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Implementação de Sistema de Radiodifusão Digital

com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

Implementation of Digital Signal With Shared Structure in The City of Gravatá

Emidio Souza1 Paulo Hugo2


orcid.org/0000-0001-xxxx-2427 orcid.org/0000-0001-xxxx-2427

RESUMO

1
Escola Escola Politécnica de Pernambuco, O sistema de televisão, um dos meios de comunicação mais difundidos
Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil. em todo o planeta, está passando por uma mudança muito ampla, que
E-mail: colocaremail@email.com
vai desde seu modo de captação de imagem até a chegada da informação
2 ao telespectador. A mudança do sistema analógico para o digital (SBTVD)
Hospital Agamenon Magalhães, Escola
Politécnica de Pernambuco, Recife, Brasil. traz grandes modificações na estrutura do sistema, visto que o sistema
digital conta com novos recursos de tecnologia implementados, que
3
Biblioteconomia, Universidade Federal de garantem mais qualidade, flexibilidade e versatilidade. Devido à
Pernambuco, Recife, Brasil.
complexidade do ambiente, surge uma densificação da rede para suportar
as demandas de cobertura, trazendo consigo uma imensa dificuldade para
Artigo recebido em: aquisição de sites para rede de acesso à repetição do sinal. Devido aos
Artigo aceito em:
grandes custos de implantação do canal digital, somadas às indefinições
DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3 na regulamentação e as disputas comandadas pelos radiodifusores
dificultaram o desenvolvimento e a disseminação da TV digital,
Esta obra apresenta Licença Creative provocando sequenciais adiamentos do sinal analógico. Enquanto isso,
Commons Atribuição-Não Comercial 4.0
Internacional. outras tecnologias de interatividade emergiram em paralelo (serviços de
streaming nas smart TVs, Chromecast, Apple TV, boxee, etc.). O que
Como citar este artigo pela NBR 6023/2018: pode ter tornado o sistema brasileiro de TV digital mais obsoleto. Este
AUTOR 1; AUTOR 2; AUTOR 3. Título do trabalho tem como objetivo mostrar os benefícios de uma estrutura
artigo. Revista de Engenharia e Pesquisa
Aplicada, Recife, v. , n. , p. , mês, ano. DOI: compartilhada e a redução dos custos quando uma única empresa
Disponível em: . Acesso em: . fazendo a implantação, e quando várias empresas compartilhando o
projeto.

PALAVRAS-CHAVE: Compartilhamento; Sinal Digital; Televisão;

ABSTACT

The television system, one of the most widespread means of


communication in the entire planet, is undergoing a very broad change,
which ranges from its way of capturing images to the arrival of
information to the viewer. The change from analogue to digital system
(SBTVD) brings about major changes in the structure of the system, as
the digital system has new technology resources implemented, which
guarantee more quality, flexibility and versatility. Due to the complexity
of the environment, there is a densification of the network to support the
coverage demands, bringing with it an immense difficulty in acquiring
sites for the access network to repeat the signal. Due to the high costs of
implementing the digital channel, added to the lack of definitions in the
regulation and the disputes led by the broadcasters, it made the
development and dissemination of digital TV difficult, causing sequential
postponements of the analogue signal. Meanwhile, other interactivity
technologies emerged in parallel (streaming services on smart TVs,
Chromecast, Apple TV, boxee, etc.). Which may have made the Brazilian
digital TV system more obsolete. This work aims to show the benefits of
a shared structure and the reduction of costs when a single company is
implementing it, and when several companies are sharing the project.

KEY-WORDS: Analog System; Digital Signal; Television;


Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

1 INTRODUÇÃO abordagem que serão inumeráveis. Através desses


avanços que são indispensáveis para a
É notório que os sistemas de transmissão do democratização dos setores de telecomunicações
Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), que vem fomentar o setor, é possível notar que
estão se tornando importantes no Brasil, desde sua outras tecnologias vão entrar nesse modelo de
implantação em 2006. A preocupação com a negociação como, por exemplo, o 5G que está para
qualidade desse serviço cresceu de tal forma que ser implantado no nosso país.
as emissoras de TV estão investindo cada vez mais
na qualidade da transmissão do sinal. Com o 2 IMPLANTAÇÃO
advento da TV Digital, a mesma teve sua inserção
em tecnologias móveis bastante conhecidas nessa Implementar um sistema de compartilhamento
atual era tecnológica, a exemplo os smartphones e de infraestruturas de telecomunicação requer uma
tablets [1]. abordagem estratégica e colaborativa, que envolve
O assunto de TV digital no Brasil começou no operadoras, reguladores e outras partes
ano de 1994, com a Associação Brasileira de interessadas. Algumas considerações importantes
Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da para implementar com sucesso um sistema de
Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e compartilhamento de infraestruturas são: análise
Telecomunicações (SET). Entretanto, em 1998, de viabilidade, acordos e parcerias, marco
esse tema ganhou notoriedade. A TV digital regulatório, padronização, planejamento de rede,
brasileira ainda não conseguiu atingir todas as negociações transparentes, monitoramento,
cidades, por uma série de indefinições políticas, manutenção e uma avaliação contínua.
falta de planejamento e ações mais enérgicas, A implementação bem-sucedida de um sistema
investimentos financeiros na área. de compartilhamento de infraestruturas de
O desenvolvimento tecnológico tem sido telecomunicação exige colaboração, planejamento
acompanhado pela necessidade de se pensar no cuidadoso e uma abordagem estratégica,
futuro do planeta e das gerações na busca pela resultando em uma rede de comunicação mais
conciliação entre ambos, e assim surge a demanda eficiente e sustentável. A figura 1 demonstra como
por um desenvolvimento sustentável em todas as funciona a estrutura de compartilhamento.
áreas. Nesse sentido, cabe à engenharia atender a
esse novo modelo de projeto, criando alternativas Figura 1 – Exemplo de compartilhamento de estrutura
para que as intervenções e modificações do homem
gerem o menor impacto possível no meio ambiente
e menores custos de implantação.
As emissoras tiveram que mudar sua
transmissão do analógico para o digital até 2016.
No Brasil, a distribuição de canais ocorre
geralmente por transmissoras terceiras, que nelas
têm maior repercussão em sua transmissão, sendo
na grande maioria afiliadas em grandes redes [2].
É de grande relevância o compartilhamento de
infraestrutura no desenvolvimento desse processo,
devido a saturação nas grandes metrópoles, a
otimização da alocação do ponto de vista
ambiental, o compartilhamento reduz ainda o
impacto visual da infraestrutura e os custos, além
de mitigar as preocupações dos usuários com a
radiação das estações de rádio. Quando é possível
avaliar esse tipo de peculiaridade e modelo
comercial desde o seu projeto inicial de um
planejamento de um framework fim-a-fim [3].
Passando por todo processo da melhoria, ao final
da análise das consequências desta prática no
mercado podemos ver os benefícios dessa Fonte: Imagem autoral.

