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1. (5,0 valores). Assuma um mercado com apenas uma empresa (empresa1), no qual existe
um potencial entrante (empresa2). A função custo é dada por CTi= 10qi+16 (em que i=1; 2). A
função procura é dada por Q = 100 - P.
Se a empresa 2 não entrar no mercado (NE) a empresa 1 continua a ser um monopolista. Se, ao
invés, a empresa 2 entrar (E), a empresa 1 decide se pratica um estratégia de preço limite (L)) ou
se acomoda a entrada (A), situação em que as duas empresa decidem à Counout
(concorrencia via quantidades). Sabe-se que a empresa 1 nao pode alterar a quantidade
escolhida . Finalmente, no caso de ter entrado no mercado e após observar a decisão da
empresa 1, a empresa 2 decidirá se permanece no mercado (P) ou se sai do mercado (S).
Admita que os lucros de cada empresa são apenas registados após a tomada de todas as decisões
descritas anteriormente.
a) Calcule os lucros em cada um dos cenários descritos. Analise resumidamente os
resultados em cada um dos cenários apresentados. (5v)
Dica: construa 3 cenários (1º Monopólio; 2º Oligopólio com acomodação a entrada competição à Cournout; 3º Preço
limite).
1º Cenário: Monopólio
qi 45 0,5qj
O máximo lucro da empresa 2 é dada pela expressão: q1 q 2 30; P 30 ; 1 2 884 .
Resposta Justificada: Num cenário em que há acomodação a entrada da empresa entrante pela empresa
instalada, e considerando a concorrência via quantidades (Counorut), dado custos idênticos para cada um dos
concorrentes a quantidade ótimas no equilíbrio em Cournout visto que a estrutura de custos é mesma, portanto a
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Exame de Epoca Normal - Chave
mesma competência técnica gera o mesmo o output produzido, preços e lucros equivalentes, quando do
pressuposto de Sylos Labini. A quantidade após a entrada é menor em 15 unidades se comparado ao monopólio
dada a ausência de competição. Com a entrada a concorrência e sendo a mesma de equiparada capacidade
custos médios decrescentes economia de escala gerando a partilha de lucros e consequente o mesmo poder de
mercado, com espaço concorrencial partilhado igualitariamente (lucros iguais) supondo nenhuma reação a
entrada do concorrente.
Resposta Justificada: Considerando o cenário três, em que a empresa instalada retalia a entrada, no intuito de
forçar a empresa a entrante dificultar a permaneça no mercado. Ao preço de 18, a instalada obterá lucro positivo
portanto de 640 inferior a situação de monopólio em 1369, também inferior em 244 no cenário de acomodação,
porém, embora ao preço limite leve a lucro inferior dada a estratégia intencional, ao praticar o preço de 18
estratégia não inocente impede a permaneça da entrante no mercado pois a este preço mesmo incorrendo em
lucro mais baixo, permite a liderança no instalada.
2
Exame de Epoca Normal - Chave
P * Q CT 70 * 30 40 * 30 900 .
Calculando a função de melhor resposta FMRE da entrante . A função objectivada é dada
E (100 qI qE )qE S 40 qE
i
Pela primeira derivada (CPO) teremos: 0 100 qI 2qE 40 0 ,
qE
1
A FMRE vem, qE 30 qI .
2
Assim pelo Postulado de Sylos-Labini, a empresa toma a produção da instalada como um dado, logo substituindo a
1
quantidade da empresa instalada, (qI 30 ) obtém-se, qE 30 30 15 .
2
A empresa entrante entraria neste mercado produzindo qE 15 .
PARTE-II: Fusões (10 valores)
1. (7,0 valores). Suponha um determinado mercado cuja procura inversa é dada por P= 130-
Q. Neste mercado existem neste momento 20 empresas idênticas com um custo marginal
constante e igual a 30. As empresas desta indústria não têm custos fixos e rivalizam pelas
quantidades.
a) Mostre que no equilíbrio de Cournout (equilíbrio óptimo em concorrência por
quantidades), o lucro de cada empresa é igual 22,68. (4v)
Tautologicamente a função toma a forma, quando pensamos numa linear simples P=A-BxQ, assumimos A=130 e B= 1
c= 30
Pré fusão: N= 20
( A c)
qi , qi* 4,7619 ; Q 20 * 4,7619 95,238; P 34,762
( N 1)
c)
Se as 6 empresas decidirem-se fundir e designarmos por F esse número, passarão a concorrer no mercado (após fusão) N-
F+1=20-6+1=15 empresas. Ao resolver a Cournout (via quantidades).
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Exame de Epoca Normal - Chave
Resposta justificada: As empresas não envolvidas na fusão vêm a sua situação a melhorar em termos de lucros já que
têm um acréscimo de (39,06 – 22,68) = 16,38 cada uma.
O que diz respeito às empresas envolvidas na fusão, a sua situação é agora pior (nomeadamente os seus accionistas
/proprietários), já que o lucro obtido é inferior ao lucro agregado na situação pré-fusão , ou seja, 39,06 < 6x22,68.
2. (3,0 valores) Suponha que a procura inversa num dado mercado é dada por P=150-Q. Neste
momento, existem três empresas no mercado que concorrem à Cournot e que apresentam uma
estrutura de custo idêntica dada por Ci=f+30qi (i=1;2;3), em que f representa os custos fixos de
produção (e.g. custos de estrutura, marketing).Considere a possibilidade de uma fusão entre duas
das empresas do mercado de que resultará uma nova empresa com custos fixos dados por (a.f)
com 1≤ a ≤2.
Assim considerando que após a fusão, de duas das empresas deste mercado, a nova empresa consegue reduzir os custos
fixos f, através da eliminação ou reorganização de funções que se sobrepõem (restruturação, ou até possível via
economias combinadas etc.). Por exemplo, através da reorganização administrativa (custos), da reorganização das
unidades da gestão, da articulação de departamentos de marketing, de I&D, etc.
O custo fixo da nova empresa é af, com 1≤ a ≤ 2. Quanto menor o valor de a maior é a poupança de custos fixos, sendo
que, no limite, essa poupança pode ser a máxima possível quando a=1 (ou seja, o custo fixo da nova empresa é igual
a f) ou no limite mínimo não existir qualquer tipo de poupança quando a=2 (ou seja, o custo fixo da nova empresa ser
igual a 2f).
a) Mostre em que condições esta fusão é rentável para as empresas envolvidas na fusão.
(1,5v).
b) Qual o efeito das fusões para os outros agentes? (empresas não envolvidas e
consumidores). Poderá a empresa que não participa na fusão beneficiar mais da fusão do
que as empresas envolvidas na fusão? (1,5v)
Os consumidores pagam um preço mais elevado adquirem uma quantidade menor.
A empresa que não participa da fusão poderá eventualmente beneficiar mais da fusão do que as empresas envolvidas na
fusão:
A empresa que fica fora da fusão beneficia mais da fusão do que as insiders se. F 900 / 2 a , sendo a 1 esta
condição verifica-se f 900 , isto é , desde que na situação inicial não existam prejuízos.
Resposta justificada: Podemos então concluir que o paradoxo das fusões horizontais não é totalmente resolvido
neste caso, nomeadamente em termos de incentivos: cada empresa pode ficar melhor se esperar que as rivais
decidam realizar a fusão.
FIM