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E OS LOTEAMENTOS FECHADOS
Presidente Prudente
2005
2
ao Departamento de Geografia
Presidente Prudente
2005
3
AGRADECIMENTOS
Renato Russo
7
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FOTOS............................................................................................... 09
ÍNDICE DE GRÁFICO........................................................................................... 10
ÍNDICE DE MAPAS.............................................................................................. 11
ÍNDICE DE TABELAS.......................................................................................... 12
ÍNDICE DE QUADROS......................................................................................... 13
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 14
ÍNDICE DE FOTOS
INDICE DE GRÁFICOS
INDICE DE MAPAS
INDICE DE TABELAS
INDICE DE QUADROS
Introdução
15
INTRODUÇÃO
Capitulo I
Quadro 1
Brasil – Municípios por classes de tamanho populacional
1950/1996
Habitante Total Até 20.001 a 100.001 a 500.001 a Mais de
s 20.000 100.000 500.000 1.000.000 1.000.001
Anos
1950 1.887 1.791 85 8 1 2
1960 2.763 2.591 141 25 2 4
1970 3.952 3.649 245 49 4 5
1980 3.991 3.463 401 113 7 7
1991 4.491 2.975 1330 161 13 12
1996 4.974 3.453 1314 180 15 12
Extraído de SOARES (1999: p. 59)
2
Neste quadro a autora considera cidades médias as que têm população de 100.001 a 500.000
habitantes.
22
Mapa 1
Estado de São Paulo
Localização da cidade de Marília
45º
Araçatuba
Ribeirão Preto
Araraquara
Presidente
Prudente São Carlos
Bauru
Marilia
Rio Claro
Limeira
Piracicaba Americana
Campinas
São José dos
Jundiaí Campos
Itu
Santos
0 10 50km
devido ao litígio que havia nas terras com outro possuidor, o Engenheiro Eugenio
Teixeira Leite, o qual negociou as terras com os herdeiros deste (LARA, 1991: p.
17).
Os herdeiros do Engenheiro Eugenio Teixeira Leite transferiram
as terras para a firma Irmãos Ferraz & Cia, que a seguir as venderam para os
Coronéis Galdino de Alfredo de Almeida e José da Silva Nogueira (Cel. José
Braz), terras num total de 1950 alqueires denominadas de Fazenda Bonfim, na
qual plantou café e loteou parte, denominando-a de “Vila Barbosa”, incluindo aí a
parte antes loteada por Carrion, a “Vila Prado” (LARA, 1991: 17)
Do outro lado, as terras do Rio Feio ou Tibiriçá, confrontantes pelo
espigão e com as terras da "Fazenda do Rio do Peixe e dos Piedades” eram
terras cobertas por matas, que seguiam a reta Carlos Botelho (onde se encontra,
atualmente, o Município de Lucélia), e à margem esquerda do Rio Feio, essas
eram de posse de Francisco de Campos, que as vendeu em 11 de março de
1852, já na vigência da Lei de Terras a Joaquim Francisco Resende, sendo que
este as vendeu em 1895 a Amadeu de Almeida Santos, e este as vendeu a José
Rodrigues Sobrinho que, em 1904, fez várias vendas, mencionando sempre que
vendia a quarta parte de todas as terras que formam a Bacia do Rio Feio (LARA,
1991: p.13-14).
Entre um dos compradores destas "quartas partes", estava
Alfredo de Campos Salles, que vendeu a Cincinato César da Silva Braga e
Constança Cajado Braga, 1000 alqueires de terras e a Carlos de Campos 2500
alqueires, em 1911 e em 1913 respectivamente (LARA, 1991: p.14).
Em 1913, o Governo do Estado de São Paulo determinou ao Cel.
Francisco Ferraz de Salles, que procedesse a abertura de um picadão de 147 km,
ligando Presidente Pena (atual Cafelândia) a Platina, para onde se dirigia a
Estrada de Ferro Sorocabana. Diante desse fato, o Cel. Francisco Ferraz de
Salles recomendou ao Dr. Cincinato Braga a aquisição das terras que o picadão
atravessava no espigão do Rio Feio, o Dr. Cincinato Braga, logo o fez juntando
essas terras às que havia adquirido em 1911 (LARA, 1991: p.16).
