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CAPITUO I- Introdução

Na atualidade, há um elevado índice de divórcios em nossa sociedade, gerando


grandes mudanças na vida dos filhos: mudanças psicológicas e ambientais, como
ansiedade, depressão, dificuldades na aprendizagem e também sofrimento decorrente da
ausência de um dos genitores, que poderá gerar inúmeros conflitos para essa criança. O
infante poderá também desenvolver ansiedade advinda do divórcio do casal e sofrer por
mudanças no núcleo famíliar, fatores inevitáveis para a mesma.
Na escola, também poderão ser observadas algumas dificuldades, implicando na
alfabetização, na concentração e na socialização da criança, interferindo diretamente na
qualidade de vida da mesma. Sendo assim, esse trabalho visa elucidar a influência
emocional que as crianças sofrem após o divórcio dos pais.
A criança poderá elaborar a separação de forma natural, podendo ou não desenvolver
patologias, de forma que alguns aspectos sejam inevitáveis para elas, por exemplo: a
mudança de rotina, de ambiente e, até mesmo, em relação à sua estrutura famíliar Dessa
forma, a pesquisa busca, ainda, identificar como as crianças podem demonstrar
emocionalmente as mudanças ambientais e estruturais experienciadas por elas durante o
divórcio.
Os filhos têm sua saúde mental preservada através do bom relacionamento pré e pós-
separação de seus genitores. Logo, entende-se que tudo dependerá da qualidade do
contato com a figura parental e de como as mudanças no núcleo familiar serão elaboradas
pela criança. Com o divórcio dos pais, vem também o divórcio com os filhos, pois grande
parte dos casais também se separam dos filhos, trazendo, assim, grandes prejuízos
emocionais ao infante.
Esta pesquisa seguiu a metodologia de revisão bibliográfica, através de levantamento
de referências teóricas, encontrados em livros, artigos e sites científicos. Em seguida a
história do centro e seu objetivo.Quanto ao estudo em causa sobre efeitos do divórcio na
criança no centro de acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca, ainda não existe.

Tema: os efeitos do divórcio na criança (estudo de caso no centro


de acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca)

1.1.2- Justificativa do Tema


Pelo facto de identificar alguns desafios e complexidade encontrados pelos
educadores no Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca e relatar as
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experiências para contribuir numa reflexão sobre actuação na modelagem das vidas
marcadas por violência, abandono e opressão e tanta dificuldade. Ao longo do tempo os
efeitos do divórcio na criança foi sempre de grande importância em refletir dado como a
fase experimental e complexidade da vida ou chamado de mudança da infância para idade
adulta. Tem sido a preocupação dos governantes e sociedade em geral, manter os efeitos
do divórcio na criança aceitável num mundo conturbado que reduz as autoridades
governamentais e familiares.
Criou-me uma curiosidade em saber o que está passando com os efeitos do divórcio
na criança e educadores nesse Centro. Os efeitos do divórcio na criança não só acontece
nessa instituição de Acolhimento, mas quase em todas.

1.1.3- limitação e delimitação do estudo

O estudo será feito no Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca.

1.2- formulação do problema

Quais são os factores que estão na base dos efeitos do divórcio na criança no Centro
de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca.

1.3- hipóteses

H1- Os efeitos negativos do divórcio na criança influência na reprovação das criança


no Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca.
H2- Os efeitos negativos do divórcio na criança, provoca desistência nas crianças no
Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca
H3- Os maus tractos, abandono a fuga paternidade na parte dos progenitores que
influência nos efeitos negativos do divórcio da criança no Centro Arnaldo Janssen no
Bairro Palanca.

1.4- objectivos
1.4.1- objectivo geral

Analisar os efeitos do divórcio na criança no Centro de Acolhimento Arnaldo


Janssen no Bairro Palanca.