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Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, vol, n., p.-p., ano.

6 KVA/220V, garantindo total proteção e segurança


No local de implantação de uma nova em locais remotos.
infraestrutura para alocação dos equipamentos do
projeto da emissora compartilhada, tem-se as 2.2 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO DE
seguintes particularidades:
CONBERTURA PARA SISTEMA
 Uma área para construção, devendo respeitar
o plano piloto de cada localidade, com pelo COMPARTILHADO
menos 5,0 m de largura, para que haja um
local do abrigo antena de recepção de O projeto deve contemplar os seguintes
satélite; equipamentos e requisitos.
 Uma área regular, nivelado e limpo; Equipamentos:
 Instalações elétricas no local com uma tensão 1. Satélite TX;
220V monofásico; 2. Antena RX;
 Distante de nascentes; 3. Combinador;
 Licenciamento; 4. Integrated Receiver Decoder (IRD);
 Todo projeto de para as instalações, abrigo de 5. Transmissor;
alvenaria, rede de dutos caixas de passagem 6. Filtro do Combinador;
de cabos elétricos, coaxiais e outros. Além de 7. O Sistema Irradiante.
muro para delimitar a área definida, bem Parâmetros:
como portões e segurança necessária para o  Antena tipo Painel de banda larga de uma
local. face com um (1) nível para as localidades que
demandarem cobertura diretiva;
 Antena tipo Superturnstile banda larga de
2.1 ESTRUTURA PARA OS EQUIPAMENTOS
dois (2) ou quatro (4) níveis para as
localidades que demandarem cobertura
Deve ser feita uma estrutura vertical e abrigo omnidirecional;
para que possa ser alocada todas as empresas que  Linha de Transmissão: cabo coaxial de 7/8”
vão compartilhar o espaço onde ficam todos os com núcleo de espuma (foam) e
equipamentos para transmissão, uma estrutura comprimento máximo de 85m
para que possa suportar uma quantidade de até 8
canais [4].
2.2.1 Satélite
2.1.1 Torre Os satélites transmitem vários sinais, entre eles
os de TV, rádio e telefone, permitem estudar as
A torre deve ter as seguintes características: mudanças climáticas, os recursos naturais e os
autoportante, com pintura nas cores padrões fenômenos naturais. Há satélites que permanecem
laranja e branco, com luzes de balizamento noturno num ponto fixo da Terra ao invés de orbitar sobre
e Sistema de Proteção contra Descargas ela, sendo chamados geoestacionários e são
Atmosféricas (SPDA). A fundação deve ser utilizados para comunicação e previsão do tempo.
projetada para suportar os equipamentos. No que diz respeito a satélite de transmissão de
A torre deve ter uma altura de 80 metros sinais de TV, na sua grande maioria, são usados do
autoportante, que possa suportar as intempéries tipo geoestacionário, ou seja, são colocados em
do tempo, como vento, chuva, entre outros. A órbita sobre a linha do equador de tal forma que o
finalidade é de atingir uma área maior, fazendo com satélite tem um período de rotação igual ao nosso
que o sinal digital chegue com qualidade ao planeta, ou seja, 24 horas. Com isso a velocidade
telespectador. angular da rotação do satélite se iguala a
exatamente a velocidade angular da terra. E tudo
2.1.2 Abrigo isso passa como se o satélite estivesse parado no
espaço em relação ao observador na terra por esse
O abrigo dever seguir os seguintes parâmetros: motivo é chamado geoestacionário.
2m x 2 m x 2 m, com porta de acesso, um rack de Para que o satélite entre em órbita é necessário
19”, ar-condicionado, sistema elétrico com que ele atinja uma velocidade de pelo menos
tomadas, iluminação e um Nobreak de capacidade 28.000 Km/h (quilômetros por hora). Com essa