Anos depois, em 1926, vendo os lucros que o Patrimônio Alto
Cafezal estava dando ao seu loteador, o Sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal,
notando o abandono das terras do Dr. Cincinato Braga, denominadas de Fazenda
31
atrair empresas para o seu território, para isso oferecem vários privilégios, entre
os quais estão a isenção de alguns impostos e até o fornecimento da área para a
implantação da industria.
Ao caracterizarmos uma cidade média, temos que levar em
consideração alguns critérios, Brumes (2003: p.79) estabelece alguns, entre os
quais estão os critérios demográficos; as relações de comunicação que estes
centros mantém com outros; seus fluxos de informações; seu grau de
acessibilidade; sua dinâmica econômica e o seu comportamento regional.
A análise destes critérios para a classificação de uma cidade
média deve levar em consideração o papel regional que a cidade têm, ou seja,
qual o papel desempenhado por esta cidade dentro da rede urbana, pois são elos
importantes de articulação econômica, política e cultural entre os grandes centros
metropolitanos e as pequenas cidades, estas relações se estabelecem através de
redes urbanas complexas.
As relações entre as cidades de diferentes portes se estabelecem
de forma complexa, pois não são apenas relações de dependência das menores
às maiores, pois essas relações são, ao mesmo tempo de competição e
cooperação entre as cidades do mesmo porte ou de diferentes portes, relações
estas que estão presentes dentro de uma rede urbana ou de redes urbanas
distintas (BELTRÃO SPOSITO, 2001: p. 239 – 240).
Na cidade de Marília, encontramos algumas características que
nos levam a classificá-la como uma cidade média.
Para uma primeira aproximação vemos o caráter demográfico,
pois segundo Amorim Filho & Serra (2001: p. 3), o tamanho da população urbana
é um indicativo do tamanho do mercado local, assim como um indicador para o
nível de infra-estrutura existente e o grau de concentração das atividades.
Até o censo de 2000, o Município de Marília, contava com uma
população de 197.3423 habitantes, sendo que 189.719 residem na área urbana.
Em seu espaço intra-urbano, a cidade tem a presença de estabelecimentos que
servem de atrativos para a população de cidades de menor porte, localizadas em
se
,,,0
3
Fonte: Censo Demográfico 2000 – IBGE.
35
Mapa 2
Estado de São Paulo
Localização das rodovias duplicadas
45º
Araçatuba
Ribeirão Preto
Araraquara
Presidente
Prudente São Carlos
Bauru
Marilia
Rio Claro
Limeira
Piracicaba Americana
Campinas
São José dos
Jundiaí Campos
Itu
Santos
Rodovias 0
10
50km
Duplicadas
Capítulo II
• Os proprietários fundiários
Segundo Correa, tais proprietários atuam no sentido de obterem
maior renda fundiária de suas propriedades, interessando-se em que estas
tenham o uso mais remunerador possível, dentro destes usos estão o comercial e
o residencial de status, podendo incluir ai os loteamentos fechados.
Estes proprietários podem agir pressionando o Estado visando a
instalação de infra-estrutura urbana necessária para a habitação, ou também,
41
pressionando-o para conseguir créditos bancários para que eles mesmos possam
instalar a infra-estrutura necessária, tudo isso buscando uma maior valorização da
área a ser colocada no mercado (CORREA, 1989, p. 16 – 19).
• Os promotores imobiliários
Estes agentes são os responsáveis pela incorporação, a
transformação do uso da terra em uma mercadoria diferente; o financiamento, o
investimento para a compra do terreno e construção do imóvel; o estudo técnico,
viabilização técnica da obra; construção ou produção do imóvel; e finalmente a
comercialização desta nova área urbana. Todas estas operações podem se
originar do próprio proprietário fundiário ou mesmo serem exclusivamente das
firmas exclusivamente incorporadoras.
Os promotores imobiliários utilizam-se de algumas estratégias,
entre as quais a produção de habitação para uma camada da população com
maior poder aquisitivo, que traz como resultado um maior preço da terra e maior
status a esta nova área (CORREA, 1989, p. 19 – 24).
Estes são os principais agentes que deliberam a ação para definir
mudanças no uso do solo urbano, realizando o lançamento de novas áreas na
cidade (LEME, 1999: p. 95).
• O Estado
Este é um dos principais agentes envolvidos na produção do
espaço urbano, pois, é o Estado que legitima as ações dos outros agentes
envolvidos nesse processo e também ele é um produtor, pois age como
proprietário fundiário e como promotor imobiliário, devido à grande importância
deste agente produtor do espaço, decidimos por analisar a sua atuação na
produção do espaço urbano em uma cidade média – Marília, em um capitulo
voltado, especificamente, a esta análise5.
