Você está na página 1de 1

Visão interdisciplinar no treino adaptado para lesados

medulares

Palestrante: Luciana bezerras dos Santos

Sabendo-se que a lesão medular é uma condição em que ocorre danos à


medula espinhal, que é a estrutura responsável por transmitir os sinais nervosos
entre o cérebro e o resto do corpo, muitos são os desafios enfrentados pelos
lesionados medulares, como alteração permanente ou temporária, na sua
função motora, sensitiva e autonômica. Ressaltando que a incidência de
traumatismo Requimedular é de 6 a 8 mil casos novos por ano, sendo 80% das
vítimas homens, e 60% deles entre os 10 a 30 anos de idade, tendo em vista
que as causas dessa lesão muita das vezes é a PAF- Polineuropatia
Aminoidótia familiar, que é uma doença hereditária rara e degenerativa que
causa uma aglomeração de proteínas anormais nos tecidos do organismo, e
sendo a outra causa mais frequente, acidentes automobilísticos, como os de
motocicletas. E a recuperação de pacientes com esse tipo de lesão pode variar
de pessoa para pessoa, dependendo de vários fatores, como por exemplo, a
extensão de lesão, idade da pessoa e o acesso adequado a tratamentos e
reabilitação adequados, pois a reabilitação física e ocupacional desempenham
um papel fundamental na maximização de independência e qualidade de vida
de lesionados medulares. E é nesse ponto que a visão Interdisciplinar no treino
adaptado para lesados medulares entra, na recuperação como um todo, onde o
profissional de fisioterapia e de educação física se complementam nas suas
respectivas áreas de conhecimento, com base na MIF-Medida de Independência
Funcional e a CIF- Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde, e a partir desses métodos saber as metas funcionais do paciente,
porém, o profissional de fisioterapia e de educação física precisam antes de
tudo saber sobre a sensibilidade alterada do paciente, sobre hipotensão
postural, compensações musculares, ossificação heterotópica (alongamento
excessivo) e osteopenia/ osteoporose (fraturas), saber das dificuldades e
possíveis compensações, e está ciente que a realização das atividades também
tem relação com funções estruturais do corpo, participação, fatores ambientais e
pessoais, para daí então adaptar o treino de acordo com o grau de
funcionalidade de cada lesionado, tendo em vista a técnica, consistência e
intensidade (velocidade e carga), ensinar o movimento para execução correta de
cada exercício, adequar a periodização dos treinos, e a evolução do paciente.
Sendo sempre o objetivo principal, desenvolver para a sociedade com as suas
funções mais bem desenvolvidas, podendo levar vidas produtivas e
significativas, e assim, é possível superar muitos dos desafios associados à
lesão medular e alcançar uma boa qualidade de vida.

Você também pode gostar