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O Presente de Zoe

Jory Strong
Fallon Mates - 04

O Presente de Zoë
Jory Strong
Fallon Mates - 04
Um olhar à mulher humana que é sua companheira e a febre de emparelhamento Vesti se
acende em Miciah, fazendo impossível para ele negar o que deseja. Para poder ir à terra e
reclamá-la, deve escolher um Co-companheiro Amato. Para ele, só há uma opção, o bissexual
Iden. Isto significará romper os tabus culturais dos Vesti, mas por Zoë, ele e Iden se transformarão
em amantes.
Miciah tem a intenção de manter em segredo sua relação sexual com Iden quando tomam
Zoë juntos. Iden tem outras ideias. O que nenhum deles pode saber é que estiveram presentes nos
sonhos de Zoë durante uma semana, assim, quando eles se apresentam em sua realidade, ela dá
boas-vindas a explorar suas fantasias… E as próprias.
Miciah e Iden podem ter vindo à Terra para reclamar sua companheira, mas levá-la para
casa com eles mudará Belizair para sempre.

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O Presente de Zoe
Jory Strong
Fallon Mates - 04

Disp. em Esp: Club de las Excomulgadas


Envio do arquivo: ∆ίĸɳ
Revisão Inicial: Tessy
Revisão Final: Dani A.
Formatação: Cleusa
Imagem: Élica
Talionis

Comentário Tessy: Gente sou suspeita em comentar sobre essa série, pois adoro-a e a
cada livro ela fica melhor e com novos desafios e surpresas que só lendo para entender... Só uma
dica... Tem muitas cenas hots. Boa leitura.

Comentário Dani A.: Gostei desse livro, apesar de achar que muitas vezes ela força a mão
nas cenas hots, mas a estória é boa. É sempre bom refletir sobre a mudança, que na maioria das
vezes não é fácil e que o preconceito existe em várias formas.

PRÓLOGO

Kaylee Ripa, antes do planeta terra e ainda sem ter completado dez anos, sabia uma coisa
com certeza total e absoluta. Os Meninos Mandões eram um milhão de vezes piores que uma
injeção no traseiro. Um trilhão de vezes piores que a enfermeira mais estrita que ela teve que tratar
alguma vez, e um trilhão de vezes piores que o mais humilde dos médicos. E isso era dizer muito,
considerando que tinha estado entrando e saindo dos hospitais a maior parte de sua vida, e teria
morrido se Zeraac e Komet não tivessem vindo à Terra e houvessem a trazido para Belizair.
Deu uma olhada através do arbusto no que se escondia atualmente, e calculou a distância
que separava este pátio do seguinte. Depois comprovou o céu para assegurar-se que todo mundo
estava jogando de acordo às regras nas que ela tinha insistido antes de começar o jogo… Não voar
quando estiver jogando isto.

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Esse era parte do problema com os dois Meninos Mandões que eram um milhão de vezes
piores que uma injeção no traseiro. Só pelo fato de que ela não tinha asas, pensavam que devia ser
vigiada constantemente.
Bom, ela não pensava o mesmo. E tampouco deveria ter que escapulir sigilosamente do
jogo desta maneira. Mas havia algo que tinha que fazer, e devia fazê-lo sozinha, já que era uma
tarefa secreta que a Senhora de Ouro tinha pedido que fizesse.
Se não tivesse sido um segredo, então Kaylee teria pedido a sua mãe, ou a seus novos pais,
Komet e Zeraac, que a levassem a edifício do Conselho. Mas já que era uma missão secreta, teve
que esperar até que esteve jogando com os amigos que tinha feito em Winseka.
Winseka era o lugar onde todos os seres humanos tinham que viver quando chegavam pela
primeira vez em Belizair. Não é que houvesse muitos seres humanos ali.
E, à exceção dela, não havia meninos humanos. Todos seus amigos eram Amato ou Vesti.
Seus amigos Amato se viam como anjos, embora as plumas de suas asas nem sempre eram de cor
branca pura como nas ilustrações dos livros da Terra. Seus amigos Vesti tinham a pele mais escura
que a maioria dos Amato, e tinham asas suaves como camurça, que se pareciam com as de um
morcego.
Este era o tempo mais comprido que tinha conseguido estar a sós. Até agora, cada vez que
tinha tentado sair sozinha, os Meninos Mandões a tinham detido. Diziam que era seu trabalho
protegê-la e mantê-la fora de problemas, porque algum dia ia crescer e ser sua esposa.
Isso não ia acontecer! Alguns meninos estavam bem para os ter como amigos. Mas ainda
não era o suficientemente grande para ter um noivo. E ainda se o tivesse sido, não seria um dos
Meninos Mandões.
Kaylee comprovou o céu pela última vez, e correu para o arco que conduzia ao seguinte
pátio. Não estava segura de que Miciah d’Vesti estivesse no edifício do Conselho, como conseguiria
vê-lo, ou ainda se ele quereria vê-la, mas tinha que tentá-lo.
Miciah era um poderoso membro do Conselho. Era uma das doze pessoas que ditavam as
leis em Belizair.
Mas o mais importante, era um partido genético para sua mãe, e se o tivesse querido,
poderia ter se desfeito de Komet e Zeraac. Entretanto, ele não o tinha feito. Tinha deixado que sua
mãe conservasse Komet e Zeraac como seus maridos, o que significava que Kaylee pôde mantê-los
como seus papais. E no que a ela concernia, eram os melhores papais do universo inteiro!
Kaylee pensava que esse era o motivo pelo que a Senhora de Ouro queria ajudar Miciah a
encontrar uma mulher humana para trazer para Belizair. A causa do vírus Hotaling, necessitava-se
um Amato, um Vesti, e uma mulher humana para formar uma família e fazer bebês. E, a menos que
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Miciah encontrasse outra companheira geneticamente compatível, ou solicitasse ser um Co-
companheiro, nunca teria filhos.
Hoje era o último dia que tinha para fazer o que a Senhora de Ouro pediu para fazer, e ir
ver Miciah. Quando tinha dado a Jeqon d’Amato os fios de cabelo que tinha encontrado na caixa de
lembranças de sua mãe, não havia dito a quem pertenciam. Mas para que Jeqon concordasse em
fazer testes a essas amostras, tinha tido que prometer que diria de onde vinham, se alguma delas
tinha a sequência de genes Fallon.
Quando o cabelo, como ela esperava, resultou positivo, tinha pedido que o guardasse em
segredo para os outros cientistas, e que não dissesse nada a sua mãe ou a seus pais durante só uns
dias mais. Agora seu tempo se acabava.
Um gritou se ouviu vários pátios mais longe. Seguido de outro. E depois um coro de vozes
inteiro gritava seu nome.
Kaylee agarrou as correias de sua mochila e correu ainda mais, cobrindo a distância
restante até o edifício do Conselho como se tivesse asas em seus pés em vez de em suas costas.
Precipitou-se no interior do recinto, passando a um lado de duas mulheres e um homem Amato.
Pensou que talvez eles disseram: “Pare”, mas não fez caso e se precipitou para a Sala do
Conselho. Justo depois de entrar, deteve-se e conteve o fôlego para escutar se alguém a perseguia.
Não o faziam.
Kaylee exalou silenciosamente e olhou a seu redor. A sala se parecia com a sala do tribunal
dos programas de TV, exceto não havia nenhum banco para os espectadores, nem assentos para os
jurados. Quando os doze membros do Conselho escutavam uma queixa ou celebravam um
julgamento, sentavam-se atrás de uma longa mesa de juiz, ligeiramente elevada e feita de cristais.
No meio da mesa dos juízes havia um jogo de balanças. Sua mãe as chamava: “A Balança
da Justiça”.
Ao longo de sua base e braços estava esculpida com criaturas aladas. Zeraac havia dito que
eram só algumas das diferentes forma que os Fallon, os antepassados alados dos Amato e Vesti,
podiam tomar.
As Balanças pareciam uma torre por cima de todo o resto na sala, e Kaylee não pôde evitar
caminhar para elas. Tocou com o dedo uma plana bandeja e observou como se inclinava a balança,
recordando o dia em que os membros do Conselho tinham votado sobre a conveniência de escutar,
ou não, o desafio que poderia ter separado sua família.
Cada membro do Conselho tinha colocado um peso em cada lado da balança. E no final,
foi o voto de Miciah o que decidiu.
Kaylee se dirigiu para a porta que os membros do Conselho tinham usado.
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Graças a sua mamãe, sabia onde encontrar o escritório de Miciah, se passasse essa porta.
Olhou os braceletes que usava. Eles brilhavam com as pedras Ylan chamadas “As
Lágrimas da Deusa”. A visão delas fez que seus ombros se levantassem. Tinha uma importante
tarefa que fazer, e não desapontaria à Senhora de Ouro.

CAPÍTULO 1

Miciah d’Vesti se separou da janela. Estava inquieto, nervoso. Sentia-se esgotado pela
interminável discussão e as manobras entre bastidores, pela responsabilidade esmagante de tratar de
guiar Belizair através destes tempos de devastação e mudança.
As hostilidades latentes, escondida entre os Amato e os Vesti há séculos, agora ameaçavam
sair a superfície, e entretanto, agora mais que nunca, não havia nenhum lugar para a irritação ou o
rancor. Não quando o vírus Hotaling, em última instância, levaria-os a extinção, se não
trabalhassem juntos. Tinham que viver juntos. Unir-se e ser companheiros de vínculo com aquelas
humanas que levassem os marcadores genéticos Fallon.
Os cientistas do Conselho tinham encontrado uma solução para os homens sem casal.
Também tinham encontrado uma pequena medida de esperança para as mulheres não unidas…
Embora só uns quantos sabiam disso, e o Conselho não tinha decidido ainda o curso de ação a
respeito.
Não havia nenhuma esperança para aqueles Amato e Vesti que já tinham estabelecido uma
união, antes que o Hotaling os atacasse. Era seu destino o que entristecia Miciah, mais que qualquer
outra coisa.
Voltou para seu escritório, estendendo suas asas enquanto decidia o que devia fazer a
seguir. Ansiava retornar à sua casa no alto das árvores.
De seu balcão, não tinha mais que lançar-se para o céu para voar por cima de uma região
de Belizair povoada quase em sua totalidade pelos Vesti. De qualquer ponto da casa se podia
desfrutar da vista, a espessura do bosque até onde pudesse alcançar a vista em uma direção, e as
montanhas vermelhas que separavam a selva do deserto na outra.
Um golpe na porta o fez suspirar.
— Entre — Disse Miciah, sem incomodar-se em estender sua mente para saber a resposta,
ou ler a tela que o faria saber quem era o inesperado visitante.

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Não estava preparado para ver a menina da Terra, Kaylee. Uma pontada de remorso o
transpassou, um sentido de perda.
Ela poderia ter sido sua filha. E com sua mãe como companheira, teria tido outros filhos.
Escondeu suas emoções atrás de uma máscara, retirando-se atrás da cortesia.
— Isto é uma surpresa. Perdeu-se? — Kaylee franziu o cenho para ele, e, com a mesma
rapidez com a que havia sentido o aguilhão da dor, suas emoções giraram para levá-lo à beira de um
sorriso — Então, estava me procurando?
Sua diversão se fez mais profunda quando os lábios de Kaylee se apertaram, como se ao tê-
lo encontrado, já não estivesse muito segura de por que o tinha estado procurando.
— Tenho que falar com você — Disse finalmente ela, caminhando para ficar de pé no lado
oposto de sua mesa.
Ele fez um gesto para uma cadeira, perguntando-se enquanto o fazia, se as mulheres da
Terra se cansariam ao sentar-se em móveis feitos com pouco, ou nenhum respaldo para apoiar as
costas, e a uma altura apropriada para acomodar as asas dos Vesti e Amato.
— Toma assento. Quer algo de comer ou beber?
Kaylee sacudiu a cabeça e suspirou. Ele era diferente do que esperava. Menos severo.
Talvez só parecia feroz e temível quando estava sentado na Sala do Conselho.
Antes de realmente chegar ali, tinha sabido exatamente o que ia dizer. Tinha-o ensaiado
cem vezes em sua cabeça. Mas, agora que estava perto de Miciah, tinha medo de ter se equivocado.
E se a Senhora de Ouro que a visitou em seus sonhos não era a Deusa dos Amato depois de
tudo? E se a mensagem que se supunha que devia dar a Miciah era só uma ilusão?
Kaylee mordeu o lábio inferior. Tinha ouvido por acaso Komet e Zeraac, comentando que
Miciah era o único filho de uma importante casa do Clã Vesti.
Agora que o olhava diretamente, não queria equivocar-se sobre o que tinha que dizer.
Miciah não sabia o que pensar da menina. Suas expressões faciais trocavam tão
rapidamente, que só ficou com a impressão de que algo a preocupava, e ainda assim, não tinha uma
ideia clara do motivo, nem o porquê iria a ele, a menos que… Ficou rígido e fechou sua mente a
esse tipo de especulações, apesar de que foi tão longe para perguntar
— É sua mãe feliz com Zeraac e Komet? Tratam-nas bem a ambas?
A face de Kaylee foi da incerteza à indignação.
— Não é por isso pelo que estou aqui! Mamãe e eu adoramos Zeraac e Komet!
Tirou uma mochila de seus ombros e a pôs sobre a mesa de Miciah.
— Estou aqui por você. Acredito que sei como pode conseguir uma companheira.

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Miciah tossiu para esconder sua surpresa e sua diversão, pensando nesse instante no bem
que teria levado Kaylee com sua própria mãe. Do momento em que tinha alcançado a idade adulta,
sua mãe tinha estado fazendo desfilar mulheres Vesti por diante dele. Então o vírus Hotaling os
tinha golpeado.
Quando viu pela primeira vez Ariel, tinha estado tentado a reclamá-la pelo bem de seu clã,
estivesse ou não disposta, e sem importar que amasse a outro. Tinha estado tentado, inclusive
quando falaram em privado nesta mesma sala. Mas no final, tinha escolhido a única opção com a
que sabia que poderia viver. Tinha-a deixado ir.
Miciah olhou enquanto a pequena humana esvaziava sua mochila. Esta continha um livro
fino pacote, um camafeu, e o que parecia uma pasta cheia de papéis.
Ela tirou o conteúdo, e finalmente abriu o livro para revelar as fotografias em seu interior.
— Mami não sabe que tenho estas coisas. Pertenciam à sua mãe.
Kaylee folheou as páginas. Quando encontrou o que procurava, voltou o livro para Miciah.
— Estes são meu avô e minha avó no dia de seu casamento. Nunca conheci nenhum deles.
Não estiveram juntos por muito tempo. A avó morreu. Mami diz que ela mal pode recordar a seu
pai. Diz que ele não podia permanecer em um lugar por muito tempo. Gostava de apostar e ficar
fora toda a noite. Estas são todas as fotos que tem que ele, à exceção dos recortes de jornal.
Levantou a pasta e a abriu. Mostrava seu avô em vários cassinos, fotografado com montões
de bilhetes diante dele.
— Minha avó salvou todos estes recortes, dizia que depois de ficar rico em Las Vegas,
tinha acabado perdendo tudo. Por um momento teve cinquenta milhões de dólares — Os pequenos
lábios se apertaram em desaprovação — Nem sequer pôs um só dólar no banco. Depois perdeu tudo
em uma semana jogando os jogo de dados.
Kaylee começou a revolver através dos artigos. Em mais de uma ocasião, o homem que
aparecia neles estava acompanhado pela mesma mulher, uma esbelta beleza de cabelos escuro, que
evidentemente estava grávida em outra das fotografias. Sua imagem fez Miciah pensar em sua
própria preferência pelo cabelo e pele escuros, quando se tratava de mulheres.
Era certo que tinha reagido a Ariel, com seu cabelo loiro e olhos azuis. Ter-se-ia apareado
felizmente com ela e, sem dúvida, teria experimentado os plenos efeitos da febre de
emparelhamento Vesti, se ela não tivesse estado já com Zeraac e Komet. Mas ao ver a mulher no
recorte do jornal…
Um suspiro descontente levou a atenção de Miciah de volta a Kaylee. Ela franzia o cenho
de novo.
— Ouviu o que te disse?
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Miciah sentiu o rubor subir até sua face. Uma risada envergonhada escapou antes que
pudesse evitá-la.
— Sinto muito. Estava imerso nos artigos do jornal que me mostrava.
Sua resposta aplacou à pequena humana. Ela sorriu e assentiu.
— Está bem. Só te dizia que mami finalmente admitiu que, parte da razão pela que seu pai
e sua mãe não viviam juntos, era porque ele gostava de estar com diferentes mulheres, mas não
gostava de ficar com nenhuma mulher em particular durante muito tempo.
Sua séria carinha se enrugou quando o olhou fixamente. Miciah sentiu que seu coração se
derretia e doía ao mesmo tempo. Que filha tão boa teria sido.
— Pensa que esta mulher é bonita? — Perguntou Kaylee, um delicado dedo apontou para a
mesma imagem que Miciah tinha estado contemplando.
— Sim. Muito bonita.
A resposta pareceu satisfazer a sua imperiosa visitante. Ela assentiu diante algum
pensamento privado e disse.
— Teria outro papel que queria te mostrar, mas não pude encontrá-lo a tempo. Terá que
acreditar quando te disser o que diz.
Miciah mal pôde reprimir um sorriso.
— É obvio.
Kaylee empurrou a pasta aberta a um lado, e tomou o último artigo que tinha colocado em
sua mesa, o camafeu. Abriu-o com cuidado e revelou as fotos em seu interior.
O pai de Ariel estava à esquerda, sua mãe à direita. Havia um fio de cabelo de cada um,
debaixo de seus retratos.
— Pedi a Jeqon d’Amato que comprovasse seus cabelos — Disse Kaylee de tal maneira,
que Miciah não pôde resistir a sorrir diante a ideia desta pequena chefa, intimidando um de seus
próprios cientistas do Conselho para que trabalhasse para ela — Meu avô era ele que tinha os genes
Fallon.
Kaylee olhou Miciah atentamente, mas quando ele não comentou nada, olhou com
intenção a foto da mulher de cabelo escuro, para depois procurar através dos recortes de jornal até
encontrar a imagem em que aparecia grávida.
Desta vez, a pequena ponta do dedo de Kaylee aterrissou no ventre proeminente.
— O papel que vi era de um detetive particular. Dizia que o bebê era uma menina… A
irmã de mami. Acredito que mami pensou em procurá-la, só que eu adoeci e depois meu primeiro
papai começou ficar sempre no trabalho. A irmã de mami seria uma partida para você, isso é o que
penso.
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A revelação de Kaylee assombrou Miciah, não só pela ideia de que houvesse uma
companheira para ele, mas também porque a menina se preocupasse o suficiente, para tentar
conseguir uma esperança.
— Kaylee… — Começou a dizer, só para deter-se ao não encontrar as palavras.
— Não pode se render — Disse a pequena general, sua expressão e tom eram ferozes —
Tem que procurá-la. A Senhora de Ouro assim o quer.
Ele quase tinha medo de perguntar.
— A Senhora de Ouro?
Kaylee estendeu os braços, para que as pedras Ylan de seus pulsos brilhassem em um
redemoinho de cor púrpura, verde e vermelho.
Miciah tinha ouvido a história de como os braceletes de Komet e Zeraac se fundiram com
as Lágrimas da Deusa, de maneira que todos os que formavam parte de sua unidade familiar tinham
os mesmos cristais em seus pulsos, mas não o tinha visto por si mesmo. Agora, estudou os
braceletes dos pulsos de Kaylee e sentiu que uma temível esperança começava a crescer seu peito.
Os Amato tinham muita confiança nas pedras Ylan chamadas as Lágrimas da Deusa, não
só pelas extraordinárias propriedades curativas que essas pedras possuíam, mas também porque
acreditavam que aqueles que usassem estas Lágrimas, tinham sido favorecidos por sua Deusa.
Os Vesti valoravam estas pedras, não por que jogassem um papel em suas crenças
religiosas, mas sim porque erar estranhas. Mesmo assim, Miciah não descartou a asseveração de
Kaylee, ou sua razão para vir a ele. Não era de conhecimento popular, mas a primeira gravidez que
ocorreu depois do primeiro ataque do vírus Hotaling em Belizair, veio através de um sonho de um
Amato.
— Falarei com Jeqon sobre este assunto — Disse Miciah — Farei que ponha a algum dos
caçadores de recompensas na busca da irmã de sua mãe.
— Será sua companheira — Disse Kaylee com absoluta confiança, enquanto deslizava sua
mochila vazia em seu ombro — Te deixarei tudo isto. Mas tem que cuidá-lo, porque pertence a
minha mami.
— Assim o farei.
— Bem. Quando for à Terra, faria algo por mim?
Miciah encontrou que sua felicidade e esperança eram contagiosas.
— O que?
— Trazer um pote de sorvete de chocolate. O maior que possa encontrar, para poder
compartilhá-lo com mami.
— Farei todo o possível para voltar com um — Prometeu Miciah.
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— Está bem, então. Tenho que ir. Tenho que chegar à casa antes que os Meninos Mandões
me encontrem.
Miciah conteve a risada até que a pequena general saiu, e depois explodiu em uma com
força, enchendo-o com uma ligeireza que não tinha experimentado desde que o vírus Hotaling foi
liberado sobre Belizair.
Quando sua risada finalmente cedeu, reuniu os elementos que pertenciam à mãe de Kaylee
e os guardou. Um toque na tela plana da superfície de sua mesa, confirmou o que tinha imaginado.
Jeqon estava em Belizair, em Winseka, à espera, como a maioria dos cientistas do Conselho, do
nascimento dos primeiros meninos que nasceriam desde que os cientistas tinham encontrado a
sequência de genes Fallon nas mulheres humanas.
Os primeiros emparelhamentos não tinham dado nenhum resultado. Só quando Laith
d’Amato compartilhou Cyan, a mulher com a que estava emparelhado, com seu amigo e colega de
trabalho Vesti, Rykken, ocorreu a primeira gravidez.
Cyan levava gêmeos, como todas as mulheres que se uniram a um homem de cada raça,
depois do êxito da primeira união compartilhada. Mas se seus gêmeos seriam alados ou não, era
desconhecido, como também o era se seriam Amato ou Vesti… Ou humanos cuja relação aos
Fallon permaneceria oculta, presente só em seus genes.
Miciah deu um toque nos comandos que permitiam o pôr em contato com o Jeqon.
O cientista respondeu imediatamente.
A face de Jeqon encheu a tela, e não havia dúvida da diversão em sua expressão ou em sua
voz, quando disse:
— Estou certo ao pensar que teve um convidado inesperado hoje?
— Sim.
Miciah não se atreveu a permitir que sua esperança se mostrasse em seu rosto, embora seu
coração palpitava de maneira acelerada.
— Postergará sua viagem à Terra até que nasçam os meninos de Cyan? —perguntou
Jeqon.
Tudo dentro de Miciah se deteve.
— Tenho alguma razão para ir à Terra?
O sorriso do Jeqon mostrava a resposta.
— Sim. Pareceu-me apropriado deixar que Kaylee fosse a primeira em te contar sobre sua
possível companheira. Mas depois de sua visita inicial, só necessitei umas poucas palavras com
Komet e um sutil interrogatório a Ariel de sua parte, para informar aos caçadores de recompensas
que estão na Terra.
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— Localizaram à irmã de Ariel?
— Seu nome é Zoë Andreadis. Você gostaria de ver uma imagem dela?
— É ela minha?
— Sim, se decide reclamá-la — A expressão de Jeqon se fez sombria — Está só?
— Sim.
— Usei os parâmetros experimentais na busca do varão com o maior direito a reclamá-la,
como o Conselho nos autorizou a fazer depois que a chegada de Kaylee e Ariel em Belizair levasse
a conhecimento de que poderia haver mais de um partido potencial. De todos os candidatos Vesti,
você é o que compartilha a maior parte dos marcadores em comum com Zoë.
Um nó se formou no peito de Miciah.
— E entre os Amato?
— Só um se aproxima. Quase com tantas coincidências como você, muito dentro dos
parâmetros, se a antiga norma se aplicasse.
O potencial para futuros problemas e conflitos acrescentados entre as duas raças, fez que
os músculos de Miciah se apertassem pela tensão. A cada passo, havia decisões que tomar,
turbulências que navegar. Resistiu à tentação de massagear a tensão de seu pescoço.
— Quem é?
— Iden, da casa Cathetel.
Iden. Tinha que ser Iden.
A imagem do Amato de asas brancas, com cabelo negro e olhos azuis, apareceu na mente
de Miciah, infundindo a seu pênis com um calor proibido. As uniões do mesmo sexo eram tabu
entre os Vesti, e ele, mais que muitos outros, tinha algo que perder se seu desejo se fazia público.
— Quer que te envie a foto da irmã de Ariel e a informação que reuniram os caçadores de
recompensas? — Perguntou Jeqon.
— Sim.
Miciah apenas se atreveu a respirar, quando a tela de sua mesa em escritório ficou às
escuras, em vez de dividir-se em duas zonas de transmissão, o que indicava a intenção do Jeqon de
deixar intimidade quando contemplasse pela primeira vez à mulher que estava destinada… Um
gesto que agradeceu um instante mais tarde, quando seu pênis ficou completamente duro e sua pele
se avermelhou com o começo da febre de emparelhamento Vesti, ao observar a imagem de Zoë.
O parecido com a mulher que aparecia nos recortes de jornal que a pequena general tinha
mostrado estava ali, mas a beleza da filha eclipsava a da mãe. E a reação de Miciah quase o fez cair
sobre seus joelhos.

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Agarrou-se à beira de sua mesa para impedir-se de tomar seu pênis nas mãos, enquanto a
devorava com seus olhos, olhou seu corpo esbelto, os seios que pediam ser segurados pelas mãos de
um homem e sugados por seus lábios, um rosto rodeado por um alvoroço de cachos escuros que
caíam em cascata por seus ombros.
Uma ligeira capa de suor cobriu o peito de Miciah. Seus dedos formigavam por deslizar-se
entre os sedosos cachos. Senti-los roçar suas coxas, seu pênis, e usá-los para sustentá-la baixo ele,
ao introduzir-se nela para enchê-la sua semente.
O calor em aumento da febre de emparelhamento Vesti, era razão suficiente para reclamá-
la.
— Seguinte imagem — Disse Miciah, antes de desonrar-se ao ofegar, ou levar a si mesmo
ao alívio, já que os sons viajariam através do enlace de áudio.
Um mapa da Terra substituiu a imagem de sua companheira. Enquanto o olhava, o mapa se
ampliou para transformar-se no que agora reconhecia como os Estados Unidos, e depois a costa
oeste deles, onde havia várias câmaras de transporte.
Finalmente, apareceu um lugar chamado Auburn.
— É ali onde vive? — Perguntou Miciah.
— No momento, embora o caçador de recompensas que a localizou acredita que é possível
que ela esteja pensando em partir. Ao parecer, é um nômade por natureza.
O instinto possessivo dos Vesti aumentou junto com a febre de emparelhamento, fazendo
difícil que Miciah mantivesse a voz sem inflexões. Os varões de sua espécie reclamavam uma
mulher e tomavam por completo, totalmente, possuindo a de cada forma possível, e em todos os
sentidos, para que ela nunca desejasse o toque de outro. E até então, frequentemente era impossível
permitir que ela estivesse sozinha em presença de outro varão sem casal.
— Está sendo vigiada?
— Não. Aparentemente não há nenhum perigo para ela. Pensei que seria melhor pedir
autorização para etiquetá-la neste caso.
— Bem — Disse Miciah, acalmando-se. De vez em quando, quando existia o temor a
perder a alguma companheira de vínculo potencial, aos cientistas do Conselho permitia enviar um
caçador de recompensas, para que implantasse um diminuto chip de rastreamento. Fazia-se a
distância, com um dispositivo especial, para que a mulher não se assustasse ou se desse conta. O
impacto não era mais doloroso que a picada de um inseto, e o chip era facilmente destruído uma vez
que era reclamada e vinculada, dissolvendo-se durante o transporte a Belizair.
— Transmite a informação de suas coordenadas, assim como tudo o que se conheça de
suas atividades cotidianas e de sua vida em geral. Partirei logo que faça os acertos necessários.
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— Feito — Disse Jeqon, e se despediu.
Miciah saiu de seu escritório um momento depois, justificando com a lógica o que estava a
ponto de fazer. Havia razões políticas para pedir a Iden que fosse seu Co-companheiro, disse-se,
fechando sua mente a qualquer fantasia, além de compartilhar uma mulher com o sacerdote Amato,
cuja casa de Clã era uma das mais antigas e poderosa de Belizair.
As tensões tinham aumentado à medida que se aproximava o nascimento dos gêmeos de
Cyan. A pesar do otimismo dos cientistas de que sua gravidez, igual a com o resto, daria como
resultado um menino Amato e um Vesti para cada trio vinculado, não havia nenhuma garantia.
As asas não se manifestavam até depois do nascimento do bebê. Só surgiam quando os
braceletes dos pulsos eram colocadas no menino, e uma parte das pedras Ylan dos braceletes dos
pais migravam para as do bebê.
Era um momento de intimidade, só para ser testemunhado pelos familiares mais próximos.
Não seria menos para Cyan, Laith e Rykken, embora toda Belizair estivesse esperando com agonia
o resultado, tanto temendo como esperando o futuro que isto poderia definir.
Tanto dependia do primeiro trio vinculado. Dos primeiros nascimentos.
Os Amato temiam que sua raça estivesse destinada à extinção. Temiam que ao final
Belizair pertenceria aos Vesti, por que até esse momento, quando as raças se misturavam para
produzir descendência, todos os que nasciam eram Vesti. E os filhos desta descendência, só tinham
meninos Vesti também, quer dizer, a linha do clã Amato se perdia.
Os Vesti, por sua parte, temiam que sua cultura e crenças desaparecessem. Já se tinham
visto obrigados a adaptar-se.
A diferença dos Amato, que estabeleciam vínculos com qualquer variação em que
estivessem de acordo os implicados, compartilhar uma mulher era algo inaudito entre os Vesti. Esta
era só uma das muitas diferenças entre as duas raças.
Havia aqueles em ambas as raças que não estavam de acordo com a solução atual, que
resistiam à mudança, quem se opunha à introdução dos seres humanos em Belizair, porque temiam
que tal coisa poderia significar. Isto se transformou em um delicado malabarismo, um que Miciah
entendia por completo.
A mudança que se precisava tinha que ser cuidadosamente dirigida. Ser mantido ao
mínimo, e onde era inevitável, levá-lo a cabo a uma velocidade que facilitasse a transição,
permitindo tanto aos Vesti como aos Amato manter tanto como fosse possível de sua cultura e
tradições.
Miciah saiu do edifício do Conselho. Desdobrou suas asas e se lançou para cima,
dirigindo-se para o templo Amato onde encontraria Iden.
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O ar quente acariciou seu torso e pernas nus, brincando sobre o tecido fino da tanga que
cobria seu pênis, que permanecia endurecida depois de sua reação para o Zoë. Não desejava que sua
ereção diminuísse. Os costumes de cortesia ditavam que esta não seria notada ou comentada por
qualquer com que se encontrasse, e se houvesse especulação privada, a notícia de sua partida à
Terra para a reclamação de uma companheira a silenciaria.
A ansiedade familiar se assentou em um batimento do coração quente e palpitante nas
vísceras de Miciah. Negava-se a deixá-la escapar mais abaixo, para seu testículo e eixo, enquanto se
negava a contemplar por que não tinha considerado, nem sequer por um instante, procurar a outro
Amato como Co-companheiro.
O correto era oferecer a Iden a possibilidade de reclamar Zoë. Como ele, Iden era filho
único, e tinha estado sob uma intensa pressão para tomar uma companheira de uma idade temprana.
Além disso, Iden era muito respeitado entre os Amato, e se um de seus sacerdotes abraçava
visivelmente o compartilhar de uma companheira humana…

CAPÍTULO 2

Miciah aterrissou diante do templo construído para servir à Deusa Amato e seu Consorte.
Estava completamente feito com pedras Ylan. Mas a diferença dos lugares de culto construídos
pelos humanos, era um lugar pequeno, criado para servir a grupos familiares ou a indivíduos
isolados.
Nunca, no transcurso de sua vida, tinha procurado ajuda na Deusa Amato e seu Consorte,
mas podia sentir a energia que irradiava das pedras Ylan. Podia entender como aqueles que sim
acreditavam, sentiam um enlace direto com a Deusa e seu Consorte, enquanto estavam em seu
templo.
A porta se abriu, e Miciah ficou imóvel, quando um companheiro membro do Conselho
saiu do templo. Fez-se muito consciente da protuberância grossa de seu pênis, pressionando contra
sua tanga, e seu pulso se acelerou enquanto se perguntava se Iden tinha falado dele com o Supremo
Sacerdote Amato, que também servia no Conselho.
A sobrancelha elevada de Jarlath foi sua única resposta ao ver Miciah ali. Por sorte, passou
a seu lado com uma mínima cabeçada de reconhecimento, o que permitiu a Miciah entrar em
templo sem fazer comentários.

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Iden estava de pé atrás de um altar baixo. A luz difusa e dourada o banhava, fazendo que
os músculos do estômago de Miciah ficassem tensos, e seu pênis se endurecesse ainda mais.
Obrigou-se a avançar, detendo-se o chegar à primeiro dos travesseiros dispersos no chão para
ajoelhar-se e sentar-se.
O incenso era levado pelo ar para cima. As chamas das velas dançavam, convidando à
proximidade e a troca de segredos.
— Por que estava Jarlath aqui? — Perguntou Miciah.
— Seus motivos eram pessoais — O olhar fixo de Iden se moveu para baixo, detendo-se na
vigorosa ereção de Miciah, antes de dirigir-se de novo para cima — Não é próprio de você permitir
chegar a minha presença em tal estado.
As fossas nasais de Miciah se expandiram diante o insulto e a satisfação na voz de Iden.
Mas preferiu não cruzar espadas verbais com o único varão que tinha desejado fisicamente alguma
vez.
Um toque a uma dos braceletes de seus pulsos, e a imagem de Zoë foi projetada na
superfície reluzente do baixo altar. Iden reagiu tão rapidamente à mulher humana como ele o tinha
feito, o material dourado de sua tanga não ocultava sua ereção repentina, mais do que o tecido azul
escuro de Miciah ocultava a própria.
— Quem é ela? — Perguntou Iden.
— Seu nome é Zoë Andreadis. É a irmã de Ariel, a companheira de Zeraac e Komet. Fui
emparelhado com ela.
— Felicidades.
Iden cruzou os braços e alargou sua postura. Um desafio? Uma postura defensiva?
Sua expressão não deixava ver nada.
A tensão se enrolou e atou o estômago de Miciah, quando se obrigou a admitir diante si
mesmo o muito que desejava ter Iden como Co-companheiro, e o pouco implicada que estava a
política no assunto.
O Conselho não tinha decidido uma política oficial, a respeito do que fazer quando dois
homens eram um partido exato para a mesma mulher humana. Poucos fora do Conselho ou seus
cientistas sabiam que os parâmetros para emparelhar as sequências de genes tinham sido ampliados
experimentalmente para evitar tal coisa, com resultados acertados.
Miciah resistiu ao impulso de copiar a postura de Iden, mas compartilhou a verdade com
ele.
— Você também é um partido compatível para ela.

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As sobrancelhas escuras se levantaram em uma pergunta silenciosa, obrigando Miciah a
explicar-se… A dizer as palavras.
— Eu gostaria que a reclamasse comigo.
Os sensuais lábios se curvaram para cima.
— Sou sua primeira opção?

Miciah apertou a mandíbula quando seu pênis teve um espasmo em reação ao suave
ronrono da voz de Iden. Uma gota reveladora da excitação escapou de seu eixo, o fazendo estar
contente de usar uma tanga escura, e que a luz do templo fora tênue.
— Sim.
Pela Deusa, a mulher humana era formosa, pensou Iden, enquanto rodeava o altar,
detendo-se quando esteve só a uns centímetros de Miciah. Mas, aceitaria ela suas necessidades?
Admitiria Miciah finalmente as suas próprias? Inclusive por uma companheira e a possibilidade de
filhos, Iden sabia que ele não viveria uma mentira.
Seu coração trovejou em seu peito, fazendo difícil não parecer afetado pela situação. Se ele
tivesse sido o que tivesse tido a possibilidade de escolher um companheiro, teria se aproximado de
Miciah.
Moveu-se para frente no espaço pessoal de Miciah, aproximando-o suficiente como para
que seus pênis endurecidos quase se tocassem. A satisfação o atravessou quando os traços de
Miciah se esticaram, e não pôde ocultar o brilho de necessidade em seus olhos.
— Parece esquecer algo sobre mim — Disse Iden.
— Não esqueci nada.
— E está disposto a satisfazer meus desejos? Ou tem a esperança que estar ao mesmo
tempo dentro do corpo de nossa companheira, seja suficiente? O que isto vai parar aí?
— Se ela o recusar…
— Então, talvez será melhor que espere por uma melhor partida — Disse Iden, arriscando
tudo ao afastar-se.
Sua retirada foi detida pela mão de Miciah sobre seu braço. Os dedos firmes enviaram uma
onda quente de luxúria diretamente ao pênis de Iden, enquanto este se imaginava essa mesma mão
ao redor de seu eixo.
— Veem comigo à Terra — Disse Miciah, tão perto da súplica como ele mesmo se
permitiria — Conheça-a.
— E se ela for de mente tão aberta como os Amato, no que se refere aos acoplamentos?

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A outra mão de Miciah se apertou em seu lado. Talvez este momento fosse inevitável, o
resultado final de um desejo que nunca tinha sido capaz de suprimir por completo, apesar de tê-lo
tentado.
Imagens de Iden se colocaram em seus sonhos desde o começo, rompendo as inibições
culturais, assim como a luxúria que tinha experimentado ao conhecê-lo o tinha surpreendido,
deixando-o cambaleante durante vários dias depois, diante a ideia de desejar outro homem.
Amaldiçoou Iden por obrigá-lo a dizer as palavras. Por fazer admitir abertamente o que
aconteceria se Zoë achasse erótico olhar, ou participar, quando seus dois companheiros também
desfrutassem um do outro.
Uma coisa assim não era falada, ou reconhecida, entre os Vesti. Mas na intimidade da casa
que compartilharia com Zoë e Iden, Miciah sabia que não diria que não às necessidades que Iden
agitava nele.
— O que acontecerá quando estivermos sozinhos em nossa moradia, aceitarei-o como
natural para nossa companheira de vínculo.
— Isso é suficiente… — Disse Iden, seu olhar desceu para o lugar onde a pênis de Miciah
palpitava contra o fino tecido da tanga —... Por agora.

A pequena loira sentada na mesa frente a Zoë, levantou a vista das folhas de chá que
estava estudando e disse
— Esteve me ocultando algo.
— É uma opinião? Ou é também parte da leitura? — Brincou Zoë.
— OH, está nas folhas de chá também.
O sorriso travesso de Destiny fez Zoë ficar inquieta. Quando se tratava de ver coisas, o
talento de Destiny era tão preciso como o dela, embora em seu caso, evitasse o dom, em vez de
aceitá-lo.
— Galinha — Disse Destiny, lendo corretamente os pensamentos de Zoë.
Zoë fez uma boa imitação do cacarejo de um frango.
— Assim é.
Destiny sacudiu a cabeça, fazendo que seus brincos com plumas e contas se balançassem.

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— Não importa, direi isso de todos os modos. Primeiro deseja a notícia “má” embora
possivelmente não seja uma “má notícia” para você? Ou a notícia do tipo “estou tão invejosa que te
arrancaria os olhos”?
— Hmmm. Difícil decisão. Vamos com o “mau, mas possivelmente não tão mau”
primeiro.
— Seus dias errantes estão a ponto de terminar.
Um calafrio deslizou através da coluna vertebral de Zoë, e se estremeceu.
OK, isso poderia ser mau. Quanto mais tempo ficava em um lugar, mais fortes se faziam
seus dons psíquicos, e mais cuidadosa tinha que voltar sobre aonde ia, ou a quem tocava.
— Agora sabe por que nunca te deixo que leia para mim — Brincou Zoë.
— Confia em mim. Estabelecer-se é um pequeno preço a pagar, pela outra coisa que estou
lendo nas folhas de chá.
— Necessitamos um rufar de tambor?
Destiny riu.
— Talvez — Olhou para os outros clientes no salão de chá, e se inclinou para frente para
sussurrar — Recorda a última vez que nos sentamos em uma jacuzzi, bebendo daiquiris de
morango, e falamos sobre as fantasias?
Zoë ficou tensa, não pelas lembranças, mas sim pelos sonhos que a tinham atormentado
durante a última semana, fazendo despertar cada manhã coberta de suor e com a mão entre suas
pernas.
— Recordo-o.
— Isso é o que vejo em seu futuro. Dois homens. Você e eles. Em um trio —Elevou e
baixou as sobrancelhas de maneira dramática — E talvez, eles dois juntos, com você olhando. Soa
conhecido?
Se os sonhos não fossem só sonhos, ela poderia descrever exatamente suas aparências.
Cabelo negro, além dos ombros. Um homem com a pele mais escura que a do outro. Ambos
dominantes, ultra masculinos. O material de suas fantasias.
Eles não tinham feito um com o outro em seus sonhos. Mas se o desejavam,
definitivamente seria algo excitante para ela.
Sua boceta se contraiu diante a imagem em sua mente. Estremeceu de novo, desta vez pelo
calor, e juntou firmemente suas pernas.
Do outro lado da mesa, os olhos de Destiny se abriram como pratos, e depois se estreitaram
com receio.

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— Conta — Disse, com uma voz resolvida que Zoë conhecia muito bem. O amável e
pequeno corpo de Destiny, alojava um tigre, quando se tratava de conseguir o que queria.
— Estive sonhando com dois homens durante a última semana — Admitiu Zoë.
— Como uma premonição?
Zoë se ruborizou.
— Pensei que havia passado muito tempo desde…
Destiny soprou.
— Diga-me isso. Eu poderia tomar uma equipe de futebol neste momento.
— Você e seus 45 quilos, eu gostaria de ver isso.
— É uma voyeur. Mas isso poderia ser algo muito bom se os caras o fizerem um ao outro.
Conheço-os?
— Não. Eu tampouco.
— Altos, morenos e bonitos?
— Com cabelo negro comprido e uns corpos que a fariam babar.
Destiny lambeu os lábios.
— Delicioso. Então estes sonhos são a razão pela que de repente decidiu pôr ar nos pneus
da autocasa1, e se pôr em caminho para a Celebração do Sol? Se tiver um comichão, tem que
arranhá-lo. Não é que eu possa te culpar. Acredito que também deixaria a cidade se pudesse
terminar em um trio com um par de meninos formosos.
Zoë negou com a cabeça. Se suas visões só estivessem cheias de sexo quente e um feliz
para sempre, estaria feliz de ficar em um só lugar. O problema consistia em que seus dons pareciam
ficar apanhados em uma intensa emoção, do tipo escuro e deprimente.
— Não, ocorria o que te disse… Meus dons psíquicos reaparecem se fico em um lugar
durante muito tempo. E isto só piora se não seguir em frente.
Destiny mordeu o lábio inferior.
— Talvez estes caras sejam a resposta. Não disse que uma velha adivinha na Grécia viu
um futuro no que podia utilizar seus dons para ajudar a outros? Quais foram suas palavras
exatamente?
— Quando seu coração seja finalmente capturado, a capacidade de ver e sentir se
converterá em um presente. Seu toque oferecerá uma esperança a aqueles que a perderam.

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— Isto poderia ser o que viu. Quero dizer, ela não o limitou expressamente a um homem,
não é?
A esperança revoou através de Zoë como uma mariposa, criando um amortização contra a
lembrança do ancião, cuja mão havia tocado a sua, quando ambos trataram de tomar o mesmo pão
recém assado, a manhã do dia anterior na loja de comestíveis.
O homem terminou em posse do pão. Ela terminou sufocada por um desespero que durou
todo o dia, e só terminou com uma visão na hora de pôr-do-sol, dele sentado junto a uma cama, com
lágrimas percorrendo seu rosto, enquanto sua esposa tomava seu último fôlego, depois de rogar que
a deixasse morrer, para não ter que seguir vivendo em um estado de impotência e dor.
Uma vez que a porta se abriu nos escudos mentais que ela tinha aprendido a construir com
o fim de sobreviver a seu dom psíquico da empatia, não havia nenhum modo de fechá-la. Tudo o
que precisou foi o toque da mão de alguém mais, para que sua tristeza e dor fossem dela… Mas isso
não era o pior de tudo.
O que mais odiava era ver o lugar ao que a levavam suas escuras emoções, quando não
havia nada que pudesse fazer para preveni-la, ou mudar o resultado. Se só seus dons estivessem
sincronizados. Se pudesse sentir a tristeza de alguém, ou a escuridão que os rodeava, e nesse mesmo
momento ver o que isso significava, em vez de ter a visão quando já era muito tarde para mudar
algo.
Podiam passar horas, dias, ou meses, antes que essa conexão psíquica não desejada se
fechasse.
Seu estômago se revolveu, ao recordar aos estranhos cujos suicídios tinha visto em suas
visões, depois de um toque casual. Sentiu a culpa, embora intelectualmente sabia que não podia ter
evitado essas mortes.
Tinha-o tentado mais vezes das que podia contar. E tinha falhado em cada uma delas.
Quão único ficava era seguir em frente, sem ficar nunca em um lugar o tempo suficiente
como para que seus escudos se abrissem. Tinha sabido uma semana antes, que já era o momento de
partir de Auburn, mas os sonhos… Talvez por isso havia ficado, porque em seu subconsciente tinha
estado esperando que esses dois homens aparecessem.
Destiny deu um suave golpe com o dedo à taça de chá, tirando Zoë de seus pensamentos.
— Com certeza que os conhecerá na Celebração do Sol. Quero dizer… Não pode ser uma
coincidência. Você, vendo-os em um sonho. Eu, lendo sobre eles nas folhas de chá. Dadas as
circunstâncias, perdoarei-a por não ter me dito, especialmente se me envia uma foto deles,
preferivelmente de corpo completo e nus.
Zoë pôs-se a rir.
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— O que te parece se em vez disso peço que enviem a um par de seus amigos?
— Parece-me um bom trato.
Fez-se o silêncio e Zoë sentiu que sua garganta se fechava, quando chegou o momento de
dizer adeus. Falaram durante uns minutos mais, e depois ficaram de pé e se abraçaram.
— Mai quer que passe em sua loja antes de partir — Destiny secou os olhos — Iria com
você e te seguiria até chegar ao acampamento, mas…
— Sei. Desta maneira é mais fácil.
Com um abraço final Zoë a deixou, antes que ambas pusessem-se a chorar. Caminhou para
frente de um edifício histórico depois de outro, pensando na leitura de Destiny e em todos quão
psíquicos tinha visitado, primeiro com seus avós e depois só, enquanto se cansava de tentar
converter em algo útil sua habilidade empática e sua visão.
Zoë esfregou o peito. Apesar da esperança, havia uma sensação de perda diante a ideia de
que seus dias na estrada poderiam chegar a seu fim. É o que conhecia, e os artigos que escrevia a
respeito dos lugares que visitava pagavam a viagem.
Adorava conhecer gente e aprender sobre eles. Adorava observá-los e conseguir a
“sensação” de cada novo lugar onde estacionava a autocasa e chamava “seu lar no momento”. Seus
avós tinham vivido da mesma maneira, até que um ataque do coração levou seu avô, e meses mais
tarde um derrame cerebral matou a sua avó.
Graças a Deus, ela não tinha visto vir nenhuma dessas mortes. Em realidade, à exceção dos
sonhos que a tinham estado atormentando durante na semana anterior, nunca tinha vislumbrado
nada que envolvesse seu próprio futuro.
Não tinha ciência certa de onde provinha o dom da visão, o mais provável é que o herdasse
de seu pai biológico. Isso teria sentido dado seu estilo de vida. E não é que ela o tivesse conhecido
alguma vez.
Sua capacidade empática provinha de sua avó. Ela tinha sido capaz de chegar a todo o
espectro das emoções. Em comparação, Zoë parecia programada para a escuridão, enquanto que sua
mãe parecia uma drogada por novas emoções… De novo, não é que Zoë tivesse muito
conhecimento de primeira mão.
Só tinha estado na mesma sala que sua mãe três ou quatro vezes, que pudesse recordar. A
maioria das lembranças sobre seus pais, vinham do que tinha visto nos recortes de jornais… Uma
mãe com gosto pelos grandes jogadores, os homens perigosos e com um estilo de vida rápido. Seu
pai, um jogador de alto nível em Las Vegas, que ganhou e perdeu milhões, e sempre tinha uma nova
mulher em seu braço.

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Nenhum deles tinha estado nem remotamente interessado em ser pais. Por sorte para ela,
seus avós tinham estado dispostos, mais que dispostos, apesar de ter tido cinquenta e um, e
cinquenta e seis anos, quando ela chegou a este mundo.
Seus avós tinham empacotado e ido a Las Vegas o dia que souberam que sua filha estava
grávida, e ficaram ali até que Zoë nasceu, só para assegurar-se que sua filha não mudasse de opinião
a respeito de deixar que eles criassem o bebê, e decidisse abortar, ou dar seu neto em adoção ao
melhor apostador.
A garganta de Zoë se apertou. Seus avós tinham morrido três anos antes e ainda sentia
saudades.
Afastou os pensamentos sobre seus pais e avós. Ir-se a outro lugar sempre os removia.
A loja de Mai, Trash and Treasures, apareceu diante sua vista ao dobrar a esquina.
Uns turistas saíam do local quando ela chegou. Estavam extasiados pela compra de uma
velha garrafa e um prato de cerâmica.
Um sino anunciou sua chegada. Mai levantou a vista de uma caixa de papelão recoberta de
pó e telhas de aranhas, que tinha deixado marcas dos mesmos no algodão de sua calça e na camisa
de flanela que usava. Sua face enrugada se transformou em um sorriso desdentado.
— Que bom! Destiny recordou minha mensagem — Mai se separou da caixa e abraçou a
Zoë — Tenho algo para você. Um pequeno presente. O negócio vai muito bem graças a seu artigo!
Zoë deu uma olhada para o lugar onde estava pendurada uma cópia de seu artigo, em um
velho quadro, sobre a parede atrás da caixa registradora.
— Não tem que me dar nada.
— É obvio que não, mas quero fazê-lo. Agora me faça um favor, enquanto vou por seu
presente. Olha a ver se pode encontrar minha dentadura postiça. A maldita coisa me voltou a
escapar. Pensava pôr isso ao chegar à loja, mas devo ter deixado em algum lugar. Então James
passou por aqui com algumas coisas que conseguiu em uma venda de jardim, e justo no momento
que se foi, Sasha apareceu com um cavalinho de madeira, e depois…
Zoë pôs-se a rir.
— Estão na caixa vermelha, ou estão soltos e preparados para morder a quem quer que os
localize?
— Isso seria divertido, não? Poderia me custar uma dinheirama em um processo se chegar
a ocorrer, mas você poderia escrever um artigo para o National Enquirer2 e recuperar o dinheiro —
Disse Mai, rindo — Isso realmente poria Trash and Treasures no mapa.

2
Conhecido tabloide americano.
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Desapareceu atrás do desordenado balcão, com sua caixa registradora antiga e sua coleção
de cacarecos, e Zoë começou a procurar na área próxima à porta principal.
— Perdeu suas chaves também? — Perguntou Zoë, um momento depois, levantando um
saco de papel cheio de bonecos de pelúcia usados em uma mão, e um molho de chaves na outra.
Mai se endireitou. No pouco tempo que tinha estado atrás do balcão, mechas de seu cabelo
cinza se soltaram de seu coque.
— Maldição. Deixei-as em algum lugar também?
Zoë fez tilintar as chaves.
— Parece que sim.
— Estavam meus dentes com elas?
Zoë se agachou diante da cadeira onde tinha encontrado as chaves, debaixo da bolsa.
Efetivamente, a conhecida caixa vermelha estava no chão.
— Estão aqui.
— Bem — Disse Mai. Orvalhou algo em sua mão com uma garrafa pequena de água que
mantinha perto da caixa registradora, para limpar os artigos… Lixo e tesouros por igual3, e depois
envolveu o objeto em um trapo para secá-lo.
Zoë levou as chaves e a dentadura postiça para o balcão, e as deixou ali.
— Não irei até que não te veja meter no bolso as chaves, e pôr a dentadura na boca.
Mai riu.
— Provavelmente seja o melhor. Agora fecha os olhos e estende os braços. Não faça
armadilha.
Zoë fez o que disse, e sentiu um bracelete ser colocado em uma de seus pulsos, e depois no
outro. Que estranho, pensou, ao sentir um ajuste sutil, como se o calor de seu corpo tivesse
esquentado o metal, moldando-o para ajustá-lo a sua pele.
— Pode olhar agora.
Zoë conteve o fôlego ao ver os braceletes, trabalhados de maneira delicada, como se uma
série de borboletas voassem em uma estreita pradaria de prata. Subiu os braços para uma inspeção
mais próxima, maravilhando-se diante o trabalho artesanal. As pedras de cor azul elétrica com
nervuras negras pareciam fluir de maneira ininterrupta entre uma borboleta e a seguinte.
— Eu adorei — Disse Zoë, sendo sincera e odiando o pensamento de ter separar-se deles.
Mas tinha a sensação que estas eram valiosas, inestimáveis se eram oferecidas ao comprador

3
Trocadilho com o nome da loja: Trash and Treasures (Lixo e Tesouros).
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T 23
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correto, e Mai era uma anciã — Conheço alguém em São Francisco que trata com joalheria de alta
qualidade, Mai. Eu…
— Tolices. Estão em seus pulsos e é ai aonde pertencem. Diga outra palavra sobre levar os
braceletes a outro lugar e porei meus dentes sobre você.
Zoë deu uma olhada à caixa com a dentadura postiça e pôs-se a rir. Inclinou-se através do
balcão e deu um abraço em Mai.
— Obrigado.
— De nada.
Zoë passou um dedo ao longo do bracelete em seu pulso esquerdo. Não pôde encontrar o
broche para tirá-lo. Ocorreu o mesmo com o bracelete do direito.
Que estranho, pensou Zoë, mas dada a ameaça do Mai, e sua própria falta de vontade de
tirar os braceletes, não perguntou onde estavam os broches. Descobriria-o mais tarde.
— Como terminou isto em Trash and Treasures?
— Trouxe-os Otis. Encontrou-os no lugar que estava escavando. Já o conhece, se não for
de ouro, não vê o valor.
Zoë sorriu diante disso. Através dos anos, tinha escrito muitos artigos sobre o fato de que o
sonho de encontrar ouro nas Serras não estava morto, nem por indício. Executivos que levavam
trajes de mil dólares durante a maior parte do ano, estudantes universitários durante as férias,
famílias com meninos de todas as idades… Todos se dirigiam às montanhas durante o verão, com o
sonho de alcançar uma nervura ou levantar uma bandeja carregada de sementes de ouro.
E depois estavam os veteranos como Otis, quem tinha descoberto suficiente ouro para
mantê-los buscando “o grande”. Eram homens com roupas muito remendadas, que conduziam
desmantelados carros velhos, e caçavam ou pescavam a maior parte de suas comidas, mantinham
em segredo a localização atual de seu acampamento, e só foram à cidade quando era estritamente
necessário.
— Me alegro de que te trouxesse os braceletes — Disse Zoë, riscando com a ponta de um
dedo o fluxo contínuo de pedras, antes de suspirar, quando chegou o momento que tinha estado
atrasando durante a última semana — O melhor será que me ponha em caminho. Quero chegar ao
deserto e me instalar antes do anoitecer.

CAPÍTULO 3

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Iden sorriu enquanto observava a reunião que havia no cânions, por debaixo do lugar onde
ele e Miciah estavam de pé. Estendia-se de um extremo ao outro, uma colorida cidade com barracas
de campanha, autocasas e carros. Estava cheia de vida, música e energia humana.
Entendia perfeitamente porque os Fallon tinham vindo à Terra uma e outra vez.
Havia tal paixão nos humanos… Um desejo de criar para seu próprio desfrute, de ficar em
contato com suas emoções, fossem estas escuras ou claras, e as expor, usando suas vidas tanto como
um tecido, como fonte de inspiração.
Os que se reuniram aí abaixo, não o faziam para adorar a uma deidade, e sim para celebrar
a arte em todas suas formas, e ao fazê-lo, extraíam o poder da terra e céu a seu redor. As pedras
Ylan dos pulsos de Iden palpitavam com isso, alimentando-se e sendo alimentadas a sua vez por sua
antecipação de descer para a massa de humanos e encontrar Zoë. De tomar uma companheira… E
tomar Miciah.
Um olhar para a direita e para baixo revelou o contorno duro da pênis de Miciah, contra a
frente do que o caçador de recompensas que os tinha recebido ao sair da câmara de transporte tinha
chamado: shorts cargo. Iden sorriu.
Definitivamente aprovava a carga oculta da roupa de Miciah. Não tinha nenhuma dúvida
de que sua próxima companheira o aprovaria também.
Ele tinha estado jogando no templo, necessitava que Miciah admitisse a atração entre eles,
preferindo o consentimento aberto sobre a sedução.
Desde sua chegada a Winseka para servir aos Amato que viviam ali, a pedido de Jarlath, e
seu posterior encontro com Miciah, Iden tinha sabido que em última instância, seu futuro e o do
representante Vesti da região da selva, estariam entrelaçados.
Recordou o momento no que seus olhos se encontraram, enquanto uniam seus braceletes
na saudação tradicional pela primeira vez, quando o desejo mútuo perfurou a barricada mental que
Miciah tinha estado construindo durante toda sua vida, com o fim de esconder diante si mesmo sua
verdadeira sexualidade. Havia sentido a surpresa de Miciah, sua autonegação enquanto seu pênis se
endurecia. E ele não se surpreendeu no mais mínimo quando Miciah evitou estar a sós com ele a
partir desse momento, ainda quando Miciah o buscasse de maneira inconsciente.
Em caso de que Zoë não aceitasse inicialmente que seus dois companheiros também
seriam amantes, Iden não se preocupava. Ao final, ela não só o aceitaria, mas também encontraria
um prazer imenso nisso.
Acreditava-o completamente. Totalmente. Com uma certeza que só se aprofundou, quando
Miciah contou sobre o sonho de Kaylee com a Senhora de Ouro.

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Ele nunca tinha conhecido à menina da Terra, mas sabia que usava as Lágrimas da Deusa
em seus pulsos. Deu uma olhada para os braceletes em seus próprios pulsos. Dois eram os seus,
colocados nele por seus pais ao nascer. O bracelete restante, vazio de pedras Ylan, estava destinado
para o Zoë.
Tinham sido autorizados para transportar-se da câmara até este lugar, mas daqui em diante,
iriam a pé. Fez rodar seus ombros, encontrando o peso da pequena mochila estranhamente
reconfortante, uma substituição sensorial de suas asas transmutadas.
— Vamos reclamar nossa companheira? — Perguntou Iden, falando em voz alta como era
seu costume, inclusive em Belizair.
Miciah voltou a cabeça e seus olhos se encontraram, o que fez que a pênis de Iden
palpitasse. Pela Deusa, o que tinha este Vesti em particular, que o fazia desejar conquistar e ser
conquistado?
Tinha tido amantes masculinos antes, todos eles Amato, todos eles procurando ternura e
carinho. Tinham sido amigos antes que a paixão os convertesse em companheiros de cama, e
tinham permanecido sendo amigos depois, quando tinham seguido em frente a outras uniões do
mesmo sexo, ou não.
Esse não seria o caso com Miciah, quem exsudava a crua possessividade de sua raça, a
necessidade primária de dominar completamente. Estava ali, sob a capa que usava a fim de servir a
seu povo e a sua região como membro do Conselho.
Iden não podia esperar para vê-lo sem essa capa protetora, embora ao princípio de seu baile
erótico com sua companheira, tinha a intenção de concentrar completamente seus esforços em Zoë.
Ela era o núcleo de sua vinculação, o centro de total importância. Sem ela, seu futuro e o de Belizair
estariam enormemente afetados.
— É primitivo — Resmungou Miciah, fazendo Iden rir.
— Eu estava pensando o mesmo — Disse ele, embora em vez da natureza de sua vida
sexual ainda não iniciada, sabia que Miciah se referia à falta de desenvolvimento tecnológico da
Terra, que estava a ponto de forçá-los a fazer uma longa caminhada.
Miciah desviou o olhar como se tivesse captado os pensamentos de Iden. Suas fossas
nasais se estenderam e sua mandíbula se esticou diante a visão do pênis de Iden, pressionado
rigidamente contra a roupa da Terra.
— Vamos — Disse Miciah, ajustando a mochila que levava — Teremos sorte se
chegarmos ao acampamento antes do anoitecer.

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T 26
O Presente de Zoe
Jory Strong
Fallon Mates - 04
Iden se absteve de estender a mão para tocar Miciah. Este poderia ter aceitado que se
converteriam em amantes, poderia ansiá-lo tanto como Iden o fazia, mas não se sentia cômodo com
isso, e provavelmente não o faria até que se deitassem com Zoë.
— Depois de você — Disse Iden, inclinando a cabeça para o estreito atalho que conduzia
para baixo — É afortunado que Jeqon implantasse um chip de seguimento, do contrário, suspeito
que algumas noites dormindo no chão e vários dias procurando-a, não melhorariam seu humor.

