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U.C. 61006
Contabilidade de Gestão Avançada
7 de fevereiro de 2017
Grupo I (6 valores)
1.
A empresa GOMAS fabrica guloseimas para crianças. O produto HALLOWEEN é
vendido em embalagem de 9kg e no seu processo de fabricação são incorporadas três
matérias que formam uma mistura de 10kg, divididas da seguinte forma:
- MPween 1: 5kg a 4€/kg = 20€
- MPween 2: 4kg a 3€/kg = 12€
- MP ween 3: 1kg a 8€/kg = 8€
Total: 10kg 40€
No último processo de fabricação de 9.000kg de produto acabado, os consumos foram os
seguintes:
- MPween 1: 5.325kg
- MPween 2: 3.985€
- MPween 3: 1.120kg
Total: 10.430kg
3.
A empresa DOÇURAS DO DIA DAS BRUXAS implementou um sistema de custeio-
padrão para controlo dos vários tipos de misturas utilizadas nas diversas linhas de
fabricação de doces, gomas, caramelos e similares. Numa primeira fase, os consumos de
matérias começaram a ser analisados e controlados através dos desvios de preços e de
quantidades. Como a informação obtida pelo desvio de quantidades se manifestou
insuficiente, o novo responsável pela Contabilidade de Gestão decidiu incorporar os
desvios de mistura “mix” e de rendimento.
Nas reuniões de preparação e em relação à linha de produtos “AMIGOS DO TÁRTARO”
surgiram duas afirmações:
1ª – O desvio de mistura acontece porque existe uma diferença entre as quantidades de
matérias que deviam ser utilizadas para fabricar uma certa quantidade de produto e as
quantidades de matérias realmente utilizadas.
2ª – O desvio de mistura pode ser calculado através da diferença entre a quantidade real
da mistura valorizada ao preço padrão da mistura e as quantidades reais das matérias
valorizadas ao respetivo preço real.
4.
No interior de um grupo empresarial, a divisão A (fornecedora) vende componentes à
divisão B. A divisão fornecedora não apresentava capacidade disponível para fabricar
aqueles componentes. A justificação do preço de transferência deve ter por base:
A – O custo marginal
B – O custo marginal mais o custo de oportunidade
C – O preço de mercado deduzido de poupanças inerentes a ser uma operação no
interior do grupo
D – O preço de mercado
RESPOSTA: C
Como a divisão fornecedora não dispõe de capacidade disponível, o preço de
transferência interna deve ser equivalente a um montante que coloque aquela divisão
numa posição de equilíbrio em relação ao facto de poder vender ao preço de mercado.
Como as transações no interior de um grupo representam quase sempre algumas
poupanças, o valor a utilizar será o preço de mercado deduzido de poupanças inerentes a
ser uma operação no interior do grupo.
Grupo II (5 valores)
Para o mês de Setembro do ano 2016 estava prevista a produção de 800 toneladas do
produto K. A realidade foi a seguinte:
Produção:
Produto K = 1.000 ton
Subproduto L = 200 ton
Subproduto M = 180 ton
Consumos:
Mat. Prima A = 580 ton
Mat. Prima B = 760 ton
Centro de análise Z = 2.800 Hh
Centro de análise W = 3.600 Hm
O desvio total nos custos de produção, à semelhança dos desvios nos custos de
transformação (centros de análise), decompõe-se em desvio de atividade e desvio de
orçamento.
O desvio de atividade tem a ver com o facto da produção real ter sido diferente da
produção prevista. No caso presente produziram-se 1.000 toneladas do produto K, quando
a previsão era de 800 toneladas. Naturalmente que 200 toneladas produzidas além do
previsto determinaram um acréscimo de custo que tem apenas a ver com a atividade. O
desvio de atividade resulta da comparação dos custos inicialmente orçamentados para
uma atividade prevista com os custos do orçamento ajustado à atividade que realmente
ocorreu.
Este desvio de atividade não afeta diretamente a Demonstração de Resultados,
materializa-se em mais produtos entrados em armazém; se foram vendidos no período, o
valor deste desvio integrou a Demonstração de Resultados através do desvio de
quantidades no CIPV. Se não foram vendidos, o valor deste desvio corresponde a um
valor patrimonial em inventários (relevância financeira).
O desvio de orçamento decorre do facto de os consumos unitários dos fatores de produção
terem diferido dos orçamentados (nos custos de produção não se verificam desvios de
preço dos fatores, pois quer as matérias primas, quer as unidades de obra dos centros de
análise são imputadas a custo orçamentado). Este desvio de orçamento afeta diretamente
a Demonstração de Resultados.
Os desvios de orçamento determinam-se comparando os custos reais imputados com os
custos de orçamento ajustado (comparam-se custos reais com custos previstos, mas para
o mesmo nível de atividade).
No quadro seguinte resumem-se os custos realmente imputados e os custos do orçamento
ajustado, o que permite, para cada fator de produção, apurar o desvio de orçamento
(respeita apenas ao rendimento dos fatores).
Materiais diretos 20
Mão-de-Obra direta 10
Outros gastos diretos 10
Gastos indiretos de fabricação variáveis 10
Gastos indiretos de fabricação fixos 20
Gastos variáveis de embalagem e de venda 5
Total 75
Em cada mês são vendidos para o exterior cerca de 15.000 unidades e 7.500 unidades são
transferidas para a Divisão M. O preço para o exterior é 150€ por unidade, enquanto o
preço interno é 145€, baseado no mercado embora ajustado pelos gastos variáveis de
embalagem e de venda.
Este preço interno tem por suporte o facto de se deduzir ao preço para o exterior os gastos
variáveis de embalagem e de venda.
A Divisão M incorpora as unidades do produto INANDOUT na fabricação de um outro
produto, EXCEL, cujo custo unitário, em euros, é reportado da seguinte forma:
Sub-produto INANDOUT 145
Materiais diretos 115
Mão-de-Obra direta 15
Gastos indiretos de fabricação variáveis 60
Gastos indiretos de fabricação fixos 60
Gastos variáveis de embalagem e de venda 5
Total 400
O responsável pela Divisão M não concorda com o preço interno e contesta a sua base.
Poderia aceitar a componente variável do custo acrescida de uma margem (mark-up), mas
tal não é aceite pelo responsável pela Divisão A. Esta não concordância conduziu a uma
reunião a nível superior às duas divisões. Foi acordado efetuar um estudo baseado em
níveis de procura e preços de venda associados. O resultado está expresso no quadro
seguinte:
O responsável pela Divisão M acha que o estudo lhe dá razão e propõe um preço interno
de 60€ que, para além de cobrir os custos variáveis ainda contribuiria para os custos fixos.
Por outro lado, esta redução no preço do semi-produto INANDOUT permitiria aumentar
as suas vendas e melhorar os lucros da Divisão M e da organização no conjunto.
Pede-se:
a) - Avaliar o efeito que o sistema de preços de transferência tem nos resultados da
organização.
b) - Analisar o efeito de uma decisão com base na solicitação do responsável pela Divisão
M, ou seja, o preço interno de 60€.
c) - Analisar os benefícios potenciais de um sistema de preços de transferência interna
com base na negociação entre as divisões.
RESOLUÇÃO:
1º - Avaliar o efeito que o atual sistema de preços de transferência tem nos resultados da
organização: cálculos preparatórios
Divisão A: Cálculo da margem de contribuição unitária, para vendas ao exterior
Preço de venda 150
Custos variáveis industriais 50
Custos variáveis comerciais 5
Margem de contribuição 95
FIM