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1.4.2- objectivos específicos

Identificar fatores que originam os efeitos negativos do divórcio na criança no


Centro de Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca.
Caracterizar as diferentes formas dos efeitos do divórcio da criança no Centro de
Acolhimento Arnaldo Janssen no Bairro Palanca.

CAPITULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As origens do divórcio – uma visão sociológica

Nas últimas décadas a família sofreu grandes rupturas caracterizadas pelo aumento
do divórcio, taxas de coabitação pré-nupcial e aumento do número de filhos em famílias
reconstituídas (Amato, 2000).

Amato (2009) citado por Sun & Li (2009) estima que grande percentagem das
crianças passarão pela experiência do divórcio ou separação dos pais antes que atinjam
a idade adulta e muitas delas ainda encontrem vários desafios como sejam adaptação a
novos parceiros dos progenitores e regulação do poder paternal (responsabilidades
parentais) (Bumpass, Raley, & Sweet 1995; Weissbourd, 1994 citados por Sun & Li,
2009). A separação tem vindo a tornar-se cada vez mais prevalente na nossa sociedade,
afectando de modo significativo todas as partes envolvidas, sobretudo as crianças. Vários
estudos nos EUA e na Europa estimaram que 30 a 50% das crianças sofrem com as
consequências da separação; e taxas semelhantes foram relatadas na Argentina (Eymann,
Busaniche, Llera, De Cunto & Wahren, 2009).
A incidência do divórcio e do potencial negativo dos efeitos deste sobre as crianças
têm merecido atenção empírica e teórica desde há várias décadas (Johnston, 2000; Kelly,
2002; Mason, 1999 citados por Mitcham-Smith & Henry, 2007). O divórcio é um
acontecimento complexo que pode ser visto a partir de múltiplas perspectivas. A
investigação sociológica tem-se concentrado principalmente nos preditores de ruptura
conjugal, como sendo a classe social, raça, e idade do primeiro casamento (Bumpass,
Martin, & Sweet, 1991 ). A investigação psicológica, em contraste, tem-se centrado na
dimensão conjugal de interacção, como a gestão do conflito (Gottman, 1994 citado por
Amato & Previti, 2003), ou sobre as características de personalidade, tais como o

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comportamento anti-social ou afecto negativo (Leonard & Roberts, 1998 citado por
Amato & Previti, 2003).
Pedro-Carroll (2005) citado por Chen & George (2005) declarou que, nos Estados
Unidos, a mudança mais dramática que está amodificar a vida familiar contemporânea é
o divórcio. Durante muitos anos, a taxa de divórcio nas sociedades ocidentais tem
aumentado constantemente, ou permaneceu estável num nível elevado, com o divórcio a
ocorrer em 30-50% dos casamentos na Europa (Eurostat, 2001, citado por Bodenmann et
al., 2007) e 40-50% dos casamentos no Estados Unidos (Bramlett & Mosher, 2002).
O divórcio foi legalizado em Portugal em 1910, menos de um mês após a
proclamação da República, com o Decreto de 3 de Novembro daquele ano. Marido e
mulher terão desde então o mesmo tratamento legal, quanto aos motivos de divórcio e aos
direitos sobre os filhos. A esposa deixa de ter o dever de obedecer ao marido. O adultério
é crime, mas não se distingue o cometido pela mulher ou pelo homem. Contudo, a
Concordata assinada com o Vaticano em 1940 retira, dos que se casem na Igreja Católica,
o direito de se divorciar – restrição que será revogada em 1975 (Leitão, 2009).
O divórcio tem sempre na sua base uma causa. Assim no que respeita à evolução
histórica do divórcio no Direito Português, à data supracitada inicialmente existiam
causas legítimas de divórcio litigioso. Mais tarde e já no Governo de Salazar, surge o CC
de 1966 a estabelecer novos artigos em substituição de outros. Depois da Revolução de
25 de Abril de 1974 surgem três diplomas que vão sucessivamente alterando as causas de
divórcio (Leitão, 2009).
Têm havido estudos que pretendem desmistificar os efeitos negativos do divórcio
sobre as crianças. Os autores Stewart, Copeland, Chester, Malley e Barenbaum (1997)
esclarecem que as crianças devem manter laços estreitos com o progenitor sem a guarda
e consideram que os conflitos entre os pais são sempre prejudiciais para as crianças.