O ar era como um grande tecido, igual ao quadro salpicado de pintura pelo artista situado
diante de Zoë. Cheirava como a salvia do deserto e diesel, tinha o aroma de brasas de madeira,
toques de haxixe, carnes assando e vinho caseiro, assim como a incenso e pachulí.
Zoë levantou a face, deixando que os últimos raios de sol acariciassem sua pele. Sentia-se
bem estar aqui. Era correto estar aqui. E talvez…
— Olá, formosa, quanto tempo sem vê-la — A voz de um homem murmurou em seu
ouvido por trás dela, um instante antes que uns lábios masculinos roçassem seu pescoço e umas
mãos firmes posassem sobre seus quadris, sustentando-a contra um familiar corpo musculoso.
— Jason — Disse ela, sorrindo, girando-se para dar um abraço e notando, ao fazê-lo, que
havia renunciado ao rastafári a favor de um couro cabeludo limpo e bem barbeado, e outro piercing
na sobrancelha.
Ele dirigiu um sorriso devastador.
— Em carne e osso.
Ela deu um passo atrás e estudou o que não estava escondido sob seus shorts. Seu corpo
era um testemunho de seu trabalho como artista da tatuagem. Cada imagem era sua própria criação,
formava parte de uma paisagem de sonho com criaturas aladas.
Zoë levantou a mão e fez girar seu dedo. Ele obedeceu a sua ordem e deu a volta devagar.
— Está ficando sem espaço — Disse ela, quando Jason esteve de frente outra vez.
— Para isso é a reencarnação, neném. Um corpo fresco, uma nova piçarra.
Ela sorriu.
— Não acredito que funcione dessa maneira. Na próxima vida poderia terminar sendo um
soldado ou um boxeador.
— Eu não. Sou um amante. Não um lutador — Jason fez um espetáculo do fato de olhar a
seu redor — Está por aqui sozinha?

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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
A imagem dos homens com os que tinha estado sonhando se levantou em seus
pensamentos, e enviou uma onda de calor para baixo, para seu ventre e boceta.
— Por agora.
— Me ocorrem ao menos três meninos que seriam justamente seu tipo — Ele sorriu — Por
separado ou todos juntos.
Ela negou com a cabeça.
— Estou bem.
— Está bem. Mas se trocar de opinião, estou acampando na seção de cor índigo —
Assinalou para onde uma haste mostrava uma bandeira de cor índiga, com a letra I.
— Eu estou na amarela.
— Deram-lhe um mapa e o calendário oficial quando chegou?
Zoë assentiu. O campo estava dividido em vinte e seis seções com banheiros, lugares para
obter água e geradores de eletricidade, estações de primeiros socorros e postos de segurança, junto
com cenários e outros lugares importantes. O calendário só cobria os eventos maiores. Seria
impossível refletir qualquer outro, já que a maior parte eram espontâneos… Uma prática com os
instrumentos que se converte em um baile, ou uma demonstração de pintura que se converte em
uma discussão sobre ilustrações tribais e tatuagens.
— Não perca a banda. São incríveis — Jason olhou para o lugar onde o sol desaparecia
atrás de uma montanha — Falando disso, será melhor que procure a meu atual companheiro, para
que possamos tomar nosso lugar perto do cenário.
Zoë deu outro abraço, antes que desaparecesse entre a multidão. Notou que outros
recolhiam sua arte e o guardavam, ou partiam em direção ao entretenimento dessa noite, com
mantas colocadas sob seus braços e geladeiras nas mãos.
Ficou por um momento, caminhando por um beco onde os fabricantes de joias se reuniram,
fazendo uma pausa diante de cada barraca para ver o trabalho exposto, antes de girar uma esquina
para encontrar que o tema tinha trocado à malha e a confecção de roupa.
Xales e pulôveres feitos de lã de prata alemã penduravam junto a aqueles fatos com lã de
ovelha, e os coloridos com tinturas vegetais. As rocas de madeira giravam, e mulheres de todas as
idades se reuniam junto aos teares para compartilhar histórias e conhecimentos.
Elas dariam a bem-vinda se decidia unir-se, era uma das coisas que adorava sobre a
Celebração do Sol. Era Woodstock4 sem a ênfase nas drogas e a música, embora havia um fundo
onipresente de violões, tambores e canto, junto com muito “amor livre”.

4
O festival de música e arte do Woodstock (Woodstock. 3 Days of Peace & Music) é um dos festivais de rock e congregação Hippie mais famosos da
história. Teve lugar em uma granja do Bethel, Nova Iorque, nos dias 15, 16, 17 e a madrugada de 18 de agosto de 1969.

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Fallon Mates - 04
Os músculos internos de sua vagina se apertaram, molhando suas calcinhas com a
excitação. Formassem parte ou não da profecia da adivinha, não diria que não se os homens que
tinham aparecido em seus sonhos ganhassem vida. Havia passado um comprido tempo desde que
convidasse a alguém a sua cama, ou tivesse aceitado a oferta de visitar alguém mais.
Deixou o “Beco do Tecedor” e vagou entre uma eclética mistura de artesãos em seu
caminho de volta para o lugar onde estava estacionada sua autocasa. Como tinha chegado tarde ao
acampamento, estava muito longe do cenário onde atuaria a banda dessa noite.
Não é que importasse ficar a procurar um lugar para estender sua manta e dormir sob as
estrelas. O acampamento não podia estender-se mais à frente do cenário principal. Havia muito
deserto por ocupar, e para os casais, o espaço suficiente para permitir ter intimidade para desfrutar
de algo mais que a música e a paisagem noturna.
Zoë se deteve o tempo suficiente para comprar um gyro5 em um posto de comida, e quando
chegou a sua autocasa já tinha terminado de comer o saboroso sanduíche. À exceção de desenrolar
o toldo, não tinha feito nada mais para convertê-la em um lugar de reunião. A comprida viaje de
Auburn, tinha-a deixado desejosa de sair e caminhar pelo lugar.
Em um impulso, trocou-se, colocando uma saia longa e uma blusa camponesa solta. Eram
definitivamente uma reminiscência dos anos sessenta, mas sempre se sentia sensual e atraente
quando as usava.
É obvio, isso poderia ter muito haver com a ausência de um sutiã, e as calcinhas, feitas de
um material tão escasso que dificilmente poderia chamar-se tecido, pensou com um sorriso. Mas
neste lugar poderia utilizar muito menos, e esta noite queria… Seu coração se acelerou com a ideia
repentina, de que se vestiu para os homens com os que tinha estado sonhando. Por que estava tão
segura de que apareceriam?
Zoë se encontrou riscando as pedras que fluíam de maneira ininterrupta entre uma
borboleta e a seguinte. Não era a primeira vez. Havia acontecido repetidamente enquanto conduzia,
tantas vezes, que devia ter retirado a capa de sujeira que não tinha sido consciente que tivessem.
Sua cor parecia mais profunda mais vibrante. Mais quente. Como se tivessem absorvido
seu calor corporal e tivessem ganhado vida devido a ele.
Zoë riu do voo de sua própria fantasia. Era definitivamente o momento de dirigir-se para o
extremo oposto do acampamento e perder-se na música.

5
Empanado feito geralmente de cordeiro assado em rodelas, cebola e tomate em pão de pita
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Fallon Mates - 04

Se os humanos se sentaram atraídos pelos Fallon, logo se fez evidente para Iden que as
pessoas deste planeta eram igualmente atraídas pelos Amato e Vesti, ambos os descendentes dos
Fallon. Inclusive com suas asas transmutadas em partículas invisíveis pelas pedras Ylan, cada passo
era uma batalha. Homens e mulheres por igual encontravam uma razão para detê-los, alguns
oferecendo sexo com um sutil olhar ou carícia, outros com palavras ousadas e mãos igualmente
audazes.
Iden tomou com calma e encontrou uma imensa diversão ao olhar Miciah confrontar ao
que menos queria enfrentar… A natureza dual de sua sexualidade.
Zoë tinha que saber o que a esperava, sua companheira não podia ter escolhido um melhor
lugar para que eles se encontrassem pela primeira vez, e explorassem o que logo significariam os
uns para os outros. Ali havia tal amplitude de mente, tal atmosfera de celebração, experimentação e
aceitação, que Iden duvidava que se encontrasse facilmente em qualquer outro lugar.
Sorriu quando um homem jovem, com maquiagem nos olhos e calças extremamente
ajustadas, aproximou-se de Miciah. Mas em vez de deixar que a cena se desenvolvesse, olhou ao
moço e usou o momento para reforçar uma mensagem.
— Ele está comigo — Disse Iden, fechando a pequena distância entre ele e Miciah, de
maneira que seus braços nus se tocassem.
O desejo surgiu entre eles, como tinha acontecido desde que se conheceram.
Miciah se esticou, mas não se afastou. É um progresso, pensou Iden, satisfeito no
momento.
O estômago de Miciah se apertou em um nó, ainda quando seu pênis palpitava pelo contato
de pele contra pele. Sentiu como se tivesse sido submerso em uma das piscinas vulcânicas que se
encontravam na selva do planeta Farini, mas ao mesmo tempo, sentia-se atravessado pelo gelo.
Era tão óbvio seu desejo de aparear-se com outro homem? Caído alguma das barreiras
internas que tinha para esconder sua sexualidade, quando Iden o obrigou a admitir a verdade do que
seria sua relação se Zoë, se ela a aceitasse?
Nunca tinha sido abordado com tanta confiança, nem recebido proposições de maneira tão
descarada, por membros de seu próprio sexo. Era desconcertante, aterrador, se se permitia
preocupar-se do que isso significaria em sua volta a Belizair.
Caminhou para frente, notando como outro humano entrecerrava os olhos, embora o sol já
tinha desaparecido faz tempo e estava quase completamente escuro.

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Recordou com que frequência tinha vislumbrado uma expressão surpreendida e cheia de
incredulidade, quando ele e Iden passavam, como se suas asas fossem visíveis, ao menos por um
instante, até que as mentes humanas as ocultassem como algo que não podia existir.
Tal reação indicava a presença de genes Fallon, e parecia que havia uma maior
percentagem deles aqui, entre as pessoas com natureza artística, que na população geral. O alívio
emanou de Miciah, enquanto se defendia desesperadamente na razão pela que tinham feito
proposições tantas vezes os homens humanos. Estavam atraídos para ele, porque também era um
descendente dos Fallon, e não porque eles tivessem adivinhado suas fantasias com Iden.
Miciah relaxou e fez uma nota mental para falar com Jeqon sobre seus descobrimentos. Os
caçadores de recompensas deviam ser enviados a reuniões como esta. Poderia haver dezenas de
partidas…
A preocupação retornou com rapidez, mas desta vez era de uma natureza diferente.
Apesar da situação desesperada em Belizair, com a integração de um grande número de
humanos de uma só vez, corria-se o risco de acrescentar mais tensões às já existentes. A mudança
em seu mundo devia ser controlada. Este…
Suficiente, disse Iden, a palavra cortou através dos pensamentos de Miciah. Se tivesse que
adivinhar, diria que esta consumido com deliberações sobre o destino de Belizair.
Esquece seus deveres como membro do Conselho, enquanto estejamos neste planeta. A
formação de um vínculo com nossa companheira deveria ser prioritária. Ninguém poderia te
criticar ou te julgar por enfocar toda sua atenção no que estamos tentando construir para nós.
Quer que Zoë acredite que ela é só um meio para um fim, e não tem valor por si mesma, se é que
nos aceita ao final?
A negação gritou através da mente de Miciah… Tanto pelo pensamento de que ela os
rejeitasse, como pela possibilidade de que acreditasse que não a queriam por si mesma. Ao ver sua
imagem, quase tinha caído de joelhos quando o calor se apoderou de ele ao início da febre de
emparelhamento Vesti. Quando finalmente a alcançassem, necessitaria todo seu controle para não
saltar sobre ela.
Tem razão. A partir deste momento, fecharei minha mente a pensamentos sobre Belizair,
ou meus deveres ali.
Bem, disse Iden, mas sua resposta se perdeu em um rugido de luxúria, quando passaram
através do último grupo de humanos e vislumbraram Zoë na distância, ajoelhada enquanto
desenrolava um cobertor, e o alisava sobre o chão arenoso do deserto.

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Uma necessidade, como Miciah nunca tinha conhecido, atravessou seu pênis como um
raio. Um grunhido escapou antes que pudesse contê-lo, quando Iden se adiantou deliberadamente,
com sua atenção completamente concentrada em Zoë.
Os impulsos primitivos atacaram Miciah, a necessidade Vesti de lutar contra qualquer rival
que pudesse reclamar à mulher escolhida por ele. Batalhou contra o desejo de ficar entre Zoë e Iden,
de advertir Iden que se afastasse dela, e depois levá-la a um lugar onde ele pudesse montá-la
repetidamente e possui-la a fundo, até que seu nome fosse o único impresso em seu coração, alma e
corpo.
Vem? Ronronou Iden em sua mente.
Com as palavras, chegou a imagem deles dois tomando Zoë ao mesmo tempo. Isso foi
suficiente para desviar a possessividade provocada pela ebulição da febre de emparelhamento Vesti,
convertendo-se em uma necessidade violenta de estar dentro dela, com seu pênis roçando contra o
de Iden, enquanto os três se convertiam em um.
Sim, disse Miciah, ficando com facilidade ao lado de Iden, e emparelhando seus largos
passos à medida que manobravam através de casais e grupos de humanos sentados ou deitados
sobre mantas, alguns deles dedicados à mesma atividade que Miciah planejava estar fazendo em
pouco tempo, fazer amor.
Suas mandíbulas se esticaram contra a necessidade de pressionar imediatamente sua boca
contra o ponto sensível na base do pescoço da mulher, e deixar finalmente que suas presas de
emparelhamento abandonassem suas vagens protetoras pela primeira vez em sua vida. Estremeceu-
se devido à antecipação do grande prazer que ocorreria no momento do clímax, quando o soro que
fazia que uma mulher fosse fácil de rastrear e alguma vez facilitasse a gravidez das Vesti, fluísse
através de suas presas. Suas mãos se abriram e fecharam em punhos ao imaginar-se a penetrando,
tanto com seu pênis como com suas presas de emparelhamento, afundando-se em seu corpo e
marcando-a com sua essência e sua mordida.
Como se sentisse sua presença e suas intenções carnais, Zoë levantou o olhar.
Miciah sentiu o impacto quando seus olhares se cruzaram.
Seu coração trovejou em seu peito e seu pênis gritou em sinal de protesto quando a atenção
da mulher se centrou em Iden.
— É deliciosa — Murmurou Iden, a luxúria encheu seu ventre e se dirigiu para seu eixo,
até que cada passo que dava se converteu em uma doce tortura.
Ele tinha sabido em Belizair que ela era mulher que queria para formar um vínculo.
Mas inclusive sabendo-o, não tinha previsto o verdadeiro efeito que teria sobre ele.

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Um desejo como nunca tinha conhecido o atravessou, abrindo um lugar que só ela seria
capaz de encher.
— Não nos afastaremos de seu lado até que se comprometa a retornar conosco a casa —
Disse Miciah, sua voz tinha a firme decisão de um Vesti nas garras da febre de emparelhamento.
— De acordo. Ela é nossa para o prazer e a proteção.
Já não havia volta atrás.

CAPÍTULO 4

A banda sobre o cenário, e as pessoas que se reuniu para escutá-los, desapareceram da


consciência de Zoë. Esqueceu-se do que estava fazendo, embora suas mãos seguiram movendo-se,
tremendo ligeiramente enquanto se deslizavam sobre a manta, assegurando-se que não houvesse
nenhuma pedra debaixo desta.
Sua boceta gotejou e seu estômago estremeceu à medida que os dois homens se
aproximavam. Afastar o olhar deles era impossível.
Zoë tinha sabido que estariam aqui, e entretanto, uma parte dela não se havia atrevido a
acreditá-lo. Uma parte dela ainda não o fazia.
Eram uma fantasia movendo-se para ela com uma intensidade predadora, com expressões
famintas e uma perfeição masculina que apertou seus mamilos e enviou espasmos de necessidade
através de seu corpo. Era como em seu sonho, mas ainda melhor.
Um gemido suave escapou enquanto se aproximavam. Mordeu o lábio inferior para evitar
que outro saísse.
Sua boca se secou. Sua respiração se entrecortou.
— Podemos nos unir a você? — Perguntou o de pele mais clara.
Ela conseguiu assentir, e mal pôde conter um calafrio quando se sentaram a ambos os lados
de seu corpo, alagando-a com seu calor e aroma.
— Sou Miciah — Disse o de pele mais escura, seus olhos dourados a fizeram pensar em
um grande felino, um puma ou um leopardo.
— E eu sou Iden — Disse seu companheiro.
— Zoë — Disse ela, sua voz saiu rouca, como um convite a empurrá-la sobre suas costas e
cobri-la com seus corpos.

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Era uma boa coisa que ela já tivesse aceitado que não diria que não, se eles se
apresentavam em sua vida. Depois de uma semana sonhando com suas carícias, de despertar com a
mão sobre seu púbis e seus dedos dentro de sua vagina enquanto procurava desesperadamente o
alívio, estava preparada para eles.
Lambeu os lábios e se esforçou por elaborar uma frase completa, queria afastar seus
pensamentos do sexo o suficiente para chegar a conhecê-los primeiro. Eles o fizeram impossível
quando se inclinaram como se tivessem a intenção de beijá-la, ao mesmo tempo.
Zoë conteve um gemido diante a imagem de suas bocas sobre a sua, suas línguas
enredadas. Os dois homens exsudavam uma crua sensualidade, toda dirigida para ela, por isso não
sabia se também a sentiam um para o outro.
As fossas nasais de Miciah se estenderam e a cor de seus olhos se intensificou, fazendo-a
enroscar as pernas, em um esforço por aliviar o batimento do coração que havia entre suas coxas.
O azul dos olhos de Iden se transformou em um mar escuro de desejo.
— É tão formosa — Disse ele.
— Eu poderia dizer o mesmo de vocês dois — Conseguiu dizer ela, lutando por evitar que
seus dedos se enredassem através das ondas do cabelo de Iden, e da longitude lisa do de Miciah, de
agarrar-se a seus cabelos e levá-los para ela, para poder tocar seus lábios com os seus.
A pressão de seus duros mamilos contra a blusa camponesa testemunhava o que a faziam
sentir. O úmido interior de suas coxas e o aroma do desejo a faziam sentir como uma mulher
primitiva em busca de companheiros. As imagens de deixar cair sobre seus cotovelos e joelhos em
um convite para que eles a montassem, fizeram que sua boceta se apertasse e o rubor subisse por
seu pescoço para suas bochechas.
O olhar de Miciah deixou sua face e viajou para baixo. Ela apertou com os punhos sua saia
longa para evitar arquear suas costas e empurrar seus seios para frente, em resposta à expressão
faminta de seu rosto enquanto olhava seu peito.
— Formosa não te faz justiça — Disse ele, com uma voz tão baixa que retumbou como um
grunhido — Me alegro de ter te encontrado sozinha.
Devido a que tinha sonhado com eles, a possessividade no tom de sua voz foi escuramente
excitante, em vez de inquietante. Esta enviou um tremor de erótico medo através dela,
aprofundando seu desejo em vez de esfriá-lo.
Olhou para Iden e o encontrou estudando-a, medindo sua reação. Ele afastou uma de suas
mãos de sua saia, levou-a a sua boca e pressionou um beijo em sua palma, deixando-a sentir a mais
ligeira carícia de sua língua.

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— Uns minutos mais tarde e sem dúvida teríamos tido concorrência — Disse, seus olhos se
estreitaram de repente, quando sua atenção se centrou no bracelete em seu pulso — Como os
conseguiu?
Zoë notou então os braceletes que ele usava, três deles, embora um estava sem adornos de
cristais. Em vez de borboletas, estavam gravadas com… Falcões, talvez, algo alado e rápido. Mas
foram as pedras as que enviaram uma onda de surpresa através dela.
Não eram da mesma cor que as suas, entretanto, sua textura e a forma em que parecia que
se formavam redemoinhos à vida, fizeram-na pensar que poderiam ter provindo do mesmo lugar.
Na luz que se desvanecia, as pedras negras tinham um brilho branco, como a Via Láctea na noite.
Miciah agarrou a outra mão. O contato fez que seu corpo se apertasse ainda mais.
Estremeceu-se, assaltada pela imagem deles sustentando-a, enquanto a torturavam com
suas mãos e bocas. Mais excitação se deslizou por sua vagina para cobrir o interior de suas coxas.
O afeto de ambos os homens se fez mais firme, como se tivessem lido sua fantasia e
captassem a essência de seu desejo. Obrigou-se a voltar sua atenção sobre os pulsos de Miciah, e
viu que ele também usava braceletes similares, dois com gemas e outro sem adornos.
As pedras eram do mesmo negro com toques de branco. Mas em vez de aves de rapina, as
criaturas pareciam Pteranodons6, um de seus animais favoritos quando se tratava de criaturas pré-
históricas.
Ajustavam-se a Miciah, assim como os falcões se ajustavam a Iden. Havia elegância em
Iden, e embora a maioria imaginasse ver um verniz civilizado em Miciah, justo debaixo da
superfície era um homem que logo que pudesse, arrastaria a sua mulher fora da caverna para fode-
la, em vez de levá-la para jantar como parte da sedução.
Estou bem com ambos, pensou, reprimindo um sorriso quando Miciah demonstrou sua
teoria ao inclinar-se para frente, com sua voz cheia de uma promessa de violência, quando exigiu
saber quem tinha dado os braceletes.
Como se a aproximação preocupada de Miciah pudesse assustá-la, Iden se inclinou e deu
pequenos beijos ao longo de sua mandíbula, para terminar em sua orelha. Seus dedos exploraram o
bracelete de seu pulso como se procurasse um broche.
Dado que ele tinha seus próprios braceletes, Zoë se perguntou se poderia obter o que ela
não tinha conseguido, encontrar uma maneira de tirar o bracelete. Não é que ela tivesse a intenção
de permitir.

6
Réptil pré-histórico alado.
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Fallon Mates - 04
Apesar de ter possuído os braceletes por só um curto período de tempo, já os sentia como
uma parte dela. Talvez porque agora estavam envoltas nas lembranças de Auburn, da predição de
Destiny, assim como de seus próprios sonhos.
Enquanto conduzia para a Celebração do Sol, tinha chegado às ver como um símbolo das
esperanças que tinha, de que um dia seus dons psíquicos emergiriam como uma borboleta de um
casulo e seriam unificados em algo formoso, algo que poderia utilizar para fazer do mundo um
melhor lugar.
— As pedras e as imagens de borboletas me parecem familiares — Disse Iden, seus lábios
seguiam sobre sua orelha, fazendo que ela se estremecesse com a necessidade — Mas não posso
recordar onde as vi antes. Como as conseguiu?
Seu fôlego, e a proximidade de sua boca e língua a seu ouvido, fizeram que seus seios se
inchassem até que doeram. Se eles não tivessem estado sustentando seus pulsos, ela não teria
conseguido evitar levar os dedos a seus mamilos, ou levar as mãos deles para seus seios.
— Mai me deu isso antes de partir de Auburn.
Sua resposta fez que os olhos de Iden se alargassem devido à especulação, e os de Miciah
se estreitassem com determinação. Os olhos ardentes se cravaram aos dela, enquanto a mão livre de
Miciah tomava seu queixo.
— Posso te compartilhar com Iden, mas com ninguém mais, nem sequer outra mulher.
Você nos deseja. Seu corpo não mente. E não a deixaremos insatisfeita.
A luxúria e a vergonha encheram Zoë em igual medida. Acrescentaram o rubor em sua
face, e a fizeram agradecer que a última luz do dia tivesse desaparecido.
A escuridão, e a atmosfera de tolerância encontrada na Celebração do Sol, concediam a
todos a ilusão de intimidade. Embora entre a lua sobre eles, e as velas próximas que enchiam a noite
de incenso, ainda podia distinguir os traços de Miciah.
— Mai é uma amiga — Disse Zoë — Nada mais — E porque Miciah era o que mais perto
estava, fechou a distância entre eles e brincou com o toque de sua língua ao longo da comissura de
seus lábios — Além disso, eu gosto dos homens. Sempre gostei, embora não tenho nenhum
problema com as mulheres que preferem a outras mulheres.
Uma quente onda de luxúria chamuscou Miciah. O fez esquecer todo pensamento,
deixando só uma crua necessidade e o desejo de explorar o corpo de sua companheira até que
nenhuma parte dela permanecesse sem tocar.
Com um grunhido sua boca se abriu e sua língua encontrou a dela, entrelaçando-se e
enredando-se em um baile de domínio que só poderia terminar de um modo, com sua completa

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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
submissão. Seu suave gemido alimentou sua fome. Seu aroma sensual quase o fez libertar-se da
estreita roupa da Terra para poder levar para seu pênis a mão do Zoë. Ou seus lábios.
A só ideia de que tomasse seu pênis dessa maneira fez que Miciah se estremecesse, e teve
que esforçar-se para não terminar o beijo e impulsionar a boca dela para baixo. A mão de Iden
deslizou para segurar o seio de Zoë, roçando contra seu próprio peito e mamilo nus, fazendo-o
gemer e endurecer-se ainda mais. O delicioso toque da pele de Iden contra a sua e o embriagador
aroma de Zoë aprofundando-se ao ser acariciada por ambos, ameaçaram seu controle.
Entre eles, o corpo de Zoë vibrava cheio de necessidade. Suaves sons de prazer se
deslizaram de sua boca à sua, alimentando a febre dele.
Embora tinha pedido a Iden ser seu Co-companheiro, no momento em que se abriu
caminho entre a multidão e tinha visto Zoë, uma parte de Miciah se perguntou se poderia suportar
ver outro homem tocando-a, a outro homem fazendo-a gritar de prazer.
Agora sabia. Com Iden poderia. Com Iden, o desejo se intensificava.
Era profundamente consciente da boca de Iden, deixando beijos com o passar do pescoço
dela para seu ouvido, das mãos de Iden em seu peito e seu lado. Excitava-o reclamar a sua
companheira com Iden, trabalhar para o objetivo final de ganhar seu amor e vê-la ficar mais pesada
com seus filhos. Graças a ela, haveria uma verdadeira intimidade, algo mais que saciar a luxúria,
quando ele e Iden finalmente atuassem sobre sua atração.
Perdidos na paixão, tinham liberado suas mãos. Miciah gemeu quando os dedos de Zoë se
enredaram em seu cabelo. Fechou os olhos, imaginando-a acariciando suas asas, e deslizando os
dedos por debaixo destas, para os sensíveis lugares onde se uniam a seu corpo. Quase
instintivamente se desfez da mochila, pondo-a ao bordo da manta, enquanto Iden fazia o mesmo.
Amaldiçoou a necessidade de ocultar sua verdadeira forma. Os Fallon tinham caminhado
alguma vez livremente por este mundo, ao igual aos Vesti e Amato, fazia muito tempo. Tinham sido
vistos como deidades pelos humanos, mas neste momento, Miciah era o que queria adorar. Queria
começar em seus lábios e mover-se para seus seios, antes de enterrar sua cara entre suas coxas e
saboreá-la.
Em acordo perfeito a levaram para trás sobre a manta, colocando-se à ambos os lados de
Zoë, com suas coxas tocando-se quando cunharam suas pernas entre as dela, seus torsos bloqueando
seus atos da vista, quando cada um deles se apoiou em um cotovelo e a olharam fixamente.
Diante a visão dos dedos de Iden acariciando a carne suave e bronzeada do ventre de Zoë e
inundando-se em seu umbigo, a excitação escapou da fenda da cabeça do pênis de Miciah. Sua mão
se uniu a de Iden em seu abdômen, só que mais acima, justo debaixo do lugar onde a blusa se atava

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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
sob seus seios, o ligeiro material não fazia nada para ocultar os tensos mamilos e sua respiração
ofegante.
Em Belizair, as mulheres só usavam umas finas calças, feitas do mesmo tecido das tanga
dos homens. Elas não cobriam seus seios nem os restringiam, como se o que representavam, a
maturidade sexual e a capacidade de proporcionar o alimento a seus filhos, fora algo de que
envergonhar-se.
Miciah colocou a mão sob a blusa. Fez uma pausa para acariciar a parte inferior de seu
seios, suave como a seda, antes de cobrir o mamilo possessivamente.
Minha.
A reclamação reverberou através dele, selvagem e primitiva. A febre de emparelhamento
Vesti ardeu mais quente, concentrando-se, convertendo sua mente em um mar vermelho onde
lutavam em conflito as emoções e os instintos.
Apesar de sua boa vontade de compartilhar Zoë, e seu prazer devido a isso, Miciah lutava
contra o instinto de mostrar os dentes e obrigar Iden a afastar-se dela.
O grito afogado de Zoë fez que levasse de novo o olhar para seu ventre. Sob o olhar de
Miciah, a mão de Iden se deslizou por debaixo da cintura de sua saia, ao mesmo tempo em que se
abria sua conexão mental, alagando Miciah com uma deliciosa sensação e imagens eróticas.
Um apertão de calor atravessou seu pênis. Sua palma esfregou agressivamente o mamilo de
Zoë e ele bebeu seu grito, saboreou-o como um homem que tinha estado perdido no deserto durante
toda uma vida.
Iden quase gozou quando seus dedos se deslizaram sobre o ereto clitóris de Zoë,
encontrando suas dobras inchadas e úmidas, que mulher tão quente! Estava tão molhada, tão pronta
para eles como eles o estavam para ela.
Tinha sentido medo por um instante ao dar-se conta dos braceletes que ela usava.
Durante um momento, poderia ter jurado que as pedras Ylan de seus pulsos pulsaram em
reconhecimento, de igual a igual.
Impossível, disse-se. Nunca tinha visto essa cor azul listado de negro em Belizair.
E, embora havia algo familiar nos braceletes com suas imagens de borboletas, o
conhecimento revoou pela borda de sua memória.
Mais tarde, pensou. Haveria muito tempo logo depois de sua volta a Winseka para estudar
os braceletes. No momento, estava envolto em um baile delicado com Miciah, enquanto
encontravam o ritmo necessário para compartilhar uma mulher e construir uma vida juntos. Por
agora, só queria estudar à mulher com a qual se vincularia logo.

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T 38
O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Iden sentiu o esforço que tomou Miciah permanecer quieto enquanto outro homem baixava
a cabeça para reclamar os lábios de Zoë em um primeiro beijo. Não golpear, quando ela se abriu
para o outro, saudou-o com sua língua, deslizando-a sensualmente em um convite a explorar as
profundidades de sua boca.
Iden gemeu. Seus quadris se sacudiram quando seu pênis insistiu a substituir seus dedos
com ela, deixar que se deslizasse através de seus lábios inferiores e sentir-se rodeado pelo calor
úmido.
Onde Miciah tinha demonstrado a Zoë domínio, Iden lutou para mostrar sua ternura,
demonstrar com suas ações, que entre eles, poderiam cuidar de suas necessidades. Ela aprenderia
que ele poderia ser um amante tão exigente como Miciah, como sem dúvida aprenderia que Miciah
era capaz de ser delicado, e ao final, seriam tudo para ela.
A satisfação se apoderou dele quando Zoë arqueou as costas e emitiu sons de prazer, ao
igual ao tinha feito com Miciah. Seus dedos se enredaram em seu cabelo, sustentando-o contra ela,
embora nada poderia tê-lo feito recuar agora que estava em posse de seus lábios.
Ela era tudo o que tinha sonhado em uma companheira. Desinibida, sem sentir vergonha de
tomar e receber prazer.
As pedras Ylan de seus pulsos vibravam de maneira sutil, ficando mais densas em
preparação para a vinculação, quando a metade delas emigrassem aos braceletes que ele e Miciah
logo dariam a Zoë. Era consciente da mão de Miciah acariciando para baixo, sobre seu ventre,
unindo-se à sua entre as coxas de sua companheira.
Um estremecimento atravessou aos três, um desejo físico que se fundia em uma apertada
da luxúria compartilhada. Não havia diferença entre os sedutores e os seduzidos.
— Deixara-nos te ter? — Sussurrou Iden contra seus lábios, quando a necessidade de
tomar fôlego forçou o fim de seu primeiro beijo.
— Sim, mas não aqui.
Iden se deu conta então da música. O rock duro fazia tremer o ar e a terra. O aroma de
maconha se misturava com o do incenso. Um grunhido rítmico atrás dele marcou um lugar na
escuridão onde outro casal fodia, e se alegrou de que ela preferisse a privacidade para seu
emparelhamento.
— Nos leve de retorno a seu acampamento — Murmurou, mordiscando o lábio inferior de
Zoë — Nos deixe te demonstrar que ninguém mais pode te satisfazer como nós podemos.
Seu sorriso foi uma carícia para seu coração.
— Já estou convencida. Vocês dois são o material de que parecem as fantasias eróticas.

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Fallon Mates - 04
— Só suas fantasias — Disse ele, deslizando a língua ao longo da comissura de seus lábios
— Essas são as únicas nas que nos interessa estar.
Zoë abriu a boca e tocou com sua língua a de Iden. Eles tinham estado em seus sonhos
durante uma semana. Não entendia o “por que” ou o “como” era possível, mas a realidade era muito
melhor.
Queria vê-los, tocá-los, passar toda a noite fazendo amor com eles.
E pela manhã…
Zoë afastou os pensamentos disso. Trataria com o manhã quando este chegasse.
Sua mão se uniu a deles, deslizando-se sob a cintura de sua saia e calcinhas, até o interior
de seu calor úmido. Ela só tinha pensado em impulsioná-los fora de sua boceta enquanto ainda
tivesse vontade, para esperar até que estivessem de retorno em sua autocasa antes de ir mais à
frente, mas ao sentir seus dedos entrelaçados os três se inflamaram.
A língua de Iden se inundou em sua boca, fazendo-se cargo do beijo. Suas mãos cobriram a
dela, obrigando a sua palma a acariciar seus clitóris, enquanto seus dedos se afundavam dentro e
fora de sua vagina, fazendo-a foder a si mesma. Suas respirações se emparelharam a dela, rápida e
superficial.
Zoë gritou quando uns lábios úmidos reclamaram seu mamilo, e Miciah começou a sugar
com avidez, seu ritmo estava em sincronização perfeita com o saque da língua de Iden e com o duro
toque de sua própria palma sobre seus clitóris. Seus calcanhares se cravaram na areia sob a manta,
elevando-se para o êxtase, inclinando os quadris para que seus dedos se pudessem deslizar mais
profundamente em seu canal.
Suas mãos eram masculinas e controladoras, comunicando sem palavras que apesar de que
ela mesma se estava tocando, o prazer vinha porque eles o davam, porque eles o permitiam. Uma
necessidade enlouquecedora cresceu até consumi-la e se entregou a ela, insensível aos sons
desesperados que emitia enquanto seu coração trovejava em seu peito e seu corpo escalava para a
liberação.
Esta chegou a uma onda brilhante, uma crista que a deixou ofegando, com os dedos dos
pés flexionados, e os de suas mãos apertados contra o cabelo de Iden, antes de relaxar-se em uma
enfraquecida satisfação.
O beijo de Iden se fez mais suave. Sua língua se entrelaçou com a sua em uma promessa
sensual do que estava por vir, que foi igualmente sussurrada contra sua boca quando o beijo
terminou.
— Essa só foi uma pequena demonstração do que Miciah e eu podemos fazer para você. A
menos que queira outra, sugeriria que vamos agora.
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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Ela assentiu, intensamente consciente de seus pênis rígidos pressionando contra suas
coxas. Miciah levantou a cabeça, com seus lábios retendo a posse de seu mamilo, estirando-o e
enviando renovados picos de calor para sua boceta, até que finalmente o deixo livre.
Um estremecimento a percorreu ao sentir quão resistentes estavam de retirar as mãos de
suas calcinhas. Iden o obteve primeiro, retirando-se com um pequeno gemido, antes de ficar de pé e
tomar sua mochila.
Miciah se elevou sobre ela, reclamando um beijo que ameaçou convertendo-se em algo
mais quando sua mão deixou a sua para cavar seu montículo e seus dedos encontraram sua fenda.
Ele se estremeceu quando sua palma, úmida pela paixão, tocou seu peito, deslizando-se sobre seus
mamilos. Grunhiu quando Iden se agachou junto a eles e disse:
— É isto o que quer realmente? Se vincular em presença de outros e deixar que presenciem
nosso prazer, até se a escuridão oculte a total realidade disso?
Zoë estava agradecida pelo aviso, embora não pôde evitar um pequeno protesto
murmurado quando Miciah se levantou para ficar em pé. Um minuto mais e teria permitido que
levantasse a saia e baixasse as calcinhas, teria libertado seus pênis e dirigido apressadamente
primeiro uma delas, e depois o outro, para sua abertura.
Realmente não o teria lamentado. A noite oferecia uma medida de privacidade e a
Celebração do Sol era uma atmosfera de liberdade. Mas uma cama suave e a luz tremeluzente das
velas permitiriam tempo para explorar, saborear e capturar todos os matizes do prazer, e isso é o
que queria com eles.

CAPÍTULO 5

Miciah fez tudo o que pôde para não ordenar a Zoë que tirasse a roupa e se metesse na
cama no momento em que entraram em sua autocasa. Em seu lugar permaneceu preparado,
esperando a que ela terminasse de acender as velas e desse alguma indicação de como queria
proceder.
Amanhã terá tempo a sós com ela. Disse Iden, com sua voz mental carregada de diversão.
Poderá jogar os jogos de dominação Vesti e tomá-la tão frequentemente e rapidamente como o
deseja. Eu, em troca, estou desfrutando de cada momento desta doce sedução.
Um estremecimento atravessou Miciah, uma sensação quente o percorreu ao reconhecer
diante si mesmo que estava sendo seduzido junto com Zoë. Quando a tomassem juntos, ele e Iden

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se tocariam, por acaso, sem pretendê-lo. Com cada toque de pele com pele, com cada momento
compartilhado de prazer, a necessidade de contato sexual entre eles cresceria, apesar de suas
inibições culturais contra isso.
Zoë se voltou então, a última vela tinha sido acesa. Dentro do veículo, não necessitou mais
que uns passos para alcançá-los, e as intenções de Miciah de manter-se controlado desapareceram
em um instante.
— Se dispa, Zoë.
Sua risada rouca foi uma provocação. Sua atitude descarada quase o fez levar suas mãos à
frente de seus shorts para libertar seu pênis de seu doloroso confinamento.
— Dizer-me o dessa maneira quase é me pedir que desobedeça — Brincou ela, fazendo
que as fossas nasais de Miciah se distendessem e seus instintos ameaçassem tomando o controle.
— Talvez haja lugar para o acordo — Disse Iden, movendo-se atrás dela e afastando seu
cabelo a um lado — Eu tirarei a roupa para que nem você, nem Miciah, tenham que ceder.
Beijou-a no pescoço, deslizando as mãos ao redor dela para alcançar a barra de sua blusa.
— O que diz, Zoë?
— Sim.
Sua resposta foi pouco mais que um sussurro, mas este açoitou através de Miciah como um
chicote aceso. A interferência de Iden deveria ter sido uma ofensa, mas não houve lugar para nada
mais que a luxúria, quando, centímetro a centímetro, seu corpo foi revelado.
A suave luz das velas permitiu a Miciah ver claramente o que a luz da lua e as estrelas só
tinham insinuado. Ela estava esquisitamente formada, feita para o prazer de um homem. Para seu
prazer.
Não podia afastar sua vista de suas escuras aréolas, uma delas já marcada por sua paixão.
As mãos de Iden se dirigiram a seus seios, segurando-os como se os oferecesse.
Seus polegares roçaram as pontas endurecidas, recordando a Miciah como se sentia tomar
seus mamilos entre seus lábios e sugá-los. Os dedos de Iden tomaram posse das pontas tensas e
puxaram, torceram, e apertaram, fazendo-a arquear as costas e estremecer-se de prazer.
— Sente-se tão bem — Sussurrou ela, pressionando-se contra a mão de Iden, e roçando seu
corpo atrás dela.
O pênis de Miciah saltou involuntariamente e, sem ser consciente de está-lo fazendo, tirou
o que tinha posto.
Os olhos de Zoë se dirigiram imediatamente para sua rígida longitude, enviando uma onda
de calor através deste. Seus lábios se separaram, como se ansiasse tomá-lo em sua boca.

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Miciah separou as pernas, alargando sua postura, intensamente consciente de seu testículo
pendurando livres e pesados sob seu pênis palpitante. Seus dedos rodearam seu pênis, apertando
quando vislumbrou a língua de Zoë.
— Desejaria poder tomar uma foto de você, justo assim — Disse ela, seu aroma era
profundo, exuberante, e absolutamente embriagador — Acredito que poderia estar te olhando todo o
dia.
— O melhor ainda está por vir — Brincou Iden com voz rouca, encontrando seu jogo
amoroso incrivelmente excitante.
Suas mãos deixaram seus seios e se deslizaram para baixo, até a cintura de sua saia.
— Ainda não viu o que tenho para oferecer.
Quando ela teria dado a volta, ele a mordeu em uma suave advertência e depois abriu sua
saia, desfrutando da fome tensa na face de Miciah, do modo em que sua mão se movia de cima
abaixo por seu eixo. Com seu olho mental, Iden viu as asas Vesti, escuras como camurça, tremendo
a consequência da necessidade de Miciah de tocar e ser tocado.
Iden deixou que a roupa de Zoë se deslizasse para baixo sobre suas proporcionadas pernas
até ficar a seus pés. Saboreou a sensação de suas suaves nádegas, da úmida evidência de seu desejo,
enquanto os provocava a todos ao percorrer o bordo de suas quase inexistentes calcinhas.
Miciah deu um passo à frente, sua ereção brilhava onde o sêmen escapava da pequena
ranhura da cabeça de seu pênis.
— Acaba — Disse ele.
Sob suas mãos Zoë estremeceu. Ao Iden o agradava como respondia à dominação de
Miciah. Ela experimentaria sua maneira de dominá-la outro dia, quando houvesse tempo para
explorar mais a fundo sua vontade de submeter-se.
Deslizou os polegares sob a minúscula tira de cada quadril e puxou lentamente, cumprindo
a ordem de Miciah, mas em seus próprios termos.
Um gemido escapou de Miciah quando seu montículo foi exposto, um pequeno triângulo
de pelo escuro por cima das dobras, brilhantes e inchados. As calcinhas se uniram à saia no chão, e
Miciah se deixou cair de joelhos diante dela.
Iden tomou posse de seus seios, cobrindo-os com as palmas de suas mãos, enquanto sua
boca procurava seu ombro, o pescoço, a orelha. Abriu sua mente a Miciah, compartilhando seu
prazer de tê-la nua entre eles.
O grito de assombro de Zoë, quando os lábios de Miciah se posaram sobre seus lábios
inferiores, derramou luxúria fundida na corrente sanguínea de Iden.

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Amaldiçoou o material que separava sua virilha de suas suaves nádegas, mas não podia
obrigar-se a separar suas mãos de seus seios o tempo suficiente para desfazer-se de sua roupa. Logo,
disse-se, querendo que Miciah a tivesse primeiro, como um equilíbrio ao que viria mais tarde,
quando Miciah rompesse com sua cultura e se permitisse ser tomado por outro homem.
— É perfeita para nós — Disse a Zoë, encantado quando ela estendeu os braços para trás
para entrelaçar os dedos no cabelo dele, o movimento fez que seus seios se pressionassem com mais
força contra suas mãos.
Iden explorou sua orelha com a língua, fodendo-a dentro e fora, como sabia que Miciah
estava fazendo com sua boceta. Imaginou deslizando sua longitude entre suas coxas, banhando-se
em sua umidade, e ter Miciah dando prazer com sua boca também, e depois, dirigindo as mãos e
corpo dela para frente, apoiando-a na mesa, para poder tomá-la enquanto Miciah sugava seus
clitóris.
Zoë conteve o fôlego. Nenhuma fantasia poderia comparar-se com o que eles faziam.
Tinha pensado que suas carícias eram devastadoras quando tinham estado sobre a manta, mas
aqueles mal contavam como jogo prévio contra o que estavam fazendo agora.
A perversa língua de Miciah se formava redemoinhos ao redor de seus clitóris antes de
roçar sua cabeça nua, e enviar rajadas, geladas e quentes, de sensação até a planta de seus pés. O
grunhiu quando ela se levantou sobre os dedos de seus pés, o prazer era quase muito para poder
suportá-lo, e em seguida, tomou a dura crista entre seus firmes lábios.
Então ela ofegou, seus quadris se moveram em uma súplica silenciosa para que ele
sugasse. Em troca lambeu, demonstrando com força quem estava no comando.
— Por favor — Pediu ela, esfregando sua boceta contra sua cara, tratando de atrai-lo para
que desse o que necessitava.
Os dedos de Iden apertaram seus mamilos, fazendo-a sentir como se um fio quente se
movesse desde eles até seus clitóris, misturando a dor e o prazer.
— Só desejamos te dar prazer e te proteger — Sussurrou ele em seu ouvido — Diga que
está sob nosso comando.
Suas palavras agitaram o mais escuro de seus desejos, as coisas que se supunha que uma
mulher independente não devia desejar. Era fácil imaginar-se dando mais de si mesma, permitir
dominá-la mais a fundo no nome do prazer.
Já tinha se comportado de forma diferente com eles. Anteriormente, seus amantes sempre
tinham sido amigos, o sexo brincalhão ou reconfortante, ou simplesmente uma liberação física entre
duas pessoas que se preocupavam a uma pela outra, mas não estavam destinadas a estar juntos.
Miciah e Iden a faziam sentir-se escravizada pelo desejo, impotente frente a isso.
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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
A necessidade a devastava, rude e atemorizante em sua intensidade, mas igualmente
excitante e liberadora.
Ela queria pertencer a eles, queria estar sob seu comando.
— Sim — Sussurrou ela.
— Diga as palavras — Exigiu Iden.
O temor erótico a percorreu e a fez estremecer.
— Sou sua, estou sob seu comando. Por esta noite.
Os dedos de Iden apertaram seus mamilos em protesto por sua rendição limitada. Sua boca
e dentes encontraram a zona onde seu pescoço se transformava em seu ombro, marcando-a. Contra
sua boceta Miciah grunhiu: para sempre, antes de selar os lábios ao redor de seus clitóris, sugando-
o e roçando-o com sua língua.
As sensações atravessaram Zoë, enquanto eles erradicavam com suas mãos e bocas sua
capacidade de pensar. Retorceu-se entre eles, apanhada em um vórtice do que não havia maneira de
escapar.
Eles arrancaram todas as barreiras, reduziram-na a uma impotência que nunca tinha
conhecido. Pediu que a deixassem gozar, gritou para que não parassem nunca quando
intensificaram seus acalorados toques. Emitiu um alarido para eles em sua liberação, quando Iden
levantou sua boca de seu pescoço e disse:
— Agora.
Agora! Miciah se ecoou, enviando a mensagem mentalmente a Iden, junto com a imagem
deles fodendo-a.
Iden respondeu tomando Zoë em seus braços e levando-a a curta distância até a cama. Vê-
la ali, com as pernas estendidas para expor sua fenda, com suas dobras inchadas ainda tremendo
pelo prazer que eles tinham proporcionado, quase fez que Miciah cobrisse seu próprio ventre com
sua semente.
Apertou seu pênis sem piedade para impedi-lo, foi para ela sem pensar em outra coisa que
introduzir-se nela. Mas, enquanto alcançava a cama, ela se deslizou longe para ficar de joelhos aos
pés de Iden.
Seus dedos acariciaram a ereção de Iden através do tecido de sua roupa antes de dirigir-se à
cintura de seus shorts.
— Sua vez — Disse ela, como uma sereia e sem ser suplicante apesar de sua posição —
Deixa que tome em minha boca.
Isso inflamou Miciah. Tomou-a pelo cabelo, suas fossas nasais se dilataram ao ver a marca
que Iden tinha deixado na base de seu pescoço.
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O Presente de Zoe
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— Despe-o. Mas não o tocará até que de licença.
O desafio brilhou em seus olhos.
— Não acha que não te castigarei — Disse, as palavras escaparam dele antes que pudesse
evitá-lo.
Esperou uma recriminação silenciosa de Iden, um aviso de precaução. Em seu lugar, Iden
disse:
— O obedeça, Zoë.
A resposta de Iden se colocou como uma mão ao redor da pênis de Miciah.
Destruiu qualquer remanescente de sua resistência Vesti na hora de compartilhar a sua
companheira. Eles seriam iguais, aliados e competidores na vinculação de uma companheira, onde a
satisfação mútua era o prêmio final.
Ela lambeu os lábios, o que obrigou a Miciah a apertar seu controle sobre seu pênis para
evitar sua liberação. Em outro minuto, inclusive a dor que seus dedos provocavam, já não seria uma
dissuasão eficaz.
— Zoë — Foi pouco mais que um grunhido.
Ela desabotoou a parte superior do shorts de Iden. Baixou a zíper. Libertou seu pênis.
Este se levantou contra seu ventre. Escuro. Grosso. Sua longitude igual a de Miciah.
— Por favor — Sussurrou Zoë, seu olhar se elevou para encontrar-se com o de Miciah,
rogando sua permissão para amar Iden.
— Não tem feito o que te disse que fizesse.
Em algum lugar com o passar do caminho Iden tirou os sapatos. Ela atirou os shorts e
caíram ao chão, deixando-o tão nu como estavam eles.
Suas palmas se apoiaram nas coxas de Iden, emoldurando os pesados globos de seu
testículo. Tudo nela falava de verdadeira submissão, e nesse instante, Miciah soube que ela o tinha
escravizado completamente.
A lei, seus deveres para o Conselho e com seu clã, eram secundários a ela. Nunca seria
capaz de separar-se dela.
Seu olhar encontrou o de Iden e viu a mesma emoção na dele. Deseja aceitar o prazer que
ela te oferece assim? Ou o quer enquanto a tomo?
Os dedos de Iden rodearam seu pênis, acariciando-o de cima abaixo.
— Sobe à cama, Zoë. Sobre suas mãos e joelhos.
Ela obedeceu com uma graça provocadora, sua mesma obediência ordenava que a
seguissem, que se colocassem em frente e atrás dela. Miciah tinha o pensamento de inundar-se
imediatamente em suas profundidades ardentes, para sentir sua vagina apertar a seu redor em uma
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O Presente de Zoe
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faminta bem-vinda. Mas ficou hipnotizado diante a visão do pênis de Iden a só uns centímetros da
boca de Zoë.
— Toma-o — Grunhiu Miciah, depois estremeceu e ofegou quando a língua dela saiu
como uma flecha, lambendo, provando, explorando a longitude endurecida de Iden antes que seus
lábios a seguissem.
Era excitante presenciá-lo, era algo escuramente carnal encontrar prazer ao observar o
rosto de Iden, tenso pela agonia sensual, enquanto apertava o punho ao redor de seu pênis e seus
quadris empurravam ao ritmo da sucção de Zoë.
Miciah deslizou os dedos em sua abertura, gemeu ao sentir seu interior quente e seu
alagado canal. A fodeu com os dedos ao mesmo ritmo que ela utilizava sua boca na pênis de Iden.
Sua respiração se fez tão superficial como a de Iden e Zoë, apenas o suficiente para
sustentá-lo, dado o fogo que rugia por suas veias, esticando seu testículo, e o advertindo que quando
cobrisse o corpo de Zoë com o seu, não haveria nenhuma suavidade, nenhuma consciência de algo
mais que sua necessidade de reclamá-la.
Iden tinha pensado que era uma tortura sustentar Zoë, enquanto Miciah permanecia
ajoelhado diante dela e a agradava com a boca, mas esse tortura empalidecia em comparação com o
fato de estar ajoelhado diante dela ele mesmo e sentir o puxão de sua boca, e o suave deslizamento
de sua língua como um chicote quente.
A luxúria queimava através de suas veias, diferente de algo que houvesse sentido alguma
vez. A promessa de êxtase era um canto de sereia que se fez mais e mais forte, quando Zoë fez
recuar sua mão e tomou mais dele em sua boca.
Suas coxas se esticaram quando seus lábios e língua se concentraram na cabeça de seu
pênis. A necessidade pulsava através dele, crua e urgente.
Apertou as nádegas em uma tentativa desesperada por manter seus impulsos suaves e
lentos, para evitar o momento do orgasmo. Tremeu pelo esforço de retardar o momento. O som
áspero e desigual de sua respiração testemunhava sua luta, demonstrando que a estava perdendo.
Eles tinham vindo a este planeta para reclamá-la, mas estavam sendo os reclamados. No
mesmo instante que o havia tocado com sua língua e lábios, tinha-o convertido em um viciado nessa
sensação, convertendo-o em um desejo contra o que se sentia impotente.
— Zoë — Gemeu, seu nome era uma rendição em si mesmo, quando ela começou a sugar
mais forte e rápido, deixando-o indefeso contra o prazer estremecedor e desumano que chegou ao
verter a lava quente de sua semente.
Saiu de sua boca e desabou na cama. As sensações o percorriam, mas apesar de sua
liberação, seguia prisioneiro da cena que se apresentava diante de ele.
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O Presente de Zoe
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Miciah a montava, empurrando forte e profundamente, asas fantasma compostas por
partículas apenas visíveis se estendiam atrás dele em um glorioso e primitivo espetáculo, durante o
emparelhamento. Seu rosto era uma máscara de posse selvagem.
O pênis de Iden se endureceu enquanto observava. Tinha sabido quando a marcou, como
afetaria isso a Miciah, a forma em que aumentaria a intensidade da febre do emparelhamento Vesti.
Aumentou a luxúria ao deslizar-se mais perto, capturando os lábios de Zoë enquanto
Miciah continuava penetrando dentro e fora de seu canal. Ela tinha seu sabor e isto excitava Iden,
satisfazia-os ainda quando deixava Miciah mais selvagem.
O grunhido de Miciah retumbou na mente de Iden, mas ele não se retirou. Sua língua se
enredou com a de Zoë, e seus gemidos de prazer se deslizaram por sua garganta para acrescentar
plenitude a seu pênis.
Reclamou o guincho que ela emitiu quando os dentes de emparelhamento de Miciah
atravessaram sua carne, onde seu pescoço se unia a seu ombro. Cedeu seus lábios, só depois de que
seu orgasmo enviasse Miciah sobre a borda.
Minha vez, disse Iden, curvando seu braço ao redor de Zoë, tirando-a do agarre de Miciah
e pondo-a sobre suas costas, para poder cobri-la com seu corpo.
Tinha esperado. Tinha sido paciente, sacrificando seu ego e suprimindo seu próprio desejo
de aparear-se a favor de começar seu vínculo com Miciah, verdadeiramente reconciliado com o fato
de compartilhar Zoë, assim como a si mesmo.
Um gemido escapou de seus lábios quando jazeu junto a ela, com sua pele pressionada
contra a sua, suas pernas se separaram voluntariamente, seu quente montículo e empapada fenda o
tentavam a tomá-la.
— Eu também te necessito — Sussurrou ela, levantando sua cabeça para roçar seus lábios
com os seus, deslizando a língua dentro de sua boca, tentando-o a que imitasse sua ação e deslizasse
seu pênis em seu canal.
No futuro, ele o negaria, faria que rogasse que entrasse nela. Mas negar agora era
impossível, não quando seu pênis pulsava com urgência ao estar tão perto de sua abertura, não
quando encontrava insuportavelmente prazenteiro tê-la baixo ele.
Iden baixou seu torso. Suas mãos sustentaram as dela sobre o colchão. Em suas costas
podia sentir a extensão fantasma de suas asas, com seus bordos rígidos pela tensão.
O êxtase o percorreu quando uniu seu corpo ao dela, sabendo que Miciah olhava enquanto
tomava, quando seu pênis reclamava o mesmo canal que Miciah tinha reclamado, banhado em sua
semente e na excitação feminina.

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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Zoë. Sempre e para sempre seria seu nome o que seu corpo cantaria quando necessitasse o
corpo de uma mulher, o toque de uma mulher.
Lutou contra o movimento, querendo saborear a sensação de seus músculos internos
fechando-se avidamente em espasmos ao redor de seu pênis. Mas só durou até que ela inclinou seus
quadris e empurrou para cima, tomando-o mais profundamente, reclamando-o tão completamente
como ele pretendia reclamá-la.
Seus quadris resistiram, sacudiram-se. E com o primeiro impulso e retirada, não houve
forma de detê-lo. Só pôde mover-se ritmicamente, diante a satisfação de tê-la retorcendo-se e
gritando seu nome na liberação, na subida frenética até que a encheu com sua semente, como
Miciah o tinha feito.
Zoë murmurou apreciativamente quando Miciah e Iden se colocaram a ambos os lados
dela. Seu calor fez que fosse desnecessário tirar o edredom, por isso se sentiu agradecida. Estava
receosa a renunciar à vista seus firmes corpos.
Miciah estava duro outra vez, por olhar Iden fode-la. Igual o pênis de Iden se tinha enchido
momentos depois que ela o tivesse levado a orgasmo com uma mamada, enquanto observava
Miciah tomá-la desde atrás.
Adorava ter seus corpos quentes tocando sua pele, adorava a maneira preguiçosa em que
suas mãos acariciavam seus seios e ventre, como se eles desfrutassem das carícias tanto como
desfrutavam de do jogo prévio e o sexo. Poderia acostumar-se tê-las com ela.
O suave resplendor das velas se refletia em seus braceletes, levando sua atenção para eles
outra vez. Suas mãos capturaram os pulsos de ambos os homens. Moveu as gemas dos dedos sobre
os desenhos esculpidos, os Pteranodons e os falcões, as pedras idênticas que recordavam a Via
Láctea.
A curiosidade a encheu e se excitou ainda mais pela sutil tensão que vibrava através dos
dois homens. Um pensamento que tinha estado em sua mente mais cedo retornou, quão bem
pareciam juntos, como um casal perfeito.
De seus estudos, sabia que alguns psicólogos acreditavam que quando dois homens
compartilhavam uma mulher, a mulher se desempenhava como um substituto para eles de ter
relações sexuais um com o outro, uma maneira de estar juntos sem admitir, nem reconhecer, seus
desejos homossexuais.
Zoë não pôde suprimir um sorriso. Inclusive se fosse certo em seu caso, ela
voluntariamente se ofereceria para ser seu substituto sexual qualquer dia da semana.
— O que está pensando? — Perguntou Iden, pontuando o começo e final da pergunta com
um suave beijo.
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Ela estudou seu rosto e gostou de sua expressão aberta. Havia satisfação masculina ali, mas
carinho também, um desejo de manter o contato mais que retirar-se.
Seu olhar se deslocou para Miciah. Seus olhos se encontraram com o olhar possessivo do
homem.
Sua expressão dizia que ele não tinha a intenção de deixar seu lugar a seu lado em algum
momento próximo. Isso a fez esquecer a pergunta de Iden até que ele a repetiu, castigando-a com
uma aguda mordida no lóbulo de sua orelha.
Teria sido fácil voltar-se de novo para Iden e calibrar sua reação. Mas foram a dura
longitude de Miciah pressionada contra sua coxa, e sua dominação inerente o que a fizeram olhá-lo
diretamente quando disse:
— Perguntava-me se vocês são amantes.
Sua resposta chegou com o rubor que se estendeu pelas bochechas de Miciah e o batimento
do coração de seu pênis contra sua perna, na inalação brusca de Iden antes que ele respondesse em
um sussurro quente junto a seu ouvido:
— Miciah e eu nunca estivemos juntos intimamente, mas nós desejamos um ao outro.
Quando decidimos nos aproximar de você juntos, concordamos agir de acordo a nossa atração, se
você o aceitar.
O calor se deslizou através dela, reunindo-se em seus lábios inferiores e seios.
Acreditava, completamente… Ele e Miciah nunca tinham tido sexo um com o outro, e ela
era de algum jeito um catalisador que os juntava. Tinha estado sonhando com eles juntos durante
uma semana.
Iden retirou seu pulso do agarre de Zoë e segurou sua bochecha com a mão, voltando sua
atenção de volta a ele.
— Produz asco o pensamento de que Miciah e eu sejamos amantes, Zoë? Ou te excita?
— Me deixe te mostrar — Disse ela, tomando sua mão, dirigindo-a primeiro entre suas
pernas para que ele pudesse sentir seus clitóris endurecido e sua empapada fenda, e depois através
de seu quadril e para baixo, até o duro pênis de Miciah.
— Acaricia-o — Atreveu-se a dizer ela — Me deixe olhar enquanto o leva a orgasmo.
O gemido de Miciah foi seguido pelo suave gemido de Iden. Sob sua mão, os dedos de
Iden rodearam a longitude de Miciah, apertando, movendo-se de cima abaixo só o suficiente para
fazer Miciah estremecer.
Zoë se moveu para ficar de lado, se aconchegou de costas contra o peito de Iden, para
poder sentir sua crescente excitação enquanto acariciava Miciah.
Os lábios quentes de Iden tocaram o lugar onde tanto ele como Miciah a tinham mordido.
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— Me ajude, Zoë — Disse — Brinca com seus mamilos.
Um calafrio de prazer a percorreu, por ter sido incluída, fazendo-a parte de seu primeiro
encontro íntimo. Inclinou-se para frente, lambendo a diminuta aréola escura, tomando-a entre seus
dentes e puxando.
— Assim — Disse Iden — Suga-o. Marca-o como nosso.
Ela gemeu, não só por suas palavras, mas também por sentir seu pênis em seu canal. Esta
palpitava, profundamente e com força dentro dela, e ela fodeu a si mesma sobre este com
movimentos sutis, ao ritmo de do movimento de sua mão sobre o pênis de Miciah e as sucções de
seus próprios lábios em seu mamilo.
Foi embriagador ouvir o ofego de Miciah, sentir a tensão que vibrava através dele, como se
lutasse alguma batalha interna, não muito disposto a gozar com a mão de outro homem em seu
pênis. Com uma dura mordida enquanto sugava, que o marcou, os dedos de Zoë substituíram a sua
boca no mamilo, para poder observar a batalha entre o Iden e Miciah.
— Você gosta do que vê? — Perguntou Iden, seus lábios acariciaram seu ouvido.
Sua boceta respondeu primeiro, apertando-se ao redor dele, fazendo que os quadris de Iden
se sacudissem e escapasse um gemido.
— Sim — Sussurrou ela, hipnotizada pela visão da mão de Iden, deslizando-se de cima
abaixo pela longitude de Miciah, pela expressão selvagem no rosto deste.
Miciah queria o prazer tão desesperadamente como tentava evitar entregar-se a ele.
Nesse instante, Zoë entendeu que Miciah era a razão pela que eles nunca haviam agido de
acordo ao que ditava sua atração… Até agora, e só graças a ela. Esse conhecimento era
embriagador, um poder diferente a qualquer que tivesse experimentado. Inclinou-se para frente,
com seus lábios quase tocando os de Miciah, recordando como tinha dado ordens, como usou as
palavras para levar sua necessidade deles ainda mais acima.
— A próxima vez não será sua mão. Será sua boca. Vamos alternar-nos para te sugar,
então ele o foderá, e eu gozarei com meus dedos, fingindo que um de vocês está entre minhas
pernas.
Suas palavras rugiram através de Miciah como fogo fundido. Os dedos que tinham estado
obstinados aos lençóis se entrelaçaram com os sedosos fios do cabelo de Zoë, obrigando-a a fechar
a distância, e mantendo-a prisioneira, enquanto seus lábios e sua língua prometiam uma retribuição
carnal por arrancar a última de suas barreiras.
As imagens o bombardearam… Da boca de Iden, do pênis de Iden. Dele tomando Iden da
mesma maneira que queria ser tomado. De Zoë presenciando-o, seus dedos molhados enquanto
eram introduzidos dentro e fora de sua vagina.
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O prazer queimou através de Miciah. Não pôde evitar foder através do punho apertado dos
dedos de Iden, gemer pelo bem que se sentia senti-los finalmente sobre seu eixo, firmes e duros,
masculinos e treinados.
Os dedos que se apertavam cada vez que ele estava perto de chegar a sua liberação.
Recusando conceder para que a necessidade crescesse até o ponto em que estivesse
disposto a rogar por ela.
O suor cobria o peito de Miciah. Seu testículo doíam e queimavam.
Era impossível distinguir entre sua respiração e a de Zoë.
Teria suplicado se Iden o tivesse exigido. Mas misericordiosamente, Iden não necessitou
aquela rendição final.
— Quer vê-lo gozar? — Perguntou Iden, e Miciah permitiu que Zoë escapasse de seu beijo
para que pudesse lhe responder.
— Sim.
— Então observa — Disse Iden, acariciando até que o sêmen quente saiu a fervuras da
pênis de Miciah, empapando seu ventre em um banho de êxtase e deixando-o estremecido com a
sequela enquanto a mão de Iden o deixava para acariciar o diminuto clitóris de Zoë, e a fazia gozar
ao mesmo momento que derramava sua semente em seu canal.

