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Tradução: Deyse

Revisão Inicial: Quero

Revisão Final: Mayara

Leitura Final: Anna Azulzinha

Formatação: Lola
Ramon McKenzie deu seu coração a Noah, só para

Noah deixá-lo.

Por mais de dois anos, não soube nada de Noah...,

mas agora ele está de volta.

Ele fará tudo o que puder para ter o perdão de

Ramon, e para reivindicar o seu coração, mas desta vez,

para sempre.

Mas onde isso deixa Sylvia? Ela não é apenas a

assistente pessoal de Michael e Sebastian McKenzie, ela

também é a mulher com a qual Ramon tem saído em

encontros pela cidade, desde que Noah o deixou.

Nada é simples na vida dos irmãos McKenzie, e a

vida de Ramon McKenzie não é exceção.

Atenção: este é um romance M/M com


cenas explícitas.
Ramon

Andar para trás e para frente no quarto do hotel, onde


deveria encontrar o contato que Eric arranjou, está acabando
com meus nervos. A segurança na obra em Lexington,
constantemente assola minha mente e isso só agrava ainda
mais minha confusão sobre Sylvia. O que é o que estou
fazendo com ela? E se isso não for o suficiente, não consigo
parar de pensar em Noah, o que me irrita muito. Sylvia está
querendo muito mais do que eu posso dar a ela agora, e eu
deveria dar a ela. Quero dizer, foi ela que esteve aqui durante
os últimos dois anos, Noah não esteve e ninguém, inclusive
eu, ouviu falar dele desde que me deixou. Um dia, no meu
aniversário para ser exato, tudo estava bem, e no próximo ele
desapareceu. Nenhuma explicação ou sugestão de onde
estava indo. Nem para mim.... Nem para sua irmã, Carla, que
agora está casada com meu irmão Sebastian.

Agora, sinto como se tudo estivesse dando errado a


minha volta. Nada está dando certo no local da obra. Foi uma
coisa atrás da outra e se algo não acontecer logo, receio que
alguém vai morrer trabalhando lá.

Nenhum de nós já teve um problema como esse antes,


então isso está me irritando muito agora.
Ouvindo uma batida na porta, espio pelo olho mágico e
vejo que um cara está do outro lado. Ele está curvado, seu
rosto virado como se ele estivesse ciente de que estou
olhando para ele. Vestido como as dezenas de outros
trabalhadores da obra: jeans azul, camiseta, moletom e um
boné azul de beisebol, mas algo incomodava em minha
mente. Sinto que já vi esse homem antes. O cara bate na
porta de novo e nesta segunda vez, mais forte.

Soltando a trava de segurança, abro a porta e o deixo


entrar, seu rosto ainda virado enquanto entra no quarto. Ele
fica de costas para mim, mas quando começa a virar, o
sangue do meu corpo se transforma em gelo.

De jeito nenhum!

Sinto meu sangue fluir para os meus pés, conforme caio


na cadeira ao lado da mesa, segurando a minha bolsa de
viagem.

Não importa quantas vezes eu pisque, ele ainda está de


pé diante de mim, parecendo tão chocado ao me ver como eu
a ele.

— Dois anos. — Eu sussurro.

Ele cambaleia para trás e cai sentado sobre a cama


quando suas pernas a atingem.

Em um gesto nervoso, ele vira o boné colocando-o de


trás para frente. — Não sei o que dizer. — Ele enterra a
cabeça entre as mãos antes de olhar para mim de novo.
— Eu sabia que seria um choque para você me ver, mas
mesmo sabendo que este encontro seria com você, ainda é
um choque estarmos no mesmo quarto depois de todo esse
tempo. Estava pensando em voltar para Lexington, para
encontrá-lo quando Eric se aproximou de mim sobre este
trabalho. Preciso explicar, mas não tenho ideia de por onde
começar.

— Pelo começo, geralmente é um bom lugar, embora


nada vá mudar o fato de que você sumiu sem qualquer
explicação. — Onde está minha raiva quando preciso dela? —
Passamos a noite juntos, celebrando meu aniversário. Você
comprou dois malditos ingressos. — Eu levanto, sentindo a
minha raiva como uma onda de calor que atravessa o meu
sangue. O frio do choque desapareceu e foi substituído com
este calor estranho. — Para um jogo dos Bruins em Boston.
Não havia nenhum sinal de que você não queria estar comigo.

É difícil ficar onde estou, mas não me movo em direção


a ele. Não sei se quero dar um soco nele ou transar com ele
sem sentido para mostrar o que está perdendo por não estar
comigo.

Enquanto cerro os punhos ao meu lado, vejo quando


seus olhos percorrem meu corpo, provavelmente percebendo
a mudança na minha aparência. Eu sempre fui musculoso.
Todos os McKenzies são, seja pelo nosso trabalho ou pela
academia, mas eu mudei desde que estive com Noah, de uma
forma boa. Pelo menos, do meu ponto de vista. Estou mais
tonificado, com a mandíbula endurecida, o que é mais
destacada agora, meu cabelo esta curto. Foi-se o Ramon com
o toque suave e os cabelos excessivamente longos e escuros.
Em seu lugar, está alguém que não vai deixar Noah pisar nele
novamente. Ele rasgou o meu coração em pedaços. Não vou
deixá-lo fazer isso novamente.

Mas enquanto o observo, não posso me impedir de


sentir uma faísca de preocupação por ele. Droga, por mais
que não queira admitir, ainda me preocupo com ele.
Realmente olhando para ele, vejo como Noah deixa cair sua
cabeça para descansar em suas mãos e noto o ligeiro tremor
nelas. Percebo que estes últimos meses devem ter sido duros
com ele por um motivo ou outro.

Seu rosto está marcado com uma emoção de quem


passou por maus bocados desde que me deixou. O cabelo
escuro, ele usa um pouco longo, como eu costumava, está
desesperadamente precisando de uma lavagem. O que ele
esteve fazendo para parecer assim? Seus olhos verdes estão
maçantes, onde costumavam despertar para a vida no
momento que olhavam para mim.

— Sinto muito. Não queria deixá-lo. — Sua voz é pesada


enquanto olha para mim com os olhos suplicantes. — Você
não tem ideia de quantas vezes eu quis voltar para você.
Quanto eu senti sua falta. Falta de conversar com você, ou
apenas de ficar assistindo a TV. Eu até comprei outro bilhete
e fui para o jogo dos Bruins apenas para ter um vislumbre
seu, porque sou quebrado sem você. Você levou Ruben com
você.
Eu sinceramente não sei o que dizer a ele, está me
deixando confuso.

— Se o que você diz é a verdade, então por quê? Por que


você me abandonou? — Eu me sento de volta na cadeira,
toda a minha raiva sendo drenada enquanto a dormência
tomava o seu lugar.

— Eu não posso explicar agora. Prometo que farei


quando puder. — Noah levanta e se aproxima de onde estou
sentado, parando na minha frente. — Vou voltar para
Lexington com você e depois que eu ver Carla, e confirmar
que ela está tão feliz quanto espero que esteja, então vamos
conversar. Apenas me dê uma chance Ramon. Por favor. Não
posso mais viver minha vida sem você nela.

Agitando-me para fora da névoa de luxúria que tomou


conta de mim com o seu nível de proximidade, estou com
olhos no nível da protuberância atrás de seu zíper. Eu me
levanto, fazendo com que Noah dê um passo atrás.

— Eu tive anos para tirar você da minha cabeça... E


coração, então por que iria lhe dar uma chance, quando você
provou para mim que não pode ser confiável?

Antes que eu possa pensar, ele me tem preso contra a


porta, excitado e com raiva, nivelando seu corpo contra o
meu. — Você não está me ouvindo, como de costume. — Ele
sibila. — Se eu pudesse ter ficado com você, ainda estaria
com você em Lexington. Que não haja dúvidas sobre isso.
Nós dois estamos respirando pesadamente, nossas
bocas separadas meros centímetros, e não há dúvidas sobre a
verdade por trás de suas palavras.

— Por que você foi embora? — Eu sussurro, querendo


empurrá-lo, mas desesperado por respostas.

Em vez disso, minhas mãos deslizam sobre seus quadris


para o seu traseiro, aproximando-o mais ainda, os nossos
paus duros imprensados juntos através dos jeans. Ele se
aproxima mais, agarrando meu cabelo curto, e traz sua boca
perto, assim nossos lábios estão pairando acima um do
outro.

— Se eu tivesse ficado, você estaria morto. — Eu mal


ouço as palavras sussurradas em angústia quando ele fecha
a lacuna entre nós, selando nossas bocas em um beijo com
gosto de luxúria, paixão, fome, e acima de tudo, lar.

Isso não pode acontecer. Agora não.

Empurrando-o, eu limpo minha boca quando tudo que


eu quero fazer é lamber meus lábios para saborear seu sabor
persistente. Não posso deixá-lo fazer isso comigo de novo, e
que porra ele quis dizer?

— Você precisa me dizer o que você quis dizer com isso


ou sair. De qualquer maneira, não vou fazer isso de novo com
você. Tenho outra pessoa. — Deixo escapar.

Sua cabeça se vira para olhar para mim. Ele está


tentando avaliar se estou ou não mentindo.
— Você tem estado com outra pessoa? — Pergunta ele,
apertando os punhos ao seu lado.

Concordo com a cabeça, incapaz de encontrar as


palavras para mentir abertamente a ele. Eu tenho saído com
Sylvia e, embora ela queira mais, eu não dormi com ela. Eu
não posso e a razão para isso está de pé na minha frente.

— Foda-se. — Grita, com os olhos faiscando de fúria. —


Eu acho que toda a sua conversa sobre o amor era besteira.
Quanto tempo demorou, depois que eu saí, para você estar
com outra pessoa?

Eu não respondo, enquanto olho em todos os lugares,


para evitar seu olhar.

— Caralho me diga! — Ele ruge, ficando na minha cara.

Eu o empurro de volta.

— Qual é o seu problema? Esqueceu que você me


deixou? Você me deixou! Sem dizer uma palavra e por dois
anos! Você espera que eu simplesmente definhe e espere por
alguém que pensei que nunca mais ia voltar? — Eu olho para
ele, a raiva correndo por mim tão rápido que eu sinto que
estou tremendo. — E você não respondeu minha pergunta
sobre “eu teria morrido se você tivesse ficado”.

Seus olhos se estreitam e ele ignora as minhas


perguntas.

— Meu problema é você fodendo com outra pessoa


quando fiquei fiel ao homem que eu amava. Que eu pensei
que me amava, mas acho que estava errado. Bem, é melhor
eu compensar o tempo perdido. — Ele praticamente cospe as
palavras para mim. Ele está muito furioso.

Abrindo a porta com raiva, ele sai, deixando-a bater


ruidosamente atrás dele.

Que merda é essa que ele quis dizer com compensar o


tempo perdido? Será que ele vai encontrar alguém para foder?
Sobre o meu corpo morto porra! Eu não posso tirar suas
palavras fora de minha cabeça ou a dor que eu vi em seus
olhos. Ele não esteve com ninguém desde que ele foi embora,
assim como eu. Eu continuo dizendo a mim mesmo que
deveria estar me concentrando mais em seu comentário sobre
eu estar morto, se ele tivesse ficado, mas tudo que eu posso
ouvir zumbindo nos meus ouvidos é que ele permaneceu fiel.

Noah

Se Ramon pode sair e foder alguém, então, depois de


mais de dois anos de celibato, eu com certeza também posso.
Não é como se a oportunidade não surgiu no passado, mas....
Foda-se tudo.... Eu era, e ainda sou tão ligado a Ramon que
foder com outra pessoa me faz querer vomitar.
Minha vida tem sido uma luta desde que saí, mas
sabendo que um dia, eu teria a chance de falar com Ramon e
explicar, me mantive.

E todo esse tempo ele está fodendo com outra pessoa.


Será que esse "alguém" vive com ele? Essa pessoa é homem
ou mulher? Eu faço uma careta com o pensamento e não
tenho certeza se ficaria mais irritado se fosse uma mulher ou
um homem. Eu sei que Ramon gosta um pouco de ambos, ou
que ele gostava. Poucos meses depois de me encontrar, ele
perdeu o interesse nas mulheres, e apenas me queria.

Eu empurro através das portas do bar e me pergunto


por que ele não pode esperar por mim. Porque ele não tinha
ideia de por que você o deixou ou que você pretendia voltar.
Tentando conciliar meu desejo com a realidade, eu sento no
único assento vago no bar e aponto para o Jack D, atrás do
barman.

O cara inclina a garrafa sobre o copo quando eu lhe


mostro três dedos. Ele levanta a sobrancelha, mas continua a
derramar.

— Dia ruim? — Pergunta ele.

— Você não tem ideia. — Eu respondo.

O barman me observa drenar o copo e quando eu o bato


sobre o balcão, ele acrescenta mais três dedos sem me
perguntar.

Enquanto eu observo o barman despejar o líquido


dourado, percebo o quão jovem ele é. O fato de que está
atendendo no bar me diz que ele tem, pelo menos, vinte e um,
não muito mais que isso, embora. Ele parece saído do ensino
médio com o rosto de bebê e a ligeira sacudida de sua mão
quando ele derrama a minha bebida.

Não tenho nenhum interesse em alguém tão jovem, mas


o pensamento de Ramon me pegar conversando com ele faz
com que um pequeno sorriso escorregue em meus lábios. Isso
se Ramon vir atrás de mim. Oh, ele virá atrás de você.

Desde que saí de Lexington, eu tenho sido discreto me


deslocando de cidade em cidade. Nunca me hospedei por
muito tempo onde desembarquei e só trabalhei por dinheiro,
pago diariamente, para que pudesse sair da cidade tão
rapidamente como cheguei, se necessário. Minha esperança
era que toda a merda e ameaças que deixei para trás não me
seguissem. Dois anos atrás, tudo que eu conseguia pensar
era manter Ramon seguro. Agora, a ameaça esta longe e eu
quero voltar para onde paramos. Eu sorrio com amargura
para minha bebida antes de tomar um longo gole, a ironia de
tudo isso não passa despercebida por mim. Esperava uma
recepção calorosa. Pensei que Ramon estivesse esperando por
mim, e que no momento em que me visse, tudo seria do jeito
que foi antes de eu sair. Percebo agora o quão estúpido eu
fui.

O sonho que me manteve são, não está mais lá, então o


que eu devo fazer?

Drenando o copo de novo, cubro a parte superior com a


mão quando o barman vai derramar.
— Não.... Eu quero mais, mas só preciso disso por
agora.

— Se você diz. — Ele se vira e coloca a garrafa de volta


antes de se inclinar sobre o balcão em direção a mim. —
Então, qual é a sua história?

É claro que ele é gay. Com o olhar que está me dando,


não há nenhuma chance de que não seja.

— Você não quer se envolver comigo, garoto. — Eu


seguro seu olhar e noto um ligeiro lampejo de seus cílios
quando digo garoto. Ele não gosta disso. Ele provavelmente
pretende me forçar, me embebedar e quando não puder ver
direito, me roubar.

Eu já vi isso acontecer mais de uma vez, e é por isso que


nunca bebo em excesso, não importa o quanto eu queira.

— Você está interessado. — Ele insiste. — Eu sei.

— Hmm, sério?

— Sério. Você quer saber como sei?

Eu poderia muito bem.

— Continue.

— Estive observando você desde que atravessou as


portas, e seus olhos me seguiram ao redor do bar. — Aponta
atrás dele. — Posso ver tudo através do espelho.

Ótimo!
— Você é jovem demais para mim, e acho que deve
seguir em frente. — Aponto em direção ao cara loiro cuidando
de um copo alto no balcão.

Coloco dinheiro suficiente sobre o balcão para cobrir


minha bebida, e sorrio para mim mesmo quando ele
rapidamente pega o dinheiro, embolsando alguns tão rápido
que, tenho certeza, que está roubando seu empregador.

Quem se importa com isso? Ele pode fazer o que quiser,


porque a última coisa que quero, ou preciso, é me preocupar
com ele enquanto tento descobrir a direção que preciso ir
para conseguir Ramon de volta.

Conforme minha cabeça começa a latejar, caminho para


longe do bar e em direção à porta. Caminho pela multidão à
noite, que aumentou desde que cheguei aqui, e percebo os
olhares dirigidos a mim por três indivíduos altos com excesso
de peso ao redor do alvo de dardos.

Deslizando para fora, começo a ir para o motel, para


tentar obter um quarto. Posso não estar bêbado, mas
conduzir pelas estradas daqui, depois de apenas uma bebida,
não é aconselhável.

Um movimento em falso e eu passaria através da


barreira e em uma vala.... Ou ainda pior, na parte inferior de
uma montanha. Se eu tivesse sorte o suficiente para
sobreviver, sempre me perguntaria sobre essa bebida que
tomei. Não vale a pena.

Balançando a cabeça, respiro profundamente e estou


prestes a empurrar as portas da recepção quando as portas
do bar se abrem atrás de mim. Eu me viro para olhar para
trás sobre o meu ombro quando ouço a música alta. Dois dos
rapazes que estavam assistindo minha partida, saem do bar e
olham fixamente em minha direção. Onde está o terceiro?

Meu instinto me diz que preciso sair daqui, agora. Com


um olhar para porta que estava prestes a abrir, percebo que
não terei qualquer ajuda quando noto a senhora de oitenta
anos ou mais, sentada atrás da mesa. Uma rápida olhada ao
redor para me orientar me diz que minha única saída é o
beco ao lado do motel.

Provavelmente serei capaz de correr mais rápido e por


mais tempo que os idiotas que agora estão vindo na minha
direção com sorrisos afetados em seus rostos.

Me viro e corro dando de cara com alguém e me


recupero ligeiramente. Pelas risadinhas que ouço atrás de
mim, percebo que eles esperavam que eu fosse para o beco.
Lutando para me libertar do terceiro tonto, engulo a bile que
está subindo na minha garganta, caramba, esse cara está
fedendo terrivelmente. Me contorço e consigo virar e olhar
para os outros dois homens quando o aperto do meu agressor
solta ligeiramente.

Meu corpo cantarola a vida e o mundo fica mais lento


em torno de mim. Posso sentir cada movimento do homem
atrás de mim conforme reúno forças e me preparo para uma
luta. Já estive em situações muito piores do que isso e esses
três brutamontes não vão me quebrar. Eu bato minha cabeça
para trás e sorrio um pouco quando ouço o som de seu nariz
quebrando. Sangue espirra contra o meu pescoço, mas seu
aperto cai dos meus braços e eu me solto completamente
dele.

Sacudindo a sensação de enjoo que vem sobre mim, eu


giro minha perna caindo para trás acertando duro e rápido
em suas bolas. O homem engasga no sangue correndo em
sua boca e agarra sua virilha enquanto ele despenca no chão
com um gemido de dor.

Virando-me, ouço passos chegando rápido, consigo


bloquear o golpe do segundo brutamontes, meu punho oscila
para cima e sob seu queixo. Seus olhos tremem, mas o soco
não o afeta quando ele e seu amigo me atacam no chão.

Ramon

Olhando para o relógio, gemo com a lentidão do tempo.


Já se passou uma hora que estou no meu quarto, me
perguntando o que vou fazer. A última pessoa que esperava
ver hoje à noite era Noah.

Minha primeira reação depois que ele saiu, foi pegar


meu celular para ligar para Eric. Queria perguntar-lhe o que
ele achava que estava fazendo arranjado essa reunião, mas
depois parei. Eric sabe que eu estava em um relacionamento
com outro homem, mas nunca mencionei Noah para ele. A
menos que ele investigou.

Não é só o meu estômago rolando com o choque, mas


está tomando tudo que eu não tenho, ir atrás dele e explicar
que menti sobre Sylvia.

Como eu me sentiria se Noah tivesse admitido ter


relações sexuais com outra pessoa? Arrebentaria qualquer
um que ele tenha tocado.

Correndo os dedos pelo meu cabelo, que lamento ter


cortado, puxo os fios curtos e digo a mim mesmo que preciso
ficar parado. Qualquer coisa que tivemos, foi há mais de dois
anos. O único problema agora é que meu coração não está
ouvindo a minha cabeça. Talvez funcionaria se realmente
acreditasse que acabou.

Por mais que eu desejasse, meus sentimentos por ele


não podem simplesmente ser desligados e esse fato me
assusta um pouco. Não tenho certeza de que meu coração
aguentaria ser destruído novamente.

Deito na cama e depois de pegar o controle remoto,


começo a passar os canais, mas nada prende meu interesse
por muito tempo. Largando minha cabeça contra a cama,
suspiro. Não posso deixá-lo. Porra! Jogando o controle remoto
no chão, levanto e pego as chaves do carro e celular da mesa
antes de abrir a porta e deixá-la bater atrás de mim.

Não tenho certeza sobre o que vou dizer a ele, ou mesmo


se irei encontrá-lo. Mas quando acontecer, não vou deixá-lo ir
até que tenha as respostas que mereço. Ele foi extremamente
vago e vai parar, agora.

Correndo pelas escadas fora do motel, paro por um


minuto e olho ao redor. Meu palpite é que deve ter um carro
em algum lugar por perto, porque ele não voa. Ele odeia não
estar no controle. Também tem uma coisa por veículos de
grande porte, e vejo a mesma velha SUV preta que tinha
quando estávamos juntos, parada no estacionamento do
outro lado do motel.

Quando começo a me dirigir para o seu SUV, um som de


arranhões seguido por um par de pancadas, como se alguém
estivesse sendo atingido, vem do beco ao lado do motel. Cada
instinto meu grita para me afastar e evitar o confronto, mas a
minha consciência ganha quando é óbvio que alguém precisa
de ajuda.

— Caralho!

Rapidamente viro e corro para o beco, parando quando


vejo um cara no chão totalmente machucado diante dos meus
pés, e isso me leva para frente.

Pego um cara pelo cangote, pegando-o desprevenido, e


bato nele. Meu punho se conecta com sua mandíbula com
um estalo audível que lhe envia para o chão. Enquanto ele
cai, outro cara tenta me pegar desprevenido, mas sou mais
rápido que ele. Meu punho conecta... Um... Dois... Três
golpes em seu estômago, derrubando-o. Enquanto se
recupera, dou uma joelhada nas bolas do terceiro indivíduo e
o vejo cair.
O cara no chão não está se movendo e quando eu paro
sobre ele, percebo que é Noah. Vendo-o tão machucado, atiça
minha raiva e volto para os idiotas que agora estão fugindo.
Estou indeciso sobre se devo deixá-los ou ir atrás deles. Mas
no fim, Noah vence.

Verifico o beco para me certificar de que estamos


sozinhos agora e caio ao seu lado não tendo certeza de onde
tocar. Seu rosto está sangrando e começando a inchar. Há
sangue em torno de seu estômago, e, quando eu levanto sua
camisa encharcada, descubro um corte raso através de suas
costelas. Não notei qualquer arma, embora notei um grande
anel em um dos dedos do cara.

Xingando sob a minha respiração, meu coração bombeia


com adrenalina quando percebo que preciso levá-lo para a
segurança antes de voltarem com reforços.

— Sinto muito por isso. — Sussurro, enquanto deslizo


as mãos por baixo dele e puxo-o para cima. Eu cambaleio um
pouco com seu peso, mas consigo fazer minhas pernas se
moverem.

No canto, faço a varredura da área para me certificar de


que ninguém está esperando para nos emboscar e então
corro rapidamente para o meu quarto. Só espero que eu não
viva para me arrepender indo para o meu quarto, em vez de
para o caminhão, colocando milhas de distância entre nós, e
os valentões.
Noah não é um peso leve, então quando entro no quarto,
só consigo aguentar até a cama, antes de deixá-lo cair sobre
ela. Ele não se move ou faz qualquer som quando cai.

Girando rapidamente, me certifico de que a porta está


trancada antes de procurar em minha bagagem pelo kit
médico que sempre carrego.

Olhando de volta para a cama e o homem deitado de


bruços na coberta sombria, percebo que vou ter de despi-lo
antes que possa fazer qualquer coisa. Ele não vai gostar que
eu faça isso. Na verdade, pela maneira como saiu daqui, diria
que se acordar enquanto o estou despindo, ele vai me bater.

Suspirando, alcanço sua camisa arruinada e, segurando


ambos os lados, rasgo-a o resto para cima. No decote, eu
puxo e não demora muito para a camisa ser descartada.

Puxando os lados separados, eu suspiro com toda a


extensão de seus ferimentos.

Ele deveria estar no hospital.

— Eu vou viver. — Ele resmunga.

Meus olhos encontram os dele, e dói ver o rosto de Noah


tomado pela dor. Tenho a sensação de que toda a dor que
estou testemunhando não é apenas da surra que ele acaba de
receber, mas parte disso tem a ver com as nossas palavras
afiadas de antes.

— Não sei onde te tocar. — Suspiro agitado, apontando


para seu torso.
— Nenhum hospital.... Acho que vou desmaiar, então
fique à vontade.

Enquanto o observo, seus olhos se fecham e ele fica


inconsciente.

Antes que ele acorde de novo, rapidamente começo a


remover suas roupas tão cuidadosamente quanto posso,
jogando-as no lixo antes de abrir o kit médico.
Noah

Alongando-me, me encolho quando uma dor intensa


rasga através do meu corpo e faz com que o ar deixe meus
pulmões rapidamente.

O que está errado comigo?

Forçando meus olhos abertos, pisco rapidamente com o


brilho que vem através das ripas das persianas. Deixando-me
incapaz de me concentrar. Conforme viro minha cabeça,
consigo manter meus olhos abertos e percebo que Ramon
está dormindo em uma cadeira no canto do quarto.

O que ele está fazendo aqui? Penso sobre isso, enquanto


olho em volta, e nada parece familiar.

Tento me esforçar, mas minha cabeça gira e a dor ao


redor das minhas costelas me faz cair de volta na cama.

Em seguida, me lembro.

O que aconteceu naquela noite.... Ontem à noite?

— Bichona... Boiola... Viado!


Fecho meus olhos, quando as palavras se tornam um
pesadelo vívido em minha cabeça. As palavras funcionam
como um cântico através de mim enquanto eu me lembro....
Daquela noite.... Esses idiotas gritando e correndo atrás de
mim.

Querendo vomitar, meus olhos se abrem e fico olhando


para o teto enquanto tento reconstituir o resto da noite.
Então percebo que Ramon deve ter vindo atrás de mim.

Eu queria que ele viesse.

Obviamente, não queria que ele me encontrasse desse


jeito, mas queria que ele viesse atrás de mim. Em um mundo
ideal, ele teria vindo atrás de mim e me diria que ainda me
amava; que nunca deixou de amar. Mas nós não vivemos em
um mundo ideal e tenho certeza que veio atrás de mim para
descobrir o que significava o meu comentário sobre estar
morto se eu tivesse ficado.

Ramon não vai descansar até lhe contar tudo, e talvez


seja isso o que tenho que fazer.

Olhando de relance para o homem que ainda detém o


meu coração em suas mãos faz com que prenda minha
respiração. Ramon ainda é um homem impressionante.

Sua construção muscular, e herança espanhola, o faz se


destacar na multidão. Qualquer um seria sortudo por ter o
seu coração e, por um tempo, ele só tinha olhos para mim.
Mesmo no Canadá, quando falávamos docemente com as
senhoras para tirar suas calcinhas, seus olhos estavam
sempre em mim. Toda vez que ele gozava, seus olhos estavam
em mim e não na mulher.

Então, ouvi-lo dizer que tinha alguém, rasgou meu


coração. Nós costumávamos estar tão em sintonia um com o
outro que, mesmo que tenha sido eu a ir embora, sinto como
se fosse ele quem cometeu a traição.

Observando-o agora, sinto falta dos excessivamente


longos cabelos, que ele usava caindo em seus ombros. Na
verdade, sinto falta de tudo sobre ele. A sensação de seu
rosto contra o meu.... Contra a minha pele, minhas coxas,
meu estômago.... Sinto falta de ter as longas pernas
embrulhadas com as minhas enquanto dormíamos. Tenho
saudades de acordar com sua ereção da manhã pulsando
contra a minha bunda, ou contra o meu próprio pênis.

Tento mudar para uma posição mais confortável, meu


pau endurecendo enquanto reflito sobre meu passado com
Ramon. Tento pensar em algo diferente para parar a minha
necessidade, mas é persistente.

Meu relacionamento com Ramon não era apenas sexo,


apesar de ser uma parte dele. Eu amei passar todo o meu
tempo livre com ele. Falávamos de livros, hóquei, beisebol, e
nós comíamos em pequenos restaurantes fora de Lexington
para evitar sua família. Ele é a minha outra metade e preciso
trabalhar muito duro para fazê-lo ver que não tenho intenção
de me afastar dele novamente. A primeira vez foi mais
dolorosa do que jamais quero lidar novamente.
Acariciando meu próprio eixo, sinto a primeira gota de
pré-sêmen liberar da ponta conforme abafo um gemido. Já
faz um longo tempo desde que cuidei de mim mesmo, e não
deixei ninguém cuidar de mim desde Ramon.

Por mais que precise de uma liberação agora, não tenho


certeza que tenho força para fazê-lo. Tenho certeza que não
posso pedir para Ramon me chupar. Sim, isso cairia bem
com o humor com que o deixei.

Preciso pensar em outra coisa que não seja ter seus


lábios fechados em torno de mim. Porra, isso não esta
ajudando!

De repente, notando um copo de água na mesa de


cabeceira, tento alcançá-lo, meus dedos deslizam sobre o
vidro frio até que desliza dos meus dedos desajeitados. Com
um estrondo, cai no chão e quebra em pedaços.

— Que porra é essa? — Ramon grita, pulando da


cadeira. Seu cabelo espetado e seus olhos, mesmo alertas,
ainda estão pesados de sono.

Aqueles olhos sonolentos olham ao redor do quarto e


param sobre a confusão que causei. Ele pega algumas
toalhas e joga-as para a água não se espalhar.

— Desculpe. — Murmuro, minha voz rouca.

— Sem problema. Deixe-me buscar outro.

Ramon sai do quarto, empurrando as mãos pelos


cabelos. Um hábito que ele tinha quando o cabelo era
comprido. Parece que ainda está tentando acordar.
Enquanto espero ele voltar, tento fazer um balanço das
minhas lesões. Minha garganta está seca, e meu estômago
ronca em fome, me fazendo sorrir. Sei que minha virilha está
ilesa. Graças a Deus. Tenho uma leve dor de cabeça, mas que
poderia ser por falta de comida. Pelo que me lembro, a
principal força de seu ataque foi meu estômago e costelas, é
por isso que dói tanto ao redor da minha caixa torácica.

Enquanto Ramon caminha de volta para o quarto, meus


olhos o devoram. Está amarrotado de dormir em uma
cadeira, mas incrivelmente sexy. Seu moletom preto
pendurado baixo em seus quadris, e ele está sem camisa,
minha roupa favorita. Tentadora o suficiente para querer um
vislumbre do que ele está escondendo.

O movimento em seu moletom faz meus olhos se


abrirem e, olhando para cima, procuro seus olhos. O incêndio
de calor vindo dele me faz endurecer.

Ele sorri, e dando um passo à frente, empurra um


canudinho entre meus lábios.

— Beba. — Ele rosna.

Eu faço.

A água fria deslizando pela minha garganta é incrível, e


quanto mais eu bebo, mais me sinto revigorado. Tudo o que
preciso fazer é descobrir como vou esvaziar minha bexiga
quando dói muito para me mover.

— Você quer um pouco mais? — Ramon pergunta,


quando coloca o copo vazio longe.
Balanço minha cabeça e imediatamente me arrependo
do movimento quando dor atravessa por ela.

— Estou bem por agora. Obrigado.

Ramon coloca o copo no peitoril da janela e se vira para


mim. Ele não diz nada, apenas segura meu olhar. De uma
forma, que não tenho certeza se serei o último homem de pé.

Assim, Ramon me assusta. É como se ele estivesse


olhando para a minha alma com a quietude do seu corpo e
seu olhar fixo em mim.

Querendo que ele parasse, pergunto.

— Quanto tempo estive fora... e onde estamos?

Ele pisca e se move para trás para sentar na cadeira em


que estava dormindo.

— Três dias, e eu aluguei esta cabana fora da cidade.


Percebi que era mais privado que o motel.

Porra. Pelo menos estou seguro por enquanto.

— Hospital?

— Você me implorou para não o levar.

Eu implorei.

— Você ficou entrando e saindo da consciência desde


que parei aqueles filhos da puta. — Ele deixa cair a cabeça
contra o encosto da cadeira com os olhos fechados. — Você
me assustou, Noah. — Sussurra. — Vê-los.... Vê-lo.... Queria
matá-los.
Seus olhos se abrem e a angústia que ele sentia, e ainda
sente, está clara para eu ver. Eu não sei o que dizer e fico
olhando para ele por alguns minutos enquanto tento pensar.
Em vez de escavar muito profundamente em meus
sentimentos quando não posso fazer absolutamente nada
para mostrar a ele com ações, bem como palavras, digo-lhe o
que aconteceu naquela noite.

— Eu estava no bar tentando afogar a dor de saber que


você tem alguém. Estava flertando com o barman, esperando
que você entrasse e me visse. — Eu rio, mas não há nenhuma
alegria por trás disso. – Tendo bebido o suficiente, saí. Dentro
de um minuto, fui emboscado e o resto você sabe. — Eu
suspiro. — Provavelmente estavam me observando no bar
para perceberem que eu era gay.

Ramon xinga e senta-se para frente.

— Eles atacaram você porque você é gay. — Uma


afirmação, não uma pergunta.

— Percebi isso, e esperava que você me dissesse que


estava errado.

— Queria que você estivesse errado.

O ataque três noites atrás não foi a primeira vez que fui
espancado por ser gay, mas espero que seja a última.

— Obrigado, Ramon. Por cuidar de mim. Não mereço


sua gentileza depois do jeito que deixei você...

— Você realmente esperava que eu virasse as costas e o


deixasse lá? — Ele balança a cabeça. — Ainda me importo
com você, Noah. Não teria deixado ninguém naquele beco,
muito menos você. Mas, nós já pertencemos um ao outro e,
acho, que ainda estou lutando para aceitar que nós já não
nos pertencemos mais, caso contrário, teria ignorado você e
levado para o hospital. Na verdade, quase o levei. Estava
preocupado com hemorragia interna com a bagunça que eles
fizeram. Depois de falar com Ruben, ele me disse para
verificar sua urina, e que você deveria ficar bem se não
houvesse sangue.

— Eu estava uma bagunça, hein?

— Sim. — Ramon suspira. — Não sabia o que estava


fazendo.

O fato de que Ramon está falando comigo, e ainda tem


sentimentos por mim, me enche de esperança de que vamos
buscar o nosso relacionamento de volta. Não quero nada
mais do que passar o resto da minha vida com Ramon.
Costumava pensar que era o que ele queria, mas depois de
seu comentário “tenho alguém”, não tenho mais certeza. Acho
que fui facilmente esquecido. Porra, o que posso esperar?
Deixei-o há dois anos.

— Noah, você vai me dizer o que quis dizer com seu


comentário sobre a minha vida.... Ou morte?

Olho para ele, e encontro Ramon sentado em frente com


as mãos apertadas juntas.

Não posso ir lá, ainda não.

— Não estou pronto. — Sussurro.


Ramon estreita os olhos antes de sua mandíbula apertar
com raiva. Me dá um olhar que faz meu coração cair e, em
seguida, sai do quarto, batendo a porta atrás dele.

Porra!

Esfregando minhas têmporas, xingo toda a situação... A


que me encontro há mais de dois anos... A mesma que ainda
está fodendo com a minha vida. O imbecil do ex da minha
irmã começou tudo. Eu só agradeço a Deus que Carla não se
casou com o filho da puta.

Quando ficaram juntos pela primeira vez, Gary parecia


ser um cara decente e ele estava realmente a fim da Carla.
Então ele se viu envolvido com a turma errada e algo dentro
dele pareceu soltar. Drogas fazem isso com uma pessoa.

Carla estava com medo e não tinha mais ninguém para


conversar, por isso ela veio até mim. Nunca vou guardar
rancor por isso. Cuidei dela desde que era adolescente, e
perdemos nossos pais em um incêndio em casa.

Talvez tenha sido a perda que nos aproximou, mas


sempre olhei por ela. E ninguém assusta minha irmã,
especialmente da forma como Gary fez. Com isso em mente,
mantive tudo para mim e fui para um amigo meu no
esquadrão antidrogas. E então meu mundo caiu aos pedaços
e os problemas me seguiram até Lexington. Minha decisão de
ajudar a minha irmã resultou em uma ameaça de morte
contra Ramon. Arruinei suas vidas e negócios então eles
partiram para me arruinar. Eles quase tiveram sucesso
também.
Graças ao filho da puta por trás de toda a ameaça ser
um idiota descuidado e se matar com uma overdose de
drogas, tornei-me livre para voltar para meu cara.

Tudo o que tenho a fazer é convencer Ramon que


mereço uma segunda chance, e que a pessoa com quem ele
está não serve para ele, ele tem que acreditar nisso. Vai me
matar se Ramon não o deixar para ficar comigo. Mata-me
pensar sobre ele fazendo amor com alguém que não seja eu.

Movendo-me, gemo com a dor em meu corpo. Posso


dizer que estou curando, mas três dias na cama criaram
novas dores que provavelmente não estavam lá depois do
espancamento. Preciso me mover e levar minha carcaça até o
chuveiro porque eu estou tão cansado de pensar.

Ramon

Irrita-me muito que Noah se recuse a falar comigo.


Recusando-se a me dizer o que ele quis dizer com suas
palavras na outra noite. Odeio não saber sobre algo que me
envolve, especialmente quando foi grave o suficiente para
Noah ter me deixado.

Preciso de respostas e, antes de deixar esta cabana, vou


obtê-las. Mas posso ser paciente por enquanto.... Tanto
quanto isso me frustra. Vou tentar o meu melhor para não o
atormentar para conseguir informações enquanto ele parece
tão abatido, mas minha paciência não vai aguentar por muito
tempo.

O estômago de Noah se pronunciou algumas vezes por


isso estou esperando que se entregar-lhe o café da manhã, ele
vai se sentir melhor para falar depois de comer. É um
começo, suponho eu.

Agarrando a torrada assim que ela aparece, passo


manteiga antes de dividi-la entre os dois pratos. Me inclino
contra a bancada enquanto espero os ovos mexidos ficarem
prontos no micro-ondas e sorrio quando penso sobre o pênis
duro que Noah exibiu enquanto estava deitado na cama.
Tinha apenas um lençol entre os meus olhos e sua pele, por
isso o cume duro foi óbvio. Ele causou uma contração
desconfortável dentro do meu moletom.

O pau de Noah sempre encosta em seu estômago


quando está em plena excitação. O meu pau quando estou
completamente excitado vira para fora e para longe do meu
corpo. Como começou a ficar com pensamentos de um Noah
nu. Balançando a cabeça, suspiro; isso realmente tem que
parar.

Noah quer que eu acredite que ele não esteve com


ninguém desde que esteve comigo. Não importa o que disse a
ele, não estive com mais ninguém também.

O que traz os meus pensamentos para Sylvia e meus


desordenados sentimentos por ela. Eu ouvi a dor em sua voz
quando ela atendeu ao telefone no outro dia. Ficou claro
quando eu imediatamente perguntei por Sebastian para
avisá-lo que eu estava atrasado. Não queria que ninguém se
preocupasse, mas deveria ter parado e conversado com ela
um pouco.

Mas Sylvia é uma complicação que me deixa nervoso,


porque estou atraído por ela. Toda vez que eu penso nela,
meu corpo reage, mas não há qualquer barulho no meu peito
como se meu coração estivesse rolando com amor. Não como
o que acontece quando eu penso em Noah.

Na noite da festa beneficente, eu pensei em levá-la de


volta para o meu apartamento até que me lembrei de que
todas as coisas de Noah ainda estavam lá. Pensei em
convidar-me para ir ao seu apartamento, sabia que ela
aceitaria, mas algo me segurou. Meu corpo naquela noite
procurava liberação de toda a mágoa que sofreu desde que
Noah me deixou, e Sylvia estava tão linda que meu corpo
ficou hipersensível ao seu toque. Meu pau doía para
mergulhar entre suas coxas, mas algo me parou, e a
decepção que Sylvia não conseguiu esconder me fez sentir
como um idiota de primeira classe.

Tenho sido um covarde desde aquela noite... Em parte


porque estou confuso sobre meus sentimentos e em parte
porque não quero ver a dor em seu rosto. Fiz o meu melhor
para evitá-la, mas isso não vai durar para sempre. Preciso
voltar para Lexington em breve. Estou fora por muito tempo.
Primeiro, preciso lidar com o homem que me ferrou para
qualquer outra pessoa.

Ao ouvir o chuveiro desligar no banheiro, pego


rapidamente uma camiseta no encosto da cadeira e coloco-a.
Vi seus olhos permanecerem no meu corpo mais cedo e,
embora não me importe de ver o calor em seus olhos, nós
precisamos conversar sem distrações. Só queria que meu pau
fosse tão fácil de esconder como meu peito.

Com isso em mente, rapidamente termino o café da


manhã, e o coloco sobre a mesa antes de me sentar enquanto
Noah entra.

Minha boca cai aberta, e meu pau vibra em atenção. Eu


engulo em torno do caroço alojado na minha garganta, mas
nada apaga o desejo tomando o meu corpo.

Enquanto ele está seco, pequenas gotas de água gotejam


de seu cabelo ainda úmido e caem em seu peito nu...
acenando-me para lamber as gotículas e saboreá-lo. Ele
inclina-se contra o batente da porta em nada além do
moletom que eu deixei de fora para ele. Seu peito esculpido é
ainda mais definido do que costumava ser, embora o
ferimento preto e azul ao longo de suas costelas ainda esteja
vivo. O moletom pendura-se frouxamente sobre ele, como eles
fazem em mim, e deixam pouco à imaginação. O contorno de
seu pênis cresce quanto mais tempo os meus olhos
permanecem fixos sobre ele, que é quando eu percebo que eu
estou olhando como se estivesse faminto.
Fechando os olhos, inspiro e o cheiro dele enche minhas
narinas, levando-as a incendiar. Eu exalo o perfume
conforme abro meus olhos, mas evito olhar para Noah
enquanto tento encontrar a minha força.

Meu pau pulsa debaixo da mesa e preciso de uma


distração de Noah. Eu dou uma garfada nos ovos antes de
morder uma fatia da torrada com manteiga, engolindo-a com
um copo de suco de laranja fresco.

— Coma, antes que esfrie. — Aponto para a comida em


frente à minha.

Ele se arrasta para frente e senta na cadeira indicada.


Nossos olhos se encontram, antes de me dar um sorriso
irônico e começar a comer.

Nós dois sentados juntos assim, deveria ser


desconfortável, mas isso não acontece. Sinto-me tranquilo,
como se estivesse onde deveria estar. A julgar pela forma
como Noah está, acho que ele sente o mesmo.

— Quem você tem? — Noah pergunta de repente.

Não estou surpreso que esteja perguntando, mas estou


surpreso que está perguntando quando não vai responder às
minhas perguntas.

Colocando o garfo no meu prato, tomo um longo gole de


café antes de dizer.

— Se eu te contar o que está acontecendo na minha


vida, você tem que me dizer tudo o que está acontecendo na
sua. — Faço uma pausa. — E quero dizer tudo, até a razão
pela qual você foi embora, o que você fez por dois anos e por
que de repente você está aqui. Se você mentir para mim, eu
não vou perdoar.

Eu mantenho meus sentimentos sob controle,


esperando que ele não veja a mentira em meus olhos. O fato é
que provavelmente iria perdoá-lo por ter mentido para mim, a
não ser que envolva outro homem. Eu não preciso me
preocupar com ele estando com uma mulher, porque ele não
tem interesse. Antes, quando nós tínhamos uma mulher, eu
seria o único a fodê-la enquanto o chupava. A mulher achava
isso quente, e Noah ficava animado vendo meu pau molhado
enquanto deslizava dentro e fora dela. Tudo isso mudou
depois que ele me deixou entrar nele.

Num minuto estávamos em um relacionamento com


Noah no banco do motorista, e no próximo trocamos de lugar.
Depois daquela noite, Noah me deu um ultimato; eu nunca
comeria uma mulher novamente enquanto eu estivesse com
ele ou ele iria embora e eu nunca o veria novamente. Foder as
mulheres nunca me incomodou porque o que me excitava era
ver que ele estava me assistindo, não a mulher. Com ele,
sempre fui capaz de ser eu mesmo, ao contrário de quando
estou em torno da minha família, que é outra história.

Comemos em silêncio, mas noto que nós dois estamos


enviando olhares em direção ao outro. Depois que ele
terminou de comer, ele limpa a boca no guardanapo amarelo
que deixei ao lado de seu garfo e encontra o meu olhar.
— Queria esperar para conversar, mas será melhor se
tudo estiver em aberto, sem mais segredos entre nós.

Eu concordo.

— Tudo bem para você se sentar na sala ou precisa


voltar para a cama? — Pergunto, minha voz cheia de
preocupação, enquanto o observo. Ele estava pálido enquanto
comia. Inicialmente, deixaria de lado o tema da conversa,
mas não tenho certeza.

— Vou ficar bem. Acho que vai ser melhor se eu estiver


na posição vertical para essa conversa.

Concordando com ele, sirvo café para nós dois e os levo


até a sala de estar.
Noah

Tento ficar confortável,


mas sabendo sobre o que vamos falar e o fato de que as
minhas costelas estão doendo me faz sentar na beira do sofá,
esperando que Ramon comece primeiro.

Estando longe por tanto tempo faz com que tenhamos


muito a dizer, e parte de mim está com medo de que nós
vamos cansar e não saberei nada sobre o que Ramon tem
feito ou com quem tem estado.

— Sylvia.

— Perdão?

— Você me ouviu. Seu nome é Sylvia.

As palavras são frívolas, como se ele não se importasse,


mas conheço Ramon... Ele se importa com o que ele está
dizendo. Sylvia deve significar algo para ele.

— Porra, Noah.... Estava sofrendo por você ter me


abandonado e ela estava lá parecendo tão doce. E ela não
saía, então a convidei para sair. – Ele passa as mãos pelo seu
cabelo curto em clara agitação. — Nós jantamos, assistimos a
um filme, e às vezes ela foi a funções da família comigo para
manter minha mãe e as mulheres que ela empurra para se
casarem comigo longe.

Então, ela é boa o suficiente para conhecer a sua


família, mas eu nunca fui. Estou sendo injusto, mas ele dizer
que ela conheceu sua família dói. Isso machuca muito.

— Mas, o deixei acreditar que temos um relacionamento,


o que não é verdade.

O que ele está dizendo?

— Nunca tive relações sexuais com ela, Noah. Admito


que pensei nisso não muito tempo atrás, mas enquanto a
acompanhei de volta ao seu apartamento, desisti e percebi
que ela não era o que eu queria. — Ele ri. — Desejava alguém
que deixou claro que não me queria.

A sala fica em silêncio enquanto Ramon termina sua


admissão sobre Sylvia. Pensei que teria mais tempo para
colocar meus pensamentos em ordem. Eu não tive. O que ia
dizer foi esquecido e substituído com o fato de que Ramon
não está em um relacionamento com outra pessoa. Não
importa o quanto disse-me que ele tinha o direito de estar,
isso teria matado algo dentro de mim se ele estivesse.

— Por favor, diga alguma coisa. — Ele implora.

— Estou surpreso que você admita isso antes de ouvir o


meu lado do que aconteceu, mas estou aliviado. — Eu rio. —
Você não tem ideia de quão aliviado.