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velocidade se posiciona o satélite a uma altitude de via satélite em que a frequência foi convertida pelo
36.000 quilômetros, acima do equador ele ficara LNB, e decodifica este sinal para poder enfim ter
estável nessa orbita geoestacionária. acesso ao conteúdo daquele canal.
Desde 2016 os satélites B1, B2 e B3. Estão em Os receptores, independente da frequência de
órbitas inclinadas e estão desativados. Sendo recepção que está sendo utilizada, seja em Banda
substituídos pelos satélites Star-One C1 e C2, que Ku, ou Banda C, recebem o sinal na faixa de
possuem transponders analógicos e digitai e estão frequência entre 950 – 2150 MHz. O LNB é o
em uso até a presente data. responsável pela conversão e amplificação do sinal
recebido pela antena para esta faixa de frequência
2.2.2 Antena RX em Banda L. Para que o IRD possa identificar e
decodificar o sinal recebido, quando o sinal em
A antena parabólica vista no diagrama de bloco Banda L chega no receptor, ele está recebendo
da figura 1 é uma antena de abertura composta por estes pacotes e, para podermos ter acesso ao
uma superfície em formato parabólico, podendo ser conteúdo deste pacote, é necessário decodificar
uma superfície sólida ou em forma de grade, este sinal, desempacotar esse sinal, para então
dependendo da frequência do sinal transmitido, termos acesso aos sinais de áudio e vídeo
possuindo também um guia de onda direcional em presentes naquele pacote. Para que essa
seu centro. O formato da superfície parabólica decodificação seja realizada precisamos fazer uma
reflete todo o sinal que incide nele para o guia de série de configurações no IRD, tais como:
onda em seu centro. Isso faz com que essa antena - Oscilador Local do LNB;
apresente um ganho muito grande, sendo - Frequência do Canal;
apropriada para comunicações a grandes - Polarização do Canal;
distâncias. - Symbol Rate;
Para receber ou transmitir um sinal de satélite é - Tecnologia (DVB-S ou DVB-S2);
preciso então de uma antena com formato de uma - Modulação;
parábola, daí o nome parabólica. No centro dessa - Pacote Identificador (PID) Vídeo, PID Áudio
parábola existe um guia direcional, sendo assim, (na maioria dos casos o IRD encontra
para que haja a comunicação, um controlador envia automaticamente).
o sinal através do guia direcional e o prato da Normalmente estas informações são as
antena focaliza em feixe estreito. O lado do utilizadas para que o IRD possa encontrar e
receptor que também é uma antena parabólica fará decodificar o canal procurado. Um erro em
a função oposta da emissora, ou seja, quando o qualquer uma destas informações é o suficiente
feixe de dados atinge o prato curvo o sinal é para que não consiga abrir o canal.
refletido para dentro de um ponto, funcionando O IRD é muito usado para monitoramento de
como uma lente de aumento exposta à luz solar e uplink de sinais via satélite, e também utilizados na
sendo direcionado a um ponto específico. O retransmissão de sinais, já que a sua saída pode
componente central da antena é chamado de ser sinais de vídeo composto, Serial Digital
conversor de bloqueio de baixo ruído, ou Low Noise Interface (SDI), High-Definition Multimedia
Blockdown (LNB). Esse aparelho possui a finalidade Interface (HDMI) e áudio.
de amplificar o sinal de rádio que foi refletido pelo
prato e consequentemente filtrar os ruídos e 2.2.4 Combinador
posteriormente o LNB envia o sinal para o receptor
de satélite que está instalado em algum lugar da Por meio do combinador, sinais dos módulos
casa. transmissores (MTX) devem ser agrupados para
No trabalho proposto deve ser usada uma uso da mesma linha de transmissão e antena,
antena century, com as especificações disponíveis considerando o mínimo de dois (2) canais. Com o
no Apêndice A. objetivo de minimizar as perdas no sistema, os
filtros de máscara dos transmissores devem ser os
filtros utilizados no combinador. O combinador é
2.2.3 IRD destinado a canais de faixas de frequência de UHF
(canais 7 a 13) e de Ultra High Frequency (UHF)
O Receptor Decodificador Integrado (do inglês, (canais 14 a 51), não sendo possível a combinação
Integrated Receiver Decoder - IRD), recebe o sinal de uma faixa com a outra. A tecnologia dos

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combinadores deverá estar adequada para atender Figura 2 – Diagrama Horizontal + 7,6 dBd
a instalação de canais adjacentes, quando
necessário. Para estações com até sete (7)
transmissores em UHF devem ser utilizados um
combinador, uma linha de transmissão e uma
antena. As características técnicas do combinador
estão listadas no Apêndice B.