Lei sobre a protecção e desenvolvimento integral da criança (lei nº 25/12)

A Lei nº 25/12 define regras e princípios jurídicos sobre a protecção e o desenvolvimento


integral da criança, reforça e harmoniza os instrumentos legais e institucionais para
assegurar os direitos da criança como definidos na Constituição, na Convenção sobre os
Direitos da Criança e na Carta Africana sobre os Direitos e o BemEstar da Criança.

Lei do julgado de menores (lei nº 9/96)

Lei especial que cria o órgão jurisdicional para decidir questões relacionadas a menores
de idade e reconhece o menor como sujeito de direito, dando-lhes as necessárias garantias
judiciais.

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MOTIVOS DE DIVÓRCIOS

Graaf e Kalmijn (2006) distinguem três tipos de motivos que levam ao divórcio: as
questões relacionais, os problemas comportamentais e os problemas sobre o trabalho e a
divisão do mesmo. Observam três tendências importantes: a normalização do divórcio, a
psicologização‖ dos relacionamentos, e a emancipação das mulheres. Motivos graves
para o divórcio considerados temporalmente, como a violência e infidelidade, tornaram-
se menos importantes. No que diz respeito a teorias explicativas dos motivos que levam
ao divórcio, durante muitos anos assumiu-se que o stress era o elemento primordial para
a dissolução (Hill, 1958; McCubbin & Patterson 1983 citados por Bodenmann, et al.,
2007).
Karney e Bradbury (1995) colocam a hipótese de que os problemas conjugais e
dissolução emergem a partir da combinação de: (a) vulnerabilidades duradouras (traços
de personalidade, como neuroticismo, a família de origem turbulenta); (b) eventos
stressantes; (c) baixos níveis de processos adaptativos (a incapacidade de empatia e apoio
do parceiro, hostilidade e poucas habilidades de resolução de problemas.

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Na infância ocorrem os seguintes processos de desenvolvimento da criança:


cognitivo, físico e mental. A primeira infância é o momento em que a criança aprende e
se conceitua como um eu. Newcombe (1999) define que, com aproximadamente 18
meses, a criança já se reconhece, fazendo com que nos meses seguintes sua autopercepção
e sentimentos sejam aprimorados. A criança mais velha tende a se descrever a partir da
forma como percebe seu corpo, pois nomeia suas características observáveis e só mais
tarde observa traços psicológicos.
Percebe-se, nas literaturas, a importância da autoestima da criança, pois após formar
um autoconceito, ela atribui valores para si própria, podendo ou não influenciar em sua
autoestima (NEWCOMBE, 1999). Newcombe (1999) relata que o desenvolvimento dos
filhos dependerá dos pais, de como eles estão ou não saudáveis psicologicamente, visto
que os pais promovem a segurança emocional da criança, a independência, o sucesso
intelectual e a competência social. Nas casas de pais divorciados seria de grande
importância se os ex-cônjuges mantivessem uma relação solidária, pois o autor traz a
importância das relações pai e mãe para melhor adaptação da criança ao novo contexto

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familiar. As crianças mais jovens sofrem mais com o divórcio, até mesmo, acreditando
serem culpadas por tal acontecimento.

O divórcio vivenciado durante a infância poderá gerar efeitos negativos na vida da


criança, já que segundo Homem (2009), com a concretização do divórcio e a saída de um
dos genitores de casa, a criança fica quase que privada desse genitor. Além do contato,
possivelmente, se tornar menor, a criança pode perceber uma perda da atenção, da figura
parental e do tempo disponível. O divórcio gera, no filho, sentimento de insegurança em
relação aos vínculos familiares, influenciado diretamente pelo comportamento parental.