— Eu acho que tenho.... Sua vez. — Ramon força um


sorriso.
Não tenho nenhuma ideia do que ele está pensando, o
que faz com que meu estômago se contorça de nervoso. No
passado, conhecia o seu próximo passo e o que ele estava
pensando em um determinado momento. Era como se
tivéssemos os mesmos pensamentos... Mas, não mais.

Com um suspiro pesado, eu explico sobre Gary. Não foi


fácil, mas sinto alívio por poder contar algumas partes....
Desde que ele conhecia a história de Carla e que Gary foi
atrás dela. Quando eu termino de explicar tudo, Ramon diz:

— Você deixou de explicar sobre a ameaça que lhe fez ir


embora.

Eu balanço minha cabeça.

— Nós ainda estamos conversando. Eu não terminei.

Ele levanta uma sobrancelha em questionamento.

— A repercussão causada ao ir até meu amigo no


esquadrão antidrogas foi que dois caras se aproximaram de
mim. Seu chefe, aparentemente, não estava feliz com a perda
de Gary ou do efeito que isso teve em seu negócio.
Basicamente, arruinei suas vidas e causei um retrocesso em
seu negócio então eles tentaram me arruinar. Ameaçaram
matar você e Carla. — Afundo para trás na cadeira, tão
cansado de toda essa maldita coisa.

— Nunca em um milhão de anos teria deixado você se


tivesse uma escolha. Assim que ouvi que a ameaça acabou,
fiz planos para voltar à Lexington depois que meu trabalho
atual tivesse acabado. O que me leva a como eu conheci Eric.
— Eu me perguntava como Eric conseguiu arranjar essa
reunião em Denver, porque ele não tinha ideia sobre nós. —
Ramon faz uma pausa. — Ou tinha?

Eu balanço minha cabeça.

— Não, ele não sabe nada sobre nós. Não admiti


conhecê-lo, mesmo depois que me disse em qual trabalho me
queria envolvido. Eu precisava vê-lo primeiro e conversar. Ele
é parte de sua família e não tinha ideia de quanto, se alguma
coisa, você lhe disse. Não tinha certeza se você disse a ele
sobre o nosso relacionamento.... Ou se você apenas disse que
nós éramos amigos, então fiquei quieto.

— Ele não sabia nada sobre nós. Ele sabia que alguém
me machucou, que foi como eu expliquei ser o motivo de ir
devagar com Sylvia sempre quando alguém perguntava.
Ninguém sabia.

— Sabia? — Eu questiono.

— Minha família, menos Michael e meus pais, sabem


sobre nós. — Ele faz uma pausa e então esfrega o queixo
pensativamente. — Bem, Michael pode saber desde que
Lucien tem uma boca grande, mas eu duvido que meus pais
saibam. Meus irmãos não me deixariam em paz se não
contasse. — Ele sorri.

Estou achando difícil de acreditar que depois de tanto


tempo juntos, ele finalmente disse aos seus irmãos sobre
mim quando não estamos mais envolvidos. Há algo de errado
com essa imagem.
Não querendo realmente saber a resposta, mas incapaz
de me segurar, pergunto.

— Se não tivesse desaparecido você teria contado a eles


sobre mim?

Ramon fica vermelho e se recusa a encontrar o meu


olhar. Seus lábios se apertam em torno de uma palavra, mas
ele não a deixa escapar. Tenho a minha resposta. Parece
como se uma marreta batesse direto em meu peito.

Lentamente, levanto, vou para o quarto e, parando na


porta, olho por cima do meu ombro para Ramon. Ele está de
frente para a janela, seus olhos afastados de mim e noto seus
ombros caírem. Ele parece tão destruído quanto estou. E eu
ainda não expliquei como eu conheci Eric.

Ramon

Eu não tenho vergonha do meu relacionamento passado


com Noah, nem teria se eu desse outra chance a ele e o
permitisse entrar novamente.

O fato de que sou um homem crescido deve tornar mais


fácil de contar a meus pais. Da maneira que estou agindo
você pensaria que sou um adolescente de novo, e isso tem
que parar. Vi a dor que brilhou nos olhos de Noah com o meu
silêncio.

Esfregando meu peito por cima do meu coração, suspiro


e sigo Noah até o quarto para terminar a nossa conversa. Eu
também preciso saber o que vai acontecer agora. Não posso
deixar... O que quer que seja isso... Entre nós. E não posso
deixar Noah pensar que tenho vergonha de estar com ele.

Para minha surpresa, Noah não está no quarto ou no


banheiro. Meu coração dispara me perguntando onde diabos
ele está. Ele não poderia ter ido embora, mas então eu vejo
sua sombra através das cortinas.

Com sangue ainda batendo por meus ouvidos, abro a


porta para a varanda e me apoio contra o batente da porta
quando Noah vira para olhar para mim.

Seus olhos se arregalaram com surpresa.

— O que há de errado com você? — Pergunta ele, dando


um passo em minha direção.

— Pensei que você foi embora.

Seus lábios se apertam.

— Não vou fazer isso com você novamente. Se eu for


sair, você vai saber.

Concordo com a cabeça e me recompondo, sento em


uma das duas cadeiras de balanço na varanda.

Depois de uma pequena hesitação, Noah se senta ao


meu lado.

— Você ainda me ama.


Minha cabeça se vira com surpresa em sua declaração
ousada.

Ele sorri e repete.

— Você ainda me ama.

A carranca no meu rosto o cala.

— Você ama, certo? — Pergunta ele, sua certeza sendo


drenada dele tão rapidamente quanto seu sorriso.

— Não sei como me sinto. — O que é uma mentira,


porque ainda o amo. — Conte-me sobre Eric. — Mudo de
assunto precisando de mais tempo para chegar a um plano
de ação antes de voltar à Lexington.

Ele vai voltar comigo. Ele não terá muita escolha, e não
vou dar-lhe uma.

Descansando os pés no parapeito da varanda, ele


começa a balançar lentamente na cadeira, parecendo
relaxado até que eu olho para suas mãos. Elas se contraem
contra sua coxa, um sinal claro de que está estressado.

Ele não é o único.

Meu primeiro instinto é me inclinar para frente e tocá-lo.


Seu peito está nu e um pouco de cabelo se arrasta sobre seus
mamilos e para baixo passando seu umbigo faz minha boca
salivar. Eu quero seguir aquela trilha mais ao sul com a
minha língua, além do elástico do moletom e mais alguma
coisa que estou almejando. Desejo seu gosto, seu toque, mais
do que nunca. Já faz um longo tempo desde que experimentei
Noah.
Meu pau concorda comigo, e salta em meu moletom,
formigando com o lançamento de pré-sêmen.

Noah sempre foi capaz de me despertar e elevar a


alturas insuportáveis com o menor dos olhares. Porra,
apenas olhar para ele pode me fazer almejar por seu toque e
meu corpo se inflama com apenas o menor abraço. Sua
ausência fez-me desejar-lhe muito mais.

— Você tem certeza que quer que eu fale sobre Eric? —


Pergunta ele, interrompendo meus pensamentos.

Seus olhos sobre minha virilha.

Fechando os olhos pedindo força, respondo.

— Sim.

— Humm... — Ele faz uma pausa enquanto ele dá a meu


pau um olhar aguçado antes de encontrar meu olhar, e
continuar. — Conheci Eric na Carolina do Norte, em um bar.
— Ele ri. — Estava trabalhando em um local não muito longe
do bar, e houve algum roubo. Aconteceu de eu estar no lugar
errado na hora certa, e peguei em flagrante os idiotas. Era
este trabalho que estava terminando antes de voltar para cá.
De qualquer forma, depois que eles foram pegos, os caras me
levaram a um bar para comemorar. Nós não estávamos
exatamente tranquilos. Em algum momento Eric apresentou-
se, e nós conversamos. Até o final da noite, ele me pediu para
ajudá-lo em sua obra. Como eu poderia recusar? — Ele faz
uma pausa. — Mantive silêncio sobre minha história com
você porque queria ver seu rosto quando você me visse. Não
queria que você estivesse preparado. Queria ver sua reação
quando você percebesse que era eu e que estava de pé diante
de você. Pensei que estivesse preparado para vê-lo
novamente, quando na realidade, não estava... — Sua voz se
distancia e olha para fora no quintal. — Deus, como senti sua
falta. — Ele rosna.

— Oh cara. O que vamos fazer? Eu quero você.... Na


obra dos McKenzie.

E na minha cama.

Pelo olhar ardente que lança para mim, ele sabe o que
quero dizer.

— Você tem um lugar para ficar em Lexington?

Ele hesita, e em seguida, responde:

— Ainda não.

— Você pode ficar comigo, mas no quarto de hospedes.

Ele franze a testa e vejo um flash de teimosia quando


sua mandíbula aperta. Ele não gostou da ideia. Seus olhos se
concentram em tudo, menos em mim.

— Tudo bem. — Sussurra humildemente depois de sua


batalha silenciosa. — Mereço isso, e certamente não espero
que você simplesmente me aceite de volta. — Ele ri. — Mesmo
que gostaria que você o fizesse.

— Não sou o mesmo cara que você abandonou Noah.


Não sou aquele cara fácil que você estava acostumado. — Me
levanto e começo a andar para trás e para frente.

Paro abruptamente quando Noah se coloca na minha


frente e para meu ritmo acentuado.
— Eu nunca. — Ele me cutuca no peito. — Achei que
você fosse um cara fácil. Nós dois estávamos em um
relacionamento. Foi você que manteve isso escondido porque
eu teria gritado para todos ouvirem.

Noah se vira. Eu o alcanço tentando agarrar seu braço,


mas minha mão roça seu quadril. Nós dois suspiramos e
paramos.

Incapaz de me parar, me aproximo, meu peito


pressionando contra suas costas enquanto um tremor
atravessa Noah. Me inclino para frente e pressiono meus
lábios no topo da sua coluna vertebral enquanto minha mão
desliza furtivamente em torno de seus quadris. Cutucando
contra a coroa de sua ereção com meus dedos, paro,
querendo me aproximar mais do paraíso. Basta apenas um
movimento encorajador de Noah para que eu introduza
minha mão em seu moletom e o acaricie.

Minha própria ereção está latejando entre as bochechas


do traseiro de Noah. Meu corpo grita para que eu busque o
que preciso... O que ambos necessitam. Infelizmente, meu
cérebro não será desligado e ele não quer correr o risco de se
arrepender por saltar direto de volta para o sexo com ele. Não
importa o quanto nossos corpos discordem, tenho que pensar
com o meu cérebro.

Inalando, eu respiro seu aroma único em meus


pulmões. Colocando um beijo na sua nuca, eu esfrego
suavemente a ponta vazando de seu pênis com o meu dedo
antes de forçar-me a dar um passo atrás.
Noah corre a mão trêmula pelo cabelo e desaparece de
volta para o quarto sem dizer nada. Eu o observo ir e luto
contra o desejo de segui-lo. Até seu sabor explodir na minha
língua não percebi que estava chupando meu dedo como se
não me cansasse.

Virando, aperto o parapeito da varanda... com tanta


força que meus dedos ficam brancos. Deixo cair minha
cabeça e respiro através da dor da minha própria excitação
furiosa.
Ramon

Caminhando através da
porta para o escritório, meu estômago está nervoso porque sei
que Sylvia estará sentada atrás de sua mesa.

Gostaria muito de ter adiado minha ida aos escritórios


McKenzie logo que voltei, se eu pudesse. Mas estive longe por
muito tempo para qualquer desculpa realmente fazer a
diferença.

A porta se fecha atrás de mim com um clique suave,


mas é o suficiente para atrair seus olhos para mim. Eu fico
lá, cara a cara com Sylvia.

Ela está linda como sempre.

Não perco a checada que ela me dá.

Hoje troquei meu jeans habitual por calças pretas com


uma camisa preta já que não tenho nenhuma intenção de
visitar a obra. A cor escura da minha roupa contra a minha
pele bronzeada faz com que a minha herança se destaque.
Pelo menos é o que Noah me diz. A única outra cor além da
preta que tenho em mim hoje são meus olhos azuis.

Enquanto observo Sylvia começar a se remexer, eu me


aproximo, em um esforço para colocá-la à vontade.
— Você está ótima, Sylvia. — Me aproximo e coloco um
beijo em sua bochecha, que é o que Eric testemunha quando
entra no escritório.

Ele para e me encara.

— Ramon?

Faço uma pausa, sem saber como entender o uso


abrupto do meu nome por Eric.

Aperto a mão de Sylvia e me endireito.

Encontro-me com Eric no meio da sala, trocamos um


aperto de mão rápido antes dar-nos um tapa nas costas um
do outro. Não tenho certeza se é minha imaginação, mas as
mãos dele parecem mais apertadas do que o habitual.... Seu
sorriso forçado.

Agindo como se ser pego beijando a bochecha de Sylvia


fosse uma ocorrência diária, noto o sorriso forçado de Eric se
transformar em uma carranca zangada.

Qual é o seu problema?

— Como vai?

— Tudo bem. — Murmura Eric.

— Tudo bem, certo? — Sento no canto da mesa de Sylvia


e observo emoções passarem por seu rosto, mas não posso ler
o que é.

Eric me encara, o que me deixa mais confuso do que


nunca. Vivemos juntos quando Eric esteve por aqui antes,
então o que está acontecendo?
Ao ouvir a campainha sobre a mesa de Sylvia tocar, olho
para ela. Ela sorri e diz através do microfone.

— Você precisa vir aqui fora.

Em poucos segundos, a porta da sala de Sebastian se


abre e ele vem andando a passos largos. Me estuda antes de
seu olhar desloca-se para Eric. Ele franze a testa e estende o
braço para o seu escritório.

— Vamos entrar. — Ele sugere. — Sylvia, você se


importaria de nos trazer um pouco de café, por favor?

— Estou indo.

Noah

Hoje, acordei no apartamento em que vivia. Teria sido


ainda melhor se tivesse acordado ao lado de Ramon na nossa
cama, mas tenho toda a intenção que isso aconteça mais
cedo ou mais tarde.

Antes de Ramon sair para o trabalho, me contou sobre a


cabana que construiu nas terras de sua família perto do
córrego que serpenteia em torno da casa principal. Foi
evasivo quando perguntei sobre por que ele não estava
vivendo lá, e ainda estava no apartamento na cidade.
Sei que Ramon odeia a agitação da vida da cidade, e não
pode esperar para escapar de volta para casa da fazenda de
seus pais, ou, melhor ainda, sua cabana. Claro, nunca
poderia visitá-lo se ele estiver na casa dos pais. Afinal de
contas, sou seu pequeno segredo sujo.

Rangendo os dentes, resolvo que não vou ser segredo de


ninguém mais. É tudo ou nada, e se entendi Ramon
corretamente, isso é o que ele quer.

Ter o toque de Ramon na minha pele depois de tanto


tempo, despertou a paixão que tenho por ele. Ela estava
dormente por um tempo tão longo que é surpreendente a
rapidez com que me envolveu. Agora, está tomando minha
força de vontade manter minhas mãos longe dele.

Esta manhã estava tão bonito que meu coração quase


pulou para fora do meu peito. Meu pau foi de zero a cem em
cinco segundos quando o cheiro de sua colônia derivou em
direção a mim.

Assim que a porta do apartamento fechou, estava no


chuveiro me masturbando, fingindo que era a mão de Ramon
em torno de mim. Eu fechei meus olhos enquanto minha mão
deslizou sobre a carne molhada, a imagem dele vestido todo
de preto enchendo minha mente e não pude deixar de sorrir
pela memória. Ele tinha vulto poderoso por trás do bojo de
seu zíper. Ah sim. Ele respondeu ao meu desejo, que estava
evidente em meu próprio rosto.
Ramon me conhece, e conhece os sinais de quando
estou muito excitado. Não apenas por ter um pau pesado
entre minhas pernas, mas por todas as pistas sutis que dou.

Ajustando a excitação entre minhas calças, tento


concentrar-me na paisagem passando pela janela do meu
SUV. Acho que deveria estar grato que Ramon dirigiu a maior
parte do caminho de volta para Lexington. No momento em
que estávamos a meio caminho de volta, passei um tempo
atrás do volante, o que ajudou a nos levar para casa mais
cedo do que Ramon pretendeu.

A minha primeira prioridade hoje é ir visitar minha irmã


muito feliz, Carla. A primeira ligação que fiz quando eu voltei
à Lexington foi para ela, ficou tão sobrecarregada que sua voz
ficou embargada depois de tanto tempo que não pode falar
comigo. O marido dela, Sebastian, não ficou impressionado, e
me deixou ciente desse fato.

Foi Carla que me trouxe às lágrimas. Até ouvir sua voz,


não percebi o quanto senti falta da minha irmã. A minha
única família. Quem abandona a sua única família?

Alguém que quer protegê-la.

Eu continuo dizendo isso a mim mesmo. E funciona na


maioria das vezes, mas outras vezes, não acredito em minhas
próprias palavras. Estava protegendo-os, mas às vezes me
pergunto se não estava protegendo mais a mim mesmo.

Com um suspiro pesado, sigo as instruções que Ramon


me deu para que eu possa surpreender Carla.
Sebastian sabe que estou a caminho para visitar sua
mulher, e embora eu tenha a impressão de que ele não estava
feliz sobre eu querendo me encontrar com ela sem ele estar
lá, entendeu que eu precisava.

A maneira como ele a protege ilumina meu coração, e


sou grato que ela o encontrou. Tudo o que sempre quis para
minha irmã é que encontrasse alguém que a colocasse acima
de tudo, e parece que ele faz exatamente isso.

Carla certamente parece que deu seu coração


incondicionalmente para Sebastian e ela não conseguia parar
de falar dele quando finalmente conseguimos ter uma breve
conversa. Me sinto quase vertiginoso sobre vê-la.

Espero que ela não esteja tão chateada quanto parece


estar. Nunca vi alguém com um temperamento como o dela.

Estacionando fora da casa de Carla e Sebastian,


admirando sua grande cabana. É uma ampla construção de
madeira com um alpendre a envolvendo. As flores em
exposição devem ser o toque da minha irmã. Ela sempre teve
os dedos verdes desde que ela estava no primeiro grau. Sorrio
ao lembrar-me das aulas que ela dava a mamãe sobre os
fertilizantes certos a usar, e o melhor momento para plantar
as sementes de girassol que a mamãe tanto amava. Minha
mãe sempre teve um polegar preto e minha irmã era a
jardineira residente da família.

Estou feliz que ela não perdeu seu toque. É claro que ela
colocou o seu conhecimento em uso e cercou sua casa de cor.
Carla tem uma personalidade colorida, e usa isso para
decorar sua casa.

Enquanto saio do carro, vejo Carla na varanda me


observando.

Quando ela percebe que sou eu, ela paralisa. Em poucos


segundos, ela deixa cair o regador, correndo pela varanda e
se jogando em meus braços estendidos. Os envolvo
firmemente em torno dela e a seguro enquanto se agarra a
mim, e chora.

Seus soluços continuam enquanto minhas emoções


começam a tirar o melhor de mim. Antes de deixá-la cair, a
levo para os degraus da varanda e me sento puxando-a para
o meu colo.

Meus braços ficam em torno dela, e sua cabeça apoia


contra meu ombro. Enterro meu rosto em seu pescoço e deixo
minhas lágrimas se misturarem com as dela.

Ela é uma mulher adulta, mas ela sempre será minha


irmãzinha. Tê-la de volta em meus braços depois de
nenhuma comunicação por cerca de dois anos faz com que o
meu coração se inunde com as emoções que tentei esquecer
para fazer a nossa separação mais fácil.

— Sinto muito. — Murmuro contra ela.

— Não. — Ela se afasta e pega um lenço de papel de


algum lugar. Ela limpa o rosto dela antes me passar o lenço
de papel. — Vamos esquecer o passado. Você está aqui agora,
inteiro. Nunca mais quero passar por isso, portanto este é o
único aviso que você vai receber, se fizer isso comigo de novo,
é melhor ficar desaparecido.

Eu a abraço. — Prometo não desaparecer assim de novo.


— Beijo sua testa antes de ajudá-la a se levantar.

Ela desliza o braço em volta da minha cintura enquanto


o meu envolve em torno de seus ombros. E a deixo me levar
para sua casa.

Ramon

Ouvindo Sebastian falar sobre a situação na obra, estou


tendo dificuldade para me concentrar. Eric parece chateado
comigo e tenho a sensação de que tem algo a ver com Sylvia,
embora, isso não faça sentido.

Sylvia está linda e notei que ela fez o cabelo. Um toque


de cor em seus fios já luxuosos e há definitivamente um corte
mais estiloso em seus cabelos longos. Está sempre
perfeitamente arrumada, e nunca consegui entender por que
ela aceitou sair apenas comigo.

Disse a ela desde o início que estava à procura de


amizade e não um relacionamento, mas em algum lugar ao
longo do caminho, ela ficou sob a minha pele, como sei que
fiz com ela.
O problema é que não sei o que é isso. Meu coração
verdadeiramente pertence à Noah. Mas há algo sobre Sylvia
que me chama. Já faz anos desde que eu estive entre as
pernas de uma mulher e eu não percebi isso quando Noah
estava comigo..., mas quando ele foi embora, as coisas
começaram a mudar para mim. Quando vi pela primeira vez
Sylvia, coloquei meu interesse em sentir falta da umidade de
uma vagina. Conforme o tempo passava, percebi que eu não
perdi nada disso e meu interesse em Sylvia foi algo além de
luxúria. Não só isso, mas Noah é o único que me faz sentir
completamente satisfeito após o sexo.

Mas Sylvia é única. Ela é antiquada, de vez em quando,


age como quem já experimentou muito mais do que aparenta.

Na verdade, realmente senti falta de vê-la e falar com


ela. O que me leva ao fato de que agi como um idiota com ela.
Evitei falar com ela desde o baile beneficente. Sei que eu a
machuquei naquela noite, mas sou um covarde as vezes, e
em vez de pedir desculpas, fugi na primeira oportunidade.

Vendo como Eric olha para mim quando pensava que


tínhamos uma boa amizade me confunde. Sei que ele está
chateado com o mundo agora depois de receber alta médica.
Mas onde a nossa amizade desapareceu?

— Se vocês dois conseguissem parar com o mau humor,


e, na verdade, me escutar, esta reunião já teria terminado. —
Sebastian aponta, exasperação evidente em sua voz.

— Estou ouvindo. — Eu sorrio.


Sebastian olha para mim e me dá o seu olhar “sim,
certo”.

Sorrio sabendo que ele está tentando ser o profissional


aqui, quando normalmente é ele quem provoca Michael.

— Escutei mesmo que Ramon não. — Acrescenta Eric.

Olho para ele, assustado com a hostilidade em seu tom.


É isso aí. Já tive o suficiente. Meu queixo fica tenso com
raiva.

— Qual é o seu problema? Se fiz algo que você não


gostou, estou acostumado a conversar sobre em vez de agir
como um idiota.

Ele se levanta e olha para mim.

Combino sua postura.

— Oh droga! Não. Não no escritório de Michael. —


Sebastian salta entre nós. — Se vocês dois querem se
espancar, sugiro que façam isso no ginásio de Yuri.

Eric sorri e está cheio de raiva predatória. É claro que


ele adoraria dar uma volta comigo no Yuri. Está
definitivamente chateado comigo sobre alguma coisa.
Forçando meu cérebro, tento pensar sobre o porquê.... Então
eu entendo. Sylvia. O olhar em seu rosto quando ele entrou e
me pegou beijando Sylvia na bochecha vem em minha mente.

Ele está com ciúmes?

— Isso não será necessário. — Seu sorriso se transforma


em uma carranca. — Chame-me se precisar de mim. — Diz a
Sebastian antes de abrir a porta do escritório.
— Hei, nós precisamos conversar. — Grito atrás dele e o
sigo.

O homem de pé no escritório conversando com Sylvia


me para no meio do passo, e todos os pensamentos sobre
Eric somem da minha cabeça.

— Noah?

Ao ouvir seu nome, ele se vira e seu rosto se ilumina


com aquele sorriso secreto dele.

O baque nas minhas costas me traz abruptamente de


volta ao presente.

Deus, nunca pensei que teria a oportunidade de


apresentar Noah, meu amante, ex-amante a um dos meus
irmãos. Mas parece que isso está prestes a acontecer com
Sylvia e Eric nos olhando.

Caralho!

— Então você é meu cunhado. — Sebastian me bate


com sua apresentação.

— Sebastian, é bom conhecê-lo. Minha irmã falou de


você em meu ouvido esta manhã, e acho que ela mencionou
isso em quase todas as frases.

Sebastian faz uma carranca.

— Ela sentiu muito sua falta.

Dor atinge os olhos de Noah e tudo que quero fazer é


acalmá-lo.
— Senti falta dela também. Mais do que serei capaz de
dizer um dia.

Noah parece ter falado as palavras que Sebastian


esperava ouvir. A tensão que não notei se dissipa e Sebastian
relaxa enquanto diz:

— Bem-vindo à família.... Esse. — Aponta para Eric. —


É nosso primo, Eric.

Eric acena com a cabeça em reconhecimento antes de


olhar para mim. Ele está bem ciente de que Noah é quem ele
chamou para a reunião. É claro que ele também descobriu o
que Noah é para mim. Sou grato que ele esteja mantendo sua
boca fechada, por agora, de qualquer maneira. Sylvia precisa
ouvir isso de mim.

— E esta é Sylvia. — Sebastian continua. — A única


razão pela qual meu escritório não está repleto de papéis.

Os olhos de Noah se ampliam quando é apresentado a


Sylvia, mas ele se recupera rapidamente e pisca para ela,
fazendo com que suas bochechas corem.

Agora que as apresentações foram feitas, nós caímos em


um silêncio desconfortável.

Que é quebrado pelo resmungo de Eric.

— Estou saindo daqui.

Ele sai, mas não se incomoda de fechar as portas do


escritório.

Sebastian olha entre nós três, agora que Eric saiu, e


sorri.
— Vou deixar vocês resolverem isso.

— Idiota. — Murmuro para que apenas ele possa me


ouvir.

Fico parado com sua risada soando em meus ouvidos


enquanto fecha a porta do escritório.

— O que você está fazendo aqui? — Eu finalmente


pergunto.

— No caminho de volta para a cidade, decidi ver se você


queria almoçar.... Pelos velhos tempos.

A cabeça de Sylvia vira olhando entre nós dois.

Não tenho ideia se ela sabe de alguma coisa, ou se está


tentando entender.

— Eu poderia comer. — Escolho a opção mais fácil.

Qualquer coisa para tirá-lo do escritório.

— Vamos? — Eu indico o elevador esperando no


corredor do outro lado das portas duplas do escritório de
Sylvia.

— Sylvia, foi um prazer conhecê-la. Possivelmente a


verei novamente.

— Tchau, Noah.

— Te ligo mais tarde. — Asseguro-a.

— Ok, estarei esperando. Tenha um bom almoço,


Ramon.

Seguindo Noah para o elevador, meus olhos pousam em


seu traseiro, e na forma como seu jeans se molda em suas
nádegas. Cada passo que ele dá, meu pau se contorce nos
confins apertados de minhas calças, e elas estão ficando mais
apertadas a cada segundo que passa.

Noah não se vira para mim quando pressiona o botão do


elevador, mas sua excitação é óbvia através da porta
ligeiramente espelhada.

Aproximando-me dele, deixo minha ereção pulsante


contra o seu traseiro, e sussurro em seu ouvido.

— Este elevador vai diretamente para a garagem no


subsolo.

Ele estremece com as minhas palavras.

As portas se abrem. Nós nos movemos para dentro, e a


protuberância na minha calça almeja por seu toque.

Noah mantém as costas para a porta, deixando-me ver a


excitação que ele não pode esconder, o fogo em seus olhos, e
o cume duro de seu pênis pressionando contra a frente de
seu jeans.

Eu me inclino contra a parede do fundo, e enquanto as


portas se fecham, pego Sylvia nos observando, mas não me
importo.

Fechado no pequeno espaço com Noah não está


ajudando minha libido, e quando o elevador começa a descer
lentamente, minha respiração trava quando finalmente faço
contato visual com Noah.

Porra!
Decisão tomada, me aproximo dele ao mesmo tempo em
que ele me ataca.

Suas mãos mantêm minha cabeça no lugar, enquanto


nossos corpos se pressionam juntos, querendo e precisando
de mais. Seus lábios são duros e exigentes nos meus. Abro a
boca para mais dele.

Quando nossas línguas finalmente se emaranham


juntas e Noah suga a minha em sua boca, meu orgasmo
quase explode em minhas calças. Eu assobio, lutando contra
o meu corpo por controle quando puxo minha boca longe da
dele. Sei que se não fizer isso, vou gozar.

— Não. — Noah rosna.

Ele puxa a minha camisa para fora da calça antes de


suas mãos deslizarem para cima do meu peito nu.

Eu o empurro para frente e bato a minha mão sobre o


botão de parada, enquanto ele está enjaulado em meus
braços.

— Temos três minutos antes da emergência ser


acionada. — Eu ofego as palavras antes de pressionar minha
boca sobre a sua, não é possível obter o suficiente enquanto
nossos dentes e lábios colidem juntos.

Finalmente, as nossas virilhas se encontram conforme


nós esfregamos um contra o outro. É tão bom, mas eu
preciso de mais.

Puxando minha boca longe, de novo, eu subo a camiseta


de Noah e prendo um de seus mamilos com a boca e os
dentes. Uso minha outra mão para abrir sua calça jeans e
deixá-lo saltar livre, pesado e sólido contra a palma da minha
mão.

Suas pernas tremem e é uma linguagem silenciosa para


mim. Eu sei que ele está perto.

Antes que eu possa dar o meu próximo passo, minha


mão é afastada, e Noah está sobre mim.

Sou empurrado contra a parede do elevador e Noah


empurra sua mão em minhas calças.

Isto é mau.

— Vou gozar. — Gemo quando boca de Noah tranca em


um dos meus mamilos e ele morde.

Envolvendo a minha mão em torno de seu pênis,


acariciando todo comprimento dele. Quero que goze comigo
porque quando os dedos de Noah afagam a minha saída, eu
sinto o fogo inflamar sob a minha pele.

— Nós vamos fazer uma bagunça.

Por que diabos ele tem que fazer sentido agora?

Meu pau ainda está confinado em minhas calças, e sei


que eu vou ficar desconfortável até que eu possa chegar em
casa para me mudar, não vou fazer tanta bagunça como
Noah está prestes a fazer.

Rosnando, eu aperto seu pulso e puxo sua mão da


frente das minhas calças. Apenas seu toque ao longo do meu
comprimento latejante é suficiente para me fazer gozar, mas
eu lutaria contra a minha necessidade e me controlaria....
Embora eu vá ter um enorme caso de bolas azuis depois
disso.

Antes dele reclamar, eu caio de joelhos e o levo em


minha boca.

— Porra... Caralho... Ramon.

Noah segura minha cabeça no lugar enquanto ele fode


minha boca. Eu gemo em torno dele enquanto meu próprio
pau pulsa no ritmo da sucção da minha boca em seu pênis.

Segurando seus quadris ainda com minhas mãos em


sua bunda, eu espalho suas bochechas e me imagino
transando com ele em seu rabo apertado, ou tendo seu
grosso pau deslizando para dentro e para fora da minha
bunda.

Gemendo, eu gozo em rajadas quentes de prazer na


minha calça.

Eu engulo em torno dele quando ondas de prazer me


enche e Noah geme.... Muito e alto conforme sua semente
enche minha boca, deslizando pela minha garganta.

Uma vez que ele se acalma, eu massageio lentamente


seu pênis com a minha língua para me certificar de que eu
tenho cada gota de sua libertação antes de me afastar.

Isso foi bom!

Mas porra, eu apenas o suguei no elevador. Merda.


Então, não é bom.

Em seguida, o elevador começa a descer.


Levanto rapidamente, olho para baixo encolhendo-me
com a grande mancha molhada na frente das minhas calças,
e graças a Deus que minha camisa é longa o suficiente para
cobri-la.

Noah está um pouco melhor do que eu, e ele fecha sua


calça jeans antes que ele endireite a camisa. A porta se abre
no nível de estacionamento bem quando ele termina e espera
que eu saia à frente dele. Nenhum de nós fala até chegarmos
aos nossos veículos.

— Encontre-me no apartamento. — Eu exijo, não


esperando por sua resposta.

O pavio foi aceso

Conforme dirijo para fora da garagem, Noah trás seu


grande veículo atrás de mim.
Noah

Eu não sei o que está


errado comigo. Nunca em meus trinta e quatro anos agi como
um homem faminto por sexo.

Desde que eu saí, nunca escondi esse fato, mas nunca


fiz questão de deixar as pessoas saberem também. Ter a
chance de ser pego no elevador com um McKenzie não foi
uma jogada inteligente de ambas as partes. Isso com certeza
não teria terminado bem.

Com certeza foi ótimo. A sensação da boca de Ramon em


volta do meu pau duro foi um milhão de vezes melhor do que
qualquer coisa que eu já senti antes.

Em meus anos mais jovens, eu estive com um grande


número de mulheres antes de perceber que realmente não
era o certo para mim. No início, eu lutei pelo que parecia tão
natural para mim e eu tentei arrumar desculpas para o
motivo de não sentir atração pelas mulheres. Agora eu sei
que não é algo que eu possa escolher.

Excitação chega a mim no minuto em que Ramon me


toca, e eu estou esperando que quando eu sair desse elevador
no prédio de apartamentos de Ramon, nós vamos continuar
de onde paramos.

Meu pau certamente quer mais ação agora que Ramon


está na foto. A foto que ele deveria ter estado o tempo todo.

Quando saio do elevador, Ramon está encostado na


parede em frente. Paro abruptamente e deixo meus olhos
acariciar sobre seu corpo. Ele tirou sua jaqueta e a camisa
escura que está usando, está entreaberta, o que me permite
um vislumbre de seu peito perfeitamente esculpido. Minha
boca fica seca e meu olhar é puxado para a protuberância
atrás de seu zíper. Eu posso ver a mancha úmida de mais
cedo, o que me faz querer despi-lo e sentir seu gosto.

Eu procuro nos olhos de Ramon por algum sinal de que


estamos realmente avançando e que ele não está lamentando
o que aconteceu não muito tempo atrás no elevador. Para
meu alívio, não vejo arrependimento, mas vejo dúvida. Meu
coração baqueia quando percebo que sou eu quem colocou
aquele olhar em seu rosto. Terei que trabalhar muito para
convencendo-o de que estou aqui para ficar. Não vou deixá-lo
novamente.

Ele diz que não é o mesmo homem que deixei. Não


acredito nisso. Ele pode estar se escondendo atrás de um
escudo, mas o Ramon por quem me apaixonei ainda está lá.
Quando começar a acreditar em mim novamente, espero, será
capaz de baixar esse escudo e me deixar entrar.
Mantendo o meu olhar fixo no dele, me movo e quando
estou na frente de Ramon, eu estendo a mão e acaricio sua
bochecha.

Sorrio quando um suspiro sai de sua boca.

Deixando seu rosto, eu acaricio seu pescoço para baixo,


ao longo de sua clavícula, antes de mudar para baixo sobre o
peito. Esfregando seus mamilos, me aproximo e engulo de
volta a minha própria paixão crescente quando sinto a virilha
dura de Ramon contra a minha própria.

— Nós.... Precisamos.... Porra. — Ele geme.

Sorrio, sabendo que é minha boca em sua pele, que


causou sua perda de pensamento.

Ramon finalmente me toca, e segura a minha cabeça


contra o peito dele, enquanto eu faço redemoinhos com
minha língua em torno de um de seus mamilos.

Levantando minha cabeça, encontro seu olhar aquecido


e tenho uma grande dose de prazer quando o vejo tentando se
recompor. Sempre fui capaz de limpar sua mente de todas as
coisas, menos eu. Minha leve carícia pode levá-lo a perder a
noção do que está pensando. Estou feliz que isso não mudou.

— Nós. — Ele respira. — Precisamos entrar.

Segurando seus quadris, ando o empurrando para trás


para dentro do apartamento e chuto a porta com o pé.
Alcançando atrás de mim para trancá-la.

Enquanto estou distraído com a porta, Ramon se afasta,


deixando meus braços e coração vazios.
— É assim que vai ser entre nós a partir de agora? —
Pergunto incapaz de esconder emoções em minha voz. Sei
que ele vai ouvir o quão desesperado.... Machucado estou por
ele se afastar.

O temperamento de Ramon está começando a despertar.


Sua mandíbula esta dura como granito e seus olhos
escurecem exatamente igual quando ele está fortemente
excitado ou, como agora, com raiva.

— Foi você que colocou a dúvida em minha cabeça,


então não tem ninguém para culpar além de si mesmo.
Também precisa parar de ler muito em minhas ações. —
Passa as mãos pelo seu cabelo escuro. — Porra, Noah. Eu
gozei em minhas calças no elevador! — Diz. – Preciso de um
banho. — Ele suspira.

Merda!

Virando-se, inclina os ombros, antes de se endireitar e ir


para seu quarto. Na porta, ele sussurra por cima do ombro.

— Vejo você na parte da manhã. — Antes de


desaparecer atrás de sua porta agora fechada.

Bem, eu estraguei isso.

Esfregando meu peito onde meu coração dói, viro-me e


vou para o quarto de hóspedes.

Por mais que queira ficar morando no apartamento de


Ramon com ele, não posso. Vai doer muito ficar perto dele
quando tudo que vejo é a indiferença por mim refletida em
seus olhos. Realmente não acredito que ele se sinta assim,
mas por alguma razão, parece ser o que quer que eu acredite.

Eu mereço. Sei que eu mereço. Só não esperava que


doesse tanto assim. Pensei que fosse homem o suficiente para
lidar com qualquer coisa que Ramon tivesse contra mim. Mas
não sou. Qualquer outra pessoa, sim, mas não do homem
que eu amo.

Não tenho outro lugar para ir, mas estou acostumado a


viver em motéis, então o que é mais um?

Agarrando minha mochila, enfio meus poucos pertences


dentro e hesito.

Não importa o quão indiferente Ramon está comigo, não


tenho certeza se consigo apenas ir e desaparecer. Prometi que
nunca faria isso novamente.

Com o coração pesado, vou para a sala para encontrar a


caneta e bloco de papel que Ramon sempre tem por perto.
Paro quando vejo Ramon com uma bebida em sua mão
enquanto ele olha fixamente para fora da janela. Ele vestiu
seu moletom favorito e seu cabelo ainda esta úmido de seu
banho.

Tenho força para me afastar deste homem? Não tenho


certeza.

Colocando minha mochila no chão, sento pesadamente


na cadeira mais próxima a mim, o que alerta Ramon para o
fato de que ele não está mais sozinho.
Ele se vira e seu olhar faz uma pausa em minha mochila
antes de fixar momentaneamente em mim.

Naquele momento, vejo surpresa e dor cintilando em


seus olhos.

Ramon

Faço uma careta quando vejo Noah sentado atrás de


mim e sua mochila em seus pés... Ele esta me deixando de
novo... E depois de me prometer que não faria isso. Sinto a
dor rasgar através de mim e me sinto machucado... Mais do
que quando me deixou na primeira vez. Meus olhos ardem
com as lágrimas que estou segurando. Sei que estraguei tudo
antes com ele. Se não tivesse sido um idiota e o deixado
pensar que o meu afastar era eu me afastando dele, então
teríamos tido relações sexuais no corredor. Sexo quente e
suado.

Assim que percebi que ele acreditou que estava tendo


dúvidas, me irritei. Posso ter dúvidas considerando o tempo
que passou desde que nós estivemos juntos.

Meu corpo estava pronto para ele, mas, se for sincero,


não tenho certeza que o meu coração está pronto para deixá-
lo entrar novamente. Sei que eu o amo. Não vou me
desrespeitar mentindo. Mas fazer amor com Noah em nossa
cama e depois tê-lo se afastando novamente iria me matar.

Sou forte e posso discutir e brigar como o melhor deles,


mas Noah é meu maldito Calcanhar de Aquiles e me irrita ver
quão fraco sou com ele. Antes de sair, nunca duvidei de mim
mesmo. Nunca duvidei da minha força. Sabia que ele era a
minha fraqueza.... Que precisava de seu toque, seu olhar
para encher-me de necessidade.... Para me fazer sentir
inteiro, mas eu tive que preencher esse buraco quando ele
saiu. E eu o enchi com medo de ser ferido assim mais uma
vez. Não sei o que faria se ele me deixasse novamente.

Quando meu olhar pousa em sua mochila embalada,


achei que fosse seriamente cair de joelhos. Senti o buraco se
abrir, o medo veio com fúria conforme uma fraqueza me
preenchia. Posso ter dado a impressão de que era indiferente,
mas estava escondendo minhas emoções por trás de um
muro de indiferença.

— Você está indo embora? — O acuso, minha voz forte


como gostaria que fosse.... Mentindo para mim mesmo,
diante do medo que tento engolir.

— Eu não posso fazer isso. Pensei que se voltasse com


você, que seria apenas uma questão de tempo antes de
estarmos juntos de novo.... Eu acreditava que se você
pudesse ver meu amor por você.... E ver que ele ainda está lá,
que você me aceitaria de volta. — Ele suspira. — Como era
antes. Mas errei em pensar dessa maneira. Não importa
porque me afastei, você me odeia pelo que fiz. Não posso ficar
aqui com você me odiando. Não posso olhar em seus olhos e
ver as acusações brilhando neles. Fiz o que pensei que era
certo e não posso ficar perto de você, se não puder aceitar
minhas razões.

Desnudar minha alma agora não vai me ajudar, embora


saiba que isso vai ajudar a contentar Noah. Não tenho certeza
se estou pronto para ele saber o quão profundo é o que sinto
por ele, porque então estarei me abrindo para mais dor. Posso
realmente mantê-lo afastado? Não tenho certeza se sou forte
o suficiente para fazer isso. Preciso dele por perto, então sei
que ele não desapareceu.

Movendo-me para me juntar a ele, sento no sofá e estico


meus pés sobre a mesa de café. Eu deixo minha cabeça cair
para a parte de trás e olho para o teto enquanto organizo
meus pensamentos e emoções, e em seguida, admito.

— Me mudei para minha cabana há alguns meses. Ela


não parece minha casa ainda porque ainda passo a maior
parte do meu tempo livre aqui, ou com um dos meus irmãos.
Mas ela está lá, construída na margem do rio perto da casa
da minha família. — Eu sorrio. — É tão perto do rio que você
não precisa sair a varanda para lançar uma linha.

Abrindo meus olhos, dou uma olhada em Noah e vejo o


mesmo cansaço nele que está ultrapassando meu corpo. Meu
coração se alivia... Ele não vai a lugar nenhum.

— Sua cabana é o mesmo projeto que nós discutimos?

Eu concordo. — Sim.
Nós discutimos o projeto à noite no conforto deste
apartamento. Noah me provocava dizendo que eu precisava
adicionar uma banheira de hidromassagem a suíte master,
ou, melhor ainda, no alpendre. Eu sempre o fiz acreditar que
não via nenhuma utilidade para isso, mas ele vai saber que
menti, quando, não se, eu levá-lo para a cabana.

— Por que você está me dizendo isso, Ramon? Eu pensei


que você quisesse que eu fosse embora.

— Não quero que você vá. — Admito. Suspiro e corro


minhas mãos pelo meu cabelo. – Vai demorar um pouco para
confiar em você mais uma vez. — Deixo minha posição
largada e descanso minhas mãos sobre os joelhos. — Meu
medo que você levante e saia sem uma palavra simplesmente
não irá embora durante a noite. Você entende isso, certo?

Noah acena com a cabeça, mas posso ver pela queda de


seus ombros que ele está machucado.

— Sim. Eu entendo que o perdi por ir embora. — Ele soa


tão triste que minha armadura racha, ligeiramente.

Mesmo que seja o meio do dia, eu me sinto tão cansado


que eu poderia dormir por uma semana.

Antes que eu possa mudar de opinião, eu me levanto e


me aproximo de Noah. Estendo minha mão, eu espero ele
agarrá-la. Quando ele o faz, eu o puxo a seus pés.

— Estou cansado. — Hesito, mas decido seguir em


frente, — Preciso de você de volta em nossa cama.

Seus olhos se arregalaram em choque.


Continuo.

— Nada de sexo. Pelo menos ainda não. Eu só preciso


saber que você está perto, e talvez na verdade, vou ter uma
noite de sono.

Noah olha para minha mão que agarra a sua, mas ele
não questiona o que eu estou ou não dizendo, e eu sou grato
por isso. Até que eu esteja pronto, as palavras de amor que
processei facilmente para ele vão ficar escondidas. Ele sabe
como me sinto, mas é diferente ouvir as palavras.

Apertando meu aperto em sua mão, eu o levo para o


nosso quarto e solto sua mão para que ele possa tirar suas
roupas.

Não querendo que nada enfraqueça minha determinação


de não ter sexo, me afasto e subo por baixo das cobertas.

Segundos depois, o farfalhar das cobertas, seguido pelo


mergulhar da cama, me diz que ele está disposto a ficar
comigo assim.

Ele não se aconchega em mim como ele costumava


fazer, o que me faz pensar se ele deve ou não estar esperando
por eu tomar a iniciativa.

Eu quero, não.... Necessito senti-lo aconchegado contra


mim, e só então serei capaz de relaxar e dormir.

Deitado aqui, ouvindo a respiração um do outro, não


está me ajudando a adormecer e faz-me sentir como um
jovem rapaz durante sua primeira experiência com outro
cara.
Deitando de lado para encará-lo, Noah diz:

— Foda-se. — E isso ecoa pelo quarto quando de


repente ele se move. As mãos dele estão em mim, me
puxando para mais perto enquanto ele se encaixa às minhas
costas.

Suspiro em seu abraço, incapaz de esconder o que me


faz sentir. Quando sua mão desliza para frente do meu
moletom, meu pau empurra contra a palma de sua mão.

Minha respiração trava em meus pulmões. Eu quero que


ele continue, e ignore o que eu disse sobre nada de sexo. Mas
conheço Noah bem, e ele vai fazer o que pedi.

Sua mão se retira, me permitindo recuperar o fôlego.

— Apenas verificando para ter certeza que eu não sou o


único afetado. — Noah sussurra em meu ouvido, o que
provoca arrepios na espinha e no meu pau.

Empurrando de volta contra ele, eu sorrio quando sinto


seu pênis pulsando entre minhas nádegas. Agarro seu pulso
e o puxo mais apertado contra minhas costas. Finalmente,
antes de pegar no sono, sinto seus dedos se entrelaçarem
com os meus.
Ramon

Acordo lentamente,
ainda, não querendo me mover. Não me lembro da última vez
que eu tive um sono ininterrupto. Costumo acordar e ficar
remoendo algo em minha mente, mas ontem à noite dormi
como um tronco.

Noah.

O peso de sua perna sobre a minha lembra-me que ele


ainda está na cama comigo. Sorrio. Ele não foi embora.

Ontem dei a ele sinais mistos porque seriamente não


podia decidir o que eu realmente queria. Ou melhor, eu sei o
que quero, mas tenho medo de pegar e agarrar.

Ver sua mochila embalada, e saber que ele estava


prestes a sair pela porta, me fez entrar em pânico, por isso
que o arrastei para minha cama. Precisava saber que ele
ainda estava aqui.