CAPITULO 6

Iden despertou lentamente, contente ao desfrutar do momento, e das lembranças do dia


anterior. Nunca tinha conhecido tal prazer, e entretanto, este empalideceria em comparação ao que
teriam, uma vez que os três estivessem vinculados pelas pedras Ylan.
Contra seu peito, Zoë se agitou e ele pressionou pequenos beijos ao longo de seu pescoço,
aspirando ao aroma a flores do sabão de sua ducha. Era muito consciente de como seu braço a
envolvia, de maneira que sua mão descansava sobre o peito de Miciah, com seus dedos roçando
ociosamente seu mamilo.
Havia tensão por debaixo da suave pele e o músculo duro. Essa tensão, fez que Iden
escondesse um sorriso contra o ombro de Zoë. Teria sido muito esperar que Miciah se rendesse de
forma permanente ao desejo que havia entre eles, sobretudo quando havia tanto por explorar e
experimentar.

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O pênis de Iden se endureceu quando pensou nas palavras que Zoë tinha sussurrado a
Miciah. Que ela os observasse, e saber que achava erótica a visão de seus dois companheiros
tocando-se, tinha acrescentado capas ao êxtase de seu primeiro encontro.
A diminuta ducha de sua autocasa só tinha permitido que entrassem individualmente a
lavar-se, mas nos banheiros que os esperavam em Belizair, as paredes poderiam converter-se em
espelhos e as restrições poderiam convocar-se, para converter o banho em uma celebração sensual
de prazer molhado.
Eles a tomariam ali, onde Zoë poderia ver como ele e Miciah a tocavam intimamente. E,
embora não era sua preferência, era uma demonstração de seu poder sobre ele que se o pedisse,
deixaria-se atar e permaneceria indefeso para que ela e Miciah pudessem fazer o que desejassem
com ele.
O calor se enrolou em espiral por seu testículo e seu pênis pulsou enquanto imaginava. Sua
mão sobre o peito de Miciah se deslizou para baixo, só para ser detida.
A negação não surgiu da relutância de Miciah a ter os dedos de Iden curvados uma vez
mais ao redor de seu pênis. Em seu lugar, quando o bracelete do pulso de Miciah tocou o seu, Iden
se deu conta do peso e o batimento do coração das pedras Ylan.
Estas estavam perto de separar-se e migrar, em reconhecimento de um companheiro de
vínculo. E, enquanto ele e Miciah usassem os braceletes que tinham criado para Zoë, arriscavam-se
a uma vinculação exclusiva, uma que não a incluiria.
Poderiam colocar os braceletes sem pedras em seus pulsos enquanto dormia. Não havia
nenhuma lei contra isso. Mas no instante que Iden o pensou, deu-se conta que queria que ela
aceitasse voluntariamente o bracelete que ele tinha feito para ela, em um momento privado
compartilhado só por eles dois.
O tempo para convencê-la de voltar para casa com eles se esgotava. Uma vez que Zoë
usasse os braceletes, e estes contivessem as pedras Ylan, então não poderiam ocultar sua forma
verdadeira.
Só a uma companheira de vínculo poderia conceder tal prova da existência dos Amato e
Vesti, e só ali, na câmara de transporte. Mas segundo a lei do Conselho, as mulheres humanas que
se encontrassem como possíveis companheiras para um varão em Belizair, primeiro tinham que
aceitar a cerimônia de vinculação, e voltar para casa com seus companheiros Amato e Vesti.
Os sons chegaram, junto com o aroma de comida sendo cozinhada. Iden se elevou sobre
seu cotovelo, com a intenção de encontrar os olhos de Miciah. Entretanto, seu olhar viajou para
baixo, acariciando visualmente sua pele, mais escura que a própria, e um pênis cheio, com umidade
brilhando em sua ponta.
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Em defesa… Ou oferecendo-se de maneira inconsciente, Miciah levou a mão a seu eixo,
seus dedos o rodearam, quase pedindo a Iden que se inclinasse e tomasse em sua boca. Não
ocultava seu desejo, assim Iden enviou uma imagem do que queria fazer, junto com uma
advertência.
Se tivermos sorte, poderemos tomá-la uma vez mais cada um, antes que as pedras Ylan
migrem de nossos braceletes aos dela. Sugiro que o façamos por separado. Se ambos
permanecermos na cama com ela…
Não tinha que acrescentar o que ocorreria quando ela despertasse e pedisse para tocar um
ao outro, quando sussurrara quanto queria ver um deles montando o outro.
Só o sono satisfeito tinha evitado que o pedisse a noite anterior, quando havia retornado
para deitar-se depois de sua ducha.
Estou de acordo, disse Miciah, surpreendendo Iden ao levantar-se da cama, embora
permanecesse junto a ela, com sua mão deslizando-se para cima e abaixo por seu eixo, enquanto
seus olhos se moviam sobre a silhueta adormecida de Zoë, e depois sobre o corpo de Iden quando
este girou sobre suas costas. Irei comprar comida para tomar o café da manhã.
Só o peso e o batimento do coração das pedras Ylan em seus pulsos, impediram que Iden
atrasasse a saída de Miciah despertando Zoë, sabendo que se o fazia, ela atrairia Miciah à cama e ao
prazer que tanto desejavam.
Iden esperou que Miciah se vestisse e saísse, antes de voltar Zoë sobre suas costas e
despertá-la com suaves beijos, e o peso de seu corpo sobre o dela.
Zoë gemeu e se estirou como um gato contente, suas coxas se separaram e seus quadris se
elevaram, esfregando o púbis contra sua longitude endurecida.
— Poderia me acostumar a isto — Murmurou.
— Tanto Miciah como nós gostaríamos muitíssimo disso.
— Talvez deveríamos praticar o despertar juntos.
Seu sorriso e a sensação de seus dedos através de seu cabelo, acariciando-o para baixo pela
longitude de suas costas, estiveram a ponto de acabar com ele. Seu traseiro se apertou e não pôde
resistir a empurrar contra seus pequeno clitóris. Seu grito afogado foi sua recompensa, assim como
o evidente esforço que fez para expor sua abertura, de maneira que pudesse penetrá-la.
Ele resistiu. Com muita dificuldade.
Esta era sua primeira vez juntos, a sós. Seria a última até que ela concordasse a unir sua
vida à sua e a de Miciah, e a retornar para casa com eles.
— A prática deve fazer-se pouco a pouco — Disse Iden contra seus lábios, antes de selá-
los com os seus e pressionar a língua em sua boca para enredá-la sensualmente com a dela.
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Zoë se entregou ao prazer. Sentia-se tão bem ter seu corpo duro pressionando contra o
dela. Ele era o calor e a força, a paixão dada em forma física.
Sob suas mãos, os músculos ondulavam à medida que ela deslizava os dedos pelos largos e
onduladas fios de seu cabelo. Apesar de sua longitude, não havia nada feminino nele.
— Onde está Miciah? — Perguntou ela, quando recuperou o fôlego atrás de seu beijo.
— Conseguindo comida para nosso café da manhã e nos permitindo um tempo a sós.
A resposta enviou um baile tremulo através do peito de Zoë. Satisfazia algo primário nela,
ainda quando há surpreendeu o muito que gostava de saber que eles a desejavam por separado, tanto
como estando juntos.
— Então o melhor será não desperdiçá-lo — Disse ela, chupando suavemente o lábio
inferior de Iden, e sentindo um batimento do coração em resposta, onde seu pênis se pressionava
com força contra seus clitóris — Ponha seu pênis dentro de mim.
As mãos de Iden se enredaram em seu cabelo com um gemido, ao deter sua brincadeira
amorosa com uma reclamação selvagem de seus lábios e o impulso dominante de sua língua em sua
boca. Deixou cair mais seu peso, balançando-se contra ela, mas negou a coisa que ela mais
desejava, sua grossa longitude enchendo-a, estirando-a.
— Por favor — Sussurrou ela quando ele finalmente Libertou seus lábios — Veem dentro
de mim.
— Depois de conhecer seu sabor tão profunda e intimamente como Miciah o faz.
E emparelhou a ação com suas palavras, beijando para baixo e capturando um mamilo, de
uma vez que com suas mãos fixava os pulsos dela ao colchão.
Sua boceta se esticou enquanto sugava, não de uma forma suave, e sim com a fome de um
homem que queria que sua reclamação fizesse arder seu caminho em cada célula de seu corpo.
Ele prestou igual atenção a cada um de seus seios. Sorvendo seus mamilos, mordiscando-
os amorosamente no profundo de sua boca, cada puxão enviava cada vez mais excitação através de
sua fenda, enquanto suas súplicas se convertiam em uma litania de desejo.
Ela se retorceu, levantando seus quadris e umedecendo o ventre de Iden com sua
necessidade. Um gemido escapou quando ele deixou seus seios, e seguiu beijando para baixo.
Os lábios de sua boceta estavam rosados e inchados, já separados em antecipação de sua
boca e língua.
— Deixe-me toma-lo da mesma maneira — Disse ela — Me permita te proporcionar
prazer, do mesmo modo que fiz ontem à noite enquanto Miciah me fodia.
Iden estremeceu em resposta. Seus dedos apertaram seus pulsos.
— Não durarei.
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— Não tem que fazê-lo. Deixa que tome em minha boca.
Ele estremeceu de novo, ofegando.
— Não — Disse, terminando a conversa ao baixar a cabeça e empurrar sua língua em sua
vagina.
Seus quadris se elevaram com um gemido, conduzindo-o mais profundamente.
Zoë lançou um grito quando ele fodeu seu canal com a mesma meticulosidade que tinha
tomado sua boca, fazendo-a tremer e suplicar pela liberação. Gemeu quando ele deixou sua fenda e
capturou o clitóris entre seus lábios.
O fogo passou como um raio até as plantas de seus pés. Os dedos de seus pés se
flexionaram e só as mãos do homem, sustentando seus pulsos contra o colchão, impediram que se
levantasse quando ele alternou entre tamborilar com a língua e sugar o pequeno broto cheio de
nervos.
Ela lutou. Por aproximar-se mais. Por escapar.
Ele manteve a promessa de liberação fora de seu alcance, até que finalmente o ordenou,
exigindo que gozasse para ele, deixando-a sem nenhuma outra opção, salvo obedecer.
A satisfação arrasou Iden quando a cama se estremeceu com a força do orgasmo de Zoë.
Esteve a ponto de ronronar pela forma em que ela ficou, enfraquecida e saciada, suavemente dócil.
Todos os pensamentos de colocá-la sobre suas mãos e seus joelhos e montá-la se
evaporaram, enquanto se arrastava sobre seu corpo. Queria que ela visse sua face, que soubesse em
cada fibra de seu ser, que era ele quem dava o prazer até chegar ao êxtase.
Colocou seus braços, que não ofereceram resistência, por cima de sua cabeça, mantendo-os
ali com uma mão, enquanto que com a outra cobriu seu seio possessivamente.
— Posso te compartilhar com Miciah — Disse, deslizando a mão pelo mamilo e sentindo-o
endurecer contra sua palma — Mas minha reclamação é igual à sua.
Seus olhos se alargaram ligeiramente. Ele se perguntou se suas palavras eram pouco
aconselháveis, mas descartou a ideia. Já não havia volta atrás, não com as pedras Ylan em seus
pulsos fazendo-se mais pesadas a cada momento.
Libertou seu seio e os pulsos, só para enlaçar seus dedos com os dela contra o lençol. Um
batimento do coração quente de advertência passou por seu pênis quando os braceletes de seus
pulsos tocaram os braceletes de Zoë. Foi acompanhado do mesmo brilho de medo que tinha
experimentado quando viu pela primeira vez as pedras azuis com suas raias negras.
— Abre as pernas — Ordenou, sem estar disposto a desviar-se pela inquietação sobre as
pedras desconhecidas.

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Foi recompensado pelo escurecimento de seus olhos, por uma obediência que atestava o
muito que desfrutava de um homem dominante. O prazer o percorreu.
Não o desejava exclusivamente, mas necessitava tanto sua submissão, como o equilíbrio de
ter tanto Miciah como ela em sua cama.
A sensação de sua úmida fenda contra seu pênis o fez estremecer-se pela necessidade, e
desta vez, não tinha nenhuma intenção de negar a si mesmo. Deslizou-se nela com um gemido, e
quase se gozou quando ela sussurrou:
— Sente-se tão bem dentro de mim.
“Bom” não se aproximava de descrever as sensações que o percorriam com cada investida
e retirada. Seu canal se agarrava a ele, resistia a ele, o fazia lutar para entrar e trabalhar para
escapar.
Seu testículo se prepararam, tensos e duros. Seus quadris pistonearam mais e mais rápido
em uma corrida febril por enchê-la com sua semente.
Selou os lábios de Zoë com deles, tragando os sons de seu prazer quando caiu pesadamente
sobre ela. Queria fundir-se tão completamente com ela que não houvesse separação entre eles, que
se convertessem em um ser obrigado a viver em corpos separados, salvo nesses momentos felizes,
quando se unissem na paixão.
Os dedos dela se fecharam sobre os seus. Suas pernas se envolveram ao redor dele, como
se estivesse impulsionada pela mesma necessidade.
O pouco controle que tinha desapareceu em um instante abrasador. Empurrou mais forte,
mais profundo e encontrou um êxtase selvagem quando sua vagina se fechou sobre ele, sem piedade
em sua liberação. Gozou, seu coração e sua alma fluindo nela com a quente lava de seu sêmen.

Seu corpo estremeceu, enquanto onda atrás onda de prazer se precipitava através dele,
deixando-o só com a força suficiente para rodar a um lado quando seu testículo ficaram vazios.
Inclusive então, não podia suportar estar separado dela. Não podia deixar de beijá-la. Os
toques suaves e rápidos de boca contra boca não se detiveram, enquanto suas respirações reduziam
o ritmo e se estabilizavam.
— Definitivamente eu gosto de sua maneira de começar o dia — Disse Zoë, sorrindo
contra seus lábios — Mas cria um grande problema.
— Qual?
— Faz que levantar-se da cama seja mais difícil de fazer.
Fez que Iden se deitasse de costas e se tombou sobre ele, sua vagina ondulando contra seu
pênis meio duro.
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— Poderia ficar aqui todo o dia. Talvez quando Miciah retorne, será o que façamos. Quero
vê-los juntos.
Não havia maneira de ocultar o que suas palavras provocavam em seu corpo, não quando
ainda estava dentro dela. Começou a endurecer-se outra vez, a expressão do rosto de Zoë revelava o
muito que gostava de saber que ele e Miciah desejavam um ao outro, assim como a ela.
O sangue palpitava em seu pênis em um batimento do coração sutil, que se emparelhava
com a energia pesada e palpitante das pedras Ylan, prontas para separar-se e migrar. Inclusive o
medo de que isso ocorresse, não fez mais fácil para ele retirar-se de suas profundidades úmidas e
quentes.
Rodou para que ela ficasse novamente debaixo ele, e depois teve que obrigar-se a sair dela.
Seu pênis gritou em protesto pela perda de seu calor molhado. Doía pela necessidade de
voltar para sua fenda.
Em vez de deitar a seu lado e atormentar-se com a tentação, Iden se sentou. O alívio o
percorreu quando Zoë fez o mesmo. Era o único que podia fazer para não puxá-la para seu colo e
começar a beijá-la de novo.
Não foi sua força interior o que o salvou, e sim a mão dela em seu peito, seus dedos sobre
seu mamilo chamando sua atenção para baixo, para o bracelete que ela usava. Cobriu a mão com a
sua, detendo sua brincadeira.
Inclinou-se para frente, acariciando sua bochecha e orelha com sua boca.
— Aceitaria um presente de minha parte? — Perguntou, sorvendo o lóbulo da orelha em
sua boca para assegurar a resposta que queria ouvir.
Ela tremeu e se moveu para ele, com seus mamilos duros como paus contra seu peito.
— Sim.
Ele gemeu quando os dedos de sua mão livre se curvaram ao redor de seu pênis. Em seu
desespero, estendeu-se mentalmente para Miciah e encontrou que estava muito perto.
Faça-o, grunhiu Miciah, a troca instantânea de imagens e pensamentos permitiu conhecer
a situação dentro do veículo.
Iden capturou a mão atormentadora de Zoë e a levou a seu peito.
— Se comporte — Disse — Miciah estará aqui em uns minutos.
— E não quer que entre e nos encontre desta maneira? Nus e preparados para tê-lo como
café da manhã?
Pôs-se a rir apesar da imagem erótica que pintou. Podia imaginar Miciah estendido entre
eles, com suas bocas e mãos fazendo impossível para Miciah escapar da verdadeira natureza de seu
desejo.
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— Se comporte — Repetiu Iden, desta vez dando ao lóbulo de sua orelha uma dentada
aguda — Me prometa que o fará para poder libertar minhas mãos.
A brisa trouxe o aroma de pão recém assado a autocasa. O estômago de Zoé rugiu e pôs-se
a rir.
— Acredito que será melhor que o faça. Comportar-me-ei. Mas só até depois de tomar o
café da manhã.
— Nesse momento, será o problema de Miciah — Ele pressionou um beijo contra seus
lábios antes que ela pudesse protestar — É justo que também tenha seu tempo a sós com você.
— E depois, unirá a nós na cama? Desejo aos dois. Quero que um de vocês foda o outro.
Ele estremeceu.
— Logo.
Sua língua saiu como uma flecha para remontar a comissura dos lábios de Iden.
— Foi ontem à noite realmente a primeira vez que tiveram algo íntimo?
Um batimento do coração ardente de calor palpitou através de seu pênis.
— Está fazendo armadilha — Disse ele, levando suas mãos capturadas até seu pênis, antes
de poder deter-se — Isto não é comportar-se.
Sua risada era sedutora, seus olhos se encheram com uma intenção perversa. Ele gemeu
quando ela esfregou o polegar sobre a coroa de seu pênis, lubrificando o líquido que encontrou ali
sobre sua pele ardente.
— É difícil comportar-se. Você e Miciah parecem como algo saído de uma fantasia erótica.
— Você também é nossa fantasia — Disse Iden, encontrando de algum jeito a força para
afastar suas mãos de novo e as apoiar em sua coxa.
A sensação dos braceletes de Zoë sob as palmas de suas mãos o ajudou a estabilizar-se,
igual ao fez a presença ameaçadora e impaciente de Miciah em sua mente, ameaçando entrando em
veículo sem ter em conta o desejo de Iden de fazer o presente do bracelete para o pulso em um
momento privado.
Quando esteve seguro de que poderia confiar nela, retirou as mãos das dela e tirou o
bracelete que tinha trabalhado em previsão de uma companheira de vínculo.
Suas bordas tinham o símbolo de seu clã, as elegantes aves de rapina de cor areia, que se
encontravam na região do deserto conhecida como o Berço da Deusa.
As palavras encheram sua mente, declarações eloquentes e promessas sentidas. Mas
permaneceu em silêncio. Até que ela consentisse em ir para casa com eles e deitar na cama da
câmara de transporte, sustentada entre eles quando finalizassem a vinculação, não poderia conhecer
a verdade do que o presente representava.
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Ela era sua esperança. Seu futuro. A mulher que significava a vida mesma para eles.
Olhando-a nos olhos, levantou sua mão esquerda e pressionou um beijo em sua palma.
— Aceita tudo o que te ofereço — Murmurou, antes de colocar o bracelete em seu pulso e
fechá-lo, assegurando o mecanismo de fechamento para que ninguém pudesse tirá-la.
O coração de Zoë se acelerou em seu peito. Seu presente e suas palavras se sentiam
importantes, vinculantes, e entretanto, não era medo o que acelerava seu pulso.
Tocou com a ponta de seu dedo o bracelete, riscando uma das aves e observando enquanto
o fazia, quão perfeitamente encaixava o bracelete com o bracelete com borboletas que já usava. As
delicadas asas transpassavam as bordas de prata, o falcão e a borboleta, de modo que os dois
braceletes pareciam uma só peça de joalheria.
— É formoso — Disse ela, inclinando-se para frente e dando um beijo de agradecimento.
A mão de Iden segurou sua bochecha. Ela teria se fundido com ele, levando-os a ambos
para trás para ficar sobre o colchão e que seus corpos pudessem unir-se tão intimamente como os
dois braceletes… Salvo pela entrada de Miciah. Entrou com tal força que estrelou a porta contra o
lado da autocasa.
— Alguém está impaciente — Disse Iden com um sorriso, levantando-se da cama, e
levando-a com ele.

CAPITULO 7

Miciah não se incomodou em colocar camisa ou sapatos. A visão dele na entrada, sua pele
brunida e firme, e seus traços masculinos, fez que Zoë contivesse o fôlego e seus clitóris se
endurecesse.
Desculpou-se para ir ao banheiro, colocando um robe cômodo que pendurava da parte de
atrás da porta antes de sair.
— Quero-a nua — Disse ele, puxando-a contra seu peito.
Sua boceta se molhou diante seu tom dominante e sua demanda sexual. A resposta
negativa nunca chegou a sua mente.
A mão de Miciah cavou seu púbis, e seus dedos encontraram seu calor molhado.
— Minha.
— E de Iden — As palavras saíram de forma automática, sem um pensamento consciente.

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As fossas nasais de Miciah se dilataram, mas ele não o negou. Deu um beijo rápido e
selvagem, e depois deu um passo atrás, deixando-a necessitada e lutando contra a tentação de tocar-
se a si mesma.
Zoë se sentou, e encontrou incrivelmente erótico estar nua enquanto eles usavam os shorts
soltas com múltiplos bolsos, que gostavam a muitos dos homens que vinham ao deserto, à
Celebração do Sol.
Estendida sobre a mesa, havia uma variedade de fatias de fruta, junto com pão, queijo e um
pequeno pote de mel. Em vez de sentar-se frente a ela, ou a seu lado na mesa, a sua esquerda e
direita, giraram suas cadeiras e se situaram perto dela, de maneira que suas coxas pressionassem as
dela, enviando pequenas ondas de calor diretamente a seus clitóris.
Zoë apertou as pernas uma contra a outra, seu rubor aumentando ao sentir como sua
cadeira ficava cada vez mais molhada com a excitação que escapava de seu corpo.
Miciah a comia com seus olhos, seu olhar vagava de forma possessiva, detendo-se para
centrar-se em seus mamilos, que estavam machucados pelas relações sexuais, e rígidos.
Quando tratou de evitar a intensidade de seu olhar, concentrando-se em comer, eles
capturaram suas mãos ao mesmo tempo e as sustentaram contra a mesa.
— Nós daremos de comer — Disse Miciah — É nossa para o prazer e para te proteger.
Houve um tom formal subjacente às palavras, e Zoë não pôde negar seu efeito nela. Nunca
havia se sentido tão desejável, tão viva, tão conectada com um amante… Ou com dois amantes. A
fome de comida foi substituída pela fome de seu toque e adoração, por uma intimidade que
alcançava seu coração e alma.
A expressão de Iden era tão possessiva como a de Miciah, seus traços igual de tensos. Ele
levantou um pedaço de laranja e o sustentou diante seus lábios. Ela tomou, devagar, sorvendo tanto
a fruta como o suco de seus dedos, sua língua o acariciou, atormentando-o, recordando sua oferta
anterior de tomar seu pênis entre seus lábios.
— É meu pênis o que terá a seguir — Grunhiu Miciah, como se adivinhasse a silenciosa
conversa que tinha lugar entre Iden e ela. Tomou o dispensador de mel, mas em vez de estendê-lo
sobre uma fatia de pão, sustentou-a em cima de seus seios, para que o mel gotejasse para baixo,
primeiro sobre um mamilo e depois sobre o outro.
— Arqueia as costas — Disse Miciah, pondo a um lado o dispensador — Se ofereça a
mim.
Com um gemido, ela obedeceu. E ele a recompensou inclinando-se para chupar o mel que
reluzia em sua pele, com a mesmo tortura lenta com o que ela tinha tomado a fruta dos dedos de
Iden.
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Fallon Mates - 04
Qualquer esperança de conversa durante o café da manhã se perdeu com sua sensual
alimentação. A boca de Iden substituiu a de Miciah, e depois a de Miciah substituiu a de Iden
novamente, enquanto ela tomava a comida proporcionada por ambos os homens, enchendo seu
estômago enquanto sua boceta tinha espasmos e gotejava, querendo estar cheia também.
Emitiu um pequeno som de lamento quando Iden ficou de pé bruscamente e disse:
— Deixá-los-ei agora.
Seu pênis era uma linha dura e rígida na parte frontal de seus shorts. Seus olhos ardiam
cheios de necessidade carnal. Ela abriu a boca para dizer que ficasse, mas seu beijo a deteve, e seu
protesto por sua partida foi esquecido atrás de sua promessa sussurrada:
— Da próxima vez, Miciah e eu a tomaremos juntos, ambos estaremos dentro de você,
nossos pênis se roçarão uma contra o outro enquanto lhe damos prazer.
Foi então, e Miciah ficou de pé e, com a mesma naturalidade como tinha tirado o robe,
desfez-se de seus shorts.
Estes caíram no chão, revelando sua endurecida longitude com sua ponta reluzente.
Zoë estremeceu quando ele tomou seu pênis com a mão. A visão de seus dedos escuros e
masculinos, envoltos ao redor de sua ereção, era incrivelmente excitante.
Lambeu os lábios, e sentiu uma potente onda de satisfação pelo modo em que seu punho se
apertou e sua respiração se fez mais ofegante.
— Sabe o que quero — Disse ele, sua voz era uma ordem.
Sem olhar a outro lugar mais que a ele, ela levantou o dispensador de mel e colocou o doce
dourado na cabeça de seu pênis, murmurando apreciativamente quando se deslizou para baixo por
seu eixo para reunir-se em cima de seu punho.
— Mmmm, parece um festim destinado para adultos — Disse ela, inclinando-se para
frente, para lamber o mel de sua longitude.
Os quadris de Miciah se sacudiram e seus nódulos ficaram brancos. Seu gemido terminou
com um grunhido:
— Tome em sua boca, Zoë.
Em vez de fazer o que ele ordenava, ela roçou com a ponta de sua língua a pequena
ranhura na coroa, esfregando-a para que saísse mais líquido através dela. Sua mão se deslizou entre
suas coxas, segurando seu testículo, enquanto seu dedo acariciava a pele entre os aveludados globos
e sua entrada traseira.
A excitava pensar em Iden fodendo Miciah, igual à excitava pensar em um deles enchendo
sua boceta enquanto outro se deslizava em seu traseiro. Fechou os lábios ao redor da cabeça de seu
pênis, sorvendo rapidamente, e depois o libertou.
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A mão livre de Miciah se enredou em seu cabelo. Seus olhos eram ouro fundido de luxúria
aos que não podia negar nada.
— Agora Zoë, ou cada uma das pessoas que estão fora deste veículo ouvirão o som de
minha mão ao golpear seu traseiro repetidamente. Todos se imaginarão o avermelhamento de sua
pele e como enche de excitação.
Ela considerou desafiá-lo, e deixar ver seus pensamentos. Os jogos de dominação sempre
tinham sido uma de suas fantasias, ao igual a ser castigada com uma surra.
Os dedos de Miciah se fecharam em seu cabelo. Suas fossas nasais se dilataram.
— Faça-o — Disse com um grunhido, sua expressão dizia que encontraria igual prazer em
uma sucção obediente de seu pênis, ou na oportunidade de pô-la sobre seus joelhos e discipliná-la.
Só a ideia de encontrar-se com olhadas conhecedoras quando saísse da autocasa, e que seus
amigos se inteirassem de seu castigo… A maioria deles eram homens, e desumanos na hora de
zombar-se, a impediram de empurrar Miciah a cumprir com os castigos prometidos. Baixou os
olhos, ocultando-os por debaixo das pestanas em sinal de submissão… Por agora. Já haveria outro
momento, longe da multidão da celebração no deserto, quando faria uma escolha diferente.
Um êxtase total se apoderou de Miciah quando Zoë tomou em sua boca, sugando sua
longitude exposta com puxões que encheram suas veias de fogo líquido e o fizeram ofegar e gemer.
Seus lábios brilhavam, molhados pelo mel capturado em seu punho.
A delicada linha de sua coluna vertebral e a queda de seu cabelo fizeram que aflorasse cada
instinto possessivo. Minha. Não havia nenhum lugar em seus pensamentos para Iden, ou para o
futuro de Belizair. Tudo o que importava era reclamar a sua companheira como um Vesti, tê-la em
todos quão sentidos um varão pudesse tomar a sua mulher.
Inclinou-se para frente, já sem ser capaz de estar de pé sem apoiar uma mão sobre o
respaldo da cadeira.
— Mais — Ordenou, soltando os dedos de ao redor de seu pênis para que ela pudesse
tomá-lo mais profundamente, e mal mantendo o controle suficiente para evitar machucá-la em sua
paixão quando obedeceu com intensidade febril, seus gemidos eram testemunho do prazer que
encontrava quando ele fodia sua boca, como já havia fodido sua boceta, e como logo o faria com
seu traseiro.
Seu testículo queimavam pela necessidade de liberação. Sua respiração era pouco mais que
superficiais ofegos afogados, ao ritmo do impulso de seus quadris.
Queria fazer que durasse, jogar sua semente em sua boca e olhá-la engoli-la em um
reconhecimento primitivo de quem pertencia. Mas com cada sucção, com cada mergulho de seu
pênis entre seus lábios, as pedras Ylan se faziam mais e mais pesadas, pulsando em uma advertência
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que anunciava o perto que estavam de separar-se e mover-se para o bracelete vazio que Iden tinha
colocado em seu pulso. Com um gemido, Miciah se obrigou a sair dela, mas só o tempo suficiente
para recolher seus shorts, e recuperar o tubo de azeite de ritzca de um bolso.
Ordenou ao Zoë que ficasse de pé e girasse, apoiando-se contra a mesa. Ela obedeceu,
inclinando-se gostosamente para frente e estendendo suas pernas, expondo sua entrada feminina.
Foi quase sua perdição.
Seu primeiro instinto foi dar um passo adiante e embainhar a si mesmo em suas
profundidades quentes. Ainda quando se negou a seguir esse impulso, seus quadris se sacudiram e o
fogo atravessou seu pênis.
Não podia lutar contra a necessidade de cobrir-se com seus sucos, mas não se atreveu a
esfregar seu pênis de cima abaixo sobre os separados e inchados lábios de sua boceta. Em troca,
segurou seu púbis e estremeceu quando seus dedos e palma se encheram de umidade.
Reuniu a umidade, acariciando seus clitóris e empurrando os dedos dentro de sua quente
fenda. Deleitando-se no modo que ela se balançava para trás, ofegando, gemendo, suplicando que
pusesse seu pênis dentro dela.
Quando a fez tremer, seus dedos deixaram sua vagina e se dirigiram a roseta franzida de
seu ânus. Ela tratou de evadir seu toque e sentiu o golpe de sua mão contra sua nádega.
— Não é muito tarde para te castigar — Disse ele, acariciando a curva de seu traseiro com
os nódulos, e depois voltando para sua entrada traseira, cobrindo-a com os dedos empapados pelos
sucos úmidos de sua boceta, antes de fazer uma pausa para abrir com o polegar o tubo de azeite de
ritzca, e apertar o lubrificante para esvaziá-lo sobre seus dedos.
Este se esquentou ao entrar em contato com sua pele, mas a sensação não era nada
comparada com a necessidade ardente que o azeite produziria quando o aplicasse sobre um pênis,
ou boceta, ou ânus. Estenderia-se, aumentando os sentidos, lubrificando e convertendo o ato sexual
em um êxtase febril no que se misturariam a dor e o prazer.
Zoë ficou sem fôlego quando cobriu seu ânus com ele. Em uns segundos estava
empurrando contra seus dedos, suplicando pelo que tinha tentado evitar uns momentos antes.
Miciah empurrou dentro dela com seus dedos, estirando-a e preparando-a para a largura de
seu pênis, enquanto ela pedia que a penetrasse. O suor cobriu seu corpo enquanto lutava contra a
necessidade de empalar-se nela em uma reclamação dura.
Atrasá-lo era uma agonia e um êxtase de uma vez. Tremia pela necessidade para o
momento que colocou a cabeça de seu pênis contra sua abertura traseira e uniu seus corpos,
entrando nela lentamente, a pesar do assalto do azeite ritzca em seu pênis, e a sensação de tê-la
apertando a seu redor, fazendo-o lutar por cada centímetro.
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Emitiu um gemido torturado quando finalmente esteve dentro dela totalmente. E então, não
teve nenhuma outra opção mais que fodê-la. Cedeu à demanda de seu corpo de empurrar com
investidas pouco profundas, e depois umas mais longas e mais duras, o fogo do azeite de ritzca os
conduziu a ambos para uma liberação embriagadora.
Zoë se afundou para frente, mal conseguindo empurrar os restos de seu café da manhã fora
do caminho, até que a parte superior de seu corpo esteve estendida sobre a mesa. A madeira estava
fresca contra sua pele, em comparação com o calor de Miciah contra suas costas.
Seus lábios roçaram a marca da mordida em seu ombro, para depois dirigir-se para seu
pescoço.
— Está bem, amada? — Perguntou, enviando um bater de asas através de seu coração, que
também sentiu em seu ventre.
— Sim.
— Bem.
Essa única palavra continha tal quantidade de satisfação masculina, que Zoë não pôde
evitar sorrir. Pressionou para trás, esfregando suas nádegas sutilmente contra ele, sentindo-o
começar a endurecer-se em seu interior.
— Se comporte — Grunhiu.
Ela riu.
— Iden me disse o mesmo. Direi o que respondi. É quase impossível comportar-me
quando vocês dois saíram diretamente de uma fantasia erótica.
A dela, de fato, embora não estava pronta para compartilhar que tinha sonhado com eles
durante uma semana, antes que entrassem em sua vida.
A mão de Miciah se deslizou entre a mesa e seu corpo para tomar seu seio
possessivamente.
— Você é a única mulher cujos sonhos desejo protagonizar com Iden.
Ela sorriu.
— Hmmm, então talvez será melhor que tomemos uma ducha para estar preparados
quando ele retorne.
Miciah estremeceu e saiu dela. Seguia de pé atrás dela, apanhando-a entre seu corpo e a
mesa enquanto Zoë se erguia. Não a surpreendeu o mais mínimo que, em vez de perguntar como
Iden o tinha feito, Miciah simplesmente estendesse a mão a seu redor e fechasse o bracelete gravado
com o Pteradons em seu pulso direito, o ato esteve acompanhado por uma só palavra, emitida com
um grunhido.
— Minha.
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Como o bracelete de Iden, o de Miciah se adequava de forma cômoda contra a de
borboletas que ela já usava. As asas intrincadamente gravadas, feitas à mão, sobrepunham-se na
borda de prata, de um bracelete ao outro, criaturas pré-históricas e borboletas faziam parecer os dois
braceletes como se fossem uma única peça de joalheria.
— É formoso — Disse ela, e se atreveu a perguntar — Têm um significado especial, não
é?
Os lábios de Miciah tocaram o ponto onde seu ombro se unia com seu pescoço, onde
ambos os homens a tinham mordido a noite anterior.
— Se, significam algo especial — Afirmou, abraçando-a — Falaremos disso mais tarde.
No momento, tomemos essa ducha. Individualmente, porque não confio em mim mesmo para não
toma-la outra vez, e me prometi não fazê-lo até que Iden e eu possamos estar dentro de você ao
mesmo tempo.
Sua boceta teve espasmos ao pensá-lo. Mas quando saiu da ducha depois que Miciah
tivesse terminado com a sua, encontrou-se com que Iden tinha retornado, e tanto ele como Miciah
estavam vestidos. Apesar de sua fantasia de passar o dia na cama com eles, não se sentiu
decepcionada quando sugeriram deixar a autocasa e explorar o festival.
Seria bom estar com eles ao ar livre, sob o sol, ter a possibilidade de falar e desfrutar de
sua companhia. E, recuperar-se de suas relações sexuais… Embora isso não a impediu de brincar
com eles, fazendo um espetáculo ao colocar umas calcinhas e um sutiã quase transparentes, antes de
cobri-los com uma curta saia de flores e uma delicada camiseta que se ajustava a ela de uma forma
que fez que seus olhares se esquentassem quando sua atenção se centrou em seus seios.
O fino sutiã e camiseta, não faziam nada para ocultar os tensos mamilos que pressionavam
contra o tecido. Em vez de fazer que Zoë se sentisse coibida, faziam-na sentir sexy e desejável,
especialmente quando Iden e Miciah se aproximaram de ela, rodeando-a, cada um reclamando um
seio possessivamente, seu calor a encheu e fez que os lábios de sua boceta se inchassem.
— Tem que aprender a se comportar — Disse Miciah, dirigindo seus dedos para seu
mamilo, e apertando até que ela gemeu e arqueou as costas.
— Estou de acordo — Disse Iden, seus olhos e voz tinham o mesmo domínio feroz que os
de Miciah, seus dedos igualmente castigavam seu mamilo — Suas lições poderão começar logo que
cheguemos a casa.
Zoë estremeceu pela fantasia que eles teciam a seu redor. As boas intenções, e seu desejo
do sol e companhia, apagaram-se com suas carícias, ao igual a suas preocupações sobre o que
pudessem escutar os que acampavam a seu ao redor.

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— Podemos começar agora — Disse ela, imaginando-se deitada sobre os joelhos de
Miciah, com suas nádegas expostas, e Iden olhando enquanto Miciah administrava a surra com a
que a tinha ameaçado antes.
A mão de Iden se deslizou para baixo, sob a cintura de sua saia e calcinhas. Zoë
estremeceu quando roçou seus inchado clitóris e acariciou sua molhada fenda com as pontas de seus
dedos.
— Retornemos à cama — Sussurrou ela, necessitando-os de novo, com uma intensidade
que raiava no vício — Prometeram me tomar ao mesmo tempo quando os três estivéssemos juntos
de novo.
O desejo deixou Iden tonto. Palpitava através dele, exigindo com cada pulsar de seu
coração que cedesse a sua petição. Seus dedos afundaram em sua vagina, empurrando
profundamente, e foram recebidos pelo faminto agarre por seu canal e o calor úmido que seu pênis
desejava.
Seu gemido o fez estremecer e tomar sua ereção coberta pelo tecido. Miciah grunhiu em
advertência. Leváramo-la até o orgasmo, aqui mesmo, de pé, ou não sairemos daqui sem que esteja
vinculada a nós.
Mais que tudo, Iden queria uni-la a eles, deitar-se com ela entre os dois, com seus pênis
profundamente dentro de seu corpo, separadas por só uma fina barreira, enquanto as pedras Ylan de
seus braceletes se dividiam e se mudavam às dela, permitindo compartilhar seus pensamentos e
sentimentos, e ter uma vida juntos.
Seu fôlego escapou em um ofego ao imaginá-lo, mas se obrigou a prestar atenção às
palavras de Miciah.
Enredou os dedos no cabelo de Zoë, ao igual Miciah, seu agarre inclinou seu rosto para que
ambos pudessem beijá-la, roçando seus lábios roçando um contra outro, enquanto se alternavam
para reclamar os dela.
A luxúria emanou deles diante o contato, a respiração rápida de Zoë e seus gemidos febris,
reforçaram o erótico que encontrava que seus homens se tocassem.
Seus homens. Iden não tentou negá-lo. Pertenciam a ela por completo, de todas as formas,
apesar de não estar vinculados ainda pelas pedras Ylan.
Acariciou seus clitóris com a palma da mão enquanto bombeava dentro e fora dela com os
dedos. O vínculo com o Miciah permitiu uma sincronização perfeita de maneira inconsciente,
enquanto faziam o amor com suas bocas e mãos, lutando para leva-la à liberação, inclusive quando
as pedras de seus pulsos os advertiam quão perigoso era esse comportamento.

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Seu agudo grito de necessidade, e o orgasmo que estremeceu seu corpo, enviou a ambos
sobre a borda, dirigindo o fogo através de seus pênis, depois um rubor envergonhado esquentou
suas bochechas por ter se deslocado como moços que descobrem pela primeira vez o prazer de
derramar sua semente.
Os olhos de Zoë brilharam cheios de uma ardente satisfação, quando se separaram dela e
pôde ver as provas reluzentes de sua carência de controle vertidas sobre seus estômagos. De algum
jeito, tanto ele como Miciah tinham conseguido abrir seus shorts e liberar seus pênis, embora Iden
não recordava tê-lo feito.
Sem uma palavra, Zoë saiu de seu agarre, retirando-se ao banheiro o tempo suficiente para
sair com um pano úmido. Os quadris de Iden bombearam repetidamente de maneira sutil quando ela
pressionou o tecido quente contra sua pele.
Fechou seus olhos diante a imagem dela limpando-o, lutando para não endurecer-se de
novo, enquanto ela limpava seu pênis e testículo.
Não poderia suportar muito mais. Tinham tido sorte de escapar sem consequências desta
vez. Mas isto não impediu de abrir os olhos e olhar quando o deixou para levar o pano, e depois
voltou para atender Miciah.
A luta pelo controle estava escrita em cada linha do corpo de Miciah. A conversa entre eles
não era necessária. Ambos sabiam quão desesperada se tornou a situação com Zoë.
Iden fechou sua mente à lembrança sensual de sua boca roçando a de Miciah quando
ambos tinham beijado a sua companheira, e a necessidade febril que se acrescentou devido a isso.
Negou-se a pensar no fato de que Zoë queria presenciar a entrega sexual de um deles ao outro.
Não deu a oportunidade de que os tentasse outra vez. Uma palavra, um toque, seriam
suficiente para levá-los a cama se ficavam na autocasa por mais tempo. Logo que ela retirou o pano,
colocou a mão na parte baixa de suas costas e a impulsionou para a porta.
— Vamos explorar.

CAPÍTULO 8

Zoë foi de boa vontade, detendo-se só o suficiente para tomar sua bolsa. Uma vez fora,
rodeados de gente, Iden pôde relaxar-se.
Diferentes tipos de música lutavam pela supremacia, enchendo o ar com os sons. Tratava-
se de uma violência contida, a diferença da tranquilidade de Belizair, esse bombardeio constante era

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uma razão mais para levar ao Zoë fora da Celebração do Sol, para a câmara de transporte mais
próxima, o mais breve possível… E não é que necessitassem algum incentivo adicional.
Sorriu quando Zoë deslizou um braço através do dele e depois fez o mesmo com Miciah,
sua linguagem corporal proclamava abertamente que ambos eram seus amantes. Agradava-o ter
uma companheira de vínculo que estivesse cômoda e confiada em sua sexualidade.
Um sorriso irônico torceu seus lábios ao dar um olhar para Miciah. Ter um companheiro de
vínculo que ainda tinha que aceitar completamente seus anseios sexuais era um grande desafio,
sobretudo quando se combinava com a urgência que agora tinham para conseguir que Zoë se
comprometesse com eles.
Tinha pensado que teriam dias para fazer amor fora de seu mundo, sem a sombra da
desaprovação cultural Vesti. Pensou que haveria um montão de tempo para que ele e Miciah se
convertessem em amantes no mais amplo sentido da palavra, antes de retornar a Belizair. Olhando
para trás e recordando sua reação à imagem de Zoë, deveria ter adivinhado que uma vez que
viessem à Terra, a necessidade de reclamá-la faria que todo o resto fora secundário.
Não pôde resistir à tentação de inclinar-se e dar um suave beijo na bochecha.
— É formosa. Mais de um homem está desejando ser quem esteja de pé a seu lado.
Sua risada encheu seu peito de calor.
— E mais de uma mulher se pergunta o que teria que fazer para que me deixem em favor
dela.
Iden tomou em sua mão o rosto de Zoë, forçando seu olhar para ele.
— Nada poderia nos tentar o suficiente para nos separar de você. Nada.
Os olhos de Zoë se obscureceram, e Iden se amaldiçoou quando sua língua saiu como uma
flecha e molhou seus lábios, convidando-o a demonstrar sua declaração com uma reclamação
pública. Ele não se atreveu a fazê-lo.
— Diga que virá para casa conosco — Disse Miciah, tirando Iden da armadilha de sua
própria criação, mas pondo uma para ele mesmo quando Zoë respondeu perguntando:
— Onde está sua casa?
Iden conteve o fôlego. Entendeu em um nível visceral o que antes só tinha entendido
intelectualmente: a difícil tarefa que o Conselho tinha posto por diante a aqueles que desejassem
emparelhar-se com uma mulher humana. Estava contra suas leis dizer a verdade sobre seu mundo,
ou seu aspecto, até que estivessem na câmara de transporte e a mulher vinculada a eles.
Apesar disso, lutou contra um sorriso, sabendo que Miciah tinha sido um dos mais firmes
crentes no referido à necessidade de criar essa lei, e fazer cumprir as normas concebidas para
aqueles que pudessem ser levados a Terra. Jarlath, quem servia tanto como Supremo Sacerdote,
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como representante do Conselho, tinha vociferado muitas vezes que, no referido à mudança, Miciah
frequentemente o fazia pensar em uma árvore letakbra: grosso, imóvel, e com raízes profundamente
enterradas no passado.
— Em Winseka — Miciah surpreendeu Iden ao dizê-lo, depois o impressionou ao roçar
sua boca contra a de Zoë brevemente e acrescentar — Não é um lugar que encontrará facilmente em
algum mapa.
— Às vezes, esses são os melhores lugares — Disse Zoë, pensando nos artigos de viagens
e fotos que se destacavam em sua mente como o melhor que tinha feito alguma vez. Quase todos
eles eram sobre lugares distintos aos lugares aonde ia todo mundo, pequenos povoados cujos nomes
não tinham nenhum significado para ninguém mais que para aqueles que viviam ali ou em algum
lugar próximo.
— Diga que virá para casa conosco — Murmurou Miciah contra seus lábios, fazendo que
Zoë ansiasse dar uma resposta afirmativa.
Uma esperança somada à cautela a encheu, quando a profecia em que tanto ansiava
acreditar sussurrou em sua mente: Quando seu coração seja finalmente capturado, a capacidade de
ver e sentir se transformará em um presente. Seu toque oferecerá uma esperança a aqueles que a
perderam.
Queria dizer sim, provavelmente mais do que eles poderiam imaginar. Mas também queria
estar segura. Seria insuportável ir com eles, só para ter que reatar uma vida nômade se seus escudos
mentais se desintegravam, e seus dons psíquicos saltassem à vida do mesmo modo que sempre
faziam, de forma desordenada e inútil.
— Pensarei. — Disse ela, impulsionando-os para frente ao longo das ruas criadas na área
para acampar do festival.
Miciah deixou o assunto, embora Zoë sabia que a pressionaria sem piedade até obter a
resposta que queria, quando voltassem para a autocasa, onde estaria indefesa contra sua persuasão
sensual. Ele poderia fazê-la estar de acordo com tudo se só a enchesse com seu pênis, e se Iden se
unia a ele...
O calor líquido se reuniu em sua boceta ao imaginá-los beijando-a, e roçando seus lábios
contra os do outro no processo. Um calafrio a atravessou ao recordar a imagem de seu sêmen em
seus ventres depois de que dessem prazer até o orgasmo.
Obrigou a sua mente a retornar a seu entorno, para ruborizar-se ao dar-se conta do longe
que tinham caminhado enquanto ela estava vivendo seu sonho sexual. Deteve-se frente a um
trabalhador de vidro, um hippie dos anos sessenta cujo cabelo cinza caía por suas costas em uma
trança adornada de contas.
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Usava roupa com imagens psicodélicas e sandálias, ao igual a sua companheira, cujo
cabelo era branco e trancado com flores.
— Sinta-se livre de tocar algo que chame seu interesse — Disse ela, e Zoë o fez,
levantando um delicado colibri.
Era uma criação abstrata. As cores que reluziam criavam a ilusão de que o tempo se
deteve, capturando seu voo.
— É um trabalho assombroso — Disse Zoë, realmente pensando-o assim — De onde vêm?
— Albuquerque.
— Há uma galeria na Santa Fé, propriedade do Peter Knight. Está no Canyon Road e se
especializa no trabalho de vidro. Hão…
— Conhecemos a galeria — Disse a mulher — Tentamos durante anos conseguir que o
trabalho de Ethan seja exposto ali.
Suspirou e compartilhou um olhar com o artista.
— Tínhamos uma entrevista para ver o dono no ano passado. Uma emergência familiar nos
fez cancelá-la no último momento. Não fomos capazes de conseguir uma segunda entrevista. O
proprietário seleciona pessoalmente os artistas cujo trabalho expõe, mas tem galerias por todo
mundo e só está na Santa Fé durante um par de vezes ao ano.
Zoë deixou o colibri e tomou outra peça, uns amantes surrealistas entrelaçados, dois
homens com uma mulher sustentada entre eles, seus corpos se misturavam e tocavam
completamente. Era uma peça mais robusta, e embora tinha maior peso, mantinha as mesmas
características de tempo suspenso e um momento precioso apanhado em vidro.
Não havia maneira de que se pudesse ir sem ela, sobre tudo agora, depois de ter estado nos
braços de Iden e Miciah. Uma etiqueta pequena, discretamente colocada, indicava o preço,
confirmando que o artista conhecia o valor de seu trabalho.
— Eu gostaria de comprar esta — Disse Zoë.
A mulher se levantou de sua cadeira e se ocupou do transação, envolvendo aos amantes de
cristal em um envoltório plástico de bolhas, antes de colocá-los em uma caixa para que pudesse
levar-se os de forma segura. Zoë pôs a caixa em sua bolsa e com o transação completo, tirou um
cartão de visita de sua carteira.
Escreveu uma breve nota no dorso do cartão antes de dar à mulher.
— Entregue ao gerente da galeria de Peter. Seu nome é Lloyd. Não posso garantir os ponha
na lista, mas poderia ajudar.
O companheiro da mulher deixou a um lado a peça em que estava trabalhando e se uniu a
eles, tomando o cartão. Tinha o nome da galeria.
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Seus olhos se abriram amplamente.
— É a mesma Zoë Andreadis que escreveu um artigo a respeito de todas as galerias do
Peter, não só a da Santa Fé.
Um pequeno estremecimento de prazer a atravessou.
— Sou.
Imediatamente ofereceu dar de presente o que tinha comprado. Zoë negou com a cabeça, é
por isso que tinha pagado primeiro, antes de oferecer o cartão.
Iden observou a interação de Zoë com orgulho. Ela vai fazer bem em Belizair, enviou a
Miciah.
Sim. A voz de Miciah continha o mesmo orgulho.
Depois de dizer adeus ao artista e sua companheira, deslizou os braços pelos deles uma vez
mais, e continuaram seu caminho, fazendo pausas diante das mesas e lojas de outros artesãos.
Zoë era aberta em sua admiração e prodigaliza em seus louvores.
— É escritora? — Perguntou Iden quando deixaram um posto dedicado ao trabalho
artesanal de talismãs dos indígenas Nativos Americanos.
— Uma escritora independente, embora às vezes não sou mais que uma fotógrafa, com
umas poucas palavras no artigo.
Isso encaixava com o que o caçador de recompensas havia dito ao localizar a Zoë, que
parecia estar a ponto de deixar Auburn e que era um nômade por natureza. Iden fez a mesma
pergunta que tinha feito ao soprador de vidro.
— Onde vive?
— A autocasa é minha casa — Inclinou a cabeça para olhá-lo — E você e Miciah, o que
fazem na Winseka?
Várias possíveis respostas se estenderam pela mente de Iden. Ele as analisou, frente ao que
sabia da cultura dos Estados Unidos antes de dizer:
— Você consideraria Miciah como uma espécie de Vereador de jornada completa.
Emprega seus dias planejando o futuro e o que é melhor para nós como povo, enquanto que eu me
ocupo das necessidades daqueles com problemas em seu interior.
— Em certo modo, ambos os são conselheiros — Disse, ao parecer agradada pelo que eles
faziam.
— Sim.

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Fallon Mates - 04
Seguiram adiante amigavelmente, as horas foram passando e o sol se elevava cada vez
mais no céu. A hora do almoço chegou e se detiveram em um posto que vendia algo chamado
falafels7, depois se sentaram na areia para escutar a atuação de um grupo musical.
Imagens da noite anterior assaltaram os pensamentos de Iden, recordando o primeiro
momento em que viu Zoë, e como se jogaram na manta com ela, debaixo de um céu estrelado. Seu
pênis se endureceu, trazendo consigo uma tensão que ecoou na voz de Miciah pressionando em sua
mente: O tempo se acaba.
Sei.
Ao redor deles, outros casais se tocavam e beijavam abertamente. A Iden o tomava um
esforço considerável manter as mãos afastadas de Zoë… E Miciah, quando ela o atormentava
acariciando sua coxa e a de Miciah, enquanto assinalava a dois homens em um apertado abraço e
depois sussurrou:
— Acredito que já estou pronta para retornar a autocasa.
O pânico ganhou vida dentro do Iden. Estariam dentro dela em um instante se o faziam, e
se isso ocorresse, não haveria maneira de evitar que as pedras Ylan migrassem a seus braceletes.
Salvou-se de responder, quando ouviram o grito de pânico de uma mulher próxima e viram
um homem estendido na areia, agarrando o peito. Sem pensá-lo Iden se aproximou dele.
Já se tinham reunido várias pessoas.
— Acredito que está tendo um ataque do coração — Disse um deles — Alguém tem que ir
à barraca de primeiros auxílios.
A mulher que estava ao lado do homem soluçava, enquanto o homem se tornava
completamente branco.
— Deixou que respirar! Necessita RCP8!
Estava contra suas leis interferir, mas Iden não pôde evitar colocar suas mãos sobre o peito
do homem, não podia permanecer imóvel e ver o homem morrer. Pressionou com os movimentos
firmes que a gente esperava ver como uma massagem cardiopulmonar, enquanto impulsionava para
o coração do homem a energia curativa das pedras Ylan e regulava seus batimentos do coração até
que foram constantes sob sua palma, e as pálpebras do homem se agitaram até abrir-se.
— Salvou sua vida — Disse a mulher ajoelhada — Obrigado.
— É um herói, amigo — Disse um adolescente fracote, com o torso nu, estendendo sua
mão para o Iden — Me dê esses cinco.

7
Croquetes de grãos-de-bico ou favas. Prato da cozinha árabe.
8
RCP: Reanimação Cardiopulmonar.
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O Presente de Zoe
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Iden o fez, enquanto Miciah dizia: Bem feito, e perfeitamente mascarado. Sem uma
confissão, até eu teria dificuldade para oferecer um testemunho de que testemunhe quando rompeu
uma de nossas leis. É algo bom que o conhecimento humano tenha progredido para incluir o que
chamam RCP. Mas não acredito que seja sábio permanecer aqui, e permitir que sua fama aumente
e se estenda, ou será fotografado.
Estou de acordo, disse Iden, ficando de pé e obtendo com habilidade desembaraçar-se da
multidão sem dizer seu nome.
Enquanto se afastavam da zona, uns homens levando uma maca passaram junto a eles. Os
olhos de Iden se encontraram com os de Zoë, e o batimento de seu próprio coração se tornou em
instável diante a emoção que encontrou neles, orgulho e o começo de amor.
— Quero estar com vocês dois de novo — Disse ela, lançando-o para uma agitação
renovada — Voltemos para a autocasa, ou a seu acampamento, se estiver mais perto.
Iden a pressionou como Miciah o tinha feito antes.
— Diga que virá para casa conosco.
Algo insondável passou através dos olhos de Zoë, antes que se enchessem de preocupação.
— Não posso prometer ficar por muito tempo.
Ele se deteve e segurou sua face.
— Mas virá.
— Sim. Ao menos por um tempo.
O grunhido mental de Miciah reverberou para baixo pela coluna vertebral de Iden. Este
respondeu dizendo: Sua resposta satisfaz a exigência do Conselho no referido à reclamação de uma
companheira de vínculo humana. Quão único falta é que aceite comprometer-se conosco. Dúvida
que o possamos conseguir, uma vez que estejamos na câmara de transporte?
Deixemos este lugar agora.
Logo, acalmou-o Iden, embora ele teria jogado felizmente Zoë sobre seu ombro e teria
precipitado de retorno a sua autocasa. Melhor usemos o tempo que temos para nos fortalecer e não
cair com ela na cama, ou ceder a seu desejo de nos ver juntos. Arriscou-se a dar um beijo em Zoë
antes de continuar caminhando, dirigindo-se na direção do lugar de acampada de Zoë.
Ela não pôde reprimir um sorriso depois da aceleração do passo, e a tensão que vibrava em
ambos os homens. A mão de Miciah se curvou ao redor da parte superior de seu braço de forma
possessiva. A de Iden se apoiava em suas costas.
Passaram junto a um bom número de artistas que conhecia de outros festivais. Zoë se
limitou a saudar brevemente com um gesto da mão e poucas palavras, e se encontrou rindo em voz
baixa diante os olhares conhecedores que recebia em troca.
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Fallon Mates - 04
Não havia maneira de ocultar a verdade, até se o tivesse querido. Seus mamilos eram
pontos duros contra a fina camiseta, enquanto que as ereções de Iden e Miciah se apertavam
agressivamente contra o tecido de seus shorts.
— Não seríamos mais evidentes se só corrêssemos para a autocasa — Brincou.
— Se comporte — Disse Miciah, e como se tivessem as mesmas ideias, ele e Iden
desaceleraram o passo, forçando a Zoë a fazer o mesmo.
Isto transformou sua caminhada em um tortura sensual. Os lábios de sua boceta estavam
tão inchados, que cada passado a fazia consciente de sua plenitude.
As bandeiras amarelas que marcavam a zona onde estava estacionada apareceram diante
sua vista. Entraram em uma seção ocupada por músicos, em lugar de artesãos. Barracas de
campanha desiguais, reboque desmantelados, e carros, serviam como alojamento. O aroma de
haxixe e maconha era espesso no ar.
Grupos de pessoas se reuniam para escutar as bandas musicais que improvisavam.
Algumas de maneira suave, e outras com ritmos frenéticos.
Miciah e Iden se aproximaram mais, com um gesto protetor, que enviou um doce calor
através de seu peito. Estranha vez as coisas se foram de controle durante o festival, inclusive com
aqueles que utilizavam drogas psicodélicas.
— Não têm que… — Disse, só para que suas palavras se cortassem quando um homem
com a cara vermelha saísse cambaleante de uma barraca de campanha, fedendo a álcool.
Ficou de pé e tirou uma faca. Antes que ela pudesse fazer algo mais que dar um grito
afogado, Miciah estava sobre ele, esquivando uma punhalada selvagem para depois deixar ao
homem inconsciente com um toque que recordou algo que Spock9 faria no Star Treck10.
Outro homem surgiu da barraca de campanha, e Miciah ficou de cócoras, preparado para
atacá-lo também. Uma mulher de camiseta sem mangas e calcinhas, deteve-se diante a porta,
despenteada e com a cara vermelha.
— Arrasta-o à barraca, Tommy. Estará bem quando se recuperar.
O homem chamado Tommy se aproximou com cautela de Miciah e agarrou a seu
companheiro caído pelos pés. Seu olhar se deslizou para a navalha.
— Está bem se a tomo? Não tem sentido fazer que se zangue de novo ao não encontrá-la.
— Faça-o — Disse Miciah, voltando ao lado de Zoë enquanto Tommy recolhia a faca e o
colocava sobre o peito do homem inconsciente antes de arrastá-lo a barraca.