2.2.5 Transmissor

O transmissor é um equipamento que converter


um sinal qualquer, de um sensor ou transdutor, em
um sinal padrão para ser enviado a distância.
O transmissor usado será de uma linha de
transmissores de TV Digital DOHERTY UBX da
Teletronix é compatível com os padrões digitais:
ISDB-T/TB, ATSC, DAB/DMB, DVB-SH, CMBB,
DTMB, DVB-T/H e analógicos PAL-M, N, D e NTSC.
Outra novidade é a possibilidade de configuração e
Fonte: [5].
gerenciamento do transmissor através de uma
interface SNMP remotamente via Ethernet Web,
A Figura 2 apresenta uma representação gráfica
que possibilita uma maior facilidade na operação e
que ilustra o padrão de radiação da antena em
manutenção. Observa-se as especificações do
diferentes direções. Esse diagrama é essencial para
transmissor no Quadro 1 do Apêndice C.
entender como a antena irradia o sinal e qual é a
sua cobertura efetiva em termos de direção e
2.2.6 Antena Transmissora Superturnstile intensidade do sinal.
Tem alguns usos importantes de um diagrama
Antena de transmissão é responsável por emitir da antena que deve ser elencado: planejamento de
as ondas eletromagnéticas que se propagam para cobertura, otimização da instalação, redução de
longe dessa fonte geradora. A antena superturnstile interferência e estudo de propagação. Em resumo,
é apropriada para a faixa de frequência necessária um diagrama da antena superturnstile é uma
para a aplicação. Essa emissão que ocorre na ferramenta vital para os engenheiros de
antena é realizada através de uma corrente elétrica radiodifusão e comunicação, permitindo que eles
alternada produzida no transmissor, essa variação compreendam e otimizem a cobertura de sinal da
de intensidade em função do tempo é denominada antena para atender às necessidades específicas de
de frequência. A corrente elétrica, então, oscila ao transmissão e comunicação.
longo de um determinado condutor e a partir dessa
oscilação é produzido um campo eletromagnético e 3 ESTUDO DE CASO
suas ondas emitidas viajam através do espaço em
todas as direções. Para adentrar nesse projeto, o cálculo de uma
Antena para transmissão broadcast em UHF, emissora compartilhada, foi realizado um estudo
com polarização Horizontal - Banda Larga. Ideal de caso na cidade de Gravatá onde fica localizado
para transmissão Digital e/ou Analógica. Possui uma grande concentração de torres em
diagrama de irradiação omnidirecional. Antena com Pernambuco, Serras das Russas no KM 73,5 –
instalação apropriada em topo de torre, com Gravatá. Foram feitas imagens com um
alimentação inferior. As especificações técnicas da equipamento Drone de marca DJI FLY MINI 2.
antena estão listadas no Apêndice D. A figura 2 Utilizando a ferramentas de software radio
ilustra o diagrama horizontal da antena. mobile é possível modelar e identificar possíveis
áreas de sombras e determinar a melhor
localização e altura da antena. Isso ajuda
previamente quais decisões devem ser tomadas.

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Antes de tudo, vale lembrar que as redes de Quadro 1 – Informações dos Canais de TVs
telecomunicações implantadas nas zonas Urbanas
Frequência Canal Vídeo Áudio PCR
e zonas Rurais, (rádio, televisão, telefonia celular e
internet sem fio), foram inseridos na paisagem Rede
3954 V 265
urbana e rurais trazendo novas feições, o que pode Brasil 264 264
3413 | 2/3 MPEG
TV HD
ser notado na figura 3.
4034 H TV 220
210 220
2963 | 3/4 Jornal MPEG
Figura 3 – Concentração de Torres e Antenas
TV
3931 H 5003
Câmar 5002 5002
3542 | 2/3 MPEG
a
TV
3947 V 374
Norde 373 356
1750 | 2/3 AAC+
ste HD
Fonte: [6].

Essas informações são fundamentais para o


funcionamento adequado das transmissões de
televisão. Ao entender esses conceitos, é possível
compreender melhor como o sinal de televisão é
Fonte: Imagem autoral.
estruturado e transmitido. Com as informações é
possível configurar os equipamentos.
Considerando o conceito apresentado, o projeto
de compartilhamento viabiliza economicamente o
investimento. No entanto, em algumas áreas
3.2 ÁREA DE COBERTURA
rurais, essa proliferação pode levar à saturação e
A área de cobertura será de 10 km que irá atingir
preocupações estéticas. Este cenário traz à tona a
toda a cidade de Gravatá e algumas cidades que
necessidade de abordagens criativas e estratégias
fazem divisa como Chã Grande, Primavera, Amaraji
para resolver o desafio de locais saturados de
e outras. Na Figura 4 podemos ver a área que o sinal
antenas de telecomunicações. A finalidade desse
vai contemplar o projeto.
trabalho é mostrar que vários equipamentos
podem ser compartilhados, como por exemplo
Figura 4 – Concentração de Torres e Antenas
torre, sistema de proteção contra descargas
atmosféricas, gerador de energia, antenas e outros
equipamentos que têm a possibilidade de ser
compartilhado. O estudo de caso representa uma
das muitas maneiras de se fazer o projeto. Quanto
aos procedimentos para a sua realização existem
coleta documental, observação, formulário, testes
e estudos técnicos. Para esse trabalho foi o estudo
técnico.

