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FACULDADE MARIA MILZA


BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

NATHERCIA CORREIA DA SILVA FERREIRA

USO DA TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL:


REVISÃO DE LITERATURA

Governador Mangabeira – BA
2021
1
NATHERCIA CORREIA DA SILVA FERREIRA

USO DA TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL:


REVISÃO DE LITERATURA

Monografia apresentada à Faculdade


Maria Milza no curso de Bacharelado em
Odontologia, como requisito parcial de
avaliação para obtenção do título de
bacharel em odontologia.

Profa. Tainara B. de Almeida Costa


Orientadora

Governador Mangabeira – BA
2021
2

Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com os


dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação:


Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-
5/1824

Ferreira, Nathercia Correia da Silva


F383u
Uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial: revisão de literatura
/ Nathercia Correia da Silva Ferreira. - Governador Mangabeira - BA , 2021.

44 f.

Orientadora: Tainara Bastos de Almeida Costa .

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Faculdade


Maria Milza, 2021 .

1. Estética - Odontologia. 2. Paralisia Facial. 3. Toxina Botilínica. I. , Tainara


Bastos de Almeida Costa, II. Título.

CDD 617.69
3
NAHERCIA CORREIA DA SILVA FERREIRA

USO DA TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL:


REVISÃO DE LITERATURA

FOLHA DE APROVAÇÃO

____/____/____

MEMBROS DA BANCA

____________________________________________________________
Profª. Mª. Tainara Bastos de Almeida Costa
Orientadora/FAMAM

____________________________________________________________
Prof. Me. Anderson Lopes de Góis Santos
Avaliador

____________________________________________________________
Prof. Romário Santiago de Jesus
Avaliador

____________________________________________________________
Profª. Drª. Andréa Jaqueira da Silva Borges
Avaliador
Professora de TCC II

Governador Mangabeira – BA
2021
4

Àquele que me deu forças diariamente em


todo esse tempo e me permitiu que
chegasse até aqui.
5
AGRADECIMENTOS

À Deus, por sempre se fazer presente na minha vida e me provar isso


diariamente com Sua infinita graça e sabedoria, por não ter permitido que eu
fraquejasse e tenha chegado até aqui. Sem Ti, eu nada seria!
Aos meus pais, por terem sido minha âncora em todo esse tempo. Eu não
teria chegado até aqui sem todo o esforço, apoio e incentivo, além de terem
abdicado diversas vezes dos seus sonhos à fim de realizar o meu. Foi e continua
sendo por vocês.
Aos meus irmãos Victor, Elvis e Joel por estarem ao meu lado sempre que
precisei. Mesmo que indiretamente, vocês foram fundamentais nesse processo. Nós
por nós sempre.
À Obede, por todo carinho, amor e apoio desde o início, por ter acreditado em
mim e ter me incentivado todos os dias nesse longo processo. Obrigada por todos
os perrengues que já passou comigo e por todos que me livrou também, serei
sempre grata.
À toda minha família pelo apoio e incentivo de sempre, todos vocês foram
mais que essenciais para que eu tenha chegado até aqui. Em especial à meus tios
Firmino e Joelma, por terem me ajudado diretamente durante esses longos cinco
anos, esse apoio foi essencial para que eu tenha conseguido. À vocês, minha eterna
gratidão.
À minha querida avó Valdete e meu tio Iramar, que não se fazem mais
presentes, mas que me incentivaram e apoiaram durante um bom tempo. Vocês
nunca serão esquecidos, minhas eternas estrelinhas.
Não poderia deixar de agradecer à minha preceptora e prima Nathália, por
todo incentivo e ensinamento de sempre. Parte do que sei e sou hoje foi por seu
intermédio, meu muito obrigada.
Aos amigos-irmãos que a faculdade me presenteou, Camilla, Lucas, Maria
Juliana e Rafael, onde fizeram com que parte desse processo se tornasse bem mais
leve e divertido, que orgulho de toda cumplicidade que tivemos até aqui, vocês
foram diretamente mais que essenciais. Amo vocês.
À minha querida orientadora Tainara, que me tranquilizou e me incentivou em
todo esse tempo. Obrigada por ter acreditado em mim, por ter me mostrado que eu
6
sou capaz e ter feito com que esse processo de tornasse bem mais leve e
prazeroso, você é incrível.
À maravilhosa professora Andrea Jaqueira por toda paciência e incentivo de
sempre, sendo mais que essencial em todo esse processo.
7
RESUMO

A Toxina Botulínica tipo A apresenta uma ascensão notória tanto no mercado da


estética, quanto na objetivação terapêutica. O uso da toxina botulínica tem se
apresentado como uma grande alternativa, com um enorme potencial na odontologia
e está inserida no tratamento de diversas especialidades. Tornou-se um processo
extremamente popular pelo fato de não ser cirúrgico, classificado como um
procedimento minimamente invasivo e por demonstrar eficiência em aplicações
corretivas e preventivas na área facial, onde infrequentemente provoca respostas
imunológicas e apresenta recuperação rápida, onde pouco limita as atividades dos
pacientes. A paralisia do nervo facial apresenta um múltiplo gerenciamento, contudo
a Toxina Botulínica tipo A se mostra efetiva na melhoria da simetria de pacientes
que possuem esta patologia, por meio de injeções no complexo muscular. É
considerado um tratamento simples, onde não há toxicidade sistêmica e fornece
cerca de três meses de benefício ao paciente. Dessa maneira, o estudo teve como
objetivo geral analisar na literatura as evidências referentes ao uso toxina botulínica
no tratamento da paralisia facial. O presente trabalho possui como tipo de estudo a
revisão de literatura integrativa. O estudo bibliográfico foi realizado na plataforma
Biblioteca Virtual em Saúde e na base de dados Sistema Online de Busca e Análise
de Literatura Médica, através do buscador PubMed. Foi estabelecido o recorte
temporal para o período que se estende de 2015 à maio de 2021. Para realização da
pesquisa, foram utilizados os descritores: “Toxina Botulínica/Botulinum Toxin”,
“Paralisia Facial/Facial Paralysis”, “Odontologia/Dentistry”. Foram adotados como
critérios para seleção: artigos que possuíssem textos em português e inglês e
artigos que estivessem disponíveis na íntegra de forma gratuita indexados nas
bases de dados selecionadas. Tendo como critérios de exclusão: monografias,
dissertações e artigos fora do período de publicação estipulado no estudo. Sendo
assim, foram selecionados 15 artigos, resultados de dois cruzamentos em cada
plataforma selecionada. Através dos resultados obtidos concluiu-se que o uso da
toxina botulínica apresenta-se como uma alternativa viável e tem demonstrado ser
eficiente no tratamento da paralisia facial, sendo um tratamento não cirúrgico e de
rápida recuperação, proporcionando melhorias na qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Estética. Aplicação. Injetáveis. Odontologia.


