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Implementação de Sistema de Radiodifusão Digital

com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

Implementation of Digital Signal With Shared Structure in The City of Gravatá

Emidio Nascimento de Souza Paz1 Paulo Hugo Espirito Santo Lima2


orcid.org/0000-0001-xxxx-2427 orcid.org/0000-0001-xxxx-2427

RESUMO

1
Escola Escola Politécnica de Pernambuco, O sistema de televisão, um dos meios de comunicação mais difundidos
Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil. em todo o planeta, está passando por uma mudança muito ampla, que
E-mail: coordtelecom@poli.br
vai desde seu modo de captação de imagem até a chegada da
informação ao telespectador. A mudança do sistema analógico para o
digital (SBTVD) traz grandes modificações na estrutura do sistema, visto
que o sistema digital conta com novos recursos de tecnologia
implementados, que garantem mais qualidade, flexibilidade e
versatilidade. Devido à complexidade do ambiente, surge uma
densificação da rede para suportar as demandas de cobertura, trazendo
consigo uma imensa dificuldade para aquisição de sites para rede de
acesso à repetição do sinal. Devido aos grandes custos de implantação
do canal digital, somadas às indefinições na regulamentação e as
disputas comandadas pelos radiodifusores dificultaram o
desenvolvimento e a disseminação da TV digital, provocando
sequenciais adiamentos do sinal analógico. Enquanto isso, outras
tecnologias de interatividade emergiram em paralelo (serviços de
streaming nas smart TVs, Chromecast, Apple TV, boxee, etc.). O que
pode ter tornado o sistema brasileiro de TV digital mais obsoleto. Este
trabalho tem como objetivo mostrar os benefícios de uma estrutura
compartilhada e a redução dos custos quando uma única empresa
fazendo a implantação, e quando várias empresas compartilhando o
projeto.

PALAVRAS-CHAVE: Compartilhamento; Sinal Digital; Televisão;

ABSTACT

The television system, one of the most widespread means of


communication in the entire planet, is undergoing a very broad change,
which ranges from its way of capturing images to the arrival of
information to the viewer. The change from analogue to digital system
(SBTVD) brings about major changes in the structure of the system, as
the digital system has new technology resources implemented, which
guarantee more quality, flexibility and versatility. Due to the complexity
of the environment, there is a densification of the network to support
the coverage demands, bringing with it an immense difficulty in
acquiring sites for the access network to repeat the signal. Due to the
high costs of implementing the digital channel, added to the lack of
definitions in the regulation and the disputes led by the broadcasters, it
made the development and dissemination of digital TV difficult, causing
sequential postponements of the analogue signal. Meanwhile, other
interactivity technologies emerged in parallel (streaming services on
smart TVs, Chromecast, Apple TV, boxee, etc.). Which may have made
the Brazilian digital TV system more obsolete. This work aims to show
the benefits of a shared structure and the reduction of costs when a
single company is implementing it, and when several companies are
sharing the project.
Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

1 INTRODUÇÃO da análise das consequências desta prática no


mercado podemos ver os benefícios dessa
É notório que os sistemas de transmissão do abordagem que serão inumeráveis. Através
Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), desses avanços que são indispensáveis para a
estão se tornando importantes no Brasil, desde democratização dos setores de telecomunicações
sua implantação em 2006. A preocupação com a que vem fomentar o setor, é possível notar que
qualidade desse serviço cresceu de tal forma que outras tecnologias vão entrar nesse modelo de
as emissoras de TV estão investindo cada vez negociação como, por exemplo, o 5G que está
mais na qualidade da transmissão do sinal. Com o para ser implantado no nosso país.
advento da TV Digital, a mesma teve sua inserção
em tecnologias móveis bastante conhecidas nessa 2 IMPLANTAÇÃO
atual era tecnológica, a exemplo os smartphones
e tablets [1]. Implementar um sistema de compartilhamento
O assunto de TV digital no Brasil começou no de infraestruturas de telecomunicação requer uma
ano de 1994, com a Associação Brasileira de abordagem estratégica e colaborativa, que
Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da envolve operadoras, reguladores e outras partes
Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e interessadas. Algumas considerações importantes
Telecomunicações (SET). Entretanto, em 1998, para implementar com sucesso um sistema de
esse tema ganhou notoriedade. A TV digital compartilhamento de infraestruturas são: análise
brasileira ainda não conseguiu atingir todas as de viabilidade, acordos e parcerias, marco
cidades, por uma série de indefinições políticas, regulatório, padronização, planejamento de rede,
falta de planejamento e ações mais enérgicas, negociações transparentes, monitoramento,
investimentos financeiros na área. manutenção e uma avaliação contínua.
O desenvolvimento tecnológico tem sido A implementação bem-sucedida de um sistema
acompanhado pela necessidade de se pensar no de compartilhamento de infraestruturas de
futuro do planeta e das gerações na busca pela telecomunicação exige colaboração, planejamento
conciliação entre ambos, e assim surge a cuidadoso e uma abordagem estratégica,
demanda por um desenvolvimento sustentável em resultando em uma rede de comunicação mais
todas as áreas. Nesse sentido, cabe à engenharia eficiente e sustentável. A figura 1 demonstra
atender a esse novo modelo de projeto, criando como funciona a estrutura de compartilhamento.
alternativas para que as intervenções e
modificações do homem gerem o menor impacto Figura 1 – Exemplo de compartilhamento de estrutura
possível no meio ambiente e menores custos de
implantação.
As emissoras tiveram que mudar sua
transmissão do analógico para o digital até 2016.
No Brasil, a distribuição de canais ocorre
geralmente por transmissoras terceiras, que nelas
têm maior repercussão em sua transmissão,
sendo na grande maioria afiliadas em grandes
redes [2].
É de grande relevância o compartilhamento de
infraestrutura no desenvolvimento desse processo,
devido a saturação nas grandes metrópoles, a
otimização da alocação do ponto de vista
ambiental, o compartilhamento reduz ainda o
impacto visual da infraestrutura e os custos, além
de mitigar as preocupações dos usuários com a
radiação das estações de rádio. Quando é
possível avaliar esse tipo de peculiaridade e
modelo comercial desde o seu projeto inicial de
um planejamento de um framework fim-a-fim [3].
Passando por todo processo da melhoria, ao final