3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

Para a realização do projeto de uma estação,


devemos primeiramente analisar o local a ser
Fonte: [7].
definido através de sua latitude e longitude
correspondente onde iremos alocar a rádio base.
Um levantamento detalhado do local onde a
 Latitude: 08° 10’ 24.7” S;
antena será instalada envolve considerar a
 Longitude: 35° 28’ 12.06” O. topografia, a vegetação, a presença de obstáculos
Foi feito um trabalho in loco, para observar e outros fatores que podem afetar a propagação
quatro redes de TVs apresentadas no quadro 1. do sinal, a área a ser atingida com um raio de 10
Km, definido para calcular os parâmetros, e as
configurações que vão ser usadas no sistema de

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caso em apreço. Para usar o Radio Mobile é apêndice E, quadro fornecido pelo fabricante. A
necessário ter algumas informações a saber. atenuação do cabo coaxial que será usado de
A presença de obstáculos e outros fatores que acordo com o fabricante para uma frequência de
podem afetar a propagação do sinal. A altura da 700MHz e dB 3.12 para até 100m, 3.19kW [9].
torre é um fator crucial para a cobertura, a altura Ao iniciar as configurações do setup o software
depende da topografia e do ambiente local. radio mobile, devemos inserir as frequências
Geralmente, antenas mais altas podem fornecer mínima e máxima do canal de acordo com o a
maior alcance. Figura 5, e o tipo de clima, além de definir a
polarização da antena vertical ou horizontal, foi
Quadro 2 – Canalização de TV Digital na Faixa de UHF selecionada a polarização horizontal por se tratar
de uma transmissão de TV.

Figura 5 – Configuração do Parâmetro

Fonte: [8].

Fazendo uma consulta foi constatado os canais


que estão disponíveis no local onde será executado
o projeto. Os canais que estão disponíveis de
acordo com a tabela da Anatel com as suas
respectivas emissoras.
Fonte: [10].
Quadro 3 – Frequências dos canais
Canais Frequências
Emissoras A configuração do parâmetro no software Radio
Disponíveis Extremas
Mobile se refere à configuração de diversas opções
Rede Brasil 14 470 - 476
que afetam a maneira como o programa realiza
TV Jornal 20 506 - 512 cálculos e gera análises de redes de comunicação.
Essas configurações permitem ajustar o
TV Câmara 22 518 - 524
comportamento do software de acordo com as
TV Nordeste 24 530 - 536 necessidades específicas do projeto e as
Fonte: [9].
características das redes de rádio planejada.

O quadro 3 apresenta os canais e frequências 3.3.1 Topologia do Sistema


que vai ser inserido no software radio mobile, isso
permite que haja uma simulação da comunicação Neste ponto é definido a topologia que o
entre esses dispositivos e avalie a cobertura e a sistema deve usar, foi definido os seguintes
qualidade do sinal em toda a área de interesse. parâmetros da topologia rede de voz, como
apresenta na Figura 6.
3.3 PARÂMETROS DA REDE BRASIL

Usando o software radio mobile deve calcular a


potência do transmissor, qualidade do sinal, zona
de Fresnel, atenuação do cabo coaxial e link de
radiofrequência.
O canal disponível será o canal 14 que está
disponível de acordo com o site da Anatel que foi
citado neste trabalho, a frequência 473MHz, a
atenuação do cabo coaxial de acordo com o

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Figura 6 – Configuração da Topologia


Na propriedade Membros permite definir as
características e parâmetros individuais de
dispositivos específicos que fazem parte da rede de
comunicação que está sendo analisada. Esses
dispositivos podem ser estações base, antenas,
receptores ou outros elementos da rede.

3.3.3 Característica do Sistema

A seguir pode-se observar as características do


sistema, sendo configurado para viabilidade do
cálculo da área de cobertura da antena e do
transmissor com referência TE7040H fabricante
Fonte: [10]. Teletronix. Foi selecionado a potência de 300W,
com limiar do receptor de -56 𝑑𝐵𝑚, com a perda
A configuração da topologia no Software Radio do cabo coaxial de 1,092 𝑑𝐵. Ainda a configuração
Mobile se refere a ajustar as configurações que da antena usada para transmissão do sinal uma
afetam a representação visual da rede de UHF Slot Supertunstile com o ganho de 4,6 𝑑𝐵i,
comunicação no mapa gerado pelo programa. com a altura da torre junto com a antena de 80 m.
Essas configurações permitem personalizar a forma A figura 8 ilustra a configuração do sistema.
como os elementos da rede, como estações base e
receptores, são exibidos no mapa e como as Figura 8 – Configuração do sistema
conexões entre eles são representadas. A
configuração da topologia é útil para criar mapas
mais informativos e visualmente claros para a
análise da rede de rádio.

3.3.2 Membros do Sistema

Nesta etapa da parametrização é necessário


definir os membros que tem função mestre e os
que tem função escravo. Onde é selecionada que a
transmissora será definida como mestres e os
usuários com a função de escravos. A figura 7
ilustra a configuração dos membros no programa.
Fonte: [10].
Figura 7 – Configuração dos Membros
A seção de configuração do sistema consiste em
definir qual o tipo de transmissor, potência, limiar,
perda do cabo, tamanho da antena para que os
cálculos sejam precisos, são necessários que todos
os requisitos estejam corretos. Essas
configurações afetam a forma como o programa
opera e realiza cálculos para análises, trata os
dados e por fim executa simulações e gera
resultados.

3.3.4 Resultado processado

Após processar todas as informações no


Software Radio Mobile, é possível ver uma
Fonte: [10].

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variedade de resultados e informações que ajudam ao longo do percurso do sinal, devido ao relevo de
a compreender a propagação do sinal de rádio, a grandes montanhas na região. Os telespectadores
cobertura da rede e outros aspectos da recebem o sinal com qualidade.
comunicação. Após processar os dados no software É importante notar que a qualidade do sinal de
rádio mobile, podemos ver na figura 9, a área que transmissão pode variar devido a região, muitos
terá a abrangência do sinal: fatores, incluindo a infraestrutura de transmissão,
a topologia local e as condições atmosféricas. A
Figura 9 – Área do sinal figura 10 ajuda a identificar áreas onde podem ser
necessárias melhorias do sinal de TV.

