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Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

U.C. 61006
Contabilidade de Gestão Avançada

7 de fevereiro de 2017

INSTRUÇÕES

 A prova é constituída por 5 páginas e termina com a palavra Fim. Verifique o seu
exemplar e, caso encontre alguma anomalia, dirija-se ao professor vigilante nos
primeiros 15 minutos da mesma, pois qualquer reclamação sobre defeito(s) de
formatação e/ou de impressão que dificultem a leitura não será aceite depois deste
período.

 O estudante deverá responder à prova na folha de ponto e preencher o cabeçalho e


todos os espaços reservados à sua identificação, com letra legível.

 A prova tem 3 grupos. O grupo I vale 6 valores; o grupo II vale 5 valores e o grupo
III vale 9 valores.

 Só serão tidas em consideração respostas, a caneta ou esferográfica, de cor azul ou


preta.

 É permitido o uso de máquina de calcular. Não é permitido o uso de folhas com


fórmulas.

 A concisão e correção técnica e linguística serão apreciadas. Não serão consideradas


as respostas que reproduzam ipsis verbis o manual ou o relatório das atividades
formativas. A avaliação terá em conta os seguintes critérios gerais: domínio dos
conteúdos, rigor conceptual e terminológico e capacidade de síntese e de expressão
escrita.

 Em hipótese alguma serão aceites folhas de ponto dobradas ou danificadas.

 Exclui-se, para efeitos de classificação, toda e qualquer resposta apresentada em


folhas de rascunho.

 Os telemóveis deverão ser desligados durante toda a prova e os objetos pessoais


deixados em local próprio da sala de exame.

 Não poderá ficar na posse do enunciado da prova.

 Verifique no momento da entrega da(s) folha(s) de ponto se todas as páginas estão


rubricadas pelo vigilante. Caso necessite de mais do que uma folha de ponto, deverá
numerá-las no canto superior direito.

 O exame tem a duração de 2 horas, acrescida de 30 minutos de tolerância.


Grupo I (6 valores)

Assinale a opção mais correcta:

1. A empresa GOMAS fabrica guloseimas para crianças. O produto HALLOWEEN é


vendido em embalagem de 9kg e no seu processo de fabricação são incorporadas três
matérias que formam uma mistura de 10kg, divididas da seguinte forma:
- MPween 1: 5kg a 4€/kg = 20€
- MPween 2: 4kg a 3€/kg = 12€
- MP ween 3: 1kg a 8€/kg = 8€
Total: 10kg 40€
No ultimo processo de fabricação de 9.000kg de produto acabado, os consumos foram os
seguintes:
- MPween 1: 5.325kg
- MPween 2: 3.985€
- MPween 3: 1.120kg
Total: 10.430kg
Qual foi o desvio de rendimento nas matérias? Foi favorável ou desfavorável?
A – 1.680 (F)
B – 1.750 (D)
C – 1.740 (F)
D – 1.720 (D)

2. Em relação ao caso anterior, pretende-se calcular o desvio de mistura das matérias.


Qual é o valor certo?
A – 495 (F)
B – 495 (D)
C – 470 (F)
D – 480 (D)

3. A empresa DOÇURAS DO DIA DAS BRUXAS implementou um sistema de custeio-


padrão para controlo dos vários tipos de misturas utilizadas nas diversas linhas de
fabricação de doces, gomas, caramelos e similares. Numa primeira fase, os consumos de
matérias começaram a ser analisados e controlados através dos desvios de preços e de
quantidades. Como a informação obtida pelo desvio de quantidades se manifestou
insuficiente, o novo responsável pela Contabilidade de Gestão decidiu incorporar os
serviços de mistura “mix” e de rendimento.
Nas reuniões de preparação e em relação à linha de produtos “AMIGOS DO TÁRTARO”
surgiram duas afirmações:
1ª – O desvio de mistura acontece porque existe uma diferença entre as quantidades de
matérias que deviam ser utilizadas para fabricar uma certa quantidade de produto e as
quantidades de matérias realmente utilizadas.
2ª – O desvio de mistura pode ser calculado através da diferença entre a quantidade real
da mistura valorizada ao preço padrão da mistura e as quantidades reais das matérias
valorizadas ao respetivo preço real.

Qual afirmação está correta?