• O consumidor
5
Capitulo IV.
42
Foto 1
Escarpas – fundos do Condomínio Residencial Garden Park
6
In. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo, Volume I
7
Em anexo, o mapa geomorfológico do Estado de São Paulo.
44
Tabela 1
Marília - SP
Evolução da população urbana e da área urbana
1970 - 2000
Ano População Índice Área Urbana Índice
Urbana (m2)
1970 75.139 100,0 10.923.829,94 100,0
1980 106.654 141,9 25.251.989,68 231,2
1991 144.906 192,8 30.855.320,60 282,5
1996 163.668 217,8 34.017.121,03 311,4
2000 189.719 252,4 41.000.000,008 375,3
Fonte: Leme (1999), Censo Demográfico 2000 – IBGE e Carta Base da Prefeitura Municipal de
Marília – SP
8
Número aproximado.
46
Quadro 2
Marília – SP
Loteamentos e Condomínios Fechados – Ano de Implantação
1993 - 2003
Loteamentos/Condomínios Fechados Ano de Implantação
Residencial Esmeralda Residence 1993
Condomínio Residencial Village do Bosque 1996
Condomínio Residencial Garden Park 1997
Residencial Villagio das Esmeraldas 1999
Residencial Solar das Esmeraldas 2000
Residencial Pedra Verde 2000
Residencial Campo Limpo 2000
Condomínio Residencial Jardim do Bosque 2000
Condomínio Residencial Jardim Colibri 2000
Condomínio Residencial Portal do Parati 2000
Residencial Vale do Canaã 2001
Condomínio Residencial Vila Nova 2001
Residencial Campo Belo 2001
Loteamento Residencial “Villa Flora” 2002
Loteamento Residencial Portal da Serra 2003
Residencial Portal dos Nobres 2003
Fonte: Prefeitura Municipal de Marília e DPRN Recursos Naturais do Estado de São
Paulo – Equipe Técnica Marília – SP
Org. Júlio César Zandonadi
10
No capitulo IV, apresentaremos uma diferenciação entre loteamento fechado e condomínio
horizontal.
48
a
m
ra
no
P/
Pa
As
LEGENDA
P/
sis
Green Valley
N
Vale do Canaã
1993 - 1999
2000
A
Dados não obtidos
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AV.
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RA
ÃO
JO
urin
AV.
P/ O Avenidas e
Pedra Verde ruas principais
Solar das Esmeraldas
0 100 m 500 m 900 m
Av. das Esmeraldas. Não podemos afirmar que a implantação destes novos
empreendimentos imobiliários seja determinante desta nova configuração da
cidade, pois esta parte do setor leste, por muitos anos, é considerada local onde
habita uma população de maior poder aquisitivo, razão esta que explica por si só
o aparecimento de estabelecimentos comerciais e de serviços15.
Mas nota-se que, depois da implantação das novas formas de
habitat urbano nesta área, o setor de serviços e comércio, vem ganhando uma
nova caracterização, primeiramente pelo surgimento de um shopping center, na
Avenida das Esmeraldas e, também, esta avenida estar passando por uma
transformação, deixando de ter função residencial, para ter quase que
exclusivamente uma função comercial e de prestação de serviços.
Na foto 2 (p. 53) vemos a presença do Esmeralda Shopping,
implantado em meados de 2004, cujas primeiras benfeitorias para sua
implantação foram realizadas entre os anos de 1996 e 1997.
15
Tratamos aqui do surgimento destas novas formas de habitat urbano como um fator que
contribui para o aparecimento destas novas áreas centrais.
53
Foto 2
Esmeralda Shopping – Shopping Center localizado na Av. das Esmeraldas
Por ser um local afastado do centro principal, esta área tem uma
avenida de grande fluxo - a Av. Brigadeiro Eduardo Gomes -, que há algum tempo
já conta com alguns estabelecimentos comerciais, como pequenos
supermercados, padarias, papelarias etc. Sendo assim, podemos pensar que o
aparecimento de estabelecimentos de serviços fora desta avenida e mais
próximos dos loteamentos e condomínios fechados são uma nova tendência, que
busca uma maior proximidade dos que podem pagar por tais serviços, como
mostra o exemplo mostrado anteriormente.