8
ABSTRACT

Botulinum Toxin type A presents a notable increase both in the aesthetics market
and therapeutic objectification. The use of botulinum toxin has been presented as a
great alternative, with huge potential in dentistry and is part in the treatment of
several specialties. It is an extremely popular process because it is not surgical,
classified as a minimally invasive procedure and because it demonstrates efficiency
in corrective and preventive applications in the facial area, where it infrequently
provokes immune responses and presents quick recovery and does not interfere in
the patients’ routine. Facial nerve palsy has multiple management, however
Botulinum Toxin type A is effective in improving symmetry in patients with this
pathology, through injections into the muscle complex. It is considered a simple
treatment, there is no systemic toxicity and offers about three months of benefit to the
patient. Thus, the study aimed to analyze in the literature the evidence regarding the
use of botulinum toxin in the treatment of facial paralysis. The present work had as
type of study the integrative literature review. The bibliographic study was carried out
on the Virtual Health Library online library platform and on the Online System for
Search and Analysis of Medical Literature database, through the PubMed search
engine. The time was established for the period from 2015 to May 2021. The
following descriptors were used: "Botulinum Toxin / Botulinum Toxin", "Facial
Paralysis / Facial Paralysis", "Dentistry / Dentistry". The criteria for selection were:
articles that had texts in Portuguese and English and articles that were available in
full for free indexed in the selected databases. As exclusion criteria: monographs,
dissertations and articles outside the period of publication stipulated in the study.
Thus, 15 articles were selected, the results of two crossings in each correct platform.
From this, the results were formed within the temporal range of the selected articles,
muscles addressed, main advantages and limitations of applications. It is concluded
that the use of botulinum toxin presents itself as a viable alternative and has to be
efficient, improved results when reducing the symptoms of facial asymmetry, being
considered a low-complexity, non-surgical and quick recovery treatment, seeking to
provide an improvement in the patients’ quality of life.

Keywords: Aesthetics. Application. Injectables. Dentistry.


9
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características gerais dos artigos selecionados para o estudo ......... 23

Quadro 2 - Conteúdos manifestos e latentes apresentados nos documentos


selecionados sobre a temática. ........................................................................... 23

Quadro 3 - Distribuição conforme ano de publicação dos documentos encontrados


sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial ....................... 25

Quadro 4 - Distribuição quanto aos países de publicação dos documentos


encontrados sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial ... 26

Quadro 5 - Distribuição quanto aos tipos de estudo dos documentos encontrados


sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial ....................... 26

Quadro 6 - Musculaturas abordadas durante a aplicação da toxina botulínica


presentes nos estudos selecionados nas plataformas de biblioteca online e bases de
dados BVS e PubMed no período de 2015 – 2021 .............................................. 27

Quadro 7 - Principais vantagens quanto ao uso da toxina botulínica no tratamento da


paralisia facial presentes nos estudos selecionados nas plataformas de biblioteca
online e bases de dados BVS e PubMed no período de 2015 – 2021 ................. 30

Quadro 8 - Principais limitações quanto ao uso da toxina botulínica no tratamento da


paralisia facial presentes nos estudos selecionados nas plataformas de biblioteca
online e bases de dados BVS e PubMed no período de 2015 – 2021. ................ 32

Quadro 9 - Intervalos de aplicação da toxina botulínica presentes nos estudos


selecionados nas plataformas de biblioteca online e bases de dados BVS e PubMed
no período de 2015 – 2021 ................................................................................. 33
10
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual


de Saúde ............................................................................................................. 20

Figura 2- Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual


de Saúde ............................................................................................................. 21

Figura 3 - Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na base de dados


Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, através do buscador
PubMed ............................................................................................................... 22

Figura 4 - Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na base de dados


Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, através do buscador
PubMed ............................................................................................................... 22
11
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................... 14


2.1 PARALISIA FACIAL ...................................................................................... 14
2.2 TOXINA BOTULÍNICA ................................................................................... 15
2.3 USO DA TOXINA BOTULÍNICA NA ODONTOLOGIA ................................... 16
2.4 PARALISIA FACIAL E APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA .................... 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................... 19


3.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................ 19
3.2 LOCAIS DAS BUSCAS ................................................................................. 19
3.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS ................................................... 19
3.4 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS ............................ 20

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 25


4.1 MUSCULATURAS ABORDADAS .................................................................. 27
4.2 PRINCIPAIS VANTAGENS ........................................................................... 30
4.3 PRINCIPAIS LIMITAÇOES ............................................................................ 32
4.4 INTERVALO DE APLICAÇÃO ....................................................................... 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 35

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 36

APÊNDICES ....................................................................................................... 42
12
1 INTRODUÇÃO

A toxina botulínica acabou se tornando extremamente conhecida no mundo


inteiro, já que é utilizada para obtenção de efeitos estéticos e terapêuticos por quem
a procura, trazendo melhorias na aparência física e principalmente harmonia às
linhas rosto (MOSCONI; OLIVEIRA, 2018).
O Botox é o nome comercial da toxina botulínica tipo A, que se trata de uma
das sete toxinas produzidas pela bactéria anaeróbica Clostridium botulinum, sendo
essa a mais utilizada em procedimentos (SENISE et al., 2015).
Há mais de 30 anos a toxina botulínica vem sendo utilizada, tendo cada vez
mais um número crescente de indicações e inúmeras pesquisas clínicas, fazendo
com que a cada dia novas indicações sejam somadas as que já possui (SPOSITO,
2004).
Embora seja mais conhecida pelo uso em tratamentos estéticos faciais, a
toxina tem sido utilizada na odontologia de forma terapêutica no tratamento de
bruxismo, disfunções temporomandibulares, dor, sorriso gengival e assimetrias
faciais. Já que os cirurgiões dentistas possuem um grande conhecimento sobre as
estruturas anatômicas de cabeça e pescoço, eles são aptos à realizar tratamentos
da face e da cavidade oral de maneira segura e conservadora com o uso da toxina
botulínica por profissionais que sejam devidamente treinados e capacitados
(ACOSTA et al., 2015).
Pelo fato de possuir inúmeras possibilidades em suas formas terapêuticas e
estéticas, o uso da toxina botulínica tipo A, tem apresentado uma ascensão,
tornando-se bastante comum e com enorme procura pelos pacientes (OLIVEIRA;
VALADÃO, 2017).
O uso da toxina se tornou uma alternativa viável e tem demonstrado ser
bastante eficiente e apresentado bons resultados em relação à diminuição de
sintomas da assimetria facial (DAVANTEL et al., 2016).
É considerado um tratamento de baixa complexidade, onde fornece
aproximadamente três meses de benefício ao paciente. A toxina botulínica tipo A
deve ser considerada nos casos onde os pacientes que possuem assimetria facial
causada pela paralisia do nervo facial, não desejem opções cirúrgicas, ressaltando
pacientes mais jovens, onde a melhora máxima que seja esperada possa ser
alcançada com o uso desta substância (SADIQ; KHWAJA; SAEED, 2012).
13
Se tornou no Brasil um procedimento extremamente popular pelo fato de não
ser cirúrgico e demonstrar eficácia nas aplicações corretivas e preventivas da face,
raramente provoca respostas imunológicas e possui a vantagem de uma
recuperação rápida e que pouco limita as atividades dos pacientes (SILVA, 2009).
A evolução da qualidade das toxinas e a segurança no tratamento, possuindo
baixos índices de complicação e a motivação financeira são alguns fatores que
fazem com que o uso dessa droga seja cada vez mais frequente (GIMENEZ, 2006).
Entretanto, qualquer procedimento possui risco, sendo assim, o profissional
que se propõe a realizar as aplicações deve possuir conhecimento anatômico,
muscular e subcutâneo da face e possuir mãos hábeis, pois mesmo sendo
considerado um procedimento de baixa complexidade, o seu uso requer cuidados
(SANTOS, 2013).
A toxina botulínica tipo A possui uma efetiva terapia em diversas áreas da
odontologia. Cada tratamento é singular e deve-se avaliar os melhores pontos de
aplicação, a quantidade, possíveis complicações e possuir sempre um bom
planejamento, a fim de evitar dificuldades com o procedimento e reduzir efeitos
colaterais do tratamento (OLIVEIRA; VALADÃO, 2017).
O interesse pelo tema está em de conhecer e pesquisar mais sobre a
temática abordada, bem como buscar na literatura como tem sido contemplado o
uso de tal substância no tratamento da paralisia facial.
Diante do exposto, o estudo evidencia como problema: Como se apresenta na
literatura as evidências quanto ao uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia
facial? Dessa maneira, o estudo tem como objetivo geral: Analisar na literatura as
evidências referentes ao uso toxina botulínica no tratamento da paralisia facial.
O presente projeto apresenta dados científicos e informações relevantes
sobre o uso da toxina botulínica no tratamento de pacientes com paralisia facial,
assim como apresenta um levantamento acerca do que é encontrado na literatura
sobre a relação da aplicação da toxina no tratamento da paralisia facial, assim como
vantagens e desvantagens sobre o uso da mesma.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PARALISIA FACIAL