9
Personagem de ficção da franquia Star Treck.
10
Star Treck ou Viagem às Estrelas, é uma franquia de séries de televisão e filmes de ficção científica.
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— Impressionante — Disse Zoë. Colocou as mãos nos ombros de Miciah, e roçou sua boca
contra a dele — Parece que você também merece a recompensa de um herói. É algo bom que
estejamos perto da autocasa.
— Se comporte — Resmungou ele contra seus lábios.
Ela sorriu.
— Talvez te deixe me castigar como parte de sua recompensa.
Seus braços a rodearam, esmagando-a contra ele, enquanto sua boca devorava a dela. Zoë
se derreteu contra ele até que o braço de Iden se cunhou entre seu corpo e o de Miciah, separando-
os com um aviso de onde estavam.
Ela entrelaçou seus dedos com os de Miciah, e os braceletes em seus pulsos se tocaram.
Quando fez o mesmo com o Iden, em sua mente apareceu uma sensação que a encheu de
temor.
A realidade desapareceu, exceto pelo rápido batimento de seu coração, enquanto uma cena
se desdobrava diante dela, um edifício de tijolo cru na parede de um desfiladeiro, seu aspecto e
isolamento densos pelo peso de gente morta faz muito tempo, e uma cultura esquecida.
Não! Gritou silenciosamente, não querendo presenciar algum momento escuro no futuro
de qualquer deles.
Preparou-se para a tristeza, a dor insuportável, a agonia que vinha de um dom sobre o que
não tinha nenhum controle. Mas em vez de sua miséria, a felicidade a encheu quando a frente da
cabana se derreteu em uma corrente de luz de cores, revelando uma cama com Miciah e Iden nela.
Embora não podia ver-se na imagem, sabia por suas expressões que estava com eles. A
luxúria se uniu à felicidade, pulsando através de sua corrente sanguínea como ouro derretido. A cor
formou redemoinhos ao redor de Iden e Miciah, um milhão de pequenas partículas que a fizeram
pensar no colibri de cristal que tinha tido em suas mãos mais cedo, com suas asas imprecisas na
ilusão do voo.
Tropeçou e saiu de seu transe para encontrar suas faces preocupadas.
— Está bem? — Perguntou Iden, roçando a parte posterior de sua mão contra sua testa, seu
gesto a recordou como tinha salvado a vida do homem.
— Estou bem — Disse ela, afastando a mão da dele para colocá-la em seu peito,
esfregando-a sobre um diminuto mamilo que imediatamente se endureceu — Melhor que bem —
Acrescentou, quando as palavras da anciã adivinha cresceram dentro dela, com a esperança e a
certeza. Quando seu coração seja finalmente capturado, a capacidade de ver e sentir se
transformará em um presente.
Tocou Miciah também. Era impossível não fazê-lo.
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As pontas de seus dedos se dirigiram a seu mamilo, para puxar e atormentar. A mão dele
cobriu a suas enquanto seus olhos se cravavam aos dela, queimando-a com uma fome feroz que
prometia consumi-la.
A luxúria se precipitou sobre ela tão rapidamente como a visão. Transformou-se em sua
única realidade.
— Deixa que a levemos a um lugar onde tenhamos a intimidade assegurada. —Disse Iden,
beijando seu pescoço, sugando o lóbulo de sua orelha antes de colocar a língua em seu ouvido —
Há um não muito longe daqui.
A imagem da construção de tijolo cru apareceu em seus pensamentos.
— Podemos desenganchar o carro da autocasa e ir a esse lugar.

CAPITULO 9

Se não tivesse sido por sua promessa a Kaylee, Miciah não teria permitido que Zoë parasse
o carro em nenhum lugar, até que chegassem à câmara de transporte.
Embora desejasse fazê-lo, não podia protestar enquanto ela saía do carro na estação de
gasolina em que tinha pedido que parassem.
Teme perdê-la aqui? Quando não o fizemos entre a multidão do festival? Perguntou Iden,
sua diversão era como papel de lixa que raspava os nervos de Miciah.
Ignorou a brincadeira, e a risada que a seguiu, quando tomou Zoë pela mão antes que ela
pudesse dar mais de um par de passos longe do carro.
Esperarei aqui, em caso de que seu comportamento a faça fugir, disse Iden, unindo as
palavras às ações ao apoiar-se contra a porta do passageiro.
Dentro, Zoë perguntou onde estavam o banheiro, e Miciah sentiu um pânico imediato
quando deram uma chave e voltou a sair ao exterior. Odiava perdê-la de vista, inclusive durante um
segundo, agora que estavam tão perto de levá-la a casa com eles.
Apertou os dentes e tocou a mente do Iden. Está segura?
Vi-a comprovar a sala antes de entrar nela.
Miciah se apressou a levar a cabo sua tarefa. Colocou no balcão todos os potes de sorvete
de chocolate que encontrou na unidade de refrigeração do estabelecimento, junto com uma grande
caixa de isopor e um saco de gelo.
Zoë retornou quando estava pagando.
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— Deveria me atrever a perguntar? — Brincou, deslizando os dedos para baixo por sua
coluna vertebral, e recordando do mel que tinha derramado sobre seu pênis.
Sua risada, quando sentiu o estremecimento de desejo que o percorreu, a fez saber que sua
intenção tinha sido que recordasse o mel. E já que aparentemente era inútil dizer que se
comportasse, sobre tudo agora, quando estava muito perto da borda para fazer cumprir suas ordens,
Miciah se ocupou de carregar o sorvete na caixa cheia com gelo.
As sobrancelhas de Iden se elevaram ao ver os traços tensos de Miciah. Seu sorriso se
alargou quando seu olhar viajou para baixo e se situou na parte frontal de seus shorts. Só esteve com
ela durante uns segundos.
Vamos.
Iden riu e se sentou no assento dianteiro de passageiros. Para te economizar uma agonia
adicional, sentarei-me ao lado de Zoë.
Miciah não protestou. Entrou no assento traseiro, permitindo que Iden dirigisse a Zoë por
caminhos pouco transitados, até que finalmente se meteram em um caminho de terra que terminava
em um desfiladeiro.
Antigas ruínas se situavam no alto das paredes do desfiladeiro, eram tudo o que ficava de
uma civilização desaparecida e de um tempo no que os próprios Fallon tinham caminhado pela
Terra. O assombro e alívio encheram Miciah, ao saber que Belizair tinha evitado a extinção, a
diferença da gente que tinha vivido alguma vez nesta terra.
— Eu gostaria de ter trazido minha câmara — Murmurou Zoë, com sua atenção nas ruínas,
em vez de no edifício intacto de tijolo cru que havia na parte traseira do desfiladeiro — Como
souberam sobre este lugar?
— Pertence a nosso povo — Disse Iden.
Isto desviou sua atenção das ruínas. Seu olhar se deteve nos braceletes dos pulsos de Iden
por um instante, antes de ir a sua face.
— Seu povo?
Iden se inclinou, dirigindo a pergunta com um beijo que pretendia distrai-la e tranquilizá-
la.
— Conhecera-os muito em breve, depois de que a tenhamos tomado juntos em privado,
como prometemos que o faríamos.
Miciah examinou a área, embora não esperava ver os caçadores de recompensas atribuídos
para assegurar-se que os seres humanos não encontrassem por acaso a câmara de transporte. Em
algum momento do futuro, os trabalhadores viriam de Belizair para desmontar este portal, e voltá-lo
para montar em algum lugar onde seria mais acessível para aqueles que retornassem com suas
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companheiras. Só foi questão de sorte que Zoë estivesse acampando no deserto, relativamente perto
daqui.
Quando chegassem a Winseka, faria os acertos para que a autocasa de Zoë fosse
assegurada, e suas posses ficassem resguardadas até que soubessem quais tinham valor para ela e
deviam ser levadas a Belizair. Os invisíveis caçadores de recompensas que resguardavam o portal
se encarregariam de seu carro, logo que soubessem que a câmara de transporte estava vazia de
novo.
Miciah moveu a caixa refrigeradora sob seu braço e tomou a mão de Zoë. Iden tomou sua
outra mão.
Sua antecipação crescia a cada passo. Ela usava seus braceletes e tinha aceitado ir para
casa com eles. Agora só tinham que fazer que reconhecesse seu vínculo com eles, e já que as
cerimônias de vinculação eram algo privado, a lei do Conselho era flexível no que constituía o
acordo com uma mulher humana, enquanto seu livre-arbítrio não fosse violado.
Iden abriu a porta e entraram em um pequeno vestíbulo. Os cofres tradicionais para conter
a roupa estavam a cada lado de um arco que conduzia à câmara de transporte.
Uma cama era visível através do arco. Estava no meio de uma pequena sala, a escassos
centímetros das pedras Ylan que enchiam o chão. Em Winseka e em outras câmaras menos remotas,
as plantas cresciam sob um teto transparente, mas aqui o funcional tinha prioridade sobre a beleza.
As pedras nos braceletes dos pulsos de Miciah pulsavam, absorvendo e refletindo o poder
presente no portal, calibrando a si mesmos para fazer possível o transporte. Com uma sensação de
alívio, deu-se conta de que trazer Zoë aqui tinha ganhado tempo. Necessitaria mais que um
momento de descuido em sua paixão, para que as pedras Ylan de seus braceletes migrassem às que
ela usava.
Seu pênis se contraiu e a excitação se filtrou por sua cabeça, quando Iden começou a tirar
os sapatos e despojar-se de seus shorts, caindo estes último em um dos cofres, antes de agarrar a
parte inferior da camiseta do Zoë e dizer
— Sua vez.
Seu gemido de rendição complacente fez que Miciah tomasse seu pênis em sua própria
mão. Ficou imóvel, olhando o grosso pênis de Iden, que estava respondendo a Zoë, erguido, e
deixando um indício de umidade contra seu ventre.
Eles eram formosos juntos. Nunca tinha pensado que desfrutaria da visão de outro varão
tocando a sua companheira, mas gostava de presenciar o que Iden e Zoë faziam um ao outro.
Ela deixou cair a bolsa em seu ombro no chão e levantou os braços, permitindo a Iden tirar
a fina camiseta. Seguiu o sutiã.
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— Parece como se tivesse passado um comprido tempo desde que estivemos nus, todos
juntos — Disse ela, segurando seus seios com seus dedos, e puxando seus mamilos, que tinham
marcas por seus cuidados anteriores.
Planeja se unir a nós? Perguntou Iden, ajoelhando-se diante dela, libertando-a tanto da
saia como das calcinhas em um só movimento, e tirando depois suas sandálias.
Miciah mal foi consciente de tirar seus shorts e sapatos. Situou-se atrás de Zoë, com suas
mãos tomando posse de seus seios, enquanto beijava o pescoço e o ombro.
— Diga que aceita nossa reclamação sobre você — Disse, as palavras fluíam de seu
desespero por saber que ela não escaparia.
Zoë ofegou e se levantou sobre os dedos de seus pés, sua respiração era cada vez mais
errática enquanto a língua de Iden lambia ao longo de sua fenda. Seu corpo vibrava de desejo. Este
viajou das plantas de seus pés para cima, através de sua boceta, seios e mamilos, para depois descer
pelos braços, onde seu pulso pulsava contra os braceletes de seus pulsos.
À luz refletida pelo chão de cristal, as pedras azuis e negras dos braceletes de borboletas
brilhavam. Pareciam quase líquidas, como se tivessem absorvido o calor que se vertia de sua pele e
se fundiram.
Seus dedos se cravaram no cabelo de Iden, sustentando sua boca contra sua boceta. Sentia-
se como uma mulher primitiva, uma antiga sacerdotisa em um sensual rito de fertilidade.
— Adoro ter sua boca em mim — Sussurrou, contendo o fôlego quando seus lábios se
fecharam ao redor de seus clitóris, sugando-o, enchendo-o de sangue e sensações até que o capuz se
retirou da diminuta cabeça, vulnerável ao prazer, e foi exposta para ser atormentada por sua língua.
Estremeceu-se quando a língua de Iden se deslizou sobre esta. Moveu seu corpo para trás,
para roçar-se contra o pênis ereta de Miciah, enquanto seus dedos apertavam seus mamilos de
maneira implacável, misturando dor com o prazer.
— Mais — Exigiu ela, só para fazer que parassem de repente, em uma sincronização
perfeita um com o outro, como se houvessem coreografado sua resposta para aumentar sua
necessidade deles.
Miciah a subiu em seus braços antes que ela pudesse protestar por ter sido negado o prazer.
Levou-a a curta distância para a cama e a colocou sobre esta, tombando-se em cima dela.
Seu pênis estava duro contra seus clitóris. Suas mãos sustentavam as suas contra o colchão,
enquanto seu peso o impedia inclinar os quadris para que ele se deslizasse dentro dela.
— Diga que aceita nossa reclamação sobre você, Zoë.
— Sim — Disse ela, disposta a aceitar quase tudo para que a enchesse com seu pênis.
Zoë levantou a cabeça para que seus lábios se juntassem. Sua língua enredou com a de ele.
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Miciah gemeu, e a doce vitória se apoderou dela com o impulso de seus quadris.
A umidade brotava de sua boceta, enquanto tentava colocar sua abertura contra a cabeça de
seu pênis.
— Não — Disse ele com um ofego — Não até que diga as palavras.
— Nem ainda então — Disse Iden, deslizando a mão entre eles, movendo a palma sobre o
ventre de Zoë e agarrando a longitude de Miciah, o fazendo sacudir-se e umedecer seu ventre com
sua excitação.
Ela estremeceu de prazer quando Iden a acariciou, enquanto seu punho se movia de acima
para baixo pelo eixo de Miciah.
— Deve aceitar uma união permanente entre os três, para que estejamos juntos por sempre
— Murmurou Iden — O aceita e, antes que este dia termine, Miciah e eu nos converteremos em
amantes por você.
Era uma súplica irresistível e uma tentação insuportável.
— Mostre-me agora. Deixe-me ver um pouco do que promete.
Poderá dirigi-lo? Desafiou Iden, mais que disposto a dar a Zoë o que queria, quase
tremendo em sua ânsia por fazê-lo.
Agora que estavam em presença das antigas e poderosas pedras Ylan, postas à Terra pelos
Fallon, ele poderia evitar que as de seus pulsos migrassem… Ao menos até que chegasse ao clímax.
Enquanto não goze, disse Miciah, indicando o mesmo nível de controle, antes de ficar de
lado, com Zoë entre eles, e fixasse seus braços no colchão por cima de sua cabeça para que não
pudesse fazer nada que os fizesse perder o controle.
Então já não há nenhuma razão para negar a verdade entre nós.
Iden se inclinou e roçou seus lábios contra os de Miciah, empurrando sua língua
agressivamente contra a dele, exigindo uma resposta, uma definição do que seriam um para o outro,
iguais ou um dominante sobre o outro.
Miciah enroscou os dedos ao redor da ereção de Iden, aceitando o desafio. Seu grunhido
mental prometia uma luta, se Iden pensava que ele seria o que estaria sempre na parte superior.
Os quadris de Iden se sacudiram, conduzindo seu pênis através do punho de Miciah. Pela
Deusa! Tinha sonhado com isto desde que tinha sido apresentado pela primeira vez ao membro do
Conselho Vesti que tinha chegado a dominar suas fantasias até que Zoë entrou em sua vida.
A crua necessidade o atravessou, o mesmo desejo que o tinha feito permanecer em sua
cama, só, preferindo aliviar-se com sua própria mão enquanto imaginava estar com Miciah, em vez
de usar outro homem injustamente para obter o alívio.
Gemeu, alimentando a fome de Miciah. Provando o mesmo em Miciah.
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A luxúria chamuscou um caminho do lugar onde seus lábios se tocavam, até onde os dedos
de Miciah mantinham a seu pênis prisioneiro em um apertão que prometia o êxtase delicioso, ao
mesmo tempo em que o negava. Iden era intensamente consciente de Zoë, de sua respiração tão
rápida como a deles, seu aroma cada vez mais profundo, convertendo-se em um chamariz que logo
faria impossível qualquer pensamento e destruiria toda a resistência ao que ela queria deles.
O calor se vertia do corpo de Zoë, à medida que se movia agitadamente entre eles,
esfregando sua pele suave contra suas coxas e o dorso de suas mãos.
— Gozem para mim — Sussurrou ela, e a imagem dele, molhando seu ventre com seu
sêmen, enquanto o pênis de Miciah se sacudia contra seu punho, fazendo o mesmo, quase custa a
Iden seu controle.
Chega! Disse mentalmente, obrigando-se a arrancar-se da boca de Miciah, e reclamar a de
Zoë em seu lugar, desesperado por evitar que ordenasse de novo e os fizesse verter sua semente.
Obtenha sua promessa ou o farei eu, grunhiu Miciah em sua mente. Já não há tempo para
prepará-la para quando vir nossas formas verdadeiras. Estou muito perto agora para fazer algo
mais que empurrar dentro dela uma vez, antes que as pedras migrem. Quero estar em Belizair
quando as explicações sejam requeridas.
Então reclama sua boceta e me deixe a tarefa de trabalhar sua entrada posterior. Porei
em funcionamento a câmara de transporte no momento do orgasmo, quando as pedras migrem e
encham seus braceletes.
Faça-o.
Se tivesse estado em cima de Zoë, Iden duvidava de ter podido ter a força suficiente para
manter a conversa. De algum jeito conseguiu separar a boca da dela, a pesar do modo de que seus
lábios se agarravam aos dele.
— Aceita ter um vínculo permanente — Disse ele — Não podemos te perder agora que a
encontramos. Confia em nós para velar por suas necessidades, para assegurar sua felicidade. Diga
as palavras, Zoë.
Roçou seus lábios com os dela de novo, pondo a profundidade de seu compromisso e sua
necessidade no beijo que deu. Ela o recompensou ao sussurrar:
— Confiou em vocês. Quero que tenhamos um futuro juntos. Não posso imaginar sem ter
isto.
— Então se ponha sobre Miciah. Toma seu pênis dentro de você, mas não se mova, Zoë —
Roçou seus lábios, esperando seduzi-la para que se comportasse — Não o faça gozar. Está muito
perto. Eu estou muito perto. Deixe tomar de uma vez para que os três possamos encontrar a
liberação juntos.
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— Serei boa.
Iden estremeceu e sentiu uma reação em resposta atravessar a pênis de Miciah.
Liberou a longitude de Miciah, vendo como este tomava em sua própria mão
imediatamente, usando a dor para durar uns minutos mais.
Miciah libertou os pulsos de Zoë, e ficou sobre suas costas, com o pênis brilhante e o
ventre molhado pela excitação. Zoë ficou sobre seus joelhos e se sentou escarranchado sobre ele, a
umidade do interior de suas coxas manchada pelo mel de sua excitação.
Ande depressa! Disse Miciah, quando ela pressionou sua abertura contra a cabeça de seu
pênis e o envolveu lentamente, substituindo a mão dele com o punho apertado de sua vagina.
Iden acariciou as costas de Zoë.
— Se deite sobre ele, Zoë.
Ela obedeceu, e imediatamente Miciah agarrou suas nádegas, as estendendo para expor a
franzida roseta de seu ânus. Iden estendeu a mão para baixo e abriu uma das gavetas discretamente
colocadas na cama, tirando um pequeno tubo de azeite de ritzca.
Um gemido escapou quando cobriu seu pênis com o azeite, sem atrever-se a aplicá-lo
diretamente na entrada traseira de Zoë por medo de que começasse a retorcer-se e custasse a Miciah
seu controle.
Tocou seu ânus com a ponta de seu pênis. Ela ofegou, gemeu quando o lubrificante
penetrou, preparando-a. Seus dedos se agarraram à roupa da cama, os músculos ao comprido de
suas costas se esticaram enquanto se esforçava por obedecer, por permanecer imóvel para que
alcançassem o orgasmo juntos.
— Se apresse — Disse ela, repetindo a ordem mental de Miciah, suas nádegas se
levantaram em um beijo carnal que o deixou lutando contra a necessidade de empurrar com força e
profundamente.
— Paciência, amada — Sussurrou ele, com uma capa de suor sobre sua pele enquanto
entrava nela — Não quero te machucar — E não quero perder o controle.
O soluço de Zoë foi seguido por um som gutural de sua própria garganta. O prazer era
quase insuportável, estava tão apertada, inclusive mais por ter Miciah enchendo sua vagina.
Iden duvidava poder durar mais de um impulso ou dois, não com o pênis de Miciah
esfregando-se contra o seu, separados sozinho por uma barreira fina e quente. Não com o futuro que
apenas se atreveu a sonhar estendido diante deles, tão perto, que só necessitava a salpicadura quente
do orgasmo e a migração das pedras Ylan para converter-se em uma realidade.

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Agora, enviou a Miciah, sentindo o tremor fantasma de suas asas, vendo as partículas
brilhantes que se manifestariam nas asas de Miciah, estendendo-se sobre o cobertor como uma
manta diáfana e translúcida.
Miciah tomou as mãos de Zoë, entrelaçando seus dedos com os dela para que seus
braceletes se tocassem. Iden uniu suas mãos às deles, tocando os braceletes de Zoë com os seus.
Não havia volta atrás agora, não podia impedir que as pedras migrassem e enchessem seus
braceletes. Não podia evitar jogar o fogo aceso de sua semente.
— Nossa — Disse Iden contra o ouvido de Zoë, sua língua reclamando o buraco sensível.
— Nossa — Disse Miciah contra sua boca, antes de enterrar sua língua nela, levantando os
quadris, empurrando seu pênis contra o de Iden. Não havia nenhuma maneira de permanecer mais
tempo imóvel. Ao redor deles, as pedras Ylan começaram a pulsar, iluminando a câmara com uma
sequência de cor. O batimento do coração forte da energia não liberada intensificava o momento, a
união de três seres, cada um deles levando aos Fallon em seus genes, enquanto se moviam em um
baile rítmico e ancestral para um crescimento onde se converteriam em um.
As sensações bombardearam Iden. Sentir o pênis de Miciah e a pele de Zoë. O aroma da
luxúria e seus sons. O prazer delicioso que transcendia o físico, chegando até seu coração e alma
para que nunca mais ansiasse a outros seres, exceto a aqueles com os que compartilhava seu
vínculo.
Sentiu o movimento das pedras Ylan em seus pulsos, e depois a alegria arroladora da
culminação quando seu mundo se centrou em Zoë e Miciah, o êxtase incomparável da liberação
compartilhada.
A realidade se destroçou na consciência de Zoë. Fraturou-se em milhares de partículas
brilhantes de prazer, só para transformar-se em uma fantasia surrealista.
Asas e um teto cristalizado. Plantas exóticas e ar perfumado por flores.
Uns homens e uma sala que já não eram os mesmos.
Teria sido atraente pensar que era um sonho, uma visão psicodélica provocada por ter
tomado acidentalmente alguma droga das que se encontravam na Celebração do Sol. Só seus
próprios dons a mantinham estável, sem temer por sua prudência ainda quando seu coração pulsava
acelerado.
Seu ritmo era muito mais rápido que o batimento acelerado dos corações de Miciah e Iden,
os três se puseram de lado. Seus peitos apertavam a parte frontal e as costas de Zoë, seus braços
impediam que saísse da cama em estado de pânico.

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Fallon Mates - 04
Tudo está bem, amada, disse Iden, as palavras soaram tão claramente em sua mente, como
o grunhido de Miciah em seus ouvidos… “NÃO!”, quando se sobressaltou e por instinto, tratou de
sair de seus braços.
— Calma, Zoë — Disse Iden, desta vez em voz alta, acompanhando suas palavras com o
toque de seus lábios em seu ombro nu.
Ela voltou a cabeça para olhar para baixo, ao longo de seus corpos, para encontrar a
verdade a suas sensações físicas e às imagens nebulosas. Asas suaves cobriam suas pernas como um
edredom, as de Iden com plumas como as de um ave de rapina, e as de Miciah como as de um
morcego, mas com a textura de uma camurça bem trabalhada.
— Isto é Winseka? — Adivinhou Zoë, a luz do sol entrava através de um teto de cristal
que o edifício de tijolo cru sob as ruínas que o desfiladeiro não tinha.
— Sim — Disse Iden — Também a chamamos a Cidade Ponte — E Miciah acrescentou:
Nosso mundo é conhecido como Belizair.
Sentiu a satisfação de ambos por sua falta de pânico, tão intensamente como havia sentido
alguma vez o desespero profundo de um estranho. Fluiu através dela, deslizando-se por seus braços
e peito, levando sua atenção para os braceletes que eles tinham colocado em seus pulsos.
Os braceletes que tinham dado agora tinham as mesmas pedras escuras como o céu da
noite que eles usavam, negras com uma galáxia de estrelas diminutas.
Ela não imaginou o zumbido antes, a sutil vibração de energia contra sua pele, assim como
não imaginou o brilho que se fazia mais profundo nas pedras que estavam em seus braceletes de
borboletas.
Otis pôde ter encontrado os braceletes enquanto procurava ouro nas Serras, mas tinham sua
origem neste lugar. Zoë sabia com tanta segurança como sabia que estava destinada às tê-los, e a
estar aqui.
Tinha sonhado com Miciah e Iden. Tinha vislumbrado o futuro quando suas mãos haviam
se tocado mais cedo.
Quando seu coração seja finalmente capturado, a capacidade de ver e sentir se
converterá em um presente. Seu toque oferecerá uma esperança a aqueles que a perderam.
Ser capaz de fazer algo útil era o que tinha desejado… O que tinha esperado, porque ainda
em seus momentos mais escuros, nunca tinha acreditado estar amaldiçoada. Não a tinha preparado
sua vida nômade para esta viagem, o mais assombroso de todos?
Os lábios de Iden roçaram seu ombro.
— Sua mente está fechada a nós, amada. O que está pensando?

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Seu comentário a surpreendeu, até que se deu conta de que, assim como sua vida na estrada
a tinha preparado para chegar a aqui, também tinha tido a necessidade de construir escudos mentais.
Estes eram automáticos para ela, construíam-se por defeito, e permitiam uma intimidade em um
mundo onde a comunicação telepática era possível.
No profundo da pergunta de Iden sentiu sua preocupação, e a de Miciah crescendo junto à
dele. Havia mil coisas que aprender, um novo mundo para explorar, e entretanto, isso desaparecia
diante a importância e a necessidade de tranquilizar Iden e Miciah.
Estavam unidos de modos que ainda não entendia por completo. Com uma troca de
promessas, feito realidade pelas pedras que pareciam ser muito mais.
— Estava pensando que pertenço a este lugar — Disse, roçando-se contra eles, adorando o
calor de seus corpos duros, pressionados tão intimamente contra o seus — Com vocês.
Isso é bom, disse Miciah, porque nunca a deixaremos ir.
Desta vez, pôde sentir sua possessividade, ao tempo que a escutava em sua voz.
Fazendo-a consumir-se, excitar-se.
É nossa para o prazer e para te proteger, disse Iden, a intensidade de sua possessividade
não era menor que a de Miciah, embora a tranquilidade chegou com suas palavras, ao dar-se conta
que para eles sua felicidade era importante, vital, mais que a sua própria.
Era impossível resistir a eles, mas assim tinha sido do primeiro momento que os viu. Então
o plano é permanecer na cama todo o dia?
Sua resposta foi imediata e simultânea. Sim.
Zoë riu e deslizou a mão pelo braço de Miciah, depois a seu redor, para acariciar a parte
inferior de suas asas. Ele estremeceu em reação, sua luxúria chegando a ela quando seus olhos se
converteram em ouro fundido.
— Isto me recorda — Murmurou ela provocativamente contra os lábios de Miciah —
Acredito que Iden prometeu que antes que o dia terminasse, vocês se converteriam em amantes no
pleno sentido da palavra, se eu estava de acordo com um vínculo permanente.
Miciah gemeu, um faminto som, saído do profundo de sua alma. Os dentes de Iden
encontraram o lugar que eles já tinham marcado. Se comporte, disse, castigando-a com uma
mordida que garantia que ela não o faria.
A luxúria dos dois homens a percorreu como uma chama, fazendo que doesse e queimasse.
Desejo os dois de novo.
E nos terá, de qualquer modo que deseje, disse Iden.
Uma vez que Iden e eu acompanhemos os quartos reservados para nós.
A risada de Iden foi rouca. Deixaremos a câmara de transporte agora?
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A mão de Miciah cobriu o peito de Zoë possessivamente. Sim.

CAPÍTULO 10

Magníficos, pensou Zoë, quando Iden e Miciah ficaram de pé, esperando que ela se
levantasse do colchão. Não tinha pensado que pudessem ver-se melhor do que o tinham feito a
primeira vez que os viu nus, mas as asas…
Sua vagina se contraiu sem piedade diante a visão de um ao lado do outro. Eram uma
perfeição musculosa e criados a partir das fantasias… E eram totalmente dela.
— Amada — Disse Iden, fechando a mão ao redor de seu pênis — Acreditei que estava de
acordo com o plano de sair desta cama, a favor de ir à nossa.
Ela pôs-se a rir, adorando a sensação de calor e necessidade que emanavam dele, e as
famintas ondas de luxúria que irradiavam de Miciah.
— Sei, mas os dois são como algo saído de uma fantasia perversa e erótica.
Não pôde resistir o impulso de brincar com eles, deslizando os dedos em sua fenda, para
depois movê-los sobre seus clitóris, os dedos de seus pés se contraíram quando o fogo a percorreu.
Um grunhido baixo soou na garganta de Miciah. Ele tomo seu pulso com sua mão como se
fosse um grilhão de ferro e apartou a mão de seu púbis.
— Já foi advertida — Disse, dando um açoite na boceta.
A surpresa a fez ofegar. A sensação alagou sua vagina de umidade, um desejo líquido.
O rosto de Miciah estava tenso, seus lábios uma linha firme de resolução. Seus olhos a
desafiavam a que se atrevesse a seguir tirando o sarro.
Ela deu uma olhada a Iden. Sua expressão a advertiu que ele também poderia administrar
um castigo depois de que Miciah terminasse de discipliná-la.
Pensar nisso a pôs mais úmida. O desejo cresceu em seu ventre. De maneira obediente saiu
do colchão. Não para evitar seu aborrecimento sensual, mas sim porque ir a seus quartos privados
parecia uma ideia muito, mas que muito boa.
Miciah tomou uma de suas mãos. Iden fez o mesmo com a outra. Levaram-na para um
cofre de madeira, similar aos que tinha notado aos lados do arco no edifício de tijolo cru.
Iden o abriu, colocando algo que era pouco mais que um tapa sexo, antes de tirar o que
pareciam umas calças de harém transparentes, com o mesmo padrão do céu noturno das pedras que
agora tinham os três em seus braceletes. Ele se ajoelhou diante dela enquanto Miciah se movia atrás

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dela, com suas mãos cobrindo seus seios e seus dedos brincando com seus mamilos até que se
converteram em pontos duros e doloridos pela necessidade.
É a tradição que use este desenho durante nosso dia de vinculação, disse Iden, rodeando
seu tornozelo, impulsionando-a silenciosamente a que levantasse o pé para poder vesti-la.
Ela obedeceu, e foi recompensada com a sensação sensual do tecido deslizando-se por suas
pernas, e pela doce tortura de seus lábios fechando-se contra seus clitóris, e sua língua acariciando-o
antes que ficasse de novo de pé, e subisse as calças para fechá-los em sua cintura. Zoë gemeu em
protesto quando Miciah a abandonou para colocar outra tanga como a de Iden, depois se
sobressaltou quando a parede se abriu, reabsorvendo-se em si mesmo para formar uma porta.
Dois desconhecidos esperavam na espaçosa câmara externa. Ambos tinham asas similares
às de Iden, embora suas plumas brancas tinham traços de cor. Um estava de pé, como alguém
esperando a chegada de um elevador, enquanto que o outro estava sentado em um banco, com a
cabeça inclinada como se estivesse meditando.
Zoë cruzou os braços sobre seus seios em uma reação instintiva. Suas bochechas se
ruborizaram. Ambos, Iden e Miciah, aproximaram-se dela, protegendo seu corpo com os seus. Seu
toque trouxe a tranquilidade imediatamente. Ela não tinha nenhum problema em ir com os seios nus
na praia, mas aqui, agora…
As mulheres em Belizair não cobrem seus seios, disse Miciah, a possessividade de sua voz
deu a pista de que nesse momento ele desejava que fosse de outro modo.
Iden roçou seus lábios contra os seus. Fê-la afastar os braços de seu peito, ao guiar suas
mãos para a parte frontal de sua tanga, as deslizando sobre o suave tecido e a carne endurecida.
Considera-se grosseiro contemplar os seios de uma mulher ou a óbvia ereção de um homem. Mas
sinceramente, pensar que outros possam ver sua beleza e saibam o efeito que está me produz me dá
prazer, não vergonha.
A rígida longitude de Miciah se apertou contra suas nádegas, seu grunhido enviou um
estremecimento de pura luxúria através dela. E eu preferiria que nossa companheira nunca deixasse
a intimidade de nossa casa.
Vamos a nossos quartos então, disse Iden, e vejamos se pode converter seu desejo em
realidade, embora duvide de sua capacidade para fazê-lo.
Separaram-se dela e a expressão de Miciah se tornou alarmada de repente. Iden pôs-se a
rir.
— Em sua pressa por levar Zoë para a câmara de transporte na Terra, deixou a caixa que
contém o sorvete na outra sala. O presente do Kaylee se encontra no chão, aos pés da cama.

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— Obrigado — Disse Miciah, recuperando-o junto com a bolsa que Zoë tinha deixado cair
no desespero de Iden ao tirar a roupa de cima para poder fazer amor.
Tomou a bolsa das mãos de Miciah, suas sobrancelhas se juntaram.
— E meu carro? E meu autocasa? A Celebração do Sol só dura uma semana.
Iden deu um beijo tranquilizador. Alguns dos nossos, destacados em seu mundo, já estão
movendo-se para recolher suas coisas e as manter a salvo até que ditas o que desejas fazer com
elas.
Uma pequena pontada de medo a atravessou. Posso voltar?
A expressão de Miciah se voltou tensa. Seu corpo ficou rígido e ela pôde sentir seu
protesto, só de pensá-lo.
Iden estremeceu de uma forma quase imperceptível, com uma reação menos volátil. Dê ao
nosso mundo uma oportunidade, Zoë. Nos dê uma oportunidade antes de decidir que prefere ir à
Terra.
Eles o faziam soar como uma situação em que devia escolher um ou o outro.
Seu estômago se revolveu diante a ideia de perdê-los e deixou de pensar nisso… No
momento. Haveria tempo mais tarde para retomá-lo.
— Felicidades aos dois — Disse a Iden e Miciah o homem que estava de pé, quando os
três saíram da câmara de transporte.
Dou-me conta que não me felicita por terminar com vocês dois, brincou Zoë depois que o
homem entrasse na câmara e a porta se fechasse atrás dele.
Sentiu o zumbido e a energia do portal ao ganhar vida. Esta pulsava através das pedras de
seus braceletes, não só as do céu noturno que tinha recebido de Miciah e Iden, e sim a dos
braceletes com motivos de borboletas.
O segundo homem ficou de pé, e diante a visão de seu rosto angustiado, Zoë se esqueceu
de seus seios descobertos.
— Me perdoe por vir a você em seu dia de vinculação — Disse a Iden — Não teria
procurado se a necessidade não fosse enorme. Phenice está… Tenho medo por ela. Meus esforços
por consolá-la estão falhando. Talvez você possa chegar a ela onde eu não posso.
— Atenderei a você e a sua companheira de vínculo — Disse Iden, sua preocupação viajou
através do enlace que Zoë compartilhava com ele.
— Vê — Disse ela, quando ele se voltou para olhá-la, as impressões de um quarto à luz das
velas, com um altar baixo piscou em sua mente.
Voltarei com vocês logo que possa, disse ele, roçando sua boca com a sua antes de partir
com o estranho.
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Havia dito que era um conselheiro, mas isso não encaixava com a imagem de velas e um
altar. Iden serve à Deusa dos Amato como um sacerdote para sua gente, disse Miciah, sentindo sua
confusão e respondendo a sua pergunta não formulada.
E você?
Sirvo no Conselho dirigente de Belizair. Represento os Vesti que consideram a região da
selva como sua casa.
As sobrancelhas de Zoë se uniram.
— Consideram-se como duas raças diferentes — Adivinhou — As asas determinam quem
é Vesti e quem Amato?
— Sim.
Deram um passo ao exterior para encontrar uma paisagem impressionante de desertos e
montanhas distantes que rodeavam uma cidade de cristal com as cores do arco íris.
Os edifícios estavam unidos por arcos, suas cores tão variadas e formosas como as flores
parecidas com os tulipas que cresciam em desenhos arbitrários por todos os lugares aos que Zoë
olhava.
As árvores que recordaram às palmeiras subiam para um céu que tinha dois sóis. Aves
exóticas se pavoneavam em um entorno de oásis, suas plumas alegremente coloridas estavam
expostas em leque como as dos pavões reais.
— Incrível — Sussurrou Zoë, impressionada pela paisagem de fantasia a seu redor.
A seu lado, Miciah ficou rígido. Mentalmente pôde ouvir sua silenciosa maldição
murmurada quando um moço adolescente Vesti aterrissou diante deles.
— Os outros membros do Conselho me enviaram a te convocar — Disse o moço, dirigindo
os olhos continuamente para Zoë, fazendo manter uma luta constante consigo mesma para não
cruzar os braços sobre seus seios outra vez — Eles querem que te diga que há um assunto urgente
que discutir. Sua assistência é necessária ainda quando acaba de chegar com sua nova companheira
de vínculo.
— Diga que estarei ali logo que deixe estabelecida Zoë.
Com uma última olhada para ela, o moço se lançou ao ar. Zoë sentiu uma pontada de
inveja enquanto o observava, e um sentimento de ser menos.
— Nunca — Grunhiu Miciah, recordando que tinha deixado aberto o caminho entre suas
mentes — É nosso futuro.
Tanto ele como Iden o haviam dito, de diferentes maneiras. Agora, com o vínculo entre
eles, sentiu que as palavras continham um sentido mais profundo, mais significativo do que tinha

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atribuído antes. Mas quando se dispunha a sondá-lo, procurando resposta na comunicação sem
palavras que era a essência de seu dom de visão, Miciah bloqueou suas lembranças e pensamentos.
— Mais tarde — Disse — Quando Iden esteja conosco e possamos falar com nosso desejo.
Ele e eu compartilharemos tudo o que sabemos com você, tudo o que somos.
Zoë sentiu a sinceridade de sua promessa e a profundidade de seu compromisso com ela.
Também sentiu quanto detestava ser afastado dela.
A ideia de estar presa e em espera não tinha nenhum atrativo para ela, e embora era
atrevida e o bastante confiada para explorar este novo mundo sozinha, como tinha feito com tantos
lugares exóticos, podia imaginar a reação de Miciah se o sugeria. Iden poderia ser persuadido, mas
Miciah… Riu em silêncio. Havia um inconveniente ao ter um amante dominante e possessivo que
suspeitava que logo compararia com um homem das cavernas.
Por sorte, suas mãos estavam ocupadas com a geladeira cheia de sorvete de chocolate.
Ver isso deu uma ideia de como evitar permanecer em seus quartos sem nenhuma garantia
de poder encontrar a maneira de escapar delas. Deslizou a mão com o passar do bordo de sua asa, e
sentiu como ele se estremecia de prazer.
Se comporte, advertiu, a conexão mental entre eles restaurada rapidamente.
Quem é Kaylee? Perguntou, recordando ao Iden dizendo que o sorvete era um presente
para ela.
Em vez de responder à pergunta com palavras, Miciah mostrou imagens de uma menina
humana, a que tinha apelidado “a pequena general”. Compartilhou com ela a visita que os tinha
levado, Iden e a ele mesmo, a ir à Terra.
— Tenho uma irmã? — Perguntou Zoë, aturdida, emocionada e nervosa, tudo ao mesmo
tempo.
— Ariel — Enviou a imagem de uma versão adulta de Kaylee.
Considerando a aparência de Ariel, pequena, loira e de olhos azuis, justamente o contrário
dela, uma esbelta morena, Zoë não pôde evitar dizer.
— Está seguro? Não nos parecemos em nada.
Pelo que estou agradecido, ronronou Miciah. Tudo em você é perfeito. Diz que Iden e eu
somos algo saído de um sonho erótico, mas você é o mesmo para nós.
Suas palavras, e as imagens que as acompanhavam, enviaram uma quente excitação para o
interior de suas coxas, molhando o tecido solto e diáfano das calças de harém. A necessidade se
cravava nela, intensa e quente.
— Se comporte, você também — Disse ela com voz rouca, seus mamilos tão duros e
apertados que necessitou toda sua força para manter seus dedos afastados deles.
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Por uma fração de segundo esteve tentada a permitir que a levasse a seus quartos para
poder obter um pouco de alívio, de parte dele ou por sua própria mão.
Mas a perspectiva de conhecer Ariel e Kaylee deu a força para resistir.
Apertou os dedos ao redor de seu braço.
— Em vez de me deixar reveste em nossos quartos, entreguemos o sorvete agora. Se Ariel
não estiver ocupada, talvez possa ficar visitando ela e Kaylee até que você e Iden estejam livres.
Pode saber se elas estão em casa? Pode te comunicar com elas de mente a mente?
— Não compartilho um vínculo com elas. Desta distância, não posso saber onde estão,
nem me comunicar telepaticamente com elas.
Zoë podia sentir sua luta interior, o homem primitivo contra o companheiro carinhoso. Seu
desejo de protegê-la, possui-la e mantê-la segura era como uma chama viva dentro dele. Esta
queimava e se retorcia, enviando ondas de luxúria palpitante diretamente a sua boceta e seios. Mas
com sua esteira chegou algo mais potente, sua necessidade de olhar por sua felicidade em todos os
sentidos, físico tanto como emocional.
Miciah resmungou. Um som masculino de frustração que assinalava sua intenção de
concordar com seus desejos, contrários aos dele mesmo. Com um forte suspiro, disse:
— Iremos a casa que Ariel compartilha com seus companheiros e Kaylee. Se te convidar a
ficar, deixarei-a com ela. Geralmente vamos caminhando ou voando quando vamos a alguma região
de Belizair. Mas tenho que chegar ao edifício do Conselho logo. Por isso nos transportarei ali.
Miciah passou o refrigerador a seus braços antes de rodeá-la com os dele. Mal houve
tempo para que Zoë piscasse antes que a visão do deserto, a montanha e a cidade, fossem
substituídas por uma parede sólida, formada de um material que duvidava que se pudesse encontrar
na Terra.
Não estava segura se tinha imaginado o zumbido de energia em seus pulsos e o sussurro da
forma de transporte que parecia estar fora do alcance de sua audição, ou se os estava recebendo por
seu enlace mental com Miciah.
— Serei capaz de fazer isso por minha conta? — Perguntou.
A negação brilhou através do enlace, junto com sua preocupação e temor. Acompanhando-
os com a informação de que nenhuma mulher humana tinha tentado tal coisa, e Miciah não tinha a
intenção de deixar que ela fosse a primeira em fazê-lo.
Zoë fechou seus escudos mentais, preferindo reservar aquela batalha em particular para
outro dia. Sua relação era nova, apesar de seus sonhos com eles e sua crença de que ela estava
destinada a estar com eles em Belizair. Já haveria tempo para limar diferenças sobre suas
expectativas e independência.
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Miciah tomou a caixa refrigeradora e a pôs no chão diante de onde ela supunha que logo
apareceria uma porta. Jogou os braços no pescoço e pressionou seus seios nus contra seu peito,
também nu, desejando acalmá-lo.
— Obrigado por me trazer.
As mãos de Miciah acariciaram suas costas, chegando até seu traseiro, enquanto seu duro
pênis se apertava contra seu púbis.
— Não creia que deixará nossos quartos a curto prazo, uma vez que finalmente cheguemos
ali.
Ela sorriu contra sua boca. Tendo em conta todas as experiências sexuais que queria
desfrutar com eles, era fácil dizer:
— Não o farei.
Ele reclamou seus lábios então, empurrando sua língua contra a sua de uma maneira que
dizia quão furiosamente tinha a intenção de fodê-la quando estivessem juntos de novo. O desejo de
fazer caso omisso a suas responsabilidades e esquecer-se de entregar o sorvete vibrava através dele
enquanto o beijo se alargava, tomando um borda desesperado.
Com um gemido se separou dela. Tocou com sua mão a parede.
Um momento depois a porta se abriu para revelar Kaylee. Ela gritou de alegria.
— Encontrou-a! Encontrou à irmã de mami! Disse que ela seria sua companheira! — Seus
olhos se dirigiram para o refrigerador. Começou a dar saltos de cima abaixo como um saltimbanqui
humano — E trouxe o sorvete!
A felicidade de Kaylee era completamente contagiosa. Borbulhando através de Zoë,
fazendo-a rir e pondo um sorriso no rosto de Miciah.
— Chocolate — Disse ele — Como o prometi. Está sua mãe aqui?
— Sim — Kaylee se acalmou o tempo suficiente para perguntar a Zoë por seu nome.
Logo que o disse, Kaylee se separou da porta e gritou
— Mami, veem rápido! Tenho uma dupla surpresa para você!
Ariel se uniu a eles um momento depois. Sua expressão era uma mistura de curiosidade e
bem-vinda.
— Ouvi a palavra surpresa? — Perguntou a Kaylee.
— Olhe! — Disse Kaylee, levantando a tampa do refrigerador e mostrando os potes de
sorvete apoiados no gelo.
Ariel conteve o fôlego em um suspiro que Zoë entendeu completamente. Tinha havido
tempos quando a perspectiva de sentir prazer com chocolate era mais atraente que o sexo.

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Dando uma olhada a Miciah, riu silenciosamente. Em seu caso, não acreditava que esse
tempo chegasse a um futuro próximo.
— Esta é só uma parte de sua surpresa — Disse Kaylee, agarrando a mão de Ariel — A
segunda parte é Zoë. É minha nova tia. E o é porque é sua irmã, Mami. Sua verdadeira irmã. A que
queria encontrar antes que eu adoecesse quando era um bebê. A Senhora de Ouro me disse que ela
poderia ser a companheira de Miciah, porque os genes que importavam se pareciam com seus
genes.
Kaylee se mordeu o lábio inferior.
— Bom a Senhora de Ouro não disse exatamente isso. Mas é o que queria dizer. Dei a
Jeqon um pouco do cabelo que havia em seu camafeu. Ele disse…
Ariel curvou a mão ao redor da parte inferior da face de sua filha, cobrindo sua boca
enquanto dava um beijo em seu cabelo, que era exatamente do mesmo loiro claro do dela.
— Silêncio, pequena. Me dê um minuto para assimilar isto.
— O sorvete está derretendo — Disse Kaylee, com sua voz amortecida.
Ariel riu. Seu olhar se moveu de Zoë a Miciah, e depois desceu para os braceletes de seus
pulsos.
— É verdade?
A felicidade e o assombro que Zoë escutava em sua voz, fizeram-na saber que ela e Ariel
compensariam uma infância afastadas uma da outra, fazendo-se amigas íntimas como adultas.
— Sim — Disse Miciah — Os genes de seu pai levavam o marcador Fallon. Jeqon
localizou Zoë e confirmou que é minha companheira. Reclamei-a com o Iden, da casa do clã
Cathetel.
As lágrimas reluziam nos olhos de Ariel. Estendeu uma mão e Zoë tomou.

— Eu gostaria de passar tempo com você. Pode ficar o tempo suficiente para tomar uma
tigela de sorvete?
Zoë sorriu abertamente.
— Estava esperando que me perguntasse isso. Recentemente estava em um cânions
olhando ruínas indígenas, e pensando que o edifício de tijolo cru contra a parede do escarpado era
uma espécie de lugar exótico para beijar-se.
Os olhos do Ariel se abriram como pratos.
— Acaba de chegar?
— Sim. Iden foi chamado no momento que deixamos a câmara de transporte. E Miciah
tem uma reunião urgente na qual já deveria estar.
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— Então é óbvio que deve ficar comigo — Disse Ariel, soltando Kaylee e inclinando-se
para recolher a caixa com os sorvetes.
Kaylee se pegou a ela.
— Eu o levarei, mami. Você está grávida.
Ariel soprou.
— Grávida, mas não com um corpo ou mente fracas, como frequentemente tenho que dizer
a seus pais.
Kaylee e Zoë riram.
— Você e eu vamos nos dar muito bem — Disse Zoë, dando-a volta para dizer adeus a
Miciah.
Ele deu um beijo nos lábios. Virei por você logo que esteja livre, a menos que Iden te
recolha primeiro.
Podia sentir seu receio a deixá-la. Vá. Estarei bem.
Ele recuou, e desapareceu em uma piscada. Zoë sacudiu a cabeça.
— É como algo saído de uma história de ficção científica, não?
— Está-o dirigindo muito bem — Disse Ariel — Agora, abramos uma vasilha de sorvete e
vamos nos conhecer.

CAPITULO 11

Iden tinha sido um conselheiro para tantos, desde que os efeitos do vírus foram conhecidos.
Entretanto, enquanto observava Denaus suplicar a sua companheira de vínculo que se unisse a eles
no altar, a dúvida sobre ser capaz de ajudar “realmente” encheu sua mente como nunca antes o tinha
feito.
Apoiada sobre essa incerteza havia uma pequena medida de culpa. Com toda
probabilidade, por causa de Zoë e Miciah, haveriam meninos para ele, um filho ou filha que levaria
seu sangue e sua herança Amato para o futuro. Para Phenice, que tinha abortado o menino que tinha
tomado anos conceber, só poderia oferecer o consolo da Deusa, junto com suas próprias palavras de
esperança.
A tragédia fez que alguns companheiros se unissem mais, mas a outros os separou.
Mais e mais frequentemente agora, como era o caso, e só parecia que seu conselho atrasava
o inevitável em lugar de arrumar o que estava quebrado.

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Os varões vinham a ele, esperando que os pudesse assessorar sobre o que dizer para aliviar
o sofrimento de suas mulheres, e como podiam aliviar a brecha que se formava entre eles.
As mulheres chegavam a ele, tão afundadas nas profundidades do desespero, que
frequentemente tomava horas conseguir tirá-las dali.
Tanto a cultura Amato, como a Vesti, veneravam a maternidade. Os meninos, inclusive
antes da devastação causada pelo vírus Hotaling, eram considerados inestimáveis, um presente. E
agora, despojadas do que tinham aprendido a valorar mais nelas mesmas, o que muitas viam como
seu objetivo mais importante, ter e criar meninos, as mulheres sofriam.
Os Supremos Sacerdotes e Sacerdotisas, com os que a Deusa e o Consorte falavam
diretamente, mantinham a crença que os habitantes de Belizair se fariam mais fortes devido ao que
tinham que suportar agora. Mas enquanto Denaus Guiava a sua companheira para o altar, Iden se
perguntou quanto tempo mais teriam que sofrer as mulheres, antes que tivessem uma prova tangível
de que não tinham sido abandonadas.
Chegaria a esperança só para aquelas mulheres sem companheiros, como tinha acontecido
para os homens sem companheiros? O que aconteceria então para aqueles que já estavam unidos?
A insistência de Denaus, Phenice se ajoelhou em um dos travesseiros colocados ao redor
do altar baixo. A luz das velas perfumadas ressaltava o brilho dourado de seu cabelo e asas,
revelando a tristeza que a afligia. Ela permitiu que Iden tomasse sua mão, enquanto Denaus tomava
sua outra mão.
A graça calmante da Deusa fluiu em Iden. Onde suas mãos tocavam Phenice e através dela
Denaus, tratou de levá-la para eles, oferecendo consolá-los e protegê-los da dor que os tomava, ao
menos enquanto estivessem no templo.
O presente da Deusa não era como uma onda palpitante. Não derrubava nenhuma barreira
que pudesse evitar que alcançasse a outra borda e apagar os rastros na areia para deixá-la lisa e
limpa. Era um fio facilmente bloqueado e negado.
Denaus aceitou o fluxo quente do consolo, mas Phenice o rejeitou, levantando seus olhos
suplicantes para o Iden e dizendo
— O que tem de bom em tomar o consolo aqui, quando isso não muda nada? Logo que
saia ao exterior, a perda de nosso filho me esmagará de novo. Tudo o que vejo diante de mim é um
nada.
— A dor diminuirá — Disse Iden — Deixa que a Deusa e seu Consorte a ajudem. Permita
aliviar sua carga dia a dia. Não faz tanto, parecia que tanto os Amato como os Vesti chegariam à
extinção, deixando Belizair deserto. Mas agora há esperança para ambas as raças. Se agarre a essa
esperança, Phenice, deixa que se acenda de novo em você.
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Fallon Mates - 04
As lágrimas se reuniram nos olhos de Phenice.
— Como? Denaus é o único filho da casa de seu clã. Eles tinham outra companheira em
mente para ele, mas me escolheu contra seus desejos. Se não o tivesse feito, neste momento já seria
pai. Ela estava grávida pouco depois de unir-se em um vínculo diferente. Ele está em dívida com
seus pais, devem apresentar uma solicitude aos Supremos Sacerdotes e Sacerdotisas para que
permitam desfazer nossa união, e que tenha uma possibilidade de obter uma companheira humana.
Não posso suportar saber que por minha causa, ele nunca terá um filho ou uma filha.
— Eu não a desejava, Phenice. Sabe que é verdade — A voz de Denaus era rouca pela dor
e as súplicas — E tampouco queria um vínculo que incluísse a outros. Ainda não o faço. Você é
suficiente para mim, só você, Phenice. Por favor. Aceita o consolo devotado através de Iden. Não
quero te perder.
Suas lágrimas derreteram a barreira da resistência de Phenice, permitindo que o primeiro
fio de paz se deslizasse através dela. Com um assentimento, ela inclinou a cabeça.
Iden fechou os olhos e se afundou em um estado de meditação, todo sentido dele mesmo e
do tempo desapareceu. Transformou-se no condutor da Deusa, cujo abraço rodeava Belizair, e de
seu Consorte, Ylan, cuja imagem era Belizair em si mesmo e cuja força vital palpitava nas veias das
pedras que havia por toda parte no chão, ao igual ao sangue bombeava pela carne do corpo dos
homens.

Miciah entrou na câmara reservada para as discussões formais, e se sentou no posto que
estava vazio. Na mesa diante dele havia três discos lisos de cristal que se utilizavam quando se
procedia a uma votação.
A sua esquerda, Isaura, que representava os Amato da fértil e crescente região do Ocidente,
disse
— Pedimos desculpas por te chamar, e te afastar de sua nova companheira.
Jati, um cientista Vesti que servia no Conselho acrescentou:
— Mas de algum jeito, seu recente emparelhamento é fortuito — Com um pequeno gesto
de reconhecimento para o cientista Amato que também servia no Conselho, continuou — Gabri e eu
falamos com Jeqon, antes de nos aproximar de outros para pedir uma reunião de emergência e
tomar uma decisão em uma questão que não pode ser evitada por mais tempo.

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— Não houve nenhuma violação do protocolo ou da ética na atuação de Jeqon, ao fazer
que os caçadores de recompensas procurassem à irmã da humana, Ariel, quem se encontrou
primeiro como possível companheira para você. Não acredito que alguém diga que se aproveitou de
sua posição no Conselho para se assegurar a uma companheira, ou fazer armadilha a outro devido a
que Iden é, tanto seu Co-companheiro, como o outro varão mais próximo geneticamente à mulher
humana, Zoë. Mas no pouco tempo que estiveste afastado de Belizair, dois possíveis companheiros
foram encontrados usando um protocolo experimental. Em ambos os casos, um Vesti e um Amato
levavam a sequência de genes Fallon idêntica que os emparelhava com uma mulher. E, em ambos
os casos, um desses possíveis companheiros estava estreitamente relacionado com um membro do
Conselho. O primeiro é meu primo, que é filho único. Ele e um amigo Amato já tinham acordado
formar uma união se encontrasse uma mulher para algum deles.
Isaura falou.
— A segunda união é para meu filho. Seu irmão já se encontra em um vínculo formado,
mas não há meninos para nenhuma das mulheres nessa união.
Miciah sentiu o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Compreendeu o propósito de
Jati ao mencionar Ariel e Zoë, antes de meter-se no coração do assunto.
Como poderiam os membros do Conselho tomar companheiros para si mesmos, ou
permitir que seus familiares os reclamassem, e não ser considerados desonestos quando saísse à luz
que havia mais de uma possível coincidência? E entretanto, deveriam negar a si mesmos, e aqueles
que eram importantes para eles, a possibilidade de ser felizes e a de ter meninos para manter em
segredo o conhecimento de que havia tanto uma coincidência perfeita Vesti como uma Amato em
cada caso, sabendo que em caso de fazê-lo, em última instância a verdade sairia à luz?
Com um suspiro interno, fechou sua mente aos pensamentos sobre Zoë, à alegria que tinha
encontrado e ao prazer que tinha experimentado. Não poderia retornar a seus quartos até que se
tomasse uma decisão.
— Já discutiram esta nova informação entre vocês? — Perguntou ele, seu olhar viajando
ao redor da mesa circular.
Jarlath, o sacerdote Amato, com o que Miciah frequentemente estava em desacordo, disse:
— Sim. Enviamos um caçador de recompensas para te localizar e te pedir que voltasse.
Quando não pôde te encontrar, esperamos que estivesse em caminho à câmara de transporte —
Jarlath também deu uma olhada ao redor da mesa — Pelo bem da eficiência, é aceitável que nos dê
uma visão geral e um resumo dos argumentos mais importantes primeiro, permitindo que quem o
deseje, amplie algum ponto de vista, ou o esclareça uma vez que termine?
Outros assentiram em tácito acordo.
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Jarlath disse
— Parece que estamos de acordo em que existem três caminhos divergentes para tomar,
embora dentro desses três, há variações na maneira de proceder. Uma opção é controlar o processo
de seleção, alternando a busca entre os Vesti e os Amato, e depois adjudicar à mulher ao primeiro
homem encontrado como partido. Ou, ao primeiro homem que entregou seu DNA, embora haja
argumentos de que isto favoreceria aos Amato, já que se apresentaram em mais número
inicialmente. O segundo caminho que poderíamos escolher, seria atrasar a notificação a aqueles que
foram emparelhados, até que nós possamos reunir mais informação e estudar este assunto mais a
fundo. Espera-se que Cyan fique de parto em qualquer momento. Até que ela dê a luz, não
saberemos o verdadeiro resultado do que pusemos em marcha, e dependendo desse resultado, é
possível que haja um aumento enorme de homens que entreguem seu DNA. A terceira de nossas
opções é permitir que os cientistas notifique aos dois homens que foram emparelhados com uma
mulher, e depois trabalhar em procurar uma solução quanto a quem possa reclamá-la.
— Que é, é obvio, o curso mais polêmico de ação — Disse Javant, o Vesti da mesma
região que Isaura representava.
Miciah deu uma pequena cabeçada em reconhecimento desta afirmação. Ele poderia
adivinhar onde estavam parados outros neste assunto. Sua própria resistência à mudança rápida em
Belizair era conhecida. Mas pelos interesses de todos, não só do estilo de vida Vesti, Miciah se
obrigava a manter uma mentalidade aberta, a escutar os argumentos que seriam expostos por outros.
— Discutimos os méritos e as desvantagens de cada curso de ação, antes de iniciar a
votação e definir o curso a seguir?