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para que possa suportar uma quantidade de até 8


canais [4].

2.1.1 Torre

A torre deve ter as seguintes características:


autoportante, com pintura nas cores padrões
laranja e branco, com luzes de balizamento
noturno e Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas (SPDA). A fundação deve ser
projetada para suportar os equipamentos.
A torre deve ter uma altura de 80 metros
autoportante, que possa suportar as intempéries
do tempo, como vento, chuva, entre outros. A
finalidade é de atingir uma área maior, fazendo
com que o sinal digital chegue com qualidade ao
telespectador.

2.1.2 Abrigo

O abrigo dever seguir os seguintes


parâmetros: 2m x 2 m x 2 m, com porta de
Fonte: Imagem autoral. acesso, um rack de 19”, ar-condicionado, sistema
elétrico com tomadas, iluminação e um Nobreak
No local de implantação de uma nova de capacidade 6 KVA/220V, garantindo total
infraestrutura para alocação dos equipamentos do proteção e segurança em locais remotos.
projeto da emissora compartilhada, tem-se as
seguintes particularidades: 2.2 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO DE
 Uma área para construção, devendo
CONBERTURA PARA SISTEMA
respeitar o plano piloto de cada localidade,
com pelo menos 5,0 m de largura, para que COMPARTILHADO
haja um local do abrigo antena de recepção
de satélite; O projeto deve contemplar os seguintes
 Uma área regular, nivelado e limpo; equipamentos e requisitos.
 Instalações elétricas no local com uma Equipamentos:
tensão 220V monofásico; 1. Satélite TX;
 Distante de nascentes; 2. Antena RX;
 Licenciamento; 3. Combinador;
 Todo projeto de para as instalações, abrigo 4. Integrated Receiver Decoder (IRD);
de alvenaria, rede de dutos caixas de 5. Transmissor;
passagem de cabos elétricos, coaxiais e 6. Filtro do Combinador;
outros. Além de muro para delimitar a área 7. O Sistema Irradiante.
definida, bem como portões e segurança Parâmetros:
necessária para o local.  Antena tipo Painel de banda larga de uma
face com um (1) nível para as localidades
que demandarem cobertura diretiva;
2.1 ESTRUTURA PARA OS  Antena tipo Superturnstile banda larga de
EQUIPAMENTOS dois (2) ou quatro (4) níveis para as
localidades que demandarem cobertura
Deve ser feita uma estrutura vertical e abrigo omnidirecional;
para que possa ser alocada todas as empresas  Linha de Transmissão: cabo coaxial de 7/8”
que vão compartilhar o espaço onde ficam todos com núcleo de espuma (foam) e
os equipamentos para transmissão, uma estrutura comprimento máximo de 85m

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controlador envia o sinal através do guia