Estive longe da obra mais do que deveria, mas ter Noah


de volta a minha vida está me fazendo querer jogar tudo fora.
Mas sei o que precisamos. O que preciso, e é levá-lo à minha
cabana. No fim de semana, nós vamos até lá e jantaremos
com a minha família.
O pensamento de levar Noah domingo para jantar não
me assusta como fez uma vez. Se isso é porque os meus
irmãos sabem sobre o meu relacionamento com o Noah, ou se
é porque quero mostrar a Noah que me importo o suficiente
com ele para ser honesto com os meus pais, não sei. Embora,
gosto de pensar que seja a última opção.

Meu amor por ele substitui todo meu bom senso. Confiei
nele uma vez, e sei que vou acabar por confiar nele
novamente.

Para nossa relação funcionar, preciso confiar um pouco


e mostrar a ele que quero tentar novamente. Minha única
esperança é que ele não quebre meu coração novamente.
Preciso fazer isso hoje por nós... Por Noah.

Uma vez que levantar, vou ligar para Eric e ver se ele
pode me cobrir na obra. Ele provavelmente sabe mais sobre o
que está acontecendo lá no momento de qualquer maneira.

Decidido testar as águas com Noah esta manhã, viro e


seguro de volta um gemido quando os nossos paus duros
fazem contato. Nós podemos estar vestindo moletom, mas o
contato faz meu pau latejar por muito mais.

— Eu acho que nós dois estamos acordados. — Noah se


estica e empurra contra mim.

Escarrancho seus quadris sem fechar o espaço entre


nós enquanto apoio minhas mãos em ambos os lados de sua
cabeça. O desejo em seu rosto correspondendo ao meu.

Nós dois precisamos disso.


Tirando seu moletom, arranco-os de sua cintura e
começo a empurrá-los para baixo. Quando ele tenta tirar o
meu, eles se entrelaçam.

Rindo, rapidamente me afasto dele e empurro minha


calça para baixo pelas minhas pernas e vejo enquanto Noah
faz o mesmo.

Assim que estou livre do moletom, volto pra cima dele e,


desta vez, dou-lhe meu peso. Minhas pernas tremem com a
sensação de tê-lo totalmente contra mim. Pele com pele.
Gemo em sua boca enquanto nossas línguas deslizam juntas
assim como nossos paus estão fazendo.

Suas mãos agarram minha bunda enquanto ele esfrega


o pau dele contra o meu. Então eu sinto seu dedo sondando
contra a minha bunda. Gotas de excitação correm de minha
coroa para sua virilha enquanto eu empurro para trás contra
seu dedo, mas ele brinca e não me dá o que quero.

— Você ainda não vai gozar. — Ele morde minha


mandíbula e, enquanto pressiono meu traseiro, ele usa o fato
de que está envolto em mim para lamber e beliscar meus
mamilos. Sua língua molhada me desperta para caralho.

Eu deixo cair a minha cabeça e olho para baixo,


pegando minha respiração. As cabeças dos nossos paus estão
pressionando juntas, vazando loucamente pela nossa
excitação.

Suavemente girando meus quadris, Noah libera meu


mamilo e cai de volta na cama, gemendo enquanto suas mãos
tremem na minha bunda.
— Faça-me gozar, Ramon. Eu quero sentir sua boca
quente em mim.... Por favor.

Como posso recusar quando é isso que pretendia


quando comecei?

Beijando para baixo em seu corpo, levo o meu tempo


para conhecê-lo novamente. O conheço melhor do que
ninguém, e ficar sem ele por tanto tempo me fez ter medo de
arriscar meu coração novamente. Estar com Noah me faz
sentir vivo. Tendo-o deitado debaixo de mim, mostrando-me a
sua confiança traz lágrimas aos meus olhos.

Antes que elas possam cair, eu me controlo e uso minha


língua para rastrear o V dele que conduz até seu pênis
pesado. Ele aparou o cabelo em torno de seu eixo, o que me
excita. Ele era raspado antes, mas eu prefiro muito mais o
cabelo cortado. Não há nada tão sexy como vê-lo em um par
de calças ou moletom quando elas caem baixas dando dicas
das mostras de cabelo.

Esfregando o nariz contra ele conforme minha língua


esgueira por entre meus lábios, Noah arqueia para cima.

Eu sorrio.

Tomando meu tempo, lambo suas bolas antes da minha


língua varrer ao longo de seu pênis inchado e voltar até o
sabor de pré-sêmen vazando de sua coroa.

Conforme o seu gosto explode na minha língua, meu


próprio pau incha mais do que pensava ser possível. Eu
pressiono no colchão para tentar aliviar a dor que ele
começou, mas tudo o que faz é despertar-me mais.
Deslizando minhas mãos debaixo de Noah, prendo sua
bunda em minhas mãos e o mantenho contra mim enquanto
deslizo minha boca para baixo no seu comprimento.

— Porra... Ramon! — Ele rosna.

Lentamente, o deixo deslizar para fora antes de levá-lo


mais profundo.

— Oh, caralho. — Ele arqueia em mim. — Não. — Ele


ruge e me puxa para fora dele.

Levanto minha cabeça e encontro seu olhar ardente.

Ele fecha os olhos.

— Estou a segundos de gozar, e vê-lo em cima de mim


assim não está me ajudando a controlar o impulso. – Ele
respira pesadamente. — Quero fazer você gozar comigo.

Sorrio.

— Oh, eu vou! — E lambo seu pau tremente como um


picolé, provocando-o.

— Ramon... Oh... Deus. — Ele geme longo e alto.

Música para meus ouvidos.

Agarrando suas coxas, as abro ainda mais para os meus


olhos e esfrego meu pau contra o colchão, desesperado pela
liberação.

Tomando-o totalmente em minha boca, eu o sinto


deslizar as mãos contra o meu couro cabeludo, procurando
cabelo para agarrar. Isso me faz desejar que nunca tivesse
todo o meu cabelo cortado.
Recusando-me a deixá-lo, eu levo-o profundamente e
pressiono contra o ponto sensível no lado inferior de seu
pênis com a minha língua.

Eu me estico e coloco meu dedo em sua boca para


lubrificá-lo e quase perco o controle ao sentir o calor úmido
circundando meu dedo.

Gemendo, quando meu pau contrai liberando mais pré-


sêmen na cama, deslizo meu dedo lentamente entre suas
pernas e encontro a entrada para céu.

Empurrando meu dedo lubrificado dentro dele, ele


conecta uma de suas pernas por cima do meu quadril e
começa a foder minha boca enquanto meu dedo mergulha
profundamente dentro dele.

Enquanto ele está perdido no que estou fazendo com ele,


meu quadril pressiona duro contra a cama, criando um atrito
incrivelmente quente. Noah solta um barulho no fundo de
sua garganta e começa a gozar. Sentindo a sua libertação
quente em minha boca envia excitação percorrendo-me e eu
empurro meu quadril contra a cama em um esforço para
controlar a minha própria necessidade.

Assim que sugo toda a sua liberação, rapidamente


escarrancho nele. No minuto em que sua mão envolve em
torno do meu pau, meu gozo se lança para fora, cobrindo seu
estômago, peito, e até mesmo cabeça.

Gemendo e ofegando para respirar, eu retiro sua mão de


mim e deslizo para baixo na cama junto com ele. Noah pega o
lenço e o usa para se limpar antes que o sinta limpando meu
pau.

A ação faz com que o meu pau suba novamente


enquanto eu o puxo entre as minhas pernas para que ele
possa deitar com a cabeça no meu peito. Suas mãos vêm em
volta da minha cintura quando ele me segura perto.

Minha mente está trabalhando horas extras tentando


descobrir o que está acontecendo na sua. Ele lamenta o que
acabamos de fazer? Será que ele sente que eu o perdoei e
esqueci, não importa o motivo?

Conforme meus dedos brincam com o cabelo na sua


nuca, ele suspira contra mim antes de sentir seus lábios
contra meu peito. Ele se deita novamente e sussurra:

— Você não tem ideia de como senti sua falta... E não


me refiro apenas ao sexo.

— Receio que eu tenha.

Ele inclina a cabeça para olhar para mim. Agarro sua


cabeça em minhas mãos e o trago para mais perto o
encontrando com meus lábios.

Não há uma explosão de luxúria, mas há um sentimento


terno que me enche assim que nossas bocas se conectam.
Nós dois mantemos o beijo suave e, quando finalmente nos
separamos, eu o mantenho perto.

— Você virá comigo para minha cabana no fim de


semana?
Faço a pergunta que tem estado em meus lábios desde
ontem. Noah fica em silêncio, então continuo.

— Isso nos dará mais tempo para cicatrizar antes de


termos que agir como chefe e empregado na obra na
segunda-feira.

— É nas terras de sua família, certo? Não teremos...


Dificuldades se a sua família aparecer?

— Não. — Fecho meus olhos e rezo para ter força. —


Porque, estou pensando em apresentá-lo a todos no almoço
de domingo.

Suas mãos se contraem em mim, que é o único sinal de


que ele está afetado por minhas palavras.

Noah

— Tudo bem.

Minha aceitação sussurrada é tudo o que sou capaz


enquanto tento não ter esperanças. Ramon me disse no
passado que estava pronto para dizer a seus pais sobre nós.
Quando se aproximava da confissão outra coisa acontecia.
Alguma coisa, geralmente relacionada ao trabalho acontecia,
e Ramon saía como se estivesse aliviado por ter uma
distração. Salvo pelo trabalho.
Quero acreditar que desta vez é diferente. Certamente
está começando de forma diferente com ele me convidando
para ir a sua cabana. Quando passávamos as manhãs de
domingo debruçados sobre os planos que ele fez, era uma das
minhas partes favoritas. Adorava ver o puro prazer em seu
rosto quando ele compartilhava seus sonhos comigo. Amava o
jeito que ele ouvia minhas sugestões.... Adicionando um
pouco dela em seus planos e explicando por que outras não
iriam funcionar. Sempre parecia que estávamos construindo
nossa casa dos sonhos juntos.

Estou muito curioso para saber se ele manteve minhas


ideias depois que saí sem dizer nada. Embora, vou entender
se ele não o fez, mas me conhecendo eu sei que vai doer.
Muito.

— No que você está pensando? — Ramon pergunta. Ele


estende a mão e começa a acariciar meus ombros antes de
deslizar as mãos no cabelo na minha nuca.

— Estava me perguntado sobre sua cabana. — Movo


uma mão debaixo dele para o seu traseiro onde acaricio suas
nádegas e quadril. Ramon grunhe conforme seu pau pulsa
em outra ereção.

Sorrio sabendo que ainda tenho o poder de excitá-lo com


o mais leve toque.

— O que você estava se perguntando?

— Queria saber se você manteve as ideias que tive com


você e que colocou no plano original ou não.

— Você vai ter que esperar e ver.


Sorrio contra seu peito.

— Quando você quer sair? — Pergunto, quando meu


estômago solta um resmungo alto.

Ele ri.

— Acho que é melhor eu alimentá-lo primeiro. Vamos lá,


vamos sair depois do almoço, assim posso ligar para o Eric.
Quero que ele verifique algumas coisas na obra durante o fim
de semana, se ele estiver por perto.

Rolo de cima de Ramon e sento-me no lado na cama.


Olhando para trás, tudo que quero fazer é subir de volta na
cama com o sexy, amarrotado homem que está olhando para
mim com desejo em seu olhar.

Ele se estende e seu pênis endurecido quica com o


movimento.

Pulo da cama antes de chegar nele e ele sorri. Ele sabe


muito bem o que ele está fazendo comigo. Ramon envolve a
mão em torno de seu eixo e bombeia algumas vezes. Meu pau
incha e pulsa com necessidade enquanto eu assisto o show
que ele esta dando. Não seria a primeira vez que nós nos
masturbamos enquanto o outro assistia.

Deslizando minha mão pelo meu próprio eixo, pego


minhas bolas e, em seguida, levo um susto quando eu ouço
uma voz chamando.

— Ramon, você está aí?


É quase cômico. Ramon encontra o meu olhar antes de
olhar para o seu eixo e, em seguida, se atrapalhar para vestir
seu moletom. Ele aponta para o banheiro.

Desaparecendo rapidamente, ouço vozes resmungando


enquanto Ramon leva o visitante para longe da porta do
quarto por onde ele acabou de sair.

Meu palpite é que seja um dos irmãos de Ramon. Quer


dizer, você simplesmente não entra no apartamento de outra
pessoa, certo? Não vou nem deixar minha mente vagar e me
perguntar se Ramon mentiu para mim sobre sua falta de
parceiros para dormir quando fui embora.

Fazer a barba pode esperar, mas eu pulo dentro e fora


do chuveiro em minutos porque a curiosidade obteve o
melhor de mim e quero saber quem está no apartamento. Sei
que não é seu pai, pois a voz soava muito mais jovem, então
sim, a minha curiosidade foi aguçada.

Para minha sorte, Ramon construiu seu closet logo na


saída do banheiro. Abrindo as portas, tenho o choque da
minha vida porque eu não encontro às roupas de Ramon, que
era minha intenção. Em vez disso, encontro às roupas que
deixei para trás. Elas estão todas penduradas ordenadamente
e por cor.

Sorrio quando deixo meus dedos acariciarem o tecido,


sabendo que Ramon passou um tempo reorganizando minha
roupa. A emoção me bate e quase me deixa de joelhos, mas
as vozes na sala de estar fazem me mover, assim pego
algumas roupas.
Colocando minhas pernas na calça jeans, percebo que
peguei uma de cintura baixa, não minha escolha normal, mas
que se dane. Vestindo uma camiseta, deixo meus pés
descalços e saio do quarto de Ramon procurando café.

E, se for honesto, para descobrir com quem ele esta


conversando.

Assim que saio do quarto, Ramon e, acho que este é


Ruben, voltam-se para olhar para mim.

Ramon não parece muito feliz com minha aparência e


aperta a mandíbula, mas Ruben me faz esconder minha
alegria ao me virar para derramar um pouco de café.

Se Ramon foi sincero, então, Ruben sabe sobre a minha


história com seu irmão. A julgar pela expressão de Ruben,
suponho que me ver saindo do quarto de Ramon pela
primeira vez mostra que é mais do que apenas um rumor.

— Desculpe. — Peço desculpas por interromper, mas o


café estava me chamando. Alguém quer mais? — Ofereço com
a jarra na minha mão.

— Não. — Ruben limpa a garganta. — Humm, obrigado.

— Porra! — Ramon xinga, arrastando ambos nossos


olhares para ele.

— Ruben, este é o irmão de Carla, Noah. — Ruben me


cumprimenta enquanto eu aceno para ele. — E Noah, este é
meu irmão, Ruben. — Ele empurra para longe do balcão e
começa a andar pela pequena sala.
Eu seriamente não sei qual é o problema em conhecer
Ruben desde que ele sabe sobre o meu relacionamento com
Ramon. Estou meio que chateado por Ramon me apresentar
como o irmão de Carla. Tanta coisa para me levar ao encontro
de sua família no domingo. Por mais que eu queira voltar
aqui.... Estar com ele.... Não estou certo de que vale a pena a
mágoa. E se ele vai ficar negando sua relação comigo então
não tenho certeza se posso fazer isso.

Quero uma vida aberta com ele, não ter medo de fazer
algo errado no caso de um dos membros de sua família estar
nos observando. Quero estar com alguém que não tem
nenhum problema em me apresentar como seu cara. Não
quero ser um segredo sujo, que é como Ramon me faz sentir,
especialmente agora.

Só estive em seu apartamento por duas noites, uma


delas foi gasta em seus braços. Apesar de que seria bom estar
de volta onde estávamos antes de estragar tudo indo embora,
não espero quaisquer declarações. Simplesmente não quero
mais me esconder, então acho que Ramon tem de se
acostumar com a ideia, porque não vou a lugar nenhum.

— Sylvia. — Ruben diz e percebo que enquanto estive


pensando sobre Ramon e ficando irritado com ele, eles já
voltaram a conversar.

Sylvia é a mulher que Ramon tem visto e saído. Nós não


falamos sobre ela desde que a conheci ontem, mas nós
faremos.
Agora, estou chateado que perdi o que Ruben disse,
especialmente quando vejo o olhar que Ramon me dá do
canto do seu olho. Como se ele estivesse alertando seu irmão
para manter a boca fechada sobre ela na minha frente.

— Sei sobre o seu relacionamento, Ramon, e isso não


me incomoda. — Ruben vira para mim. — Desculpe, meu
irmão pode ser um idiota em algumas ocasiões.

Ramon bufa.

— Olha quem está falando.

— Você não pode fugir ignorando o problema com


Sylvia.

— Que problema com Sylvia? – Pergunto.

— Ela estava toda sobre Eric no clube na última noite.


Se não os tivesse interrompido, eles teriam tido relações
sexuais contra a parede de trás.

Enquanto Ruben fala, observo Ramon de perto e observo


a emoção piscando em seu rosto. Surpresa está
definitivamente lá, mas outra coisa está lá também.... Talvez
ciúme com a menção de Sylvia e sua última noite.

— O que Eric estava fazendo? — Ramon pergunta.

— Eric estava segurando-a contra a parede.... Sério


Ramon, todos nós pensamos. — Ele olha para mim de novo
antes de continuar. — Bem, você sabe. Você e Sylvia, pelo
menos, nós pensávamos até que ouvimos a respeito de Noah.
Mantendo distância de Ramon, que continua olhando
para mim, observo e ouço, imaginando quem é o problema
aqui — eu ou Sylvia?

— Ruben, não tenho ideia por que está aqui me


contando sobre Sylvia. Nós somos apenas amigos e ela sabia
disso desde o começo.

Os olhos de Ruben se arregalam, mas acho que ele


compreendeu mal Ramon.

Ramon balança a cabeça.

— Quer dizer, eu disse a ela desde o início que só estava


à procura de amizade e nada mais. Ela não sabe que eu sou
gay.

Meu coração parece ligeiramente mais leve por ele


admitir que ele seja gay em voz alta para seu irmão sem
qualquer hesitação. Tento ignorar o fato de que Ramon está
se recusando a encontrar o meu olhar agora que ele falou as
palavras.

— Bem, o que você disse a ela não importa agora,


porque Eric pensa que Sylvia só ficou com ele para chegar até
você. Sylvia me disse para não contar a meus irmãos sobre
ter ficado com Eric porque não tem nada a ver com você.
Basicamente, não sei no que acreditar e agora eu gostaria de
ter escutado Rosie e ignorado todos vocês.

— Acho que acompanhei isso e acho que você precisa de


umas férias. — Ramon sorri.

Ruben resmunga.
— Deus, me sinto como uma menina de estúpida.

— Você é uma menina. — Ramon empurra. — Vocês vão


estar na casa de mamãe e papai no domingo? Pensei em levar
Noah.

Ruben engasga com seu café.

— Certo. — Ele engasga com os olhos lacrimejando. —


Desculpa. Desceu de forma errada.

— Isso não augura nada de bom. — Observo,


secamente.

— Não, não me deixe impedi-los. Mamãe e papai são


mais abertos do que a maioria das pessoas da sua idade.
Mamãe pode começar a reclamar que vocês vão ser incapazes
de dar seus netos e papai pode dar-lhe um olhar em silêncio,
mas eles vão apoiar a ambos. Eles nos ensinaram a aceitar
qualquer um, e realmente acredito que eles vão aceitá-lo
como, hum, namorado do meu irmão.

Olho para Ramon e vejo a emoção que ele está tentando


manter sob controle. Ele se afasta e caminha olhando para
fora de suas janelas do chão ao teto com magníficas vistas
sobre o horizonte de Lexington.

Quando me volto para Ruben, ele parece desconfortável.

Estendo minha mão para ele.

— Obrigado por dizer isso. Estou ansioso para vê-lo no


domingo.

Ele aperta minha mão.


— Não vou perder isso. — Ele pisca. — Vejo vocês dois
então. Eu vou voltar para Rosie.

Depois de observar Ruben se retirar, me volto para


Ramon e vejo que ele desapareceu. Mas não por muito tempo.

Antes que possa ir encontrá-lo, ele sai do quarto com


camisa e sapatos.

Franzindo a testa, pergunto:

— Você vai sair?

— Estou indo ver Sylvia.

— Por que?

— Ela estava com Eric.

— Eu ouvi, mas por que você tem que ir e conversar com


ela? Não entendo.

— Olha, Noah, você não tem que entender. Sylvia é uma


amiga, mais do que uma amiga, e não posso simplesmente
abandoná-la depois do que Ruben me disse. Volto mais tarde.

Ele pega as chaves do carro na mesa passa pela porta e


me deixa de pé em seu apartamento me perguntando o que
está acontecendo. Por que estou sendo tão facilmente posto
de lado por outra pessoa?
Ramon

Vendo Sylvia caminhando para fora de seu banheiro


nua como no dia em que nasceu me atordoa. De costas para
mim, ela se inclina e me dá uma visão de sua bunda bem
torneada.

Ela começa a secar seu cabelo loiro com a toalha. O


gemido em minha garganta fica preso e soa como um ruído
borbulhante. Sylvia rapidamente vira e olha para mim.

— O que você está fazendo aqui? — Ela suspira.

Fico quieto, o que parece fazer sua raiva subir. Ela


caminha até mim e me cutuca no peito com o dedo.

— O que você está fazendo no meu quarto, Ramon?

— Sua amiga Talya me deixou entrar quando estava


saindo. — Admito distraído.

— Oh.

Descubro que meus olhos se recusam a sair de seu


corpo. Seus grandes seios com mamilos vermelhos cereja
estão em exposição e estremecem com sua raiva. Eu seria um
mentiroso se dissesse que seu corpo nu não estava causando
uma contração em minhas calças, mas ela não é Noah.

— Ramon. — Ela sussurra.

Chego e coloco minhas mãos em seus ombros antes de


acariciar lentamente sua pele com meus polegares.

Engulo em seco.
— Você precisa de roupas.

Aquelas palavras foram um erro. Vejo o desafio em seus


olhos enquanto ela dá um passo mais perto. Seus mamilos
pressionam no meu peito, e minhas mãos estremecem em
seus ombros. Um revelador sinal de que ela está me deixando
nervoso.

— Beije-me, Ramon?

— Eu não posso. — Murmuro.

— Você não pode ou não vai? — Ela questiona, e o som


de sua decepção é clara em sua voz.

— Sylvia. — Acaricio seus ombros e permito minhas


mãos deslizar até seu pescoço. Eu olho para seus belos olhos
quando eu digo: — Não sei o que fazer com você. — Deixo cair
a minha testa na de Sylvia.

Ela pressiona mais perto e deixo escapar um gemido


entre meus lábios.

— Você é linda, Sylvia, e você esta me tentando como


nenhuma outra mulher. — Eu respiro pesadamente enquanto
minhas mãos se movem por vontade própria. Eu acaricio
lentamente ao longo de sua clavícula e, em seguida, minhas
mãos descem mais baixo até que eu tenha seu peito seguro
na minha mão. Ela agarra meus braços por apoio quando
meu polegar esfrega sobre o mamilo.

— Sylvia. — Mergulho minha cabeça, mas evito seus


lábios enquanto selo minha boca sobre seu gordo mamilo.
Mas quando Sylvia parece endurecer nos meus braços,
culpa flui através de mim, e tudo o que posso pensar é em
Noah. Não deveria estar fazendo isso com Sylvia. E nem
deveria estar aqui com ela.

Ergo minha cabeça e encontro seu olhar triste.

— Nenhum de nós quer isso, Sylvia. — Dou um passo


para trás e olho em volta de mim. Vendo o que quero, pego o
roupão de uma cadeira no quarto e o abro. — Aqui. — Eu a
ajudo a colocá-lo.

Uma vez que prende o cinto, encontro seu olhar e,


finalmente, admito.

— Há outra pessoa.

Ela oferece um sorriso irônico.

Eu continuo.

— Ela tem sido uma parte de mim por um longo tempo,


e quando eu pedi para ser minha amiga, foi para tentar
seguir minha vida, mas realmente não funcionou. Eu gostei
do nosso tempo juntos. Não quero que você pense de outra
forma. É só que não posso dar o que você precisa o que me
leva ao porquê de eu estar aqui.

Sylvia acena com a cabeça, mas ela não diz nada e


posso ver a dor que brilha em seus olhos... e o desafio
quando ela espera por eu continuar. Eu abro minha boca
para dizer algo antes de parar.... Como faço para abordar o
assunto Eric?

Basta fazê-lo.
— Eric. — Digo e estreito meus olhos.

— Acho que Ruben lhe disse sobre a última noite? —


Pergunta ela, mas não olha para mim agora que falei o nome
de Eric.

— Sylvia, essa não é você. O que você está fazendo? —


Eu exijo.

— Admito que não queira você na minha cama mais. —


Ela confessa.

— Ouch. — Eu rio e percebo que ela está tão aliviada


quanto eu.

— O que eu faço não é dá sua conta, Ramon. — Diz


baixinho, para compensar a acidez de suas palavras.

— Eu gostaria de pensar que somos amigos. – Eu


estendo minha mão, que ela toma. Sentando em sua cama,
eu a puxo ao meu lado.

— Somos amigos, Ramon.

— Então escute quando lhe digo que Eric não é alguém


com quem você quer se envolver. — Eu suspiro. — Ele é meu
primo e sou o primeiro a dizer que ele é um grande cara...
Mas como um amigo somente. Ele gosta de sua liberdade e
ele não se compromete com qualquer mulher. Realmente não
quero ver você se machucar. Independentemente do que
aconteceu ou não entre nós, não quero ver você se machucar
por causa dele.... Apenas pense em mim como um irmão mais
velho.

Ela ri.
— Eita, estive saindo com meu irmão.

Gemendo, deixo um sorriso aparecer em meus lábios.

— Basta ter cuidado, ok? — Eu a cutuco no ombro.

— Eu vou. — Ela me oferece um sorriso irônico. – E


sobre você e a mulher com quem está envolvido? Quem é ela?

Sinto-me empalidecer ante sua pergunta, e afasto-me


antes que possa encontrar o seu olhar.

— É complicado. — Admito.

Sylvia repousa a cabeça no meu ombro.

— As relações que valem a pena geralmente são.

— Fala a voz da experiência. — Envolvo meu braço em


volta dos seus ombros.

— Meus pais. — Sylvia admite. — Eles ainda são bem


casados, embora sua história faça meu coração bater. Acho
que meu pai fez asneira mais vezes do que se importa em
admitir.

— Os caras são estúpidos quando se trata de


relacionamentos.

— Ramon, isso é engraçado vindo de você.

— É a verdade.

— Sim.

Limpando minha garganta, me desculpo.

— É melhor ir andando... Deixei um amigo para vir e


falar com você. Não expliquei por que tive que o deixar tão
rapidamente e provavelmente deveria ir e me explicar.
— Tudo bem, é melhor você voltar... E obrigada por se
preocupar comigo, mas posso te garantir que posso ser
pequena, mas sou capaz de cuidar de mim mesma.

— Acredito nisso. — Beijo-a no topo da cabeça. —


Sempre estarei aqui para você, Sylvia.

— Eu sei.
Ramon

Eu pareço estar em uma


montanha russa esta manhã, e não são nem mesmo onze da
manhã. Tirei Sylvia finalmente da minha consciência, embora
seria um mentiroso se dissesse que não estava preocupado
dela estar com Eric. Com certeza não vi isso acontecendo.

Quando falei com Eric na minha cabana antes de voltar


à cidade para o meu apartamento, lhe pedi para ter cuidado
com ela, e apenas espero que ele tenha me escutado. A boa
notícia agora, é que Eric vai ficar de olho na obra enquanto
estou hospedado na minha cabana com Noah este fim de
semana.

Minha intenção era fazer com que fosse difícil para Noah
voltar para minha vida, mas acho que não posso ser este
imbecil. Noah e eu sempre fomos destinados a ficarmos
juntos.

Acordar emaranhado com Noah pareceu certo nesta


manhã e nós provavelmente ainda estaríamos na cama, se o
meu irmão cabeça quente não tivesse aparecido.

Estacionando no prédio do meu apartamento, ainda


estou querendo saber o que foi forte o suficiente que fez
Ruben vir ao meu apartamento esta manhã. Ele
simplesmente nunca entrou antes.

Estranho.

Agarrando meu celular, desligo o motor e saio. O calor


do dia me bate no rosto enquanto caminho em direção à
entrada do prédio, ansioso para ver Noah.

Não perdi a expressão de dor que atravessou seu rosto


quando saí. Se tivesse parado para pensar, o teria
tranquilizado, mas na hora, estava mais preocupado com
Sylvia. Minhas prioridades estavam erradas e vou admitir
isso assim que o ver.

Entrando no elevador, esfrego minha têmpora conforme


sinto uma dor de cabeça se aproximando. Ao menos serei
capaz de dizer a ele que falei com Sylvia e percebemos que
nós dois precisamos de algo de outras pessoas e não juntos.

Ver Sylvia nua foi um choque. Não tenho certeza o que


esperava quando entrei em seu quarto. Definitivamente não
esperava isso. Sabia que ela era bonita, mas ela tem um
corpo incrível. Meu corpo começou a ganhar vida quando ela
se inclinou para secar o cabelo, e novamente quando seus
grandes seios pressionaram contra mim.

Não menti para ela sobre ela ser bonita, e se não


houvesse Noah no meu passado ou presente, então poderia
ter aceitado seu convite óbvio. Me senti como um traidor após
o fato, quando percebi que não era ela quem eu realmente
queria. Eu posso ter mesmo sido ferido. Não muito tempo
atrás, considerei levar nossa “amizade” para o próximo nível,
que tenho certeza que ela queria também.

Saindo do elevador, ando em direção a minha porta com


um sorriso estampado no rosto. Sylvia vai levar Eric à
distração se Ruben não exagerou sobre o que aconteceu na
última noite em seu clube. Eric sempre foi um cara privado.
Tudo por trás de portas fechadas. Mas parece que a pequena
Sylvia despertou algo nele. Deve ser divertido de assistir.

Minha mão paira sobre o desbloqueio do meu


apartamento enquanto me pergunto que tipo de recepção vou
ter de Noah. O nosso relacionamento, ou seja o que for que
nós temos agora, é frágil e sei que fiz besteira esta manhã.
Uma vez nós poderíamos fazer ou dizer algo um ao outro
porque nós dois estávamos seguros em nossa relação. Agora,
estou adivinhando e esperando que Noah não vá levantar e
sair quando eu entrar.

— O que.

Eu tropeço para dentro do apartamento quando a porta


se abre.

— Eu já esperei o suficiente por você entrar.

— Hum, está bem. — Afasto-me da porta e solto as


chaves do carro na bandeja antes de voltar a olhar para
Noah.

Ele encontrou todos os seus pertences que deixou aqui


quando foi embora. Eu tentei jogá-los fora inúmeras vezes,
mas não pude fazê-lo. Ele não deixou muito, mas as coisas
que ele deixou, mantive escondido e para mim esse tempo
todo. Fico feliz que esteja aqui e usando-as.

O jeans desbotado, de cintura baixa abraçando seu


quadril, eu lambo meus lábios excitado, este é o que ele
sempre usava para me provocar. A calça jeans tinha uma
maneira de cair quando ele tentava alcançar alguns itens nos
armários suspensos na cozinha, deixando-me com uma visão
tentadora de seus pelos pubianos. Isso deixava meu sangue
ao ponto de ebulição, e nada mudou.

Estou nervoso com o olhar penetrante que ele tem em


mim como se ele estivesse realmente vendo-me por dentro,
meus mais profundos pensamentos. Estou aliviado agora que
ele não pode.

— Sei que ferrei o que tivemos, mas você sair voando


para estar com alguém não vai funcionar, especialmente
depois de acordarmos juntos.

Noah segue em minha direção, mas não me movo.


Irritação faz minhas narinas dilatarem. Mas há uma pequena
parte minha que está animado com esse comportamento.

— Eu queria ter certeza que ela estava bem. — O que é


uma resposta coxa, mesmo que seja a verdade. — Olha,
tenho um monte de culpa em relação a Sylvia. — A irritação
drena meu corpo e eu suspiro. Não quero falar sobre Sylvia
mais. — Preciso de um café e, em seguida, vamos sair para a
cabana.

Me movo para cozinha e sirvo uma grande caneca do


café escuro espesso que Noah prefere e passo para ele.
Ele sorri e a pega, deixando seus dedos me acariciarem.

— Você mencionou Sylvia antes, portanto, diga-me o


que realmente está acontecendo. — Diz, sentando-se no bar,
não me permitindo esquecê-la.

Estava esperando evitar isso, mas mentir nunca nos


levaria a qualquer lugar.

Servindo-me um café, ando passando por ele e fico no


lado oposto.

— Estava com ciúmes. — Admito.

— Eu sabia. — Noah salta e dá um tapa sobre a


bancada.

Estendo a mão e seguro seu pulso.

— Não estava com ciúmes de Sylvia, embora


primeiramente pensei que sim. — Sustento seu olhar. — Por
favor, sente-se e ouça.

Depois de uma pausa, ele se senta.

— Sim, pensei no início que meu ciúme era por causa de


Sylvia estar com Eric, mas quando cheguei lá, percebi que eu
não estava com ciúmes, mas preocupado que perderia uma
amiga.

Começo a andar de um lado para outro.

— Eu me importo com ela, e não quero perder sua


amizade, mas não há nada entre nós de natureza sexual. —
Coro e evito encontrar seu olhar.

— O que você não está me dizendo?


Meus olhos encontram os seus e é como se ele estivesse
lendo minha mente.

— Te conheço bem, Ramon.... Então me diga porque vou


descobrir.

E essa é a verdade.

— Ela não sabia que eu estava esperando por ela no seu


quarto. Então ela acabou de sair do chuveiro e entrou
completamente nua. — Eu rio, envergonhado. — Toquei seus
seios e percebi que ela não era o que eu queria, e senti um
alívio, por causa de tudo o que Eric tem feito para ela não me
querer. Percebi que deixei a pessoa que eu queria no meu
apartamento sem uma explicação para minha saída rápida....
Sinto muito.

Noah

Não estou muito feliz com a sua confissão sobre tocar


em Sylvia, mas se isso significa que está livre dela, então
posso aceitar isso.

— E sobre outras mulheres? — Ramon sempre jurou se


afastar de mulheres quando tivemos um relacionamento. Não
sei qual é o tipo de relacionamento que temos no momento.
— Você não está me ouvindo. A única pessoa que
sempre quis é você. — Ramon se apoia contra a parede atrás
dele. — Eu sei que nós estarmos juntos novamente vai
demorar um pouco para ser como antigamente, mas é
realmente isso o que quero e eu.... Pensei que era isso que
você queria.

Engulo o nó na garganta.

— Isso é o que quero.

Ramon deixa escapar um suspiro alto de alívio.

— Bom.... Bom. — Ele me dá um sorriso arrogante e


estende a mão para mim.

Não preciso esperar pedir duas vezes e estendo a minha


para apertar sua mão estendida. Quando nossos dedos se
tocam, eles se entrelaçam enquanto Ramon dá um leve puxão
e me puxa para encostar-me a ele.

Erguendo nossas mãos unidas, eu as mantenho acima


da cabeça de Ramon na parede atrás dele conforme eu deslizo
minha mão livre sob sua camiseta. Seu estômago treme com
meu toque, estabelecendo um tremor semelhante no meu
jeans. Não vai demorar muito. Nunca demora com Ramon.

Ramon retorna minha carícia, mas sua mão mergulha


mais baixo contra o meu umbigo até os cabelos da minha
virilha que estão escondidos logo abaixo do meu jeans.

— Eu amo este jeans. — Ele sussurra.

Eu sorrio.

— Por que você acha que estou vestindo eles?


Seus dedos deslizam mais baixo e tocam a cabeça do
meu pau que esta rapidamente em ascensão. Ele esfrega para
frente e para trás ao longo da minha fenda, fazendo
alfinetadas de prazer ondularem ao longo do meu
comprimento latejante. Minha excitação esta mais do que
evidente assim como a de Ramon.

Buscando o seu gosto, eu mergulho minha cabeça e


esfrego os meus lábios contra sua boca em uma carícia suave
enquanto eu empurro contra sua mão, que agora está
cobrindo meu saco. Sua boca se abre e eu tomo o que ele esta
ofertando conforme minha mão vagueia até pressionar e
espremer ao longo do comprimento de sua ereção.

Nossos gemidos se misturam enquanto nossas línguas


dançam em uma chama de querer e precisar.

Respirando pesadamente, eu forço minha boca a se


afastar de Ramon, mas não posso parar o que está
acontecendo entre nós. Mordisco para baixo em seu queixo
coberto pela barba e volto até o lóbulo da sua orelha.
Sugando com força sobre um de seus pontos de prazer, eu
deslizo minha mão dentro de seu jeans e envolvo minha mão
em torno de seu pau.... E então.... A maldita campainha!

— Eu preciso ver quem é. — Sussurra Ramon antes de


selar seus lábios nos meus.

Enfio as minhas duas mãos na parte de trás da calça


jeans de Ramon e a empurro para baixo conforme eu caio de
joelhos. Olhando para o seu belo pau, eu quase gozo.
A parte superior de sua ereção impressionante esta
visível com seu jeans preso em torno de seus quadris. Eu
acho que deveria ter aberto sua calça primeiro. Mas, porra,
vendo-o assim me excita.

Inclinando-me para frente, faço redemoinhos com minha


língua em torno da cabeça vazando e gemo quando seu sabor
bate minhas papilas gustativas. Eu lambo em volta sua
excitação e sinto a sua frustração quando me recuso a abrir
sua calça jeans. Afasto suas mãos quando ele tenta e
continuo a provocá-lo.

De novo não. - A campainha.

— Caralho.... Eu preciso....

— De minha boca em seu pênis. — Termino para ele.

Ele oferece uma risada instável. — Atender a porta,


estava prestes a dizer..., mas você foi mais preciso.

Eu me levanto e puxo sua calça jeans de volta para


acima. Com os nossos lábios a centímetros de distância,
sussurro:

— Vamos terminar isso na cabana. – O beijo


rapidamente antes de desaparecer em seu quarto para
esconder minha excitação furiosa.

Estou muito desconfortável com o zíper apertando meu


pau. Abro o zíper e botão, suspiro de alívio quando meu pau
duro salta livre. Não tem como ir a qualquer lugar até que
cuide desse problema latejante.
Ouvindo vozes na sala de estar, rapidamente entro no
banheiro, onde tranco a porta atrás de mim.

Jogando minhas roupas para o lado, entro no chuveiro e


abro alcançando antes o gel de banho. Envolvendo minha
mão em volta do meu pau, suspiro de alívio quando começo a
acariciar ao longo do comprimento. Isso não vai demorar
muito tempo com o quão perto eu estava de gozar na cozinha.

Apressando meus movimentos, amplio a minha postura


e, apoio a outra mão contra a parede do chuveiro. O prazer
está trabalhando lentamente no fundo do meu abdômen em
direção às minhas bolas, onde ferve como um vulcão. Antes
que possa prender minha respiração, meu pau engrossa
enquanto o fogo explode fora dele.

Rosnando, caio de joelhos enquanto sêmen continua a


revestir minha mão e a parede do chuveiro.

Caralho.

Ramon deveria estar aqui comigo, ou melhor, eu deveria


estar dentro dele. Sentindo meu pau crescer novamente, paro
com essa linha de pensamento, e me levanto antes de me
enxaguar rapidamente.

Desligando o chuveiro e saindo, meus olhos avistam


meu jeans no chão, onde deixei cair e sorrio. Secando com a
toalha minhas pernas e pau, pego o jeans de volta, mas acho
que posso encontrar uma camisa mais adequada no caso de
conhecer mais da família de Ramon antes do fim do dia.

Sentindo-me cansado, mas refrescado, abro a porta do


banheiro e fico cara a cara com um Ramon sorridente.
— Isso pareceu bom. — Comenta.

Eu passo por ele até o armário.

— Sim, estava. Teria sido melhor se eu estivesse em seu


traseiro apertado quando gozei. — Olho para trás sobre meu
ombro e sorrio quando vejo a expressão atordoada em seu
rosto.

— Pegue suas coisas. Estamos saindo daqui a dez


minutos. — Ramon anuncia enquanto sai do quarto. — E. —
Faz uma pausa. — Teria sido incrível ter você gozando na
minha bunda.

A porta se fecha atrás dele.

Essa foi uma grande jogada de despedida de Ramon e


antes do fim de semana terminar, vai se tornar realidade.
Ramon

Enquanto espero Noah terminar sua terceira caminhada


em torno da minha cabana, admiro a vista sobre o rio que
corre em toda a volta.

A grande varanda envolvente, portas de vidro que se


abrem para o exterior em três lados da cabana, com uma
grande porta dupla na frente para os visitantes.

Lugar favorito dos meus pais para sentarem-se quando


eles me visitam é sobre as duas cadeiras de balanço que
estão à esquerda da cabana. Sob as instruções da minha
mãe, há também uma pequena mesa de café descansando
entre as duas cadeiras.

Tenho um sentimento que o ponto favorito de Noah vai


ser o mesmo que o meu. A parte de trás do alpendre. Este é
sessenta centímetros maior do que os outros três lados,
porque eu tenho uma banheira de hidromassagem afastada, e
eu ainda queria espaço para ser capaz de caminhar em torno
de toda a minha cabana sem ter uma banheira gigante no
caminho.
Ainda não disse a Noah que não utilizei a banheira
desde que foi montada. Não importa o quanto meus músculos
doessem, eu sempre usei a banheira no banheiro para
relaxar.

Essa adição na varanda era uma extravagância, e uma


que Noah sugeriu. Existem algumas coisas ao redor da
cabana que Noah sugeriu. Mesmo depois que ele saiu, não
poderia retirá-las dos planos.

Meu coração ferido viveu na esperança de que Noah


voltaria um dia, e ele voltou. Mesmo que fosse minha ideia de
passarmos o fim de semana aqui, não tenho certeza de como
realmente me sinto em tê-lo na cabana que construí para
nós.

Se Noah estiver falando sério sobre o desejo de voltar


comigo, e seguir o nosso relacionamento de onde paramos,
ver esta cabana o encherá de esperança tanto quanto a mim.
Estou lutando para manter minhas emoções sob controle
quando tudo o que quero fazer é acompanhá-lo para dentro e
batizar a suíte master.

— Filho, eu não sabia que você estaria aqui este fim de


semana. — Meu pai diz com prazer claro em sua voz. Ele sobe
para a varanda e embrulha-me em seus braços antes mesmo
que eu possa assimilar o fato de que ele está aqui.

— Por que você não nos disse que vinha? Sua mãe teria
trazido alguns suprimentos. — Ele repreende, suavemente.

Digo-lhe a verdade.
— Eu não sabia. Decidi no último minuto. — Então falo:
— Trouxe um amigo comigo.

Ele levanta uma sobrancelha.

Tremo porque o olhar em seu rosto me diz que ele está


pensando em uma mulher.

— Sua mãe vai ficar satisfeita.

— Ramon, isso é uma merda de cama.... — Noah corta


quando vê que não estou sozinho. — Humm, desculpe.

Balançando a cabeça, apresento os dois homens:

— Pai, este é um bom amigo meu, e irmão de Carla,


Noah.

Meu pai parece atordoado.

— Ela sabe que você está de volta?

— Ela sabe. — Responde Noah.

— Nesse caso, bem-vindo à família.

Papai puxa Noah em um abraço de urso.... Nunca


ligando para formalidades.

— Chame-me de Elias.

— Eu posso fazer isso. — Noah concorda, dando um


passo para trás.

Papai olha entre nós dois antes de sorrir.

— Ambos devem vir até em casa para o jantar. Pippa


ficará feliz por finalmente conhecer Noah.

Eu gemo.
Papai dá uma risadinha.

Noah parece perdido.

Eu lhe esclareço.

— Mamãe vai chamar para si mesma a responsabilidade


de encontrar uma mulher para ter filhos com você.

— Claro que não. — Ele deixa escapar. — Quero dizer,


hum, sem desrespeito, mas bem, droga não. — Ele estremece.

Meu riso não pode mais ser contido e explode. Papai dá


uma risadinha, e vira-se para os degraus.

— Bem, eu só vim para dizer oi e preciso voltar para


casa. — Ele dá um passo fora da varanda antes de voltar
para nós. Seu sorriso é mau quando ele diz. — Ela vai ter um
par de mulheres aqui tão rapidamente que vocês não terão
tempo para entrar em seu caminhão.

Noah olha intensamente para mim, o que me diz que ele


não está animado com o resultado desta reunião;

— Humm, pai. — Grito.

— Filho.

— Não esta noite, temos algo mais planejado, mas nós


estaremos no almoço de família no domingo.

— Humm, tudo bem.

Eu observo meu pai desaparecer através das árvores,


que separam a minha casa da casa da família, e tento chegar
a uma explicação para Noah a respeito de porque eu não fui
completamente honesto sobre nosso relacionamento. Nada
me vem à mente. O fato é que eu simplesmente não estava
pronto.

— Noah, eu deveria ter dito a ele.... Desculpe.

Minhas palavras não são suficientes, e são recebidas


com o silêncio.

Olhando por cima do meu ombro, ele não esta lá. Eu


rapidamente viro e olho ao redor, mas ele desapareceu.

Me afastando para longe da grade da varanda, volto


para dentro. Apressando-me através da cozinha, paro
abruptamente quando o encontro em pé na janela na sala de
estar, olhando para fora.

— Seu pai quer que você se case tanto quanto sua mãe.
— Afirma.

Ele leu meu pai perfeitamente.

— Meus pais querem todos os seus cinco filhos casados


e com filhos. Minha mãe acha que se isso acontecer ela pode
descansar sabendo que nós não vamos ficar sozinhos. — Eu
dou de ombros. — Você ouviu o que Ruben disse esta manhã
sobre nossos pais.

Tenho uma chance e lentamente invado seu espaço.


Minhas mãos descansam frouxamente em seus quadris, e
sorrio quando noto seus punhos apertarem.

— Nós não somos capazes de ter filhos, mas não estarei


sozinho enquanto tiver você. — Sussurro contra sua orelha.
— Sei que os meus pais estarão felizes enquanto eu estiver....
Eu só estou tentando encontrar as palavras que continuam a
ficar presas na parte de trás da minha garganta.

— Elas não podem ficar para sempre, Ramon. — Ele


deixa cair à cabeça contra a janela.

Me inclino e pressiono um beijo em sua nuca e deixo


meus lábios pairarem.

— Eu sei. Disse a você que eu vou dizer a eles na hora


do almoço, e eu vou.

Noah vira e enfia os dedos no meu cabelo curto.

— Eu quero voltar para onde estávamos antes. — Ele


deixa cair sua testa contra a minha. — Mas, me recuso a
esconder o que sinto por você atrás de portas fechadas.

Meu coração parece mais leve sabendo o que ele quer.


Só queria que as borboletas nervosas dentro do meu
estômago desaparecessem. Sou um homem crescido, porra.
Não deveria ser tão difícil dizer, "Ei pessoal, eu sou gay."
Minhas entranhas se torcem em um grande nó apertado
quando eu penso sobre isto.

— Você está pirando. — Noah me acusa e se afasta.

Eu tremo.

— Não exatamente.

Ele levanta uma sobrancelha.

— Ok, sim. Sim eu estou. Acontece que não consigo


descobrir o porquê. Meus irmãos foram legais sobre isso. Não
tenho certeza se um dos meus irmãos disse a Michael, mas
os outros sabem e não me deram qualquer problema, então
não sei por que tenho esse medo de dizer a meus pais. – Ando
para trás e para frente. — Eles são tão descontraídos quanto
o resto de nós.