Zoë sorriu enquanto caminhava através da sala de estar de Ariel. Era ampla, aberta, e
decorada com um estilo que só poderia ser etiquetado como uma coleção eclética entre o que se
encontra em um museu… De história natural, em vez de uma de arte ou cerâmica.
Flores e folhas imprensadas estavam metidas em placas de cristal, recordando os insetos
apanhados no âmbar. Rochas, grandes e pequenas, adornavam mesas e se agrupavam no chão.
Não pôde resistir a zombar dizendo:
— Estou contente de que pensasse de forma adequada, e não escolhesse amostras em potes
de formol como peças de decoração.
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Ariel riu.
— Me acredite, se eu o permitisse, isso aconteceria. Meu companheiro Vesti é um erudito
e cientista. Mas se visitasse o escritório de Komet, estaria tentada a chama-lo um acumulador de
cacarecos.
No arco de entrada à cozinha, Zoë se surpreendeu quando um movimento em um árvore da
altura de seu ombro chamou a atenção, e viu sentada ali, o que parecia uma versão em miniatura de
um esquilo voador… De cor verde em vez de cinza.
— Essa é Sabaska — Disse Kaylee, deixando o refrigerador do sorvete no balcão — É
algo chamado banzit. Komet a encontrou quando era só um bebê, mas não pôde encontrar a ninhada
a que pertencia. Algum dia poderá voltar a viver na selva. Até então, Komet e eu cuidamos dela e
tratamos de ensinar as coisas que deve saber.
Kaylee quadrou os ombros. Sua expressão se fez tão séria como a de uma professora.
— Em Belizair não se têm mascotes. Pode cuidar de animais que necessitam ajuda, ou que
não podem viver por sua conta, mas são vistos como um presente e uma responsabilidade, não
como uma posse.
— Tenho vontade de aprender tudo sobre a vida aqui — Disse Zoë, entrando em uma sala
que servia como cozinha e sala de jantar íntima.
Kaylee tirou tigelas e colheres, e os pôs sobre a mesa. Ariel pôs todas o potes de sorvete,
menos uma, em um compartimento integrado na parede.
— Não pode imaginar quão desesperadamente estive desejando isto — Disse ela, quando
todas se sentaram ao redor da pequena mesa — Quase me sinto culpada de não avisar às outras
mulheres humanas que tem sorvete no planeta. Mas tão logo o faça, parecerá como se uma praga de
lagostas houvesse passado por aqui… E não é que as culparia no mais mínimo. Eu mesma me
converteria em uma boa imitação de lagosta se alguém mais tivesse o sorvete.
— Ou um Big Mac. — Disse Kaylee, rindo — Virtualmente babava ontem à noite quando
contava a Zeraac sobre eles— Girou-se a Zoë, acrescentando — E a noite anterior, foi Kentucky
Fried Chicken11. Não muitas pessoas comem carne por aqui, sobre tudo de animais com asas. Além
disso, custa muito dinheiro. Eles não criam os animais para matá-los, e comparado com a Terra, não
há muitos Amato ou Vesti que pesquem ou cacem para viver.
Ariel abriu o pote para revelar o conteúdo, suave e achocolatado. Um suspiro escapou de
seus lábios e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela as limpou e enviou à Zoë um olhar de
desculpa.

11
Franquia de restaurantes de comida rápida especializada em frango frito.
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— Não me faça conta. É um efeito secundário de levar a nossos novos membros da
família.
— Membros da família? — Perguntou Zoë, tomando uma colher grande e enchendo um
recipiente de sorvete, para depois dar a Ariel.
— Mami vai ter gêmeos — Disse Kaylee, inclinando-se sobre a mesa em antecipação de
conseguir a seguinte tigela de sorvete — Todas as mulheres humanas que estão aqui os esperam.
Bom, exceto eu. E não decidi ter nem um só noivo até que seja muito mais velha. Os meninos aqui
são muito mandões.
Zoë e Ariel compartilharam um sorriso cúmplice.
— Um menino mandão, pode ser divertido às vezes — Brincou Ariel.
Kaylee fez rodar os olhos enquanto tomava a tigela de sorvete que Zoë empurrava para ela.
— Não acredito, mami.
Zoë encheu sua própria tigela e só considerou brevemente a quantidade de calorias. Com
tudo o que havia passado desde que despertou em sua própria cama, aconchegada entre Iden e
Miciah, não ia deixar que a preocupasse a oportunidade de ajudar a despachar um pote de sorvete…
O que era algo bom, considerando que quando Ariel, Kaylee e ela terminaram de falar de suas vidas
na Terra e como tinham acabado vindo a um mundo estranho, já foram pela metade do segundo
pote.
— Isto manterá meu estômago cheio por um momento — Disse Zoë, deixando sua colher e
quase caindo de seu assento quando recordou muito tarde que, para acomodar as asas, estes não
tinham respaldo.
Kaylee riu e disse
— Isso estava acostumado a acontecer a mami e a mim todo o tempo, até que finalmente
dissemos a Komet e Zeraac que ao menos algumas de nossas cadeiras deveriam estar feitas para os
humanos.
— Provavelmente terei que dizer o mesmo a Iden e Miciah — Disse Zoë, sua curiosidade
mais nova sobre o Belizair retornou — Há muitos seres humanos aqui?
Kaylee negou com a cabeça. Ariel disse:
— Quanto contaram Miciah e Iden?
— Não muito. Um homem, um Amato, esperava Iden no vestíbulo da câmara de
transporte. Depois, logo que saímos, um moço Vesti chegou com a convocatória para o Miciah.
Antes disso, nossa conversa foi limitada.
O olhar conhecedor de Ariel arrastou o rubor pela face de Zoë, e quando sentiu um toque
em sua mente, pareceu completamente natural abrir seus escudos mentais e escutar a brincadeira de
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Ariel, se alegre de que fossem chamados. Do contrário, poderiam ter passado várias semanas antes
que a deixassem sair da cama. Os homens aqui…
São o material de uma fantasia erótica? Completou Zoë.
Ariel escondeu um sorriso com uma colherada de sorvete. Fica ainda melhor quanto mais
tempo está com eles. O clã Araqiel, ao que pertence Komet, é aparentemente conhecido em todo o
universo pelos brinquedos eróticos que cria.
Zoë não precisava ser convencida. Nem sequer necessitava brinquedos, embora a imagem
de Miciah com as pernas abertas e algemado era mais deliciosa que o chocolate. Desejava estar com
Iden e Miciah de novo. Eles só tinham arranhado a superfície quando se tratava de suas fantasias…
Ou as deles.
Sua boceta se contraiu quando recordou a visão de fortes dedos masculinos ao redor de
pênis, quando tinham estado juntos na câmara de transporte, os do Iden em Miciah, e os de Miciah
em Iden. OH, sim, mal tinham começado a roçar as coisas que foram fazer juntos. Mas até então…
Forçou sua mente longe dos pensamentos carnais, recordando-se que, não só estava
desfrutando de chegar a conhecer Ariel e Kaylee, mas sim seria uma vergonha que desperdiçasse
esta oportunidade de aprender a respeito de seu novo mundo.
— Sinto muito, distraí-me por um minuto.
Ariel riu atrás de outra colherada de sorvete.
— É compreensível. Há muito para assimilar.
Zoë se negou resolutamente a pensar em pênis duros e grossos movendo-se
individualmente ou em conjunto. Franziu o cenho a maneira de brincadeira para o Ariel.
Não posso evitá-lo. É um efeito secundário da gravidez.
Duvido-o. Ficar grávida não é como a pergunta de: “O que foi primeiro, a galinha ou o
ovo?”.
Os cantos dos olhos do Ariel se enrugaram pela risada suprimida. Em voz alta disse:
— Gostaria de dar um passeio, agora que terminamos com o sorvete?
— Eu adoraria. E enquanto caminhamos posso as bombardear com perguntas.
A expressão de catedrática de Kaylee voltou.
— Mami e eu podemos te ensinar tudo o que precisa saber.
Ariel ficou de pé e pôs o resto do pote de sorvete no espaço do refrigerador. Kaylee seguiu
seu exemplo, ficando em pé para ocupar-se das tigelas e colheres.
— A gente não esbanja dinheiro aqui, como fazemos na Terra — Disse Kaylee — Essa é
uma diferença importante. E não há supermercados ou centros comerciais. Só há um mercado onde
vai comprar o que necessitar.
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— O que se usa como dinheiro?
— Sobre tudo usamos créditos. Mas não pode vê-los ou sustentá-los em suas mãos porque
não são reais, como as notas ou moedas. Um computador leva um seguimento deles. Uma vez que
possa escutar às pedras Ylan, e falar com elas, então sempre saberá quantos créditos tem para
gastar.
— Estou totalmente perdida — Confessou Zoë.
Kaylee franziu o cenho e caminhou para estar de pé diante de Zoë. A menina sustentava
um braço diante dela e tocou o bracelete que havia ali.
— Estas são as pedras Ylan. Não pode viver em Belizair sem elas. Nem sequer poderia
chegar aqui. É por isso que algumas das pedras dos pulsos de Miciah e Iden tiveram que passar aos
que eles lhe deram. De outra maneira, não teria podido cruzar o portal. Zeraac o chama: um planeta
completamente fechado. Só permite entrar às pessoas com genes Fallon, já que são quão únicos
podem sentir o enlace com as pedras Ylan.
Uma centena de perguntas assaltaram a mente de Zoë, ao mesmo tempo. Respirou fundo,
sabendo que a conversa poderia terminar indo em muitas direções diferentes, se deixava levar pelo
impulso de tentar entender cada novo conceito. Uma lembrança emergiu, de quase ouvir como
Miciah os tinha transportado do exterior da câmara de transporte à frente da residência de Ariel.
— O que quer dizer “falando com as pedras Ylan”?
Ariel disse:
— Poderia entendê-lo melhor se pensar nas pedras Ylan como organismos simbióticos.
Elas não estão vivas no sentido dos seres orgânicos, dotados de sentidos. Mas são mais que rochas,
e diferentes dos cristais nos que os médiuns da Terra têm uma fé absoluta. Inclusive os Amato e
Vesti não entendem por completo as pedras Ylan, embora as recolha e as estude é uma paixão que
compartilham ambas as culturas. Parece que seus usos são intermináveis, porque reagem ao
indivíduo que as usa. Há diferentes tipos delas, embora todas servem como fontes de energia e
poder, o que nós chamaríamos nano-computadores, integrados aos braceletes dos pulsos. Pode levar
um tempo, mas eventualmente se forma uma conexão mental com o que as está usando.
Fez uma careta e enrugou o nariz.
— Para mim foi um processo lento. Não podia escutar nada. Então, um dia, algo fez clique.
Dei-me conta de que a porta que dá ao exterior não se abria porque estivesse programada para fazê-
lo cada vez que estava diante dela, com vontades de sair, mas sim porque inconscientemente, tinha
enviado uma ordem. Uma vez que o fiz de maneira consciente, o vínculo tomou “vida” para mim.
Ariel puxou Kaylee contra ela e deu um beijo na parte superior da cabeça.
— Para minha brilhante filha, aconteceu muito mais rápido.
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Kaylee sorriu.
— Se não tivesse estado doente ou preocupada com vomitar devido aos bebês, teria-o
entendido antes, mami.
Ela levantou a face e obteve um segundo beijo, antes de sair do abraço de Ariel e dizer ao
Zoë:
— Quer experimentar algo? Talvez isso te ajude a escutar.
— Claro.
— Estenda os braços.
Zoë os estendeu.
As sobrancelhas de Kaylee se uniram quando viu os braceletes de borboleta.
— Miciah e Iden deram estas, também?
— Não, uma amiga da Terra o fez. Um buscador de ouro os encontrou quando estava
procurando este metal nas Serras.
— OH. Parecem-se com algo que vi antes — De maneira visível jogou de lado sua
curiosidade e levantou os braços para que estivessem paralelos aos de Zoë, com os braceletes de
seus pulsos a só uns centímetros de distância — Uma forma de saber a respeito de uma pessoa é
olhar seus braceletes. Vê o tigre de dentes de sabre dos meus?
— Sim.
— É o símbolo da casa do clã de Zeraac. O outro animal, uma espécie de unicórnio, é o
símbolo da de Komet. Mas um modo mais fácil de saber sobre uma pessoa é tocar seus braceletes
com os seus. Esse é o modo em que a gente se cumprimenta uma à outra neste lugar… Ainda
quando já se conhecerem. Vamos tentar para saber se pode ouvir quem sou.
— Está bem — Disse Zoë — Estará bem se fechar os olhos para poder me concentrar?
Kaylee assentiu de maneira solene.
— Faça-o. Mantenha tranquila, eu farei a saudação.
Zoë fechou os olhos, de forma automática seguiu o exemplo de Kaylee de roçar o
braceletes e agarrar os antebraços. Houve um murmúrio imediato, similar ao que tinha sentido na
câmara de transporte.
Desta vez, parecia mas bem uma chamada de atenção, mais que uma reação à energia. E
para demonstrar sua teoria, desapareceu-se, deixando o mesmo sentimento sussurrado de
conhecimento fora de seu alcance, como o tinha experimentado antes.
A compreensão chegou de repente à mente de Zoë nesse instante. O escudo que tinha
aprendido a erigir tão cedo em sua vida, com o fim de evitar sentir as emoções dos outros e ver seu
futuro, estava entre ela e as pedras Ylan.
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Com um pensamento, criou um vínculo mental como o que permitia comunicar-se de
mente a mente com Iden, Miciah e Ariel. Os dados chegaram a sua mente, não só das casas de clã
dos companheiros de Ariel, também sobre as de Iden e Miciah. Era a leitura de uma linhagem,
assim como a profissão e posição da moradia do clã… Uma informação computadorizada contínua,
até que Zoë finalmente se deu conta que seguiria até que ela o detivera.
Fechou o fluxo de dados com uma ordem mental e ficou com o que equivalia à piscada de
um cursor na tela, aparentemente à espera que ela perguntasse algo novo, ou redefinisse sua busca.
Era estranho, fascinante e estimulante ao mesmo tempo.
— Escutei-o — Disse, abrindo os olhos.
Como uma pequena professora, Kaylee a interrogou.
— Qual é o nome da casa do clã de Zeraac?
A resposta esteve ali, antes que Zoë pudesse formar a pergunta mentalmente.
— Gadreel.
O sorriso de Kaylee, fez que aparecesse outro na face de Zoë.
— Realmente escutou — Disse Kaylee — Tem créditos?
Zoë comprovou e se deu conta de que os tinha, embora não tinha nenhuma ideia do que
significavam em termos de poder aquisitivo.
— Sim.
Kaylee olhou a Ariel.
— Levemo-la ao mercado para lhe ensinar como comprar coisas.
Ariel pôs-se a rir.
— Não estou segura de que seus novos companheiros de vínculo nos agradeçam isso.
Zoë estendeu a mão e deu um puxão a uma mecha do cabelo de Kaylee.
— Não acredito que se zanguem por comprar algo especial a minha nova sobrinha, sobre
tudo porque têm que agradecer a ela por ter me encontrado.
— E à Senhora de Ouro — Disse Kaylee com voz séria. Levantou o olhar para o rosto de
sua mãe — Me acredite quando digo que ela às vezes me visita em sonhos, não é, mami?
Ariel deu um beijo.
— É obvio, pequena.
O alívio derreteu o humor sombrio de Kaylee, e o entusiasmo de uma criança se fez cargo.
— Podemos ir ao mercado agora?
— Sim.
Kaylee começou a dar saltos.
— Sei exatamente o que quero que Zoë me compre!
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Ariel deu um suspiro dramático e olhou a Zoë.
— Serviria de algo te pedir que não a mime?
— Provavelmente não.
— Está bem. Vamos.

CAPÍTULO 12

O mercado era um viveiro de atividade. Era um mercado de agricultura por uma parte, e
um bazar exótico por outra, cheio de cor, sons e aromas… E homens e mulheres alados. Mas se eles
eram um espetáculo incrível para ela, então, aparentemente a visão de três fêmeas humanas era
igualmente surpreendente para alguns deles… E para uns quantos, não desejada, se suas costas
giradas a toda pressa era alguma indicação.
A emoção destes seres se formou redemoinhos ao redor de Zoë, fazendo-a ficar rígida e
quase sugeriu retornar. Dita emoção roçou seus escudos mentais, mas não tentou penetrar neles.
Era uma mudança em seu talento psíquico o que tinha causado que sua consciência
aumentasse? Ou o resultado das pedras Ylan que usava e o mundo no que estavam, onde a
comunicação mente a mente era algo comum.
Provavelmente uma combinação de tudo, pensou Zoë. Havia um profundo poço de tristeza
aqui, de angústia e dor, as mesmas emoções que serviam de incentivo para seu dom.
O suor gotejou por suas costas, frio no calor seco do deserto de Winseka. As palmas de
suas mãos ficaram úmidas diante a perspectiva de tocar intencionadamente a alguém, com a ideia de
ver o que a esperava.
O nervosismo se formou redemoinhos em seu ventre junto com a antecipação, enquanto
pensava na profecia da adivinha, o brilho da esperança que tinha levado com ela durante anos…
Que algum dia seria capaz de usar seus dons psíquicos para ajudar a outros.
A primeira condição se cumpriu. Seu coração estava reclamado. Não havia nenhuma
dúvida a respeito. Como poderia havê-la quando podia sentir a intensidade que Miciah e Iden
sentiam por ela? Quando retornou seus sentimentos e acreditou com todo seu coração que o vínculo
de amor e a luxúria só se fariam mais fortes e mais profundos quanto mais tempo estivessem
juntos?
A segunda condição, que seus dois dons de empatia e o de visão se uniriam… Ela não
saberia até que… Os utilizasse.

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Uma mão tomou a sua, surpreendendo-a em seus pensamentos, e enviando um calafrio de
medo através dela. Fez uma careta, os velhos hábitos tardavam a morrer.
— Por aqui, Zoë — Disse Kaylee, levando-a para um posto que continha uma variedade de
instrumentos musicais.
— Por favor, não uma bateria — Murmurou Ariel só o suficiente alto para que Zoë
ouvisse-a.
Zoë riu.
— Posso ver como isso poderia me fazer muito impopular em sua casa.
— Este — Disse Kaylee, saltando e apontando para uma pequena tabua com cordas
estendidas através dela — É só um instrumento para principiantes, por isso não custa muitos
créditos.
Na Terra era conhecido como dulcémele12. A escolha surpreendeu Zoë.
Olhou para a proprietária do posto.
— Podemos tocar os instrumentos?
A jovem Vesti compartilhou um sorriso com o Kaylee antes de responder.
— É obvio.
Kaylee disse:
— Samara me ensinou como tocar o santur o outro dia, enquanto trabalhava aqui.
Assim como a escolha do instrumento surpreendeu Zoë, o nome o fez também.
— Assim os chamam no Iran e Iraque, também — Disse — A maioria da gente acredita
que este instrumento foi inventado na Pérsia faz aproximadamente dois mil anos.
Kaylee endireitou as costas, de uma maneira Zoë tinha chegado a reconhecer como sua
postura de catedrático.
— Ou talvez foi inventado aqui — Disse Kaylee — E levado a Terra pelos Fallon.
— Poderia ser — Concordou Zoë, com curiosidade sobre o Fallon, ao escutar seu nome de
novo, mas decidindo postergar a pergunta até que tivessem terminado de comprar o dulcémele.
Kaylee levantou os dois pequenos maços que havia ao lado do instrumento e tocou uma
melodia singela, golpeando as cordas.
— Esta é só uma das canções que já sei.
Zoë girou ligeiramente para chamar a atenção de Ariel.
— Qual é o veredicto? Terminarei como pessoa não grata se der de presente isto a Kaylee?
Ariel penteou com seus dedos o sedoso cabelo de Kaylee.

12
Instrumento de corda batida, antecessor do piano, mas em vez de teclas é golpeado por martelos ligeiros que
produzem um som vibrante, seco e metálico.
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— Falamos disto antes. Sabe que Komet, Zeraac e eu estamos de acordo em que, se quer
aprender a tocar um instrumento, terá que praticar cada dia sem que nós a recordemos isso, e tem
que usar parte de sua mesada para pagar as lições. Durante um ano completo, Kaylee. Depois,
poderá deixá-lo se quiser, mas não antes.
— Sei, mami. Vou praticar, prometo-o. Você nunca terá que me dizer que o faça.
— Está bem então. Pode ensinar ao Zoë como desprender-se de alguns dos créditos de
Miciah e Iden.
Separar-se dos créditos foi muito mais fácil que lutar com a cadeia de informação que a
tinha bombardeado quando Kaylee tinha ensinado a saudação de Belizair. Implicava convir um
preço, depois roçar um só bracelete com a do vendedor e transferir os recursos mentalmente.
Logo que Zoë completou o transação, Ariel fez os acertos para que Samara seguisse dando
lições de Kaylee. A moça Vesti se sentiu comovida e orgulhosa de que o pedissem. Convidou
Kaylee a ficar com ela enquanto vigiava o posto, para que pudessem começar a aprendizagem com
os nomes das diferentes cordas e deixar as coisas divertidas, como tocar canções, para suas aulas
oficiais.
Kaylee deu uma olhada daqui para lá, entre sua nova tia e seu novo instrumento musical,
tão claramente dividida, que Zoë não pôde evitar dar um abraço e um beijo.
— Você e eu teremos muito tempo para passá-lo juntas.
Kaylee devolveu o abraço e perguntou a Ariel
— Posso ficar com a Samara?
— Sim. Retornaremos para te buscar, ou um de seus pais o fará.
Deixaram Kaylee em sua lição de música e vagaram pelo mercado, fazendo pausas em
vários postos. Enquanto caminhavam, as emoções seguiram formando redemoinhos ao redor de
Zoë, intensas e frequentemente dolorosas, mas também cheias de esperança. Mais de uma vez,
surpreendeu a homens e mulheres olhando seu ventre, ou o de Ariel.
Suas expressões evidenciavam tal desejo, que Zoë não pôde ignorar a suspeita que se
formou em seu interior.
Não necessitou muito para confirmá-la, ao menos sua própria mente. Kaylee havia dito que
todas as mulheres humanas estavam grávidas. Olhando a seu redor, Zoë não encontrou mulheres
com bebês em seus braços. Havia meninos maiores no mercado, e alguns meninos pequenos, mas
não tantos como caberia esperar, dada a quantidade de pessoas que havia fazendo suas compras
diárias de mantimentos.
Zoë baixou seus escudos mentais, só o suficiente para tocar os pensamentos de Ariel. Eles
nos necessitam para ter filhos.
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Fallon Mates - 04
Os passos de Ariel vacilaram. Mordeu seu lábio inferior e assentiu ligeiramente. Sim. Mas
isso não significa que não possamos encontrar a felicidade e o amor aqui. Ao vê-la com o Miciah…
Confia em mim, sou muito feliz com Miciah e Iden.
Zoë sentiu e ouviu o suspiro de alívio de Ariel. E acrescentou com mais confiança, Este é
exatamente o lugar onde estou destinada a estar.
Disso, estava absolutamente segura. Iden e Miciah não eram responsáveis por seus sonhos
a respeito deles antes de conhecê-los. E embora eles puderam ter chegado à Terra com a ideia de
tomar uma companheira humana e ter filhos, a conexão entre eles era muito mais que tido isso.
Certo, foder estava muito presente em suas mentes, todas suas mentes, mas estava bastante segura
de que não era um fim em si mesmo.
Sempre trouxeram seres humanos a aqui? Perguntou.
Não. Um vírus biogenético foi liberado sobre Belizair. Foi criado por uma raça
alienígena conhecida como os Hotaling. Ao parecer, queriam apoderar-se das pedras Ylan, bem
seja mediante a eliminação de todos os habitantes deste planeta, ou mantendo a ameaça de
extinção sobre suas cabeças para obter um acordo e conseguir as pedras. Alguns morreram
quando o vírus atacou, sobre tudo os fracos e velhos. Mas o impacto mais devastador, foi que
causou abortos espontâneos e deixou às mulheres incapazes de conceber. Até agora, a única
solução que os cientistas do Conselho que foram capazes de encontrar, é emparelhar a um varão
Amato e a outro Vesti com uma mulher humana que porte a sequência genética dos Fallon… O
antepassado que compartilhamos. Há algo nessa combinação, um casal geneticamente compatível
mais um homem da outra raça, que termina em gravidez.
E todas as mulheres levam gêmeos, disse Zoë, recordando o comentário do Kaylee na
cozinha.
Sim.
Um Vesti e um Amato? Adivinhou Zoë.
— Os cientistas não estão seguros — Respondeu Ariel, sua resposta verbal fez Zoë saber
que o tema podia ser discutido abertamente — Saberemos a resposta a essa pergunta muito em
breve. Espera-se que Cyan fique de parto em qualquer momento.
— Importa-se se nos sentamos? — Perguntou Zoë, indicando um banco vazio entre duas
árvores finas em floração, o suficientemente longe do tráfico de pessoas para permitir conversar
sobre privado.
— Um descanso me parece bem. A subida do açúcar do sorvete já passou. Agora, só quero
me enroscar e dormir — Ariel sorriu — Ou talvez ir a casa e tomar outra tigela.
Zoë sacudiu a cabeça.
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— Se consumir outra…
Um pensamento ocorreu então, quando recordou a conversa que tinha deixado passar na
câmara de transporte, sobre o ser capaz de voltar para a Terra.
Certo, transportar-se para o cânions no que tinha estado e conduzir de ida e volta à por
sorvete seria chato, mas Ariel e Kaylee tinham vindo de São Francisco.
— Por que não pode alguém ir à Terra a trazer um Big Mac ou uma comida de Kentucky
Fried Chicken quando gostar?
— Ir à Terra está proibido, exceto para aqueles aos que concedeu permissão,
principalmente os cientistas do Conselho e os caçadores de recompensas destinados a ali, mais os
homens que foram emparelhados com uma humana. Inclusive para eles, a viagem de ida e volta é
limitada, já que isso drena a energia das pedras Ylan da câmara. Elas se recarregam de maneira
natural, mas quanto mais se usam, mais tempo precisam para ser renovadas. O mesmo acontece
com as pedras dos braceletes de pulsos quando se utilizam para mover-se entre dois lugares. Nossa
felicidade realmente é importante para eles. Komet e Zeraac pensam que as regras trocarão com o
tempo, e algum dia permitirá a quão humanos fomos trazidos aqui ir visitar a Terra, enquanto não
haja nenhum impacto devido à tecnologia ou se influa em um mundo menos avançado que este. É
por isso que as leis foram passadas em primeiro lugar.
A mão de Ariel se instalou em seu ventre. Sua voz comunicava uma grande quantidade de
amor.
— Estes meninos são um milagre, não só para Komet, Zeraac e para mim, e sim para o
planeta. Nossos gêmeos, e os que levam as outras mulheres humanas, poderiam ser a única
esperança que os Vesti e Amato têm para evitar a extinção. Quando entende quão importantes são e
a tendência que criam nos homens a ser muito protetores e possessivos, compreenderá que isso não
contribui a um alta probabilidade de poder acumular pontos de viajante frequente… Inclusive se
não estivesse contra a lei.
Ao Zoë não era difícil acreditá-lo. E embora não aceitava com a mesma facilidade que
Ariel, o fato de não voltar para a Terra, haveria um montão de tempo para brigar essa batalha mais
adiante, logo depois de ter explorado este mundo.
— Provavelmente há outra coisa que deveria mencionar — Disse Ariel — O controle de
natalidade aqui basicamente se limita à abstinência ou ao coitus interruptus — Ela soprou —
Qualquer dos quais, posso te garantir, que não vai ser utilizado por ninguém em um trio vinculado.
Zoë pensou brevemente em sua bolsa, ainda na cozinha de Ariel, e as pílulas “de
emergência” que levava como precaução, em caso de que decidisse ser espontânea e deixar
estacionada a autocasa enquanto partia de viaje no carro.
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— Outros métodos de controle de natalidade estão proibidos, ou simplesmente não
funcionam? — Perguntou, querendo assegurar-se que entendia por completo a declaração de Ariel.
Ariel deu um toque suave às pedras Ylan de seus próprios braceletes.
— Não funcionam. É um dos motivos pelos que te disse que pensasse nas pedras como
“organismos simbióticos”. É um termo mais exato que pedra.
A preocupação virtualmente irradiava de Ariel. Zoë podia adivinhar sua causa, dada a
alegria evidente de Ariel por estar grávida. Alargou sua mão e tomou a de sua irmã, resultando
incrivelmente fácil pensar no Ariel dessa maneira.
Deu um abraço de consolo.
— Obrigado por estar disposta a falar abertamente. Prefiro conhecer os fatos desde o
começo, em vez de ser surpreendida por eles mais tarde. Nada do que me disse me faz lamentar ter
dito que sim a Miciah e Iden.
Ariel soltou um suspiro. A mão sobre seu ventre se elevou para secar seus olhos.
Zoë deixou escapar um gemido dramático e brincou.
— Não vai se pôr a chorar, não é?
— Os hormônios — Disse Ariel — Este é a verdadeira razão pela que posso aparecer em
público sem um de meus companheiros. Para eles está sendo difícil dirigir esta parte de minha
gravidez. Dentro de um mês mais ou menos isto deveria parar, ao menos assim foi quando estava
grávida de Kaylee.
Zoë olhou a seu redor e viu muitas mulheres, sós ou em grupos, sem um homem rondando
perto. Mas em vez de deixar para depois o que poderia ser uma surpresa desagradável, perguntou
— O que quer dizer com: aparecer em público sem um de seus companheiros?
Ariel soprou e pôs-se a rir.
— Não é o que está pensando. Os homens e as mulheres têm os mesmos direitos aqui. É só
que nem Komet nem Zeraac pensavam que terminariam sendo parte de um vínculo, e muito menos
com uma humana que imediatamente ficasse grávida. Por isso ainda estão em um estado de ânimo
ultra possessivo, super protetor e do tipo: não posso acreditar ser tão afortunado. Para falar a
verdade, a exceção dos momentos nos que isto me deixa louca, adoro essa parte deles. E em
realidade, estão melhorando em suas tentativas de não me curvar. Neste momento, Zeraac está
recebendo uma conferência de Kaylee sobre que corda é cada uma das que tem seu novo santur, e
Komet está folheando as verduras de uma loja um par de filas mais à frente, tentando decidir o que
fazer para jantar, dado que é seu turno de cozinhar.
Pensando nas costas que se giraram rapidamente quando as viram o chegar ao mercado,
Zoë perguntou:
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— Estão preocupados de que algo possa ocorrer a você ou a Kaylee? Não todos podem
estar contentes de trazer seres humanos a este lugar.
— Aqui há muito pouca delinquência. Como poderá imaginar, a capacidade de comunicar-
se telepaticamente dá um novo giro a mentir em uma prova no detector de mentiras e a coleta de
testemunhos — Ariel ficou pensativa — Houve um desafio ao vínculo que tenho com Zeraac e
Komet, quase logo que cheguei. Isto ocorreu, devido a uma ofensa pessoal entre Zeraac e uma ex-
amante, embora tomasse a forma de um desafio legal. Durante o transcurso do mesmo, e depois,
quando Zantara me buscou para pedir perdão por suas ações, nunca senti nenhum prejuízo ou ódio
por ser humano. Mas não sei como se sente a maioria da gente de Belizair sobre trazer mulheres
humanas. Eu assumi… Mas isso é sempre um engano, não? Em muitos sentidos, minha vida aqui
foi como viver em uma ilha.
Zoë esfregou as pontas de seus dedos sobre as pedras Ylan, como o céu noturno, de seus
braceletes. Uma última pergunta, e então deixaria o tema.
— Komet e Zeraac sabem onde estão você e Kaylee devido aos braceletes, ou por seu
vínculo mental?
A pele dos cantos dos olhos de Ariel se enrugou em diversão, como se apesar de ter se
conhecido tão brevemente, ela pudesse adivinhar o motivo da pergunta do Zoë.
— Não há nenhum satélite de localização sobre Belizair, utilizando algum dispositivo de
rastreamento incorporado nas companheiras potencialmente turbulentas. Os Vesti podem encontrar
a sua companheira, mas é sobre tudo por um enfoque sensorial mediante um soro que injetam em
sua mordida. Funciona como um rastreador, dirigindo-o para ela, como em um jogo de “frio, fresco,
quente, muito quente” quando indica o rastro de uma companheira, ou ao menos é o que me
contaram. O vínculo de união realmente proporciona uma reação sutil em termos de bem-estar.
Inclusive quando meus pensamentos são deliberadamente fechados aos de Komet e Zeraac, ou
estamos separados por um pouco de distância, ainda podem enviar o equivalente a um som
metálico, como o de um sino, que é o que eles fizeram no instante que descobriram que Kaylee e eu
não estávamos em casa. Senti-o e respondi — Seu sorriso se alargou — Essa é uma das coisas que
realmente eu adoro de viver aqui. É tão fácil responder perguntas enviando uma imagem ou um
fragmento de cor…
— A que distância tem que estar para que não possam tocar suas mentes com a sua? —
Perguntou Zoë, tentando manter os dedos longe de seu ombro, e não fazer caso ao calor em seu
ventre que tinha causado a menção da mordida.
— Agora mesmo? Acredito que um par de quadras. Com o tempo poderia ampliar-se. Ou
não. Aparentemente as distâncias variam amplamente, embora em geral, o núcleo da família, os
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companheiros de vínculo e seus filhos, têm um alcance maior quando se trata de comunicação
telepática.
Zoë se sentiu tentada a tentar alcançar Iden e Miciah, só para ver se estavam o
suficientemente perto para tocar-se mentalmente.
Não o fez, só porque era muito fácil recordar o rosto angustiado do Amato que esperava
Iden, e a batalha interna de Miciah por deixá-la em outro lugar que não eram seus quartos. Podia
imaginar facilmente quais seriam suas reações, se davam conta que estava em um espaço aberto, à
vista de outros homens.
Recostou-se contra a árvore no final do banco, absorvendo o calor e o aroma exótico das
flores, o deserto e a comida do mercado. Enquanto não pensasse no fato deter os seios nus, estava
bem com tudo o que via. Sempre tinha gostado da sensação dos raios de sol em seus seios e em suas
nádegas nuas quando tinha levado pouco mais que uma tanga na praia.
— Se formos fazer isto com frequência, teremos que exercer pressão para ter bancos com
respaldo e talvez algo com um agradável acolchoado.
— Excelente ideia.
Os momentos de ouro de uma relaxação perfeita duraram até que uma mulher Vesti
reclamou um assento sob uma árvore próxima. Estava de costas a ela, o chocolate escuro da cor de
suas asas, era só um tom ligeiramente mais profundo que o de sua pele.
Sua postura não dava nenhum indício da natureza de seus pensamentos. Nem se estremecia
de dor, nem vibrava com sentimentos que mal mantinha sob controle.
E entretanto, um raio de gelo deslizou através de Zoë, cortando a respiração por um
instante.
Com uma certeza que antes sempre tinha chegado através de um contato acidental, soube
que dentro desta mulher Vesti, uma dor emocional ardente tinha sido seguido pelo intumescimento
gelado e a estranha calma que frequentemente precediam ao suicídio.
Este é, pensou Zoë, dando uma olhada para baixo e apertando ligeiramente suas mãos. Este
é o momento da verdade.
De algum jeito, imaginou-se estar mais preparada para isso. Que isto ocorresse depois de
ter vivido algum tempo em Belizair, ou descobrir que a adivinha tinha estado certa, com o toque
casual da mão de alguém em vez de uma escolha consciente e voluntária.
A perspectiva de caminhar para a mulher Vesti fez que a boca de Zoë se secasse.
Tocou com a ponta dos dedos a parte posterior da mão de Ariel, e se deu conta
imediatamente de que esse era um ato subconsciente, fazendo uma prova.
Os olhos do Ariel se abriram e o rubor subiu suas bochechas.
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— Sinto muito. Não pensei que dormitaria diante de voc. Em um momento, estava
descansando os olhos e pensando em bancos acolchoados, e no seguinte aparentemente tomei uma
sesta.
Zoë roçou a mente de Ariel. Tenho que falar com a mulher que está sentada ali.
Por que? A expressão perplexa de Ariel se emparelhava com sua voz mental.
A negação, se por acaso as coisas saíam mal, era o melhor que Zoë podia fazer por sua
irmã recém descoberta. Não tinha ideia do que ia acontecer quando tentasse utilizar seu dom. Não
tinha ideia do que a gente deste mundo pensava sobre tais coisas, e agora era muito tarde para
perguntar. Contarei isso depois.
A curiosidade substituiu à perplexidade de Ariel. Virtualmente chispava por seu vínculo
mental. Quer que fique aqui ou vá com você?
Fique.
Está bem. Mas não pense que vou te deixar escapar sem umas resposta. Um par de dias
de estar sem o fornecimento de sorvete de chocolate e rogará para me contar todos seus segredos.
Zoë riu. Seus dedos se curvaram ao redor dos de Ariel em um apertão rápido e depois a
libertou. Já adorava ter uma irmã.
Antes de perder a coragem, ou que o tempo se esgotasse e Miciah ou Iden chegassem a
cena, Zoë ficou de pé e caminhou para onde a mulher Vesti estava sentada. Não havia maneira fácil
de fazê-lo, mas em vez de hesitar, Zoë reclamou um lugar no banco junto à mulher.
Gerou-se para a Vesti, e estendeu ambos os braços na saudação tradicional que Kaylee
tinha ensinado antes.
— Sou Zoë.
— Sou Acácia.

CAPÍTULO 13

Zoë não pôde evitar esticar-se quando envolveram os dedos ao redor do antebraço da outra,
permitindo que os braceletes se tocassem. Não estava segura se as mesmas regras se aplicavam,
como antes, se precisava tocar suas mãos com o fim de ver seu futuro.
A opressão de seu peito se soltou quando em vez de ser sacudida com força por uma cena
de visões ou um bombardeio de emoções, só houve um fluxo de dados sobre relações familiares e a
casa de seu clã.

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Acácia usava dois braceletes em cada pulso, um colocado no momento de seu nascimento,
e outro quando se vinculou a seu companheiro, e algumas das pedras Ylan dele migraram para
encher o bracelete nesse momento. Zoë não podia dizer de que bracelete se originava a informação
que recebeu, mas entre a litania dos relacionados com Acácia e seu companheiro, reconheceu o
nome de Lyan, de algum jeito relacionado com Ariel através de seu companheiro Amato, Zeraac.
O fluxo de dados cessou, e Zoë não teve tempo para preparar-se enquanto se inundava em
um desespero gelado, tão completamente que tirou o fôlego e fez que seu mundo se voltasse negro.
Não havia nada a seu redor, nada frente a ela. Era mais intenso que algo que jamais tivesse
experimentado, tão inconcebível que atacou seu coração, ameaçando extinguindo a chama de suas
esperanças e sonhos pessoais.
Para auto preservar-se, Zoë lutou contra as ondas frias de escuridão. Uma parte dela se deu
conta que um vínculo mental se formou, e que Acácia era incapaz de fechá-lo.
Em vez de recorrer a sua força para construir um escudo entre elas, Zoë usou as bordas
frias da dor de Acácia para atravessar a agonia de seu desespero. Procurou algo bom no futuro que
pudesse oferecer à mulher Vesti, e ao fazê-lo, sentiu entrelaçar-se seus dois dons, o instante quando
se converteram no que a adivinha tinha profetizado… A empatia para encontrar aqueles que mais a
necessitavam, e a visão para dar uma razão para lutar contra o desespero sombrio e vivo.
Das trevas chegou uma visão. Formou-se árvore por árvore em uma selva, similar às da
Terra. Um estreito atalho a chamava, e Zoë não pôde evitar dar um passo para este, mais do que
podia evitar ver o que a esperava.
Desta vez, foi o fluxo dos pensamentos de Zoë os que dirigiram, não o puxão das emoções
de Acácia, embora sua relação mental permanecia em seu lugar.
Zoë pensou que estava na região da selva que Miciah representava. Mas então, uma mulher
humana passou correndo por diante, com terror em sua face, e um momento depois, três
guerrilheiros apareceram armados com metralhadoras e facões já ensanguentados. Mas em vez de
seguir o destino da mulher, a visão levou Zoë ao profundo da selva, a um pequeno povoado, e o
açougue que ficou ali.
Os guerrilheiros rondavam, rindo e fumando, comendo e bebendo entre os corpos
espalhados. Homens. Meninos. Mulheres. Muitos violados antes de ser assassinados.
A cena era horrível e dolorosa, embora familiar a partir de ter sido narrada e reproduzida
nas notícias. Era a consequência da guerra, o resultado final de séculos de genocídio e corrupção,
avareza e ódio na África.

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A fúria e a compaixão golpearam Zoë, pela incapacidade de poder fazer algo, trocar algo.
A confusão e a frustração a seguiram ao não entender que conexão tinha isto com Acácia, como
poderia isto oferecer uma esperança para que substituíra ao desespero da mulher Vesti.
Podia sentir o horror e asco de Acácia, sua luta para fechar sua mente a de Zoë.
E Zoë teria se afastado de boa vontade da cena, e do conhecimento do que havia passado
ali, se tivesse podido fazê-lo.
Em vez disso, viu-se impulsionada para o povoado, e depois através dele, por um estreito
atalho. Um menino, de não mais de nove ou dez anos, jazia de barriga para baixo, morto onde o
caminho se curvava e o povoado desaparecia da vista. Mais à frente havia outro menino, ainda mais
jovem. Ambos tinham recebido disparos nas costas enquanto tentavam escapar dos guerrilheiros,
que tinham chegado para converter os últimos minutos de sua curta vida em um pesadelo cheio de
terror.
Um homem Vesti apareceu então, no caminho entre o primeiro e o segundo menino.
O choque golpeou Zoë, ressoando ao longo da conexão mental que a ligava a Acácia,
embora a reação da mulher Vesti foi mais intensa.
Os fios cinza do cabelo do homem caíam por seus ombros. E ainda estando de perfil, Zoë
viu que sua face estava envolta na tristeza, a dor acrescentava peso a sua idade.
O homem caminhou para frente e separou a densa folhagem, revelando uma menina
pequena de cócoras, manchada e tremula, com a face molhada pelas lágrimas.
A menina permanecia inconsciente a sua presença, embora estremecia pelo som dos
disparos, seguido da risada estridente dos guerrilheiros no povoado.
O homem voltou a cabeça. Seu olhar se dirigiu para o de Zoë e seus olhos se encontraram e
mantiveram o contato, como se os dois existissem no mesmo plano. Sem uma palavra entendeu o
porquê… Para salvar essa menina e dar a Acácia uma razão para viver.
Ele se ajoelhou e tocou os braceletes nos pulsos da menina. Com a ponta de seus
indicadores riscou o desenho esculpido em uma mensagem para Acácia.
Uma piscada, Zoë sentiu que se forjava um bloco entre sua mente e a de Acácia. E então
viu o como, à medida que a velhice do homem dava passo à juventude, e as asas de morcego se
converteram nas asas azuis e negras iridescentes de uma borboleta, convertendo-o em um ser
diretamente saído de um conto de fadas, que ficou de pé diante dela durante um instante, antes que
ele e a visão se dissolvessem, e ela ficasse em um banco, sob um céu com dois sóis, com os
braceletes de seus pulsos tocando os de Acácia.
Uma determinação feroz golpeou Zoë, quando a conexão se abriu de novo.

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Temos que ir, disse Acácia, Por favor. É a vontade do Deus. Ele caminha em seu mundo
agora, mas nos alcança em nosso momento de necessidade, te usando como seu enlace.
O coração do Zoë retumbou em seu peito. O Deus?
Os dedos de Acácia se apertaram dolorosamente sobre os antebraços de Zoë.
Devemos ir. Agora. Ou será muito tarde. Por favor. Rogo isso.
O próprio sentido da oportunidade de Zoë estava enviesado, mas a urgência de Acácia
ressoava como uma verdade em seu interior. Não sei como chegar à Terra, disse Zoë, confiando em
ser capaz de encontrar à menina uma vez que estivesse ali, de outra maneira, não haveria nenhuma
razão para a visão.
Eu sim. Uma vacilação seguiu, mas logo admitiu. O que te peço está contra nossas leis.
Seus companheiros não podem saber o que estamos a ponto de fazer. Eles não poderão saber o que
temos feito uma vez que voltemos.
O estômago de Zoë estremeceu e esticou diante a ideia de manter um segredo tão
importante de Iden e Miciah. Mas, não fazer nada? A bílis subiu a sua garganta ao pensar na
pequena menina sendo encontrada pelos guerrilheiros, um destino pior que ser deixada para morrer
sozinha na selva. Não poderia viver com ela mesma se desse as costas, não só pela menina e a
Acácia, mas sim por única coisa que havia passado a vida desejando, poder pôr seus dons psíquicos
em funcionamento e conseguir trocar algo.
Serão responsabilizados por minhas ações?
Acácia sacudiu rapidamente a cabeça. Não se não souberem delas. Soltou os antebraços de
Zoë para poder estreitar suas mãos. Posso nos mover diretamente à câmara de transporte.
Me deixe lhe dizer a minha irmã que vou.
Acácia se esticou. Zoë disse, Nos leve a câmara logo que te diga que está bem fazê-lo.
Zoë tocou a mente de Ariel mantendo aberta sua conexão com Acácia. Manteve leve o tom
de sua voz mental quando disse, A risco de ser separada do sorvete de chocolate, tenho que te
deixar por um momento. De acordo?

Chegaram muito perto do lugar onde o adolescente Vesti tinha interceptado a Miciah.
— Vou ver se alguém está esperando antes de entrar — Disse Acácia, soltando as mãos de
Zoë.

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Correu para a passarela de cristal, enviando uma ordem diante dela para a parede, para que
se separasse e formasse uma entrada, antes que tivesse chegado ao edifício. Olhou rapidamente o
interior e fez um sinal, e Zoë se apressou a unir-se a ela.
A culpa assaltou Zoë ao passar através da câmara externa e entrar na que continha a cama.
Sua mente estava bloqueada para Iden e Miciah, mas recordou facilmente a profundidade de seu
compromisso, as palavras sinceras que haviam dito mais de uma vez. É nossa vida. Nossa
esperança.
Mas a menina era a esperança de Acácia, disse Zoë. E nada vai ocorrer nos.
Ainda assim, não pôde reprimir um calafrio quando a assaltaram as imagens de violação e
assassinato de um povo sacrificado em uma atroz violência sem sentido, enquanto Acácia dizia
— Estou familiarizada com seu mundo já que alguns de meus familiares servem ali. Que
continente?
— África.
Zoë sentiu um impulso de energia quando o portal ganhou vida. Esta zumbiu através dos
braceletes de seus pulsos. E desta vez, Zoë era consciente das pedras Ylan coloridas do céu da noite,
assim como das próprias, azuis com raias negras, extraindo poder dos cristais, preparando-se para a
transmutação que precedia ao transporte.
Em torno delas as pedras se acenderam em uma sequência de cor. Pulsando mais e mais
rápido em um surrealista efeito estroboscópio de luz que durou menos de um segundo, enquanto
faziam o salto de um mundo a outro.
Não nos arriscaremos a sair da câmara pelo risco de ser descobertas pelos caçadores de
recompensas encomendados a resguardá-la, disse Acácia. Por volta de aonde vamos agora?
O medo de Acácia e sua preocupação se precipitaram sobre Zoë, junto com um
desesperado sentido de urgência. Durante um instante o pânico a atravessou. Nem sequer sabia
como mover-se entre dois lugares ou fazer funcionar o portal, como ia a… Respirou fundo, detendo
seu pessimismo. Tranquilizou sua mente, confiando em que a resposta à pergunta de Acácia viria a
ela.
E assim foi.
Não havia nenhuma maneira de demonstrá-lo, mas Zoë estava segura de que o
conhecimento chegava através dos braceletes de borboleta e se filtrava pelos braceletes que Iden e
Miciah tinham dado. Compartilhou as coordenadas com Acácia e perguntou, Seremos capazes de
retornar aqui?

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T 118
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A mão de Acácia rodeou o pulso de Zoë, cobrindo seus braceletes. O toque fez Zoë
consciente de que ambas estavam de pé, com os seios nus, em umas calças parecidas com os de um
harém, e que Acácia parecia totalmente humana.
Sim, disse Acácia. Os Vesti chamam as pedras Ylan que seus companheiros de vínculo
deram: “As Estrelas do Viajante”. A maioria estariam drenadas de energia se usassem para
transportar-se a uma distância tão grande, mas não as suas. Elas nos permitirão facilmente
recuperar à menina e voltar para a câmara.
Está bem.
A palavra serviu como um sinal, igual ao tinha feito quando Zoë falou com o Ariel. Em um
abrir e fechar de olhos estavam na selva, sua chegada súbita provocou os gritos de advertência de
macacos e aves.
Diante delas, no atalho, estavam os meninos mortos. Acácia se adiantou, com lágrimas em
seus olhos, ao ver com seus próprios olhos a realidade, o definitivo de suas mortes.
Zoë se apressou atrás dela, com o coração trovejando em seu peito, a adrenalina
bombeando em seu sistema diante a possibilidade de que as chamadas de alarme da selva atraíssem
os homens armados com metralhadoras e com más intenções.
Seu medo cresceu quando Acácia alcançou o ponto onde o Vesti alado tinha separado a
folhagem para revelar à menina.
Um guerrilheiro apareceu, e sorriu amplamente diante a perspectiva as violar e as
assassinar.
E morreu com esses pensamentos.
Em um momento estava de pé ali. E no seguinte se foi.
Zoë não teria sido capaz de processá-lo absolutamente, se já não tivesse formado uma
conexão mental com os nano-computadores dos braceletes de seus pulsos.
Em algum nível interno tinha estado a par da energia reunindo-se e condensando-se nelas.
Tinha assumido que estavam preparando para a viagem de volta à câmara. Agora sabia que tinha
sido em reação à presença de perigo, preparando-se para converter-se em uma arma capaz de enviar
uma rajada de energia pura.
Tinham sido os braceletes de Acácia, a ordem da mulher era o que tinha reduzido o
sorridente guerrilheiro a partículas tão pequenas, que não poderiam ser vistas sob um
microscópio… Porque Acácia sabia como e estava mais perto, seus braços já se elevaram. Ela só
tinha tido que girar ligeiramente para que suas mãos apontassem a seu possível agressor.
Tendo sido testemunha disso, Zoë poderia fazê-lo se fosse necessário. A informação que
chegava de seu pulso disse como, e advertiu que as pedras Ylan não o permitiriam em Belizair.
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Moveu-se para situar-se ao lado de Acácia. Um nó cresceu em sua garganta ao conter as
lágrimas pelos dois meninos cujas mortes já não podiam evitar. Seu coração se apertou quando
Acácia tomou à menina contra seu peito, com cuidado de não permitir que a última visão de seu
mundo, fosse uma de horror.
A menina se agarrou a ela, reconhecendo a segurança. Acácia agarrou a mão do Zoë.
Com suas mentes unidas, e sua atenção centrada nesta ocasião, Zoë viu como foi dada a
ordem de transportar-se de um lugar a outro. Sentiu a onda de energia, o poder reunido nos
braceletes de seus pulsos para servir como uma arma, transformou-se para ter outro uso enquanto se
transportavam para a câmara.
Um homem esperava ali. Era moreno e bonito… Com o cenho franzido ferozmente em um
instante, e ao parecer extremamente surpreso no seguinte. Seus olhos aumentaram e seus lábios se
separaram. Piscou várias vezes e depois tocou seu peito com as pontas de seus dedos, apertando e
esfregando o ponto sobre seu coração.
Seu olhar se mudava continuamente, fazendo um circuito contínuo.
Zoë. A menina. Acácia.
Zoë. A menina. Acácia.
Até que finalmente sua voz e seus pensamentos conseguiram reunir-se, e disse:
— Está completamente louca, Acácia? Busca que a desterrem de Belizair? Vir aqui sem
permissão. Trazer com você uma companheira de vínculo humana.
Seus olhos caíram sobre a pequena menina.
— Há…
— Salve a vida de uma menina, Thaden — Disse Acácia.
Ele permaneceu completamente imóvel.
— Me diga que não pretende retornar o Belizair com ela.
— O Deus o deseja.
Thaden deixou de lado sua resposta com um movimento de seu braço.
— Agora sei que o desespero esmagante das mulheres de nosso mundo te conduziu mais à
frente do pensamento racional. O Deus dos Vesti provavelmente já não recorda sua criação de
Belizair. Ele caminha entre aqueles aos que deu vida para que possam tomar suas próprias decisões.
Já sabe.
— Ele não nos esqueceu. Em nossos momentos de necessidade nos estende sua mão.
Enviou uma resposta para alguns de nós com a chegada de Zoë. Demonstrarei- isso.
Como o laço mental permanecia aberto, Zoë viu a transferência da visão.

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Fallon Mates - 04
Sentiu a surpresa de Thaden, não só diante a visão da imagem do varão Vesti, mas também
ao saber que Iden e Miciah eram os companheiros de vínculo de Zoë. Ela soube que ele era primo
de Acácia, um caçador de recompensas que estava na Terra para proteger um cientista ao que tinha
dado permissão para investigar ali.
Foi pura casualidade que estivesse o bastante perto para que os braceletes de seus pulsos o
advertissem da chegada de Acácia, devido a seu parentesco. E mais afortunado ainda que o homem
ao que protegia, e o que tinha sido encomendado a cuidar o portal, estivessem juntos e tão
profundamente absortos em algo parecido a um xadrez, que chamou Fett, por isso foi fácil para
Thaden esperar a volta de Acácia à câmara de transporte.
Estava visivelmente afetado pela revelação.
— Isto causará problemas em Belizair. Mais dos que já se aproximam.
Seu olhar rápido em direção a Zoë aumentou sua certeza de que não todo mundo estava
emocionado pela presença de mulheres humanas em seu mundo.
— Nada do que diga mudará minha opinião — Disse Acácia.
Thaden passou os dedos através de seu cabelo e puxou. Exalou um comprido suspiro.
— Não me interporei em seu caminho. Mas seria melhor se as notícias disto não saíssem à
luz, ao menos não imediatamente. Alguns exigiriam que fosse sancionada, de forma rápida. E
muitos outros exigiriam que permita vir à Terra e fazer o que você tem feito. Seria uma situação
insustentável para o Conselho. Não teriam outra opção, salvo te castigar com o desterro ou te afastar
da menina, devolvendo-a a este mundo, até que possam deliberar sobre que curso de ação seguirão
no futuro.
— Zoë já prometeu guardar o segredo diante seus companheiros.
O nó que se formou no estômago de Zoë ao escutar as possíveis consequências, apertou-se.
Odiava a necessidade de manter o segredo, odiava estar rasgada entre o desejo de manter Miciah e
Iden seguros em sua ignorância, e seu desejo de compartilhá-lo tudo com eles.
— Os ocultarei, no momento — Disse ela, em voz alta, precisando dizê-lo para aceitar que
era necessário — Mas não poderei fazê-lo por muito tempo.
Acácia assentiu de maneira solene.

— No momento. Para que o Deus possa oferecer esperança a outros, e ao fazê-lo, pôr as
sementes da mudança e dar uma oportunidade de ganhar raízes, em uma cultura que viu muito
pouco disso, até que o vírus atacou.
Thaden deu um passo adiante, pondo um braço ao redor de Acácia e a menina.

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— Voltarei para meu trabalho. Não fiquem aqui — Deu um abraço, e depois surpreendeu
Zoë ao dar um também, antes de desaparecer.
Murmurando docemente à menina, Acácia se ajoelhou e tratou de deixá-la no chão. Ao
princípio se agarrou a ela, desesperada por permanecer na segurança de seu abraço, mas finalmente
ficou de pé, embora suas mãos agarraram em punhos o tecido da calça de Acácia.
A mulher tocou com seus braceletes os braceletes da menina.
Os nervos de Zoë se estenderam e vibraram quando não aconteceu nada.
Equivocaram-se depois de tudo? Devia acácia ficar a viver aqui? Ou só tinha que tomar
parte na salvação de uma vida, de maneira que pudesse ver seu próprio valor nisso?
E se a menina não era uma descendente dos Fallon? E se as pedras Ylan…?
Uma pequena parte delas deixou os braceletes dos pulsos de Acácia, como se estivessem
derretendo-se para encher o padrão tribal gravado nos braceletes que a menina usava.
Quando terminou, Acácia ofereceu os braços abertos, e a menina se precipitou neles.
Ficando de pé, Acácia disse:
— Da câmara do portal em Belizair, levarei-nos diretamente a minha casa. Está na beira do
deserto, o que ajudará a cobrir sua ausência.
Zoë relaxou. Uma pequena distância, um pouquinho de tempo para aclimar-se de novo
seria algo muito bom antes de enfrentar-se Iden e Miciah.
— Está bem — Disse, e momentos depois apareceram em uma sala onde dois homens se
abatiam sobre um jogo de Fett.
Ambos elevaram a vista, registrando idênticas expressões de assombro. O homem da
esquerda ficou de pé tão rapidamente que sua cadeira caiu.
— O que tem feito, Acácia?
O outro ficou de pé mais tranquilamente, seus olhos e sorriso continham uma diversão
intensa.
— Acredito que esse é meu sinal para ir. Já tenho um alvo nas costas no que se refere ao
Conselho. Independentemente da transgressão da que seja culpado sua companheira, não é
necessário que se acrescente às minhas próprias.
— Levará Zoë a Winseka com você, Lyan? — Perguntou Acácia.
As sobrancelhas do homem se elevaram.
— Quais são seus companheiros?
— Iden de clã Cathetel e Miciah de Danjal.
Um silêncio total e absoluto desceu sobre eles, quebrado um comprido momento depois
por uma gargalhada forte de Lyan.
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— Nunca antes tinha pensado em você como uma agitadora, Acácia, mas nisto… Faz que
nos sintamos orgulhosos. A mudança está aqui. Para o bem de todos nós, é tempo que o aceitemos
— A diversão malvada brilhou em seus olhos — Devolverei Zoë a Winseka e a entregarei sem
perigo nos braços de Miciah.

CAPÍTULO 14

Era inútil continuar o debate, pensou Miciah. Tinham dado voltas e voltas, aparentemente
durante horas, como frequentemente acontecia quando discutiam coisas sérias. O dever manteve sua
mente longe de Zoë e Iden, já tinha tido suficiente.
Era o momento de pedir uma votação, e depois um adiamento, já que qualquer caminho
que escolhessem requereria uma discussão adicional e a análise das regras que deveriam
implementar-se.
Ficou de pé, olhando os olhos de outros conselheiros que rodeavam a mesa. Fez-se o
silêncio.
— Sugiro que votemos.
Javant, cuja decisão tinha deixado Miciah emitir o voto decisivo na provocação contra os
companheiros de vínculo de Ariel, também ficou de pé.
— Estou de acordo, mas sugiro que tomemos um breve descanso para ordenar nossos
pensamentos.
Outros estiveram de acordo ficando de pé e estirando as asas. Alguns membros do
Conselho permaneceram em seus lugares enquanto que outros se mudavam a suas câmaras
privadas. Miciah saiu ao vestíbulo, alcançando mentalmente a seus companheiros.
O templo estava o suficientemente perto para poder roçar os escudos de Iden e obter a
confirmação de sua localização. A casa de Ariel estavam a muita distância, ao menos por agora.
Mas o vínculo que compartilhava com Zoë através das pedras Ylan e o soro do emparelhamento
Vesti zumbia de forma sutil, dizendo que estava viva e, já que sabia onde estava… Segura.
Seu pênis se encheu em antecipação por recolhê-la e levá-la a seus quartos. Só um controle
e uma vontade de ferro evitaram que se deixasse levar pelas fantasias do que fariam quando
chegassem.
Pouco a pouco outros começaram a tomar seus assentos ao redor da mesa.
Miciah se uniu a eles.