A paralisia facial é descrita na literatura como uma fraqueza da musculatura


da mímica facial. Ela pode se apresentar de forma unilateral, possuindo uma única
região acometida ou de forma completa e bilateral, apresentando a perda completa
da expressão facial (BLEICHER et al., 1996).
Pacientes portadoras da paralisia facial apresentam traços semelhantes,
como ausência ou presença de poucas rugas no lado afetado, enfraquecimento do
sulco nasolabial (conhecida como “bigode chinês), e queda leve ou moderada do
supercílio e comissura labial. Quando avalia-se o lado antagonista observa-se uma
resposta hipercinética muscular em razão à falta de tônus no lado paralisado. Sendo
assim, esse desequilíbrio de força vetorial provoca os desvios faciais que são
notórios quando o paciente encontra-se em repouso e ao sorrir (MAIO; SOARES,
2007).
Estudos apontam que a paralisia de Bell é a mais frequente entre as causas
da paralisia facial (GAUDIN et al., 2017; MUSTAFA; SULAIMAN, 2018), foi assim
nomeada em homenagem ao neurologista escocês Charles Bell, que em 1821
descreveu a paralisia facial unilateral de início súbito (GLICENSTEIN, 2015).
É definida como uma síndrome clínica idiopática, ou seja, sem uma causa
definida, com desenvolvimento espontâneo de uma paralisia unilateral dos músculos
que são inervados pelo nervo facial (LOUIS; MAYER; ROWLAND, 2018), sendo
estes os responsáveis pelas expressões faciais (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Trata-se da causa mais comum de lesão desse nervo. Atinge todas as faixas etárias,
com concentração maior entre a terceira e quinta década de vida, podendo acometer
igualmente os dois lados da face e com raros casos de recidiva (LOUIS; MAYER;
ROWLAND, 2018).
Não possui etiologia esclarecida, porém acredita-se que tenha envolvimento
infeccioso, congênito, traumático, vascular, tumoral, sindrômico, tóxico, iatrogênico
ou idiopático (VICENTE, 2019).
A paralisia facial é definida por dois tipos principais: central e periférica. A
paralisia facial central origina-se da paralisia no par craniano facial, provocando
alteração na função muscular facial na metade inferior do lado da face acometido.
15
Ocorre normalmente por acidentes vasculares cerebrais e se manifesta mediante a
queda pelo canto da boca, alterações na fala e riso assimétrico (KONECNY et al.,
2014).
A paralisia facial periférica abrange uma maior área da face, a partir do nervo
facial aos órgãos sensitivos. Esse tipo de paralisia é caracterizado por alterações
morfológicas na região frontal, olho e boca, dificuldade ou incapacidade de mobilizar
a sobrancelha e assimetria da comissura labial, podendo ainda apresentar
alterações no paladar, audição e produção salivar (MATOS, 2011). Os relatos na
literatura demonstram que apesar de apresentar-se em menor escala quando
comparado ao acometimento de forma unilateral, o acometimento pode ser de forma
bilateral e simultânea (BRAGA JÚNIOR et al., 2019). É nomeada paralisia de Bell
quando não possui uma causa definida (TWARDOWSCHY et al., 2016).

2.2 TOXINA BOTULÍNICA

A Toxina Botulínica (TxB) apresenta uma ascensão notória tanto no mercado


da estética, quanto na objetivação terapêutica, sendo considerada como uma das
mais potentes neurotoxinas a ser produzida por uma bactéria gram positiva,
anaeróbica e esporulada sendo a: Clostridium botulinum (SILVA, 2009).
Se apresenta em sete sorotipos diferentes (A, B, C, D, E, F e G) que são
liberados na lise da bactéria. Desses tipos, o A é considerado o mais potente, sendo
então, por isso, o mais utilizado clinicamente em procedimentos (PORTELLA et al.,
2004).
Schantz e Johnson estudaram cerca de 40 anos esta Toxina Botulínica tipo A
(TxBA), a princípio em Fort Detrick e logo após na Universidade de Wisconsin, onde
a produziram pela primeira vez laboratorialmente. Apesar deste amplo tempo de
estudos, a TxBA vem sendo utilizada apenas a cerca de 20 anos na terapêutica
humana (SPOSITO, 2004). Começou a ser utilizada no Brasil no ano 2000, após ter
sua aprovação concedida pela ANVISA (MOSCONI; OLIVEIRA, 2018; PORTELLA et
al., 2004).
A toxina age como um bloqueador dos neurotransmissores que emitem sinais
elétricos direto ao cérebro, fazendo com que eles parem de receber estímulos e
permaneçam imóveis, sem possibilidades de se moverem ou de se contraírem
(MOSCONI; OLIVEIRA, 2018).
16
Quando aplicada, a TxB ocasionará um bloqueio químico na transmissão
nervosa na junção neuromuscular, impossibilitando então a liberação da acetilcolina
na fenda pré-sináptica, provocando o relaxamento da musculatura e
consequentemente, alongando os músculos (SANTOS; QUARESMA, 2018).
Apesar de seus benefícios, o uso da TxB apresenta riscos, mas são, de certa
forma, infrequentes e passageiros. As reações adversas podem ser evitadas quando
as normas e indicações são respeitadas, quando os protocolos são seguidos, as
doses cumpridas com rigor e quando o profissional possui experiência necessária e
conhecimento da anatomia facial (SANTOS; MATTOS; FULCO, 2015)
Os efeitos colaterais da toxina estão relacionados com a quantidade e
frequência das doses a serem utilizadas e dentre elas estão: hipotensão, náusea,
vômito, disfagia, sintomas parecidos com gripe, prurido, dificuldade ao falar, falta de
controle da salivação e fraqueza de músculos mesmo distantes da região de
administração da TxB (AMANTÉA et al., 2003).
Apenas as toxinas do tipo A e B são comercializadas. A ANVISA permitiu o
uso da TxB para fins terapêuticos no Brasil desde 1992, porém só se popularizou
após a regulamentação da marca BOTOX®. A TxBA é a mais comercializada, sendo
encontrada no mercado em duas marcas diferentes: BOTOX® e Dysport®. Por ser
comercializada mundialmente, o BOTOX® é o mais utilizado. A TxBB é encontrada
comercialmente em apenas uma marca, a MYOBLOC®, sendo comercializada
apenas nos EUA. Segundo o ranking de comercialização, o Brasil é considerado o
segundo, perdendo apenas para os EUA (SILVA, 2009; PERÃO; BARBOSA, 2015).