Nas outras áreas em que se observa a presença das novas formas
de habitat urbano, ainda não se nota grandes mudanças nas funções dos bairros
próximos.
0,52
0,83
1,28
1,44
1,89
3,5
9,51
9,74
13,74
13,91
15,13
30,15
37,53
3250 m
2600
1950
1300
650
0
16
Esta diferenciação do conteúdo socioeconômico entre as diversas áreas da cidade é
reconhecida pelo poder público local, fato este relatado em entrevista junto ao Secretario de
Planejamento Urbano – Arqº Laerte Rojo Rosseto (roteiro – anexo 2).
57
18
Nomenclatura que Caldeira (2001) utiliza para os condomínios fechados, conjuntos de
escritórios, shopping centers, e outros espaço (adaptados) como escolas, hospitais, centros de
lazer e parques temáticos.
59
Foto 4
Muro do Residencial Portal da Serra
Capitulo III
servo entrega ao proprietário da terra como pagamento pela autorização que este
lhe dá para cultivar a terra (OLIVEIRA, 1986, p. 73).
No modo de produção capitalista, a renda da terra é sempre sobra
acima do lucro, portanto, ela é, sobra acima da fração do valor das mercadorias,
que nada mais é do que mais-valia, ou seja, trabalho excedente (OLIVEIRA,
1986, p.73).
Para Oliveira, a renda pode ser: - resultado da concorrência = a
renda diferencial; - resultado do monopólio sobre condições especiais ou
incomparáveis = renda de monopólio; - resultado, simplesmente, do domínio
sobre uma parcela de terra, advinda da instituição jurídica da propriedade da terra
= a renda absoluta.
A renda diferencial resulta do caráter capitalista da produção e não
da propriedade privada do solo. Já a renda absoluta resulta da posse privada do
solo e da oposição existente entre o interesse do proprietário fundiário e o
interesse da coletividade (OLIVEIRA, 1986, p. 74).
Segundo Leme (1999, p. 72), para Marx, a renda fundiária seria a
forma em que se realiza economicamente a propriedade fundiária, sendo que esta
"valorização" aparece na forma de renda fundiária, seja ela diferencial, absoluta
ou de monopólio.
• A renda diferencial
• A renda absoluta
Segundo Oliveira (1986, p. 74) a renda absoluta é aquela que
“resulta do monopólio da terra por uma classe ou fração de classe”. Desta
maneira os proprietários fundiários só permitem a utilização de suas terras
quando os preços de mercado ultrapassam os seus preços de produção, assim se
obtém um lucro extraordinário.
• Renda de monopólio
A renda de monopólio também é um lucro suplementar, derivado
de um preço de monopólio de uma certa mercadoria produzida em uma porção do
globo terrestre dotada de qualidades especiais (OLIVEIRA, 1986, p. 76).
19
Veremos mais adiante que os loteamentos fechados não são mais mercadorias exclusivas dos
segmentos de alto poder aquisitivo, pois, atualmente, na cidade de Marilia estão sendo
implantados empreendimentos destinados a outros tipos de segmentos.
71
20
Anexo 5.
72
a
m
ra
no
P/
438,46 m2 - 480,63 m2
Pa
As
P/
si s
Green Valley
N
Vale do Canaã
Campo Belo
941,45 m2
Jd. Ismael 1555,85 m2 - 1560,65 m2
Dados não obtidos
Determinação de classes por pares
reciprocos com perda de
5,51% de detalhes
Campo Limpo
TÔ NIO
Centro principal
O AN
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AV.
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JO
AV.
P/ O Represa cascata
Solar das Esmeraldas Pedra Verde 0 100 m 500 m 900 m
Portal da Serra
Portal dos Nobres
Foto 6
Residência de padrão superior – Jardim Europa
Foto 7
Residência de padrão médio – Jardim Sasazaki
Foto 8
Residência de padrão modesto – Argolo Ferrão
Mapa 6
Marília - SP - Loteamentos/Condominios Fechados
e Loteamentos Abertos pesquisados
a
m
ra
no
P/
Pa
As
P/
si s
Green Valley LEGENDA
N
Vale do Canaã
Campo Belo Área loteada
Jd. Ismael
Loteamentos Abertos
Loteamentos/Condomínios
Fechados
Campo Limpo
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Dados não obtidos
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A
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Solar das Esmeraldas Pedra Verde 0 100 m 500 m 900 m
Pq. Esmeraldas I
Villagio das Santa Gertrudes
Esmeralda
Residence Esmeraldas Represa cascata
Pq Esmeraldas II
Portal da Serra
Portal dos Nobres
Gráfico 1
Loteamentos e loteamentos fechados
Evolução do preço do solo urbano por m2 (em números índices)
1993 - 2003
200
Solar das Esmeraldas
Pedra Verde
150
Jd. Europa
Garden Park
100 Jd. Parati
Portal do Parati
50 Cond. Vila Nova
Green Valley
0 Campo Belo
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Anos
79
21
Nos loteamentos pesquisados.
