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ORAL 1ºP

O livro que vou apresentar hoje é “Um Crime no Expresso do Oriente”, de Agatha Christie. Esta obra trata-se de um
romance policial, que foi publicado em 1934, baseando-se num verdadeiro caso de sequestro ocorrido nos EUA, em
1932.
Agatha Christie foi uma autora britânica que nasceu a 15 de setembro de 1890 no Reino Unido, tendo vindo a falecer
a 12 de janeiro de 1976, no mesmo país. A autora atuou como romancista, dramaturga e poetisa, sendo o subgénero
de romance policial, o seu grande destaque, tendo ganho popularmente, em vida, a alcunha de “Lady of Crime”
(Rainha do Crime).
Agora falando do enredo em si:
O livro aborda a história de um reconhecido detetive belga, Hercule Poirot, que se encontrava em Istambul,
regressado de um importante caso na Síria, onde iria embarcar no Expresso do Oriente rumo a Londres.
No entanto, apercebe-se que o comboio se encontra estranhamente cheio para aquela época do ano, porém Poirot
encontra-se com um velho amigo, M. Bouc, diretor da companhia de comboios, que acaba por lhe assegurar um
lugar a bordo do Expresso do Oriente.
Nessa noite, perto de Belgrado, Poirot escuta Mrs. Hubbard tocar urgentemente a campainha. Quando o detetive
chama o revisor para questioná-lo sobre tal atitude da senhora inglesa, o mesmo diz-lhe que Mrs. Hubbard pensava
que alguém havia estado dentro do seu compartimento, acrescentando ainda, que o comboio se encontrava parado
devido a um nevão. O revisor vai-se embora e Poirot volta a dormir.
Na manhã seguinte, Hercule Poirot descobre que Mr. Ratchett, o americano que se encontrava no compartimento ao
lado do seu, está morto e que o assassino se encontrava a bordo do comboio. Deste modo, Poirot assume o caso,
acompanhado do seu amigo, M. Bouc, e do Dr. Constantine, um médico grego que se encontrava naquela
carruagem.
Ao analisar a cabine de Ratchett, bem como o seu corpo, o detetive encontra-se perante diversas pistas, tais como
um lenço com a inicial “H”, um limpa-cachimbos e uma carta queimada, tendo conhecimento também que o
americano havia sido apunhalado doze vezes e os ferimentos eram estranhamente distintos uns dos outros, apesar
de terem sido desferidos com a mesma arma. No entanto, todas estas provas apontavam para diferentes suspeitos.
Ao reconstruir os fragmentos da carta queimada, Poirot descobre que Mr. Ratchett, era afinal um fugitivo norte-
americano, denominado Cassetti. Este, cinco anos antes, havia sequestrado Daisy Armstrong, uma menina norte-
americana de 3 anos. Embora a família Armstrong tenha pago uma quantia considerável para resgatar Daisy, Cassetti
matou a criança, fugindo do país com o dinheiro. Este crime destruiu a família Armstrong, estando diretamente
relacionado com o curioso crime no Expresso do Oriente
Após a análise das provas, os três amigos procedem ao interrogatório a todos os passageiros, deparando-se com
duas questões algo complexas: primeiramente todos os suspeitos apresentavam um álibi e nenhum deles
apresentava qualquer motivo aparente para desejar que Ratchett estivesse morto; a outra questão residia no facto
de vários passageiros, incluindo Poirot, terem avistado, na noite do crime, uma mulher desconhecida que vestia um
quimono escarlate, pista essa que, até ao momento, ainda não havia sido encontrada.
Após reunir todos os indícios e todos os testemunhos, Poirot refletiu sobre o caso, tendo chegado a uma conclusão
surpreendente e inesperada. No final, o detetive apresenta às autoridades duas soluções para o caso, ditando o
caminho a seguir.
A decisão moralmente complexa tomada por Hercule Poirot, no final do livro, cria uma discussão interessante sobre
o conceito de justiça e de vingança, abordando uma ideia popular: “Fazer justiça pelas próprias mãos”.
A meu ver, o livro aborda uma história interessante e intrigante, ideal para quem gosta de suspense e demonstra
interesse sobre casos policiais. É uma obra de fácil leitura, com uma linguagem objetiva e repleta de descrições
pormenorizadas, cativando o leitor e prendendo-o ao enredo da história.
Para além disso, como já mencionei, o desfecho é bastante surpreendente e inesperado, creio que é difícil que
alguém, durante a leitura, possa imaginar ou chegar àquela conclusão final, tornando a história ainda mais
enigmática e agradável.
Por outro lado, é uma história extensa, podendo-se tornar um pouco incomodativo para quem não gosta de ler, nem
possui esse hábito. Apesar de, para mim, que pessoalmente não aprecio muito a leitura, esse não ter sido um
problema, dado que não me pareceu um livro aborrecido, muito pelo contrário, foi um livro que gostei de ler e fi-lo
com alguma facilidade.
Outro aspeto que posso apontar como negativo, é o facto de no decorrer da história, aparecerem por inúmeras
vezes algumas citações em francês, o que pode dificultar um pouco a interpretação e a compreensão do enredo,
para que não está familiarizado com o idioma.
Com efeito, no geral, considero “Um Crime no Expresso do Oriente” um bom livro, o qual recomendo vivamente.

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