2.3 USO DA TOXINA BOTULÍNICA NA ODONTOLOGIA

O uso de forma terapêutica da toxina botulínica teve seu estudo iniciado por
Scott e colaboradores em 1973 para o tratamento de estrabismo. A partir de então,
vem sendo amplamente utilizada, tendo atualmente a liberação pelo Conselho
Federal de Odontologia através da Resolução CFO-198/2019. O cirurgião-dentista
deverá realizar cursos ou especializações na área, se tornando então, responsáveis
pelo equilíbrio estético e funcional da face, já que possui conhecimentos anatômicos
sobre as estruturas da cabeça e pescoço, sendo habilitado para tratar de patologias
da face, além da cavidade oral (ALVES; SOUZA, 2016; MARCIANO et al., 2014).
17
O uso da toxina botulínica tem se apresentado como uma grande alternativa e
com um enorme potencial na odontologia e está inserida no tratamento de diversas
especialidades, como em casos de bruxismo, assimetria do sorriso, exposição
gengival acentuada, hipertrofia do masseter, disfunções temporomandibulares,
sialorréia, cefaleia, e redução da força muscular dos músculos temporal e masseter
para casos de implantes com carga imediata (ALVES; SOUZA, 2016).
No Brasil, a TxB tornou-se um processo extremamente popular pelo fato de
não ser cirúrgico, classificado como um procedimento minimamente invasivo e
demonstrar eficiência em aplicações corretivas e preventivas na área facial, onde
infrequentemente provoca respostas imunológicas e apresenta recuperação rápida,
onde pouco limita as atividades dos pacientes (RIBEIRO, 2004; SILVA, 2009).
Dessa forma, a TxBA quando utilizada como procedimento auxiliar, apresenta
um avanço considerável na área odontológica, contribuindo assim, para a melhoria
da qualidade de vida de muitas pessoas. Porém, os protocolos devem ser seguidos,
respeitando as normas e cada indicação, cumprindo rigorosamente as dosagens de
cada aplicação, as quais devem ser realizadas por um profissional qualificado
(IKEDA et al., 2019).
Cada tratamento com a toxina é único, sendo assim, cabe ao cirurgião-
dentista avaliar os melhores pontos para as aplicações, a quantidade, possíveis
complicações, possuir sempre um bom planejamento com o intuito de evitar
dificuldades com o procedimento e reduzir os efeitos colaterais do tratamento
(OLIVEIRA; VALADÃO, 2017).

2.4 PARALISIA FACIAL E APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA

O nervo facial é responsável pela inervação dos músculos da mímica, pelo


tônus em repouso e pelas contrações de cada hemiface. Esses músculos são
responsáveis pela expressão e pelos movimentos faciais. Lesões no nervo facial
podem provocar deformidades em graus variados, provocando distúrbios estéticos e
funcionais em pacientes (MAIO; SOARES, 2004).
A paralisia do nervo facial apresenta um múltiplo gerenciamento, contudo a
TxBA é efetiva na melhoria da simetria de pacientes que possuem esta patologia,
por meio de injeções no complexo muscular. É considerado um tratamento simples,
18
onde não há toxicidade sistêmica e fornece em média três meses de benefício ao
paciente, tornando-o aceitável (SADIQ; KHWAJA; SAEED, 2012).
Os autores supracitados acrescentam que pacientes mais jovens possuem
mais força muscular quando comparados com pacientes de maior idade. Como a
toxina botulínica funciona enfraquecendo a tensão muscular sem a oposição de
músculos afetados, o efeito é mais notório e maior em pacientes mais jovens. Esse
tipo de tratamento aparenta favorecer todos os graus de paralisia facial, em especial
aqueles em recuperação parcial do movimento facial inferior.
Os efeitos clínicos da aplicação do TxBA normalmente começam a ser
percebidos entre um a três dias após a sua aplicação, tendo os maiores efeitos
observados entre a segunda e quarta semana após o procedimento. A duração dos
efeitos varia entre seis semanas a seis meses, dependendo de fatores individuais,
como intensidade da resposta à aplicação, tamanho do músculo e atividade
muscular. Como sua aplicação tem efeito num período menor de tempo, geralmente
a conduta clínica é de que seja realizada mais de uma aplicação no mesmo paciente
(PORTELLA et al., 2004).
Contudo, mesmo sendo mais conhecida para tratamentos estéticos na face, a
toxina botulínica vem sendo amplamente utilizada na odontologia como um meio
terapêutico no tratamento de DTM, sorriso gengival, bruxismo, dor e assimetrias
faciais (ACOSTA et al., 2015).
A toxina botulínica tipo A apresenta-se como uma alternativa viável no
tratamento, almejando principalmente a qualidade de vida destes pacientes,
apresentado bons resultados em relação à diminuição dos sintomas da assimetria
facial (DAVANTEL et al., 2016).
É de suma importância ressaltar a necessidade do tratamento interdisciplinar,
envolvendo o médico neurologista, o cirurgião-dentista, o fisioterapeuta e
fonoaudiólogo no tratamento da paralisia facial. É necessário também que as
terapias sejam iniciadas o mais rápido possível logo após o diagnóstico da paralisia
facial, evitando, dessa forma, um prognóstico não favorável (ANDRADE, 2019).
19
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 TIPO DE ESTUDO

Esta pesquisa consiste em uma revisão de literatura integrativa baseada em


artigos científicos de estudos teóricos e empíricos encontrados nas bases de dados
eletrônicas, apoiando-se em leituras exploratórias e seletivas.
A revisão de literatura integrativa foi eleita por viabilizar um levantamento do
que há de mais recente sobre a temática, favorecendo um agrupamento de
informações mais atualizadas em um único corpus textual.
Trata-se de um estudo de cunho metodológico que possibilita a síntese do
conhecimento e a inclusão da aplicabilidade de resultados significativos de estudos
na prática (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

3.2 LOCAIS DAS BUSCAS

O estudo bibliográfico foi realizado na plataforma de biblioteca online


Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na base de dados Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica (MEDLINE), através do buscador PubMed. Foi
estabelecido o recorte temporal para o período que se estende de 2015 à maio de
2021, por possibilitar um levantamento atualizado acerca de temática eleita.

3.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS TÍTULOS

Foram adotados critérios de inclusão para seleção dos títulos, sendo estes:
artigos que possuíssem textos em português e inglês e artigos que estivessem
disponíveis na íntegra de forma gratuita indexados nas bases de dados
selecionadas, tendo como os descritores para a busca: “Toxina Botulínica/Botulinum
Toxin”, “Paralisia Facial/Facial Paralysis”, “Odontologia/Dentistry”.

Foram excluídos monografias e dissertações e artigos fora do período de


publicação estipulado no estudo.
20
3.4 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS

À princípio, foi realizada uma busca avançada na Biblioteca Virtual de Saúde


(BVS) à fim de realizar o cruzamento dos descritores: “Toxina Botulínica/Botulinum
Toxin”, “Paralisia Facial/Facial Paralysis”, “Odontologia/Dentistry”.
O primeiro cruzamento teve início com o descritor principal “Toxina
Botulínica/Botulinum Toxin” e com o descritor secundário “Odontologia/Dentistry”,
onde foram encontrados 90 artigos. Logo após, foram aplicados os filtros para
artigos “textos em português e inglês”, artigos que estivessem “disponíveis na
íntegra de forma gratuita” indexados na base de dados selecionada, respeitando o
recorte temporal de publicação no período de janeiro de 2015 à maio de 2021, tendo
então o resultado reduzido para 29 artigos.
Após a identificação dos títulos no periódico on-line, foi realizada uma leitura
exploratória de todo o material para então, verificar a relação desses com o objeto
pesquisado, avaliar se os artigos obtidos nas bases contemplaram a temática
abordada no estudo, respeitando os critérios de inclusão estabelecidos, foram
selecionados 4 após a leitura (FIGURA 1).