— Ramon. — Noah suspira e senta no sofá, um ar de


derrota em suas ações. — Eles são seus pais. Todas as
crianças querem, não importa sua idade, a aprovação de seus
pais.... Eu gostaria de ter tido esse problema com meus pais,
a necessidade de dizer que sou gay. — Noah deixa cair a
cabeça em suas mãos.

Movendo-me sobre ele, caio de joelhos e pego seu rosto


entre as mãos e o faço olhar para mim. Procuro seus olhos,
por alguma coisa, algum sinal, mas tudo que vejo é tristeza.

Depois de colocar um beijo suave, demorado em seus


lábios, ofereço-lhe um sorriso irônico e sento ao lado dele no
sofá enquanto pego sua mão na minha e deixo os nossos
dedos se entrelaçarem.

— Gostaria que você tivesse o mesmo problema. —


Admito. — Não só porque você saberia o quão difícil isto é
para mim, mas porque isso significaria que você ainda teria a
sua família. — Aperto meus dedos contra os seus em
conforto. — Você e Carla, são parte de nossa família agora,
Noah. Nada pode mudar isso.

Noah beija nossas mãos unidas antes de deixá-las


descansar em seu colo.

— Estou cansado, Ramon. — Noah admite em uma voz


pesada, como se ele tivesse o mundo em seus ombros.

— Eu sei.
Ao ouvi-lo soar.... Perdido, preciso dar-lhe esperança.
Com meu corpo relaxado contra o sofá, sou sincero.

— Eu quero você, Noah.... Então isso me assusta muito.


Tivemos um relacionamento incrível antes, e quero isso mais
uma vez. Não vou mentir para você e dizer que vai ser fácil.
Eu ainda tenho esse medo no fundo da minha mente... O que
cresceu lá quando você foi embora antes. Estou com medo de
outra coisa acontecer e, em vez de você vir para mim, você irá
embora novamente.

— Você sabe por que fiz isso. — Ele responde, parecendo


chateado.

Não posso olhar para ele agora, caso contrário não serei
capaz de dizer o que preciso.

— Passei dois anos pensando que você não dava a


mínima para mim. Dois anos de mágoa porque você foi
embora, e até você voltar, não tinha ideia do porquê. Quis
saber o que poderia ter feito diferente para que você tivesse
ficado.... Eu não posso fazer aquilo novamente.

O silêncio segue a minha declaração. A emoção que


atravessa Noah agora é evidente através do forte aperto que
ele tem na minha mão e o suave balanço de seu corpo
enquanto ele chora ao meu lado.

Vi Noah chorar apenas uma vez antes e foi quando o ex


de Carla bateu nela. Ele ficou perturbado que sua irmã se
machucou e que ele não estava perto para defendê-la.

Meu homem durão normalmente não chora, de modo


que isso diz muito sobre seus verdadeiros sentimentos.
Sento-me ao lado dele por tanto tempo quanto pude até
que não pude simplesmente sentar-me por mais tempo.

Soltando minha mão da sua, viro e puxo-o entre minhas


coxas abertas. Deitando para trás no sofá, Noah sobe e
envolve seus braços em volta da minha cintura enquanto sua
cabeça repousa contra o meu peito.

— Isto. — Ele hesita. — Isto aqui, com você, é o que


sempre quis.

De repente, sinto o curso de coragem através de mim


que preciso admitir na frente de toda a minha família que sou
gay, e que.... Eu amo Noah.

Eu estou finalmente pronto para fazer isso.

Noah

Eu odeio o fato de que Ramon tem o poder de me reduzir


às lágrimas, mas, ao mesmo tempo, sinto uma mudança nele.
Ele finalmente pôs as cartas na mesa.

Embora não tenha dito: Eu amo você, Noah. — Ele disse


que me quer. E me contou seus temores, o que posso
compreender.
O que me dói mais é que por causa das minhas ações
tentando mantê-lo seguro, eu tenha perdido sua confiança. É
algo que serei capaz de ganhar de volta, mas dói ouvi-lo
admitir em voz alta.

Minhas intenções com Ramon sempre foram sérias.


Talvez no início, quando ficávamos à toa, não foram tão
sérias.

Foi após a primeira mulher que nós compartilhamos que


percebi que estava com ciúmes de Ramon estar dentro de
alguém além de mim. Eu realmente não participava com a
mulher, mas Ramon me chupava enquanto ele estava dentro
dela, e ele gozou ao mesmo tempo em que eu.

Estamos tão em sintonia um com o outro. Nenhum de


nós iria funcionar com qualquer outra coisa, o que foi meu
maior medo quando fui embora, que Ramon iria encontrar
alguém para me substituir, mas ele não o fez.

Minha cabeça está cheia de pena de dois anos de dor e


sofrimento, que finalmente me sinto aliviando enquanto
Ramon acaricia minhas costas para cima e para baixo. Seus
dedos esfregam a parte de trás do meu pescoço e no cabelo
na base da minha cabeça.

Quanto mais relaxo com ele, mais forte minha excitação


está se tornando. Seu abraço era um de conforto, mas agora
que estou relaxado, seu toque esta me despertando, e a
banheira de hidromassagem me vem à mente.

Quando Ramon me mostrou a varanda, fiquei muito feliz


pela grande banheira quente no canto, mas eu evitava deixá-
lo saber. Tanto quanto eu queria mostrar o meu apreço, sabia
que a partir do momento em que sugeri isso a Ramon antes,
tinha nos imaginado dentro, fazendo amor.

Agora, conforme minha ereção pressiona no sofá, pulsa


com pensamentos de estar dentro de Ramon enquanto a água
borbulha em torno de nós.

Eu mudo a minha mão para frente do jeans de Ramon e


esfrego o contorno de seu pênis. Suas mãos tremem nas
minhas costas enquanto abro o botão e deslizo o fecho para
baixo.

Alcançando dentro, eu o trago para fora e ouço-o


murmurar quando faço redemoinhos com minha língua em
torno da cabeça vazando.

Sorrindo, pressiono seu eixo contra seu estômago e


esfrego suavemente para cima e abaixo no inferior sensível.
Tenho grande prazer quando mais pré-sêmen vaza, molhando
sua barriga.

Banheira de hidromassagem.

Ajoelhado entre as coxas abertas de Ramon, eu libero o


meu próprio pau da posição desconfortável de ser preso no
interior do meu jeans.

Ouvindo o suspiro de Ramon, eu aperto minha mão em


volta do meu comprimento, e movimento, enquanto eu
assisto o pau de Ramon vazar na emoção. Ramon ama me
olhar quando me toco, assim como eu amo observá-lo.

Ramon estende a mão e me para.


— Não desta vez. — Ele engole. — Desta vez eu quero
você na minha bunda.

Belas palavras.

— Banheira de hidromassagem?

Seus olhos se arregalam, e, em seguida, ele ri.

— Caralho! Não tenho certeza se consigo esperar para


que isso esteja pronto.

Na verdade, nem eu, mas...

— A antecipação irá torná-lo quente. — Sussurro contra


a cabeça do seu pau antes de mordiscar a ponta.

Ramon arqueia seus quadris e desliza a ponta entre


meus lábios. Suas mãos apertam em punhos enquanto eu o
sinto estremecer com a necessidade.

Gentilmente sugando-o ainda mais em minha boca, eu


enrolo a coroa com a minha língua antes deixá-lo cair livre.

— Vamos terminar isso na banheira de hidromassagem.


— Eu tenho um pensamento repentino. — É seguro com a
sua família estando tão perto?

— Sim. — Ele murmura.

Eu olho para ele e rio.

— Mesmo?

— Porra.... Provavelmente não.... Mas, eu não dou à


mínima. Solte-me e eu vou ligar a banheira lá fora.

Se Ramon não se importa em ser pego comigo lá fora,


então tenho certeza de que não vou me preocupar com isso.
Levantando, tento enfiar meu pau de volta no meu
jeans. Eu não tenho certeza do que vai acontecer embora.
Meu pau duro como pedra não será contido.

Ouço as risadinhas de Ramon, mas está brigando assim


como eu.

Que diabos!

Tiro meus sapatos, minha calça jeans e camiseta.

— O que você está esperando? — Estou com minhas


mãos sobre meu quadril, me perguntando como estou
conseguindo ficar no lugar quando os olhos de Ramon estão
me comendo vivo.

Ramon lentamente senta-se para frente e usando seu


dedo indicador, segue a veia gorda das minhas bolas até
minha coroa. Eu chupo um gemido quando o meu pau dói
por mais de seu toque.

— Banheira. — Ramon grasna.

Nós nos movemos para a varanda de trás para ligar a


banheira de hidromassagem, e enquanto Ramon se ocupa
com o controle da temperatura para a banheira, eu admiro a
vista.

Não esta vista!

Ramon realmente escolheu uma posição surpreendente


para sua cabana. A parte traseira da cabana fica na margem
do rio que flui através da propriedade de seus pais com as
árvores no lado oposto dando-lhe muita privacidade. Eu sei
que a cabana de Ramon está na parte mais distante da
propriedade, então a única maneira de alguém nos ver é se
eles tivessem planejado vir para a casa.

— Está quase pronta? — Ramon quebra meus


pensamentos.

— Mmm. — Gemo quando Ramon se move atrás de mim


e acaricia minha bunda em movimentos muito sensuais.

— Estou gostando deste tipo de vista no momento. —


Ramon me espalha aberto e repousa o comprimento do seu
pau no meu vinco antes de sua mão apertar meu quadril. Ele
empurra para frente e para trás enquanto eu envolvo minha
mão em volta do meu próprio pau e combino com suas
estocadas.

Eu não quero que isso acabe assim. Não quero gozar


novamente até que eu esteja enterrado em sua bunda com
minha mão em seu pau.

Envolvendo as mãos em torno de seus pulsos, eu


liberto-me de seu abraço e engulo quando observo gotejar
pré-sêmen de sua fenda para baixo no comprimento de seu
pênis.

Em todas as minhas experiências sexuais com homens,


ele é o único cara que conheci que perde assim tanto pré-
sêmen. Acho isso muito quente.

— Coloque os jatos em movimento enquanto vou buscar


os suprimentos.

Ramon desaparece de volta para dentro e faço como ele


pede antes de entrar na água quente.
Suspiro quando a água acalma meus músculos. Deus,
isso é tão bom. Não percebi o quão dolorido eu ainda estava
do ataque.

Percorro para o lado oposto e descubro o assento com os


pés antes de sentar-me com um suspiro ainda mais
profundo. Os jatos trabalham direto as torções no meu corpo.
Movendo-me para o lado, abro minhas coxas e gemo de
prazer, largando minha cabeça para o fundo da banheira
quando um jato pulsa contra a minha saída.

— Mmm. — Ramon ri. — Você achou minha surpresa.

— Deus, sim! — Eu gemo, sentindo o prazer


endurecendo meu pau ainda mais do que eu pensava ser
possível.

Ramon ri e o sinto entrar na água antes de senti-lo, ou


melhor, seu pé, lentamente arrastar-se até minha coxa.

Abrindo meus olhos, o espio através de meus cílios e


recupero o fôlego. Ele é o homem mais bonito que já vi, e
saber que ele ainda é meu me excita muito.

Do jeito que estou excitado, provavelmente vou gozar na


hora que estiver cercado pelo traseiro de Ramon. Mas não
importa o quê, minha necessidade de dar prazer a ele é mais
avassaladora do que tudo o que sinto agora.

Respirando, e com um suspiro lento, eu lentamente me


movo em direção a ele e escarrancho suas coxas. As mãos de
Ramon vão imediatamente ao meu quadril para manter-me
em seu colo.
Eu deixo-o sentir meu peso enquanto eu deixo minhas
mãos acariciarem seu torso; meus dedos esfregam e beliscam
seus mamilos. Ele suspira quando seu pau empurra contra o
meu. Estou usando todo o autocontrole para não me esfregar
contra ele da maneira mais básica. Mas não menti quando
disse que quero gozar dentro dele. Faz muito tempo.

Vendo a luxúria que preenche seu olhar, lentamente


abaixo minha boca e capturo seus lábios com os meus. Ele
está sempre pronto para mim, e nunca me decepciona. Sua
boca se abre e imediatamente nossas línguas procuram e se
encontram. O beijo torna-se rapidamente aquecido conforme
Ramon se move contra mim; suas mãos escorregam pelo meu
peito e, em seguida, ele agarra ambos nossos paus. Eu gemo,
longo e duramente contra sua boca enquanto empurro mais
do meu comprimento na sua mão.

Nossos dentes batem e trituram. Eu não posso obter o


suficiente dele.

Sentindo meu orgasmo em minhas bolas, eu me liberto


de sua boca e suspiro para respirar. Afasto sua mão do meu
pau e respirando pesadamente, eu me sento ao lado dele
assim eu posso regular minha respiração.

— Você destruiu minhas intenções. — Eu confesso.

Ele me oferece um sorriso frustrado.

— Eu preciso muito gozar. — Ramon geme.

— Eu sei. — Assim como eu.


Estou prestes a fazer algo que eu só fiz uma vez antes, e
foi para Ramon.

Movendo-me na frente dele, eu coloco minhas mãos em


suas coxas e, sentindo-as tremer, eu sorrio.

Ele sabe o que está vindo.

Respirando profundamente, eu mergulho na água e


deslizo minha boca para baixo sobre seu pau.

Provocando ondinhas da água em torno de mim quando


Ramon reage como se tivesse acabado de receber um choque
elétrico.

Eu balanço para frente e para trás sobre ele algumas


vezes mais antes subir a tona para recuperar o fôlego.

— Eu não sei como diabos você consegue fazer isso sob


a água.

Eu sorrio.

— Na escola eu detinha o recorde por mais tempo sob a


água.

Prepare-se.

Submergindo novamente, eu massageio seu saco com


meus dedos enquanto eu lentamente deslizo para baixo no
comprimento dele. A cabeça pulsa contra o fundo da minha
garganta, e só quando eu estou a ponto de chupar, ele puxa
minha cabeça freneticamente. Nem um pouco feliz por estar
sendo forçado a parar, escavo minhas bochechas e chupo
conforme sou sendo puxado para fora.
Quando a primeira gota de esperma atinge minha boca,
sou arrancado livre. Os dedos no meu cabelo afrouxam e sua
mão vai para o pau para cobrir a liberação com a palma da
mão.

Vindo a tona novamente, eu acho que eu estou ofegando


por ar com a porra do pau mais duro deste século.

Ele logo começa a murchar.

— Mãe... Hum... Mãe. — Gagueja Ramon, o rosto


corado.

Porra! Isso não é bom.

Quero dizer, testemunhar seu filho, que não sabe que é


gay, tendo seu pau sugado não é uma prioridade na agenda
de ninguém, e sabendo como Ramon está relutante em
admitir que ele é gay...

Porra!

— Ramon, feche a boca. — Ela se vira dando atenção


para mim. — Você deve ser o irmão de Carla, Noah. Sou
Pippa, sogra dela.

Eu não tenho ideia de como eu deveria lhe responder.


Será que ela sabe o que eu estava fazendo debaixo d’ água?
Quero dizer, é difícil ver com toda a espuma, mas não precisa
ser um cientista para descobrir isso.

Sinto um pontapé sob a água.

— Hum, sim. — Eu aperto sua mão estendida. — Este


sou eu. Noah. O irmão de Carla. Noah.
Ramon começa a rir, aliviando um pouco da tensão que
nos rodeia.

— Desculpe, mãe. Ele geralmente não é tão, hum, bem,


de poucas palavras.

— Está tudo bem. Ele provavelmente não estava


esperando me encontrar enquanto está na hidromassagem.

Pippa franze a testa, e, em seguida, faz a pergunta que


eu estava esperando que não fizesse.

— O que você estava fazendo sob a água?

Pensando rapidamente em uma desculpa, estendo a


minha mão e mostro meu dedo.

— A aliança de casamento do meu pai escorregou.

Os olhos de Ramon brilham com alegria.

Foi uma rápida salvação e, por sorte, ela parece


acreditar, então não tenho que mostrar a ela o quão frouxa
ela não está e entra pela porta.

Ramon fecha os olhos antes de olhar diretamente os


meus. Nenhuma palavra é trocada, mas acho que nenhum de
nós tem algo a dizer.

— Isso ainda não acabou. — Ele levanta e sai da


banheira, espirrando água em todo o alpendre.

Envolvendo uma toalha em torno de seus quadris, ele


segue sua mãe para dentro, enquanto estou me perguntando
o que acabou de acontecer.
Não há nenhuma maneira de Pippa ser tão ignorante
como aparenta... E onde Ramon colocou o lubrificante e
preservativos que eu sei que ele foi procurar, antes de se
juntar a mim? Eu deveria ter prestado mais atenção.
Ramon

Observando minha mãe


sair, eu finalmente começo a respirar novamente. Se viver até
os cem anos, eu acho que jamais vou superar o choque de
abrir meus olhos para encontrar minha mãe me observando
enquanto eu estou tendo o melhor boquete da história.

Meu queixo estava cerrado e os olhos bem fechados


enquanto tentei impedir meu orgasmo. Eu estava tão perto de
explodir. O prazer que Noah estava tirando de mim era tão
requintado.... Então senti que não estava sozinho.

Abrindo meus olhos, perdi minha concentração e gozei


quando vi minha mãe. Não foi o meu melhor momento. Meu
único alivio foi o fato de que havia muita espuma para que
ela visse abaixo da superfície da água.

Esfregando meu peito onde meu coração está finalmente


acalmando, saio apenas para encontrar Noah relaxando na
banheira como se minha mãe não tivesse acabado de nos
pegar no meio de um ato sexual.

— Ela já foi? — Ele pergunta, sem abrir os olhos.

— Sim.

— Bem, isso foi embaraçoso. — Ele comenta.


Eu começo a rir.

— Muito embaraçoso. — Eu sento em uma das cadeiras


de balanço.

— Foi meio que excitante.

Meus olhos se arregalam. O que ele quer dizer com isso?

Seus olhos se abrem.

— Não quis dizer a sua mãe nos pegar, seu idiota. Quiz
dizer te sugar debaixo da água, e em seguida, pegar o seu
sêmen quando você gozou.

Gemo e sentando-me para frente, descanso minhas


mãos nos joelhos.

— Não me lembre.

Ele sorri.

— Sim, o momento errado de sua parte.

— Da minha parte? — Balanço minha cabeça. — Se você


não tivesse sugado quando você fez eu poderia ter tido a
chance de impedi-lo.

— Tudo bem, certo. Nós dois sabemos que a única razão


que você gozou naquele momento foi porque estava lutando
para não gozar. Assim que perdeu sua concentração, você
perdeu controle sobre a resposta do seu corpo, e bamm.

Sinto-me corar enquanto o ouço.

— Espero que a minha mãe não vá contar a todos sobre


o que aconteceu. Ela poderia ter sido ignorante, mas os
outros saberão muito bem o que estávamos fazendo.
— Tenho certeza que seus irmãos foram pegos em
situações comprometedoras antes. — Ele comenta.

— Sim. — Sorrio. — Eles foram. — Então começo a rir.


— Mas eu não acho que eles foram pegos bem assim.

Fixo meu olhar sobre Noah, e sinto meu coração encher


de amor por ele. Muito amor.

— Depois disso com Mamãe, acho que precisamos


encerrar e ir para o quarto.

Noah faz uma pausa, e então levanta da banheira.

Movendo-se para ficar na minha frente, Noah


rapidamente me beija e aperta a toalha em torno do meu
quadril.

— Estarei esperando.

Ele caminha para a cabana e fora da minha visão.

Pegando os preservativos e pacotes de lubrificante que


eu escondi na prateleira embutida perto da borda da
banheira de hidromassagem, desligo os jatos.

Tive muita sorte que a mamãe decidiu vir até nós do


lado que ela o fez, e não pelo outro, porque ela teria
certamente visto o que estava na prateleira.

Tirando minha mãe da cabeça, sigo Noah na cabana e


tranco a porta atrás de mim.

Só eu tenho as chaves deste lugar, assim, pelo menos,


não haverá quaisquer interrupções inesperadas. O fato de
que a mãe conseguiu se aproximar de nós antes, me diz o
quão distraído eu estava para não ter ouvido sua abordagem.
Muito perigoso.

Certificando-me de que a porta da frente esteja


trancada, caminho pela casa até a suíte master. Sabendo que
Noah está esperando por mim, nu como no dia em que
nasceu, faz minha excitação voltar lentamente.

Descendo, levemente envolvo minha mão em torno de


meu eixo inchado e dou-lhe algumas bombeadas... Mas então
percebo que não é necessário. No momento em que olho para
o meu quarto, meu pau vai do estado inchado ao duro como
pedra dentro de segundos.

Noah está deitado na cama, como esperado, mas ele está


bombeando seu próprio pau, e parece estar realmente focado
nisso.

— Você demorou. — Comenta, forçando-se a abrandar.

— Parece que eu estava prestes a perder a festa. —


Caminho até o quarto e subo na cama, soltando os
preservativos e lubrificante ao nosso lado. Rastejando sobre a
cama, sento-me montado nele.

Seus olhos se enchem de mais calor conforme me


inclino e passo minha língua ao redor da ponta do seu pau.

— Você tem um gosto bom. — Eu sigo a fenda com


minha língua e lambo o pré-sêmen que está fluindo
lentamente.

Antes que eu possa levá-lo plenamente em minha boca,


encontro-me virado sobre meu estômago com o meu pau
pulsando preso entre meu estômago e a cama. Noah levanta
meus quadris, e afasta minhas pernas antes que ele comece a
massagear entre elas.

Gemendo, eu empurro de volta contra sua mão e


amaldiçoo quando a cabeça do meu pau esfrega contra a
cama. Tudo que quero é o atrito para aumentar meu prazer,
mas, em vez disso, eu aperto a colcha com as minhas mãos
para me forçar a ficar parado.

Olhando para baixo, não só sinto o pré-sêmen vazando


incontrolável do meu pau, mas também posso vê-lo molhar a
cama. A cabeça vermelha esta inchada, e preciso... Eu...
Preciso de algo.

Então Noah viola o anel de músculo da minha bunda e


eu quase voo para frente. Ele rapidamente atinge em torno de
mim e aperta a base do meu pau, me impedindo de me
mover. Mas não impede o prazer ondulando ao longo de meu
comprimento ou o vazamento de pré-sêmen em toda parte.

— Porra, Ramon. Preciso estar dentro de você antes de


eu gozar.... Ou você.

— Sim. — Eu gemo.

— Preciso olhar para você, Ramon... sente-se em mim.


— Noah remove os dedos de mim e lentamente libera o meu
pau.

Deitando de costas, ele me passa um preservativo.

Rasgando-o aberto com meus dentes, pego a borracha e


o torturo lentamente rolando-a para baixo em seu
comprimento antes cobri-lo com lubrificante. Inclinando para
frente, eu coloco-o em minha entrada.

Noah envolve a mão em volta do meu pau, fazendo com


que prazer ondule através de mim. Admirado, lentamente
empurro para baixo e gemo conforme Noah lentamente me dá
tudo dele.

Totalmente assentado sobre ele, não posso me mover. A


emoção de tê-lo dentro de mim é esmagadora. A sensação de
seu comprimento me enchendo vai me fazer gozar sem
qualquer estímulo. Meu pau esta tão animado que ele está
vazando sobre todo meu estômago e de Noah enquanto ele
esfrega seu polegar contra a fenda.

Eu preciso me mover.

Balançando para frente, a mão de Noah aperta em volta


do meu pau. — Isto vai ser muito, muito rápido. — Rosno
enquanto Noah bombeia meu pau.

— Sim.... Acabe com isso, Ramon. — Ele implora.

Subindo de joelhos ligeiramente, começo um movimento


lento balançando para frente e para trás, quanto mais rápido
seu punho se move no meu pau, mais rápido meus quadris
golpeiam.

Não há nenhuma maneira que eu vá aguentar muito


tempo mais. Quando sinto a explosão nas minhas bolas,
Noah empurra em mim e bate na minha glândula. Meus
olhos reviram e, então começo a gozar. Ouço Noah xingar
conforme ele me detém ainda com uma mão segurando meu
quadril, enquanto ele continua a agarrar e bombear meu
animado pau.

Abrindo meus olhos, encontro com o olhar ardente de


Noah e observo. Ele sorri suavemente, e olha sua mão, ainda
no meu eixo semirrígido.

Eu sorrio.

Seu estômago, peito e mão estão cobertos com meu


gozo.

— Eu gosto desse olhar em você. — Comento.

— Eu também. — Seu sorriso some. — Eu senti sua


falta, Ramon.

Me inclino para baixo e não dando a mínima para a


bagunça entre nós, eu o beijo.

— Senti sua falta também. — Eu sorrio. — Vamos ver se


você ainda acha que sentiu minha falta depois que nós
almoçarmos na casa de meus pais amanhã.

Noah

Ouvindo Ramon falar sobre sua família e realmente


estar na mesma sala com eles são duas coisas
completamente diferentes. Eu, obviamente, nunca imaginei
que estar no canto da sala com todos eles juntos seria
esmagador.

— Você vai se acostumar com isso. — Carla surge em


minha direita e sussurra.

— Humm.

Ela me cutuca.

— Tudo bem, o que realmente está acontecendo com


você, Noah?

Enfio a garrafa de cerveja em minha outra mão para que


eu possa envolver meu braço em torno de minha irmã.

Beijo o topo de sua cabeça.

— Por favor, não se preocupe comigo. Estou bem. — Eu


sorrio. — Estou melhor do que bem.

— Oh sim.

— Oh, sim. — Eu rio.

— Pippa gostou de você. — Comenta Carla quando ela a


percebe sorrindo para nós. — Ela esta realmente grata por
você estar aqui com todos nós em família, e especialmente
comigo, esta fazendo-a feliz.

Gostaria de poder ter certeza de que é a razão para seus


sorrisos. Ela me deixa nervoso.

— Noah. — Viro ao ouvir a voz de Ramon. — Eu gostaria


que você conhecesse meu irmão, Michael, e sua esposa, Lily.

Sorrindo, retorno sua saudação.


Minha primeira impressão é que Michael é o irmão
McKenzie sério, mas, em seguida, ele olha para a esposa e
todo o seu rosto muda. Ele parece estar tendo problemas
para manter suas mãos longe de sua esposa também.

Lily é menor do que Michael, e aparenta estar radiante


com sua gravidez bastante óbvia.

— Carla, deve ser reconfortante ter seu irmão em casa.


— Comenta Lily.

— É. — Carla afaga contra mim e percebo o quanto a


machuquei quando a deixei sem dizer nada.

Fui egoísta ao deixá-la sem dizer nada?

Sem dizer a ninguém as minhas razões? Teria feito


alguma diferença? Eu nunca saberei.

— Não vou a lugar nenhum. — Anuncio e sorrio quando


vejo a chama de calor nos olhos de Ramon. Segurando seu
olhar, eu admito. — Tudo o que quero está aqui em
Lexington.

— Sobre isso, acho que você deve ser advertido que a


mamãe vai considerá-lo parte da família, o que significa que
ela vai estar tentando te ligar com a filha de alguém. —
Michael adverte.

— Eu já tenho alguém então sua ajuda seria


equivocada.

Lily olha entre Ramon e eu com diversão e é claro que


ela sabe o que há entre nós.

Michael, por outro lado, não tem ideia.


— Você deveria tê-la convidado para o almoço.... Ou não
é tão sério?

Desde quando eles ficam em torno fazendo perguntas


que você esperaria de sua mãe?

Encaro-o enquanto eu tento organizar meus


pensamentos. - Ele ainda está esperando pela minha
resposta. Balançando a cabeça, eu sorrio.

— Oh, é sério.... Apenas diferente. Pelo menos por hoje.

Ele franze a testa.

— Humm.

Ramon me dá um sorriso secreto antes de virar e


envolver uma cabeça vermelha bonita em seu braço.

— A noiva de Ruben, Rosie. — Carla sussurra.

Eu coloco minha garrafa vazia atrás de mim.

Olhando para minha irmã, eu acarico seu rosto.

— Realmente senti sua falta. Eu sinto muito. —


Descanso minha testa contra a dela.

— Desculpe interromper, mas nós vamos sair até o pátio


para comer. — Pippa diz. — Mais fácil de limpar a bagunça.

Eu rio.

Carla belisca meu lado.

— Ei, você acha que ela está brincando. Michael e seus


irmãos às vezes regridem à sua infância, quando eles estão
juntos. — Ela revira os olhos.

— Isso eu tenho que ver.


Sigo Carla para fora e olho ao redor para Ramon, que
localizo falando com Ruben.

— Sente-se aqui. — Sebastian não me dá uma escolha, e


me empurra para o banco, o que reúne olhares curiosos dos
outros.

Ramon se liberta e, aproximando-se, ele senta no lugar


vago ao meu lado. Ele sorri.

— Seb sabe que é aqui onde eu sempre me sento.

— É sábio, nós sentados juntos?

Ele franze a testa e poderia me chutar pela observação


tão estúpida. Sou eu que quero assumir nossa relação, então
por que abri minha boca grande? Você sabe por que. Estou
aterrorizado que Ramon tenha coragem de anunciar hoje a
todos sobre nós, e estou nervoso que tudo está prestes a
mudar, e não em uma boa maneira. Embora nunca tenha
escondido quem sou, de certa forma, será como eu assumir
também.

Sentindo a mão de Ramon na minha coxa, eu a aperto e


a seguro buscando força. Eu deveria ser o que oferece apoio a
Ramon.

Enquanto estava perdido em pensamentos, todos


tomaram seus assentos e começaram a ajudar uns aos outros
a se servirem.

Com um aperto de mão de Ramon, eu a solto e pego um


pouco de frango, salada de batata e uma grande fatia do pão
caseiro.
— Então Noah. — Pippa começa. — Anotei o nome de
um joalheiro para que você possa ter o anel de seu pai
redimensionado. Você não quer perdê-lo novamente.

Ramon começa a tossir e sem pensar, dou algumas


batidas nas suas costas, o que acaba como uma carícia.
Rapidamente afasto minha mão e passo-lhe seu copo de
água.

Ele o toma e bebe rapidamente.

— Tudo bem?

Ele balança a cabeça.

A mesa fica em silêncio enquanto eles olham entre nós.

Não tenho a menor ideia de como responder a uma


pergunta tão inocente sem me abrir para mais
questionamentos. Carla sabe que o anel de nosso pai se
encaixa em meu dedo como uma luva.

Eu opto por ser breve. — Humm, obrigado.

— Por que você precisa ajustar o anel do pai? — Carla


pergunta.

Olho feio para ela.

— Eu só preciso. — Mudo o assunto enquanto mordo o


pão. Mastigo e digo com a boca cheia. — A parte favorita de
estar em casa é o pão caseiro e esse esta delicioso. — Sorrio
para Pippa.

Depois de uma pausa, ela retorna o meu sorriso. —


Receita da minha mãe. Nunca encontrei outra que chegue
perto.
— Você ainda não me respondeu sobre o anel de papai?

Por que ela não pode esquecer isso?

— Ele escorregou na banheira de hidromassagem. Ele


estava procurando por ele ontem. — Acrescenta Pippa.

Ramon xinga em voz baixa.

— Hidromassagem. — Ruben ri e recebe uma cotovelada


nas costelas de Rosie.

— Estava brincando com ele, e escorregou dentro da


água.

— Alguém já ouviu falar de Lucien ou Sabrina,


ultimamente? — Lily pergunta, para meu alívio.

— Sim. — Pippa se afasta e foca em Lily. — Falei com


eles esta manhã. Sabrina está bem, mas está muito cansada.
Lucien espera trazê-la de volta a Lexington nas próximas
semanas.

— Fico feliz. Vai ser divertido ter a minha melhor amiga


de volta. — Ela aponta para Carla e Rosie. — Mas não achem
que vocês duas ficarão fora de ouvir-me gemer o tempo todo.
Vocês serão capazes de comparar o meu gemido com o de
Sabrina.

Rosie ri.

— Você adora estar grávida, e Carla e eu não


acreditamos em qualquer outra coisa.

— Eu adoro. Mal posso esperar para ver com quem o


nosso novo filho ou filha se parece. — Lily descansa suas
mãos em sua barriga. — Nós dois estamos aliviados que não
teremos gêmeos novamente. — Ela sorri baixinho para o
marido. — Não teria me importado muito, mas teria sido
difícil com Charlotte e Jr. sendo tão jovens.

— Você teria dado um jeito. — Comenta Carla.

Tenho a sensação de que não demorará muito antes que


Carla e Sebastian estejam anunciando que eles terão um
pequeno. Espero que seja mais cedo em vez de mais tarde.
Não me importaria de ter um sobrinho ou sobrinha.

— Você tem onde morar, agora que você está de volta?


— Michael pergunta. — Há dois apartamentos perto do lago
que recentemente esvaziou se você não tiver. — Ele continua
comendo.

— Eu tenho algum lugar, mas obrigado pela oferta.

Enquanto estiver trabalhando na obra da McKenzie,


tenho um apartamento do outro lado da estrada do local da
obra. Quando não estiver trabalhando, pretendo estar com
Ramon, seja no seu apartamento ou na cabana. Agora que
estou de volta em sua vida, não vou a nenhum lugar a não
ser que ele esteja comigo.

— Você está em família, por isso não há o que


agradecer. — Michael acrescenta. — Se você mudar de ideia,
avise Sebastian e ele vai lhe ajudar.

Eu concordo.

Com o prato vazio, sento e começo a relaxar. É bom


saber que agora sou parte disto. A grande mesa onde todos
nós nos encaixamos ao redor e, com o sol brilhando, é
perfeito.

Michael agora tem as mãos cheias balançando as


crianças, que acabaram de acordar de uma soneca enquanto
Lily termina seu almoço. O amor entre eles faz-me querer
compartilhar o mesmo com Ramon, e de fazê-lo abertamente.

O tique nervoso das mãos de Ramon chama minha


atenção.

Ramon

É agora ou nunca.

Pelo menos, isso é o que eu venho dizendo a mim


mesmo desde que todos nós sentamos para almoçar.

É só que é mais difícil do que pensei que seria dizer o


que tenho que dizer. A maioria da minha família sabe, por
isso não deve ser uma grande coisa, mas estes são meus pais.

Ah, foda-se!

— Eu sou gay. — Deixo escapar.

O silêncio segue a minha declaração. Eu limpo minha


garganta, e repito.

— Eu sou gay.
Sebastian e Ruben gargalham, o que morre lentamente
com um olhar de papai.

Michael olha para trás e para frente entre Noah e eu.


Sim, ele entendeu.

— Eu sei, filho.... Ou melhor, não tinha certeza até que


você me apresentou a Noah.

Apesar de ouvir meu pai dizer que ele sabia acalma meu
coração, que estava batendo freneticamente no meu peito um
momento antes, não estou completamente à vontade. Minha
mãe ainda não disse nada e enquanto espero com o resto da
minha família, Noah desliza a mão na minha coxa.

— Oh, meu Deus. — Mamãe coloca suas mãos sobre a


boca em surpresa. — Você não estava procurando seu anel.
— Ela diz a Noah, que parece com um cervo preso nos faróis.
Seu rosto cora envergonhado. — Vocês realmente estavam
jogando.

— Pippa. — Papai esbraveja, a cortando felizmente.

— Desculpe-me um minuto. — Sebastian murmura e


entra em casa.

— Vou ver se ele precisa de ajuda. — Ruben ri, antes de


arrastar Rosie com ele, e seguir Sebastian dentro da casa.

Papai olha para Michael.

— Você precisa se juntar a eles?

— De jeito nenhum vou perder isso. — Ele se senta com


seu filho no colo, que está tentando agarrar sua irmã, que
está sentada no colo de Lily.
— Vou ver se meu marido esta sob controle.

Carla olha entre Noah e eu enquanto fica de pé. Indo


para dentro, ela olha para trás por cima do ombro e pisca
antes de desaparecer na cozinha.

Trazendo minha atenção de volta para o restante da


minha família, eu admito:

— Estava com Noah antes dele ir embora, e agora ele


está de volta em minha vida. Não quero esconder de ninguém
o fato de que nós temos uma relação. — Sorrio para Noah,
sabendo que minhas próximas palavras vão chocá-lo. — Eu o
amo.

Seus olhos se arregalaram e ele abre a boca para


responder, mas não sai nada. Eu aperto sua coxa, e olho
para meus pais. Eles ainda não disseram qualquer outra
coisa do que a surpresa do início.

Papai sempre foi um homem de poucas palavras, então


não tenho certeza do que estou esperando, mas qualquer
coisa seria melhor para ajudar a controlar a ansiedade que
estou sentindo por ter sido honesto.

Vejo quando meu pai levanta, e se move em direção a


mim. Me levanto e sou puxado para um abraço apertado.

— Nada nunca vai mudar o fato de que você é o meu


filho mais novo, nem vai mudar o quanto eu amo você.
Enquanto você for feliz, então eu também serei.

Ele me coloca de lado e olha para Noah que se mantém


ao meu lado.
— Bem-vindo à família, filho. — Ele puxa Noah para um
abraço. — Eu quero que você sinta que esta é a sua casa, e
que você é bem-vindo para ir e vir aqui em casa como o resto
da família. Entendeu?

Noah engole algumas vezes.

— Sim senhor.

— Bom... Agora, se vocês me dão licença, eu preciso


entrar e conversar com seus irmãos.

Eu sorrio, e junto-me a Noah quando sentamos em


nossos lugares.

Mamãe ainda parece confusa, mas Michael.... Parece


pensativo. Olho para o meu irmão, me perguntando o que ele
está pensando. Não tenho que esperar muito tempo para
saber.

— Quero saber o que mamãe pegou vocês fazendo na


banheira de hidromassagem. — Ele ri, o que me deixa saber
que ele está bem com isso.

— Não estava esperando isso hoje. — Mamãe começa. —


Mas estou sempre feliz por ver alguém que um dos meus
filhos ama juntar-se a família. — Ela se levanta e beija o topo
da minha cabeça antes de fazer o mesmo com Noah.

— Ambos podem ter certeza que não tenho nenhuma


intenção de visitá-los na cabana de forma inesperada,
novamente. — Ela diz entrando na casa.

— Estou morrendo de vontade de saber sobre a


banheira de hidromassagem.
Olho para Michael, que começa a rir.

— Tenho certeza que eu posso te mostrar o que eu


penso que eles estavam fazendo. — Lily sugere.

— Nós podemos deixar Ramon e Noah de babás. — Ele


mexe as sobrancelhas para Lily.

Ela bate em seu braço.

— Vamos juntar-nos ao resto de sua família e alimentar


estes dois. — Ela sorri para nós dois. — Estou contente por
Ramon, sobre tudo... E bem-vindo a família, Noah.

— Obrigado, Lily. — Noah retorna a ela sorrindo.

Eu os observo entrar e viro para meu cara.

— Estou meio que desiludido. — Franzo a testa antes de


deslizar em um sorriso que não posso esconder.

Noah ri.

— Você teria preferido que eles ficassem irritados, em


vez de aceitar?

— Não, mas a reação deles me faz pensar por que eu


não disse nada antes.... E não me diga “eu te disse isso. ”

Ele ri.

— Tudo bem.... Mas eu disse.

Tento fazer uma careta, mas acabo rindo.

— Tenho que dizer, porém, espero que sua mãe não


continue indo até a banheira de hidromassagem.

— Ela não vai, mas você pode apostar que os meus


irmãos irão.
— Eles estão bem mesmo com relação a gente?

— Sim.

Sei onde ele está indo. Embora, alguns dos meus irmãos
me disseram que estavam bem com isso, achei difícil aceitar
no começo.

— Você está bem? — Ele esfrega meu ombro.

— Estou bem, e grato que a minha família aceitou muito


melhor do que pensei. Ainda estou esperando que o papai
diga que ele estava brincando, ou mamãe nos mande embora.
— Encolho os ombros. — No fundo eu sei que meus pais não
são assim, mas há ainda uma pequena quantidade de medo.
Meus avós ensinaram os dois a acreditar que todos são
iguais, e foi assim que eles ensinaram meus irmãos e eu.
Apenas me sinto aliviado. Me preocupei por nada. Fico feliz
apesar de tudo.

— O que você quer fazer agora?

— Juntar-me a nossa família lá dentro.

Noah levanta e, pegando a minha mão, me puxa.


Quando nós dois estamos de pé, ele se aproxima de mim.

Nem sequer pestanejei com o pensamento de que


alguém poderia nos surpreender.

— Você disse que me ama.... Você quis dizer isto?

— Eu quis dizer cada palavra. Nosso segredo foi


revelado, não precisamos mais nos esconder.

Ele se inclina para frente e coloca um beijo provocativo


ao longo de meus lábios.
— Eu também te amo. Sempre amei.
Ramon

— Porra. — Noah xinga pela terceira vez em poucos


minutos.

Eu sorrio e me mantenho de costas para ele, assim ele


não pode ver a diversão no meu rosto. Ele está tentando
apertar a gravata roxa nos últimos cinco minutos com
nenhuma sorte.

Outra razão para me manter de costas para ele é para


que eu não seja tentado a colocar minhas mãos sobre ele.

As calças cinza escuras de seu terno matinal cabem-lhe


como uma luva, e o tecido acaricia sua bunda como
perfeição.

Hoje chegou finalmente, o casamento Ruben e Rosie. Eu


nunca pensei que a doce Rose domesticaria Ruben, mas eu
acho que ela conseguiu.

Desde que disse aos meus pais sobre Noah e eu, doze
semanas atrás, as coisas têm sido muito perfeitas. Sinto
como se minha vida estivesse finalmente se encaixando -
encontros familiares, Noah comigo o tempo todo. Ele se
juntou como meus irmãos quando nos dirigimos para o
campo de volta na casa dos meus pais para jogarmos rugby
ou futebol.

Preenche meu coração com orgulho ao vê-lo ser aceito


de braços abertos por toda a minha família. Nós tivemos que
aturar as ocasionais piadas de Sebastian, mas ele nem liga.

Meu único arrependimento é que fora da nossa família,


ninguém pode saber sobre nós. Noah permanece em um
apartamento do outro lado da rua do local da obra. Eu estou
me controlando durante a semana para fazer parecer
plausível. A última coisa que precisamos é que a noticia de
que ele é meu amante, namorado, ou qualquer outro nome
para o que eu sinto por ele, se espalhe.

Nós dois estamos começando a ficar frustrados agora.


Já faz nove semanas desde que Noah começou a trabalhar na
obra, e até agora, nada. Ele fez algumas ligações, mas não
conseguiu mais do que isso. Nada importante aconteceu no
local no tempo que ele está lá. Receio que seja a calmaria
antes da tempestade, porque eu não acredito por um minuto
que toda a má sorte parou. Minha única esperança é que os
culpados sejam capturados antes que qualquer outra coisa
aconteça. Só tenho um mau pressentimento de que algo irá
acontecer primeiro.

Agitando o stress dos meus ombros para o dia, eu


termino de arrumar minha própria gravata antes de
finalmente me voltar para Noah. Rindo, eu me aproximo dele.
Colocando minhas mãos em seus ombros, o puxo para mim.

— Você fica bem de roxo. — Comento, tirando suas


mãos do caminho.

Com algumas reviravoltas das minhas mãos, eu tenho


sua gravata apertada. Alisando minhas mãos ao longo de
seus braços, eu não consigo parar de tocá-lo. É tão gostoso
sob meus dedos e a flexão de seus músculos me diz que ele
está gostando de meu toque tanto quanto estou gostando de
tocá-lo. Mas não temos tempo.

O tempo não é algo que nós temos de sobra, então nós


valorizamos o que temos. Fins de semana.

Eu suspiro pesadamente, não querendo que meus


pensamentos deprimentes sejam percebidos por Noah. Ele
está fazendo tudo o que pode pelos meus irmãos e eu, mas
não gosto de tê-lo afastado de mim. Parte de mim deseja que
os idiotas sejam pegos na obra nos sabotando para que assim
esta coisa toda possa acabar, mas eu não vejo isso
acontecendo tão cedo.

— Hei. — Noah segura meu queixo e me força a


encontrar seu olhar. — Por que o suspiro profundo?

— Não importa. — Tento me afastar dando um passo


para trás, mas ele me segue.

— Sim, isso é importante. — Noah se aproxima, as mãos


apoiadas em meu quadril quando ele se inclina para me
beijar. Ele pretendia um beijo rápido, mas eu tenho outras
ideias e deslizando minhas mãos em seu cabelo, o seguro no
lugar conforme minha boca assume o controle.

Nossas línguas dançam, nossos dentes colidem.... Não


posso chegar perto o suficiente. Meu coração bate na mesma
batida frenética que o de Noah, e tudo que quero é estar nu e
sentir seu pau duro esfregando contra o meu, sem qualquer
roupa entre nós.

Sentindo a mão de Noah em mim, gemo quando ele


puxa o zíper para baixo e desliza os dedos dentro da
abertura. Meu pau dói por ter sua mão enrolada em volta
dele, mas.... A merda do alarme no meu celular começa a
tocar. Nós dois congelamos.

Porra!

Noah arrasta um dedo ao longo do meu comprimento


antes de fechar o zíper com decepção clara em seu rosto. Não
estou me saindo melhor.

— Nós devemos nos apressar. — Ele observa, mas não


se move.

Faço o que queria fazer desde que comecei a me


aprontar hoje, e envolvo meus braços ao redor dele. Meu
nariz entra em atrito com seu pescoço enquanto eu inalo seu
cheiro em meus pulmões.

Noah envolve seus braços em volta da minha cintura e,


segurando-me firmemente, suspira de prazer.

O alarme no meu celular dispara novamente. Beijo Noah


no pescoço e relutantemente dou um passo para trás.
— Precisamos sair. — Mesmo que seja o dia do
casamento do meu irmão, queria ficar aqui, trancado com
Noah.

— Deveria ter te escutado ontem à noite em vez de


querer provar você. — Comenta Noah com um sorriso sexy.

Oh, ele me provou bem, e levou horas para nós dois


estarmos prontos o suficiente para dormir, é por isso que não
tínhamos dirigido até minha cabana. Teria nos dado mais
tempo esta manhã para nos vestir e preparar.... Humm, e
outras coisas.

— Talvez você se lembre disso da próxima vez. — Sorrio


e pego meu paletó do cabide.

Meus irmãos e eu fomos pedidos para vestir calça cinza


escura e paletó matinal. Os nossos coletes são um cinza
ligeiramente pálido, com uma camisa lilás e gravata roxa.
Meu coração ficou completo quando Ruben me disse para me
certificar que Noah estivesse numa vestimenta igual. Acho
que ele ficou emocionado também.

Lily, Carla e Sabrina vestiriam vestidos de dama de


honra roxos e então é claro que tínhamos que estar
combinando. Estou surpreso que elas aceitaram sem ter um
alarde sobre isso. Mas Rosie e Ruben estavam convencidos de
que eles só queriam a família e amigos muito próximos, então
mamãe teve de se contentar com isso. Na verdade, não acho
que ela estava muito incomodada.... Ela apenas esta feliz por
Ruben se casar. Levou quatro semanas para todas as
providências serem tomadas para hoje. Um minuto eles
estavam felizes sendo namorados, e em seguida, um
casamento estava sendo planejado.

Não fui o único a notar a emoção de mamãe. Sem


dúvida, ela está pensando que há uma razão para o rápido
casamento, como outro grande bebê a caminho. Não tenho
tanta certeza, no entanto. Meu irmão está apenas obcecado
com Rosie, e seus sentimentos são retornados, dez vezes.

Finalmente pronto, pego as chaves do carro na porta e


me viro para Noah, o que faz minha respiração ficar presa na
garganta.