SAÚDE MENTAL DA CRIANÇA

O conceito de saúde vem sendo discutido nas últimas décadas, ampliando o foco da
dualidade saúde/doença para uma dimensão a qual inclui aspectos biopsicossociais dos
fenômenos humanos. Nesse trabalho, problematiza-se a definição de saúde como
ausência de doença ou sintomas, a partir das construções de Dalgalarrondo (2008). Sabe-
se que em saúde mental é difícil caracterizar saúde e doença, pois não se tem definições
exatas para esses termos, dificultando a interpretação de normal e patológico.
Para o autor, a busca pela preservação da saúde mental das crianças ao decorrer do
processo de divórcio pode ser de grande valia, pois poderia prevenir dificuldades futuras.
Nas construções teóricas de Almeida (2011), saúde é definida como um bem-estar físico,
mental e social, compreendido como satisfação das necessidades humanas. Entretanto,
esse
conceito se reduz às necessidades básicas e, por isso, é ultrapassado. Posteriormente, o
conceito de saúde fora discutido por diversos autores, entre eles Dalgalarrondo (2008),
que abordaram a impossibilidade de se atingir um completo bem-estar físico, mental e
social, defendendo que essa ideia se fundamenta na fantasia do perfeito bem-estar. A
infância é a fase inicial do desenvolvimento psíquico e fisiológico, logo, o infante
prejudicado nesta fase terá maior probabilidade de desenvolver algum tipo de patologia.
Isso se agrava pela ausência de um dos genitores no período de desenvolvimento,
podendo comprometer a saúde mental da criança. Durante o divórcio, a criança vivencia
inúmeras situações novas e desagradáveis que, a longo prazo, podem se transformar em
transtornos psicossociais (FERRIOLLI, 2007). Segundo Toloi (2006), nos conflitos
interparentais, lidar com o divórcio e com seus efeitos têm grande influência na saúde
mental dos sujeitos envolvidos. A autora percebeu que mudanças ocorridas de forma

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rápida são geradas de inúmeras transformações nas crianças as quais vivenciavam o
divórcio dos pais, causando impacto direto no funcionamento mental.

TRANSTORNO DA ANSIEDADE SOCIAL


O Transtorno de Ansiedade Social pode ser desencadeado de diferentes formas, uma
delas é através do divórcio. Esse é o transtorno que será abordado nesse subtítulo. Os
primeiros relatos de ansiedade infantil foram do século XX, segundo Freud (1909), que
descreveu o caso do pequeno Hans, um garoto de cinco anos de idade que sofria de
neurose
fóbica. Nas concepções mais contemporâneas acerca da ansiedade infantil, Vianna (2009)
apresenta o transtorno de ansiedade social na infância. Esse transtorno pode ser entendido
como uma angústia, um medo anormal de estranhos. É preciso destacar que, até dois anos
e meio de idade, é esperado que a criança sinta desconforto em meio a estranhos e esse é
um comportamento aceito como normal no seu desenvolvimento. Porém, é considerado
patológico se for estendido por um longo período de tempo e interferir na vida social da
criança.
Esse transtorno também causa alterações físicas, como: palpitação, tremores,
sudorese, tensão muscular (VIANNA, 2009). O DSM-5 (2014) caracteriza o Transtorno
de Ansiedade ansiedade acentuada frente a uma ou mais situações sociais nas quais esse
indivíduo é exposto à avaliação de outras pessoas, como exemplo: ser observado ou
encontrar pessoas desconhecidas. Em crianças, os sintomas de ansiedade são expressos
com ataques de raiva, comportamento de agarrar-se, choro intenso. Quando a criança se
depara com essas circunstâncias, apresenta medo e ansiedade. Para um possível
diagnóstico, é preciso constatar a existência dos sintomas há, pelo menos, seis meses. O
transtorno de ansiedade social pode ter início na infância oriundo de uma experiência
estressante ou humilhante ou pode ter início insidioso, se desenvolvendo lentamente.
Os fatores de risco para desenvolvimento desse transtorno são: maus tratos e
adversidades na infância, que compreendem cerca de 75% dos casos, início entre 8 e 15
anos ou, até mesmo, no princípio da infância. Para Isolan (2007), o Transtorno de
Ansiedade Social (TAS) ou Fobia Social, é um transtorno social caracterizado por medo
acentuado e persistente de algumas situações sociais. Em tais situações, o sujeito é
exposto a pessoas estranhas ou a situações as quais lhe coloquem a prova. Outro