Figura 1- Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual


de Saúde.

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Para o segundo cruzamento de dados, foi utilizado o descritor principal


“Toxina Botulínica/Botulinum Toxin”, juntamente com o descritor secundário
“Paralisia Facial/Facial Paralysis”, resultando em 161 artigos. Após a aplicação dos
21
filtros, foi apresentado o resultado de 45 artigos, sendo selecionados 4 artigos após
a leitura exploratória (FIGURA 2).

Figura 2- Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual


de Saúde.

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Posteriormente, foi realizada uma busca na base de dados Sistema Online de


Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), através do buscador PubMed, à
fim de realizar mais um cruzamento dos descritores: “Toxina Botulínica/Botulinum
Toxin”, “Paralisia Facial/Facial Paralysis”, “Odontologia/Dentistry”.
Foi então realizado um novo cruzamento do descritor principal “Toxina
Botulínica/Botulinum Toxin” com o descritor secundário “Odontologia/Dentistry”,
onde foram encontrados 3 artigos. Após aplicação dos filtros, o resultado foi
reduzido para 1 artigo, sendo este selecionado após a leitura exploratória (FIGURA
3).
22
Figura 3 - Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na base de dados
Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, através do buscador
PubMed.

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Logo após, foi realizado o segundo cruzamento de dados, sendo utilizado


como descritor principal “Toxina Botulínica/Botulinum Toxin” e como descritor
secundário “Paralisia Facial/Facial Paralysis”, obtendo um resultado de 313 artigos.
Após a aplicação dos filtros, foram encontrados 36 artigos, sendo selecionados 6
artigos após a leitura exploratória (FIGURA 4).

Figura 4 - Representação esquemática da pesquisa bibliográfica na base de dados


Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, através do buscador
PubMed.

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.


23
Em seguida, foi efetuada uma análise crítica das literaturas selecionadas. Os
documentos selecionados para a pesquisa foram organizados no quadro 1, onde
cada estudo foi identificado por número do documento, autoria, objetivo e tipo de
estudo.

Quadro 1- Características gerais dos artigos selecionados para o estudo.


No. Autoria Objetivo Tipo de estudo

Doc. 1

Doc. 2

Doc. 3

Doc. ...

Doc. 15

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Em seguida, foi realizada uma leitura analítica dos artigos que possibilitou
selecionar e identificar o conteúdo manifesto e o conteúdo latente presentes nos
documentos referentes aos principais resultados apresentados pelos estudos
buscando-se similaridades, complementaridades e controvérsias entre os
documentos sobre cada temática (quadros 2, 3 e 4).

Quadro 2- Conteúdos manifestos e latentes apresentados nos documentos


selecionados sobre a temática.
Temática 1- PRINCIPAIS LIMITAÇÕES
N. dos documentos

Semelhanças

Contradições

Complementaridades

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Nessa perspectiva, e mediante reconhecimento, seleção e ordenação das


informações dos documentos, foi realizado o processo de leitura do material, ou
24
seja, as leituras interpretativas, consideradas mais complexas, tendo em vista que
as mesmas viabilizaram o entendimento e compreensão em relação ao que o autor
afirma com o problema para o qual se almeja resposta.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Posterior a seleção final dos artigos apresentados nessa revisão, cada


publicação foi analisada mediante os critérios pré-estabelecidos, totalizando na
amostra final 15 trabalhos científicos. Sobre estes, 08 foram encontrados na
plataforma de biblioteca online BVS e 07 na base de dados MEDLINE, através do
buscador PubMed. Está contido no apêndice A um quadro com informações sobre
estes artigos, contendo: numeração do artigo, autoria, objetivo e seus respectivos
tipos de estudo.
Para explanar os artigos que foram utilizados, foi executada uma sondagem
quanto ao ano de publicação dos documentos, como representado no quadro
abaixo.

Quadro 3 – Distribuição conforme ano de publicação dos documentos encontrados


sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial.
Ano de publicação Número de artigos Porcentagem aproximada
2015 5 33,33%
2017 1 6,66%
2019 4 26,66%
2020 4 26,66%
2021 1 6,66%
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Nota-se dessa forma, um destaque para os anos 2015, onde mais artigos
foram utilizados, sendo cinco artigos, representando 33,33% das publicações, 2019
com quatro artigos, com 26,66% e em seguida 2020, com quatro artigos e
totalizando 26,66% das publicações. Quanto aos anos 2017 e 2021, foram
encontrados apenas um artigo para ambos, formalizando 6,66% das publicações
cada.
No que diz respeito ao local de publicação dos trabalhos científicos, foi
realizado um levantamento quanto aos países de publicação de cada artigo, como
pode ser observado no quadro 4 à seguir.

Quadro 4 – Distribuição quanto aos países de publicação dos documentos


encontrados sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial.
26
Países de publicação Número de artigos Porcentagem aproximada
Brasil 6 40%
Estados Unidos 2 13,33%
Índia 2 13,33%
França 1 6,66%
Espanha 1 6,66%
Turquia 1 6,66%
Suécia 1 6,66%
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Observou-se que a maioria dos trabalhos foram publicados no Brasil,


destacando-se com 06 artigos, totalizando 40% das publicações, em seguida,
Estados Unidos e Índia, ambos com duas publicações e 13,33% cada, a seguir,
França, Espanha, Turquia e Suécia, ambos com uma publicação, totalizando 6,66%
cada. Vale ressaltar que 12 destes documentos foram redigidos na língua inglesa e
apenas 03 documentos na língua portuguesa, resultando em uma limitação na
quantidade de documentos encontrados na língua portuguesa, sendo que foi um dos
critérios de inclusão do estudo.
A seguir, foi realizada uma distribuição em relação aos tipos de estudo de
cada trabalho científico utilizado, como representado no quando 5 abaixo.

Quadro 5 – Distribuição quanto aos tipos de estudo dos documentos encontrados


sobre o uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial.
Tipos de estudo Número de artigos Porcentagem aproximada
Revisão de literatura sistemática 3 20%
Revisão de literatura integrativa 5 33,33%
Estudo triplo-cego randomizado 1 6,66%
Relato de caso 6 40%
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

À partir dessa organização dos dados, de acordo aos tipos de estudo de cada
documento utilizado, foram encontrados ao todo, oito revisões de literatura, sendo
elas, três revisões de literatura do tipo sistemática, representando 20% e cinco
revisões de literatura integrativas, com 33,33%; um estudo triplo-cego randomizado
com 6,66% e seis relatos de casos clínicos formalizando 40% dos documentos. É
27
extremamente interessante frisar a importância de ter esses relatos de caso no
estudo, pois se trata de comprovações de que a abordagem do plano de aplicação
obteve-se sucesso quanto ao uso da toxina botulínica.