2.2.1 Satélite direcional e o prato da antena focaliza em feixe
estreito. O lado do receptor que também é uma
Os satélites transmitem vários sinais, entre antena parabólica fará a função oposta da
eles os de TV, rádio e telefone, permitem estudar emissora, ou seja, quando o feixe de dados
as mudanças climáticas, os recursos naturais e os atinge o prato curvo o sinal é refletido para
fenômenos naturais. Há satélites que permanecem dentro de um ponto, funcionando como uma lente
num ponto fixo da Terra ao invés de orbitar sobre de aumento exposta à luz solar e sendo
ela, sendo chamados geoestacionários e são direcionado a um ponto específico. O componente
utilizados para comunicação e previsão do tempo. central da antena é chamado de conversor de
No que diz respeito a satélite de transmissão bloqueio de baixo ruído, ou Low Noise Blockdown
de sinais de TV, na sua grande maioria, são (LNB). Esse aparelho possui a finalidade de
usados do tipo geoestacionário, ou seja, são amplificar o sinal de rádio que foi refletido pelo
colocados em órbita sobre a linha do equador de prato e consequentemente filtrar os ruídos e
tal forma que o satélite tem um período de posteriormente o LNB envia o sinal para o
rotação igual ao nosso planeta, ou seja, 24 horas. receptor de satélite que está instalado em algum
Com isso a velocidade angular da rotação do lugar da casa.
satélite se iguala a exatamente a velocidade No trabalho proposto deve ser usada uma
angular da terra. E tudo isso passa como se o antena century, com as especificações disponíveis
satélite estivesse parado no espaço em relação ao no Apêndice A.
observador na terra por esse motivo é chamado
geoestacionário.
Para que o satélite entre em órbita é 2.2.3 IRD
necessário que ele atinja uma velocidade de pelo
menos 28.000 Km/h (quilômetros por hora). Com O Receptor Decodificador Integrado (do inglês,
essa velocidade se posiciona o satélite a uma Integrated Receiver Decoder - IRD), recebe o
altitude de 36.000 quilômetros, acima do equador sinal via satélite em que a frequência foi
ele ficara estável nessa orbita geoestacionária. convertida pelo LNB, e decodifica este sinal para
Desde 2016 os satélites B1, B2 e B3. Estão em poder enfim ter acesso ao conteúdo daquele
órbitas inclinadas e estão desativados. Sendo canal.
substituídos pelos satélites Star-One C1 e C2, que Os receptores, independente da frequência de
possuem transponders analógicos e digitai e estão recepção que está sendo utilizada, seja em Banda
em uso até a presente data. Ku, ou Banda C, recebem o sinal na faixa de
frequência entre 950 – 2150 MHz. O LNB é o
2.2.2 Antena RX responsável pela conversão e amplificação do
sinal recebido pela antena para esta faixa de
A antena parabólica vista no diagrama de bloco frequência em Banda L. Para que o IRD possa
da figura 1 é uma antena de abertura composta identificar e decodificar o sinal recebido, quando o
por uma superfície em formato parabólico, sinal em Banda L chega no receptor, ele está
podendo ser uma superfície sólida ou em forma de recebendo estes pacotes e, para podermos ter
grade, dependendo da frequência do sinal acesso ao conteúdo deste pacote, é necessário
transmitido, possuindo também um guia de onda decodificar este sinal, desempacotar esse sinal,
direcional em seu centro. O formato da superfície para então termos acesso aos sinais de áudio e
parabólica reflete todo o sinal que incide nele para vídeo presentes naquele pacote. Para que essa
o guia de onda em seu centro. Isso faz com que decodificação seja realizada precisamos fazer uma
essa antena apresente um ganho muito grande, série de configurações no IRD, tais como:
sendo apropriada para comunicações a grandes - Oscilador Local do LNB;
distâncias. - Frequência do Canal;
Para receber ou transmitir um sinal de satélite - Polarização do Canal;
é preciso então de uma antena com formato de - Symbol Rate;
uma parábola, daí o nome parabólica. No centro - Tecnologia (DVB-S ou DVB-S2);
dessa parábola existe um guia direcional, sendo - Modulação;
assim, para que haja a comunicação, um

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- Pacote Identificador (PID) Vídeo, PID Áudio transmissor no Quadro 1 do Apêndice C.


(na maioria dos casos o IRD encontra
automaticamente). 2.2.6 Antena Transmissora Superturnstile
Normalmente estas informações são as
utilizadas para que o IRD possa encontrar e
Antena de transmissão é responsável por
decodificar o canal procurado. Um erro em
emitir as ondas eletromagnéticas que se
qualquer uma destas informações é o suficiente
propagam para longe dessa fonte geradora. A
para que não consiga abrir o canal.
antena superturnstile é apropriada para a faixa de
O IRD é muito usado para monitoramento de
frequência necessária para a aplicação. Essa
uplink de sinais via satélite, e também utilizados
emissão que ocorre na antena é realizada através
na retransmissão de sinais, já que a sua saída
de uma corrente elétrica alternada produzida no
pode ser sinais de vídeo composto, Serial Digital
transmissor, essa variação de intensidade em
Interface (SDI), High-Definition Multimedia
função do tempo é denominada de frequência. A
Interface (HDMI) e áudio.
corrente elétrica, então, oscila ao longo de um
determinado condutor e a partir dessa oscilação é
2.2.4 Combinador produzido um campo eletromagnético e suas
ondas emitidas viajam através do espaço em
Por meio do combinador, sinais dos módulos todas as direções.
transmissores (MTX) devem ser agrupados para Antena para transmissão broadcast em UHF,
uso da mesma linha de transmissão e antena, com polarização Horizontal - Banda Larga. Ideal
considerando o mínimo de dois (2) canais. Com o para transmissão Digital e/ou Analógica. Possui
objetivo de minimizar as perdas no sistema, os diagrama de irradiação omnidirecional. Antena
filtros de máscara dos transmissores devem ser os com instalação apropriada em topo de torre, com
filtros utilizados no combinador. O combinador é alimentação inferior. As especificações técnicas da
destinado a canais de faixas de frequência de UHF antena estão listadas no Apêndice D. A figura 2
(canais 7 a 13) e de Ultra High Frequency (UHF) ilustra o diagrama horizontal da antena.
(canais 14 a 51), não sendo possível a
combinação de uma faixa com a outra. A
tecnologia dos combinadores deverá estar
adequada para atender a instalação de canais
adjacentes, quando necessário. Para estações com
Figura 2 – Diagrama Horizontal + 7,6 dBd
até sete (7) transmissores em UHF devem ser
utilizados um combinador, uma linha de
transmissão e uma antena. As características
técnicas do combinador estão listadas no Apêndice
B.