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Quando todos estiveram sentados, Isaura ficou de pé, o que indicava que estava preparava
para emitir seu voto. Deixou a um lado as duas fichas de cristal que havia diante dela, depois
empurrou a azul céu firmemente para o centro da mesa.
— Não dizer aos homens que foram emparelhados com a mesma mulher, só conduzirá a
um maior conflito no futuro.
Ela se sentou, e Jarlath ficou de pé, separou sua ficha azul das outras e a colocou junto à da
Isaura.
— Estou de acordo. Temos que aceitar a mudança. Esta chegou a Belizair, e devido a isso,
faremo-nos mais fortes.
Quando se sentou, Luz, que representava os Amato da fértil região do norte, ficou de pé,
dizendo
— E se o dizemos aos dois, então devemos exigir que ambos os varões formem um enlace
com sua contraparte, sem ter em conta as obrigações prévias existentes ou o que seus corações
pudessem desejar?
— Discutiremos com mais detalhe, depois de votar — Disse o curador Amato, em um
suave aviso de que uma declaração de raciocínios era mais apropriada que uma pergunta.
Luz tomou o cristal verde e o colocou no centro da mesa.
— Seguiremos o que começamos já. O primeiro que seja emparelhado reclamará à mulher.
Javant colocou uma ficha similar ao lado da de Luz.
— Estou de acordo. Sigamos como começamos, mas talvez deveríamos pôr salvaguardas
em nosso processo, para que não se encontre uma segunda partida, a menos que o primeiro não
resulte em um vínculo.
A tensão cresceu quando os dois curadores colocaram fichas azuis no centro. A mulher
Vesti falou pelos dois.
— Devemos ter mais fé nos habitantes de nosso mundo. O saber que há mais de uma
partida para cada humana descendente dos Fallon, oferecerá uma esperança adicional.
Gabri, o cientista Amato, ficou de pé.
— Ao final, estou de acordo com os que votaram por seguir um curso de ação onde
revelemos totalmente o que temos descoberto sobre a busca dos companheiros entre os humanos.
Mas neste momento, parece sábio colocar uma breve moratória na notificação dos que foram
emparelhados, ao menos até que se produza o nascimento dos gêmeos de Cyan. Não sabemos como
impactará isso em Belizair, e as melhoras que temos feito no processo no curto tempo desde que
descobrimos que tanto Miciah como Zeraac tinham o direito a reclamar Ariel, permitiram-nos

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emparelhar as sequências genéticas de outros mais rapidamente — Tomou a ficha do meio, de
brilhante cor negra, e a colocou no centro.
Jati se uniu a seu colega cientista, acrescentando sua ficha negra no centro da mesa.
— Gabri está certo. Necessitamos tempo. As mulheres em questão podem ser
resguardadas, para as manter seguras. E não deveríamos esquecer que os caçadores de recompensas
procuram os Hotaling. Sempre há uma possibilidade de encontrar um modo de reverter os efeitos do
vírus.
O Amato, Raym, ficou de pé.
— Temos que recordar às mulheres próprias de Belizair. Temos que oferecer esperança,
além das que encontramos para algumas delas, aquelas que desejem ir à Terra e adotar meninos
órfãos que poderiam ser algum dia emparelhados e trazidos aqui. Graças a Draigon e Kye, quem
permanece na Terra com sua companheira de vínculo, Savannah, agora sabemos que há varões
humanos que levam a sequência de genes Fallon. Um deles já foi emparelhado, com minha sobrinha
Zantara, embora ela ainda não sabe, porque esperamos que os cientistas que estudam o assunto nos
assessorem sobre a maneira de proceder. O nascimento dos meninos de Cyan tem a possibilidade de
oferecer a esperança e causar devastação em uma mesma medida —Colocou a ficha negra com as
demais, no centro da mesa — Necessitamos tempo, talvez estender uma moratória, até que
descubramos se Zantara, depois de formar um vínculo tanto com um varão humano como com um
Vesti, pode derrotar o vírus e ficar grávida.
Inoke ficou de pé.
— Nossos cientistas mal estão começando a suspeitar que o soro de emparelhamento do
Vesti altera de algum jeito a química humana, fazendo possível a concepção. O que acontece o
vínculo de Zantara requer que seu companheiro humano esteja também alterado quimicamente, de
uma maneira similar ao que acontece com as mulheres humanas, para que possa conceber um
menino? Isso requereria que o Vesti no vínculo de união, tenha a febre de emparelhamento de nossa
espécie, e o use suas presas no outro homem.
Sua voz continha a censura oculta da cultura Vesti sobre as relações homossexuais,
fazendo que se formasse um nó no peito de Miciah com este aviso.
— Não podemos esperar os resultados do vínculo da Zantara, se ela estivesse de acordo em
entrar neste tipo de experimento e tomasse a um varão humano como companheiro — Disse Inoke
— E não podemos acrescentar à agitação que já está afetando a vida em Belizair, o fato de forçar
um homem Vesti a aceitar tal acordo.
Votou com o sinal verde para permitir que o primeiro varão emparelhado reclamasse à
mulher, igual fez a Vesti que representava à região fértil do norte.
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Todas os olhares se voltaram para Miciah. No centro da mesa havia quatro votos a favor de
permitir que o primeiro emparelhado fosse o que se vinculasse, quatro a favor de comunicar a
notícia de que tanto um Vesti como um Amato tinham o mesmo direito a reclamar a quão humana
levava a sequência de genes Fallon que os emparelhava, e três por uma moratória.
O nó no peito de Miciah se apertou dolorosamente quando pensou no que a colocação de
um cristal azul no centro da mesa significaria para Belizair. Se não tivesse sido pela provocação que
Raym fazia contra o vínculo de Ariel, Miciah não estava seguro de ter sabido alguma vez sobre seu
próprio direito a reclamá-la.
Recordava muito bem o que havia sentido quando descobriu que Ariel era sua partida, e
que já tinha sido reclamada por Zeraac e Komet. Recordou, também, a primeira vez que a viu no
mercado.
Saber que poderia ter sido sua tinha sido uma agonia. Pior ainda foi ser obrigado a escolher
entre votar a favor do desafio a seu vínculo ou deixá-lo estar, quando tinha a responsabilidade de ser
filho único.
Já não podia imaginar ter Ariel como companheira. Desde que Jeqon tinha mostrado a
imagem de Zoë, ela tinha se convertido em tudo para ele. Mas, e se Zoë tivesse sido encontrada
primeiro? E se Zeraac tivesse sido identificado como a partida perfeita ao mesmo tempo em que
Miciah o era?
O estômago de Miciah se esticou, sua mente recusava evocar imagens de Zeraac e Zoë
juntos. Não podia imaginar compartilhá-la com ninguém, salvo Iden.
Outros protestariam pela falta de poder de escolha se os obrigasse a aceitar. E se não, se a
determinação de quem poderia reclamar à mulher fosse resolvida de outra maneira, haveria
desafios, perdidas e decepções, que terminariam em amargura, e muito mais. E tudo erodiria a
mesma esperança que as mulheres trouxeram com elas a Belizair.
Não podia pôr o voto que poria tal coisa em movimento, tampouco podia colocar a ficha
verde, não agora. Não quando esta reunião tinha sido convocada devido a que no curto período de
tempo que esteve na Terra, dois partidos idênticos tinham sido encontrados.
O voto por uma moratória criaria uma. Forçaria-os ao adiamento, até que se reunissem de
novo em quatro dias, o tempo prescrito depois de chegar a um ponto morto.
Não via nenhuma outra opção. A mudança tinha que ser dirigida e controlada,
minimizados seus efeitos.
Miciah ficou de pé e colocou a ficha negra com as demais.

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Ariel sorriu enquanto estudava seus companheiros. Eles escondiam muito bem sua tensão.
Ou deveria dizer, seu aborrecimento?
Para alguém que os olhasse, pareceriam totalmente concentrados no concerto de canções
singelas que Kaylee dava com o dulcémele. Mas sob a superfície, Ariel virtualmente podia ouvir a
pergunta… Ou, melhor dizendo, a acusação escandalizada, que continuava em suas mentes.
Como pôde permitir que a companheira de Miciah se fosse com uma completa estranha?
Bom, como poderia tê-lo evitado? Podia-se contar com um dedo o número de vezes que ela
se transportou entre dois lugares desde que chegou a Belizair.
Certamente não tinha esperado que Zoë desaparecesse dessa maneira!
A verdade é que Komet e Zeraac não haviam se sentido emocionados pela viagem ao
mercado em primeiro lugar, o que provavelmente explicava por que tinham abandonado tão
rapidamente seus próprios assuntos para segui-la ali. Mas pelo bem de sua harmonia doméstica,
nenhum deles se atreveu a tratar de proibi-la sair de sua casa.
De maneira nenhuma ia interpretar o papel de carcereira de sua irmã… Embora com toda
honestidade, sabia que Miciah não teria querido que Zoë saísse em público, não durante seu dia de
vinculação, nem talvez durante algumas semanas depois, quando a febre de emparelhamento Vesti
se esfriou o suficiente para permiti-lo. Mas por outro lado, se Zoë tivesse alguma ideia do frenesi
possessivo que se apoderaria de Miciah, provavelmente teria insistido em fazê-lo.
Ariel olhou a Komet e sorriu. Ele podia ser considerado um erudito, mas com a provocação
correta, o instinto Vesti prevalecia e o amante gentil se convertia em um ser primitivo governado
pela luxúria… Para satisfação de ambos.
Zöe estaria bem, estava bem. Ariel se sentia segura disso.
Tinha dado voltas em sua mente aos acontecimentos. A necessidade repentina de sua irmã
de aproximar-se de uma completa estranha. A saudação formal que tinha durado definitivamente
muito mais do normal, e que pareceu ser seguido por uma intensa conversa privada.
A melhor explicação que Ariel podia chegar era que talvez a mulher Vesti era uma
caçadora de recompensas ou uma cientista, e que tinha estado na Terra, e Zoë a reconheceu. Era
possível, mas…
Ao escutar um som de sinos, Ariel soube que a hora da verdade tinha chegado.
— Eu irei! — Disse Kaylee, deixando a um lado, suavemente, os martelos do dulcémele,
antes de dirigir-se à entrada.
Ariel riu em silêncio, observando como nem Zeraac nem Komet detiveram o Kaylee.
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Se era covardia deixar que sua pequena filha recebesse Miciah, e ao fazê-lo, recordar que
havia uma menina a considerar antes de descarregar seu aborrecimento, então ela não estava
sozinha em sua covardia.
Ficou de pé, e ao momento esteve flanqueada por seus dois companheiros. Estavam a
metade do caminho à porta quando Kaylee chegou a esta, ordenando à parede que retrocedesse e
formasse uma abertura.
Miciah vibrava com uma fúria possessiva. Controlou-a, e até conseguiu esboçar um
sorriso, quando a pequena general contou sobre ter levado Zoë ao mercado e como a ensinou a
gastar uns créditos. Mas quando Kaylee puxou-o para levá-lo a interior de seu espaço de moradia,
para demonstrar suas habilidades com o dulcémele que Zoë tinha comprado, Miciah resistiu.
Tomou até a última gota de sua auto disciplina aparentar serenidade, e parecer tranquilo
quando perguntou:
— Onde está minha companheira de vínculo?
Não estava com Iden. Iden ainda estava no templo.
Zoë não estava o suficientemente perto para que suas mentes se tocassem. Ou se o estava,
bloqueava deliberadamente seus pensamentos, uma habilidade em que não deveria ser tão perita tão
pouco tempo depois de ter chegado a Belizair.
Ariel mordia o lábio inferior. Miciah viu a resposta em seus olhos antes que falasse.
— Não sabemos.
A ira e o medo o atravessaram em igual medida. Mas se salvou de reagir mal, ao ver a
repentina tensão de Zeraac, que disse:
— Zoë estará aqui em uns momentos.
As fossas nasais de Miciah se dilataram. Como podia saber Zeraac o que o mesmo não
sabia?
O ciúmes irracionais se formaram justo depois da pergunta, ganhando vida diante a
resposta. Do mesmo modo que ele era a partida genética perfeita para o Ariel, Zeraac seria o mesmo
para Zoë.
A mente de Miciah se encheu de um grunhido ardente, enquanto a febre de
emparelhamento Vesti se acendia. Esta cresceu ainda mais quando sentiu a presença de Zoë e girou
para vê-la aproximando-se voando, levada nos braços de outro homem.
Não só qualquer homem, mas também Lyan, quem constantemente zombava da lei, e cujas
frequentes convocatórias diante o conselho para defender-se eram legendárias.

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Se houvesse algum consolo, era saber que Lyan estava vinculado com uma mulher humana
que compartilhava com o irmão de Zeraac, Adan. Mas isto fez pouco para esfriar o fogo que
atravessou Miciah como um raio, convertendo seu sangue em chamas e seu pênis em aço quente.
A tempestade furiosa de possessividade se fez violenta quando Lyan aterrissou o
suficientemente longe para colocar Zoë sobre seus pés e pressionar seus lábios contra os dela.
— Foi um prazer ter te conhecido — Disse ele, escapando em uma piscada, antes que
Miciah pudesse alcançá-lo e parti-lo em pedaços.
As palavras estavam além de Miciah. Inclusive a necessidade de explicações não podia
anular o instinto Vesti.
Tomou Zoë em seus braços, e com uma ordem mental os transportou aos quartos que
tinham reclamado Iden e ele, antes de partir para a Terra. Não conseguiu chegar além da sala
principal, antes de colocá-la sobre a almofada do sofá e baixar sobre ela, sem economizar seu peso.
Sem protegê-la da intensidade de suas emoções.
O fogo emanou em Zoë, queimando a barreira entre sua mente e a de Miciah. Gemeu
quando sua boca se fechou de repente sobre a sua e sua língua empurrou agressivamente, separando
seus lábios em uma reclamação selvagem.
A luxúria a encheu. A dele e a sua própria. Parecia que havia passado uma eternidade
desde que havia sentido seu peso, seu calor, o prazer primário que vinha de estar com ele.
O sangue se precipitou aos lábios de seu sexo, enchendo-os, separando-os. A excitação
saiu a fervuras de sua fenda para deslizar-se sobre a roseta apertada de seu ânus e molhar as calças
leves que usava.
Seus clitóris aumentou de tamanho, vivo pelas sensações. Fragmentos agonizantes de calor
vivo atravessaram como um raio o sensitivo ponto, quando Miciah se balançou contra ela, a barreira
de sua roupa só serviu para aumentar a necessidade.
Foda-me, disse, acesa por sua fome selvagem e sexual, pela necessidade desesperada para
deixar de lado tudo o que tinha acontecido desde sua chegada a Winseka. Queria unir-se de novo
completamente com ele, sentir, não só o peso firme de seu corpo sobre o dela, mas também seu
grossa pênis profundamente em seu interior.
A ordem, as palavras, inflamaram-no ainda mais. Empurrou contra ela, grunhiu e
resmungou em seus pensamentos. Mas em vez de arrancar sua roupa e introduzir-se em seu interior,
separou sua boca da sua, ignorando seu gemido e a elevação de sua cabeça em uma tentativa de
capturar de novo seus lábios.
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Por que estava com Lyan?
Ondas quentes de ciúmes e possessividade a golpearam, deixando claro que Miciah
detestava vê-la entre os braços de Lyan, odiava inclusive a ideia de que qualquer outro varão, além
de Iden, tivesse-a contemplado, e muito menos sustentado e sentido contra sua pele.
Se não confiasse em Miciah, se não acreditasse com certeza absoluta que era incapaz de
machuca-la, a intensidade abrasadora de suas emoções a teriam feito correr para afastar-se. Em seu
lugar, faziam-na agarrar-se, desejar.
Estava preparada para suas perguntas. Mas sabia que ele não queria respostas raciocinais,
não nesse momento. Estas não satisfariam sua necessidade de assegurar-se de que ela era
irrevogavelmente dele. Não apaziguariam seu desejo primitivo de dominar. Não freariam as chamas
abrasadoras de seu ciúmes.
Não importa. Estou com você agora, disse ela, e não esteve decepcionada por sua reação.
A luxúria furiosa rodou dele em ondas. Seus olhos brilhavam devido a esta.
Tudo sobre você me importa. Tudo o que faz me preocupa.
Segurou seus pulsos por cima da cabeça com uma de suas mãos. Com a outra tomou posse
de seu seio, sua mão áspera contra seu tenso mamilo, enviando picos de desejo diretamente a sua
boceta.
Seu canal se contraiu repetidamente, como uma boca faminta se desesperada por ser cheia.
Por favor, foda-me, disse ela, acompanhando suas palavras com imagens, embora não pensava que
ele necessitasse tradução.
Os quadris de Miciah se sacudiram, e Zoë quase gozou quando empurrou seu pênis contra
seus clitóris. Os lábios do ele se retiraram em um grunhido e um calafrio de medo erótico a
atravessou diante a vista das presas que antes não tinham estado aí.
Miciah se endureceu ainda mais, seu pênis palpitava contra seus clitóris, filtrando líquido.
O aroma de sua excitação o assaltava, ameaçando tirar o pouco controle que ainda ficava.
A ponta de medo o excitava, alimentava a necessidade escura dentro dele de vê-la
tremendo, à espera incerta do castigo que viria por ter se atrevido a permitir que outro homem a
tocasse. Mais tarde explicaria o propósito das presas de emparelhamento. Diria que era a primeira, a
única mulher a que alguma vez atravessaria com eles. Permitiria a liberação realçada que vinha com
sua mordida. Mais tarde.
Por que estava com Lyan?
Conheci uma mulher Vesti no mercado. Ela me levou a sua casa. Depois pediu a Lyan que
me levasse de volta à casa de Ariel.
Sabia que não tinha planejado que deixasse o lar de Ariel.
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Então me castigue por isso, atreveu-se a dizer ela, e toda a capacidade de pensar se
afastou de Miciah, quando se confrontou com a verdade do que queria, necessitava.
Ficou de pé. Tirou as calças negras com um puxão selvagem, jogando-as no chão.
Zoë tentou escapar mas ele foi mais rápido, agarrando seus pulsos e mantendo-a
prisioneira.
Sua tanga se uniu às calças dela no chão. Seu fôlego escapou um gemido quando se sentou,
arrastando-a sobre suas coxas e sustentando-a sobre seu colo, com uma mão sobre suas costas e a
outra nos suaves e bronzeados globos de suas nádegas.
Ela desejava isto tanto como ele o fazia. Era óbvio por sua carência de luta, pela forma em
que empurrava seu traseiro contra sua palma, se convidando à surra.
Deu o que ela desejava. O que ambos necessitavam.
Levantou a mão e a deixou cair em um agudo açoite.
Um segundo, mais forte, seguiu-o. E depois um terceiro.
Cada golpe enviava um prazer torturante através de seu pênis.
Seus gemidos e respiração entrecortada animavam a golpeá-la, uma e outra vez.
Até que a pele dourada se misturou com um atrativo rubor, e suas coxas estiveram
empapadas por seu desejo.
E o ciúmes selvagens foram controlados.
Então, ele a acariciou, roçou suas nádegas antes de inclinar-se para baixo para arrastar
beijos pela carne quente. Era seu e ele a adorava, amava-a além de algo da que alguma vez se
imaginou ser capaz.
— Não me faça esperar mais tempo — Sussurrou ela, separando suas coxas,
atormentando-o com a visão de suas dobras, inchados e reluzentes.
Só a breve imagem dela entre os braços de Lyan, o impedia de terminar seu castigo e unir
seu corpo ao dele.
— Aonde foi? Com quem estava?
— Não posso dizer isso
Sua calma ameaçou abandonando-o. Endireitou-se e deu outro açoite.
Zoë gemeu, retorcendo-se em seu colo. Deliberadamente se roçou contra seu pênis,
enviando picos de calor através deste. Ele estava tão molhado como ela o estava, seu pênis escorria
pela excitação. Estava tão faminto de introduzir-se em sua fenda, como ela de que a enchesse,
estirando-a, reclamando-a.

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As pedras Ylan dos pulsos de Zoë palpitavam, ressoando e amplificando a conexão
palpitante que havia entre eles, fazendo que ela se perguntasse se realmente eram organismos
simbióticos, como os tinha chamado Ariel, se alimentavam das emoções.
Foda-me, rogou ela, sabendo o que a vista dos inchados lábios de sua boceta fazia Miciah.
Ele a surrou. Negando a ambos o último prazer, ainda quando a sensação de sua mão
golpeando seu traseiro reafirmava um desejo que já não era aceso pelo ciúmes ou a necessidade de
dominar.
Castigá-la o tinha centrado. Aceitá-lo tinha permitido a Zoë deixar a culpa que levava por
ocultar a verdade, ao menos durante um curto tempo.
— Aonde foi? Com quem estava? — Perguntou Miciah, não completamente preparado
para deixar o assunto.
— Não posso dizer isso. Só te posso dizer o porquê.
Ela se arqueou, pressionando sua pele quente contra a palma aberta de Miciah.
Separou ainda mais suas coxas, pedindo de maneira sutil que a recompensasse por sua
disposição a dar algo em resposta a suas perguntas.
A Miciah foi impossível negar e negar a si mesmo, quando seu pênis palpitava e doía.
Introduziu os dedos nela, e quase gozou quando seu canal se fechou sobre eles.
Uma, dois, três vezes a fodeu com os dedos, antes de tirá-los a força, e afastá-lo de sua
boceta empapada.
— Diga-me isso.
— Tenho um dom. Posso sentir quando outros têm dor emocional, especialmente quando é
quase mais do que podem suportar. Senti-o na mulher Vesti do mercado. Senti-me atraída para ela,
e para o momento que parti com o Lyan, ela tinha uma razão para seguir adiante e lutar contra sua
tristeza.
O orgulho cresceu dentro de Miciah, enjaulando a irritação que aumentou de novo quando
Zoë mencionou Lyan. Que ela queria ajudar às mulheres de seu mundo, e pudesse fazê-lo, produzia
uma imensa alegria.
O dom de que falava podia explicar por que bloqueava seus pensamentos tão facilmente.
Explicava por que se negava a dizer com quem e aonde tinha ido.
O que tinha feito não era tão diferente à maneira como Iden servia à deusa dos Amato.
Miciah podia aceitar sua necessidade de manter em segredo as confidências de outros, igual fazia
Iden, igual a ele mesmo tinha que fazer como membro do Conselho, mas isso não significava que
tivesse a intenção de permitir mover-se livremente.

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Fallon Mates - 04
Inclinou-se para baixo, pressionando beijos nas nádegas de Zoë, enquanto empurrava seus
dedos em sua vagina e a deixava sentir os pontos agudos de suas presas de emparelhamento contra a
bochecha de seu traseiro. Não irá a nenhuma parte sem que Iden ou eu a acompanhemos.
Está dizendo que Belizair é tão perigoso, que não estou segura sozinha?
Não, mas não irá com alguém mais de novo, ou deixará nossos quartos sem nossa
permissão.
No pouco tempo que Zoë tinha conhecido Miciah e Iden, tinha chegado a amá-los. Na
Terra. Em Belizair. Não podia negá-lo e não podia imaginar a vida sem eles.
Deleitava-se nos momentos nos que estava cativa da luxúria, quando o domínio e a
possessividade aumentavam o desejo e se acrescentavam ao prazer. Mas isso não queria dizer que
teria a intenção de passar todo seu tempo perdida nesse estado ou antecipando-o.
Havia dito a Miciah o que podia dizer. Por agora, embora ainda odiava manter oculta a
verdade completa.
Se seu dom ganhasse vida em presença de outras mulheres, faria o que tivesse que fazer. E
ainda se não o fazia, igualmente não se permitiria perder toda sua independência.
Serei obediente na intimidade de nossos quartos, quando desejar fazê-lo. Mas no que
refere-se a sair sem permissão… Pode tentá-lo.
Não precisarei fazê-lo. Estará de acordo.
Nunca, disse ela, oferecendo um desafio que sabia que ele não seria capaz de resistir.
Nunca?
A suave confiança masculina na voz de Miciah, fez que Zoë sorrir. Nunca.
Ele se levantou, levando-a com ele, de modo que estivesse embalada novamente entre seus
braços. Zoë aproveitou a posição, esfregando as pontas dos dedos sobre seu mamilo.
Seu estremecimento a recompensou. Pressionou os lábios contra os de Miciah e sussurrou
em sua mente. Nada do que possa dizer ou fazer me fará aceitar me converter em uma prisioneira,
inclusive em uma muito querida e mimada. Remontou a comissura de sua boca com a língua. Mas
sinta-se livre de tentá-lo se o deseja. Só que há condições.
Miciah estremeceu outra vez quando as pontas de seus dedos abandonaram seu mamilo
para acariciar o bordo superior de sua asa. Que condições? Perguntou, enquanto caminhava a
pernadas para a cama, sabendo em algum nível de sua mente que estava caindo em uma armadilha
sensual que ela tinha posto.
Não se importou. Era um homem Vesti.
O instinto alimentava sua confiança inata. Podia proporcionar um prazer tão minucioso e
profundo que desafiá-lo, exceto no jogo sexual, seria impossível para ela.
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CAPÍTULO 15

Que condições? Perguntou Miciah de novo, entrelaçando sua língua com a dela, seu pênis
deixou escapar sua excitação, antecipando empurrar finalmente em seu quente interior.
Uma lasca da diversão de Zoë se cravou diretamente em seu coração.
Uma mudança de sentido é um jogo justo… Onde seja anatomicamente possível, disse ela,
tudo que me faça, eu posso fazer isso a você.
Imagens de estar a sua mercê fizeram que seu testículo se apertassem, queimando à medida
que se tornavam mais pesados com sua semente. Concedido. Algo mais?
Se para o momento que ambos nos tenhamos deslocado, não for capaz de conseguir que
esteja de acordo em pedir permissão antes de sair de nossos quartos, então não me deterá de sair
com qualquer mulher que possa aproximar-se de mim por ajuda.
Miciah ficou rígido, um grunhido escapou. Desejava negar-se, mas a negação foi
imediatamente calcada pelo instinto Vesti. Não perderia este desafio.
Estou de acordo.
Retirou a língua da boca de Zoë, seu gemido diante a perda validou sua convicção de que
ela logo estaria reconhecendo sua derrota. Puxou seu lábio inferior, sugou-o e deixou sentir as
pontas de suas presas de emparelhamento.
Ela estremeceu e apertou seus seios contra seu torso, jogou os braços ao redor do pescoço,
como se queria fundir-se com ele para que se convertessem em um só ser.
Necessito-o dentro de mim, disse, sua voz foi como um punho quente ao redor de seu
pênis.
Era o êxtase e uma advertência ao mesmo tempo. Estava a ponto de gozar, tão perto, que
não se atrevia a estendê-la sobre no colchão e cobrir seu corpo com o dele. Não se atrevia a
sepultar-se em seu calor molhado e tentar atormentá-la até a rendição, com impulsos superficiais e
lentos.
Miciah se obrigou a separar sua boca da dela. Endureceu-se contra a tentação enquanto a
colocava sobre a cama, com seu seios contra o colchão.
Sentou-se escarranchado sobre ela, fixando-a para que não pudesse dar a volta. Com um
toque a um ponto da cabeceira, uma pequena porta se abriu. Com um puxão rápido, tirou uma
correia de sujeição.

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Atou um pulso, e depois repetiu o processo com o outro.
Zoë riu quando uma pesada descarga de poder feminino a percorreu. Reconheceu sua
imobilização pelo que era, desespero por parte de Miciah. Medo de perder. E perderia. Havia muito
em jogo para que pudesse ser de outra maneira.
Deslizou-se para frente, e se levantou sobre seus antebraços e joelhos, separando as pernas
para deixar ver sua molhada fenda e o reluzente interior de suas coxas, apresentando seu traseiro,
sabendo que seu atrativo rubor o recordaria o prazer que ambos tinham encontrado quando a surrou.
A respiração de Miciah se fez mais áspera, mais rápida. A luxúria fluía entre eles, de um ao
outro, enchendo seu vínculo mental com uma quente urgência e um intenso desejo.
Como se não pudesse evitá-lo, Miciah se inclinou para frente e apertou os lábios sobre suas
nádegas, as acariciando com suas mãos. Zoë sentiu o que custou deixar de tocá-la, afastar-se dela o
tempo suficiente para conseguir atar seus tornozelos, com bastante correia para que pudesse
permanecer sobre seus antebraços e joelhos.
Tomou algo de uma gaveta, oculto na armação da cama.
Brinquedos. Zoë recordou muito tarde que Ariel os tinha mencionado.
Foi a vez de Zoë de ofegar, quando Miciah pôs um anel ao redor de seus clitóris e este o
apertou, convertendo-se em uma boca que sugava. Seus quadris se sacudiram e esteve dividida entre
cavalgar o selvagem prazer até o orgasmo ou deitar-se e retorcer-se até conseguir desprender do
anel.
A mão de Miciah ao redor de sua coxa eliminou a segunda opção.
— Diga que me obedecerá em todas as coisas — Exigiu ele.
Ela respondeu com uma respiração desigual.
— Nunca — E se esforçou para recordar os termos exatos do desafio. Perderia se se
gozasse primeiro?
Não. Tinha sido o bastante inteligente para não expressá-lo dessa forma, ainda quando não
tinha pensado que ele utilizaria algo mais que seu corpo para ganhar sua conformidade.
Os brinquedos poderiam ser considerados como fazer armadilhas. Mas Zoë não protestou,
não quando podia usar seu jogo contra ele.
Olhou para baixo ao longo de seu próprio corpo e enviou essa imagem através de seu
vínculo mental, atormentando-o ao trocar a visão do anel que sugava, com lembranças da boca de
Iden sobre ela, e a de Miciah também. Cedeu diante as sensações, gemendo e balançando-se,
totalmente desinibida em seu prazer.

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Os Vesti eram uma raça física, mas nada no passado de Miciah o tinha preparado para uma
companheira como Zoë. Fechou com força os dedos ao redor de seu pênis, e usou a dor para
impedir-se de empalá-la com sua longitude.
Não podia tirar o olhar de suas dobras, úmidas e separadas. Não podia fechar sua mente às
imagens que ela enviava, ou seus ouvidos aos sons que estava fazendo.
Necessitou todo seu controle para não unir-se a ela enquanto subia a onda, alcançava seu
pico e gemia em sua liberação. Necessitou todo seu controle para não aparear-se com ela quando a
parte superior de seu corpo caiu contra a roupa de cama, mas suas nádegas permaneceram no ar, as
coxas separadas tentadoramente, e sua brilhante fenda suplicando que ele se introduzira nela.
Segurou seu montículo, esfregando a palma contra o calor molhado, e tirou o anel de
clitóris, antes de deslizar os dedos em sua abertura. Sua vagina se contraiu ao redor de seus dedos,
dizendo que sua liberação não tinha satisfeito a fome de ter seu dura pênis enchendo-a.
O punho de Miciah se apertou ao redor de seu eixo enquanto recordava a última vez que a
tinha tido, o que tinha sentido ao estar dentro dela, ao mesmo tempo em que Iden.
Um calafrio o percorreu. Tirou os dedos de sua fenda e roçou sua entrada traseira,
deixando a evidência de sua excitação nesse lugar, antes de inclinar-se, e uma vez mais, abrir a
gaveta que continha os brinquedos.
Ela estaria de acordo com suas demandas nesta ocasião. E quando o fizesse, ele a
recompensaria. Daria a fodida que tinha pedido.
Miciah escolheu um brinquedo anal, um plugue parecido um pênis, que permitiria
recuperar algo do que tinham experimentado durante sua cerimônia de vinculação.
O tubo de azeite de ritzca já estava sobre o colchão. Utilizou-o para recobrir o brinquedo e
depois o pressionou contra a roseta do traseiro de Zoë.
É nossa para seu prazer e proteção, disse ele. Diga que não deixará nossos quartos ou
sairá com alguém mais, sem a permissão de algum de nós.
Ela gemeu em resposta, sacudindo-se para trás. Uma capa de suor recobria sua pele,
enquanto o azeite ritzca a lubrificava, aumentando sua necessidade.
Tomou o brinquedo em seu interior. Fodendo a si mesma com ele.
Era um aviso visceral do êxtase, uma chamada selvagem que queimava toda capacidade de
pensar.
Miciah não pôde deter-se.
Cobriu seu corpo com o dele. Inundou-se em seu canal. Empurrando.
Uma. Duas vezes. Sua vontade se dizimava, seu controle foi erradicado.
Nada existia salvo sua companheira.
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Nada.
Bombeou dentro dela. Seus corpos e mentes se fundiram, uma com a outra.
E ainda assim, lutou para aproximar-se mais, para fazer-se um com ela.
Encontrou o que procurava quando sua vagina se fechou a seu redor.
Gozou.
E gozou de novo. Movendo os quadris até que seu testículo se esvaziaram de sua semente.
Suas presas de emparelhamento se afundaram nela, fazendo-a gritar quando outro orgasmo a tomou.

O cansaço emocional desapareceu de Iden quando entrou em sua nova residência.


Estava vazia de detalhes pessoais, porque não tinham tido tempo para mudar suas coisas
antes de ir-se à Terra, mas isso não importava. A presença de Zoë já a convertia em um lar para ele.
O som de suas vozes o fez saber que Zoë e Miciah estavam no quarto, momentaneamente
saciados por suas relações sexuais. Seus murmúrios baixos e roucos o tiveram impaciente por unir-
se a eles.
Tirou a tanga e caminhou através da sala, com o pênis duro contra seu ventre, e seu
testículo pesados e cheios baixo deste. O prazer cresceu ainda mais dentro dele ao chegar à entrada,
quando Zoë se sentou imediatamente, e sentiu seu olhar percorrendo a longitude de seu corpo.
Ela lambeu os lábios e seu pênis gotejou. Sua risada era um convite. Veem a cama, disse
ela, uma ordem íntima contra a que não tinha nenhuma intenção de lutar.
Iden fechou a distância. Mas quando se dispunha a situar-se, de maneira que Zoë ficasse
entre os dois, ela se moveu para a borda da cama.
— Já tive minha vez sendo o centro de atenção, agora é a sua.
Um olhar para Miciah, e a fome atravessou Iden. Transmutou suas asas, as convertendo em
brilhantes partículas apenas visíveis. Era uma façanha que a maioria encontrava difícil, se não
impossível em Belizair, mas as pedras Ylan de seus pulsos continham a suficiente energia para fazê-
lo.
Quando se estirou entre Zoë e Miciah, ela se inclinou para baixo, acariciando seu peito
com a mão enquanto sua boca encontrava a dele.
— Perfeito — Disse ela, beijando-o, enredando suas línguas.
Ela cheirava a flores do deserto, como o fazia Miciah. Tomaram banho, ao igual a ele o
tinha feito no templo.

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Iden gemeu quando seus dedos encontraram seu mamilo, roçando em diminutos círculos
até que desejou sentir seus lábios, sua mordida. Seus quadris se elevaram da cama quando uma mão
masculina agarrou seu pênis.
Miciah, disse ele, com seu vínculo mental aberto, fazendo impossível esconder o desejo, a
necessidade envolta ao redor do nome.
Parece como se tivesse estado esperando uma eternidade para estar juntos assim, brincou
Zoë, terminando o beijo. Sua expressão disse à Iden que estava abandonando seus lábios, só para
que Miciah pudesse reclamá-los.
A luxúria subiu em espiral e se apertou dentro de Miciah, construindo uma necessidade
tensa da que não poderia livrar-se, até que tivesse montado Iden e ambos gozassem. Já não podia
recordar a razão pela que tinha lutado contra sua fome de Iden, enquanto cobria sua boca com a
própria.
Enquanto que os lábios de Zoë eram suaves e flexíveis, os de Iden eram firmes,
desafiantes. Enquanto que a língua de Zoë se batia em um simulacro de combate com a sua, a de
Iden empreendeu uma guerra que duraria toda uma vida, e sempre terminaria em um empate.
O calor se verteu sobre Miciah, o proveniente de Zoë, tanto como o de Iden.
Cresceu até que o roce de língua contra língua já não foi suficiente.
Era intensamente consciente do corpo de Zoë, estirado de lado junto a Iden, com seus
olhos escuros pelo desejo. Ela não tinha mantido em segredo como a excitava pensar no Iden e ele
como amantes.
Com um gemido, Miciah se situou sobre Iden, sacudindo-se quando seus pênis se tocaram,
esfregando um contra o outro. Uma deliciosa sensação queimou ao longo de sua coluna vertebral, o
que o fez apertar as nádegas e estender suas tremulas asas, que se converteram em uma manta de
veludo.
— São tão formosos juntos — Sussurrou Zoë, mantendo juntos seus pênis endurecidos.
Um prazer elétrico atravessou Miciah enquanto ela o acariciava. Podia sentir esse mesmo
prazer ecoando em Iden.
Seu beijo se fez mais profundo e intenso. Seus corpos se moveram, esfregaram-se,
enquanto a necessidade de foder crescia.
A diferença de quando estava com Zoë, Miciah não sentia nenhum desejo de atrasá-lo e
saborear. Queria encontrar a entrada traseira de Iden e empurrar dentro dele, até que o êxtase
candente da liberação gritasse através dele.

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Não deveria ser possível precisar gozar tão desesperadamente, desejá-lo tanto, tão pouco
tempo depois de gastar sua semente em Zoë, mas o fazia. Seu testículo estavam tensos, sua pele
escorregadia pelo suor.
Ofegando, Miciah, ficou de joelhos. Procurou o tubo de azeite de ritzca e o encontrou.
O olhar quente de Iden o desafiou a pôr o azeite sobre seu próprio pênis. Apertou o
lubrificante sobre seu dedo, sabendo que não se atreveria a aplicá-lo sobre si mesmo.
Um toque. Uma carícia no ânus de Iden. Isso foi tudo o que necessitou.
A face de Iden ficou tensa. Seus músculos se sobressaíram em um agudo alívio.
Tentou evitar mover-se, mas sua respiração rápida e o suor de sua pele eram testemunho
suficiente da eficácia do azeite para prepará-lo, para fazê-lo arder pela agonia deliciosa de ser
tomado por outro homem.
— Foda-o — Sussurrou Zoë, sua ordem enviou uma onda de prazer escuro, muito escuro,
através de Miciah.
Ele a olhou, e quase gozou com a imagem de sua mão entre suas pernas. Estremeceu-se ao
imaginá-la empurrando seus dedos em sua molhada fenda enquanto ele investia dentro de Iden.
Miciah agarrou seu pênis e baixou sobre Iden. O gemido de Zoë se uniu ao deles quando
Miciah se dirigiu por volta do franzido ânus de Iden, recoberto do azeite de ritzca.
Uma necessidade primária se apoderou dele e fez impossível conter-se. O fogo envolveu
Miciah, enquanto pressionava para frente em uma agonia de reclamação, centímetro a centímetro.
Não resistiu quando Iden atraiu sua cabeça para baixo, exigindo intimidade junto com a
luxúria. Suas bocas se fundiram, suas línguas batalharam agressivamente.
Permanecer imóvel não era uma opção para qualquer deles. Tampouco a suavidade. A
fome era muito intensa, tinha sido negada durante muito tempo, e o potente azeite de riztca os
arrebatou qualquer possibilidade de negação.
Finalmente eram amantes, como estavam destinados a sê-lo.
Era mais uma impressão que palavras. Um sentimento de estar completos, enterrado tão
profundamente em suas almas, ao estar pele contra pele, unidos em um vínculo que transcendia o
físico, e que abrangia a outra pessoa, Zoë, cujo prazer fluiu neles, aumentando o seu próprio,
fazendo-a parte do que ele e Iden estavam fazendo juntos.
O imenso calor, e o apertão implacável dos músculos internos de Iden, fizeram que Miciah
tivesse que lutar para não gozar, quando fragmentos de gelo e calor se dispararam através dele com
cada investida e retirada. Atrasou o momento de sua liberação até que a pênis de Iden teve
espasmos contra seu ventre, e sentiu o rastro do sêmen quente contra sua carne. Então, já não houve
forma de lutar.
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Miciah estremeceu e cedeu diante o que seu corpo exigia. Gozou com um gemido, seus
quadris sacudindo-se incontrolavelmente.
Quando não ficou nenhuma semente, rodou sobre suas costas, transmutando suas asas
como Iden.
Estremecimentos de prazer seguiram percorrendo-o enquanto aceitava internamente o que
tinha feito, e contra o que tinha lutado sempre. Tinha encontrado uma extrema satisfação ao fazer
amor com outro homem, e o faria de novo.
Não havia nenhum desejo de abraçar-se depois, ou enroscar-se possessivamente ao redor
de Iden, como o tinha com Zoë. Mas essa carência não trocava a intimidade que fluía através do
vínculo.
A satisfação fez que Iden ficasse lânguido, embora seu pênis se agitou de novo à vida
quando Zoë deslizou sobre ele, substituindo o calor perdido de Miciah com o seu.
— Não tenho que perguntar se desfrutou disso — Murmurou ela contra seus lábios.
Ele riu, deslizando as mãos ao longo de sua coluna vertebral.
— E você amada, desfrutou-o?
Ela respondeu esfregando seu púbis contra seu pênis meio ereto, cobrindo seu ventre com a
semente que ele tinha liberado.
— Muitíssimo. Embora acredite que todos deveríamos tomar uma ducha.
— Uma ducha e o jantar, e depois podemos voltar para a cama.
As sobrancelhas de Zoë se juntaram.
— Jantar? — Perguntou, olhando para a janela através da qual entrava a luz do segundo
sol, que ainda estava no céu.
Um tipo diferente de prazer se assentou no peito de Iden, que ela tivesse aceitado tão
facilmente ser levada a Belizair. Que tivesse curiosidade a respeito de seu novo mundo, e o
aceitasse.
— O terceiro sol sairá em pouco tempo. Então procuramos refúgio, e por costume, é
quando tomamos nosso descanso — Ele tomou seu lábio inferior entre seus dentes e deu um
beliscão brincalhão. Embora de algum jeito, suspeito que a menos que façamos amor ao menos uma
vez na ducha, não haverá descanso quando voltarmos a nosso quarto.
Saíram da cama o tempo suficiente para tomar um comprido banho, e fazer realidade a
ameaça de Iden de esgotá-la com suas relações sexuais, e depois jantaram.
Quando retornaram, Zoë se colocou entre Iden e Miciah.
Através da arcada, podia ver as janelas e paredes escurecendo-se contra o resplendor do
terceiro sol de Belizair, e pensou fugazmente em Acácia e a menina que escondia.
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Na ducha, havia dito a Iden sobre a convocatória de Miciah para a reunião do Conselho, e
de sua visita posterior a Ariel e Kaylee. Agora, a culpa e a preocupação tentaram abrir-se passo em
sua mente, e acabar com sua satisfação.
Bloqueou essas emoções, mas não antes que Iden murmurasse:
— O que se preocupa, amada?
Sem querer mentir, Zoë girou para ficar de lado e olhá-lo de frente. Acariciou o braço, e
depois as suaves plumas de suas asas.
— A situação das mulheres do Belizair. Quem são os Fallon?
— Eram uma poderosa raça de troca formas alados. Não só podiam adotar muitas formas
diferentes, também tinham poderes psíquicos — Iden se inclinou para diante e beijou a testa de Zoë
— Não muito diferente ao dom que te atraiu para a mulher Vesti do mercado.
Um pequeno nó se formou em seu peito, temor por uma parte, e esperança por outra.
— Significa isso que há outros aqui com dons psíquicos?
—Talvez poderia dizer-se que os curadores os têm, embora não posso assegurá-lo. Seu
mundo é fechado e suas vidas cotidianas são um mistério. Com respeito ao resto dos habitantes de
Belizair, a maioria tem um talento, uma inclinação. Se a seguirem, as pedras Ylan que levam podem
melhorar suas habilidades. Em muitos aspectos, não é tão diferente ao que acontece na Terra.
Requer-se esforço e dedicação. Não há nenhum substituto à aprendizagem e a prática, seguido da
experiência.
A resposta de Iden não aliviou o nó no peito de Zoë. Mas apresentava uma teoria sobre os
descendentes dos Fallon. Talvez, depois de milhares de anos de evolução, os humanos terminaram
com os dons psíquicos, enquanto que os de Belizair conseguiram as asas.
— Está dizendo que que eu tenha um dom psíquico, seria aceito aqui?
— Seu dom da empatia será muito apreciado — Disse Iden — Nossas mulheres sofrem
profundamente nestes tempos.
Evitou olhar Miciah. E por atrás de Zoë, Miciah se esticou, como se já soubesse o que Iden
ia dizer, e que estariam em desacordo sobre isso.
— Não apoio a decisão do Conselho que requer que todos os seres humanos permaneçam
em Winseka — Disse Iden — Sua presença talvez possa preencher a brecha entre as mulheres da
Terra e as de Belizair, antes que está se abra até converter-se em um abismo. As notícias de sua
compaixão e o consolo que ofereceu devem ter se estendido já.
Um punho apertou o coração de Zoë para ouvir a confirmação adicional, embora depois de
conhecer parente varão de Acácia na câmara de transporte, realmente não a necessitava… Que não
todos estavam contentes de ter trazido seres humanos a Belizair.
Esta tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis
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Fallon Mates - 04
O medo e a culpa se estenderam por seu ventre. Tinha que cumprir sua promessa a Acácia,
ao menos até poder advertir à mulher, antes de revelar o que tinham feito.
Zoë continuou perguntando, precisando entender melhor Belizair.
— O que aconteceria trazem outros seres humanos, e estes têm diferentes dons psíquicos?
Como minha amiga Destiny, que pode ler o futuro nas folhas de chá? Ou alguns dos adivinhos que
conheci que podem predizer o futuro? Ou alguém que possa mover objetos com sua mente? Ou que
possam ter visões? Seriam bem-vindos aqui?
Sentiu suas respostas através do vínculo mental. Miciah recuou, de uma vez que Iden
refletia.
— Esperemos que as mulheres com tais dons não sejam trazidas a Belizair em um curto
prazo — Disse Miciah.
Não havia medo ou repulsão em sua voz, mas havia uma convicção que fez que o coração
de Zoë se acelerasse quando pensou, não só em seu dom, mas também no que tinha feito com este
no lapso de um dia… As leis que tinha quebrado com Acácia.
Detectando sua angústia, Miciah arrastou beijos ao longo de seu ombro e pescoço. Não tem
nada que temer, amada. Como te disse Iden, seu dom da empatia, junto com seu desejo de estender
uma mão às mulheres de Belizair para as ajudar, será muito apreciado. E embora Iden discrepe
com a posição do Conselho com respeito à restrição das mulheres humanas que vieram a Winseka,
a decisão foi tomada pensando em seus interesses. Uma vez que seus filhos nasçam, poderão viver
em outra parte.
Zoë sentiu o toque de suas presas de emparelhamento contra sua pele, e estremeceu ao
recordar o êxtase.
Para o momento que leve a nossos filhos, continuou, imagino que muitas das restrições
para as companheiras humanas vinculadas recém chegadas, terão sido levantadas.
Zoë esperava que o que dizia fora certo, embora duvidasse que isso significasse que se
permitiriam as viagens à Terra. Queria confessar a ambos a verdade em sua totalidade, mas as
palavras ficaram atravessadas em sua garganta.
A promessa que tinha feito a Acácia a deteve, ao igual ao temor do que significaria admiti-
lo. Seria enviada de retorno à Terra sem o Miciah e Iden? Ou todos seriam desterrados, e se veriam
obrigados a deixar este mundo, e seus dons convertidos em algo discordante de novo para que ela
não pudesse utilizá-los para ajudar a outros?
Ambas as opções enviaram uma dor lacerante através de Zoë. Não podia suportar a ideia
de qualquer dessas duas opções.
Como não queria continuar por esse caminho, desviou-se, perguntando:
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Fallon Mates - 04
— O que aconteceu os Fallon?
Iden respondeu.
—Ninguém pode dizê-lo com segurança. A maioria acredita que, com o passado do tempo,
diferentes clãs começaram a favorecer uma forma sobre as outras. Começaram a selecionar a seus
companheiros com aquela forma em mente, até que finalmente as raças se desenvolveram de
maneira separada, e a capacidade de trocar de forma se perdeu.
— Então, quão únicos ficam são os Amato e os Vesti?
— Aqui em Belizair, sim. Mas não todos os Fallon favoreceram a aparência Vesti ou
Amato. Algumas forma não se pareciam com o que se considera a forma humana.
— Significa que há outros mundos onde vivem descendentes dos Fallon?
— Sim.
Um calafrio percorreu Zoë.
— Esses outros planetas foram afetados pelo mesmo vírus que atacou aqui?
— Sim, alguns deles o têm.
Zoë não estava segura de querer sabê-lo em realidade, mas não pôde evitar perguntar:
— Estão eles… Os descendentes não parecem humanos, tomando mulheres humanas da
Terra, também?
— Alguns — Disse Miciah — Quando é possível, nossos cientistas e eruditos os ajudam.
Um segundo calafrio, mais forte, atravessou Zoë.
A boca de Iden se dirigiu a seu ouvido. Deslizou a língua em seu interior antes de sorver o
lóbulo entre seus lábios. Não se precipite a temer por outras mulheres. Ao igual a você encontraste
grande prazer em ser vinculada com homens que se parecem com os anjos e demônios da mitologia
humana, há algumas de sua espécie que têm fantasias com dragões, assim como com seres de
outros mundos. Os Amato e Vesti acreditam no livre-arbítrio. Apesar de nossos laços com outros
descendentes dos Fallon, não os ajudaremos se sua visão para o futuro implica escravizar os
humanos.
Zoë fechou os olhos quando a mão de Miciah tomou posse de seu seio. Sua palma esfregou
o endurecido mamilo, enquanto Iden seguia atormentando seu ouvido com lambidas e empurrões
pouco profundos.
Permitiu que levassem sua mente longe da sorte de outras mulheres e que a fizessem
encontrar-se de novo com seu próprio destino, um com o que estava completamente contente.
Durante compridos momentos, suas mãos e bocas a adoraram com beijos úmidos e toque
masculinos, com o toque das asas contra sua pele. Ela respondeu, entregando-se ao prazer de ser
sustentada entre eles, em um casulo de plumas e camurça, músculos duros e carne quente.
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O calor e a sensação de segurança a convidaram a render-se à sonolência que a invadia, e a
dormir de maneira segura em seus braços. Ela resistiu, as perguntas ainda permaneciam em sua
mente, ainda não completamente apagadas pelas atividades do dia, que finalmente a tinham
esgotado.
Realmente tinha começado sua manhã na Terra?
— Me fale sobre o Deus dos Vesti — Murmurou.
— Não há muito que contar — Disse Miciah — Não o adoramos como vocês o fazem com
seu Deus na Terra. O nosso é um Deus errante, responsável pela criação de Belizair, antes de partir
para outros mundos.
— Também era o Deus dos Fallon? — Perguntou Zoë, tentando conciliar a lenda que
rodeava a formação das diferentes raças, com a imagem do homem que tinha trocado as asas
parecidas com as de um morcego pelas de uma borboleta em sua visão.
Miciah esfregou a bochecha contra seu cabelo.
— Talvez. Ou talvez foi um Deus criado pelos Vesti, a partir de lendas dos que sim eram
Fallon. Não sei. Não é um tema que tenha muito interesse para mim. O companheiro Vesti de Ariel,
Komet, é um erudito. Ele poderia dar resposta a suas perguntas. Por que tem tantas interrogantes
sobre o Deus?
Zoë recordou o ardor da demanda de Acácia, de que deviam procurar à menina, porque era
a vontade do Deus. A inquietação ameaçou enchendo e trouxe um calafrio quando pensou na crença
apaixonada de Acácia de que o Deus dos Vesti agora caminhava pela Terra, mas que estendia a mão
aos Vesti em seu tempo de necessidade usando Zoë como sua ponte.
Lutou contra os dedos frios do medo, dirigindo-se diretamente à fonte de este.
— Na Terra, o conflito religioso frequentemente leva a guerra e perseguição. O que
aconteceria aqui, se os Vesti começassem a acreditar que seu Deus retornou e toma interesse em seu
mundo de novo?
Miciah acariciou seu ventre.
— Não estou seguro de que tal coisa seja possível. Não temos sacerdotes ou sacerdotisas,
como o fazem os Amato, para determinar a presença do Deus e dá-lo a conhecer outros. É possível
que tal revelação pudesse chegar através dos curadores. Se fosse assim, o potencial de conflito se
reduziria grandemente. Não sei se devo ter esperança de que isso ocorra, ou rezar porque nunca
aconteça… Nosso mundo já está lutando com a mudança.
Zoë eliminou tensão de seu corpo com uma respiração controlada. O que parecia, não tinha
remédio, e a verdade era que não o desfaria se pudesse.

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A resposta de Miciah não erradicou sua preocupação, mas tampouco a fez aumentar. E
havia um pequeno núcleo de esperança diante a menção dos curadores. Havia Vesti entre eles, e
sabia, depois de sua visita a Kaylee e Ariel, o importantes e respeitados que eram.
Se… Quando… A verdade plena de seus dons saísse à luz, ao menos houvesse uma
possibilidade de que os curadores se apresentassem e apoiassem a Acácia por trazer para a menina a
Belizair. Eles tinham tratado de Kaylee a sua chegada a Winseka, e a aceitaram como se fosse um
deles.
Haviam dito a Kaylee que sempre seria bem-vinda nas montanhas. Era uma declaração
surpreendente, tendo em conta que só aqueles chamados os enclaves dos curadores, podiam
sobreviver nas montanhas durante qualquer período de tempo. Toda a informação que Zoë tinha
reunido e reconstruído, sugeria que ao igual às pedras Ylan estavam vivam e eram simbióticas,
Belizair em si mesmo era um planeta sensível.
Acariciou a parte inferior da asa com plumas de Iden com o dorso da mão, e depois o lugar
onde se unia a seu corpo.
— E o que acontece com a Deusa e seu Consorte Ylan? São personificações das forças
criativas? Ou os Amato os consideram entidades reais?
As pálpebras de Iden se fecharam diante seu toque. O prazer se verteu tanto através do
vínculo que compartilhavam, como pelas pedras de seus pulsos.
— Não são nada disso, ou o são tudo… E mais — Disse — A resposta depende da
experiência e interpretação individual. Mas ao final, nossas crenças estão ligadas a Belizair em si
mesmo. A harmonia com a gente mesmo, com outros, e com nosso mundo natural, é no que
fazemos insistência.
Zoë não sabia muito bem como encaixar a Senhora de Ouro, a Deusa Amato, que ao
parecer tinha aparecido Kaylee, em uma equação em que entravam os braceletes de borboleta e o
homem que Acácia pensava que era o Deus Vesti.
O tempo diria. E já estava disposta a esquecer-se disso, ao menos até manhã.
Um sorriso curvou seus lábios. Levantou-se sobre um cotovelo e beijou a Iden, e depois se
voltou e fez o mesmo com Miciah.
— Foi um dia assombroso, considerando que estava na Terra esta manhã, e agora estou
aqui. Mas ao menos algo não trocou. Comecei na cama com dois meninos saídos diretamente de
uma fantasia erótica, e agora termino do mesmo modo.
— Como sempre será — Disse Miciah, deslizando a mão para baixo e cavando seu
montículo, enquanto os lábios de Iden se aferravam a seu mamilo.

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Raios de prazer a atravessaram quando Iden começou a sugar. Sua vagina se apertou
quando Miciah esfregou e pressionou sua palma contra seus clitóris.
— Já amo a ambos — Disse ela — Sabem, não é?
Eles o faziam. Ela também sabia através do vínculo. Mas queria dizer as palavras. E queria
que Miciah e Iden o reconhecessem.
É nosso futuro, disse Iden. Não pode ser de nenhuma outra forma.
O que é a razão pela que terá que aprender a obedecer, grunhiu Miciah, tomando seus
lábios com os dele, recordando sua batalha anterior… A que tinha a promessa de uma sensual
revanche.
A risada de Zoë foi uma afronta zombadora. Sempre que estiver preparado para tentar me
ensinar, pode tentá-lo.
Miciah respondeu deslizando os dedos em seu canal. Dormirá agora, ordenou, e começou
a penetrá-la com os dedos em sincronização perfeita com os puxões famintos de Iden em seu
mamilo, empurrando o prazer através dela em ondas, e conduzindo-a para um orgasmo que a faria
cair na inconsciência.

CAPÍTULO 16

As badaladas anunciaram um visitante, pouco depois que tivessem tomado um café da


manhã de pão e fruta. O som fez que as sobrancelhas de Iden se elevassem com curiosidade, e
Miciah franzisse o cenho com mau humor.
— Primeiro nosso dia de vinculação foi interrompido, e agora parece que este também o
será — Queixou-se Miciah.
— Talvez seja melhor que eu receba a nosso visitante, então — Disse Iden, detendo-se só o
suficiente para beijar Zoë, antes de afastar-se da parede que funcionava como uma tela, mostrando
uma imagem de Belizair.
Zoë também se afastou a contra gosto e o seguiu, igual a Miciah, sua reação às badaladas
era uma mistura dos sentimentos de seus companheiros.
Quando se tratava de aprender sobre novos lugares, sempre tinha sido como uma esponja,
preparada para absorver o conhecimento. Entretanto, entre ter prolongado o estar na cama bastante
tempo, antes de levantar-se para tomar banho, depois do sexo incrível da manhã, e depois tomar o
café da manhã, mal tinham tido tempo de mostrar o uso da tela, para dar mais detalhe do mundo no

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qual se encontrava. Entretanto, a gente sempre tinha sido a parte que mais gostava, assim que a
oportunidade de conhecer alguém novo era tão interessante para ela como saber mais a respeito das
distintas regiões de Belizair, e os lugares fora deste mundo aos que viajavam seus habitantes.
A uma ordem de Iden, uma porta se formou na parede externa. Duas mulheres Vesti
estavam ali.
O pulso de Zoë se acelerou ao vê-las. Não se tranquilizou quando sorriram tentativamente
para ela, antes de dirigir sua atenção para Iden.
Identificaram-se como Miette e Avini quando tocaram seus braceletes contra a dele na
saudação formal. Quando Iden se afastou, as convidando a entrar, elas se detiveram justo ao
atravessar a entrada e lançaram olhadas tentativas e cheias de esperança para Zoë.
Avini, cuja asas eram de um tom chocolate escuro com raias de um marrom mais claro,
disse:
— Sou prima de Acácia. Miette é prima de meu companheiro. Esperávamos que unisse a
nós no mercado e… Talvez nos ajude como foi capaz de ajudar a Acácia. Várias de nossas amigas
nos esperam ali.
O entusiasmo e o medo, a culpa e a esperança, estenderam-se por Zoë… Junto com as
emoções de seus companheiros. A negação e a frustração vibravam em Miciah, aplacada por seu
orgulho de fosse procurada pelas mulheres Vesti. O orgulho do Iden também a encheu, igual a sua
diversão por conhecer o desafio sobre suas saídas e entradas a vontade, e ter presenciado os
resultados de sua derrota de um homem Vesti em seu próprio jogo.
Miciah ofereceu seus braços em uma saudação formal, embora Zoë suspeitava que seu
interesse estava em saber se estavam relacionadas com Lyan, e se existia a possibilidade de que ela
estivesse de novo nos braços de outro homem. Não pôde evitar brincar. Se preocupa Lyan, não
deveria está-lo. Ele está vinculado com uma humana que agora está grávida.
O grunhido mental de Miciah confirmou sua suspeita. Não acredite que Iden te protegerá
de mim, se volta a retornar em companhia de Lyan ou qualquer outro homem. Seu braço se curvou
possessivamente ao redor dela, com a mão apoiada em seu ventre. Quando levar a nossos meninos,
ele reconsiderará o acertado de te manter segura em nossos quartos, saindo sozinha quando estiver
acompanhada por um de nós.
A ideia de ficar grávida quase fez Zoë lamentar de brincar com Miciah. Quase.
Seu coração e mente estavam em desacordo sobre o tema dos meninos. Sabia o que
significava os ter para Miciah e Iden, e sabia que amaria aos meninos que criassem juntos. Mas se
fosse sua decisão, adiaria-o por alguns anos… Uma possibilidade improvável em um mundo
verificado de natalidade, e onde cada mulher humana adulta levava uma gravidez de gêmeos.
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A abstinência não era uma opção. Inclusive se eles estivessem de acordo com isso, ela não
tinha a força de vontade para fazer o cumprir.
Saudou Avini e Miette com um sorriso, mas não ofereceu tocar seus braceletes com os
delas, por temor de arriscar-se a uma visão. Não precisava ter a mesma sensação, como se a
atravessasse uma flecha de gelo, que tinha sentido no mercado depois da chegada de Acácia, para
saber que podia as ajudar.
Sua esperança e desespero se verteram sobre ela em ondas de igual medida, ao igual a sua
determinação de ter um filho, ainda quando fosse um que não chegasse de seus próprios corpos, que
era um destino pelo qual se arriscariam ao desterro.
Não havia maneira de que Zoë se negasse à chamada de seu dom, e a promessa que este
continha para estas mulheres.
— Irei com vocês ao mercado.
— E eu te acompanharei no caminho — Disse Iden — Depois irei a minha antiga
residência para reunir alguns de meus pertences para trazer aqui.
Uma borda de satisfação se deslizou pelo vínculo com Miciah.
— Eu farei o mesmo.
Zoë riu suavemente. Trapaceiro, disse ela, sabendo que ele só queria ir ver quem a
esperava no mercado.
Voar teria sido mais rápido, mas Zoë estava contente caminhando. A lição de geografia
que tinham começado antes, seguiu sem a vantagem da tela da parede e o mapa, embora suas
descrições foram acompanhadas por imagens mentais que foram igualmente efetivas.
Avini e Miette permaneceram caladas. Seus olhares a Miciah revelavam um nervosismo
que teria permanecido oculto de outra maneira.
Os próprios nervos de Zoë se apertaram e ficaram mais tensos à medida que se
aproximavam de seu destino. O entusiasmo e a preocupação se apertaram como uma bola em seu
ventre. A culpa entrou na mistura também.
Não podia ocultar este segredo de Miciah e Iden por muito mais tempo. Já a estava
comendo, embora até agora, nada do que haviam dito faria que a confissão fosse um caminho fácil
de tomar.
Faria frente mais tarde, disse-se, enquanto Avini e Miette indicavam uma mesa em que três
mulheres Vesti se sentavam debaixo de um dossel de persiana com uma delicada videira.
— Deixarei-a aqui — Disse Iden.
Zoë o deteve com um toque em seu braço e o abraçou.