4.1 MUSCULATURAS ABORDADAS

Entende-se que a ação da toxina botulínica não possui uma ação


generalizada ou sistêmica e sim uma ação local, ou seja, ela age de acordo ao
músculo que for realizada a aplicação. Dessa forma, tem-se que avaliar qual
musculatura irá receber a aplicação da toxina botulínica, de acordo com as
necessidades de cada paciente.
Sendo assim, ressalta-se no seguinte quadro 6 as musculaturas citadas nos
documentos utilizados nos estudos.

Quadro 6 – Musculaturas abordadas durante a aplicação da toxina botulínica


presentes nos estudos selecionados nas bases de dados da BVS e PubMed no
período de 2015 à maio de 2021.
Números dos documentos Musculaturas abordadas
1, 3, 6, 8, 13 Frontal
1, 3, 5, 10 Prócero
1, 3, 6, 10 Corrugador do supercílio
1, 3, 5, 6, 8, 10, 14, 15 Orbicular do olho
1, 3, 4, 9 Masseter
1, 4, 9 Temporal
3, 10 Nasal
2, 3, 4, 5, 10, 13 Elevador do lábio superior
3, 4, 5, 10, 13 Orbicular da boca
3, 5, 6, 8, 10, 14 Depressor do ângulo da boca
4, 5, 10 Risório
5, 10 Occipitofrontal
3, 5, 6, 10 Elevador da asa do nariz
5, 8, 10, 11 Zigomático maior e menor
5, 6, 10 Bucinador
4, 5, 10, 11, 13 Elevador do ângulo da boca
28
5, 8, 10 Depressor do lábio inferior
5, 6, 8, 10, 14 Platisma
3, 5, 8, 10 Mentoniano
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Segundo os artigos 1, 3, 6, 8, 13, o músculo frontal é parte fundamental no


processo do tratamento para a paralisia facial, tendo em vista que é um músculo que
se move verticalmente, produzindo rugas horizontais na região da testa e apresenta
um elevado vetor de tração. Contudo, o músculo occipitofrontal, mencionado pelos
artigos 5, 10, age movendo o couro cabeludo, elevando as sobrancelhas e também
enrugando a testa.
Os artigos 1, 3, 5, 10 afirmam que o prócero é um músculo que ao contrair-se,
traciona a borda mesial das sobrancelhas para baixo, fazendo com que aconteça o
enrugamento entre elas e essa ação permite o franzimento da testa, fazendo do
prócero importante quanto ás expressões faciais. No entanto, o corrugador do
supercílio também age na tração das sobrancelhas, para baixo e medialmente,
sendo conhecido como o músculo da expressão de sofrimento, como citado pelos
autores 1, 3, 6, 10.
O orbicular do olho foi citado por oito dos 15 autores, sendo o músculo mais
citado. Ele é de extrema importância pois é o responsável pelo fechamento ativo das
pálpebras e pela formação de rugas, popularmente conhecidas como pés de
galinha, de acordo com os autores 1, 3, 5, 6, 8, 10, 14, 15. Vale ressaltar que os
músculos prócero, corrugador do supercilio e orbicular do olho são os principais
depressores conjuntamente da sobrancelha, sendo dessa forma, bastante visados
no tratamento de linhas de expressão.
O músculo masseter, citado pelos autores 1, 3, 4, 9, se trata de um músculo
potente, essencial para a mastigação, se trata de um músculo notavelmente mais
espesso em comparação com os músculos da expressão facial, sendo, então, muito
importante na estética facial. O músculo temporal, citado pelos documentos 1, 4, 9,
também se trata de um músculo responsável pela mastigação. A aplicação da toxina
botulínica nesse músculo também é bastante visada para auxiliar no tratamento de
disfunções temporomandibulares, bruxismo e trismo.
Ao sorrirmos, o músculo nasal age abaixando a ponta do nariz, trazendo um
aspecto indesejado em inúmeros casos. Quando aplicada, a toxina botulínica age
29
relaxando essa musculatura, proporcionando uma harmonia facial, como trazem os
autores 3 e 10. Também é indicado aplicações no elevador da asa do nariz, sendo
um dos responsáveis pelas rugas do nariz, como abordam os autores 3, 5, 6, 10.
De acordo com os documentos 3, 4, 5, 10, 13, o músculo orbicular da boca é
o responsável pelas famosas linhas de batom, que se trata do enrugamento
contínuo dos lábios. Pacientes as possuem por causas comuns, geralmente fazem
aplicações de toxina botulínica juntamente com preenchimentos dérmicos. O
preenchimento age restaurando volume e ajudando na suavização das rugas e a
toxina botulínica é utilizado para diminuir a força do orbicular da boca e enfraquecê-
lo, proporcionando harmonia à face do paciente.
As rugas abaixo das comissuras labiais, popularmente conhecidas como
linhas de marionete, são propiciadas pelo músculo depressor do ângulo da boca,
como trazem os autores 3, 5, 6, 8, 10, 14. Esse músculo tem como função,
evidenciar os cantos da boca inferior e lateralmente, contudo, a paralisia desse
músculo faz com que ele atue sem oposição. E por mais que a diferença após a
aplicação seja bem sutil, os pacientes relatam perceber mudança, como citado pelo
autor 3. Entretanto, o músculo elevador do ângulo da boca, citado pelos autores 4, 5,
10, 11, 13, é o responsável pelo movimento e postura dos lábios, sendo assim, é a
partir deste músculo que são conseguidos expressões faciais, como sorrir e mostrar
os dentes, além de auxiliar nos movimentos mastigatórios.
Covinhas no queixo podem ser notadas em alguns pacientes no levantamento
do lábio inferior, durante a fala ou mastigação, sendo causadas pelo músculo
mentoniano, que é o responsável por projetar o lábio inferior, como citado pelos
autores 3, 5, 8, 10.
O elevador do lábio superior, como o próprio nome sugere, age elevando o
lábio superior, senso o responsável pela exposição dos dentes maxilares e por
realizar expressões faciais, como sorrir ou fazer cara de desdém, como mencionado
nos documentos 2, 3, 4, 5, 10, 13. Em contrapartida, o músculo depressor do lábio
inferior, como citado pelos autores 5, 8, 10, está localizado inferiormente ao músculo
orbicular da boca. Ele é o responsável pelo movimento que deprime o lábio inferior e
por expressões faciais, como expressões de ironia, pensar e dúvida.
De acordo com os autores 4, 5, 10, o músculo risório é considerado um
músculo de imitação ou expressão facial, sendo responsável por manifestar o sorriso
30
no rosto, porém, um sorriso forçado, pois ele age retraindo o ângulo da boca
lateralmente.
O músculo bucinador, mencionado pelos autores 5, 6, 10, desempenha um
importante papel na mastigação, pois ele age impedindo o morder das bochechas ao
comer. É através dele que é realizado os movimentos de aspirar, assoprar e
assobiar. A aplicação da toxina botulínica nesse músculo, além de auxiliar nos casos
de paralisia facial, também é indicado em casos de bruxismo e apertamento.
Os autores dos documentos 5, 8, 10, 11, trazem a importância dos músculos
zigomático maior e menor. O zigomático menor está situado ao músculo elevador do
lábio superior, seu papel é auxiliar na elevação do lábio superior e acentuar o sulco
nasolabial. O zigomático maior encontra-se localizado na área das bochechas e é o
responsável pelo tracionamento do ângulo da boca para trás e para cima,
proporcionando o sorriso.
O músculo platisma, citado pelos autores 5, 6, 8, 10, 14, é considerado parte
da musculatura da mímica, age tencionando a pele do pescoço, desloca os ângulos
da boca para baixo e ajuda na depressão mandibular. É onde é encontrado as rugas
na área do pescoço, conhecidas popularmente como pescoço de peru, formando
duas rugas longitudinais.