81
Gráfico2
Comparação do preço por m2 – em dólares22
Jardim Maria Isabel, Jardim Tropical, Parque das Esmeraldas I e Esmeralda
Residence
1993 - 2003
120
100 Jd. Maria Isabel
Jd. Tropcal
80
Em dólares
Pq das Esmeraldas I
60 Res. Esmeralda Residence
40 Pq das Esmeraldas II
Res. Solar das Esmeraldas
20
Res. Pedra Verde
0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Anos
22
Para a dolarização dos preços médios, foi calculado a média anual do dólar e não foi levado em
conta índices inflacionários, pois, pretendemos apenas comparar a evolução dos preços por m2
nos loteamentos pesquisados.
82
Gráfico 3
Evolução do preço por m2 – em dólares
Jardim Europa e Condomínio Residencial Garden Park
1993 - 2003
60
50
Em dólares
40
Jardim Europa
30
Cond. Res. Garden Park
20
10
0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Anos
Gráfico 4
Evolução do preço por m2 – em dólares
Jardim Parati e Condomínio Residencial Portal do Parati
1993 - 2003
83
70
60
50
em dólares
40 Jardim Parati
30 Cond. Res. Portal do Parati
20
10
0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Anos
Esta prática deve ser muito lucrativa, o que indica este fato é o
grande número de proprietários/incorporadores que se voltam a este tipo de
produção do espaço urbano, os quais podemos observar no quadro 4.
Quadro 4
Marília – SP
Loteamentos e Condomínios Fechados – Proprietários/Incorporadores
1993 - 2003
Loteamento/Condomínio Proprietário
Capitulo IV
Loteamentos Fechados –
ser feitas em âmbito municipal. Isto está na Lei 6.766 de 19.12.1979 e por
modificações previstas na Lei 9.785 de 29.01.1999. A Lei 6.766 regulamenta o
parcelamento do uso do solo urbano, estabelecendo que um loteamento constitui
uma subdivisão do terreno original em lotes destinados a edificações, com
abertura de novas vias de circulação e áreas públicas. Cada loteador deve
destinar uma porcentagem da superfície envolvida a áreas públicas (ruas, praças,
etc). Estes espaços passam a ser de domínio público, no âmbito municipal, logo
após o loteamento ser aprovado como tal. Nesta lei não há diferenciação entre
loteamentos abertos e fechados (SOBARZO MIÑO & BELTRÃO SPOSITO, 2003,
p. 39).
À municipalidade, tem cabido medidas, no sentido de permitir o
fechamento de loteamentos, sendo comum a “concessão de uso23 “, segundo a
qual o município concede uma permissão de uso aos residentes de um
loteamento especifico sobre as áreas que estão sob domínio público (ruas,
praças, etc) assim possibilitando e legalizando a prática de fechamento de
loteamentos (SOBARZO MIÑO & BELTRÃO SPOSITO, 2003: p. 39).
Aos condomínios horizontais e verticais aplica-se a Lei 4.591 de
16.12.1964, a qual estabelece que quando, num terreno sem construção, se quer
levantar mais de uma edificação de um ou dois pisos, deverá discriminar-se a
parte do terreno ocupada pela edificação e sua área de utilização exclusiva, como
também a fração ideal de todo o terreno e das áreas comuns que corresponderá a
cada unidade ou edificação (SOBARZO MIÑO & BELTRÃO SPOSITO, 2003, p.
40).
Deste modo, um condomínio horizontal se caracteriza por:
- Referir-se a casas de um ou dois piso e não a lotes de terreno24;
- Estas casas constituem as unidades autônomas do conjunto e
nelas se incluem as áreas destinadas a utilização exclusiva25;
- O comprador desta unidade autônoma passa a ser proprietário
dela e de uma parte da totalidade do terreno;
- O comprador tem direitos de propriedade (ruas, praças, áreas
verdes, etc) nas quais, neste caso, não são de domínio público.