2.2.5 Transmissor

O transmissor é um equipamento que


converter um sinal qualquer, de um sensor ou
transdutor, em um sinal padrão para ser enviado a
distância.
O transmissor usado será de uma linha de
transmissores de TV Digital DOHERTY UBX da
Teletronix é compatível com os padrões digitais:
ISDB-T/TB, ATSC, DAB/DMB, DVB-SH, CMBB,
DTMB, DVB-T/H e analógicos PAL-M, N, D e NTSC.
Outra novidade é a possibilidade de configuração e
gerenciamento do transmissor através de uma Fonte: [5].
interface SNMP remotamente via Ethernet Web,
que possibilita uma maior facilidade na operação e A Figura 2 apresenta uma representação gráfica
manutenção. Observa-se as especificações do que ilustra o padrão de radiação da antena em

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diferentes direções. Esse diagrama é essencial para à saturação e preocupações estéticas. Este
entender como a antena irradia o sinal e qual é a cenário traz à tona a necessidade de abordagens
sua cobertura efetiva em termos de direção e criativas e estratégias para resolver o desafio de
intensidade do sinal. locais saturados de antenas de telecomunicações.
Tem alguns usos importantes de um diagrama A finalidade desse trabalho é mostrar que vários
da antena que deve ser elencado: planejamento de equipamentos podem ser compartilhados, como
cobertura, otimização da instalação, redução de por exemplo torre, sistema de proteção contra
interferência e estudo de propagação. Em resumo, descargas atmosféricas, gerador de energia,
um diagrama da antena superturnstile é uma antenas e outros equipamentos que têm a
ferramenta vital para os engenheiros de possibilidade de ser compartilhado. O estudo de
radiodifusão e comunicação, permitindo que eles caso representa uma das muitas maneiras de se
compreendam e otimizem a cobertura de sinal da fazer o projeto. Quanto aos procedimentos para a
antena para atender às necessidades específicas sua realização existem coleta documental,
de transmissão e comunicação. observação, formulário, testes e estudos técnicos.
Para esse trabalho foi o estudo técnico.
3 ESTUDO DE CASO
3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES
Para adentrar nesse projeto, o cálculo de uma
emissora compartilhada, foi realizado um estudo Para a realização do projeto de uma estação,
de caso na cidade de Gravatá onde fica localizado devemos primeiramente analisar o local a ser
uma grande concentração de torres em definido através de sua latitude e longitude
Pernambuco, Serras das Russas no KM 73,5 – correspondente onde iremos alocar a rádio base.
Gravatá. Foram feitas imagens com um
 Latitude: 08° 10’ 24.7” S;
equipamento Drone de marca DJI FLY MINI 2.
Utilizando a ferramentas de software radio  Longitude: 35° 28’ 12.06” O.
mobile é possível modelar e identificar possíveis Foi feito um trabalho in loco, para observar
áreas de sombras e determinar a melhor quatro redes de TVs apresentadas no quadro 1.
localização e altura da antena. Isso ajuda
previamente quais decisões devem ser tomadas.
Antes de tudo, vale lembrar que as redes de Quadro 1 – Informações dos Canais de TVs
telecomunicações implantadas nas zonas Urbanas Frequênci
Canal Vídeo Áudio PCR
e zonas Rurais, (rádio, televisão, telefonia celular a
e internet sem fio), foram inseridos na paisagem Rede
3954 V 265
Brasil 264 264
urbana e rurais trazendo novas feições, o que 3413 | 2/3 MPEG
TV HD
pode ser notado na figura 3.
4034 H TV 220
210 220
2963 | 3/4 Jornal MPEG
Figura 3 – Concentração de Torres e Antenas
TV
3931 H 5003
Câmar 5002 5002
3542 | 2/3 MPEG
a
TV
3947 V 374
Norde 373 356
1750 | 2/3 AAC+
ste HD
Fonte: [6].

Essas informações são fundamentais para o


funcionamento adequado das transmissões de
televisão. Ao entender esses conceitos, é possível
compreender melhor como o sinal de televisão é
Fonte: Imagem autoral.
estruturado e transmitido. Com as informações é
possível configurar os equipamentos.
Considerando o conceito apresentado, o
projeto de compartilhamento viabiliza
economicamente o investimento. No entanto, em 3.2 ÁREA DE COBERTURA
algumas áreas rurais, essa proliferação pode levar

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A área de cobertura será de 10 km que irá disponíveis de acordo com a tabela da Anatel com
atingir toda a cidade de Gravatá e algumas cidades as suas respectivas emissoras.
que fazem divisa como Chã Grande, Primavera,
Amaraji e outras. Na Figura 4 podemos ver a área Quadro 3 – Frequências dos canais
que o sinal vai contemplar o projeto. Canais Frequências
Emissoras
Disponíveis Extremas
Figura 4 – Concentração de Torres e Antenas Rede Brasil 14 470 - 476

TV Jornal 20 506 - 512

TV Câmara 22 518 - 524

TV Nordeste 24 530 - 536


Fonte: [9].

O quadro 3 apresenta os canais e frequências


que vai ser inserido no software radio mobile, isso
permite que haja uma simulação da comunicação
entre esses dispositivos e avalie a cobertura e a
qualidade do sinal em toda a área de interesse.

3.3 PARÂMETROS DA REDE BRASIL


Fonte: [7].