4.2 PRINCIPAIS VANTAGENS

As principais vantagens citadas nos documentos utilizados nesse estudo,


referentes ao uso da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial estão
descritas nos 15 artigos utilizados nesta revisão, sendo que 08 deles aparecem na
plataforma de biblioteca online BVS e 07 na base de dados MEDLINE, através do
buscador PubMed, como pode ser observado no quadro 7 a seguir.

Quadro 7 – Principais vantagens quanto ao uso da toxina botulínica no tratamento


da paralisia facial presentes nos estudos selecionados nas bases de dados da BVS
e PubMed no período de 2015 à maio de 2021.
Números dos documentos Vantagens
1, 3, 4, 6, 15 Intervenção minimamente invasiva
1 Recuperação em curto intervalo de tempo
2, 7, 8, 9, 11, 12, 14 Melhoria na qualidade de vida
31
1, 3 Não cirúrgico
4, 6, 9, 14, 15 Alta eficácia e satisfação
4, 11 Alta tolerabilidade pelos pacientes
4, 6 Poucos efeitos adversos
5, 9, 10, 11, 13, 14 Melhoria na assimetria
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Pode-se notar que a principal vantagem citada nos estudos, observada em 07


dos 15 documentos, é a melhoria na qualidade de vida, onde pacientes relataram
melhoria no convívio social e na autoestima devido ao reflexo da intervenção do uso
da toxina botulínica. A melhoria na assimetria é também muito bem apresentada
como uma característica positiva, citada por 06 documentos dentre dos
selecionados, desta forma, apresentando um sucesso quanto ao uso da toxina
botulínica para a paralisia facial, pois um dos fatores que mais atormenta os
pacientes que possuem a paralisia facial, é a assimetria que a mesma provoca,
podendo gerar insegurança e afetar diretamente na autoestima.
Em contra partida, apesar de ser amplamente comentado, apenas 02 artigos
ressaltaram como vantagem os poucos efeitos adversos da toxina botulínica. O
autor do artigo 4 ressalta que após o procedimento, podem surgir pequenos
hematomas locais devido a introdução da agulha na pele, porém, quando ocorrem,
na grande maioria das vezes são reversíveis, o que torna a aplicação da toxina
botulínica um procedimento seguro, possuindo uma alta tolerabilidade pelos
pacientes e para os mais sensíveis, pode-se fazer uso de anestésicos tópicos ou
gelo local, à fim de minimizar do desconforto local, como destacado pelos autores 4
e 6.
Além das características já citadas, boa parte dos artigos também citaram
como vantagem a alta eficácia e satisfação. O autor 6 destaca que a aplicação da
toxina botulínica tornou-se indispensável no tratamento da paralisia facial e suas
possíveis sequelas a longo prazo, e ainda afirma que a aplicação cuidadosa e bem
direcionada é bem satisfatória e eficaz.
De acordo com o artigo 3, se trata de um procedimento não cirúrgico e
minimamente invasivo, atendendo de maneira segura as necessidades e desejos
dos pacientes. Outro fator importante que foi citado é a recuperação em curto
32
intervalo de tempo, onde os pacientes possuem poucas restrições e rapidamente
podem voltar às suas atividades diárias normalmente.
Davantel et al. (2016) reintegram que a toxina botulínica tem demonstrado
sua eficiência apontando resultados bastante favoráveis quanto à diminuição da
assimetria facial e sendo ainda, um colaborador no tratamento de dores orofaciais e
sintomatologias.

4.3 PRINCIPAIS LIMITAÇÕES

Serão apresentadas nesse tópico as principais limitações citadas nos


documentos utilizados nesse estudo, referentes ao uso da toxina botulínica no
tratamento da paralisia facial. Essas limitações estão presentes em 06 artigos
utilizados nesta revisão, sendo que 04 deles aparecem na plataforma de biblioteca
online BVS e 02 na base de dados MEDLINE, através do buscador PubMed, como
pode ser notado no quadro 8 a seguir.

Quadro 8 - Principais limitações quanto ao uso da toxina botulínica no tratamento da


paralisia facial presentes nos estudos selecionados nas bases de dados da BVS e
PubMed no período de 2015 à maio de 2021.
Números dos documentos Limitações
3, 15 Pacientes com doenças neuromusculares
3, 15 Gestantes
3, 15 Lactantes
4, 8 Resultado por curto período de tempo
5, 15 Pacientes com alergias ou hipersensibilidade a algum
componente da fórmula
5, 14, 15 Infecções ativas
15 Pacientes com doença sistêmica ou inflamação nas
proximidades das áreas de injeção
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Como mencionados como limitações pelos autores 3, 5, 14, 15, é contra


indicado o uso da toxina botulínica em pacientes com doenças neuromusculares,
pacientes com alergias ou hipersensibilidade a algum componente da fórmula,
pacientes com doença sistêmica ou inflamação nas proximidades das áreas de
33
injeção e pacientes com infecções ativas. Essas contra indicações se dão pelo fato
de pacientes que possuam tais limitações, na sua grande maioria fazerem uso de
medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios ou anticoagulantes,
medicamentos estes que podem potencializar o efeito da toxina, uma vez que eles
inibem atividades musculares.
Os autores 3, 15 ainda apontam como limitação o uso da toxina botulínica em
gestantes e lactantes, pois não há estudos científicos que comprovem a segurança
da aplicação.
De acordo com os documentos 4, 8, foi apontado como uma limitação o
resultado por curto período de tempo, sendo assim, causar uma dependência de
repetições de aplicações dentro de alguns meses, dependendo de fatores individuais
de cada paciente. Silva et al. (2017) acrescentam que essas repetições frequentes
possuindo pouco intervalo de tempo e em altas doses podem ocasionar uma
diminuição da ação terapêutica da toxina.
Foi obtida como uma limitação a discussão desse tópico, pois os autores dos
artigos citados, apenas mencionavam as limitações nos documentos, sem nenhuma
explicação ou comprovações das quais, apresentando uma certa necessidade de
estudos que comprovem os mesmos.

4.4 INTERVALO DE APLICAÇÃO

Após a aplicação da toxina botulínica, pode-se começar a notar os primeiros


resultados após 48 horas e seu efeito máximo é notório entre sete à quinze dias e
esse efeito perdura por um certo tempo até que desapareça gradativamente,
enquanto a ação muscular é retomada. Esse tempo varia de paciente para paciente,
onde cada caso é analisado e sempre pensado no resultado a longo prazo, onde o
paciente esteja constantemente bem e se sinta confortável.
Nesse último tópico, estão anexados no quadro 9 abaixo, intervalos de
aplicação relatados por 05 dos 15 autores presentes no estudo.