23
Adiante daremos um tratamento especifico a este instrumento utilizado pelo poder público.
24
Baseamos na Lei 4.278 de 25.04.1997 , artigo 1º.
25
Ex. Jardim.
91
circulação, sendo que tais áreas devem ter acesso por via oficial
de circulação de veículos (Art. 23º).
O município tem leis que regulam exclusivamente a implantação
de empreendimentos imobiliários fechados e, no caso dos loteamentos fechados,
aplica-se a Lei Complementar 57 de 05.01.1993. Segundo essa lei, a
municipalidade estabeleceu que os loteamentos fechados são edificações para
fins urbanos em quadras de lote do tipo loteamentos fechados, com acesso
privativo a seus proprietários (Art. 1º).
Em seu Artigo 2º, esta lei afirma que:
públicos próximos;
27
Escarpas.
94
28
Empresa de capital misto.
95
Quadro 5
Marília – SP
Aprovação de loteamentos fechados e condomínios horizontais
1993 - 2003
Loteamento e/ou Ano de Área Total Forma de Propriedades
Condomínio Aprovaçã (m2) Aprovação Comercializad
o as*
Residencial 1993 274.356,00 Loteamento Lotes
Esmeralda Residence
Condominio 1996 40.600,00 Condomínio Casas
Residencial Village Horizontal
do Bosque
Condominio 1997 333.592,23 Condomínio Lotes
Residencial Garden Horizontal
Park
Residencial Villagio 1999 6.697,28 Condomínio Casas
das Esmeraldas Horizontal
Residencial Solar das 2000 12.278,56 Condomínio Lotes
Esmeraldas Horizontal
Residencial Pedra 2000 39.962,29 Condomínio Lotes
Verde Horizontal
Residencial Campo 2000 6.447,68 Condomínio Lotes
Limpo Horizontal
Condominio 2000 14.035,94 Condomínio Lotes
Residencial Jardim Horizontal
do Bosque
Condominio 2000 13.349,10 Condomínio Casas
Residencial Jardim Horizontal
Colibri
Condominio 2000 28.940,00 Condomínio Lotes
Residencial Portal do Horizontal
Parati
Residencial Vale do 2001 996.676,24 Loteamento Lotes
Canaã
97
29
Tratamos a zona leste da cidade como sendo um centro da implantação de loteamentos
fechados e condomínios horizontais, pois de 1993 a 2000, esta parte da cidade era a única região
onde eram implantados tais empreendimentos. A partir do ano 2000, os empreendimentos
imobiliários fechados são implantados em outras zonas da cidade, o que caracterizamos por ser
uma extensão territorial.
30
Residencial Campo Limpo, Condomínio Residencial Portal do Parati, Residencial Vale do
Canaã, Condomínio Residencial Vila Nova, Condomínio Residencial Campo Belo, além do
Residencial Jardim Ismael e Residencial Green Valley, estes últimos não foram incluídos na
pesquisa.
31
Na Lei Complementar 57 de 05.01.1993, no art. 2º, parágrafo único é previsto que “As vias e
logradouros públicos que na implantação, e na forma deste artigo, ficarem dentro do Loteamento
99
Fechado serão cedidas pelo Município, por permissão de uso, a titulo precário, gratuito e por
tempo indeterminado ao loteador e seus sucessores”.
Mapa 7
Marília - SP - Loteamentos Fechados e condominios horizontais LEGENDA
Legalidade e Ilegalidade
1993 - 2003 Área loteada
Loteamentos Fechados
Aprovados como Condomínios
a
am
“Sitios de Recreio”
or
n
P/
Pa
As Aprovados como Condomínios
P/
sis
Green Valley
Loteamentos Fechados
N
Vale do Canaã Aprovados legalmente
Campo Belo
Condomínios Fechados
Jd. Ismael
Aprovados e Comercializados
Legalmente
Campo Limpo
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Ferrovia
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Rodovias
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Avenidas e
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ruas principais
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h os Represa cascata
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AV.
P/ O
Pedra Verde
Solar das Esmeraldas
Portal da Serra
Portal dos Nobres
O novo Código Civil (2002)32 em seu Artigo 98º traz que “São bens
públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem”.
Di Pietro33 conceitua os bens públicos como sendo:
individualmente pelo Poder Público, mediante ato ou contrato. Este chama-se uso
especial, no qual,
35
DI PIETRO, M. S Z. Uso Privativo de Bem Público por Particular. Revista dos Tribunais, 1983,
pág. 20.