Usando o software radio mobile deve calcular


Um levantamento detalhado do local onde a a potência do transmissor, qualidade do sinal,
antena será instalada envolve considerar a zona de Fresnel, atenuação do cabo coaxial e link
topografia, a vegetação, a presença de obstáculos de radiofrequência.
e outros fatores que podem afetar a propagação O canal disponível será o canal 14 que está
do sinal, a área a ser atingida com um raio de 10 disponível de acordo com o site da Anatel que foi
Km, definido para calcular os parâmetros, e as citado neste trabalho, a frequência 473MHz, a
configurações que vão ser usadas no sistema de atenuação do cabo coaxial de acordo com o
caso em apreço. Para usar o Radio Mobile é apêndice E, quadro fornecido pelo fabricante. A
necessário ter algumas informações a saber. atenuação do cabo coaxial que será usado de
A presença de obstáculos e outros fatores que acordo com o fabricante para uma frequência de
podem afetar a propagação do sinal. A altura da 700MHz e dB 3.12 para até 100m, 3.19kW [9].
torre é um fator crucial para a cobertura, a altura Ao iniciar as configurações do setup o
depende da topografia e do ambiente local. software radio mobile, devemos inserir as
Geralmente, antenas mais altas podem fornecer frequências mínima e máxima do canal de acordo
maior alcance. com o a Figura 5, e o tipo de clima, além de
definir a polarização da antena vertical ou
Quadro 2 – Canalização de TV Digital na Faixa de UHF
horizontal, foi selecionada a polarização
horizontal por se tratar de uma transmissão de
TV.

Figura 5 – Configuração do Parâmetro

Fonte: [8].

Fazendo uma consulta foi constatado os canais


que estão disponíveis no local onde será
executado o projeto. Os canais que estão

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Fonte: [10].
Fonte: [10].

A configuração do parâmetro no software Radio


A configuração da topologia no Software Radio
Mobile se refere à configuração de diversas
Mobile se refere a ajustar as configurações que
opções que afetam a maneira como o programa
afetam a representação visual da rede de
realiza cálculos e gera análises de redes de
comunicação no mapa gerado pelo programa.
comunicação. Essas configurações permitem
Essas configurações permitem personalizar a
ajustar o comportamento do software de acordo
forma como os elementos da rede, como
com as necessidades específicas do projeto e as
estações base e receptores, são exibidos no mapa
características das redes de rádio planejada.
e como as conexões entre eles são
representadas. A configuração da topologia é útil
3.3.1 Topologia do Sistema para criar mapas mais informativos e visualmente
claros para a análise da rede de rádio.
Neste ponto é definido a topologia que o
sistema deve usar, foi definido os seguintes
parâmetros da topologia rede de voz, como
3.3.2 Membros do Sistema
apresenta na Figura 6.
Nesta etapa da parametrização é necessário
definir os membros que tem função mestre e os
que tem função escravo. Onde é selecionada que
a transmissora será definida como mestres e os
usuários com a função de escravos. A figura 7
ilustra a configuração dos membros no programa.

Figura 7 – Configuração dos Membros

Figura 6 – Configuração da Topologia

Fonte: [10].

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variedade de resultados e informações que


Na propriedade Membros permite definir as ajudam a compreender a propagação do sinal de
características e parâmetros individuais de rádio, a cobertura da rede e outros aspectos da
dispositivos específicos que fazem parte da rede comunicação. Após processar os dados no
de comunicação que está sendo analisada. Esses software rádio mobile, podemos ver na figura 9, a
dispositivos podem ser estações base, antenas, área que terá a abrangência do sinal:
receptores ou outros elementos da rede.
Figura 9 – Área do sinal

3.3.3 Característica do Sistema

A seguir pode-se observar as características do


sistema, sendo configurado para viabilidade do
cálculo da área de cobertura da antena e do
transmissor com referência TE7040H fabricante
Teletronix. Foi selecionado a potência de 300W,
com limiar do receptor de -56 𝑑𝐵𝑚, com a perda
do cabo coaxial de 1,092 𝑑𝐵. Ainda a configuração
da antena usada para transmissão do sinal uma
UHF Slot Supertunstile com o ganho de 4,6 𝑑𝐵i,
com a altura da torre junto com a antena de 80
m. A figura 8 ilustra a configuração do sistema.

Figura 8 – Configuração do sistema

Fonte: [10].

É possível observar com o resultado as áreas


onde o sinal vai chegar ao telespectador, os anéis
a cada 10km, para a transmissão da Rede Brasil
canal 14. Através da figura 10 é possível notar os
resultados de processamento da Rede Brasil.

Figura 10 – Resultado do processamento com todo


detalhe Rede Brasil

Fonte: [10].

A seção de configuração do sistema consiste


em definir qual o tipo de transmissor, potência,
limiar, perda do cabo, tamanho da antena para
Fonte: [10].
que os cálculos sejam precisos, são necessários
que todos os requisitos estejam corretos. Essas
Foi utilizado um ponto aleatório para um
configurações afetam a forma como o programa
telespectador, com a seguinte localização,
opera e realiza cálculos para análises, trata os
Latitude - 8°10'6.53"S, Longitude -
dados e por fim executa simulações e gera
35°33'28.02"O, para verificação do nível do sinal
resultados.
e a qualidade do mesmo, ainda com a capacidade
de extrair várias informações para
3.3.4 Resultado processado aperfeiçoamento do projeto. Neste ponto as
linhas de fresnel [11], estão livres para o
Após processar todas as informações no recebimento do sinal da Rede Brasil canal 14. Na
Software Radio Mobile, é possível ver uma imagem da Figura 10, há algumas questões que