Ele está completamente inconsciente da reação que


tenho a ele. Ele é tão bonito que com um olhar, meu pau esta
duro e formigando com pré-sêmen, e com um toque eu estou
pronto para gozar.

Hoje vai ser estressante com todos os familiares ao


redor, e Sylvia vai estar lá. Tenho evitado ela desde a
conversa em seu quarto, mas eu sei por Ruben que ela foi
pega em uma situação comprometedora novamente... nos
braços de Eric. Eric não estará aqui hoje porque ele está fora
em um trabalho, ele tem sido muito reservado, por isso
vamos ver como Sylvia realmente se sente. Também quero
dizer a ela sobre Noah antes que alguém faça. Estou surpreso
por ela ainda não suspeitar, mas de acordo com meus
irmãos, eles não disseram nada. Me sinto culpado por não ser
totalmente honesto com ela.

Enquanto passo minha mão pelo meu cabelo, que


cresceu um pouco desde que o cortei, abro a porta do
apartamento. Observo Noah caminhar através da porta
levando nossa mochila para noite, não posso resistir a
deslizar a palma da mão sobre seu traseiro. As calças lhe
serviram bem.

O olhar que ele joga a mim é tão sedutor que faz com
que um grunhido saia da minha garganta. Eu quero este
homem e, antes do fim do dia, o terei.

Noah

A família McKenzie é esmagadora. Pelo menos essa foi a


conclusão que cheguei enquanto estou de pé num canto da
sala de estar, tentando me esconder. Fui apresentado a todos
os McKenzies e foi bastante assustador. Aparentemente,
apenas três dos primos McKenzie estão presentes e um deles
trouxe sua noiva. Não tenho certeza do que ela disse para
Pippa, mas depois de ser apresentada, Pippa estremeceu e se
desculpou.

Vendo um movimento pelo canto dos meus olhos, sorrio


quando Sebastian se move lentamente até mim, parecendo
aliviado.

— Bruxa má. — Comenta depois de seguir meu olhar.

— Ela tem garras, humm?


— Ah sim. Estou feliz por ter uma mulher doce e
amorosa. Não tenho certeza se Mateo está satisfeito com ela.
— Ele olha em volta e acena em direção ao garçom. —
Gostaria de ter comido antes de chegar aqui. Pensei que
mamãe organizou um banquete para ser servido antes do
casamento. — Ele ri. — É esse.

O garçom chega com uma bandeja carregada com


canapés.

O quintal em volta da casa agora ganhou uma marquise,


que será onde iremos comer em algumas horas, bem como
dançar. Não danço muito bem, então prefiro desaparecer em
algum lugar tranquilo com Ramon. Ficarei feliz se apenas
sumirmos por um tempo para um beijo ou mesmo um
abraço. Estou desejando seu toque e, por alguma razão, ele
esta mantendo distância, agora que estamos com seus pais.

Ele quer dizer a Sylvia sobre nós primeiro, mas essa


conversa só terá cinco minutos, o fato dele estar quieto está
acabando com meus nervos.

— Onde está Ramon? — Sebastian pergunta. Tinha me


esquecido que ele estava comigo, já que está calmamente
comendo os canapés.

— Não tenho certeza. — Franzo a testa. — Seu pai o


levou embora não muito depois que chegamos e não o vi
desde então.

— Oh! — Ele sorri em torno de um pastel. — Papai vai


tê-lo ajudando a definir alguma coisa. Estou de olho nele
agora e sempre me escondo. Você vai pegar o jeito. — Ele me
bate nas costas.

Mudando de assunto, pergunto: — Ramon nunca


mencionou primos até recentemente. O que há com isso?

Um olhar sério cruza seu rosto.

— Meu pai teve uma briga com o pai deles após a mãe
deles morrer; ela era irmã de meu pai. Nunca vi meu pai tão
irritado, e não acho que o vi assim desde então. Nós
costumávamos sair muito quando crianças, e acho que por
causa do seu afastamento, todos nós sofremos. Lucien
manteve contato com Dante, e por meio dele, Eric veio para
Lexington. Nossos pais ainda não estão se falando, mas estou
feliz por Ruben convidar nossos primos para o casamento.
Eric, Diego, Aiden e Kasey não puderam vir, mas estou feliz
que os outros fizeram o esforço.

Carla e eu só tínhamos um ao outro antes dos


McKenzies entrarem em cena, então estar próximo a uma
grande família me deixa nervoso. Carla parece ter se
adaptado bem, e Sebastian conquistou minha irmã. Ainda
bem, ela precisa de amor e uma família e estou feliz que ela
encontrou algo. Também estou contente que esteja me
tornando parte dela também. Senti falta dela quando saí. Não
é como se a visse muitas vezes antes, mas sabendo que não
podia simplesmente sair e visitá-la no Canadá me
machucava. O fato de ter ido embora me mostrou o quanto
valorizo chamá-la de família, e Ramon de lar.
Desde que o conheci, ele tem sido meu lar, é por isso
que estou começando a odiar sair da cama todos os dias para
trabalhar na obra. Sempre trabalhei com construção, que foi
como eu conheci Ramon quando estava no Canadá. Mas não
ser capaz de estar com o homem com quem quero estar todos
os dias, está começando a mexer com a minha concentração.
Estive fora por muito tempo para ficar longe agora, e não sei
o que vou fazer sobre isso, porque não posso continuar do
jeito que estou.

Como se tivesse um sexto sentido de que Ramon está


preocupado, viro e o vejo vindo em minha direção. Nossos
olhos se encontram e é como se não houvesse ninguém mais
na sala.

Ouvindo uma garganta sendo arranhada, mantenho


meus olhos sobre Ramon e digo:

— Vá encontrar a minha irmã. — A Sebastian.

Ele ri. — É o que você deseja.

— Você não tem algo melhor para fazer? — Ramon


resmunga para Sebastian.

Ele ruge de tanto rir.

— Noah disse algo parecido. — Ele nos dá um tapinha


nas costas. — Basta lembrar que há uma sala cheia de
convidados, mesmo que sejam da família. — Sebastian
caminha em direção a Dante, o padre.

— Desculpe ter demorado tanto. — Ele dá de ombros. –


Meu pai pode ser um pé no saco quando temos grandes
festas. Ele tem uma equipe aqui para cuidar de tudo, mas
ainda tem que verificar tudo.

— Igual alguém que conheço.

Ramon parece com seu pai mais do que ele imagina.

— Você conheceu todos, certo?

— Conheci.

— Bom, muito bom. — Ramon está nervoso comigo, o


que é novidade.

— Qual o problema?

Ramon não encontra meu olhar enquanto observa a


sala.

Dou um passo mais próximo e vejo como seus olhos se


arregalam de surpresa.

— Porra! Sylvia estava lá fora e queria saber por que eu


não trouxe uma acompanhante. Eu lhe disse que trouxe e iria
apresentá-la mais tarde. — Ele puxa seu cabelo, que
começou a crescer de novo, graças a Deus.

— Não vejo qual o problema. Pensei que ela estivesse


com Eric. — Estou confuso. Seriamente não vejo um
problema com o que ele está dizendo.

— Ela está, mas odeio que tenho que dizer sobre nós a
todo mundo. Por que não podemos apenas ficar juntos e
acabar logo com isso? Por que tem que importar o que os
outros acham mesmo quando estamos felizes?
— Você andou pensando no assunto. Ouço o que está
dizendo e concordo. Se as pessoas que perguntam não
significam algo para você, então, suponho que não ligue para
isso, mas já que eles são família e amigos próximos, você
precisa fazer isso. Gostaria de poder ajudar, mas estou
certamente disposto a estar com você enquanto você faz isso.

Ele sorri e começa a relaxar.

— Merda, não percebi o quão estressado estou.

— Sente-se melhor agora? — Arqueio uma sobrancelha.

— Por enquanto, estou. — Ele olha em volta mais uma


vez. — Você falou com Mateo e Caprice?

— Na verdade não. — Pego um copo de vinho do garçom


passando e tomo um longo gole, que prolongo quando vejo a
necessidade intensa no rosto de Ramon.

— E você?

Ele limpa a garganta.

— Isso foi injusto.... E não. Ela tentou flertar com


Sebastian quando chegou. — Ele ri. – Sebastian não poderia
fugir rápido o suficiente. Ele está mantendo distância.

— Realmente não sei por que ele está com ela. —


Comento.

— O casamento foi adiado, quem sabe talvez Mateo


esteja pensando melhor. — Ramon dá de ombros. — De
qualquer forma, o casamento deve começar em breve. — Ele
ri. — Ruben está quase surtando.

— Ruben não parece ser do tipo nervoso.


— Oh, ele está nervoso sim. Rosie é a única que
consegue esta reação dele.

Com toda diversão deixando seu rosto, Ramon


acrescenta.

— Ele a ama, e ela o ama. Isso é tudo o que importa


para ele.

Ramon está me dizendo que ele me ama e isso é tudo o


que importa?

Agindo por instinto, e rapidamente certifico-me de que


não estamos sendo observados, seguro seu colete e o puxo
mais perto para que possa sussurrar em seu ouvido: — Não
sei exatamente o que você está dizendo, mas você é meu, e
tem sido desde que nos conhecemos.

Endireitando-me, me afasto para me refrescar. Estar


perto dele e inalando seu cheiro.... E toda a situação em que
me encontro com Ramon está começando a me excitar, mais
do que imaginei.
Ramon

Casamentos, quando
envolvem um dos meus irmãos, sempre me emocionam.
Observando meu irmão Ruben agora, me faz lutar para
segurar minha emoção. Os convidados, quando a música
nupcial começa, viram para o fundo da sala para ver a noiva
brilhando em toda sua elegância nupcial. Eu não. Eu observo
o rosto do meu irmão quando ele tem um vislumbre da
mulher que ama. Fiz isso com Michael, Sebastian, Lucien e
hoje, com Ruben.

Vejo como Ruben controla suas emoções enquanto ele


vê Rosie andando até ele e, em seguida, ela está na minha
linha de visão e ela está de tirar o fôlego. Enxugando uma
lágrima perdida, rapidamente pisco para evitar que as outras
caiam.

Noah cutuca meu quadril, me oferecendo sua mão. Sem


qualquer hesitação, entrelaço meus dedos com os seus e
seguro firme.

Quando Rosie está em pé ao lado de Ruben, seus olhos


brilhando com amor, realmente olho para o vestido, que foi
feito às pressas para terminar em tempo. Ela está linda. O
corpete de seu vestido é como um espartilho no mesmo tom
de roxo de nossas gravatas com pequenas flores cremes e
douradas por toda parte. A saia de chiffon é dourada e flutua
em torno de suas pernas. Rosie não queria fazer o tradicional
vestido branco, e vendo-a no vestido que ela escolheu, fico
feliz.

Com Dante acolhendo todos aqui hoje, deixo minha


mente vagar. Imagino que somos Noah e eu nos casando.
Sorrio com o pensamento. Realmente quero isso e não tinha
ideia de que queria um casamento e toda a troca de alianças
até hoje. Isso meio que surgiu na minha cabeça enquanto
estava observando Ruben confuso e preocupado com Rosie. O
pensamento fez meu coração doer. Nunca antes pensei em
casamento. Pensava que era algo somente para meus irmãos.
Mas não mais. É algo que eu quero, eventualmente. O
casamento gay no estado de Kentucky ainda é ilegal, então
teríamos que ir para fora do estado.... Mas valeria a pena
todo o incômodo no final. Nós poderíamos ir para Nova
Iorque. A empresa mantém um apartamento lá e ele está
registrado em todos os nossos nomes. Lanço um olhar para
Noah pelo canto do olho e decido que a partir de hoje, já não
vou me preocupar com o que alguém pense sobre nós. Nós
ainda temos que ter cuidado na obra até que toda essa
bagunça esteja em ordem, mas depois de hoje, não
esconderei mais.

Noah puxa minha mão, o que faz minha cabeça virar e


encontrar seu olhar, humorado.
— Não posso acreditar que você se distraiu no meio do
casamento do seu irmão. — Ele sussurra rindo.

Coro porque, sim me distraí.

Ao termino da cerimônia, os convidados observam Dante


dizer:

— Gostaria de apresentá-los ao Sr. e Sra. Ruben


McKenzie.

Aplaudindo e assobiando junto com metade dos


convidados, rio e sinto como se um enorme peso fosse tirado
dos meus ombros.

Apertando os ombros de Noah, recorro a todo meu


autocontrole para não me inclinar para a frente e selar seus
lábios com os meus. Depois de hoje!

Uma vez que meus irmãos levaram suas esposas do


altar improvisado, eu os sigo sentindo Noah contra minhas
costas. Ele se aproxima e minha cabeça gira. Querendo
pressionar minha bunda contra ele, dou passo para o lado e
choco-me contra Sylvia na minha pressa em não seguir de
acordo com a minha carência.

— Uau! — Meus olhos se arregalam quando realmente


olho para ela. — Você está linda, Sylvia.

Ela me oferece um sorriso suave.

— Obrigada, Ramon. Você está bonito. Roxo combina


com você.

Eu sorrio.

— Ora, muito obrigado, minha senhora.


Ela ri e se aproxima de mim.

— Eu sinto sua falta.

Meu coração afunda. Disse que não queria perdê-la


como amiga, e o que foi que eu fiz? A ignorei por semanas.

Tomando-a pelo cotovelo, sugiro.

— Vamos conversar. Acho que nós temos cinco minutos


antes que precise tirar fotografias.

— Tudo bem.

Nós caminhamos através da minha família, mas não


antes de ver a diversão no rosto de Mateo. Ele acha que estou
tentando desaparecer com Sylvia com segundas intenções.
Ele não podia estar mais errado. Quanto antes disser a
Sylvia, mais cedo não tenho que esconder.

Chegando a um canto mais isolado, nós não estamos


exatamente em uma área privada, mas vai ter de servir.

— Ramon.

— Sylvia.

Nós rimos quando nós tentamos falar ao mesmo tempo.


Preciso falar primeiro, e por isso que estou preocupado
quanto ao que ela vai dizer em seguida.

— Eu sou gay. — Eu digo para o choque de Sylvia.

— Você é? Nossa.... Quero dizer.... Apenas nossa. — Ela


ri. — Nunca imaginei isso. — Ela inclina a cabeça para um
lado. — Mas, acho que deveria ter imaginado. Quer dizer, isso
explica muito para mim. Como você sabe, já deixei claro em
algumas ocasiões que não teria lhe impedido se você quisesse
me levar para a cama. Mas você nunca aceitou essa oferta....
Acho, eu deveria estar feliz que você não me quer, porque
você é gay e não porque você não me queria.

— Eu sinto muito, Sylvia. Deveria ter sido


completamente honesto com você, desde o inicio. Não tem
sido fácil, mas estou chegando lá.

— Sim você deveria. É por isso que você esteve me


evitando? Porque você não sabia como me dizer? — Sylvia
começa a mastigar a parte inferior do seu lábio e posso dizer
que é nervosismo.

— Não sabia o que dizer a você. Eu menti por omissão


para você o tempo todo e isso me fez sentir desconfortável.

Ela envolve seus braços em volta da minha cintura e


repousa a cabeça no meu peito. Devolvo seu abraço e
descanso meu queixo no topo de sua cabeça.

— Obrigada por me dizer agora. – Ela faz uma pausa. —


Então, está tudo bem se eu admitir que eu não posso tirar o
seu primo da minha cabeça?

Suspirando, deixo um beijo no topo de sua cabeça e a


seguro afastada para que possa ver o rosto dela.

— Sylvia, gostaria que você encontrasse um cara doce,


em vez de cara um duro como meu primo.

Ela cora.

— Ninguém nunca me fez sentir do jeito que ele faz.

Eu sorrio.
Sylvia me dá um empurrão.

— Pare de ser um idiota. — Ela ri.

Eu envolvo meu braço em volta de seu pescoço e a guio


de volta até o resto da minha família e amigos.

— Se você realmente gosta de Eric, quando ele


reaparecer, terei certeza de elogiá-la.

— Certifique-se de fazer isso. — Ela me cutuca nas


costelas com o cotovelo enquanto nos separamos. – Vamos
dizer olá a mulher de Hunter, Gia. Ela não conhece nenhum
de nós.

Eu franzo a testa. Não tinha ideia de que Hunter estava


aqui.

— Quando ele chegou? — Pergunto, seguindo o olhar de


Sylvia.

— Pouco antes de todos estarem sentados. Eles pegaram


trânsito devido a um acidente, felizmente conseguiram chegar
a tempo.

— Tudo bem, vamos lá.

Já faz um tempo desde que vi ou ouvi sobre Hunter. Ele


saiu depois de ajudar Rosie e Ruben. Eu passei algumas
noites bebendo com ele ao longo de uma mesa de bilhar no
Kenza quando estava por perto.

Nunca me senti atraído por ele. Apenas, era bom sair


com alguém, que descobriu minha preferência sexual quase
imediatamente.... E depois aceitou-a completamente. Nunca
houve qualquer julgamento.
Avistando-me, Hunter sorri, e estende sua mão, que
tomo e encontro-me sendo puxado contra ele em um abraço.

— É bom ver você de novo, Ramon. — Me dá um tapa


nas costas e puxando para trás, sorri para a mulher ao seu
lado. Envolvendo o braço em volta dos ombros dela, ele a
apresenta. — Gostaria que você conhecesse a minha
namorada, Gia. — Ele a mantém ao seu lado.

Eu sorrio.

— É um prazer conhecer você, Gia. Espero que você não


se sinta muito sobrecarregada com toda minha família ao
redor. É cansativo, às vezes.

— De modo nenhum. Foi um belo casamento, e sua mãe


é encantadora.

Eu jogo a cabeça para trás e gargalho. Encantadora é


uma maneira de descrever minha mãe intrometida.

— Ela é isso.

Pego Sylvia franzindo a testa, o que me lembra que ela


está comigo.

— Hum, me desculpe. — Envolvo meu braço em torno


dos ombros dela. — Você conheceu Sylvia, certo?

— Sim. Ela muito gentilmente mostrou-nos a marquise


do casamento. — Gia esclarece.

Hunter olha entre nós, e posso ver sua confusão com o


meu braço em torno de Sylvia, como se estivesse
reivindicando-a como minha.
— Ramon, você tem um minuto? – Dante interrompe, e
depois das apresentações, eu me afasto com ele.

— O que há de errado? — Questiono rapidamente,


quando estamos fora do alcance da voz.

— Estava andando, e você parecia desconfortável. Além


disso, Noah estava observando você e parecia chateado....
E.— Ele suspira — Minha irmã, Emelia, é..... Irritante.

Rindo, o provoco.

— Ainda bem que só tenho irmãos. Todos esses caras


atrás da minha irmã me deixariam de cabelos grisalhos. —
Eu me arrepio.

— Isso não é engraçado. — Ele murmura sob sua


respiração. — Ela não namora.

— Humm. — Paro e viro para olhar sua irmã que, no


momento, está bebendo outra taça de champanhe. — Ela é
bonita. Não há nenhuma maneira que ela não namore.

— Ela não namora. – Deixa para lá.

Chocado pela certeza em sua voz, lanço um olhar


surpreso em sua direção. Ele passa as mãos pelo cabelo e
estremece.

— Desculpa. Ela é um ponto sensível comigo agora.


Vamos mudar de assunto.

— Se devemos.

Ele sorri.
— Oh, nós devemos.... Noah? — Arqueando uma
sobrancelha, ele espera por minha explicação, mas o que digo
quando é óbvio que ele já sabe de tudo?

Portanto, a verdade, então?

— Você adivinhou certo. — Eu sorrio. — Ele é irmão de


Carla.

— Então você me disse isso quando me apresentou. —


Seus olhos estão cheios de diversão.

— Idiota. — Murmuro.

— Ramon, é comigo que você está falando. Você


seriamente acha que me importo?

— Você pode ser da família, mas você é padre. Não acho


que a igreja aprove isso.

De repente, Dante parece doente. Sua pele empalidece e


a dor que vejo em seus olhos me faz me aproximar dele.
Alcanço e agarro o braço dele.

— O que está errado? E não me diga nada.

— Contanto que você esteja feliz, isso é tudo o que


importa.

Dante se recupera, mas há algo errado. Não o vi muitas


vezes ao longo dos anos, mas ele está agindo de forma
estranha.

— Se você precisar conversar, sou um bom ouvinte. —


Ofereço.

Com um sorriso irônico, ele responde.


— Eu estou bem. — Ele olha para sua irmã e franze a
testa quando a encontra em uma animada conversa com um
dos garçons do sexo masculino. — Nem tudo é o que parece.
— Acrescenta. — Até logo.

Dante vai me deixar irritado até descobrir o que está


acontecendo com ele. Eu odeio que haja algo de errado, mas
não saiba exatamente o que. Mas vou ter que esperar. Preciso
falar com Noah primeiro.

Noah

Observando Ramon vindo em minha direção, meu


coração começa a acelerar. Seu cabelo escuro está arrepiado
pela leve brisa e ele provavelmente estava passando seus
dedos por ele. Estou tão feliz que ele está deixando-o crescer
de novo. Mas quando ele está a mais ou menos um metro e
meio de mim, seu pai arrasta-o para longe.

Se eu não o conhecesse, acharia que seu pai estava


tentando manter-nos afastados hoje. Mas eu o conheço e seu
pai parece muito estressado até mesmo para pensar no
relacionamento de seu filho comigo.

Eu só queria que Elias esperasse até que realmente


tivesse falado com Ramon, ou até mesmo trocado uma carícia
de nossas mãos. Apenas um toque para ter certeza de que
Ramon está aqui comigo de verdade. Não sou um cara
carente, mas com Ramon, preciso de seu toque tranquilizante
enquanto estamos assim entre tantos membros de sua
família e amigos íntimos.

Se não estivéssemos tentando resolver os problemas na


obra, e com Ramon dizendo ao resto de sua família sobre nós,
não me sentiria tão inseguro.

Afastando os pensamentos maçantes da minha cabeça


por agora, forço um sorriso no meu rosto. A última coisa que
quero é que Pippa me pegue franzindo a testa. Ela vai chegar
em mim tão rapidamente que ficarei sem fôlego e ela vai
querer saber o que Ramon fez. Sorrio naturalmente com esse
pensamento. Ela o culpa por todas as caretas, risadas ou
sorrisos que ela já viu em meu rosto.

— Você não gosta de casamentos?

Me viro e escondo minha preocupação vendo uma Lily


muito grávida atrás de mim.

— Eu adoro casamentos.... Você não deveria estar


sentada em algum lugar?

— Oh! Puff. Já me sentei o suficiente para durar uma


vida. — Ela sorri com carinho. — Eu amo Michael
completamente, mas ele não me deixa em paz. Sei que ele
está apenas pensando em mim, mas preciso caminhar de vez
em quando.... Então, você quer me dizer por que você e
Ramon ficaram distantes o dia todo?

— Você vai ter que perguntar isso a Ramon.


— Ah. — Lily se aproxima e envolve seu braço ao redor
do meu. — Caminhe comigo até a marquise.

— Sutil. — Comento com diversão.

— Sabia que você ia ver isso do meu ponto de vista. —


Ela sorri. — Eu acho que ele está nervoso por estar em torno
de tantos familiares, mas ele sempre parece tão confiante
então não tenho certeza do que está acontecendo hoje.
Somente não se preocupe demais. Qualquer um pode ver que
ele só tem olhos para você.

— Mesmo quando ele está abraçando Sylvia? —


Pergunto, deixando a amargura sair.

Lily faz uma carranca.

— Eu perdi isso.... Verdade?

— Sim. — Olho para longe, não realmente vendo muita


coisa. — Já terminaram as fotografias? — Mudo de assunto.

— Quase. Nós vamos tirar um retrato de família antes


de ir para a marquise, por esse motivo você está me
acompanhando até lá.

— Ah.

— Oh Deus. Salve-me. — Lily sussurra enquanto Mateo


e Caprice nos interceptam.

— Michael estava procurando por você um minuto


atrás. — Mateo informa a Lily.

Lily ri.
— Ele vai me encontrar em breve. Não sou exatamente
fácil de se perder esses dias. — Ela aponta para sua barriga,
inchada com a gravidez.

Mateo oferece-lhe um sorriso suave.

— Para quando é esperado o pequeno McKenzie?

— Daqui a três semanas. O mesmo que Sabrina, alguns


dias antes ou depois.

— Você não deveria estar no hospital ou algo assim?


Quero dizer, você está enorme! — Caprice estende seus
braços para fora na frente dela.

Olho para Lily, que parece surpresa com o insulto. É


claro que não houve uma suave provocação ou verdadeira
preocupação nas palavras de Caprice.

Mateo assobia entre os dentes.

— Por favor desculpe a minha noiva, ela não pensa às


vezes.

Lily oferece um sorriso tenso.

— Certamente. E se vocês me dão licença, estou vendo


Michael. — Ela se estica e beija minha bochecha,
sussurrando. — Boa sorte.

Lily é uma mulher bonita e naturalmente com a sua


gravidez, até mais.

— Oh, vejam.... A selvagem. – Caprice olha atrás de


mim.

Virando-me, vejo Emelia, a irmã de Mateo, se aproximar.


— Se você não pode dizer qualquer coisa agradável,
então, mantenha sua boca fechada. — Mateo sibila entre os
dentes.

Obviamente, há problemas fervilhando entre os dois.

— Oi, Noah, Mateo. — Ela ignora Caprice.

— Emelia, você está se divertindo? — Sorrio e ofereço-


lhe o meu braço. Emelia é uma bela jovem, que parece estar
irritada com seu irmão, Dante. Os olhares que ela continua
enviando em sua direção não passaram despercebidos por
mim, ou por ele.

Pelo que disse Ramon, seu irmão gêmeo, Diego é um


bombeiro em Nova York e não pode tirar folga para vir ao
casamento. Nem seu outro irmão, Aiden, que está em algum
lugar na Europa em um circuito de corrida. Esse lado da
família é desportista como Mateo, que é um grande receptor
do Dallas Cowboys, e Kasey, que é um atacante do New York
Rangers.

— Estou me divertindo muito, obrigada, Noah. — Seus


olhos se estreitam quando ela olha para a noiva de seu irmão
antes de encarar Mateo. — Esperam você e Noah para tirar
uma foto.

— E quanto a mim? — Caprice pergunta, obviamente,


não querendo ser deixada de fora.

— A menos que você mudou de sexo e tenha um pau,


você não é esperada. — Emilia sem rodeios ressalta. Ela sorri.
— É a noiva e o noivo com todos os homens. Ela me dá uma
piscadela antes de sair tão rapidamente quanto ela chegou.
Limpando o riso de minha garganta antes que ele
exploda, olho para Mateo e fico satisfeito de ver que ele achou
sua irmã divertida também.

— Vamos?

— Eu não demoro. — Mateo se desembaraça de uma


Caprice descontente e, sem olhar para ela, vai embora.

Caminho ao lado dele e o ouço soltar um suspiro suave.

— Exaustivo. — Comento.

Ele faz uma pausa.

— Sim.

Essa única palavra diz tudo para mim. A breve conversa


que tive com ele na chegada, e ouvir sobre ele, me faz esperar
que ele se livre dela logo antes que ela realmente o drene.

Caprice é uma mulher atraente, corpo esbelto, a pele


perfeitamente lisa e seus recursos perfeitamente
proporcionais, mas ela tem a boca de uma víbora. E ela
parece ter sempre o que dizer. Eu não vejo por que ela tem
essa atitude quando nunca conheceu qualquer um de nós
antes. Certamente ela gostaria de ser a noiva amorosa, para
que todos a aceitassem. Não provável embora!

Pelo menos os meus problemas não envolvem uma


mulher.

No minuto em que Mateo e eu chegamos, o fotógrafo nos


dirige ao grupo que já se encontra posicionado.

Não tenho certeza de onde eu deva ficar embora. Não


vejo Ramon e, embora eu esteja com Ramon, e minha irmã é
uma McKenzie, não tenho nenhuma relação. Isso levanta a
questão de saber se deveria estar nela.

Sentindo-me empurrado para frente, imediatamente vejo


que Ramon foi o propulsor.

— Você está comigo. — Ele diz, não pergunta, e acho


que gostei.

Ele não está totalmente me assumindo em público, mas


está mostrando que me considera parte de sua família.
Ramon, obviamente, não se importa com o que as pessoas
possam falar, embora apenas algumas pessoas ao redor não
sabem sobre nós.

Mas que merda!

É bom ter sua mão firmemente envolvida em torno de


meu braço para me manter com ele.

— Eu gostaria que meu pai deixasse todo mundo


trabalhar como eles deveriam estar fazendo. — Ramon geme.
— Ele não consegue aceitar outra pessoa fazendo algo em sua
terra sem estar envolvido.

— Seu pai não é alguém para sentar e relaxar. Você


sabe disso.

— Sim, mas fica chato quando ele me arrasta com ele


toda vez que estou tentando chegar a você. — Ele olha para
mim antes de desviar o olhar de novo. — Se eu não o
conhecesse, eu diria que ele está tentando manter-nos
afastados, mas meu pai não é assim. De jeito nenhum ele
está fazendo isso, após o que ele disse quando lhes contei
sobre nós. — Ele suspira e olha na direção onde seu pai esta
de pé. — Eu não sei por que, mas ele só é assim.

Ramon balança a cabeça e sorri quando ele se vira para


mim.

— Estou com você agora. — Ele sussurra em meu


ouvido, o que envia fragmentos de prazer pela minha
espinha. — Vamos ficar aqui em cima. — Ele indica a
mureta. — Antes que minha mãe comece a gritar ordens.

Em cima do muro com os outros, observo Ramon subir,


o que me deixa excitado, querendo ver mais, querendo tocar o
que é meu, porque isso é o que ele é. Ele é meu e eu sou dele.
Só queria que estarmos juntos não fosse tão complicado.

Ramon estabiliza-se e olha para trás para mim. O fogo


em seus olhos quase me faz cair do muro, de cara no chão.

Limpando a garganta, Ruben olha para nós, sorrindo.

— Vocês dois estão prontos?

Rio quando Ramon lhe mostra o dedo.

O amor fraternal no seu melhor!

Endireitando-nos, nós dois vemos o fotógrafo continuar


com o seu trabalho. Quanto antes ele acabar, mais cedo eu
posso arrastar Ramon em algum lugar, mesmo que seja
apenas para um rápido beijo.

Do jeito que o fotógrafo nos posicionou, tenho certeza


que ele vai produzir uma lembrança surpreendente. Há
Lucien, Michael e seu pai, Elias, Sebastian, Ramon e eu com
nossas pernas direita sobre o muro recentemente pintado de
branco, com a noiva e o noivo na nossa frente. Algumas fotos
depois, o fotógrafo indica para Emelia, Dante e Mateo se
juntarem a nós.

Depois de mais alguns minutos, nós somos convidados


a permanecer onde estamos enquanto Pippa, Lily, Sabrina e
Carla se juntam ao grupo. Com algum rearranjo, mais fotos
são tomadas.

Eu nunca gostei de sair em fotografia; sempre fugi disso,


mas agora percebo o quanto essas fotografias vão significar
para Ruben e Rosie nos próximos anos. Seria bom ter algo
assim para olhar e recordar com Ramon.

Concentrando-me agudamente em Ramon como sua


mão na minha coxa, eu levanto uma sobrancelha em
questionamento.

— Eu. Você. Celeiro. Agora.

Antes que eu tenha tempo para responder, ele salta da


mureta e evita seu pai enquanto ele sai correndo.

Salto e vejo o olhar de Carla. Está cheio de diversão


enquanto ela me observa. Movendo-me em direção a ela, a
arranco fora do abraço de Sebastian e a envolvo em meus
braços.

— Eu te amo, mana. — Eu beijo o topo de sua cabeça e


encontro seu olhar.

— Também te amo. — Seus olhos se enchem de


lágrimas não derramadas, que enxugo com meu polegar.
— Estou aqui para ficar. Pare de se preocupar. — Beijo
sua testa e sorrio para Sebastian sobre o topo de sua cabeça.
Ele está ansioso para colocar as mãos em sua esposa. Se não
estivesse tão interessado em chegar a Ramon, a seguraria
mais tempo para brincar com meu cunhado. Mas meu
homem está esperando.

— Tenho um lugar para ir.

— Então, eu ouvi. — Ela sorri.

Sorrio e, passando-a de volta a seu marido, ignoro as


risadinhas vindas dos dois conforme ando em direção ao
celeiro.
Ramon

Andando para trás e


para frente no celeiro, meu corpo esta cheio de frustração
após o dia que estou tendo. Em cada lugar, alguém está me
puxando em uma direção diferente. Por um tempo isso foi
assim por ser o mais jovem e sem um parceiro. Mas agora
tenho alguém, Noah, e não importa o quão quanto ame
minha família, eles vão ter de aceitar. Até meu pai parece
estranho com meu relacionamento, então se ele me quiser
aqui na família, ele vai ter que superar qualquer que seja seu
problema.

Ouvindo passos, volto-me para a porta e sinto um


enorme peso saindo dos meus ombros quando Noah entra.

Pego sua mão e puxo-o para trás, até o pequeno


escritório. Não quero que alguém nos pegue porque estamos
prestes a ficar sujos, embora suspeite que não vai durar
muito tempo.

Meu pau esteve sensível todo dia com Noah tão bonito
em seu terno, mas na verdade, foi o ajuste da sua calça que
me deixou assim. Ele tem uma bunda poderosa.
Batendo a porta do escritório fechada, pressiono Noah
agressivamente contra a porta. Meus dedos imediatamente
desabotoam o colete e com um movimento rápido, eu tenho
seu terno fora e jogado sobre a mesa.

A meros centímetros de sua boca, eu admito:

— Queria minhas mãos em você durante todo o dia....


Não posso esperar mais. — Minhas mãos apertam os lados da
sua cabeça, e antes que ele possa tomar a sua próxima
respiração, minha boca está na dele.

O gemido de Noah fica preso entre nós enquanto nossas


línguas se tocam e lutam para assumir o controle do beijo. A
paixão com Noah é como nada que já experimentei antes.
Como um fogo que nos consome antes de mudar para um
calor líquido que é tão completo quanto reconfortante.

Nossa fome não conhece limites quando nossas bocas se


trancam em conjunto; nossas línguas se entrelaçam e os
nossos dentes batem juntos.

As mãos de Noah apertam minha bunda antes dele me


puxar encostado a ele. Ambos os nossos paus estão duros
conforme eles esfregam juntos.... Mas há muito tecido entre
nós.

Afastando minha boca.... Inspiro e recupero o fôlego


quando a mão de Noah desliza para frente da minha calça e
desliza o zíper para baixo, seguindo do estalo do botão.

Seus dedos procuram e encontram. Ele os envolve em


torno de minha palpitante ereção e em seguida, Noah
empurra minha calça e cueca para baixo pelo meu quadril.
Meus olhos reviram de prazer enquanto acaricia seu polegar
sobre a cabeça abaulada, esfregando o dedo ao longo da
fenda onde mais arrepios e pré-sêmen são lançados pela
excitação.

— Será que Sylvia faz você se sentir assim?

Leva-me um minuto para meu cérebro cheio de luxúria


registrar suas palavras, e quando registro, respondo:

— Porra, não. De onde veio isso? — Acho que sei, mas


preciso que ele me diga.

Não querendo ter essa conversa com sua mão no meu


pau, eu a afasto. Puxando minha cueca e calça para cima,
minha frustração clara no meu rosto. Por que ele tem que
começar com isso agora, quando sei muito bem que ele
estava tão envolvido no que estávamos fazendo como eu
estava? Isso é chato para caralho.

— Não vá ficar na defensiva. Te vi com ela. — Ele segura


as mãos para cima quando tento interromper. — Eu sei que
você foi falar com ela, mas você continuou colocando suas
mãos sobre ela.

Ele está com ciúmes!

Sorrindo, me aproximo e bato os meus lábios para baixo


nos seus. O pego desprevenido, o que não dura muito tempo.
Seu punho cerra na parte de trás do meu cabelo quando ele
puxa minha cabeça para trás, quebrando o beijo.

— Você não respondeu. — Ele rosna, sua respiração


irregular.
— Você está com ciúmes.

— Responda, Ramon.

— Nós realmente temos que fazer isso agora, quando


nós dois estamos duros desse jeito? — Eu o empurro para
longe de mim e puxo meu cabelo em frustração.

— Tudo bem, você quer saber do que estou com ciúmes?


Então vou te dizer. — Ele está ficando com raiva agora. —
Estou chateado que você toque Sylvia assim abertamente
quando você não me toca. Estou irritado que você passou a
maior parte do tempo hoje com os outros, em vez de comigo,
seu acompanhante. Estou irritado que ainda estou
trabalhando em sua obra sem um fim previsto, e que tenho
que ficar longe de você durante a semana.... Caralho! — Ele
vira e senta na cadeira quando sua cabeça cai como quem
tem muito em seus ombros para segurar.

Não tenho certeza se meu toque irá irritá-lo novamente,


ou acalmá-lo, eu avanço. Quando estou em pé de igual para
igual com ele, enfio meus dedos em seus cabelos e avanço até
sua nuca ligeiramente magra. Sua testa cai em meu peito
enquanto continuo a acariciar sua nuca.

Descansando meu queixo no topo de sua cabeça, eu


admito:

— Disse a Sylvia que sou gay e estou com você.


Realmente a considero uma amiga, mas apenas uma amiga.
Tive um interesse por ela quando nos conhecemos, mas que
fracassou antes mesmo de começar. Quanto a tocá-la, nunca
pensei nisso e sinto muito. — Beijo sua cabeça inclinada
novamente, e sorrio suavemente em seu cabelo quando sinto
seus braços se moverem em volta da minha cintura para me
abraçar. — Essa coisa toda com o canteiro de obras, e nós
termos que viver separados durante a semana está
começando a me irritar também. Quero acabar com isso.
Quero ser capaz de vir para casa do trabalho todas as noites
e relaxar com você.

Noah inclina a cabeça até encontrar o meu olhar.

— Quero tanto isso, e sinto muito que estou


descarregando toda a minha frustração em você. É apenas
que hoje, o casamento. Comprometendo-se a passar sua vida
juntos quando nossa vida está tão indefinida no momento.

Inclinando-me, coloco um beijo carinhoso em seus


lábios. Nós dois suspiramos de prazer no deslizar suave de
nossas bocas em um sussurro dos lábios.

— E também sinto muito por não o reivindicar como


meu namorado na frente dos convidados do casamento.
Nunca estive nesta situação antes. É tudo novo. — Ofereço
um sorriso irônico. — Só porque não estava segurando a sua
mão, ou roubando beijos secretos, não significa que você não
esteve nos meus pensamentos durante todo o dia. Só para
você saber.

Noah se levanta e desliza contra mim quando me recuso


a ceder e dar-lhe espaço.

— Estive pensando em você também. — Ele começa a


corar, o que faz com que a minha sobrancelha arqueie em
questionamento. — Deveria estar me sentindo seguro com
você como eu era antes, mas estou querendo muito mais com
você agora do que aquilo que sempre pensei no passado. Isso
me assusta muito, e com você mantendo distância, estou no
limite. É como se estivesse esperando que algo grande
acontecesse que vai fazer você se afastar de mim sem nunca
olhar para trás.

Engulo o nó na garganta. Noah e eu precisamos


conversar com mais frequência porque não tinha ideia de que
ele estava carregando tanta preocupação. Sei que tenho que
compartilhar também, mas a confissão de Noah machuca
meu coração.

— Noah, quando você me deixou foi como se meu


coração tivesse sido arrancado. Nunca mais quero sentir
aquilo novamente, então você pode esquecer qualquer ideia
sobre me afastar de você de sua cabeça.... Isso não vai
acontecer. Isso eu prometo. — Faço uma pausa e, então
pergunto: — Você pode me prometer que você nunca me
abandonará de novo?

— Eu prometi. Isso não vai acontecer. — Ele concorda


inflexivelmente.

Eu beijo sua testa e sorrio quando ele espalha mais


suas coxas; me puxa mais perto para um contato mais
íntimo.

— Só mais uma coisa, me dá um tempo com


demonstrações públicas de afeto. Você sabe que não tenho
problema com isso quando somos só nós, meus pais e meus
irmãos; são os outros. Sou tão acostumado a esconder que
nem sequer percebo quando estou fazendo isso. — Ofereço-
lhe um sorriso irônico. — Mas quando as coisas na obra
forem esclarecidas, você será reivindicado.

Ele agarra minha bunda e arrasta seu rosto em minha


barriga, fazendo com que meu sangue engrosse com o desejo.

— Levante sua camisa.

Não espero dizer duas vezes.

Meu estômago treme quando a língua de Noah lambe ao


redor do meu umbigo antes de mergulhar dentro. A
protuberância atrás do meu zíper parece como se tivesse lhe
dado um soco através do tecido. Soltando o domínio que
tenho na cabeça de Noah, deslizo minha mão entre nós e
abro minha calça antes de empurrá-la para baixo. O pré-
sêmen vazando do meu pau irá mostrar através do material
se eu não for cuidadoso.

— Alguém está animado. — Observa Noah.

Rio, não tendo nenhum constrangimento.

— Estou sempre animado quando estou com você.

Noah acaricia minha bunda enquanto continua a volta


ao redor do meu umbigo. Meu pau cutuca sob seu queixo,
fazendo com que prazer ondule através de mim. Meu quadril
tem vontade própria e começam a se mover. A sensação dos
dedos de Noah procurando ao longo do meu vinco, e sua
língua se movendo muito lentamente no meu corpo, me faz
jogar minha cabeça para trás no incontrolável desejo.

— Adoro ter você sob meu domínio.


Grunho em resposta, porque a língua de Noah começa a
fazer cócegas na minha saída, deixando-me sem palavras, e
com um pau que está tão duro, tenho medo que vá explodir
se não obter alívio imediato.

— Me chupa. — Imploro enquanto sua língua alisa


lentamente até meu comprimento girando em torno da
cabeça abaulada.

Rindo, de repente ele me leva em sua quente boca


molhada.

— Porra. — Eu assobio.

Meu quadril se move quando ondulações de prazer


correm ao longo de minha coluna e centro na cabeça do meu
pau. Mas assim que Noah começa a tocar minha bunda com
os dedos, e esfregar entre as minhas pernas, a bola de fogo
explode. O ar fica preso em meus pulmões enquanto Noah me
suga até a conclusão.

Minhas pernas tremem e estou a segundos de cair de


joelhos quando Noah começa a me limpar com a língua.
Chega ao ponto onde não posso mais aguentar e o empurro
para trás e quebro nossa conexão.

— Chega. — Eu suspiro as palavras.

Ele sorri.

— Estraga prazeres.

Me deixo cair para frente e me seguro nos ombros de


Noah.

Ele ri.
— Foi bom, hein? — Empurrando-me um pouco longe,
ele se abaixa e puxa minha cueca e calça para cima. Ele a
fecha e coloca minha camisa para dentro.

Incapaz de evitar olhar para sua virilha nesta posição,


estou feliz em ver o quão afetado ele esta. Na verdade, parece
muito doloroso.

Caindo de joelhos, agarro seu quadril e puxo para


frente. Desato sua calça, e o pau duro de Noah salta livre.
Acaricio meu rosto em sua virilha, seus pelos fazendo cócegas
em meu nariz…

Bang. Bang. Bang.

— Que merda. — Noah salta para seus pés, quase me


derrubando de bunda. — Desculpe. — Ele ri.

Empurro rapidamente seu pau fortemente inchado, ele


se encolhe, mas consegue se endireitar quando a porta se
abre.

— Olá, irmão. — Carla diz lentamente e se inclina


contra o batente da porta.

Noah geme e parece um pouco envergonhado quando ele


começa a rir.

— Você é má. — Noah sacode seu dedo para ela.

— Era eu ou Pippa, então presumi que você preferiria


ter eu pegando vocês do que a mãe de Ramon. — Ela ri
enquanto balança a cabeça em minha direção.

— Essa não teria sido a primeira vez. — Eu resmungo.

Carla congela em seu caminho para Noah.


— Ela não fez isso.

— Ela fez. — Sorrio. — Mas isso é uma história para


outro dia. — Acrescento quando vejo a curiosidade no rosto
bonito.

— Vou tirar isso de Noah quando ele menos esperar e....


— Seus olhos brilham com satisfação. — Oh, espere. A
banheira de hidromassagem, certo? — Ela anuncia com
alegria.

— Ah! Você descobriu. — Noah diz quando puxa Carla


para os seus braços para um abraço. — Presumo que estão
nos procurando.

— O jantar está prestes a ser servido e..... Todo mundo


estava se perguntando onde você dois estavam. Então me
ofereci para encontrar a ambos já que os vi desaparecer na
mesma direção. — Ela mexe as sobrancelhas.

Rindo, Noah diz:

— Você não perde nada, irmã. Você nunca perdeu.

Carla é como uma irmã para mim e foi assim desde que
me envolvi pela primeira vez com Noah. Adoro ver a
provocação saindo dela, que me faz lembrar do homem com
quem ela se casou, meu irmão, Sebastian. Eles são bem
parecidos. Até que ele mostrou interesse em Carla, nunca vi
meu irmão ser tão obcecado por uma mulher. Ela real e
verdadeiramente o fisgou; anzol, linha e chumbada.
Noah

Depois de passar o dia inteiro socializando, tudo o que


quero é voltar para cabana e aproveitar o frio com Ramon na
varanda dos fundos. A banheira de hidromassagem parece
ainda melhor agora. Não estou mesmo chateado se não
fizermos sexo. Será bom apenas deitar na cama e o abraçar
quieto. Só precisei pensar nas palavras de Ramon quando
pensei demais e precisava reassegurar.

Mas depois de nossa pausa no escritório do celeiro,


estou me sentindo muito bem, e confiante em nosso
relacionamento. Mesmo com Carla nos interrompendo antes
que Ramon pudesse me devolver o boquete não diminuiu o
quanto estou feliz.

Caminhando em direção a Ramon agora, ele está com


seu irmão Lucien e Sabrina, esposa de Lucien. Meu coração
se enche de amor por ele. Durante todo o jantar e discursos,
Ramon sentou-se ao meu lado, e tenho certeza que até o
termino da refeição, todos na tenda, ou, pelo menos,
próximos a nós, descobriram o nosso relacionamento. Nada
foi dito. Mateo pareceu surpreso, mas sacudiu a cabeça com
um sorriso no rosto.

Fez-me sentir com três metros de altura ao saber que


Ramon mudou de lugar para que pudéssemos sentar juntos.

Alcançando meu alvo, Ramon vira e sorri. Sua mão


agarra a minha cintura em uma delicada carícia e continua
falando com seu irmão. Não presto atenção ao que eles estão
falando enquanto olho em volta da marquise.

A esposa de Lucien, Sabrina, está tão grávida quanto


Lily e está brilhando de felicidade. Lucien é, obviamente,
obcecado com sua esposa, e quase não a deixa ir a qualquer
lugar sem ele.

— Você está gostando de estar de volta a Lexington? —


Pergunto, quando ela dirige seu sorriso para mim.

Esta é a primeira vez que realmente tive chance de


conversar com ela. Oh, conversei com Lucien algumas vezes,
mas Sabrina sempre está em seu apartamento, descansando
com sua mãe como companhia.

— Sinto falta da casa em Denver para ser sincera. Mas


nós vamos voltar em breve.

Lucien envolve seu braço ao redor dos ombros dela e a


puxa para perto.

— Nós vamos voltar assim que nosso bebê nascer. — Ele


beija Sabrina na testa. — Quero que Sabrina tenha a família
perto dela quando der à luz.
— Isso é compreensível. — Acrescenta Ramon. — Estou
feliz que você está fazendo isso.... Nós economizaremos muito
dinheiro. — Ele sorri.