Na Figura 10 apresenta as cores verde, amarela


e vermelha, essas cores são selecionadas para
representar diferentes faixas de intensidade do
sinal.

Indica uma intensidade de sinal baixa.


Isso pode ser um sinal de que a recepção está fraca
ou sujeita a interferências significativas, como
obstáculos físicos ou condições climáticas
adversas. Os telespectadores com sinal vermelho
podem estar a uma grande distância da torre de
transmissão, enfrentando obstruções severas no
caminho do sinal. Com isso devido a problemas de
recepção ou falta de sinal não terá uma
experiência exitosa.
Fonte: [10].
Reflete um nível intermediário de
É possível observar com o resultado as áreas intensidade do sinal, embora ainda seja possível
onde o sinal vai chegar ao telespectador, os anéis a assistir à programação, o indicador amarelo sugere
cada 10km, para a transmissão da Rede Brasil que pode haver alguma instabilidade ou possíveis
canal 14. Através da figura 10 é possível notar os interferências temporárias. Em geral, a qualidade
resultados de processamento da Rede Brasil. do sinal é aceitável, mas pode haver espaço para
melhorias. Isso significa que a maioria dos
Figura 10 – Resultado do processamento com todo telespectadores está recebendo o sinal, mas pode
detalhe Rede Brasil enfrentar alguns desafios ocasionais na recepção.

Representa uma intensidade de sinal


forte e estável. Quando o indicador está verde,
significa que o sinal é robusto e que a qualidade da
imagem provavelmente será alta. As causas do
sinal verde podem incluir proximidade com a torre
de transmissão, ausência de obstruções
Fonte: [10].
significativas e uma antena de boa qualidade.
Desfruta de uma experiência de visualização de
Foi utilizado um ponto aleatório para um
alta qualidade, sem problemas significativos. Eles
telespectador, com a seguinte localização, Latitude
podem assistir a programas de TV sem
- 8°10'6.53"S, Longitude - 35°33'28.02"O, para
interrupções e com excelente qualidade de
verificação do nível do sinal e a qualidade do
imagem e som.
mesmo, ainda com a capacidade de extrair várias
A figura 10 ainda apresenta uma representação
informações para aperfeiçoamento do projeto.
gráfica que destaca o sinal amarelo como
Neste ponto as linhas de fresnel [11], estão livres
predominante entre os sinais dos telespectadores.
para o recebimento do sinal da Rede Brasil canal
O sinal amarelo é geralmente associado a uma
14. Na imagem da Figura 10, há algumas questões
qualidade intermediária de transmissão de TV. A
que podem ser observadas, como por exemplo que

DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3

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Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

figura 10 pode ser usada para destacar áreas onde 3.7 CUSTOS DO PROJETO E BENEFÍCIOS
melhorias na infraestrutura de transmissão ou nos
ajustes do projeto pode ser feita para que haja uma Uma estrutura compartilhada de
melhora do sinal para os telespectadores. telecomunicações traz uma série de benefícios às
empresas envolvidas. Em primeiro lugar, o
compartilhamento da infraestrutura reduz os
3.4 PARÂMETROS DOS DEMAIS CANAIS custos de construção e manutenção, já que várias
empresas contribuem para tais despesas, tornando
No contexto do Rádio Mobile, as configurações a implantação e operação mais acessíveis. Além
principais, como altura da antena, potência de disso, dividir o investimento inicial com outras
transmissão e sensibilidade de recepção, formam a empresas permite que cada uma foque em suas
base técnica que governa a propagação do sinal de atividades principais, evitando gastos
rádio. Essas configurações são vitais para desnecessários em infraestrutura.
assegurar cobertura adequada e desempenho Em segundo lugar, a utilização de uma estrutura
confiável na rede de comunicação. compartilhada aumenta a eficiência operacional.
A ideia de reutilizar essas configurações em Compartilhando a infraestrutura de
diversos projetos é fundamentada na consistência telecomunicações, as empresas evitam duplicação
e eficiência. Ao ajustar inicialmente o Radio Mobile, de esforços e recursos. Isso se traduz em uma
otimizamos esses parâmetros para cobertura e maior qualidade de serviço e na possibilidade de
qualidade ideais em um cenário específico. Uma alcançar uma maior cobertura geográfica,
vez encontradas as configurações ideais, elas se especialmente em áreas rurais ou remotas onde o
tornam um tipo de “algoritmo” para sistemas de investimento individualmente poderia ser inviável.
comunicação eficazes. Outro ponto é que o compartilhamento de redes
Considerando múltiplos projetos usando o Radio permite uma melhor gestão e controle da
Mobile, muitas vezes a estrutura geográfica e qualidade da rede, resultando em uma experiência
requisitos técnicos são semelhantes. Assim, as de usuário mais satisfatória.
mesmas configurações que funcionaram em um Outro benefício significativo é a possibilidade de
projeto podem ser aplicadas em outros, desenvolvimento conjunto de projetos inovadores.
economizando tempo e esforço ao evitar começar Em vez de cada empresa investir em sua própria
do zero. infraestrutura, o compartilhamento estimula a
Embora as faixas de frequências possam variar, colaboração e cooperação entre as organizações.
essas variações têm impacto menor nas Isso pode levar à criação de serviços customizados,
configurações principais que determinam a como soluções de Internet das Coisas (IoT) ou
propagação do sinal. Características geográficas, cidades inteligentes, que seriam inviáveis de serem
alturas de antenas e outros fatores permanecem desenvolvidas individualmente. O trabalho
consistentes e reutilizáveis. conjunto pode gerar mais criatividade e sinergia,
A reutilização das configurações principais do impulsionando a inovação no setor de
Rádio Mobile permite padronização eficaz, telecomunicações como um todo.
garantindo base confiável para todos os projetos. Compartilhar infraestrutura otimiza o uso de
Isso libera a equipe técnica para adaptar faixas de recursos financeiros à medida em que dispensa
frequência, otimizando o desempenho. O uma emissora de investir sozinha na construção de
planejamento se torna ágil e eficiente, mantendo uma rede de transmissão, inclusive em regiões
padrão elevado de qualidade na comunicação. mais distantes, reduzindo, assim, os seus custos
Tendo em vista que as configurações terão os de instalação, manutenção e operação , permitindo
mesmos parâmetros, pelo fato de que alguns a destinação do valor economizado a outras
equipamentos deverão ser compartilhados, exceto finalidades. O compartilhamento de infraestrutura é
a faixa de frequência que passa a ser 506MHz a um excelente mecanismo para redução de custos,
512MHz, será a TV Jornal. A faixa de frequência da que resulta em ampliação da região de cobertura,
TV Câmara definida passa a ser 518MHz a 524MHz. melhora a qualidade de serviço e reduz os custos.
A faixa de frequência da TV Nordeste 530MHz a Quando uma empresa decide investir em um
536MHz. Essas faixas de frequência foram projeto compartilhado de estrutura de
definidas de acordo com o quadro 3 supracitado. telecomunicações, ela divide os custos e benefícios
com outras empresas envolvidas. O investimento