Quadro 9 – Intervalos de aplicação da toxina botulínica presentes nos estudos


selecionados nas bases de dados da BVS e PubMed no período de 2015 à maio de
2021.
Números dos documentos Intervalo de aplicação
3 3 meses
34
4, 7, 14 6 meses
12 4 meses
12 8 meses
Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

De acordo com os autores do documento 12, que se trata de um relato de


caso, relatam no documento um estudo realizado com 55 pacientes com o uso da
toxina botulínica à fim de tratar deficiências funcionais e deformidades estéticas
causados pela paralisia facial. Os intervalos de aplicação da toxica botulínica nesses
pacientes foram de quatro e oito meses, baseados em aspectos individuais e
necessidades de cada paciente.
Segundo os autores do documento 3, é de suma importância informar aos
pacientes que são tratados com a toxina botulínica que a sua eficácia varia de
acordo com cada paciente e que em média três meses após a aplicação, a função
motora é restaurada, surgindo então a necessidade de uma nova aplicação. Eles
ressaltam que alguns pacientes podem precisar de aplicações de retoque em
apenas algumas semanas, enquanto em outros, os efeitos podem persistir por muito
mais do que três meses.
O documento 7, que também se trata de um relato de caso, refere-se a de um
estudo realizado com 353 pacientes, onde os autores citam que os pacientes foram
orientados a princípio a retornarem para uma nova sessão, seis meses após a
aplicação e que esse intervalo foi consistente ao longo do tempo.
À princípio, nota-se que não houve um consenso entre os autores quanto ao
intervalo de aplicação, porém, todos eles ressaltaram a importância da avaliação
individual de paciente para paciente e que esse intervalo de aplicação varia entre
fatores individuas de cada um.
35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de ser popularmente conhecida para tratamentos estéticos na face, a


toxina botulínica tem sido bastante utilizada na odontologia de forma terapêutica.
Como abordado no estudo, uma das indicações de forma terapêutica, é o uso da
toxina botulínica para o tratamento da paralisia facial.
Pode-se concluir através desse estudo, que o tratamento mencionado
apresenta-se como uma alternativa viável, onde tem demonstrado ser eficaz e
apresenta excelentes resultados quanto à diminuição dos sintomas da assimetria
facial, sendo classificado como um tratamento de baixa complexidade, não cirúrgico
e de rápida recuperação, almejando principalmente a qualidade de vida dos
pacientes.
36
REFERÊNCIAS

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to%20revis%C3%A3o%20de%20literatura.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso
em: 20 set. 2020.
42

Apêndice A - Características gerais dos artigos selecionados para o estudo da revisão com detalhamento de sua autoria, objetivo
do artigo e o tipo de estudo.

No. Autoria Objetivo Tipo de estudo


Doc. 1 Luciano Bonatelli Realizar uma revisão sistemática acerca da toxina botulínica na Revisão sistemática
Bispo Odontologia, baseada em evidência científica, procurando-se
discorrer sobre os seus reais benefícios, servindo de guia para
consulta, em detrimento das discussões sobre área de atuação, bem
como, do seu uso cosmético ou funcional, mas, sobretudo,
referenciando reais expectativas que se concretizaram em benefício,
mesmo que a curto prazo, para o paciente que foi submetido a tal
terapia.
Doc. 2 Alessandra Kuhn Realizar uma revisão de literatura sobre as aplicações de toxina Revisão de literatura
Dall’Magro, Renato botulínica em odontologia, orientando o cirurgião-dentista acerca de
dos Santos, Eduardo seus possíveis riscos e correta indicação.
Dall’Magro, Bruna Fior,
Catiélys Níobe
Matiello, João Paulo
De Carli
Doc. 3 David Sheen, Earl Capacitar e explanar sobre os mecanismos, complicações e riscos do Revisão de literatura
Clarkson uso da txba na odontologia.
Doc. 4 Luísa Sobrino Reis Discutir o mecanismo de ação, as características de uso das toxinas Revisão de literatura
42

Lima, Júlia Laurentino botulínicas, sua estética e indicações terapêuticas, elaborando um


de Souza Guedes, conteúdo prático e ilustrado para que alunos de graduação em
Inger Teixeira de odontologia e cirurgiões-dentistas tenham um primeiro contato com o
Campos Tuñas tema.
Doc. 5 Luciane Franco Kraul Mensurar a recuperação de assimetrias faciais, visualizadas através Estudo triplo-cego
da AFD, após tratamento com LBP na hemiface paralisada e TB na randomizado
hemiface com hiperfunção muscular e/ou espasmo.
Doc. 6 Jonathan A. Cabin, Destacar os principais princípios e desenvolvimentos no uso de BT Revisão de literatura
Guy G. Massry, Babak no tratamento da paralisia facial, incluindo aplicações menos comuns
Azizzadeh para paralisia facial aguda, hiperlacrimação e pseudoptose.
Doc. 7 Alessandra Grassi Analisar as características epidemiológicas de pacientes com Relato de caso -
Salles, Eduardo paralisia facial submetidos à injeção de toxina botulínica tipo A para estudo retrospectivo
Fernandes da Costa, correção de assimetria.
Marcus Castro
Ferreira, Adelina
Fatima do Nascimento
Remigio, Luciana
Borsoi Moraes, Rolf
Gemperli
Doc. 8 M. Risoud, N. Refinar a repartição das doses de toxina botulínica em cada um dos Relato de caso -
Aljudaibi, V. músculos da pele relevantes e avaliar a cinética da dosagem. estudo retrospectivo
42

Duquennoy-Martinot,
P. Guerreschi
Doc. 9 Julián Balanta-Melo, Condensar a literatura atual e relevante sobre a perda óssea Revisão de literatura
Viviana Toro-Ibacache, mandibular em mamíferos totalmente maduros após intervenção de
Kornelius Kupczik, BoNT/A nos músculos mastigatórios.
Sonja Buvinic
Doc. 10 Carla de Sanctis Fornecer uma orientação prática para o uso da toxina botulínica na Relato de caso -
Pecora, Danielle paralisia facial. Para tanto, são contemplados a avaliação adequada estudo retrospectivo
Shitara do paciente, a escolha da BoNT-A, o plano e a dosagem da injeção e
as técnicas de injeção.
Doc. 11 Krishnakumar Analisar retrospectivamente a simetria do sorriso em pacientes com Relato de caso -
Krishnan Santha, paralisia facial submetidos a procedimentos de reanimação facial. estudo retrospectivo
Subin Joseph, Sameer
Latheef, Saju
Narayanan, Santhy
Mohanachandran Nair,
Bibilash Babu, Anand
Sivadasan, Srivatsa
Manjunath Shet,
Rajesh Vardhan Pydi,
Ajit Pati, Srikant Aruna
42

Samantaray
Doc. 12 Maria-Angeles Realizar uma revisão sistemática da literatura para avaliar as Revisão sistemática
Serrera-Figallo, evidências clínicas de alto nível mais recentes para a eficácia da
Gonzalo Ruiz-de- BoNT e para vários protocolos (a toxina usada, diluição, locais de
León-Hernández, dosagem e infiltração) usados em várias patologias orofaciais.
Daniel Torres-Lagares,
AlejandraCastro-
Araya, Omar Torres-
Ferrerosa, Esther
Hernández-Pacheco,
Jose-Luis Gutierrez-
Perez
Doc. 13 Ali Sahan, Funda Relatar o tratamento com toxina botulínica para caso de paciente Relato de caso -
Tamer com paralisia facial. estudo retrospectivo
Doc. 14 Izolda Heydenrych Descrever a assimetria facial secundária à paralisia do nervo facial Revisão sistemática
(FNP) e revisar os conceitos atuais, diretrizes e tendências futuras.
Doc. 15 Anna Rostedt Punga, Avaliar se a injeção unilateral de BoNTA nos músculos glabelares Relato de caso -
AnnikaEriksson, resulta em difusão regional para os músculos faciais circunvizinhos e estudo retrospectivo
Mohammad contralaterais.
Alimohammadi

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