— Com sua sobrinha ou sobrinho? – Lucien consulta


conhecendo bem o que eles significavam para Ramon.

— Seu filho vai ser estragado por seus tios. O que você
já sabia. — Ramon coloca a mão na barriga de Sabrina e
gentilmente a acaricia. — Mal posso esperar para conhecer
este, e o terceiro de Michael.

— O terceiro de Michael o quê? — Michael pergunta se


aproximando.

— Bebê? Você não é geralmente tão lento. O que está


acontecendo? — Lucien questiona Michael.

Michael esteve praticamente colado ao lado da esposa


durante todo o dia, de modo que ele aparecendo de repente
sem Lily, e com uma carranca no seu rosto, mesmo eu estou
preocupado e ele não é meu irmão.

— Nós precisamos conversar. — Ele admite.

— Eu acho que vou entrar e deixar vocês quatro


sozinhos. — Sabrina dá a Lucien um beijo rápido antes ir em
direção a casa.

Antes de Sabrina sequer conseguir entrar, Lucien


demanda:

— Fale logo.
— Sempre tão impaciente. — Michael murmura, ainda
distraído. — Um nome me veio à mente. — Ele esfrega as
têmporas. — Brendan Griffin.

Eu vejo Ramon recuar quando o nome é mencionado,


mas ele não dá qualquer outro sinal exterior de que o nome o
afetou, de qualquer maneira.

— Griffin Construtora. — Michael continua. — É o único


a se beneficiar se o nome McKenzie for arrastado pela lama
nos jornais.

— Por que agora? — Lucien pergunta. — Por que você


de repente pensou sobre eles quando a coisa na obra vem
acontecendo a algum tempo?

— Estava lendo a seção de negócios no jornal de sexta-


feira, e vi o nome. Eu posso estar errado, mas eles são a
nossa concorrência a algum tempo já. Sempre sub cotando
nossas propostas, e houve algumas vezes quando tivemos
que ir terminar um trabalho que eles começaram, o que
obviamente os deixou irritado. Vale a pena pensar sobre isso.
— Michael finaliza.

— Algum de vocês o conhece? — Pergunto, curioso. Não


posso deixar de me perguntar o que significa o olhar de
Ramon quando o nome Griffin foi mencionado pela primeira
vez.

— Não pessoalmente.... Embora acho que Ramon foi


para a faculdade com seu filho.... Humm.... Andrew. —
Lucien oferece. — Ele morreu cerca de oito a dez anos atrás.
Enfrentando Ramon, percebo que há mais acontecendo
do que o que ele quer tornar público. Ele faz contato visual
comigo, mas em seguida, tenta olhar em qualquer lugar,
menos para mim. Seus olhos me encontram mais uma vez.

Está na ponta da língua questioná-lo ainda mais, mas


seguro minhas perguntas. Elas podem esperar até que
estejamos sozinhos, porque sinto que ele não quer falar na
frente de seus irmãos.

— Vou falar com ele. Tentar ter uma ideia se você está
certo ou não. — Ramon corre as mãos pelo cabelo. — Vou
pedir a Jackie para marcar uma reunião amanhã. — Ele olha
para mim. — Estamos indo, vamos nos despedir.... Vou
deixar vocês saberem o resultado da reunião.

— Deixe-me saber o horário e vou com você. — Lucien


oferece.

Ramon parece surpreso, mas esconde rapidamente.

— Não se preocupe com isso. Posso lidar com Griffin.

Lucien olha para seu irmão mais novo e parece estar


vendo através dele, mas concorda.

— Tudo bem, mas me liga, se mudar de ideia.

Ramon sorri.

— Não tenho cinco anos, Lucien.

Lucien sorri.

— Eu sei. — Ele suspira.

— Deus, vamos sair daqui.


Ramon

A caminhada de volta
para minha cabana foi feita em silêncio. Sabia que Noah
queria questionar a minha reação ao nome de Brendan
Griffin. Estou feliz que ele decidiu se manter calado na frente
dos meus irmãos.

Não foi tanto o nome de Brendan, mas foi a menção de


seu filho, Andrew. Eu fui a escola com ele, e para
faculdade....

— Você está pensando muito. — Noah interrompe meus


pensamentos. — Vamos conversar depois que tomar banho e
mudar de roupa. Adoraria sair deste terno e colocar meu
moletom primeiro.

Noah sempre busca estar confortável em primeiro lugar.

— Eu concordo. — Concordo, mas também estou feliz


por ser capaz de adiar um pouco nossa conversa.

Não há muito o que dizer, especialmente porque não


estava com Noah quando conheci Andrew. Meu coração ainda
dói quando ouço seu nome. Não estava apaixonado por ele,
embora tinha fortes sentimentos e fiquei sem ar quando
descobri que ele morreu.
— Ramon?

Eu bato de frente com Noah, não percebendo que ele


parou e se virou para mim.

— Talvez seja melhor você me dizer agora, e colocar tudo


para fora. Odeio ver você tão distraído. — Noah se aproxima e
começa a massagear meus ombros tensos.

Ter suas mãos em mim é uma sensação incrível, e isso


está me ajudando a relaxar, é por isso que deixo escapar.

— Andrew foi o primeiro cara que fodi.

Merda.

Impedindo-me de gemer pela minha declaração


impulsiva, arrisco olhar para Noah, cujas mãos param sobre
meus ombros. Ele está pensando e deixando minhas palavras
assentarem em sua cabeça.

— Vamos sentar na varanda. — Sugiro. — Não é uma


longa história para contar.

Talvez, depois que contar tudo, possamos entrar e


relaxar, ou fazer outras coisas.

Subindo os degraus da varanda com minhas pernas


cansadas, caminho ao longo de uma das cadeiras de balanço
e me sento nela. Esta é uma das vezes em que estou feliz por
ter aceito a opinião da minha mãe sobre a compra de
algumas cadeiras de balanço. Na maioria das vezes estou
xingando-as quando tropeço em uma das suas pernas.

Noah se junta a mim enquanto tento parecer


descontraído quando não estou. Já faz um longo tempo desde
que pensei em Andrew. Ele estala em minha mente de vez em
quando, mas desde que conheci Noah, foram raras as vezes
que isso ocorreu.

— Fale comigo Ramon.

Suspirando, digo a Noah sobre Andrew.

— Nós éramos amigos na escola e faculdade. Melhores


amigos, eu acho, embora não frequentássemos a casa um do
outro. Nós meio que apenas nos víamos na escola e, depois
mais tarde, nos bares na faculdade.

— Foi uma noite de bebedeira, quando as coisas


aconteceram. Uma coisa levou a outra e, na parte da manhã,
acordamos nus e nossas travessuras da noite anterior
voltaram rápido demais para eu compreender. Tentei me
levantar, mas Andrew recusou a me deixar sair até que nós
pudéssemos conversar.... Foi ele que me fez perceber que
prefiro um pau a uma boceta. — Rio. — Ele foi implacável e
não me deixou me afastar dele.

Olhando de relance para Noah, vejo seus punhos


cerrados nos braços da cadeira de balanço. Não gosto do fato
de deixá-lo tenso. Temendo sua rejeição, deslizo minha mão
na dele e trago aos lábios para uma carícia. Deslocando na
cadeira de balanço, descanso a palma da mão contra a minha
coxa e mantenho meus dedos entrelaçados com os seus. O
fato dele não tentar se afastar me dá a coragem para
prosseguir.

— Eu namorei mulheres, de forma imprudente depois


daquela noite, porque o que aconteceu me aterrorizou. Os
sentimentos de Andrew por mim eram muito mais fortes do
que os meus por ele. Para mim, ele era um amigo. Sim,
provavelmente o amava, mas não do jeito que ele queria ou
precisava... Entre as mulheres, eu ficaria com Andrew. Não
tenho orgulho disso. Por causa das minhas ações, Andrew
pensou que eventualmente, eu precisaria apenas dele.
Acabou se afastando e começou a foder qualquer um com um
pau que se oferecesse. O fato de que não fiquei com ciúmes
só o fez pior. Ele morreu em um acidente de carro. Dirigindo
bêbado. Felizmente, ele não levou mais ninguém com ele.
Aparentemente, seu pai descobriu sua orientação sexual e
tiveram uma grande discussão sobre isso. Brendan também
descobriu os sentimentos de Andrew por mim, e me tornei o
culpado por sua bebedeira e subsequente morte.

Me recosto na cadeira de balanço e fecho os olhos. Noah


não diz nada, mas ainda tem a mão na minha coxa.

— Essa é a primeira vez que falo sobre Andrew. A


primeira vez que confio em alguém com essa história. — Eu
preciso apenas que Noah entenda o quanto confio e preciso
dele.

Noah pigarreia.

— Eu me perguntava se vocês estavam juntos. Mas,


acho que não esperava tudo isso.... Você acha que seu
envolvimento com o filho dele o fez sabotar os McKenzies? Ele
poderia estar causando o problema na obra, porque ele sabe
que é você quem está no comando do local? Não houve
nenhum problema em outros lugares, certo?
Balanço a cabeça concordando.

— Mas isso ocorreu há muito tempo, não tenho certeza


do por que ele iria começar agora.

Noah acena com a cabeça concordando antes de dizer:


— Portanto, agora que sei do seu relacionamento com seu
filho, faz sentido ele não estar mirando os McKenzies, mas
está mirando um em particular. Precisamos visitá-lo e deixá-
lo saber que estamos em cima dele, e se ele quiser manter
seu negócio, precisa deixar o fantasma descansar. O que ele
está fazendo pode acabar em acusações criminais e ser preso,
se alguém acabar gravemente ferido. Isso precisa parar.

— Estou entendendo. Vou vê-lo e colocar tudo para


fora.... Estou tão cansado hoje, tudo que quero é tomar um
banho e me enrolar na cama com você. — Digo.

— Gosto dessa ideia. Vou tomar banho primeiro para


que possa ler um pouco mais do meu livro enquanto você
estiver tomando banho. — Ele sorri. — Você sempre demora.

Sorrio.

— Só quando estou pensando em você e preciso gozar


para me aliviar.

O sorriso de Noah não poderia ficar mais amplo.

— É verdade?

— Sim. Acho que você precisa me observar, mas não


essa noite. Preciso te tocar e mostrar a você o quanto você é
meu. Quero que você saiba que tudo entre nós é diferente do
que qualquer coisa antes de nós. — Confesso, já sentindo
minha excitação crescer.

Noah se levanta e me puxa com ele. Coloca a mão na


minha barba e pressiona lentamente seus lábios nos meus. O
beijo termina antes mesmo de começar, mas a ternura por
trás disso não é perdida por mim. Quero que minha vida com
Noah seja assim até o fim, ternura quando necessário e uma
foda apaixonante entre os dois.

— Preciso de um banho. — Ele sussurra contra meus


lábios.

Com um leve puxão em minha mão, ele me puxa para


dentro da cabine.

Noah

Deitado na cama, estou lendo um livro que Carla leu e


me disse que era bom... e quente. Ela tinha um brilho nos
seus olhos quando ela disse “quente” então é claro que eu o
peguei quando ela terminou de ler.

Li cerca de três páginas e acho que tenho cerca de cinco


minutos antes de Ramon aparecer. A ideia dele se
masturbando no chuveiro para se aliviar está se repetindo em
minha cabeça. Às vezes desejo que ele mantenha sua boca
fechada, assim não fico com essas imagens na minha cabeça.
Ao ouvir o chuveiro desligar, continuo lendo sobre
Morgan DeLuca e Race True em uma cena particularmente
quente, que agora me absorve.

É só quando sinto o mergulhar da cama que desloco o


livro e observo um Ramon nu deslizar na cama para mim.

— Bom livro? — Pergunta ele, estabelecendo-se ao meu


lado.

— Não prefiro as mulheres, mas este é um excelente


livro quente. — Jogo as cobertas fora de meu colo. — Ele me
deixou muito duro.

Ramon sorri, e empurra meu braço em uma posição que


lhe permita ler comigo. Depois de alguns minutos, ele faz um
gargarejo na parte de trás de sua garganta.

— Qual o nome do livro?

— Intenção pecaminosa. Minha irmã é fã da autora,


Chelle Bliss.... Por quê?

Ramon vira e esfrega sua ereção contra o meu quadril.

— Porque. — Ele sussurra em meu ouvido, enviando


raios de prazer ao fim do meu pau. — Acho que nós
precisamos comprar o resto dos seus livros.

Com esse comentário, ele tira o livro das minhas mãos e


se instala em cima de mim. Ele usa seus pés para empurrar a
coberta da cama, e então não há nada entre nós.

Ramon se move lentamente pelo meu corpo até que ele


possa descansar os cotovelos em ambos os lados da minha
cabeça e olha em meus olhos.
— Eu amo você.

Estou tão sufocado pelas lágrimas não derramadas que


tenho que piscar. O amor que posso ver em seus olhos e
ouvir na sua voz aprisiona as palavras que quero dizer a ele
na minha garganta. Ele pressiona seu sorriso suave contra
meus lábios e tem gosto de.... Felicidade. Sua língua
pressiona para frente e, assim que ele encontra a minha, não
consigo segurar por mais tempo.

Uma das minhas mãos desliza para o cabelo de Ramon


e, com um leve puxão, Ramon rosna e aprofunda o beijo.
Com a outra mão, acaricio sua bunda até que preciso de mais
e pressiono-o contra mim. Seu pau contrai contra a minha
barriga e lança pré-sêmen, causando uma dor semelhante no
meu, descansando ao longo de sua virilha.

Ramon trilha sua boca ao longo da minha mandíbula,


seus dentes raspando a carne enquanto tento respirar. Logo o
ar é sugado para fora de mim quando ele se move um pouco e
envolve a mão ao redor do meu eixo vazando.

Ele está ocupado agora e o sinto sorrir contra meu peito


enquanto sua boca está trilhando para os meus mamilos, que
estão implorando por sua língua.

A mão no meu pau aperta em torno da minha espessura


e seu polegar esfrega os nervos sensíveis em torno da cabeça,
deixando minhas pernas tremendo de necessidade. Meu
instinto é assumir e virar Ramon sobre suas costas, mas a
minha curiosidade sobre o que ele vai fazer a seguir me faz
ser um bom menino, ainda que sujo.
Ambas as minhas mãos estão agora na bunda firme de
Ramon e quando ele morde um mamilo, minhas mãos o
agarram tão forte que eu o espalho aberto.

Ramon rosna e empurra a cabeça do seu pênis entre as


minhas coxas e ao longo de minha saída. A cabeça de eixo
grosso pressiona contra a minha nódoa, meu lugar favorito,
entre as bolas e a bunda. Meus olhos reviram enquanto
empurro meu pau vazando na mão de Ramon.

— Nossa, estou tentando ir devagar. — Ramon fecha os


olhos e mantém meu pau em sua mão e usa a outra mão
para embrulhar em torno de seu próprio pênis. Seus olhos se
abrem conforme ele guia a cabeça do seu pau àquele local
especial e fricciona.

— Porra.... Caralho. — Eu aperto a bunda dele e puxo-o


mais perto, deixando meus dedos esfregar em torno do seu
ânus.

— Vou gozar, se você continuar fazendo isso. — Gemo.

— Você não é o único.

Quis Ramon durante todo o dia e tê-lo agora, nu e


excitado em minhas mãos está me deixando louco de desejo.

— Preciso estar dentro de você. — Ramon estala.

A perda de sua mão quase me faz chorar, mas a


sensação de seu peso sobre mim quando ele se inclina para
abrir a gaveta de cabeceira é tão bom...

Envolvo meus braços em torno de sua cintura, e quando


Ramon encontra o meu olhar, eu admito:
— Eu amo você.

Ramon engole algumas vezes, e fico feliz que esperei


para dizer essas palavras esta noite. Queria que elas
significassem mais do que apenas retornar seu sentimento. A
partir do olhar em seu rosto, eu fiz bem.

Ele deixa cair sua testa na minha.

— Obrigado. — Sussurra antes de lentamente deslizar


para baixo em meu corpo, e se estabelecer em seus joelhos
entre minhas coxas abertas.

— Você tem um belo pau. — Eu rio, que se transforma


em um gemido quando sua mão afaga o meu da ponta à base
com uma ligeira massagem na minha saída.

Sorrindo discretamente, Ramon mergulha a cabeça e faz


redemoinhos com sua língua ao redor da minha fenda,
lambendo o pré-sêmen vazando que sou incapaz de controlar.
Minhas pernas tremem e minha barriga estremece com mais
de suas lambidas precisas.

Amo seu cabelo agora que começou a crescer de novo, o


agarro e pressiono para baixo, precisando de mais.

Ele adora ter seu cabelo puxado durante o sexo, e agora


não será diferente. Quando puxo, ele rosna, levando-me mais
profundo em sua boca.

— Merda, não. — Rapidamente arranco ele fora de mim,


tentando recuperar o fôlego e meu controle pela corrida que
estou sentindo com Ramon na posição em que ele está. —
Dentro de mim.
— Sim.

Ramon

Ter Noah à minha mercê e assim no limite é uma


emoção para mim. Não importa como nós começamos, ele
geralmente assume rapidamente, mas o fato de que está
lutando contra seu instinto, me diz muito.

Queria provocá-lo esta noite, mas acho que já fiz o


suficiente. Alcançando a garrafa de lubrificante e preservativo
que deixei cair na cama com a declaração de amor de Noah,
nos preparo rapidamente. Coloco um pouco de lubrificante na
minha mão, que envolvo em torno do meu pau.

Meus olhos quase reviram ao sentir meu pau sendo


afagado, mesmo que seja por minha própria mão.

— Quando você terminar sozinho, um pouco de atenção


seria bom.

Rio com o comentário de Noah.

— Vou ficar com você.

— Parecia que você estava tentando gozar.

Sorrio.

— Estava apenas tendo certeza que estou lubrificado o


suficiente.
Com um golpe rápido de seu pênis pulando, eu
transporto sua bunda para cima das minhas coxas dobradas
então tenho acesso perfeito para o lugar que estou prestes a
entrar.

Coloco mais lubrificante na minha mão, e Noah ofega


quando começo a o circundar antes de deslizar um dedo
dentro.

Noah geme e agarra o pau dele.

Afastando a mão dele, rosno.

— Isso é meu.

— Apresse-se. — Ele geme quando adiciono outro dedo.

— Apenas me foda Ramon.... Foda.... Por favor.

Quem sou eu para discutir? Ele me quer onde preciso


estar.

Jogando o lubrificante no chão, guio meu pau duro na


bunda de Noah e, lentamente, começo a empurrar através da
parede muscular. Suor irrompe em minha testa pela
intensidade com que sinto prazer ao entrar nele. Ele é tão
apertado e, com o lubrificante, ele esta também quente e
molhado. Apenas tê-lo em torno de mim está enviando meu
orgasmo em espiral através de mim, mas o impeço quando
respiro tentando me controlar.

Cerrando os dentes, estou totalmente dentro dele. As


bolas de Noah estão apertadas e pesadas contra mim com
seu pau deitado, inchado tão duro que parece doloroso,
contra seu estômago. A coroa aumenta, liberando pré-sêmen
como nunca vi antes.

Com meu dedo, eu esfrego o líquido sobre o seu


estômago e provoco mais traçando o comprimento do seu eixo
para suas bolas.

— Mova-se. — Noah diz entre dentes. — Por favor.

Suas mãos deslizam ao longo de minhas coxas e


agarram meu quadril enquanto ele me impulsiona a seguir
em frente.

A provocação acabou, deslizo para fora e bato de volta


para dentro.

Noah joga a cabeça para trás gemendo de prazer, mas


ele quase se atira para fora da cama quando mudo o ângulo
dos meus impulsos e acerto a glândula em cada impulso.

Minha própria liberação está subindo em mim e minha


excitação não conhece limites com Noah estando sob mim.
Com seu traseiro ondulando em torno do meu eixo grosso,
duro, tenho certeza que a minha libertação vai doer.

O fogo começou a rugir através do meu sangue, e agora


está centrado em minhas bolas, mas muito lentamente
começa a pingar para fora.

— Não. — Assobio entre dentes, esquivando-me e


sugando a cabeça do pau de Noah na minha boca. Eu tomo o
máximo que eu posso e sinto sua bunda apertar,
estrangulando meu pau enquanto ele goza , e seu gozo atinge
minha boca.
Não posso adiar mais. Sinto seu gozo em minha boca
enquanto eu rujo através da minha própria libertação. O
prazer não está parando; meus quadris bombeiam em um
ritmo lento, enquanto as ondulações na bunda de Noah
arrancam mais e mais sêmen fora do meu pau.

Retardando meu quadril, finalmente, olho para baixo e


percebo que Noah gozou tão forte quanto eu. A pequena
quantia que tomei na minha boca não foi nada em
comparação com o que está em sua barriga. Está em toda
parte.

Rio e corro meu dedo através dele e vejo os olhos de


Noah escurecerem.

— Não tenha ideias. Isso simplesmente acabou comigo.


— Comento.

— Posso me sentir excitado, mas meu corpo está gasto


demais para fazer algo sobre isso.

Lentamente, me retiro de Noah, e desmorono em cima


dele.

— Você estava tão gostoso. — Murmuro esfregando meu


pau gasto contra o seu. Seu gozo sujando a ambos, mas não
me importo.

Noah me segura e abraça apertado antes de beijar


minha testa.

Este é meu lar. Não é sobre sexo, mas para ser honesto,
nunca experimentei a conexão ou o calor que senti agora. Sei
que esse sexo é diferente porque nós nos amamos.
Certamente nunca experimentei antes, e duvido que Noah
tenha.

Amanhã é um novo dia, e estou mais determinado do


que nunca a chegar ao fundo do problema na obra porque
não quero que Noah durma em qualquer lugar, além da
minha cama comigo.
Ramon

Após a noite amorosa de ontem estou me sentindo mais


confiante na minha reunião com Brendan Griffin. Não há
nenhuma razão para que ele não me receba, mas descubro
que tem.

Nós já nos encontramos antes, mas nunca realmente


conversamos desde que Andrew morreu. Cada vez que o vejo,
me lembra de Andrew, e sim, a culpa que sinto por não ser
capaz de retribuir os sentimentos de Andrew por mim faz-me
sentir ainda mais culpado. Na verdade, não há porque me
sentir culpado. Não o via há meses quando se embebedou e
então pegou seu carro. Claro, ele tentou entrar em contato
comigo antes do acidente, mas fui elusivo.

Mesmo que queira acreditar que Griffin não está atrás


de qualquer sabotagem acontecendo, meu coração sabe que
Michael está certo. Só queria ter pensado em Griffin antes. Se
algo não for feito, alguém se machucará seriamente, então
com esse pensamento em mente, entro no piso térreo do
escritório de Griffin Construção.
O escritório dele é como o da McKenzie no centro de
Lexington. Tem a mesma estrutura moderna e janelas do
chão ao teto. Muito vidro, cromo e paredes brancas com
murais de pinturas, que ele sem dúvida pagou uma fortuna
para ter pintado especialmente para o espaço de seu
escritório.

Não é o que esperava. Muito tempo atrás, fui para casa


com Andrew quando seus pais estavam viajando de férias.
Sua casa era estilo Vitoriana com as peças em exposição
correspondendo ao período de tempo. Mas, quando olho em
volta agora, não posso me impedir de querer saber por que o
escritório é tão diferente da sua casa.

Uma garganta sendo apurada me tira dos meus


pensamentos e minha cabeça se vira para uma mulher de
cabelos escuros sentada atrás de um balcão de cromo e vidro.
Ela está arrumada, como seria de esperar de uma assistente
pessoal; seu cabelo escuro preso em um coque no topo de
sua cabeça, maquiada e vestida impecavelmente, bem como o
botão de sua blusa abotoado até o pescoço. Ela tem em torno
de vinte e tantos anos e parece jovem demais para o estilo de
roupas que escolheu. Mas quem sou eu para reclamar.

Sua sobrancelha levantada me diz que ela sabe


exatamente o que eu estava fazendo, e não achou isso nem
um pouco divertido.

— Sinto muito. — Digo começando com um pedido de


desculpas. – Vim ver se Brendan está.
— Ele está ocupado. — Ela me interrompe antes que
possa dizer outra palavra.

— Tenho a sensação de que ele vai arrumar um tempo


para mim. Diga-lhe que Ramon McKenzie está aqui para vê-
lo.

Seus olhos se arregalam em surpresa antes de se


levantar.

— Um momento.

Se levanta, com as costas retas, antes que de


desaparecer rapidamente, seus saltos altos clicando conforme
anda.

Isso me lembra de um relógio em contagem regressiva


dos segundos e isso me faz pensar em quando vou sair deste
lugar. Sentindo-me desconfortável, arrumo a gola da minha
camisa, que parece um laço apertando ao redor do meu
pescoço, me sufocando.

Ouvindo a porta do escritório de Brendan abrir,


rapidamente me endireito e me certifico de que pareço
relaxado antes de virar o rosto para quem acaba de aparecer.

É ele, uma versão mais velha de Andrew. Por que estou


vendo isso apenas agora? Olhando de perto, porém, Brendan
envelheceu muito mais nesses anos e parece ter uma
escuridão pairando sobre ele.

— Pensei que você estaria batendo na minha porta em


pouco tempo. — Brendan vira e se dirige de volta ao seu
escritório.
Eu o sigo.

Fechando a porta atrás de mim, faço uma varredura do


local. Seu escritório é o que esperava que todos seus
escritórios da empresa parecessem, Vitoriano, que contraste
com a área de recepção.

— É melhor se sentar. — Brendan oferece como se


estivesse sendo forçado a ser educado.

— Eu vou, obrigado. — Tomo o assento oferecido e


enquanto nós dimensionamos um ao outro, decido que uma
abordagem direta é o melhor a se fazer. Abro a boca, mas
Brendan me interrompe antes que eu possa começar.

— Esta é uma visita inesperada. Faz o que, nove anos e


quatro meses desde que Andrew morreu e esta é a primeira
vez que você me visita.

Ele está tentando me abalar, o que me faz querer saber


como ele teria me recebido se tivesse pedido a Jackie para
marcar uma reunião com ele. Esta manhã, decidi que uma
visita surpresa seria melhor, e iria pegá-lo desprevenido.

A amargura vinda dele durou muito tempo. Sempre me


perguntei sobre a noite em que Andrew estava bebendo e
acabou dirigindo. Foi uma discussão com seu velho pai que o
deixou fora de controle?

— Esta não é uma visita social. — Respondo. — Por que


você está vindo atrás de mim?

Seus olhos se afastam antes que consiga esconder sua


reação às minhas palavras.
Parece que Michael estava certo.

— Você percebe que se alguém for ferido ou ainda pior,


morto, você pode ser acusado possivelmente de homicídio?
Tudo o que terei que fazer é apontar o dedo em sua direção e
todos os aspectos do seu negócio serão investigados,
incluindo seus registros financeiros. Eles vão rastrear cada
dólar que você gastou durante anos. Por que correr o risco de
perder tudo o que você construiu apenas para me causar
problemas?

Sei que ele me culpa por Andrew ser gay.


Aparentemente, se não fosse por mim, então Andrew estaria
bem casado e com um par de filhos. Isso não é verdade, e nós
dois sabemos disso.

— Você não sabe do que está falando. — Ele zomba.

— Oh, eu sei bem e muito bem sobre o que estou


falando. As pessoas comentam. — Eu blefo. — E este é seu,
primeiro e único, alerta para deixar os McKenzie em paz
antes de você acabar matando alguém e perder tudo quando
você acabar na prisão. Porque estou dizendo a você agora, se
alguém ficar ferido por causa de algo que você planejou,
minha família não vai parar até acabar com você. Legalmente.

Eu odeio isso. Odeio que esteja sentado aqui ameaçando


outro empresário, porque sei que ele está tentando nos ferrar.
Estou surpreso por ele arriscar toda a sua riqueza, e de sua
esposa e filha, para me fazer sofrer por algo que não tinha
controle. Quando Andrew se matou, eu não o via por mais de
sete meses. Essa é uma das razões do porque me sinto
culpado sobre sua morte. Talvez se eu tivesse estado
presente, poderia ter visto o que estava acontecendo. Talvez
poderia ter feito algo para impedi-lo de dirigir naquela noite
fatídica. Talvez ele teria alguém para conversar sobre seu pai,
mas não posso deixar os talvez me atormentar. Na verdade,
parei de pensar assim há muito tempo atrás, porque não faria
diferença no resultado. Andrew já perdeu a vida.

Brendan ainda não disse nada e está sentado atrás de


sua grande mesa de mogno perdido em seus próprios
pensamentos.

— O que aconteceria se a sua família soubesse que você


é gay? — Brendan de repente pergunta. O que ele está
pensando eu não tenho ideia.

— Minha família sabe que sou gay e me apoiam


totalmente.

Ele recua como se tivesse sido golpeado por minha


resposta honesta. Isso entrega.

— Você sabia que Andrew era gay. — Continuo. — Mas


você não o apoiou, não é? Você tentou fazê-lo ser alguém que
não era, é por isso que ele começou a usar drogas e beber,
não é? Foi culpa sua não foi? Vocês brigaram? O ofendeu?
Tentou intimidá-lo a gostar de meninas? Foi isso? —
Rapidamente levanto e descanso as palmas das mãos sobre a
mesa, inclinando mais perto do homem que é realmente
responsável por destruir seu próprio filho. Não tenho pena
dele.
— Você precisa sair. — Ele se coloca na mesma posição
que eu.

— Não vou embora até você me dizer que, o que quer


que planejou não vai continuar. Nós dois somos homens de
negócios e há espaço suficiente em Lexington para ambas as
nossas empresas. Você sabe disso.

Ele balança a cabeça.

— Saia.

Cerro os punhos não acreditando realmente que ele vá


recuar, mas não tenho outra escolha agora.

— Vou sair.... Por agora, mas qualquer outra coisa que


acontecer, não serei eu batendo à sua porta, será a polícia.

Ele sorri.

— Eles não vão me tocar. — Ele diz com confiança.

— Oh, você não conhecerá os que estarão batendo em


sua porta. Isso posso garantir.

Com essa última ameaça, me viro e saio de seu


escritório. Sinto por sair assim, batendo portas, mas não
consegui segurar minha raiva.

Não posso deixar de sentir como se tivesse deixado de


ver alguma coisa, mas não tenho ideia do que. É uma
irritante sensação que tenho em meu subconsciente. Tudo
provavelmente está bem, e vou colocar minha frustração em
toda essa maldita situação.

Minha família é incrível e eu seriamente não sei o que


faria sem eles em minha vida.
Respirando profundamente relaxo no assento do meu
carro, fechando meus olhos. Não posso acreditar que depois
de todos esses anos, Brendan iria arriscar tudo para o que ele
considera sua vingança.

Sinto-me esgotado e mal posso esperar para voltar à


obra e ter um vislumbre de Noah. Isso é tudo o que terei no
momento. Um vislumbre.

Sentindo a necessidade de estar longe daqui, ligo o carro


e saio do estacionamento.... Voltando para Noah.

Duas semanas é o que vou lhe dar, e depois disso, Noah


deixará de trabalhar na obra. Oh, estou pensando em tê-lo
por perto, mas em uma posição mais gerencial, e certamente
não tenho planos para mantê-lo escondido. Nós já
trabalhamos juntos como uma equipe antes e planejo que
isso aconteça novamente em breve.

Alguns dos caras trabalhando para mim podem nos dar


algum problema quando descobrirem sobre Noah e eu. Não
apenas sobre sermos gays, mas o fato de que ele estava lá
espionando todo mundo. Esperamos que, com uma pequena
explicação, as coisas se acertem. Eu espero pelo menos. Não
vou me preocupar sobre como eles vão reagir quando
descobrirem minha preferência sexual. Isso pode esperar e
honestamente, não vejo porque seria problema deles. Isto não
afeta o meu trabalho, portanto isso não deve importar.

O toque do meu celular me tira dos meus pensamentos


enquanto pressiono o botão para atender.
Noah
Está muito quente hoje, e a temperatura acima do
normal para o início de outubro. Vários caras despiram as
camisetas, e estão usando para enxugar o suor em suas
sobrancelhas. Juntei-me a eles cerca de dez minutos atrás e
já sinto o suor escorrendo pelas minhas costas.

Decidindo que agora é um bom momento para fazer


uma pausa na sombra, saio do edifício onde estamos
trabalhando e vou até os refrigeradores.

O edifício é um complexo de apartamentos de doze


andares e estará disponível para pessoas ricas. Os banheiros
luxuosos provavelmente custam mais do que recebo em três
meses.

Parando no refrigerador azul que empurrei contra a


parede algumas horas antes, abro a tampa e pego uma
garrafa de água.

Desenroscando a tampa, derrubo quase a metade da


garrafa no chão quando ouço um assobio ao lado.

Viro-me e interiormente tremo quando vejo Jackie se


aproximando. Ela é bonita, mas uma piranha. Seu corpo
cheio de curvas atrairia qualquer um respirando se ela não
fosse tão duramente para cima.
Até Ramon me contar sobre ela, pensava que ela tinha
caras batendo à sua porta, mas, aparentemente, ela afasta
todos, porque ela não vai se contentar com ninguém, a menos
que sejam ricos. Sei que os McKenzies se encheram com ela,
e é por isso que ela está trabalhando no escritório da obra.
Para ser do jeito que ela é, presumo que ela teve um inicio de
vida sofrido, é por isso que ela está atrás de segurança
financeira agora.

Observando seus olhos correrem sobre meu peito nu,


mantenho o sorriso. Ela certamente está no caminho errado
comigo. Não apenas porque sou cem por cento gay, mas
porque não sou rico.

— Você parece quente. — Ela percorre os olhos sobre


meu peito enquanto para alguns metros próximo a mim.

Decidindo ignorar a insinuação que ouço em sua voz,


bebo toda a água até que a garrafa esteja vazia.

— Estou. — Finalmente respondo. — Você quer alguma


coisa? — Pergunto, ouvindo o motor de um carro e olho para
cima na mesma hora em ele aparece. Ramon estaciona ao
lado de seu escritório.

Ele não sai, mas posso ver e sentir seu olhar intenso
sobre mim. Sabendo que seus olhos estão em mim, meu pau
começa a engrossar atrás do meu zíper. O que vai dar a
Jackie a impressão errada se ela perceber.

Querendo excitar e incomodar Ramon, me curvo sobre o


refrigerador e jogando a garrafa vazia antes de colocar a
tampa no lugar. Fora de vista, rapidamente arrumo meu
cinto e consigo colocá-lo um pouco mais solto. É tempo
suficiente para Ramon observar como o cós estende ao longo
da minha bunda. Em pé em toda minha altura, eu sinto o cós
deslizar agora que o cinto não está tão apertado, e conforme
me endireito, desliza ainda mais.

Jackie faz um barulho estranho com a garganta, o que


chama a minha atenção. Sua boca fica aberta enquanto seus
olhos estão vidrados e fixos na cintura da calça. Olho para
Ramon e o encontro inclinado contra o carro com os cotovelos
apoiados na cobertura. Seus olhos estão cerrados e cheios de
luxúria, e sei que ele está tentando esconder.

Com um rápido olhar para Jackie, ele segura meu olhar.

— Meu escritório. — Ele exige. Virando de costas para


mim, ele se move em direção ao seu escritório, e parece triste.

Sorrio.

Ele está tão afetado por meu pequeno show quanto


estou... E Jackie também está ao que parece.

Agarrando minha camiseta, eu a seguro em frente a


minha virilha para esconder a grande evidência da minha
excitação e sigo Ramon dentro de seu escritório, ignorando
Jackie. Ela pode pensar o que ela quiser. Agora, estou tão
duro por Ramon que preciso estar dentro dele.

Com a luxúria nublando meu cérebro, no minuto em


que entro e vejo Ramon parecendo presunçoso, sua bunda
descansando na frente de sua mesa, as pernas cruzadas à
altura dos tornozelos e sua gravata desfeita. Ele revela os dois
pacotes na mão. Preservativos e lubrificante.
Entro em seu escritório, Fecho e tranco a porta.
Tomando uma precaução adicional, pego uma cadeira e
empurro-a sob o trinco.

— Isso vai ser rápido.

— Então o que você está esperando? — Ramon agarra


sua ereção através de suas calças e minha cabeça gira.

Avançando, afasto sua mão e depois de um beijo rápido


e duro, o viro de costas.

Trabalhando rapidamente em minha calça jeans, a puxo


para baixo em minhas pernas e rapidamente rasgo a
embalagem de preservativos e aliso-o no meu pau pulsante.
Muito duro.

Empurrando para cima contra Ramon, ele respira


profundamente, mas uma série de palavrões deixa sua boca
quando abro sua calça para deixar o seu pau saltar livre. Não
fica livre por muito tempo quando minha mão envolve em
torno da dura ereção e bombeia para trás e para frente
algumas vezes. Meu polegar acaricia sobre a coroa,
esfregando todo o pré-sêmen como se fosse um creme. Ele
empurra na minha mão conforme faço movimentos lentos
antes de libertá-lo.

— Tire seus sapatos e calça. Você está prestes a ficar


todo bagunçado.

Não preciso pedir duas vezes. Em um movimento rápido,


retira tudo, incluindo sua camisa.
De costas para mim, nu como no dia em que nasceu,
pego o pacote de lubrificante e abro. Compartilho o pacote
entre meu pau e o traseiro de Ramon.

Acariciando entre sua bunda, eu não perco tempo em


deslizar um dedo dentro, e então rapidamente sigo com outro
dedo e outro e, em seguida outro.

Ramon fica ofegante conforme bombeio nele e seu pau,


enquanto alinho o meu e lentamente começo a empurrar para
frente. Uma vez lá dentro, não posso fazer nada além de
mover. Não posso ir lento. Só rápido.

Afasto sua mão de seu pau, e tento trabalhar ambos ao


mesmo tempo no ritmo do bombeamento dos meus quadris.
Minha outra mão repousa sobre o topo de sua mesa.

Estou tão animado que minhas pernas estão tremendo


com a necessidade que me atravessa.... E então sinto o pau
de Ramon inchar, provocando a mesma reação no meu.

Ramon começa a gemer, então cubro rapidamente sua


boca com a mão e, quando sinto sua libertação, deixo cair a
minha cabeça nas costas de Ramon para sufocar meu próprio
gemido de liberação.

Sua bunda é tão apertada que conforme seu gozo atira


para fora do seu pau, se contrai com seus espasmos, fazendo
meu pau tremer enquanto é ordenhado até secar.

Ambos terminam e nenhum de nós se move. Estou no


céu. Sempre estou quando estou com Ramon.
Movendo minha mão, agarro o quadril de Ramon e,
lentamente, retiro-me do calor apertado dele.

Permanecendo abraçado a Ramon, me afasto o


suficiente para remover o preservativo.

— Ramon?

Bang. Bang.

— Merda. — Ramon silva e rapidamente se afasta e


começa a puxar suas roupas.

Tudo o que tenho a fazer é puxar minha calça para


cima.

— Ramon? Você está aí? Tenho certeza de que você está


aí. Onde é que Noah foi? — Jackie continua a bater na porta
do escritório.

— Deixe-a entrar.

Eu olho para Ramon e vejo que ele esta vestido, mas ele
precisa se arrumar.

— Em um minuto. — Eu ando na direção a ele e me


aproximando, eu coloco um terno beijo em seus lábios ao
endireitar seu cabelo.

Ele recua se afastando de mim.

O Quê?

Eu congelo.

— Ramon, você está me preocupando. — Jackie grita


através da porta.
— Jackie tem um péssimo “time”. — Comento sem tirar
os olhos de Ramon.

Ele se afasta primeiro.

Apertando minha mandíbula com raiva por sua rejeição,


removo a cadeira de baixo da porta e a destravo. Quando
Jackie abre a porta, ouço.

— Isso nunca deveria ter acontecido. — Saindo em um


suave sussurro da boca de Ramon.

Viro-me para encará-lo e vejo o pesar escrito por todo


seu rosto.

Estou muito chateado e aborrecido para ficar aqui


agora.

— Estou indo embora.

Mesmo quando saio de seu escritório, luto contra meu


instinto de me virar para ele. A minha necessidade de saber
como foi sua conversa com Griffin esta manhã está me
matando enquanto me afasto. Puxo minha camisa sobre
minha cabeça enquanto eu ignoro o apartamento que eu
aluguei e sigo em direção ao Parque. Espaço aberto e claro é
o que eu preciso agora. Um lugar onde ninguém possa me
encontrar e começar a fazer perguntas.

Perguntas como: “Por que seus olhos estão vermelhos?”


Ou “Você tem alergia? ”

Ele não deveria chegar assim a mim, mas ele é meu


coração e toda vez que ele me afasta, é como ter uma faca
fincada no peito.
Meu celular vibra no meu bolso. Pegando-o, vejo Ramon
sorrindo para mim. Meu dedo paira sobre o botão verde, mas
o toque para antes que eu possa atender.

Em seguida, chega uma mensagem.

“Emelia nos pediu que a encontremos na Poles esta noite


às nove horas. ”

Eu fico olhando para o aparelho incrédulo. Nenhum


pedido de desculpa. Apenas uma hora e local para me
encontrar com a prima dele.

Sei que provavelmente estou sendo irracional. Também


sei que quando ele disse, “isso nunca deveria ter acontecido”,
ele quis dizer em seu escritório quando sua equipe está ao
redor. Sou muito sensível e tomei o caminho errado. Vejo
disso agora quando eu estou começando a me acalmar e
pensar. Ele estava envergonhado em quase ser pego e o fato
é, qualquer um ficaria constrangido em quase ser pego
fazendo sexo em seu escritório.

Meu celular vibra novamente.

"Por favor, esteja lá."

Eu rapidamente respondo.

"Está bem."

Por que Emelia quer nos encontrar na Poles é uma


incógnita. É um clube de dança que faz principalmente
entretenimento para os homens. É mais sofisticado do que a
maioria, entretanto não permitem os homens tocar as
meninas. Eu vi o proprietário, uma ou duas vezes antes no
ginásio, onde ele também é dono. Yuri não é um ser sujo e
parece ser um empresário astuto. Embora, acho que qualquer
um vendo-o trabalhar pensaria assim. Ele é como um
destruidor humano.

Balançando a cabeça, meus pensamentos voltam a


Ramon. Eu preciso obter um domínio de meu relacionamento
com Ramon antes que estrague tudo.
Ramon

Poles é muito diferente


do que esperava, e quero dizer muito. Me encolhi quando
recebi a mensagem de texto de Emelia pedindo que Noah e eu
fossemos ao seu encontro esta noite. Também usei isso como
uma oferta de paz a Noah. Estraguei tudo e meu comentário
não quis dizer o que ele entendeu. Deveria tê-lo chamado de
volta e explicado, mas de certa maneira, fiquei chateado que
ele assumiu automaticamente o pior.

Com um suspiro pesado, viro e continuo olhando em


volta da Poles. Pensei que teria tantos peitos e bundas à
mostra de que ficaria enjoado. Surpreendentemente, as
mulheres estão vestidas de forma provocativa, mas com
estilo, o que corresponde ao ambiente do clube.

O palco, onde acredito que as dançarinas fazem suas


performances, fica ao lado direito do balcão com um piano e
cantor em uma plataforma ligeiramente inferior. Cabines
circundam cobrindo o resto do piso principal. A luz
esmaecida deixa um ambiente descontraído, que é reforçado
com a mulher sentada ao piano, cantando Blues.

— Ramon... Que surpresa?


— Yuri, é bom vê-lo novamente. — Ele aceita minha mão
estendida, e, com um firme aperto, solta minha mão. —
Estou surpreso.

Yuri faz uma pausa no meio da bebida e lança sua


cabeça calva para trás, enquanto ele ruge de tanto rir.

Ele é um cara alto, musculoso, com cem por cento de


sangue russo, é um grande homem para se ter do seu lado,
mas letal se você está no lado errado dele ou de sua família.

Eu já lutei no ginásio de Yuri, ou devo dizer armazém,


vezes suficientes para saber que Yuri não se ofendeu com
minhas palavras. Ele vive para surpreender.

— Smesh no, moyapodruga. — Ele ri. — Engraçado,


meu amigo.

Eu sorrio, incapaz de esconder minha diversão em sua


reação.

— Gosto de você, da.

— Sim. — Escondo meu sorriso ao me afastar e olho em


volta tentando ver se encontro Emelia.

A única razão que posso pensar dela estar aqui é para


irritar Dante. Por algum motivo, os dois estavam se
alfinetando no casamento de Rubens.

Sentindo uma mão nas minhas costas, me viro e sinto


alívio quando eu encontro o olhar de Noah. Prestes a me
aproximar dele, uma garganta sendo apurada me impede.
Olho por cima do ombro e franzo a testa para Yuri, que
tem uma sobrancelha levantada em questionamento, mas um
sorriso em seus lábios.

Balançando a cabeça, apresento os dois e coloco a mão


na parte inferior das costas de Noah. Preciso mantê-lo perto e
senti-lo contra mim.

Fui um idiota antes e não deveria ter falado aquilo.


Sabia como ele iria interpretar minhas palavras e foi um
movimento baixo da minha parte.

Embora ele tenha me fodido bem, a minha tensão ainda


era palpável e a necessidade de estar sozinho era intensa, foi
por isso que disse aquelas palavras ofensivas.

Yuri grita em russo a uma garçonete, dizendo o que, não


faço ideia. Seu olhar escuro e abrupto.

— Da, Nachal'nik! — Faz com que Yuri gargalhe, seus


olhos cheios de diversão com sua garçonete irritada.

Eu a entendi.

— Sim, chefe. — De forma muito clara.

Yuri ri e dá um tapa nas minhas costas.

— Ela vai trazer as suas bebidas. Venham sentar, meus


amigos. — Ele nos leva para a parte de trás de seu clube para
uma cabine já ocupada por Emelia.

Minha surpresa se mostra quando ela rapidamente se


levanta para nos cumprimentar.
— Cheguei cedo. — Explica ela. — Então Yuri muito
gentilmente mostrou-me esta mesa. — Ela oferece a Yuri um
sorriso deslumbrante.

Não tenho certeza se ela sabe o que ela esta fazendo com
ele com aquele sorriso porque ela tem um ar de "não me
toque" sobre ela, uma inocência.

— Não achei que ela gostaria de estar em local aberto. —


Yuri oferece. — Agora devo sair. Tenho negócios. Adeus, moi
druzya.

Ele desaparece através de uma porta voltando para


Poles.

Sentamo-nos e Emelia parece nervosa.

Tenho certeza que não é Noah e nem a mim que a deixa


dessa maneira. Podemos ter apenas recentemente nos
aproximado, mas Emelia é uma pessoa amigável, confiante,
então algo está acontecendo com ela.

Incapaz de vê-la se contorcer um momento mais, cubro


suas mãos com a minha.

— O que está acontecendo, Emelia?

Ela luta contra as lágrimas antes de olhar para mim.

— Dante me disse que não estou autorizada a viajar


para Denver e ficar com ele. — Ela limpa uma lágrima
rebelde. — Todos os meus irmãos viajam, e bem, meu irmão
gêmeo, embora ame Diego, ele fica a cada dia com uma
mulher, então não quero ficar com ele. Se não ficar com
Dante, vou tem que ir para casa. — Ela puxa as mãos dela e
toma um gole de sua bebida. — Eu tenho vinte e sete anos.
Quantas mulheres de 27 anos vivem com os seus pais?

Ela tem um ponto.

— Mandei uma mensagem para você, porque você é o


mais próximo da minha idade, percebi que seria mais
compreensivo. Além disso, é mais fácil falar com você.