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— Amo-o — Disse, a emoção cresceu em seu interior diante o súbito temor de seu futuro
juntos.
Amada, sussurrou ele em sua mente, cobrindo seus lábios com os seus, e deslizando as
mãos por suas costas para levá-la para um beijo mais profundo.
O desejo ardeu entre eles, apesar da impossibilidade de poder fazer algo a respeito. Ele
tinha sabor de fruta e ela sugou sua língua em sua boca, umedecendo-se ante a doce promessa de
prazer. Não estaremos separados muito tempo, disse Iden, a relutância a separar-se absolutamente
vibrava através de seu vínculo quando se separou dela.
Girou para Miciah, sua intenção de reconhecer abertamente sua relação, com um beijo de
despedida, foi óbvia para Zoë, ao igual à reação de Miciah.
Este deu um passo atrás em uma negação sutil, para que não atraíra os comentários de
qualquer que pudesse estar olhando-os. Mas entre os três, foi um grito de ameaça rompendo seu
vínculo recém formado.
A expressão de Iden se endureceu. E se encontrou com uma expressão igualmente pétrea
no rosto de Miciah.
Zoë sentiu a raiva e a dor que atravessavam Iden, ardentes e escuros. Um músculo se
contraiu em sua bochecha e respirou profundamente, para colocar as intensas emoções muito
profundamente dentro de si mesmo.
Um punho apertou o coração de Zoë de maneira dolorosa. Tinha pensado que seu medo
repentino vinha do que podia ocorrer como resultado de seu encontro com as mulheres Vesti, agora
se perguntava se seu talento tinha dado a seu subconsciente uma visão do abismo que estava a ponto
de abrir-se entre Miciah e Iden.
Não sabia que dizer a qualquer deles e o nó em seu estômago se apertou a consequência
disso. Não havia tempo para resolver isto. Não aqui. Não agora.
Voltarei por você mais tarde, amada, disse Iden antes de dá-la volta, sendo a rigidez em
sua postura a única pista de suas emoções.
Queria correr atrás dele, arrastar Miciah com ela e obrigá-los a conciliar suas diferenças.
Mas depois de uma olhada ao lugar onde Avini e Miette se uniram a suas amigas, Zoë reconheceu
que não podia. Suas esperanças e angústias puxaram-na com tal força, que sabia que seu dom pedia
que deixasse de lado seus medos e preocupações pessoais.
Ainda assim, não pôde deixar Miciah sem perguntar. Por que?
Não é o costume Vesti tomar amantes do mesmo sexo.
E apesar disso, Iden e você são amantes.
O que passe em nossos quartos não é da incumbência de ninguém, salvo de nós.
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Tantos pensamentos diferentes voaram através da mente de Zoë, que durante um momento,
deixaram-na sem palavras. Então, ao igual a Iden, tomou uma respiração profunda, empurrando a
confusão ao fundo de sua mente.
— Verei-o logo — Disse ela, dando a volta para onde as mulheres a esperavam.
Um grunhido soou em sua mente assim como em seus ouvidos. Os dedos do Miciah a
seguraram ao redor de seu pulso e puxou-a para seus braços.
Um calor selvagem e cheio de frustração emanava dele. Agarrou seu cabelo e fechou de
repente sua boca sobre a dela.
Negar-se a ele não era uma opção. Mas Zoë tampouco tinha a intenção de render-se.
Sua língua combateu com a dele, convertendo-se em uma espada que disse mais
claramente que as palavras, que não estava contente com ele.
Seu grunhido se fez mais profundo. Suas asas avançaram para formar um casulo de
intimidade.
Ela não se rendeu. E ele tampouco o fez até que a necessidade de respirar o forçasse a
afastar-se.
Seguirei a Iden a seus quartos privados. Resolveremos nossas diferenças.
Isso era tudo o que podia pedir. Não sabia o suficiente sobre Belizair e os Vesti para
insistir no resultado que ela desejava, uma relação pública.
Seu estômago se apertou, recordando que ela tinha segredos próprios. Roçou seus lábios
com os dele.
— Vá — Sussurrou, prometendo-se que a próxima vez que estivessem os três juntos, diria
a verdade completa sobre seus dons, e o que estes a tinham levado a fazer.
Se comporte, disse ele, reposicionando de novo suas asas para que ela pudesse separar-se
dele.
Uniu-se às mulheres enquanto ele desaparecia de sua vista, dirigindo-se na direção que
Iden tinha tomado.
A igual a Avini e Miette, Zoë não ofereceu uma saudação formal quando foi apresentada às
demais. Em tal proximidade, suas emoções ameaçavam afogando-a em um desespero interminável.
Só sua esperança em que poderia ajuda-las serviu como salva-vidas.
— Quer algo de comer ou beber? — Perguntou Avini, assumindo o papel de anfitriã.
Zoë não acreditava que pudesse dirigir acrescentar algo mais a seu estômago já revolto e
tenso.
— Nada, obrigado.

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Obrigou-se a relaxar-se, sem êxito. Mas não se repreendeu por não consegui-lo. Apesar de
ter levado uma vida desejando usar seu dom para ajudar a outros, tudo sobre isto era novo para ela.
E a situação era complicada, além do óbvio.
Tomou uma respiração profunda e fortificou seus escudos mentais quando se deu conta
que era o momento perfeito para conhecer mais sobre as consequências potenciais do uso de seu
dom. Talvez não pudesse ser capaz de evita-las, mas isso não significava que devesse permanecer
ignorante a elas.
— O que acontecerá quando Acácia deixe de ocultar à menina?
— Será chamada diante o Conselho — Disse Avini.
— E desterrada? — Perguntou Zoë, recordando as palavras de Thaden na câmara de
transporte e sua implicação. Acácia tinha quebrado mais de uma lei no dia anterior.
Ter viajado à Terra era só a primeira delas.
Zanya, cujos traços afiados e penetrantes olhos teriam feito pensar em uma advogada
potencial se tivessem estado na Terra, disse:
— A situação não chegará ao desterro.
Nisha, cuja aparência de fragilidade recordava Ariel, sacudiu ligeiramente a cabeça.
— Não podemos estar seguras disso.
— Como poderiam atrever-se a nos desterrar? — Disse Miette — Eles planejam permitir a
alguns daqueles que querem ser pais, fazê-lo na Terra, agora que os cientistas procuram, entre os
meninos que ficaram órfãos ou abandonados, aos que levam o marcador Fallon.
— Não é o mesmo — Respondeu Nisha — Só foram encontradas um punhado de meninas.
Só uma delas tem idade suficiente para compreender algo a respeito de Belizair, e o Conselho não
revogou sua lei contra a revelação de nossa existência aos humanos. Não há garantia alguma de que
as meninas descobertas aceitarão aos homens que sejam suas possíveis partidas no futuro, e estejam
de acordo em vir a aqui.
Etyn, que se sentava junto à Nisha disse:
— Seria melhor para nós, e para os meninos, se se criassem aqui, entre nossa gente. Como
pode haver livre-arbítrio e verdadeira escolha, quando se trata de aceitar a um companheiro sem o
pleno conhecimento? Como podem saber o que poderiam perder ou ganhar se são criados fora das
casas dos clãs?
Os ombros da Nisha caíram.
— Não discordo — Disse tranquilamente — De outra forma não estaria aqui. Mas Zoë
perguntou o que aconteceria quando Acácia… Ou qualquer de nós, que possa ter a sorte de que o
Deus toque sua vida diretamente, faça conhecida em Belizair a presença do menino.
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— Zoë merece a verdade. Não sabemos. Vai contra nossas leis ir à Terra sem permissão.
Agora que o Conselho sabe que é possível trazer um menino por um vínculo familiar, devido a
Kaylee, também vai contra as leis fazer isso, a menos de que o menino pertença a uma mulher
humana que tenha sido reclamada em um vínculo de união. Romper sabendo estas leis significa que
a questão da sanção deve ser discutida em uma reunião do Conselho. É impossível predizer se
algum dos membros pedirá o desterro e levará o assunto a uma votação.
As dúvidas que Zoë tinha suprimido, depois de reunir-se com Ariel e conhecer a razão da
busca de companheiras humanas, ressurgiram. A cólera emergiu com elas, não para Miciah e Iden,
e sim para as leis que faziam que fora correto trazer mulheres humanas a Winseka, mas proibia
saber de antemão o que sua escolha implicava.
Com toda a ênfase em evitar a extinção, alguém considerou o que isto podia significar para
quão humanas foram trazidas aqui? Ou elas simplesmente eram um meio para um fim? Tinham
alguma representação no Conselho que governava?
Tinham alguma voz absolutamente, uma que não fosse a que pudessem obter através de
seus companheiros?
Aproveitou a oportunidade para expressar suas dúvidas.
— Não todos estão contentes por ter humanos aqui.
— O que diz é verdade — Concedeu Avini — É um tempo difícil para todos nós. E tem
feito que velhas hostilidades revivam e ganhem força.
— E que novos medos nasçam — Acrescentou Miette.
— Entre os Vesti e Amato? — Adivinhou Zoë.
Miette assentiu.
— Os Vesti sempre tiveram vínculos em uma união que inclui só a um homem e uma
mulher. Agora nossos homens devem compartilhar uma companheira humana com um Amato.
— E os Amato temem o que isso significará para eles — Acrescentou Avini — Não está
contra nenhuma lei, mas é estranho que um Amato entre em um vínculo com um Vesti. Qualquer
menino que resulte dessa união sempre foi Vesti.
Zoë olhou ao redor da mesa.
— É por isso que não há nenhuma Amato entre vocês? Devido a que as tensões entre as
duas raças fazem que a amizade seja tão incomum como as vinculações?
Zanya negou com a cabeça de maneira segura e decisiva. Etyn, a mais tranquila do grupo,
disse:
— Pensamos que o Deus te destinou a nos ajudar. Mas tem razão ao nos fazer ver que
nossas diferenças nos separam ainda mais, em um momento em que as mulheres de todas as raças
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deveriam se unir para apoiar umas às outras. Seja ou não capaz de nos ajudar, falarei com uma
amiga Amato cuja dor é mais profunda que o meu, e pedirei que te busque.
Seus olhos sustentaram uma súplica de entendimento.
— É muito duro para as mulheres. Esforçamo-nos por aceitar o que nos aconteceu.
Algumas se agarram à esperança com mais facilidade que outras. Mas inclusive a esperança é para
os outros, para os parentes varões não apareados, não para elas.
— Também há incerteza — Disse Nisha em voz baixa — Não saberemos até que nasçam
os meninos de Cyan, se serão alados ou não.
— Se não o forem, não serão queridos em Belizair? — Perguntou Zoë.
Gritos afogados e expressões horrorizadas responderam sua pergunta.
— Não — Disse Nisha, com suas asas tremendo atrás dela como se Zoë a tivesse surpreso
só por sugerir algo assim.
— Os meninos, de qualquer raça, são considerados um tesouro aqui — Disse Miette —
Nossa taxa de natalidade era baixa, inclusive antes que os Hotalings golpeassem com seu vírus.
Para muitos se necessitavam muitos anos para conseguir conceber. Sempre foi assim — Tocou os
braceletes de uma de seus pulsos, uma com pedras Ylan verdes salpicadas, e o outra com ouro
listado — A maioria acredita que é o preço que pagamos por ser capazes de viver em Belizair. O
planeta não permitirá mais de nós dos que possa conter.
Uma surpreendida satisfação fez sorrir Zoë. Não tinha estado muito longe ao pensar que
talvez o planeta fosse sensível, e que a Deusa Amato e seu Consorte poderiam ser personificações
deste.
Olhou os braceletes que usava. As pedras em forma de borboletas brilhavam com um
brilho profundo e mantinham uma riqueza de promessas, enquanto que as pedras que pareciam uma
noite estrelada, nos braceletes que Miciah e Iden tinham dado, proporcionavam um meio para
converter aquela promessa em realidade, quando eram usadas com seu dom.
Era correto trazer meninos humanos a este mundo?
A resposta era fácil para o Zoë. Sim.
Tinha visto muito sofrimento na Terra. Através de seus próprios olhos quando viajava.
Através de sua mente quando se ficou muito tempo em um mesmo lugar e seus dons voltavam para
a vida.
— E seus companheiros? — Perguntou, fazendo contato visual com cada uma das
mulheres — Sabem por que me pediram vir aqui? Estão dispostos a arriscar-se ao desterro se for
necessário voltar para a Terra se outro menino é trazido?

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— Não vai chegar isso — Disse Zanya de novo, levantando a mão para deter qualquer que
queria contradizê-la — Em qualquer caso, nossas ações forçarão ao Conselho a nos escutar, quando
dizemos que podemos abrir nossos corações e nossos lares a meninos que não saíram que nossa
matriz — Todos os esforços do Conselho foram para os não apareados. Tudo o que nos dizem é que
devemos nos agarrar à possibilidade de que algum dia os cientistas encontrarão a forma em que o
vírus trabalha, e poderão reverter seus efeitos. Ou que em algum momento, nossos caçadores de
recompensas capturarão um Hotaling, e obterão informação que levará a que possamos ter filhos de
novo.
— Agora temos esperança. Uma razão para seguir adiante. Meu companheiro sabe o que
pretendo e me apoia, como o farão todos os da casa de meu clã, e a dele, quando souberem o que
eu… Se os olhos de Deus ainda estão neste mundo e ele vê adequado me levar até um menino que
meu companheiro e eu possamos criar como próprio.
As lágrimas obstruíram a garganta de Zoë diante as palavras apaixonadas de Zanya, mas
seu pulso se acelerou ao perguntá-lo que pensava Miciah sobre a questão de trazer para meninos
humanos. Se ela não estivesse envolvida nisto, seria ele um dos membros do Conselho que pedisse
o desterro, ou votaria a favor deste?
Um punho apertou seu coração quando recordou sua reação quando perguntou sobre os
seres humanos com dons psíquicos, e se seriam bem-vindos em Belizair.
Esperemos que as mulheres com tais dons não sejam trazidas a Belizair em curto prazo.
Seu medo anterior sobre seu futuro juntos voltou. O pânico ameaçou crescendo.
Etyn tocou com as pontas de seus dedos o dorso da mão de Zoë, afastando seus
pensamentos do estreito foco de sua própria vida. A tranquila mulher Vesti colocou um par de
braceletes diminutos na mesa, diante dela.
— Na casa do clã em que nasci, é costume que, quando uma moça entra em um vínculo de
união, ao varão outorguem os braceletes que seus filhos levarão algum dia. É um símbolo de
esperança, em que a união dará frutos. Meu pai fez estes, e as deu a meu companheiro, Atif, durante
nosso dia de vinculação.
Quando falei com o Atif sobre te buscar, ele rompeu a tradição me confiando os braceletes.
Se nossa necessidade não fosse tão grande, não pediríamos isso.
Zoë respirou fundo e sentiu como a tranquilidade a enchia, uma segurança em seu objetivo,
não só ajudar às mulheres a título individual com seus dons, entendeu, mas também fazer algo mais.
Suas perguntas anteriores tinham conduzido a conversa para a solidariedade entre as mulheres de
Belizair. Esse movimento tinha que começar em algum lugar… Aqui. E em algum momento…

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Agora. Com estas mulheres que estavam dispostas a arriscar-se ao desterro, com tal de trazer uma
mudança a seu mundo.
Estaria em pé a seu lado, e através das Amato que chamavam amigas, estenderia-se a ideia
da unidade em vez da discórdia. E ao longo desse caminho, elas também a apoiariam na hora de que
as pessoas provenientes da Terra tivessem uma voz no Conselho, e a oportunidade de retornar a seu
mundo de origem para visitá-lo.
— Sei algo dos Fallon — Disse Zoë — Me disseram que tinham vários dons psíquicos,
assim suponho que em vez de ter asas, alguns dos descendentes humanos terminaram com
habilidades psíquicas. Na Terra eu tinha dois deles, embora não trabalhavam juntos. O primeiro era
um dom empático, orientado para o desespero e a infelicidade. Isso me fez impossível permanecer
em qualquer lugar durante muito tempo, porque se meus escudos mentais cediam eu estaria afligida.
O segundo dom era a habilidade para ver no futuro de alguém, cuja mão tocasse por acidente, ou
eles a minha. Pelo geral, o que via era deprimente e dilacerador, e não podia fazer nada para mudar
o que ia acontecer. Desde que cheguei aqui, as duas capacidades trabalham juntas. Senti-me atraída
para Acácia no mercado, mas não tive nenhum controle sobre a visão. Não a convoquei, só veio
para mim. Ela pensou que seu Deus trabalhava através de mim. Não digo que possa prometer
resultados, mas estou disposta a tentar de utilizar meus dons para ajuda-las.

CAPITULO 17

Iden se apoiou contra o arco liso da entrada que se abria para o quarto em sua antiga
residência. A dor e a cólera o tinham conduzido a esse lugar sem deter-se, como um animal ferido
voltando para sua caverna.
O pequeno quarto se via ainda menor, devido à grande cama em seu interior. Ao olhá-la,
recordou as vezes que tinha jazido sobre ela, acariciando a si mesmo até o orgasmo, enquanto se
imaginava um futuro com Miciah, e o fazê-lo o encheu de uma emoção total, como um líquido
quente em uma caldeira.
Em algum nível interno, sabia que Miciah tinha a intenção de manter a verdadeira natureza
de sua relação em segredo, e entretanto, tinha pensado que uma vez que se transformasse em
amantes… Esfregou o peito, tentando acalmar-se. Em retrospectiva, talvez devesse ter ido primeiro
ao templo para recuperar plenamente sua tranquilidade natural. No momento, sentia-se muito longe
desse estado de graça.

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T 155
O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Amaldiçoou e girou para caminhar pela sala maior, com a esperança de que o movimento o
ajudasse a acalmar-se. Em vez disso, as lembranças o assaltaram, as de Miciah quando foi ao
templo.
Eu gostaria que a reclamasse comigo.
Sou sua primeira opção?
Sim.
Parece que esquece algo de mim.
Não esqueci nada.
E estas disposto a satisfazer meus desejos? Ou tem a esperança que estar ao mesmo
tempo dentro do corpo de nossa companheira, seja suficiente? O que isto vai parar aí?
Se ela o rejeitar…
Então, talvez será melhor que espere por uma melhor partida.
Veem comigo à Terra. Conhece-a.
E se ela for de mente tão aberta como os Amato no que se refere aos acoplamentos?
O que ocorra quando estivermos sozinhos em nossa moradia, aceitarei-o como natural
para nossa companheira de vínculo.
Isso é suficiente.
Mas não era suficiente, não se Miciah tinha a intenção de que vivessem uma mentira.
As fossas nasais de Iden se dilataram ao pensar no que já tinham feito juntos.
Sua mão se dirigiu a seu pênis, agarrando-o através da fina tanga, enquanto revivia aqueles
momentos quando era a mão de Miciah, em vez da própria.
Um estremecimento o atravessou com a imagem de Zoë ao lado deles, com seus olhos
escuros pela luxúria, com a mão entre suas pernas, dando-se prazer enquanto os olhava.
São tão formosos juntos.
Ficou mais duro ao recordar o beijo de Miciah, a sensação de seu pênis e a expressão de
êxtase quando fizeram amor pela primeira vez. Não deixava frequentemente que outro homem
estivesse em cima dele, mas era diferente com o Miciah.
A excitação escapou, molhando a parte dianteira da tanga de Iden. Deslizou a mão por
debaixo do tecido, apertando as nádegas ao sentir carne contra carne.
O pior da dor e a cólera desapareceu enquanto acariciava a si mesmo. A resolução tomou
seu lugar, justo quando as badaladas anunciaram uma visita.
Miciah.

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Apesar dos escudos mentais que tinham levantado no mercado, Iden sabia quem estava de
pé do outro lado da parede. Sem ser consciente de sua decisão, tirou-se a tanga enquanto caminhava
para a zona onde se formaria a porta.
O calor se verteu por sua corrente sanguínea, impulsionado pela emoção suprimida e a
luxúria reprimida, que não tinham podido expressar-se até que Zoë entrou em suas vidas.
Sentiu que isso se refletia em Miciah. A verdade pulsava através das pedras Ylan de seus
pulsos, com um batimento do coração pesado que não podia ser ignorado.
Com uma ordem a parede se retirou, formando uma entrada.
Miciah entrou e Iden permitiu dar só um passo, só o suficiente para que a entrada se
fechasse, sendo substituída por uma superfície lisa. A fúria e a dor retornaram, não em sua forma
pura, e sim misturadas com algo que Iden nunca tinha sentido para outro homem, um amor que o
queimava. Consumia-o. Recusa a ser negado.
As palavras e os argumentos raciocinais se consumiram sob o impacto da avalanche de
emoções, ao fim libertadas. Apertou com seu corpo Miciah contra a parede, com suas asas
estendidas, tremendo enquanto o calor o atravessava.
Sua boca estrelou contra a de Miciah. Tomando, não pedindo.
Com um impulso, perfurou a união dos lábios de Miciah. Suas línguas lutaram, mas não
era uma luta verdadeira pela dominação.
As palavras foram tácitas, mas ambos sabiam que ao vir aqui, Miciah reconhecia que ele
era o que suplicava. E que não terminaria até que estivesse de joelhos.
As mãos de Iden deslizaram para baixo, libertando Miciah de seu único objeto de vestir.
Ambos gemeram enquanto caía, deixando que seus pênis se tocassem, esfregassem, e se
contraíssem com o contato íntimo. Um líquido escapou através da cabeça do pênis de Miciah,
molhando a pele de Iden, assim como a de Miciah, à medida que se esfregavam um contra o outro.
Iden aprofundou o beijo, fazendo que o que tinha tido a intenção de dar a Miciah no
mercado fosse uma pálida… Uma muito pálida imitação, em comparação. As palavras trataram de
formar-se, mas ele sem piedade as suprimiu.
Nada tinha sido fácil alguma vez quando se tratava de Miciah. Duvidava que isso trocasse,
independentemente do que ocorresse aqui.
O calor selvagem que o percorria, recordou à febre do emparelhamento Vesti.
Queimava, fazendo desaparecer tudo, menos a necessidade de reclamar a um companheiro,
tão a fundo, que não pudesse negá-lo depois.

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T 157
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As pontas de seus dedos roçaram a sensitiva parte inferior das asas de Miciah, e Miciah
devolveu a carícia, quase enviando Iden sobre seus joelhos quando um doloroso prazer se disparou
por suas costas e através de seu pênis.
Não! O grito silencioso deu a força para pôr fim ao beijo, mover as mãos as bordas
superiores das asas de Miciah e obrigá-lo a baixar.
Teria sido uma verdadeira batalha, se Miciah não tivesse querido obedecer. Mas ele queria
fazê-lo. Necessitava-o.
Sua mão rodeou o pênis excitado e acalorado de Iden. A satisfação emanou nele ao ver a
maneira que palpitava contra sua palma.
Os quadris de Iden se sacudiram. Sua respiração era pouco mais que ofegos.
Suga-o, disse ele, rompendo o silêncio mental.
O apertão de Miciah se fez maior em resposta, forçando um gemido de Iden. O traseiro
apertado e a costa arqueada de Iden atestavam que era um de prazer, não de dor.
A imagem do Zoë emergiu nos pensamentos de Miciah, junto às lembranças da noite
anterior, seus dedos úmidos pela excitação inundando-se em sua fenda, quando o tinha olhado foder
Iden. São tão formosos juntos.
Ele estremeceu. Ela era a formosa, por aceitar isto.
Não é o costume Vesti tomar amantes do mesmo sexo.
E apesar disso, Iden e você são amantes.
Sua mão rodeou seu próprio pênis, enquanto se inclinava para tomar o de Iden em sua
boca.
As barreiras mentais que se erigiam entre eles, caíram com a primeira provada, o primeiro
puxão de seus lábios sobre o eixo liso e quente de Iden.
As coxas de Iden se juntaram, ao igual as de Miciah.
Seus quadris se moviam em sincronização. Os de Iden empurrando, forçando a si mesmo
através do agarre forte da mão de Miciah e dentro do calor úmido de sua boca. Miciah o apertou,
com seu próprio punho fortemente fechado, enquanto tomava Iden mais profundamente, sugando-o
com mais força.
O prazer ondulou e surgiu entre eles, pulsou, ecoou e se intensificou. Gemidos guturais
escaparam, silenciosos e expressos, unindo-se ao som das respirações duras e desiguais enquanto a
necessidade de liberação crescia.
Os testículo se esticaram em advertência, enquanto o sangue rugia pelo pênis de Miciah em
um batimento do coração ardente que o fez bombear com maior urgência, com seu coração

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T 158
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galopando, enquanto Iden se sacudia grosseiramente, com um olhar torturado de prazer em sua face
quando gozou na boca de Miciah.
A liberação de Iden provocou a de Miciah. O êxtase ardente abrasou através de sua coluna,
quando o sêmen quente saiu com força por seu pênis para cobrir seu peito e ventre, deixando-o
tonto.
Apoiou-se para trás contra a parede e fechou os olhos. Lentamente, o ritmo de seu coração
reduziu a marcha e sua mente se clareou. A realidade voltou antes que ele o desejasse, com Iden
apoiando-se na mesma parede onde suas mãos tinham estado apoiadas para manter-se de pé, depois
de seu orgasmo.
— Sabia que esperava que nossa relação fosse abertamente reconhecida, quando concordei
compartilhar Zoë com você — Disse Iden, o tom de sua voz não mascarava a ira ou a dor que
Miciah podia sentir vibrando através de seu vínculo de união.
Com um suspiro, Miciah abriu os olhos.
Iden recuou, cruzando os braços sobre seu peito.
Sua postura alargada atraiu o olhar de Miciah para seu pênis semi ereto, que ainda reluzia
depois da mamada, e os pesados testículo que se balançavam abaixo dele. A pesar do espasmo de
seu próprio pênis diante a vista de Iden, a frustração debruou no último do prazer que persistia em
Miciah, desterrando-o e substituindo-o por um duro nó de preocupação quando recordou a
expressão de Zoë, e sua promessa para ela. Seguirei Iden a seus quartos privados. Resolveremos
nossas diferenças.
Miciah ficou de pé.
— Estive de acordo em que, o que ocorresse em nossos quartos privados, aceitaria-o como
natural para nossa companheira de vínculo. Nunca prometi mais que isso. O que aconteça em nosso
quarto não é assunto de ninguém, salvo de nós. Não vejo nenhuma razão para que seja de outra
maneira.
— Não vê nenhuma razão, porque não quer ver uma.
Iden deu um passo para frente, abandonando Miciah como o tinha feito a sua chegada. Sua
mão se cunhou entre eles, formando um canal apertado com os dedos fechados, ao redor de ambos
os pênis.
O toque fez que Miciah gemesse antes de poder evitá-lo. Endureceu-se diante o contato,
lutando por permanecer imóvel.
Os olhos de Iden brilhavam em um rosto que se fazia ainda mais formoso por suas linhas
duras e sua implacável vontade.

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T 159
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— Quantos outros homens Vesti lutam contra isto? Quantos deles se registram para tarefas
perigosas ou vivem em mundos perigosos porque têm medo de reconhecer abertamente os desejos
de seus corações e seus corpos por algo assim? Tem o poder para dar um exemplo, para se
converter em um símbolo da mudança.
A resistência se estendeu através de Miciah.
— Nosso mundo já está sitiado pela mudança. Muito, chegando muito rápido, e com mais
ameaça.
— Deixa-a chegar.
— Tem que ser controlado e dirigido, pelo bem de Belizair.
— É um tolo se pensar que isso é possível.
Miciah se esticou pelas palavras. Seus lábios se retiraram em um grunhido, mas Iden os
cobriu com os seus.
Me diga que negaria a outros a possibilidade de ter isto e saber que não são algo
aberrante por desejá-lo, disse Iden, movendo a mão de acima para baixo por seus eixos, enquanto
sua língua se enfrentava agressivamente contra a de Miciah.
Os Vesti não necessitam uma nova ameaça para sua forma de vida! Disse Miciah. Que eu
reconheça abertamente que é meu amante, só poderia resultar em que seja removido de meu cargo
do Conselho por quão mesmos represento, e ser rejeitado pelo resto de minha raça.
Ou poderia dar lugar a mais!
Não posso me arriscar.
Não quer fazê-lo.
Pensa o que quiser.
Iden terminou o beijo, com o peito agitado. Deu um passo atrás, abrindo a mão para que
seus pênis já não estivessem apanhado um contra o outro.
— Covarde.
A palavra atravessou o coração de Miciah.
Fechou-se. Emocionalmente. Mentalmente.
Sem outra palavra, recuperou a tanga e a pôs, indiferente ao sêmen que se secava em sua
pele.
Deu a volta e deu a ordem para que a parede se retirasse, e se formasse a abertura.
Deu um passo e saiu.
A parede se voltou a formar atrás dele, deixando-o só com seus pensamentos e escolhas.

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Zoë girou as palmas de suas mãos para cima e as estendeu, pensando que a visão chegaria
do mesmo modo que tinha acontecido com Acácia, depois da saudação formal que requeria que os
braceletes se tocassem. Em troca, Nisha tomou sua mão direita, e Avini à esquerda, e assim, ao
redor da mesa, as demais mulheres seguiram fazendo-o até que houve uma conexão ininterrupta,
uma unidade tanto em objetivos como em mentes… E os escudos do Zoë caíram.
Seu desespero era como um mar negro, mas ao estar unidas, a escuridão não podia
sustentar-se contra a chama da esperança. As piscadas individuais se converteram em uma chama
branca urgente, queimando o presente para que todas soubessem que estavam caminhando para um
futuro não muito distante, e o viam através dos olhos de Zoë.
Uma luz cegadora cedeu passo à multidão. A cores, movimentos e um lugar que Zoë
reconheceu imediatamente como a Índia.
Sentiu os gritos afogados coletivos das demais através do laço mental, quando o ser alado
que elas pensavam que era seu Deus apareceu a uma curta distância, na frente delas, e começou a
caminhar, as fazendo entrar em um bairro de prostituição.
Caminharam por ruas estreitas cheias de bordéis onde as prostitutas estavam prisioneiras
em jaulas. A maioria eram meninas, algumas de tão somente nove ou dez anos, embora a maioria
tinham de treze a dezesseis.
O estômago de Zoë se revolveu e se encheu de raiva acesa, e ainda assim, sabia que essas
moças eram só uma representação diminuta de um comércio sexual que destruía a vida de centenas
de milhares de pessoas.
Escravidão. Violação. Enfermidade. Morte. Essa era a realidade para estas moças.
Atravessaram rua após rua, até que as faces se fizeram imprecisas, embora o horror não o fez. O
Deus finalmente se deteve na entrada traseira de um dos bordéis. Deu a volta, seu olhar se chocando
com o de Zoë, estendendo-se através dela para tocar Etyn. Com um movimento de suas asas
apareceram no interior, no que parecia ser um quarto. Havia esteiras dispersas no chão, umas
quinze, com pouco espaço para andar entre elas.
Uma mulher gemia e gritava em uma delas, com seu ventre inchado pela gravidez,
enquanto trabalhava para parir uma criança. Isto aconteceu enquanto elas observavam, uma menina
com a pele cor caramelo, que não trouxe nenhuma alegria à cara da mulher que assistia o parto.
Cortou o cordão umbilical, mas não fez nenhum movimento para limpar o sangue e o líquido que
recobriam à menina, ou para colocá-la nos baços da mãe.
— É uma menina, moça. Não há nenhuma casa ou futuro para ela. Será melhor terminar
com seu sofrimento antes que este comece.
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T 161
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Zoë conteve o fôlego quando as palavras da mulher soaram como uma chicotada.
As asas de camurça se estiraram. Bloqueando a cena e a resposta da mãe, transportando a
Zoë a um bairro baixo.
Estava cheio de pobreza, sujeira e desesperança. As condições de aglomeração indicavam
que havia muitas bocas que alimentar. Estas reduziam a zero o valor da vida de uma criança, a um
inferno comparado com o paraíso de Belizair.
O Deus se deteve de novo, desta vez diante de uma choça. Girou-se, sua vontade se
estendeu através de Zoë para tocar primeiro Avini e depois Miette, indicando uma ordem. Suas asas
se elevaram e caíram, como uma cortina, e apareceram dentro do edifício, onde duas meninas se
aconchegavam em um canto, agarrando-se uma à outra, enquanto um homem no mesmo quarto
falava das vendê-las a um bordel.
Não eram maiores que Kaylee, possivelmente mais jovens. Gêmeas. O Deus pôs a mão em
cada uma delas, antes de mover-se ao quarto seguinte. Ficou de cócoras ao lado de uma bebê nua
que avançava engatinhando, as moscas posavam na sujeira de sua pele.
A cena se transformou em um orfanato. Estava lotado, mas os meninos levavam roupa
limpa e estavam bem alimentados. Jogavam, e em pequenos grupos, estavam reunidos ao lado de
professasse que lia a eles.
Através do vínculo mental, Zoë sentiu o rápido batimento do coração dos corações da
Zanya e Nisha, que esperavam que o Deus Vesti as alcançasse.
Fez-o, e como tinha feito na choça, centrou-se nelas de forma individual para transmitir a
ordem, primeiro Zanya, e depois Nisha. Desta vez, caminhou entre os meninos e entrou no edifício
através de uma porta. Não havia salões de aulas no interior, cheio de mais e mais meninos. Um
olhar mais de perto revelou esteiras para dormir, enroladas e colocadas contra a parede, para
converter o sala-de-aula em um quarto.
Seguiu pelo corredor e se deteve fora de um escritório. Vozes adultas chegavam do
interior, mas os que falavam não eram visíveis.
— Não podemos aceitar mais meninos — Disse um homem — Não se queremos alimentar
e vestir aos que já recolhemos.
— Então os rejeitaremos? — Perguntou outro homem, sua voz era familiar para Zoë,
embora não podia se localizá-lo.
Uma mulher respondeu.
— Não há outra opção. O SIDA está deixando mais órfãos cada dia, e há muito poucas
adoções. Este será um lar par a maioria dos meninos até que sejam o bastante grandes para poder
viver por sua conta.
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T 162
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Fallon Mates - 04
— E o que acontece com as mulheres com as que falei?
— Se tiver feito promessas, então não deve fazê-lo — Disse o primeiro homem, sua voz
continha um tom duro — Em duas semanas voltará para os Estados Unidos, a missão para sua igreja
já está realizada. Eles enviarão dinheiro depois que conte o que viu, talvez um ou dois casais se
comprometerão a adotar um menino e vir aqui. Isso é bom. Desejaria que todos os meninos
pudessem encontrar lares assim. Mas para no próximo ano, alguma nova causa terá apanhado o
interesse de sua congregação. Seus esforços e recursos se dirigirão para este. É a forma de agir da
pessoa, não só os americanos, e estamos muito agradecidos pela ajuda que recebemos. Mas não
podemos aceitar mais meninos, não se queremos alimentar e vestir aos que já recolhemos.
O Deus se retirou da entrada e continuou pelo vestíbulo. Zoë tentou olhar dentro do
escritório, querendo emparelhar a voz familiar com uma face, mas a cena se dissolveu, forçando-a a
avançar e sair ao exterior, onde um menino, não maior de oito anos, aproximava-se devagar do
edifício, um menino pequeno se agarrava a seu pescoço, enquanto que uma menina de
aproximadamente quatro anos se agarrava a sua camisa andrajosa.
Como tinha feito na choça, o Deus colocou sua mão sobre o menino maior e o que estava
em seus braços, assinalando seu desejo de que permanecessem juntos.
Através de sua conexão mental, Zoë sentiu a alegria de Zanya. E a de Nisha também,
quando o Deus tocou à pequena menina, antes que houvesse um borrão, uma sacudida que marcava
um salto atrás no tempo, trazendo um sentido de urgência e uma mudança de localização.

A antecipação percorreu Zoë, a suas e a daquelas mulheres Vesti, com as que seus
pensamentos estavam conectados. Quando a cena ao redor delas se enfocou, era óbvio que estavam
além dos bairros baixos e o distrito dos bordéis.
Estavam outra vez em uma rua lotada, mas aqui havia mais estrangeiros. Muitos eram
turistas, as câmaras ao redor de seus pescoços e sua vestimenta o faziam óbvio.
As pedras nos braceletes de Zoë vibraram com energia, do mesmo modo que o tinham feito
na câmara de transporte, fazendo-a adivinhar que estavam perto de um portal. Um homem surgiu do
edifício diante delas. Parecia humano, mas o reconhecimento chegou através da conexão mental
com Zanya, identificando-o como o irmão de seu companheiro de vínculo, e um caçador de
recompensas que trabalhava para o Conselho.
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Então, o Deus assinalou para baixo, por uma rua lotada de carros, bicicletas e motocicletas
levianas, assim como gente. Zoë demorou um momento em dar-se conta do que mostrava, mas
quando o fez, o entendimento a encheu. Mark. Pôde dar um rosto à voz do homem do orfanato.
Tinha-o conhecido em Istambul. Tinha estado viajando pelo mundo, ficando em albergues e
fazendo paradas, para tentar dar sentido a sua vida depois de que o irmão ao que sempre tinha
idolatrara se suicidara.
Estava a uma quadra de distância, dentro de carro pequeno. Ao lado dele se sentava a
última das três crianças que tinha mostrado.
Ao vê-los, Zoë soube que se agisse de cordato à visão, Mark a veria de pé nesse lugar. E
devido a que eram amigos, e ele acreditava que seus dons psíquicos eram verdadeiros, deixaria os
meninos com a Zanya e Nisha, e ajudaria a reunir a outros para que pudessem ser levados a
Belizair.
A consciência das mulheres Vesti desapareceu então, o enlace com suas mentes se fechou.
Zoë se voltou para o portal.
As asas de camurça do Deus Vesti desapareceram, e se converteram nas asas de plumas do
Consorte Amato, seus traços escuros deram passo a outros, acariciados pelo sol, antes que as pálidas
asas de plumas se fizessem translúcidas, e a figura diante dela tomou um brilho etéreo e eterno.
Seus olhos se encontraram com os de Zoë, e nesta ocasião, surpreendeu-se ao sentir as palavras do
Deus em sua mente, roçando-a como asas de borboletas. A mudança é o presente.
Ele brilhou e desapareceu, como o fez a visão. A realidade se transformou nas mulheres ao
redor da mesa, junto a Zoë, com suas mãos unidas. Exalou lentamente e disse as palavras que todas
estavam pensando:
— Vamos.

Covarde. A palavra assaltou Miciah em cada volta, enquanto caminhava ao longo de seu
escritório no edifício do Conselho.
Apesar da ducha de água quente que tinha tomado no banheiro anexo, não pôde tirar o frio
da palavra, ou derreter o intumescimento gelado que encerrava a seu coração. Inclusive depois de
uma mudança de roupa, não pôde afastar-se da discussão com Iden, ou das lembranças do que havia
acontecido antes desta.
Covarde. Pensaria Zoë o mesmo? Faria-o quando retornasse a seus quartos e tivesse que
dizer que nada se resolveu entre Iden e ele?
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A dor o queimava, derretendo o frio nó apertado no que se transformou seu coração.
Deteve-se diante uma janela e olhou a serra dentada que o separava da região a que representava.
Não estava equivocado em sua escolha. Se Iden e Zoë tivessem tido acesso à reunião de
emergência do Conselho, saberiam o perto estava seu mundo de ser jogado em uma maior confusão.
Em dois dias o Conselho seria convocado de novo. Discutiriam e votariam outra vez sobre
o que fazer quando se encontrassem dois varões, sendo um partido exato para uma mulher humana.
Mas esse só era um dos assuntos que tinham que discutir. Deviam considerar o tema da
união de Zantara com um varão humano. A melhor maneira de proceder sem aumentar as
esperanças das mulheres não apareadas em Belizair, só para as esmagar se fracassassem. Também
estava o nascimento dos filhos de Cyan, uma bênção que mudaria seu mundo, independentemente
do resultado.
Já era suficiente… Sem ele dando um passo adiante e rompendo os tabus culturais dos
Vesti. Certamente Iden e Zoë o entenderiam, e estariam de acordo com sua postura, se de algum
jeito pudesse explicar seus motivos mais claramente, sem violar seu dever como membro do
Conselho.
Não estava rejeitando seu amor, ou seu desejo por Iden. Mas seu vínculo estava recém
formado. Não havia nenhuma necessidade de precipitar-se a fazer do domínio público toda a
verdade. Talvez no futuro… A inquietação se assentou nele como uma mortalha fria diante o
pensamento de que logo os membros de sua família chegariam a Winseka, com o fim de conhecer o
Zoë.
Na intimidade de seus próprios quartos, entre as pessoas próximas, Iden e Zoë não
aceitariam que o negasse. Nem tampouco seria fácil para ele fingir ou escondê-lo, ainda se o
desejasse. Os olhares e toque ocasionais, os comentários e brincadeiras, fariam óbvio que ele e Iden
eram amantes, com o conhecimento e aprovação de Zoë.
Os amigos e familiares Amato não pensariam nada devido a isso, além de sua surpresa
inicial. Mas seus pais… Miciah esfregou seu peito, tentando aliviar a pressão repentina que
apareceu ali.
A tensão cresceu em seu ventre diante a perspectiva de fazer frente à reação de seus pais.
Covarde.
Desta vez a palavra foi auto dirigida.
Respirou fundo, olhando o pátio encostado com planta da selva, e além deste, o deserto de
areia dourada e superfície lisa, que lentamente cedia o passo à serra, vermelha e rochosa, que
separava a região na qual tinha pensado como seu lar até que Zoë apareceu em sua vida.

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Podia dar isso a Zoë e Iden. Podia demonstrar a si mesmo que sua reticência se devia a sua
preocupação pelos Vesti, que já confrontavam muitos desafios para sua cultura, e não à covardia.
A decisão de visitar seus pais e confiar esse segredo, não fez nada para aliviar a pressão em
seu peito ou a tensão em seu ventre. Mas diminuiu um pouco sua preocupação de voltar para seus
quartos, fazer frente a Iden e Zoë.
— É suficiente. Por agora — Havia dito Iden no templo, depois que Miciah aceitasse as
relações sexuais entre eles, se Zoë o aceitava.
Isto também seria suficiente.
Por agora.

CAPITULO 18

O nó de preocupação já formado no peito de Zoë, por causa de sua segunda viagem à


Terra, apertou-se quando chegou à residência e encontrou que não parecia diferente, exceto por sua
pequena bolsa, que tinha deixado inadvertidamente na casa de Ariel, e que estava sobre uma
pequena mesa no quarto principal. Só Iden estava em casa, mas sem os artigos pessoais que tinha
tido a intenção de trazer para seus novos quartos de moradia compartilhadas.
Ele girou de sua posição frente à janela, e ela cruzou imediatamente a sala para ir para ele,
envolvendo os braços ao redor de sua cintura. A incerteza pelo futuro ameaçou afligindo. Sua
expressão, junto com a dor que deslizava através de seu vínculo de companheiros, fez-a saber que
não havia resolvido a situação com o Miciah.
— O que aconteceu? — Perguntou.
Iden esfregou a bochecha contra o cabelo sedoso de Zoë. Tinha estado preocupado,
perguntando o que devia compartilhar com ela, sem chegar a nenhuma conclusão.
Mas agora, ao tê-la em seus braços, encontrou-se com que não queria pensar no desacordo
com Miciah, e seu próprio julgamento severo.
— É um assunto que Miciah e eu devemos resolver — Disse, suavizando suas palavras ao
roçar a orelha de Zoë com o nariz, e remontar a borda com sua língua — Deixemo-lo a um lado por
um momento.
Ela estremeceu quando a língua de Iden se precipitou em sua orelha. Seus mamilos se
endureceram como pedras contra seu peito. Depois emitiu um gemido suave quando suas mãos
acariciaram suas costas antes de empurrar as finas calças por seus quadris e deixá-los cair até que

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ficaram seus pés. A tanga de Iden seguiu o mesmo caminho, por isso estiveram pele contra pele,
seus corpos e mentes regozijados pelo íntimo contato.
Isto era o que necessitava, pensou Iden, enquanto a tomava em seus braços e a levava para
o quarto. Tinha que esquecer, escapar do que sentia como seu fracasso, sua impaciência quando se
tratava de seu vínculo com Miciah. Tinha que perder-se por um momento em Zoë.
O desejo palpitava através dele com cada pulsar de seu coração, mas era dirigido pela
necessidade de estar tão perto dela como fosse possível, não só para obter a liberação. Adoro-a,
amada, sussurrou em sua mente, colocando-a na cama e baixando sobre ela.
Ela imediatamente separou as pernas para ele, convidando-o a unir-se fisicamente com ela.
Iden procurou sua abertura, estremecendo-se quando se deslizou no calor úmido, ao tempo que as
mãos de Zoë encontravam o lugar onde suas asas e costas se uniam.
As nádegas de Iden se esticaram quando ela acariciou o sensível ponto de união, cada uma
de suas carícias enviava um pico de prazer através de sua coluna vertebral e até seu pênis. Devagar,
amada, disse, tentando controlar o impulso de seus quadris, impedindo-se de bombear dentro dela e
gozar rapidamente.
Agora que estava dentro dela, não queria deixar nunca sua acolhedora vagina e suas
profundidades quentes. Sua língua se enroscou com a dela, e seu fôlego se entrecortou pelo controle
que necessitava para resistir o apertão e liberação de seu canal a seu redor.
As pedras Ylan que usavam, e seu vínculo de companheiros, amplificaram o prazer para
que este vibrasse através e entre eles, insistindo-os a um êxtase maior. Com um gemido primitivo
deixou seus lábios e se obrigou a elevar-se sobre suas mãos e joelhos.
O grito de protesto de Zoë quando seu pênis saiu de sua boceta o encheu de satisfação.
Darei a liberação que busca, disse, prendendo-se em um mamilo, sugando-o enquanto ela
se agarrava por seu cabelo e arqueava as costas, pedindo mais de maneira silenciosa.
Adorava seus seios. Eram perfeitos, tão formosos como ela. Algum dia, teria a satisfação
de ver seus filhos alimentar-se deles, mas até então, satisfariam as necessidades e apetites de um
homem.
Seus dedos apertaram e puxaram uma escura aréola, enquanto sua boca se dava um
banquete com a outra, deixando-a sentir toque suave de seus dentes e a fome de seu companheiro
por possui-la.
A respiração de Zoë saía em ofegos, e sua voz sussurrando:
— Por favor, Iden.
Sempre, amada. É meu direito e dever te dar prazer.

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O Presente de Zoe
Jory Strong
Fallon Mates - 04
De maneira relutante deixou seus seios, beijando-a para baixo, por seu tenso e feminino
ventre. Ela levantou os quadris, apresentando suas dobras excitadas e sua fenda molhada.
Ele a lambeu, deslizou a língua dentro dela, e saboreou os sons que emitiu, o calor e seu
sabor.
Zoë era tão desinibida, tão livre para fazer saber claramente quanto gostava do que o fazia.
— Me deixe te fazer o mesmo — Disse ela, captando o tom de seus pensamentos e
enviando imagens decadentes dela sugando seu pênis enquanto ele fazia o mesmo com seus clitóris.
Ele tinha negado antes, quando estavam na Terra. Não tinha atrevido a arriscar-se quando
seu vínculo de união não estava afiançado. Mas desta vez… Deixou sua boceta, só o tempo
suficiente para que trocassem de posição na cama, e permitir a Zoë a posição dominante, com seu
corpo estendido sobre o seu, e sua face sobre seu pênis ereto, enquanto ele, de novo, pressionava a
boca contra os úmidos e inchados lábios de sua boceta.
O fogo queimou através dele com o chicote de sua língua e a doce sucção de sua boca.
Recordou muito tarde sua própria exigência anterior de que fizessem amor lentamente. Também
recordou muito tarde, que quando se tratava de comportar-se, sua companheira nunca o fazia.
Estremeceu e gemeu, impotente diante o ritmo que ela estabeleceu, quando tomou entre
seus lábios e sugou com impaciência.
Seus quadris se sacudiram e perdeu qualquer pensamento, exceto o de aplicar-se à tarefa de
fazer gritar Zoë pela liberação.
Tomou o controle de novo, fodendo-a com a língua, atormentando-a com o toque circular
desta sobre seus clitóris.
Alternou entre toques quentes e sucções fortes, suas mãos impediram que escapasse até
que deu o que ele queria… Um agudo grito de liberação, quando se estremeceu e gozou.
Foi uma agonia tirá-la de sua posição sobre ele e sair de sua boca. Estava desesperado por
derramar sua semente, mas queria encher seu canal com ela.
A fantasia que tinha tido mais cedo, enquanto esperava que Zoë retornasse do mercado,
deslizou-se em sua mente. Ficou de pé e a levantou em seus braços, antes que ela pudesse tentá-lo a
cobri-la com seu corpo e aparear-se com ela.
Sua risada era divertida e desafiante enquanto a levava ao banheiro, seu vínculo não
permitia esconder suas intenções. Colocou-a de pé na ducha e tomou posição atrás dela, segurando
seus seios enquanto suas asas se estendiam plenamente.
Com um pensamento, as paredes se converteram em espelhos, enquanto caía água do teto e
os lados.
— Comportara-se agora, amada, ou farei baixar as cordas para te atar.
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Fallon Mates - 04
Zoë estremeceu diante a ameaça, diante a visão das imagens eróticas capturadas nos
espelhos. A luxúria se reuniu em seu ventre, a necessidade retornou como uma febre.
Não podia perder isto. Não podia perder nem Iden, nem Miciah.
Observa enquanto te amo, disse Iden, pressionando beijos em seu ombro e pescoço, com
suas mãos acariciando-a, deslizando-se sobre seu ventre e seus dedos afundando em sua fenda, só
para retirar-se e tomar posse de seus mamilos.
Era o castigo e a adoração, combinados. Uma exigência carnal de que cedesse todo o
controle.
Zoë o pôs a prova ao roçar seu traseiro contra sua longitude endurecida, e sentiu o golpe da
mão em sua boceta a maneira de disciplina. O fogo ardeu em seus clitóris, fazendo que os dedos de
seus pés se flexionassem e seus olhos se fechassem.
Observa, disse ele, reforçando a ordem com outro açoite, seguido pelo deslizamento de
seus dedos em sua boceta.
Ela olhou, e rogou, enquanto a imagem de seu companheiro alado amando-a era gravada
em sua memória.
Só quando ela tremeu de desejo, ordenou que se inclinasse para frente e pusesse as mãos
contra a parede. Ela obedeceu, desesperada por tê-lo em seu interior.
Tomou então… Devagar. Mas custou.
No espelho não podia esconder seus traços tensos ou o tremor de suas asas estendidas,
enquanto lutava por fazer que durasse. Assim como não pôde ocultar o êxtase que palpitou através
de seu vínculo, quando os dedos sobre seus clitóris a enviaram por cima da borda, levando-o com
ela.
Banharam-se depois, trocando toques saponáceos e beijos molhados, atrasando-se em um
paraíso cheio de vapor. E, apesar de suas relações sexuais, a necessidade de contato físico seguia
dentro de ambos, quando saíram da ducha.
Zoë se permitiu ser apoiada contra a parede. Comeu avaramente a boca de Iden quando ele
pressionou os lábios contra os seus, sugando avidamente sua língua em sua boca.
Parece-me que não posso ter suficiente de você, disse ela, querendo a segurança que dava
tê-lo dentro dela, enquanto uma dor se formava em seu coração ao pensar em Miciah e sua
prolongada ausência.
A mão de Iden segurou sua face. Tudo estará bem. Ele voltará.
A dor se estendeu, criando um lugar para a preocupação, temor e culpa.
Durante um instante, ela vacilou, querendo falar sobre seu dom e como o tinha utilizado,
mas decidiu não fazê-lo, postergando-o até que pudesse dizer a ambos ao mesmo tempo.
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Cobriu o mamilo de Iden com sua palma, distraindo a ambos do que aconteceria quando
Miciah chegasse a casa. Ele gemeu. O calor de seu corpo e o prazer que encontrava ao ser seu
companheiro se filtrou em sua alma.
Os sinos soaram e ele se separou a contra gosto.
— Temo que este seja o castigo por ajudar às pessoas de Belizair. A maioria tem uma
semana ou mais de tempo ininterrupto quando estão recém apareados, mas entre nós três, parece
que não passará um dia sem que isto aconteça.
Vestiram-se antes que Iden fosse à porta e ordenasse que se abrisse. Um casal Amato
estava de pé ali.
Zoë reconheceu ao homem como o que tinha estado esperando na câmara de transporte a
que Iden retornasse da Terra. Iden disse:
— Denaus, Phenice, acompanharei-os ao templo se me necessitarem. Mas primeiro,
conheçam o Zoë, a companheira de vínculo que compartilho com o Miciah do clã Danjal.
Zoë ficou a seu lado, com uma tensão repentina diante a perspectiva de ter que tocar
Phenice na saudação formal. Relaxou-se um pouco quando nenhum deles deu um passo adiante ou
levantou seus braços.
Os olhos de Denaus mostravam incerteza quando se encontraram com os seus. Tomou a
mão de sua companheira e a apertou.
Phenice disse:
— Eu… Nós… Esperávamos poder falar com Zoë, para ver se nos pode ajudar da mesma
maneira que o fez com Etyn.
Iden se sobressaltou, e sua surpresa se estendeu através de Zoë. Ela o olhou, sem saber que
dizer.
Não teve que dizer nada. Iden inclinou a cabeça.
— É obvio, posso ir para garantir sua privacidade.
Instintivamente, Zoë entrelaçou seu braço ao redor do dele.
— Fique. Sairei fora com eles, talvez demos um passeio — Odiava ter que dissimular,
lamentou não ter compartilhado a verdade com Miciah depois de ajudar a Acácia, e não tê-lo feito
com Iden, depois de ajudar Etyn e às outras mulheres Vesti.
As sobrancelhas de Iden se uniram, mas só disse:
— Esperarei sua volta. E a de Miciah.
O nó da garganta de Zoë se apertou, recordando que sua relação se enfrentava a mais de
um desafio em nome da mudança em Belizair. Assentiu e caminhou pela entrada aberta, para onde
Phenice e Denaus a esperavam.
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A parede se voltou a formar, e um silêncio embaraçoso ameaçou descer sobre eles. Zoë
respondeu diante isso ao tentar primeiro a parte mais difícil.
— Talvez não seja capaz de ajudá-los.
Repentinas lágrimas brilharam nos olhos de Phenice. Ela tomou ar antes de assentir.
— Eu… — Deu uma rápida olhada para o Denaus — Nós sabemos.
A garganta de Denaus se moveu, como se tratasse de tragar seu receio.
— Só pedimos que o tente.
A preocupação que Zoë experimentou no mercado voltou. Eles tinham que saber as
possíveis consequências, melhor do que ela o fazia, mas não podia proceder sem adverti-los:
— Isto não pode continuar sendo um segredo. Tenho a intenção de contar tanto a Iden
como ao Miciah, hoje mesmo.
Assumindo que Miciah retornasse à casa.
Denaus esticou as costas, a resolução endireitou sua coluna e aumento da incerteza de sua
expressão.
— Entendemo-lo, e aceitamos os riscos que implica.
A seu lado, Phenice assentiu em acordo.
Zoë tomou uma respiração profunda e deixou sair o ar lentamente.
— Então podemos tentá-lo — Disse, estendendo suas mãos.
Denaus tomou uma delas e Phenice a outra, suas mãos entrelaçadas formaram um círculo.
Zoë só teve o tempo suficiente para esperar poder manter-se de pé, já que foram lançados através de
uma tempestade de estrelas em um campo de escuridão. Los Angeles. Reconheceu o horizonte ao
longe, apesar de que na Terra era de noite.
Estavam no extremo mais longínquo do estacionamento de uma estação de gasolina.
Uma brisa trouxe o aroma dos banheiros. Umas luzes traseiras se afastaram, enquanto o
ruído da autoestrada pulsava através dela, palpitando com uma urgência que a fez olhar a seu redor,
procurando… Um movimento capturou sua atenção, traças que voavam sob a fraca luz de umas
luzes tênues. Revoltaram para baixo, convertendo-se em uma figura sólida, uma figura familiar,
embora desta vez suas asas eram de plumas. Ele colocou uma mão sobre o contêiner de lixo situado
atrás do edifício e depois se foi, em uma piscada, liberando o Zoë da visão.
Zoë não vacilou. Enquanto as palavras sussurradas de Phenice, o Consorte Ylan, apareciam
em seus pensamentos, já estava dando uma ordem mental, transportando-os até a parte exterior do
portal para a Terra.

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As mãos de Denaus e Phenice apertaram as suas, antes de libertá-las para que pudessem
entrar rapidamente no edifício, e depois através de este, só fazendo uma pausa o tempo suficiente
para colocar roupa apropriada antes de entrar na câmara de transporte.
— Aonde? — Perguntou Denaus.
— América do Norte. Los Angeles.
Ele assentiu uma vez, e logo as pedras zumbiram à vida. Zoë sentiu a acumulação, mas não
houve nenhuma sensação de transporte, só a realidade disso.
Em uma piscada, ela os transportou da câmara da Terra, ao estacionamento da estação de
gasolina. Denaus e Phenice correram diante dela, livres das asas que permaneciam como partículas.
— Espera — Disse Denaus a sua companheira, enquanto se sentava escarranchado sobre a
borda do contêiner e deslizava lentamente em seu interior.
Os ratos brincaram de correr para afastar-se, fugindo deles. Um bebê começou a chorar.
Seu pranto soava longínquo, como se estivesse sepultado sob o lixo.
Phenice ofegou. Suas mãos foram a sua boca, seus dedos tremendo quando a luz brilhou
em seus olhos cheios de lágrimas.
Denaus se inclinou, movendo o lixo até que encontrou o menino dentro de uma sacola
plástica de lixo, cheia de toalhas de papel empapadas com sangue e fluidos.
Só o fato de que a sacola não se fechou e prendeu, tinha evitado que o bebê se asfixiasse.
Uma olhada ao banheiro a vários passos de distância, e a lembrança de umas luzes traseiras
afastando-se, fizeram saber a Zoë o que havia acontecido. Denaus tirou o bebê do lixo e encontrou
uma menina diminuta. Ficou de pé e a deu a Phenice.
— Por que? — Perguntou ele, com ira e tristeza em sua voz.
— Não sei — Disse Zoë — É uma horrível realidade aqui. Há tanta gente boa que daria
tudo por ser capaz de ter um filho, mas não podem. E estão aqueles que os trazem para este mundo,
quando não os desejam.
Denaus sepultou de novo a sacola em que tinha estado a menina, cobrindo-a com outras
sacolas, antes de saltar a tampa do contêiner e aterrissar ao lado de Phenice.
Seus braços a rodearam. Sua face se suavizou, cheia de amor e assombro, quando olhou à
menina que sua companheira tinha contra seu peito.
Zoë olhou a seu redor para assegurar-se que não houvesse nenhuma câmara de segurança,
antes de tocar com uma mão as costas de Phenice.
— Pronta?
— Pronta — Sussurrou Phenice.

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Convocando a energia, com uma ordem acompanhada das coordenadas, estavam na
câmara de transporte no mais profundo da cidade.
Zoë se afastou quando Denaus tirou uns braceletes diminutos de seu bolso, e os pôs nos
pulsos da bebê. Voltou-se, concedendo intimidade, enquanto criavam um vínculo familiar com sua
nova filha.
Voltaram para a Winseka uns minutos depois.
Denaus se afastou de Phenice de maneira relutante.
— Não há palavras que possam expressar o que sentimos — Disse, e Zoë pôde sentir que
realmente não sabia que dizer.
Phenice estendeu a mão e apertou a de Zoë.
— Obrigado.
A emoção percorreu Zoë, a sua, assim como a deles. Assentiu, desfrutando dos bons
sentimentos, antes que o temor, que já era familiar, retornasse à superfície.
— Não posso manter este segredo diante Miciah e Iden — Disse, recordando suas
intenções.
Os traços de Denaus se endureceram de maneira resolvida, ao igual aos de Phenice. Ele
disse:
— A mão da Deusa estava nisto, assim como a de seu Consorte. Os altos Sacerdotes e
Sacerdotisas Amato apoiarão nossas ações, inclusive contra as leis promulgadas pelo Conselho.
Em vez de oferecer alivio, suas palavras apertaram o nó no estômago de Zoë.
— As mulheres Vesti veem seu Deus errante quando uso meu dom para as ajudar.
Por suas expressões de surpresa, soube que Etyn não os havia dito. Mas antes que
pudessem perguntar algo mais, a bebê começou a chorar.
O brilho de preocupação nos olhos de Phenice, e o olhar apressado para a porta da câmara,
fizeram saber Zoë que, apesar de sua resolução e suas crenças, estavam preocupados ao pensar em
ter que enfrentar-se ao Conselho.
— Vão — Disse ela — Encontrarei o caminho a casa.
— Obrigado — Disse Denaus, e depois murmurou a sua companheira de vínculo —
Usemos a energia armazenada em nossos braceletes para ir diretamente a nossas casas.
Com um rápido assentimento por parte da mulher, foram-se em uma piscada.
Zoë considerou seguir seu exemplo. Não queria nada mais que descarregar do peso da
culpa que vinha com o segredo. Queria que seus temores pelo futuro fossem desterrados pela
sensação dos braços de Iden e Miciah seu redor, enquanto diziam que tudo estaria bem. Mas ainda
não podia voltar para seus quartos.
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Tinha que advertir Acácia, assim como às outras mulheres Vesti. Em seu apuro em ir à a
Índia, e o tempo que passou com Mark, enquanto o acompanhavam em seu percurso e encontravam
os meninos que tinham visto em sua visão, esqueceu-se de revelar suas intenções de dizer a verdade
sobre seu dom a Miciah e Iden… Hoje, logo que os três estivessem juntos de novo.
Repentinamente, deu-se conta de um fato que fez que seu pulso se acelerasse.
Como não havia tocado seus braceletes com as de nenhuma das mulheres Vesti com as que
se reuniu no mercado, não tinha nenhum modo de localizá-las.
Seu pânico desapareceu ao recordar que as coordenadas da casa de Acácia tinham sido
armazenadas. Podia ir ali e pedir a Acácia que o dissesse às demais.
A face de Lyan chegou de repente aos pensamentos de Zoë. O calor se estendeu através
dela ao recordar a reação de Miciah ao vê-la em seus braços.
Na casa de Acácia, ela e Lyan tinham trocado uma saudação formal. Sabia onde vivia… E
o que era mais importante, devido a que compartilhava uma mulher humana chamada Krista, com
um Amato chamado Adan, Lyan estava aparentado com Ariel, devido a Zeraac… O que significava
que agora, ele também era seu parente.
Um pequeno sorriso se formou junto com uma ideia. Lyan estava presente quando ela e
Acácia chegaram com uma menina que claramente era humano. Ele tinha a reputação de ser
problemático na hora de seguir as regras. Quem melhor para fazê-lo? Ele poderia levar a mensagem
a Acácia, assim como a Etyn, Avini e as demais.

Miciah encontrou sua mãe e a seu pai jogando uma partida de kantra no alpendre fechado
de sua casa, construída no alto de uma árvore Sumerel. Pequenos azulejos brancos estavam sobre a
mesa entre eles, alinhados em filas e colunas, as cores e formas dos símbolos pintados em seu
centro determinavam onde podiam ser colocados. Os humanos tinham um jogo muito similar a este,
chamado Qwirkle13.
Sua mãe sorriu em bem-vinda, levantando sua face para um beijo.
— Está ganhando? — Perguntou ele, inclinando-se para roçar com os lábios sua bochecha.
Sua risada o fez sorrir, a pesar do motivo da visita.