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podem ser observadas, como por exemplo que ao telespectadores. O sinal amarelo é geralmente
longo do percurso do sinal, devido ao relevo de associado a uma qualidade intermediária de
grandes montanhas na região. Os telespectadores transmissão de TV. A figura 10 pode ser usada
recebem o sinal com qualidade. para destacar áreas onde melhorias na
É importante notar que a qualidade do sinal de infraestrutura de transmissão ou nos ajustes do
transmissão pode variar devido a região, muitos projeto pode ser feita para que haja uma melhora
fatores, incluindo a infraestrutura de transmissão, do sinal para os telespectadores.
a topologia local e as condições atmosféricas. A
figura 10 ajuda a identificar áreas onde podem ser
necessárias melhorias do sinal de TV. 3.4 PARÂMETROS DOS DEMAIS CANAIS

Na Figura 10 apresenta as cores verde, No contexto do Rádio Mobile, as configurações


amarela e vermelha, essas cores são selecionadas principais, como altura da antena, potência de
para representar diferentes faixas de intensidade transmissão e sensibilidade de recepção, formam
do sinal. a base técnica que governa a propagação do sinal
de rádio. Essas configurações são vitais para
Indica uma intensidade de sinal baixa. assegurar cobertura adequada e desempenho
Isso pode ser um sinal de que a recepção está confiável na rede de comunicação.
fraca ou sujeita a interferências significativas, A ideia de reutilizar essas configurações em
como obstáculos físicos ou condições climáticas diversos projetos é fundamentada na consistência
adversas. Os telespectadores com sinal vermelho e eficiência. Ao ajustar inicialmente o Radio
podem estar a uma grande distância da torre de Mobile, otimizamos esses parâmetros para
transmissão, enfrentando obstruções severas no cobertura e qualidade ideais em um cenário
caminho do sinal. Com isso devido a problemas de específico. Uma vez encontradas as configurações
recepção ou falta de sinal não terá uma ideais, elas se tornam um tipo de “algoritmo”
experiência exitosa. para sistemas de comunicação eficazes.
Considerando múltiplos projetos usando o
Reflete um nível intermediário de Radio Mobile, muitas vezes a estrutura geográfica
intensidade do sinal, embora ainda seja possível e requisitos técnicos são semelhantes. Assim, as
assistir à programação, o indicador amarelo mesmas configurações que funcionaram em um
sugere que pode haver alguma instabilidade ou projeto podem ser aplicadas em outros,
possíveis interferências temporárias. Em geral, a economizando tempo e esforço ao evitar começar
qualidade do sinal é aceitável, mas pode haver do zero.
espaço para melhorias. Isso significa que a Embora as faixas de frequências possam
maioria dos telespectadores está recebendo o variar, essas variações têm impacto menor nas
sinal, mas pode enfrentar alguns desafios configurações principais que determinam a
ocasionais na recepção. propagação do sinal. Características geográficas,
alturas de antenas e outros fatores permanecem
Representa uma intensidade de sinal forte consistentes e reutilizáveis.
e estável. Quando o indicador está verde, significa A reutilização das configurações principais do
que o sinal é robusto e que a qualidade da Rádio Mobile permite padronização eficaz,
imagem provavelmente será alta. As causas do garantindo base confiável para todos os projetos.
sinal verde podem incluir proximidade com a torre Isso libera a equipe técnica para adaptar faixas
de transmissão, ausência de obstruções de frequência, otimizando o desempenho. O
significativas e uma antena de boa qualidade. planejamento se torna ágil e eficiente, mantendo
Desfruta de uma experiência de visualização de padrão elevado de qualidade na comunicação.
alta qualidade, sem problemas significativos. Eles Tendo em vista que as configurações terão os
podem assistir a programas de TV sem mesmos parâmetros, pelo fato de que alguns
interrupções e com excelente qualidade de equipamentos deverão ser compartilhados,
imagem e som. exceto a faixa de frequência que passa a ser
A figura 10 ainda apresenta uma 506MHz a 512MHz, será a TV Jornal. A faixa de
representação gráfica que destaca o sinal amarelo frequência da TV Câmara definida passa a ser
como predominante entre os sinais dos 518MHz a 524MHz. A faixa de frequência da TV

1
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, vol, n., p.-p., ano.

Nordeste 530MHz a 536MHz. Essas faixas de região de cobertura, melhora a qualidade de