Faz-me sentir bem saber que ela veio a mim, mas não
tenho a menor ideia de como ajudá-la. Nunca fui bom em dar
conselhos.

Noah se inclina, e colocando a palma da mão na minha


coxa, me salvando de responder.

— Ramon é uma merda em dar conselhos, mas eu não.


Primeiro, porém, me diga o que estava acontecendo entre
Dante e você no casamento, porque senti a tensão de onde eu
estava sentado.

Embora não tenha parado para pensar nisso, passou


pela minha cabeça uma ou duas vezes saber o que estava
acontecendo.

— Ele é um idiota... Mas agora que voltei da Europa,


quero passar um tempo com ele e ver sua igreja, e conhecer
seus amigos. Ele diz que não é o lugar certo para mim. Como
Denver não pode ser o lugar certo para mim? Ele é tão
irritante... Ugh! Ele não é meu guardião então não há nada
que me impeça de viajar sozinha para Denver. — Ela sorri,
mas o sorriso desliza e seu desgosto é claro para todos verem.
— Eu viajaria com Dante, no entanto.
Há certamente mais do que ela está nos contando.
Preciso me concentrar no problema.... Parece que está
faltando alguma coisa, mas a sensação da mão de Noah
enquanto ele acaricia minha coxa é perturbadora. É ainda
mais perturbador quando ele esfrega os dedos para baixo da
protuberância se formando atrás do meu zíper. Graças a
Deus as luzes se apagaram. Também espero que esteja
perdoado por mais cedo.

Ainda preciso explicar-lhe por que o afastei. Por que


senti que precisava estar sozinho, em vez de deixá-lo ficar e
me confortar, o que sei que ele teria feito sem dúvida se
tivesse deixado. O feri com minhas palavras e preciso
consertar isso.

— Ele realmente não me quer lá e isso dói. Ele é meu....


Irmão. Nós somos adultos agora de modo que a diferença de
idade não deveria ser um problema. Quer dizer, posso
compreender anos atrás, quando estava crescendo, mas
agora ele está apenas sendo um idiota.

Debato sobre parar Noah e sua mão perambulando, mas


não o paro. Gosto da sensação em minha coxa, e ele está
aumentando a minha excitação. Ele vai voltar para o meu
apartamento esta noite. Não posso deixá-lo voltar para o
apartamento ao lado da obra. Não mais. É isso.

Sentindo como se um peso fosse tirado dos meus


ombros, descanso minha mão na coxa de Noah e aperto.
— Ele me faz sentir como uma adolescente de novo. —
Emelia continua ignorando as carícias acontecendo sob a
mesa.

— Não sou difícil de se conviver, embora Dante pareça


pensar que eu serei. Ele diz que ele é um padre e não pode
ter calcinha de mulher em sua casa. Quer dizer, não estava
exatamente pensando em exibi-las. Além disso, e suas
cuecas? Ele não é exatamente inocente.

Engasgo com a minha bebida.

— Emelia, ele é um padre pelo amor de Deus.

Ela revira os olhos.

— O que quis dizer, é que ele é um cara e vai ter cuecas


ao redor, então não vejo o problema com minhas calcinhas.

Noah começa a rir. Não posso aguentar e junto-me a ele.


Emelia parece tão descontente, e sua conversa sobre
calcinhas é hilária.

Noah

Limpando a garganta, observo a diversão finalmente


começar a se espalhar pelo rosto de Emelia. Ela é tão fofa.
Com o cabelo escuro fluindo pelas costas em ondas suaves,
envolto em um pequeno coque elegante, usando um vestido e
o mínimo de maquiagem, ela é espantosa. Algo que Yuri
notou.

— Tudo bem. — Ela tosse. — Acho que o entendo por ele


ser um padre. Mas realmente. Eu sou sua irmã. Tudo o que
ele tem que fazer é anunciar na missa que ele tem a sua irmã
morando com ele por um tempo. Não é exatamente difícil, e
problema resolvido.

Ela não vai desistir.

Sorrindo, coloco minha mão na coxa de Ramon e deslizo


até as juntas roçarem em sua virilha. Ele ainda tem o bojo
inflado e quando esfrego sobre os sulcos de seu comprimento,
o meu próprio pau responde como vingança.

É perigoso fazer isso em um local aberto, mas preciso


lembrar a Ramon que ele não apenas me quer, mas que ele
precisa de mim também.

Depois que me acalmei mais cedo, decidi ser mais


razoável esta noite, razão pela qual estou fazendo isso. O
alívio que vi em seus olhos quando ele me viu valeu muito
para acalmar meu coração dolorido.

Ramon mantém a mão na minha coxa e repousa contra


a minha própria virilha. Ele não move sua mão, apenas
brinca.

Ele sorri para mim, porque ele sabe que seu movimento
está me deixando louco e, sem perder tempo, ele se volta para
Emelia.
— Entendo você. — Ramon diz. — Acho que você precisa
conversar com Dante e descobrir se há alguma outra razão
para que ele não queira que você fique com ele. Ele pode
apenas estar tentando afastá-la quando há um problema
maior. — Ramon encolhe os ombros. — É apenas um
pensamento.

— Talvez. Não parei para pensar realmente. Não tenho


certeza que ele ficará feliz quando ler a mensagem que enviei
a ele quando cheguei. — Ela nos dá um sorriso travesso. —
Eu disse a ele onde estou.

Isso não parece bom.

— O que você disse a ele? — Pergunto, provavelmente


segundos antes das mesmas palavras saírem da boca de
Ramon.

Emelia sorri.

— Eu lhe disse a minha localização e que havia muitos


russos sensuais aqui. — Ela se inclina para mais perto e
sussurra: — Na verdade, perguntei-lhe se ele acha que são
parte do Bratva.

Ramon faz um barulho estranho com sua garganta


antes que ele possa obter suas palavras fora.

— Ele vai trancá-la e jogar fora a maldita chave. Você


está falando sério?

Calor enche os olhos de Emelia nas palavras de Ramon


e me pergunto o que isso significa antes de desaparecer tão
depressa quanto apareceu, me fazendo perguntar se estava
imaginando.

— Sim estou. Se ele acha que vou arrumar problemas


estando sozinha, então ele vai me levar com ele.

Ela tem tudo planejado.

Sentindo a ereção de Ramon endurecendo mais através


de seu jeans, afasto minha mão. Meu pau está desconfortável
por trás do meu zíper e em pouco tempo, vou precisar de
mais, muito mais. Fazer isso na Poles não é uma boa ideia
com Yuri sendo o dono do lugar, mas sou muito velho para
recorrer a banheiros nesses lugares.

— Acho que estamos prestes a ter alguns problemas. —


Ramon murmura, me distraindo do pensamento dele nu.

Olho para ele antes de seguir a sua linha de visão.


Dante.

— Hum, ele parece mais irritado do que eu pensava que


ele estaria. — Geme Emelia. — Talvez esta não foi a melhor
ideia.

Para um padre, Dante parece muito chateado.

— Ramon, Noah. — Ele mal nos cumprimenta e se


concentra em Emelia.

— Dante. — Ela nervosamente sussurra.

— Emelia. — Ele suspira e estende sua mão para fora,


ela a toma e deixa-o puxá-la da cabine. — Nós realmente
precisamos conversar.

Dante se vira para nós.


— Obrigado por cuidar dela. Vou manter contato.

Com essas palavras, ele puxa Emelia para perto antes


de levá-la.

Viro-me para Ramon e sorrio quando percebo que ele já


está focado em mim.

— Não quis dizer o que eu disse antes. — Ele


rapidamente se desculpa. Segurando minha mão e
entrelaçando os dedos juntos, continua: — Depois do que
aconteceu no escritório, tudo o que ocorreu de manhã voltou
e pensei que queria ficar sozinho.... Estava errado em deixá-lo
pensar que quis dizer aquilo. E se houver uma próxima vez,
vou ser honesto, porque suponho que você prefere a verdade
do que o que você teve hoje. Eu sinto muito.

Aproximando-me de Ramon, beijo sua bochecha.

— Percebi depois que me acalmei que você não quis


dizer isso do jeito que saiu. Da próxima vez prefiro que seja
honesto. Se você precisar ficar sozinho apenas me diga.

Ele balança a cabeça.

— É exatamente isso. Pensei que quisesse ficar sozinho,


mas assim que você saiu, queria você lá. Precisava de você.

Parte de mim se sente bem ouvindo-o admitir que suas


palavras não foram verdade, mas não posso me impedir de
ficar triste por ele precisar de mim e eu não estar lá. Aceito
suas palavras como verdadeiras, em vez de confrontá-lo.

— Diga alguma coisa. — Ramon puxa minha mão.


— Vamos esquecer o que aconteceu depois que entrei
em seu escritório. — Sorrio. — E me diga o que aconteceu
quando foi ver Griffin.

Seus olhos escurecem e um olhar de cansaço toma


conta dele.

— Acho que está por trás de tudo. Ele não admitiu, mas
quando o acusei, ele não negou qualquer coisa. No final,
ainda me culpou pela morte de Andrew. Acredito que foi
Brendan que fez seu próprio filho beber e depois dirigir
aquela noite. Ele nunca foi solidário com Andrew desde o
minuto em que ele percebeu que seu filho preferia homens.
Algumas das coisas que ouvia durante conversas telefônicas
de Andrew com seu pai eram ruins. — Ramon libera minha
mão e se levanta, colocando as mãos atrás de sua cabeça
enquanto se inclina para trás.

— Estou cansado de tudo isso, mas esta noite chega. —


Ele encontra o meu olhar. — A partir de hoje à noite, você
não está mais morando naquele apartamento. Não me
importo mais. Por que deveria deixá-lo governar a minha vida
por causa de coisas sobre as quais não tinha controle? Acho
que ainda precisamos vigiar a obra. Espero que minha
ameaça de acusações, juntamente com a possibilidade de
perder tudo, vá fazê-lo desistir de uma vez por todas.

Não tenho certeza que ouvi muito depois que Ramon


afirmou que não vou mais dormir sem ele.

— Você esta me ouvindo? — Ramon me chuta sob a


mesa.
— Ah sim. Especialmente a parte sobre nossos arranjos
de vida a partir de agora.

Ele faz uma pausa, em seguida, começa a rir.

— Estou tentando ter uma conversa séria com você e


tudo que você pode pensar é conseguir seu pau sugado.

Sorrio.

— Bem.... Se você está oferecendo.

— Idiota. — Ele rebate. — Não consigo decidir se


convoco uma reunião amanhã de manhã antes de todo
mundo começar a trabalhar para informá-los quão sérias
serão as consequências se alguma coisa acontecer na obra,
ou apenas deixo tudo seguir seu curso.... O que você acha?

O que eu penso é impróprio, mas Ramon vai ter que


esperar até voltarmos ao apartamento antes de eu dizê-lo.

— Acho que devemos ir para casa, e depois você precisa


ter uma teleconferência com seus irmãos, porque eles devem
estar querendo saber como foi sua conversa com Griffin. Pode
ajudar você a decidir o que você quer fazer amanhã sobre os
trabalhadores.

— Tudo bem, vamos fazer isso. Eu estou tão cansado de


toda essa merda.

— Eu também.... Mas, conheço algumas maneiras de


relaxar você. — Sorrio discretamente sabendo que ele está
imaginando minhas mãos o massageando.

— Eu quero isso. — Ramon acaricia ao longo de seu


comprimento, o que faz um tique de resposta no meu.
— Precisamos sair e fazer logo a ligação. — Uma vez que
me levanto, me encolho e rapidamente enfio a mão no meu
jeans para reorganizar meu pau.

— Sinto muito que não estamos no mesmo carro, caso


contrário, colocaria minha boca em uso no caminho de volta.

— Porra... isso é injusto. — Lamento. Ele ama me


atormentar. — Vou ter você no minuto em que entrar no
apartamento, e você sabe!

Nada como ter a última palavra.


Noah

Trabalhar na obra hoje está me matando. Cada músculo


do meu corpo parece que foi rasgado e torcido em tortura.
Bem, meio que foi. Sorrio com a lembrança de ter Ramon em
suas mãos e joelhos, enquanto transei com ele. Seu corpo
musculoso bronzeado todo abaixo de mim enquanto
bombeava em seu traseiro apertado. Ramon estava muito
duro e empurrando contra sua mão até que afastei sua mão
para terminar o trabalho. Ele gozou logo que o toquei, o que
fez minhas bolas doerem com a necessidade, e meu pau
espasmar quando gozei.

— Caralho. — Eu ajusto o pau duro no meu jeans e vou


me aliviar antes que se torne óbvio para os trabalhadores em
torno de mim.

Ramon faz isso comigo. Ele me perturba muito e,


estando em um canteiro de obras, minha cabeça precisa focar
no aqui e agora. E se não estiver, acidentes podem acontecer.

Chris, um dos eletricistas, se aproxima e ouço o distinto


pisar pesado antes de vê-lo. Seu ajudante, Rick, arrasta os
pés quando anda e não está próximo, o que me faz pensar no
que está fazendo, porque eles nunca trabalham sozinhos.

Todos os trabalhadores ouviram as palavras de Ramon


esta manhã e apenas alguns tinham uma opinião diferente.
Mas Ramon alertou sobre abrir uma ação legal contra
qualquer um que ele descobrir que esta “ajudando” Griffin e
isso não agradou muito. Depois de vinte minutos de
conversa, todos pareceram se acalmar e perceber que eles
não tinham com o que se preocupar se eles se ocupassem
com seu próprio trabalho e assim manteriam seus empregos.

Parecia que os mais antigos, aqueles que trabalhavam


para os McKenzies por mais tempo, ficaram ofendidos que
Ramon poderia achar que eles fizeram algo para por em risco
seus empregos. Ambos Ramon e eu sabíamos que isso
poderia acontecer e tínhamos discutido sobre isso durante o
café da manhã.

Não havia nenhuma maneira fácil de encarar isso.


Ramon precisava se fazer entender, independentemente de
quem se ofenderia, e foi isso que ele fez.

Inquietação me domina enquanto olho em volta da obra.


Não tenho certeza se alguma coisa vai acontecer, mas não
posso evitar de me preocupar com os caras na obra. Um deles
pode ter um problema com Ramon.... Bem.... Um problema
maior do que antes.

Durante o anúncio de Ramon, eu estava parado atrás


dos outros enquanto observava por qualquer coisa incomum.
Nenhum imprevisto aconteceu e todos escutaram Ramon.
Alguns se revoltando quando não gostaram do que ouviram,
mas fora isso não houve nada.

— Você vai ficar ai sonhando o dia todo ou você vai me


deixar passar para trabalhar naquela parede ali? — Chris
pergunta.

Tenho a sensação de que ele está tentando ser educado,


mas preferia apenas me empurrar para fora do caminho.

— Tudo bem. Onde está Rick?

Ele passa por mim, resmungando, e deixa cair sua caixa


de ferramentas quando chega à parede que ele
aparentemente, vai trabalhar.

Não sei se acredito nisso.

Nada vai ser feito por mim nesta manhã.

Não sou normalmente tão distraído, mas pensar em


Ramon em seu escritório está acabando com a minha
concentração. Provavelmente estou agindo como uma criança
de cinco anos hoje. É como se eu tivesse uma coceira que
precisasse coçar e sabendo que não posso está fazendo-a
coçar mais. Estremeço porque é verdade e minha coceira é
Ramon.

— Merda! — Coloco o martelo de volta em meu cinto de


ferramentas e vou pelas escadas. Há um elevador, mas essa
coisa é o suficiente para me dar pesadelos. Elevadores em
canteiros de obras são temperamentais nos melhores dias.

Descendo o último conjunto de escadas, alguém grita:


"Cuidado." Todos nós olhamos para cima e, numa fração de
segundo, afasto um garoto enquanto duas vigas de aço caem
no chão.

Essa foi por pouco. Não tenho ideia de onde elas vieram.
Todas as vigas de aço para os andares de cima foram levadas
até lá por um guindaste dois dias atrás. Elas são muito
pesadas para um ou mesmo dois homens manobrar sem o
suporte de um equipamento ou algo similar.

— Que merda aconteceu? — Ramon grita enquanto se


apressa através da multidão que se formou.

Então seus olhos se concentram em mim sentado no


chão e meu pé a cerca de quinze centímetros de uma das
vigas. Ele parece momentaneamente atordoado antes de se
aproximar rapidamente e me ajudar a levantar.

Viro-me e ajudo o garoto que quase foi atingido, mas o


breve toque de Ramon na minha mão me faz virar para ele.

— Você está bem?

Eu concordo.

— Sim. Não estaria, se uma advertência não fosse


gritada.

Sua mandíbula aperta com raiva e estresse.

— A obra está fechada por hoje. Todo mundo vai receber


o pagamento, mas por agora, peguem suas coisas pessoais e
encerrem o expediente. Estejam de volta aqui amanhã de
manhã a menos que vocês sejam avisados do contrário. E
você será pago amanhã, se você não for chamado. Isso serve
para todos. — Ele passa suas mãos pelos cabelos e o ligeiro
tremor que vejo aperta no meu coração. Sem olhar para mim,
e com o ruído de todo mundo indo embora, ele sussurra. —
Siga-me para o meu escritório. Agora. — Ramon se vira e sai
da construção esperando que o siga.

Eu vou. O seguirei em qualquer lugar, e espero que ele


perceba isso. Meu estômago ainda está de cabeça para baixo
pelo que realmente aconteceu. Segundos. Isso foi tudo que eu
tive para sair do caminho.

Depois que agarrar meu homem, estou planejando


voltar lá em cima para descobrir como aquelas vigas
conseguiram despencar pela porra do ar.

Ramon

Ao ouvir o barulho do meu escritório, levantei-me e corri


para a entrada do edifício com o coração na garganta.

Meu primeiro pensamento foi para Noah, mas também


me preocupei no caso de um dos meus trabalhadores ter se
machucado ou pior.

Chocou-me encontrar Noah sentado no chão ao lado do


garoto que presumo que ele empurrou para fora do caminho.
Noah estava a meros centímetros das vigas.
Mesmo agora, enquanto ignoro Jackie e entro em meu
escritório, minhas mãos ainda estão tremendo. O medo de
perder Noah está rasgando meu interior e além. A tal ponto
que quero rasgar nossas roupas e reclamá-lo.... Preciso senti-
lo, saber que está vivo. Ou até mesmo tê-lo me reclamando de
modo que o sinta duro e sólido na minha bunda.

— Ramon, fale comigo. — Noah fecha a porta para nos


dar privacidade e segundos depois ouço seu cinto de
ferramentas caindo no chão e o ferrolho trancando a porta,
não posso me segurar.

São necessários dois passos para alcançá-lo e, em


seguida, estou puxando-o em meus braços. Seus braços
envolvem minha cintura e ele me abraça tão firme quanto
estou segurando-o.

Movendo lentamente as mãos por trás de seu pescoço,


seguro seu rosto e, enquanto acaricio suas bochechas com
meus polegares, deixo meus lábios pairarem acima dos seus
antes de beijá-lo. Não é o beijo cheio de luxúria que
costumamos trocar. É um beijo suave de amor. Quase o perdi
e preciso desse momento agora. Quero mostrar-lhe o quanto
ele significa para mim. Que é por isso que estou frustrado
que estamos em meu escritório, mas talvez, precisemos de
uma nova memória estando aqui.

Diminuindo o beijo, e ignorando o pulsar no meu zíper,


eu gentilmente me apoio em Noah e mordisco ao longo de sua
mandíbula terminando no lóbulo da sua orelha, enquanto
minhas mãos vagueiam sobre seu peito nu. Noah geme e
empurra sua virilha contra mim. Oh, ele está pronto para
mim.

Com um rápido beijo em seus lábios, me afasto e faço


um trabalho rápido em seu cinto e calça jeans. Empurrando-
os para baixo em suas pernas, seu belo pau aparece, duro e
grosso.

— Toque-me. — Ele sibila.

— Eu vou. — Gemo com a visão.

Virando rapidamente uma cadeira para ficar de frente


para nós, pego Noah e o empurro para sentar na cadeira.

— Humm, isso parece bom. — Sussurra Noah enquanto


ele acaricia seu próprio pau. — Mas seria melhor se você
estivesse aqui. — Ele aponta para o chão entre seus joelhos
abertos. Seus tornozelos não estão distantes um do outro por
causa de sua calça jeans enrolada em torno deles.

Eu sorrio e caio no chão.

— Assim está bem?

— Não. Mais perto.

Meus olhos permanecem em seu pênis enquanto ele o


acaricia, atraindo mais pré-sêmen para fora da cabeça. Meu
próprio pênis está apto para estourar, mas ele não importa
agora. Isso aqui, agora, é sobre Noah.

— Quero ver o seu pau.

— O que?
— Você me ouviu, Ramon. Quero ver seu pênis. Agora,
você está me provocando com a protuberância que você tem,
mas adoro olhar para você.

Minha respiração trava na minha garganta com suas


palavras, e acho que não posso recusar. Posso definir minhas
regras próprias também.

— Você não toca meu pau ou minha bunda. Isto é sobre


você.

Ele rosna.

— Faça.

Jogando minha camisa sobre a minha cabeça, arranco


meu cinto e apenas suspiro de alívio quando minha ereção
bate o ar frio.

— Assim é muito melhor.... Mas se você não fizer algo


em breve, vou gozar pela minha própria mão. — Noah
acaricia seu pau e mantém um aperto firme em torno da base
e de sua saída.

— Não se mova. — Eu assobio.

Acariciando suas coxas, esfrego onde posso alcançar


entre as pernas e sorrio quando seu pau se contrai. Vejo
como mais pré-sêmen escorre da fenda antes de usar minha
língua e sentir seu gosto.

Noah prende o fôlego. Sinto prazer em fazê-lo se sentir


assim, quando sinto um ligeiro tremor em suas pernas.
Sabendo que estou causando isso nele aumenta a minha
própria excitação, que faz meu pau formigar e liberar pré-
sêmen.

Precisando que a dor entre as minhas bolas seja


aliviada, embrulho uma mão em volta do meu eixo e começo
movê-la para frente e para trás.

Querendo mais de Noah, afasto sua mão e uso a minha


para massagear suas bolas e pau. O seu, "porra, porra,
Ramon", quando o levo a minha boca faz minhas bolas
puxarem para cima tão extremamente apertadas, que tenho
medo delas estourarem.

Minha mão brinca com seu saco enquanto meus dedos


procuram entre suas pernas pelo ponto sensível que
normalmente o faz disparar em órbita. Todo o seu corpo fica
tenso quando encontro o local.

Levemente massageio o ponto com o dedo enquanto


minha boca trabalha, levando-o mais profundo enquanto
seus dedos deslizam no meu cabelo e gentilmente o puxam.

Sentindo os arrepios de prazer em meu próprio pau se


reunirem com meu próprio orgasmo se aproximando
rapidamente, olho para Noah. Seus olhos estão brilhando
com amor por mim.

Não posso adiar mais, e pressiono entre as pernas de


Noah enquanto tomo todo seu pênis em minha boca,
cantarolando em torno dele.

Seu gozo espirra contra a parte de trás da minha


garganta, juntamente com minha própria libertação. Chupo e
massageio Noah enquanto está lançando dentro de mim, e
bombeio meu pau em minha própria liberação de prazer.

No momento em que nós dois estamos saciados, Noah


puxa minha cabeça de seu colo e diz:

— Eu não aguento mais. — E sela nossos lábios com um


breve beijo. — Posso provar a mim mesmo em você. — Me
beija de novo, e de novo, e novamente. — Não posso obter o
suficiente.

Espremo delicadamente seu saco e vejo como Noah joga


a cabeça para trás e empurra em minha mão.

— De maneira nenhuma vamos fazer novamente em seu


escritório.

Triste, mas tenho que concordar.

Minha mão está muito pegajosa, sem mencionar o jeans


de Noah.

Sento-me sobre meus calcanhares e rio. Noah levanta


uma sobrancelha em questionamento.

— Meu sêmen caiu em seu jeans.... Desculpe. Esqueci


que ele estava aí. — Olho em volta procurando minha camisa
antes de agarrá-la e limpar meu pau.... E o jeans de Noah.

Sorrio.

— Você está realmente reivindicado.

— Espertinho. — Resmunga Noah. — Está se sentindo


melhor agora?
— Eu deveria estar fazendo-lhe essa pergunta. — Puxo
minha calça de volta para cima e vou até um pequeno
armário onde mantenho uma roupa extra. Não encontro
outra camisa, então pego uma camiseta e um jeans de
trabalho junto com minhas botas.

Poderia muito bem fazer uma troca completa.

Enquanto estou me vestindo, continuo olhando para


Noah. Preciso ter certeza de que ele está realmente bem. Ele
parece estar, mas a carranca junto com sua sobrancelha
arqueada me diz que algo está incomodando-o.

— Fale comigo. — Digo a ele durante a troca de minha


calça. — Por favor. — Abotoo o jeans.

— O que aconteceu lá hoje? Essas vigas são tão


pesadas, que precisam pelo menos de quatro pessoas para
levantá-las, e não haviam quatro pessoas lá em cima. Até
onde sei, não havia ninguém acima do terceiro andar, tinha
acabado de vir de lá.

— Então, você está bem. Por dentro e por fora, você está
bem?

Noah rapidamente beija meus lábios antes de dar um


passo para trás.

— Sim. Juro que estou bem. Estou apenas preocupado


com o jeito que isso aconteceu.

Suspiro de alívio.

— Com isso posso lidar.


Noah olha rapidamente para mim depois da minha
resposta.

— Vamos subir e dar uma olhada.

Ele balança a cabeça e começa a abrir a porta quando


meu celular começa a vibrar em minha mesa com uma
chamada.

— McKenzie. — Respondo.

— Ramon, Sabrina teve um menino uma hora atrás. —


Carla anuncia, sua voz cheia de emoção e tenho certeza que
ela está chorando e rindo ao mesmo tempo. — Tentei te ligar
mais cedo, mas não atendeu. Acho que seus irmãos tentaram
também.

Meu coração se aperta.

— Sinto muito, esqueci de tirar da vibração esta manhã.


— Passo a informação para Noah, que está esperando
pacientemente na porta. Ele sorri.

— E Sabrina está bem? Lucien? O bebê?

Carla ri.

— Sabrina está bem, mas está exausta. Lucien era uma


mistura de verde e branco não muito tempo atrás, mas agora
ele tem um sorriso tão grande quanto o Canadá. Alexander
Lucien McKenzie é um menino bonito, com 3kg e 300g... que
é um excelente peso ao nascer. E ele tem um par brilhante de
pulmões, pelo menos foi o que Lucien nos informou.... Você
virá agora ou vai esperar até amanhã?
Estou desesperado para visitar meu sobrinho, mas não
quero cansar Sabrina.

— Avise a Lucien que nós vamos visitá-los ainda esta


tarde.

— Eu vou. — Ela desliga antes que mais palavras


possam ser trocadas.

Sorrio como um idiota para Noah.

— Nós somos tios.... Alexander Lucien McKenzie.

Seus olhos se enchem de lágrimas com as minhas


palavras, mas ele pisca afastando-as.

Movendo-me mais perto, seguro sua mandíbula com


minha mão e beijo duramente sua boca.

— Estamos nisso para sempre, você e eu, então sim, nós


somos tios.

— Nunca disse o contrário. — Ele contrapõe, com


emoção clara em sua voz.
Ramon

Ainda não há nenhuma


pista de como as vigas caíram do andar superior daquele
jeito, Noah e eu desistimos de resolver o problema.... Pelo
menos por enquanto. Já que agora, temos um sobrinho para
acolher no mundo!

Tenho a sensação de que será mais do que apenas nós


no hospital, se Sebastian fizer do seu jeito. Provavelmente
vamos acabar no Kenza comemorando a chegada do bebê em
grande estilo.

— Você não vai sair e embebedar seu irmão.

Humm, ou não, com essas palavras de mamãe ecoando


pelo corredor.

— Mãe, nós não somos mais adolescentes. Nós podemos


lidar com a bebida. Não se preocupe. — Sebastian tenta
acalmá-la, o que poderia ter dito ele para poupar suas
palavras.

— Mãe. — Interrompo, para grande alívio de Seb.

— Oh, vocês dois estão finalmente aqui. — Ela me


alcança e me abraça antes de fazer o mesmo com Noah. —
Sua irmã está com Lucien e Sabrina. Vão vê-los. — Ela dá a
Noah um empurrão na direção que estou presumindo que
precisamos seguir.

— Eu vou mostrar. — Sebastian oferece e move-se na


nossa frente.

— Vejo vocês meninos no domingo. — Com essas


palavras de despedida, mamãe desaparece.

— O que você disse para irritá-la? — Pergunto a meu


irmão.

— Abri minha boca antes de pensar. Ela estava me


pressionando para engravidar Carla, então mudei de assunto
e terminou com um sermão sobre deixar Lucien bêbado.

— Por que você apenas não disse a ela que vocês


querem esperar? — Pergunta Noah.

Não sabia que essa era a razão.

— Porque não é da conta de ninguém, somente nossa.


— Ele suspira. — Queremos ter filhos, mas acho que agora,
estamos sendo egoístas e decidimos esperar mais doze meses,
antes mesmo de tentar. Quero tê-la só para mim um pouco
mais, eu não vejo o que há de errado nisso.

Coloco minha mão em seu ombro enquanto ele para na


porta.

— Não há nada errado com isso, e eu estou feliz que


pelo menos uma vez você não está apressando algo. Basta
dizer a mamãe, então ela vai parar de persegui-lo. — Sorrio.
— Ela vai começar a perseguir Ruben então.

Ele ri.
— Isso é algo para se pensar. Só queria que ela
desistisse sem ter que dar a ela uma razão pela qual nós não
teremos um bebê agora.

— Eu compreendo-o.... de qualquer maneira, abra a


porta. Nós queremos ver nosso sobrinho.

Sebastian abre a porta e meu rosto divide-se em um


sorriso. Carla está sentada ao lado da cama abraçando
Alexander, enquanto Sabrina está descansando de costas na
cama com o meu irmão, que parece mais exausto do que sua
esposa.

À medida que entramos, eu rio da cena que se forma


diante de nós. Sebastian se agacha ao lado de sua esposa, e
Lucien apenas nos observa entre os olhos que se recusam a
ficar abertos.

— Quem deu à luz? — Pergunto enquanto me inclino


sobre Sabrina para beijar sua bochecha. — Parabéns, você é
a mamãe mais bonita.

— Ei, pare de falar coisas doces à minha esposa. —


Lucien resmunga.

Noah beija brevemente Sabrina na bochecha, antes de


beijar sua irmã e agachar-se para olhar o pacote em seus
braços.

Me viro para Sabrina.

Ela sorri, aconchegando-se mais contra seu marido.


— Nós dois estamos cansados, mas estou melhor com
todos os remédios que injetaram em mim, mas Lucien está
pronto para dormir por uma semana, eu acho.

— Eu vou dormir quando ambos estiverem em casa


comigo.

— Agora Lucien, você precisa descansar. — Sabrina


adverte.

Meu irmão revira os olhos, o que Sabrina acaba vendo.


Seu olhar severo é de curta duração quando ele a beija para
sair do apuro.

Ignorando a dupla se afagando na cama, afasto


Sebastian do caminho para que eu possa ver meu sobrinho.
Ele é como qualquer outro bebê, pequeno. Bebês me
assustam muito para segurá-los. Estou sempre com medo de
que vá deixar cair o pequeno pacote. Nunca faria isso, mas
eles são tão pequenos!

— Aqui Ramon, pegue-o. — Carla oferece, e Sebastian,


sabendo do meu medo, começa a rir.

A carranca de Carla em breve o cala em vez de aumentar


o barulho.

— Me levantem rapazes.

Noah ajuda Carla a se levantar da cadeira, e com os


olhos, ela me indica a cadeira que acabou de desocupar.

— Agora.... Segure seu sobrinho. — Ela sorri.

Alexander é colocado em meus braços e o ar deixa meus


pulmões. Ele é tão precioso e estou emocionado que Lucien
tem a família que ele sempre pensou que não seria possível.
Descolando a pequena luva branca na mão de Alexander, eu
olho para seus dedos enrugados e sorrio em delírio quando
ele agarra meu dedo.

— Ele é perfeito. — Sussurro, à beira das lágrimas.

Noah se senta no braço da cadeira ao meu lado, e


desliza o braço em volta dos meus ombros enquanto ele
acaricia a cabeça de Alexander com a sua outra mão.

— Lindo. — Diz ele, e ouço o sorriso em sua voz.

Controlando minhas emoções, finalmente encontro o


olhar de Lucien.

— Não tenho palavras para dizer o quanto estou feliz por


você.

Lucien balança a cabeça conforme engole sua própria


emoção com minhas palavras, enquanto me viro para
Sabrina.

— Obrigado por tornar a vida do meu irmão completa.

Sabrina limpa abertamente as lágrimas de seu rosto.

— Eu o amo, e a Alexander. Eles são o meu mundo.

— Eu sei.... Diga-me, como foi com mamãe? —


Pergunto, e começo a rir quando Sebastian bufa e Lucien ri.

— Ela esqueceu seu próprio nome antes quando ela


estava aqui. Papai teve que lembrá-la. — Sebastian balança a
cabeça. — Vamos mulher. — Ele desliza o braço em torno da
cintura da mulher por trás. — É hora de ir. — Ele a beija no
pescoço, enquanto arrasta-a para a porta.
— Meu Deus, Sebastian. — Lucien ri. — Não pode
esperar até que você a leve para casa?

— Não. — Seb responde com um sorriso. — Bem vemos


todos vocês mais tarde. — Sebastian abre a porta para
encontrar Dante no outro lado. Ele faz uma breve pausa
antes de entrar.

Sebastian sai com Carla, não dando tempo a ela de dizer


adeus a ninguém, enquanto Dante decide se aproximar da
cama ao lado de Sabrina.

Enquanto Lucien franze a testa para Dante que sorri,


me levanto e deixo Noah tomar a cadeira antes de colocar
Alexander em seus braços.

Noah

Segurando este bebê doce em meus braços, ignoro os


outros na sala e aprecio a sensação dele contra mim. Ele é
pesado o suficiente para saber que ele está lá, mas tão leve e
precioso.

A minha irmã parecia perfeita segurando Alexander


quando nós entramos, e eu mal posso esperar para ser tio de
seus filhos. Até então eu não percebi o quanto eu queria ser
pai, ter um filho ou filha para vir para casa todas as noites. O
único caminho a seguir, para Ramon e eu, seria adotar, mas
eu nem tenho certeza se isso é uma opção para um casal gay.
Eu acho que é algo para pensar e um dia conversar com
Ramon.... Um dia. Por agora, estou apenas feliz que ele me
aceitou de volta, sem tentar mandar-me embora. Eu merecia
isso, mas estou extremamente aliviado que ele não o fez.

— Sylvia. — Ouço o nome dela sair da boca de Dante,


que traz a minha atenção de volta para os outros na sala.

— Não sabia que Eric estava de volta. — Ramon faz uma


carranca e olha para mim.

— O que eu perdi? — Preciso saber o por quê deste


olhar no rosto de Ramon.

Ramon oferece-me um sorriso irônico.

— Eric estava com Dante. Eles esbarram com Sylvia em


seu caminho, e, aparentemente, Eric arrastou Sylvia para
falar com ele, enquanto Dante veio até aqui. Realmente
acredito que Sylvia tem Eric amarrado em nós.

— Meu irmão quase bateu em uma porta fechada por


causa de sua distração com Sylvia quando ele a viu. — Dante
faz uma carranca. — Ele não é assim tão distraído com uma
mulher, então não tenho certeza de como interpretar isto.

— É por isso que estou preocupado. Ele nunca teve um


relacionamento sério.

Acho isso difícil de acreditar quando ele está em seus


trinta anos.

— Você tem certeza sobre isso?


— Sim. — Respondem Ramon, Lucien e Dante juntos.

Ok, então!

— A coisa é, não tenho certeza do que eles têm, mas não


é uma relação, pelo menos, não ainda.

— Luxúria. — Sabrina oferece, e encolhe os ombros


quando todos nós olhamos para ela. — Oh, vamos lá. Você
são todos homens, vocês nunca sentiram luxúria antes?

— Todo o tempo. — Admite Ramon.

Acho graça.

Dante faz um barulho borbulhante com a garganta e


Lucien ruge de tanto rir.

Sabrina começa a rir.

— Bem, ele nem sempre foi um padre.

— Eu não era. — Dante concorda. — Vou deixá-los se


entenderem. Preciso ir e verificar o que Eric fez com aquela
jovem mulher, mas vou voltar antes de ir embora. Preciso dar
um afago nesse pacote pequeno.

Permanecendo sentado enquanto ele caminha,


finalmente começo a rir.

— Você soou com cerca de noventa anos com esse


comentário.

— Às vezes desejo que tivesse.

Faço uma pausa no pensamento.

Por que ele deseja isso?

Não faz sentido.


Quando Dante nos deixa, eu concentro-me em balançar
a criança em meus braços. Ele está começando a acordar e
quer sua mãe, se sua boca procurando for qualquer
indicação.

Levantando-me, o entrego para Sabrina, que já estava se


aproximando de seu filho. Eles fazem uma imagem perfeita.

Pegando rapidamente o meu celular do bolso de trás,


aponto e clico tirando algumas fotos. Uma imagem perfeita,
mando uma mensagem para Lucien.

Ramon ficou vinte minutos me passando os números de


celular de todos esta manhã para que sempre tenha uma
maneira de entrar em contato com sua família.

Quando Lucien recebe a mensagem, seus olhos


arregalam de surpresa com a imagem que tirei. Isto mostra o
amor entre ele e sua esposa enquanto abraçavam seu filho.

— Obrigado. — Ele sussurra e mostra a Sabrina.

Ramon desliza a mão na minha e nossos dedos se


entrelaçam.

— Nós estamos saindo para dar-lhes privacidade para


alimentar Alexander. — Sorri Ramon. — Um bonito nome
para um bebê bonito.

Lucien se levanta da cama e vem até nós.

— Obrigado rapazes. Nós vamos estar na casa dos pais


no domingo, talvez. — Lucien olha para Sabrina. — Vai
depender de como minha esposa estiver se sentindo. — Ele
sorri.
— Acho que você deve deixar passar este domingo e ir
no próximo. Nossa família é esmagadora na maioria das vezes
e vocês vão precisar descansar. Mãe sabe onde você está para
visitá-los, o que ela vai fazer.

— Isso foi o que eu disse a Sabrina. — Lucien


distraidamente acaricia a mão de Sabrina enquanto se senta
na cama.

— Eu acho que vamos vê-los em um par de semanas, se


não antes. — Acrescento sabendo que Lucien fará o que for
melhor.

Ramon puxa minha mão quando nos movemos para a


porta.

Nos despedimos e, antes que eu saiba, estamos no


elevador e Ramon está puxando-me para perto.

— Esta noite quero deitar na cama com você enrolado


em mim. Sem sexo. Apenas nós dois deitados juntos.

Deslizo os dedos pelo seu cabelo e saboreio o


comprimento mais longo, enquanto devolvo seu abraço. Suas
palavras vão direto ao meu coração onde quero mantê-las... e
a ele... para sempre.
Ramon

Acordar, envolto em torno do homem que amo, faz com


que o meu coração vibre no peito. Só conheci este sentindo
com Noah e estou contente por ele estar de volta. Está de
volta para ficar.

Ontem à noite, depois de ter chegado da visita a nosso


novo sobrinho, comemos comida chinesa e em seguida,
deitamos abraçados na cama. Foi uma sensação agradável
ser capaz de relaxar com ele. Ele conhece todas as minhas
manias, e eu as dele. Às vezes acho que sei o que ele está
pensando e em seguida, ele me surpreende. Eu amo como é
ter sua forma nua pressionada completamente contra meu
peito.

É cada vez mais difícil eu ficar imóvel enquanto me


aperto contra ele com a luz solar entrando pelas janelas.

Apenas a sensação dele contra mim esta manhã, faz-me


contrair por um contato muito mais próximo, que recebo
quando Noah empurra seu traseiro apertado contra mim.
Reprimindo um gemido, esfrego sua bunda e quadril
com a minha mão e sinto meu pau contrair com a absoluta
necessidade de Noah.

Na noite passada tínhamos explorado um ao outro, mas


tínhamos feito isso sem fazer sexo. Ambos queríamos essa
conexão íntima que não tivemos com ninguém mais. Esta
manhã, no entanto, preciso dele com o meu coração, alma e
corpo.

Querendo verificar a disponibilidade de Noah para mim,


deslizo minha mão sobre seu quadril e Noah engasga de
prazer quando minha mão fecha em torno de sua ereção
sólida.

Gentilmente mordo o lóbulo da sua orelha.

— Quanto tempo faz que você está acordado? —


Sussurro.

— Não muito. — Noah coloca a mão no meu quadril e


me segura contra ele.

Minha mão acaricia para frente e para trás enquanto


meu pau duro esfrega contra o seu traseiro; meu pau esfrega
entre suas nádegas buscando abrigo em seu calor.

— Eu quero você. — Beijo a parte de trás do seu pescoço


e movo-me ao longo de seus ombros, sentindo-o tremer com a
minha boca e mãos sobre ele.

— Então me tenha. Sou seu.

Assim que as palavras deixam a boca de Noah, meu


celular começa a vibrar na mesa de cabeceira.
— Atende. — Ordena Noah.

— Se eu atender, não teremos mais tempo, você sabe


disso, não é?

— Sim, mas pode ser importante a esta hora da manhã.


Atenda.

Ele tem razão.

Observo Noah sair da cama e dirigir-se para o banheiro


enquanto eu pego meu celular.

Verificando a exibição de chamadas, eu franzo a testa


quando vejo a cara feia de Sebastian sorrindo para mim.
Quando ele colocou essa imagem como seu perfil, eu não
tenho ideia.

Atendendo, eu rosno.

— Está tudo bem? — Enquanto esfrego minhas


têmporas.

— Por que os bebês nascem no meio da noite? — Ele


resmunga.

— Sobre o que você está falando?

— Lily.

Ele está me dando dor de cabeça.

— Olha, não tomei meu café ainda, e não tenho


nenhuma ideia sobre o que você está tentando me dizer,
então acabe logo com isso.

— Bem, olha quem acordou mal-humorado. — Ele


reclama. — Lily teve seu bebê durante a noite.
Sorrio com suas palavras.

— Mamãe acabou de me ligar e disse para ligar para


todos, para que ela pudesse ir ver sua nova neta. Não sei por
que ela não podia esperar algumas horas mais.

Rio.

— Porque ela está animada e espera que você também


esteja, seu idiota.

— Estou.

— Pare de choramingar e me diga sobre Lily e a bebê. —


Resolvo me apoiar contra o meu travesseiro.

— Sirena Louise Mackenzie nasceu cerca de uma hora


atrás, e tanto a mãe quanto a bebê estão bem. Não tenho
certeza sobre Michael. Pela descrição de mamãe, acho que ele
parecia tão mal quanto Lucien.

Outra menina. Eu me pergunto se ela se parece como


seu irmão ou irmã?

— Nós vamos até lá mais tarde. Presumo que eles estão


no mesmo hospital que Sabrina?

— Sim. — Ele boceja. — Vou voltar para cama com a


minha esposa. Vejo-os mais tarde.

Desligando, vejo Noah, já vestido para o seu dia na obra,


sorrindo para mim. Ele obviamente, ouviu a minha conversa
sobre o novo bebê, mas acrescento:

— Sirena Louise nasceu cerca de uma hora atrás e


ambas estão bem.
— Somos tios novamente.

Aceno, o novo bebê temporariamente esquecido.

A calça jeans pendurada na cintura, enquanto ele não


coloca o cinto. A camiseta servindo-lhe perfeitamente com
seus mamilos mostrando através da camisa.

— Se você continuar olhando para mim assim, vou subir


de volta na cama com você, e você vai perder sua reunião.

Ouvindo Noah mencionar minha reunião, olho para o


relógio abaixo da TV na parede.

Porra!

— Vou fazer o café. — Noah oferece e desaparece.

Sorrio porque não sou cego.... Notei a grande


protuberância atrás de seu zíper.

Suspirando, revelo a minha protuberância


correspondente, conforme faço rapidamente a minha rotina
matinal, desesperado para me juntar a Noah na cozinha.

Não demora muito tempo para terminar no banheiro e,


uma vez vestido com minha calça cinza escuro, camisa cinza
e sapatos, deixo a gravata oscilando em torno do meu
pescoço enquanto vou encontrar Noah.

Paro na entrada da cozinha quando vejo o café da


manhã sobre a mesa da cozinha: bagel, requeijão, geleia, café
e suco.

— O quê? — Pergunta ele, corando.


Acho que não posso sorrir mais do que estou nesse
instante. Movendo-me até ele, eu agarro sua nuca quando se
inclina contra mim. Inclinando-me, beijo seus lábios bonitos.

— Obrigado.

Tomando o assento oposto, saboreio o café antes de


espalhar o requeijão sobre a bagel. Cuido muito da minha
saúde e posso comer praticamente qualquer coisa, em
qualquer hora do dia, então aproveito. Ter Noah preparando
isso para mim faz um sorriso brincar em meus lábios.

— Acho que não quero que ninguém mais saiba sobre as


câmeras de segurança que foram instaladas durante a noite.

Noah acena com a cabeça em concordância, sua boca


cheia com comida. Minha intenção inicial era deixar todos
saberem na esperança de que nada mais acontecesse. Mas
como Noah disse, se souberem que elas estão lá, então isso
poderia impedi-los de descobrir quem está fazendo isso.
Então, depois de alguma discussão, vou tentar a rota secreta
primeiro e ver o que acontece.

Nada parecia ser culpado quando verificamos as vigas


que caíram no chão, o que levanta a questão de como elas
caíram?

Com uma carranca se formando em minha testa, sugiro:

— Veja o que acontece, e tente não se preocupar demais.


Vou para minha reunião e em seguida, vamos falar sobre a
contratação de alguma segurança.
— Você acha que é uma boa ideia? Ter homens
caminhando na obra que não têm instrução sobre o processo
de construção? — Noah faz um bom ponto.

Termino de mastigar um pedaço da torrada e respondo:

— É uma maneira de manter todos seguros, mas você


tem um ponto sobre a sua segurança. Porra, se eu soubesse
outra forma de resolver isso, gostaria de fazê-lo. Pensei que ir
diretamente até Griffin iria parar tudo, mas as vigas caírem,
foi mais grave do que tudo o que aconteceu antes. Vamos ver
o que acontece hoje e decidir a partir daí. Não quero mais
atrasos se pudermos impedir isso.

— Eu compreendo. Bem, você sabe onde estarei se


precisar de mim. — Ele pisca.

Rio e termino meu bagel.

— Obrigado pelo café da manhã. — Levantando, faço o


trabalho rápido dos pratos sujos e termino tudo rapidamente
antes de encontrar Noah na porta da frente.

Ficamos lado a lado e olho para o espelho do corredor.


Estou vestido para minha reunião, e Noah vestido para
trabalhar na obra. Somos iguais por dentro, mas por fora,
somos tão diferentes. Quando nos encontramos pela primeira
vez, no entanto, estava vestido igual a Noah, jeans e botas de
trabalho. Prefiro ficar sujo com os homens, nunca pedi para
fazerem um trabalho que não estivesse preparado para fazer
eu mesmo. É por isso que sou o gerente da obra em vez de
trabalhar no edifício McKenzie no centro de Lexington. Mas
ver Noah vestido assim hoje, está fazendo minha cabeça girar
e tudo que quero é tirar minha calça e camisa antes de eu
substituí-las por um jeans e camiseta.