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transtorno que pode ser desencadeado pelo divórcio será trabalhado no subtítulo que se
segue.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO


Segundo o DSM-5 (2014) o transtorno de ansiedade de separação é caracterizado por
medo ou ansiedade excessiva envolvendo a separação da criança dos indivíduos as quais
já é apegada. Essa separação gera sofrimento excessivo, preocupação em relação a uma
possível perda, recusa de sair ou afastar-se de casa, impedimento à realização de
atividades rotineiras como ir à escola ou sair para momentos de lazer. O temor da
separação toma uma dimensão muito significativa e impede o desenvolvimento de
diversas atividades que geravam satisfação. O diagnóstico, nas crianças, é feito a partir
da manifestação dos sintomas por, pelo menos, quatro semanas.A ansiedade de separação
em relação às figuras de apego faz parte do início do desenvolvimento normal, pois
indicam o estabelecimento das relações de apego seguro. O transtorno de ansiedade de
separação pode ocorrer na idade pré-escolar ou mesmo em qualquer período da infância,
se desenvolvendo a partir de um estresse ou perda. O divórcio, tema central desta
pesquisa, se apresenta como um dos fatores de risco para desenvolvimento desse
transtorno.

A IMPORTÂNCIA FAMILIAR PARA A REESTRUTURAÇÃO DA CRIANÇA


APÓS A SEPARAÇÃO
Segundo Almeida (2011), a família é o primeiro grupo ao qual a criança pertence é a
partir dele que surgem inúmeros tipos de vínculo que poderão interferir na formação da
identidade do sujeito e também na sua modalidade de aprendizagem, cuja formação se
dará de acordo com seus primeiros contatos no âmbito familiar. Nesse sentido, a família,
em um primeiro momento, comporta toda a referência da criança e é a responsável pela
sua formação.A família, como sistema, tem a função psicossocial de proteger, cuidar e
zelar por seus membros (ALMEIDA, 2011).
Para Santos (2013), família é um grupo de pessoas que moram junto e desenvolvem
laços afetivos e/ou sanguíneos. Também a descreve como base do sujeito, já que ao nascer
é inserido em grupos familiares, garantindo sua sobrevivência e aprendendo determinados
valores. Nos dias atuais, com a sua reestruturação, pode haver famílias com só um dos
genitores, ou genitores do mesmo sexo, uma família adotiva, entre outras, dependendo da
nova organização feita. Sendo assim, no período posterior ao divórcio, a família passa

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também pela mudança no seu núcleo. Santos (2013), fez a seguinte construção em relação
às fases que ocorrem após o divórcio:
• Fase aguda: a fase pré-divórcio, na qual ocorrem as brigas, discussões, insatisfação com
o outro e evidente frustração, na maioria das vezes, é vivenciada também pela criança.
• Fase transitória: o divórcio já foi consolidado, e agora ocorrem as reorganizações de
papéis, as novas normas e regras, entre pais e filhos.

• Fase do ajuste: aceitação do divórcio, fase em que ocorre a restauração tanto de pais
quanto de filhos, consolidando novas visões e podendo ser inserido novo integrante ao
âmbito familiar.
Para o autor, com a separação dos pais, é possível que ocorra um distanciamento
desses em relação aos filhos. Após o divórcio pode ainda ocorrer a briga pela guarda da
criança, colocando ainda mais distanciamento à vinculação familiar pós-divórcio. Neste
contexto, a criança precisa reconstruir as figuras paterna e materna após a separação,
ressignificando as vivências e experiências passadas (GRZYBOWSKI 2010).