frequência foram definidas de acordo com o serviço e reduz os custos.
quadro 3 supracitado. Quando uma empresa decide investir em um
projeto compartilhado de estrutura de
3.7 CUSTOS DO PROJETO E BENEFÍCIOS telecomunicações, ela divide os custos e
benefícios com outras empresas envolvidas. O
Uma estrutura compartilhada de investimento conjunto permite às organizações
telecomunicações traz uma série de benefícios às reduzirem os riscos financeiros e diluir os custos
empresas envolvidas. Em primeiro lugar, o de capital necessários para a implantação e
compartilhamento da infraestrutura reduz os manutenção da infraestrutura.
custos de construção e manutenção, já que várias Além disso, ao trabalhar com várias empresas,
empresas contribuem para tais despesas, há uma distribuição dos riscos operacionais e de
tornando a implantação e operação mais mercado. Essa cooperação pode fornecer às
acessíveis. Além disso, dividir o investimento empresas envolvidas uma maior estabilidade
inicial com outras empresas permite que cada financeira e uma maior capacidade de adaptação
uma foque em suas atividades principais, evitando aos desafios do setor. Além disso, os
gastos desnecessários em infraestrutura. investimentos conjuntos também podem viabilizar
Em segundo lugar, a utilização de uma o acesso a financiamentos e parcerias
estrutura compartilhada aumenta a eficiência estratégicas, que seriam mais difíceis de serem
operacional. Compartilhando a infraestrutura de obtidos individualmente.
telecomunicações, as empresas evitam duplicação No entanto, é importante ressaltar que o
de esforços e recursos. Isso se traduz em uma sucesso de um investimento conjunto depende de
maior qualidade de serviço e na possibilidade de uma cuidadosa avaliação e negociação de acordos
alcançar uma maior cobertura geográfica, entre as partes envolvidas. As empresas devem
especialmente em áreas rurais ou remotas onde o estabelecer regras claras para a alocação de
investimento individualmente poderia ser inviável. custos, compartilhamento de receitas, direitos de
Outro ponto é que o compartilhamento de redes acesso à infraestrutura e términos de contrato, a
permite uma melhor gestão e controle da fim de evitar conflitos futuros. No quadro 5, tem-
qualidade da rede, resultando em uma experiência se os custos de implementação individual de
de usuário mais satisfatória. infraestrutura, no quadro 5 mostra os custos que
Outro benefício significativo é a possibilidade foram levantados para uma empresa com
de desenvolvimento conjunto de projetos compartilhamento de infraestrutura e
inovadores. Em vez de cada empresa investir em equipamentos.
sua própria infraestrutura, o compartilhamento
estimula a colaboração e cooperação entre as Quadro 4 – Custos de implementação individual
organizações. Isso pode levar à criação de
serviços customizados, como soluções de Internet
das Coisas (IoT) ou cidades inteligentes, que
seriam inviáveis de serem desenvolvidas
individualmente. O trabalho conjunto pode gerar
mais criatividade e sinergia, impulsionando a
inovação no setor de telecomunicações como um
todo.
Compartilhar infraestrutura otimiza o uso de
recursos financeiros à medida em que dispensa
uma emissora de investir sozinha na construção
de uma rede de transmissão, inclusive em regiões
mais distantes, reduzindo, assim, os seus custos
de instalação, manutenção e operação ,
permitindo a destinação do valor economizado a
outras finalidades. O compartilhamento de
infraestrutura é um excelente mecanismo para
redução de custos, que resulta em ampliação da
Fonte: Quadro autoral.

DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3

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Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

Não apenas um meio de reduzir custos, o


Na ausência de compartilhamento de compartilhamento é uma forma de facilitar a
infraestrutura, cada operadora é responsável por entrada de novos agentes de mercado, como
construir suas próprias torres, antenas e estrutura pequenas redes de TVs, A estratégia de
de suporte, precisa adquirir terrenos, obter compartilhamento deve maximizar a utilização da
permissões e licenças, conduzir estudos de infraestrutura disponível, de forma a reduzir os
viabilidade, custos operacionais se multiplicam, custos das operadoras que fazem uso deste
incluindo despesas de manutenção, consumo de recurso. Caso a operadora opte por transferir esta
energia e outros custos associados à operação de redução aos seus consumidores, isto pode torná-
torres individuais, isso resulta em custos la mais atrativa a médio e longo prazos [12] ,
significativos de capital e mão de obra. criando um impacto positivo na captação de
receita.
Quadro 5 – Custos de implementação compartilhada
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O compartilhamento de estruturas de
telecomunicação emerge como uma solução
eficaz para mitigar a saturação visual nas
paisagens urbanas e rurais. Ao maximizar o uso
de infraestruturas existentes, as operadoras
podem reduzir os custos associados à construção
de novas torres e antenas, além de promover um
ambiente mais harmonioso e esteticamente
agradável.
Além disso, o compartilhamento fomenta a
colaboração entre as operadoras, possibilitando a
expansão das redes de forma mais eficiente. O
compartilhamento de estruturas de
telecomunicação e o uso do software Radio
Mobile representam uma união poderosa para
enfrentar os desafios inerentes ao
desenvolvimento de redes de comunicação
Fonte: Quadro autoral. modernas. O equilíbrio entre a expansão da
conectividade e a preservação do ambiente e da
O compartilhamento de estruturas reduz estética é o objetivo a ser alcançado, e essas
drasticamente os custos de capital, já que várias abordagens oferecem uma abordagem viável para
operadoras podem usar uma única torre ou atingi-lo.
estrutura, compartilhando os custos de construção Projetos compartilhados de estrutura de
e instalação, terrenos e obter permissões é transmissão do sinal de TV trazem uma série de
reduzida, uma vez que o uso de estruturas benefícios para as empresas envolvidas. Além da
compartilhadas elimina a necessidade de construir redução dos custos de investimento inicial e da
múltiplas torres em áreas separadas, os custos ocupação de espaço físico, há uma melhoria na
operacionais são otimizados, pois as operadoras qualidade de serviço oferecido aos
compartilham as despesas de manutenção e telespectadores e um aumento na eficiência
maximizando a qualidade do serviço, o que operacional. Esses benefícios destacam também a
resulta em economia de recursos e custos de ampliação da cobertura de sinal em áreas rurais,
mitigação. promovendo a inclusão digital. Dessa forma, O
Com o quadro 5 é possível nota a diferença de compartilhamento de infraestrutura não se
gastos para implementação e manutenção de um restringe ao setor de telecomunicações – ou seja,
sistema de TV compartilhado, com isso pode-se além de surgir como uma alternativa importante
dizer que é viável um compartilhamento, sem para evitar que as infraestruturas passivas e ativa
contar com a contribuição com o meio ambiente e de telecomunicações se tornem um gargalo no
a paisagem. desenvolvimento de novas tecnologias [13], a