— O que você está pensando? — Noah me vira de frente


para ele e arruma minha gravata. Algo que odeio fazer.

— Estou pensando sobre o quanto adoraria estar


usando calça jeans e trabalhar ao seu lado durante todo o
dia, em vez de ter de assistir a uma reunião antes de
recuperar o atraso na papelada. — Sorrio e me aproximo para
roubar um beijo rápido.

O beijo rápido passa batido, já que Noah sela a boca


sobre a minha, e prendo minha respiração.

Ele tem gosto de café Colombiano combinado com o


sabor único que é completamente Noah. O beijo permanece
suave. Até o momento em que ele se afasta, nossa respiração
está irregular e estou lutando comigo mesmo para não
terminar o que começou no quarto.

— Mais tarde. — Ele me afasta. — Você tem uma


reunião.

Eu rosno, querendo esquecer que nós dois temos


compromissos e ficar aqui.

Noah ri.

— Vamos acabar com isso e então poderemos tirar


férias. Só você e eu. Em algum lugar, sem telefones celulares,
vigas, bebês nascendo... e pessoas nos incomodando em
todas as horas. Seremos só nós.
— Eu, com certeza, gosto de como isso soa. — Pressiono
meus lábios nos seus em um breve beijo. — Vamos.

Noah

Com Ramon longe da obra durante a maior parte da


manhã em sua reunião, fui capaz de me concentrar e
consegui mais trabalho feito do que consegui toda a semana.
Ele está fora por um par de horas e minha concentração está
uma merda, outra vez. Não deveria achar tão difícil manter
minha cabeça no trabalho, mas não consigo.

Vi Jackie indo e voltando entre seu próprio escritório e o


de Ramon tantas vezes que minha cabeça está girando. Até
do quinto andar, posso ler a frustração clara no rosto de
Ramon sempre que olha para fora. Todas as janelas e
persianas estão abertas no seu escritório, me dando uma
vista perfeita.

Sem dúvida, ele vai ter algo para me contar quando


chegarmos em casa mais tarde esta noite. Odeio não saber as
coisas, então seu dia com Jackie vai entrar na conversa.

De vez em quando, verifico em volta para me certificar


de que não há alguém aqui que não deveria estar e até agora
está tudo bem. Ainda me sinto desconfortável estando aqui
em cima. Os outros continuam trabalhando, que é uma das
razões pelas quais optei por começar a fazer as bases para o
quinto andar.

A maior parte deste andar ainda está aberto aos


elementos, o que faz com que o vento chicoteie em torno de
mim, tornando impossível realmente estar aqui sem um cinto
ligado a um dos ganchos de segurança. Os acho muito
inconveniente, mas ao trabalhar sozinho e longe da beirada,
não vejo a necessidade. Saúde e segurança, e Ramon não iria
gostar de ver isso, mas droga.

Não só acho mais fácil trabalhar sozinho, mas o silêncio


me permite pensar. Pareço estar pensando muito
ultimamente. Sobre qualquer coisa e tudo, mas
principalmente meu futuro. Cada vez que penso sobre isso,
Ramon está na imagem. Até visitarmos Sabrina no hospital, e
pegar Alexander nos meus braços, nunca pensei em ter filhos
meus. Não tenho certeza se ter filhos através da adoção é
uma possibilidade, já que somos um casal gay.

Suspiro. O que estou pensando? Ramon nunca


mencionou casamento ou filhos. Ele mencionou estarmos
juntos para sempre e acho que deveria ter perguntado qual a
sua definição de para sempre, para que possamos estar na
mesma página com a nossa relação.

O que o impede de mencionar isto?

Odeio minha consciência, por vezes, mas está certa. Por


que não posso ser eu a trazer o assunto? Pelo que sei, Ramon
pode estar pensando na mesma coisa que eu em relação ao
nosso futuro juntos. Ele pode estar esperando por um sinal
meu de que estou interessado.

Espero que, se tudo correr bem na obra hoje, e depois


de visitarmos Lily e Michael para conhecer Sirena, possa
discutir o assunto para mencionar algo que nos leve a essa
conversa. Mas o que?

Uma rajada de vento quase me tira o capacete da cabeça


então me viro e coloco-o firmemente de volta na cabeça
enquanto tento chegar a uma maneira mais fácil de descobrir
os pensamentos de Ramon sobre nós.

Nada vem à mente então deixo esses pensamentos de


lado enquanto me aproximo da área aberta, uma seção que
parece um esqueleto agora, para sentir mais do frio no ar. Se
eu fosse apostar, diria que há uma boa chance de nevar. Isto
significa que Ramon e eu podemos aproveitar as encostas em
nossas pranchas de snowboard. Faz muito tempo desde que
apreciamos os meses de inverno juntos. No Canadá, nós nos
divertimos e fiquei triste quando nos mudamos para
Lexington. Ramon me prometeu, na época, que tinha neve e
muita, durante os meses de inverno, então veremos agora.
Estou mesmo ansioso por isso. Talvez nosso refúgio poderia
ser uma montanha, com uma lareira para nos aquecer.

Gostando desta ideia cada vez mais, dirijo-me para


pegar meu capacete mais uma vez e levo o maior susto da
minha vida. Tropeçando acabo caindo sentado e rapidamente
me levanto.

— Surpresa. — Ela rosna.


Como ela chegou até aqui sem que ninguém a visse? Ou
eles viram?

— Você não pode estar aqui em cima. – Me movo em


direção a ela, mas ela se afasta e se aproxima mais perto da
beirada do edifício, a seção fechada.

— Ei, pare agora. — Congelo, não tendo ideia de como


proceder. — Pare ou você vai cair.

— Eu não me importo. — Ela murmura e não tenho


certeza que ela está realmente no aqui e agora.

Ela é magra com o cabelo loiro moldado em mechas.


Suas feições delicadas e estrutura pequena a fazem parecer
como uma fada. Eu quase espero que ela jogue pó de fadas
em mim.

E de onde esse pensamento veio, não tenho nenhuma


ideia.

Balançando a cabeça afastando meus pensamentos


estúpidos, pergunto:

— Qual é seu nome?

Ela me ignora.

— Como você chegou até aqui sem ser vista? — Tento


chegar lentamente para mais perto dela, mas ela está
observando cada movimento que faço.

— Estou acostumada a estar em um canteiro de obras.


Todos são iguais sobre suas precauções de segurança, e
outras coisas dentro e fora das obras. — Ela sorri e
rapidamente corre em uma única viga que perfuram para fora
no ar. Ela senta montada nela, me observando. Meu coração
está batendo em minha garganta. Qual é o seu problema?
Certamente alguém a viu.

Me sento e devolvo seu olhar.

— Por que ele te ama?

É sobre Ramon?

— Não sei a quem você se refere. — Eu blefo.

Ela ri, calmamente.

— Você sabe a quem me refiro. Por que ele te ama


quando ele não amou meu irmão?

Irmão?

Ela não pode ignorar a confusão no meu rosto. Não faço


nenhuma ideia de quem seu irmão é.

— Ele estava apaixonado por Ramon, você sabe. Amor


juvenil. Primeiro amor.

— Andrew Griffin. — Deixo o nome sair dos meus lábios


e me pergunto por que ninguém mais considerou-a como a
pessoa por trás dos problemas dos McKenzie.

Não há nenhuma maneira dela estar trabalhando


sozinha, porque as coisas que foram roubadas, e as vigas
também são extremamente pesadas para ela manusear.

— Sim, meu irmão. Ele tinha toda a sua vida pela frente,
mas ele escolheu tirar sua vida, porque sabia que Ramon
nunca seria dele. Ramon matou meu irmão. — Ela cospe.
— Não fez porra nenhuma. Eles foram a experiência um
do outro e seu irmão se apegou. É com seu pai que deveria
estar conversando. Pergunte o que ele disse a Andrew na
noite em que seu irmão entrou naquele carro bêbado.

Seus olhos se estreitam.

— Você está mentindo. — Ela acusa, ficando em pé em


um movimento fácil.

Gostaria que ela se movesse para longe da beirada antes


que ela caia. Não importa o que ela vem fazendo, ou pagando
alguém para fazer, ela não merece morrer.

Então, para não a assustar, me levando e me aproximo


um pouco mais da margem.

Seus olhos de repente se prendem aos meus.

— Você não estava aqui quando meu irmão e Ramon


estavam juntos, então como você sabe o que aconteceu? —
Ela avança um pouco antes de parar.

— Ramon foi ver seu pai outro dia. — Admito. — Ele


acusou seu pai de levar Andrew a beber naquela noite
fatídica, e seu pai não encontrou o seu olhar. — Eu me
aproximo mais. Há aproximadamente meio metro entre nós
agora. — O que você acha que isso significa, hã?

Não deveria antagonizá-la, mas ela esta fazendo meu


sangue ferver com suas acusações. Isto é por causa do mal
que seu pai a alimentou ao longo dos anos.

— Você não sabe do que está falando. — Agora ela não


encontra meu olhar.
Suspirando, tento mudar de assunto.

— Por que você não me diz o seu nome agora que sei
com quem está relacionada?

Ela encolhe os ombros e me faz lembrar de uma


garotinha perdida. Alguém que tem o desejo de amar, mas na
verdade nunca o recebeu.

— Angelina. — Ela sussurra.

Eu só ouço o seu nome quando outra rajada de vento


gira através do edifício. Meu capacete cai através do espaço
aberto, que momentaneamente me distrai. Angelina grita e
faz minha cabeça girar de volta, enquanto ela oscila na viga
de aço.

Observá-la perder o equilíbrio é uma das coisas mais


assustadoras que já testemunhei.

Sem pensar em mim mesmo, eu me jogo em direção ao


nada.
Ramon

Assinar mais e mais papelada está realmente se


tornando uma tarefa que posso passar sem. Amo o elemento
de construção e ter minhas mãos sujas, mas todo o resto
depois de alguns dias começa a me irritar. Hoje é um desses
dias.

Nada está certo. Jackie entra e sai do meu escritório a


cada cinco minutos, com um ou outro problema. Metade de
suas perguntas, tenho certeza que ela sabe as malditas
respostas. Tenho vontade de gritar de frustração.

— Ramon. — Jackie entra bruscamente em meu


escritório novamente como se sua bunda estivesse em
chamas.

Com os cotovelos na minha mesa, descanso minha


cabeça em minhas mãos e tento respirar através do
incômodo.

Sentindo como se tivesse tudo sob controle, levanto a


cabeça e suspiro. — Jackie, você está realmente testando
minha paciência esta tarde. O que foi agora?
Ela não pode falar e parece estar em pânico, mas ela
consegue apontar. Afastando-me de minha mesa, coloco a
cabeça para fora da janela aberta e sigo seu dedo.

Tenho que piscar algumas vezes, e uma vez que meu


cérebro clareia, percebo que estou observando Noah
pendurado de cabeça para baixo em uma viga de aço no
quinto andar. Pendurada em sua outra mão está uma pessoa
pequena.... Claramente uma mulher.

— Soe o alarme de emergência. — Grito para Jackie


enquanto finalmente começo a agir, em vez de ficar aqui de
pé em choque.

Correndo para fora do escritório até o edifício, outros


trabalhadores estão saindo. Eu não paro. Ouço os outros
correndo nas escadas atrás de mim, e só espero que eles
estejam seguindo para ajudar.

Todas as possibilidades estão correndo pela minha


mente enquanto a imagem de Noah pendurado de cabeça
para baixo se repete em minha cabeça.

Finalmente, chegando ao quinto andar, vejo Noah sendo


arrastado de volta para o andar por um dos eletricistas. Seu
nome sendo esquecido por mim em meu pânico, mas tudo o
que sinto é gratidão pelo homem.

Lentamente levantando-se, Noah olha em minha direção


como se ele me sentisse, e meu coração para antes de
começar a bater novamente.

Ele está seguro.


Sem pensar em nada que não seja ter Noah em meus
braços, meus pés se movem em direção a ele. Quando está no
alcance do meu braço, agarro a mão oferecida e puxo-o para
mim. Meus braços apertam ao redor de seu pescoço enquanto
sinto sua respiração bater em meu pescoço segundos antes
de seus braços envolverem em torno da minha cintura. Ele
me segura firmemente.

Não estou tão completamente embrulhado nele que


perco os suspiros dos trabalhadores que estão em torno. Não
queria que todos descobrissem assim, porque nem todo
mundo fica confortável em torno de um casal gay, mas acho
que nosso relacionamento não é mais um segredo... e não
estou me importando com o que eles pensam. Se eles não
gostam disso, eles podem sair.

Mas segurando o homem que amo quando quase o perdi


está fazendo o meu autocontrole escorregar antes de
qualquer outra coisa. Certamente, vai demorar um longo
tempo para ser capaz de sair do seu lado.

Aspirando o cheiro dele em meus pulmões, faço a


pergunta que está me incomodando.

— Quem é a mulher? — Olho para onde um dos caras a


tem envolta em sua jaqueta, enquanto ela soluça em suas
mãos.

— Angelina Griffin.

Meu coração gagueja.

— O quê? — Viro a cabeça novamente e olho para ela.


Provavelmente passaram dez anos desde que a vi pela última
vez, e ela não parece em nada com a jovem que adorava seu
irmão. Ao longo dos anos, sempre quis saber como ela estava.
Pelo jeito, ela não está muito bem.

— Não sei o que está acontecendo. Como você acabou....


Lá fora? — Aceno meus braços ao redor, incapaz de vocalizar
as emoções e pensamentos correndo através de mim. Não
conseguia entender o que aconteceu.

— Não tenho certeza. De repente, ela apareceu aqui e


começou a divagar. Pensei que ela fosse pular, mas depois,
ela parecia estar pensando e, talvez, inclinando-se para mim
quando uma rajada de vento soprou. Meu capacete voou e ela
perdeu o equilíbrio. Me assustou para caramba. — As mãos
de Noah tremem enquanto ele aponta ao redor, enquanto me
diz o que aconteceu.

A polícia e os paramédicos chegam afastando todos em


volta. Não quero deixar Noah, mas preciso falar com a polícia
e ver se eles podem descobrir o que está acontecendo com
ela. Foi ela que contratou os filhos da puta que estão fodendo
com os McKenzies? E se seu pai estava enchendo-a com
todas as suas mentiras ao longo dos anos, então acho que ela
me culpa pela morte de seu irmão.

— Ramon, precisamos conversar. — Interrompe Jim.


Olho para ele e aceno. Ele é um detetive veio aqui a pedido de
Jackie. Já era hora de Jackie dar uma olhada ao redor, ou
melhor, ver o que estava na sua frente, em vez de sua busca
para encontrar alguém com dinheiro. Jim pode não ser rico,
mas é solteiro e só tem olhos para Jackie. Ele se transforma
em um idiota desastrado quando ela está por perto.

— Eu sei. — Digo a ele e aceno.... Apesar de como ele é


com Jackie, ele é um profissional.

Os paramédicos se afastam com Angelina. Olho para


trás e vejo o cansaço em torno dos olhos de Noah. Ele teve
um choque hoje. Posso não ter estado pendurado na maldita
construção, mas foi um grande choque vê-lo.

Deslizando minha mão na de Noah, dou-lhe um leve


puxão e o levo comigo. Indico com a minha cabeça para Jim
nos seguir. Lentamente todo o lugar está sendo rastreado
pelo pessoal de salvamento e emergência, mas quando
finalmente chegamos ao meu escritório, me viro para Jim.

— Você pode nos dar cinco minutos?

Ele balança a cabeça.

Assim que a porta se fecha, envolvo meus braços ao


redor de Noah novamente. Eu quase o perdi hoje. Meus olhos
se enchem de lágrimas quando o abraço firmemente contra
mim. Seus braços contraem ao redor da minha cintura e ele
me mantém preso em nosso abraço.

Algumas lágrimas escapam, e tento limpar antes que ele


as veja, mas ele me conhece melhor do que ninguém.

Noah lentamente se afasta, embora suas mãos


permaneçam em meus braços.
— Eu estou bem, Ramon. — Oferece um sorriso irônico.
— Provavelmente estou machucado em um ou dois lugares,
mas vou sobreviver.

Afastando-me brevemente, pego um lenço de papel e


seco meu rosto. Admito:

— Acho que nunca estive tão assustado, quanto fiquei


vendo você lá em cima.... Preciso de uma bebida.

— Você não é o único. — Noah cede em uma cadeira e


parece desinflar.

Preciso levá-lo para casa, e não quero dizer ao meu


apartamento. Preciso levá-lo à cabana, que construí com ele e
nossa vida em mente. Ele tinha tantos planos como eu.
Minha intenção sempre foi mudar para lá permanentemente
com Noah, mas esses sonhos morreram quando ele sumiu.
Quando ele reapareceu, eles despertaram para a vida
novamente. E com tudo o que aconteceu, não estava disposto
a esperar para começar a minha vida com Noah.

— Vamos falar com Jim e acabar logo com isso. Então,


depois disso, nós vamos para a cabana. Eric está de volta à
cidade e procurando algo para fazer, então imagino que ele
poderia vir aqui e ser o gerente da obra por um tempo. Só
preciso ficar sozinho com você.
Noah

— Isso está bom para mim. — Mal posso dar minha


resposta para Ramon.

Às vezes só quero me beliscar porque sou tão sortudo de


ter Ramon na minha vida. Eu quase o perdi, o que teria sido
minha própria culpa. Não me arrependo de deixá-lo para
protegê-lo. Às vezes, nem tenho certeza se as ameaças seriam
cumpridas se tivesse ficado.

E há poucos minutos, pensei que iria deixá-lo


novamente, mas desta vez para sempre. Ainda não tenho
ideia do por que Angelina estava lá em cima comigo ou quais
eram suas intenções. Não faz qualquer sentido. Ela não
pareceu ter uma arma, pelo menos não pelo que pude ver, e
seu vestido era bastante transparente quando a luz estava
atrás dela.

Ramon coloca a mão no meu ombro num gesto de


conforto antes de abrir a porta e pedir para Jim entrar. O
detetive está apaixonado, o que me faz sorrir, e da visão que
tenho de Jackie, ele não é o único.

Ramon limpa a garganta e diz:

— Nós temos câmeras de segurança lá em cima, então


vou enviar as filmagens a você.

Jim balança a cabeça e se vira para mim.


— Noah. — Jim começa quando toma o assento
oferecido por Ramon. — Podemos começar com você me
dizendo o que aconteceu lá em cima?

— Nós podemos.

Começo a contar tudo, desde o primeiro momento em


que pus os olhos nela até quando tive que agarrá-la quando o
vento a fez perder o equilíbrio.

Foi por pura sorte que consegui agarrá-la, assim como a


viga de aço. Parecia que meu braço ia deslocar do corpo.

Se Jed não tivesse olhado para cima do andar abaixo e


visto o que estava acontecendo, ambos teríamos caído no
chão e, provavelmente, mortos. Foi quando ele veio correndo
para cima e prendeu seu cinto a um dos anexos, o que lhe
permitiu inclinar-se e agarrar Angelina. Alguém veio correndo
e o ajudou antes de me puxarem para cima. Foram os cinco
minutos mais longos da minha vida.

Ouvindo Ramon contar a Jim mais ou menos sobre os


problemas que tem acontecido aqui na obra, me aproximo e
entrelaço meus dedos com os seus. Só preciso sentir seu
toque para me manter tranquilo.

Quando ele acaba de falar, o silêncio estende-se entre


nós, ambos perdidos em nossos próprios pensamentos.
Balanço a cabeça para limpá-la, e pergunto:

— Você sabe quais eram suas intenções? — Ambos


Ramon e Jim olham para mim. — Quer dizer, ela não parecia
ter uma arma e eu certamente não acredito que ela planejou
saltar. Então, só não entendo o que ela estava fazendo lá em
cima.

— Não falei com ela ainda, mas vou. Parece que vou
falar com seu pai também. — Jim se levanta.

Ramon oferece sua mão.

— Obrigado por ter vindo.

— A qualquer hora. Estarei em contato. — Ele aperta


minha mão e a de Ramon, em seguida, vai embora.

Ramon senta-se atrás de sua mesa e, depois de alguns


minutos de silêncio, começa a arrumar papéis e seu laptop
em sua pasta.

— Estamos indo para a cabana, vou fazer o trabalho que


tenho lá. Podemos desviar nosso caminho para visitar Lily e
nossa sobrinha. – Ramon sorri. — Estou ansioso para ver
como Michael está se saindo.

Eu arqueio uma sobrancelha.

Ele ri. — Ele é um maricas quando Lily está com dor.


Você viu Lucien. Bem, Michael estará pior. Marque minhas
palavras.

Não concordei ou discordei, mas vi como seus irmãos


amam suas esposas. Eles amam com tudo o que têm. Assim
como Ramon.

Ramon levanta.

— Vamos.

Levantando, rio.
Ramon sabe o que quer e é estar longe daqui comigo.

Não posso reclamar sobre isso.


Ramon

Estando na cabana agora há mais de uma semana, você


pensaria que seria capaz de relaxar e deixar a tensão ir
embora, mas um pouco dela ainda está lá. Um pouco tem a
ver com a minha pesquisa secreta sobre casamento gay.
Mesmo não tendo direito a quaisquer benefícios por sermos
um casal gay casado se escolhermos continuar vivendo em
Lexington, ainda teríamos o papel dizendo que somos
casados. Não sei o que Noah pensa sobre o assunto e estou
sempre muito nervoso para perguntar.

Continuo esperando por alguma indicação de que nós


queremos a mesma coisa, mas às vezes ele parece tão
fechado que não tenho certeza de outra coisa além de que
quero mantê-lo aqui na cabana para o resto de nossas vidas.

— Ei, você! — Ele sussurra, abraçando-me por trás e


inclinando-se contra mim. — Você parecia pensar tão
profundamente que não aguento mais ficar dentro de casa
observando você.
Apoiando no parapeito da varanda, pego as mãos de
Noah e entrelaço seus dedos com os meus. Segurando-os
contra o meu peito, continuo observando as árvores ao redor
da cabana. Sigo as aventuras de um esquilo, que procura por
alimentos entre as folhas caídas.

— Você vai falar comigo? — Noah quebra o silêncio


antes de beijar minha nuca.

Arrepios de prazer correm através de mim, fazendo meu


pau se contorcer por trás do zíper. Ele afrouxa as mãos e
começa uma lenta carícia sobre o meu peito, esfregando
meus mamilos até ficarem gomos duros. O desejo que ele está
criando em mim não tem limites e estou usando todo meu
controle para não me virar e atacá-lo.

— Estava pensando. — Começo a responder a sua


pergunta. — Que não quero voltar para a cidade. Não quero
voltar a viver no apartamento. Quero usar essa cabana como
nossa casa principal. — Me viro para encará-lo e sorrio vendo
o prazer em seu rosto.

Acariciando a lateral de seu rosto com a minha mão,


Noah se inclina para mim antes de beijar minha palma.
Entrelaça meus dedos com os dele e afasta longe do meu
rosto antes de fechar minha mão em torno de seu beijo.

— Então vamos fazer isso.... Sei que estava sendo pago


para trabalhar na obra, mas agora que está terminado; vou
encontrar outro emprego, porque estamos neste
relacionamento juntos, o que significa que vou contribuir com
as despesas.
Abro a boca para discordar com a parte sobre
contribuir, mas Noah cobre minha boca com a mão.

— Sim, Ramon. Não vou aceitar que seja diferente,


mesmo vivendo juntos. Antes tínhamos uma conta
compartilhada onde colocávamos a mesma quantia
mensalmente para cobrir os gastos com alimentos, utensílios
domésticos e contas. Nós vamos fazer isso de novo.

— Posso falar agora?

Ele sorri.

— Só se for as palavras que quero ouvir.

— Elas são.... A conta conjunta é uma boa ideia. Está


ainda lá. Ainda está aberta. Mas não quero que você encontre
trabalho com outra pessoa. Quero que você trabalhe comigo.
Conseguimos trabalhar em um escritório juntos antes, então
podemos fazer isso novamente.

— E seus irmãos? — Ele franze a testa.

Rio.

— Meus irmãos não vão se importar. Eles sempre falam


sobre a criação de mais um par de cargos devido às
exigências de trabalho que todo mundo tem, ainda mais
meus irmãos, eles querem gastar menos tempo no escritório e
mais tempo com suas mulheres e filhos.

— Vamos tentar e ver o que acontece.

Sorrio, ao ouvir a resposta que eu queria.

Ele sorri.
— Mas você sabia que eu diria sim, não é? — Noah se
aproxima e esfrega sua virilha contra a minha.

— Sabia. - Presunçoso é a palavra que usaria para


descrever como estou me sentindo agora.

— Humm. — Noah chega entre nós, seus dedos


provocando minha cintura.

— E como você está se sentindo agora?

Isso é sem pensamento.

— Com um enorme tesão. — Empurro contra ele.

Ele empurra meu moletom sobre meu quadril e permite-


lhes cair a meus pés até que chuto para o lado.

Meu pau engrossa excitado quando o ar o atinge.


Quando os olhos de Noah ficam paralisado no meu pau, ele
recolhe o pré-sêmen com o dedo antes de esfregá-lo na
cabeça, que incha com a necessidade.

Apenas um toque de Noah e estou pronto para gozar.


Seu toque me excita, e o prazer que sinto com seus dedos em
mim está fazendo minhas pernas tremerem e minha
respiração acelerar mais pesada.

Rosno quando Noah se ajoelha diante de mim, e acho


que sou incapaz de parar meu quadril de buscar por sua
boca.

— Amo fazer isso para você. — Comenta, antes de me


lamber da base até a ponta trêmula. — É um poderoso
afrodisíaco saber o que faço com você. Saber que
praticamente posso trazê-lo de joelhos.
Seus dedos estão trabalhando a mágica no meu saco e
entre as minhas pernas enquanto eu alargo minha posição.
Quase perco o equilíbrio quando Noah suga a cabeça do meu
pau.

A sensação de ter sua boca quente envolta em torno de


mim vai me fazer gozar muito em breve. Em seguida, afasta
sua boca e, agarrando a base do meu pau, aperta para
impedir que eu goze enquanto ele sopra sobre a fenda. Vejo
estrelas conforme empurro contra ele, forçando para mais.

Olhando para baixo, encontro seus olhos cheios de


paixão e o vejo fazer redemoinhos com sua língua na cabeça.
Ele sorri e, em seguida, leva-me em sua boca,
profundamente. Massageando meu saco, ele engole e
cantarola em volta do meu pau duro... isso é tudo o que
preciso.

Minhas mãos agarram seu cabelo enquanto meu pau


explode. Ele engole meu gozo, depois o libera, e tê-lo
chupando e lambendo está sendo tão bom que se torna muito
para suportar.

Puxo-o de cima de mim.

— Chega. — Eu suspiro.

Ele mergulha a cabeça e me lambe limpo antes de


levantar com as mãos no meu quadril.

— Eu te amo. — Ele sussurra antes de seus lábios


tocarem os meus.
Eu também o amo e suspiro de prazer enquanto o beijo
se aprofunda ligeiramente, apenas o suficiente para me
despertar.

Noah

Duas semanas se passaram desde o meu calvário no


quinto andar da obra e sinto-me aliviado que eu sobrevivi
para ver essas duas semanas. Tanto poderia ter acontecido
quando me lancei em direção a ela e ainda estou grato pela
sorte que tivemos.

Angelina, como se comprovou, não tinha a intenção de


me prejudicar, ou a ela mesma, pelo menos não aquele dia.
Ela acabou confessando que pagou uma fortuna contratando
um par de caras para causar problemas na obra.

Ramon ficou triste, irritado e cheio de decepção. Ele


confiava nos dois homens que ela pagou.... Eles trabalhavam
para os McKenzies há dezoito meses antes de qualquer coisa
começar a acontecer.

E ele ainda estava com muita raiva do pai de Angelina.


Mesmo ele não tendo nada a ver com o problema. Brendan
Griffin foi responsável por encher a cabeça de Angelina com
mentiras, que ele finalmente confessou uma vez que percebeu
o que sua única filha viva estava fazendo.
Quanto a mim, não posso deixar de me sentir mal pela
família. A perda de um ente querido nunca é fácil, mas ser
parcialmente responsável pelo que aconteceu, pelo o que
levou ao acidente, não é algo que eu queira viver.

Os meus únicos pensamentos agora estão em avançar


com Ramon.

Estamos vivendo em nossa própria bolha nestas duas


últimas semanas e gosto disso. O aconchego que sinto com
ele, e estando aqui na cabana, é enorme. Sei que temos que
sair em breve, por quatro dias na cidade, mas a única coisa
que me mantém voltando para lá, é o pensamento de que
vamos voltar em um futuro não muito distante. Ficaremos
por pouco tempo, mas mal posso esperar.

Acordar todas as manhãs ao lado Ramon faz meu


coração se sentir mais leve. Acho que nunca serei capaz de
descrever o sentimento que tenho por saber que ele está lá.
Sabendo que no final do dia, nós estaremos indo para casa
juntos, independentemente de onde o dia nos levar, enche
meu coração de felicidade.

Isso é o que quero para o resto da minha vida, e é hora


de admitir meus sentimentos para Ramon. Mantê-los
enterrados é uma preocupação que não é necessária na
minha mente e Ramon merece ouvi-lo.

Durante o jantar, vou trazer o assunto e rezar para que


seja exatamente o que Ramon quer. Ele acordou está manhã
empolgado com alguma coisa. Suas emoções hoje variam de
preocupação, surpresa, emoção e alegria, antes de voltar para
preocupação. Estaria mentindo se dissesse que isso não me
incomoda.

O jantar que ele está terminando na cozinha será


servido na varanda de trás. A mesa foi arrumada com a
melhor porcelana e velas que pude encontrar na casa. Espero
que o ambiente nos ajude a falar sobre nosso para sempre.
Um jantar romântico entre dois amantes realmente significa
que ele quer conversar, certo? Com certeza ele não precisa me
alimentar para entrar em minha calça ou vice-versa. Então,
meu coração está esperando que muito em breve colocaremos
nossas intenções sobre a mesa para o outro lidar com elas.

— O jantar está pronto. — Grita, interrompendo meus


pensamentos.

Meu coração bate forte no meu peito com medo do


resultado que esta noite trará. No fundo do meu coração,
percebo que estou sendo estúpido. Ramon falou sobre sermos
permanentes então por que o casamento me enche de medo
da sua resposta?

Balançando a cabeça para me livrar de pensamentos


estúpidos, caminho ao redor da varanda para a parte de trás
e sorrio em delírio quando vou até a mesa cheia de massas,
saladas e pãezinhos.

Uma garrafa de vinho branco está desarrolhada e pronta


para ser consumida. As velas estão acesas e meu belo homem
está de pé ao lado da mesa parecendo muito nervoso.
Querendo deixar Ramon à vontade, sorrio enquanto me
aproximo dele. Estendo minha mão, Ramon envolve com a
sua e me permite puxá-lo.

Nossos lábios se encontram em um beijo suave


conforme aliso ao longo dos botões da camisa. Isso é outra
coisa. Ramon me pediu para usar calça e uma camisa esta
noite. Sem bermudas e peitos nus.

Ramon parece bom o suficiente para comer em sua


camisa azul clara e calça azul escura, é por isso que tenho
que me forçar a me afastar de sua boca.

Ignorando o fogo em seus olhos, sento em minha cadeira


e espero pacientemente que Ramon junte-se a mim. Quando
ele o faz, começamos a comer em silêncio.

Pela primeira vez desde que conheci Ramon, o silêncio é


desconfortável. Geralmente podemos ficar horas em silêncio
fazendo coisas próprias e é confortável, mas agora está tenso.

Sinto os olhares que Ramon continua me dando e


parece que ele quer dizer algo, mas não consegue encontrar
as palavras. É como uma criança pequena que quer fazer
uma confissão, mas teme a reação dos pais.

Terminando o jantar primeiro, consigo ficar quieto até


que nós abaixamos nossos talheres, e então não posso ficar
quieto por mais tempo.

— Cospe para fora. — Abruptamente exijo. Tento


parecer relaxado quando não estou. Minhas mãos estão
agarrando firmes minhas coxas. Ramon engasga, não
esperando minhas palavras abruptas e seus olhos encontram
os meus.

— Eu, hum. — Ele limpa a garganta e ri. — Estou


agindo como se tivesse cinco anos. — Ele sorri. — Eu quero
falar, mas não sei como abordar o assunto ou se você vai
querer o que quero. — Ramon cora.

— Você não vai saber a menos que você me diga. —


Sorrio, porque acho que sei sobre o que ele quer falar. Pelo
menos, espero que nós queiramos a mesma coisa. — Estou
aqui com você Ramon, e não vou a lugar nenhum. — Sorrio.
— Mesmo que me mande embora. Agora fale de modo que
possamos chegar a sobremesa.

Ele franze a testa.

— Não fiz sobremesa.

Rolo meus olhos.

— Sei o que quis dizer. — Ele limpa a garganta


novamente, fazendo com que a energia nervosa que ele parece
ter passe para mim.

— Ramon, você está me preocupando.

Ele pega a minha mão e respirando profundamente, me


diz:

— Estive pesquisando sobre casamento gay.

O ar em meus pulmões congela quando ouço as


palavras que queria ouvir. Não bem assim, mas o casamento.

— E. — Sussurro.
— Droga, estou fazendo uma bagunça.

Diante dos meus olhos, Ramon cai de joelhos na minha


frente e pergunta:

— Quer casar comigo, Noah? Você vai me amar para o


resto da sua vida, como vou amar você?

Minha boca se abre como um peixe fora da água e


nenhum som sai. Tento novamente e ainda nada.

Ramon se aproxima e agarra meu rosto nas mãos dele.


Quando nossos lábios estão a meros centímetros um do
outro, ele sussurra:

— Casa comigo? — E eu estou perdido.

— Sim. — Me jogo contra ele e o derrubo no chão.

Em questão de segundos, retiro nossos sapatos, meias,


calças e cuecas. Alcançando em meu bolso de trás, pego o
pacote de lubrificante e um preservativo. Rapidamente
preparo-me, coloco um pouco de lubrificante no meu pau
duro e, certificando-me que estou revestido, em seguida,
esfrego o restante na bunda de Ramon com o meu dedo.

Suas pernas se espalharam tão abertas quanto


consegue enquanto caio em cima dele, deixando nossos pênis
se esfregarem e os lábios tomarem um ao outro. Nossas
línguas torcem e enrolam e capturam tudo um do outro
enquanto violo sua bunda com meu dedo.

Não posso esperar.

Ajoelhado entre as coxas de Ramon, empurro suas


pernas abertas mais amplas e para cima para acesso fácil, e
então estou no céu quando começo a empurrar em seu
traseiro apertado.

— Sim. Ah, porra. Não pare. — Ramon bombeia sua


própria ereção inchada conforme me enterro totalmente. Seus
músculos apertam em torno de mim tão fortemente, e com a
minha emoção de tê-lo, vou gozar na hora que me mover.

Alcanço Ramon sob mim e aperto a base de seu pau


fortemente fazendo sua coroa liberar mais pré-sêmen. Ele
arqueia e tenho certeza que vejo estrelas quando sua bunda
espasma ao longo do comprimento do meu eixo.

— Muito perto. — Ele rosna.

Afasto suas mãos do seu pau, e rosno.

— Não toque. Esta bunda e este pau são meus. Você vai
derramar o seu sêmen quando a minha boca e meu pau
agradarem você, e não com suas próprias mãos.

Oh merda!

Ramon me puxa para frente e aperta suas mãos na


minha bunda enquanto ele esfrega contra mim.

— Oh, sim. — Ele geme.

Fecho a boca e lentamente puxo para fora a maior parte


antes de empurrar lentamente de volta para dentro dele. O
prazer em torno de mim aumenta cada vez mais. O pau de
Ramon incha ainda mais e pré-sêmen escorre em sua
barriga, sua excitação crescente.

Com um movimento que nem todos conseguem fazer,


abaixo minha cabeça e chupo a cabeça de seu pau.
Ramon bate no chão com os punhos enquanto palavrões
saem de sua boca. Sentindo meu orgasmo se preparando
para explodir, removo minha boca de seu pau, querendo vê-
lo. Eu balanço meus quadris para frente e para trás conforme
meu eixo desliza dentro dele.

Minha mão envolve o comprimento sólido saltando sobre


seu estômago. Bombeio meu punho em seu eixo e, dentro de
segundos, suas mãos estão agarradas a mim tão firmemente
quanto o seu traseiro está agarrando meu pau.

Meu clímax finalmente explode ao mesmo tempo que


Ramon começa a gozar. Sua liberação preenchendo minha
mão, meu estômago, peito e mais em seu estômago. Eu
pressiono meu quadril nele e não pode parar de gozar, tão
bom.

Incapaz de focar meu olhar, lentamente puxo de seu


traseiro e caio ao lado de Ramon no chão. Retiro minha calça
jeans, que ainda está emaranhada em torno de minhas
pernas.

Todos os meus músculos se tornaram geleia, e a única


coisa que posso sentir é meu pau enquanto removo o
preservativo. Prendo a extremidade, e solto-o no chão por
enquanto.

Ramon finalmente se move e pega um guardanapo que


deve ter caído no chão quando ansiava por ele. Limpa a si
mesmo, depois joga-o para longe de nós e então rola de lado
para olhar para mim.
O amor que vejo em seus olhos faz a minha mão
alcançar seu rosto trazendo-o para baixo até o meu para que
assim possa beijar seus lábios tentadores. Não paro e o trago
totalmente em cima de mim, onde o deixei se estabelecer com
uma de suas pernas entre as minhas, e a cabeça apoiada no
meu peito.

— Você disse sim. — Sinto seu sorriso contra meu peito.

— Eu disse.

— Quando?

Sorrio sabendo que Ramon tem que organizar tudo e


que não haverá qualquer impedimento para ele agora. Ele
também é muito impaciente.

— Ano Novo. Primeiro de janeiro.

— Eu amo você, Noah, e isso é um encontro.

Sorrio, percebendo que pela primeira vez em um longo


tempo, estou feliz. Realmente, realmente, feliz.

— Eu também amo você.


Ramon

Sentando-me no sofá da
casa de meus pais, observo Noah brincar com Michael Jr. e
Charlotte. Eles estão ficando tão grandes agora e Lily não
pode virar as costas eles sobem em algo que não deveriam.
Lembra-me de meus irmãos e eu. Até hoje, não sei como
minha mãe manteve a todos nós em ordem para que nada de
ruim acontecesse. Ela fez um trabalho muito bom em nos
criar.

Nossos novos sobrinho e sobrinha têm em torno de duas


semanas de idade e são lindos. Nunca vi meus irmãos tão
bobos antes. Bem, Michael eu vi quando Lily deu à luz aos
gêmeos, mas Lucien, nunca. Portanto, um dia vou lembrá-lo
como ele ficou quando Alexander nasceu. Algo me diz que ele
não vai se importar nenhum pouco com isso.

— Meu irmão fica bem ali. — Carla se junta a mim no


sofá.

Coloco meu braço sobre seus ombros e puxo-a contra


mim. Não demorará muito antes de Sebastian aparecer.

— O que você tem feito? Não a vi mais.

Ela me cutuca no lado.


— Bem, se você e meu irmão não ficassem o tempo todo
na sua cabana, que todos nós fomos avisados para ficar longe
quando vocês estão lá, então você me veria mais. Tenho
saudade de vocês.

Em meu egoísmo para manter Noah para mim, não


percebi como isso afetaria aos outros, especialmente Carla,
que tem um lugar especial no meu coração.

A beijo na testa.

— Eu sinto muito. — Em seguida, lembro do comentário


dela sobre serem avisados para ficar longe. — O que você
quis dizer sobre ficar longe da cabana?

Ela ri.

— Pippa nos avisou que poderia ser melhor ficar longe


da cabana quando ambos estão lá.

Gemendo, largo minha cabeça para trás no sofá.

— Não posso acreditar que minha mãe...

Ela sorri, e interrompe.

— Acredite, acho que.... Humm, algo sobre a banheira


de hidromassagem continua a subir.... Sem trocadilhos.

Demora um minuto, mas depois gargalho e sinto Carla


rindo ao meu lado.

— Ei, o que você está fazendo com suas mãos em minha


esposa? — Sebastian pergunta, tentando manter a cara séria,
mas seus lábios se contorcem tentando impedir o riso.

— Gosto de ter minhas mãos em sua esposa.


Carla ri enquanto ela levanta para abraçar a cintura de
Seb.

— Não se afaste, Ramon.

— Nós não vamos. Prometo.

Toda a minha família está aqui hoje, até mesmo Sylvia


que mamãe convidou, para a grande irritação de Eric. Eles
foram apanhados em situações muito intensas um par de
vezes agora, mas esta é a primeira vez que vejo Eric lançar
um olhar tão escuro para Sylvia. Normalmente, ele luta para
esconder seu desejo por ela, mas não hoje. O que me faz
perguntar o que está acontecendo?

Com as palavras anteriores de Carla, percebo que ela


não é a única que não acompanhei. Eu disse a Sylvia eu
queria que fôssemos amigos e que valorizava sua amizade,
então o que eu fiz? Sei que isso vai nos dois sentidos, mas
talvez ela teve mais coisas acontecendo em sua vida também.
Seriamente preciso começar a me aproximar antes que todo
mundo caia em cima de mim.

Sentindo olhos em mim, olho para Noah e devolvo o


sorriso. Seus olhos continuam focando em meus pais, que
estão sentados no sofá perto da janela. É o seu sinal para
anunciar que nós estamos pensando em nos casar.
Inicialmente, disse a ele que era o seu trabalho fazer esse
anúncio já que eu fiz o pedido. Ele não aceitou, e apontou
que é a minha família, por isso é meu anúncio a fazer.
Poderíamos ter discutido mais esse assunto, mas tinha
que admitir que ele estava certo, além disso, estava ansioso
para gritar a notícia para o mundo.

Então me vejo indo para o centro da sala com o Noah se


juntando a mim. Ele desliza a mão na minha e aperta me
dando encorajamento.

Michael é o primeiro a perceber que algo está


acontecendo e sorri quando ele pensa que sabe o que é.

Limpando a garganta, chamo a atenção de todos e sinto


nervosismo retornar dez vezes mais forte, quando papai
concentra sua atenção em mim. Não importa que todos os
outros também estão olhando para mim. Ele é meu pai e
acho que não importa quantos anos eu tenha, a sua opinião é
a que sempre importa.

— Você obviamente tem algo a nos dizer, filho, então vá


em frente, e você vai se sentir melhor depois.

Oh merda!

— Nós vamos nos casar. Noah e eu. Na noite passada. —


Deus, fecho a boca antes que qualquer outra coisa possa sair.

— Você se casou na noite passada? – Mãe suspira.

Ugh, acho que foi assim que soou.


Noah

Não importa o quanto eu tente esconder o sorriso que


quer dividir meu rosto, ele não vai ficar escondido. As
palavras erradas de Ramon causaram confusão e, depois de
alguns minutos de todos falando ao mesmo tempo, faço todos
ficarem quietos porque acho que Ramon não sabe a quem
enfrentar primeiro.

— Todo mundo quieto. — Um silêncio persiste sobre a


sala. — O que Ramon está tentando dizer, mas não conseguiu
em seu nervosismo, é que na noite passada, decidimos nos
casar, o que deverá ocorrer, se conseguirmos organizar, no
dia primeiro de janeiro.

Pippa suspira de alívio.

— Eu pensei que você se casou na noite passada sem


mim. — Seus lábios tremem.

Ramon solta minha mão e vai até a mãe dele. Ele a puxa
para cima e envolve seus braços ao redor dela, ajustando-a
sob o queixo, onde ele repousa sobre o topo de sua cabeça.

— Nunca faria isso com você. Eu prometo. Você vai ter


que ir a Nova York com a gente, mas é claro, nós queremos
você e papai lá, e qualquer outra pessoa que não se importar
com a viagem.

— Por que Nova Iorque? — Pergunta Lucien.


— Temos um apartamento lá e é legal para nós dois nos
casarmos lá. Lexington não permite o casamento gay. —
Respondo.

— Vocês não precisam ir tão longe para se casarem. —


Michael oferece, sorrindo. — Foi notícia um tempo atrás, que
agora é legal em West Virginia, e Huntington fica a o quê,
duas... três horas de distância. Muito mais fácil para todos,
especialmente aqueles de nós com crianças. Nós podemos
dirigir ao invés de ter que fazer toda a coisa de aeroporto...,
mas, se Nova Iorque é onde vocês querem se casar, então
tenho certeza que vamos estar todos lá. — Michael se levanta
e puxa Ramon para um abraço. — Parabéns, irmão.

Leva um tempo, mas eventualmente todos os parabéns


estão fora do caminho e encontro-me na varanda de trás com
Carla. Tenho saudades dela e fui um idiota por não passar
mais tempo com ela desde que voltei. Eu sei que ela sentiu
muito minha falta.

Puxando-a apertado contra o meu peito, sorrio quando


seus braços envolvem minha cintura e nós dois olhamos para
fora. Esta é uma bela vista, mas não acho que qualquer um
de nós está realmente vendo isso agora.

— Você está realmente feliz, Noah? Eu quero dizer,


realmente, realmente feliz?

Não preciso pensar sobre sua pergunta.

— Estou muito, muito feliz, porque tenho minha irmã


casada com um bom homem que a adora, e mais do que
tudo, porque finalmente vou me casar com o homem que
detém o meu coração, e sempre o terá.

Ela funga no meu peito.

— Hei, irmã. Por favor, não chore. — Imploro.

Eu nunca soube como lidar com Carla chorando. Ela me


assusta muito.

— Estou realmente feliz por você, Noah. Eu amo Ramon


como um irmão, por isso é mais especial. — Ela funga
novamente. — Eu te amo, e estou feliz que você voltou.

— Eu te amo, mana, e obrigado por sempre estar aqui


para mim, mesmo quando eu não sabia disso.

Abraçando minha irmã, deixo-a chorar suavemente em


minha camisa até sentir as lágrimas diminuir.

— É seguro ir aí? – Ramon pergunta.

Carla se afasta e aceita a lenço de papel de Ramon para


limpar seu rosto.

— Você já lhe perguntou? — Ramon arqueia uma


sobrancelha em questionamento.

— Perguntou-me o que? — Carla olha entre nós.

Sentindo a emoção chegar com o que estou prestes a


pedir a Carla, as palavras ficam presas em minha garganta.

Ramon se aproxima de mim.

— Respire. Você pode fazer isso. — Ele esfrega meus


ombros.

Eu ofereço a minha irmã um sorriso.


— Você poderia ficar comigo no nosso casamento?

Oh Deus. Suas lágrimas estão de volta e desta vez elas


são mais fortes.

Ela acena com a cabeça e me abraça. Faço a única coisa


que posso e a consolo até que Sebastian aparece e leva sua
esposa em seus próprios braços.

— Ela estará com Noah no nosso Casamento.

Sebastian sorri agora que ele sabe o porquê de sua


esposa estar chorando.

— Vou levá-la para casa.

— Vamos querida. — Ele levanta Carla em seus braços e


sai em direção a sua caminhonete.

— Oh, cara.

Eu me apoio em Ramon.

— Eu sei que foi um dia completamente emocionante. —


Ramon pega a minha mão e me puxa ao lado dele contra a
parede de tijolo.

Olhando para a paisagem a nossa frente, com toda


tranquilidade em torno de nós, Ramon sussurra,

— Este é o início de um novo capítulo em nossa vida, e


eu mal posso esperar para ver onde isso nos levará.

Concordo plenamente com a observação de Ramon.

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