. Corredores De


Rua:Características Demográficas, Treinamento e Prevalência De lesões. Florianópolis: 2008.

PASTRE, C. M et al, Lesões desportivas no atletismo: comparação entre informações


obtidas em prontuários e inquéritos de morbidade referida. Rev. Brás. Med. Esporte. Vol. 10
Nº 1 – Jan/Fev. 2004.

TRUCCOLO.A. B. et al. Fatores motivacionais de adesão de corrida. Motriz: Rio Claro.


V.14. N.2. p-108- 114, Abr/Jun. 2008.

Você também pode gostar