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Um crime no expresso oriente

Regressando de um importante caso na Síria, Hercule Poirot embarca no Expresso do Oriente


em Istambul. O comboio está estranhamente cheio para aquela altura do ano, mas Poirot fica
com um lugar assegurado pelo amigo Monsieur Bouc, director da empresa de viagem, embora
esse amigo não soubesse que o comboio se encontrava sem lugar para Poirot. Mas quando Mr.
Harris não aparece, Poirot fica no seu lugar, para surpresa do seu colega de quarto, Mr.
MacQueen. Contudo, na segunda noite, Poirot consegue um quarto só para si.

Nessa noite, perto de Belgrade, a cerca de vinte e três minutos para a uma da manhã, Poirot
acorda com um som estrondoso, parecendo ter vindo do compartimento ao lado do seu, ocupado
por Mr. Ratchett. Quando Poirot espreita pela sua porta, vê o revisor bater à porta de Mr.
Ratchett e a perguntar se ele está bem. O homem responde em francês: “Ce n’est rien. Je me
suis trompé.“, que quer dizer “Não é nada. Cometi um erro”, e a seguir o revisor vai-se embora
para atender a uma campainha. Poirot decide voltar para a cama, mas fica perturbado pelo facto
de que o comboio está invulgarmente quieto e a sua boca está seca. Enquanto está deitado e
acordado, ouve Mrs. Hubbard tocar urgentemente a campainha. Quando Poirot chama o revisor
para lhe pedir água, o revisor diz-lhe que Mrs. Hubbard acha que alguém esteve no
compartimento dela, e que o comboio parou devido a uma tempestade de neve. O revisor vai-se
embora e Poirot tenta ir dormir outra vez, mas é acordado de novo pelo barulho de um baque na
sua porta. Desta vez, Poirot levanta-se e olha para fora do compartimento, e o corredor está
completamente silencioso, e não vê nada a não ser uma mulher, de costas, vestida com um
quimono escarlate, a desaparecer ao fundo do corredor.

No dia seguinte, Hercule Poirot descobre que Mr. Ratchett está morto, tendo sido esfaqueado
doze vezes enquanto dormia. Porém, as pistas e as circunstâncias são muito misteriosas,
algumas das chagas são muito profundas e algumas são superficiais. Para além disso, algumas
delas parecem ter sido feitas por uma pessoa que usa a mão esquerda e algumas por uma pessoa
destra.

Hercule Poirot encontra muitas outras pistas no compartimento da vítima e no comboio,


incluindo um lenço com a inicial “H”, um limpador de cachimbos, e um botão da farda de um
revisor. Todas essas pistas sugerem que o assassino ou os assassinos foram um bocado
descuidados. No entanto, cada pista aponta para suspeitos diferentes, o que sugere que algumas
das pistas foram encenadas.

Ao reconstruir bocados de uma carta queimada, Poirot descobre que Mr. Ratchett era um
fugitivo dos E.U.A muito conhecido chamado Cassetti. Cinco anos antes, Cassetti raptara uma
criança norte-americana de três anos de idade chamada Daisy Armstrong. Embora a família
Armstrong tenha pago uma quantia considerável, Cassetti matou a pequena menina e fugiu do
país com o dinheiro. A mãe de Daisy, Sonia Armstrong, estava grávida quando soube da morte
de Daisy, e o choque dessa notícia levou-a a parto prematuro e Sonia e o bébé acabaram por
morrer. O seu marido, o Coronel Armstrong, acabou por se suicidar e a empregada de Mrs.
Armstrong, Suzanne, foi considerada suspeita pela polícia, apesar de afirmar que estava
inocente, acabando por se suicidar também, atirando-se de uma janela. Pouco tempo depois foi
considerada inocente.

À medida que as provas se juntavam, continuavam a apontar em caminhos diferentes e parecia


que Poirot estava a ser desafiado por uma mente deveras inteligente. Uma pista que continuava
desaparecida – o quimono escarlate usado por uma mulher desconhecida – acabaria por aparecer
na bagagem do próprio Poirot.

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