10
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, vol, n., p.-p., ano.

conjunto permite às organizações reduzirem os Fonte: Quadro autoral.


riscos financeiros e diluir os custos de capital
necessários para a implantação e manutenção da Na ausência de compartilhamento de
infraestrutura. infraestrutura, cada operadora é responsável por
Além disso, ao trabalhar com várias empresas, construir suas próprias torres, antenas e estrutura
há uma distribuição dos riscos operacionais e de de suporte, precisa adquirir terrenos, obter
mercado. Essa cooperação pode fornecer às permissões e licenças, conduzir estudos de
empresas envolvidas uma maior estabilidade viabilidade, custos operacionais se multiplicam,
financeira e uma maior capacidade de adaptação incluindo despesas de manutenção, consumo de
aos desafios do setor. Além disso, os investimentos energia e outros custos associados à operação de
conjuntos também podem viabilizar o acesso a torres individuais, isso resulta em custos
financiamentos e parcerias estratégicas, que significativos de capital e mão de obra.
seriam mais difíceis de serem obtidos
individualmente. Quadro 5 – Custos de implementação compartilhada
No entanto, é importante ressaltar que o
sucesso de um investimento conjunto depende de
uma cuidadosa avaliação e negociação de acordos
entre as partes envolvidas. As empresas devem
estabelecer regras claras para a alocação de custos,
compartilhamento de receitas, direitos de acesso à
infraestrutura e términos de contrato, a fim de
evitar conflitos futuros. No quadro 5, tem-se os
custos de implementação individual de
infraestrutura, no quadro 5 mostra os custos que
foram levantados para uma empresa com
compartilhamento de infraestrutura e
equipamentos.

Fonte: Quadro autoral.


Quadro 4 – Custos de implementação individual

O compartilhamento de estruturas reduz


drasticamente os custos de capital, já que várias
operadoras podem usar uma única torre ou
estrutura, compartilhando os custos de construção
e instalação, terrenos e obter permissões é
reduzida, uma vez que o uso de estruturas
compartilhadas elimina a necessidade de construir
múltiplas torres em áreas separadas, os custos
operacionais são otimizados, pois as operadoras
compartilham as despesas de manutenção e
maximizando a qualidade do serviço, o que resulta
em economia de recursos e custos de mitigação.
Com o quadro 5 é possível nota a diferença de
gastos para implementação e manutenção de um
sistema de TV compartilhado, com isso pode-se
dizer que é viável um compartilhamento, sem
contar com a contribuição com o meio ambiente e
a paisagem.

DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3

11
Implementação de Sinal Digital com Estrutura Compartilhada na Cidade de Gravatá

Não apenas um meio de reduzir custos, o https://www.observatoriodaimprensa.com.br/feito