1
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, vol, n., p.-p., ano.

estrutura compartilhada de transmissão de sinal /10/Mobile-Infrastructure-sharing.pdf>, Acesso


de TV se mostra uma opção promissora para o em 28 de junho de 2023.
setor, trazendo vantagens tanto para as empresas
quanto para os consumidores finais. [13] IPEA, compartilhamento de infraestrutura
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1
REFERÊNCIAS 1556/2/TD_2812_Sumex.pdf. Acesso em 14 de
setembro de 2023.
[1] TOURINHO, Carlos. O tempo da
“Hipertelevisão”. Disponível em: APÊNDICES
https://www.observatoriodaimprensa.com.br/feito
s-desfeitas/ed684-o-tempo-da-hipertelevisao/. APÊNDICE A
Observatório da Imprensa, 2012. Acesso em 28
de junho de 2023.  Diâmetro: 1,50 m (Chapa);
 Distância Focal: 565 mm;
[2] MATTOS, Sérgio. A televisão no Brasil: 50  F/D: 0,32;
anos de história (1950-2000). PAS, 2000.  Freq. Operação: 3,6 a 4,2 GHz Banda C*;
 Material do tubo: Aço galvanizado;
[3] VASCONCELLOS, Vanessa. Proposta de  Diâmetro do tubo: 3";
framework compartilhamento de  Nº de pétalas: 6;
infraestrutura. Disponivel em:  Modelo refletor: Focal Point;
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/42319/  Limite de elevação: 20º a 90º.
1/2021_VanessadeOliveiraVasconcellos.pdf. Acesso
em 13 de setembro de 2023.
APÊNDICE B
[4] ENG ARILSON BASTOS, Transmissão
Profissional, ednews, Rio de Janeiro 2005.  Faixa de operação: 470 MHz – 860 MHz;
 Impedância: 50 ohms;
[5] Site Ideal www.idealantenas.com.br/Antena-  Temperatura de Operação: -10 – +55°C;
UHFSuperturnstile4Niveis.html. Acesso em 14 de  Máxima Potencia de Entrada: 150 WRMS;
setembro de 2023.  Perda por inserção (f0): < 1.0 dB;
 Perda por inserção (f0 + 2.79 MHz): < 1.5
[6] PORTAL LSBD. Disponível em: dB;
https://www.portalbsd.com.br/. Acesso em 28 de  Seletividade (f0 + 9 MHz): > 27 dB;
junho de 2023.  Isolação entre entradas: > 30 dB;
 VSWR: < 1.15:1;
[7] GOOGLE. Google Earth website. Disponível  Group Delay: < 40 ns.
em: http://earth.google.com/. Acesso em 28 de
junho de 2023. APÊNDICE C

[8] BRASIL, Ministério das Comunicações. Quadro 6 – Especificações do transmissor


Portaria n. 276, de 29 de março de 2010.

[9] RFS. Radio Frequency Systems. Disponível


em: https://www.rfsworld.com/. Acesso em 28 de
junho de 2023.

[10] Roger Coudé. Radio Mobile Software.


Disponível em: https://www.ve2dbe.com/.
VE2DBR, 1988. Acesso em 28 de junho de 2023.

[11] DE CASTRO, Maria Cristina Felippetto.


Propagação Radioelétrica, 2017. 19 Slides.
Disponível em:
http://fccdecastro.com.br/pdf/PRE%20IV_A.pdf.
Acesso em 13 de setembro de 2023.

[12] GSMA. Mobile Infrastructure Sharing. 2019.


Fonte: [10].
Disponível em: <https://www.gsma.com/
mobilefordevelopment/wp-content/uploads/2014

DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3

13
Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

APÊNDICE D

 Faixa de Frequência: 470 a 806 MHz;


 Largura de Banda: 336 MHz;
 Polarização: Horizontal;
 Impedância: 50 ohms;
 Ganho: 4,6 dBd;
 Ângulo de ½ pot. Horizontal: 360°;
 Ângulo de ½ pot. Vertical: 13°;
 Conector de entrada: N-Fêmea, DIN 7/16”,
EIA 7/8”, EIA 1 5/8, EIA 3 1/8, EIA 4 1/16;
 VSWR: < 1.1:1;
 Área Exposta: 0,78 m²;
 Carga de Vento: 78 kgf;
 Dimensões (Diâmetro x Altura): 30cm x
1,4m;
 Peso: 70 kg; Fonte: Site RFS fabricante.
 Resistência a Ventos: 180 km/h;
 Proteção Elétrica: por intermedio da
estrutura da antena.

APÊNDICE E

Quadro 7 – Atenuação do cabo coaxial

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