III-CAPITULO: METODOLOGIA, ANÁLISE E IMTERPRETAÇÃO DE


RESULTADOS
Metodologia: é Estudo descritivo qualitativo das formas da manifestação do
comportamento patrimonial preferindo ao estudo qualitativo para permitir o seu
relacionamento por direitos patrimoniais e fundamentais dos adolescentes por meio de
análise do discurso dos adolescentes em situação do comportamento doméstico
patrimonial.
O Análise dos efeitos do divórcio na criança: é uma abordagem de avaliação que
consiste em observar qualidades e defeitos, pontos fortes e fracos e virtudes
vulnerabilidades presentes em cada um de nós. Com base nesse exercício objectivo é
alcançar maior certeza assertividade na rotina de cada um, gerando impacto na busca de
resultado (Martins 2010)
Intepretação: Em qualquer trabalho cientifico é preciso definir a população que constitui
o objectivo de estudo na qual é retirada uma amostra, neste trabalho iremos trabalhar com
amostra.

3.1- TIPO DE ESTUDO: DESCRITIVO


A pesquisa descritiva é a investigação que procura determinar a natureza e grau de
condições existente.
Metodologicamente distingue-se da correlacional real e da ex-post fact quando a
possibilidade de poder coletar dados de uma única a mostra ou de mais uma única

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mostra também pode trabalhar com uma ou mais variáveis sem estabelecer relação ou
fazer predições. Tem o único propósito de escrever condições existentes.
Nessa pesquisa podem ser empregas várias abordagens a saber:
a) Estudo do caso: esse estudo é intensivo e exausto sobre um indivíduo, evento
instituição ou comunidade para identificar variáveis relacionadas com evento e
que possam sugerir hipóteses explicativas para o fenômeno; também usado para
auxiliar o aperfeiçoamento de modelo e de hipóteses.
No estudo de caso os sujeito sejam típicos, não se aplica métodos de randomização
na seleção de sujeito mas deve evitar-se escolha por conveniências é um trabalho
ideográfico e ipsativo que usa a técnica de observação sem preocupação de resultado
encontrados.

3.2- METODOS INSTRUMENTOS AO UTILIZAR NA RECOLHA DE DADOS:


Não é possível alcançar resultado desjados numa pesquisa sem ter em conta um
conjunto de técnicas metodologicas e instrumentos a dequados neste estudo usar-se a as
seguintes técnicas.
a)-Observação:
Esta técnica permite ter a persepção direita da atitude dos educadores do quotidiano
em que muito ajudou para questionar e acomular dados suplementares que a judaram a
questionar os resultados das pesquisa.
3.3-PROCEDIMENTO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
a)- Entrevista:
É uma conversa com os responsáveis do centro que esta sendo cada vez mais
frequente, permitindo a coleta de informação para melhor compreender.
b) - Questionário:
O questionário é a técnica que consiste em formar perguntas a serem respondidas
durante a pesquisa.
c) - Bibliográfica ou documental:
É a técnica de consulta de obras diversas que aborda o tema em estudo. As
informações coletadas serviram de apoio a fundamentação teórica deste trabalho.
Cronograma de Actividade

2020
Actividades Ja Fe Ma Ab Ma Jun Jul Ag Se Ou No De
n v r r i h h o t t v z

13
Escolha do X X
tema
Elaboração X X X
do Pré-
projecto
Aprovação X X
do pré-
prject
Entrega de X X X X X
Pré.project
o
Recolha de X X
Dados
Análise e X X X X
discussão
com o
orientador
Redação do X X X
trabalho
Entrega do X X
trabalho na
ária
cientifica
Data X X
Provável da
defesa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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perspectiva de filhos com menos de 12 anos. 2011.

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