compartilhamento é uma forma de facilitar a s-desfeitas/ed684-o-tempo-da-hipertelevisao/.
entrada de novos agentes de mercado, como Observatório da Imprensa, 2012. Acesso em 28 de
junho de 2023.
pequenas redes de TVs, A estratégia de
compartilhamento deve maximizar a utilização da [2] MATTOS, Sérgio. A televisão no Brasil: 50
infraestrutura disponível, de forma a reduzir os anos de história (1950-2000). PAS, 2000.
custos das operadoras que fazem uso deste
recurso. Caso a operadora opte por transferir esta [3] VASCONCELLOS, Vanessa. Proposta de
redução aos seus consumidores, isto pode torná-la framework compartilhamento de
mais atrativa a médio e longo prazos [12] , criando infraestrutura. Disponivel em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/42319
um impacto positivo na captação de receita.
/1/2021_VanessadeOliveiraVasconcellos.pdf.
Acesso em 13 de setembro de 2023.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
[4] ENG ARILSON BASTOS, Transmissão
O compartilhamento de estruturas de Profissional, ednews, Rio de Janeiro 2005.
telecomunicação emerge como uma solução eficaz
[5] Site Ideal www.idealantenas.com.br/Antena-
para mitigar a saturação visual nas paisagens
UHFSuperturnstile4Niveis.html
urbanas e rurais. Ao maximizar o uso de
infraestruturas existentes, as operadoras podem [6] PORTAL LSBD. Disponível em:
reduzir os custos associados à construção de novas https://www.portalbsd.com.br/. Acesso em 28 de
torres e antenas, além de promover um ambiente junho de 2023.
mais harmonioso e esteticamente agradável.
[7] GOOGLE. Google Earth website. Disponível
Além disso, o compartilhamento fomenta a
em: http://earth.google.com/. Acesso em 28 de
colaboração entre as operadoras, possibilitando a junho de 2023.
expansão das redes de forma mais eficiente. O
compartilhamento de estruturas de [8] BRASIL, Ministério das Comunicações.
telecomunicação e o uso do software Radio Mobile Portaria n. 276, de 29 de março de 2010.
representam uma união poderosa para enfrentar os
desafios inerentes ao desenvolvimento de redes de [9] RFS. Radio Frequency Systems. Disponível
em: https://www.rfsworld.com/. Acesso em 28 de
comunicação modernas. O equilíbrio entre a
junho de 2023.
expansão da conectividade e a preservação do
ambiente e da estética é o objetivo a ser alcançado, [10] Roger Coudé. Radio Mobile Software.
e essas abordagens oferecem uma abordagem Disponível em: https://www.ve2dbe.com/.
viável para atingi-lo. VE2DBR, 1988. Acesso em 28 de junho de 2023.
Projetos compartilhados de estrutura de
transmissão do sinal de TV trazem uma série de [11] DE CASTRO, Maria Cristina Felippetto.
benefícios para as empresas envolvidas. Além da Propagação Radioelétrica, 2017. 19 Slides.
redução dos custos de investimento inicial e da Disponível em:
ocupação de espaço físico, há uma melhoria na http://fccdecastro.com.br/pdf/PRE%20IV_A.pdf.
Acesso em 13 de setembro de 2023.
qualidade de serviço oferecido aos telespectadores
e um aumento na eficiência operacional. Esses
benefícios destacam também a ampliação da [12] GSMA. Mobile Infrastructure Sharing.
cobertura de sinal em áreas rurais, promovendo a 2019. Disponível em: <https://www.gsma.com/
mobilefordevelopment/wp-
inclusão digital. Dessa forma, a estrutura
content/uploads/2014/10/Mobile-Infrastructure-
compartilhada de transmissão de sinal de TV se sharing.pdf>
mostra uma opção promissora para o setor,
trazendo vantagens tanto para as empresas quanto
para os consumidores finais.
APÊNDICES
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A
[1] TOURINHO, Carlos. O tempo da
“Hipertelevisão”. Disponível em:  Diâmetro: 1,50 m (Chapa);

12
Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, vol, n., p.-p., ano.

 Distância Focal: 565 mm;  Carga de Vento: 78 kgf;


 F/D: 0,32;  Dimensões (Diâmetro x Altura): 30cm x
 Freq. Operação: 3,6 a 4,2 GHz Banda C*; 1,4m;
 Material do tubo: Aço galvanizado;
 Peso: 70 kg;
 Diâmetro do tubo: 3";
 Nº de pétalas: 6;  Resistência a Ventos: 180 km/h;
 Modelo refletor: Focal Point;  Proteção Elétrica: por intermedio da
 Limite de elevação: 20º a 90º. estrutura da antena.

APÊNDICE B APÊNDICE E

 Faixa de operação: 470 MHz – 860 MHz; Quadro 7 – Atenuação do cabo coaxial
 Impedância: 50 ohms;
 Temperatura de Operação: -10 – +55°C;
 Máxima Potencia de Entrada: 150 WRMS;
 Perda por inserção (f0): < 1.0 dB;
 Perda por inserção (f0 + 2.79 MHz): < 1.5
dB;
 Seletividade (f0 + 9 MHz): > 27 dB;
 Isolação entre entradas: > 30 dB;
 VSWR: < 1.15:1;
 Group Delay: < 40 ns.

APÊNDICE C

Quadro 6 – Especificações do transmissor

Fonte: [10].

APÊNDICE D

 Faixa de Frequência: 470 a 806 MHz;


 Largura de Banda: 336 MHz;
 Polarização: Horizontal; Fonte: Site RFS fabricante.
 Impedância: 50 ohms;
 Ganho: 4,6 dBd;
 Ângulo de ½ pot. Horizontal: 360°;
 Ângulo de ½ pot. Vertical: 13°;
 Conector de entrada: N-Fêmea, DIN 7/16”,
EIA 7/8”, EIA 1 5/8, EIA 3 1/8, EIA 4 1/16;
 VSWR: < 1.1:1;
 Área Exposta: 0,78 m²;

DOI: 10.xxxx/s11468-014-9759-3

13

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