104
36
MEIRELLES, H. L., Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros, 20ª ed., pág. 438.
105
37
Regidos pela Lei 6.766/79.
106
38
É fornecida a titulo precário, pois no caso de revogação da permissão não caberá nenhum
recurso por parte do loteador.
107
Tabela 2
Marília – SP
Loteamentos Fechados e Condomínios Horizontais – Percentual de Áreas
Públicas
1993 – 2003
Loteamentos/ Área Total Áreas Públicas Percentual de
Condomínios e/ou Comum Área pública
e/ou comuns
Residencial Esmeralda 274.356, 00 112.448,18 40,0
Residence
Condomínio Residencial 40.600,00 17.281,25 42,5
Village do Bosque
Condomínio Residencial 333.592,23 119.181,18 35,7
Garden Park
Residencial Villagio das 6.697,28 2.329,00 34,7
Esmeraldas
Residencial Solar das 12.278,56 2.872,70 23,3
Esmeraldas
Residencial Pedra Verde 39.962,29 17.014,37 42,5
Residencial Campo 6.447,68 2.106,69 32,6
Limpo
Condomínio Residencial 14.035,94 3.809,21 27,1
Jardim do Bosque
Condomínio Residencial 13.349,10 3.486,45 26,1
Jardim Colibri
Condomínio Residencial 28.940,00 14.825,72 51,2
Portal do Parati
Residencial Vale do 996.676,24 353.177,95 35,4
Canaã
Condomínio Residencial 9.620,31 2.848,48 29,6
Vila Nova
Residencial Campo Belo 242.000,00 78.187,11 32,3
Loteamento Residencial 93.830,02 30.643,77 32,6
“Villa Flora”
Loteamento Residencial 392.428,03 138.041,59 35,1
“Portal da Serra”
Residencial Portal dos 162.418,73 64.467,27 39,6
Nobres
108
39
Praticas estas que vimos no capitulo anterior.
109
NOTÍCIA
Obras melhoram acesso e qualidade no Canaã
12-12-2004
Começaram as obras de instalação da passagem subterrânea que vai dar acesso
moderno e seguro ao Residencial Valle do Canaã, o mais ousado projeto habitacional de
Marília.
A instalação da nova passagem permite acesso pela rodovia SP-333 – que será a
avenida mais moderna de Marília – e interligação com todo o sistema viário da zona
Oeste, que passa por programa de reformulação.
Com a obra, o empreendimento ganha acesso cada vez mais rápido e valorização ainda
maior. E não é só isso.
Independente das obras públicas, o Vale do Canaã entra em nova fase de investimentos
e ganha ainda mais qualidade com o planejamento interno. Vai começar a urbanização
da principal praça do empreendimento.
Além de uma área de circulação, eventos e convivência, a praça vai contar com espaço
ecumênico, rústico, que aproveita estrutura já existe: uma capela construída no início do
século. A capela está em fase de restauração.
“Ele está localizado fora da área urbana por ocupar uma das mais belas paisagens da
região Centro-Oeste, envolvida em uma concepção ecológica e social de valorização do
bem-estar e da família.”
O empreendimento une o contato direto com a natureza com o que há de mais moderno
em convivência e bem-estar. Além de lotes grandes, oferece a maior área de esporte e
lazer de todo o interior paulista, com lagos, bosques, cachoeiras, mata nativa.
Com tudo isso, o empreendimento tem também toda a estrutura e conforto da vida
urbana: segurança 24 horas, água, luz, energia, esgoto e uma estação para tratamento
de esgoto.
Foto 10
SP – 333 – obras de recapeamento e construção de acesso ao Residencial
Vale do Canaã
Considerações Finais
114
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bibliografia
120
BIBLIOGRAFIA
1996.
FCT/UNESP, 2001b.
(Dissertação de mestrado).
BARRETO, M.. Espaço Público: usos e abusos. In: Yázigi, E.; CARLOS, A. F.
1993..
LARA, P. C. de. Marília, sua terra, sua gente. Marília: 1° Ed., Editora Iguatemy,
1991
123
(Dissertação de Mestrado).
habitação. In: SILVA, L. A. M. (org.) Solo urbano, tópicos sobre o uso da terra.
Interciência, 1978.
Contexto, 1994.
1978.
Brasil, 2003.