A – Apenas a 1ª
B – Apenas a 2ª
C – Ambas estão corretas
D – Nenhuma está correta

4. No interior de um grupo empresarial, a divisão A (fornecedora) vende componentes à


divisão B. A divisão fornecedora não apresentava capacidade disponível para fabricar
aqueles componentes. A justificação do preço de transferência deve ter por base:

A – O custo marginal
B – O custo marginal mais o custo de oportunidade
C – O preço de mercado deduzido de poupanças inerentes a ser uma operação no
interior do grupo
D – O preço de mercado
Grupo II (5 valores)

A empresa X produz, em regime de produção conjunta, o produto K e os subprodutos L


e M.

Orçamento dos custos de produção para o ano N


Produção = 10.000 ton de K
Unidade Consumo Custo total (€)
Física total
Mat. Primas:
M. Prima A ton 6.000 300.000
M. Prima B ton 8.000 320.000
Custos Transformação
Centro análise Z Hh 25.000 500.000
Centro análise W Hm 30.000 240.000
Sub-total 1.360.000
Subproduto L ton 1.600 56.000
Subproduto M ton 2.000 104.000
Custo total 1.200.000
Custo unitário 120

Para o mês de Setembro do ano 2016 estava prevista a produção de 800 toneladas do
produto K. A realidade foi a seguinte:

Produção:
Produto K = 1.000 ton
Subproduto L = 200 ton
Subproduto M = 180 ton

Consumos:
Mat. Prima A = 580 ton
Mat. Prima B = 760 ton
Centro de análise Z = 2.800 Hh
Centro de análise W = 3.600 Hm

Pretende-se: A determinação dos desvios nos custos de produção no mês de Setembro.

Grupo III (9 valores)

A empresa TRANSFERPRICE apresenta uma estrutura divisionalizada onde as suas


divisões apresentam um grau apreciável de autonomia económica e financeira.
A Divisão A fabrica um único produto, INANDOUT, que tem dois fins: uma parte, cerca
de dois terços, é vendida para o exterior e outra restante é transferida internamente para a
Divisão M onde é incorporado na fabricação daquela divisão.
O custo unitário do produto, em euros, INANDOUT é reportado da seguinte forma:

Materiais diretos 20
Mão-de-Obra direta 10
Outros gastos diretos 10
Gastos indiretos de fabricação variáveis 10
Gastos indiretos de fabricação fixos 20
Gastos variáveis de embalagem e de venda 5
Total 75

Em cada mês são vendidos para o exterior cerca de 15.000 unidades e 7.500 unidades são
transferidas para a Divisão M. O preço para o exterior é 150€ por unidade, enquanto o
preço interno é 145€, baseado no mercado embora ajustado pelos gastos variáveis de
embalagem e de venda.
Este preço interno tem por suporte o facto de se deduzir ao preço para o exterior os gastos
variáveis de embalagem e de venda.
A Divisão M incorpora as unidades do produto INANDOUT na fabricação de um outro
produto, EXCEL, cujo custo unitário, em euros, é reportado da seguinte forma:

Sub-produto INANDOUT 145


Materiais diretos 115
Mão-de-Obra direta 15
Gastos indiretos de fabricação variáveis 60

Gastos indiretos de fabricação fixos 60


Gastos variáveis de embalagem e de venda 5
Total 400

O responsável pela Divisão M não concorda com o preço interno e contesta a sua base.
Poderia aceitar a componente variável do custo acrescida de uma margem (mark-up), mas
tal não é aceite pelo responsável pela Divisão A. Esta não concordância conduziu a uma
reunião a nível superior às duas divisões. Foi acordado efectuar um estudo baseado em
níveis de procura e preços de venda associados. O resultado está expresso no quadro
seguinte:

Procura do mercado e preços de venda


Divisão A
Preço de Venda 100€ 150€ 200€
Procura 22.500 15.000 7.500
(unidades)
Divisão M
Preço de Venda 400€ 450€ 500€
Procura 10.800 7.500 4.200
(unidades)

O responsável pela Divisão M acha que o estudo lhe dá razão e propõe um preço interno
de 60€ que, para além de cobrir os custos variáveis ainda contribuiria para os custos fixos.
Por outro lado, esta redução no preço do semi-produto INANDOUT permitiria aumentar
as suas vendas e melhorar os lucros da Divisão M e da organização no conjunto.
Pede-se:
a) - Avaliar o efeito que o sistema de preços de transferência tem nos resultados da
organização.
b) - Analisar o efeito de uma decisão com base na solicitação do responsável pela Divisão
M, ou seja, o preço interno de 60€.
c) - Analisar os benefícios potenciais de um sistema de preços de transferência interna
com base na negociação entre as divisões.

FIM

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