13
É um jogo de mesa tático de blocos de madeira que combina a lógica e a estratégia
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— É obvio que estou ganhando. Seu pai poderá ser o campeão indiscutível de
Fett em nossa casa, mas ainda tem que ganhar neste jogo de maneira consistente.
Miciah girou e seu pai ficou de pé. Eles trocaram saudações de maneira mais formal,
roçando seus braceletes ao mesmo tempo em que tomavam em suas mãos os antebraços do outro.
A expressão de seu pai era de perplexidade, inclinando-se para a preocupação.
— Está tudo bem com sua nova companheira de vínculo? — Perguntou, antes de sentar-se
de novo.
— Jadiel — Repreendeu sua mãe — Miciah acaba de chegar. Sem dúvida, as perguntas
podem esperar até que tenha tido a oportunidade de oferecer algo de comer e beber.
— Estou bem, mãe — Disse Miciah, tentado a aceitar o atraso, mas sentindo-se muito
nervoso para fazê-lo.
A preocupação repentina nos olhos de sua mãe, fez consciente de sua mão em seu peito,
esfregando sobre seu coração, como se pudesse afrouxar o punho de tensão que lhe oprimia.
— O que ocorre? — Perguntou sua mãe, o medo se percebia em sua voz já que, igual a seu
pai, adivinhava que só um pouco realmente importante poderia fazer afastar-se de sua nova
companheira, depois de ter retornado da Terra com ela no dia anterior.
— Nada mau — Disse, fazendo um esforço para sentar-se — Espero com muita ilusão que
conheçam Zoë. Gostarão. É perfeita para mim em todos os sentidos. Não posso imaginar ter
qualquer outra mulher como minha companheira.
Depois de um longo olhar, tratando de ver a verdade em seus olhos, as bochechas de sua
mãe se ruborizaram ligeiramente.
— Encontra o acerto mais difícil do que esperava — Supôs ela em voz baixa — Não é
nosso costume compartilhar companheiros como o fazem os Amato.
Lançando um olhar para o outro lado da mesa, acrescentou:
— Talvez seu pai possa te aconselhar.
Miciah sentiu o rubor em sua face diante a sugestão de sua mãe. Ela tomou uma de suas
mãos entre as suas, e apesar de seu apertão firme, Miciah podia sentir um tremor leve nestas.
— Tem que fazer que isto funcione, Miciah — Disse — Se lamentar sua escolha apressada
de um sacerdote Amato…
— Iden — Disse ele, sabendo pelo tom de voz de sua mãe, que permanecia desconcertada
e ferida por sua breve mensagem, antes de sua partida para a Terra.
A sua era uma relação estreita. Em circunstâncias normais, ele teria discutido seus planos
com eles, possivelmente até tivesse argumentado os prós e os contra da aliança com qualquer casa
do clã Amato.
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Não o tinha feito. Em seu lugar, tinha enviado um mensageiro.
Muito tarde, deu-se conta de que isto teria sido mais fácil se eles tivessem ouvido falar
antes de Iden. Mas não o tinha feito, e agora, em presença de seu pai, soube por que. Não tinha
querido que se revelasse nenhuma pista de seus sentimentos.
— Iden — Disse Miciah, repetindo o nome em voz alta, enquanto seu coração se acelerava
e sua garganta ameaçava fechando-se.
O apertão de sua mãe em sua mão se fez mais forte.
— Pode confiar em nós. Isto não sairá daqui.
Disso, estava muito seguro.
Não havia nenhuma maneira suave de dizer o que tinha que ser dito. Conservou sua
atenção concentrada em sua mãe, sabendo que não quereria recordar a reação de seu pai.
— Iden é mais que simplesmente um Amato com o que devo compartilhar Zoë. Ele e eu
também somos amantes.
Sua mãe emitiu um pequeno grito afogado, mas não separou suas mãos com recusa, ou
recuou pelo horror. Ela piscou várias vezes e depois olhou a seu pai rapidamente.
Algo passou entre eles. O rubor que tinha colorido sua face por seu anunciou desapareceu.
Seus traços se fizeram firmes, enquanto que um olhar a seu pai revelou uma expressão fechada.
— Tem a intenção de fazê-lo público, além dos amigos íntimos e a família imediata? —
Perguntou sua mãe.
— Ainda é muito que essas pessoas saibam — Disse seu pai, antes que Miciah pudesse
responder — Não é nosso estilo de vida.
— Só porque ninguém com influência se atreveu a dar um passo adiante e desafiar os
convencionalismos — Disse sua mãe, surpreendendo Miciah com sua declaração.
Seu pai ficou de pé.
— Nosso filho não será o primeiro em fazê-lo. Estou disposto a aceitar o que faz na
intimidade de seus quartos, que é assunto dele, embora tivesse preferido não saber nada a respeito.
Mas se o faz do conhecimento público, seu direito a representar os Vesti desta região será
desafiado, e apoiarei os que façam o desafio. Os Vesti necessitam estabilidade neste momento, mais
que em qualquer outro. Já estamos sendo obrigados a mudar, a nos converter mais ao estilo Amato.
Miciah sentiu que o punho apertado ao redor de seu coração se soltava. As palavras de seu
pai quase refletiam suas próprias crenças.
Poderia ter sido pior, Miciah teve tempo para esse pensamento, antes que sua mãe ficasse
de pé.
Ela cruzou seus braços sobre seu peito e fulminou a seu pai com o olhar.
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— Para os que pensam como você, nunca há um bom momento para a mudança. E nunca
haverá, no que se refere a um Vesti que ame a alguém de seu mesmo sexo. Tyden encontrou a
morte no Setor do Jogo Kotaka devido a isso. A vergonha que sentia por desejar os homens, em vez
das mulheres, o fez fugir de Belizair.
O choque diante a menção de seu tio, cuja morte tinha chorado de menino, deixo a Miciah
imóvel, mudo.
— Se nosso filho decide dar um passo adiante, e jogar luz sobre uma verdade que
permaneceu oculta durante muito tempo, ou permanecer em silencio sobre isso, aceitarei sua
decisão — Seguiu sua mãe, sem dar-se conta do que a menção de Tyden tinha produzido em Miciah
— Mas se sua relação com Iden se faz pública, e seu assento no Conselho é desafiado, eu estarei a
seu lado. E se escolhe fazer o contrário, e denunciar a seu próprio filho por algo que é tão natural
para ele como seus impulsos são para você, então retornarei com minha família, à casa de meu clã,
até que Zoë dê a luz. Então, mudarei-me para estar perto de meus netos.
— Que assim seja — Disse seu pai, antes de girar e entrar em pernadas à casa.
A agonia encheu Miciah. Isso era tudo o que tinha temido que ocorresse aos Vesti… A
separação das famílias por um desafio a seus valores culturais, só que era pior. Nunca o tinha
pensado, nunca imaginou a seus pais enfrentando-se, e a sua mãe ameaçando partindo.
As lágrimas reprimidas queimavam sua garganta. Seu coração se acelerou como se queria
fugir de seu corpo e escapar da confusão.
— Eu…
Não ocorria nada que dizer. Não havia palavras para reparar o dano.
Sua mãe colocou as mãos em seus ombros.
— Seu pai e eu resolveremos nossa diferença de opinião. Faça o que tem que fazer,
Miciah, deve saber que ambos o amamos.
Um músculo tremeu em sua bochecha. Ele assentiu, pouco disposto a seguir discutindo o
assunto. Ela já tinha deixado clara sua posição.
— Tenho que voltar para Winseka — Deu um beijo de despedida e se foi, inseguro do
recebimento que teria ao chegar à casa.

CAPITULO 19

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O coração de Zoë se afundou logo que entrou na residência. Miciah não havia retornado
ainda e Iden estava sentado no sofá, com os cotovelos em seus joelhos e sua face entre as mãos.
Uniu-se a ele, um toque em seu ombro foi tudo o que necessitou para endireitar-se e puxá-
la para seu colo. De maneira impulsiva, ela se inclinou para frente, abrindo a bolsa que Ariel devia
ter encontrado na cadeira de sua cozinha depois de seu festim de sorvete, para depois enviar. Tirou
a caixa que continha a escultura que tinha comprado na Celebração do Sol. Desembrulhou a obra de
arte de suas capas de plástico de borbulhas, as lágrimas ameaçaram caindo ao vê-la, recordando sua
felicidade anterior.
Tinha-a comprado porque os amantes entrelaçados faziam pensar no que ela tinha com
Iden e Miciah, no tempo suspenso e um momento precioso apanhado em cristal. Sua garganta se
fechou diante o pensamento de que, igual à figura, seu vínculo de união poderia ser facilmente
destruído. Mas enquanto colocava a escultura sobre a mesa, obrigou-se a vê-la como um símbolo do
que todos desejavam, e a usar a imagem para fortificar-se para o que poderia ocorrer, em vez de vê-
la como um presságio de dor.
Superaremos isto, disse, escolhendo a forma íntima de comunicação, enquanto rodeava
com os braços o pescoço de Iden e apertava seus lábios contra os seus.
Faremo-lo, disse ele, o calor úmido de sua boca e a sensação sensual de sua língua contra
a sua, mantiveram a raia as preocupações por seu futuro juntos. Ela dava tanto consolo como
procurava, inundando-se no calor da pele de Iden.
Seus mamilos se endureceram e doeram. O sangue correu para inchar e separar os lábios de
sua boceta.
Sua necessidade foi respondida com o grosso vulto de seu pênis, e o endurecimento de seus
braços a seu redor. Me leve a cama, sussurrou em sua mente, querendo estender aqueles momentos,
quando tudo o que importava era o prazer que encontravam um no outro.
Iden ficou em pé, embalando-a entre seus braços, sem romper nunca o beijo, enquanto a
levava para o quarto e a deitava, tirando a calças com facilidade, antes de tirar sua tanga e cobri-la
com seu corpo.
Sente-se muito bem, disse ela, adorando sentir a força e o peso sólido, a proteção que
vinha do ter sobre ela.
Iden deixou sua boca para tomar o lóbulo de sua orelha entre seus lábios e chupá-lo
Suavemente. Me alegro de que esteja em casa. Pôde ajudar Phenice e Denaus?
Zoë respondeu com um gemido. Sim.

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Que bom, disse Iden, seu amor por Zoë se inchou até encher seu peito, seu orgulho para
ela deixou a um lado a discussão que tinha tido com Miciah, e a tristeza que sentiu ao chamá-lo
covarde.
Ao menos, esta parte de sua vida juntos era perfeita, pensou Iden, enquanto as mãos de Zoë
acariciavam suas costas e suas asas.
Seus clitóris inchado se apertou contra seu pênis endurecido, fazendo que a necessidade o
atravessasse. Reclamou seus lábios em um beijo lento e cuidadoso.
O desespero tentou encontrar um caminho de volta à consciência de Zoë.
Sentiu seu eco dentro de Iden, e como ambos a obrigaram a sair, a favor das carícias
prolongadas e os murmúrios de prazer.
Ele se colocou de lado a seu lado e ela protestou pela perda de contato, só para arquear as
costas em aprovação, quando sua mão segurou seu seio e sua boca deixou a dela, para deixar beijos
úmidos para baixo. Suas pernas se separaram em convite quando Iden tomou seu mamilo entre os
lábios e começou a sugar.
Doces cheiros de prazer rodaram através dela com cada puxão de seus lábios. Estes
encheram seu ventre e se concentraram nos lábios de seu sexo, com a quente excitação escapando
de sua vagina e deslizando-se por sua entrada traseira.
Iden retirou a mão de seu seio e a deslizou pelo caminho que ela desejava, fazendo uma
pausa em seu abdômen plano.
Houve um breve brilho, a imagem dela levando seus filhos. Provinha dele, e estava
acompanhada por uma emoção tão intensa, que sua matriz revoou e sua vagina se apertou.
Algum dia, disse ela, tendo esperança em um futuro juntos que o permitisse.
Algum dia, esteve de acordo ele, com voz rouca em sua mente. Estou muito contente de
não te compartilhar com ninguém mais que Miciah.
A menção de seu companheiro de vínculo ausente enviou uma pontada dolorosa através de
ambos, detendo sua subida para a união íntima. Encontraremos o modo de fazê-lo funcionar, disse
ela. Me ame.
Ele levantou a face para unir seus olhares. Seu sorriso era como um raio de luz de sol.
Sempre, disse, antes de reatar sua sucção, acrescentando a sensação de seus dentes e o
movimento decadente de sua língua sobre seu mamilo.
A velocidade do raio o desejo a atravessou, disparando-se para baixo, chegando à
intensidade máxima em seu interior e fazendo levantar os quadris em uma súplica silenciosa para
sentir sua mão, ou sua boca, entre suas coxas.

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T 179
O Presente de Zoe
Jory Strong
Fallon Mates - 04
A satisfação masculina ronronou ao longo de seu vínculo mental. A necessidade de Zoë de
seu tato se acrescentou ao prazer de Iden e alimentou sua luxúria.
Ela estremeceu quando a palma de sua mão avançou mais abaixo. Umedeceu-se mais, à
espera que chegasse a seu montículo.
Por favor, pediu Zoë.
As pontas dos dedos de Iden se inundaram em seu canal alagado, para depois as deslizar
sobre seus clitóris, com fortes movimentos circulares, fazendo que seus quadris se movessem e sua
respiração se acelerasse.
Terminei com uma companheira muito exigente, disse Iden. É algo bom que saiba como
satisfazer suas demandas. Mas eu tenho minhas próprias demandas. Ponha sobre suas mãos e
joelhos, Zoë. Quero te montar. Quero gozar dentro de você e te encher com minha semente.
Levantou a face de seu peito, e o calor de seus olhos foi suficiente para fazê-la obedecer a
sua erótica ordem. Ela deu a volta, colocando-se como o tinha ordenado.
Sem que o dissesse, Zoë separou suas coxas, apresentando sua inchada e úmida vulva, e
sua estendida fenda. Um gemido escapou de seus lábios quando Iden se levantou atrás dela e
deslizou seu pênis em seu canal.
Sua vagina se contraiu, apertando com sua força endurecida longitude. Tratou de mover-se
para trás, fodendo a si mesma nele, mas ele a agarrou pelos quadris e a manteve imóvel.
A parede frente a eles começou a trocar de cor, como o tinham feito as da ducha,
convertendo-se em um espelho. Conteve o fôlego, como sempre para quando via Miciah ou Iden
com as asas estendidas, tremendo enquanto faziam amor. Sua perfeição absoluta e beleza masculina
eram quase entristecedoras.
Você é a formosa, disse Iden. Observe tomar o que me pertence. Moveu-se então. Devagar
a princípio. Depois mais rápido. Mais duro.
O prazer de ambos os era capturado pelo espelho, duplicado a causa este.
Cresceu até que não puderam negar o êxtase da liberação.
O orgasmo caiu sobre eles justo no momento que Miciah apareceu na porta.
Sua chegada os banhou com largas ondas de felicidade entumecedora, permitindo manter
afastados seus temores sobre o futuro… Ao menos nesse momento.
A parede se fez sólida, mas não antes que Zoë visse a desolação nos olhos de Miciah, e a
rigidez de sua postura. Seu coração se sobressaltou e o calor das relações sexuais se dissolveu,
levando com ela a barricada que mantinha suas preocupações fora de sua mente.
Iden saiu de seu corpo e se estirou a seu lado em uma postura cômoda. Sua expressão
estava em branco, igual a sua mente.
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T 180
O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Zoë deixou a cama e se dirigiu para Miciah, detendo-se diante dele, sentindo-se rasgada
entre seus dois amantes.
— Acreditei que voltaria para casa mais cedo — Disse, colocando suas mãos sobre o peito
de Miciah, desejando que a envolvesse entre seus braços e dissesse… O que? O que tudo estaria
bem? Quando ela ainda tinha que admitir seus delitos?
O peso das emoções em conflito caiu pesadamente sobre Miciah. Tinha estado tão seguro
do correto de sua postura, tanto antes de ir à casa de seus pais, como depois de tê-lo feito. Tinha
estado seguro de que manter sua relação com Iden em segredo era o melhor para os Vesti e para
Belizair. Mas no momento que entrou em seu quarto e foi testemunha do prazer sem inibições de
Zoë e Iden, seguido por sua preocupação quando ele se transformou no foco de sua atenção, fez que
sua convicção vacilasse.
Doía sentir que uma parede se formava entre eles. E se ainda tivesse a intenção de manter
em segredo sua relação com Iden, então essa parede existiria cada vez que estivessem juntos em
público. E a dor que isto geraria só se ulceraria e cresceria.
Para os que pensam como você, nunca há um bom momento para a mudança. E nunca o
haverá, no que se refere a um Vesti que ame a alguém de seu mesmo sexo.
As palavras de sua mãe atravessaram sua alma, embora tivessem sido dirigidas a seu pai. A
morte de seu tio, e o saber que este tinha experimentado vergonha por desejar os homens em vez
das mulheres, tinham aberto uma ferida no coração de Miciah.
— Quantos outros homens Vesti lutam contra isto? — Havia dito Iden —. Tem o poder
para dar um exemplo, para se converter em um símbolo da mudança. Me diga que negaria a outros a
possibilidade de ter isto e saber que não são algo aberrante por desejá-lo.
Com a dor de seu próprio futuro frente a ele, Miciah realmente considerou os outros varões
de sua raça. Homens que temiam ser discriminados devido a sua sexualidade, que se viam
obrigados a viver uma mentira devido a isso.
Puxou Zoë para seus braços e sepultou a face em seu cabelo.
— Fui falar com meus pais — Disse — Esperava, que dizer a minha família que Iden e eu
somos amantes, fosse suficiente para apaziguar os dois.
Era muito difícil pôr em palavras o enredo de emoções e pensamentos.
Roçou as barreiras que protegiam suas mentes da dele, e sentiu alívio quando permitiram o
contato íntimo.
Com imagens, mostrou o que havia acontecido. Deixou-os sentir sua angústia pela briga
que sua revelação tinha causado entre seus pais, a força de sua convicção e o que tinha levado a
trocar de opinião ao chegar à casa.
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O Presente de Zoe
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Fallon Mates - 04
Iden deixou a cama e se uniu a eles na entrada. Pressionou seu peito contra as costas de
Miciah e seus braços se estenderam ao redor de Zoë, de forma que Miciah fosse sustentado
apertadamente entre eles.
Toda a dor e a culpa, o remorso que tinha odiado sentir por falhar a seu companheiro,
estenderam-se dentro dele. Tinha estado tão cegado por seus próprios desejos, por sua impaciência e
por sua certeza de ter a razão, que tinha conseguido fazer mal a Miciah, em vez de tentar entender
sua posição.
Doía o coração como resultado da injustiça que tinha cometido, o sofrimento que tinha
causado.
— Sinto ter te chamado covarde. Foi injusto por minha parte. Não sou um Vesti. Não
posso apreciar realmente o que significa para você romper com sua cultura pelo fato de tomar um
amante varão. Foi incorreto de minha parte julgá-lo como algo simples.
— Tinha razão ao me desafiar a dar um passo à frente por todos os Vesti, a me converter
em um exemplo. Não te negarei em público outra vez.
— Darei um pouco de tempo para se acostumar à ideia. E tentarei esperar até que diga que
está preparado, antes de ceder a minhas inclinações em público. Se a Deusa e seu Consorte o
permitem, estaremos juntos toda a vida.
Diante a menção do Consorte, a alegria de Zoë por sua reconciliação desapareceu sob o
impacto da preocupação. Prometeu dizer a verdade ao Iden e Miciah logo que pudesse. Mas agora
que o momento tinha chegado, não queria arruinar a oportunidade de compartilhar a intimidade e
cercania.
Uns minutos mais não farão mal, disse, pressionando um beijo no peito de Miciah,
querendo recuperar o que tinham tido antes que as coisas ficassem tão complicadas.
— Tomemos uma ducha juntos — Disse, já imaginando vê-los gozando juntos ali, seu
prazer refletido nas paredes como uma cena de um filme erótico.
A risada de Iden converteu o nó de seu estômago em uma espiral de desejo.
— Acredito que nossa companheira de vínculo adquiriu uma afeição pelos espelhos.
A risada de resposta de Miciah levantou o peso da preocupação de seu coração. Seu pênis
se sobressaía contra seu estômago, pedindo ser libertado dos limites de sua roupa e unir-se a eles na
nudez.
Zoë se moveu para trás, observando sua expressão, enquanto encontrava os broches e os
desatava, tirando a tanga. Cavou seu testículo com uma mão, adorando a forma em que seus olhos
se converteram em escuros lagos de luxúria. Com a outra mão, tomou posse de seu pênis
endurecido, acariciando a cabeça, sedosa e lisa.
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Fallon Mates - 04
Ele palpitava contra sua palma, e ela desejou baixar sobre seus joelhos diante dele, e tomá-
lo em sua boca enquanto Iden o fodia. Antes que pudesse fazê-lo, uma visão decadente se elevou
em seus pensamentos… Uma que bloqueou apressadamente de seus homens.
Eles descobririam muito em breve.
— A ducha — Disse ela, caminhando para trás, com a mão ainda envolta ao redor o eixo
grosso de Miciah.
— Não pense que sempre será capaz de arrastar tomando meu pênis, Zoë — Grunhiu
Miciah, o calor de sua voz dizia que não tinha nenhuma objeção… Desta vez.
Logo que entraram na ducha, a entrada se fechou, e as paredes claras como o cristal se
voltaram de cor cinza e logo depois de uma brilhante cor prata. Água morna caía sobre eles e
empanou as paredes, molhando a pele, as plumas e o camurça suave das asas de Miciah.
Zoë se pegou a ele, deslizando as mãos de cima abaixo por seu peito, detendo-se para
beliscar seus mamilos enquanto enviava uma imagem privada a Iden.
Pervertida, disse Iden, mas obedeceu, movendo-se para estar de pé atrás de Miciah.
— Recorda o que aconteceu quando Lyan me trouxesse de volta à casa de Ariel? —
perguntou ela.
Um calor escuro flamejou nos olhos de Miciah. Seguido imediatamente por uma imagem
compartilhada dela deitada sobre seu colo, suas nádegas avermelhadas pelo castigo e suas coxas
reluzindo pelo desejo.
— Terei que me assegurar de estar presente a próxima vez que necessite uma surra —
Murmurou Iden, sua voz era como uma língua que lambia sua fenda.
Se comporte! Disse ela, antes de voltar sua atenção para Miciah.
— Não me surpreende absolutamente que tenha decidido se concentrar nessa parte. Mas
acredito que havia mais. Lembra-se de ter concordado a isto?
Uma mudança de sentido é um jogo justo… Onde seja anatomicamente possível. Algo que
me faça, eu posso fazer isso a você.
Miciah ficou rígido e olhou para cima, onde duas cordas finas desciam com a ordem
silenciosa de Iden, mas não protestou quando Iden atou seus pulsos e as cordas voltaram a subir, de
maneira que seus braços fossem levantados por cima de sua cabeça.
— Perfeito — Disse Zoë, raspando suas unhas contra o ventre de Miciah para enfatizar sua
impotência — Alguma vez deixou atar com antecedência?
Iden riu.
— Realmente não posso imaginá-lo. Você pode? Sua resistência à mudança tem suas
raízes em seu desejo de manter o controle.
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Miciah estremeceu e arqueou as costas em resposta a um toque de Iden, que Zoë não pôde
ver.
— Transmuta suas asas — Sussurrou ela, cavando seu testículo outra vez, massageando
seu pesado saco — Quero poder ver nos espelhos quando Iden o tome enquanto está preso.
Ele fez o que ordenou, e ela encontrou incrivelmente erótico vê-lo vulnerável, luzindo
como um humano, com Iden de pé atrás dele, com suas asas estendidas, como um anjo descendendo
para proporcionar o castigo, ou o prazer.
Zoë recompensou Miciah inclinando-se e tomando um pequeno e masculino mamilo entre
seus lábios, sugando-o enquanto as mãos de Iden acariciavam para baixo, uma sobre o ventre de
Miciah, enquanto que a outra formava um punho apertado ao redor de seu pênis.
Seria justo usar um anel em você, brincou ela, e deixar que trabalhasse da mesma forma
que o fez que o que pôs em meus clitóris. Mas não acredito que possa me negar o prazer de pôr
minha boca sobre você, enquanto Iden agarra seu pênis e toma seu traseiro.
Miciah estremeceu, atirando das cordas, como se tentasse libertar suas mãos e forçá-la a
ficar de joelhos.
— Faça-o — Disse ele, dominante apesar de sua impotência.
Em um minuto. Não seria justo precipitar-se.
Os quadris de Miciah se sacudiram quando seus dedos capturaram seu outro mamilo.
Apertando e esfregando ao tempo do puxão de seus lábios, a carícia de sua língua no outro,
e a mão de Iden que se movia para cima e abaixo em seu eixo.
Era uma agonia e o êxtase para todos eles. Com seu vínculo mental totalmente aberto, não
havia nenhuma separação em suas sensações.
Os gemidos de Miciah se converteram nos de Iden, e os dela. O inchaço adicional do pênis
de Miciah era igual ao de Iden, enviando mais sangue aos já separados lábios do boceta de Zoë, a
um clitóris que estava cheio, com o capuz para trás, para expor uma cabeça pequena e vulnerável.
Tocou a si mesma, e sentiu a sacudida de luxúria através dos dois homens.
— Não! — Disse Miciah, lutando com as cordas outra vez — Me deixe pôr minha boca em
você, Zoë.
Suas palavras acaloradas foram acompanhadas de imagens. Ela, no piso da ducha,
colocada sobre seus cotovelos para poder olhar. O, sobre seus antebraços e joelhos, com a face entre
suas coxas estendidas enquanto Iden o montava e tomava por trás.
A excitação saiu a fervuras da fenda de Zoë. Inundou os dedos em sua vagina, tentada a
liberá-lo.

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— Não! — Disse Iden, evitando que cedesse — Miciah não tem o controle. Ponha de
joelhos, Zoë. Se toque enquanto dá prazer a ele.
Ela obedeceu, afundando-se frente de Miciah, e tomando em sua boca as grossas e
palpitantes polegadas de seu pênis, que ficavam por diante dos dedos de Iden.
Iden acariciou a bochecha com a mão que tinha estado acariciando o abdômen de Miciah, e
depois estendeu a mão, pressionado o dispensador no muro, para que o lubrificante caísse em sua
palma.
Os quadris de Miciah se sacudiram em reação, em antecipação, fodendo profundamente a
boca de Zoë.
Ela o acariciou com sua língua e depois se retirou para trás. Ele seguiu empurrando, seu
vínculo permitia sentir seu desespero enquanto tentava recuperar o território perdido, para estar uma
vez mais profundamente em sua boca, tanto como fosse possível.
Miciah ofegou, esticou as nádegas e apertou a mandíbula para não rogar.
Ela deu o que queria. Sugou-o até que esteve gemendo, estremecendo-se entre eles, e perto
de gozar.
Então o libertou. Recuou para desfrutar da vista de seu pênis, inchado e necessitado, que
ainda estava dentro do punho dos dedos de Iden.
— Nos diga que necessita isto para estar feito — Murmurou Iden, levando a atenção de
Zoë para o espelho, mantendo-a ali enquanto fechava o punho ao redor de seu próprio pênis,
coberto de lubrificante, e bombeava repetidamente de cima abaixo… Devagar.
— Necessito-o — Disse Miciah, com os dentes apertados.
Iden riu. Seus olhos se encontraram com os de Zoë no espelho.
— O que pensa? É o suficientemente bom?
— Sim.
Sua mão esquerda abandonou seu pênis. Sustentou-o diante de um jorro de água, e quando
esteve limpo, pressionou outro dispensador, só o tempo suficiente para que umas gotas cobrissem as
pontas de seus dedos.
Com elas tocou a roseta do ânus de Miciah. E pelo gemido baixo deste, seus músculos
tensos como cordas, e a sacudida de seus quadris, Zoë soube que era o azeite de ritzca. Inquietando-
o. Preparando-o.
O olhar de Zoë permaneceu fixa no espelho, observando quando Iden se colocou na
abertura de Miciah, com suas gloriosas asas estendidas por trás de suas costas. A excitação
adornava a cabeça do pênis de Miciah. Zoë tirou os dedos úmidos de sua vagina para esfregar e
acariciar seus clitóris.
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— Tomemo-lo juntos — Disse Iden, sabendo que a subida do êxtase seria rápida — Ponha
sua boca sobre ele.
Zoë se inclinou para frente, obedecendo. E Iden soube que todos os anos de espera haviam
valido a pena… Para ter isto, para ter a ambos.
Entre eles, Miciah gemeu quando a mão de Zoë cobriu a de Iden, ambos apertaram seu
pênis para impedir de entrar mais profundamente na boca de Zoë, enquanto Iden o penetrava,
enchia-o.
Iden também gemeu ao sentir o apertão forte dos músculos de Miciah ao redor de seu
pênis. Começou a mover-se em um ritmo compartilhado pelos humanos, os Vesti e os Amato por
igual. Olhou a maneira como Zoë deixava Miciah foder através de seus lábios, emparelhando seus
impulsos com os dedos que afundava em sua vagina enquanto seu prazer crescia, combinava-se, e
coroava em uma liberação que os deixou aos três estremecidos, unidos tão intimamente que se
sentia como se todos fossem um só ser.
Iden libertou Miciah das cordas, e Zoë ficou de pé. Envolveu os braços ao redor de Miciah
e dele, como ele o tinha feito anteriormente, deixando-os juntos de pé, como antes, quando se
reconciliaram.
Durante compridos momentos, Zoë se agarrou às ondas brilhantes do prazer, desejando que
durassem para sempre. Agarrou-se ao presente como se fazendo-o pudesse manter a raia o futuro.
Mas lentamente, a lassidão deixada pela liberação foi substituída pela pesada carga da culpa e a
preocupação.
Tinha a coragem para confessar, mas não a força para separar-se de seus braços.
— Tenho que dizer toda a verdade sobre meus dons psíquicos — Disse — E as leis que
tenho quebrado desde que cheguei a Belizair.
A tensão dos dois homens foi imediata, aguda. Seus corpos ficaram rígidos. Mas em vez de
afastá-la, seus braços se apertaram a seu redor. A possessividade e proteção atravessaram seu
vínculo mental.
— Tudo que tenha feito, não permitiremos que algo te faça mal — Disse Iden.
Miciah roçou os lábios contra sua orelha.
— Não nos separaremos de você. Nos conte.
Era mais fácil fazê-lo sem palavras. Zoë enfocou seus pensamentos, mostrando primeiro
imagens de sua vida na Terra e como seus dons se manifestaram ali, obrigando-a a permanecer em
movimento. Mostrou a visita, de faz muito tempo, ao adivinho, e o presente de Mai dos braceletes
de borboleta. Deixou-os sentir a certeza de seu objetivo ao chegar a Belizair, antes de passar a seu
encontro com Acácia no mercado, e tudo o que aconteceu depois.
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— Depois de deixar Phenice e Denaus, visitei Lyan — Disse ela, falando em voz alta —
Sua companheira de vínculo, Krista, estava em casa, assim como Zeraac também, visitando Adan.
Eles se comprometeram a avisar a Acácia e às outras mulheres Vesti. Já devem saber que estou
dizendo a verdade.
Miciah grunhiu diante a menção de Lyan. Iden riu brandamente.
— Por que não estou surpreso para ouvir que ele está comprometido nesta confusão?
Apesar de sua resposta ligeira, o estômago de Zoë ainda era uma massa de nós.
— O que acontecerá agora?
— Agiremos de maneira rápida e decisiva — Disse Miciah — Solicitaremos que o
Conselho se reúna de maneira informal e permitiremos ver suas lembranças. Se Ariel e seus
companheiros estão dispostos, apresentaremos Kaylee para falar de sua visão da Senhora de Ouro
que disse que se aproximasse de Jeqon para te localizar.
— Estou de acordo — Disse Iden — Se não tivesse agido já em nome das mulheres de
Belizair, estaria a favor de nos aproximar dos membros do Conselho de forma individual. Mas
Miciah tem razão, terá que dar um passo adiante com a verdade plena agora, antes que os rumores
sobre isto comecem a circular, é o melhor curso de ação. Terminemos nossa ducha, e enviemos a
mensagem solicitando a reunião.
— Pensam que serei enviada de retorno à Terra, junto com os meninos? E outros serão
desterrados?
A expressão de Iden se fez feroz.
— Deixa que o tentem.
Os braços de Miciah eram como uma banda de aço que a unia a ele.
— Independentemente do que o Conselho diga, não nos separaremos de você.

CAPÍTULO 20

As palmas das mãos de Zoë estavam suarentas quando entrou na sala do Conselho. Havia
onze cadeiras formando meio círculo. Na borda externa, um homem Amato e uma mulher Vesti
sentada a seu lado, sorriam a Kaylee, enquanto que vários dos outros que estavam perto fulminavam
com o olhar o pai Vesti de Kaylee, Komet, com seus olhos escuros pela emoção, como se sua
presença removesse uma grande quantidade de dor e algo mais, ódio.

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Zoë estremeceu ao vê-lo, e Iden, seguindo seu olhar, disse: Foram os membros do clã de
Komet, os Araqiel, quem sem sabê-lo, trouxeram o vírus Hotaling a Belizair. Mas se os Araqiel
devem ser culpados, então todos devemos sê-lo, por desfrutar dos brinquedos sexuais que eles
fabricam, e por dar a bem-vinda a sua inovação na hora de criá-los.
Um varão Amato que Iden silenciosamente identificou como Jarlath, um sacerdote como
ele, agitou uma mão para a parede e as cadeiras alinhadas junto a esta.
— Como se trata de uma reunião informal, por favor, aproximem uma cadeira e tomem um
lugar no círculo.
Tomou um momento fazê-lo, e Zoë se alegrou de poder sentar-se, apesar da carência de
respaldo. Seu coração trovejava e suas pernas tremiam.
Iden recuperou sua mão. Tudo estará bem, amada.
Miciah tomou sua outra mão, entrelaçando os dedos com os seus, antes de ficar de pé.
— Obrigado por aceitar tão rapidamente esta reunião. Se o assunto não fosse urgente, não
a teríamos solicitado. Vou direto à questão. Da última vez que nos reunimos, produziu-se uma
mudança invisível que tem lugar em Belizair, um que oferece às mulheres vinculadas uma razão
para despojar-se de seu desespero. Seja a vontade do Deus errante Vesti, ou da Deusa Amato e seu
Consorte, ou deles três, desde que chegou aqui, nossa companheira de vínculo, Zoë, tem quebrado
nossa lei com respeito às viagens à Terra. E ajudou a outros a rompê-la, com o fim de trazer
meninos humanos a Belizair.
Ofegos surpreendidos seguiram ao anúncio. Vários membros do Conselho se levantaram
de suas cadeiras, só para ser guiados a sentar-se de novo, mediante um toque em seus pulsos, pelos
que estavam sentados junto a eles.
Miciah deu uma olhada a Ariel, que estava sentada entre seus companheiros, com Kaylee
em seu colo, depois continuou:
— Quando Ariel me contou sobre os meninos na Terra que eram abandonados ou ficavam
órfãos, vim ao Conselho e propus que fizéssemos que nossos cientistas começassem a procurar a
aqueles que têm o marcador Fallon. Consentimos em permitir que os Amato e Vesti que o desejem
possam ir à Terra a criá-los, com a esperança de que algum dia possam vir como companheiros de
vínculo. Alguns de vocês sugeriram trazer os meninos logo que fossem encontrados. Eu me opus,
ao igual à maioria dos membros do Conselho.
Após, minhas opiniões trocaram. Vi nosso mundo, e também a difícil situação de nossas
mulheres através dos olhos de Zoë. Mas em vez de falar em nome de minha companheira, cederei a
palavra e permitirei que mostre a verdade completa do que tem para oferecer aos habitantes de
Belizair.
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Zoë se levantou, obrigando-se a endurecer ambas as pernas e a coluna vertebral.
Tomou um momento para respirar profundamente, e tentar umedecer uma boca que de
repente estava seca. Olhou os membros do Conselho individualmente, assegurando-se de que seus
olhos se encontrassem antes de começar.
— Não afirmo que as deidades dos Vesti e Amato estão agindo através de mim, só que
tenho um dom, e o desejo de utilizá-lo para ajudar aos homens e as mulheres de seu mundo, assim
como os meninos da Terra. Permitirei o acesso a minhas lembranças em alguns momentos. Poderão
julgá-lo por vocês mesmos.
Fez uma pausa, olhando-os nos olhos outra vez.
— Mas como humana, trazida aqui sem saber o verdadeiro custo do que significava minha
escolha… Que eu, obedecendo a suas leis, nunca seria capaz de voltar para meu mundo de novo,
também estou em meu direito fazer um julgamento. Assinalando que ao fazer que as mulheres
humanas e nossos companheiros nos alojemos em edifícios afastados para nós, e que tenhamos que
permanecer nesta cidade, não só nos segregaram, mas também ajudaram a construir uma
animosidade contra nós. Vocês afirmam que é por nosso próprio bem, mas não há nenhum humano
no Conselho para fazer ouvir nossas vozes, protestar pelo que possamos ver como uma injustiça ou
escutar nossas preocupações. Talvez deveríamos começar a nos perguntar se não sermos
simplesmente um meio para um fim, em última instância, nada mais que éguas trazidas para salvar
aos Vesti e Amato da extinção.
Suas palavras foram recebidas com protestos murmurados e fossas nasais dilatadas, e pelo
apertão das mãos de Iden e Miciah às dela. Zoë também apertou seus dedos para tranquilizá-los,
depois continuou:
— Minha intenção ao falar destas coisas é desafiar o modo de pensar do Conselho, em que
de algum jeito a mudança pode ser controlado e as culturas de cada raça podem manter-se, sem ser
misturadas. Não acredito que algo disso seja possível, não se envolverem os humanos em seus
projetos para evitar a extinção.
Ela se sentou e Iden ficou em pé.
— Zoë tem êxito onde eu falhei às mulheres que vêm para mim no templo. Só posso
oferecer força e consolo temporário, mas ela pode dar mais. Ela é um presente para Belizair. As
pessoas trazidas aqui pela vontade da Deusa, mas essa é a história que Kaylee deve mostrar com
suas lembranças, se o permitirem, antes de ler as de Zoë.
Os membros do Conselho assentiram em acordo. O sacerdote Amato, Jarlath, disse:
— Com tantos de nós pressente, poderia ser melhor se facilitar a leitura de lembranças. É
aceitável?
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Em resposta, os membros do Conselho começaram a unir suas mãos para formar um
círculo com todos os que estavam sentados, igual a Zoë o tinha feito com as mulheres Vesti no
mercado.
Jarlath dirigiu sua atenção para o Kaylee.
— Sabe que esperar?
— Miciah nos disse isso quando vínhamos em caminho. Disse-me que devia ir diretamente
à primeira coisa importante, que é quando a Senhora de Ouro me visitou enquanto estava dormindo,
e depois avançar como em um filme, mas só mostrando a parte boa. E se vocês precisam ver algo
mais, ou pensam que estou esquecendo algo, levarão meus pensamentos para ali.
A risada suave de Jarlath não era a única. Ele sorriu e disse:
— Procedemos?
Com a conexão física com Iden e Miciah, e seu vínculo de união, foi fácil para Zoë manter
o vínculo mental aberto, e as lembranças de Kaylee fluíram através deste à perfeição, do sonho de
uma mulher envolta em uma luz dourada, cuja voz melódica insistiu a Kaylee a procurar nas coisas
de sua mãe, até a realidade de suas ações depois. Se Jarlath dirigiu as imagens, então seu toque foi
tão sutil que Zoë não o pôde detectar. Foi só ao ver a conclusão, com a visita de Kaylee ao
escritório de Miciah, que Zoë ouviu as palavras de Jarlath, dizendo que era seu turno e podia
começar.
Da mesma maneira que o fez na ducha com o Miciah e Iden, Zoë começou com imagens
da Terra. Seus dons discordantes e o que haviam feito. A visita ao adivinho, que a levou a ter a
certeza de seu propósito quando viu Acácia no mercado.
Zoë escutou ofegos, mas ao parecer, a guia de Jarlath suprimiu as emoções externas, para
que só o que estava contido em suas lembranças estivesse presente no enlace mental. Do desespero
profundo de Acácia, até a reunião com as mulheres Vesti, ela mostrou tudo, querendo que vissem e
ouvissem a profundidade do sofrimento, a intenção das mulheres de arriscar-se ao desterro com o
fim de converter-se em mães.
Mostrou o ocorrido na Índia. E concluiu com Denaus, subido no contêiner de lixo para
recuperar a recém-nascida.
Jarlath não pediu mais e ela não o ofereceu. As mãos soltando-se ao redor do círculo,
marcou o final do enlace mental compartilhado.
Fez-o bem, disse Iden através de seu vínculo privado.
Miciah levou sua mão até seus lábios e beijou o dorso. É um presente. Não só para nós
dois, e sim para o Belizair.
Jarlath reclamou seu turno ficando de pé.
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— Não tinha dúvidas antes. E agora, tendo sido testemunha dos acontecimentos através
das lembranças de Kaylee e Zoë, estou mais seguro que nunca em minhas crenças. Belizair está
sendo mudado em sua estrutura, já seja pelas deidades ou pela vontade do próprio planeta. Uma
reunião formal para decidir sobre a forma de proceder é inevitável, mas vou insistir a que
recebamos com agrado o dom de Zoë e a mudança que este traz para nosso mundo.
Sentou-se, e outro Amato ficou de pé imediatamente. É um dos curadores, sussurrou Iden
na mente de Zoë. A mulher Vesti a seu lado também o é.
O curador disse:
— Nisto, estou completamente de acordo com Jarlath. Belizair está sendo reformado. Os
curadores do enclave são unânimes ao dizer que as montanhas dão a bem-vinda a Kaylee, uma
menina da Terra, de uma forma que o fazem com muito poucas pessoas. Se a Deusa e seu Consorte
estão tão dispostos, deveríamos tomá-lo como um sinal para trazer outros meninos humanos, e
aceitar que a presença de Zoë em nosso mundo está destinada a nos ajudar a localizar a aqueles que
devem ser trazidos a Belizair.
A curadora Vesti falou depois:
— Seja o homem que aparece nas visões de Zoë o Deus Vesti, ou o Consorte Ylan,
seríamos tolos se não aceitássemos suas decisões.
Uma mulher Amato foi a seguinte em ficar de pé.
— Belizair está mudando. Não posso discrepar com a declaração de Jarlath. Mas se têm
quebrado leis muito sérias. A menos que queremos nos converter em um mundo sem leis, como os
que se encontram no Setor de Jogo Kotaka, então não podemos ignorar esse fato. Como mínimo,
deveria-se convocar uma reunião formal, imediatamente, e desterrar às mulheres implicadas, ao
menos até que tenhamos tempo para estudar este assunto e revisar nossas leis em consequência.
Ela se sentou, e um dos homens Amato que tinha reagido negativamente ao ver Komet,
ficou de pé. Miciah se esticou, o identificando como Raym.
— Estou de acordo com Luz, não só pelo motivo da lei, mas também por algo mais, algo
sobre o qual ninguém falou diretamente. E se os meninos localizados através do dom de Zoë
também têm capacidades psíquicas? Estamos preparados para introduzir tais talentos em Belizair?
Necessitamos tempo para contemplar esta pergunta maior. Por minha parte, não estou seguro que
aqueles com tais talentos não destruiriam nossa sociedade como têm feito em outros mundos. Como
mínimo, as mulheres deveriam ser desterradas de Belizair por um tempo curto, até que os meninos
possam ser avaliados e tenhamos estabelecido novas diretrizes. Talvez também seria prudente
manter Zoë afastada, ou vigiada, se ainda não está grávida.

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Fallon Mates - 04
Tanto Iden como Miciah ficaram de pé. A cólera palpitava através de seu vínculo
compartilhado.
Antes que eles pudessem dizer algo, um homem Vesti, que tomou o lugar de Raym para
falar, levantou a mão e disse:
— Por favor. Tomem assento. A pedido de vocês mesmos nos reunimos de maneira
informal e permanecemos assim, apesar de que este é um assunto o bastante sério para garantir uma
sessão imediata e formal do Conselho. Nos permitam a cada um dar nossa opinião. É uma vantagem
para vocês saber o que opinamos.
Iden e Miciah estiveram de acordo, voltando a sentar-se, embora seus corpos vibravam
diante o que viam como uma ameaça para sua companheira de vínculo.
Até agora, há três que apoiam o que tenho feito, disse Zoë, querendo aliviar sua agitação.
Quatro, se Miciah pode votar. Há só dois desejando sanções.
O Vesti que estava de pé começou a falar.
— Poderiam passar anos antes que possamos saber as respostas às perguntas que Raym
fez. Estamos dispostos a negar a oportunidade de ser pais aos já vinculados, e aos que querem
formar um vínculo fora dos programas do Conselho? É certo que leis muito sérias foram quebradas,
mas com a guia do dom de Zoë, a decisão de trazer os meninos, ou que sejam criados na Terra,
poderia ser tirada de maneira individual, caso por caso, avaliando tanto as necessidades do menino,
como as dos pais adotivos. Se o Conselho exigir um castigo pelo que já foi feito, deixemos que
sejam multas ou serviços, não em forma de desterro ou ameaças de fazê-lo.
Zoë puxou as mãos de Iden e Miciah, pô-las em seu colo e as manteve ali, dorso contra
dorso. São cinco, quase a metade do Conselho está de nosso lado.
Um Amato tomou o lugar do Vesti para falar. É Gabri, disse Miciah. Um dos cientistas do
Conselho.
— Javant está certo. Poderiam passar anos antes que saibamos as respostas às perguntas
que Raym expôs, sobre se os meninos têm talentos psíquicos. Luz também tem razão ao nos
recordar que se quebrou leis importantes. Em um tempo de grande confusão, é mais importante que
nunca manter a ordem. Pôr um precedente ao permitir que os indivíduos escolham que regras
obedecerão, e quais ignorarão, levará a resultados desastrosos. Deveríamos desterrar a todos os que
estiveram implicados a um planeta próximo, mas permitindo visitas. Isto nos dará tempo, não só
para avaliar aos meninos, mas também para preparar nosso mundo para a mudança.
Antes que pudesse sentar-se, o mensageiro adolescente Vesti que tinha chegado quando
Miciah e Zoë saíram da câmara de transporte em seu dia de vinculação, irrompeu na sala.

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— Cyan está em trabalho do parto! — Disse — Os que a estão atendendo não acreditam
que passará muito tempo antes que dê a luz.
Como se fossem um, os membros do Conselho ficaram de pé.
— Está em casa para o nascimento? — Perguntou a curadora Vesti.
— Sim, não disse a ninguém que estava de parto até faz só uns minutos.
A reunião se converteu em um fluxo de pessoas que saíam da sala… Só para sair do
edifício e ver-se obrigados a deter-se de maneira abrupta.
Centenas de pessoas estavam reunidas. E o céu continha ainda mais, mulheres e homens de
todas as idades, descendendo diante o edifício do Conselho.
Durante um instante, Miciah pensou que tinham chegado porque a notícia do nascimento
iminente dos meninos de Cyan se estendeu, mas rejeitou a ideia com a mesma rapidez. Não tinha
nenhum sentido que se reunissem aqui, em vez de no pátio fora dos quartos de moradia que Cyan
compartilhava com o Laith e Rykken.
Explorou a multidão, e uma sacudida de surpresa o atravessou, ao ver alguns dos meninos
humanos das visões de Zoë, brincando entre os dos Amato e os Vesti, sua conduta, era tanto uma
evidência como uma lição, sobre a importância da adaptabilidade.
Pela extremidade do olho, Miciah viu Lyan, grunhindo em silencio antes que pudesse
deter-se, e escutou a risada de Zoë em seus pensamentos.
Isso é muito Pavloviano14 de sua parte, brincou ela antes de perguntar a Lyan o mesmo
estava na mente do Miciah. Isto é obra sua?
Necessitou-se muito pouco esforço por minha parte, disse Lyan.
Miciah afastou o olhar de Lyan e sentiu um impacto maior, quando viu seus pais de pé,
juntos, com as mãos entrelaçadas. Sua mãe sorria, com os olhos cheios de amor e orgulho. Viemos
para nos pôr de pé a seu lado, de qualquer forma que necessite, disse.
Devido a alguma sinal silencioso, as pessoas reunidas no pátio começaram a unir seus
braços, bloqueando o caminho dos membros do Conselho. Tanto os Amato como os Vesti estavam
de pé, misturados com mulheres humanas… Algumas em avançado estado de gestação e outras às
que apenas notava.
Perguntou-se quem falaria em representação desta multidão, e conteve um grito de júbilo
quando Iden disse: Não são essas duas mulheres, as companheiras do Raym? E as que estão a cada
lado delas, não estão relacionados de algum jeito com os outros membros do Conselho?

14
Refere-se ao Condicionamento Clássico ou Pavloviano, que em psicologia, é um tipo de aprendizagem associativa
(utilizado como terapia condutual) que foi demonstrado pela primeira vez por Ivan Pavlov. Para explicar de maneira
simples, neste caso, Zoë se refere a que a aparição de Lyan, sempre desencadeia um grunhido de Miciah, de maneira
inconsciente, ao pensar que está em alguma ação incorreta.
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Sim, disse Miciah, permitindo-se sentir algo de alivio pela primeira vez, da revelação de
Zoë na ducha.
Uma das companheiras de vínculo de Raym falou então, dirigindo suas palavras a todos os
membros do Conselho.
— Estamos aqui para apoiar Zoë. Devem saber que se a desterrarem de nosso mundo, nós
a seguiremos. Ela é um presente para nós, um farol brilhante, não só de esperança, mas também um
que ilumina a necessidade de que deixemos de lado os medos e as hostilidades que têm suas raízes
no passado, e nos unamos como um só povo.
Gritos de apoio se escutaram logo que terminou de falar, seguidos por uma palavra ao
uníssono: Zoë! Zoë! Zoë!
A emoção percorreu Miciah. A da multidão reunida. A sua própria e a de Iden. A de Zoë.
As lágrimas corriam pelo rosto dela enquanto dava um passo à frente e levantava uma mão
pedindo silêncio. Quando o houve, tudo o que conseguiu dizer foi:
— Obrigado — Nas palavras se escutava sua emoção e surpresa.
Raym aproveitou o silêncio para anunciar:
— O Conselho se reunirá formalmente com respeito a isto — Fez uma pausa, roçando sua
mente com a de Miciah e os outros membros do Conselho, com o fim de alcançar um consenso
sobre quando, e se a reunião deveria ser aberta para todos.
Mas antes que pudessem fazê-lo, Kaylee falou, e sua voz foi claramente escutada por todos
no silêncio que se produziu.
— Mami, se os membros do Conselho se alternarem para falar outra vez, não vamos estar
ali quando Cyan tenha seus bebês.
A surpresa percorreu os que se reuniram. Zoë riu e encontrou sua voz.
— Acho que Kaylee tem razão — Dirigiu-se à multidão para dizer — Dirigíamo-nos ao
pátio da moradia de Cyan para esperar o anúncio do nascimento. Por que não vamos todos e
esperamos juntos? Que melhor maneira de celebrar a união das três raças para um futuro comum em
Belizair?
Escutaram-se novamente os gritos de apoio, à medida que os Vesti, os Amato e os
humanos por igual, moviam-se como uma onda imparável que levou com ela Miciah e a outros.
— Recordo-o, tia Zoë! — Disse Kaylee, enquanto eram impulsionadas para frente.
— O que recorda?
— Onde tinha visto as pedras e as borboletas de seus braceletes. Foi quando estava nas
montanhas com os curadores. As cavernas nas que vivem são tão antigas, que as paredes têm
símbolos, palavras e imagens que os Fallon esculpiram elas. Os curadores só entendem algo do que
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está escrito na parede, mas havia imagens de um homem, que vê quando tem uma visão para ajudar.
Era como um conto. Começou sendo grande, sem borboletas a seu redor, mas enquanto ia a
diferentes lugares, ou talvez porque se fazia maior, fez-se menor e deixava borboletas atrás dele,
como um rastro na parede, até que finalmente se transformou em uma delas. Talvez. Assim é como
eu contaria a história. Os curadores podem saber o que realmente significam as imagens. Mas
acredito que deveram ser importantes para os Fallon.
— Teria sentido que as pedras que possui Zoë estivessem vinculadas aos Fallon. — disse
Iden — Com poucas exceções, as pedras Ylan de qualquer tamanho não podem ser tiradas de
Belizair, a menos que estejam em nossos braceletes. As que usamos nos pulsos se convertem em
partes duras de rocha se morrermos em outro lugar que não seja nosso mundo. Quando o Conselho
se reate, mencionaremos o que viu, Kaylee, e os curadores poderão confirmá-lo. Isso fortalecerá o
argumento de que a presença de Zoë em nosso mundo não é uma coincidência.
A multidão encheu o pátio fora dos quarto de Cyan até transbordar.
— Em qualquer momento — Um murmúrio se escutou através da gente reunida,
aumentando o entusiasmo e alimentando o sentido da antecipação e a esperança.
Miciah olhou a seu redor, absorvendo a emoção e tomando nota das expressões. E se
tivesse prevalecido a vontade do Conselho de manter as coisas ocultas até que se soubesse que
resultado final? E se os habitantes de Belizair tivesse negado a oportunidade de experimentar isto?
De ser parte disso?
Espontaneamente, uma imagem desse mesmo dia se deslizou em sua consciência, a dele,
de pé na ducha, com os pulsos atados e os braços levantados por cima da cabeça, enquanto Zoë
raspava com suas unhas seu ventre para enfatizar sua impotência. Nunca deixou te atar com
antecedência? E dá risada de Iden. Realmente não posso imaginá-lo. Você pode? Sua resistência à
mudança tem suas raízes em seu desejo de manter o controle.
A mudança não pode ser dirigida ou controlada, ou inclusive detida. Miciah o entendia
agora, e não tinha medo do que o futuro pudesse trazer.
O Conselho tinha que confiar nos habitantes de Belizair toda a verdade, no que se referia
aos descobrimentos que afetavam suas possibilidades de converter-se em pais. Tinham que deixar
que as pessoas experimentasse a esperança e a decepção que pudesse segui-la, e acreditar que,
independentemente disso, sua sociedade não se desintegraria e aconteceria algo como o ocorrido a
alguns outros mundos.
Olhou a seu redor, procurando a alguns dos outros membros do Conselho, e quando seus
olhos se encontraram, acreditou ver a mesma ideia neles.

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Um repentino silêncio fez que seu olhar se dirigisse para uma entrada aberta e ao curador
que estava de pé nela.
— Laith e Rykken sairão logo para apresentar a suas novas filhas.
O anúncio foi recebido com lágrimas, abraços e palavras sortes com voz suave, com um
ardor crescente de antecipação quando cada um dos reunidos imaginou Laith, Rykken e Cyan
colocando os braceletes aos novos membros da família, com as pedras Ylan de seus pulsos
dispostas a migrar, e esperando que as asas se manifestassem… Se é que as havia.
O tempo reduziu a marcha. Mas não podia ser medido a partir dos batimentos dos
corações, porque todos estavam acelerados.
A mão de Zoë apertou a de Miciah. E a de Iden.
A diversão de Iden era um bálsamo quente. Ao menos, para o momento que nasçam nossos
filhos, já teriam nascido muitos outros, e esperemos que muitos outros tenham sido trazidos da
Terra. Só teremos que nos enfrentar com os membros da família e amigos próximos que estejam
rondando por ali.
A porta se abriu de novo e dois homens saíram, cada um levava uma menina contra seu
ombro, e nesse momento, suas asas foram reveladas. Plumas com nervuras marrons e ouro nas da
que estava nos braços do Amato, Laith. E camurça cor chocolate escuro nas da bebê que sustentava
Rykken.
Os rostos dos pais estavam molhados, suas expressões evidenciavam amor e assombro.
Mas não estavam sozinhos. Não havia um olho seco nesse momento no pátio.
— Apresentamos a nossas filhas — Disse Laith — Asha e Amala. Ambos os nomes
significam esperança.
— Qual é Asha? — Disse uma mulher entre a multidão, enquanto outra perguntava —
Qual é Amala?
Rykken e Laith compartilharam um sorriso, e então, com cuidado, trocaram às meninas
para sustentar a que tinha asas diferentes às de cada um… Durante um instante.
Como o homem da visão de Zoë, houve um borrão, algo trocando de forma, o camurça
escuro dando passo às plumas, e plumas convertendo-se em camurça… E outra vez, as asas de cada
bebê se emparelhava com as do pai que a sustentava.
A surpresa aturdida foi seguida pela alegria exultante, por uma frase sussurrada, dita com
reverência. Os Fallon retornaram.
Laith e Rykken permaneceram fora por alguns minutos mais, permitindo aos reunidos
assimilar o que tinham visto, antes de retornar a sua moradia.

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— A mudança é o presente — Sussurrou Zoë, repetindo as palavras do Deus enquanto seu
olhar se unia com o de Miciah.
— Como é você — Disse ele, reclamando seus lábios e beijando-a a fundo antes de voltar-
se para o Iden para pôr uma mão em sua cintura — Como é nosso companheiro de vínculo.
A sobrancelha de Iden se elevou em uma pergunta e um desafio.
— Agora? — Perguntou, com a voz cheia de diversão e desejo.
Miciah respondeu com a ação, inclinando-se e roçando a boca contra a de Iden, a paixão
entre eles era óbvia para qualquer que olhasse.
Realmente sabe dar um exemplo, brincou Iden, encontrando o impulso da língua de
Miciah com a sua própria, ambos tremendo de prazer quando os dedos de Zoë riscaram as bordas de
suas asas, seu toque que assinalava diante todos sua completa aceitação a um vínculo definido pelo
amor, e não pela raça ou gênero, uma união que olhava para o futuro e não se agarrava ao passado.

EPÍLOGO

Agora estou em casa, pensou Zoë, enquanto caminhava pelo mercado com o Iden e
Miciah. Tinha ansiado ser capaz de permanecer em um lugar, e de usar seus dons para ajudar a
outros. Mas, quem poderia ter imaginado que encontraria o que desejava em outro mundo? Um que
se parecia com um paraíso… Em sua major parte, corrigiu-se, ao sentir o estremecimento sutil de
Miciah, quando um velho Vesti o olhou com repugnância, antes de afastar-se, ação que fez que seu
coração se apertasse de dor em nome de Miciah.
Não se sinta mal, amada, disse Miciah, levando sua mão até sua boca, e dando um beijo
no dorso. Alguns nunca aceitarão a decisão que tomei, mas não me arrependo.
Inclusive se te custa seu assento no Conselho?
Iden riu suavemente. Se preocupa desnecessariamente. Apesar de sua ruptura com a
tradição, há uma consideração mais importante. Você, Zoë. Agora que o Conselho decidiu tomar
uma política de divulgação plena, e pediu formalmente sua ajuda para ajudar os habitantes de
Belizair que desejem trazer meninos humanos, não haverá nenhum desafio contra Miciah.
Ela pôde sentir a segurança que Iden tinha na certeza de seu julgamento. Sentiu um eco
mais fraco dessa mesma certeza em Miciah, embora também sentiu sua resolução. Ele lutaria contra
qualquer desafio, mas aceitaria a derrota de maneira elegante, se os habitantes da região da selva já
não desejavam que os representasse.

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— É muito mal a multa que nos pôs o Conselho por minha violação da lei?
Foi a vez de Miciah para rir.
— Tendo em conta que a alternativa era o desterro, e que os créditos se destinarão para
pagar aos caçadores de recompensas que procuram os Hotaling, não saímos mal.
Iden levou a mão de Zoë para seu próprio peito e esfregou o dorso contra o mamilo
endurecido. Estou seguro que pode nos fazer esquecer os créditos que pagamos. Mas agora que o
penso, talvez o justo seria um castigo mais privado por violar a lei.
O calor disparou diretamente a sua boceta enquanto as imagens enchiam sua mente, desta
vez dela sobre o colo de Iden, enquanto Miciah olhava como era disciplinada. Talvez tenha razão,
disse, enquanto a excitação escapava de sua fenda. Riu quando Iden e Miciah começaram a
caminhar mais rápido, com uma necessidade repentina de voltar para seus quartos.
A antecipação cresceu através do vínculo. Estava a ponto de sugerir que se transportassem,
quando foram detidos por um chamado a suas costas.
E agora o que? Grunhiu Miciah. Alguma vez nos permitirão ter um tempo juntos, sem nos
interromper?
Deram a volta para encontrar Javant, o Vesti membro do Conselho, aproximando-se pelo
ar. Apesar das queixa de Miciah, sua curiosidade igualava a de Iden e Zoë, já que acabavam de
deixar o edifício do Conselho depois de passar a maior parte do dia em audiências formais.
Javant aterrissou a poucos passos de distância. Saudou Zoë e Iden com uma inclinação de
cabeça, antes de centrar-se em Miciah.
— Vou à Terra para informar a Zantara que é uma partida para o humano chamado
Kelleher, e para falar da possibilidade de formar um vínculo com ela. Não há garantias, mas os
cientistas acreditam que é provável que, igual a se necessita um Vesti e um Amato para reclamar a
uma mulher humana, Zantara necessitará a um varão Vesti como Co-companheiro, para que haja
uma possibilidade de que se produzam meninos da união. Queria te agradecer pela valentia que
demonstrou no pátio, depois do nascimento das meninas de Cyan. Graças a você, fui capaz de
admitir que, embora meu desejo de uma companheira feminina é forte, pensar em uma relação
como a que tem com seus companheiros é aceitável para mim, se o companheiro humano da
Zantara o deseja.
Javant se foi voando depois de entregar sua mensagem. Um quente prazer encheu o peito
de Zoë enquanto o olhava dirigir-se depressa para câmara de transporte. As pedras Ylan em forma
de borboleta de seus pulsos vibraram, e nesse instante soube que a esperança em Belizair, estava a
ponto de transformar-se em felicidade para as mulheres não apareadas.

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